Upload
doantu
View
235
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Trabalhos de Ortopedia
Apresentação Oral
TRATAMENTO PERCUTÂNEO PARA FRATURAS DO TERÇO MÉDIO E PROXIMAL DO ESCAFOIDE
Antônio Severo Antônio Severo, Marcelo Barreto Lemos Marcelo Barreto Lemos, Rodrigo
Cattani Rodrigo Cattani, Filipe Nogueira Schmid Filipe Nogueira Schmid, Haiana Lopes
Cavalheiro Haiana Lopes Cavalheiro, Deodato Narciso de Castro Neto Deodato Narciso de
Castro Neto
HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia
Resumo
Objetivo: Analisar a técnica de fixacão percutânea das fraturas do escafoide em seu terco
médio e terço proximal e demonstrar seus resultados Métodos: Estudo retrospectivo de
coorte transversal, feito de janeiro de 2005 a abril de 2015, com vistas ao tempo de
consolidacão, perfil epidemiológico, grau de funcão, retorno às atividades laborais e
complicacões. Resultados: Foram selecionados 28 pacientes, com seguimento médio de oito
semanas. Este estudo evidenciou uma idade média de 30,5 anos, prevalência do sexo
masculino em 25 pacientes (89,2%) e ausência de lado dominante. O tempo médio de
diagnóstico foi de 4,16 semanas, porém três casos de união fibrosa apresentaram período pré-
operatório superior a um ano. O mecanismo de trauma mais frequente foi a queda sobre o
punho em 22 casos (78,5%). Das fraturas, 24 casos foram do terco médio (85,8%) e quatro
casos do polo proximal (14,2%), sete casos apresentavam desvio (25%). Houve consolidacão de
26 casos (92,8%) com tempo médio de 7,5 semanas de pós-operatório. Nos casos de não
consolidação radiológica, o seguimento foi de até 24 semanas, foi necessária uma nova
intervencão cirúrgica. Conclusões: A fixacão percutânea é uma ótima maneira de tratar esse
tipo de fratura, reprodutível, permite a mobilidade ativa precoce do punho com baixo índice
de complicacões, embora exija curva de aprendizagem
Palavras-chaves: Fraturas ósseas, Osso escafoide, Parafusos ósseos, Fixação interna de fraturas
TRATAMENTO DA PSEUDOARTROSE DO ESCAFÓIDE COM ENXERTO TRAPEZOIDAL VIA VOLAR
Paulo Ruschel
CMC - Clinica da Mão ao Cotovelo, SC - Serviço de Ortopedia Santa Casa Porto Alegre
Resumo
A fratura do escafóide usualmente resulta de uma queda ao solo com o punho extendido e
com o antebraço em pronação. A lesão inicial pode ser incorretamente diagnosticada como
um entorse, retardando o tratamento inicial apropriado. Considera-se pseudoartrose quando
o escafóide não consolida 6 meses após o diagnóstico de fratura aguda.A rotina radiológica de
investigação deve incluir radiografias em PA, e Perfil bem como PA em desvio ulnar e a PA
semi-pronada 45 graus. A tomografia computadorizada pode ser solicitada para evidenciar a
fratura ou para melhor detalhar seu traço.O escafóide apresenta características peculiares que
predispõe a não-união: vascularização retrógrada com sítio de entrada dorsal e de distal para
proximal, aproximadamente 50% de sua superfície é coberta por cartilagem articular e
também sua inerente instabilidade e participação mecânica em ambas fileiras do carpo. A
história natural da pseudo-artrose do escafóide é bem conhecida e se não tratada fatalmente
evolui com alterações confinadas ao escafóide, seguido de artrose radio escafóide e artrose
peri-escafóide. O tratamento das pseudoartrose do escafóide é difícil e controverso e depende
de inúmeros fatores como a sua localização, . Nas pseudoartroses recentes e não deslocadas
com ausência de reabsorção no foco da fratura comprovada com tomografia
computadorizada, a fixação do escafóide de maneira percutânea ou aberta com parafuso de
Herbert ou outro tipo de parafuso, pode obter a consolidação sem a necessidade de enxerto
ósseo.
Avaliamos retrospectivamente 26 pacientes portadores de pseudoartrose do escafóide
carpeano tratados com interposição de enxerto ósseo via volar e fixação rígida com parafuso
de Herbert, com uma média de seguimento de 4.6 anos. A consolidação óssea foi obtida em 24
escafóides.
Os pacientes portadores de necrose avascular do polo proximal eram submetidos a enxerto
vascularizado. Utilizamos para avaliação dos resultados o escore de punho modificado da
clínica Mayo, 15 pacientes obtiveram resultado excelente, 5 obtiveram resultado bom, 4
satisfatórios e 2 resultados ruins. Com um mínimo seguimento de 18 meses nenhum paciente
apresentava sinais de artrose rádio-cárpica.
Palavras-chaves: escafóide, pseudo-artrose, punho, enxerto volar
TÉCNICA CIRÚRGICA DE TRANSFERÊNCIA DE GRANDE DORSAL PARA LESÕES IRREPARÁVEIS
DO SUBESCAPULAR
Fernando Mothes, Fabio Matsumoto, Augusto Heinen, Almiro Gerzson de Britto, Marco
Ferreira Tonding, Rodrigo Py
ISCMPA - Grupo de Cirurgia de Ombro, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
Resumo
Inicialmente descrita para tratamento de lesões de plexo braquial, a transferência do tendão
do grande dorsal é uma técnica frequentemente utilizada para tratamento de lesões
irreparáveis posterosuperiores do manguito rotador. Nos casos de lesões irreparáveis do
subescapular , a transferência mais realizada é a do peitoral maior. Em estudo anatômico
publicado em 2014, Elhassan et al descreveu a transferência do grande dorsal para lesões
irreparáveis do subescapular como uma alternativa viável. O objetivo desse estudo é
demonstrar em detalhes a técnica cirúrgica de transferência de grande dorsal para lesões
irreparáveis do subescapular e lesões anterosuperiores realizada pelo serviço de Cirurgia de
Ombro da Santa Casa de Porto Alegre assim como os resultados preliminares.
Palavras-chaves: Manguito Rotador, Transferência, Grande Dorsal, Subescapular
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PROCEDIMENTO MODIFICADO DE DUNN E OSTEOTOMIA
BASOCERVICAL E CERVICOPLASTIA PARA O TRATAMENTO DO ESCORREGAMENTO
EPIFISÁRIO PROXIMAL DO FÊMUR
Larissa Martins Garcia, Ana Cecília Capoani Angélico , Luciano Fonseca Lemos de Oliveira,
Felipe de Souza Serenza, Daniel Augusto Carvalho Maranho
HC FMRP - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Resumo
Escorregamento epifisário proximal do fêmur é (EEPF) é a afecção do quadril mais comum em
adolescentes. A epífise femoral adquire deformidade em retroversão, com consequente
rotação externa do fêmur. O tratamento do EEPF é essencialmente cirúrgico, e a epifisiodese
in situ é o procedimento mais amplamente realizado. Dor, limitação da amplitude de
movimento do quadril e fraqueza muscular são complicações comuns após EEPF.
Recentemente, há o questionamento sobre a decisão terapêutica em casos moderados e
graves de EEPF, em que deformidades residuais poderiam predispor à síndrome do impacto
femoroacetabular e artrose precoce. Técnicas de correção foram descritas, como o
realinhamento capital e osteotomias femorais, porém poucos estudos foram conduzidos para
comparar diferentes modalidades de tratamento para EEPF moderado e grave. O
procedimento modificado de Dunn possibilita restauração anatômica completa porque a
correção é feita no nível da deformidade, mas esse procedimento pode prejudicar o
suprimento sanguíneo epifisário. A osteotomia femoral basocervical pode ter efeitos
biomecânicos positivos, e melhorar o alinhamento do quadril com mínimo risco de necrose
avascular. Entretanto, não restaura completamente a anatomia do fêmur. A deformidade
residual na junção cervicocapital após osteotomias proximais do fêmur pode ser tratada por
técnica conhecida como cervicoplastia. Neste estudo, nós comparamos o nível de dor no
quadril, escore clínico, mobilidade e força muscular do quadril entre pacientes submetidos ao
procedimento modificado de Dunn e pacientes submetidos à osteotomia basocervical e
cervicoplastia. Foram incluídos 23 pacientes (25 quadris) diagnosticados com EEPF moderado
ou grave entre 2007 e 2014, com um tempo de seguimento mínimo de dois anos. Onze
pacientes (11 quadris) foram submetidos ao procedimento modificado de Dunn e 12 pacientes
(14 quadris) foram submetidos à osteotomia basocervical e cervicoplastia. Foram avaliados o
nível de dor no quadril por meio da escala visual analógica e prevalência do sinal de impacto
anterior; nível de função por meio do Harris Hip Score (HHS); amplitude de movimento por
meio da goniometria e teste de Drehmann, e a força muscular por meio de dinamometria
isocinética e teste de Trendelenburg. Nós identificamos que procedimento modificado de
Dunn resultou em maior nível de dor (3,3 vs 0,8; p=0,007), prevalência aumentada de teste de
impacto anterior positivo (82% vs 14%; p <0,001), menor pontuação no HHS (77,4 vs 93,5;
p=0,001), menor amplitude de flexão (98,0˚ vs 106,1˚; p=0,003), rotação interna (24,7˚ vs
37,3˚; p<0,001) e rotação externa (25,0˚ vs 36,7˚; p<0,001) do quadril e prevalência aumentada
do sinal de Trendelenburg (45% vs 7%; p=0,013) em comparação com osteotomia basocervical
e cervicoplastia. Não foram observadas diferenças na prevalência do sinal de Drehmann (0% vs
21%; p=0,083) e nas médias de pico de torque dos flexores (115,2Nm/kg vs 130,5Nm/kg;
p=0,363), extensores (139,3Nm/kg vs 162,1Nm/kg; p=0,312), adutores (102,0Nm/kg vs
125,2Nm/kg; p=0,187) e abdutores (62,2Nm/kg vs 75,5Nm/kg; p=0,240) do quadril entre os
grupos procedimento modificado de Dunn e osteotomia basocervical e cervicoplastia. A
associação da osteotomia basocervical e cervicoplastia pode proporcionar melhores resultados
para EEPF moderado e grave.
Palavras-chaves: Escorregamento das Epífises Proximais do, Quadril, Osteotomia, Avaliação da
Deficiência, Força muscular
CONTROLE LOCAL NOS TUMORES DA FAMÍLIA EWING: RESULTADOS DO PRIMEIRO ESTUDO
DO GRUPO COLABORATIVO BRASILEIRO ( EWING I )
Ricardo Becker, Lauro José Gregianin, Carlos Roberto Galia, Reynaldo Jesus-Garcia Filho,
Eduardo Areas Toller , Gerardo Badell, Suely A Nakagawa, Alexandre David, Andre Mathias
Baptista, Eduardo Sadao Yonamime, Osvaldo Andre Serafini, Valter Penna, Julie Francine C
Santos, Algemir Lunardi Brunetto
HCPA - Hospital De Clinicas de Porto Alegre, UNIFESP, Fundacao PIO XII - Hospital De Cancer
De Barretos, Hospital AC Camargo, Santa Casa De Misericordia De POA, IOT - SP, Santa Casa de
Misericordia De SP, PUC POA, UNESP BOTUCATU, ICI-RS - Instituto Do Cancer Infantil Do RS
Resumo
Introdução: O sarcoma de Ewingé uma neoplasia maligna agressiva que acomete com maior
frequência crianças e adolescentes. Estudos observacionais têm demonstrado superioridade
do tratamento cirúrgico em relação à radioterapia isolada. No Brasil, até o estudo EWING 1,
não existiam dados de um protocolo de tratamento único sobre o controle local da doença.
Objetivo:Investigar o impacto da modalidade de controle local (cirurgia, ou cirurgia e
radioterapia, ou radioterapia) sobre desfechos oncológicos em pacientes com sarcoma de
Ewingnão-metastáticos tratados no estudo EWING 1.
Método:Foram incluídos 73 indivíduos portadores de sarcoma de Ewingósseo localizado < 30
anos de idade. Diretrizes de tratamento local foram estabelecidas pelo centro coordenador
baseadas em características dos pacientes e do tumor. Foram analisadas possíveis associações
entre as modalidades de controle local da doença e a falha local (FL), sobrevida livre de doença
(SLD), sobrevida livre de eventos (SLE), sobrevida geral (SG) e características dos pacientes.
Resultados:A média de idade dos pacientes foi 12,8 anos (2 a 25 anos) e o seguimento foi de
4,5 anos (2,3 até 6,7 anos). Quarenta e sete indivíduos realizaram cirurgia, 13 radioterapia, e
13 realizaram ambos. A falha do tratamento local (FL) foi 6,5% no grupo submetido à cirurgia
vs10% no submetido à radioterapia (p=0,5). A SLE, SG e SLD foi 62,1%, 63,3% e 73,1% em 5
anos, respectivamente. A incidência acumulada de FL foi 7,6% para cirurgia, 11,1% para
radioterapia, e 0% (zero) para radioterapia pós-cirúrgica (PORT). A SLE foi 71,7% para cirurgia ,
30,8% para radioterapia, e 64,1% para PORT em 5 anos (p=0,009).
Conclusão: Houve um efeito significativo da modalidade de controle local SLE e SG neste
estudo. As modalidades cirurgia e PORT apresentaram resultados semelhantes. O grupo
tratado com radioterapia isolada apresentou desfechos consideravelmente inferiores. Não
houve efeito significativo da modalidade de controle local na incidência acumulada de FL e
SLD.
Palavras-chaves: ewing, sarcoma, controle local, radioterapia, cirurgia
RECONSTRUÇÃO DE MEMBRO INFERIOR: RETALHO FASCIOCUTÂNEO SURAL
Antônio Severo Eduardo Felipe Mandarino Coppi, Haiana Lopes Cavalheiro, Alexandre Luiz Dal
Bosco, Danilo Barreto Filho, Marcelo Barreto Lemos
HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia, UFFS -
Universidade Federal Fronteira Sul
Resumo
Este trabalho tem como objetivo avaliar o uso do retalho fasciocutâneosural de fluxo reverso
para cobertura de lesões em terço distal de membro inferior. A técnica utilizada baseou-se na
descrição de Masquelet[1]Foram analisados 24 casos, sendo 20 de origem traumática, 3 por
lesões esportivas e 1 por ressecção de lesão tumoral. Dos 24 prontuários avaliados, 16 eram
homens e 8 mulheres. A idade variou de 6 a 75 anos. A maioria dos pacientes evoluiu com
cicatrização total do retalho (21 pacientes). Houve apenas um caso de necrose total do retalho
em paciente diabético insulinodependente e hipertenso, evoluindo para posterior amputação
do membro. Em dois casos houve necrose parcial com posterior cicatrização por segunda
intenção, sendo um desses pacientes tabagista pesado. As complicações foram associadas às
comorbidades e, ao contrário do evidenciado por outros estudos, não houve correlação com a
curva de aprendizado. Também não houve correlação com o local ou o tamanho da lesão a ser
coberta. Tem-se como relevância clinica que a técnica de retalho fasciocutâneosural de fluxo
reverso utilizada obteve 87.5% de sucesso. Sendo, esta, uma alternativa viável e eficaz para o
arsenalterapêutico das lesões complexas de membros inferiores.
Palavras-chaves: Retalhos cirúrgicos, Nervo sural/transplante, Fáscia/transplante,
Traumatismos da perna
REVISÃO ACETABULAR COM METAL TRABECULAR – TÂNTALO. RESULTADOS CLÍNICOS E
RADIOGRÁFICOS COM SEGUIMENTO MEDIO DE 51 MESES
Ricardo Rosito, Carlos Alberto Souza Macedo, Felipe Oliveira de Carvalho, Carlos Roberto Galia
HCPA - Hospital de Clinicas de Porto Alegre
Resumo
Objetivo: avaliar resultados clínicos e radiográficos de 63 pacientes submetidos a revisão
acetabular com componente em metal trabecular – tântalo.
Método: sessenta e tres pacientes com deficiências acetabulares tipo 3 de D'Antonio foram
submetidos a revisão acetabular com componente em metal trabecular–tântalo no período de
agosto de 2010 a dezembro de 2016. O tempo médio de seguimento foi de 43,4 meses. A
análise clínica baseou-se no escore de Merle d’Aubigné e Postel e a radiográfica nos critérios
utilizados para avaliação de migração, osteointegração, posição do componente e
restabelecimento do centro de rotação.
Resultados: obteve-se 93,2% de bons resultados clínicos. Não houve falhas radiográficas no
período do estudo. O centro de rotação no pós-operatório teve uma média de 23,27mm (12,1-
40) verticalmente à linha de Köhler e 35,1mm (23-50) lateralmente à gota de lágrima.
Conclusão: estes resultados são comparáveis aos relatados na literatura com técnicas
semelhantes. Considerando o conjunto da evidência disponível, parece promissor o uso do
metal trabecular – tântalo nas revisões acetabulares. Recomenda-se aguardar por um tempo
de seguimento maior e por ensaios clínicos para melhores conclusões.
Palavras chave: Artroplastia Total do Quadril, Revisão; Metal Trabecular, Tântalo.
ABSTRACT
Objective: to evaluate clinical and radiographic results of 63 patients undergoing acetabular
revision with trabecular metal – tantalum component.
Methods: sixty three patients with type 3 acetabular deficiencies D' Antonio undergoing
acetabular revision with trabecular metal-tantalum component, from August 2010 to
November 2014. The mean follow-up was 43,4 months. Clinical analysis was based on the
Merle d' Aubigné and Postel score and radiographic in criteria used to evaluate the migration,
ostheointegration and position of the component.
Results: was obtained 93.2% good clinical results. There was no radiographic failures during
the study period. The center of rotation postoperatively averaged 23,27mm (12,1-40) vertically
to line Köhler and 35,1mm (23-50). lateral to the tear drop.
Conclusions: These results are comparable to those reported in the literature with similar
techniques. Considering all of the available evidence, it seems promising using trabecular
metal - tantalum in acetabular revisions. It is recommended to wait for a longer follow-up and
clinical trials to better conclusions.
Keywords: Total Hip Arthroplasty, Revision, Trabecular Metal, Tantalum
Palavras-chaves: artroplastia, Quadril, Revisao, Tantalo
Pôster
01 - ABORDAGEM MULTIDIMENSIONAL CENTRADA NO PACIENTE DE DOR EM MEMBRO
INFERIOR E DOR LOMBAR PERSISTENTE: ESTUDO DE CASO
Roberto Costa Krug , Joao Paulo Caneiro
Physiológica - Physiológica - Consultorio de fisioterapia, Curtin University - Curtin University of
Technology
Resumo
Delineamento: estudo de caso com medidas repetidas. Intervenção foi realizada durante 11
meses, totalizando 17 atendimentos.
Participante: homem com 14 anos de história de dor lombar e dor na perna esquerda (queixa
principal). Paciente recebeu inúmeros tratamentos, inclusive cirurgia para introdução de
neuroestimulador medular.
Intervenção: abordagem multidimensional centrada no paciente objetivando modificar
padrões mal-adaptativos, crenças sobre dor e estilo de vida.
Medidas de desfecho: Auto-relato de mudanças nas AVDs, medo e expectativa da dor durante
atividades agravantes usando a Escala numérica de dor, questionário de triagem
musculoesquelética Orebro (OMPSQ), TAMPA escala de cinesiofobia. Uma entrevista 15 meses
apos o início do tratamento foi realizada para identificar a experiência individual do paciente
durante a intervenção, e percepção de barreiras e facilitadores para mudança.
Resultados: Redução da percepção de dor, cinesiofobia, expectativa e dor e entendimento da
dor foi relatado pelo paciente, resultando no aumento da participação em atividades
físicas/sócias. Ao longo dos 15 meses houve uma redução do medo em relação à
dor/movimento (TAMPA: pré – 30, três meses – 21, pós – 17) e incapacidade (OMPSQ: pré –
34, três meses 35, pós – 15). A entrevista demonstrou que o paciente modificou seu
entendimento de dor e aceitou um modelo multidimensional, adotando estratégias de
autogerenciamento. Além disso, ele relatou que o entendimento da dor e a confiança que ele
criou em relação ao seu próprio corpo, bem como o autocontrole sobre a dor foram os
facilitadores para a sua recuperação.
Conclusão: Esse estudo de caso demonstra a jornada de um paciente e seu processo de
mudança e o alcance de sua independência. A abordagem multidimensional centrada no
paciente foi capaz de diminuir a cinesiofobia e incapacidade. Educação da dor usando a própria
história do paciente, aliança terapêutica e o desenvolvimento do controle da dor através de
estratégias de movimento foram facilitadores para este processo.
Palavras-chaves: Dor crônica, Dor Lombar, abordagem multidimensional, abordagem centrada
no paciente
02 - ACHADOS DE UM FETO APRESENTANDO UMA IMPORTANTE CIFOSE CONGÊNITA
ASSOCIADA A UMA MIELOMENINGOCELE LOMBOSSACRA
Autores Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon Magalhães
Mendonça Vilela, Ébano Sturm Fernandes, Gabriel Ferrari Alves, Andrius Endrigo Andrin,
Andressa Fiori Bortoli, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade
Luterana do Brasil
Resumo
Introdução: cifose em um feto é considerada uma condição rara, sendo que somente poucos
casos têm sido publicados. Nosso objetivo foi relatar um caso de um feto portador de uma
importante cifose congênita associada a uma mielomeningocele lombossacra. Métodos:
realizou-se a descrição do caso junto com uma revisão da literatura. Resultados: a gestante
apresentava 35 anos e estava em sua segunda gestação. Veio encaminha inicialmente à
Medicina Fetal por espinha bífida. O exame morfológico realizado em nosso hospital mostrou
presença de sinal do limão, sinal da banana e coluna com defeito de fechamento ao nível da
região lombossacra associado à deformidade óssea (importante cifose). Havia ainda desvio do
eixo de ambos os membros inferiores. A ressonância magnética fetal revelou disgenesia
espinhal segmentar, comprometendo amplamente o segmento lombar, além de severa cifose
(cerca de 61º), acompanhada de disrafismo posterior, compatível com mielomeningocele.
Havia também escoliose, hidrocefalia supratentorial, achados sugestivos de disgenesia do
corpo caloso, agenesia do septo pelúcido e alteração da morfologia do cerebelo, que se
encontrava mais caudal, abraçando a medula, e progredindo para o interior do canal vertebral,
compatível com malformação de Arnold-Chiari do tipo II. Conclusões: existem três tipos de
cifose, sendo que a congênita, tal como observado em nosso caso, é causada por anomalias
vertebrais tal como um defeito anterior de segmentação e defeitos de formação das vértebras.
Em nossa revisão, não encontramos casos de cifose congênita avaliados através da ressonância
magnética fetal. Esta, em nosso caso, possibilitou a determinação do correto diagnóstico, o
que auxiliou no seu manejo pós-natal.
Palavras-chaves: Arnold-Chiari, Cifose Congênita, Meningomielocele lombossacra
03 - ALGOMETRIA NA PARAMETRIZAÇÃO COMPLEMENTAR DA SEMIOLOGIA CLÍNICA NA
LOMBALGIA CRÔNICA INESPECÍFICA
Juliana Pereira Elias, Willians Cassiano Longen
UNESC, NUPAC-ST
Resumo
INTRODUÇÃO: Lombalgia crônica inespecífica é um tipo de dor lombar sem origens patológicas
apresentáveis e sem ocorrências de dormência e irradiação de dor para os membros inferiores.
A ocorrência aumenta com o avanço da idade, sexo, biótipo, educação e ocupação são outros
fatores que incidem na lombalgia. A prevalência da lombalgia crônica inespecífica é maior no
sexo feminino, as quais apresentam características anatômicas que facilitam esta condição,
como: menor estatura, menor quantidade de massa muscular e óssea, maior massa de gordura
e articulações mais frágeis. Uma forma de diagnosticar a lombalgia é através de questionários
de triagem fisioterapêutica que avaliam os pacientes sobre a natureza, o início e a progressão
de seus sintomas, movimentos ou posições específicas que melhoram ou pioram os sintomas e
testes funcionais. OBJETIVO: Investigar a confiabilidade do Algômetro de diagrama da dor e
avaliar sua validade convergente para a avaliação da lombalgia crônica inespecífica. MÉTODOS:
O estudo foi realizado no Laboratório de Biomecânica-LABIOMEC/UNESC no mês de março de
2018. As voluntárias da pesquisa são 20 universitárias, com faixa etária 18 a 30 anos que
apresentam dor lombar sem causa definida por mais de 3 meses. Aplicados um questionário
com dados sócio demográficos, o STarT Back Screening constituído de nove itens, no qual
quatro são relacionados à dor, disfunção e comorbidades, bem como, cinco itens relacionados
à dimensão psicossocial. Da mesma forma foi aplicado o FABQ- Brasil sendo sua composição
de 16 perguntas, as cinco primeiras perguntas envolvendo as crenças de atividades físicas e as
outras 11 relacionadas à crenças de ocupação. A intensidade da dor foi avaliada com a EVA e
aferido o Limiar de Dor à Pressão (LDP) com um Algomêtro de pressão da marca Kratos, tendo
sido eleitos para algometria o músculo iliocostal lombar bilateralmente. RESULTADOS: Do total
40% das voluntárias avaliaram a dor como leve, 50% como moderada e apenas 10% como
intensa. O Limiar de Dor à Pressão (LDP) das voluntárias com dor moderada mostrou-se acima
de 4 kgf. A máxima de LDP do músculo Iliocostal Lombar Direito (ICLd) foi de 10,82 kgf e no
músculo iliocostal lombar esquerdo (ICLe) 11,00 kgf. A média do ICLd foi de 6,74kgf já ICLe foi
de 5,54kgf (p>0,05). O LDP mostrou-se inversamente proporcional à intensidade da dor, ou
seja, maior EVA menor LDP e EVA menor maior LDP. CONCLUSÃO: O Algomêtro é um
instrumento útil para mensurar o Limiar de Dor à Pressão, permitindo uma análise
contextualizando com outras parametrizações semiológicas clínicas na compreensão dos
quadros dos subgrupos de lombalgia crônica inespecífica.
Palavras-chaves: Dor lombar, Dor crônica, Tratamento
04 - ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS DO TRONCO EM INDIVÍDUOS COM DOR
LOMBAR NÃO ESPECÍFICA SUBMETIDOS A UM PROTOCOLO DE PILATES
Morgana Cardoso Alves, Jéssica Rosa Nunes, Romeu Joaquim de Souza Neto, Alexandre Márcio
Marcolino, Rafael Inácio Barbosa, Heloyse Uliam Kuriki
UFSC - Universidade Federal De Santa Catarina
Resumo
Introdução: A dor lombar acomete 9,4% da população mundial e está fortemente associada à
incapacidade e afastamento do trabalho. O método Pilates melhora a força e a flexibilidade
dos músculos do tronco e dessa forma alivia os sintomas e restabelece a funcionalidade. Na
literatura não foram encontrados estudos que avaliem os efeitos do Pilates através de
eletromiografia. O objetivo desse estudo foi verificar padrões eletromiográficos antes e após
um protocolo de Pilates em indivíduos com e sem dor lombar não específica. Métodos:
participaram 27 indivíduos divididos em dois grupos: grupo com dor lombar não específica
(DLNE, n=11, idade= 25,41(6,27) anos) e grupo controle formado por voluntários sem dor
lombar e clinicamente saudáveis (GC, n=16, , idade= 28,81(6,28) anos. Foram realizadas
avaliações clínicas, classificação dos pacientes no subgrupo de estabilização, avaliação de força
por meio de dinamômetro strain gauge durante uma contração voluntária isométrica
máxima (CVIM), esta também foi utilizada para a normalização dos sinais eletromiográficos
(EMG) e avaliações EMG dos músculos extensores do tronco durante a atividade de extensão
de tronco. Após, ambos os grupos realizaram o mesmo protocolo de Pilates durante oito
semanas e ao término passaram por reavaliações semelhantes às iniciais. Resultados: a RMS
(root mean square) normalizada pela CVIM do grupo DLNE pré intervenção passou de
0,62(0,05)un para 0,48(0,03)un, com p= 0,005 e no GC foi de 0,49(0,02)un com p= 0,98 em
relação aos dados após a intervenção, mostrando que os valores após a intervenção ficaram
semelhantes ao GC. Outra variável analisada foi o tempo de início ao pico de ativação dos
extensores de tronco, que passou de 0,70(0,18)s para 1,22(0,10)s, com p= 0,02 e no GC foi de
1,49(0,17)s, com p= 0,48 em comparação aos resultados obtidos após a intervenção, indicando
novamente que houve comportamento motor semelhante entre o grupo DLNE após a
intervenção e o GC. Ao analisar a força dos músculos do tronco, antes da intervenção esta era
de 8,94 (1,26) kg.F e, após, foi de 18,50 (2,15) kg.F, p= 0,002; e, no GC foi de 21,68 (2,77) kg.F,
p= 0,6 em relação à média após a intervenção, mostrando que a força dos extensores do
tronco dos indivíduos do grupo DLNE após a intervenção não foi diferente do GC. Conclusões:
após um programa de Pilates, houve diminuição da RMS de pessoas com dor lombar,
aumento do tempo de início ao pico de ativação dos músculos do tronco e melhora da força
dos músculos extensores do tronco indicando que foram necessárias menos unidades motoras
para produzir maior força e que os músculos do tronco chegaram mais lentamente ao pico de
ativação. Estes achados sugerem que o método Pilates foi eficaz para melhora do
comportamento motor e ganho de força dos músculos do tronco dos indivíduos com dor
lombar não específica assemelhando-os aos indivíduos saudáveis.
Palavras-chaves: dor lombar, eletromiografia, Pilates
05 - ASSOCIAÇÃO VACTERL: UMA CONDIÇÃO QUE CURSA COM ANORMALIDADES
VERTEBRAIS E SE ASSOCIA À EXPOSIÇÃO FETAL AO DIABETE MELITO MATERNO
Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon Magalhães Mendonça
Vilela, Andrius endrigo andrin, Ébano Sturm Fernandes, Gabriel Ferrari Alves, Andressa Fiori
Bortoli, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto, ULBRA - Universidade Luterana
do Brasil
Resumo
Introdução: o diabete melito insulino dependente (DM1) pode levar à presença de um
espectro de malformações, conhecido como embriopatia diabética. Nosso objetivo foi relatar
um feto de uma mãe com DM1 que apresentava achados da associação VACTERL, incluindo
anormalidades vertebrais. Métodos: foi realizada uma descrição do caso e uma revisão da
literatura. Resultados: a gestante apresentava 24 anos e estava em sua primeira gestação.
Possuía história de DM1. A ecografia fetal de fora do hospital, com 22 semanas de gravidez,
descrevia holoprosencefalia, cardiopatia congênita e artéria umbilical única. A ecocardiografia
fetal evidenciou dextrocardia; conexão atrioventricular do tipo dupla via de entrada para
ventrículo esquerdo; conexão ventriculoarterial do tipo via única de saída e truncus arteriosus.
O ultrassom morfológico mostrou também líquido amniótico aumentado, artéria umbilical
única, e dilatação do terceiro ventrículo e de ventrículos laterais. No exame complementar
também não se visualizou o rim direito, o rim esquerdo apresentava dimensões reduzidas e
observou-se uma anormalidade de coluna. A ressonância magnética fetal confirmou o achado
de hidrocefalia supratentorial, além das demais malformações descritas no ultrassom. O
cariótipo fetal foi normal. A criança nasceu de parto cesáreo, com 33 semanas de gestação,
apresentando perímetro cefálico de 45 cm e escores de Apgar de 3/7. A ecografia abdominal
mostrou que o rim direito era pélvico e o esquerdo, displásico multicístico. A radiografia de
coluna mostrou hemivértebras e vértebras em borboleta. Comentários: na literatura, há relato
de que existe relação entre o DM1 e a associação VACTERL, tal como observado no presente
caso. As alterações vertebrais observadas fazem parte do quadro e deveriam ser investigadas
em casos suspeitos de associação VACTERL.
Palavras-chaves: Anomalias vertebrais, Diabetes Mellitus, VACTERL
06 - AVALIAÇÃO DO FENÔMENO DE FLEXÃO-RELAXAMENTO NA COLUNA CERVICAL NA
POSTURA LOMBO-PÉLVICA
Roberto Costa Krug, Angus Burnett, João Paulo Caneiro, Gry Wang Helgestad, Frank
Bochmann, Peter O'Sullivan
Curtin University - Curtin University of Technology
Resumo
Objetivo: Avaliar se o fenômeno de flexão-relaxamento (FFR) ocorre durante a flexão da
coluna cervical quando sentado na postura lombo-pélvica na população de indivíduos
assintomáticos. O FFR está muito bem documentado nos músculos lombares como um silêncio
mio-elétrico e está associado com final da amplitude de movimento flexão lombar quando em
ortostase e durante a transição da postura sentada ereta para a postura sentada em flexão.
Importância: esse estudo irá ajudar à entender a ativação dos músculos cervicais durante uma
postura sentada lombo-pélvica na população sem dor e servirá como uma linha de base para
estudos futuros em pacientes com dor cervical.
Material e métodos:Eletromiografia de superfície (EMGs) foi usada para medir a ativação em
20 (10 mulheres, 10 homens) sujeitos assintomáticos em músculos cérvico-torácicos durante 4
fases de 5 segundos (fase 1: postura ereta; fase 2: flexão; fase 3: flexão total e; fase 4: retorno
à posição ereta) enquanto os sujeitos eram posicionados na postura sentada lombo-pélvica.
Cinemática da coluna foi simultaneamente medida usando um aparelho eletromagnético de
rastreamento do movimento. Durante cada teste, ativação sincronizada dos músculos cérvico-
torácicos, e a cinemática da coluna lombar e cervical foram gravados por EMGs e o aparelho
eletromagnético de rastreamento, respectivamente. Os dados da coluna lombar foram
coletados com o objetivo de confirmar a postura correta sentada.
Dados da EMGs foram coletados bilateralmente dos seguintes músculos:
• Eretor espinhal cervical (EEC) – 2 cm lateral ao processo espinhoso de C4.
• Trapézio superior (TS) – lateral ao ponto médio entre uma linha imaginaria formada
pelo aspecto posterior do acrômio e do processo espinho de C7
• Eretor espinhal torácico (EET) – 5 cm lateral ao processo espinhoso de T4.
Análise: Foi conduzido um estudo de grupo simples e normativo. A existência do FFR foi
inicialmente analisada visualmente e, posteriormente, foi conduzida a comparação de ativação
muscular durante as 4 fases em todos os sujeitos como também comparação dos níveis de
ativação muscular nas 4 fases em sujeitos com e sem FFR.
Resultados: A média (DP) do ângulo da coluna lombar na qual os sujeitos foram sentados foi
19.4 (8.9) de extensão lombar em relação ao plano vertical. Isso indica que os sujeitos foram
realmente posicionados na postura sentada lombo-pélvica.
A análise somente visual do sinal bruto da EMGs dos músculos eretores espinhais cervicais
revelou que 75% dos sujeitos não apresentaram FFR. Não houve nenhuma evidência do FFR no
trapézio superior e nos eretores espinhais torácicos. Analise estatística revelou que não houve
diferença significativa entre as fases 1,2 e 3. Entretanto, a ativação muscular média do EEC
durante a fase 4 foi significativamente maior (p < 0.001) quando comparada as fases 1-3.
Conclusão: Os resultados deste estudo demonstraram que em indivíduos assintomáticos
posicionados na postura sentada lombo-pélvica o FFR estava ausente no trapézio superior, e
nos eretores espinhais cervicais e torácicos.
Palavras-chaves: Cervical, fenômeno de flexão-relaxamento, ativação muscular
07 - CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS PÓS ARTRODESE DA COLUNA VERTEBRAL
COM INTERVALO TEMPORAL DE ATÉ CINCO ANOS
Thuany Cristina Morais da Silva, Isadora Vilarinho Galdiano, Leonardo Franco Pinheiro Gaia,
Jorge Mauad Filho, Anderson Alves Dias, Andréa Licre Pessina Gasparini
UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro
Resumo
INTRODUÇÃO: A dor lombar é uma das causas mais comuns de incapacidades na sociedade,
segundo a Organização Mundial de Saúde e ocupa o primeiro lugar das queixas referentes à
coluna vertebral. A etiologia pode ser inespecífica ou oriunda de processos específicos como
os degenerativos, traumas, ou neoplasias. Nestas condições, os tratamentos irão variar de
acordo com as causas e o grau de acometimento do paciente sendo a artrodese uma das
opções de tratamento cirúrgico, no entanto, preocupa-se com o desfecho funcionalidade,
expresso, no decorrer dos anos pós operatório pois, evoluções desfavoráveis, independente do
êxito técnico, podem estar presentes e, sob influências psicossociais geram interferências
diretas sobre a morbidade, cronicidade e aumento dos custos socioeconômicos. O objetivo do
presente estudo foi avaliar a capacidade funcional de indivíduos submetidos a artrodese da
coluna vertebral no intervalo de até cinco anos pós operatório. MÉTODOS: Estudo transversal,
descritivo, com inclusão intencional de pacientes tratados cirurgicamente, com artrodese da
coluna tóracolombar, nos últimos 5 anos, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro/UFTM. Foi realizada uma busca no sistema hospitalar sobre estes pacientes
e coletados os registros para contato telefônico com 98 destes. Dezessete compareceram para
avaliação. Para avaliar o desfecho capacidade funcional foi aplicado o Questionário Oswestry
Disability Index (ODI), que instrumentaliza a intensidade da dor e a influência desta sobre
atividades diárias diversas, que exigem a participação da coluna lombar e gera um escore de
incapacidade. Após a aplicação do questionário, fez-se exame de imagem, Rx, para a
mensuração da curvatura da coluna tóracolombar ou lombar pós artrodese. RESULTADOS: A
média de idade dos pacientes foi de 50(±18) anos, sendo 70% do sexo masculino e 30% do
sexo feminino. Observou-se que a prevalência de incapacidade, que varia de incapacidade
mínima (0–20%), incapacidade moderada (21-40%), incapacidade severa (41–60%), paciente
que apresenta-se inválido (61– 80%), e indivíduo restrito ao leito (81–100%) em cada seção do
ODI foi: “intensidade da dor”, 24%; “Cuidados pessoais”, 22,35%; “Levantar objetos”, 35,29%;
“Caminhar”, 25,88%; “Sentar”, 29,41%; “Ficar em pé”, 24,7%; “Dormir”, 18,82%; “Vida sexual”,
27,05%; “Vida social”, 29,41%; “Locomoção”, 25,88%. De acordo com o escore total, 47,05%
dos indivíduos foram classificados com incapacidade mínima com angulação da lordose
lombar, pós artrodese, variando de 30° a 56°; 29,41% com incapacidade moderada e variação
angular de 31° a 79°; 11,76% com incapacidade intensa, 5,88% inválidos e 5,88% sem
funcionalidade e variação angular entre todos estes de 30° a 44°. CONCLUSÃO: Considerando
as características individuais e o tempo de seguimento pós artrodese, há prevalência de
incapacidade funcional, porém com condições de atividades de vida diária, com exceção para
11,76% classificados sem funcionalidade.
Palavras-chaves: Artrodese, Capacidade funcional, Coluna Vertebral, Dor, Oswestry Disability
Index
08 - CIATALGIA TÍPICA E PSEUDO-RADICULAR: UMA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA PARA A
ABORDAGEM CLÍNICA
Pedro Matzenbacher Brito, Erasmo de Abreu Zardo, Marcus Sofia Ziegler, Alex Sussela,
Monique Alves
SOT PUCRS - Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital São Lucas da PUCRS
Resumo
Este trabalho tem por objetivo abordar as queixas de dor irradiada para membros inferiores,
procurando diferenciar a ciatalgia típica da pseudo radicular muito frequente na prática
médica. A queixa de ciatalgia no sentido lato da palavra é muito frequente na prática médica.
Muitas vezes, o termo é utilizado de maneira inadequada, ao se nomear de ciática qualquer
padrão de dor com irradiação para os membros inferiores. Há três tipos de dor referida para
membros inferiores: Ciatalgia Típica, Ciatalgia Pseudo-Radicular e Cruralgia. O conceito de
Ciatalgia Típica deve ser utilizado apenas para quadros de dor irradiada pelo trajeto do nervo
ciático, ou seja: região glútea, posterior da coxa e perna podendo lateralizar ou medializar
distalmente até o pé na dependência do dermátomo comprometido (raiz correspondente). A
fisiopatogenia da ciatalgia verdadeira ou típica, está relacionada a tração, distorção ou
compressão de raiz nervosa, plexo ou nervo ciático. O nervo ciático é formado pelas raízes dos
níveis lombares (L4, L5, S1, S2 e S3). Já a Ciatalgia Pseudo-radicular ou “falsa ciática”, como o
próprio nome sugere, se refere a todo quadro de dor referida no quadril e coxa, não
relacionada a comprometimento do nervo ciático, plexo lombo-sacro ou raízes nervosas. Na
prática médica há diversas outras causas deste padrão de dor, muito mais simples e
freqüentes, tais como: bursite trocantérica, tendinites glúteas, outras miofaciais, músculo
esqueléticas e ligamentares estão presentes e responsáveis pela distribuição da dor na região
glútea, coxa e podendo estender-se até o joelho. Por fim, o termo cruralgia é utilizado para dor
irradiada pela a coxa até o joelho causada por nevralgia do crural (femural). Os fatores
etiológicos são semelhantes aos anteriormente descritos no tópico ciatalgia típica, mas as
raízes envolvidas são as de L1, L2 e L3 que formam o nervo femural. A distribuição da dor no
território da coxa mais proximal, médio ou distal esta relacionada ao metâmero envolvido.
Gostaríamos de enfatizar a importância do conhecimento, por parte do clínico e do
ortopedista, das diversas condições causadoras de pseudociatalgia. Boa parte delas,
principalmente as de origem miofascial, mecânica e degenerativa, são comprovadamente mais
prevalentes do que a ciatalgia verdadeira.
Palavras-chaves: Ciatalgia, Cruralgia, Dor Referida, Pseudo-radicular, Radiculopatia
09 - COMO O NÚMERO DE REPETIÇÕES INFLUENCIA A AQUISIÇÃO DE FLEXIBILIDADE, FORÇA
MUSCULAR E MOBILIDADE COM O USO DE EXERCÍCIOS DO MAT PILATES?
Juliana Valentino Borges, Daiane Menezes Lorena, Luciane Fernanda Martinho Rodrigues
Fernandes, Luciane Aparecida Pascucci Sande de Souza, Andréa Licre Pessina Gasparini
UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro
Resumo
Introdução: O método Pilates representa um eficiente método de intervenção fisioterapêutica,
que pode ser realizado com exercícios no solo, Mat Pilates e tem embasamento em seis
princípios básicos de treinamento: respiração, centralização, concentração, precisão, controle
e respiração. Possui como enfoque a ativação e fortalecimento de músculos que compõem o
centro de força (músculos da parede abdominal anterior, eretores de tronco, extensores e
flexores do quadril e músculos profundos abdominal), pois representam estes músculos peças
de ação importante na estabilização segmentar da coluna vertebral. Na rotina de prescrição
cinesioterapêutica, há uma dificuldade para a padronização do número de exercícios
propostos por sessão do método Pilates e a frequência de repetições por exercício. O objetivo
deste estudo foi analisar a influência do número de repetições do Mat Pilates (exercícios no
solo) sobre os desfechos aumento da flexibilidade, força muscular e mobilidade. Metodologia:
Estudo clínico randomizado, tendo como critério de inclusão estudantes universitárias na faixa
etária entre 18 e 25 anos e como exclusão ser não sedentária, fumante, etilista, portadora de
doença musculoesquelética, traumatológica, metabólica, neurológica, com deformidade
angular na coluna vertebral. Dez voluntárias foram incluídas intencionalmente e alocadas em 2
grupos (G1 e G2) que realizaram 20 exercícios, padronizados, com a respectiva variação de 5 e
10 repetições. Dois avaliadores cegos, realizaram as avaliações inicial e final para medir a
flexibilidade da cadeia muscular posterior com o uso do banco de Wells; a força muscular com
dinamômetro escapular e lombar; a mobilidade cervical e lombar com o diagrama de Maigne.
As voluntárias executaram o treinamento durante 12 semanas, com 24 sessões, 2 vezes
semanais, nos mesmos horários, com orientação e acompanhamento por dois membros da
equipe, previamente treinados. Resultados: Para flexibilidade e força muscular, os grupos não
apresentaram diferença estatística após a intervenção, porém houve relevância clínica de
pequeno a moderado efeito e aquisição destes desfechos,intragrupo. Para mobilidade, não
houve diferença entre os grupos, ambos conseguiram a manutenção ou aumento deste
desfecho. Conclusão: Cinco repetições para exercícios, padronizados, do Mat Pilates, tem
influência direta no aumento da flexibilidade e força muscular. A mobilidade é influenciada
pelo movimento, independente do número de repetições.
Palavras-chaves: Estabilização segmentar, Flexibilidade, Força muscular, Pilates, Reabilitação
10 - COMPARAÇÃO ENTRE OS DESFEIXOS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO COM EXERCÍCIO
AERÓBICO E COM TERAPIA MANUAL SOBRE MARCADORES BIOQUÍMICOS DE LESÃO
MUSCULOESQUELÉTICA EM MOTORISTAS PROFISSIONAIS COM LOMBALGIA CRÔNICA
INESPECÍFICA
Simone Kammer, Eduarda Behenck Medeiros, Letícia Salvaro Fernandes, Willians Cassiano
Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, PUC - Pontifícia Universidade Católica
Resumo
Introdução: A lombalgia crônica inespecífica representa uma afecção de elevada incidência
especialmente envolvendo algumas categorias profissionais. Segundo a Classificação
Internacional de Funcionalidade (CIF), além dos componentes estrutura e função, deve-se
considerar os níveis de atividade e de participação em relação às diferentes morbidades.
