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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS MANUELA SANTOS SAMPAIO CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO ATUAL

Trabalho de Economia

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trabalho de economia para o curso de contabilidade

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Trabalho Acadmico

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CINCIAS cONTBEIS

MANUELA SANTOS SAMPAIO

CENRIO ECONMICO BRASILEIRO ATUAL

SANTA LUZIA - MG

2009

MANUELA SANTOS SAMPAIO

CENRIO ECONMICO BRASILEIRO ATUAL

Trabalho apresentado ao Curso Cincias Contbeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paran, para a disciplina de Cenrios Econmicos.

Orientadora: Professora Valquria Gasparotte

SANTA LUZIA - MG

2009

sumrio

31INTRODUO.....

42. CONCEITO DE ECONOMIA

2.1. PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONMICOS .........................................5

2.2 PRINCIPAIS CONCEITOS ECONMICOS ..........................................................5

93. CENRIO ECONMICO BRASILEIRO

3.1 O BRASIL E A CRISE ECONMICA MUNDIAL ...............................................12

153.1.1 O QUE OS GOVERNOS PODEM FAZER EM TEMPO DE CRISE:

176. CONCLUSO

1 INTRODUO

Toda a pessoa, individualmente tem necessidades bsicas como alimentar, vestir, receber benefcios para usufrurem de uma boa qualidade de vida. O coletivo tambm tem necessidades, tais como habitao, segurana, transporte, educao, mas na maioria das vezes os recursos so limitados para adquirir todos os bens e servios que desejamos para satisfao plena das nossas necessidades.

Os recursos so limitados, mas as necessidades humanas no, esto sempre se renovando, pois o mercado a todo o momento lana novos produtos, novas tecnologias cada vez mais avanados , o que cobiam a vontade do individuo, levando-o a fazer escolhas.

A economia estuda a forma pelas quais os indivduos e sociedade faz estas escolhas, e tomar decises para que os recursos disponveis, que esto sempre escassos, possam contribuir da melhor maneira para satisfazer as necessidades individuais e coletivas, tambm a maneira de como administrar estes recursos na produo de bens e servios e distribu-los para seu consumo entre os indivduos.

2. CONCEITO DE ECONOMIA

Economia, cincia social que estuda os processos de produo, distribuio, comercializao de consumo de bens e servios, que atendem s necessidades humanas. As necessidades humanas so ilimitadas, mas os recursos no. O que so recursos? qualquer coisa que pode ser usada para produzir alguma outra coisa. Os recursos de uma economia em geral comeam com a terra, o trabalho (tempo disponvel do trabalhador), capital (maquinaria, construo e outros produtos) e capital humano (conquistas educacionais, habilidades), um recurso escasso quando sua quantidade disponvel no suficiente para satisfazer todos os seus usos produtivos, h escassez de recursos naturais, como minrios, madeira e petrleo, e em uma economia mundial crescendo com um rpido aumento da populao, logo at o ar e gua pura tornaro escassos.

Os economistas estudam a forma dos indivduos, as empresas de negcios e os governos alcanarem seus objetivos no ramo econmico.

O estudo da economia pode ser dividido em dois grupos:

A) MICROECONOMIA

o ramo da cincia econmica voltada ao estudo do comportamento individual de consumo, ao estudo das empresas, produo de preos dos diversos bens, servios e fatores de produo.

B) MACROECONOMIA

Estuda o comportamento do sistema econmico, como por exemplo, o nvel de emprego, poupana, investimento, consumo e nvel geral de preos. Seus princpios so: o rpido crescimento do produto e do consumo, no aumento da oferta de emprego, na inflao reduzida e no comrcio internacional vantajoso.

Atravs da macroeconomia possvel analisar o desenvolvimento de um pas, facilitando a mensurao do nvel de desenvolvimento e crescimento econmico.

2.1. PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONMICOS

Os principais agregados macroeconmicos so:

A) PRODUTO conjunto de riquezas produzidas em um determinado perodo de temo. Expresso em unidade monetria e abrange todos os bens e servios produzidos no pas.

B) PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) valor de todos os bens e servios finais produzidos por um pas, sujeito depreciao, que o desgaste dos equipamentos e estruturas econmicas necessrias para a produo.

