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silmara-oliveira
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ETAPA 1:
A CONTABILIDADE E A INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Para Marion (1988), a contabilidade representa um instrumento que auxilia a
administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos,
mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou
comunicados, que contribuem sobremaneira para tomada de decisões.
Num sistema contábil, os eventos econômicos são as fontes básicas da informação
contábil; o contador atua como transmissor, observando esses eventos e codificando-os para
transmitir a informação por meio dos relatórios contábeis. Segundo Simon (1970), a
informação
contábil tornou-se um instrumento importante de que dispõe o administrador para rever suas
atividades. Para Meigs, Johnson e Meigs (1977), as informações contábeis são úteis em todas
as
áreas de controle gerencial: planejamento, ação, controle e avaliação. Conforme Deitos
(2003),
o sistema de informações contábeis, desde que projetado para atender à necessidade de
informações gerenciais de seus usuários, pode conferir a qualquer empresa,
independentemente
do porte, maior segurança no processo de tomada de decisões.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM, 1986), a contabilidade é uma ciência
nitidamente social quanto a suas finalidades, pois, em última análise, por meio de suas
avaliações do progresso das entidades, propicia melhor conhecimento das configurações
financeiras e de rentabilidade, e, indiretamente, auxilia os acionistas, os tomadores de
decisões,
os investidores a aumentar a riqueza da entidade. A contabilidade, além de gerar informações,
permite explicar os fenômenos patrimoniais, construir modelos de prosperidade, efetuar
análises, controlar e também serve para prever e projetar exercícios seguintes, entre tantas
outras funções (OLIVEIRA, MÜLLER e NAKAMURA, 2000).
O administrador precisa, no desempenho de suas funções, obter informações que lhe
permitam acompanhar o desenvolvimento das atividades e avaliar os resultados decorrentes
dessas ações, traçando metas e políticas que possibilitem o alcance de seus objetivos, quando
se
estabelece a relação entre a contabilidade e a administração, pois é ela que pode oferecer ao
administrador tais informações (PITELA, 2000).
Assim, o que se depreende desses conceitos sobre contabilidade é que seu objetivo básico
é prover informações úteis para a tomada de decisão organizacional. Segundo o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC, 1995), “as informações geradas pela contabilidade
devemAngela Maria Stroeher e Henrique Freitas
6 R.Adm. Eletrônica, São Paulo, v.1, n.1, art.7, jan./jun. 2008
propiciar a seus usuários base segura a suas decisões, pela compreensão do estado em que se
encontra a Entidade, seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades que oferece”.
Ainda, conforme destaca Santos (1998), tais informações teriam de ser úteis para prever,
comparar, avaliar a capacidade de uma empresa em gerar riqueza futura e julgar a habilidade
do
administrador em utilizar os recursos da empresa com eficiência no atendimento de seu
objetivo
principal. Nesse sentido, o contador pode identificar a melhor forma de contribuir para que a
organização alcance seus objetivos, a partir do conhecimento das variáveis que influenciam o
processo decisório nas organizações (PAIVA, 2000). De acordo com Luciano (2000), na área
financeira das empresas, as variáveis relevantes consideradas no processo decisório são: lucro,
faturamento, custo, preço, liquidez, margem de lucro, rentabilidade, endividamento e
patrimônio.
A informação contábil expressa-se por diferentes meios, como demonstrações contábeis,
escrituração ou registros permanentes e sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens,
diagnósticos e descrições críticas (CFC, 1995; FIPECAFI, 1994). Não obstante, esses meios
buscam prover os usuários das informações contábeis sobre aspectos de natureza econômica,
financeira e física do patrimônio de uma entidade particularizada, atendendo, dessa forma, ao
objetivo científico da contabilidade, qual seja, a correta apresentação do patrimônio e a
apreensão e análise das causas das suas mutações (FIPECAFI, 1994).
Por outro lado, Vasconcelos e Viana (2002) comentam que o maior dos objetivos da
ciência contábil é levar ao usuário do produto contábil as informações de que ele necessita
para
gerir seus empreendimentos, o que ocorre por meio de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e
outras formas (FIPECAFI, 1994). Não obstante, para cumprir seu papel como fonte de
informações úteis para o processo de tomada de decisão, a contabilidade deve acercar-se de
características fundamentais à administração, como ser útil, oportuna, clara, íntegra, relevante,
flexível, completa e preditiva (fornecer indicadores e tendências), além de ser direcionada à
gerência do negócio (OLIVEIRA, MÜLLER e NAKAMURA, 2000).