Objetivo: Verificar as respostas bioquímicas do incremento de atividade física moderada junto
a uma amostra de sujeitos com a mesma atividade ocupacional e diferentes critérios que
caracterizaram seus quadros como de lombalgia crônica inespecífica. Foi utilizada em outro
grupo a terapia manual como terapêutica não alopática e não invasiva frequentemente
utilizada. Materiais e Métodos: Este estudo foi controlado e randomizado, com 22 voluntários
do sexo masculino, entre 41 e 57 anos, divididos em grupo controle, grupo com exercícios
aeróbicos e grupo com terapia manual. Foi analisada a atividade das enzimas Creatina
Quinase (CK), Aspartato Transaminase (AST) e Alanina Transaminase (ALT), bem como,
parâmetros de dano oxidativo que envolveu a atividade de Carbonilação de proteínas,
Sulfidrilas, Xilenol Laranja, além dos antioxidantes endógenos Superóxido Dismutase, Catalase
e Glutationa Peroxidase. Resultados: A estatura variou entre 169,72cm e 183,34cm
Corporal (IMC) o mesmo variou entre 25,51 e 29,79 kg/m2, com média de 27,65 kg/m2. O
estudo procurou aprofundar as respostas funcionais encontradas, através da avaliação das
enzimas envolvidas na lesão musculoesquelética e dos parâmetros de estresse oxidativo.
Neste sentido, os resultados mostram uma redução significativa da atividade de CK
determinada 24 hs após a última sessão de terapia manual (204,37 ± 85,15) e de treinamento
com exercício (237,77 ± 46,88). Em nossos dados pode-se observar que não houve variação
das enzimas transaminases AST e ALT após as intervenções. Os valores iniciais foram grupo
controle (28,63 ± 2,49), grupo terapia manual (32,29 ± 9,92), grupo exercício aeróbico (32,35 ±
5,24). Após as 4 semanas os resultados foram grupo controle (28,61 ± 2,48), grupo terapia
manual (28,11 ± 10,67), grupo exercício aeróbico (23,67 ± 2,26). Nossos resultados
demonstram um aumento significativo no conteúdo de grupos carbonil nos pacientes
treinados com exercício aeróbico (0,38 ± 0,09), fato não observado no grupo terapia manual
(0,04 ± 0,02). Os parâmetros de estresse oxidativo apontaram redução em ambos os grupos
(pConclusão: As enzimas avaliadas indicaram a manutenção da atividade das transaminases e
redução da atividade da CK em ambos os grupos, o que sugere uma resposta positiva da
musculatura esquelética a ambos os procedimentos experimentados. Estes achados foram
associados a adaptações positivas do sistema enzimático antioxidante endógeno. A realização
de atividade física com exercício aeróbico melhorou vários indicadores bioquímicos, porém o
seguimento com protocolos com maior tempo de intervenção podem contribuir para melhor
compreensão das respostas de estresse oxidativo.
Palavras-chaves: Estresse Oxidativo, Exercício Aeróbico, Lombalgia Crônica, Terapia Manual
11 - DISTRIBUIÇÃO DE DOR AUTORREFERIDA NA COLUNA VERTEBRAL NO BRASIL: DADOS
EPIDEMIOLÓGICOS DO IBGE
Yasmin Martins Antonio Yasmin Martins Antonio, Luiza Gomes Luiza Gomes, Willians Cassiano
Longen Willians Cassiano Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense
Resumo
O objetivo do presente estudo foi identificar a prevalência e distribuição de casos de distúrbios
da coluna vertebral autorreferidos por pessoas com 18 anos de idade ou mais residentes no
Brasil. A dor na coluna, principalmente a dor na região lombar é uma das causas de
incapacidade em adultos jovens e por esse motivo vem afetando cada vez mais a saúde da
população brasileira, sendo responsável por de cerca de 8% das consultas ao médico por ano
hoje no país. A pesquisa foi feita de acordo com variáveis sociodemográficas, gênero, cor,
idade, região e escolaridade. Com base nas informações já adquiridas, para análise de dados
utilizou-se a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. Os dados obtidos no site
do Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRAS foram analisados com o software SPSS
Statistics versão 20.0 da IBM. Os resultados demonstraram que no Brasil, 19% da população
adulta relatam dor crônica na coluna vertebral, sendo 15,26% (± 4,56) homens e 20,08% (±
4,11) mulheres. Após os 60 anos de idade, a prevalência é maior. Com relação à cor da pele
18,26% (± 3,53) são brancos, 17,27% (± 6,65) são negros e 17,93% (± 4,05) são pardos, sem
diferença estatística. 23,55% (± 5,70) não está disponível para instrução ou ensino básico
incompleto (p
Palavras-chaves: Coluna Vertebral,
12 - EFEITO AGUDO DA TERAPIA MANUAL VERSUS BANDAGEM FUNCIONAL SOB
MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM INDIVÍDUOS COM DOR CERVICAL CRÔNICA QUE
TRABALHAM EM ESCRITÓRIO
Igor Martins da Silva, Mauren Mansur Moussalle, Rafael Linden, Gilson Pires Dorneles, Luciane
Dalcanale Moussalle, Mariane Borba Monteiro, Alessandra Peres
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Objetivo: Avaliar o efeito agudo da bandagem funcional, terapia manual, ou ambos, sobre a
percepção de dor, mobilidade cervical e cortisol salivar em indivíduos que trabalham em
escritório com dor cervical. Métodos: 24 indivíduos de ambos os sexos (66,67% homens) com
dor cervical de um setor de tecnologia da informação foram randomizados em três grupos:
Bandagem funcional (BF, n = 8), terapia manual (TM, n = 8), ou bandagem funcional + terapia
manual (BF + TM, n = 8). A amplitude de movimento (ADM) da cervical foi medida por
fleximetria e a cervicalgia foi verificada por escala analógica antes e imediatamente após os
tratamentos. Além disso, amostras de saliva foram coletadas antes e depois de um dia de
controle, bem como em cada ensaio experimental para análise de cortisol salivar NOS
MOMENTOS PRÉ, imediatamente após e ao final da tarde (17:00H) em cada intervenção.
Resultados: Todas as intervenções reduziram a dor após o tratamento. Além disso, todos os
tratamentos induziram um aumento significativo da ADM cervical, como visualizado pelo
aumento da flexão cervical, extensão cervical e rotação. No entanto, MT e FB + MT induziram
maior porcentagem de aumento de flexão que o FB. A ADM cervical em rotação direita
aumentou após TM, e BF + TM, mas não após BF. Em relação aos níveis salivares de cortisol,
apenas a TM induziu uma redução significativa após a intervenção em comparação ao
momento controle. Conclusão: Apesar de todas as técnicas produzirem efeitos analgésicos, a
inclusão da MT no tratamento da dor cervical pode potencializar a mobilidade funcional dos
pacientes. Além disso, MT foi mais eficaz para reduzir os níveis de cortisol salivar.
13 - EFEITO DA REALIDADE VIRTUAL NO EQUILÍBRIO DE ADOLESCENTES COM ESCOLIOSE
IDIOPÁTICA
Fernanda Aparecida Campos, Lais de Cassia Pedrosa e Silva, Heloisa Moreira de Arruda, Julia
Pereira Monroe, Leticia da Silva Paula, Andréa Licre Pessina Gasparini
UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro
Resumo
INTRODUÇÃO: A escoliose representa uma das deformidades, angulares, da coluna vertebral,
em crianças e adolescentes, e afeta aproximadamente 12% das adolescentes entre 10 a 18
anos. É caracterizada por um desvio lateral da curva torácica no plano frontal, igual ou maior
que 10o, pelo ângulo de Cobb. Tal deformidade produz limitação de amplitude de movimento,
dificuldade funcional e dependendo da curva, dificuldade para função respiratória. A maioria
das propostas de intervenção buscam limitar ou estagnar a progressão da curva com intuito de
recuperar a função do tronco para coordenação, equilíbrio e função respiratória, e também
com consequente reflexo estético. A realidade virtual simula um ambiente em duas ou três
dimensões em tempo real e interativo e tem sido utilizada como uma nova proposta no
tratamento terapêutico para o treinamento sensório-motor, correção e avaliação da postura,
coordenação e equilíbrio, através da repetição, retroalimentação e motivação. O objetivo do
presente estudo foi avaliar o impacto do uso da realidade virtual, como estratégia de
intervenção fisioterapêutica, sobre alterações no equilíbrio postural em adolescentes
diagnosticadas com escoliose idiopática. MÉTODOS: Estudo longitudinal com a participação de
2 voluntárias, com diagnóstico clínico de Escoliose Idiopática de grau moderado, selecionadas
por intenção e atendiam aos critérios de inclusão. Foram realizadas avaliação da mobilidade de
tronco e equilíbrio, antes e após intervenção fisioterapêutica utilizando a realidade virtual,
como estratégia de exercícios. Como procedimentos, foram realizados quatro testes: Teste de
Alcance Funcional (FRT), Star Excursion Balance Test (SEBT), Balance Error Scoring System
(BESS) e análise de equilíbrio, efetivada com a captura digital das oscilações, medidas no
Balancim Eletrônico ligado ao software Motion Pro 1.0. A intervenção fisioterapêutica durou
12 semanas, sendo duas vezes por semana com duração de 60 minutos, sempre no mesmo
horário do dia, utilizando o Wii® Reabilitação com ênfase para fortalecimento muscular e
alongamentos necessários para correção da curva escoliótica. Os músculos exigidos, pelos
jogos selecionados, foram o oblíquo interno e externo, glúteos, quadrado lombar, reto
abdominal e iliopsoas. RESULTADOS: Houve aumento de alcance funcional dos membros
inferiores, assim como de membros superiores. Destaque para a diminuição do número de
erros de oscilação no BESS e melhora na curva elíptica do Balancim eletrônico, com
centralização das oscilações e, consequente reflexo ao equilíbrio. CONCLUSÃO: A realidade
virtual representa uma forte estratégia no processo de intervenção fisioterapêutica de
adolescentes com Escoliose Idiopática, de moderado grau, com incentivo, de maneira
interativa e eficiente, para correções anteroposteriores e latero-laterais, do tronco, com
consequente aquisição de equilíbrio.
Palavras-chaves: Equilíbrio, Escoliose, Fisioterapia, Realidade Virtual, Tratamento
14 - EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBICO E DA TERAPIA MANUAL NOS PARÂMETROS
FUNCIONAIS EM MOTORISTAS PROFISSIONAIS COM LOMBALGIA CRÔNICA INESPECÍFICA
Letícia Salvaro Fernandes, Willians Cassiano Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, PUC - Pontifícia Universidade Católica
Resumo
Introdução: A lombalgia crônica inespecífica representa uma afecção de elevada incidência
especialmente envolvendo algumas categorias profissionais. Segundo a Classificação
Internacional de Funcionalidade (CIF), além dos componentes estrutura e função, deve-se
considerar os níveis de atividade e de participação em relação às diferentes morbidades.
Objetivo: Verificar as respostas sintomáticas e funcionais do incremento de atividade física
moderada junto a uma amostra de sujeitos com a mesma atividade ocupacional e diferentes
critérios que caracterizaram seus quadros como de lombalgia crônica inespecífica. Foi utilizada
em outro grupo a terapia manual como terapêutica não alopática e não invasiva. Materiais e
Métodos: Este estudo foi controlado e randomizado, com 22 voluntários do sexo masculino,
entre 41 e 57 anos, divididos em grupo controle, grupo com exercícios aeróbicos e grupo com
terapia manual. Foi utilizada a Eletromiografia (EMG) dos músculos multifídeos e iliocostal
lombar, a Dinamometria Lombar, o Oswestry Low Back Pain Disability Questionnaire (ODQ) e a
Escala Visual Analógica (EVA) de intensidade da dor. Resultados: A estatura variou entre
169,
Índices de Massa Corporal (IMC) o mesmo variou entre 25,51 e 29,79 kg/m2, com média de
1,00
anos). No início sem qualquer tipo de intervenção, a intensidade média de dor próxima de 6,0
pontos nos grupos o que representa 60% da escala de percepção utilizada, no entanto, os
escores médios de funcionalidade caracterizaram incapacidade baixa. Os dois tipos de
intervenção reduziram os valores da EVA e reduziram a incapacidade no ODQ (pConclusão: Os
resultados deste trabalho mostraram redução do quadro álgico e incremento na
funcionalidade ambos parâmetros significativamente. Embora o desfecho final após quatro
semanas tenha sido estatisticamente o mesmo em relação à dor, o treinamento com o
exercício mostrou uma resposta mais tardia. Com base nos parâmetros biomecânicos
utilizados, os achados sugerem que a recomendação de redução da atividade ou de inatividade
absoluta para o portador de lombalgia crônica inespecífica não parecem ser boas estratégias
para a redução do quadro doloroso e melhora dos níveis de funcionalidade. Bem como, a
realização de exercício aeróbico moderado representa uma perspectiva interessante para o
manejo da lombalgia crônica inespecífica.
Palavras-chaves: Exercício Aeróbico, Funcionalidade, Lombalgia Crônica, Terapia Manual
15 - HEMATOMA EPIDURAL ASSOCIADO A DÉFICIT NEUROLÓGICO APÓS FRATURA DE
COLUNA POR OSTEOPOROSE: RELATO DE CASO
Fernando Henrique Sauer Hehn, Aloir Neri de Oliveria Júnior, Martins Back Netto, Willian
Nandi Stipp, Vitória da Silva Karnikowski
UNISUL - Universidade do Sul da Santa Catarina
Resumo
Introdução/objetivo
O hematoma epidural (HE) é uma condição clínica rara que pode causar compressão da
medula espinhal, podendo levar a um déficit neurológico. Entre as suas causas estão: trauma,
coagulopatia, cirurgia ou cateterização epidural. A sua incidência é estimada em
0,1/100.000/ano. O HE pós-traumático é menos comum que as lesões espontâneas e tem uma
incidência estimada de menos de 1% a 1,7% de todas as lesões de coluna. O tratamento de
escolha usualmente envolve a descompressão cirúrgica. Temos como objetivo relatar um caso
de HE associado a déficit neurológico após fratura de coluna por osteoporose.
Relato de caso
Paciente feminino, 82 anos, deu entrada em um Hospital Terciário com quadro súbito de
afasia, desvio da comissura labial para a direita e hemiparesia de membro inferior esquerdo.
Ao investigar a história clínica, constatou-se queda há dois meses da própria altura, com
consequente fratura de L2 por osteoporose, sendo realizado tratamento conservador.
Inicialmente, suspeitou-se de acidente vascular encefálico, levando a internação para
tratamento clínico inicial. Na tomografia computadorizada do crânio realizada na admissão,
não se evidenciou sinais de isquemia ou hemorragia. No primeiro dia de internação, paciente
apresentou melhora completa da afasia e do desvio da comissura labial, entretanto manteve
déficit neurológico de membro inferior esquerdo. Prosseguiu-se investigação com ressonância
magnética (RM) da coluna lombar que demonstrou fratura por osteoporose em L2 e
hematoma epidural estendendo-se do nível de T12/L1 até L2/L3, comprimindo o saco dural e
cone medular. Observou-se também fraturas antigas em T10 e L1. A paciente foi submetida a
hemilaminectomias esquerdas de L1 a L3, com esvaziamento do hematoma. Evoluiu com
melhora progressiva do déficit neurológico com remissão completa dos sintomas 1 mês após a
cirurgia.
Discussão
Devido a apresentação incomum da condição clínica relatada, consideramo-na um desafio
diagnóstico que deve ser prontamente lembrada quando há indício de fratura recente de
coluna. A história clínica de fratura de coluna lombar, aliada ao déficit neurológico suscitaram
a hipótese diagnóstica de HE pós-traumático, sendo corroborada pela RM, que é considerada
padrão ouro para o diagnóstico. Estudos demonstram que a cirurgia realizada nas primeiras 12
horas depois do diagnóstico tem uma resposta neurológica mais eficaz. Portanto, mesmo que
em nosso relato a cirurgia descompressiva de tenha sido realizada tardiamente, observamos a
melhora total dos sintomas.
Palavras-chaves: Epidural, Fratura, Hematoma, Osteoporose
16 - INCIDÊNCIA DE DOR NA COLUNA VERTEBRAL EM ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA DE
UMA UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA
Carlos Eduardo Assumpção de Freitas, Gabriel Trentini Beraldo, Gabriele Senes Ceciliano,
Gabriel Tavares Gonçalves Rosas, Junior Francisco Da Silva, Francis Lopes Pacagnelli
UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista
Resumo
O cirurgião-dentista é um profissional vulnerável a riscos ocupacionais principalmente
relacionados à postura de trabalho, que exige postura mantida por períodos prolongados. O
objetivo do estudo foi investigar a prevalência de dor na coluna vertebral em acadêmicos do
oitavo período do curso de odontologia da Universidade do Oeste Paulista de Presidente
Prudente - SP. Foram avaliados trinta acadêmicos mediante a aplicação de questionário
contendo questões padronizadas sobre o perfil social e físico (sexo, idade, altura, peso, pratica
de atividade física), em qual região da coluna vertebral apresenta dor e a sua periodicidade
(constante ou intermitente). Houve uma maior prevalência do sexo feminino (73,4%) do que
masculino (26,6%) e uma média de idade de 22,3±1,59 anos. A prevalência de dor na coluna
vertebral foi (86,7%), e as regiões mais frequentes foram: lombar 30,7%; cervical 19,2%;
cervical/dorsal/lombar 19,2%; cervical/lombar 15,6%; dorsal 11,5% e dorsal/lombar 3,8%. O
tipo de dor mais presente foi intermitente (65,4%). A grande maioria dos indivíduos relatou
estar 8 horas por dia (70%), por cerca de 4 vezes por semana (83,5%) na clínica odontológica e
73,4% não praticam nenhum tipo de atividade física. A postura adotada durante as tarefas foi
sentada com o troco fletido (46,7%) e com a cabeça fletida com rotação (73,4%). Concluímos
que houve uma alta incidência de dores na coluna vertebral, devido aos fatores de risco que o
acadêmico é exposto, como as posturas mantidas e a ausência da pratica de atividade física.
Palavras-chaves: ODONTOLOGIA, COLUNA VERTEBRAL, DOR, QUALIDADE DE VIDA
17 - LOMBALGIA CRÔNICA INESPECÍFICA MOSTRA-SE DESASSOCIADA DE DIMINUIÇÃO DA
AMPLITUDE DE MOVIMENTO, DA FUNCIONALIDADE E DO EQUILÍBRIO DINÂMICO
Karolini De Bona Zisinio, Thiago Jung, Willians Cassiano Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, LABIOMEC - Laboratório de Biomecânica
Resumo
Introdução: A coluna lombar é a região localizada abaixo da margem das últimas costelas
(margem costal) e acima das linhas glúteas inferiores tendo como função primordial a
acomodação de cargas decorrentes do peso corporal, da ação muscular e das forças aplicadas
externamente. Quando este mecanismo se encontra em desequilíbrio, ocorre a instabilidade
lombar, cuja principal consequência é a dor. A dor lombar é definida como uma condição
clínica que apresenta dor moderada ou intensa, podendo ser aguda, subaguda e crônica.
Quando não é encontrada uma justificativa para a causa, denomina-se lombalgia inespecífica.
Objetivo: Analisar os diferenciais semiológicos do emprego complementar de testes funcionais
e de equilíbrio em casos com lombalgia crônica inespecífica. Métodos: O estudo constitui-se de
um estudo caso controle, transversal e quantitativo, envolvendo 100 universitárias, por
amostragem aleatória. Divididas em 2 grupos, com (GLCI) e sem lombalgia crônica inespecífica
(GC), atendidos os critérios de exclusão de outros fatores como casos agudos, traumáticos,
degenerativos, pós-cirúrgicos. Foram aplicados o questionário Owestry Low Back Pain-ODQ e
os testes de Apoio Unipodal, Alcance Funcional, Star Excursion Balance Test-SEBT, Flexibilidade
com banco de Wells e Força Dinamométrica Lombar com dinamômetro da marca Crown (0 a
200 kgf), com os procedimentos padronizados pelo Laboratório de Biomecânica-
LABIOMEC/UNESC (LONGEN, 2013)1 para coleta. Resultados: O grupo lombálgico representou
47% das voluntárias. A comparação entre os dois grupos do estudo nos testes demostrou no
ODQ incapacidade mínima sem diferença entre GC e GLCI (p=0,218), alcance (p=0,405), teste
unipodal (p=0,325), força lombar com fraqueza em ambos os grupos em 87% e 84%
respectivamente, sem diferença estatística (p=0,341), banco de wells (p-0,353). Conclusão: Os
dados obtidos mostram que a dor lombar não está associada à incapacidade, à funcionalidade,
à flexibilidade e à amplitude de movimento da coluna lombar tornando inócua a inclusão de
testes funcionais e de equilíbrio corporal como diferenciais semiológicos. Os achados apoiam
evidências crescentes (O’ SULLIVAN, 2017)2 de que há forte influência do fisioterapeuta nas
tendências a cinesiofobia e catastrofização dos quadros de lombalgia inespecífica de leve a
moderada.
Palavras-chaves: Equilíbrio Postural, Fisioterapia, Lombalgia
18 - OBESIDADE X HÉRNIA DISCAL LOMBAR: UMA ANALISE DA QUALIDADE DE VIDA PRÉ E
PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA
Dora De Castro Agulhon Segura, Fabiano Carlos Do Nascimento, Priscila Bonfante Giovanini
Fleck Dora De Castro Agulhon Segura, Fabiano Carlos Do Nascimento, Priscila Bonfante
Giovanini Fleck
UNIPAR - Universidade Paranaense
Resumo
Introdução: É notório o aumento de obesidade nos últimos 30 anos, visto o modo de viver da
sociedade moderna, marcado por padrão alimentar inadequado e sedentarismo. O excesso de
gordura corporal compromete a saúde, influenciando na qualidade de vida, gerando
incapacidade e redução da longevidade (SEGURA et al., 2017). Diante dos resultados
insatisfatórios do tratamento convencional, a cirurgia bariátrica compõe uma terapêutica
eficaz, revertendo os principais problemas desencadeados pelo excesso de peso (SILVA-NETO
et al., 2014). Entre as comorbidades mais comuns estão as alterações musculoesqueléticas,
sobressaindo o diagnóstico de herniações discais, especialmente na coluna lombar, se
repercutindo em dor e graves transtornos (GRANS et al., 2012). Silva et al. (2017) corroboram
que as alterações musculoesqueléticas estão presentes em 18% dos indivíduos submetidos à
cirurgia bariátrica, porem é comprobatório que após o procedimento existe melhora das
condições de saúde e aptidão física. Sendo assim, se objetivou analisar a qualidade de vida de
indivíduos com diagnóstico de hérnia discal lombar pré e pós-cirurgia bariátrica. Métodos:
Estudo prospectivo, envolvendo indivíduos de ambos os gêneros, idade superior a 18 anos,
pós-operados de cirurgia bariátrica pela técnica Fobi Capella com desvio de Y de Roux, com
mais de 12 meses de cirurgia e diagnóstico clínico de hérnia discal lombar comprovado por
exame de imagem (TC/RNM). A avaliação compreendeu duas etapas, pré e pós-operatória,
através da aplicação da Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida SF-36, após
Aprovação do Comitê de Ética sob protocolo consubstanciado número 2.242.295. Foi realizado
tratamento estatístico com cálculo de médias e analise percentual. Resultados: Foram
avaliados 32 indivíduos, 71,87% mulheres, idade média de 36,6anos, média de tempo de pós-
operatório de 32,4meses, média de IMC pré-operatória de 46,4kg/m2 e pós-operatória de
29,1kg/m2. Os resultados do SF-36, comparando pré e pós-operatório apontaram significância
nos itens capacidade funcional (36,2-88,5), limitação por aspecto físico (23,4-89,8) dor (31,5-
91,6), estado geral de saúde (39,6-87,9) e vitalidade (33,2-85,7). Conclusões: A obesidade está
fortemente relacionada aos problemas musculoesqueléticos, como as herniações discais
ocasionando quadros de lombalgia. A cirurgia bariátrica é eficaz na perda de peso, diminuição
da dor e melhora da qualidade de vida.
Palavras-chaves: Obesidade, Hérnia discal, Lombalgia, Cirurgia bariátrica, Qualidade de vida
19 - ANÁLISE DO VALGO DINÂMICO DO JOELHO DE ATLETAS DE VOLEIBOL ASSOCIADO A
ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR E FORTALECIMENTO DO CORE
Gilnei Lopes Pimentel, Gabriel Felimberti, Gabriel Strapazzon, Lutieli Valerio, Vinícius Aguirre
Campos Oliveira, Camila Gnoatto, Vivian Carla Florianovicz Gilnei Lopes Pimentel, Gabriel
Felimberti, Gabriel Strapazzon, Lutieli Valerio, Vinícius Aguirre Campos Oliveira, Camila
Gnoatto, Vivian Carla Florianovicz
UPF - Universidade de Passo Fundo
Resumo
Introdução: O valgo dinâmico do joelho trata-se de uma alteração biomecânica envolvendo
todo segmento inferior do corpo. Dentre as variadas causas, a fraqueza dos músculos do core
pode ser destacada como fator desencadeante deste padrão errôneo. No gênero feminino,
esta variação biomecânica fica mais evidente se comparado ao gênero masculino, tornando a
fisioterapia indispensável na reabilitação destes indivíduos. Este estudo justifica-se pela
importância de prevenir lesões em atletas do sexo feminino, que possuam fatores
predisponentes de lesões, sejam eles morfológicos, ou em virtude do esporte praticado.
Objetivo: Avaliar o valgo dinâmico do joelho em atletas do gênero feminino, para
posteriormente verificar os efeitos de um protocolo de intervenção: estabilização segmentar e
fortalecimento do core. Material e métodos: Para a obtenção dos dados foram selecionados
métodos de mensuração utilizados e aceitos universalmente: avaliação em ortostase em
conjunto com uma avaliação no step down, pré e pós realização do protocolo de intervenção.
Resultados: As avaliações apresentaram os seguintes resultados: a primeira atleta obteve
4º/5º no membro direito, e 6º/8º no membro esquerdo em ortostase, enquanto no step down
apresentou 14º/19º no membro direito e 15º/24º no membro esquerdo, pré e pós intervenção
respectivamente. A segunda atleta apresentou 6º/2º, e 11º/8º no membro esquerdo em
ortostase, enquanto no step down obteve 2º/6º no membro direito e 5º/3º no membro
esquerdo, pré e pós intervenção, na devida ordem. Conclusão: Pelos resultados expostos,
conclui-se que o protocolo utilizado não foi eficaz para atenuar o valgo dinâmico do joelho nas
atletas em questão.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Ligamento Cruzado Anterior, Voleibol
20 - ANÁLISE DO VALGO DINÂMICO DO JOELHO DE ATLETAS DE VOLEIBOL ASSOCIADO AO
FORTALECIMENTO DO COMPLEXO PÓSTERO-LATERAL DO QUADRIL
Gilnei Lopes Pimentel, Gabriel Felimberti, Gabriel Strapazzon, Vinícius Aguirre Campos Oliveira,
Lutieli Valerio, Camila Gnoatto, Vivian Carla Florianovicz
UPF - Universidade de Passo Fundo
Resumo
Introdução: Complexo póstero-lateral é o nome dado ao conjunto de músculos responsáveis
pelos movimentos de abdução, extensão e rotação lateral do quadril. Esses grupos musculares
são responsáveis pela estabilização da pelve e, estão intimamente relacionados a disfunções
dos membros inferiores. O valgo dinâmico excessivo do joelho é um desequilíbrio do comando
neuromuscular sobre o membro inferior. O mesmo cria um vetor de força lateral na patela e
eleva as cargas compressivas entre o côndilo femoral lateral e a face lateral da patela,
podendo este, ser fator desencadeante de importantes lesões no joelho. Objetivo: Avaliar o
valgo dinâmico do joelho em atletas de voleibol do gênero feminino através do Step Down e,
posteriormente, verificar os efeitos do protocolo de intervenção: fortalecimento do complexo
póstero-lateral do quadril. Materiais e métodos: A amostra foi composta por 5 voluntários
adultos jovens do gênero feminino, com idades entre 18 e 24 anos. Para a obtenção dos dados
foram selecionados métodos de mensuração utilizados e aceitos universalmente: avaliação em
ortostase e, posteriormente, com movimentos que simulassem o padrão em valgismo, em
conjunto com uma avaliação no Step Down, pré e pós realização do protocolo de intervenção.
Resultados: Ortostase: Membro inferior direito e membro inferior esquerdo respectivamente.
Indivíduo 1: 7°e 6°/ 5°e 3°; Indivíduo 2: 4° e 11°/ 0° e 5°; Indivíduo 3: 7° e 7°/ 1° e -1°; Indivíduo
4: 7° e 9°/ 8° e 8°; Indivíduo 5: 4° e 10°/ 3° e 7°. Step Down: Indivíduo 1: 2° e 8°/ 1° e 6°;
Indivíduo 2: 6° e 16°/ -2° e -4°; Indivíduo 3: 7° e 5°/ 0° e 1°; Indivíduo 4: 15° e 24°/ 14° e 12°;
Indivíduo 5: 13° e 8°/ 1° e 10°. Conclusão: O estudo teve como resposta um resultado
satisfatório, reduzindo o valgo dinâmico do joelho através do fortalecimento dos músculos do
complexo póstero-lateral do quadril, podendo ser sugerido como forma de prevenção às
lesões de joelho em atletas de voleibol do sexo feminino.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Ligamento Cruzado Anterior, Voleibol
21 - ARTRODESE DE JOELHO, EM PACIENTE COM ARTRITE REUMATOIDE, UTILIZANDO PLACA
EM PONTE : RELATO DE CASO
Matheus Henrique Araujo Ventura, Rafael De Luca de Lucena, Joao Pedro Farina Brunelli,
Carlos Francisco Coelho Koch, Bernardo Vaz Peres Alves, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha
Thomaz , Marcelo de Oliveira Maineri, Renan Leite, Carlos Roberto Schwartsmann
ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericordia de Porto Alegre
Resumo
INTRODUÇÃO : A artrodese de joelho é realizada há mais de 100 anos e ainda é uma opção de
tratamento para resgatar a função de membros acometidos por diversas doenças. Embora
esse procedimento tenha uma longa história de indicação, pouca inovação nessa área
possibilitou uma ampla aceitação da artrodese.
MÉTODOS: Neste artigo se apresenta um relato de caso de uma técnica alternativa para a
realização da artrodese de joelho. Mostra-se a evolução de uma paciente feminina, acometida
pela artrite reumatoide, que foi submetida a uma fusão articular do joelho utilizando uma
placa DCP de 31 furos em ponte. Na literatura atual, não foram encontrados relatos de casos
semelhantes.
RESULTADOS:. Conseguiu-se a consolidação articular no tempo compatível com as demais
técnicas de artrodese existentes. A paciente evoluiu com bons resultados funcionais,
mostrando-se satisfeita com o procedimento.
CONCLUSÃO:. Há ainda espaço para o emprego de novas técnicas para procedimentos
consagrados. Necessita-se de mais estudos para comparar o novo procedimento aos métodos
clássicos de artrodese de joelho.
Palavras-chaves: ARTRITE REUMATOIDE, ARTRODESE, JOELHO, PLACA, RELATO
22 - AVALIAÇÃO EMG DE MULHERES COM SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL
SUBMETIDAS A UM PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE QUADRIL
Juliane Silva Flor, Renan Andrade Pereira Barbosa, Marcela Almeida, Danielly Cristina da Silva,
Heloyse Uliam Kuriki
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
Resumo
Introdução: A SDPF está associada a um desequilíbrio dinâmico entre os músculos
estabilizadores da patela e à diminuição da ativação muscular do glúteo médio. Objetivo:
Verificar a eficácia de um protocolo de fortalecimento para músculos dos MMII com exercício
de abdução em indivíduos com SDPF. Métodos: Trata-se de um estudo clínico não
randomizado. Participaram do estudo 10 mulheres entre 18 e 30 anos após assinatura de
termo de consentimento aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE:
43111715.3.0000.0121). Primeiro realizou-se o protocolo de estresse articular; após, a
avaliação clínica e a avaliação EMG do Vasto Medial (VM), Vasto Lateral (VL) e Glúteo Médio
(GM) durante uma atividade isométrica de extensão de joelho e 2 atividades dinâmicas:
agachamento livre e agachamento associado à abdução isométrica de quadril. Durante 3
meses, 3 vezes na semana, as voluntárias realizaram exercícios de abdução, com intensidade e
volume progressivos. Resultados: Após a intervenção, as voluntárias apresentaram: o atraso
entre VM e VL de, -0,24(0,14) para 0,31(2,42) ms p=0,79, a duração do VM foi de 5,09(0,19)
para 6,06(0,14) s, p=0,00, a duração do VL 5,23(0,19) para 6,06(015) s, p=0,00, o tempo
mediano do VM 3,34(0,11) para 3,71(0,07) s, p=0,01 e o tempo mediano de VL foi de
3,37(0,11) para 3,73(0,08) s, p=0,01. Discussão: Os resultados mostraram que a EMG em
relação ao atraso entre VM e VL não mostrou diferença significativa, mas verificou-se um
aumento da atividade muscular de VM e VL na duração e no tempo mediano. Segundo
Coppack et al. (2011), exercícios realizados com mais séries e mais repetições têm se mostrado
mais eficazes (8). Conclui-se que a avaliação EMG detectou as alterações ocorridas após o
protocolo de intervenção, mostrando sua eficácia no aumento do tempo mediano e na
duração em que VM e VL permaneceram ativos.
Palavras-chaves: Abdução, Eletromiografia, Estresse Articular, mulheres, Síndrome da dor
PateloFemoral
23 - EXERCÍCIO EXCÊNTRICO ISOCINÉTICO MAXIMIZA O FORTALECIMENTO DO QUADRÍCEPS,
HIPERTROFIA E DESEMPENHO FUNCIONAL EM ATLETAS RECREACIONAIS PÓS-
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Marlon Francys Vidmar Marlon, Bruno Manfredini Baroni Bruno Manfredini Baroni, Alexandre
Fróes Michelin Alexandre Fróes Michelin, Márcio Mezzomo Márcio Mezzomo, Ricardo
Lugokenski Ricardo Lugokenski, Rosicler da Rosa Almeida Rosicler da Rosa Almeida, Eduardo
Favretto Eduardo Favretto, Gilnei Lopes Pimentel Gilnei Lopes Pimentel, Marcelo Faria Silva
Marcelo Faria Silva
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, UPF - Universidade de
Passo Fundo, HO - Hospital Ortopédico
Resumo
Introdução: As lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) são responsáveis por significativa
redução da força e massa muscular de extensores de joelho no período pós-operatório. Esses
prejuízos podem promover instabilidade articular no joelho, gerando restrição a sua
funcionalidade. Objetivo: Comparar as adaptações na força, massa muscular e desempenho
funcional de extensores do joelho em atletas recreacionais submetidos a dois protocolos de
reabilitação muscular pós-reconstrução do LCA: excêntrico convencional vs. excêntrico
isocinético. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, sendo a amostra composta
por 30 atletas recreacionais submetidos à reconstrução do LCA. Os voluntários foram
randomizados (moeda) em: Grupo Convencional (GC), submetido a um programa de
reabilitação muscular baseado no exercício excêntrico isotônico; e Grupo Isocinético (GI),
submetido a um programa de reabilitação muscular baseado no exercício excêntrico
isocinético. Anteriormente aos protocolos de reabilitação muscular, os indivíduos foram
submetidos a um mesmo protocolo fisioterapêutico, com sessões diárias de 60 minutos, do
segundo até o 30o dia pós-reconstrução do LCA. Os programas de reabilitação muscular
iniciaram aproximadamente 45 dias pós-reconstrução do LCA, o membro não operado foi
utilizado como controle. Cada sessão de treinamento compreendeu a realização de 3 séries
(semanas 1-3) ou 4 séries (semanas 4-6) de 10 repetições excêntricas máximas de extensores
de joelho. Os programas tiveram duração de seis semanas, com frequência de treinamento de
duas sessões por semana, separados por um intervalo mínimo de 72 horas. Foram realizadas
avaliações da massa muscular por meio da área de secção transversa anatômica (ASTA) do
quadríceps (ressonância nuclear magnética), força dos músculos extensores de joelho
(dinamometria isocinética) e desempenho funcional do indivíduo (questionário e teste de
salto) uma semana antes do início e uma semana depois do término dos programas de
treinamento excêntrico. Os dados foram expressos em média (desvio padrão), utilizou-se o
teste t de student pareado (*p ≤ 0,05) e o tamanho do efeito para a análise intra-grupos, já
para a comparação intergrupos foi calculado a inferência baseada na magnitude. Resultados:
Obtivemos modificações significativas e um tamanho de efeito grande em todas as variáveis da
massa muscular, força muscular e desempenho funcional no lado operado ao comparar os
resultados pré e pós-intervenção no GI. No GC, não foram encontradas alterações significativas
para o desfecho ASTA do reto femoral. O treinamento convencional promoveu efeitos
moderados na maioria das variáveis (ASTA do vasto lateral e do quadríceps, pico de torque
concêntrico e excêntrico, e teste de salto), além de efeitos pequenos (ASTA do vasto medial e
intermédio) e grandes (pico de torque isométrico, questionário Lysholm). A inferência baseada
na magnitude dos efeitos promovidos por cada programa de treinamento sustenta que, com
exceção dos desfechos single hop e PT concêntrico, os resultados “provavelmente” ou “muito
provavelmente” favorecem o GI em comparação ao GC para as demais medidas de massa
muscular, força e desempenho funcional. Conclusão: Os atletas recreacionais submetidos ao
treinamento excêntrico isocinético apresentaram incrementos mais expressivos de força e
massa muscular, o que os conduziu a um melhor desempenho funcional em comparação aos
atletas treinados de forma convencional.
Palavras-chaves: Joelho, ligamento cruzado anterior, dinamômetro de força muscular ,
Músculo Quadríceps
24 - OSTEOCONDROMA DE PATELA EM PACIENTE ADULTO: RELATO DE CASO E REVISÃO DE
LITERATURA
Fabrício Martinelli, Giorgio Marin Canuto, Charles Diogo Ammar, Cesar Luis Hinckel, Gabriel
Peixoto Castro Oria, Leonardo Comerlatto, Gustavo Hoffmeister Silva
HCR - Hospital Cristo Redentor
Resumo
INTRODUÇÃO: Os osteocondromas são os tumores ósseos benignos mais comumente
encontrados em crianças e jovens do sexo masculino. A maioria das lesões são encontradas
durante o período do estirão do crescimento esquelético. Considerando-se a idade do paciente
e o local do tumor, este relato trata-se de um caso raro o qual merece ser devidamente
relatado à comunidade científica . RELATO DE CASO: Relatamos o caso de um paciente com
osteocondroma de patela, em um homem de 58 anos, com evolução de cerca de 13 anos. O
paciente apresentou-se com quadro clínico de dor em região do joelho direito já com evolução
de 8 anos na ocasião do diagnóstico. Apresentava tumoração palpável, endurecida, em face
anterior do joelho, de aproximadamente 5X4cm. Deambulava com auxílio de uma bengala e
referia limitações para atividades diárias em função de dor e déficit funcional articular. As
comorbidades diagnosticadas eram hipertensão, diabetes mal controlado e tabagismo ativo. A
hipótese diagnóstica de osteocondroma foi sugerida após realização de ressonância
magnética. Após perda de seguimento ambulatorial, retornou ao serviço e realizou a
ressecção cirúrgica em 2016. O resultado anatomo-patológico confirmou a hipótese
diagnóstica de osteocondroma de patela. O paciente teve boa recuperação funcional após
reabilitação, e recebeu alta ambulatorial após 1 ano da cirurgia. DISCUSSÃO: Os
osteocondromas ocorrem em jovens e em ossos que apresentam ossificação endocondral.
Geralmente são encontrados na região do joelho, na metáfise distal do fêmur, proximal da
tíbia, proximal do úmero e do fêmur, desenvolvendo-se lentamente por anos. Por definição os
osteocondromas não são uma neoplasia, pois o crescimento da lesão geralmente se
interrompe com o fechamento epifisário e se estabiliza. No entanto, o crescimento dessas
formações após a maturação do esqueleto é, na maioria das vezes, sinal precoce da
transformação maligna. A incidência varia de 0,9 a 1,4% por 100.000 habitantes e a
distribuição é geralmente simétrica. Indica-se ressecção cirúrgica nos casos de interferência no
crescimento da extremidade levando a alterações funcionais e mecânicas, ou na suspeita de
malignização. CONCLUSÃO: Os osteocondromas de patela são tumores benignos raros,
principalmente em indivíduos adultos. Apresentam crescimento lento e, apesar de raro, seu
potencial de malignidade não deve ser negligenciado. O tratamento cirúrgico, quando
indicado, envolve a ressecção do tumor, e geralmente é bem sucedida.
Palavras-chaves: Joelho, Osteocondroma, Patela, Tumores Benignos
25 - OSTEOTOMIA INTRA-ARTICULAR PARA CORREÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO VICIOSA E
PSEUDOARTROSE DO PLANALTO TIBIAL COM ILIZAROV
Matheus Henrique Araújo Ventura, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Thomaz, Rafael De Luca
De Lucena, Marcelo de Oliveira Maineri, Carlos Francisco Coelho Koch , Joao Pedro Farina
Brunelli, Bernardo Vaz Peres Alves, Julio Hernando Cascán Valiente, Carlos Roberto
Schwarstmann
ISCMPA - Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre/Universidade Federal de Ciências da
Saúde de Porto Alegre
Resumo
As fraturas de planalto tibial são lesões intra-articulares da região proximal da tibia, que
ocorrem principalmente em adultos, com maior incidência da terceira à quinta década de vida.
Esse tipo de fratura pode resultar em incongruência, mau alinhamento e instabilidade
articular, e, se não forem adequadamente corrigidos, resultam em osteoartrose pós-
traumática. As lesões de alta energia, em especial tipo 21C3 da AO/OTA e Schatzker 6, quando
expostas e muito desviadas, apresentam risco considerável de evoluir com retardo de
consolidação e pseudoartrose. Relatamos um caso de paciente com fratura do planalto tibial,
Schatzker 6, negligenciada pelo sistema de saúde submetido a osteotomia intra-articular do
planalto tibial.
Paciente masculino, 48 anos, encaminhado para primeira consulta no ambulatório de
reconstrução e alongamento ósseo da ISCMPA, com história de fratura de tibia proximal
direita, imobilizado e encaminhado para tratamento definitivo há 3 meses. No momento da
consulta, paciente referia mobilidade do foco da fratura, com imobilização gessada e sem
apoio no membro inferior direito. As radiografias que evidenciaram consolidação viciosa do
planalto tibial, com desvio de aproximadamente 13° entre platôs medial e lateral e
pseudoartrose metadiafisária. Realizada abordagem mediana, com osteotomia tranversa da
patela. Seguiu-se com a osteotomia em cunha de fechamento de base intra-articular, redução
do foco sob visualização direta e reestabelecimento da anatomia articular, desbridamento,
compressão e enxertia óssea autóloga da pseudoartrose. Realizada osteotomia distal para
alongamento e montagem do fixador externo de Ilizarov e síntese da patela com banda de
tensão, além da ostectomia da fíbula.
O paciente apresentou boa evolução pós-operatória, com consolidação do foco de
pseudoartrose e formação de bom regenerado no foco do alongamento tibial. Foram
observados adequado alinhamento do eixo mecânico do membro inferior e restauração da
congruência articular do joelho. Retirado o fixador externo no 8° mês de pós-operatório.
Paciente recebeu alta ambulatorial após 14 meses de seguimento, com amplitude de
movimento de aproximadamente 0-110º.
Os princípios do tratamento cirúrgico de fraturas do planalto tibial envolvem a redução
anatômica da superfície articular e a restauração funcional do eixo mecânico do membro
inferior. Entre as principais complicações estão a perda da redução, deiscência de sutura,
infecção superficial ou associada ao material de síntese, rigidez do joelho, pseudoartrose,
artrose pós-traumática e consolidação-viciosa. O uso de fixadores externos de urgência tem
sua indicação nas fraturas de alta energia para a prevenção de complicações das estruturas
nobres e compartimentos. O fixador externo de Ilizarov tem um papel importante no
tratamento das complicações supracitadas, pois também permite a correção de falhas ósseas
pelo método da distração osteogênica de Ilizarov. No caso relatado, o paciente apresentava
consolidação viciosa do planalto tibial e pseudoartrose metadiafisária como complicação do
longo tempo entre a fratura e o tratamento definitivo. A opção da montagem do Ilizarov após
a osteotomia intra-articular foi vantajosa pois permitiu concomitantemente restaurar a
congruência articular, enxertar e comprimir a pseudoartrose e alongar o membro de forma
segura, além de possibilitar apoio imediato.