C) RENDA PESSOAL renda de uma pessoa menos o lucro retidos pelas empresas, os impostos diretos da empresas (Imposto de Renda) e contribuies feitas Previdncia Social, mais as transferncias do Governo, ou seja, as despesas dos inativos, pensionista e outros benefcios pagos pela Previdncia Social.

D) PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) considera as rendas recebidas do exterior por empresas nacionais do pas e desconta as que foram apropriadas por nacionais de outros pases.

2.2.PRINCIPAIS CONCEITOS ECONMICOS

A) BEM tudo aquilo que suscetvel de satisfazer a necessidade humana, seja individual ou de carter coletivo. Os bens podem ser classificados como:

Livres so aqueles que provm da natureza (ar atmosfrico, gua dos rios, etc.);

Econmicos para sua obteno o homem precisa desenvolver atividade econmica (calado, roupa, etc.);

Palpveis aqueles dotados e matria, que tem existncia fsica (relgio, celular, etc.);

Abstratos aqueles desprovidos de matria (patentes, educao, etc.);

Consumo aqueles que se consome, se deteriora, se depreciam com a utilizao (roupas, sapatos, alimentos, etc.);

Capital toda riqueza acumulada e utilizada na obteno de novas riquezas ( caminho, ttulo de crdito, etc.);

B) BALANA DE PAGAMENTO INTERNACIONAL um levantamento de natureza contbil, que registra todos os recebimentos de agentes econmicos do pas (governo, empresa, famlia) por fornecimento de produtos e fatores de produo a agentes econmicos de outros pases, em contrapartida, registra os pagamentos por suprimentos originrios do exterior. Seus principais aspectos so:

Balana Comercial o resultado lquido das exportaes e importaes de mercadorias;

Balana de Servio compreende as receitas e despesas cambiais;

Transferncia Unilateral o resultado lquido de doaes de fontes privadas, de governo ou de instituies financeiras;

Movimento de Capital so representados por entradas e sadas de ativos financeiros;

Dficit ou Supervit o resultado do Balano de Pagamentos Internacionais revela a posio do pas em suas transaes externas com um todo. Dficit indica sadas de reservas cambiais superiores s entradas, implicando em queda das reservas do pas. Supervit indica ingresso lquido de recursos com aumento dos estoques de ativos externos no pas.

C) FATORES DE PRODUO so constitudos por Natureza, Capital e Trabalho. o fator mais importante para que a economia de uma nao atinja os objetivos propostos pela sua sociedade.

Natureza de onde se abstrai grande parte das matrias primas necessrias gerao de produo;

Trabalho esforo fsico e mental desenvolvido pelo ser humano, aplicadas nas atividades de utilizao e transformao dos recursos naturais, visando produo de bens;

Capital assume a forma de dinheiro, matrias primas, equipamentos e instalaes, aplicadas na produo de forma a gerar riquezas;

D) DISTRIBUIO DE RENDAS a renda Nacional admitida como o somatrio de toda a produo de bens e servios gerados dentro dos limites territoriais do pas. Essa renda dividida pela populao define a Renda per Cpita, ou seja, a renda a que cada cidado tem direto a usufruir. Como existe, no Brasil, uma pssima distribuio de renda, o Governo deve agir desenvolvendo uma poltica econmica que possibilite, de forma global, uma igualitria participao de cada cidado na obteno de uma parcela da Renda Nacional, justa.

E) POLTICA TRIBUTRIA na formao os preos de produtos, so vrios os aspectos a considerar, um deles a frao representada pelo custo fiscal. Essa frao est embutida em todos os preos da economia. Se o Governo aumenta a alquota ou amplia a base de clculo sobre o qual esta incide, maior ser o custo fiscal e maior o preo. A poltica tributria utilizada como instrumento para reduzir ou aumentar as exportaes e importaes na medida em que o governa cria, extingue , aumenta ou reduz a alquota sobre produtos que entram ou saem do pas.