INTRODUÇÃO AOS RELATÓRIOS CONTÁBEIS
A Contabilidade, através de seus relatórios, permite ao usuário identificar a estrtura
patrimonial de qualquer empresa, por obter inúmeras informações importantes e necessárias.
Neste sucinto trabalho que tem como objetivo principal, a preocupação do conhecimento da
contabilidade como um sistema d informação formal e estruturado, tendo como um dos
objetivos principais o fornecimento de informações para o controle do patrimônio, avaliação
de desempenho e a tomada de decisão. Os relatórios, emitido pela empresa, permitem ao
público avaliar a situação em que ela se encontra, verificando a qualidade da gestão q os
usuários utilizam na mesma.
Evolutivamente deixou-se de praticar a contabilidade formada pelo conjunto de informações
que se tinha na época e pela do empresário, que era o executor de todas as ações do negócio,
para se conviver com a dinâmica das informações verificadas nos relacionamentos
comerciais. “A contabilidade originou-se da necessidade de se controlar o patrimônio dos
empreendimentos econômicos e mensurar os resultados obtidos a partir do gerenciamento”.
Historicamente, o desenvolvimento contábil veio para responder às necessidades
empresariais. Cabe ressaltar que a contabilidade originou-se como um sistema como um
sistema de informação que tinha o proprietário do patrimônio como seu único usuário.
O objetivo da contabilidade praticamente permaneceu inalterado ao longo dos anos, as
mudanças substanciais verificaram-se nos tipos de usuário e nas formas de informação que
têm sido demandadas. A contabilidade faz parte do cotidiano operacional das empresas.
Devido às mudanças no mundo empresarial. Torna-se cada vez mais essencial do
desenvolvimento desta, como ferramenta auxiliar no gerenciamento das decisões. Portanto a
contabilidade exerce papel fundamental no processo decisório.
A SEMELHANÇA DAS FINANÇAS PARTICULARES E DE UMA
EMPRESA.
Qual a semelhança existente em sua vida financeira particular e de uma empresa?
A contabilidade é considerada uma ciência social a qual nos fornece informações de uma
parte passiva outra ativa. Podemos dizer que nossos bens são partes materiais, a contabilidade
é empregada em nossas vidas e é utilizada por meio quantitativos onde seus objetivos é expor
as situações financeiras e econômicas. Uma empresa hoje em dia deve ter sua contabilidade a
fim de manter suas finanças em ordem para saber seus direitos, deveres e obrigações para
contribuir com as decisões da organização. Caso não haja uma contabilidade a empresa pode
sofrer na deficiência da estrutura, nas demonstrações contábeis assim também em nossa vida
particular se não tiver um controle. Podemos definir que a contabilidade é um fator muito
importante para as organizações e para nossa vida individual. Cada um com sua personalidade
própria. Em relação da vida financeira pessoal com a de uma empresa podemos dizer que
temos algumas diferenças podemos então citar o fluxo de caixa, sempre buscando manter o
controle de tudo, já a empresa busca cumprir seu objetivo no lucro. Uma empresa quando faz
um investimento tem uma visão de buscar no futuro receber lucro, já no pessoal buscamos
fazer investimento, mas de modo diferenciado, na vida pessoal temos uma única fonte de
renda, já uma organização tem clientes que podem ser outras empresas ou o cliente final. Os
fornecedores são a grande diferença, em caso particular podemos citar lojas de roupas ou o
supermercado, as empresas precisão de matéria-prima. Há varias semelhanças, por exemplo,
nos programamos em cima do que temos a pagar e receber sempre tentando manter o fluxo
sem entrar em defasagem, na parte pessoal prestamos serviços a uma empresa e a empresa
presta serviços a seus clientes. Somos consumidores, minhas dividas e necessidades são para
o conforto da família ou particular, já para a empresa não, todo tipo de compra é voltado para
a fabricação de produto no qual é destinado a seus clientes.
COCLUSÃO.