Palavras-chaves: ILIZAROV, OSTEOTOMIA INTRA ARTICULAR, FRATURA DO PLANALTO TIBIAL
26 - PRESENÇA PERMANENTE DA PREGA TRANSVERSA DO RECESSO LATERAL EM INDIVÍDUOS
SUBMETIDOS À CIRURGIA ARTROSCÓPICA DO JOELHO
Francisco Consoli Karam, Afonso Dos Reis Medeiros, Marcus Vinicius Slawski Peres, Paulo
Ricardo Picon Alves, Eduardo Andre Gomes Krieger, Luiz Antonio Silveira Simoes Pires
PUCRS - Pontificia Universidade Catolica Do Rio Grande Do Sul
Resumo
As plicas são estruturas descritas como finas membranas aderidas a sinóvia, com
características elásticas e bem vascularizadas. Estas dobras de tecido sinovial estão presentes
na maioria dos joelhos, podendo ser únicas ou várias na mesma articulação, e com diversas
formas de apresentação. Com a realização de um estudo para descrever a prevalência de plicas
sinoviais nos joelhos operados em nosso serviço observamos a presença constante de uma
prega no recesso lateral. Poucos estudos abordaram este tema e não encontramos nenhuma
análise sobre a prevalência dessa estrutura. O Objetivo deste novo estudo foi confirmar a
presença constante da prega lateral e descreve-la. Metodologia: Foram avaliados 40 pacientes
submetidos à cirurgia videoartroscópica de joelho no Hospital São Lucas da PUC, por um único
cirurgião, no período de maio a julho de 2017. Foram identificadas e anotadas as pregas/plicas
sinoviais presentes. Também foram analisadas idade, gênero, etnia (auto-relatada) e
lateralidade do joelho operado. Resultados: A prega lateral esteve presente em todos os
pacientes estudados. A prega transversa do recesso lateral é uma dobra de tecido sinovial
presente na goteira lateral da articulação do joelho. Apresenta trajetória transversa, em forma
de arco, desde a parede lateral do joelho até a superfície externa do côndilo lateral do fêmur.
Sua função na articulação e seu potencial para desenvolver sintomas ainda não foram
avaliados. Conclusões: Encontramos a prega lateral em todos os 40 pacientes. Serão
necessários estudos futuros para determinar a função desta estrutura e confirmar sua
presença constante.
Palavras-chaves: prega, recesso, artroscopia
27 - RELAÇÃO ENTRE O QUESTIONÁRIO WOMAC E A FORÇA DOS EXTENSORES DE JOELHO NA
OSTEOARTROSE DE JOELHO, PRÉ E PÓS TRATAMENTO
Évelin Santos Vaz, Rayane Salbego Anhalt, Daiane Leticia Ross Zwirtes, Karine Josibel Velasques
Stoelben, Felipe Fagundes Pereira, Juliana Corrêa Soares, Michele Forgiarini Saccol
UFSM - Universidade Federal de Santa Maria
Resumo
A osteoartrose de joelho é uma doença crônica, de origem multifatorial e degenerativa que
limitaa funcionalidade do sujeito, podendo causar diretamente dores e rigidez articular e
indiretamente diminuição da qualidade de vida, acometendo cerca de 44% a 70% da
população, acima dos 50 anos. Para identificar clinicamente as alterações importantes à saúde,
faz-se necessário a utilização de um questionário avaliativo chamado Questionário Western
Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC), dividido em três seções
específicas: a seção A, representada por 5 questões referentes a dor do paciente; a seção B,
composta por 2 questões relativas a rigidez articular e a seção C, que possui 17 questões sobre
a funcionalidade física. A pontuação varia de 0 a 4 pontos, onde 0 é nenhum, 1 é leve, 2 é
moderado, 3 é considerado forte e 4 sinaliza muito forte, estes quando somados ao final do
questionário resultam em um escore total. Quanto maior o escore de cada seção, ou ainda, o
escore total, pior o quadro clínico e o prognóstico do paciente.Além da destruição da
cartilagem, o processo de adoecimento da articulação atinge as estruturas adjacentes, como
cápsula sinovial, ligamentos e a estrutura muscular. Estes pacientes apresentam diminuição da
força de extensores, que pode ser mensurada por meio da avaliação da força isométrica de
extensão do joelho, onde o sujeito mantém o joelho a ser testado em posição de flexão de 90º
e o dinamômetro é posicionado na região ântero-inferior da perna, acima do tornozelo,
estabilizado por cinto de segurança. Sabendo-se disso, inscrito sob o número CAE:
62700716.5.0000.5346, o objetivo do presente estudo foi correlacionar o escore do
questionário WOMAC com a força isométrica de extensão de joelho, no pré e pós tratamento,
em sujeitos de ambos os sexos, com idades entre 40 e 65 anos que apresentavam osteoartrose
de joelho, diagnosticada e clinicamente classificada por exame de imagem de raio-x, pelo
critério de Kellgren e Lawrence, nos graus I, II e III. Foram avaliados no pré tratamento 43
sujeitos, onde observou-se correlação inversa significativa entre a força dos extensores do
joelho dominante e os escores totais do Womac (r= - 0,423 e p= 0,003), domínio dor (r = -0,415
e p= 0,006) e domínio funcionalidade (r= -0,473 e p= 0,001), não apresentando correlação
significativa com o domínio rigidez (r=-0,216 e p=0163). Para a força dos extensores do joelho
não dominante, observou-se correlação inversa significativa com os escores totais do Womac
(r= - 0,401 e p= 0,008), domínio dor (r= - 0,455 e p= 0,002) e domínio funcionalidade (r= - 0,412
e p= 0,006), não apresentando correlação significativa com o domínio rigidez (r=-0,225 e
p=0,148). No pós tratamento, foram reavaliados 30 sujeitos, e não foram encontradas
correlações significativas entre a força dos extensores de joelhos dominantes e não
dominantes com os escores do questionário Womac. Conclui-se então que a correlação inversa
significativa, no pré tratamento, tanto de membros dominantes, quanto de membros não
dominantes indica que, quanto menor a força para realizar a extensão de joelhos, maiores
serão os escores do questionário Womac, porém não houve correlação pós tratamento,
sugerindo que o tratamento desenvolvido ao longo do estudo tenha influenciado de forma
positiva nessas variáveis.
Palavras-chaves: Extensão, Força, Joelho, Osteoartrose, Tratamento
28 - AVALIAÇÃO CINÉTICO FUNCIONAL APROFUNDADA E ESTÍMULOS AO ENGAJAMENTO DE
PACIENTES COM LESÕES DE PUNHO E MÃO: REFLEXOS NO QUADRO CLÍNICO E
FUNCIONALIDADE
Eduarda Behenck Medeiros, Letícia Salvaro Fernandes, Lúcio Vicente Carlessi, Willians Cassiano
Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, PUC - Pontifícia Universidade Católica
Resumo
Introdução: Agrupam-se como Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT)
afecções de origem ocupacional que podem acometer tendões, sinovias, músculos, nervos,
fáscias, ligamentos, de forma isolada ou associada, com ou sem degeneração de tecidos,
atingindo qualquer segmento do corpo humano, principalmente os membros superiores.
Objetivo: Identificar os principais procedimentos fisioterapêuticos de avaliação e a demanda
de orientações gerais e singularizadas nos distúrbios osteomusculares ocupacionais de punho
e mão. Materiais e Métodos: O estudo envolveu trabalhadoras de categorias profissionais da
região de Criciúma, cadastradas no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST)
da macrorregião sul de SC, com queixa de dor em alguma região do punho ou da mão. A
amostra envolveu dezenove (19) voluntárias do sexo de sexo feminino, entre 25 e 55 anos. Foi
realizada uma avaliação cinesiológica funcional com a utilização de um instrumento de
pesquisa estruturado e revisado por pares da área. Resultados: A estatura variou entre 1,60 e
(IMC) o mesmo variou entre 20,50 e 32,28 kg/m2, com média de 24,36 kg/m2. Observou-se
baixa escolaridade sendo que 60% contam com o ensino fundamental incompleto e
predomínio do ramo de frigoríficos, seguido por auxiliares de serviços gerais. O diagnóstico
clínico encontrado com maior frequência foi a Síndrome do Túnel do Carpo (STC), seguido por
tendinites do punho/mão. Para 89,5% o quadro doloroso foi instalando-se gradualmente,
tendo ou não outros sintomas associados, sendo os mais frequentes parestesia, sensação de
peso e diminuição de sensibilidade. No exame físico, 68,5% não apresentavam alteração na
inspeção. As alterações mais significativas foram em relação à força muscular, especialmente
na dinamometria de preensão palmar e reduções de Amplitudes de Movimento (ADM’s)
resistidas. A força dinamométrica mostrou-se inferior a 50% do esperado para 47,4% da
amostra. A frequência de afastamento do trabalho foi de 63,2%. Quanto às funções os
principais impactos reportados foram relacionados ao cotidiano de trabalho doméstico como
passar, estender roupa, varrer, segurar objetos pequenos, envolvendo os movimentos de
garra, pega média e pinça. Foram repassadas orientações coletivas através de palestra e
individuais dentro de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS´s), com resultados positivos na
percepção dos pacientes, refletidos por: classificação a respeito da avaliação entre ótima e boa
(89,5%), sem atribuição negativa às mesmas; mudanças de hábitos de vida para 89,5%;
melhora dos sintomas para 84,2%; percepção de melhora real na funcionalidade para 84,2%.
Conclusão: Uma avaliação cinesiológica funcional aprofundada e detalhada é essencial para
oferecer subsídios necessários ao fisioterapeuta para que se estabeleça o diagnóstico
cinesiológico funcional. A adequada atenção e orientação ao paciente com DORT aumenta o
comprometimento com sua recuperação funcional, mostrando-se positiva e permitindo
prestar melhor assistência ao sujeito com DORT, qualificando o cuidado por parte da equipe,
com impacto nas perspectivas de reintegração profissional e social de lesionados com DORT.
Palavras-chaves: Avaliação Cinesiológica Funcional, Diagnóstico Cinesiológico Funcional, DORT,
Mão, Punho
29 - AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO
CIRÚRGICO PARA FRATURA DE GALEAZZI
Danilo Barreto Filho, Teófilo Josué Alecrim Da Costa Vieira
FURG - Universidade Federal do Rio Grande
Resumo
A fratura de Galeazzi consiste em uma fratura do terço médio-distal do rádio associada a
luxação e instabilidade da articulação rádio-ulnar distal (ARUD), sendo frequentemente
subdiagnosticada e tratada erroneamente como uma simples fratura de rádio. Esta fratura
deve ser suspeitada em qualquer fratura de rádio, pois a persistência da instabilidade da ARUD
acarreta num pior prognóstico e resultado, com perda funcional por ser uma articulação de
alta funcionalidade e que permite a prono-supinação, sendo as fraturas com traço radial mais
distal as de maior instabilidade. O diagnóstico necessita basicamente de radiografias em
incidência ântero-posterior e perfil do cotovelo, antebraço e punho, sendo seus achados
sugestivos a fratura da base estiloide ulnar, a incongruência persistente da cabeça da ulna, o
encurtamento maior que 5mm do rádio e o alargamento da ARUD. O tratamento dessas lesões
em adultos é de cunho exclusivamente cirúrgico devido à instabilidade da lesão e alta taxa de
resultados insatisfatórios inerentes ao tratamento conservador, exigindo redução anatômica e
fixação interna, sendo de suma importância no intra-operatório testar a estabilidade clínica e
radiograficamente em mais de uma incidência e em toda a rotação do antebraço. O presente
projeto de pesquisa tem como objetivo estabelecer a correlação entre a fratura e a capacidade
funcional pós-operatória através da avaliação do arco de movimento, da dor residual, do
escore de DASH e da avaliação radiográfica dos pacientes submetidos à correção cirúrgica
deste tipo de fratura no Hospital Universitário Dr Miguel Riet Correa Jr, entre março de 2015 e
fevereiro de 2017, avaliando a necessidade ou não de mudanças no protocolo pós- operatório,
bem como na técnica cirúrgica aplicada. O projeto está estabelecido na revisão dos
prontuários médicos dos pacientes da unidade do trauma ortopédico HU-FURG e na revisão do
arquivo radiológico para a classificação dos padrões de fratura de cada paciente, com a
aplicação dos questionários EVA e DASH para avaliar a dor e a capacidade funcional do
indivíduo, respectivamente. Dos 12 pacientes operados neste período somente 11 foram
submetidos à aplicação da pesquisa, sendo 9 homens e 2 mulheres, com idade média de
35,5anos (o paciente excluído apresentou associação a lesão do plexo braquial). Após a
aplicação do questionário DASH, a média de pontuação/limitação foi de 15,3% (mín 9,1%, máx
21,4%), sendo que nos pacientes que exerciam atividade laborativa a média foi de 21,02% (mín
10,8%, máx 31,1%) e nos pacientes que exerciam alguma atividade esportiva (2) as limitações
foram de 6,25% e 18,5%; na avaliação pela Escala Visual Analógica (EVA), a média de dor
residual foi de 3 pontos (mín 2,2, máx 3,9); quanto a avaliação da amplitude de movimento
(ADM), medida com goniômetro, a média de perda obtidas foram de 9,5º na flexão e 10,5º na
extensão do punho, de 10,5º na pronação e 10º na supinação do antebraço, e de 6,4º na
flexão e 1,8º na extensão do cotovelo. Após a análise dos dados, constatamos que a média de
perda funcional (15.3%) e de perda para atividades laborais (21,02%) de acordo com a escala
DASH, além da dor residual (média de 3 pontos) de acordo com a EVA, quanto as perdas de
ADM (por volta dos 10º, exceto para a extensão do cotovelo com 1,8º), foram satisfatórios
dada a gravidade da lesão, com os pacientes apresentando poucas restrições em relação ao
retorno às suas atividades diárias e laborativas, com o mínimo de dor residual.
Palavras-chaves: Articulação Rádio-Ulnar Distal, Fratura, Galeazzi, Instabilidade, Rádio Distal
30 - DESCRIÇÃO DOS ACHADOS ESQUELÉTICOS DE UMA FAMÍLIA COM A SÍNDROME DE
SINOSTOSE MÚLTIPLA
William Osamu Toda Kisaki, Tales Shinji Sawakuchi Minei, Ébano Sturm Fernandes, Silvia
Guaresi, Eduardo Everling, Patricia Noguchi, Juliana Miola, Aline Ramos Garcia, Vinicius de
Borba Capaverde, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa UFRGS -
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da
Saúde de Porto Alegre
Resumo
Introdução: a síndrome de sinostose múltipla é uma doença genética autossômica dominante
rara de expressão variável, caracterizada principalmente pelo envolvimento ósseo. Nosso
objetivo foi descrever os achados esqueléticos de uma família com a síndrome de sinostose
múltipla. Métodos: realizou-se o relato da família, com revisão da literatura. Resultados: A
gestante apresentava 29 anos e fazia acompanhamento pré-natal por gestação gemelar
dicoriônica e diamniótica (os sexos dos fetos eram discordantes). Esta era a sua terceira
gestação (possuía história de duas gravidezes ectópicas prévias), sendo que a mesma foi
concebida através de fertilização in vitro com óvulos próprios. Durante avaliação do casal, foi
diagnosticada a síndrome de sinostose múltipla no marido da paciente, que foi o doador do
esperma. Este apresentava limitação na articulação do segundo ao quinto dedos de ambas as
mãos com ausência das pregas interfalangeanas; sindactilia entre dedos da mão e defeito de
redução de terceiro e quarto pododáctilos. Na sua avaliação radiográfica observou-se a
presença de sinfalangismo (fusão das falanges) nos dedos das mãos. Revisando a sua história
familiar, verificou-se que havia mais quatro integrantes com achados similares, mas variáveis:
dois irmãos, um sobrinho - filho de um destes irmãos - e sua mãe. Basicamente, o que mais o
diferenciava dos demais era o acometimento dos membros inferiores, que eram normais nos
demais familiares. Os pais desconheciam os achados genéticos e a possibilidade de que os
mesmos poderiam ser transmitidos à sua prole. Durante acompanhamento da gestação,
suspeitou-se do acometimento pela síndrome do feto masculino nas ecografias com 20, 24 e
34 semanas de gestação, já que o mesmo se apresentava com as mãos persistentemente
abertas. Os achados pós-natais foram compatíveis com o diagnóstico da síndrome. Conclusões:
o sinfalangismo é um achado pouco comum e característico da síndrome de sinostose
múltipla, o que leva à limitação da movimentação dos dedos das mãos. Outros achados ósseos
que podem estar presentes incluem anormalidades vertebrais, estenose do canal espinhal,
luxação da cabeça do rádio, limitação na pronação/supinação dos antebraços, fusão dos ossos
do carpo e do tarso e ausência das falanges distais dos dedos dos pés.
Palavras-chaves: Autossômico dominante, Sindactilia, Sinfalangismo, Sinostose múltipla, Relato
de caso
31 - FIXAÇÃO COM CERCLAGEM EM OITO NAS FRATURAS OSTEOCONDRAIS DESLOCADAS DA
EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO
Paulo Ruschel
CMC - Clínica da Mão ao Cotovelo
Resumo
As fraturas da extremidade distal do rádio são extremamente comuns e seu tratamento tem
evoluído muito deste o início desta década. Quando o tratamento é cirúrgico, vários métodos
de fixação podem ser utilizados. Em fraturas cominutivas, muitas vezes é necessário a
associação de métodos. O objetivo do trabalho é demonstrar uma importante alternativa de
fixação associada aos diferentes métodos de fixação do rádio distal.
Material e Métodos: Os autores analisam retrospectivamente 9 casos, nos quais foram
utilizados a cerclagem em oito para a fixação de fragmentos osteocondrais volares nas fraturas
cominutivas e instáveis da extremidade do rádio distal. O seguimento mínimo da casuística é
de 16 meses e resultados analisados pelo método de Gartland e Werley e também pelo PRWE.
Resultados: Todos os casos evoluíram de forma satisfatória, com consolidação óssea. Não
houve casos de falência do material de síntese ou perda da redução.
Conclusão: Concluímos que a cerclagem em oito é um importante método auxiliar de fixação
dos fragmentos volares osteocondrais muitas vezes associados as fraturas do rádio distal e
deve estar presente no armamentário do cirurgião de mão. É um método simples,
reprodutível, e uma alternativa efetiva de fixação.
Palavras-chaves: punho, rádio distal, fratura, cerclagem em oito, osteocondral
32 - FIXAÇÃO PERCUTÂNEA COM PARAFUSO MACIÇO PARA O TRATAMENTO DE FRACTURAS
DO RADIO DISTAL
Gonzalo Guaman Gaibor, Cristian Stein Borges, Milton Bernardes Pignataro, Paulo Henrique
Ruschel
ISCMPA - Hospital Santa Casa de Porto Alegre
Resumo
Apesar do grande avanço tecnológico e das técnicas cirúrgicas nos últimos anos, o tratamento
das fraturas da extremidade distal do rádio ainda é assunto controverso, existindo diferentes
técnicas descritas em vigor na atualidade O tratamento desta lesão concentra-se na redução
da fratura e na manutenção da redução nos pacientes ativos.
A redução fechada com a fixação de fios de K percutâneos tem sido historicamente o método
de tratamento mais comum para fraturas extra-articulares instáveis do radio distal . No
entanto, limitações e complicações específicas diminuíram sua popularidade.
Ao longo dos últimos 10 anos, houve uma mudança dramática no tratamento das fraturas do
radio distal. A redução aberta e a fixação interna ganharam popularidade com o advento da
tecnologia de placa de bloqueio volar, que pode fornecer estabilização rígida, movimentação
precoce e recuperação funcional rápida.
O presente estudo prospectivo foi projetado para demonstrar a eficácia da fixação usando um
parafuso maciço padrão de 3,5 mm de diâmetro, avaliando os resultados funcionais e
radiográficos após a redução fechada e fixação percutânea de fraturas agudas, deslocadas,
extraarticulares e instáveis do raio distal em adultos.
Materias e Métodos
Foi reslizado um estudo retrospectivo, 8 fraturas do radio distal foram tratadas com técnica
minimamente invasiva com o uso de um parafuso maciço para fixação rigida.
Criterios de Inclusão: pacientes com idade entre 18 e 60 anos com fraturas tipo AO tipo A2.
Bom estoque ósseo Cirterios de Exclusão: pacientes com fraturas complexas ou articulares,
lesão tardia mais de 2 semanas, cirurgia prévia para a mesma fratura e lesões concomitantes
das extremidades superiores.
Resultados: Ao final do estudo as radiografias foram analizadas para determinar a invlinação
volar, altura radial e comprimento radial, em uma media de um ano após a cirurgia. A
estabilidade da fixação permite que os pacientes iniciem a amplitude de movimento ativa no
início do curso pós-operatório. Não houve complicações no tecido mole no pós-operatório, e
isso era um benefício esperado da abordagem minimamente invasiva e da colocação
intramedular do dispositivo.
Palavras-chaves: Fraturas do radio distal, Parafuso maciço, Placa de bloqueio volar, Período de
reabilitação, Imobilização
33 - ÓRTESE DINÂMICA PARA LESÃO DO NERVO RADIAL: ESTUDO PILOTO SOBRE ATIVIDADE
ELETROMIOGRÁFICA DO MEMBRO SUPERIOR DURANTE A EXECUÇÃO DE TAREFAS
FUNCIONAIS
Ana Carolina Grillo Semedo, Flávia P. F. M. Ricci , Isadora Scarpa , Maitê Parisi , Paulo R. P.
Santiago, Marisa de Cássia R. Fonseca
USP - Universidade de São Paulo
Resumo
Introdução: A disfunção do nervo radial implica na perda da atividade muscular dos extensores
do punho e dos dedos. Como consequência, a extremidade distal do membro superior adquire
uma desvantagem biomecânica e a perda da função de preensão. Em termos de reabilitação
do membro superior, as órteses têm sido uma importante modalidade terapêutica
complementar. Além dos instrumentos de avaliação clássicos utilizados na prática clínica, a
eletromiografia também tem sido amplamente utilizada para avaliações objetivas e
quantitativas do membro superior, a fim de se obter dados precisos para proporcionar melhor
fundamentação para a reabilitação da mão. Métodos: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (HCFMRP – USP), segundo Parecer 1.354.421/2015. Foi analisada a
eletromiografia de superfície através do Root Mean Square (RMS) dos músculos bíceps
braquial (BB), tríceps braquial (TB), extensor radial do carpo (ERC), extensor ulnar do carpo
(EUC), flexor ulnar do carpo (FUC) e flexor superficial dos dedos (FSD). O voluntário era um
paciente do sexo masculino, de 27 anos, com lesão do nervo radial e em uso de uma órtese
dinâmica de alto perfil para extensão de punho, dedos e polegar há 7 meses. O paciente
realizou 3 tarefas funcionais, sem órtese e com órtese, como deslocar um objeto cilíndrico
sobre uma mesa, leva um copo até a boca e despejar um líquido de uma jarra em outro
recipiente. Foram quantificados o RMS e o tempo de execução de cada tarefa. Resultados:
Todas as tarefas foram realizadas mais rapidamente com a utilização da órtese. Houve
diminuição da ativação dos músculos TB e FSD em todas as tarefas. Conclusão: A estabilização
das articulações do punho e metacarpofalangeanas em extensão, promovidas pela órtese,
reduz o recrutamento do flexor superficial dos dedos, que passa a ter uma vantagem mecânica
em relação à situação sem órtese. Aparentemente a órtese dinâmica para lesão do nervo
radial facilita a execução de tarefas funcionais por favorecer a ação sinérgica dos músculos do
antebraço. Além disso, o uso da órtese reduziu o tempo de execução de todas as tarefas.
Novos estudos são necessários para verificação da funcionalidade destas órteses.
Palavras-chaves: órtese, mão, eletromiografia, biomecânica, radial
34 - RECONSTRUÇÃO DE PSEUDO-ARTROSE DO ANTEBRAÇO JÁ OPERADAS PREVIAMENTE DE
UMA A SETE VEZES. APRESENTAÇÃO DE NOVE CASOS DE DIFÍCIL SOLUÇÃO
Paulo Ruschel, Milton Pignataro, Cristian Borges, Celso Folberg
CMC - Clinica da Mão ao Cotovelo, SC - Serviço de Ortopedia Santa Casa Porto Alegre
Resumo
As fraturas dos ossos do antebraço comportam-se como fraturas articulares, haja vista que
este é uma estrutura única que possui dois ossos com dupla articulação que provêem ao
membro superior movimentos rotacionais de pronação e supinação, aumentando a variedade
de maneiras como os objetos podem ser manipulados pelas mãos, de tal sorte que situações
como consolidação viciosa e pseudartroses podem comprometer esses movimentos
rotacionais, por alterarem a função das articulações radioulnar proximal e distal. Os autores
apresentam sua experiência no tratamento de 9 (nove ) com o diagnóstico de pseudo-artrose
do antebraço sendo 6 pacientes do sexo masculino e 3 pacientes do sexo feminino com a idade
variando de 21 à 56 anos. O número de cirurgias prévias ao nosso tratamento variou de uma à
sete cirurgas. O tempo de evolução entre o trauma e a cirurgia definitiva variou de 4 à 14
meses.
Todas as pseudo-artroses consolidaram, foi utilizado enxerto ósseo autólogo em todos casos. A
fixação interna foi realizada com dupla placa (ortogonal) em 6 casos e Placa única LCP em 3
casos. Segundo o critério de Tcherne – 8 casos retornaram ao seu trabalho anterior e 1 caso
necessitou mudança de trabalho.
Os autores concluem que a pseudo-artrose do antebraço é um evento raro, porém devastador
do ponto de vista funcional. Todos os esforços devem ser realizados para o restabelecimento
funcional dos pacientes acometidos por esta enfermidade.
Palavras-chaves: antebraço, pseudo-artrose, reconstrução antebraço, enxerto ósseo
35 - RECONSTRUÇÃO LIGAMENTAR E FIXAÇÃO PROVISÓRIA COM PARAFUSO DE HERBERT NA
DISSOCIAÇÃO ESCAFO-SEMILUNAR
Paulo Ruschel
CMC - CLINICA DA MÃO AO COTOVELO, SC - Serviço de Ortopedia Santa Casa Porto Alegre
Resumo
A dissociação entre o escafóide e o semilunar é o tipo mais comum de instabilidade carpal.
Linscheid e cols. denominaram esta lesão de CID (instabilidade carpal dissociativa) com padrão
DISI ( instabilidade segmentar intercalar dissociativa). A dissociação escafo-semilunar quando
não tratada ocasiona artrose progressiva do punho, portanto a sua redução e fixação interna
são o tratamento de preferência, principalmente na sua fase aguda.. A reconstrução
ligamentar associada à fixação provisória com parafuso de Herbert tenta reproduzir a
anatomia da região e manter a reconstrução estável até sua cicatrização. O diagnóstico deve
ser precoce e o tratamento instituído de imediato, sendo os resultados mais favoráveis quando
a reconstrução ligamentar é realizada nos primeiros três meses.
Foram avaliados retrospectivamente 21 pacientes portadores de dissociação escafo-semilunar
aguda ou sub-aguda foram operados na Clinica da Mão ao Cotovelo e no Grupo de Mão do
Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Complexo Hospitalar Santa Casa. Foram excluídos do
trabalho os pacientes com mais de três meses de evolução, lesões de partes moles associadas.
A coleta dos dados foi realizada através do preenchimento rigoroso de um protocolo para cada
paciente e avaliação final com um ano de evolução. Avaliamos pelo método PWRE.
Consideramos os resultados excelentes. Apresentaremos detalhes da técnica realizada e sua
indicação e resultados obtidos.
Palavras-chaves: punho, escafo-semilunar, ligamento carpo, DISI, instabilidade carpal
36 - ANÁLISE CLÍNICA SUBJETIVA DA RUPTURA DO BÍCEPS DISTAL TRATADA
CIRURGICAMENTE ATRAVÉS DA TÉCNICA DA DUPLA VIA DE MAYO
Osvandre Lech, Paulo César Faiad Piluski, Carlos Humberto Castillo Rodriguez, Cyrio Gabriel
Moojen Nácul Borges Fortes, Renato Hobi Filho
HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia, UFFS -
Universidade Federal Fronteira Sul
Resumo
A ruptura do bíceps distal é uma afecção que acomete homens de meia idade e seu
diagnóstico é relativamente simples. Ainda há controvérsias em relação a qual técnica cirúrgica
é superior no seu tratamento. Este trabalho visa avaliar clinicamente através dos questionários
DASH (DisabilitiesoftheArm, ShoulderandHand) e MayoElbowPerfonce Index (MEPI) os
pacientes tratados cirurgicamenteem nosso serviço com a técnica da dupla via de Mayo. A
mediana do questionário DASH foi 0,8 pontos e a média da escala Mayo 96,1 pontos. As
rupturas ocorreram no membro dominante em 63,2% dos pacientes, a principal complicação
pós operatória foi a ossificação heterotópica (15,8%). Não houve diferença significativa nos
escores entre pacientes que apresentaram ossificação heterotópica e os que não
apresentaram, nem nos pacientes que operaram o lado dominante versus os que operaram o
lado não dominante. Houve diferença no escore DASH naqueles pacientes que tinham outra
patologia traumatológica concomitante no membro operado. A técnica da dupla via de Mayo
fornece excelentes resultados funcionais, com baixa taxa de complicações, além de utilizar
materiais de baixo custo
Palavras-chaves: Ruptura do Bíceps Distal, Técnica da Dupla Via de Mayo, Tratamento
Cirúrgico Via Mayo
37 - ANÁLISE COMPARATIVA DA CIRURGIA DE LATARJET COM E SEM O REPARO CAPSULAR
COM ÂNCORA ABSORVÍVEL
Alexandre De Almeida, Luis Felipe Gobbi, Nayvaldo C de Almeida, Ana Paula Agostini, Adriano F
Garcia
HP - Hospital Pompéia, HS - Hospital Saúde, UCS - Universidade de Caxias do Sul
Resumo
Objetivo: O objetivo desta pesquisa é avaliar se o reparo capsular com âncora na borda da
glenóide ao final da Cirurgia de Latarjet altera o resultado do tratamento da instabilidade
anteroinferior do ombro. Métodos: entre Mar/2006 e Jul/2016, 46 pacientes com instabilidade
anterior do ombro foram tratados com a Cirurgia de Latarjet. Foram avaliados 37 pacientes
com um mínimo de 18 meses de pós-operatório. Em 14 pacientes (Grupo A) foi realizada a
sutura da cápsula articular com uma âncora absorvível na borda anterior da glenóide após a
fixação do enxerto do coracóide. Em 23 pacientes (Grupo B) não foi realizada a sutura
capsular. Os pacientes foram avaliados para a queixa de dor e de sensação de subluxação,
presença de apreensão ao exame físico, percepção sobre a normalidade de sua articulação e
limitação da mobilidade de rotação externa (RE) ativa junto ao tronco. Resultados: os grupos
foram comparados quanto à média etária (Grupo A – média de 25,3 ± 7 anos) – (Grupo B -
média de 32,3 ± 9,4 anos) (p=0,022), quanto ao período de avaliação pós-operatória (Grupo A
– mediana de 37 meses (IIQ:30,7 – 40,0)) – (Grupo B - mediana de 46 meses (IIQ:30,5 – 63,5))
(p=0,163), quanto ao sexo (p>0,999), quanto ao lado operado (p=0,970), quanto à dominância
(p=0,699) e foram considerados semelhantes. Os pacientes do grupo A apresentaram queixa
de dor em 14,3% (2/14) e os pacientes do grupo B em 47,8% (11/23). A diferença não foi
considerada significativa (p=0,074). Os pacientes do grupo A apresentaram sensação de
subluxação do ombro em 7,1% (1/14) e os pacientes do grupo B em 4,3% (1/23). A diferença
não foi considerada significativa (p>0,999). Não houve queixa de apreensão no grupo A. Um
paciente (4,3%) do grupo B queixou apreensão e foi considerado falha de tratamento. Sem
diferença entre os grupos (p>0,999). Os pacientes do grupo A consideraram seu ombro como
normal em 71,4% (10/14) e os pacientes do grupo B em 43,5% (10/23). A diferença não foi
considerada significativa (p=0,098). Foi verificada limitação da RE em 21,4% (3/14) no grupo A
e em 39,1% (9/23) no grupo B. Sem diferença estatística (p=0,306). Conclusão: Não foi possível
verificar diferença no resultado pós-operatório da instabilidade do ombro tratada com a
Cirurgia de Latarjet comparando pacientes em que foi realizada a sutura capsular em âncora
na borda da glenóide com outros onde esta não foi utilizada. Muito embora os pacientes em
que foi realizada a sutura capsular apresentaram menos dor na avaliação pós-operatória, este
achado não foi considerado significativo.
Palavras-chaves: Ombro, Instabilidade, Reparo Capsular
38 - ANÁLISE DE FRATURAS EM 4 PARTES TRATADAS COM ARTROPLASTIA REVERSA DO
OMBRO COM 12, 24 E 36 MESES DE PO
Alexandre De Almeida, Márcio R Valin, Afonso P Bongiolo, Marthina Gressler, Nayvaldo C de
Almeida, Ana Paula Agostini
HP - Hospital Pompéia, HS - Hospital Saúde, UCS - Universidade de Caxias do Sul
Resumo
Objetivo: O objetivo principal desta pesquisa é avaliar a evolução dos pacientes com Fraturas
em 4 Partes do Úmero Proximal (F4P) tratados com Artroplastia Reversa do Ombro (ARO).
Como objetivo secundário, avaliar se a presença de patologias neuro-degenerativas como
Alzheimer afeta o resultado do tratamento. Métodos: entre Out/2012 e Fev/2017, 16
pacientes com F4P foram tratados com ARO. 2 Pacientes foram excluídos por óbito antes de 12
M PO. Foram avaliados 5 pacientes com mínimo de 12 meses de PO (Grupo A), 3 com mínimo
de 24 meses (Grupo B) e 6 com mínimo de 36 meses de PO (Grupo C). Resultados: A média de
idade dos 14 pacientes do estudo foi 79,5 anos. 13 eram mulheres (92,8%). A média de
intervalo Trauma – Tto Cirúrgico foi 5,5 dias. A média de avaliação foi de 30,7 meses. Os 5
pacientes do grupo A tinham média etária de 80 anos e foram avaliados com média de 13,4
meses. Apresentavam uma média de Flexão Anterior Ativa (FAA) de 80 graus, uma Rotação
Externa (RE) média de -24 graus e o UCLA médio de 22,6. Os 3 pacientes do grupo B tinham
média etária de 81 anos e foram avaliados com média de 25 meses. Apresentavam uma média
de FAA de 113,3 graus, uma RE média de -10 graus e o UCLA médio de 27,6. Os 6 pacientes do
grupo C tinham média etária de 78,3 anos e foram avaliados com média de 46,5 meses.
Apresentavam uma média de FAA de 101,6 graus, uma RE média de 12,5 graus e o UCLA médio
de 26,6. Os grupos foram considerados semelhantes para a idade (p=0,876). Não houve
diferença para a FAA (p=0,455), a RE (p=0,084) e o UCLA (p=0,657). Os 4 pacientes (28,5%) com
Alzheimer tiveram uma média de FAA de 85 graus, uma média de RE de -15 graus e um UCLA
médio de 23,2. Os pacientes sem qualquer doença neuro-degenerativa tiveram uma média de
FAA de 101 graus, uma média de RE de -1,5 graus e um UCLA médio de 26,3. Não houve
diferença estatística entre os grupos. Conclusão: O resultado referente à dor, mobilidade e
força muscular avaliado pelo escore de UCLA dos pacientes com F4P tratados com ARO é
mantido nos primeiros anos. Muito embora os pacientes com doença neuro-degenerativa
tenham apresentado avaliações inferiores, essa diferença não foi significativa.
Palavras-chaves: Artroplastia, Ombro, Fratura
39 - ANÁLISE DO RETORNO AO ESPORTE APÓS A CIRURGIA DE LATARJET
Alexandre De Almeida, Luis Felipe Gobbi, Nayvaldo C de Almeida, Ana Paula Agostini, Adriano F
Garcia
HP - Hospital Pompéia, HS - Hospital Saúde, UCS - Universidade de Caxias do Sul
Resumo
Objetivo: O objetivo da pesquisa é avaliar a capacidade de retorno à atividade esportiva pré-
lesional, após o tratamento da instabilidade do ombro com a Cirurgia de Latarjet. Métodos:
entre Mar/2006 e Jul/2016, 46 pacientes com instabilidade anterior do ombro foram tratados
com a Cirurgia de Latarjet. O enxerto do coracóide foi fixado na borda antero-inferior da
glenóide em posição clássica com 2 parafusos corticais metálicos de 3,5 mm com arruelas
procurando sempre alcançar fixação bicortical na escápula. O tempo de imobilização pós-
operatória foi de 30 dias com tipóia. Foram avaliados 37 pacientes com uma mediana de 39
meses (mínimo de 18 meses de pós-operatório). Resultados: A média de idade dos pacientes
foi de 29,6 anos. 34 pacientes (91,8%) eram masculinos. O lado dominante estava acometido
em 54% dos casos. Sinais clínicos de frouxidão capsular estavam presentes em 24 pacientes
(64,8%). O mecanismo de trauma mais frequente foi o futebol em 24,3% (9/37), seguido de
queda da própria altura em 21,6% (8/37). Na análise radiológica, 3 enxertos (8,1%) foram
considerados medializados, 1 enxerto (2,7%) foi considerado alto e 2 (5,4%) foram
considerados inferiores à posição ideal. Apenas 1 paciente (2,7%) apresentava sinal de
apreensão positivo no exame clínico e foi considerado falha do tratamento. Um total de 27
pacientes (72,9%) foi capaz de retornar ao esporte que realizava previamente à sua lesão do
ombro. Nos 14 pacientes em que foi realizada a sutura capsular em âncora na borda anterior
da glenóide houve uma prevalência de 92,9% de retorno ao esporte (13/14). Nos pacientes
onde não foi suturada a cápsula articular a prevalência de retorno ao esporte foi de 60,9%
(14/23). A diferença não foi considerada significativa (p=0,056). Conclusão: o índice de retorno
ao esporte após a Cirurgia de Latarjet foi de 72,9%.
Palavras-chaves: Ombro, Instabilidade, esporte
40 - ANALISE DO TRAJETO DO NERVO ULNAR NA REGIÃO CUBITAL, ATRAVÉS DE SUA
DISSECAÇÃO E CORRELAÇÃO COM OS DISTÚRBIOS POR TRAUMA E A SÍNDROME DO CANAL
CUBITAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Bianca Dos Santos Lima, Gabrielly Fernanda Silva, Fabrizio Antonio Gomide Cardoso
UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro
Resumo
INTRODUÇÃO: O Nervo Ulnar, originado das raízes nervosas de C8 a T1 do plexo braquial,
superficializa ao passar pelo epicôndilo medial do úmero, no túnel cubital, onde segue seu
trajeto por centímetros sem proteção óssea ou muscular. Tornando um local de fácil
compressão, que o torna suscetível a lesões que podem desencadear déficits motores e
sensitivos. MÉTODOS: Por meio do Curso de desenvolvimento de técnicas anatômicas e
dissecação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com carga horaria total de
200 horas, que proporciona ao aluno aprofundar o estudo anatomo-clínico por dissecação;
durante o trabalho com uma peça de membro superior se identificou o trajeto do Nervo Ulnar
e suas vulnerabilidades após ser removido, por meio de afastamento, todo o tecido cutâneo e
outras estruturas como fáscia e algum tecido adiposo. Adicionado com estudo teórico de
anatomia e biomecânica da região a ser explorada. RESULTADOS: Com a dissecação e
observação da posição do nervo Ulnar é notória a relação entre a sua exposição, com a
possibilidade de lesão e os mais comuns sinais clínicos no cotovelo e na mão após sua lesão,
tais como: mão em garra e Síndrome do Canal Cubital. CONCLUSÕES: O estudo por dissecação
com a anatomia clínica auxilia e complementa a formação prática dos alunos, facilitando a
compreensão e fixação dos estudos teóricos. Além das técnicas utilizadas que possibilitam
também um aprimoramento na destreza e habilidades manuais. Após a dissecação e
observação anatômica do Nervo Ulnar se nota o quão desprotegido se encontra e a sua
estreita relação com o número de casos por trauma. Tal trajeto superficial, sem proteção
osteo-muscular facilita suas lesões que resultam em distúrbios podendo gerar parestesias,
paresias e perda da coordenação motora que poderão ser trabalhados pelo profissional
fisioterapeuta.
Palavras-chaves: ANATOMIA, COMPRESSÃO NERVOSA, COTOVELO, DISSECAÇÃO, NERVO
ULNAR
41 - AVALIAÇÃO CLÍNICA DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS FRATURAS DO TERÇO MÉDIO DA
CLAVÍCULA EM UM HOSPITAL DO SUL DE SANTA CATARINA
Fernando Hehn, Willian Nandi Stipp, Martins Back Netto, Paola Bonavides, Helena Cateano
Gonçalves e Silva, Aloir Júnior
UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina - Campus Tubarão
Resumo
Introdução: As fraturas de clavícula correspondem a cerca de 2,6 a 10% das fraturas do corpo
humano, sendo que as diafisárias compõem cerca de 80% delas. Historicamente, tais fraturas
eram tratadas de maneira conservadora, contudo estudos recentes constatam uma maior
ocorrência de complicações do que havia sido relatado anteriormente. O tratamento cirúrgico
pode acarretar em melhores resultados funcionais, um retorno mais rápido ao trabalho e um
menor tempo de consolidação, entretanto esta opção terapêutica também não é isenta de
complicações. A infecção da ferida operatória, formação de cicatriz hipertrófica, a
proeminência do material de síntese e a necessidade de uma reoperação para a retirada deste
material podem acontecer nesta abordagem. Métodos: O objetivo deste estudo foi avaliar o
resultado do tratamento cirúrgico das fraturas do terço médio da clavícula. Foi um estudo
transversal retrospectivo, em que foram avaliados 36 pacientes que sofreram fratura do terço
médio da clavícula e que foram tratados cirurgicamente, pelo mesmo cirurgião, no período de
janeiro de 2012 a fevereiro de 2017. Eles foram avaliados quanto aos tipos de traço de fratura,
tempo de fratura, complicações, mecanismo do trauma, idade, sexo, tabagismo, material de
síntese, escores de Constant-Murley (CM) e UCLA-M. Resultados: Foi observado um maior
predomínio do sexo masculino, de não-fumantes, com a maior parte dos casos entre a faixa
etária dos 21 aos 30 anos, e a idade média foi de 37,62. Os acidentes de trânsito
corresponderam ao principal mecanismo do trauma, seguido por queda da própria altura.
Houve um pequeno predomínio do traço cominutivo, com 52,9% dos casos. A proeminência do
material de síntese foi a complicação mais comum do estudo, tendo sido encontrada em
44,1% dos pacientes. Ademais, a pseudoartrose acometeu 2,9% dos casos. Em ambos os
escores funcionais foram encontrados bons resultados para o tratamento cirúrgico. Os
resultados bom ou excelente corresponderam a mais de 85% e 79% dos casos, para os escores
de CM e UCLA-M, respectivamente. A média do escore de CM foi de 91,59, e do escore de
UCLA-M foi de 31,29. A síntese mais utilizada foi a Dynamic Compression Plate + parafusos,
sendo que a idade apresentou relação estatística com o tipo de osteossíntese (p
Palavras-chaves: Cirurgia, Clavícula, Fraturas, Resultado Funcional
42 - AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DA INTEGRIDADE DA SUTURA DO SUBESCAPULAR
EM ARTROPLASTIAS REVERSAS DO OMBRO
Alexandre De Almeida, Daniel C Agostini, Cristiano Raymondi, Pedro Guarise, Nayvaldo C de
Almeida, Guilherme A Stangherlini
HS - Hospital Saúde, HP - Hospital Pompéia, UCS - Universidade de Caxias do Sul
Resumo
Objetivo: O objetivo principal desta pesquisa é estabelecer a correlação entre a integridade da
sutura do tendão do Subescapular (SubE) na ultrassonografia e sua funcionalidade através dos
testes clínicos no pós-operatório da Artroplastia Reversa do Ombro (ARO). Como objetivo
secundário, avaliar a presença e a viabilidade do tendão do SubE suturado. Métodos: Estudo
retrospectivo que incluiu 18 pacientes submetidos a ARO. Foi realizado o reposicionamento do
SubE na borda anterior da osteotomia umeral ao final do procedimento. A mediana de tempo
de avaliação pós-operatória foi de 31 meses. A avaliação clínica consistiu na realização da
manobra de Gerber, Lag test de Gerber, manobra de compressão abdominal, avaliação da
mobilidade da flexão anterior ativa (FAA), rotação externa (RE) e rotação interna (RI). Todos os
pacientes foram submetidos a ultrassonografia do ombro operado através da qual foi avaliada
a presença do tendão do SubE e sua viabilidade. Considerou-se como estatisticamente
dos pacientes analisados (72,2 %, IC 95%:51,5-92,9%). Nestes, o SubE apresentava um padrão
fibrilar alterado em 5 pacientes (38,4 %, IC 95%: 12,0-64,9%) e foi considerado não viável. Não
foi verificada associação entre a viabilidade do SubE e a positividade do teste de Gerber
(p=0,480), do teste de Lag test de Gerber (p=0,480) e a positividade do teste de compressão
abdominal (p=0,618). Não houve diferença estatisticamente significativa para a mobilidade de
FAA (p=0,104), RE (p=0,196) e RI (p-0,374) entre os pacientes que tinham SubE viáveis e os
que não tinham SubE viáveis. Conclusão: Não foi possível demonstrar uma correlação entre a
integridade da sutura do tendão do SubE na ultrassonografia e sua funcionalidade através dos
testes clínicos no pós-operatório de ARO. A sutura do SubE ao final do procedimento de ARO
tem elevado índice de falha, demostrado pela alta incidência de tendões não viáveis ou
ausentes.