F) BALANA COMERCIAL em determinados momentos a quantidade de importaes e/ ou exportaes pode desequilibrar a balana comercial o Governo na qualidade de gestor, tem que cuidar de manter o equilbrio. Quando se percebe um excesso de exportaes de um determinado produto, cujo resultado a escassez do produto no mercado interno, o Governo estabelece quotas mximas de exportao. Alm da busca do equilbrio na balana vale observar que esse desequilbrio na quantidade ofertada e procurada significa alta de preos nos produtos, no mercado interno.

G) OFERTA E DEMANDA um principio que organiza e explica os preos e quantidade de bens vendidos e as mudanas em uma economia de mercado. Ela define o que produzir, quanto produzir e para quem produzir. O equilbrio da oferta e procura, atingido com um preo que faz igualar as foras.

H) INFLAO o contnuo, persistente e generalizado aumento de preos.

Inflao de Demanda refere-se ao excesso de demanda agregada em relao produo disponvel de bens e servios na economia. causada pelo crescimento dos meios para pagamento que no acompanha o crescimento da produo;

Inflao de Custos ocorre quando o nvel da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores aumentam, levando a retrao da oferta e provocando um aumento dos preos no mercado.

Inflao Inercial aquele que a inflao presente uma funo da inflao anterior. Seu grande vilo a indexao, que o reajuste do valor das parcelas de contrato pela inflao do perodo anterior.

Inflao Estrutural causada por presses dos custos, derivados de questes estruturais como agrcolas, comrcio internacional. etc.

I) POLTICA FISCAL a manipulao dos tributos e dos gastos do governo para regular as atividades econmicos. Ela usada para neutralizar as tendncias depresso e inflao. Pode ser expansiva (quando h uma insuficincia de demanda reunida em relao produo, ou seja, excesso de produo gerando reduo da mo de obra) ou restritiva ( usada quando a demanda supera a capacidade produtiva da economia).

J) POLTICA MONETRIA representa a atuao das autoridades monetrias com o propsito de controlar a liquidez global do sistema econmico. A Poltica Monetria Restritiva - engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de moedas, a encarecer os emprstimos, os instrumentos de utilizao so:

Recolhimento compulsrio (consiste na custodia pelo Banco Central, de parcelas dos depsitos recolhidos do pblico pelos bancos comerciais);

Assistncia financeira da liquidez (O Banco Central empresta dinheiro aos bancos comerciais sob determinado prazo e taxa de pagamento);

Venda de ttulos pblicos (quando o Banco Central vende ttulos ele retira moeda da economia);

Poltica Monetria Expansiva - formada por medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e baratear os emprstimos. Os instrumentos utilizados so:

Diminuio do recolhimento compulsrio;

Assistncia financeira da liquidez (o Banco Central empresta dinheiro aos bancos comerciais, aumentando o prazo de pagamentos e diminuindo a taxa de juros);

Compra de ttulos pblicos (quando o Banco Central compra ttulos aumenta a quantidade de moeda na economia);

K) TAXA DE CMBIO a relao entre o valor de duas unidades monetrias, indicando o preo em termos monetrios nacionais da divisa estrangeira correspondente.

3. CENRIO ECONMICO BRASILEIRO

O Desenvolvimento econmico brasileiro marcado por fatores histricos que comprometeram a vida scio-econmico do povo. O ponto de origem da formao econmica brasileira encontra-se na desigual distribuio do progresso que, no desejo de gerar um processo de crescimento e desenvolvimento, criou-se uma diviso internacional altamente prejudicial, com economias centrais que caracterizou um conjunto de economias industrializadas e outro de economias perifricas (agrcolas), formados por exportaes de setor primrio. A grande depresso econmica da dcada de 30 reduziu as exportaes brasileiras e diminuiu a capacidade de importar, a renda nacional perdeu sua principal fonte geradora, e a demanda tornou-se insatisfatria, levando a um movimento industrial que surgiu no eixo Rio - So Paulo, provocando uma economia regional onde passou a ocorrer uma concentrao produtiva nesta regio.