As empresas devem valorizar a
contabilidade, pois, ela possibilita o fornecimento de importantes informações
para tomada de decisão.
Visando a entrada e saída de dinheiro, os custos, resumindo, o funcionamento da empresa em
relação a faturamento.
ETAPA 2:
DEFINIÇÃO DE ATIVO, PASSIVO, PATRIMÔNIO LÍQUIDO, RECEITAS,
DESPESAS, PERDAS E GANHOS.
1.1. ATIVO
Em contabilidade, ativo é considerado um termo básico para expressar o conjunto de
Bens, Valores, Créditos, Direitos e assemelhados, que possam formar o patrimônio de uma
pessoa, sendo singular ou coletiva.
Sendo assim, o ativo em uma empresa deve trazer consigo resultados que possam ser
utilizados dentro do prazo de sua vida útil.
1.1.2. FORMAS DE AVALIAÇÃO DOS ATIVOS
Ao atribuirmos um valor dentro do ativo, temos que verificar qual será o objetivo da
empresa, como a aquisição de algo que se faz necessária, para manter a sua atividade ou
mesmo para se desfazer de algo que não será mais útil para a empresa e para se saber
atualmente o valor do patrimônio e para dispor seus produtos ou mercadorias à disposição de
seus clientes.
A isso, chamamos mais claramente, de valores de entrada e valores de saída.
• VALORES DE ENTRADA: Ocorre quando a empresa compra (adquire) ativo
necessário à manutenção de sua atividade.
• VALORES DE SAÍDA: Ocorre na troca de bens, produtos ou mercadorias,
convertidas em valores mobiliários, sendo assim, atribui valores aos bens que serão colocados
à disposição dos interessados.
1.1.3. ATIVO INTANGÍVEL
É um ativo não monetário, ou seja, representado por bens e direitos associados a uma
organização. O Ativo Intangível encontra-se no Balanço Patrimonial das empresas em
subgrupos do Ativo Não Circulante.
O Ativo Não Circulante baseia-se no conceito da contabilidade incluindo – se neste
grupo todos os bens de permanência duradoura. O Ativo Não Circulante é composto pelos
seguintes subgrupos:
• Ativo Realizável À Longo Prazo
• Investimentos
• Imobilizado
• Intangível
Como se pode analisar, o ativo intangível é um grupo do Balanço Patrimonial que tem
a principal característica de gerar benefícios futuros para a empresa. Ativos Intangíveis são
importantes fontes de valorização das empresas, sendo fatores como marcas, patentes,
tecnologia e pesquisas.
Com isso, pode-se ver que o ativo tem a capacidade de realizar serviços futuros para
organização que a controla, tendo assim importância fundamental na noção de benefícios
econômicos futuros.
1.2. PASSIVO
O Passivo representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com
terceiros. É tudo o que ela deve, ou seja, as dívidas que ela contraiu.
Os Passivos resultam das transações que permitem as entidades adquirirem recursos,
podendo ser impostos a uma entidade pelo governo através de impostos, multas entre outras.
São exemplos de Passivo:
• Duplicatas a pagar;
• Salários a pagar;
• Aluguéis a pagar;
• Encargos sociais a pagar;
• Juros a pagar;
• Impostos a pagar.
O Passivo deve permanecer registrado até o encerramento da dívida, quando acontece
o pagamento da obrigação.
1.3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Patrimônio Líquido pode ser caracterizado pela diferença entre Ativo e Passivo, ou
seja, é formado pelo grupo de contas que registra o valor contábil pertencente aos acionistas
ou quotistas. Ele representa o registro do valor que os proprietários de uma empresa têm
aplicado no negócio.
A partir de 2008, para as sociedades por ações, como as S/A, a divisão do Patrimônio
Líquido é feito com o Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial,
Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
No caso em que o valor do Patrimônio Líquido é negativo é também denominado de
"Passivo a Descoberto". Isto ocorre quando o valor das obrigações para com terceiros é
superior ao dos ativos.
1.3.1. CONTAS DE RESERVA
As reservas de capital constituem-se grupo de contas integrantes do Patrimônio
Líquido e a sua existência torna-se uma informação importante para tomada de decisão dos
usuários.
Elas são constituídas com valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo
resultado, por não se referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa. Às vezes é
requerida por estatuto para servir de proteção para seus credores, contra possíveis perdas.
