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1 FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA JULIANA GOMES DOS SANTOS RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Trabalho Gilvanete (2)

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FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS

FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA

JULIANA GOMES DOS SANTOS

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Arcoverde – PE

2010.2

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JULIANA GOMES DOS SANTOS

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Relatório de atividades desenvolvidas na disciplina de Diagnostico e Intervenção Psicopedagógica I, apresentado a Profª. Gilvanete Fernandes de Lucena, como requisito para aprovação.

Arcoverde – PE

2010.2

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 04

2 DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA I ................ 05

2.1 Caracterização da Instituição ....................................................................... 05

2.2 Observação em sala de aula ......................................................................... 06

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 08

4 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 09

5 ANEXOS ....................................................................................................... 10

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1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais a sociedade está mais consciente sobre a importância

das crianças de (0 a 6 anos), por isso esse relatório de observação serve como

um instrumento significativo para a prática de sala de aula. Foi realizado no

Colégio Santa Maria, com a duração de dois dias (22 e 23/11/2010) estágio de

observação, na turma do infantil III, com crianças de (4 a 5 anos).

Conhecer o modelo de aprendizagem de uma pessoa é poder

compreender: o conjunto dinâmico que estrutura os conhecimentos já

adquiridos, os estilos usados nessa aprendizagem, o ritmo e as áreas de

expressão da conduta, a motivação presente, as ansiedades, conflitos e

defesas em relação ao aprender, o funcionamento cognitivo, as relações

vinculares do sujeito com o conhecimento geral e escolar e o significado da

aprendizagem escolar para ele, sua família e a escola.

Toda ação educativa produz no sujeito uma transformação para ele e

para a sociedade. O ensino, portanto, é uma atividade eminentemente

prospectiva que tende a provocar mudanças. Mudanças na realidade de cada

um em seu meio no qual está inserido. Esta mudança se objetiva através da

aprendizagem. Entretanto, se a aprendizagem deixar de acontecer ou se ela for

de baixa qualidade, as mudanças não ocorrem, logo a escola deixa de ser um

lugar de aprender e de ensinar. Diagnosticar este real da escola configurando

quais os obstáculos que vão construir – se em problemas para a aprendizagem

é o meu objetivo. Objetivo este que posso enuncia – lo em três níveis:

Primeiro: é o sócio – político, porque a ação educativa é subsidiara da

realização das políticas educacionais mais amplas.

Segundo: o pedagógico são os objetivos relacionados diretamente, com a

ação pedagógica imediata: a didática e os conteúdos de ensino.

Terceiro: o psicopedagogico, visa especialmente as mudanças em relação ao

sujeito que aprende e a maior participação deste sujeito no mundo da cultura.

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2 DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA I

2.1 Caracterização da escola

Fundada em outubro de 1991, o Colégio Santa Maria tem 318 alunos, é da

rede privada e fica situado à Travessa Benedito de freitas, 157, São Cristóvão,

telefone (87) 38211052, Arcoverde - PE. Sua estrutura possui salas no térreo e

primeiro andar, é composta desde o maternal até o quinto ano. As salas de

Educação Infantil estão divididas em Infantil I,II,III, todas possuem instalações

adequadas: banheiros adaptados, salas de vídeo, brinquedoteca e espaço para

lazer, incluindo piscina. O Ensino Fundamental está dividido em cinco salas,

referente ao primeiro e ao quinto ano. A escola possuem área de lazer com

escorregadores, balanços, praça de alimentação, quadra esportiva e desenvolve

atividades de judô. O horário de funcionamento da escola está dividido em manhã e

tarde, sendo pela manhã toda Educação Infantil até o quinto ano e à tarde apenas a

Educação Infantil.

A estrutura administrativa é formada pela diretora: Iracema Cavalcante,

pedagoga e cursando pós – Graduação em Psicopedagogia Clinica e Institucional.

Vice - diretora: Vera Lúcia Siqueira de Souza

Coordenadora Pedagógica: Juliana Gomes dos Santos, Pedagoga cursando Pós –

Graduação em Psicopedagogia Clinica e Institucional

Administrativo: Vilma Siqueira de Souza.

