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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA CAMPUS DE PARAUAPEBAS ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ECONOMIA DOCENTE: MADALENA CORBIN POLÍTICA MONETÁRAIA Trabalho apresentado à disciplina de Introdução à economia para obtenção da nota complementar da II unidade.

Trabalho Final Economia

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Trabalho focado economia politica e monetária brasileira.

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZNIA UFRA

CAMPUS DE PARAUAPEBAS

ADMINISTRAO

DISCIPLINA: INTRODUO ECONOMIADOCENTE: MADALENA CORBINPOLTICA MONETRAIA

PARAUAPEBAS

2015HERLEM CASSIA

MARCOS PAULO

ORLANDO RAMOS

PHILIPPE MORAES

RUTHIELLY SPOLTICA MONETRIAPARAUAPEBAS

2014SUMRIO

1. INTRODUO...............................................................................................042. DESENVOLVIMENTO...................................................................................062.1 Contexto histrico da poltica monetria do Brasil.....................062.2 Contexto atual da poltica monetria no Brasil............................082.3 Estudo de caso................................................................................103 CONSIDERAES FINAIS...........................................................................124. REFERNCIAS.............................................................................................141 INTODUOA poltica monetria um conjunto de decises tomadas para buscar o equilbio no mercado monetrio, isto e, modificar a quantidade de moeda disponibilizada no mercado ou a taxa de juros, a fim de um equilibrio financeiro. Nesta poltica podemos destacar quatro fatores que influenciam neste equilbrio: o setor externo se o pas recebe muita moeda estrangeira, seja na forma de muitas exportaes, seja na forma de emprstimos e invetimentos, surge uma presso para expandir a base monetria, uma vez que essas divisas precisam ser trocadas por moeda nacional. O inverso, se h muitas importaes ou muitos emprstimos e einvestimentos direcionado ao exterior, leva a situao oposa, ou seja, uma presso contracionista sobre a base monetria; O crescimento do PIB real - quando as empresas produzem mais, gastam mais com insumos (salrios, matrias primas, mquinas), o que aumenta a renda, e isso, pro sua vez, aumenta a demanda por bens e servios e, portanto, aumenta a demanda por moeda, que necessria para realizar as transaes. Se a produo diminiui ocorre o inverso (menor a demanda por moeda); poltica fiscal- se o governo gasta mais do que arrecada, ele est colocando mais moeda na sociedade do que tirando. Portanto, isso gera uma presso para expandir a base monetria. Se ocorrer o oposto, ou seja, se o governo tem um supervt fiscal, ele est tirando mais dinheiro da economia do que pondo, h uma presso para a contrao da base monetria; Mercado de crdito - o crdito nacional oferecido por instituies pblicas e privadas. Se esses emprestadores registram um saldo negativo, isto , se concederam um volume maior de emprstimos superior ao que receberam dos devedores na forma de juros e amortizaes, isso gera uma presso para expandir a base monetria, obervando-se o oposto no caso de um saldo positivo.

Assim estes fatores podem levar a uma situao econmica no desejvel no mercado, dai surge necessidade de se utilizar os instrumentos de poltica monetria, que pode ser: contracionista, que utilizar os instrumentos para diminuir a base monetria e aumentar a taxa de juros; ou expansionista, cujo objetivo o oposto, aumentar a base economica e diminuir a taxa de juros.Os instrumentos da poltica monetria so trs: Depsito compulsrio, a taxa de redesconto e as operaes de open market.

Os Depsitos compulsrios so o recolhimento de moeda dos bancos comerciais pelo Banco Central, e funcionam como instrumento de controle da base monetria. Se quiser praticar uma poltica contracionista, o Banco Central deve elevar o percentual de depsitos compulsrios; se a poltica escolhida for a expansionista, ele deve abaixar o percentual.

A taxa de redesconto uma operao a que os bancos comerciais recorrem quando suas reservas no so suficientes.

O open market a compra e venda de ttulos pblicos quando h um dficit nos cofres pblicos do governo, isto e quando o governo gasta mais do que arrecada. Quando o Banco Central quer expandir a base monetria, ele vende aos bancos comerciais ttulos do Tesouro que estam em sua prpria carteira. Quando a necessidade oposta, o BC recompra os ttulos pblicos que esto no mercado.