As Reservas de Capital abrangem várias subcontas, entre elas: Reserva de Correção
Monetária do Capital Realizado, Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias, Reserva de
Alienação de Bônus de Subscrição entre outras. Até 31.12.2007, Reserva de Incentivo Fiscal,
a qual a partir de Janeiro de 2008, a respectiva reserva passa a fazer parte do grupo de
Reservas de Lucros, que são constituídas pelos lucros obtidos pela empresa, retidos com
finalidade específica. Os lucros retidos com finalidade específica e classificados nesta conta
são transferidos da conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados".
1.4. RECEITAS
A Receita é o acréscimo de benefícios econômicos e monetários em uma Entidade ou
patrimônio, no período contábil, como entrada de ativos de exigibilidade, dinheiro ou créditos
que representam direitos, que redunda num acréscimo do patrimônio líquido e é obtido
através das atividades da empresa, ou seja, do faturamento. São exemplos de receitas:
• Receita de serviços prestados;
• Receita de aluguel;
• Receita de juros;
• Receita de vendas.
1.5. DESPESAS
A Despesa provoca diminuição do Ativo ou aumento do Passivo, com consequente
diminuição do Patrimônio Líquido.
As Despesas de uma empresa ocorrem no decorrer das atividades normais, que são os
gastos, desembolsados ou devidos pela mesma, necessários ao desenvolvimento de suas
operações e está presente nos setores administrativo, financeiro, comercial e maketing. São os
gastos gerados em uma empresa, como custo de venda, salários, etc, porém sem o
envolvimento direto com o produto, ou seja, não são gastos ligados à produção. Também
pode-se citar como exemplo, o combustível do carro dos vendedores de uma empresa e o
material de escritório utilizado em uma empresa como despesa, porém não estão ligados ao
produto que ela fabrica.
1.6. PERDAS E GANHOS
As Perdas, assim como as Despesas, incluem itens que também impactam o Ativo e o
Patrimônio Líquido da mesma forma, porém as perdas são imprevisíveis e, pode-se citar como
exemplo o sinistro e os resultados de desastres como inundações, fogo etc.
Incluem também os efeitos do acréscimo anormal na taxa de câmbio de uma moeda
estrangeira quando há empréstimos atrelados à ela.
Ganhos são aumentos de patrimônio líquido provenientes de transações e eventos
econômicos, exceto aqueles que geraram receitas ou investimentos dos proprietários. Eles
representam ítens não repetitivos que têm o mesmo efeito no patrimônio, podendo ou não
surgir na atividade normal de uma empresa, ou seja, é obtido pela empresa, mas não é fruto da
atividade operacional. Os ganhos incluem também as vendas e baixas de ativos não
circulantes.
2. O BALANÇO PATRIMONIAL (BP), A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO
EXERCÍCIO (DRE) E A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC).
2.1. A IMPORTÂNCIA DO BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial tem uma função principal que é fornecer como está a situação
financeira da empresa de um período de tempo e após todos os provisionamentos e os ajustes
estarem prontos e também depois do encerramento das contas de Receita e Despesa também
ter sido executado.
Não podemos nos esquecer de que o Balanço Patrimonial pode interferir em alguns
ajustes pessoais que visam tomadas de decisões para o futuro, tais como a posição de liquidez
e endividamento, a representatividade dos principais grupos patrimoniais, entre outros.
O Balanço Patrimonial é como uma lembrança do passado que se projeta para o futuro
e o Balanço incorpora as estimativas, como as depreciações, os provisionamentos, entre
outros.
As principais categorias do Balanço Patrimonial são o Ativo e o Passivo. Os dois lados
são divididos em Circulantes, que seriam as contas a Receber e a Pagar em um curto prazo, e
o Não Circulante, que seria as contas em longo prazo, ou seja, um prazo maior de um ano.
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Disponível e Realizável em Curto Prazo Valores a Pagar em Curto Prazo
Não Circulante Não Circulante
• Realizável em Longo Prazo • Exigível em Longo Prazo
• Investimentos Patrimônio Líquido
• Imobilizável • Capital Social
• Intangível • Reservas
• Prejuízos Acumulados, etc.