A partir de 1939 o governo passou a se preocupar em gerenciar a economia, assinalando e normatizando as articulaes econmicas, participando ativamente como agente produtor e consumidor ou mesmo regulador. Foram criados, durante dcadas, planos para o processo econmico:

A) PLANO ESPECIAL DE OBRAS PBLICAS E APARELHAMENTO DA DEFESA NACIONAL (1939) foi o primeiro plano formulado e gerenciado pelo Governo brasileiro, embora tenha atingido uma alta taxa de realizao e equilbrio oramentrio, no gerou efeito sobre o processo econmico produtivos;

B) PLANO DE OBRAS E EQUIPAMENTOS (1943), baseando-s no Plano Especial seguiu a mesma trilha e obteve os mesmos resultados;

C) PLANO SALTE (1950), era referente Sade, Alimentao, Transporte e Energia, inseriu a formulao indicativa para o setor privado e o consentimento de linha de crdito criando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico, atual BNDES, como normatizador e regulador do processo econmicos;

D) PROGRAMA DE METAS (1956) presumiu a existncia de pontos estranguladores na economia, estabeleceu objetivos globais e setoriais no intuito de romper estes segmentos atravs de uma ao conjunta com o setor privado. O Governo passou a interferir de maneira mais direta na economia, mantendo o controle sobre faixas de decises privadas.

E) PLANO TRIENAL DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL (1963) foi o primeiro a apostar em coordenar os objetivos globais e setoriais, buscando o controle a longo e curto prazo. Estabeleceram polticas fiscais, monetrias e cambiais, a fim de gerenciar a presena do Estado na economia, e controlar os possveis nveis de investimentos governamentais que levassem o setor privado a seguir indicativos da programao econmica. O seu fracasso foi causado por presses de diversos segmentos, pois era considerado de carter intervencionista.

F) PROGRAMA DE AO ECONMICA DO GOVERNO PAEG- (1964) caracterizou-se pelos princpios da economia de mercado, apesar do carter liberalista, o governo passou de agente regulador para agente produtor e consumidor, instalando muitas empresas estatais que foram responsveis pelo dficit oramentrio, pela emisso monetria, pelas presses inflacionrias e pela queda do consumo.

G) PLANO DECENAL DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL (1967) arquitetou um modelo de crescimento econmico, elaborado a fim de compatibilizar objetivos bsicos de crescimento, estabilidade e poltica externa, via balano de pagamentos , mas o plano no foi executado.

H) PROGRAMA ESTRATGICO DE DESENVOLVIMENTO (PED) (1968) diagnosticou a oportunidade de substituir importaes e o alargamento do setor pblico na atividade econmica, ocupando-se a programar investimentos em reas estratgicas, construir um conjunto de instrumentos financeiros sobre o setor privado. O PED manteve fatores como salrios, preos, juros e lucros sob estreita vigilncia e ampliou os crditos relativos ao financiamento da dvida pblica.

I) PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO I PND (1971) prendeu-se as empresas privadas nacionais, multinacionais e pelas estatais. A preocupao do governo em construir um programa que mantivesse as multinacionais sobre controle e preservasse o setor privado nacional, incentivou ainda mais, a presena do Estado na economia, aumentando o controle dos preos finais.

J) PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO II PND (1975) props um modelo econmico e social fundamentado em potencia emergente. A despeito dos erros anteriores o II PND insistiu em propor aes do governo sobre os programas estratgicos de infra-estrutura econmica social e traar diretrizes para o setor privado, o incumbido de atender somente as necessidades bsicas da populao.

K) PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO III PND (1980) registrou alto ndice de flexibilidade, estabeleceu diretrizes gerais e criaram um amplo programa indicativo, em que a presena do Estado se limitou aqueles considerados bsicos no processo de crescimento e desenvolvimento.

L) PLANO CRUZADO (1985) os objetivos bsicos era conseguir vencer o combate inflao, mantendo os nveis de produo e emprego. Sua ao principal foi o congelamento de todos os preos, cujo objetivo principal era cegar a inflao zero em curto prazo. O plano dirigiu-se a desajustes globais e setoriais.

M) PLANO DE CONTROLE MACROECONMICO (1987) originou-se do fracasso do Plano Cruzado, assim como das incertezas do Plano Bresser, o qual tentou estabilizar atravs o congelamento dos fatores de preos e salrios. O Plano de Controle buscou o tratamento a longo prazo, buscando associar a capacidade produtiva aos pressupostos de crescimentos econmicos, atravs do setor interno e externo.

