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1 Universidade Federal de Viçosa Colégio de Aplicação – COLUNI Projeto de Educação Financeira Professores: Renata Pires Gonçalves, Paulo Tadeu Gandra Campos Júnior Maria Tereza Fernandino Evangelista Cleuza Eunice Pereira Brumano Turma: 1º ano C Viçosa – MG 2015

Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

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O seguinte trabalho está em formato de tese e foi elaborado por uma turma do primeiro ano do ensino médio do Colégio de Aplicação COLUNI da UFV, ele conta com abordagens referentes ao consumismo e ao controle de gastos baseados em uma pesquisa feita em sala de aula. Ele também conta com um referencial teórico que abrange o consumo em diversas áreas, além de suas influências para a Sociedade.

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Universidade Federal de Viçosa

Colégio de Aplicação – COLUNI

Projeto de Educação Financeira

Professores:

Renata Pires Gonçalves,

Paulo Tadeu Gandra Campos Júnior

Maria Tereza Fernandino Evangelista

Cleuza Eunice Pereira Brumano

Turma: 1º ano C

Viçosa – MG

2015

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RESUMO

Esse artigo é resultado de um projeto desenvolvido ao longo dos quatro

bimestres do primeiro ano escolar de uma escola de ensino médio, trazendo para os seus

produtores um crescimento gigantesco no âmbito educacional devido à novidade de trazer

para adolescentes um assunto que, muitas vezes, é direcionado apenas para adultos. A

cada bimestre, trabalhamos temas e práticas que têm relação direta com a vida financeira

de nós, estudantes. No primeiro, a abordagem ocorreu de uma maneira mais geral,

constando apenas como uma apresentação do tema. Portanto, essa etapa não será

detalhada aqui, sendo proposta a leitura do clássico “O Homem Mais Rico Da Babilônia”

que ensina aos leitores a solucionar problemas financeiros. No segundo bimestre, o

trabalho iniciou-se com uma palestra ministrada por Marco Aurélio Kisteman Jr., da

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) que trabalha com Educação Financeira

nessa instituição. Na palestra, foram abordados temas diversos sobre o consumismo que

tiveram grande importância para construção do referencial teórico, o qual foi feito a partir

de fontes – filmes, livros, revistas, artigos, etc. – que nós tínhamos a respeito do tema

consumismo, incluindo seus prós, contras e suas consequências. No terceiro bimestre,

produziu-se o desenvolvimento deste trabalho – material e métodos – que se constitui na

análise da administração do dinheiro pelos alunos da turma 1C. Por fim, para o quarto

bimestre, ficou a finalização do trabalho realizado durante todo o ano.

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Sumário

1- INTRODUÇÃO 5

1.1- OBJETIVOS 5

2- REFERENCIAL TEÓRICO 6

2.1- IDEOLOGIA DO CONSUMISMO 6

2.2- FATOR PSICOLÓGICO E CULTURAL E INFLUENCIAM NA COMPRA 8

2.3-O CONSUMISMO, A ECONOMIA E AS TÁTICAS DO MERCADO 9

2.3.1- O LADO MAU 9

2.3.2- O LADO BOM11

2.4- CONSUMISMO VERSUS MEIO AMBIENTE 13

3- MATERIAL E MÉTODOS 15

3.1- UMA VISÃO GERAL E SUPERFICIAL DA TURMA 15

3.2- GRUPO 1: AS PECULIARIDADES DS ESTUDANTES QUE MORAM EM VIÇOSA

COM OS PAIS 16

3.2.1- GASTOS INFORMAIS E COMPULSIVIDADE 17

3.2.2- GASTOS EXTRAS INFORMAIS 19

3.3- ESTRATÉGIAS PARA SE CONTER OS GASTOS EXCESSIVOS 20

3.4-POUPANÇA COMO MÉTODO DE ANÁLISE 21

4- RESULTADOS E CONCLUSÕES 24

4.1 – UMA VISÃO GERAL DOS GRUPOS SOBRE SI 24

4.2 – CONTROLE DE GASTOS E A COMPULSIVIDADE DOS ALUNOS COM BASE

NAS DISCUSSÕES DO REFERENCIAL TEÓRICO 26

4.3 – UMA CONCLUSÃO NUMÉRICA 26

4.4 – CONCLUSÃO FINAL 27

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5- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29

6- ANEXOS 31

LISTA DE GRÁFICOS

GRAFICO 1: MÉDIA DE GASTOS POR GRUPO 16

GRAFICO 2: MÉDIA DE GASTOS DOS ESTUDANTES QUE RESIDEM EM VIÇOSA 17

GRÁFICO 3: DISTRIBUIÇÃO DOS ESTUDANTES EM RELAÇÃO AOS GASTOS COMPULSIVOS

18

GRAFICO 4: DISTRIBUÇÃO DOS ESTUDANTES EM RELAÇÃO AOS EXTRA INFORMAIS 20

GRAFICO 5 GASTOS MENSAIS COM DOCES 21

GRAFICO 6: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO GRUPO G2.1 – QUANTIDADE POUPADA 22

GRAFICO 7: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO GRUPO G2.2 – QUANTIDADE POUPADA 23

GRAFICO 8: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO GRUPO G2.3 – QUANTIDADE POUPADA 23

GRAFICO 9: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO GRUPO G2 – QUANTIDADE POUPADA 24

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1- INTRODUÇÃO

Armadilhas de caráter atrativo são constantemente adotadas por empresas que

visam fisgar os anseios do cliente inserindo ofertas que tocam uma parte mais vulnerável

do psicológico. Muitas pessoas acabam excedendo sua renda para suprir os desejos

despertados por influências sociais e midiáticas. Forma-se, assim, um ciclo vicioso

impulsionando a economia e alterando o meio ambiente já que este circuito de capital é

responsável pela compulsividade de muitos consumidores e pela alta produção de lixo.

A globalização influencia a constante variação da produção de bens de consumo

na contemporaneidade, sendo que isto induz o consumidor a comprar tecnologias cada

vez mais aprimoradas. Cria-se, portanto, a necessidade de fortalecer métodos

indispensáveis para uma boa administração da renda, fugindo de situações de

dificuldades financeiras. Além disso, tornam-se pertinentes discussões relacionadas ás

áreas "obscuras" do consumismo, principalmente no que se relaciona às táticas de

mercado que visam atrair o consumidor, já que o conhecimento encontra-se intrínseco

com o processo de prevenção e controle de gastos desmedidos.

Baseando nisto, o presente trabalho visa tratar do consumismo e de suas variadas

influências na sociedade, partindo de uma pesquisa em sala de aula e expandindo-se

para contextos gerais que abrangem áreas psicológicas e culturais, além das

necessidades do ser e o meio.