2.2. A IMPORTÂNCIA E AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA DRE
A DRE tem por objetivo a demonstração de uma forma resumida do resultado de um
conjunto de operações realizadas num determinado período, sendo ele de 12 meses,
normalmente. Ela compara as receitas com as despesas nesse período, apurando o Resultado,
que pode ser negativo, quando as despesas superam as receitas, positivo, quando as receitas
superam as despesas, ou pode ser nulo, que seria a igualdade entre as receitas e as despesas.
A demonstração de resultado, tendo como princípio de competência, mostra os
diferentes níveis de resultados entre o confronto das receitas e o correspondente aos custos e
despesas. Na demonstração de resultados vemos as receitas, os ganhos, os custos, as despesas,
os encargos, entre outros.
MODELO CORRETO DA DRE
Receita Bruta
(-) Deduções
Impostos sobre vendas, devoluções, etc.
Receita Líquida
(-) Custo das Vendas
Lucro Bruto
(-) Despesas
De Vendas
Administrativas
Financeiras (-) Rec. Financeiras
Lucro Operacional
Despesas/Receitas Não Operacionais
Lucro Antes do Imposto de Renda
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social
Lucro Depois dos Impostos Diretos
(-) Participações e Doações
Lucro Líquido
2.3. QUADRO COMPARATIVO DE MÉTODOS UTILIZADOS NA DFC
MÉTODO DIRETO MÉTODO INDIRETO
INGRESSOS DE RECURSOS ORIGENS
Recebimento de clientes (xx)
Pagamento a fornecedores (xx)
Despesas administrativas e comerciais (xx)
Despesas financeiras (xx)
Impostos (xx)
Mão de obra direta (xx)
(=) Ingressos de recursos provenientes das operações xx
Recebimentos por venda do imobilizado xx
(=) Total dos ingressos dos recursos financeiros xx Lucro líquido do exercício xx
Mais:
Depreciações xx
Aumento em imposto de renda a pagar xx
Aumento em fornecedores xx
Menos:
Aumento em clientes (xx)
(=) Caixa gerado pelas operações xx
Venda do Imobilizado xx
(=) Total dos ingressos de disponibilidade xx
DESTINAÇÃO DE RECURSOS APLICAÇÕES
Aquisição de bens do imobilizado xx
Pagamento de empréstimos bancários xx
(=) Total das destinações de recursos financeiros xx
Variação líquida de disponibilidade xx
(+) Saldo inicial xx
(=) Saldo final de disponibilidade xx
Pagamento de empréstimos bancários xx
Aquisição de imobilizado xx
(=) Total das aplicações de disponibilidade xx
Variação líquida das disponibilidades xx
(+) Saldo inicial xx
(=) Saldo final das disponibilidades xx
O método direto demonstra os recebimentos e pagamentos derivados das atividades
operacionais da empresa em vez do lucro líquido ajustado. Como se verifica, a demonstração
pelo método direto facilita ao usuário avaliar a solvência da empresa, pois evidencia toda a
movimentação dos recursos financeiros, as origens dos recursos de caixa e onde eles foram
aplicados. Já o método indireto é aquele no qual os recursos provenientes das atividades
operacionais são demonstrados a partir do lucro líquido, ajustado pelos itens considerados nas
contas de resultados que não afetam o caixa da empresa.
Observa-se pelo modelo apresentado, que a demonstração pelo método indireto é
semelhante a DOAR, principalmente pela sua parte inicial, exigindo do usuário maior
conhecimento de contabilidade.
Os modelos apresentados seguem a estrutura tradicional da demonstração do fluxo de
caixa, que tem como objetivo principal mostrar as entradas e saídas de recursos financeiros.
Basicamente demonstram os seguintes itens:
1. Entradas;
2. Saídas;
3. Diferença (a - b)
4. Saldo Inicial
5. Saldo Final (c + d)
3. AS NORMAS DO CONSELHO DE CONTABILIDADE SOBRE A ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL, SOCIEDADES E CONSIDERAÇÕES SOBRE MUDANÇAS NAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – LEI 11.638/07
3.1. PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES IMPOSTAS PELAS NORMAS BRASILEIRAS DE
CONTABILIDADE
3.1.1. Norma NBC-T-2.1:
Das Formalidades da escrituração contábil: A entidade deve manter um sistema de
escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, executada da seguinte forma: em
idioma e moeda corrente nacional; em forma contábil; em ordem cronológica de dia, mês e
ano; com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou
transportes para as margens; com base em documentos de origem externa ou interna, ou, na
sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos
administrativos.