43 - AVALIAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO DAS MÃOS ESQUERDA E DIREITA EM INDIVÍDUOS COM
EPICONDILALGIA LATERAL CRÔNICA
Henrique Schneider, Matheus Wiebusch, Brooke Coombes, Marcelo Faria Silva
Universidade de Queensland - Universidade de Queensland, UFCSPA - Universidade Federal
de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Resumo
INTRODUÇÃO: Diversos estudos têm evidenciado a presença de déficit na discriminação do
lado esquerdo e direito do corpo em indivíduos com dor musculoesquelética crônica. Em
pacientes com epicondilalgia lateral crônica, há indícios de alterações na organização e
processamento de zonas motoras corticais respectivas aos músculos afetados. Estes achados
sugerem provável performance deficitária destes pacientes ao discriminar o lado
esquerdo/direito do corpo. Além disso, a discriminação de lateralidade pode estar relacionada
à outras variáveis como incapacidade e intensidade da dor nestes pacientes. O objetivo deste
estudo foi descrever e comparar a performance no teste de discriminação do lado
esquerdo/direito (acurácia e tempo de reação) com a incapacidade e intensidade da dor nos
lados sintomáticos e assintomáticos em pacientes com epicondilalgia lateral crônica.
MÉTODOS: Tem como delineamento um estudo observacional transversal. Foram recrutados
12 indivíduos com queixa de dor no epicôndilo lateral do úmero por mais de 6 semanas,
provocada por dois ou mais dos seguintes testes: preensão palmar, extensão resistida do
punho ou do dedo médio, e palpação do epicôndilo lateral. Foram avaliados a intensidade de
dor (utilizando uma escala numérica de dor), a incapacidade (através do questionário Patient-
rated tennis elbow evaluation), a discriminação do lado esquerdo/direito (através do software
Recognise™). O teste de correlação de Pearson foi usado para correlações entre dor e
incapacidade com variáveis do teste de discriminação do lado esquerdo/direito, e teste t
pareado foi utilizado para comparar os lados sintomático e assintomático. RESULTADOS: A
média de idade dos participantes foi de 45,2 ± 11,5 anos, sendo que 7 (58,33%) eram do sexo
masculino e 8 (75,0%) tinham o lado dominante acometido. O teste t pareado não demonstrou
diferenças significativas entre os lados acometido e não acometido no tempo de reação
(p=0,518) e na acurácia (p=0.886) do teste de discriminação das mãos direita e esquerda.
Valores de tempo de reação do teste de discriminação das mãos direita e esquerda não foram
correlacionados com níveis de pior dor nas últimas 24 horas (p=0,694), de pior dor na última
semana (p=0.497) e de incapacidade (p=0,941). Da mesma forma, a acurácia no teste de
discriminação não foi correlacionado significativamente com essas mesmas variáveis
((p=0,830), (p=0,349) e (p=910), respectivamente). CONCLUSÃO: Indivíduos com epicondilalgia
lateral crônica não apresentaram diferença entre os lados acometido e não acometido na
performance do teste de discriminação das mãos direita e esquerda. Medidas de dor e
incapacidade também não foram correlacionadas com tempo de reação e acurácia do teste.
Palavras-chaves: Discriminação de lateralidade, Epicondilalgia lateral crônica, Incapacidade,
Intensidade da dor
44 - AVALIAÇÃO PÓS OPERATÓRIA DA CIRURGIA DE LATARJET-PATTE, POR MEIO DO
WESTERN ONTARIO SHOULDER INSTABILITY INDEX (WOSI)
Rafael De Luca de Lucena, Bernardo Vaz Peres Alves, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha
Thomaz, Marcelo de Oliveira Maineri, João Pedro Farina Brunelli, Carlos Francisco Coelho
Koch, Ivan Fadanelli Simionato, Augusto Heinen, Renan Leite, Fábio Yoshihiro Matsumoto,
Marco Tonding Ferreira, Fernando Carlos Mothes, Almiro Gerzson de Britto
ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa De Misericordia De Porto Alegre
Resumo
INTRODUÇÃO: O ombro consiste na articulação do corpo com arco de movimento mais amplo,
o que, associado ao baixo contato ósseo glenoumeral, leva a uma maior instabilidade articular.
A luxação glenoumeral pode ser dividida em anterior e posterior, sendo a primeira responsável
pela maioria dos casos. Os casos de instabilidade glenoumeral anterior com perda óssea de
20% ou mais da glenoide tem a cirurgia de Latarjet como técnica de escolha de vários
cirurgiões para seu tratamento. O questionário Western Ontario Shoulder Instability Index
(WOSI) possibilita avaliar a resposta pós-operatória e o retorno às atividades diárias prévias ao
procedimento dos pacientes com instabilidade anterior do ombro.
MÉTODOS : Estudo retrospectivo, no qual o critério de seleção dos pacientes para o estudo
consistiu em indivíduos com sinais e sintomas de instabilidade glenoumeral anterior, com ou
sem defeito ósseo da glenóide, operados por um dos quatro cirurgiões de nosso serviço
através da técnica de Latarjet-Patte e com mínimo de 12 meses de pós-operatório. Pacientes
com procedimento prévio no ombro com a finalidade de tratamento da instabilidade
glenoumeral foram excluídos do trabalho.
RESULTADOS: Foram analisados os dados dos 47 formulários respondidos, de 46 pacientes
submetidos à cirurgia de Latarjet, sendo 36 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. Os dados
foram avaliados por gênero e idade no momento da cirurgia, através da pontuação obtida pelo
questionário WOSI.
CONCLUSÃO: De acordo com os resultados obtivos, sugerimos que a cirurgia de Latarjet-Patte
seja realizada em pacientes mais jovens devido os melhores obtidos pelo WOSI.
Palavras-chaves: Instabilidade, Latarjet , Luxação , Ombro, WOSI
45 - EFEITO DA MOBILIZAÇÃO ESCAPULAR NA FORÇA PROPULSIVA DAS MÃOS DE
NADADORES
Tamiris Beppler Martins Tais Beppler Martins
UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina
Resumo
Introdução: o desarranjo biomecânico na cintura escapular de nadadores gera assimetria de
forças na braçada piorando o desempenho do nado. Objetivos: analisar o efeito mobilização
escapular na força propulsiva máxima e média das mãos de nadadores praticantes do nado
borboleta. Metodologia: esta pesquisa é um estudo experimental e transversal, paralelo em
três grupos. A amostra foi composta de 30 indivíduos de 13 a 25 anos selecionados de maneira
não probabilística intencional, divididos em três grupos de 10 nadadores (intervenção-GI;
controle-GC; placebo-GP). O GI recebeu mobilização escapular com descolamento do gradil
costal pela borda lateral da escápula. O GP recebeu apenas a mobilização em oito, sem
descolamento. O GC não recebeu intervenção e permaneceu deitado pelo mesmo tempo da
técnica (10 minutos). A avaliação foi realizada em três momentos: pré-mobilização (PM) pós-
imediato (PI) e pós-tardio (PT - 30 minutos após a técnica). Foi solicitado a cada nadador uma
execução máxima de 25 metros do nado borboleta. A força propulsiva, expressa em Newton,
foi avaliada por dois sensores de pressão posicionados entre as falanges do dedo médio e
indicador de ambas as mãos, onde os mesmos foram conectados a um conversor A/D ligado ao
notebook com o Sistema Aquanex (Swimming Technology Research, EUA). Para verificar o
efeito dos grupos (GI, GC e GP) e das condições (PM; PI; PT) na força propulsiva das mãos foi
realizada análise de variância univariada com ajustamento de bonferroni. O nível de
sob o número 972.342. Resultados: não houve interação significativa entre grupos e
condições. O efeito principal significativo foi observado no grupo placebo. A força propulsiva
máxima do GP foi significativamente diferente do GC (p=0,003) e do GI (p=0,001). Ainda, o
mesmo ocorreu com a força propulsiva média do GP em relação ao GC (p=0,007) e ao GI
(p=0,003). Conclusões: os achados mostraram que a mobilização em oito reduz as forças
propulsivas das mãos, implicando num nado com menor precisão em relação aos que não
receberam nenhuma técnica e aos que receberam a técnica com descolamento da escápula.
Assim, não é recomendada a aplicação desta mobilização em nadadores.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Natação, Manipulações Musculoesqueléticas
46 - EFEITO DA TERAPIA MANUAL NA SIMETRIA ESCAPULAR DE NADADORES
Tamiris Beppler Martins Tais Beppler Martins
UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina
Resumo
Introdução: é alta a incidência de alterações posturais na cintura escapular em nadadores
(72%) e estão relacionadas ao tempo de prática esportiva e à carga de treinamento. Objetivos:
analisar o efeito da terapia manual na simetria escapular de nadadores praticantes do nado
borboleta. Metodologia: esta pesquisa é um estudo experimental e transversal, paralelo em
três grupos. A amostra foi composta de 30 indivíduos de 13 a 25 anos selecionados de maneira
não probabilística intencional, divididos em três grupos de 10 nadadores (intervenção-GI;
controle-GC; placebo-GP). O GI recebeu mobilização escapular com descolamento do gradil
costal pela borda lateral da escápula. O GP recebeu apenas a mobilização em oito, sem
descolamento. O GC não recebeu intervenção e permaneceu deitado pelo mesmo tempo da
técnica (10 minutos). A avaliação foi realizada em três momentos: pré-mobilização (PM) pós-
imediato (PI) e pós-tardio (PT - 30 minutos após a técnica). Foi solicitado a cada nadador que
permanecesse na posição ortostática, vista posterior, para que fossem coladas as esferas de
isopor no ângulo inferior da escápula direita e esquerda, e na 3ª vértebra torácica. A câmera
foi posicionada com eixo ótico perpendicular ao sujeito a uma altura de 0,92 m. A avaliação da
assimetria horizontal da escápula foi realizada pelo sistema de marcação de pontos do próprio
sistema do Software para Avaliação Postural (SAPO). Para verificar o efeito dos grupos (GI, GC
e GP) e das condições (PM; PI; PT) na simetria escapular foi realizada análise de variância
aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UDESC sob o número 972.342. Resultados: não
houve interação significativa entre grupos e condições. O efeito principal significativo foi
observado no grupo placebo. A média do índice de simetria do GP foi significativamente
diferente do GC (p=0,01) e do GI (p=0,05). Conclusões: os achados mostraram que a
mobilização em oito promove uma maior assimetria do posicionamento das escápulas, aos que
não receberam nenhuma técnica e aos que receberam a técnica com descolamento da
escápula. Assim, não é recomendada a aplicação desta mobilização em nadadores.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Natação, Manipulações Musculoesqueléticas
47 - ESTUDO PROSPECTIVO DA PREVALÊNCIA DA DEFORMIDADE DE POPEYE APÓS
TENOTOMIA E TENODESE DA CABEÇA LONGA DO BÍCEPS
Alexandre De Almeida, Luiz Felipe Gobbi, Nayvaldo C de Almeida , Ana Paula Agostini, Adriano
F Garcia
HP - Hospital Pompéia, HS - Hospital Saúde, UCS - Universidade de Caxias do Sul
Resumo
Objetivo: avaliar se o IMC 30 pode ser utilizado como ponto de corte nas decisões sobre
realizar ou não a tenodese da Cabeça Longa do Bíceps (CLB) levando a um baixo índice de
queixa estética por parte dos pacientes. Como objetivo secundário compararemos duas
técnicas de tenodese com relação à capacidade de evitar a deformidade estética do braço
após a tenotomia da CLB. Métodos: Estudo prospectivo. 96 pacientes submetidos à cirurgia
artroscópica em um ombro entre janeiro de 2010 e julho de 2017. Sempre que era encontrado
algum critério para tenotomia da CLB, o paciente era eleito para o estudo, e esta era realizada.
Foi realizada de forma isolada nos pacientes onde o IMC>ou=30 e foi seguida de tenodese
quando o IMC
Palavras-chaves: Ombro, Bíceps, Deformidade de Popeye
48 - LESÕES DO TENDÃO SUBESCAPULAR: CORRELAÇÃO ENTRE ACHADOS DO EXAME FÍSICO,
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E ARTROSCOPIA
Osvandre Lech, Paulo César Faiad Piluski, Carlos Humberto Castillo Rodriguez, Gustavo Vinícius
Ghellioni, Deivis Caseres Finger
HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia, UFFS -
Universidade Federal Fronteira Sul
Resumo
O presente estudo tem o objetivo de informar nossas observações sobre a freqüência relativa
de lesões do tendão subescapular em pacientes submetidos a reparo artroscópico de
manguito rotador, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2017, e comparar estas com achados
do exame físico e de ressonância magnética. Métodos: estudotransversal retrospectivo com
102 pacientes (N=102), avaliados através do exame físico, Ressonância Magnética e
Artoscopia.Resultados:vimos que uma frequência significativa (pLift-Off Test, Bear-Hug e Belly-
Press com a profundidade, extensão e retração na RNM. O mesmo ocorre relacionando as
imagens da RNM com as imagens vistas na artroscopia, na profundidade, na extensão e se
isolada ou associada a outras lesões do manguito rotador.Ainda, ao comparar os testes de
exame físico com coma visão direta na artroscopia, o teste de Lift-Offem relação a extensão e
retração.Conclusão: Apesar da limitação de cada forma de identificar as lesões do
subescapular, encontramos frequências significativas ao associá-las, e assim, ter um
diagnóstico e tratamento mais preciso.
Palavras-chaves: LESÕES DO TENDÃO, TENDÃO SUBESCAPULAR, EXAME FÍSICO, RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA, ARTROSCOPIA
49 - RESULTADOS RADIOGRÁFICOS DO TRATAMENTO CIRURGICO DAS FRATURAS
DESLOCADAS DO ÚMERO PROXIMAL PELA TÉCNICA MISTA
Ivan Fadanelli Simionato, Rafael De Luca de Lucena, Bernardo Vaz Peres Alves, Renan Castanho
de Campos Leite, Augusto Heinen, Marco Tonding Ferreira, Almiro Gerzson de Britto, Fernando
Carlos Mothes, Fábio Yoshihiro Matsumoto
ISCMPA - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE / UNIVERSIDADE FEDERAL DE
CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE
Resumo
As fraturas da extremidade proximal do úmero são um desafio terapêutico. Ainda não foi
estabelecido um método padrão-ouro para o seu tratamento. Essas fraturas correspondem a
cerca de 7% das fraturas ocorridas na população em geral, têm prevalência aumentando
conforme o aumento da expectativa de vida dos pacientes e apresenta índices de
complicações relacionados tanto ao tratamento conservador, como também aos tratamentos
cirúrgicos.
O objetivo do estudo foi avaliar os resultados radiológicos da técnica mista no tratamento das
fraturas do úmero proximal.
Foram avaliados, retrospectivamente, 32 pacientes com fratura aguda da extremidade
proximal do úmero deslocada em 2, 3 e 4 partes, submetidos ao tratamento cirúrgico através
da técnica mista. O desfecho primário foi considerado a presença ou não de consolidação da
fratura. Foram avaliados também a manutenção da redução, tanto no pós operatório
imediato, bem como no tardio. A avaliação foi realizada por meio da análise das imagens
radiográficas simples pré e pós operatórias dos pacientes incluidos no estudo.
Entre os 32 pacientes avaliados, 6,4% representavam fraturas em 2 partes, 71,8% fraturas em
3 partes e 21,8% fraturas em 4 partes. A média de idade foi de 61,3 anos. As fraturas
apresentavam os seguintes desvios dos fragmentos: 62,6% em varo, 31,2% em valgo e 6,2%
neutro. O índice de consolidação obtido no grupo de 32 pacientes foi de 96,8%. Uma taxa de
perda de redução inical foi observada em 21,8% dos pacientes. Dentre o grupo de pacientes
que apresentou perda da redução, houve predominância de comprometimento da dobradiça
medial e extensão metafisária do traço de fratura. A média de idade dos pacientes que
perderam a redução foi de 71,1 anos e o desvio predominante de fratura foi em varo, 85,7%
dos casos nesse grupo.
Os resultados obtidos no estudo pelo uso da técnica mista apresentam índices de consolidação
aceitáveis e semelhantes aos obtidos no uso de outras técnicas já descritas. A técnica mista
agrega a fixação percutânea do colo do úmero com fios rosqueados 3.5mm a uma mini-incisão
pela via anterolateral, na qual se realiza a amarria dos tubérculos fraturados e deslocados com
o uso de fios de Ethibond 5, realizando-se o controle da redução através de radioscopia
transoperatória. A técnica mista apresenta algumas vantagens em relação às técnicas que
utilizam dispositívos de fixação rígida, como, a menor agressão aos tecidos moles, e o fato de
não se manter o material de síntese após a consolidação da fratura. Dessa maneira os riscos de
cut-out do material de síntese são reduzidos, e, na eventual ocorrência de necrose avascular
da cabeça umeral decorrente do trauma, a perfuração da cabeça é evitada, complicação mais
associada ao uso de placas rígidas. Apresenta ainda a vantagem de uso de material de baixo
custo. As limitações da técnica podem ser consideradas em casos de fraturas em 4 partes, nas
quais a abordagem e redução adequada do tubérculo menor pode tornar-se um desafio.
Também deve-se ficar atento para o uso da técnica em traços de fratura com extensão
metafisária e comprometimento da dobradiça medial.
Palavras-chaves: Cirurgia , Fratura , Mista, Proximal, Úmero
50 - RUPTURA BILATERAL DE TRÍCEPS : RELATO DE CASO
Rafael De Luca de Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Thomaz, Marcelo de Oliveira
Maineri, Bernardo Vaz Peres Alves, João Pedro Farina Brunelli, Carlos Francisco Coelho Koch,
Ivan Fadanelli Simionato, Augusto Heinen, Ramon Magalhães Mendonça Vilela, Fábio Yoshihiro
Matsumoto, Almiro Gerzson de Britto
iSCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericordia de Porto Alegre
Resumo
INTRODUÇÃO: Lesões tendinosas em tríceps distal são extremamente raras na população
geral, sendo reportada em apenas 0,8% de todas as lesões de tendão. As causas mais comuns
são resultado de contração contra resistência, especialmente halterofilistas, e traumas direto.
Nos casos não traumáticos, a literatura expõe que grande parte está associado a
comorbidades médicas ou uso de medicamentos.
MÉTODOS: Neste artigo se apresenta um relato de caso de um paciente, que é halterofilista
profissional, com ruptura completa de tríceps espontânea à esquerda, sendo reparado
cirurgicamente. Alguns anos após, sofre ruptura traumática à direita e nova ruptura à
esquerda, também sendo reparadas cirurgicamente.
RESULTADOS: Optou-se pelo reparo aberto cirúrgico das lesões tendinosas. O paciente evoluiu
com bons resultados, voltando às atividades físicas profissioanais.
CONCLUSÕES: A ruptura do tríceps é pouco frequente, sendo muitas vezes subdiagnosticada.
Alguns grupos etários e tipos de atividades estão mais expostos a essa injúria. Quando
adequadamente tratadas, geram bons resultados funcionais.
Palavras-chaves: Bilateral, Espontânea, Ruptura , Trauma, Triceps
51 -SÍNDROME DE ANTLEY-BIXLER: UMA CONDIÇÃO GENÉTICA CARACTERIZADA POR
SINOSTOSE RADIO UMERAL E FRATURAS
William Osamu Toda Kisaki, Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon
Magalhães Mendonça Vilela, Fernanda Scalco Acco, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano
Machado Rosa
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFCSPA - Universidade Federal de
Ciências da Saúde de Porto Alegre
Resumo
Introdução: a síndrome de Antley-Bixler (SAB) é uma doença genética rara caracterizada, entre
outros achados, por sinostose radio umeral. Nosso objetivo foi relatar um paciente com
diagnóstico de SAB, chamando a atenção para os achados que podem levar à sua suspeita
diagnóstica, incluindo a sinostose radio umeral e as fraturas. Métodos: realizou-se o relato do
caso, junto com uma revisão da literatura. Resultados: o paciente é o primeiro filho de pais
jovens e não consanguíneos, encaminhado para avaliação devido à suspeita de osteogênese
imperfeita. Nasceu de parto cesáreo, a termo, pesando 3540 gramas e com Apgar de 9/10. No
quinto dia, observou-se que o bebê apresentava restrição nos cotovelos, sendo verificadas
fraturas de membros. O cariótipo era normal. Aos 27 dias de vida, observou-se crânio com
parietais proeminentes, fontanela ampla, fronte proeminente, fendas palpebrais oblíquas para
baixo, hipoplasia de raiz nasal, orelhas displásicas, e rigidez nas articulações dos cotovelos,
joelhos e tornozelos. A avaliação radiográfica evidenciou fratura de úmero e fêmur esquerdos,
deformidade das extremidades distais dos úmeros e das proximais dos rádios e ulnas, com
fusão do úmero e ulna à esquerda, e fêmur esquerdo alargado e encurvado lateralmente. A
ressonância magnética de encéfalo revelou moderada dilatação do sistema ventricular
supratentorial; acentuação das fissuras e sulcos corticais hemisféricos, e megacisterna magna.
Aos 9 meses de idade, observou-se dificuldade respiratória e otite bilateral. A
nasofibrobroncoscopia não revelou obstrução de coanas. Conclusões: a soma dos achados
observados foi compatível com o diagnóstico de SAB. Esta deveria ser considerada em casos
apresentando sinostose radio umeral, um achado considerado geralmente mínimo para a
realização do diagnóstico da síndrome.
Palavras-chaves: Doença genética, Fraturas de membros, Relato de caso, Sinostose radio
umeral, Síndrome de Antley-Bixler
52 - SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL: COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS NA TÉCNICA DE
TRANSPOSIÇÃO SUBCUTÂNEA ANTERIOR
Osvandre Lech, Paulo César Faiad Piluski, Carlos Humberto Castillo, Quintino Rodrigues de
Castro Junior, João Artur Bonadiman
HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia, UFFS -
Universidade Federal Fronteira Sul
Resumo
A síndrome do túnel cubital corresponde a disfunção sintomática do nervo ulnar ao nível do
cotovelo, devido à combinação de compressão, tração e fricção. É a segunda neuropatia
compressiva mais comum dos membros superiores, após a síndrome do túnel do carpo. O
diagnóstico da síndrome do túnel cubital é clínico, mediante anamnese e exame físico.O
tratamento é conservador na fase inicial da doença, com mudança de hábitos posturais, uso de
órteses, fisioterapia, anti-inflamatórios, e medicação anti-neuríticaa fim de reduzir a dor e
fatores compressivos. Foi realizado análise retrospectiva dos prontuários médicos de pacientes
diagnosticados com síndrome do túnel cubital abordados cirurgicamente com a técnica de
transposição subcutâneano.Trinta e sete pacientes e 38 cotovelos (um paciente foi submetido
à intervenção cirúrgica bilateralmente) foram abordados segundo à técnica de transposição
subcutânea anterior do nervo ulnar;20 (54,1%) eram homens e 17 (45,9%) mulheres, com
idade variando entre 24 e 73 anos e média de 46,05 (+ 13,51) anos e com seguimento clínico
médio foi de 16,72 meses. A transposição subcutânea anterior do nervo ulnar em casos de
síndrome do túnel cubital é segura e eficaz, com baixa taxa de complicações, sendo a maioria
transitórias.
Palavras-chaves: Síndrome, Síndrome do Túnel Cubital, Técnica de Transposição Subcutânea
Anter
53 - TÉCNICA CIRÚRGICA DE TRANSFERÊNCIA DE GRANDE DORSAL PARA LESÕES
IRREPARÁVEIS DO SUBESCAPULAR
Fernando Mothes, Fabio Matsumoto, Augusto Heinen, Almiro Gerzson de Britto, Marco
Ferreira Tonding, Rodrigo Py
ISCMPA - Grupo de Cirurgia de Ombro, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
Resumo
Inicialmente descrita para tratamento de lesões de plexo braquial, a transferência do tendão
do grande dorsal é uma técnica frequentemente utilizada para tratamento de lesões
irreparáveis posterosuperiores do manguito rotador. Nos casos de lesões irreparáveis do
subescapular , a transferência mais realizada é a do peitoral maior. Em estudo anatômico
publicado em 2014, Elhassan et al descreveu a transferência do grande dorsal para lesões
irreparáveis do subescapular como uma alternativa viável. O objetivo desse estudo é
demonstrar em detalhes a técnica cirúrgica de transferência de grande dorsal para lesões
irreparáveis do subescapular e lesões anterosuperiores realizada pelo serviço de Cirurgia de
Ombro da Santa Casa de Porto Alegre assim como os resultados preliminares.
Palavras-chaves: Manguito Rotador, Transferência, Grande Dorsal, Subescapular
54 - A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO EM ATLETAS DE BASQUETEBOL
Luciana Venhofen, Flavia Tonelli, Giuliano Esposito Costa
UCDB - Unversidade Católica Dom Bosco
Resumo
Este estudo tem por objetivo avaliar a eficácia do treinamento proprioceptivo como preventor
de lesões de membros inferiores em atletas universitários de basquetebol. Como método
avaliativo, foi utilizado o Star Excursion Balance Test (SEBT), que é um teste para avaliação
proprioceptiva, que consiste em oito linhas retas de 100 centímetros (cm) de comprimento e 3
cm de largura, neste caso, feitas de fita métrica de tecido, colocadas no chão. Estas retas se
encontram no centro formando um circulo em que há uma angulação de 45 graus entre cada
reta. Detectando assim, alguma disfunção do sistema nervoso central, devido à lesão, que
possa alterar a capacidade proprioceptiva do atleta. O estudo contou com 20 atletas, sendo 9
homens e 11 mulheres, divididos em dois grupos, cada um com 10 pessoas tendo 5 homens e
5 mulheres no grupo controle, e 4 homens e 6 mulheres no grupo teste. O grupo teste, após a
avaliação, participou de um treinamento com exercícios proprioceptivos que incluíram
agilidade, força, explosão, velocidade e equilíbrio. Após, foi realizada a reavaliação desses
mesmos atletas no teste SEBT, e a comparação entre os resultados do antes e depois do
treinamento e a comparação do teste entre os dois grupos. Com a análise dos resultados,
verifica-se a extrema significância do treinamento proprioceptivo na prevenção de lesões em
membros inferiores em atletas de basquetebol. Neste estudo todos os participantes
apresentavam algum histórico de lesões em membros inferiores, sendo de joelho, tornozelo
ou pé. O grupo de intervenção apresentou a resposta benéfica e satisfatória, que veio de
encontro ao esperado para o desenvolvimento e conclusão deste ensaio clínico. Foram
encontradas diferenças significativas entre atletas que realizaram o treino proprioceptivo e
aqueles que não o realizaram quando comparados entre pré e pós-intervenção. O SEBT
mostrou-se eficaz para demonstrar déficits proprioceptivos e de equilíbrio em atletas.
Palavras-chaves: Atletas de Basquetebol, Treino Proprioceptivo, Star Excursion Balance Teste
55 - ABORDAGEM À VITIMA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO POLITRAUMATIZADO: RELATO DE
CASO
MAURÍCIO RODRIGUES, LETÍCIA SIGNORI KOHL, ANDRE FELIPE MAZULLO CERNICCHIARO
Ulbra - Universidade Luterana Do Brasil, Uffs - Universidade Federal Da Fronteira Sul
Resumo
Abordagem à vitima de acidente de trânsito politraumatizado: relato de caso
Resumo: O trauma é um crescente problema de saúde, representando 12% do custo das
doenças no mundo. As colisões automobilísticas são a principal causa de morte por trauma no
mundo. ¹ Para garantir a eficiência do atendimento precoce foi criado no fim da década de 70 o
protocolo ATLS® (Advanced Trauma Life Support®) que padronizou o seguimento do paciente
politraumatizado, e seu advento permitiu uma análise mais objetiva dos casos, possibilitando o
rápido diagnóstico das alterações com alto risco de morte e seu tratamento. Paciente do
presente caso, politraumatizado vítima de acidente automobilístico apresentava luxação de
joelho direito, fratura fechada diafisária de fêmur esquerdo, fratura exposta da tíbia esquerda
com perda óssea e grave desluvamento de praticamente toda a circunferência da perna, além
de luxação de Lisfranc do pé esquerdo e avulsão fechada do coxim do calcâneo esquerdo. O
objetivo desse relato é descrever o atendimento realizado ao paciente, os tipos de fraturas e o
tratamento das mesmas. Além de chamar atenção sobre fraturas que frequentemente não são
diagnosticadas em pacientes politraumatizados.
Palavras-chaves: Politrauma, Fratura Diafisária de Fêmur, Fratura Exposta Tíbia, Luxação De
Lisfranc, Luxação Joelho
56 - ADAMANTINOMA CLÁSSICO EM PACIENTE PEDIÁTRICO, UM RELATO DE CASO
Gabriel Ferrari Alves, William Osamu Toda Kisaki, Luiz J. Moura e Alimena, Alexandre David,
Ébano Sturm Fernandes, Andrius Endrigo Andrin, Tales Antunes Franzine, Tales Shinji
Sawakuchi Minei, Ramon Magalhães Mendonça Vilela, Ian Sulzbacher Peroni, Elisson Rafael
Silva dos Santos, Tális Manoel Strack Lima, Gabriela dos Santos Saballa, Valberto Sanha,
Henrique Castro, Marcelo Emerim Brígido Oliveira, Joel Lucas Maciel dos Santos
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ISCMPA - Irmandade da
Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, ULBRA - Universidade Luterana do Brasil, UFRGS -
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo
Introdução: O Adamantinoma é um tumor primário de ossos longos, maligno e bifásico,
composto por células de origem epitelial e mesenquimal. Afeta principalmente a diáfise da
tíbia e é mais comum em pacientes acima dos 20 anos, raramente acometendo crianças e
adolescentes. Apesar de ser um tumor raro, representando cerca de 0,5% de todos tumores
ósseos, o conhecimento acerca do mesmo é fundamental, uma vez que se manejado
corretamente, a sobrevida em 10 anos ultrapassa os 85%. Método: Foi realizado um relato do
caso juntamente com a revisão da literatura. Resultados: Paciente feminina de 12 anos
procurou ortopedista por apresentar dor e aumento de volume na perna esquerda por cerca
de 3 meses, sem histórico de trauma. Ao raio-x apresentou lesão permeativa, com áreas
osteoblásticas e osteolíticas na diáfise da tíbia esquerda, além de insuflação da diáfise da tíbia.
Devido a semelhança aos exames de imagem com outras patologias como a displasia
osteofibrosa, foi realizada a biópsia óssea para se confirmar o diagnóstico de Adamantinoma
Clássico. Optou-se por realizar a ressecção cirúrgica com margens amplas, além da
reconstrução com um enxerto de fíbula vascularizada e osteossíntese com placa reta DCP. O
acompanhamento pós operatório transcorreu sem intercorrências. Conclusão: O
Adamantinoma é um tumor raro em pacientes pediátricos, sobretudo em sua forma clássica. É
muito agressivo localmente e apresenta metástases em 10 a 30% dos casos, sendo o principal
órgão afetado os pulmões e menos frequentemente os linfonodos. Devido a sua natureza rara
e semelhanças com outros tumores benignos, seu diagnóstico costuma ser demorado e a
biópsia indispensável. O paciente geralmente queixa-se de dor e tumor da região afetada. Ao
exame histológico, deve-se atentar às diferenças entre o Adamantinoma Clássico e o
Diferenciado. Enquanto a forma clássica se caracteriza por um misto de componentes
epiteliais e osteofibrosos em diferentes proporções e padrões, a forma diferenciada (OFD-like)
apresenta uma predominância de tecido osteofibroso, com pequenos grupos de células
epiteliais de difícil detecção. A ressecção cirúrgica com margens amplas vem se mostrando o
melhor método para tratamento, inclusive obtendo resultados semelhantes a amputação do
membro acometido. Tanto a radioterapia quanto a quimioterapia resultaram melhora do
tratamento O comprometimento das margens da ressecção tem se mostrado o principal fator
para recidiva.
Palavras-chaves: Adamantinoma, pediátrico, tumor, tíbia, cirúrgico
57 - CISTO EPIDERMÓIDE INTRAÓSSEO DE FALANGE: RELATO DE CASO
Ricardo Becker, Otávio Pereira Cadore, Simone Martins de Azevedo, Daniela Burguez, Luis
Fernando da Rosa Rivero
HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Resumo
Introdução: O cisto epidermóide intra-ósseo (CEIO) é uma lesão óssea rara e benigna, mais
frequente nos ossos do crânio e das mãos. Entre os ossos da mão, a falange distal (FD) é mais
acometida. A origem dessa lesão pode ser congênita, traumática ou iatrogênica. Acomete
geralmente homens entre os 25 e 50 anos de idade. Geralmente, é localizado na FD dos dedos,
especialmente no 3 QDE. Costumam ser únicos, mas existem casos raros de multiplicidade. A
origem é traumática e secundária à implantação de tecido epitelial dentro do osso.
Radiograficamente, o CEIO deve ser diferenciado de outras lesões císticas. O tratamento
cirúrgico é o de escolha.
Métodos: Relato de caso de um paciente atendido em ambulatório. Realizado investigação por
métodos de imagem e procedimento cirúrgico juntamente com biópsia. Acompanhada no pós-
operatório.
Resultados: Paciente, 32 anos, feminina, branca, na sua primeira consulta ambulatorial referia
dor e aumento de volume em FD de terceiro quirodáctilo (3Q) da mão esquerda (ME). Negava
doenças prévias e histórico de trauma. Foi realizado raio-x em incidência antero posterior da
ME que evidenciou presença uma lesão osteolítica, radiotransparente, bem circunscrita e
circular na borda medial da FD. Realizou RNM que apresentou com edema ósseo na periferia
de lesão bem delimitada intraóssea. Paciente foi submetida à ressecção cirúrgica uma semana
após o início da investigação. O procedimento consistiu na exérese da lesão óssea com
enxertia de osso e posterior envio para anatomopatológico (AP). Foi realizada a fixação da
falange distal com fio de Kirchner. Resultado de AP foi compatível com cisto de inclusão
epidérmico. Paciente evoluiu bem no pós-operatório tendo recebido alta no mesmo dia do
procedimento cirúrgico com bom controle da dor.
Conclusão: Em suma, o cisto epidermóide intraósseo constitui uma patologia rara, geralmente
associada a trauma prévio, que deve ser diferenciada de outras lesões. Independente da clínica
e do exame radiológico, o diagnóstico correto só pode ser feito através do exame histológico.
Por essa razão, é essencial considerar essa lesão em diagnósticos diferenciais para evitar
ressecções amplas desnecessárias. O tratamento cirúrgico do componente cístico com ou sem
enxerto ósseo não é somente o tratamento adequado, como também previne complicações
futuras.
Palavras-chaves: cisto epidermóide , tumor ósseo, falange
58 - CONDROMATOSE SINOVIAL DA MÃO: RELATO DE CASO
Ricardo Gehrke Becker, Otávio Pereira Cadore, Bruno Pereira Antunes, Luis Fernando Rivero,
Aramndo de Abreu , Simone Martins de Azevedo
HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, HMD - Hospital Mãe de Deus
Resumo
Introdução: A condromatose sinovial é uma metaplasia benigna rara da membrana sinovial,
originando múltiplos nódulos cartilaginosos dentro do tecido conjuntivo da membrana das
articulações, bainhas e bursas. Não apresenta sinais de malignização, nem relação direta com
traumatismos ou processos inflamatórios. A articulação mais acometida é o joelho, seguido
pelo quadril. As manifestações clínicas costumam ser dor, inflamação e limitação funcional
monoarticular.
Métodos: Relato de caso de um paciente atendido em nosso ambulatório. Realizado
investigação por métodos de imagem e biópsia local. Paciente foi submetido a procedimento
cirúrgico e acompanhado no pós-operatório. Resultados: Paciente apresentava, na primeira
consulta, parestesia em primeiro quirodáctilo (PQ) e segundo quirodáctilo (SQ) da mão direita
há 3 anos. Apresentava lesão expansiva no punho direito há 5 meses além de limitação
funcional. Ao exame físico, apresentava tumoração em face volar de mão e de punho e PQ e
SQ. Raio-x apresentava massa de partes moles na mão direita em região palmar do punho sem
evidência de lesão óssea significativa. Ressonância magnética de punho direito apresentou
lesões expansivas em partes moles na face volar do antebraço distal e mão, proliferação
sinovial, em íntima relação com os tendões flexores superficiais e profundos dos dedos, sem
sinais de invasão óssea. Foi realizada biópsia de punho direito, demonstrando corpos livres do
tipo com padrão de condromatose sinovial. Macroscopicamente, foram vistas inúmeras
porções ovóides, lisas, branco-peroladas e firmes, esbranquiçadas ao corte. O paciente foi
submetido à cirurgia para exérese das lesões em face volar de punho e mão e em
quirodáctilos. Paciente apresentou adequado controle da dor no pós-operatório. Evoluiu
satisfatoriamente com boa reabilitação funcional.
Conclusões: Trata-se de uma patologia de difícil diagnóstico quando os corpos livres
cartilaginosos são radiotransparentes, sendo possível identificar os nódulos radiologicamente
apenas quando já calcificados. Apesar do difícil diagnóstico o tratamento é fundamental, pois
pode levar a incapacidade funcional. O tratamento consiste na própria exploração cirúr¬gica. O
prognóstico é favorável e a reabilitação é o principal objetivo.
Palavras-chaves: condromatose sinovial, mão, metaplasia, sinovite
59 - CONDROSSARCOMA: RELATO DE CASO DE PACIENTE COM EVOLUÇÃO PARA
DESARTICULAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR
Marcelo de Oliveira Maineri, Marina Cornelli Girotto, Felipe Cunha Birriel, Rafael de Luca de
Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Bernardo Vaz Peres Alves, Carlos Francisco
Coelho Koch, João Pedro Farina Brunelli, Julio Hernando Cascan Valiente, Carlos Roberto
Schwartsmann, Gabriel Ferrari Alves, Gabriela dos Santos Saballa, Ebano Sturm Fernandes
ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórida de Porto Alegre
Resumo
Introdução: Os Condrossarcomas são um grupo heterogêneo de tumores que apresentam
como característica comum a produção de matriz cartilaginosa, surgem normalmente na idade
adulta, com prevalência máxima entre a quinta e sétima década de vida. São encontrados na
maioria das vezes em ossos chatos, sobretudo as cinturas escapular e pélvica. São a terceira
neoplasia primária mais comum dos ossos (20 a 27%). O paciente geralmente apresenta-se
com tumefação e dor local.
Objetivo: Relatar o caso de um paciente com condrossarcoma pélvico.
Método: Realizou-se a descrição do caso juntamente com uma revisão da literatura.
Resultados: Paciente masculino, 23 anos, com história de dor em pelve esquerda associada a
tumor local com surgimento há cerca de um ano. Apresentou atendimento prévio em sua
cidade com diagnóstico primário de lesão benigna. No seguimento apresentou crescimento
rápido com progressão dos sintomas, quando foi decido realizar uma biopsia incisional, a qual
foi conclusiva do diagnóstico de condrosarcoma. Chegou ao nosso ambulatório com 5 meses
após a realização da biopsia e, então foi solicitado nova RNM de pelve, a qual identificou a
massa acometendo o corpo do púbis e os ramos isquiopúbico e iliopúbico à esquerda medindo
cerca de 11,8 x 9,2 x 9,0 cm nos levando ao planejamento de uma hemipelvectomia interna.
Realizado abordagem ilio-inguinal com extensão para via antero-lateral e no transoperatório
paciente apresentou grande perda sanguínea evoluindo choque hipovolêmico. Ressecção do
tumor foi concluída (com margens amplas, confirmadas pelo AP, posteriormente) associada a
cirurgia de controle de danos, com plano de revisão em 48 horas. Foi levado a UTI onde
recebeu 12 unidades de CHAD e evoluiu com isquemia do membro inferior esquerdo. Foi
realizado cirurgia de amputação interilio-abdominal, sem intercorrências, 24 horas após
primeiro procedimento, porém no pós operatório sofreu novo choque hipovolêmico. Após
estabilização hemodinâmica recebeu alta para a enfermaria, onde apresentou deiscência de
ferida operatória. Após estabilização do quadro clínico do paciente e a realização de
debridamentos cirúrgicos da FO com boa evolução, paciente recebeu alta hospitalar e
acompanha com ótima evolução nosso ambulatório.
Conclusão: Os condrossarcomas têm como padrão uma história natural indolente, com
pacientes que se apresentam, tipicamente, com dor e tumor local. Radiologicamente, a lesão
pode ter aparência lobular, com calcificação mosqueada, pontilhada ou anular da matriz
cartilaginosa. É difícil distinguir, portanto, o condrossarcoma de baixo grau das lesões benignas
por meio de radiografias. Pacientes com diagnósticos de lesões benignas como encondroma e
osteocondroma devem ser observados, pois essas lesões assintomáticas apresentam potencial
de malignização para condrossarcoma. No momento que apresentem dor repentina e
crescimento rápido devemos entender como manifestações clínicas suspeitas da malignidade.
Nosso paciente conseguiu realizar o diagnóstico e o tratamento em período anterior ao
aparecimento de metástase, o que foi fundamental para seu prognóstico. Apresentou, apesar
da cirurgia com complicações, inerentes ao tamanho e complexidade desse tipo de
procedimento , margens livres de tumor. Portanto, devemos estar atentos ao diagnostico
precoce dessa patologia, que mesmo rara, sempre deve ser lembrada devcido à piora de
prognóstico, quando diagnosticada tardiamente.
Palavras-chaves: Condrossarcoma, Desarticulação, Membro Inferior, Neoplasia, Tumor
60 - CORDOMA SACRAL: RELATO DE CASO DE USO DE CURATIVO A VACUO PARA
FECHAMENTO DE FERIDA OPERATÓRIA
Marcelo de Oliveira Maineri, MARINA CORNELLI GIROTTO, Felipe Cunha Birriel, Rafael de Luca
de Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Carlos Francisco Coelho Koch, Bernardo
Vaz Peres Alves, João Pedro Farina Brunelli, Julio Hernando Cascan Valiente, Carlos Roberto
Schwartsmann
ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa De Misericórdia de Porto Alegre
Resumo
Introdução: O cordoma é uma lesão maligna que se origina nos remanescentes notocordiais,
dessa forma, tem como localização preferencial o esqueleto axial. Aparece frequentemente
nas extremidades cefálica e caudal da coluna vertebral, sendo 50% localizado na região sacral
e constitui a neoplasia primária mais comum dessa região. É cerca de duas vezes mais
frequente no sexo masculino e ocorre predominantemente da 5ª à 7ª décadas de vida,
apresentando crescimento lento com baixo poder metastatizante, entretanto sua evolução
desfavorável decorre do seu comportamento localmente agressivo e de sua localização
próxima a medula vertebral.
Objetivo: Relatar o uso de curativo a vácuo como recurso terapeutico para fechamento de
deiscência de ferida operatória com exposição de cavidade pélvica em uma paciente com
cordoma sacral.
Método: Realizou-se a descrição dos casos juntamente com uma revisão da literatura.
Resultados Paciente feminina de 63 anos procura nosso ambulatório por dor em região glútea
há meses associada a lesão expansiva, realizou biopsia identificado cordoma sacral. Foi
realizado cirurgia para ressecção de tumor, sacrectomia, cujo anatomopatológico confirmou
cordoma e evidenciou margens livres de neoplasia. Durante o transoperatório apresentou
choque hemodinâmico, necessitando de cirurgia de controle de danos com revisão em 48
horas. Evoluiu para necrose de reto no periodo pos operatório, necessitando da realização de
colostomia 6 dias após a primeira cirurgia. Permaneceu cerca de um mês em UTI de nosso
hospital para estabilização dos parâmetros hemodinâmicos e recebeu alta para a enfermaria
com uma grande área de deiscência de Ferida Operatória sacral com exposição de cavidade
pélvica. Foi realizado uma série de debridamentos cirúrgicos da Ferida Operatória sacral
associado a curativo a vácuo intermitente. Após dois meses de evolução foi possível realização
de sutura elástica associada a pontos de ancoragem. Paciente evoluiu bem com boa área de
tecido de granulação com condições de alta hospitalar. Continua acompanhando em nosso
ambulatório de curativos para avaliação da evolução do fechamento, sem queixas álgicas, com
ausência de retenção urinária, mas com deficit neurológico em membros inferiores.
Conclusão Devido à sua localização junto a estruturas nobres, a ressecção do cordoma expõe o
cirurgião a um desafio no momento do planejamento cirúrgico. A sacrelectomia é uma cirurgia
complexa que envolve dissecação de áreas nobres, dessa forma apresenta alto tempo cirúrgico
com e consequentemente aumento de complicações operatórias como infecções e exposições
de cavidades devido a deiscências de fechamento. O uso de técnica auxiliates para manejo de
complicações é essencial para a boa evolução do paciente, quando o fechamento definitivo da
ferida não é possível, seja pelas condições clínicas do paciente ou pela extensão da ferida, a
terapia de pressão negativa, curatio a vacuo, visa uma cobertura temporária do local
possibilitando maior taxa de sucesso no tratamento definitivo como foi observado no nosso
paciente.
Palavras-chaves: CORDOMA, CURATIVO A VACUO, DEISCENCIA, FERIDA OPERATÓRIA, SACRAL
61 - EXPRESSÃO DE RECEPTORES DE NEUROPEPTÍDEOS E NEUROTROFINAS EM
OSTEOSSARCOMA
Ricardo Becker, Bruno Silveira Pavei, Carlos Roberto Galia, Caroline Brunetto De Farias, Luis
Fernando Rivero, Julie Francine Cerutti, Fernando Pagnussato, Lauro Jose Gregianin, Rafael
Roesler, Bruno Pereira Antunes, André Brunetto, Algemir Lunardi Brunetto
HCPA - Hospital De Clinicas De Porto Alegre (POA), ICI RS - Instituto do Câncer Infantil RS (POA)
Resumo
Introdução:O osteossarcoma(OS) é uma neoplasia maligna agressiva de origem
mesenquimalque apresenta elevado potencial metastático. Apesar de alguns avanços no
tratamento, o prognóstico do OS em pacientes metastáticos não tem apresentado melhora
significativa. Diversos estudos tem analisado o papel de marcadores tumorais específicos no
prognóstico do OS.