N) PROGRAMA ECONMICO (1991) caracterizou-se por uma brusca reduo na oferta monetria, a partir da reteno do Cruzado em limite prefixado pelo Governo e da transformao do Cruzado em Cruzeiro. Inexistiu o processo de planejamento, e as medidas adotadas a curto prazo teve efeito, mas resultou em conflito entre o Estado e o controle setorial.

O) PROGRAMA DE ESTABILIZAO ECONMICA OU PLANO REAL (1993) o objetivo principal era desindexar a economia, pois o governo entendia que polticas macroeconmicas, com economia indexada, impe custos econmicos e sociais extremamente elevados. Este programa foi implementado em 3 fases:

Estabelecimento do equilbrio das contas do governo;

Criando a Unidade Real de Valor (URV);

Converso desse padro de valo em uma nova moeda: o Real;

O Plano Real partiu de um diagnostico correto acerca das origens do processo inflacionrio: o desequilbrio das contas pblicas. Outra questo o cenrio econmico mundial e sua possvel repercusso na economia brasileira. A partir da implantao do Plano Real, o Brasil, foi ao longo dos anos retomando o crescimento econmico. Atualmente a economia brasileira que muito respeitada internacionalmente, tem como fundamento trs pilares:

Regime de metas de inflao;

Cambio flutuante;

Poltica fiscal apertada.

P) PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO PAC (2007) conjunto de medidas para proporcionar maior crescimento econmico do pas, com aes previstas at 2010 e uma meta de gastos de 500 bilhes de reais. Dentre as resolues do PAC o maior destaque para os investimentos em infra-estrutura, embora o pacote contemple reas como desonerao tributria, acesso ao crdito e meio ambiente.

3.1 O BRASIL E A CRISE ECONMICA MUNDIAL

Uma crise financeira normalmente desencadeada quando h, em determinada nao, um maior nmero de agentes pessimistas em relao aos demais. Suas principais conseqncias so as desvalorizaes dos ativos financeiros e a liquidez de diversas instituies.

O mundo passa por uma grave crise econmica que teve inicio nos Estados nicos e se espalha pelo mundo gerando problemas econmicos e problemas sociais. Bancos de diversos ramos, investimentos, hipotecas, nos Estados Unidos e em outros pases, principalmente a Europa, j sofreram prejuzos bilionrios e em alguns casos fecharam. As origens da crise se deu devido:

Boom imobilirio e a disseminao das hipotecas do mercado subprime (securitizao);

Expanso do consumo nos EUA, acima do potencial de crescimento da economia;

Aumento do endividamento norte-americano ;

Crdito farto e barato;

Alto grau de alavancagem das instituies financeiras;

Desregulamentao do sistema financeiro internacional;

Forte aumento da participao dos ativos financeiros na gerao de riqueza;

Inovaes no sistema financeiro;

Profunda interligao entre as economias mundiais;

J o Brasil atravessa o seu melhor momento econmico dos ltimos 30 anos. Estabilidade econmica, expanso da renda e do consumo e investimentos crescentes aceleram o crescimento econmico e a reduo das desigualdades sociais. O alcance da condio de grau de investimento, atribuda pela agncia de classificao de risco Standard & Poors, de certa forma simboliza esta mudana de patamar de qualidade de nossa economia.

De fato, h uma srie de evidncias de que nos ltimos cinco anos a nossa economia tornou-se mais robusta e deu um salto de qualidade:

A expanso do crescimento econmico mundial, especialmente dos grandes pases emergentes, ampliou fortemente a demanda e os preos de commodities nas qual o Brasil altamente competitivo. O pas aumentou sua atratividade aos investimentos externos, o que tambm contribui para a apreciao cambial, com a conseqente reduo do custo das importaes, inclusive de bens de capital, o que tambm ajuda a manter a inflao em baixos patamares.

O mercado acionrio brasileiro deu um grande salto nos ltimos trs anos. A Bolsa de Valores de So Paulo (Bovespa) ampliou significativamente o volume de negcios, principalmente quando comparado a outras bolsas de valores da Amrica Latina, consolidando a sua posio de principal mercado da regio.