Contabilista habilitado: É responsável pela emissão de relatórios, peças, análises e mapas
demonstrativos e demonstrações contábeis.
Diário e razão: Diário é um livro de escrituração, obrigatório, onde são feitos os registros dos
atos e fatos que ocorrem dentro de uma empresa ou de sua relação com outras. Razão é para
acompanhar as posições de cada uma das contas que formam o sistema.
Fichas: Quando o “Diário” e o “Razão” forem feitos por processo que utilize fichas ou folhas
soltas, deverá ser adotado o registro “Balancetes Diários e Bancos”.
3.1.2. Norma NBC-T-2.2:
Da documentação contábil: Compreende todos os documentos, livros, papéis, registros
e outras peças, que apóiam e compõe a escrituração contábil, que pode ser interna ou externa.
3.1.3. Norma NBC-T-2.4:
Da retificação de lançamentos: É o processo técnico de correção de um registro
realizado com erro na escrituração contábil das entidades, como: estorno, transferência e
complementação.
3.1.4. Norma NBC-T-2.5:
Das contas com compensação: É um sistema próprio, onde registra-se os atos
relevantes cujos efeitos possam se traduzir em modificações no patrimônio da Entidade.
3.1.5. Norma NBC-T-2.6:
Da escrituração contábil das filiais: A Entidade que tiver unidade operacional ou de
negócios, que como filial, agência, sucursal ou assemelhada, e que optar por sistema de
escrituração descentralizado, deverá ter registros contábeis que permitam a identificação das
transações de cada uma dessas unidades, observado o que prevê a NBC-T-2 – Da Escrituração
Contábil escritural de um patrimônio.
Detalhamento: As despesas e receitas que não possam ser atribuídas às unidades serão
registradas na matriz e o rateio de despesas e receitas, da matriz para as unidades, ficará a
critério da administração da Entidade.
3.1.6. Norma NBC-T-2.7:
Do balancete: O balancete de verificação do razão é a relação de contas, com seus
respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data.
Conteúdo do balancete: Os elementos mínimos que devem constar do balancete são:
identificação da Entidade, a data a que se refere, a abrangência, identificação das contas e
respectivos grupos, saldos das contas, indicando se devedores ou credores, soma dos saldos
devedores e credores.
3.1.7. Norma NBC-T-6:
Da divulgação das demonstrações contábeis: Tem por objetivo fornecer aos seus
usuários, um conjunto mínimo de informações de natureza patrimonial, econômica,
financeira, legal, física e social que lhes possibilite o conhecimento e a análise da situação da
Entidade.
3.1.8. Norma NBC-T-6.2:
Do conteúdo das notas explicativas: As notas explicativas incluem informações de
natureza patrimonial, econômica, financeira, legal, física e social, bem como os critérios
utilizados na elaboração das demonstrações contábeis e eventos subseqüentes ao balanço.
3.1.9. Norma NBC-T-6.3:
Das republicações: Aplicam-se quando as demonstrações forem elaboradas em
desacordo com os princípios fundamentais de contabilidade, ou quando infringe as normas de
órgãos reguladores, e a assembléia de sócios ou acionistas, quando for o caso, aprovar a
retificação das Demonstrações Contábeis Publicadas.
3.2. QUADRO COMPARATIVO ENTRE DIFERENTES TIPOS DE SOCIEDADES
Sociedades Tipos de Sociedades CaracterísticasVantagens Desvantagens
Sociedade Empresária Sociedade em Nome Coletivo Somente p. física.
Responsabilidade dos sócios ilimitada. Responsabilidade dos sócios vai além do
capital
Sociedade em Comandita Simples P. física com responsabilidade ilimitada –
comanditados.
Obrigados somente pelo valor das quotas – comanditários. Vantagem perante Sociedade em
Nome Coletivo por admitir sócio comanditário (sem responsabilidade ilimitada) Em desuso
Sociedade Limitada Capital Social divide-se em quotas.