Objetivo:Analisar marcadores de neurotrofinase neuropeptídios em biópsias de
osteossarcomae relacionar os achados com os desfechos oncológicos.
Método:Estudo retrospectivo com 19 biópsias de pacientes portadores de OS coradas através
de imunoistoquímicapara NGF, BDNF, GRPR, TrkAe TrkBpertencentes a uma única instituição.
Os achados foram correlacionados com características clínico-patológicas dos registros
médicos dos pacientes.
Resultados:A sobrevida foi maior em pacientes com BDNF, NGF, e GRPR positivos quando
comparados aos negativos (61.3 vs33.3%; 66.7 vs33.3%; 74.1 vs44.4%, respectivamente). A
expressão de NGF, BDNF, GRPR sugere ser fator de proteção com HR de 0.51 (0.09-2.8), 0.69
(0.13-3.81), 0.58 (0.11-3.19), respectivamente. Por outro lado, a sobrevida foi maior quando os
receptores TrkAe TrkB foram negativos quando comparados aos seus pares positivos (58.2
vs37.5%; 56.3 vs54.7%, respectivamente). A expressão de TrkAe TrkBsugere ser fator de risco
com HR de 3.48 (0.62-19.7) and1.84 (0.37-9.2), respectivamente. Não houve diferença
estatística em termos de sobrevida de acordo com os marcadores analisados.
Conclusão:Pacientes portadores de OS com expressão de TrkAe TrkBapresentaram sobrevida
inferior e mais fatores de risco quando comparados aos com receptores Trknegativos. Por
outro lado, pacientes com a expressão de neurotrofinase neuropeptídios apresentaram maior
sobrevida do que seus pares negativos. Apesar de não existir associação estatisticamente
significativa, os achados sugerem relação de prognóstico entre os marcadores e pacientes
com osteossarcoma.
Palavras-chaves: osteossarcoma, neurotrofinas, neuropeptideos, TrK
62 - FOTOBIOMODULAÇÃO LASER NA MELHORA DA FERIDA CUTÂNEA DE CAMUNDONGOS
SUBMETIDO À AÇÃO DA NICOTINA: ESTUDO PILOTO
Ketlyn Germann Hendler, Laura Rodrigues Alves, Morgana Martins de Toni, Marcia Cristina
Gomes Costa, Rafael Inácio Barbosa, Heloyse Uliam Kuriki, Alexandre Marcio Marcolino
PPGCR-UFSC - Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal
de Santa Catarina, UFSC - Universidade Federal de Santa Cataria
Resumo
Introdução: A ferida cutânea é caracterizada pela perda da continuidade do tecido. A
cicatrização é caracterizada por um equilíbrio entre a lise e a síntese de colágeno, uma
intermissão desse equilíbrio irá prolongar este processo. Objetivo: Verificar o efeito da
fotobiomodulação laser em feridas cutâneas de camundongos, submetidos ou não à nicotina.
Metodologia: Foram utilizados 12 camundongos, divididos aleatoriamente em 6 grupos. Os
animais foram submetidos ao modelo experimental de lesão tegumentar do tipo ferida aberta.
A nicotina foi diluída com solução salina e injetada nos tecidos subcutâneos dos camundongos,
durante 27 e 7 dias consecutivos, precedentes ao ato cirúrgico, a dose utilizada foi de
2mg/Kg/dia. Para melhora da cicatrização foi utilizado o laser 830 nm em 1 ponto, 4 pontos e 5
pontos na lesão e/ou ao redor da mesma. Para a realização da lesão, os camundongos foram
anestesiados com injeção intraperitoneal de cloridrato de cetamina- 100 mg/kg associado a
cloridrado de xilazina - 10 mg/kg, em seguida realizou-se a tricotomia por tração manual dos
pelos no dorso dos animais, e após, a incisão cirúrgica. Foram removidos cirurgicamente 1,5
cm x 1,5 cm de pele, mediante gabarito vazado desenvolvido para o experimento no dorso dos
animais. Todos os animais tiveram suas lesões fotografadas no PO imediato, 7 dias e 14 dias
pós lesão, mantida a distância constante de 20 cm, sendo posteriormente analisada por meio
do software Image J®. O procedimento para avaliação da atividade locomotora espontânea foi
realizada através do campo aberto, que consiste de uma caixa de madeira medindo 40 x 60 x
50 cm e o fundo desta arena é dividido em 12 quadrados idênticos. Todos camundongos foram
avaliados individualmente na arena e observados por um período de 6 minutos, sendo
quantificado o número de quadrados cruzados por todas as patas do animal e também o
número de vezes que o animal ficou bipodal. Resultados e Discussão: Com relação a análise
macroscópica foi possível verificar que todos os animais apresentaram o fechamento da ferida,
observando cicatrização no seu curso natural. Ao observar os animais que receberam nicotina
por 27 dias, aqueles que receberam 4 e 5 pontos obtiveram uma melhor cicatrização da ferida,
mesmo comparados aos animais que não receberam nicotina. Já os animais que receberam
nicotina por 7 dias, apresentaram comportamento diferente obtendo resultados piores
quando comparados aos animais que não foram submetidos à nicotina. Esse fator pode ser
explicado pelo fato da nicotina estar em uma fase aguda do seu efeito, fazendo com que o
laser não apresentasse o efeito esperado na cicatrização das feridas. Na análise comparativa
houve diferença apenas no 7º dia entre os grupos submetidos a 27 dias de nicotina dos
animais sem laser e 5 pontos de aplicação. A análise realizada com o campo aberto
demonstrou que os animais dos dois grupos tiveram comportamento semelhante,
apresentando aumento da atividade locomotora, enquanto os animais submetidos a 1 ponto
de aplicação de laser e os que não foram submetidos ao tratamento, apresentaram uma
atividade locomotora reduzida. Conclusão: Com os dados obtidos na amostra deste estudo
piloto, podemos concluir que não houve diferença nas comparações macroscópicas, porém na
análise da atividade locomotora os animais submetidos a 4 e 5 pontos de laser de ambos os
grupos apresentaram maior atividade locomotora e da posição bipodal.
Palavras-chaves: Camundongos, Cicatrização, Ferimentos e lesões, Nicotina, Terapia a Laser de
Baixa Intensidade
63 - HIALOHIFOMICOSE EM PACIENTE ORTOPÉDICO - RELATO DE CASO
Felipe Odeh Susin, Osvaldo André Serafini, Lauro Manoel Etchepare Dornelles
HSL PUCRS - Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, EM
PUCRS - Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, SOT HSL -
Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital São Lucas da Pontfícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul
Resumo
Infecções fúngicas em membros raramente acometem pacientes sem histórico de
imuneodeficiência ou traumas na região acometida, sendo assim, o aumento focal de volume
sem a presença de sintomas sistêmicos que indiquem infecção bacteriana normalmente está
associado a casos de neoplasia. Neste caso, um paciente previamente hígido apresentou estes
sintomas, porém o exame anatomopatológico indicou a presença de hifas hialinas e septadas,
compatíveis com Hialohifomicose.
Palavras-chaves: Infecção, Tumores, Diagnóstico Diferencial, Cirurgia, Tratamento
64 - HIBERNOMA DE PARTES MOLES: RELATO DE CASO
Douglas Bolsonelo, Jeferson Dedea, Rodrigo Menegat Oliveira, Samuel Haddad, Giana Daniela
Hexsel, Gustavo Almeida Nunes Gil
UCS - Universidade de Caxias do Sul, Hospital Pompeia - Hospital Pompeia
Resumo
Introdução: Os Hibernomas são tumores benignos raros de partes moles. Representam apenas
2% dos tumores benignos do tecido adiposo. São mais frequentes em adultos jovens entre 20
a 40 anos e sua incidência é maior em homens. Clinicamente apresenta crescimento lento e
massa dolorosa em tecidos moles que pode ter uma apresentação extensa, embora a
compressão de tecidos adjacentes seja rara.
Objetivo: O presente trabalho relata a experiência dos autores com um caso de Hibernoma
diagnosticado após a ressecção cirúrgica sendo que a paciente possuía uma amostra
histológica, prévia ao procedimento (biópsia por agulha), sugestiva de Liposarcoma.
Metodologia: Informações obtidas por anamnese, exame físico, exame de imagem, fotografias
dos exames de patologia e revisões de prontuário.
Relato do caso: B.V. feminina 23 anos, notou tumoração na face anterior da coxa há 1 mês e
refere crescimento. Ao exame físico: paciente com sobrepeso, se apresentava com massa
móvel, de consistência elástica amolecida em face anterior da coxa terço proximal. Sem
circulação colateral, hiperemia ou outra alteração. Não havia grande sensibilidade a palpação e
não se tratava de lesão pulsátil. Em outro serviço, foi solicitado um exame ecográfico e uma
ressonância magnética. RNM evidenciou lesão de 13,9 x 10,1 x 7,1cm sugerindo tumor
lipomatoso atípico. Punção biópsia por agulha: achados podem corresponder a lipossarcoma.
A paciente foi encaminhada para cirurgia: ressecção ampla. O anátomo patológico da peça
confirma o diagnóstico de Hibernoma. A paciente apresentou boa evolução e segue em
acompanhamento não apresentando sinais de recidiva.
Resultados: Tumor benigno, tratamento para hibernoma de partes moles com equipe
oncológica do serviço de ortopedia. Paciente com estadiamento negativo, submetido a
ressecção cirúrgica. O anatomopatológico apresentou massa tumoral total pesando 705g
confirmando hibernoma. Optou – se por exérese do tumor, pois a biópsia por agulha sugeria
Liposarcoma.
Discussão: O hibernoma é um tumor benigno que ocorre usualmente na região do pescoço,
axila, ombro, tórax, coxa, retroperitônio e região periescapular/interescapular. Os sintomas
podem ser diversos de acordo com a localização do tumor, dificultando o diagnóstico quando
em localizações e sintomas atípicos. Apresenta-se com maior incidência em adultos jovens de
20 a 40 anos e do sexo masculino. No exame de imagem há dificuldade de diagnóstico
preliminar de tumores adiposos. Ao exame anatomopatológico apresenta padrão lobular
composto inteiramente de gordura marrom, com característica eosinofílica e granular do
citoplasma.
Conclusão: Há complexidade do diagnóstico pela inespecificidade dos achados nos exames de
imagem. A diferenciação entre lipoma, liposarcoma ou hibernoma pode ser difícil se
considerarmos amostras de tecido (biópsia) e comportamento clínico-radiológico. O trabalho
multidisciplinar gera diagnóstico mais preciso, muda o prognóstico, define tratamento e
melhora a qualidade de vida.
Palavras-chaves: Hibernoma, Partes moles, tumores lipomatosos
65 - HIBERNOMA: RELATO DE DOIS CASOS DE TUMOR RARO DO TECIDO CONJUNTIVO
Marina Cornelli Girotto, Alexandre david, luiz j moura alimena, Marcelo de Oliveira Maineri,
Rafael De Luca de Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Bernardo Vaz Peres Alves,
João Pedro Farina Brunelli, Carlos Francisco Coelho Koch, Ivan Fadanelli Simionato, Augusto
Heinen, Alonso Ranzzi, Renan Castanho de Campos Leite, leonardo disconzi barboza, Joel lucas
maciel santos
ISCMPA - Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
Resumo
Introdução: O hibernoma é um tumor benigno de baixa prevalência e crescimento lento. Esse
tumor possui características histológicas semelhantes a gordura marrom e por isso a sua
distribuição ocorre principalmente nas regiões escapulares, axilares, tórax, coxas e
retroperitônio. Esse tumor se desenvolve mais comumente entre a terceira e a quarta década
de vida, apresentando discreta prevalência em homens. Por se tratar de uma massa de
crescimento progressivo, lento e indolor, o hibernoma manifesta-se por vezes em achados
incidentais de exames físico ou de imagem. Não existem evidências convincentes de potencial
de malignidade no hibernoma. O tratamento de eleição é feito através da ressecção total do
tumor e hemostasia, com baixas taxas de recorrência se completamente ressecado.
Objetivo: Relatar dois casos de um pacientes com diagnostico de hibernoma.
Método: Realizou-se a descrição dos casos juntamente com uma revisão da literatura.
Resultados
Pacientes do sexo masculino com idades de ente 30 e 40 anos procuram atendimento em
nosso serviço por dor em coxa com duração média de 8 meses. Ambos notaram surgimento de
tumor com ausência de sintomas compressivos. Um paciente notou massa em compartimento
anterior da coxa direita, identificado tumor em topografia do musculo vasto medial por
ressonância magnética. Foi planejado cirurgia por abordagem antero-medial da coxa, sendo
ressecado tumor de cerca de 13 cm na maior dimensão, limites cirúrgicos livres.O outro
paciente apresentou massa em região glútea esquerda por ressonância magnética, tumor se
localizava entre a musculatura do glúteo máximo e glúteo médio e mínimo, estendendo para a
loja posterior da coxa. Foi realizada cirurgia de ressecção cirúrgica, tumor retirado com limites
cirúrgicos, apresentando n maior dimensão de 30 cm, com ausência de déficits
neurovasculares associados a cirurgia.
Conclusão
Hibernoma é um tumor incomum originado da gordura marrom, pouco relatado na literatura,
descrito apenas em alguns relatos de casos e pequenas séries de pacientes. Seu diagnostico é
feito atraves de resultado de anatopatologico, visto que suas características de imagem não
permitem diferenciar hibernomas de lipomas ou tumores malignos como os lipossarcomas.
Além disso, por sua baixa prevalência, dificulta a sua pressunsão diagnostica. Nossos pacientes
evoluiram bem após a ressecção, não apresentando complicações pós operatórias e recidiva
das lesões. Acreditamos que relatos de neoplasias raras, como o hibernoma, devem ser
compartilhados no meio acadêmico para que seja possível um estudo mais completo dessas
patologias.
Palavras-chaves: hibernoma, oncologia, ortopedia
66 - LESÕES ESPORTIVAS EM ATLETAS DAS CATEGORIAS DE BASE DO GRÊMIO FOOTBALL
PORTO ALEGRENSE, IDADE ENTRE 12 E 20 ANOS, CONFORME SUA POSIÇÃO TÁTICA
João Augusto Demamam Bersch João Augusto Demamam Bersch, Fabiane Pizzatto Xaubet
Fabiane Pizzatto Xaubet
Ulbra - Universidade luterana do Brasil
Resumo
Introdução. O futebol é o esporte com o maior número de praticantes no mundo1 e
emdecorrência da competitividade, do início precoce dos atletas nas categorias de base e de
uma maior exigência física e técnica, há o aumento do número de lesões nesses atletas2.
Entretanto, estudos epidemiológicos das lesões neste esportesão escassos e se concentram
principalmente Europa3. Constatou-se na literatura uma maior prevalência de injurias
musculares e esqueléticas nos jogadores de futebol4,5, principalemente nos membros
inferiores6. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo fazer uma análise retrospectiva da
prevalência de lesões esportivas em atletas das categorias de base do Grêmio Football Porto
Alegrense, comparando o tipo de lesão com a posição tática desempenhada em campo.
Metodologia. Estudo descritivo do tipo inquérito epidemiológico. Foram analisados os dados
do relatório anual, de 25 de janeiro de 2014 a 10 de julho de 2016, do departamento médico
das categorias de base do Grêmio Football Porto Alegrense. Os atletas estudados abrangem
apenas goleiros (n=28), zagueiros (n=48) e atacantes (n=52) com idade entre 12 e 20 anos,
contabilizando um total de 128 jovens. Os quais serão analizados quanto sua posição e o tipo
de lesão sofrida (óssea, ligamentar, tendinosa, muscular, pubalgia, lombalgia ou meniscal).
Resultados: Foram 175 lesões registradas nesse período, tendo maior incidência em atacantes
com 81 lesões (46,28%) e menor em goleiros com 28 (16%) lesões. O tipo de lesão mais
prevalente nos atacantes foi ligamentar com 33(40,74%) casos, em goleiros foi a muscular com
11 (39,28%) casos e em zagueiros foram ligamentar e muscular com 23(34,84%) cada.
Conclusão. As distintas funções desempenhadas no futebol dentro do campo possuem
diferentes exigências físicas e táticas. Em decorrência disso, trabalhos que estratifiquem os
tipos de lesões mais recorrentes em atletas de futebol conforme a posição em campo são
indispensáveis não só no tratamento, mas na sua prevenção. A análise dos resultados obtidos
por este estudo permite aos atletas receberem uma melhor preparação física e técnica de
acordo com as exigências impostas por suas funções em campo e, consequentemente, obter
um melhor desempenho.
Palavras-chaves: Futebol, Lesão , Categorias de base, Prevalência , Jovens
67 - ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL NO MANEJO DA DOR CRÔNICA MUSCULOESQUELÉTICA NO
TRABALHO DE ATENÇÃO INTEGRADA DO NÚCLEO DE PROMOÇÃO E ATENÇÃO CLÍNICA À
SAÚDE DO TRABALHADOR-NUPAC-ST
Daniele Botelho de Souza, Willians Cassiano Longen, Marco Antonio da Silva
Unesc - Universidade do Extremo Sul Catarinense
Resumo
O Núcleo de Promoção e Atenção Clínica à Saúde do Trabalhador-NUPAC-ST envolve um
projeto integrado envolvendo a Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Enfermagem e Psicologia em
ações de promoção da saúde e prevenção de agravos, bem como, a recuperação da saúde
funcional de trabalhadores com Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - DORT.
OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é contextualizar as contribuições da Nutrição no trabalho
de equipe voltado para a reabilitação de trabalhadores com DORT. MÉTODO: Este trabalho é
quali / quantitativo, longitudinal e descritivo. As consultas nutricionais ocorrem duas vezes por
semana no período vespertino no NUPAC-ST. No período de 13 meses do Núcleo implantado,
de fevereiro de 2017 a março de 2018 , foram atendidos pela Nutrição 69 pacientes, todos
com algum tipo de dor crônica musculoesquelética em ao menos 1 segmento corporal ou com
associação de segmentos. Os dados em relação ao quadro doloroso foram apurados dos
prontuários dos trabalhadores. Adicionalmente foi realizada entrevista semi-estruturada com
os colaboradores do Núcleo. RESULTADOS: No total de 161 consultas nutricionais incluindo
reconsultas. Foram verificados os quadros iniciais do momento da admissão dos pacientes
quanto à variável dor e a sua condição ao final do monitoramento nutricional para os que
permanecem em tratamento e a condição quando da última abordagem por algum dos
serviços do Núcleo quando da finalização ou interrupção do acompanhamento. Dos 69
pacientes atendidos pela nutrição, avaliados e reavaliados, 55 receberam alta do Núcleo, o que
ocorreu por remissão dos sintomas ou redução expressiva dos sintomas em especial o
doloroso, além da melhora funcional. Estas respostas representaram uma efetividade da
abordagem em equipe de 64%. Já está bem estabelecido na literatura que muitas disfunções
musculoesqueléticas podem ser minoradas e seguramente tratadas de forma coadjuvante com
medidas nutricionais (Brioschi et al, 2006 e 2009). Os resultados demonstram redução
expressiva dos quadros dolorosos proporcionais à adesão ao tratamento integrado. A
percepção da equipe do Núcleo é de que os pacientes que recebem o acompanhamento
nutricional demonstram maior adesão ao tratamento como um todo, das outras
especialidades, contribuindo para resultados mais efetivos dos tratamentos propostos.
CONCLUSÃO: Em tempos em que há um forte depósito das expectativas de melhoria e redução
dos sintomas por meios farmacológicos, é importante considerar os potenciais da aplicação
dos conhecimentos nutricionais que têm condições de potencializar o trabalho integrado de
equipe para os pacientes com DORT.
Palavras-chaves: Integralidade, Nutrição, Saúde do trabalhador
68 - OSTECONDROMATOSE MULTIMA: RELATO DE CASO DE PACIENTE COM A SINDROME
COM ACHADO OCASIONAL DE SCHWANNOMA
Marcelo de Oliveira Maineri, MARINA CORNELLI GIROTTO, Felipe Cunha Birriel, Rafael de Luca
de Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Carlos Francisco Coelho Koch, Bernardo
Vaz Peres Alves, João Pedro Farina Brunelli, Julio Hernando Cascan Valiente, Carlos Roberto
Schwartsmann
ISCMPA - COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE
Resumo
Introdução: Osteocondromatose múltipla é um transtorno raro que afeta a metáfise dos ossos
longos, caracterizado por desenvolvimento de múltiplas exostoses. É uma desordem
autossômica dominante, que afeta cerca de 1/50.000 na população. Os ossos mais envolvidos
são o fêmur, tibia, úmero, embora qualquer osso possa ser comprometido. É necessário o
acompanhamento clínico e radiológico devido ao risco de evolução para neoplasia
(condrossarcoma), embora isto seja incomum. Em caso de dor e distúrbios no crescimento é
indicado a ressecção do tumor.
Objetivo: É descrever um caso de osteocondromatose multiplica atendido no nosso
ambulatório.
Método: Realizou-se a descrição de caso juntamente com uma revisão da literatura.
Resultados: Paciente de 43 anos procura o ambulatório de tumores ósseos por queixa de
lesões expansiva em úmero direito dolorosa com aparecimento há 5 anos. Realizada ressecção
de massa com substituição por endoprotese de úmero proximal parcial. Anatomopatológico
compatível com osteocondroma, foram identificadas outras massas em fêmur bilateral e tibia
e fibula direitas. Indicada a ressecção de massa em coxa direita por queixa de dor e
desconforto local. Ressecado tumor ósseo associado a partes moles. O anatomopatológico foi
compatível com schwannoma. Paciente evoluiu bem dos procedimentos e segue
acompanhamento em nosso ambulatório.
Conclusão: A exostose múltipla hereditária ou osteocondromatose múltipla é uma anomalia do
desenvolvimento do esqueleto, não sendo considerada por alguns autores como uma
neoplasia verdadeira. De fato sua fisiopatologia ainda é muito estudada e a hipótese mais
aceita é que ocorre devido a uma separação de um fragmento epifisário da cartilagem de
crescimento. Já os schwannomas trata-se de um tumor benigno que acomete as células de
Schwann, que se localizam no sistema nervoso periférico ou central. Não foi encontrada na
nossa revisão relação entre essas duas entidades e acreditamos que novos estudos devem ser
realizados para que se exclua a relação entre essas entidades.
Palavras-chaves: Achado Ocasional, Relato de Caso, Diagnostico Diferencial,
Osteocondromatose Múltipla, Schwannoma
69 - OSTEOCONDROMA EM REGIÃO PLANTAR DO PÉ, DIAGNÓSTICO DE LESÃO BENIGNA EM
LOCALIZAÇÃO EXTREMANTE INFREQUENTE
Arthur Correa Pignataro, Felipe Odeh Susin, Lauro Manoel Etchepare Dornelles, Osvaldo André
Serafini
HSL - Hospital São Lucas da PUCRS, ESMED PUCRS - Escola de Medicina da PUCRS
Resumo
Nesse relato iremos apresentar um caso de uma paciente feminina de 14 anos que foi
encaminhada ao ambulatório de oncologia traumatológicas do HSL com uma lesão em região
plantar do pé direito. Paciente apresentava queixas de dor em região plantar direita ao
deambular. Essa dor já vinha com uma evolução de 2 ano com piora gradual. Foi solicitado um
Raio-x que evidenciou exostose óssea ovalada na parte inferior do calcâneo direito, medindo
2,8 x 2,9 cm, compatível com osteocondroma. Após realização de Raio-X, paciente foi levada
ao bloco cirúrgico para realização de ressecção cirúrgica da lesão. Paciente evoluiu bem no pós
operatório e recebeu alta. O material retirado foi mandado para patologia que descreve lesão
com capa cartilaginosa e ossificação endocondral em osso maduro com medula adiposa,
confirmado o diagnostico inicial de osteocondroma. O osteocondroma, lesão benigna óssea
mais comum (36-41%), se caracteriza por formação anômala de osso e ou cartilagem na
superfície de um osso normal. O diferencial desse caso é a localização da lesão, que na grande
maioria dos casos ocorre em articulações, mais comumente nos ombros ou nos joelhos.
Apenas 10% dessas lesões são localizadas nas mãos e pés, sendo a localização na região
plantar do calcâneo muito infrequente, com raros relatos na literatura. Não é comum essa
lesão provoca sintomas, ocorrendo somente quando o tumor atinge outras estruturas como
nervos ou vasos sanguíneos, ou quando ele impede o movimento da articulação. Essas lesões
são detectáveis na maioria das vezes no final da infância devido ao período de crescimento
ósseo. Após o fim do processo de crescimento na idade adulta, quando as epífises se fecham, o
tumor geralmente entra em uma fase quiescente. Nos casos de lesões em pé e tornozelo, elas
normalmente são diagnosticadas mais cedo pelo fato de nessa região apresentar uma menor
proporção de tecido subcutâneo, fazendo com que uma massa óssea anormal seja mais
facilmente identificada. O prognóstico dessa lesão costuma ser bom e a evolução para
malignização é muito rara (menos de 1% dos casos). Pela baixa taxa de malignização e bom
prognostico, a cirurgia não é sempre indicada, reservando para operar, como nesse caso,
apenas quando o paciente apresenta uma lesão sintomática.
Palavras-chaves: lesão benigna, Oncologia, Osteocondroma, região plantar do pé, ressecção
70 - OSTEOGÊNESE IMPERFEITA DO TIPO II: UMA CONDIÇÃO GRAVE ASSOCIADA AO
DESENVOLVIMENTO DE MÚLTIPLAS FRATURAS
Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon Magalhães Mendonça
Vilela, William Osamui Toda Kisaki, Fernanda Scalco Acco, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael
Fabiano Machado Rosa
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade
Luterana do Brasil, UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo
Introdução: a osteogênese imperfeita (OI) do tipo II é considerada a forma mais grave de
osteogênese, sendo usualmente letal no período neonatal. Nosso objetivo foi descrever os
achados e a evolução de um feto/recém-nascido com diagnóstico de OI do tipo II realizado
ainda no período pré-natal, salientando os aspectos ósseos desta doença. Métodos: fez-se a
descrição do caso, juntamente com revisão da literatura. Resultados: a gestante veio
inicialmente à avaliação com 23 semanas de gravidez por ultrassom fetal com suspeita de
displasia óssea. Esta era a sua segunda gravidez. Não possuía história familiar de achados
similares. Ela apresentava 34 anos e era não consanguínea. O exame inicial de ultrassom, com
23 semanas, evidenciou ossos do crânio com ecogenicidade inferior à habitual, aumento da
espessura da prega nucal, tórax de dimensões reduzidas e membros rudimentares. O exame
de ultrassom realizado com 23 semanas mostrou também que a área cardíaca ocupava cerca
de metade da circunferência torácica. A avaliação do coração pelos cortes de quatro câmaras e
saída dos grandes vasos não detectou malformações. Os úmeros e os fêmures mediam 1,5 cm.
O exame com 25 semanas evidenciou também líquido amniótico em quantidade aumentada.
Neste momento se suspeitou de osteogênese imperfeita do tipo II. A avaliação realizada com
26 semanas mostrou presença de derrame pleural e ascite, caracterizando um quadro de
hidropsia fetal. Neste exame, pôde-se notar também abaulamento do crânio secundário a um
leve aumento de pressão do transdutor. A cariotipagem fetal realizada através da
amniocentese foi normal (46,XX). A criança nasceu de parto normal, após bolsa rota, com 30
semanas de gestação, pesando 1065 g, e com escores de Apgar de 1 tanto no primeiro como
no quinto minutos. Ela foi a óbito nas primeiras horas de vida devido à importante disfunção
respiratória secundária à hipoplasia pulmonar. Sua avaliação radiológica pós-natal foi
compatível com o diagnóstico de osteogênese imperfeita do tipo II. Conclusões: o problema
respiratório primário que afeta indivíduos com OI do tipo II deve-se à perda de capacidade
pulmonar decorrente do tórax pequeno e estreito e consequente hipoplasia pulmonar. Esta
torna o quadro bastante grave e acaba limitando a sobrevida dos pacientes, mesmo naqueles
casos onde se realizam importantes intervenções, como o uso da ventilação mecânica. Além
disso, os pacientes possuem uma fragilidade óssea bastante grande, sendo que fraturas
podem ocorrer ainda no período pré-natal, e no pós-natal em decorrência da simples
manipulação da criança. As múltiplas fraturas vão levando também ao surgimento de
deformidades ósseas.
Palavras-chaves: Diagnóstico pré-natal, Múltiplas fraturas, Osteogênese imperfeita tipo II
71 - OSTEOMA OSTEÓIDE DE SACRO: RELATO DE CASO
Douglas Bolsonelo, Rodrigo Menegat Oliveira, Jeferson Dedea, Gustavo Gil
UCS - Universidade de Caxias do Sul, Hospital Pompeia - Hospital Pompeia
Resumo
Introdução: O Osteoma Osteóide frequentemente provoca dor local intensa com agravamento
noturno e alívio com AINEs. O diagnóstico pode ser histológico, mas é essencialmente clínico e
radiológico. É uma lesão autolimitada, podendo regredir espontaneamente ou necessitar
intervenção cirúrgica. Apesar da ressecção cirúrgica ser utilizada há vários anos com resultados
satisfatórios, algumas das suas limitações levaram ao desenvolvimento de técnicas menos
invasivas e igualmente eficazes possibilitando uma recuperação mais rápida.
Objetivo: O presente trabalho relata a experiência dos autores com um caso de tumor ósseo
de características pouco convencionais pela sua localização.
Metodologia: Informações obtidas por anamnese, exame físico, exame de imagem, fotografias
dos exames de patologia e revisões de prontuário.
Relato do caso: Paciente masculino, 13 anos, previamente hígido, com dor progressiva na
região pélvica e glútea direita há 1 ano, com piora à noite. Efetivamente aliviada com AINE. Ao
exame físico notava-se dor referida em região glútea direita. O exame de raio x não mostrava
alteração. A tomografia de bacia evidenciava lesão lítica com limites bem definidos, com nidus
central, circundado por esclerose e espessamento cortical em região da asa sacral. Exame
cintilográfico apresentava hipercaptação em asa sacral. Tomografia de tórax e abdome sem
outras lesões. Assim as principais hipóteses diagnósticas eram osteoma osteóide em região
sacral e osteomielite.
Resultados: Tumor benigno, tratamento para osteoma osteóide de sacro com equipe
oncológica do serviço de ortopedia. Paciente submetido a ressecção cirúrgica percutânea
(brocagem e cauterização) guiado por TC. O anatomopatológico confirmou se tratar de
osteoma osteóide. Seguiu em acompanhamento por mais de 5 anos e não apresentou mais
dor ou sinais de recidiva.
Discussão: O osteoma osteóide é um tumor benigno que ocorre usualmente em ossos longos.
Os sintomas podem ser diversos de acordo com a localização do tumor. Devemos estar atentos
para sinais e sintomas indiretos, tais como, escoliose e dor radicular. É a terceira neoplasia
óssea benigna mais comum ocorrendo predominantemente em pacientes jovens do sexo
masculino. Pacientes apresentam dor principalmente à noite. Coloração por HE, tumor
osteogênico compostos por trabéculas interconectadas do tecido ósseo e revestimento
osteoblástico diferenciado do osteóide, compatível com osteoma osteóide.
Conclusão: Há complexidade no diagnóstico por ser uma região atípica para o tumor. A
localização no esqueleto axial costuma dificultar o diagnóstico. A ocorrência de lesão sacral no
osteoma osteóide é rara. A opção de tratamento realizada – brocagem e cauterização - foi
efetiva e segura. O paciente apresentava como fator agravante um tumor de difícil abordagem
convencional com cirurgia aberta.
Palavras-chaves: Osteoma osteoide , osteoma osteoide de sacro, tumores osseos
72 - PAPEL DO RAIO-X PÓS-NATAL NO DIAGNÓSTICO DAS DISPLASIAS ÓSSEAS: O EXEMPLO
DA DISPLASIA TANATOFÓRICA
Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon Magalhães Mendonça
Vilela, Vinicius de Borba Capaverde, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade
Luterana do Brasil
Resumo
Introdução: as displasias esqueléticas constituem um grupo heterogêneo de doenças
caracterizadas por alterações dos ossos e/ou cartilagens. Nosso objetivo é descrever um caso
de displasia tanatofórica do tipo 1, salientando a importância da realização do raio-X pós-natal
para a confirmação do diagnóstico. Métodos: foi feita a descrição do caso e uma revisão da
literatura. Resultados: APN, 17 anos, encontrava-se em sua segunda gestação. Em ecografia
obstétrica, com 16 semanas de gravidez, evidenciaram-se membros menores do que o
esperado. Em ultrassom obstétrico com 22 semanas, verificou-se também corpos vertebrais
achatados. A ecografia morfológica, com 25 semanas de gestação, revelou polidrâmnio,
macrocefalia, fronte proeminente, ponte nasal baixa, estreitamento torácico e importante
encurtamento de membros superiores e inferiores (micromelia). A ecocardiografia fetal foi
normal. A ressonância magnética fetal demonstrou achados similares ao ultrassom, acrescidos
de alteração na morfologia dos lobos temporais do cérebro. O cariótipo fetal foi normal. A
criança nasceu de parto cesáreo, com 38 semanas de gravidez, pesando 2750 gramas e com
índices de Apgar de 4/6. Foi entubado ainda na sala de parto. O raio-X de corpo inteiro
realizado após o nascimento revelou achados como vértebras pequenas e achatadas com
aparente aumento do espaço intervertebral, fíbula mais longa que a tíbia e fêmures arqueados
e curtos, compatíveis com o diagnóstico de displasia tanatofórica do tipo 1. O paciente
permaneceu por 48 horas em ventilação mecânica, vindo a óbito por parada
cardiorrespiratória sem resposta à manobra de reanimação. Conclusões: a displasia
tanatofórica é uma forma de nanismo autossômico dominante, usualmente letal. A
ultrassonografia fetal é um método não invasivo capaz de diagnosticar inúmeras displasias
ósseas, incluindo a tanatofórica. Contudo, muitas vezes, o diagnóstico é confirmado apenas
após o nascimento, com a realização da radiografia, tal como ocorrido no presente caso. Nosso
relato ressalta a importância da realização da radiografia pós-natal para a confirmação do
diagnóstico das displasias ósseas.
Palavras-chaves: displasia óssea, displasia tanatofórica, pós natal, raio x
73 - RELATO DE CASO: FRATURA FEMORAL INCOMPLETA ATÍPICA BILATERAL INDUZIDA PELO
USO DE BIFOSFONATO
Marcus Vinicius Bianchi, Carlos Antônio Bergamaschi José, Lisandro Pavan, Lauro Rodrigues
Casarin Da Rocha, Wagner Isaias Piccoli, Leandro Chemello, Alexandre Luiz Dal Bosco
ORTOCENTRO - Clínica Ortocentro
Resumo
Os bifosfonatos são drogas amplamente utilizadas no tratamento da osteoporose, atualmente.
Atuam como inibidores da reabsorção óssea, reduzindo a incidências de fraturas vertebrais e
do fêmur proximal. Eles suprimem o turnover ósseo, podendo reduzir em até 20% da
resistência da arquitetura da matriz óssea, uma vez que ocorre a supressão do processo de
remodelação óssea também. Embora não tenha sido, perfeitamente, estabelecida a relação
causal, o uso prolongado desta classe de medicação está associado à ocorrência de fraturas
com traumas de baixa energia ao nível da diáfise do fêmur e da região subtrocantérica. A
incidência acumulada deste tipo de fratura é de 0,9 a 78 fraturas para cada 100.000 pesoas ao
ano e o risco de bilateralidade é de 28 a 44,2%. Há critérios maiores e menores estabelecidos
para o diagnóstico destas fraturas. Diante da presença de dor na coxa sem trauma em um
paciente com histórico confirmado de uso desta classe de medicação, é mandatória a
investigação pro exames de imagem, sobretudo raio-x e RNM. O manejo é essencialmente
cirúrgico e deve ser interrompido o uso de bifosfonato. Ainda, não existem estudos
estabelecendo qual o melhor tipo de osteossíntese para este tipo de fratura.
Neste relato, apresenta-se o caso de um mulher de 76 anos, caucasiana, usuária de
alendronato, Cálcio e Vitamina D há 03 anos para tratamento de osteoporose. Histórico de
AVC prévio com déficit em hemicorpo esquerdo - em uso de anticoagulante oral (Pradaxa) e de
outros medicamentos para tratamento de hipertensão arterial sistêmica, gastrite crônica,
DPOC e artrite reumatoide. Previamente deambuladora comunitária, procurou atendimento
em nível ambulatorial, por quadro álgico progressivo em coxa direita com evolução de 02
meses, sem qualquer história de queda ou qualquer fator traumático local. Ao exame físico,
quadril com mobilidade ampla e indolor e testes de Laségue, FABERE, FADIR, Thomas, Log-roll
e Stinchfield negativos. Foi realizado estudo radiológico - espessamento da cortical do fêmur
direito - e RNM que confirmou o diagnóstico de fratura incompleta da cortical lateral da diáfise
do fêmur. Dois dias após o diagnóstico, foi realizado o tratamento cirúrgico da fratura através
da fixação com haste intramedular fresada bloqueada. Paciente iniciou descarga de peso
precoce no membro operado e realizou acompanhamento com fisioterapia, apresentando
alívio imediato dos sintomas álgicos e boa evolução clínica. Foi encaminhada para o
Reumatologista, sendo revisto o tratamento para osteoporose, com suspensão do uso de
alendronato e início de terapia com ácido Zoledrônico, mantendo-se cálcio e vitamina D. Onze
meses após o diagnóstico no lado direito, a paciente retornou por dores idênticas na coxa
esquerda, novamente, sem histórico de trauma, estando, completamente, assintomática em
relação ao lado direito. Raio-X e RNM confirmaram nova fratura incompleta na região
subtrocantérica do fêmur esquerdo. A paciente foi submetido à nova cirurgia, sendo realizada
a fixação da fratura com haste intramedular fresada bloqueada. A paciente realizou o mesmo
protocolo de reabilitação, apresentando evolução favorável, com melhora significativa das
dores. Com 06 meses de evolução após a cirurgia no lado esquerdo, a paciente apresenta-se,
totalmente, assintomática em relação às coxas operadas, deambula sem tutores e não
apresenta alterações nas osteossínteses nas radiografias de controle. Teve como
intercorrência clínica recente, um novo episódio de AVC.
Palavras-chaves: OSTEOPOROSE, BIFOSFONATO, FRATURA FÊMUR, HASTE INTRAMEDULAR
74 - SARCOMA DE EWING: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Andrius Endrigo Andrin, Luiz Jose Moura Alimena, Sérgio Zylbersztejn, Tales Shinji Sawakuchi
Minei, William Osamu Toda Kisaki, Gabriel Ferrari Alves, Ramon Magalhães Mendonça Vilela,
Tális Manoel Strack Lima, Ian Sulzbacher Peroni, Elisson Rafael Silva dos Santos, Tales Antunes
Franzini, Gabriela dos Santos Saballa, Ébano Sturm Fernandes, Valberto Sanha, Henrique
Castro, Marcelo Emerim Brígido Oliveira, Joel Lucas Maciel dos Santos
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ISCMPA - Irmandade da
Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, UFRGS - Universidade Federal Do Rio Grande do
Sul, ULBRA - Universidade Luterana do Brasil
Resumo
Introdução: o Sarcoma de Ewing foi descrito por James Ewing em 1921, e corresponde a uma
neoplasia maligna óssea de alto grau. É o 3º tumor maligno primário do osso em frequência,
com incidência de 1-3 casos por milhão no ocidente. Objetivos: descrever um caso sarcoma de
Ewing e o tratamento realizado. Método: realizou-se a descrição do caso e revisão da
literatura. Resultados: paciente masculino, 08 anos, com dor no 1/3 proximal da perna
esquerda há 3 meses. Realizada radiografia da perna esquerda que apresentou lesão
permeativa e blástica na diáfise da tíbia esquerda. A ressonância magnética apresentou lesão
intramedular e em tecidos moles. Indicado biópsia óssea, que resultou no diagnóstico de
Sarcoma de Ewing. Investigação complementar não evidenciou metástases na data do
diagnóstico. Optou-se por realizar quimioterapia neoadjuvante, seguida de ressecção cirúrgica
e quimioterapia adjuvante. Feita então ressecção da lesão tumoral com margens amplas,
reconstrução com osso irradiado e fíbula translocada e osteossíntese com placa angulada de
90º. Pós-operatório sem intercorrências. Indicado fisioterapia motora. Paciente com
seguimento de 10 anos, sem recidivas. Conclusões: o Sarcoma de Ewing é o tumor maligno
primário do osso mais frequente em crianças. É diagnósticado principalmente na 2ª década de
vida e é raro acima dos 30 e abaixo dos 5 anos e nas populações afrodescendente e asiática,
com predomínio do sexo masculino. O primeiro sintoma costuma ser a dor. Sinais flogísticos e
massas visíveis podem aparecer no desenvolvimento da doença. O tempo até o diagnóstico
varia de três a nove meses. Esse paciente seguia essas características. Na radiografia, vê-se
uma lesão intramedular destrutiva mal definida, permeativa, acompanhada por reação
periosteal, que afeta as diáfises dos ossos longos. A definição mais precisa da extensão local do
tumor e a sua relação com estruturas adjacentes é fornecida pela Ressonância Magnética. Na
biopsia, identificam-se pequenas células redondas azuis na coloração de hematoxilina-eosina
PAS e CD99 (MIC2) positivo. Classicamente apresenta a diferença genética t (11; 22) (q24;
q12.) O estadiamento deve incluir uma tomografia computadorizada do tórax e cintilografia
óssea. O tratamento consiste de quimioterapia neoadjuvante, remoção cirúrgica com amplas
margens e terapias adjuvantes como quimioterapia e radioterapia. Após a ressecção do tumor,
grandes defeitos ósseos devem ser reconstruídos para restaurar a função dos membros
afetados. As principais opções reconstrutivas incluem autoenxertos ósseos, aloenxertos ósseos
estruturais e endopróteses metálicas. Nesse paciente optou-se pelo uso de um autoenxerto
vascularizado da fíbula. O prognóstico depende da localização, tamanho e volume do tumor,
presença de metástase, idade > 14 anos, níveis séricos de lactato desidrogenase e localização
axial. A sobrevida estimada em 5 anos na doença localizada situa-se entre 50 e 70% e a doença
metastática permanece entre 18 e 30%.
Palavras-chaves: Autoenxerto de Fíbula, Ressecção Cirúrgica, Sarcoma de Ewing
75 - SINTOMAS MUSCULOESQUELETICOS RELACIONADOS AO USO DE SMARTPHONES. UM
ESTUDO PILOTO
Vitor Souza, Heloyse Kuriki, Alexandre Marcolino, Marisa Fonseca, Rafael Barbosa
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, USP - Universidade de São Paulo
Resumo
INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, os smartphones revolucionaram a maneira como as pessoas
se comunicam e interagem. Com aparelhos cada vez mais acessíveis, maior é o número de
pessoas que o utilizam para acessar internet e redes sociais, contudo, seu uso em excesso
pode estar relacionado a quadros patológicos. Estudos recentes apontam que usuários de
smartphones apresentam queixas musculoesqueléticas, como dor e disfunção em segmentos
específicos como a coluna cervical e ombro, porém os estudos que evidenciam esse fato,
apresentam pouco nível de evidência. OBJETIVO: O estudo tem como objetivo identificar os
sintomas musculoesqueléticos em universitários usuários de smartphones. MÉTODOS: Foram
avaliados 64 estudantes universitários usuários de smartphones através da aplicação do
questionário sociodemográfico com o objetivo de identificar as variáveis que predispõem
lesões relacionadas ao smartphone, além das versões validadas e adaptadas ao Brasil do
questionário Nórdico (NMQ), do questionário DASH (Disabilities of Arm Shoulder and Hand) e
Neck Disability Index (NDI). Por fim, o estudo avaliou a preensão palmar dos voluntários
utilizando o dinamômetro de preensão (Jamar ™). RESULTADOS: A idade média apresentada
foi de 21 anos (DP = 3,2 anos). O questionário NMQ indicou, na questão referente a presença
de sintomas nos últimos doze meses, que as regiões com maiores queixas foram “Pescoço”
(61%), “Parte Inferior das Costas” (53%), “Ombros” (50%), “Parte Superior das Costas” (50%) e
“Punhos/Mãos” (50%). Pelos dados coletados através do questionário sociodemográfico,
foram comparados indivíduos de acordo com o tempo de uso diário do smartphone (maior ou
menor que três horas por dia) e o tamanho da tela do aparelho (maior ou menor que cinco
polegadas). Os dados referentes ao DASH apontaram que os indivíduos que utilizam o celular
por mais de três horas por dia obtiveram maiores scores (p=0,004). Já os que utilizam
aparelhos com tela menor que cinco polegadas obtiveram os maiores escores (p=0,16). Os
dados do NDI indicam que indivíduos que utilizam por mais de três horas por dia apresentam
maiores scores (p=0,34) assim como os que utilizam aparelhos com tela menor que cinco
polegadas (p=0,32). Para os valores de preensão palmar, os indivíduos com tempo de uso
menor que três horas apresentaram os maiores valores (p=0,001), assim como os com telas
maiores que cinco polegadas (p=0,29). CONCLUSÃO: Os resultados preliminares deste estudo
demonstram maior incidência de sintomas nas regiões cervical, membros superiores e lombar.