1.2- OBJETIVOS

Os principais objetivos do presente trabalho voltam-se à realização de discussões

relativas à administração financeira dos adolescentes, visando-se a criação de uma

mentalidade crítica e reflexiva em relação ao consumo. Neste artigo, também buscamos a

inserção da matemática financeira na vida cotidiana dos alunos, tornando-a mais que uma

matéria de cálculo e possibilitando que os participantes deste projeto, além dos leitores,

possam controlar melhor os seus gastos e usufruírem do exercício de cidadania que este

projeto integrou

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2- REFERENCIAL TEÓRICO.

O consumismo é uma das características marcantes da sociedade. Sua

principal função se volta para a própria essência do capitalismo, ou seja, a

venda de produtos e serviços com vistas à apropriação do lucro. Ocorre

que, se a ideologia do consumo se vincula a interesses mercadológicos, o

seu grande sucesso, bem como suas consequências, transcendem

questões de natureza meramente econômica. (LINDOMAR, 2005, p.39)

O consumismo é constantemente presente na sociedade e tal fato, contrariando o

imaginário de grande parte das pessoas, não é recente. Ainda anteriormente ao

surgimento do sistema capitalista da forma como atualmente se estrutura, a aristocracia

europeia e, posteriormente, a burguesia mercantil, utilizavam-se da posse de

determinados produtos para afirmar sua superioridade e poderio, muitas vezes adquirindo

supérfluos pela simbologia que estava contida neles.

Nos dias atuais, com a evolução dos recursos midiáticos e de marketing, a

valorização e até mesmo a indução de práticas consumistas vem se tornando cada vez

mais visíveis. Tal fator vem despertando em algumas pessoas, de modo isolado, o

questionamento e a busca pelo conhecimento a respeito do que realmente está por trás

de comportamento tão incentivado por aqueles que possuem as ferramentas necessárias

para exercer poder e influência sobre a coletividade.

O consumismo se expressa na sociedade nas mais diversas maneiras e mais

abrangentes esferas, sendo determinante tanto no que diz respeito à situação econômica

do indivíduo, das pequenas empresas e grandes corporações internacionais, como

também na forma como as pessoas se relacionam, agem, fomentam e se utilizam de seus

valores, podendo agir de forma exclusiva ou generalizada em cada caso específico.

O presente referencial busca discutir sobre o consumismo, abrangendo áreas

como suas implicações na economia, indústria, imaginário e formação da sociedade e

meio ambiente, além de procurar incitar uma reflexão a respeito da própria ideologia do

consumismo e suas formas de se expressar psicologicamente na população.

2.1- Ideologia do consumismo:

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“É assaz comum associar o consumismo ao capitalismo, pois ambos

quase que se confundem. Não obstante, antes do advento da sociedade

capitalista tivemos alguns pressupostos do consumismo: a cultura do

consumo.” (LINDOMAR, 2005, p.40)

A cultura do consumo, como já foi dito, não é algo recente, o que pode ser visto

na aristocracia europeia, com sua ostentação e luxo em demasia e, a partir do século XV,

na burguesia, que incorporou vários costumes da classe que era considerada nobre e

poderosa. Com o passar dos anos e com o fortalecimento do capitalismo, o consumismo

foi tornando-se parte integrante da sociedade, sendo utilizado de maneira bastante efetiva

a fim de fazer com que o consumo se tornasse mais do que algo que puramente atendia

às necessidades primeiras da população.

A ideologia do consumismo é bastante completa, atuando inclusive na criação de

um sentimento e simbolismo para caracterizar e significar cada uma das marcas. Tais

táticas têm o intuito de fazer com que o público alvo do produto se identifique com o

mesmo, que despertará o sentimento de prazer e satisfação, incentivando a compra para

que as frustrações cotidianas possam ser remediadas e utilizando-se do consumo como

prêmio de consolação. Portanto, o capitalismo se mantém no consumismo através de

estratégias bem definidas, por meio de uma publicidade inteligente, sedutora e que faz de

si transportadora e produtora de valores e desejos, a fim de convencer de forma individual

cada perfil de consumidor.

O sistema capitalista necessita não somente de um aparato infraestrutural

(produção, mão de obra, tecnologia, etc.), mas precisa de instrumentos

que irão conquistar a dimensão subjetiva e valorativa com o intuito de

convencer o sujeito a consumir produtos e serviços. (LINDOMAR, 2005,

p.40)

Por fim, entendendo-se um pouco a respeito das estratégias do consumismo, é

importante dar ênfase a algumas das consequências dessa imposição indireta dos hábitos

consumistas sobre as diferentes esferas da sociedade. A supervalorização dos produtos

de maneira individual teve como uma de suas consequências a segregação entre aqueles

que, possuindo as riquezas necessárias, consomem e aqueles que não, fazendo com que

muitas vezes os primeiros se julguem superiores aos segundos. Em razão disso, muitas

vezes, possuir produtos que simbolizam riqueza e superioridade passou a ser mais

importante que atender às próprias demandas básicas da população, o que gera uma

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incongruência na forma de lidar com e superar a pobreza. Assim, de acordo com

Cristovam Buarque:

Criou-se na população um padrão de sonhos: alto consumo, em vez do

atendimento das necessidades essenciais. Isto formou um imaginário que

decide as eleições públicas, que orienta a economia e que na busca do

aumento da riqueza, torna-se incapaz de reduzir a pobreza. (BUARQUE,

2002, p.77-78)

2.2- Fator psicológico e cultural e influenciam na compra

A cultura do consumo marca-se, assim, pela estimulação sensorial, pela

sedução da publicidade e pela incitação de novos desejos e necessidades,

num processo em que a duração primordial é praticamente nula – o

efêmero e o imediato conduzem os sonhos e as escolhas num processo

ininterrupto de criação e satisfação de desejos. (GUERRA, 2010, p 46)

Um determinado produto é cheio de simbolismo, advindos do marketing e da

marca, além do histórico do consumidor e seu grupo social, que o influenciam a ser

comprado. O ato de comprar, é mais do que simplesmente obter um novo produto, sacia à

vontade e faz o indivíduo ascender a uma nova classe: A classe dos que podem adquirir o

novo produto. Renata Guerra, em sua dissertação de Pós-Graduação em Sociologia de

2010, explora bem esse campo ao pontuar:

Os bens de consumo têm uma significação que ultrapassa seu caráter

utilitário e seu valor comercial e que consiste, especialmente, em sua

habilidade em portar e comunicar significados culturais. Este significado,

no entanto, não é fixo nem rígido: ele se encontra perpetuamente em

movimento, fluindo pelo mundo social, influenciando e sendo influenciado

pela prática individual e coletiva dos atores do processo de consumo – os

produtores, os designers, os publicitários e, também, os próprios

consumidores. (GUERRA, 2010, p 47)

Joanna Faustaino, (2009), aborda a influência das camadas sociais no indivíduo

ao fator compra: “é fundamental investigar as influências advindas do grupo/camada

social do consumidor para o seu comportamento individual e as influências que um grupo

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social exerce sobre o outro.”, e explora, por quadros, os principais estímulos para a

compra, citando marketing, psicologia do consumidor, decisão do comprador e outros,

subdividindo em informações mais específicas, e conclui que, para se entender as ações

do consumidor, primeiro tem-se que entender as manobras do mercado para se efetuar a

venda.