O ambiente de estabilidade econmica, a expanso das transferncias de renda (Bolsa Famlia, penses, aposentadorias, acrscimos reais do salrio mnimo) e do consumo do governo, juntamente com a forte ampliao do crdito ao setor privado (de 23% do PIB em 2003 para 34% no incio de 2008), alavancaram o consumo das famlias e o crescimento econmico. Deste modo, nos ltimos dois anos, 20 milhes de brasileiros saram da pobreza e alcanaram chamada classe C (pessoas com renda familiar mdia de 1.062 reais) que se tornou o maior estrato econmico da populao: 86 milhes de brasileiros.

Alm disso, e para alm de fatores conjunturais, no se deve esquecer que o Brasil possui condies estruturais que lhes asseguram diferenciais competitivos de grande potencial em mbito global neste incio do sculo XXI.

Diversidade e abundncia de fontes potenciais de energia inclusive renovveis.

Disponibilidade de gua e solos agricultveis: cerca de 10% da vazo mdia mundial est nos rios brasileiros, constituindo-se na maior disponibilidade hdrica do planeta.

Mercado nacional integrado e de grande escala, com segmentos econmicos mundialmente competitivos. Alguns setores da indstria nacional, como a agroindstria e a siderurgia, por exemplo apresentam elevada produtividade e baixo custo unitrio de seus produtos, o que os torna competitivos em qualquer parte do mundo:

Primeiro produtor mundial de jatos regionais (exportaes da Embraer);

Maior exportador mundial de caf, acar, carne bovina e de frango;

2 maior exportador de soja;

3 maior mercado de cosmticos e celulares do mundo;

5 maior parque de computadores e 8 maior mercado de automveis do mundo;

Sistema bancrio slido, bem regulado e reconhecido como um dos mais eficientes do mundo.

FONTE: Quatro Cenrios Econmicos para o Brasil 2008-2014 - Maio 2008 - Cludio Porto

O Brasil tem um mercado livre e uma economia exportadora, e contrariando as expectativas em meio a uma crise mundial, as exportaes do Brasil tem crescido ostensivamente. O maior mercado de nossos produtos a China. Hoje somos considerados a 10 maior economia mundial.

3.1.1 O QUE OS GOVERNOS PODEM FAZER EM TEMPO DE CRISE:

Governo Federal:

Reduzir juros e expandir o crdito;

Manter as redes de proteo social;

Manter ou acelerar investimentos prioritrios com maior capacidade de gerao de empregos;

Conter ou reduzir despesas de custeio;

Reduzir impostos para estimular os agentes privados (empresas e consumidores);

Governos Estaduais:

Manter ou intensificar investimentos com efeito positivo sobre os empregos;

Praticar gesto intensiva para melhorar a qualidade e produtividade do gasto;

Conter ou reduzir despesas de custeio;

Iniciativas para articulao e parceria com o setor privado;

Fonte: Cenrios Econmicos para o Brasil Focalizados na Crise Mundial - Claudio Porto e equipe Macroplan - Maro de 2009

6. Concluso

A economia do Brasil tem um mercado livre e exportador, apesar das enormes diferenas de rendas e empregos, por regio, tem se construdo uma economia slida, aps vrias crises econmicas sofridas ao longo de dcadas.

Hoje o Brasil visto pelo mundo como um pas com grande potencial econmico, concorrendo com pases ricos como China, Rssia e ndia.

Existem ainda alguns desafios para os governos que incluem a necessidade de promover melhor infra-estrutura nas regies brasileiras, modernizar o sistema de impostos e reduzir a desigualdade de renda.

referncias

http//: www.ucg.br/Economia Rural - Aulas\Conceitos Econmicos.doc < acessado em 16/05/2009>

http//: Cenrios Econmicos para o Brasil Focalizados na Crise Mundial - Claudio Porto e equipe Macroplan - Maro de 2009.

http://www.economiabr.net/economia atual

http//:portalexame.com.br/revista/exame/edicoes/0936/economia.html

http//: www.administradores.com.br/artigos/entenda_a_crise.html

http//:democraciapolitica.blogspotcom/2009/05.html < acessado em 20/05/2009>

http//:pt.wikipedia.org/wiki/Economia#Conceitos_econ.C3