O corpo docente que constitui essa unidade é formada por doze funcionários:

Dayana Cesário, educadora do Infantil I, está no último período de pedagogia.

Alexandra educadora do Infantil II, pedagoga e cursando Pós – Graduação em

Psicopedagogia Clinica e Institucional.

Uilma Paticia educadora do Infantil III, pedagoga.

Necilda educadora do primeiro ano, cursando pedagogia

Marianne educadora do segundo ano, possue o curso superior em Letras.

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Rosane educadora do terceiro ano, possue o curso superior em Letras e cursa Pós –

Graduação em Programa de Ensino da Língua Portuguesa.

Ana Cristina educadora do quarto e quinto ano, cursando Letras, leciona as

disciplinas: português, inglês, ciências e artes, à mesma divide sala com Natalia

estudante de pedagogia nas disciplinas de matemática, historia, geografia e religião.

O colégio não possue projeto político pedagógico. Os planejamentos são

feitos de acordo com as unidades trabalhadas com toda a equipe de educadores e

coordenação. Cada professor tem seu plano de aula diário e o mesmo é assistido

pela coordenadora. As atividades pedagógicas são elaboradas mediante a um

cronograma que deve ser seguido de acordo com as necessidades e aprendizagem

do aluno

A rotina do colégio em relação aos educandos, dar-se-á da seguinte maneira:

na chegada á escola eles dão acolhidos pela professora e levados cada um à sua

sala, até o inicio da aula propriamente dito.

A escola recebe apenas uma criança com necessidade especial (cadeirante),

o mesmo não chegou à essa unidade acompanhado de diagnostico. Na unidade por

enquanto não há profissionais voltados para essa especialidade.

A relação professor – aluno, aluno – professor e aluno, acontece a medida de

projetos e dos planejamentos que se fazem presentes. Cada atividade vivenciada é

apresentada à coordenação para que as mesmas possam ser avaliadas e

executadas com êxito pelos educadores e educandos.

Todo o grupo docente do colegio trabalha em prol, do sucesso dos

educandos, com isso as responsabilidades dos educadores não são divididas, na

sua totalidade todos respondem pelos alunos que compõem o colégio, em relação

ao bem-estar e a segurança. Diante das suas atribuições individuais como

educadores todas tem seus compromissos diante a instituição, os alunos e a família.

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2.2 Observação em sala de aula

O contato com a escola e a professora foi muito fácil porque, trabalho na

escola e com a professora. Conversei com ela sobre o trabalho e a mesma se

mostrou muito animada com a escolha. Marcamos vários dias e em todos ocorreram

contratempos comigo e com ela. Finalmente no dia 22 de novembro consegui fazer

minha primeira observação. A professora Patrícia foi muito hospitaleira, me recebeu

muito bem e disponibilizou

O primeiro dia de observação foi na terça- feira dia 22/11/2010, a educadora

recebe as crianças na entrada e as conduz até à sala de aula. Existe uma acolhida

no pátio do colégio com todas as crianças da Educação Infantil. Durante a semana

cada educadora fica responsável por uma atividade dirigida no “Bom dia”. Ex:

ginástica, hora do conto, músicas e brincadeiras dirigidas. Quando finaliza essa

acolhida cada educadora segue com sua turma para a sala.

A professora usa uma seqüência de atividades permanentes, recolhe

atividade do dia anterior, apresenta o calendário enfatizando dia, mês e ano, a

agenda do dia ela anota no quadro, para que as crianças copiem a atividade de

casa. A aula é de português, produção de texto, a professora contou a historia de

“João e o pé de feijão”, usando as crianças para dramatizar o conto. O aluno X,

nesse momento se entusiasmou com a idéia, mais por muito pouco tempo. Achei

incrível a maneira como ele descarta a atividade, querendo que os demais colegas

façam o mesmo que ele. A postura da professora foi abordar à criança, convidando-

o a voltar e ele negou-se a participar. Ela enfatizou por diversas vezes, como ele era

importante para que todos da sala conseguissem realizar a atividade mais ele não

quis. Com isso ele conseguiu tirar a atenção da turma toda para ele. Imediatamente

a educadora propôs outra atividade, agora com a reorganização do texto lido em

fichas que juntas formavam trechos do conto trabalhado, nesse momento o aluno X

volta a apresentar interesse e outra vez a oportunidade que é oferecida a ele, e

desperdiçada ele distroe toda a atividade, dessa vez a professora propõe a ele que

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faça uma brincadeira para toda a turma, mais ele nega-se e fica chateado na sala.