2.3- O consumismo, a economia e as táticas do mercado:

2.3.1- O lado mau:

“[...] Pouco depois da segunda guerra mundial, estes sujeitos (governo e

corporações) estudavam uma forma de impulsionar a economia. O analista

de vendas (do presidente dos Estados Unidos da América) Victor Lebow

articulou a solução que seria a norma de todo o sistema. Ele disse: “A

nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo nossa

forma de vida, que tornemos a compra e uso de bens em rituais, que

procuremos a nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego, no

consumo. Precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas,

substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior”.” (LEONARD, 2007,

11 minutos e 50 segundos de vídeo)

O consumismo foi utilizado como tática para impulsionar a economia nos meados

do século XX, pós Segunda Guerra Mundial, e dessa forma emergiu a ideologia do

consumo que prende o indivíduo em um ciclo vicioso de comprar, consumir e descartar.

Infelizmente esse ciclo não é benéfico para o planeta Terra, mas é extremamente benéfico

ao mercantilismo, visto que o consumo desenfreado, e seus respectivos gastos,

movimentam a economia global.

A necessidade das grandes corporações de adquirir alto capital faz com que estas

utilizem de mão de obra barata – como crianças-, desrespeitando os direitos humanos,

trabalhistas e o justo salário. Causa também a exploração desenfreada dos recursos

primários, esquecendo que estes são finitos. Tudo para baratear a cadeia de produção. E

para impulsionar as vendas, tanto no setor atacadista, quanto no varejista, utiliza-se de

propagandas, mídia e promoções, conquistando o cliente final.

De fato, a publicidade passou de uma comunicação construída em torno

do produto e de seus benefícios funcionais a campanhas que difundem

valores e uma visão que enfatiza o espetacular, a emoção, o sentido não

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literal, de todo modo significantes que ultrapassam a realidade objetiva dos

produtos. Nos mercados de grande consumo, em que os produtos são

fracamente diferenciados, é o “parecer”, a imagem criativa da marca que

faz a diferença, seduz e faz vender. (LIPOVETSKY, 2007, p. 46)

Na tentativa de ocultar do consumidor a natureza do consumo, o comércio tende

a naturalizá-lo excessivamente trazendo como fato banal, ou tentando mascará-lo,

disfarçando por meio da publicidade. As propagandas, por vezes, retrataram preços

exorbitantes com espantável indulgência, ou vangloriam marcas e lojas como se seus

preços e produtos fossem “melhores que os da concorrência”.

Supostas promoções são outro artifício frequentemente utilizado. O comprador,

levado a acreditar na vantagem que pode ser obtida através da compra, se convence a

realizá-la. Porém, o fato que se dá é um, ou vários, aumentos no custo de uma

mercadoria, para que, sucessivamente anuncia-se uma promoção ou desconto. Por vezes

estas não são verdadeiras, mas se apresentam igualmente eficazes como mecanismos

de vendas, o que favorece o comércio em detrimento do cliente.

A promoção apela para o lado emocional do consumidor e o leva às

compras muitas vezes por impulso. Lembre-se: ofertas atraentes

despertam desejo. Mesmo que o frasco de uma determinada marca de

xampu ainda esteja na metade, é bastante provável que o usuário do

produto adquira mais um pote se o kit com o condicionador estiver com

desconto. Ao se deparar com uma promoção como essa, o cliente

desobedece a orientação da lista de supermercado e se entrega à

tentação. (PELEGRINE, 2009) ²

Preços considerados menores são elaborados, de modo a acreditar-se que esta

gastando menos, por exemplo, ao fato não registrar valores “redondos”: Um simples

anúncio de R$99,99 engana áreas do cérebro responsáveis pela cautela e planejamento,

e leva o consumidor a acreditar que está gastando menos. Isso, consequentemente,

reduz a culpa envolvida no ato da compra, efetuando-a.

A durabilidade dos produtos, por vezes, também é questionável. Devido à

necessidade da indústria aumentar suas demandas, passou-se a fabricar-se produtos

_______________________

² Retirado de: http://www.facadiferente.sebrae.com.br/2009/05/25/inovacao-para-aumentar-as-vendas-e-

fidelizar-o-cliente/,

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com “data de validade” para seu funcionamento. É a chamada obsolescência, que pode

ser perceptível ou não para o consumidor.

Para não desperdiçar o tempo de seus clientes, nem prejudicar e impedir

suas futuras, mas imprevisíveis alegrias, o mercado de consumo oferece

produtos destinados ao consumo imediato, de preferência para um único

uso, seguido de rápida remoção e substituição, de modo que os espaços

de vida não fiquem congestionados quando os objetos hoje admirados e

cobiçados saírem de moda. (BAUMAN, 2005, p. 146)

A Obsolescência Perceptível tem como exemplo as sacolas plásticas, criadas

para serem utilizadas apenas uma vez e serem descartadas.

A não perceptível, nomeada de Programada tem como exemplo os setores

tecnológico e o automobilístico. Peças, aparelhos eletrônicos e motores são feitos para

que durem uma quantia determinada de tempo ou de vezes que são utilizados. As

“inovações” nestes setores são apenas algumas melhorias se comparados com os

anteriores.

Há ainda as “facilitações” para o pagamento, meio pelo qual o consumismo se

expande e se mantém. São os chamados créditos que podem vir por meio de

empréstimos, cartão, cheque, crediário, dentro outros meios. Os motivos são diversos, e

mesmo com o olhar contrário ao crédito a prática se expande, e com ela o endividamento,

principalmente nas classes mais baixas.