Todos os sócios respondem pela integração do capital social. Responsabilidade dos
sócios restrita ao valor de suas quotas.
Facilidade e rapidez em sua constituição com custo baixo. Forma de captação de recursos
somente através de bancos, com juros maiores.
Sociedade Anônima Capital Social dividido em ações.
É designada por denominações acompanhada da expressão Cia (companhia) ou S/A
(sociedade anônima) Responsabilidade dos acionistas limitada ao preço de emissão das
ações.
Maior acesso ao mercado e ao público investidor. Custo de implantação e manutenção mais
alto e leis de regência mais numerosas, com relação à sociedade limitada.
Sociedade em Comandita por Ações Capital dividido em ações e o acionista
administra a sociedade e como diretor, responde ilimitadamente pelas obrigações da
sociedade. Em desuso Os comanditários entram somente com o capital e recebem os
lucros, sem exercer função ativa na sociedade.
Sociedade Simples Sociedade limitada.
Sociedade em nome coletivo.
Sociedade em comandita simples. Atividade de prestação de serviços de advogados,
médicos, dentistas, etc.
Registrada Cartório de Registro Civil de P. Jurídicas. Único tipo de sociedade que aceita
sócio de serviço.
È desobrigada a manter livros de atas de reuniões ou assembléias.
Contabilidade mais simplificada.
Sociedade Cooperativa Variabilidade ou dispensa do Capital Social.
Concurso de sócios em número mínimo necessário.
Intransferibilidade das quotas do capital a terceiros.
Não visa lucros e seus resultados retornam aos sócios. Não está sujeita às leis de falência.
Não possui vínculo empregatício.
Não possui a mesma vantagem tributária de uma empresa.
3.3. AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES QUE A LEI 11.638/07 TROUXE PARA OS
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE
O principal objetivo da Lei 11.638/07 de 28/12/2007 é a atualização das regras
contábeis brasileiras e aprofundar a adequação dessas regras com os pronunciamentos
internacionais, em especial os emitidos pelo International Accouting Standards Board (IASB),
por meio dos International Financial Reporting Standards (IFRS).
Com as alterações, no que se refere ao Balanço Patrimonial, o Ativo passou a ter
apenas dois grupos de contas, o Ativo Circulante e não circulante. O subgrupo do Ativo, o
Deferido, que contabilizava as despesas iniciais na implantação das empresas, foi extinto.
Quanto ao Passivo, o grupo Exigível à Longo Prazo foi substituído pelo Passivo Não
Circulante, onde as obrigações das empresas com vencimento após o exercício seguinte
devem ser classificadas como Não Circulante.
Também foi extinto o grupo Resultado dos Exercícios Futuros (REF) e, com isso, toda
receita antecipada deve ser classificada no Passivo Circulante ou no Passivo Não Circulante,
conforme o prazo de realização.
Podem-se observar tais alterações no quadro abaixo:
ATIVO – ESTRUTURA ANTERIOR ATIVO – NOVA ESTRUTURA
Ativo Realizável Longo Prazo (ARLP)
Ativo Permanente
• Investimentos
• Imobilizado
• Intangível
• Deferido Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
• Ativo Realizável à Longo Prazo (ARLP)
• Investimentos
• Imobilizado
• Intangível
PASSIVO – ESTRUTURA ANTERIOR PASSIVO – NOVA ESTRUTURA
Passivo Circulante
Passivo Exigível à Longo Prazo
Resultado dos Exercícios Futuros
Patrimônio Líquido
• Capital social
• Reservas de capital
• Ajustes de avaliação patrimonial
• Reservas de lucros
• Ações em tesouraria
• Prejuízos acumuladosPassivo Circulante
Passivo Não Circulante
Patrimônio Líquido
• Capital social
• Reservas de capital
• Ajustes de avaliação patrimonial
• Reservas de lucros
• Ações em tesouraria
• Prejuízos acumulados
Nas Demonstrações Financeiras, foi criada a Demonstração de Fluxos de Caixa, em
lugar da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), por ser mais
conhecida internacionalmente e mais simples.
E, para as Demonstrações do Resultado do Exercício foi dada uma nova redação ao
inciso VI do artigo 187:
...as participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma
de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados, que não se caracterizem como despesa.