Felizmente à turma parece compreender que ele faz tudo aquilo só para chamar a

atenção e acabam pedindo à professora para que ela continue a atividade. De uma

maneira geral ele mostra pouco interesse para as atividades escolares e por mais

que a educadora diversifique os conteúdos para ele é como se nada tivesse

importância, nenhum valor significativo.

Hora do intervalo, encerro minhas observações nesse primeiro dia.

No segundo dia (23/11/2010), a rotina descrita no primeiro dia se repete, no bom dia

a atividade realizada foi a hora do conto, onde uma professora se caracterizou de

vovó, usando óculos, roupas adequadas e uma cadeira de balanço, eles adoraram,

a impressão que tive foi que eles estavam em outro lugar, de tanto que gostaram.

Já na sala, a educadora realiza atividades permanentes, percebe-se uma

rotina através da postura que as crianças apresentam. Elas sabem que é hora de

retirar a atividade do dia anterior, esperam pela organização do calendário e em

seguida conclui com a agenda do dia.

O conteúdo trabalhado foi matemática, os números sucessores e

antecessores. Ela realizou uma dinâmica com as crianças, colocando números

seqüenciados e pedindo que a turma encontrassem seus vizinhos, eles interagiram

com muita harmonia. O aluno X por sua vez comportou do mesmo jeito do dia

anterior, participou até conseguir retirar de todas as crianças os números que eles

traziam durante a dinâmica. Algo que chamou bastante minha atenção é o fato dele

ser muito inquieto, não consegue ficar parado, concentrado durantea atividade, a

segunda tentativa da educadora foi uma atividade com boliches, onde ela colocava

os números e a medida que os grupos derrubavam eles iam até o quadro anotar o

numero e os sucessores e antecessores, após isso cada um copiou sua seqüência

no caderno menos o aluno X que recusou-se em fazer atividade e ainda rasgou duas

folhas do caderno.

Percebe-se uma carência afetiva nessa criança, e a professora por sua vez tem para

com ele uma atenção especial. Outro fato que me deixou impressionada é o jeito

que ele tem para resolver as situações de conflitos, é um bom argumentador em

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sala e bastante comunicativo e observador, porem não consegue discutir os

conteúdos e nem apreende-los.

FORMULÁRIO DE OBSERVAÇÃO DE AULA DOCENTE

1 IDENTIFICAÇÃO

Nome do cursista: Juliana Gomes dos Santos

Série: Infantil III Turma: Única Nº de alunos: 22

Tema da aula: Linguagem / Matemática

2 DESENVOLVIMENTO DA AULA

Motivação: Bom dia no pátio

Organização da sala: Espaço físico adequado

Preocupação com a compreensão dos alunos: Sim, demonstra muito compromisso

Interação professor/aluno: Boa

interação aluno/aluno: Boa

interação aluno/conteúdo: Boa

Correlação com real: sim

Correlação com o conhecimento anterior: sim, enfatizando o conhecimento prévio

Fixação dos pontos principais: sim,sempre relacionando ao concreto

Pontos positivos/problemáticos: Liberdade para o uso de metodologias

diferenciadas. Dedicação e compromisso da educadora, O problemas que achei

pertinente foi o número de educandos,

O que você, cursista, faria diferente e por quê? Nada. Faria exatamente igual, o

olhar da educadora para com seua educandos passa uma certeza que envolve todo

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o grupo, se eles são especiais para ela, da parte deles não há diferença, é

recíproca.

3 INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ADOTADOS

Relevância para o tema da aula: Trabalhar sempre com material concreto, envolvendo as crianças durante as atividades propostas.