Dentre as modalidades de crédito mais procuradas pelos consumidores no

primeiro semestre deste ano está, primeiramente, o crédito pessoal (37,6%

mais do que em anos anteriores); em seguida aparece o crédito para

aquisição de veículos (39% mais); e, por último, o crédito para aquisição

de imóveis (18,7% mais). (FUSTAINO, 2009, p 41)

Como bem disse Serge Latouche (2012, p.30), “São necessários três ingredientes

para que a sociedade de consumo possa prosseguir o seu circuito diabólico: a

publicidade, que cria o desejo de consumidor, o crédito, que lhe fornece os meios, e a

obsolescência acelerada e programada dos produtos que, renova a sua necessidade.”, e

de fato, em todas as principais táticas adotados, é notável a vinculação destes três meios

por onde se vincula o consumo, na tentativa se ocultar o preço em detrimento do real

valor do produto. A ilusão é o que faz com que o consumismo se torne concreto.

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2.3.2- O lado bom:

Hoje em dia, muito se fala sobre os malefícios do consumismo, condenando-o e

quem o pratica. Porém poucos ressaltam ou mesmo tem conhecimento sobre seus

benefícios para o mercado ou para a vida do cidadão.

"Ainda hoje, há pessoas defendendo [...] que os ricos, num país tão pobre

e desigual, não deveriam queimar o limite do cartão de crédito com

produtos de luxo. Associar a exibição da riqueza ao pecado é uma ideia

antiga, [...] parte do discurso moralista religioso que predominou até a

Revolução Industrial." (NARLOCH, 2009, p.110).

Para a indústria, não há algo melhor do que pessoas sempre dispostas a adquirir

os produtos mais recentes, isso estimula a criatividade e a capacidade de inovação,

contribuindo para o progresso tecnológico em uma escala absurda.

“O esforço uniforme, constante e ininterrupto de todo homem para

melhorar sua condição, o princípio do qual a opulência [...] é originalmente

derivada, é poderoso o suficiente para manter o progresso natural das

coisas em direção à melhoria” (SMITH, 1981, p. 599)

Duzentos e vinte e cinco anos após a morte de Adam Smith, o mestre da nossa

economia, o tempo provou que ele estava certo, graças a expansão do capitalismo e

consequentemente, o consumo em larga escala, nosso patamar tecnológico é altíssimo.

Além de inovar, o consumismo também acaba dando condições para que os mais

pobres também possam ter produtos de boa qualidade. Com o frequente lançamento de

novos produtos, os mais velhos acabam sendo desvalorizados, assim, quem possui uma

renda menor, pode os adquirir. Esse “fenômeno de mercado” pode ser muito bem

analisado no setor de telefonia, atualmente, qualquer um possui um celular que mande

mensagens, faça ligações a distâncias muito grandes, etc. Mesmo sendo difícil de

acreditar, isso já foi considerado luxo um dia, e hoje é algo comum. Um exemplo é na

novela “Pedra sobre Pedra”, de 1992, onde a personagem Rosemary chega ao interior

esnobando a última novidade de sua época, um telefone pesado e de rendimento pior do

que qualquer um que esteja no mercado nos dias atuais.

Algo que já é de conhecimento geral é que comprar nos faz bem, nos deixa

felizes. Isso é algo provado cientificamente, comprar ativa uma parte do cérebro ligada ao

prazer. Uma das primeiras pessoas a defender o consumo sem culpa foi o político

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holandês Bernard Manderville, que em 1709, propôs ironicamente, uma lei que obrigaria

as pessoas a comprar roupas novas todo mês e comer ao menos quatro vezes ao dia

(NARLOCH, 2009, p.111).

Por último, uma das melhores contribuições do consumismo é a criação de

empregos, quanto maior a produção, maior a necessidade de pessoas trabalhando,

consequentemente, menor o desemprego.

2.4- Consumismo versus Meio Ambiente

“O mundo atual é dominado pelo espírito capitalista que vangloria o

consumo, estando entranhado no coração da sociedade moderna, o qual o

poder de consumo é o ápice do ideal da sociedade, onde a arte de

consumir é o padrão, e quanto mais se consome, maior se torna o

desenvolvimento e a estabilidade econômica de cada Estado, estando

esse modelo de vida altamente capitalista levando o mundo atual para um

colapso ambiental.” (COSTA, Lucio Augusto Villela da. e IGNÁCIO,

Rozane Pereira, 2011)

São perceptíveis os efeitos desse alto padrão de consumo se tomarmos como

índice de análise a taxa diária de lixo gerada por um brasileiro, segundo o jornal Estadão

alcança 1,152kg. Em um país com mais de 180 milhões de habitantes o volume de itens

descartados assume caráter maior do que a capacidade de reciclagem.

É cada vez mais comum adquirir produtos não pela necessidade e sim para

satisfazer o ego, para que o comprador não se sinta diminuído diante do avanço das

várias áreas tecnológicas. O acúmulo daquilo que não seria mais útil torna-se uma

ameaça a própria humanidade. A natureza é extremamente frágil em relação a essa

interação e também a rapidez do desenvolvimento.

De grande importância é o reconhecimento pela sociedade que os recursos

naturais são finitos e a grande maioria não renovável. Esse alerta só veio com maior

intensidade após o século XX, uma vez que nos séculos que antecederam a exploração

ambiental possuía bastante força e impulsionava o mercado. Podemos citar nossa

colonização, que garantiu durante anos quantias numerosas a Portugal.

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Esse exagerado consumo faz com que a produção aumente já que a busca por

melhoras não tem a mínima intenção de utilizar padrões sustentáveis, e assim, cada vez

mais, a emissão de gases tóxicos arremessados na atmosfera é impulsionada, resultando

na intensificação do efeito estufa.

Em 2000, no intuito de frear a degradação ambiental, surge o sistema de Crédito

de Carbono, mais precisamente unido ao protocolo de Kyoto que funciona como um

certificado que é emitido quando há diminuição da emissão dos gases tóxicos na

atmosfera. Porém, muitos países altamente poluentes, como os Estados Unidos da

América, se negaram a assinar o protocolo.

“A rejeição por parte dos Estados Unidos e outros preocupa a

humanidade, pois mesmo tendo a consciência dos danos ambientais

presentes e futuros, ainda, existem países cujos representantes negam-se

a ajustar-se à realidade.” (MELO, 2011)³

Além desses malefícios existe ainda os altos riscos de contaminação dos rios por

produtos químicos ou descarte hospitalar, chuvas ácidas que prejudicam as plantações e

não menos importante o cultivo de forma irregular. Este é forçado para que garanta a

alimentação, mesmo que leve o solo à exaustão com adubos e fertilizantes indevidos.

Deve-se existir políticas públicas em apoio à educação ambiental, criando um

pensamento que visa a sustentabilidade, pois o desenfreado consumo não é o causador

de todos os problemas e sim o modo com que ele se desenvolve.