Os sintomas podem estar relacionados as maiores telas dos aparelhos e seu maior tempo de
uso diário. Já a preensão palmar mostrou-se maior em indivíduos que utilizam menos tempo
por dia e nos que utilizam maiores telas.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Smartphone, Dor Cervical, Preensão Palmar
76 - UTILIZAÇÃO DE ENDOPRÓTESE EM PACIENTE COM MIELOMA MÚLTIPLO: RELATO DE
CASO
Rodrigo Menegat Oliveira, Jeferson Dedea, Douglas Bolsonelo, Gustavo Gil
UCS - Universidade de Caxias do Sul, Hospital Pompeia - Hospital Pompeia
Resumo
Introdução:O mieloma múltiplo costuma apresentar-se de forma assintomática.Com a
progressão da doença, os sinais típicos como a dor óssea, anemia, problemas renais e fraturas
patológicas começam a surgir.O tratamento clínico do mieloma múltiplo é realizado pelo
médico hematologista e cabe ao ortopedista identificar lesões suspeitas corrigir eventuais
fraturas e proteger regiões de risco.
Objetivo:O presente trabalho relata a experiência dos autores com um caso de Mieloma
Múltiplo onde o diagnóstico foi feito baseado na avaliação e tratamento de lesão de úmero
proximal.
Metodologia:Informações obtidas por anamnese, exame físico, exame de imagem, exames de
patologia e revisão de prontuário.
Relato do caso:P.M, 57 anos, com dor progressiva na região proximal do braço direito há 1
ano.Ao exame físico notava-se limitação do movimento do ombro devido a dor óssea a
direita.O Rx mostrou lesão lítica de aspecto infiltrativo com destruição da cortical terço
proximal do úmero direito e traço de fratura patológica.A Cintilografia era hipercaptante em
região proximal do úmero direito.A RNM confirmou a extensão do comprometimento ósseo e
edema.TC de tórax e abdome sem outras lesões.A biópsia por agulha trefina mostra tecido
ósseo cartilaginoso infiltrado por plasmócitos, consistente com mieloma de células
plasmáticas.Assim o diagnóstico diferencial ficou entre Mieloma múltiplo e plasmócito (lesão
única).
Resultados:Tumor maligno de úmero proximal direito indo da região epifisária até a diáfise
proximal com fratura patológica.Pcto submetido a ressecção cirúrgica onde foi indicado
endoprótese não convencional modular por se tratar de extremidade de osso longo.O AP e
biópsia de medula confirmaram se tratar de caso de mieloma múltiplo.Realizada radioterapia
paliativa pós-operatório por 4 semanas.O pcto teve boa evolução em relação a cirurgia e
controle de doença local.Seguiu tratamento clínico com hematologista.
Discussão:Mieloma múltiplo é o tumor primário ósseo maligno mais comum, caracterizado
pela proliferação descontrolada de clones de plasmócitos na medula óssea, é normalmente
encontrado em pessoas com > 50 anos, sendo prevalente no sexo masculino.Dor óssea
especialmente nas costas é um sintoma comum em 60% dos casos.As lesões do mieloma se
apresentam como áreas líticas de destruição óssea sem reação de formação óssea.Os sítios
mais comuns são vértebras, costelas, crânio, pelve e parte proximal de ossos longos.A biópsia
representa a melhor forma para diagnosticar os mielomas.A medula óssea em pacientes
diagnosticados com mieloma múltiplo possuem plasmócitos em abundância em contraste com
a medula normal.
Conclusão:O mieloma múltiplo pode se apresentar como lesão única inicialmente.O
Diagnóstico deve ser suspeitado somando-se os dados clínicos, radiológicos e laboratoriais.As
endopróteses não convencionais entram no arsenal terapêutico do ortopedista em tem boa
indicação nas lesões de extremidades de ossos longos.O tratamento multidisciplinar é
mandatório.
Palavras-chaves: Endoprótese não convencional, Mieloma Multiplo, Tumores osseos
77 - TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA AGUDA DO NAVICULAR COM UTILIZAÇÃO DE
DISTRATOR COM FIXADOR EXTERNO ILIZAROV E FIXAÇÃO COM FIOS: RELATO DE CASO
Matheus Henrique Araújo Ventura, William Brasil de Souza, Carolini Oliboni de Bairros, Fabiane
Pizzatto Xaubet, Amanda Leszczynski Pretto
HBP - Hospital Beneficência Portuguesa, SCM - Santa Casa da Misericórdia de Porto Alegre, HI
- Hospital Independência, HCR - Hospital Cristo Redentor, ULBRA - Universidade Luterana do
Brasil
Resumo
Introdução. O osso navicular é fundamental no movimento e marcha do pé e é a pedra angular
do arco longitudinal medial do pé. Fraturas isoladas dessa estrutura, embora incomuns,
apresentam-se como lesões desafiantes quanto ao diagnóstico e manejo. A primeira opção de
tratamento cirúrgico citada na literatura é a utilização do distrator AO associado a síntese com
parafusos interfragmentários/fios de Kirschner ou placas anatômicas. Todavia, no SUS o díficil
acesso ao material ideal leva a busca de alternativas mais condizentes com a realidade
brasileira. Este relato de caso tem como objetivo apresentar o resultado do tratamento
cirúrgico de fratura do navicular Tipo II de Sangeorzan através de técnica adpatada para
materiais com maior disponibilidade no cenário nacional.
Métodos. Tratamento cirúrgico de fratura do navicular Tipo II de Sangeorzan desviada,
diagnosticada por radiografia nas incidencias anteroposterior, perfil e oblíqua. Técnica
intraoperatória de redução anatômica aberta por via de acesso dorsal, tração do foco de
fratura e realinhamento das articulações adjacentes através de fixador externo Ilizarov, fixação
com fios de Kirschner rosqueados sob fluoroscopia intraoperatória.
Resultados. Relato de caso: paciente masculino, 45 anos, previamente hígido, vítima de queda
de motocicleta com fratura isolada do navicular. Imobilizado com tala gessada suropodálica no
pronto-socorro e encaminhado para tratamento definitivo. No transoperatório foi realizada
incisão dorsal para vizualização e redução aberta do foco de fratura; inserção de 4 pinos de
schanz (cuneiforme medial e intermédio, na porção proximal do 1º metatarso, base do colo do
tálus e no calcâneo) e montagem do sistema de fixação externa monolateral medial com
Ilizarov para tração do foco e ganho do realinhamento e comprimento da coluna medial do pé
e ulterior proteção da síntese; redução anatômica das articulações talo-navicular e naviculo-
cuneiformes e inserção de 2 fios de Kirschner 1,5 e,0 rosqueados cruzados, um em direção
póstero-superior para antero-inferior e o outro antero-superior para póstero-inferior; Pós-
operatório sem intercorrencias, mantendo o paciente sem carga sobre o membro por 6
semanas. No 42o pós-operatório retiraram-se o fixador externo e os fios de kirschner e
iniciado apoio com órtese e cinesioterapia. Após 6 meses de acompanhamento o paciente
apresenta amplitude de movimento completa e sem dor, sem restrições às atividades.
Conclusão: A técnica cirúrgica e os materiais utilizados mostraram-se eficazes no tratamento
de fratura do navicular isolada no caso apresentado. A escolha desse método justificou-se
pelos materiais apresentarem boa disponibilidade, uma função distratora e de fixação
previamente conhecidas no tratamento de fraturas e compatíveis para solução dos desafios de
manejo cirúrgico dessa lesão incomum.
Palavras-chaves: fixador externo ilizarov, fratura do navicular, pé, tratamento cirúrgico, trauma
78 - ABSCESSO POR PSEUDOMONAS COM SOLTURA ATÍPICA DE ARTROPLASTIA TOTAL DE
QUADRIL EM PACIENTE LEUCÊMICO
Eduardo Dallazen, Eduardo Rosa Otharan, Giuseppe de Luca Júnior, Eliege Bortolini
Hospital Estrela - Hospital Estrela, Univates - Universidade do Vale do Taquari
Resumo
Introdução: Com o aumento significativo dos procedimentos de Artroplastia Total de Quadril
(ATQ), as complicações advindas desta cirurgia vêm aumentando consideravelmente, sendo
um desafio aos cirurgiões que se deparam com estas em serviços não especializados. Assim, é
apresentado um caso de complicação atípica, sobre o atendimento de um paciente com
leucemia mielóide crônica caráter de emergência no Pronto Socorro do Hospital Estrela,
apresentando um volumoso abcesso, com fístula, na região coxofemoral direita junto à incisão
cirúrgica de artroplastia prévia, realizada em outro serviço. A radiografia demonstrou soltura
completa do implante com inversão deste. Métodos: Realizada radiografia que demonstrou o
componente femoral invertido 180° relação ao canal femoral, com ausência total de contato
entre as extremidades da haste e a superfície óssea. Concomitante, verificou-se componente
acetabular com sinais de soltura no acetábulo com osteólise e presença de um parafuso
danificado. Houve tentativa de encaminhamento para serviço especializado de alta
complexidade - SUS, sem sucesso. Assim, devido aos riscos de piora do quadro (sepse), foi
realizado cirurgia para drenagem de emergência com remoção dos implantes. Procedeu-se
abordagem cirúrgica ampla ao quadril direito, com saída de secreção purulenta, verificando
presença de componente femoral solto no interior do abcesso. Realizada a remoção do
acetábulo com desbridamento da capsula do abcesso e tecidos desvitalizados, sendo enviado
amostra de material para exames culturais e anatomopatológico. Então, após ressecção em
bloco da fístula com excesso de pele dilatada, realizou-se o fechamento completo da ferida
operatória sobre dreno de sucção calibroso. Exames culturais evidenciaram Pseudomonas sp.
Realizado antibioticoterapia endovenosa com uso de Amicacina associada a Ceftazidima, após
consultoria com o Médico Infectologista. Resultado: Anatomopatológico do tecido ósseo
evidenciou congestão vascular perióstea e o de partes moles do infiltrado inflamatório crônico
associado à fibrose de tecido conjuntivo. Então internado por 4 semanas para
antibioticoterapia endovenosa. Recebeu alta hospitalar com uso Ciprofloxacina oral por mais
30 dias até normalização do VSG e PCR. Em acompanhamento posterior no ambulatório, não
houve recidiva do abcesso. Considerou-se avaliação para eventual reconstrução com
endoprótese não convencional, mas o paciente adaptou-se ao procedimento de Girdelstone,
pela realização de interposição da musculatura glútea no fechamento da cavidade. Deambula
com 2 muletas e refere que não deseja procedimentos adicionais. Conclusão: Infecções em
próteses articulares tem aumentado mundialmente, em consonância com o crescimento do
número deste tipo de cirurgia. Com isso, surgem casos complexos que demandam
atendimento especializado, mas que cada vez mais aparecem em hospitais gerais do interior
do nosso estado, levando médicos ortopedistas a aumentarem os desafios em seus
atendimentos.
Palavras-chaves: Abscesso, Artroplastia Total de Quadril, Infecção, Quadril
79 - ANÁLISE RETROSPECTIVA DO TRATAMENTO DE FRATURAS PROXIMAIS DO FÊMUR EM
IDOSOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ENTRE 2013 E 2016
Felipe Odeh Susin, Arthur Correa Pignataro, Osvaldo André Serafini
HSL PUCRS - Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, EM
PUCRS - Escola de Medicina da Pontfícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, SOT HSL -
Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital São Lucas da PUCRS
Resumo
Introdução
As fraturas do Fêmur proximal são, até hoje, uma importante causa de limitação em idosos e,
embora tenha representado por muitos anos a certeza de longos períodos acamado e um
grande risco de morte iminente, hoje, diversas técnicas cirúrgicas modernas melhoraram
consideravelmente a sobrevida desses pacientes.
Para este trabalho, foram revisadas as agendas eletrônicas do Serviço de Ortopedia e
Traumatologia do nosso hospital e separados os pacientes submetidos a tratamento cirúrgico
de correção de fratura do fêmur proximal com mais de 60 anos entre 2013 e 2016 para
posterior revisão dos prontuários eletrônicos disponíveis no Sistema.
Objetivos
Avaliar o perfil dos pacientes vítimas de fraturas do fêmur proximal, bem como as técnicas
utilizadas, a sobrevida e a necessidade de reintervenção nos pacientes tratados pelo nosso
serviço
Métodos
Foram avaliados de forma retrospectiva 244 prontuários, dos quais 200 correspondiam a
pacientes com mais de 60 anos e submetidos a procedimento cirúrgico para correção de
fratura do fêmur proximal, para análise da idade, sexo, tipo de técnica cirúrgica utilizada,
comorbidades pré-existentes, tempo de internação, intervalo entre a internação e o
procedimento, necessidade de cuidados em UTI, necessidade de reinternação e óbito no pós-
operatório imediato (até 30 dias após a alta).
Resultados
Nota-se que a maior parte dos pacientes analisados correspondia a mulheres acima de 70
anos, sendo que quando em homens, os tipos de fratura analisados ocorrem em pacientes
mais velhos e acarretam maior morbimortalidade do que em pacientes do sexo feminino, bem
como maior necessidade de UTI e tempo de internação mais longo.
Conclusão
As técnicas cirúrgicas para correção de fratura do quadril são uma importante descoberta da
Medicina Moderna, uma vez que um problema letal em quase 100% dos casos hoje apresenta
um prognóstico muito bom e um impacto consideravelmente menor na redução da
expectativa de vida dos pacientes
Palavras-chaves: Fraturas, Idosos, Análise, Retrospectiva, Fêmur
80 - CORRELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D E ALBUMINA COM FRATURA
PROXIMAL DO FÊMUR NO IDOSO: REVISÃO DE LITERATURA
João Augusto Demamam Bersch, Fabiane Pizzatto Xaubet
Ulbra - Universidade Luterana do Brasil
Resumo
Introdução: Acompanhando o aumento da expectativa de vida no Brasil, observa-se uma maior
incidência de fraturas de fêmur proximal por sua significativa prevalência na população idosa.
Considerando a alta morbimortalidade descrita na literatura relacionada a essas lesões e aos
gastos publicos gerados para tratá-las, constata-se a necessidade de esclarecimento quanto
aos fatores de risco contribuintes para o desenvolvimento dessa patologia. Entre eles
destacam-se níveis insuficientes de vitamina D e albumina. O objetivo deste trabalho é analisar
os estudos existentes em busca de clareza sobre como tais fatores relacionam-se com uma
maior incidência de fratura proximal de fêmur em idosos. Materias e métodos: Revisão
bibliográfica baseada em pesquisa dos artigos científicos mais relevantes sobre o tema.
Resultados: A desnutrição está relacionada com piores desfechos pós-cirúrgicos, como tempo
de internação e mortalidade intra-hospitalar, podendo ser estimada pela dosagem de
albumina plasmática. A vitamina D (calciferol) é essencial para o controle metabólico ósseo e
baixos níveis séricos desse composto estão relacionados, principalmente, com aumento de
fraturas fêmur proximal. Discussão: Com base na analise dos resultados, temos a ambumina
sérica como o principal parâmetro de desnutrição do paciente, sendo ela um grande preditor
de risco para fraturas em idosos. Além disso, os estudos corroboraram com a tese de que
pacientes idosos com níveis séricos de vitamina D baixos tem maior propensão a sofrer fratura
de fêmur.Conclusão: A aderência das medidadas preventivas das fraturas proximais de fêmur,
assim como níveis de vitamina D e albumina satisfatórios representam fatores de proteção
para esse tipo de fratura e melhora dos desfechos pós-operatórios.
Palavras-chaves: Quadril, Idoso, Fratura, Vitamina d, Albumina
81 - FRATURAS DO COLO DO FÊMUR PEDIÁTRICO: NOSSA EXPERIÊNCIA DE 6 CASOS
SUBMETIDOS À OSTEOSSÍNTESE
Leonardo Comerlatto, Ramiro Zilles Gonçalves, Ary da Silva Ungaretti Neto, Carlos
Weissheimer Berwanger, Eugenio Weissheimer Berwanger, Giorgio Canuto, Fabricio Martinelli,
Marcus Vinicius Bianchi
HCR - Hospital Cristo Redentor
Resumo
As fraturas do colo do fêmur pediátrico representam menos de 1% do total das fraturas da
criança, sendo relacionadas com altas taxas de complicações, como necrose avascular da
cabeça do fêmur (ON), coxa vara, parada de crescimento, dentre outras. São, em geral,
resultado de traumas de alta energia e apresentam na literatura poucos estudos e um
relativamente pequeno número de casos descritos e com adequado tempo de seguimento
pós-operatório. Nesse contexto, relatamos 6 casos submetidos à redução fechada e fixação
interna, de modo a colaborar com o conhecimento desta rara e grave lesão. Foram incluídos e
avaliados os 6 casos de fratura do colo do fêmur pediátrico atendidos em nossa instituição nos
últimos 5 anos, todos submetidos à redução fechada e fixação interna com dois parafusos
canulados, com adequada redução e posicionamento dos implantes. Os pacientes realizam
acompanhamento pós-operatório em nosso serviço. A média de idade dos pacientes foi de
10,8 anos, variando entre 8 e 16 anos. 60% dos casos ocorreram em pacientes do sexo
feminino. O tempo médio de seguimento foi de 2,6 anos. De acordo com a classificação de
Delbet e Collona, identificamos uma fratura do tipo I (subcapital), três do tipo II (transcervical)
e duas do tipo III (basocervical). Dois casos apresentaram lesões associadas, sendo elas fratura
de acetábulo ipsilateral e fratura de ossos da perna ipsilateral. Com relação as complicações,
observamos três casos de ON (50%) e um caso de coxa vara. Dois casos foram submetidos à
osteossíntese num período inferior à doze horas da admissão hospitalar, sendo eles
justamente os casos os quais consideramos o resultado do tratamento satisfatório, livre das
principais complicações. Além disso, tais casos de tratamento bem sucedido foram
imobilizados com aparelho gessado hemipelvipodálico durante as primeiras 4 semanas de pós-
operatório. Observamos um caso em que, a despeito da osteossíntese num intervalo de tempo
adequado e excelente redução e posicionamento dos parafusos, ocorreu ON. A fratura do colo
do fêmur pediátrico é de fato uma lesão rara e, mesmo em um centro de referência em
trauma ortopédico como a nossa instituição, costuma ser identificada em geral uma vez por
ano. As complicações identificadas no nosso grupo de pacientes apresentam qualidade
semelhante, porém taxas maiores do que o descrito na literatura tradicional. Acreditamos,
com base nos dados apresentados, que a fixação em caráter de urgência se faz preponderante
na obtenção de resultados satisfatórios. Nossos resultados também favorecem a utilização de
aparelho gessado no pós-operatório.
Palavras-chaves: Delbet classification, Open reduction and internal fixation, Pediatric femur
neck fracture
82 - LESÃO DO NERVO CIÁTICO APÓS REDUÇÃO INCRUENTA EM PACIENTE COM
ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL - RELATO DE CASO
Carlos Francisco Coelho Koch, Marcelo de Oliveira Maineri, Rafael de Luca de Lucena,
Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Bernardo Vaz Peres Alves, João Pedro Farina
Brunelli, Julio Hernando Cascan Valiente, Carlos Roberto Schwartsmann
ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa De Misericordia De Porto Alegre
Resumo
Introdução: A lesão do nervo ciático após redução incruenta decorrente de luxação de
artroplastia total do quadril é um evento raríssimo, com poucos casos relatados na literatura.
Apesar da baixa incidência desta complicação, o alto número de artroplastias do quadril
realizadas torna imperativa a suspeição diagnóstica da lesão após os episódios de luxação da
prótese de quadril.
Métodos: Relato de caso de um paciente com praxia do nervo ciático direito após redução
incruenta de luxação de prótese total do quadril direito e revisão da literatura para
comparação com casos já publicados. O paciente, com história de artroplastia total não
cimentada do quadril direito realizada em outro serviço, foi submetido à revisão da
artroplastia após quadro clinico compatível com soltura asséptica dos componentes. No 3º
pós-operatório apresentou queda ao solo com luxação posterior da prótese, sendo
encaminhado ao bloco cirúrgico para redução incruenta sob anestesia. Evoluiu com sinais e
sintomas de parestesia do nervo ciático direito, sem reposta ao tratamento fisioterápico
intensivo. Após três semanas de fisioterapia na internação hospitalar, foi indicada nova revisão
da artroplastia em virtude de recidiva da luxação posterior, onde optou-se por aumentar a
altura do componente femoral. No trans-operatório, o nervo ciático foi explorado e visualizou-
se grande lesão no mesmo por esmagamento, sem tentativa de reparo. Apresentou melhora
importante na dor, sem novos episódios de luxação. No entanto, em acompanhamento pós-
operatório de doze meses não houve recuperação em relação à praxia do nervo ciático direito.
Resultados: Ao revisar a literatura, observamos que a etiologia da lesão do nervo ciático na
redução incruenta após luxação de prótese do quadril pode apresentar diversos mecanismos,
sendo o aprisionamento anterior ao colo do componente femoral citado como o mais comum.
A dor importante em território do nervo ciático relatada imediatamente após a redução
incruenta da prótese é uma característica comum a todos os casos. O tempo transcorrido
entre o início dos sintomas e a revisão cirúrgica é um provável fator crucial na recuperação
clínica dos sintomas. O caso do presente relato vai ao encontro dos achados discutidos nos
artigos revisados. A lesão de nervo ciático foi prontamente diagnosticada, embora a instituição
de tratamento conservador com fisioterapia intensiva após a redução incruenta não tenha
apresentado resultados clínicos satisfatórios.
Conclusão: Apesar de ser um evento raríssimo, a lesão do nervo ciático após redução incruenta
de prótese do quadril sempre deve ser considerada se houver sintomas compatíveis. O relato
de dor importante após as reduções incruentas deve ser valorizado e a intervenção cirúrgica
precoce parece ter papel importante no prognóstico daqueles com diagnóstico de lesão do
nervo ciático confirmado.
Palavras-chaves: Ciático, Luxação, Praxia, Prótese, Quadril
83 - PERFIS EPIDEMIOLÓGICOS DAS INFECÇÕES PERIPROTÉTICAS DE QUADRIL ATENDIDAS NO
HOSPITAL UNIVERSITARIO DE SANTA MARIA
Gabriel Ifran Alves, Bassem Mahmud Ali Mohd Yasin, Eduardo Campara Oliveira, Helen Minussi
Cezimbra, Liliane Souto Pacheco, Ricardo Issler Unfried, João Alberto Larangeira, Tiango Aguiar
Ribeiro
UFSM - Universidade Federal de Santa Maria
Resumo
Introdução: O número de artroplastia de quadril cresceu consideravelmente nos últimos anos,
e infecção periprotética (IPP) é uma possível complicação. É considerada uma das
complicações mais caras e devastadoras e seu tratamento é extremamente difícil. Dúvidas
sobre tratamento mais eficaz permanecem, se a revisão deve ser feita em um único estágio ou
dois estágios.
Objetivo: demonstrar a experiência e resultados de um hospital de saúde pública utilizando
um método de revisão em um único estágio no tratamento de IPP quadril.
Metodologia: Um estudo de coorte retrospectivo foi realizado após aprovação pelo Comitê de
Ética de julho/2014-novembro/2016. Foram selecionados pacientes que cumpriram critérios
dignósticos do Grupo do Consenso Internacional sobre IPP. Todos foram submetidos à revisão
em um único estágio. Após desbridamento e coleta cultura, todos receberam empiricamente
Vancomicina e Cefepime intravenosa por 15 dias até os resultados culturais. Após
desbridamento, realizou-se irrigação (SF0,9%), seguida irrigação iodopovidona diluída, e
implante nova prótese. Em alguns casos, a reconstrução do estoque ósseo acetabular foi
realizada através de enxerto. Após 30 dias de administração intravenosa os pacientes
receberam alta e foram mantidos com antibióticos orais por cinco meses. Análises estatísticas
foram realizadas com SPSS-18.0. Diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05.
Resultados: Sete indivíduos foram selecionados, idade média 68,57±10 anos. Todos femininos.
Tempo médio da primeira cirurgia até cirurgia revisão 36(IQR 1-36) meses. Nenhum paciente
apresentou hemocultura positiva antes da cirurgia. Nenhum apresentou leucocitose
(6523,71±2528,44) nem desvio esquerda (1,43±2,51%). Os valores médios PCR antes da
cirurgia revisão foram 6,62±6,96 e 41,57±25,87 valores médios VSH. Três (42,9%) pacientes
tiveram a presença de dois critérios principais (duas culturas periprostéticas positivas com
organismos idênticos e fístula comunicando-se com articulação). Quatro pacientes (57,1%)
tiveram apenas um critério importante (duas culturas periprostéticas positivas com
organismos idênticos). Nenhum diagnóstico foi feito através de critérios menores. A maioria
dos implantes encontrados foram cimentados. Quatro (57,1%) pacientes apresentaram
defeitos acetabulares necessitando exnertia. 85,7% (seis) dos pacientes livres infecção em dois
anos de seguimento. 100% dos pacientes com uso de enxerto livres de infecção no mesmo
período.
Conclusão: A infecção periprotética continua a receber importante atenção de ortopedistas e
infectologistas em todo o mundo. As discussões sobre tratamento e a demanda por um
tratamento cirúrgico padrão-ouro continuam. Nosso estudo demonstrou que uma cirurgia de
revisão de um único estágio em um hospital público mesmo com o uso de enxerto ósseo pode
atingir uma alta taxa de sucesso. Para o paciente é uma abordagem terapêutica ideal,
submetendo-o a um único procedimento cirúrgico.
Palavras-chaves: Artroplastia de quadril, Infecção periprotética, Quadril
84 - REVISÃO DE ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL COM ENXERTO AUTÓLOGO DA CABEÇA
FEMORAL CONTRALATERAL EM DOIS TEMPOS – RELATO DE CASO
Ary Da Silva Ungaretti Neto, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Thomaz, Gabriel Severo Da
Silva, Marcelo De Oliveira Maineri, Rafael de Luca De Lucena, João Pedro Farina Brunelli,
Leonardo Disconzi Barboza, Anthony Kerbes Yépez, Jorge Moyses Schreiner, Leandro de Freitas
Spinelli, Carlos Roberto Schwarstmann
ISCMPA - Santa Casa De Misericórdia De Porto Alegre/Universidade Federal De Ciências Da
Saúde De Porto Alegre
Resumo
A artroplastia total do quadril (ATQ) é uma das mais bem sucedidas cirurgias ortopédicas da
medicina moderna. Entre os seus principais benefícios, cabe destacar a restauração da
mobilidade, o controle da dor e a melhora da qualidade de vida daqueles pacientes com
afecções da articulação coxofemoral. Apesar da melhora clínica significativa, este
procedimento, a médio e a longo prazo, apresenta elevados índices de falha por afrouxamento
asséptico dos componentes, com perda importante da estrutura óssea devido à osteólise. Com
o progressivo aumento da longevidade e do número de indicações de artroplastia em
pacientes mais jovens, a quantidade de cirurgias de revisão será cada vez maior e os centros
de referência deverão estar capacitados para lidar com a necessidade de enxertia óssea para o
restabelecimento articular. Descrevemos um caso em que foi utilizada técnica alternativa para
reconstrução acetabular em artroplastia de revisão do quadril, em um paciente submetido à
ATQ não-cimentada direita no primeiro tempo cirúrgico, armazenamento da cabeça femoral
na região glútea para posterior enxertia óssea de grande falha acetabular na revisão
contralateral no segundo tempo cirúrgico uma semana após.
Paciente masculino, 70 anos, com história de ATQ não cimentada à esquerda havia 20 anos em
outra instituição, com queixas de dor e claudicação bilateral, encaminhado para avaliação com
grupo de Ortopedia do Quadril da ISCMPA. Radiologicamente já apresentava falha óssea
acetabular significativa à esquerda, além de sinais e sintomas de coxartrose à direita. Foi
realizada ATQ primária não cimentada do lado direito no primeiro tempo cirúrgico, com
preservação da cabeça femoral em região glútea ipsilateral. Paciente apresentou boa evolução
pós-operatória inicial, sem queixas álgicas significativas. Uma semana após foi realizado o
segundo tempo cirúrgico, com revisão do componente acetabular esquerdo e enxertia da
cabeça femoral contralateral, fixada ao teto do acetábulo com dois parafusos corticais 3.5mm
e componente cimentado. Paciente recebeu alta hospitalar duas semanas após o primeiro
tempo cirúrgico, mantido sem carga em membro inferior esquerdo por noventa dias, até a
consolidação do enxerto fixado no teto acetabular. Avaliação com seis meses de pós-
operatório evidenciou ótima evolução, com bom desempenho da marcha e bom
posicionamento dos implantes.
A cirurgia de revisão em artroplastia de quadril com grande perda óssea é um desafio
ortopédico. O uso de enxerto - seja ele autólogo, homólogo (proveniente de banco de osso)
ou liofilizado bovino - impactado ou estrutural são alternativas para a reconstrução, bem
como uso de malhas e anéis metálicos de reforço. A implantação de banco de ossos e tecidos
em hospitais necessita de grande infraestrututra e de equipe multidisciplinar para sua
manutenção. Dessa forma, a técnica utilizada apresenta-se como uma alternativa viável para
contornar as dificuldades encontradas tanto do ponto de vista ortopédico quanto estrutural.
Palavras-chaves: Artroplastia Total De Quadril, Enxerto Autólogo, Revisão De Artroplastia Total
De Quadril
85 - SARCOMA DE EWING: RELATO DE CASO
Andrius Endrigo Andrin, Luiz Jose Moura Alimena, Sérgio Zylbersztejn, Tales Shinji Sawakuchi
Minei, William Osamu Toda Kisaki, Gabriel Ferrari Alves, Ramon Magalhães Mendonça Vilela,
Tális Manoel Strack Lima, Ian Sulzbacher Peroni, Elisson Rafael Silva dos Santos, Tales Antunes
Franzini, Gabriela dos Santos Saballa, Ébano Sturm Fernandes, Valberto Sanha, Henrique
Castro, Marcelo Emerim Brígido Oliveira, Joel Lucas Maciel dos Santos
ISCMPA - Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, UFCSPA - Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade Luterana do Brasil, UFRGS
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo
Introdução: O Sarcoma de Ewing é uma neoplasia óssea de comportamento biológico
agressivo, que acomete principalmente crianças e adolescentes (cerca de 64% dos casos na
segunda década de vida). Essa neoplasia apresenta maior prevalência em pacientes
caucasianos do sexo masculino. Pode surgir em qualquer parte do corpo, porém apresenta
predominância nas extremidades dos membros e na pelve. Além dessas características, essa
neoplasia pode apresentar também uma variante que surge em partes moles e é
histologicamente indistinguível. Método: Foi realizado um relato de caso com revisão de
literatura. Resultados: Paciente masculino, branco, 20 anos. Procurou ortopedista com queixas
de dor no quadril esquerdo há 6 meses, sem aumento de volume e sem bloqueio articular no
quadril esquerdo. Não apresentava outras patologias, sem histórico de trauma. Ao raio-x
notou-se lesão osteolítica permeativa abaixo do grande trocânter esquerdo. Com o intuito de
maior investigação realizou-se ressonância magnética em coxa esquerda onde foi possível
notar uma lesão excêntrica na região intertrocantérica. Para elucidar o diagnóstico foi
efetuada biópsia óssea por agulha, confirmando sarcoma de Ewing, sem metástase. Optado
por tratamento quimioterápico com o intuito de reduzir o tumor e impedir sua disseminação à
distância, e posterior cirurgia de ressecção do tumor com margens amplas (osteotomia ao
nível do colo do fêmur e na diáfise femoral), além de reconstrução com osso irradiado e
osteossíntese com placa DHS. A fim de eliminar qualquer célula anormal residual, aplicou-se
quimioterapia pós-operatória também. O pós-operatório não apresentou intercorrências.
Atualmente o paciente encontra-se sem recidiva, e com amplitude de movimentos da coxa e
quadril esquerdo preservados. Conclusão: O tratamento do Sarcoma de Ewing, segue como
padrão a quimioterapia prévia a um processo cirúrgico, quando necessário. Os avanços na área
da quimioterapia conferem significativa melhora na sobrevida do paciente. A cirurgia de
ressecção tumoral, por sua vez, segue um protocolo que se adapta a resposta do tumor às
drogas. Caso o tumor seja altamente responsivo às drogas, é possível prever um melhor
prognóstico. Embora todos os aspectos do tratamento tenham melhorado radicalmente nos
últimos 30 anos, a terapia continua dependendo de diversas variáveis clínicas.
Palavras-chaves: Sarcoma de Ewing, Ortopedia, Neoplasia, tumor
86 - VIDEOARTROSCOPIA DO QUADRIL PARA RESSECÇÃO DE OSTEOCONDROMA DO COLO
FEMORAL EM PACIENTE COM HEMOFILIA
Luciano Urnauer, Christian Brandão Kliemann, André Barcellos Amon, Diogo Martins de
Oliveira, Lauro Etchepare Dorneles, Osvaldo Andre Serafini
PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Resumo
Relatamos o caso de um paciente hemofílico, masculino, 30 anos, apresentando dor em
quadril esquerdo na região da virilha e sobressalto durante a rotação externa. Apresentava nos
exames de radiografia e tomografia computadorizada uma exostose óssea em região medial
do colo femoral, proximal ao pequeno trocanter. Após a administração de Fator VIII - devido à
condição clínica do paciente - e através de técnica videoendoscópica do quadril com paciente
em decúbito dorsal em mesa ortopédica e portais antero-lateral e anterior com auxílio de
radioscopia. Utilizamos shaver partes óssea longo e obtivemos a total remoção da lesão
exostótica na região medial do colo femoral com o mínimo de agressão tecidual e com o
mínimo de sangramento. Também foi realizado a tenotomia parcial do psoas. Material enviado
para patologia confirmou osteocondroma. Obtivemos a rápida recuperação do paciente com
alívio dos sintomas e com mínima quantidade de sangramento.
Palavras-chaves: hemofilia, osteocondroma, quadril, videoartroscopia
87 - INFLUÊNCIA DA FADIGA DOS MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR NO TESTE DE CADEIA
CINÉTICA FECHADA
Morgana Martins de Toni, Mariane Menegazzi, Marcia Cristina Gomes Costa, Ketlyn Germann
Hendler, Marisa de Cássia Registro Fonseca, Heloyse Uliam Kuriki, Rafael Inácio Barbosa,
Alexandre Marcio Marcolino
Universidade Federal de Santa Catarina LARAL/UFSC
Resumo
Introdução: Os músculos responsáveis pelo controle e pela estabilização entre tronco e os
membros superiores e inferiores são conhecidos como músculos do core. Portanto, a
estabilidade do tronco está diretamente relacionada com o desempenho, produção de força e
mobilidade das extremidades como: correr, chutar e arremessar. Objetivo: Investigar a
influência da fadiga dos músculos do manguito rotador. Métodos: Estudo transversal de
mensuração clínica, aprovado parecer 1.619.689. Foram avaliados 23 indivíduos, de ambos os
sexos, com idade média de 21,5 anos, saudáveis e sem histórico de lesão em membros
superiores ou coluna, durante o teste de cadeia cinética fechada do membro superior, antes e
após um protocolo de fadiga que consistia na realização de rotação interna e rotação externa,
repetidas vezes, com o equipamento Magic Circle, associado ao uso de um metrônomo com
frequência de 50 batimentos por minuto. Resultados: As mulheres necessitam de menor
tempo e número de repetições para levar o músculo à fadiga. Quando comparada a frequência
mediana antes e após a fadiga muscular nas mulheres, houve a diminuição da mesma, com
sugestivo de fadiga muscular. Ao analisar o comportamento muscular nos homens,
encontramos também a interação da fadiga dos músculos do manguito rotador. Conclusão:
Entretanto, não houve diferença significativa entre os resultados obtidos.
Palavras-chave: Fadiga muscular, Manguito Rotador.
Trabalhos de Fisioterapia
Apresentação Oral
CORRELAÇÃO DE PICO DE TORQUE DE QUADRÍCEPS E ÍSQUIO-TIBIAIS COM VALORES DE
RAZÕES CONVENCIONAL E FUNCIONAL EM JOGADORES DE FUTEBOL PROFISSIONAL
Carolina Gassen Fritsch, Maurício Pinto Dornelles, Bruno Manfredini Baroni
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Resumo
Dentre os inúmeros fatores de risco para lesão muscular de isquiotibiais, a razão isquiotibiais
(IT)/quadríceps (QD) tem recebido grande atenção da comunidade científica. Por meio da
dinamometria isocinética, os valores de pico de torque (PT) são utilizados para se determinar a
razão convencional (Rcon = PT concêntrico de IT/ PT concêntrico de QD) e a razão funcional
(Rfun = PT excêntrico de IT/ PT concêntrico de QD). Evidências sugerem que atletas com
desequilíbrio agonista-antagonista apresentam razões inferiores a 0,5-0,6 para Rcon e a 0,8-
1,0 para Rfun, o que aumenta o risco de sofrerem uma lesão muscular de IT. No entanto, não
há consenso na literatura se o desequilíbrio muscular se deve à fraqueza de IT, ao excesso de
força do QD, ou ambos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre o PT
de QD e de IT com as razões (Rcon e Rfun) em jogadores de futebol. MÉTODOS: Nesse estudo
transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFCSPA (CAAE
37903014.3.0000.5345), participaram 101 jogadores de futebol (52 profissionais e 49 da
categoria sub-20) de dois clubes da primeira divisão estadual. Os atletas realizaram duas séries
de três repetições concêntricas máximas e duas séries de três repetições excêntricas máximas
de flexo-extensão de joelho na velocidade de 60°/s em cada membro inferior. Os pontos de
corte de 0,55 para Rcon e 0,90 para Rfun foram utilizados para a separação dos membros
inferiores avaliados em dois grupos: com e sem desequilíbrio muscular. Testes t-Student e
cálculos de tamanho de efeito (d de Cohen) foram realizados para comparações de PT entre os
grupos. Também foram calculados valores de coeficientes de correlação de Pearson (r) para as
seguintes relações: PT concêntrico de quadríceps com Rcon, PT concêntrico de ITcom Rcon, PT
concêntrico de QD com Rfun e PT excêntrico de IT com Rfun. RESULTADOS: Os membros com
Rcon±43 Nm) e menor valor de PT concêntrico de IQ (142±21 Nm) comparado aos membros
com Rcon>0,55 (262±35 Nm; 158±22 Nm). Apesar de as comparações inter-grupos
apresentarem tamanhos de efeito moderado (d=0,54) para PT concêntrico QD e forte (d=0,83)
para PT excêntrico de IT, os valores de PT de ambos os grupos musculares apresentaram
correlações fracas com os valores de Rcon (r=0,37-0,45). Os membros com Rfun±41 Nm) e
menor valor de PT excêntrico de IQ (145±20 Nm) comparado aos membros com Rcon>0,55
(257±37 Nm; 165±23 Nm). O tamanho de efeito para o PT de QD foi moderado (d=0,52)
enquanto o tamanho de efeito para o PT de IT foi grande (d=1,17). Além disto, os valores de PT
excêntrico de IT apresentaram correlações positivas moderadas com os valores de Rfun
(r=0,30-0,66). CONCLUSÃO: Apesar das diferenças encontradas nos valores de PT de QD e IT
entre membros com e sem desequilíbrio muscular nas Rcon e Rfun, apenas o PT excêntrico de
IT apresentou correlação moderada com a Rfun. Esses achados sugerem que o desequilíbrio na
Rfun ocorre muito mais por fraqueza dos IQ do que por força excessiva do QD em atletas de
futebol, o que salienta a importância do treinamento excêntrico de IQ para alcançar o
equilíbrio agonista-antagonista e reduzir as chances de lesão dessa musculatura.
Palavras-chaves: futebol, quadríceps, ísquio-tibiais, razão convencional, razão funcional
INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DO PILATES SOBRE A POSTURA, A FLEXIBILIDADE E A FORÇA
MUSCULAR EM ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE FELIZ - RS
Letícia da Silva Flores, Morgana Buffon Cavalheiro, Gisele Oltramari Meneghini, Caroline
Bernardes
FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha
Resumo
Objetivo: Analisar a influência do Método Pilates sobre a postura, flexibilidade, força muscular
e equilíbrio em escolares no Município de Feliz – RS. Métodos: O estudo caracterizou-se como
quase experimental, com amostragem por conveniência de 57 escolares, de ambos os sexos,
que participavam das aulas de Pilates, disponibilizadas em uma escola de ensino fundamental,
na cidade de Feliz – RS. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob parecer nº.
1.274.667/2015. Inicialmente, foi realizada uma avaliação pré-intervenção, em que os
escolares eram submetidos a uma bateria de testes em circuito, utilizando-se cinco
instrumentos de avaliação: questionário contendo os dados de identificação e características
sócio-demográficas do escolar, avaliação antropométrica, teste de força, avaliação da
flexibilidade (banco de Wells), teste de equilíbrio e avaliação postural (fotogrametria
computadorizada). Após às avaliações, os participantes foram submetidos às intervenções em
um período de 4 meses, uma vez por semana, com duração média de trinta minutos. Para
comparar as escalas antes e após a intervenção, o teste t-student para amostras pareadas foi
aplicado. Em caso de assimetria, o teste de Wilcoxon foi utilizado. Para os parâmetros
categóricos, o teste de McNemar foi aplicado. A associação entre as escalas foi avaliada pelos
coeficientes de correlação de Pearson ou Spearman. O nível de significância adotado foi de p ≤
0,05. Resultados: Após a intervenção, evidenciou-se melhora significativa no equilíbrio
estático, melhora na flexibilidade e melhora do alinhamento da cintura escapular. Também
houve uma redução da força abdominal e uma aumento da anteversão pélvica pós
intervenção. Em relação às variáveis antropométricas, houve um aumento significativo do
peso e estatura. Conclusão: Concluiu-se que o Método Pilates é um atividade que gera
inúmeros benefícios aos seus participantes adultos, no entanto, na população infantil, ainda
requer um aprofundamento desta investigação, tanto para o controle de variáveis
intervenientes que possam mascarar alguns resultados, quanto nas ferramentas de avaliação
utilizadas para descrever os benefícios desta prática. Parece haver resultados importantes no
que se refere ao equilíbrio e flexibilidade, mas ainda permeiam dúvidas nas modificações
posturais e nos ganhos de força abdominal. Desta forma sugere-se que se realize novos
estudos, com ferramentas de avaliação mais sensíveis para a faixa etária avaliada.
Palavras-chaves: Método Pilates, flexibilidade, força muscular, postura, criança
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DA DISTRIBUIÇÃO DA PRESSÃO PLANTAR, DE
ENCURTAMENTO MUSCULAR DA CADEIA POSTERIOR E DE QUEIXAS MUSCULOESQUELÉTICAS
EM CORREDORES DE RUA
Christina P. C. Cepeda, Eduardo Comparim Santos, Gabriel Gomes da Silva, Rúbia Márcia
Benatti
UP - Universidade Positivo
Resumo
A corrida de rua tem sido muito difundida e o número de corredores aumentou
significativamente no intuito de melhorar a qualidade de vida. No entanto, tem sido
evidenciado um aumento de lesões osteomioarticulares nesses indivíduos.Portanto,o objetivo
do estudo foi verificar a prevalência de lesões, de alterações da pressão plantar e do
comprimento dos músculos da cadeia posterior dos membros inferiores e de queixas
musculoesqueléticas em corredores de rua. Estudo transversal descritivo, realizado entre
agosto a setembro de 2017, aprovado pelo CEP nº 2.220.692 e CAEE 67856117.5.0000.0093.
Amostra com 142 corredores de rua de ambos os sexos (54% homens e 46% mulheres), com
idades entre 22 e 55 anos, que praticam a modalidade há pelo menos 1 ano e com
treinamento mínimo de 20 quilômetros semanais, com índice de massa corporal menor ou
igual a 29,9 kg m².Os procedimentos avaliativos constaram de questionário elaborado pelos
pesquisadores, avaliação antropométrica de massa corporal (em kg) com balança digital
CADENCE®, e mensuração da altura a partir de um estadiômetro compacto WISO® para o
cálculo do Índice de Massa Corporal (kg/cm2). Para a avaliação da distribuição das pressões
plantares e do tipo de pé foi realizada a Baropodometria estática a partir da coleta de dados
utilizando a plataforma computadorizada EPS KINETEC®. Para a análise do comprimento
muscular da cadeia posterior foi realizado o Teste do Ângulo Poplíteo, utilizando o método da
biofotogrametria para graduar o comprimento musculotendíneo dos flexores uni e bi
articulares do joelho. Para análise estatística foi realizada análise descritiva padrão dos dados
com a utilização do Software Excel®. Para verificar a normalidade da amostra,o teste Shapiro-
Wilk para as amostras independentes. Para a análise de significância estatística (phaviam
sofrido algum tipo de lesão e que o grau de encurtamento da cadeia posterior dos membros
inferiores se mostrou similar entre homens e mulheres.Foi verificada elevada prevalência de
queixas musculoesqueléticas(93%),das quais 46% em membros inferiores, 26% em coluna
lombar e 21% em ambas as regiões (múltiplas). Não foram observadas relações com diferença
estatística significante entre indivíduos eutróficos e aqueles com sobrepeso. Na distribuição da
pressão plantar, 75% dos corredores apresentavam uma sobrecarga em antepé, 13% em
mediopé e 12% em retropé. O pé cavo foi prevalente (71%), seguido por pé neutro (23%) e pé
plano (6%).Foi estabelecida relação significativa (p
Palavras-chaves: Corredores, Pressão plantar, Flexibilidade, Queixas musculoesqueléticas
Pôster
01 - A INFLUÊNCIA DO AQUECIMENTO NA FLEXIBILIDADE MUSCULAR DE ESTUDANTES DO
ENSINO MÉDIO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Gislaine Ferreira, Matheus Fernandes, Angela Roman, Fabiana May, Marlon Francys Vidmar
IDEAU - Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai
Resumo
Introdução: Os exercícios realizados como forma de aquecimento muscular é de extrema
importância para a prática esportiva, pois proporciona uma rápida adaptação do corpo ao
estresse, permitindo maior tempo do estado estável do exercício, e melhorando a capacidade
de concentração nas habilidades que devem acompanhá-la. No entanto, ainda faltam
evidências científicas que relatem o efeito do aquecimento na flexibilidade muscular. Objetivo:
Analisar a influência do aquecimento na flexibilidade muscular em estudantes do Ensino.