2 DESENVOLVIMENTO2.1 CONTEXTO HISTRICO DA POLTICA MONETRIA NO BRASIL

A necessidade de consumo fez a sociedade interagir para adquirir o qu precisa ao longo da histria, no Brasil recebemos da Colnia as primeiras formas de trocas, escambo. Como os nativos que no sabiam o grande valor do Pau Brasil, a ponto de trocar vrias toras por espelhos, objetos de pouco valor para os Portugueses. A evoluo dos povos, e o aumento da percepo de valor dos produtos, passaram se a estabelecer valor naquilo que mais se interessava. Nas formaes dos primeiros Estados s trocas passaram a ter valor intrnseco, dando mais valor s trocas, principalmente quando era muito Estado muito respeitado.

Podemos dividir a evoluo da moeda em cinco estgios:

1. Pr-economia ou Escambo: Corresponde a poucas trocas esparsas e espordicas, onde as trocas so diretas e a atividade produtiva no est voltada para o mercado.

2. Moeda Mercadoria: As trocas so indiretas, existe uma venda e depois uma compra. O produtor troca seu produto pela moeda mercadoria, ou seja, vende, e, depois, troca a moeda pelo que deseja, portanto compra.

3. Moeda Simblica: As dificuldades de pesar e avaliar o metal so superadas a partir de moedas cunhadas, em que o soberano garante o valor do metal.

4. Moeda Escritural: As instituies depositrias recebiam os depsitos. Os recibos do depsito por sua vez eram negociados como substitutos da moeda fsica.

5. Moeda Sofisticada: A moeda basicamente um conjunto de registro eletrnico que representam uma diversidade de ativos.

A evoluo da amoeda no Brasil:

Real (plural: ris) - de 1500 a 8.out.1834

Mil-ris - de 8.out.1834 a 1.nov.1942

Conto de Ris (equivalente a um milho de ris, ou 1.000 mil-ris)

Cruzeiro - de 1.nov.1942 a 13.fev.1967

Cruzeiro novo - de 13.fev.1967 a 15.mai.1970

Cruzeiro - de 15.mai.1970 a 28.fev.1986

Cruzado - de 28.fev.1986 a 15.jan.1989

Cruzado novo - de 15.jan.1989 a 15.mar.1990

Cruzeiro - de 15.mar.1990 a 1.ago.1993

Cruzeiro real - de 1.ago.1993 a 1.jul.1994

Real (plural: reais) - de 1.jul.1994 at atualmente

Aps quatro sculos, o Brasil volta a ter como moeda o real, criado em 1112 em Portugal usado de 1500 a 1834 no Brasil. A partir de 1500, a maior parte do meio circulante brasileiro era composto por reales (plural de real), cunhados na Espanha e nas colnias hispano-americanas. Em 1582, o governo portugus fixou uma equivalncia entre os reales da Amrica Espanhola e os ris de Portugal, onde oito reales passaram a valer 320 ris. Os reais ou ris permaneceram em todo o Brasil Colnia, inclusive aps a vinda de D. Joo VI para o Brasil, em 1808. Embora o padro monetrio continuasse o mesmo, o povo passou a chamar a moeda de mil ris (ou mltiplos de real).2.2 CONTEXTO ATUAL DA POLTICA MONETRIA NO BRASIL

O atual contexto brasileiro demonstra a importncia de desenvolvermos aes para a consolidao do comrcio justo e solidrio como poltica de desenvolvimento social e alternativa de trabalho e renda, tanto em nvel poltico como econmico.

O Brasil visto por muitos como um pas muito resistente as crises financeiras que assolaram o mundo nos ltimos anos, como por exemplo, a crise imobiliria que assolou os Estados Unidos em 2008 que foi sentida de maneira pouco impactante no Brasil, a poltica de incentivo ao consumo interno fez com que o pas crescesse mesmo durante a crise daquele ano.O Brasil um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente minerais e produtos agrcolas. As reas de agricultura, indstria e servios so desenvolvidas e encontram-se, atualmente com uma economia aberta e inserida no processo de globalizao.

Quando a Presidente Dilma Rousseff assumiu a Presidncia da Repblica, a taxa de cmbio real do real com o dlar correspondia a 30,49% da taxa vigente no ltimo ms do Governo FHC. E como o salrio mdio havia se elevado 11% acima da inflao durante o Governo Lula, a relao cmbio/salrio levou a exposio competitiva da indstria brasileira. A nica maneira de impedir a depresso dos investimentos privados e a estagnao seria a desvalorizao do real. Mas como consequncia previsvel ocorreria a alta da inflao.