Por mais que o Brasil não faça parte do ranking dos maiores poluidores globais,

deve-se preocupar com a situação ambiental do país, buscando uma forma de aliar o

desenvolvimento a sustentabilidade, levando uma existência pacífica de ambos. É

importante ressaltar também que a falta d’água, queimadas, e demais problemas

ambientais não estão distantes - Ressalta-se a crise hídrica no segundo semestre de

2014, que adentrou o Sudeste, e as constantes queimadas na Amazônia-.

“a maioria de nossos problemas ambientais mais elementares ainda

persistem, uma vez que seu tratamento requer uma transformação nos

meios de produção industriais e de consumo, bem como de nossa

organização social e de nossas vidas pessoais”, (CASTELLS, 1999, p. 97).

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3- MATERIAL E MÉTODOS

3.1- Uma visão geral e superficial da turma

A turma do primeiro ano C apresenta contrastes referentes ao valor do consumo,

devido, principalmente, ao fato de nem todos os alunos terem a responsabilidade de

controlarem seus respectivos gastos. Além disso, a distância da cidade natal, a renda de

suas famílias, dentre outros fatores influenciam diretamente nos gastos de cada aluno da

turma. Portanto, a fim de analisar os gastos e o controle da receita dos indivíduos da

turma da forma mais verídica possível, foi feita uma separação da sala de aula de acordo

com a forma de residência dos alunos. Dividiu-se em dois grupos: o primeiro composto

por aqueles que moram em Viçosa com os pais (G1) e o segundo por aqueles que moram

sem os pais (G2). O segundo grupo foi ainda subdividido em três categorias em relação à

frequência com que visitam os pais, que será discutido posteriormente.

Grupo I (G1), composto por 11 pessoas: estudantes que moram em Viçosa

com os pais.

Grupo II (G2), composto por 25 pessoas: estudantes que moram em Viçosa

sem os pais.

G2.1, compostos por 11 pessoas: Vão para casa todo final de semana;

G2.2, composto por 9 pessoas: Vão para casa uma vez por mês;

G2.3, composto por 5 pessoas: Vão para casa uma vez a cada dois meses, ou

mais.

Dessa forma analisamos durante o período do mês de agosto de 2015 os gastos

que os trinta e seis alunos da turma tiveram, abordando despesas como: moradia

(aluguel, luz, internet, etc), alimentação (RU, restaurantes comuns, lanches, etc),

transporte (viagem para casa, etc), extras formais (produtos de limpeza, higiene, material

escolar, lavanderia, etc) e extras informais (doces, festas, etc).

É valido lembrar, porém, que cada mês tem suas peculiaridades e que alguns

imprevistos podem ter influenciado os resultados, um deles é o fato de em 2015 no mês

de agosto os restaurantes da UFV estavam em precário funcionamento o que fez com

que muitos alunos gastassem um montante maior com alimentação.

A média dos gastos em cada um dos grupos, está representada no Gráfico 1.

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Moradia Al imentaçãoPoupança Mensa l Transporte Extras formais Extras informais0

100

200

300

400

500

600

Gráfico 1: Média em R$ de gastos por grupo

G1 G2.1 G2.2 G2.3

Méd

ia e

m R

$

Gráfico 1: Média de gastos por grupo. Fonte: Elaboração própria com base nos dados

da pesquisa.

3.2 - Grupo I: As peculiaridades dos estudantes que moram em Viçosa com os

pais

Em nossa divisão, encontramos um grupo que muito se difere dos demais pelo fato

de seus constituintes não terem gastos com moradia e, também, por não controlarem seu

dinheiro. Esse contraste se deve à ocorrência de estudantes em nossa sala de aula que

residem com os pais na cidade de Viçosa, onde o Colégio de Aplicação COLUNI localiza-

se.

De acordo com o Gráfico 2 apresentado a seguir, percebe-se que os estudantes

que residem com os pais em Viçosa tem seus maiores gastos voltados para os extras

informais, que compreendem as despesas como festas, cinema e passeios. Pode-se

inferir que tais gastos induzem certa compulsividade a gastar, pois estão mais

relacionados com os bens supérfluos. O segundo item de maior gasto foram os extras

formais que referem-se aos produtos de higiene, material escolar, xerox, etc. O terceiro

item foi o de alimentação, que pode ser justificado pela necessidade de merenda nos

intervalos de aula e associado ao lazer praticado pelos estudantes, principalmente nos

finais de semana. O quarto item foi o transporte que, possivelmente, está relacionado às

tarifas de ônibus para deslocar-se até ao colégio diariamente. E, por último, o item

moradia; que engloba alugueis, contas de saneamento e luz, serviços de

Page 17: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

17

telecomunicações; os quais não tiveram nenhum valor, visto que, provavelmente, esse

tipo de gasto não é pago pelos estudantes e sim pelos pais.

Alimentação Transporte Extras informais Extras formais Moradia0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

25.9 22.38

85.22

50.15

0

Gráfico 2 - Média em R$ dos diferentes tipos de gastos dos estudantes que moram em Viçosa com os pais

Méd

ia e

m R

$

Gráfico 2: Média de gastos dos estudantes que residem em Viçosa. Fonte:

Elaboração própria com base nos dados da pesquisa.

Em relação a poupança, de acordo com o Gráfico 1, pode-se perceber que, uma

vez que o grupo(G1) tem sua renda controlada pelos pais e poucos recebem uma quantia

fixa de mesada, a economia de dinheiro é nula. Isso demonstra uma baixa preocupação

em se ter uma quantia guardada já que esses estudantes podem recorrer aos seus pais

de acordo com a necessidade.

3.2.1 - Gastos informais e compulsividade

Com o intuito de sistematizar o consumo considerado, muitas vezes, como

dispensável, foi entregue aos alunos do primeiro ano C um questionário que continha a

pergunta: “O que mais te faz gastar dinheiro compulsivamente te atrapalhando no

orçamento mensal?”. Com base nas respostas, fizemos o Gráfico 3:

Page 18: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

18

19

21

14

Gráfico 3: Distribuição dos estudantes em relação aos gastos compulsivos

Extras informais Extras formais Nada Não responderam

Gráfico 3: Distribuição dos estudantes em relação aos gastos compulsivos.

Fonte: Elaboração própria com base nos dados da pesquisa.

Considerando que 81% das pessoas que responderam à pergunta administram

seu dinheiro, gastando em média R$53,35 no período avaliado. Percebemos que, se

essas pessoas, de certa forma, diminuíssem em 80% seus gastos com o lazer, elas

poderiam poupar no período de 8 meses, em média, R$341,44 e, contando com o fato da

média mascarar os valores, temos que essas pessoas poderiam manter suas respectivas

vidas financeiras estáveis, sem deixar de sair com os amigos uma vez ou outra ou, até

mesmo, de comprar um docinho após o almoço. Entretanto, não podemos deixar de levar

em conta a felicidade do lazer atrelada ao consumo que faz com que a teoria quase

nunca corresponda à prática.