Métodos: O estudo caracterizou-se como ensaio clínico randomizado, sendo a amostra
composta por 50 estudantes, divididos aleatoriamente em quatro grupos: Grupo I= 15
estudantes do sexo feminino sendo grupo controle, Grupo II= 15 estudantes do sexo feminino
que realizaram o aquecimento, Grupo III= 10 estudantes do sexo masculino sendo grupo
controle, Grupo IV= 10 estudantes do sexo masculino que realizaram o aquecimento. Os
estudantes do GII e IV foram submetidos a um protocolo de aquecimento muscular, onde
realizaram um trote moderado, por 5 minutos na quadra da escola. Para a coleta de dados foi
utilizado uma ficha de avaliação para a caracterização da amostra e identificação dos critérios
de elegibilidade. Para a avaliação da flexibilidade foram utilizados os seguintes testes: teste de
sentar e alcançar, teste de schober, teste de stibor e teste do 3° dedo ao solo sendo que cada
indivíduo sorteou a ordem de execução dos testes. A análise dos dados ocorreu por meio dos
recursos de estatística descritiva, média e desvio padrão, já a análise inferencial intra-grupos
ocorreu através do teste t de student pareado e na análise intergrupos foi utilizado o teste t de
student para amostras independentes, com nível de significância de p ≤0,05. Resultados: Como
resultado percebeu-se que o grupo III masculino, não obteve diferença significativa em
nenhum dos testes. Já o grupo IV apresentou diferença significativa pré e pós nos testes de
sentar e alcançar, schober e 3º dedo ao solo. Houve diferença nos dois grupos femininos, tanto
no que aqueceu quanto no grupo controle, porém entre eles não obtivemos diferenças
significativas. Apesar das adolescentes do sexo feminino obterem um valor maior nos testes de
flexibilidade em relação ao sexo masculino, não são valores significativos, não ocorrendo
diferença entre os sexos. Conclusão: O aquecimento proposto por este estudo demonstrou ser
eficaz para a melhora da flexibilidade dos adolescentes do sexo masculino. Recomenda-se que
o aquecimento seja padronizado antes das aulas práticas de Educação Física, para obter efeito
fisiológico na flexibilidade muscular e melhor aproveitamento dos exercícios nas aulas práticas.
Palavras-chaves: Aquecimento, Flexibilidade, Adolescentes
02 - ACOMETIMENTO MUSCULOESQUELÉTICO DE OMBRO E COLUNA DE CAIXAS BANCÁRIOS
Daiani Bortolotto Picolo Daiani Bortolotto Picolo, Marcos Lenon Matias Marcos Lenon Matias,
Willians Cassiano Longen Willians Cassiano Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense
Resumo
INTRODUÇÃO: A frequência de quadros sugestivos de Doenças Osteomusculares Relacionadas
ao Trabalho (DORT) em bancários mostra-se expressiva. A função de caixa que estabelece a
principal interface com os clientes/usuários das agências bancárias conta com atividades com
marcadas exigências psicofisiológicas de quantidade e qualidade de atendimento. OBJETIVO:
Avaliar risco ergonômico e saúde funcional de bancários Operadores de Caixa. MÉTODOS:
Estudo tipo quantitativo e transversal. A coleta de dados aconteceu nos meses de setembro e
outubro de 2015. Constituiu-se da aplicação do Censo de Ergonomia, juntamente com
questionário com variáveis que analisaram características da saúde, focado nos sistemas
osteomuscular e características ocupacionais. Os mesmos foram aplicados em caixas bancários
de Criciúma e região. O número de participantes que aderiram à pesquisa foi de 85
trabalhadores ativos. Na análise estatística utilizou-se o programa SPSS versão 20.0, os dados
simples estão expostos em frequência e para as correlações foi utilizado o teste estatístico
Qui-Quadrado. RESULTADOS: Foi constatado que 67,1% trabalhadores relataram presença de
sintomas de Dor/Desconforto, sendo que os locais mais acometidos foram: Ombro 51,8%,
Cervical 44,7% e Coluna Dorso Lombar 36,5%. Não foi encontrada associação entre
dor/desconforto e a prática de exercícios, nem com o uso de medicamentos para trabalhar.
Quanto à presença de inadequações ergonômicas 50,6% relataram presença de inadequações
organizacionais; 37,7% ambientais e 27,1% físicas. Foi encontrada correlação entre dor no
ombro e inadequação física no ambiente de trabalho (p=0,013), bem como, com a
organizacional (p=0,040). Assim como, cervicalgia com inadequação organizacional (p=0,012) e
coluna dorso lombar com inadequações do ambiente de trabalho (p=0,044). CONCLUSÃO: O
percentual de caixas bancários com sintomatologia musculoesquelética mostrou-se elevado,
representando o dobro em relação à categoria bancária no geral. A atividade mostra-se com
risco potencializado especialmente pelas condições ergonômicas organizacionais de trabalho,
o que merece forte atenção.
Palavras-chaves: LER/DORT, Trabalhadores, Disfunção Osteomuscular
03 - AGULHAMENTO SECO E FOTOBIOMODULAÇÃO NO TRATAMENTO DO PONTO GATILHO
EM TRAPÉZIO SUPERIOR: UM ESTUDO PILOTO
Ameg Dalpiaz, Renan Andrade Pereira Barbosa, Heloyse Uliam Kuriki, Aderbal Silvar Aguiar Jr,
Alexandre Marcio Marcolino, Rafael Inácio Barbosa
PPGCR - UFSC - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal
de Santa Catarina
Resumo
Pontos gatilhos miofasciais (PG) são pontos hipersensíveis encontrados dentro de uma banda
densa no músculo, sendo comumente relacionados a dor e disfunção. O Agulhamento Seco e a
Fotobiomodulação, através do Laser de Baixa Intensidade (LBI) têm mostrado efeitos positivos
na inibição desse ponto gatilho. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo avaliar
os efeitos da associação do Agulhamento seco e do LBI no tratamento de ponto-gatilho ativo
em trapézio superior de mulheres. Trata-se de um estudo piloto, controlado, o qual consiste
em uma aplicação de Agulhamento Seco, seguido por uma aplicação do LBI. A amostra foi
composta por 2 voluntárias. Foi realizado a avaliação antes da intervenção (baseline), 10
minutos e 30 minutos após a intervenção. Foram avaliadas as variáveis de dor através de
escala visual analógica da dor, temperatura superficial através de termografia, limiar de dor a
pressão por algometria. A análise estatística dos dados foi realizada através de Two-Way
ANOVA com post-hoc de Bonferroni, sendo os valores expressos em média ± desvio padrão,
índice de significância de p
Palavras-chaves: Ponto Gatilho, Dor, Agulhamento Seco, Laser de Baixa Intensidade
04 - ANÁLISE DE FORÇA E ESTABILIDADE DINÂMICA EM ATLETAS DE FUTSAL FEMININO DE
UMA EQUIPE UNIVERSITÁRIA DO VALE DOS SINOS
Maycon Dieg Figueredo, Egon Acelido Dörr Neto, Tiago André Auler
Feevale - Universidade Feevale
Resumo
INTRODUÇÃO: A prática esportiva competitiva por suas exigências acarreta em lesões no
sistema musculoesquelético. Há então a necessidade de avaliações pré-participação e
periódicas para acompanhamento destes atletas. A implementação de testes funcionais por
sua fácil aplicabilidade e baixo custo, vem sendo uma ferramenta muito útil para os
fisioterapeutas esportivos, dando informações importantes referentes à capacidade funcional
de um grupo de atletas ou de forma individual, além de incorporar as tarefas e gestos
específicos do esporte. O Star Excursion Balance Test Modificado ou Y Balance Test, é um teste
que dá informações importantes sobre o desempenho e estabilidade dinâmica dos membros
inferiores, onde o examinador obtém dados quantitativos e qualitativos, norteando sua
tomada de decisões.
OBJETIVO: Identificar a partir da aplicação dos testes se há uma correlação entre déficit de
força muscular de glúteo máximo e isquiostibiais com a instabilidade dinâmica dos membros
inferiores em quatorze (n=14) atletas universitárias de futsal feminino com média de idade de
23 anos (±3,44) anos, peso médio de 66 quilos (±11,18) e altura média de 1,62 (±0,05).
MÉTODOS: O presente estudo é do tipo transversal, com abordagem quantitativa. Foram
aplicados dois testes de força, o teste de glúteo máximo onde é quantificado o número de
rotações externas realizadas pela participante sem a presença de mecanismo compensatório
ou alteração do padrão de movimento e o Single Leg Bridge Test (SLBT) utilizado para
mensurar força de isquiostibiais a partir da quantificação do número de repetições. O Y
Balance Test foi o teste utilizado para avaliar o equilíbrio e estabilidade dinâmica do membro
inferior, onde se busca um maior alcance em três direções distintas, anterior, póstero-medial e
póstero-lateral.
RESULTADOS: Os resultados obtidos no Y Balance Test através da pontuação composta (soma
das três direções normalizadas com o comprimento do membro) teve uma média igual a 76%
em ambos os membros. Na análise da discrepância anterior entre os membros obtivemos uma
média igual a 2 cm (±2,31). No SLBT obtivemos uma média de 20 repetições (±7,50) para o
membro dominante e 19 repetições (±9,95) para o membro não dominante. O teste força de
glúteo máximo teve uma média de 6 (±2,31) repetições para o membro dominante e 7 (±3,99)
repetições para o não dominante.
CONCLUSÃO: A partir do resultado dos testes, observou-se que as atletas apresentam scores
que indicam fatores de risco preditivos de lesão, recomendando-se trabalhos preventivos para
melhora da força muscular e controle neuromuscular das atletas. Com base nos dados
coletados pode-se concluir também que o teste de estabilidade dinâmica Y Balance Test não é
apenas dependente de força dos músculos estabilizadores do quadril. Os testes funcionais
demonstram-se ferramentas muito úteis para o fisioterapeuta esportivo.
Palavras-chaves: Testes funcionais, Futsal, Força, Estabilidade, Prevenção
05 - ASSOCIAÇÃO DE LESÕES E TEMPO DE PRÁTICA DE CROSSFIT® NO MAIOR EVENTO
COMPETITIVO DA REGIÃO SUL DO BRASIL
Maycon Diego Figueredo, Anieli Adamatti Rodrigues, Gabriela Esquinatti, Isabel Krüger, Vitória
Caroline Baldissera
Feevale - Universidade Feevale
Resumo
INTRODUÇÃO: O CrossFit® pode ser definido como uma atividade física que inclui movimentos
funcionais, de alta intensidade e de variações constantes. A prescrição dos exercícios aborda
três aspectos principais: sustentar altas cargas, percorrer grandes distâncias e executar
movimentos em alta velocidade. Seja no âmbito recreativo ou competitivo, os atletas estão
expostos aos riscos de lesões musculoesqueléticas associadas à prática do esporte,
particularmente se o movimento ou a forma de treinamento estiverem inapropriados. Aqueles
que treinam Crossfit® arduamente e com frequência no limite do corpo, principalmente os que
o realizam sem uma preparação correta e específica, fatalmente terão lesões consequentes,
acompanhadas de dor, desconforto e até mesmo a incapacidade de continuar treinando. Até o
momento, poucos são os estudos que investigaram a prevalência de lesões em praticantes
usuais dessa modalidade.
OBJETIVO: Investigar a associação de lesões com o tempo de prática e horas de exposição a
treinamentos em participantes de um evento competitivo de CrossFit® da região Sul do Brasil.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de questionário elaborado
pelo pesquisador, que foi aplicado em um único dia, durante uma competição de CrossFit® na
região Sul do Brasil. A amostra foi composta por noventa e três (n=93) praticantes de CrossFit®
de ambos os sexos, 47 (50,5%) do sexo masculino e 46 (49,5%) do sexo feminino com peso
médio de 71 quilos (±13,19) e altura média de 1,69 (±10,37).
RESULTADOS: Dos 93 praticantes de CrossFit® investigados, 22 (23,7%) apresentaram alguma
lesão relacionada à prática do CrossFit®, sendo 23,4% (n=11) dos homens e 23,9% (n=11) das
mulheres, não havendo associação entre o sexo e a prevalência de lesões (p=0,954). Haviam
atletas em diversas categorias, 45 (48,4%) Scale, 21 (22,6%) Amador, 10 (10,8%) RX, 1 (1,1%)
Elite, 3 (3,2%) Master e 13 (14%) participando em Times, e não houve associação entre as
categorias e a prevalência de lesões (p=0,435). Os atletas foram questionados em relação à
necessidade de interromper os treinos, sendo as possibilidades de resposta Nunca, Uma Vez,
Duas Vezes ou Três Vezes ou Mais, e não houve associação entre a necessidade de
interromper os treinos e o tempo de prática, classificado em menos ou mais de 6 meses
(p=0,769). Também não houve associação entre a prevalência de lesões e o tempo de prática
(p=0,062). Dos indivíduos investigados, 94,6% relataram realizar treinos para fortalecimento
de core e específicos para mobilidade.
CONCLUSÃO: O CrossFit® mostrou-se uma modalidade esportiva com baixo índice lesivo, já
que menos de um quarto dos praticantes referiu lesões prévias, o que pode estar associado
com a alta prevalência de indivíduos que realizam exercícios preventivos. Também não houve
associação entre o tempo de prática e a categoria de competição e a prevalência de lesões,
assim como não houve associação entre o sexo e a prevalência de lesões na população
estudada.
Palavras-chaves: CrossFit, Lesões, Treinamento, Prevenção
06 - ATIVIDADE FÍSICA COMUNITÁRIA: EFEITOS SOBRE A FUNCIONALIDADE NA LOMBALGIA
CRÔNICA
Maicon da Silva Martins, Willians Cassiano Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
Resumo
Introdução: A saúde funcional é o estado de funcionalidade e de bem-estar, individual e
coletivo, na realização de atividades e na participação social, em que se promove a qualidade
de vida e a autonomia para o pleno exercício da cidadania. Um importante determinante para
a adesão, ou não, em eventos de promoção da saúde está na participação da população.
Fortes evidências mostram que a inatividade física aumenta o risco de muitas condições
adversas à saúde, o que gera uma diminuição da expectativa de vida. A inatividade física é
responsável por cerca de 5,3 milhões de mortes no mundo a cada ano, gerando um percentual
total de 10% das mortes entre todas as que acontecem, sendo, portanto, uma grande ameaça
à saúde de toda a população. A lombalgia está entre os agravos associados à inatividade, como
morbidade, com elevado grau de prevalência na população, chegando a 70%. A lombalgia se
caracteriza como uma dor na região final da coluna vertebral, entre as últimas costelas e o
início da linha glútea. A maioria dos casos pode ser classificada como crônica quando o
sintoma persiste por um tempo superior a doze manas e tem origem inespecífica, não se
sabendo qual a sua causa principal. Pode estar associada a causas diversas, desde a postura
adotada no trabalho e nas atividades laborais até doenças degenerativas e desequilíbrios
musculares. Seus principais relatos são aumento de dor ao final do dia por conta da fadiga
muscular na região. Objetivo: Avaliar a intensidade dolorosa, a força lombar e a funcionalidade
de indivíduos que possuem lombalgia crônica inespecífica e são praticantes de um programa
públicos de exercícios físicos. Métodos: Pesquisa exploratória, transversal e quantitativa
realizada em 2017, com 130 mulheres de 30 a 60 anos de idade e sem histórico de cirurgia na
coluna vertebral. Aplicou-se o Oswestry Low Back Pain Disability Questionnaire (ODQ) para a
avaliação da incapacidade relacionada à coluna lombar. Quantificou-se a dor através da escala
visual analógica (EVA) e a força muscular lombar com dinamometria lombar (Takei®).
Resultados: Das 130 participantes, 97,7% (n=127) apresentaram incapacidade funcional
mínima relacionada à coluna lombar (ODQ). Em relação à força, 16,9% (n=10) apresentaram
valores normais e 83,1% (n=120) abaixo dos valores de referência, apresentando fraqueza
muscular. Quanto à intensidade da dor, 47,7% (n=67) das participantes apresentaram
intensidade leve, 45,5% (n=59) apresentaram intensidade moderada e 6,9% (n=9), intensa.
Conclusão: O programa possui características que contribuem para manter controlada a
intensidade dolorosa, que vem se mostrando baixa, bem como a incapacidade funcional
significativa dos indivíduos. A fraqueza muscular na região lombar, apresentada pelas
participantes sem associação com a funcionalidade, e a dor podem ser um fator que perpetua
os quadros de lombalgia crônica. Os achados sugerem a necessidade de revisão da prescrição
terapêutica dos exercícios do programa realizado.
Palavras-chaves: Dor Lombar, Promoção da Saúde, Exercício
07 - AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA E QUALIDADE DE VIDA DE
TRABALHADORES DA PRODUÇÃO DE DUAS INDÚSTRIAS CERÂMICAS DE CRICIÚMA
Felipe da Silva Schutz Felipe da Silva Schutz, Mariane Peres Albino Mariane Peres Albino,
Katherin Kalane Karkle Katherin Kalane Karkle, Liana Barcelos Liana Barcelos, Eduardo Ghisi
Victor Eduardo Ghisi Victor, Samira da Silva Valvassori Samira da Silva Valvassori, Paula Rohr
Paula Rohr, Kristian Madeira Kristian Madeira, Willians Cassiano Longen Willians Cassiano
Longen
Unesc - Universidade do Extremo Sul Catarinense
Resumo
Introdução: As indústrias cerâmicas estão sujeitas a uma gama de fatores como temperatura
elevada, poeira, trabalho em pé, sendo que esses fatores em maior ou menor grau, podem
levar a desconfortos e adoecimentos relacionados ao trabalho. Objetivo: Avaliar a condição
musculoesquelética e Qualidade de Vida de trabalhadores de indústria cerâmica. Materiais e
Métodos: Este estudo envolveu uma abordagem transversal quantitativa. Foram avaliados 189
trabalhadores de duas indústrias cerâmicas da região carbonífera de Criciúma, onde foi
aplicado o Questionário de Qualidade de Vida Whoqol-Bref esse questionário é composto por
quatro domínios da qualidade de vida e foi utilizado de forma autoaplicável conforme prevê
seu manual de utilização, avaliação da força muscular através de dinamômetros, o
questionário nórdico de sintomas osteomusculares utilizado para pesquisa de dados sobre
sintomas de DORT com todos os trabalhadores, a escala visual analógica (EVA), o questionário
Owestry Low Back Pain Disability Questionarie - ODQ 2.0 que avalia a dor lombar em diversas
atividades funcionais, bem como, o Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH)
questionário que contem 30 questões utilizadas para medir a funcionalidade e sintomas
físicos. Resultados: Quanto à qualidade de vida, na média geral, 115 (60,8%) responderam que
sua qualidade de vida é regular. O segmento que os trabalhadores mais referiram dor foi a
coluna lombar, 68 (36,0%) apresentaram dor nos últimos 12 meses, 38 (20,1%) nos últimos 7
dias. Em membros superiores, 107 (56,6%) apresentaram fraqueza muscular. Conclusão: Os
achados desvendam a presença de sintomatologia dolorosa em percentual superior ao
encontrado junto a outras categorias profissionais. A fraqueza muscular principalmente nos
membros superiores e a percepção sobre a qualidade de vida, que prevaleceu como regular,
demonstram que há comprometimento parcial da saúde de parte destes trabalhadores, que
embora não tenha demonstrado ser incapacitante é percebida como impactante nos seus
contextos de vida e trabalho.
Palavras-chaves: Doenças Musculoesqueléticas, Ler-Dort, saúde do trabalhador
08 - AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM MENINAS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA
Cássia Vitória Bado, Alexandra Renosto, Caroline Bernardes
FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha
Resumo
INTRODUÇÃO: Habilidades motoras são movimentos voluntários que executamos com um
objetivo. Desde o nascimento, começamos a desenvolver habilidades motoras, algumas
simples e outras complexas, sendo que cada indivíduo recorre a uma maneira de executar a
tarefa, havendo muitas formas de realizar a mesma tarefa e atingir o objetivo final. A infância é
o momento ideal para essas habilidades serem refinadas e desenvolvidas para prática
esportiva. Com o avanço da tecnologia, algumas crianças deixam de lado brincadeiras
fundamentais para desenvolver essas habilidades, apresentando grandes dificuldades para a
realização de movimentos simples, em função do sedentarismo e também da obesidade.
OBJETIVO: Avaliar o desenvolvimento motor em meninas praticantes de ginástica artística.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, observacional, onde meninas nascidas entre
2007 e 2008, praticantes da modalidade de ginástica artística foram inicialmente avaliadas, a
partir da realização de uma anamnese, seguida pela aplicação da Escala de Desenvolvimento
Motor. Após a avaliação de cada criança foi comparada as habilidades adquiridas nesta
modalidade. RESULTADOS: De acordo com a classificação da Escala de Desenvolvimento Motor
16 meninas apresentaram desenvolvimento normal médio e seis meninas normal baixo, com
média do quociente motor geral de 94,68 (±6,22). Apresentaram menor quociente motor nos
testes de equilíbrio com média 91,59 (±12,39) e melhor desenvolvimento na organização
temporal, 99,95 (±13,64). CONCLUSÕES: Devemos ter cuidado para não pular fases do
desenvolvimento motor normal das crianças especializando-as cedo demais. É necessário mais
estudos na área de desenvolvimento motor com ênfase nas práticas esportivas, visando uma
melhor orientação e atuando como método de prevenção de lesões precoces.
Palavras-chaves: Destreza motora, Ginástica, Desenvolvimento da criança
09 - AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL DE IDOSAS COMUNITÁRIAS QUE NÃO
APRESENTARAM EPISÓDIOS DE QUEDAS NO ÚLTIMO ANO
Daniela Virote Kassick Muller, Pietra Minuzzi
UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa
Resumo
INTRODUÇÃO: O envelhecimento é um processo complexo e multifatorial influenciado por
fatores genéticos e não genéticos, o qual apresenta alterações morfológicas, funcionais e
bioquímicas que alteram progressivamente o organismo humano (Gil et al, 2017). O equilíbrio
corporal consiste na comunicação entre os sistemas visual, vestibular e somatossensorial os
quais recepcionam e integram os estímulos sensoriais a fim de controlar o centro de gravidade
sobre a base de suporte (Rebelatto, 2008). Diante do exposto, o objetivo do estudo foi avaliar
o equilíbrio corporal de idosas comunitárias que não apresentaram nenhum episódio de queda
no último ano. MÉTODO: O presente estudo foi aprovado através do comitê de ética em
pesquisa da Unipampa através do parecer número 930.945/15. Participaram da pesquisa um
total de 52 idosas com idade a partir de 60 anos, classificadas como não caidoras de acordo
com a ausência de quedas no último ano, dado questionado na avaliação. O equilíbrio corporal
foi avaliado pelo sistema Balance Manager da Neurocom Inc. o qual realiza os testes de
organização sensorial e de controle motor. O teste de organização sensorial avalia 6 condições
diferentes entre si que, aumentam progressivamente a dificuldade, cada uma das condições é
testada três vezes, sendo divididas da seguinte forma, C1 com plataforma e cabine fixas e
paciente com olhos abertos (OA); C2 com plataforma e cabine fixas e paciente de olhos
fechados (OF); C3 com plataforma fixa e cabine móvel e paciente com OA; C4 com plataforma
móvel e cabine fixa e paciente de AO; C5 com plataforma móvel e cabine fixa e paciente de OF;
C6 com plataforma e cabine móveis e OA. Cada condição apresenta um escore que varia de 0 a
100%, sendo 100% o melhor resultado. Já para o teste de controle motor é avaliado o tempo
de recuperação do equilíbrio corporal através do deslocamento da plataforma com o intervalo
de latência dado em mseg. Após as avaliações os dados foram colocados em tabelas para
apreciação. No teste de organização sensorial foi feita uma média entre as três tentativas de
cada condição, sendo que o desempenho está demonstrado na sequência: TOS C1: 94,07%,
TOS C2: 91,65%, TOS C3: 90,09%, TOS C4: 83,13%, TOS C5: 47,51% e a TOS C6: 46,60%. No
teste de controle motor o valor de latência obtido foi de 132,13mseg. De modo geral, foi
possível observar que houve um decréscimo nas médias obtidas no teste de organização
sensorial, uma vez que, como afirma Müller (2015), os idosos tendem a diminuir os valores
médios conforme as condições do TOS aumentam, decorrente do aumento da dificuldade que
os testes apresentam entre a primeira e a sexta condição. Por fim, conclui-se que em
decorrência das alterações fisiológicas que ocorrem no processo de envelhecimento, é de
suma importância que haja um trabalho multidisciplinar para conscientizar esse público a
encontrar estratégias que auxiliem na manutenção do equilíbrio corporal, minimizando, desta
forma, os efeitos causados pela senescência, proporcionando uma melhor qualidade de vida a
este público.
Palavras-chaves: Equilíbrio, Idosos, Quedas
10 - AVALIAÇÃO TERMOGRÁFICA E ADAPTAÇÃO À PRÓTESE EM AMPUTADOS DE MEMBRO
INFERIOR PROTETIZADOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Rafael Isac Vieira
UDESC - Universidade Do Estado De Santa Catarina
Resumo
As amputações são um problema de saúde pública mundialmente reconhecido. A amputação
de membros inferiores ocasiona alterações na circulação sanguínea, no metabolismo corporal
e na sensibilidade do coto. A protetização é considerada o ponto principal para a
funcionalidade, a qual promove a reinserção social do amputado. Os déficits na confecção do
encaixe da prótese podem desencadear excesso de atrito no coto, dor, ferimentos e
desconforto, podendo levar à uma má adaptação e consequente, diminuição nas atividades de
vida diária. A termografia é um método de avaliação e diagnóstico que pode auxiliar na
verificação da funcionalidade da prótese. O objetivo do estudo foi analisar as características de
distribuição térmica superficial, sensibilidade cutânea do coto e adaptação à prótese de
amputados de membros inferiores protetizados pelo SUS. Foram recrutados 16 indivíduos
amputados unilateralmente de membros inferiores nos níveis transfemural e transtibial,
protetizados pelo SUS, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 64 anos. O protocolo de
coleta de dados foi composto pelo preenchimento da ficha de avaliação fisioterapêutica,
avaliação da sensibilidade cutânea do coto, aplicação do Questionário de Avaliação da Prótese
(PEQ), caminhada na esteira durante 10 minutos em velocidade confortável, avaliação
termográfica imediatamente após a retirada da prótese, processo de equilíbrio térmico com a
temperatura do ambiente controlada à 23°C durante 20 minutos e, por fim, avaliação
termográfica pós climatização. Para a comparação das temperaturas antes e após a
climatização foram utilizados os testes Teste de Wilcoxon e Teste t pareado. Para a
comparação das temperaturas entre os sujeitos com e sem alteração na sensibilidade antes e
depois da climatização foram utilizados o Teste U de Mann-Whitney e teste t independente e
para associação da PEQ com a sensibilidade do coto o teste exato de Fischer. O nível de
significância estipulado foi de p≤0,05. Foi observado que antes da climatização, a região do
dermátomo de L3 daqueles com a sensibilidade alterada, apresentaram temperaturas mais
baixas em relação aos que tinham sensibilidade normal. Os amputados transtibiais obtiveram
resultados acima da mediana geral nos itens do PEQ. E, já os tranfemurais apresentaram
resultados acima da mediana geral no “Escore total”. Existe forte relação negativa entre a
temperatura média da extremidade do coto com o item “Utilidade” no momento pré
climatização e uma forte relação negativa entre as temperaturas média e mínima da
extremidade do coto com o item “Saúde do membro residual” no momento após a
climatização. Não existe associação dos itens do PEQ com a sensibilidade do coto. Pode-se
concluir que elevadas temperaturas no momento pós climatização, indicam áreas de atrito as
quais desencadeiam uma má adaptação do coto com o encaixe da prótese, onde sugere-se o
desenvolvimento de novas estratégias para melhorar a qualidade das próteses fornecidas pelo
SUS.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Amputação, Membro Inferior, Termografia, Coto
11 - COMO ENSINAR FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA COM PRÁTICA EM PACIENTES
DE ALTA COMPLEXIDADE? UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Kátia Janine Veiga Massenz, Anna Raquel Silveira Gomes
UFPR - Universidade Federal do Paraná
Resumo
Introdução: O rápido acesso à informação e a versatilidade do novo perfil do estudante exigem
que o método de ensino seja cada vez mais ativo. Assim, a integração teórico-prática, com
inserção e atuação do estudante no cenário no qual os conteúdos da disciplina possam ser
experienciados, contribui de maneira expressiva para o processo ensino-aprendizagem.
Objetivos: relatar a experiência da utilização do método de sala de aula invertida, e a prática
de atendimento fisioterapêtutico em pacientes hospitalizados por disfunções traumato-
ortopédicas, utilizados durante um semestre com estudantes do curso de fisioterapia do 6º
período, na disciplina Fisioterapia Musculoesquelética III. Metodologia: o método de ensino
denominado sala de aula invertida foi aplicado da seguinte maneira: foi disponibilizado aos
estudantes material teórico impresso, que após a turma ser dividida em grupos, os estudantes
liam, interpretavam o conteúdo, esclareciam dúvidas com a docente e apresentavam breves
seminários em sala de aula. Durante os seminários, cada grupo apresentava o conteúdo
referente ao tratamento fisioterapêutico dos principais tipos de fraturas e relatava os casos
dos pacientes que eles atenderam no hospital. Os alunos eram incentivados a buscar soluções
para as dificuldades detectadas na prática hospitalar, bem como adequar as condutas
fisioterapêuticas para futuros atendimentos, conciliando a prática com as evidências científicas
elencadas no material impresso. Na prática em hospital, antes de entrar em contato com o
paciente era realizada breve reunião, na qual eram discutidos os dados do prontuário e os
assuntos de sala de aula eram revisados. Os estudantes mencionavam as avaliações funcionais
pertinentes ao caso a ser atendido e discutiam com a docente, para determinar as prioridades
de intervenção fisioterapêutica para cada paciente. Resultados: ao longo de um semestre,
foram atendidos 42 pacientes, nas enfermarias de dois hospitais, sendo um Hospital de
Trauma (n=17 pacientes, 40%) e um Hospital de alta complexidade onde eram realizadas
cirurgias eletivas (n=25 pacientes, 60%), na cidade de Curitiba. Do total, foram 18 mulheres e
24 homens atendidos. Das regiões anatômicas acometidas, 71% foram em membros inferiores
(MMII), 14% em membros superiores (MMSS) e 14% coluna. Foram atendidos casos de fratura
7% MMSS e 21% em MMII, seguidos de colocação de prótese por artrose avançada em MMII
(11,9%); correção de deformidades ortopédicas em MMII (11,9%); osteosarcoma de coluna
(4,7%), osteosarcoma de tíbia (2,5%), osteomielite em MMII (9,5%) e amputação em MMII
(2,4%). Conclusão o uso do método sala invertida contribuiu para que os alunos
demonstrassem maior pró-atividade frente a tomada de decisão clínica a ser realizada em
pacientes com disfunções traumato-ortopédicas, durante os atendimentos fisioterapêuticos
em hospitais de alta complexidade. Dos casos atendidos, apenas os conteúdos de
osteosarcoma e osteomielite foram menos abordados em sala de aula, sendo recomendada
ênfase quando a disciplina for reofertada. As fraturas de MMII foram os casos mais atendidos
e discutidos durante a disciplina.
Palavras-chaves: alta complexidade, docência, fisioterapia, musculoesquelética, traumato-
ortopédica
12 - COMPARAÇÃO DO AQUECIMENTO TECIDUAL NOS DIFERENTES MODOS DE APLICAÇÃO
DO APARELHO DE DIATERMIA POR ONDAS CURTAS
Inaihá Laureano Benincá, Daniela de Estéfani, Aline Luana Ballico, Nícolas Kickhofel Weisshahn,
Victoria Gomes e Silva Engelke, Núbia Carelli Pereira de Avelar, Alessandro Haupenthal
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
Resumo
Introdução: A diatermia por ondas curtas na fisioterapia é utilizada para aumento do fluxo
sanguíneo e da extensibilidade do tecido, além de diminuição da rigidez articular e alívio da
dor. Seu funcionamento consiste na criação de um campo magnético que resulta na geração
de calor. Dentre diversas aplicações, a técnica capacitiva engloba três diferentes modos e
desta forma o objetivo foi analisar qual modo causa maior aquecimento tecidual. Método: Este
estudo é caracterizado como estudo clínico randomizado cruzado. Foi realizado com 8 sujeitos,
esses foram avaliados três vezes nos diferentes modos de aplicação da técnica capacitiva:
coplanar (dois eletrodos espaçados 12 cm um do outro no mesmo lado do membro),
contraplanar (um eletrodo abaixo do outro em cada lado do membro) e longitudinal (um
eletrodo em cada lado das extremidades do membro). Foi realizada uma medida na coxa
direita partindo da crista ilíaca ântero superior até a base da patela e calculado o ponto médio
da coxa para aferição da temperatura. As medidas foram realizadas antes e após a aplicação
de 20 minutos do aparelho de ondas curtas e também a cada minuto até completar 25
minutos após o término da aplicação. A temperatura foi analisada por uma câmera
termográfica modelo SC325 da marca Flir. A comparação dos efeitos entre os diferentes
métodos foi realizada a partir da análise estatística inferencial com a aplicação do teste
Shapiro Wilk para a normalidade dos dados e ANOVA medidas repetidas com o post hoc de
Bonferroni na comparação entre os grupos. O nível de confiança adotado para todos os testes
foi de 95 % (p < 0.05). Foi utilizado o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20
como pacote estatístico. Resultados: Após a aplicação de 20 minutos houve diferença
significativa entre os modos coplanar e contraplanar (p = 0,001) e entre contraplanar e
longitudinal (p = 0,001). Não houve diferença significativa entre os modos coplanar e
longitudinal (p = 0,136). Os modos coplanar, contraplanar e longitudinal aqueceram a partir da
temperatura antes da aplicação 1,93°C, 4,97°C e 0,8°C respectivamente. Conclusões: O modo
contraplanar (seguido do coplanar e por último o longitudinal) se mostrou o mais eficaz em
relação ao aumento da temperatura superficial e a taxa de resfriamento. A temperatura
abaixo da placa alcançou em média 8,63°C a partir da temperatura de antes da aplicação, a
hipótese que justifica a maior eficácia do modo contraplanar em relação aos demais seria que
nesse modo o local em que a temperatura foi mensurada é onde a extremidade de uma das
placas foi posicionada.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Eletrotermofototerapia, Ondas curtas, Reabilitação,
Temperatura superficial
13 - COMPORTAMENTO DA ESTABILIDADE CORPORAL DE IDOSAS QUE PARTICIPAM DE
OFICINAS LÚDICAS DE EQUILÍBRIO
Daniela Virote Kassick Müller, Karine Colling
UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa
Resumo
Introdução: O envelhecimento é natural e marcado por mudanças biopsicossociais levando a
um declínio das funções do organismo, resultando numa deficiência dos mecanismos
reguladores do equilíbrio, como propriocepção e função muscular. Essas alterações fisiológicas
predispõem o idoso a perder o equilíbrio podendo resultar em quedas. Para manter o
equilíbrio o indivíduo necessita coordenar o corpo no tempo e no espaço e integrar os
sistemas sensoriais para responder o mais rápido possível as perturbações externas. A
fisioterapia utiliza-se treinos com estímulos de perturbação e que exijam integração dos
sistemas para gerar uma resposta motora apropriada, tais aspectos podem ser trabalhados de
forma lúdica. Levando em conta que a relação atividade lúdica e equilíbrio não foi estudada
para essa população o objetivo deste estudo foi verificar se oficinas de equilíbrio lúdicas é
capaz de melhorar a estabilidade corporal de idosas. Métodos: Trata-se de um estudo de
intervenção, prospectivo longitudinal, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal do Pampa (registro 1.743.674/16). Foram convidadas a participar do
estudo idosas com mais de 60 anos, integrantes do programa Maturidade Ativa do SESC
Uruguaiana – RS, os participantes foram esclarecidos e assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido. A partir de então foi realizada a avaliação composta por uma entrevista e
pela avaliação do equilíbrio corporal a partir da Posturografia Dinâmica Computadorizada
(PDC). Em seguida as idosas iniciaram a participação nas oficinas, em pequenos grupos, duas
vezes por semana, com duração em torno de 30 minutos. Foram realizadas atividades para o
equilíbrio corporal, durante 3 meses e, ao término, todas as idosas foram reavaliadas. Foram
excluídos indivíduos que não acompanharam as oficinas pelo período determinado e os com
doenças neurológicas. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Excel 10.0 e, em
seguida, analisados através do teste t de Student pareado no software SPSS versão 17.0 com
intervalo de confiança de 95%. Desta forma, qualquer diferença tal que p fosse menor do que
0,05 foi considerada estatisticamente significativa. Resultados: Participaram do estudo 21
idosas, sendo 4 idosas removidas do estudo devido aos critérios de exclusão. A amostra final
foi composta por 17 idosas com média de idade de 72,58±6,82 anos, fisicamente ativas e
notou-se que 47% destas, já haviam tido uma queda no último ano. Na avaliação da PDC não
houve diferença estatística significativa individualmente nas seis condições analisadas, e no
teste de controle motor (TCM), mas houve diferença na média de todas as condições (p=0,032)
(Tabela 1). Conclusão: A partir dos resultados encontrados pode-se visualizar que a
intervenção proposta foi capaz e aumentar o escore do PDC. Diante do exposto, verificou-se
que o equilíbrio corporal das idosas aumentou após a participação em oficinas de equilíbrio
lúdicas, sugerindo-se, então, ser uma medida de fácil aplicabilidade para prevenção de quedas
da pessoa idosa.
Palavras-chaves: Equilíbrio, estabilidade corporal, idosas, oficinas lúdicas
14 - CONTROLE POSTURAL PRÉ E PÓS COMPETIÇÕES DE IRONMAN
Tamiris Beppler Martins, Hugo Eduardo de Amorim
UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina
Resumo
Introdução: existe evidência laboratorial que após a exaustão, atletas têm limitada a
capacidade de manter um satisfatório controle motor postural. Objetivos: investigar a
capacidade de manutenção do controle postural estático em três diferentes posturas pré e pós
competição. Metodologia: esta pesquisa é um estudo transversal. Participaram do estudo 30
atletas amadores de provas de longas distâncias que finalizaram com tempo mínimo de 9
horas. O controle postural estático foi mensurado sobre plataforma de força VSRTM Sport.
Inicialmente a área do centro de gravidade (ACOG) foi avaliada no momento pré prova de
Ironman nas posturas bipodal, unipodal e tandem. Estas medidas foram repetidas no
momento pós prova. A variável ACOG foi obtida por uma rotina elaborada em MatLab®.
Também foi avaliado o nível de glicose nos momentos pré e pós competição. Para detectar
diferença na média das variáveis do COG e Glicose pré e pós competição de Ironman foi
utilizado teste t pareado. Foi utilizada análise ANOVA fatorial de medidas repetidas com
correção de bonferroni para comparar fases (pré e pós competição) e posturas (bipodal,
unipodal e tandem). O nível de significância foi de p≤0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (parecer número 1.087.547). Resultados: a ACOG foi
repetiram nas três diferentes posturas avaliadas. Não foi encontrada interação entre momento
da competição e posturas. Além disso, níveis de glicose foram maiores momento pós prova.
Conclusão: os achados mostraram que atletas amadores, após provas de longa distância,
apresentam redução no controle postural estático sugerindo que a estimulação prolongada
dos sistemas vestibular, visual e proprioceptivo, que controlam o equilíbrio, durante prova de
longa duração poderia originar perturbação no controle postural.
Palavras-chaves: Equilíbrio, Queda, Ironman, Fisioterapia
15 - CORRELAÇÃO DE ALTERAÇÕES DA DISTRIBUIÇÃO DA PRESSÃO PLANTAR, DE
ENCURTAMENTO MUSCULAR DA CADEIA POSTERIOR E DE QUEIXAS MUSCULOESQUELÉTICAS
EM CORREDORES DE RUA
Rúbia Márcia Benatti, Caroline M. Ferreira Borges, Christina P. C. Cepeda, Sara M. Ling Jang
UP - UNIVERSIDADE POSITIVO
Resumo
A corrida de rua é uma modalidade em expansão que exprime um crescente número de
adeptos. Entretanto, o aumento de sua popularidade está associado à elevada incidência e
prevalência de lesões, sobretudo em membros inferiores e coluna lombar. Portanto, o objetivo
do estudo foi averiguar a correlação de alterações da distribuição da pressão plantar, do
encurtamento dos músculos da cadeia posterior e queixas musculoesqueléticas em corredores
de rua. O estudo caracterizou-se como transversal descritivo de correlação, realizado no
período de agosto a setembro de 2017, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa nº 2.220.692
e CAEE 67856117.5.0000.0093.A amostra constituiu-se de 142 corredores de rua de ambos os
sexos, com idades entre 22 e 55 anos, que praticam a modalidade há pelo menos 1 ano e com
treinamento mínimo de 20 quilômetros semanais. Os procedimentos avaliativos constaram de
um questionário elaborado pelas pesquisadoras, avaliação antropométrica de massa corporal
(em kg) utilizando balança digital marca CADENCE®, e mensuração da altura a partir de um
estadiômetro compacto da marca WISO® para o cálculo do Índice de Massa Corporal (kg/cm2).
Para a avaliação da distribuição das pressões plantares e do tipo de pé foi realizada a
Baropodometria estática a partir da coleta de dados utilizando a plataforma de
Baropodometria computadorizada EPS da marca KINETEC®. Para a análise do comprimento
muscular da cadeia posterior foi realizado o Teste do Ângulo Poplíteo (TAP), utilizando o
método da biofotogrametria para graduar o comprimento musculotendíneo dos flexores uni e
bi articulares do joelho. Para a análise estatística foi realizada uma análise descritiva padrão
dos dados. A verificação de correlações entre as variáveis foi efetuada por meio do método de
regressão logística, adotando como nível de significância estatística pSoftware R Development
Core Team 2017 (R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria).Os resultados
mostraram elevada prevalência de queixas (93%), das quais 46% dos corredores apresentaram
queixa de dor em membros inferiores, 26% em coluna lombar e 21% em ambas as regiões
(múltiplas), assim como a correlação significativa entre o encurtamento muscular e as queixas
relatadas (p˂0.05). Portanto, corredores de rua apresentam elevado índice de queixas de dor
musculoesquelética em membros inferiores e coluna lombar, e estas estão relacionadas com o
encurtamento muscular da cadeia posterior de membros inferiores. A análise da distribuição
da pressão plantar estática identificou maiores apoios na região de antepé. Evidenciou-se
também, que a cada 10º de aumento no encurtamento muscular, eleva-se em
aproximadamente 4 vezes o risco de desenvolvimento de dor lombar e 1,5 vezes em membros
inferiores, essas podem gerar repercussões biomecânicas e ocasionar lesões
osteomioarticulares.
Palavras-chaves: Corrida, Pressão plantar, Flexibilidade, Queixas musculoesqueléticas
16 - CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA APLICADA PARA PROMOVER O ALONGAMENTO
MUSCULAR E A HISTOMORFOMETRIA DO MÚSCULO SÓLEO EM RATAS JOVENS E IDOSAS
Kátia Janine Veiga Massenz, Hilana Rickli Fiuza Martins, Anna Raquel Silveira Gomes, Ana Paula
Cunha Loureiro, Daniele Moro, Luiz Guilherme Achcar Capriglione, Talita Gianello Gnoato Zotz
UFPR - Universidade Federal do Paraná, PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Resumo
Introdução: o exercício de alongamento é principalmente utilizado para aumentar amplitude
de movimento (ADM). No entanto, não se sabe qual a intensidade do alongamento, isto é, o
quanto de força deve ser aplicada para alongar, para promover incremento histomorfométrico
do músculo esquelético. Objetivos: Analisar a correlação entre a força aplicada durante o
exercício de alongamento e a histomorfometria do músculo sóleo em ratas jovens e idosas.