Adequados ao nível da sala: Totalmente

Criativos e bem explorados: Sim

Pontos positivos: A relação afetiva que existe entre o grande grupo

Dificuldades encontradas: Apenas um aluno que não interage de maneira esp

4 POSTURA DO DOCENTE

Segurança nos conteúdos teóricos: Sim

Capacidade de comunicação/linguagem gestual/voz: Sim

Utilização eficiente do tempo: Sim

Aproveitamento para inserção de novos conhecimentos: De acordo com a necessidade do momento

Incentivo à pesquisa e à reflexão critica: Sim

Preocupação com adoção de métodos e procedimentos inovadores: Sim

Outras ponderações: O único desconforto que percebi, foi o aluno que tem dificuldades de aprendizagem, ela se mostra muito preocupada, sempre procura envolve-lo durante a aula e as atividades propostas, mais ele é indiferente a tudo que é proposto.

5 AVALIAÇÃO DA AULA PELO CURSISTA

Aula criativa, envolvente e convidativa ao conhecimento.

Local Data Assinatura

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse estágio foi instrumento de aquisição de um mundo novo, num ponto de vista critico e esclarecedor. Vivenciei experiências inovadoras, que me trouxeram a realidade da nossa sociedade, da educação, e do sistema escolar.

A atividade de observação nos permite analisar contextos diferentes dos nossos e nos dar base para fazermos inferências. Essa atividade foi uma experiência prazerosa e acrescentou muito a minha formação como pedadoga. Constatei que é possível sim, aliar a teoria à pratica. Não é nada fácil, mas quando se faz a preparação, se tem coragem e boa vontade as coisas se tornam possíveis.

Esse estágio foi muito abrangente quanto a visão geral do processo ensino aprendizagem, propriamente dito, ou seja, praticado em sala de aula. A construção dos alunos foi muito interessante, pois eles se imaginam dentro das situações colocadas em sala de aula e assim ampliam o significado do ensino no seu cotidiano.

O espírito de investigação também foi promovido nesse tempo com os questionamentos freqüentes e a troca de experiências, quando à professora estimulava um aluno interagir com outro, de uma forma natural. Como alguém que apenas tinha conhecimentos teóricos ou que só tinha vivenciado o lado aluno de ser, fui surpreendida ao experimentar como a troca com os alunos é valorosa e enriquecedora. Talvez por estar com pessoas mais velhas e cheias de vivencias que não tem a compreensão cientifica, mais tem a uma vida inteira experimentada e testada dia após dia. Aprendi muito mais do que esperava, não só com a educadora, mas com seus alunos que a cada dia trazem algo novo juntamente com seu carinho e amor por aquele ambiente e as pessoas que fazem parte dele. Essa vivencia contribuiu bastante para minha formação profissional e pessoal, eu aprendi muito e começo a visualizar como desempenhar esse papel.

Por fim, concordo com Anízio Teixeira quando afirma que “ Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autentico da palavra.” E, conforme Nelson Mandela, “ A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

PAIN, Sara. Diagnostico e tratamento dos problemas de aprendizagem, Porto Alegre: Artmed,1985

BOSSA, Nádja Aparecida. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

CHAMAT, Leila Sara José. Técnicas de diágnostico psicopegagogico: o diagnostico clinico na abordagem interacionista. São Paulo: Vetor, 2004.

SAMPAIO, Simaia. Manual prático do diagnostico psicopedagogico clinico. Rio de Janeiro: Wark, 2009

WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia clinica : uma visão diagnostica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de janeiro: DP & A, 1997

O espírito de investigação também foi promovido nesse tempo com os questionamentos freqüentes e a troca de experiências, quando a professora estimulava um aluno interagir com o outro, de uma forma natural.

Como alguém que apenas tinha conhecimentos teóricos ou que só tinha vivenciado o lado aluno de ser, fui surpreendida ao experimentar como a troca com os alunos é valorosa e enriquecedora. Talvez por estar com pessoas mais velhas e cheias de vivências que não tem a compreensão científica, mas tem a uma vida inteira experimentada e testada dia após dia. Aprendi muito mais do que esperava, não só com a professora, mas com seus alunos que a cada dia trazem algo novo juntamente com seu carinho e amor por aquele ambiente e as pessoas que fazem parte dele. Essa vivência contribuiu bastante para minha formação profissional e pessoal, eu aprendi muito e começo a visualizar como desempenhar esse papel.

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