Os extras informais, por exemplo, que incluem doces e festas, foram muito

comentados pelos alunos, principalmente pelo fato da maioria deles morar longe dos pais,

tendo liberdade para saírem com os amigos ou para festas sempre que desejarem e para

comprar guloseimas sempre quando a vontade está presente. Entretanto, não podemos

colocar a liberdade como justificativa para esses gastos já que também foi relatado o

consumo excessivo dos alunos que moram com os pais deste tópico, principalmente por

não terem outros gastos. Portanto, observamos que os extras informais estão contidos em

todos os grupos e, por isso, resolvemos aprofundar mais esse tópico em questão para

termos parâmetros importantíssimos que vão nos auxiliar no objetivo de criar estratégias

capazes de reduzir gastos.

Page 19: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

19

3.2.2 - Gastos Extras informais

De acordo com o gráfico 3 apenas 19 estudantes possuem compulsividade para

gastos extras informais. Ao analisarmos somente este grupo podemos perceber no

Gráfico 4 os principais causadores de deslizes de gastos adolescentes. Infere-se que tais

gastos não são somente dos estudantes do CAp-Coluni, mas da maioria dos jovens que

vivem em situações semelhantes às dos avaliados. Isso devido ao fato de vivermos em

uma sociedade em que o consumo está cada vez mais ligado às relações sociais, as

quais se assemelham muito em uma mesma faixa etária.

Portanto, atualmente, o controle dos gastos pode ser mal visto por grupos que

idolatram o consumo, mas ele é extremamente necessário para a própria estabilidade

financeira de quem os controla, sendo que o prazer não precisa ser dissociado ao ato de

consumir, já que ele pode estar vinculado aos gastos conscientes e calculados

Saídas Comidas Comidas e festas Hobby Hobby e comidas0

2

4

6

8

10

12

4

10

3

1 1

Gráfico 4: Distribuição dos estudantes em relação aos tipos de gastos extras informais

Qua

ntid

ade

de E

stud

ante

s

Gráfico 4: Distribuição dos estudantes em relação aos extras informais. Fonte:

Elaboração própria com base nos dados da pesquisa.

3.3 - Estratégias para se conter os gastos excessivos

Tendo em vista o fato de ser os extras informais os maiores vilões das quebras de

Page 20: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

20

orçamento mensal, a maioria das sugestões estava correlacionada com a redução de

gastos deste tópico. Entretanto, isso é muito mais complexo do que imaginamos, pois a

relação estabelecida entre o prazer e o consumo de guloseimas ou a saída para festas é

muito fiel e difícil de ser quebrada. Portanto, vamos dar ênfase às pequenas coisas e aos

excessos, pois, generalizando, inferimos que não é comprar uma bala que faz com que

você perca o controle da receita, mas sim comprar quinhentas.

Para sistematizar e dar mais clareza ao nosso pensamento, vamos usar a famosa

'tia do doce” como parâmetro. Os seus docinhos custam, cada um, R$0,75 e, supondo

que um aluno denominado “Joãozinho” compra doces todos os dias úteis após o almoço,

temos que ele gastaria R$15,75 caso comprasse um doce a cada dia do mês de agosto.

Entretanto, apesar de um docinho ser o suficiente para satisfazer a “necessidade de

açúcar” presente em nosso corpo, a compulsividade por ter mais pequenos prazeres do

paladar leva Joãozinho a consumir 3 docinhos por dia, o que fez com que ele gastasse

R$47,25 em doces mensalmente.

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.50

10

20

30

40

50

60

70

0

15.75

31.25

47.25

63

Gráfico 5: Gastos mensais com doces em função do número de doces consumidos por dia

Número de doces consumidos por dia

Gast

o M

ensa

l com

Doc

es

Gráfico 5: Gastos mensais com doces. Fonte: Elaboração própria

Pode ser peculiar, mas o aumento crescente dos gastos pode ser universalizado

com base nos gastos dos docinhos, pois o caso do Joãozinho é apenas um dos exemplos

que se repetem a cada dia.

Entretanto, é importante constar que o melhor instrumento para auxiliar-nos na

redução dos gastos e, consequentemente, no controle da receita é o planejamento, pois é

ele quem nos conscientiza se podemos comer um ou dois docinhos hoje e nos diz o

quanto podemos gastar para que um imprevisto não possa nos desestabilizar.

Portanto, para o controle da receita é indispensável a redução de gastos em

Page 21: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

21

excesso se eles podem nos satisfazer com o mínimo. Além disso, também é

importantíssima a pesquisa de preços já que é comum optarmos por comprar em locais

mais próximos por comodismo. Não é preciso deixar de sair com os amigos ou de

comprar docinhos para economizar, pois, com planejamento, esses gastos podem ser

encaixados desde que não sejam exagerados.

3.4 - A Poupança como método de análise

Um dos fatores que ajudam no controle orçamentário de quem vive sozinho é a

poupança, a qual atua também como medidora do controle dos gastos. Por isso,

decidimos analisar o quanto os alunos da turma 1ºC das subdivisões do grupo G2

poupam por mês. Utilizamos de gráficos para analisar a situação, porém não fizemos

médias devido a discrepância que existe entre a poupança mensal de cada aluno.

G2.1

Os alunos do grupo G2.1, por terem contato semanalmente com os pais, não se

preocupam muito em poupar dinheiro. Acreditam que no momento de necessidade a

facilidade do contato com pais pode suprir suas demandas orçamentarias. Além disso,

esses alunos recebem dinheiro, em sua maioria, semanalmente, o que torna raro o

controle de uma receita alta e de longo prazo. Podemos analisar isso no Gráfico 6 abaixo:

0%10%20%30%40%50%60%70%80%

0.09 0.09 0.09

0.73Gráfico 6: Distribuição percentual do grupo G2.1 em relação a quantidade poupada

Dist

ribui

ção

perc

etua

l de

alun

os

Gráfico 6: Distribuição percentual do grupo G2.1- Quantidade

poupada. Fonte: Elaboração própria com base nos dados da

pesquisa.

Page 22: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

22

Na situação apresentada acima, observamos que, por razões já apresentadas

anteriormente, uma esmagadora maioria de 73% não poupa dinheiro. Entretanto, visto

que dificilmente estes alunos ficarão sem dinheiro, este dado não se mostra muito

preocupante para o orçamento, mas, em contraste, tais informações dão a ideia de

comodismo por parte dos membros do G2.1, o que pode indicar que os mesmos poderão

ter problemas futuros no controle de gastos.