A elevao dos juros internacionais em 2014 somou-se maior estiagem dos ltimos 84 anos, impondo a depresso do nvel de atividade e a elevao do preo dos alimentos. Estes, alis, vm subindo acima da inflao nos ltimos 14 anos.Segundo o Banco Central em 2015 a inflao tende a permanecer elevada, mas deve entrar em longo perodo de declnio. O Copom destaca que em momentos como esse a poltica monetria deve se manter vigilante, de modo que minimize os riscos da alta da inflao. Com as taxas elevadas dos juros a instituio busca reduzir o crdito disponvel e consequentemente o dinheiro em circulao, dessa forma ocorreria a possvel diminuio da quantidade de pessoas e empresas dispostas a consumir bens e servios, com essa estratgia os preos tendem a cair ou parar de subir, ocorrendo assim o equilbrio dos juros e da inflao.

A inflao pode distorcer os preos, reduzir os investimentos, atrapalhar o planejamento de longo prazo, entre outros efeitos nocivos. No existe uma taxa ideal para a inflao. Uma inflao muito alta ou muito baixa prejudica o funcionamento da economia.Caso a inflao esteja acima de 10% ao ano, por exemplo, atrapalha a capacidade da moeda como unidade de conta as pessoas comeam a perder a noo do valor da moeda, j que os preos dos produtos mudam rapidamente. Se a inflao for negativa, ou muito prxima de zero, pode prejudicar a produo e desaquecer a economia.A questo bastante controversa, mas h certo consenso de que uma inflao entre 2% e 3% um bom indicador de que a economia no apresenta desequilbrios importantes.

A poltica em curso precisa ser reformulada e aprofundada, priorizando principalmente aquilo que vem dando uma boa expanso econmica ao pas como o caso da produo de alimentos (agronegcio).2.3 ESTUDO DE CASOQual a relao do Banco Central com os demais bancos comerciais?Banco Central tem a misso de ser banco dos bancos, banqueiro do governo, controle financeiro e fiscalizao dos demais bancos, controle da inflao e estabilizar o sistema financeiro. E assegurar a sobrevivncia e a concorrncia entre os bancos. O Banco Central controla os bancos comerciais atravs de depsitos compulsrios, redesconto bancrio, mercado interbancrio, taxa Selic%, dgitos bancrios.Funciona da seguinte forma: Depsitos Compulsrios:Os bancos so obrigados a depositar em uma conta no prprio Banco Central parte dos recursos captados de seus clientes nos depsitos vista, a prazo ou poupana. Redesconto Bancario Quando no h a parte dos recursos que cabem ao Banco central, eles recorrem ao prprio Bacen para pedir um emprstimo. Geralmente com taxas muito acima do mercado, justamente para coibir a pratica.

Mercado interbancrio:

Assim o procedimento mais comum recorrer ao banco concorrente que esteja com reservas (porque teve um nmero de depsitos maior que o saques). O valor tem de ser pago no dia seguinte, ou em ate 24h a chamada overnight. Com juros de acordo com a taxa Selic, o acordo fechado com ttulos. Quando o banco paga a divida ele recompra os ttulos. Dgitos Bancrios

Em vez de atuarem como intermediadores da poupana e do investimento, os bancos na realidade possuem o privilgio legal e exclusivo decriardinheiro do nada, emprestarem este dinheiro e cobrarem juros sobre ele. Como se trata de algo importante e bizarro demais para ser ignorado, vale a pena enfatizar: bancos possuem o privilgio legal, concedido pelo estado, decriardinheiro eletrnico, deemprestarestes dgitos eletrnicos para pessoas e empresas, e decobrar jurossobre eles. Algo que lhe daria cadeia se voc fizesse, os bancos fazem com a autorizao e at mesmo com um forte incentivo estatal.Se voc pode criar dgitos eletrnicos para emprestar para Joo, voc no tem de se preocupar em remover estes dgitos eletrnicos da conta do Jos. Voc pode criar os dgitos eletrnicos na conta de Joo ao mesmo tempo em que Jos segue tendo total e irrestrito acesso aos dgitos eletrnicos dele.

Sendo assim, a realidade que, para todas as operaes de concesso de crdito, os bancos criam dinheiro eletrnico do nada e emprestam este dinheiro para pessoas, empresas e governos (federal, estaduais e municipais), em um processo que veremos mais abaixo. Dado que tais depsitos bancrios assim criados no vieram da poupana, podemos dizer que est havendo a criao decrdito bancrio(e no de crdito real). importante frisar isso: no atual sistema bancrio, todo o crdito bancrio. Trata-se de dgitos eletrnicos que so criados pelos bancos e acrescidos s contas dos tomadores de emprstimos. Nenhum dinheiro est sendo removido de uma conta para outra. Est havendo apenas a criao de dgitos eletrnicos.