Deverão constar na DRE:
• Os ajustes a valor presente;
• A parcela já realizada e não destinada à formação de Reservas de Incentivos Fiscais;
• Os prêmios na emissão de debêntures.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1) O Patrimônio é representado por:
a. Bens
b. Bens e obrigações
c. Ativo e patrimônio líquido
d. Ativo + passivo + patrimônio líquido
e. Direitos + obrigações
R: A
2) As "Aplicações" de uma Empresa fazem parte:
a. Do ativo
b. Do passivo
c. Do patrimônio líquido
d. Das obrigações
e. N.D.A.
R: A
3) (AFTN/85) Assinale a alternativa que indica situação patrimonial inconcebível:
a. Situação Líquida igual ao Ativo.
b. Situação Líquida maior que o Ativo.
c. Situação Líquida menor do que o Ativo.
d. Situação Líquida maior do que o Passivo Exigível.
e. Situação Líquida menor do que o Passivo Exigível.
R: C
4) (FTE-MG/93) A representação gráfica dos estados patrimoniais que indica a existência de
"Passivo a Descoberto" é:
a. Passivo + Patrimônio Líquido = Ativo.
b. Passivo = Ativo + Patrimônio Líquido.
c. Passivo = zero e Ativo = Patrimônio Líquido.
d. Passivo = Patrimônio Líquido e Ativo = zero.
e. Passivo < ou = zero e Ativo > Patrimônio Líquido.
R: B
5) (FTE-MG/93) A empresa Cascata comprou uma máquina por R$ 350.000 em cinco
prestações iguais, sendo uma entrada no ato da compra e quatro pagamentos mensais. Após a
contabilização da operação, o patrimônio da empresa sofreu a seguinte alteração:
a. diminuiu o Ativo em R$ 70.000 e aumentou o Passivo em R$ 280.000.
b. aumentou o Ativo em R$ 280.000 e aumentou o Passivo em R$ 280.000.
c. aumentou o Ativo em R$ 280.000 e aumentou o Passivo em R$ 350.000.
d. aumentou o Ativo em R$ 350.000 e aumentou o Passivo em R$ 280.000.
e. aumentou o Ativo em R$ 350.000 e aumentou o Passivo em R$ 350.000.
R: E
CONCLUSÃO
Aprendemos com este trabalho os conceitos básicos da Contabilidade, Ativo Passivo,
Patrimônio Líquido, Receitas, Despesas, Perdas e Ganhos e a grande importância de coletar as
informações em sua total veracidade, pois, dependendo do critério adotado na mensuração e
reconhecimento das informações, o Patrimônio Líquido da empresa poderá se apresentar de
forma diferente, afetando acionistas, fisco e sociedade. Que é demonstrado através do Balanço
Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração dos
Fluxos de Caixa (DFC).
Para todas estas demonstrações e as atuações do profissional contábil, há uma
obrigatoriedade em obedecer as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) e todas as
alterações impostas pela legislação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COFIF: PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL. Disponível em < http://www.cosif.com.br/default.asp
IUDÍCIBUS, Sergio de. Teoria da Contabilidade. 10ª ed. São Paulo: 2010.
MARION, Jose Carlos. Teoria da Contabilidade. Campinas: Alínea, 2009.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Manual de Contabilidade Básica. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Link:
http://www.feata.edu.br/downloads/revistas/economiaepesquisa/v2_artigo06_importancia.pdf
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Objetivos da Contabilidade e Utilização da Informação Contábil; Introdução aos Relatórios Contábeis.
Definição de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido; Receitas, Despesas, Perdas e Ganhos.
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
MATÉRIA: TEORIA DA CONTABILIDADE
TABOÃO DA SERRA
DATA DE ENTREGA: 09/10/2012
PARTICIPANTES:
RA. 5831180080 – FLÁVIO XAVIER NOVAES
RA. 5730178425 – OSCAR PEREIRA JÚNIOR
RA. 5830179487 – KEYLA SANTOS
RA. 3768752515 – HENRIQUE URIEL LOPES
RA. 1299176843 – SILMARA APARECIDA DE OLIVEIRA
RA. 5831183228 – MAYARA BOLFARINI
RA. 5827172600 – PALOMA CRISTINA BATISTA BARBOSA