G2.2

Neste grupo os alunos tem contato com os pais uma vez por mês, portanto, o

cálculo do controle orçamentário é um pouco mais abrangente e requer mais atenção.

0%10%20%30%40%50%60%70%

0.13

0.62

0.13 0.12

Gráfico 7: Distruibuição percentual do grupo G2.2 em relação a quantidade poupada

Gráfico 7: Distribuição percentual do grupo G2.2 – Quantidade poupada.

Fonte: Elaboração própria com base nos dados da pesquisa.

Os dados do grupo, como podemos observar no Gráfico 7, são extremamente

positivos. No total, 88% dos integrantes poupam alguma quantia de dinheiro e mais da

metade poupa de 100 a 200 reais, indicando a presença de um equilíbrio no grupo. Além

disso, as pessoas, em geral, poupam uma quantidade de dinheiro parecida, o que facilita

a análise da situação.

G2.3

No grupo das pessoas que vão para casa pelo menos 1 vez a cada dois meses,

observamos uma situação deveras preocupante. Seguindo a lógica, os estudantes que

ficam mais tempo longe de casa, e que recebem com menos frequência, deveriam ter

mais controle sobre os gastos, e consequentemente, poupar mais. Porém, não é o que

observamos no Gráfico 8 a seguir:

Page 23: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

23

poupam não poupam0%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

0.2

0.8

Gráfico 8: Distribuição percentual dos estudantes do grupo G2.3 em relação ao ato de poupar

Gráfico 8: Distribuição percentual dos estudantes do grupo G.2.3 –

Quantidade poupada. Fonte: Elaboração própria com base nos dados

da pesquisa

• G1

Por último, fizemos uma análise de todos os estudantes que não moram em

Viçosa com os pais em conjunto, totalizando 25 pessoas, para tirarmos uma conclusão:

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Gráfico 9: Distribuição percentual dos estudantes do grupo G2 em relação a quantia poupada

Dist

ribui

ção

perc

entu

al d

os e

stud

ante

s

Gráfico 9: Distribuição percentual dos estudantes do grupo G2 –

Quantidade poupada. Fonte: Elaboração própria com base nos dados

da pesquisa

Percebemos que mais da metade dos estudantes que são de fora de Viçosa não

poupam dinheiro, algo que consideramos extremamente preocupante, pois isso pode

indicar um baixo controle da receita. Além disso, é importante constar a importância da

poupança já que ela pode cobrir gastos emergenciais permitindo a compra de outros

produtos usuais.

Page 24: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

24

4 – RESULTADOS E CONCLUSÕES

4.1. – Uma conclusão dos grupos sobre si

Após o preenchimento da planilha encontrada no anexo 1, os alunos de cada

grupo ou subgrupo relataram sobre si baseados nas informações coletadas de cada um

dos respectivos conjuntos.

É verídico que algumas informações são redundantes se compararmos com o que

já foi especificado no decorrer do trabalho, mas achamos relevante a visão do próprio

grupo sobre a qual nos embasamos e, dessa forma, segue abaixo os relatórios:

G1:

“Por morarmos com nossos pais, não temos controle dos gastos. Alguns

recebem mesadas e outros não. Aqueles que não tem mesadas, só recebem quando é

necessário.

O que mais nos faz gastar dinheiro compulsivamente é o lazer e, com exceção de

uma pessoa, o grupo não poupa dinheiro.

Achamos que, para poupar dinheiro, deve-se administrar os gastos,

principalmente os informais, e, também, estipular os gastos para o próximo mês.”

G2.1:

“No nosso grupo, todas as pessoas, sem exceção, são sustentadas pelos pais.

Algumas pessoas recebem mensalmente, mas a maioria, por ir toda semana para casa,

recebe semanalmente ou de acordo com a necessidade já que têm um contanto

frequente com os pais.

Os extras informais atuam como desestabilizadores do orçamento. Além disso,

também entra neste tópico os trabalhos escolares. A administração do dinheiro do nosso

grupo é, quase em sua totalidade, coordenada pelos integrantes. Quanto ao fato de

administrar bem ou não, temos discrepâncias. Algumas pessoas disseram que gastam

muito compulsivamente e não administram bem o seu dinheiro. Outras dizem o contrário

e gastam apenas com o necessário e têm noção dos seus gastos pelo uso de aplicativos

e tabelas.

Algumas pessoas não fazem nada para evitar equívocos ao fim do mês. Outras

reduzem os gastos apenas quando a situação complica ou mantêm seus gastos sobre

controle, planejando-os desde o início do mês. A maioria dos alunos não poupa dinheiro,

Page 25: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

25

gastando tudo que recebem. Outros, todavia, poupam moedinhas, que são melhores do

que nada. Planilha, controle psicológico, evitar gastos desnecessários e pesquisar preços

foram as sugestões mais citadas”

G2.2:

“De uma forma geral, o dinheiro recebido pelo grupo provém dos pais. As

pessoas do grupo recebem dinheiro mensalmente ou semanalmente, e descontrolam o

gasto com guloseimas e festas. Gastos com transportes também foram uma

problemática.

Algumas pessoas do grupo administram seu dinheiro com ferramentas

tecnológicas (aplicativos) ou cadernetas e, assim, sabem onde estão acumulados seus

gastos, enquanto outros não se preocupam com a administração, sendo que seus pais se

responsabilizam por eles, pagando aluguel, água e luz por boleto.

O grupo ainda indica que para controlar os gastos deve-se planejar e buscar

informação como, por exemplo, ler livros e aderir dicas dos mais velhos para saber como

melhor planejar.”

G2.3:

“Em geral, a renda dos componentes do nosso grupo vem dos pais, que a

mandam mensalmente. Além disso, grande parte alegou serem os doces e outras

besteiras ou festas aquilo que os faz gastar dinheiro compulsivamente.

No que diz respeito a administração do dinheiro, chegamos a conclusão de que

somos capazes de fazê-lo, mas muitas vezes nos perdemos nas contas por falta de

organização. Quando deixamos de contabilizar os pequenos gastos, ficamos sem noção

do que gastamos e, assim, impossibilitados de manter o controle.

Para evitar os equívocos no fim do mês, buscamos planejar nossos gastos, e

quase todos no grupo afirmam ter uma forma de poupar dinheiro: poupança ou cofrinho,

por exemplo, mesmo que tenha havido a ausência desta ação por peculiaridades do mês.

A fim de melhorar o controle de gastos, o planejamento foi o método mais citado.”