No sistema monetrio atual, o processo de criao de crdito totalmente artificial. Ao contrrio do que imaginam alguns romnticos, bancos no so meros intermediadores financeiros entre poupadores e investidores. Bancos so criadores de crdito artificial na forma de meros dgitos eletrnicos. Sendo assim, o sistema bancrio de reservas fracionrias, em conjunto com o Banco Central, realiza uma tarefa extremamente importante para a popularidade de polticos: ele aumenta artificialmente a renda das pessoas de forma quase imediata. . Uma vez entendido que os bancos criam dinheiro do nada, vem a pergunta: o que os restringe? Como garantir que eles no abusem deste invejvel poder?A resposta clara: se os bancos sarem criando crdito bancrio em demasia, a inflao de preos subir. Com o aumento dos preos, os bancos tero de aumentar os juros que cobram, caso contrrio recebero de volta um dinheiro com menos poder de compra do que aquele que emprestaram. Esta subida dos juros arrefecer o mpeto das pessoas e empresas em contrarem emprstimos, o que ir colocar um fim temporrio farra expansionista.3. CONSIDERAES FINAISA poltica Monetria Brasileira tem como principal objetivo manter o controle do poder de compra e da valorizao da moeda nacional, o real, O Banco central (BACEN) o responsvel por cuidar da Poltica Monetria nacional atravs do controle das taxas de juros no mercado das reservas bancrias, das taxas de redesconto e das reservas compulsrias sobre os depsitos do sistema bancrio.

Apesar de a poltica econmica brasileira ter passado intacta a crises internacionais como a de 2008, hoje a economia nacional passa por uma pequena recesso avaliada em 1%. Quando colocamos em anlise um dos principais problemas que atrapalham a expanso da economia do Brasil chegamos inflao. A inflao brasileira dividida em preos livres e administrados. Livres so aqueles regulados pelo prprio mercado, como os ligados aos produtos de alimentao, por exemplo. Estes tm um peso prximo de 75% no PIB. J os preos administrados, como gasolina, energia, gua e esgoto, transporte pblico, etc., tm peso prximo de 25%. Esse peso de preos administrados grande, segundo vrios economistas, especialmente quando o governo exerce tanto controle sobre determinados produtos.

Uma das matrizes econmicas mais fortes que o Pas possui (e que poderia ser expandida) o setor agrcola que conta com caractersticas dificilmente encontradas em outros setores econmicos como: Os produtos, geralmente, so mais homogneos, o nmero de produtores grande e no se concentram em uma nica e pequena regio, os mercados agrcolas tendem a ser mais competitivos do que os mercados dos demais setores da economia. Com isso, os produtores tendem a ser tomadores de preos, ou seja, possuem capacidade muito limitada para influenciar o preo final do seu produto.

Uma vez que os mercados agrcolas tendem a ser mais competitivos, os preos agrcolas, por sua vez, tendem a serem mais flexveis, mais volteis. Isto , respondem mais rapidamente a variaes de oferta ou de demanda, no mercado domstico ou em mercados estrangeiros.Segundo, Jos Lus Oreiro Presidente da associao Keynesianabrasileira, o Brasil deveria introduzir na governana de poltica monetria agentes que participam de forma significativa da cadeia produtiva contribuindo assim com o crescimento e desenvolvimento econmico. Federao das indstrias, sindicatos indicariam duas pessoas cada um, oriundas de suas assessorias econmicas e o meio acadmico com dois representantes com no mnimo doutorado, pois considera o grupo que define a poltica financeira do Banco central sem autonomia para tomar decises de mbito geral. Seguindo as teorias keynesianas, que ao longo diz que quem define essa governana so os esto no poder, privilegiando determinados grupos. A fora dos agentes de produo entrar com sugestes de peso como renegociar as dividas dos agentes deficitrios, com juros menores ou aboli ls desde que j tenham seus lucros auferidos, assim com condies de obter credito continuariam a produzir, gerando riquezas, fazendo rodar a economia, postos de trabalhos formais seriam abertos ou mantidos facilitando assim a demanda monetria com vista a estabilizar a inflao e manter o ritmo de crescimento em patamares mais controlveis. 4. REFERNCIAS http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/acessado em: 18 de abril de 2015. http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/47678/economia-atual-economia-brasileiraacessado em: 18 de abril de 2015 s a 16:15. http://br.advfn.com/economia/inflacaoacessado em: 19 de abril de 2015 s 11:20. http://www.jornalopcao.com.br/reportagens/2015-sera-o-ano-dos-reajustes-para-economia-brasileira-entenda-o-porque-7027/acessado em: 19 de abril de 2015 s 11:34

http://www.agroanalysis.com.br/materia_detalhe.php?idMateria=1390acessado em: 18 de abril de 2015 s 13:40.Trabalho apresentado disciplina de Introduo economia para obteno da nota complementar da II unidade.