Page 26: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

26

4.2- Controle de gastos e a compulsividade dos alunos com base nas

discussões do Referencial Teórico

O ato de comprar surgiu na Grécia antiga, onde a introdução de um sistema

monetário mudou parâmetros de nivelamento social, pois a riqueza passou a ser medida,

não pelo nome da família, mas sim pelo comércio. A partir deste fato, as compras

passaram a fazer parte do cotidiano por milênios, sendo vinculadas, principalmente, ao

lazer e, no início do século XVIII, na Europa Ocidental surgiu-se o consumismo¹.

A evolução do consumismo despertou muitos casos clínicos, principalmente

devido à impulsividade obsessiva e ao endividamento. Isso se agravou quando

estabeleceu-se uma hegemonia do sistema capitalista, no qual o consumo não é apenas

prazeroso, mas também é um vício impulsor da economia.

Com a expansão da sociedade de consumo, amplamente

influenciada pelo estilo de vida norte-americano, o consumo

transformou-se em uma compulsão e um vício, estimulados pelas

forças do mercado, da moda e da propaganda. A sociedade de

consumo produz carências e desejos, tanto materiais quanto

simbólicos, e os indivíduos passam a ser reconhecidos, avaliados e

julgados por aquilo que consomem, vestem ou calçam, pelo carro e

pelo telefone celular que exibem em público. (CORTEZ, ATC and

ORTIGOZA, SAG . 2009, p. 37)1

A partir de uma análise do controle de gastos da Turma 1C podemos chegar a

várias conclusões e uma delas é referente a compulsividade dos alunos, sendo que

tomamos como base a poupança e a forma que cada um administra seu dinheiro a partir

dos destinos que esse agente do consumo (dinheiro) leva.

Como já foi discutido no subtópico 3.2.1. a compulsividade é uma das maiores

responsáveis pelos gastos, sendo ela fomentadora dos desejos que são cada vez mais

despertados para estimular as pessoas a consumir. Logo, é pertinente caracterizá-la não

só como um fenômeno psicológico, mas também como um fenômeno social, já que as

influências externas são de extrema importância para o consumo não só dessa turma,

mas de uma sociedade de consumo.

1 Disponível em: http://books.scielo.org/id/n9brm/pdf/ortigoza-9788579830075-03.pdf

Page 27: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

27

4.3 - Uma conclusão numérica

Nota-se ainda, pelas respostas individuais dos alunos as perguntas referentes ao

tópico 3, que:

100% das pessoas recebem dinheiro dos pais;

64,71% recebem dinheiro semanalmente, enquanto 35,29% recebem

mensalmente;

64,71% apontaram os gastos com comida e guloseimas como os mais

desnecessários, sendo que 35,29% apontaram outros quesitos, como festas;

70,58% disseram que administram seu dinheiro (bem ou mal, mas

administram), enquanto 29,41% não;

41,17% das pessoas responderam que poupam dinheiro, enquanto 58,82%

não poupam;

Em sua totalidade, a turma apontou como o melhor método de controle

anotar os gastos, prevenir e evitar excessos.

4.4 - Conclusão final

O projeto desenvolvido pelos alunos da primeira série do CAp-Coluni, além de ter

sido o responsável pela abordagem e compreensão de tópicos referentes à Matemática

Financeira, foi também fomentador de autoconhecimento e compreensão dos próprios

alunos sobre sua vida financeira e os principais atores do consumismo, além de suas

causas e motivações.

Na perspectiva levantada pela sala, na qual se refletem as relações e a

discrepância entre o panorama financeiro dos alunos, optou-se por não generalizar devido

às peculiaridades de cada grupo. As diferenças observadas entre os agrupamentos não

apontam necessariamente discrepâncias socioeconômicas entre si, mas sim entre a

forma em que se aplicam seus gastos, tendo-se em vista suas necessidades (sejam elas

básicas ou supérfluas) e seu contato (direto ou indireto) com a administração de seus

gastos.

Page 28: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

28

Além das reflexões já citadas acima, o aprendizado proporcionado aos alunos

envolvidos se consolidou no mundo prático, tanto através do conhecimento dos

estudantes em relação aos seus gastos, quanto dos motivos que o propiciaram, tais como

o consumismo em função do ego, descontrole emocional ou até mesmo despreparo

psicológico de alguns estudantes em lidar com responsabilidades adversas.

Deve-se ressaltar, também, que através dessas mesmas reflexões, foram

apontados os supostos benefícios proporcionados por esses fatores ligados ao

consumismo. Nesses fatores, viu-se uma maneira de, talvez, legitimar alguns desses

gastos, justificando-os para uma menor penalização psicológica e, consequentemente,

para uma maior desculpa para manter fermentado esse ciclo vicioso chamado

consumismo.

Page 29: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

29

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SMITH, Adam. Riqueza das Nações. 2. Ed. Lisboa : Ed. Fundação Calouste Gulb

GRÁFICOS FEITOS EM:

Site: http://www.onlinecharttool.com/graph?selected_graph=pie

Page 31: Trabalho de Educação Financeira -Turma 1C

31

ANEXO 1: PLANILHA DE GASTOS DOS ALUNOS DO 1° ANO C

‘COLUNI – Colégio de Aplicação / UFVPLANILHA DE GASTOS DOS ALUNOS DO 1º ANO C

1º Responda estas perguntas:

Você é de Viçosa? Sim ( ) Não( ).

Onde você morava? _____________________________

Qual a sua instalação em Viçosa? ( ) República. ( ) Casa dos pais. ( ) Apartamento. ( )Outros

Quantas pessoas moram com você? ______

Qual o seu tempo médio de estadia em Viçosa sem visitar sua cidade natal? ________

2º Preencha sua planilha de gastos:Gastos com moradia (aluguel, condomínio, água, luz, internet, etc): _______________

Alimentação:

Restaurante Universitário: __________________________________

Restaurante comum:_______________________________________

Compras para casa: ________________________________________

Poupança mensal:_____________________________________________

Transporte:___________________________________________________

Extras formais (produtos de limpeza, higiene, material escolar, lavanderia, etc):_______

Extras informais (doces, festas, etc):_______________________________

3º Tópicos a serem respondidos no relatório do grupo: Qual a sua fonte de renda?

Em qual frequência você recebe?

O que mais te faz gastar dinheiro compulsivamente, te atrapalhando no orçamento mensal?

Você que administra seu dinheiro? Se sim, acha que sabe administrar bem? Como?

O que você faz para evitar os equívocos no fim do mês?

Você poupa dinheiro? Como?

Você sugere algum método para melhorar o controle de gastos? Comente