Métodos: Trinta e dois Rattus norvegiccus, linhagem Wistar albino, fêmeas, foram divididas em
grupo jovem (GJ, n=18, 3 meses) e grupo idoso (GI, n= 14, 26 meses). Cada grupo foi
subdividido em grupo controle (GCJ, n=8, 253,75±12,43g; GCI, n=10, 335±39g) e grupo
alongamento (GAJ, n=10, 274±50g, GAI, n=10, 321±32g). As ratas foram pesadas, anestesiadas
e realizado alongamento mecânico passivo estático do músculo sóleo esquerdo, por meio de
aparato de alongamento, com uma célula de carga, capaz de aferir a força externa aplicada
para alongamento. O protocolo de alongamento foi constituído por 1 série de 4 repetições,
60s cada repetição (volume de 240s), intervalo de 30 segundos entre cada repetição, em cada
sessão, realizado 3 vezes por semana, durante 3 semanas. As análises do músculo sóleo foram:
peso muscular (balança analítica); comprimento muscular (paquímetro); área de secção
transversa (AST) das fibras musculares (microscopia de luz); números de sarcômeros em série
(microscopia de luz). A força foi registrada pela célula de carga, aplicada durante a última
semana de alongamento e analisada pelo teste Kruskall Wallis. Utilizou-se teste Mann Whitney
U quando não paramétricos e Teste T-student independente quando paramétricos, para
comparar grupos. Spearman foi adotado para correlações entre análises histomorfométricas e
a força aplicada para alongar. Correlação moderada-alta e significativa aplicou-se regressão
linear, sendo considerado pResultados: O comprimento muscular foi maior no grupo
alongamento idoso comparado ao jovem (GAI:25,12 ±2,46 mm vs GAJ:22,07±1,55 mm;
p=0,014, teste Mann Whitney U). O número de sarcômeros do grupo alongamento jovem foi
maior que controle jovem (GAJ: 12.062,92±1564,68, p=0,001 vs GCJ: 8.053,00±4377,07; teste
Mann Whitney U). Não foi detectada diferença no número de sarcômeros entre jovens e
idosas submetidas ao alongamento (GAJ: 12.062,92±1564,68 vs GAI: 11475,43±2048,29,
p=0,408, teste T student independente). A AST das fibras musculares foi menor no grupo
alongamento idoso em comparação ao grupo alongamento jovem (GAI:3840,28 ± 891,06µm2
vs GAJ:5463,12 ± 987,94 µm2; p=0,006, teste Mann Whitney). Já a força aplicada para alongar,
foi maior no grupo idoso comparada ao jovem (GAI:0,9229±0,01N vs GAJ:0,7625 ±0,0N;
p=0,000, Kruskall Wallis). Houve correlação entre a força aplicada durante o alongamento e o
número de sarcômeros apenas no grupo jovem (r=-0,702; p=0,044), sendo encontrado R2
ajustado de 0,50, indicando que 50% do número de sarcômeros em série pode ser explicado
pela força aplicada (β= -0,759; p=0,029). Não foi encontrada correlação significativa entre
força aplicada e variáveis histomorfométricas no grupo idoso. Conclusão: verificou-se
sarcomerogênese nas ratas jovens, com menor força aplicada, indicando melhor complacência
e mecanotransdução. O protocolo de alongamento regulou diferentemente o crescimento
longitudinal e radial, em ratas jovens e idosas, já que induziu crescimento longitudinal em
ratas jovens e sarcopenia em ratas idosas.
Palavras-chaves: correlação, envelhecimento, exercício de alongamento, musculoesquelética,
ratas
17 - DISFUNÇÕES MECÂNICAS DA COLUNA LOMBAR SECUNDÁRIAS À HIPOMOBILIDADE DE
QUADRIL
Vitória Lessa Ribeiro Vitória Lessa Ribeiro, Felipe da Silva Schutz Felipe da Silva Schutz, Jessica
Fernanda Uliano de Souza Jessica Fernanda Uliano de Souza, Kamila Reis Alamini Kamila Reis
Alamini, Willians Cassiano Longen Willians Cassiano Longen
Unesc - Universidade do Extremo Sul Catarinense
Resumo
Introdução: A lombalgia é uma alteração musculoesquelética caracterizada por um conjunto
de manifestações dolorosas que acometem a região lombo-sacra (DEYO, 1998). Uma das
principais características que envolvem a lombalgia mecânica é a presença de incapacidade e,
consequentemente, de hipotrofia por desuso. Objetivos:Este estudo procurou analisar a
relação da hipomobilidade de quadril e disfunções mecânicas da coluna lombar. Metodologia:
A amostra foi de 30 estudantes do curso de Fisioterapia, da Universidade do Extremo Sul
Catarinense (UNESC), em Criciúma (SC), com episódio de lombalgia e faixa etária entre 18 e 30
anos, avaliados na clínica de fisioterapia. Foi realizada uma avaliação de mobilidade e
flexibilidade geral e segmentar por meio de uma ficha de coleta padronizada de dados, Flexi
Teste e banco de Well’s. Resultados: 40,0% dos participantes possuíram média amplitude de
movimentoda extensão de quadril, 10% apresentaram amplitude de flexão de quadril
pequena, 40% apresentaram média amplitude de extensão de quadril, 23% apresentaram
amplitude de adução de quadril classificada como pequena, 33% apresentaram amplitude de
abdução do quadril classificado com média, 40 % apresentaram teste de Thomas positivo, 40%
apresentaram teste de Ober positivo, 10% apresentaram alongamento da cadeia posterior
classificada em médio segundo teste de banco de well’s., 33% dos participantes referiram dor
intensa na lombar de acordo com a EVA. Quase que a totalidade dos voluntários, perfazendo
96,7%, apresentou redução da mobilidade do quadril. Quando questionados em relação à
prática de atividade física, não houve uma diferença significativa entre os participantes que
praticavam ou não atividade, ou seja, 53,3% praticavam e 46,7% não praticavam. Conclusão:
Este estudo mostrou uma forte coexistência de hipomobilidade de quadril em voluntários
jovens, com lombalgia mecânica crônica.
Palavras-chaves: Funcionalidade, Mobilidade, Quadril, Lombar
18 - EFEITO DA MOBILIZAÇÃO ESCAPULAR NA EFICIÊNCIA DO NADO BORBOLETA
Tais Beppler Martins, Tamiris Beppler Martins
UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina
Resumo
Introdução: o desalinhamento escapular promove uma diminuição do comprimento da
braçada e da velocidade média do nado, diminuindo assim sua eficiência. Objetivos: analisar o
efeito da mobilização escapular no índice de eficiência do nado borboleta. Metodologia: esta
pesquisa é um estudo experimental e transversal, paralelo em três grupos. A amostra foi
composta de 30 indivíduos de 13 a 25 anos selecionados de maneira não probabilística
intencional, divididos em três grupos de 10 nadadores (intervenção-GI; controle-GC; placebo-
GP). O GI recebeu mobilização escapular com descolamento do gradil costal pela borda lateral
da escápula. O GP recebeu apenas a mobilização em oito, sem descolamento. O GC não
recebeu intervenção e permaneceu deitado pelo mesmo tempo da técnica (10 minutos). Foi
avaliado o índice de eficiência do nado (obtido pela multiplicação do comprimento de braçada
pela velocidade média). A avaliação foi realizada em três momentos: pré-mobilização (PM)
pós-imediato (PI) e pós-tardio (PT - 30 minutos após a técnica). Foi solicitado a cada nadador
uma execução máxima de 25 metros do nado borboleta. O nado puro em 10 metros (10 iniciais
e cinco finais desprezados) foi adquirido por uma câmera na lateral oposta da piscina
posicionado a 13 metros com eixo ótico na altura 1,80m. Para calcular o comprimento da
braçada e a velocidade média em 10 metros, foi utilizado o software Kinovea 8.15®. Para
verificar o efeito dos grupos (GI, GC e GP) e das condições (PM; PI; PT) no índice de eficiência
foi realizada análise de variância univariada com ajustamento de bonferroni. O nível de
sob o número 972.342. Resultados: não houve interação significativa entre grupos e
condições. O efeito principal significativo foi observado no grupo placebo. A média do índice
de eficiência do GP foi significativamente diferente do GC (p=0,03). Conclusões: os achados
mostraram que a mobilização em oito reduz a eficiência do nado borboleta, implicando maior
gasto energético em relação aos que não receberam nenhuma técnica. Assim, não é
recomendada a aplicação desta mobilização em nadadores.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Natação, Manipulações Musculoesqueléticas
19 - EFEITO DE OFICINAS LÚDICAS NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS
Daniela Virote Kassick Müller, Karine Colling
UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa
Resumo
Introdução: O envelhecimento é um processo natural, progressivo e irreversível, caracterizado
por um declínio das funções do organismo, levando a uma perda da capacidade funcional (CF).
As alterações fisiológicas dos sistemas corporais predispõem o idoso a perder o equilíbrio sem
conseguir recuperá-lo com facilidade, podendo resultar em quedas. A fisioterapia busca fazer
com que o idoso permaneça funcional e para isso utiliza-se de exercícios de fortalecimento,
marcha, postura e flexibilidade os quais podem ser trabalhados de forma conjunta através de
atividades lúdicas. Além disso, as atividades recreativas trazem benefícios psicossociais,
melhorando a qualidade de vida de forma global. A associação entre a CF e as atividades
lúdicas nessa população ainda não foi estudado, portanto, o objetivo deste estudo foi verificar
se a participação de idosas em oficinas lúdicas é capaz de melhorar sua CF. Métodos: Trata-se
de um estudo de intervenção, prospectivo longitudinal, sendo aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) (registro 1.743.674/16). Foram
convidadas a participar do estudo idosas com mais de 60 anos, integrantes do programa
Maturidade Ativa do SESC Uruguaiana – RS, os participantes foram esclarecidos e assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A partir de então foi realizada a avaliação
composta por uma entrevista e dos testes funcionais: Velocidade de Marcha (VM), Senta e
Levanta nas variações de 5 repetições (SL5) e 30 segundos (SL30) e Timed Up and Go (TUG).
Então, as idosas iniciaram a participação nas oficinas, em pequenos grupos, duas vezes
semanais, com duração em torno de 30 minutos, onde eram realizadas atividades lúdicas
voltadas para o treino do controle corporal. As oficinas foram realizadas durante um período
de três meses e, ao final deste período, todas as idosas foram reavaliadas a fim de comparação
dos resultados. Foram excluídos indivíduos que não acompanharam as oficinas pelo período
determinado e os com doenças neurológicas. Os dados foram tabulados em planilha do
Microsoft Excel 10.0 e, em seguida, analisados através do teste t de Student pareado no
software SPSS versão 17.0 com intervalo de confiança de 95%. Desta forma, qualquer
diferença tal que p fosse menor do que 0,05 foi considerada estatisticamente significativa.
Resultados: Participaram integralmente do estudo 21 idosas, sendo que 4 possuíam critérios
de exclusão. A amostra final foi composta de 17 idosas com uma média de idade de
72,58±6,82 anos, fisicamente ativas e notou-se que 47% destas, já haviam enfrentado pelo
menos um episódio de queda no último ano. Os resultados encontrados nos testes de
capacidade funcional apresentaram melhores resultados na reavaliação das idosas, sendo que
foi encontrada diferença estatisticamente significante no teste de VM, SL5, SL30 (Tabela 1).
Conclusão: A intervenção proposta foi capaz de aumentar a VM, o número de repetições no
SL30 e reduzir o tempo do SL5. Diante do exposto, verificou-se que a CF de idosas aumentou
após a participação em oficinas lúdicas, sugerindo-se ser uma medida de fácil aplicabilidade
para prevenção de quedas e promoção de saúde da pessoa idosa.
Palavras-chaves: capacidade funcional, Idosos, oficinas lúdicas
20 - EFEITO DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA SOBRE O EQUILÍBRIO,
FLEXIBILIDADE, FORÇA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS EM UMA CIDADE DO INTERIOR
DA SERRA GAÚCHA
Greyce Zago Reinheimer, Caroline Bernardes
FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha
Resumo
Objetivos: Verificar o efeito da intervenção fisioterapêutica nas variáveis equilíbrio, força,
flexibilidade e capacidade funcional em mulheres idosas.Métodos: O estudo caracterizou-se
como experimental, quantitativo, constituído por uma amostra composta por 27 mulheres,
acima de 60 anos e sedentárias. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob
parecer no 1.407.563/2016.As mulheres foram avaliadas por meio de um questionário
sóciodemográfico, um questionário de qualidade de vida (SF-36), uma escala de depressão
(Escala de Depressão Geriátrica em versão reduzida de Yesavage (GDS- 15), força de membros
superiores e inferiores, flexibilidade, equilíbrio (escala de Berg) e capacidade funcional pré e
pós intervenção fisioterapêutica. As participantes foram submetidas a um circuito de
exercícios, durante dois meses, duas vezes semanais, com duração de 50 minutos. As
atividades eram compostas por um aquecimento, exercícios de força de membros superiores,
inferiores e tronco, exercícios de equilíbrio estático e dinâmico, além de atividades para
coordenação motora e alongamentos. Para comparar as escalas antes e após a intervenção, o
teste t-student para amostras pareadas foi aplicado. Em caso de variáveis ordinais, o teste de
Wilcoxon foi utilizado e para as nominais, o teste de McNemar foi aplicado. A associação entre
as escalas foi avaliada pelo coeficiente de correlação de Pearson. O nível de significância
adotado foi p ≤ 0,05. Resultados: As idosas apresentaram melhora significativa da força em
membros superiores e inferiores, na flexibilidade, no equilíbrio, na capacidade funcional e nos
domínios de Capacidade Funcional, Limitação Física, Dor, Estado Geral de Saúde e Limitação
por Aspectos Emocionais do SF-36. Conclusão: Com apenas dois meses de intervenção
fisioterapêutica, foram encontradas significativas melhoras nas variáveis equilíbrio, força,
flexibilidade e capacidade funcional em idosas da cidade de Veranópolis, com melhora na
qualidade de vida e diminuição do escore de depressão. Conclui-se que a intervenção
fisioterapêutica é eficaz para retardar as alterações do envelhecimento.
Palavras-chaves: Fisioterapia, idosos, exercícios físicos
21 - EFEITOS DA ADIÇÃO DO AGULHAMENTO SECO JUNTO A UM PROGRAMA DE
REABILITAÇÃO PARA INDIVÍDUOS COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA: UM
ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO PILOTO
Henrique Schneider, Fábio Franciscatto Stieven, Matheus Wiebusch, Giovanni Ferreira,
Francisco Xavier de Araujo, Luis Henrique Telles da Rosa, Marcelo Faria Silva
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, UNIRITTER - Centro
Universitário Ritter dos Reis, Universidade de Sydney - Universidade de Sydney
Resumo
INTRODUÇÃO: O agulhamento seco (AS) é uma forma de tratamento para dor cervical que vem
ganhando crescente uso na prática clínica. Apesar de algumas de alguns ensaios clínicos
demonstrarem efeitos positivos com o emprego dessa técnica, uma recente diretriz clínica
para o tratamento da dor cervical não recomenda a utilização do mesmo. O objetivo foi
verificar os efeitos da adição do AS junto a um programa fisioterapêutico baseado em uma
diretriz clínica para o tratamento da dor cervical crônica. MÉTODOS: Ensaio clínico
randomizado, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Ciências
da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Trinta e oito pacientes (34±6 anos, 30 mulheres) com dor
cervical crônica foram aleatoriamente distribuídos para um dos dois braços da pesquisa: Grupo
AS (n=19), Grupo Controle (CG), (n=19). Todos participantes receberam um mês de
intervenção (média de 5,1 atendimentos nesse período para o GC e 4,7 atendimentos para o
grupo AS). Todos os participantes receberam tratamento baseado em exercícios de
fortalecimento para região cérvico-escápulo-torácica, mobilizações vertebrais da coluna
cervical e torácica, além de educação em dor. Além disso, o grupo AS recebeu a técnica do AS
nos músculos posteriores do pescoço (trapézio superior, elevador da escápula, esplênio e
semi-espinhal do pesocço). O desfecho primário do estudo foi dor, mensurado pela escala
numérica da dor, e o desfecho secundário percepção do efeito global do tratamento,
mensurado pela Escala de Percepção do Efeito Global. O modelo linear misto foi utilizado para
analisar o efeito do tratamento sobre a dor e o teste t para amostras independentes foi
utilizado para verificação do tratamento sobre a percepção do efeito global do mesmo.
RESULTADOS: Após um mês de tratamento, o grupo AS não apresentou níveis significativos de
redução da dor comparado ao GC (média de redução da dor = 0,934; 95% IC -2,067 – 0,81, p =
0,97) e para percepção do efeito global do tratamento (média= - 0,56, 95% IC – 1,378 – 1,267,
p = 0,932). CONCLUSÃO: Os resultados deste ensaio clínico sugerem que a adição do AS junto a
um programa de fisioterapia baseado nas melhores recomendações para o tratamento da dor
cervical, não melhora significativamente a dor cervical e a percepção do efeito global do
tratamento após um mês de tratamento em indivíduos com dor cervical crônica.
Palavras-chaves: Agulhamento seco, Dor cervical não específica, Reabilitação
22 - EFEITOS DA FOTOBIOMODULAÇÃO PRÉVIA AO EXERCÍCIO DE EXTENSORES DE JOELHO
SOBRE DESEMPENHO DE MULHERES JOVENS E IDOSAS
Natália Sgarioni Gomes, Laura Ayang Folgiarini, Caronila Fritsch, Bruno Manfredini Baroni
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Resumo
Introdução: Na última década, a terapia de fotobiomodulação (TFBM) vem demonstrando ser
capaz de melhorar o desempenho muscular em diferentes tipos de exercício. Apesar de uma
gama de evidências de sua eficácia envolvendo sujeitos jovens e atletas, a literatura apresenta
escassez de estudos com idosos. Além disso, não há estudos que comparem jovens e idosos
submetidos a um mesmo protocolo de exercício de força após aplicação da TFBM. Portanto, o
objetivo do presente estudo foi verificar o efeito da TFBM sobre o desempenho de mulheres
jovens e idosas em uma sessão de treino de força dos músculos extensores de joelho.
Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e placebo-controlado,
previamente aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFCSPA (CAAE
53128616.5.0000.5345). Um total de 12 mulheres jovens (20-30 anos) e 11 idosas (60-75
anos), saudáveis e sem quaisquer contraindicações para exercícios físicos, realizaram quatro
visitas no laboratório com intervalo de uma semana entre cada visita. No primeiro encontro, as
voluntárias realizaram avaliações antropométricas, teste de uma repetição máxima (1RM) de
extensão de joelho unilateral e familiarização ao protocolo de exercício na cadeira extensora
de joelho. Nos três encontros subsequentes, foi aplicada a TFBM (laser de baixa potência;
810nm) nas doses de 120 J, 240 J ou tratamento placebo sobre a musculatura do quadríceps
das voluntárias, seguida do protocolo de cinco séries de extensão do joelho unilateral até a
exaustão com carga equivalente a 60% de 1RM. A variação percentual do número total de
repetições para as doses de 120J e 240 J em relação ao placebo e o tamanho de efeito (d de
Cohen; d>0,2 = efeito pequeno; d>0,5 = efeito moderado; d>0,8 = efeito grande) foram
analisados. Resultados: Em comparação ao placebo, as participantes jovens apresentaram um
incremento de 15% (d=0,35) com 120J e de 5% (d=0,15) com 240J no desempenho após
aplicação da TFBM. No grupo de idosas, houve variação de 4% (d=0,17) e 1% (d=0,14) no
número de repetições após a aplicação de 120J e 240J, respectivamente. Conclusão: Mulheres
jovens e idosas apresentam respostas de desempenho muscular específicas à. Apesar de ter
resultado em tamanho de efeito pequeno, a dose de 120J se mostrou superior à de 240J no
incremento de desempenho das jovens, enquanto nenhuma das doses testadas alterou o
desempenho das idosas.
Palavras-chaves: Fotobiomodulação, Laserterapia de baixa potência, Treino de força,
Quadríceps
23 - EFEITOS DA KINESIO TAPE® NA DISCINESIA ESCAPULAR E RETROVERSÃO UMERAL DO
OMBRO DE JOVENS PRATICANTES DE HANDEBOL FEMININO
Laíza Moreira Flach, Evelin Silva da Rosa, Isabella Rodrigues, Marcelo Baptista Dohnert,
Rodrigo Boff Daitx
ULBRA - Universidade Luterana do Brasil
Resumo
INTRODUÇÃO:O handebol é um esporte de arremesso e impacto que implica em grandes
amplitudes de movimento na articulação glenoumeral.Os praticantes de esportes de
arremesso desenvolvem uma grande sobrecarga da articulação do ombro, principalmente na
fase de preparo do arremesso, na qual o atleta abduz e roda externamente o ombro.Dentre
estas adaptações ao arremesso observa-se o alongamento da cápsula anterior, hipertrofia e
encurtamento da cápsula posterior e a retroversão da cabeça do úmero.O ato de arremesso
gera microtraumas na cápsula anterior levando a um deslocamento anterior da cabeça do
úmero e alteração do arco de rotação do úmero, condição conhecida como GIRD
(glenohumeral internal rotation déficit).Na articulação escápulo umeral, a aplicação da
bandagem elástica favorece uma maior estabilidade articular podendo assim, propiciar uma
correção na alteração biomecânica ocorrida pelo gesto repetitivo do arremesso.OBJETIVOS:
Avaliar a eficácia da kinesio tape (KT) no posicionamento e função do ombro em atletas de
handebol feminino assintomáticas ou sintomáticas. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado
duplo cego placebo controlado com 18 jovens praticantes de handebol feminino das
categorias cadete e juvenil/adulto. As jovens foram divididas em grupo kinesio tape (GKT) e
kinesio tape placebo (GKTP). A intervenção ocorreu duas vezes por semana durante quatro
semanas. Foram avaliados a mobilidade e força rotacional do ombro (ADM), prevalência de
discinesia escapular e nível de funcionalidade do ombro dominante e não dominante
(questionário UCLA). RESULTADOS:ambos os grupos demonstraram uma amplitude de
movimento (ADM) ativa e passiva significativamente maior de rotação externa e menor de
rotação interna no ombro dominante previamente a intervenção (pA prevalência de discinesia
escapular inicial foi de 72,2%. CONCLUSÃO: As jovens praticantes de handebol demonstraram
apresentar alterações adaptativas glenoumerais que caracterizam a GIRD. A aplicação de KT
não influenciou a ADM, força e cinesia escapular de jovens praticantes de handebol feminino.
Palavras-chaves: Discinesia Escapular, Handebol, Retroversão Umeral
24 - EFEITOS DA TERAPIA MANUAL ASSOCIADA À CINESIOTERAPIA NA INTENSIDADE DA DOR
E LIMITAÇÃO DE MOVIMENTO EM PACIENTES COM ARTROSE DE JOELHO
Christina P. C. Cepeda, Letícia Seckne, Luciane Knelsen, Rúbia Márcia Benatti
UP - UNIVERSIDADE POSITIVO
Resumo
A Osteoartrose (AO) é uma doença reumática com etiologia complexa, que se destaca como
uma das principais causas de dor articular e limitação na realização das atividades de vida
diária. O tratamento da OA de joelho visa à melhora da capacidade funcional e do alívio dos
sintomas. Portanto, o objetivo desse estudo foi analisar os efeitos da terapia manual associada
à cinesioterapia na intensidade da dor, funcionalidade e na limitação de movimento em
indivíduos com osteoartrose de joelho. O estudo caracterizou-se como quase experimental
prospectivo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob n° 2.166.189,CAAE
69387217.8.0000.0093. A amostra constituiu-se por 16 participantes do sexo feminino, com
idade entre 50 e 75 anos, com diagnóstico clínico de artrose no joelho, divididos em dois
grupos, um experimental (GE n=8) que associou a cinesioterapia (fortalecimento e
alongamento) com técnicas de terapia manual pelo método Mulligan e outro controle (GC
n=8) que realizou somente a cinesioterapia. Os procedimentos avaliativos constaram de
investigação do nível álgico pela escala visual analógica (EVA), goniometria de joelho e
tornozelo, teste de força muscular manual do membro inferior graduado pela Escala de
Oxford, teste de flexibilidade pelo teste do sentar e alcançar com banco de Wells e análise de
funcionalidade pelo questionário específico para sintomas do joelho, “Lysholm Knee Scoring
Scale”. O protocolo de intervenção teve duração de oito semanas, com dois atendimentos
semanais, totalizando dezesseis atendimentos.Para a análise estatística foi realizada uma
análise descritiva padrão dos dados. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de
Shapiro-Wilk. Para avaliar os efeitos do protocolo de tratamento foi realizada uma análise de
variância (ANOVA) intra e entre grupos, para os dados paramétricos foi utilizado Scheffé e para
os não paramétricos os de Fischer. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Os
resultados mostraram importante redução da intensidade da dor nos dois grupos porém, foi
maior na avaliação após o primeiro atendimento no grupo que associou a cinesioterapia com
as técnicas de terapia manual pelo método Mulligan (p<0,05) . Evidenciou-se significativa
melhora da funcionalidade, da amplitude de movimento de flexão e extensão de joelhos e da
força muscular dos membros inferiores em ambos os grupos (p<0,05). Em nenhuma das
variáveis analisadas houve diferença significativa entre o grupo controle e o grupo estudo. No
entanto, vale ressaltar que a associação da cinesioterapia com a técnica de Mulligan no
primeiro atendimento foi mais efetiva no alívio da dor. Portanto, a associação da
cinesioterapia com técnicas manuais podem ser modalidades eficazes para o tratamento da
osteoartrose de joelho.
Palavras-chaves: Osteoartrose, Joelho, Cinesioterapia, Terapia Manual
25 - EFEITOS DE DIFERENTES DOSIMETRIAS DE FOTOBIOMODULAÇÃO NA DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO DUPLO CEGO PLACEBO
CONTROLADO
Ana Paula Costa, Rosana Mengue Maggi Borges, Daniela Steffen Cardoso, Bianca Chuaste
Flores, Raquel Dimer da Luz, Catiuci Roberta Machado, Guilherme Pessoa Cerveira, Rodrigo
Boff Daitx, Marcelo Batista Dohnert
ULBRA - Universidade Luterana do Brasil
Resumo
Introdução: alterações envolvendo a articulação temporomandibular, a musculatura
mastigatória e estruturas associadas caracterizam a disfunção temporomandibular (DTM). O
efeito analgésico e anti-inflamatório produzido pela fotobiomodulação tem contribuído na
diminuição da dor e melhora da função. Porém, ainda não se tem bem estabelecido os
parâmetros a serem utilizados. Objetivo: comparar a eficácia de três diferentes dosimetrias de
fotobiomodulação no tratamento de pacientes com DTM. Métodos: ensaio clínico
randomizado duplo cego placebo controlado com 44 sujeitos divididos em grupo 8 J/cm²
(n=11), grupo 60 J/cm² (n=11), grupo 105 J/cm² (n=11) e grupo placebo (n=11). As avaliações
foram realizadas em dois momentos distintos, inicialmente e logo após o término do protocolo
de tratamento. A coleta de dados de avaliação foi realizada por uma pesquisadora
colaboradora, previamente treinada com os instrumentos de avaliação e não conhecedora do
grupo ao qual o sujeito pertencia. Foram avaliados a dor (EVA), severidade dos sintomas
através do Questionário Anamnésico de Fonseca e a mobilidade articular antes e após um
protocolo de 10 sessões de fotobiomodulação através da biofotogrametria. No protocolo de
intervenção foi utilizado o laser AsGaAl (830 nm), densidade de potência de 30 mW/cm². A
fotobiomodulação em todos os grupos foi feita de forma pontual e em contato com a
superfície, perpendicularmente à pele, bilateralmente. Foram utilizados quatro pontos de
aplicação para cada articulação temporomandibular. Os pontos de aplicação foram na região
pré-auricular e meato acústico externo. Resultados: A mobilidade articular de abertura
aumentou no grupo 8J/cm2 de 10,49 ± 4,68 para 15,40 ± 6,43 graus e no movimento de
protusão do lado direito de 9,80 ± 4,2 para 12,56 ± 5,40 graus após o protocolo de intervenção
(pConclusão: a fotobiomodulação com laser 830 nm foi eficaz na diminuição da dor e sintomas
da DTM com todas as dosagens testadas. Apenas com doses de 8 J/cm2 verificou-se
efetividade sobre os movimentos de abertura máxima e de protusão da mandíbula.
Palavras-chaves: Laser, Modalidade de terapia física, Terapia de luz de baixo nível, distúrbios
da articulação DTM, Síndromes da disfunção da ATM
26 - EXERCÍCIOS EM SOLO OU EM PISCINA PARA MULHERES COM OSTEOARTRITE DE
JOELHO? UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO DUPLO CEGO
João Victor Euzebio dos Santos, Ricardo Cardoso Metzelthin, Alex Fontana Burin, Rodrigo Boff
Daitx, Marcelo Baptista Dohnert, Émerson Lucas Mariano Maia, Tais Espindula Brehm, Pedro
Henrique Gross Porto
ULBRA - Universidade Luterana do Brasil
Resumo
Introdução: A osteoartrite (AO) de joelho, conhecida também como gonartrose, é uma
patologia de desenvolvimento lenta e generalizada, tendo como principais queixas dor, rigidez,
instabilidade e perda de função. A OA de joelho limita as atividades de transferências de peso,
como caminhar, subir e descer escadas e levantar de uma cadeira. O desequilíbrio muscular
entre flexores e extensores de joelho pode não ser somente a consequência da OA de joelho,
mas também a causa, associado aos processos degenerativos conhecidos, levando a
incapacidade funcional e futuras deformidades. [10] A flutuabilidade na piscina reduz a carga
em todas as articulações afetadas pela dor e permite a realização de exercícios em CCF
funcionais que, em determinadas fases da doença, podem ser muito difíceis e mais dolorosos
em solo. Objetivos: Comparar a eficácia de exercícios em cadeia cinética fechada (CCF)
realizados em solo e em piscina em mulheres com osteoartrite (OA) de joelho. Metodologia:
Ensaio Clínico Randomizado Duplo Cego no período de março de 2015 a junho de 2017. Trinta
e quatro mulheres com OA de joelho foram alocadas em dois grupos. Um grupo recebeu
tratamento com exercícios em cadeia cinética fechada (CCF) em solo (n=17) e o outro grupo os
mesmos exercícios em Piscina (n=17) por um período de dois meses, três vezes por semana,
totalizando 24 sessões. Os sujeitos foram previamente avaliados, após 12 sessões, 24 sessões e
três meses após o protocolo. Foram avaliados a dor (EVA), a mobilidade articular de joelho, a
flexibilidade de isquiotibiais, a força muscular de isquiotibiais e quadríceps e a funcionalidade
(WOMAC e Lequesne). O protocolo de exercícios proposto foi realizado três vezes por semana
durante oito semanas. Os exercícios foram realizados em apoio bipodal, progredindo para
apoio unipodal de acordo com a progressão do paciente no protocolo. Para ambos os grupos,
foi realizado aquecimento em bicicleta estacionária por 5 minutos. Resultados: Verificou-se
uma melhora da flexibilidade de isquiotibiais com 12 sessões no grupo piscina e ao final do
protocolo em ambos os grupos (P <.05). A amplitude de movimento de flexão de joelho
aumentou em ambos os grupos de estudo após a intervenção (P<.05). O grupo piscina
demonstrou uma perda da flexão de joelho no follow up. A dor reduziu de forma semelhantes
em ambos os grupos (P<.05). O grupo piscina demonstrou uma força inicial de quadríceps e
isquiotibiais esquerdo menor do que o grupo solo. Porém, ao final do protocolo, ambos os
grupos melhoraram a força muscular em ambos os joelhos (P<.05). Os escores de Lequesne e
WOMAC reduziram de forma expressiva já com 12 sessões em ambos os grupos (P<.05), se
mantendo assim na avaliação final e no follow up. Conclusão: Os exercícios em CCF realizados
tanto em solo quanto em piscina promoveram uma diminuição da dor e da rigidez articular,
melhora da mobilidade, da força muscular e da funcionalidade de pacientes com OA de joelho.
Palavras-chaves: Osteoartrite de Joelho, Exercícios em Cadeia Cinética Fechada, Fisioterapia
Aquatica, Fisioterapia
27 - FATORES DE RISCO PARA LESÕES NO JOELHO EM JOVENS ATLETAS DE VÔLEI
Amanda Santos de Santis
IPA - Centro Universitário Metodista IPA
Resumo
INTRODUÇÃO: O voleibol foi criado em 1895, por William C. Morgan, desde então, o voleibol
tornou-se um esporte competitivo com alto desempenho físico e técnico e atualmente é um
dos cinco grandes esportes internacionais. Dentro dessa modalidade esportiva o salto é um
elemento muito importante dentro do vôlei, pois ele compõe os movimentos de ataque, saque
e a cortada, defesa, bloqueio. METODOLOGIA: Participaram do estudo 13 jogadores, do sexo
masculino, com idade entre 12 a 17 anos, das equipes de vôlei do Grêmio Náutico União
(GNU). que trouxeram os termos de Assentimento e de Consentimento Livre e Esclarecido
devidamente assinados. Foi aplicado um questionário auto – aplicado contendo dados
pessoais, tais como idade, IMC, altura, peso, membro dominante, existência de dor, histórico
de lesão e/ou cirurgias e informações sobre seu treinamento e posteriormente realizados
testes tais como 90-90, valgo dinâmico, apoio subjetivo e teste de Thomas. RESULTADOS: a)
Idade: 3 com 12 anos, 3 com 13 anos, 1 com 14 anos, 3 com 15 anos, 1 com 16 anos, 2 com 17
anos b) posição: 4 são ponta, 3 são libero, 3 são levantador, 1 é meio e 2 são central; c) 8
competindo e 5 não competindo; d) membro dominante: 11 destros, 1 canhoto e 1
ambidestro; e) tempo de prática: 1 pratica vôlei durante 5 meses, 2 durante 12 meses, 1
durante 18 meses, 2 durante 24 meses, 3 durante 36 meses, 1 durante 48 meses, 1 durante 60
meses e 1 durante 72 meses; f) quantas vezes por semana treina: 6 treinam 3 vezes, 3 treinam
4 vezes e 4 treinam 5 vezes; g)duração do treino: 5 treinam durante 2h, 5 treinam durante 3h,
2 treinam durante 4h e 1 treina durante 9h; h)todos fazem o alongamento, entretanto 9
alongam no inicio e 4 alongam no inicio e no final do treino; i)4 recebem orientação sobre a
postura dos treinadores, enquanto 9 não recebem nenhuma orientação; j)8 relatam sentirem
dor, 1 relata que sente dor as vezes e 4 não sentem dor; k)local da dor: 2 no joelho, 1 na
lombar, 1 no calcanhar, 1 tanto no quadril quanto na lombar, 2 em outros; l)qual o momento
da dor: 1 durante o treino, 1 quando pula, 3 sempre, 3 depois do treino; m) quanto tempo tem
a dor: 1 há 2 semanas, 3 há 3 semanas, 1 há 9 semanas, 1 há 36 semanas, 3 há 72 semanas,
contudo 10 não acham que tem relação com os trinos; o) 7 sofreram lesões e 6 não; p)local da
lesão: 2 no metatarso, 3 no tornozelo, 1 na lombar, 1 no joelho e lombar, 1 outro; q)90-90: 12
tem encurtamento na perna bilateral; r) Thomas: 12 não tem tensão; s)poio subjetivo: no pé
direito 11 tem valgismo e 1 tem varo; no pé esquerdo 7 tem valgismo e 4 varo; t) valgo
dinâmico: no joelho direito 8 tem valgismo e 3 tem varo; no joelho esquerdo 8 tem valgismo e
1 tem varo. CONCLUSÃO: Pode-se concluir que a maioria dos atletas tiveram dor, sendo que a
maioria em coluna e/ou membro inferior; não observa-se alteração no teste de Thomas,
entretanto no teste 90-90 há encurtamento nos atletas, já o apoio subjetivo a maioria era
valgo combinando com o valgismo do joelho.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Lesão, Vôlei
28 - FISIOTERAPIA APÓS REPARO ARTROSCÓPICO EM LESÕES DO MANGUITO ROTADOR
Gabriela Vitória Giasson, Caroline Bernardes
FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha
Resumo
Introdução: O ombro é uma das articulações mais complexa do corpo humano, tendo o
manguito rotador como principal musculatura, sendo responsável pela sua estabilização e
movimento. As lesões do manguito rotador são muito comuns na prática ortopédica, com
prevalência de 5 a 33% dos casos envolvendo esta articulação. O objetivo do estudo foi
identificar a abordagem fisioterapêutica na recuperação de pacientes que sofreram reparo
artroscópico. Metodologia: Foi realizado um estudo do tipo transversal, com a amostragem
por conveniência, constituída por 27 Fisioterapeutas que atuam na área de fisioterapia
traumato-ortopédica em Caxias do Sul, RS, aprovado no Comitê de Ética sob parecer nº
1.459.493. Foi aplicado um questionário sobre intervenção fisioterapêutica após reparo
artroscópico do manguito rotador, constando de questões sociodemográficas e questões
específicas sobre os recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento desses pacientes. Para
comparar os tratamentos a curto, médio e longo prazo, foi utilizado o teste de Cochran e para
verificar a associação entre as variáveis, o teste qui-quadrado de Pearson. O nível de
significância adotado foi de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Os recursos mais utilizados à curto prazo
foram: TENS, mobilização passiva do ombro, exercícios isométricos para ombro, crioterapia,
ultrassom pulsado, liberação miofascial, mobilização de tecidos moles periarticular e
alongamento passivo de membro superior. Os recursos à médio prazo foram: exercícios ativos
assistidos para ombro, ultrassom contínuo, exercícios isotônicos para cotovelo e alongamento
ativo de cintura escapular. Os mais utilizados à longo prazo foram: alongamento ativo de
membro superior, exercício ritmo escapulo-torácico, exercícios ativo livres para ombro,
exercício de peso e polia em flexão, descarga de peso no membro superior, exercícios de
estabilização dinâmica do ombro, exercícios proprioceptivos, alongamento ativo de cintura
escapular e Diagonais de Kabat. Houve diferença estatisticamente significativa em relação ao
início do fortalecimento, sendo a força isométrica mais realizada entre 0 e 4 semanas, a
concêntrica entre 8 e 12 semanas (exceto para flexores e extensores de ombro) e a excêntrica
com mais de 12 semanas (exceto para flexores e extensores de ombro). Conclusão: Foi possível
compreender a distribuição dos recursos utilizados pelos Fisioterapeutas de Caxias do Sul, nas
fases de reabilitação de reparo artroscópico do manguito rotador.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Lesão, Manguito Rotador, Artroscopia
29 - FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE FRATURA DE FÍBULA E TÍBIA
Amanda Santos de Santis, Marcelle Avila Arrieche
IPa - Centro Universitário Metodista IPA
Resumo
Fisioterapia no Tratamento de Fratura de Fíbula e Tíbia
INTRODUÇÃO: O tratamento fisioterapêutico nas fraturas estabilizadas com o fixador do tipo
lizarov, visa melhorar as funções e reestabelecer a independência funcional do paciente, com
isso diminuir as barreiras que o fixador poderá causar na qualidade de vida. METODOLOGIA: O
estudo foi realizado no Hospital Santa Clara, do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto
Alegre, com o paciente C.F.A do sexo, masculino de 22 anos. Em Janeiro de 2018, paciente
sofreu um trauma durante uma partida de futebol, sendo levado ao hospital de Triunfo-RS,
imobilizado e transferido a Porto Alegre para o tratamento definitivo; realizou procedimento
cirúrgico para tíbia sem intercorrências. Paciente internado no dia 01 de Fevereiro de 2018 por
osteomielite, pós-operatório de retirada de material de síntese e fixação externa Ilizarov por
fratura de tíbia e fíbula. Na avaliação foi constatado que a força muscular de membros
inferiores era de grau cinco, entretanto o lado com o trauma teve uma redução subjetiva de
força muscular comparada ao lado oposto, o mesmo ocorreu com a amplitude de movimento,
que do lado acometido era menor comparada ao lado não acometido, já a marcha apresentava
o tipo claudicante. Com base na avaliação foi traçado um plano de tratamento fisioterapêutico
visando como objetivo melhorar amplitude de movimento, flexibilidade e força muscular do
membro fraturado; aprimorar a marcha; reeducar o paciente para as atividades de vida diária
e orientar sobre posicionamento e cuidados. RESULTADOS: Depois de 15 dias de tratamento o
paciente foi reavaliado, o qual mostrou aumento da descarga de peso no membro inferior
esquerdo, consequentemente melhorando a deambulação e eliminando a claudicação,
aumento de força muscular de membro inferior e ganho de amplitude de movimento, assim,
se igualando ao membro contralateral. CONCLUSÃO: A fisioterapia teve um papel importante
para aprimorar e melhorar a capacidade de independência funcional do indivíduo, diminuindo
as prováveis limitações do trauma.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Fixador Ilizarov , Fratura Tibia
30 - INFLUÊNCIA DA BANDAGEM ELÁSTICA NA FORÇA DE PINÇA E PREENSÃO PALMAR EM
UM PROTOCOLO DE RESTRIÇÃO DE FLUXO SANGUÍNEO
Laura Rodrigues Alves, Ketlyn Germann Hendler, Aderbal Silva Aguiar Junior, Heloyse Uliam
Kuriki, Rafael Inácio Barbosa, Alexandre Marcio Marcolino
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
Resumo
Introdução: Os músculos extensores da mão são responsáveis pelo posicionamento e
estabilização do punho durantes as atividades de pinça e preensão palmar. Para que haja
realização eficiente dessas atividades, a mão deve apresentar força e precisão. Objetivos:
Avaliar a influência da bandagem elástica associada a um protocolo de restrição de fluxo
sanguíneo na força de pinça e preensão palmar dos músculos extensores de punho e dedos.
Métodos: Estudo longitudinal prospectivo desenvolvido em 4 semanas com um total de 10
sessões. Participaram do estudo 11 voluntários com idade entre 18 e 30 anos do sexo
feminino, sedentários e sem qualquer tipo de lesão no antebraço, que foram divididos
aleatoriamente em 3 grupos: Grupo 1) Uso de bandagem elástica (BE) sem tensão elástica;
Grupo 2) Uso de BE com tensão elástica distal; Grupo 3) Uso de BE com tensão elástica
proximal. Todos os grupos realizaram um protocolo de fortalecimento com restrição do fluxo
sanguíneo. Primeiramente, foi realizado a medida de 1 resistência máxima (1RM), a avaliação
da força de preensão palmar e força de pinça foram realizadas através do dinamômetro de
preensão e pinça sucessivamente, feitas através de três contrações voluntárias isométricas
máximas mantidas por seis segundos, além da avaliação da força dos músculos extensores do
punho através de uma célula de carga. Na décima sessão foi realizado a reavaliação dos
voluntários com os mesmos métodos utilizados na primeira avaliação. Os 3 grupos realizaram
durante 8 sessões um protocolo de fortalecimento dos músculos extensores de punho, sendo
realizados com duas sessões por semana, com intervalo mínimo entre as sessões de 48 horas.
Foram realizados 10 séries de 6 repetições com uma carga de 40% da 1RM com restrição do
fluxo sanguíneo com esfigmomanômetro de pressão sanguínea. Em relação a bandagem
elástica, no grupo 1, a BE correspondia ao comprimento do antebraço dos voluntários e nos
outros 2 grupos a BE foi cortada e utilizada 30% menor do que o comprimento do antebraço
dos voluntários. Resultados: Os dados foram avaliados através da diferença entre a avaliação e
reavaliação dos voluntários, observando-se diferença entre os grupos avaliados. Na análise da
pinça o grupo com a BE com tensão distal, apresentou aumento da força de pinça com
diferença estatística (pConclusões: Com os resultados obtidos na amostra avaliada, podemos
demonstrar que o grupo que apresentou maior alteração foi o submetido ao protocolo de
fortalecimento associado a bandagem elástica com tensão distal.
Palavras-chaves: Força muscular, Pinça, Preensão
31 - INFLUÊNCIA DO HÁBITO DE FUMAR CIGARRO SOBRE A FUNÇÃO E RECUPERAÇÃO DE
PACIENTES COM LESÃO DE MANGUITO ROTADOR SUBMETIDOS À FISIOTERAPIA
Taís Espindula Brehm, Gabrielle Biff dos Santos, Gizele Maciel Bello, Micaela Martins Silveira,
Mariele da Silva Santos, Tais Cardoso Leffa, Jessica Galvão Novelli, Rodrigo Boff Daitx, Marcelo
Baptista Dohnert
ULBRA - Universidade Luterana do Brasil
Resumo
Introdução: A lesão do manguito rotador (MR) consiste numa lesão inflamatória e
degenerativa do ombro. A nicotina é um potente vasoconstritor que diminui o suporte de
oxigênio na zona crítica de Codman. São poucos os estudos encontrados na literatura que
abordam a influência do tabagismo na recuperação física de sujeitos com lesões
musculoesqueléticas. Em resultados pós cirúrgicos de reparação do MR, os escores funcionais
mostram-se inferiores em pacientes tabagistas, demonstrando que o hábito de fumar cigarro
interfere no resultado final das reparações de lesões do MR. Objetivo: evidenciar se existe a
diferença ou não, entre a recuperação física das lesões do MR de sujeitos fumantes,
comparado aos não fumantes. Métodos: Ensaio clínico não randomizado. Foram selecionados
24 sujeitos com lesão do MR. Após a avaliação, foram divididos em grupo não fumante (n=12)
e fumante (n=12) que receberam fisioterapia padrão três vezes por semana durante quatro
semanas. O protocolo de avaliação foi realizado em quatro momentos do estudo: uma
avaliação inicial, ao fim do protocolo de intervenção, 90 dias após a aplicação do protocolo e
seis meses após o protocolo. As avaliações foram realizadas por um avaliador independente
cego. Foram avaliados o nível de dor, a amplitude de movimento (ADM), força muscular e
funcionalidade (questionários UCLA, Constant-Murley e o Shoulder Pain and Disability Index).
O protocolo de intervenção foi constituído de exercícios em cadeia cinética fechada (CCF),
exercícios de cadeia cinética aberta (CCA) e exercícios escápulo torácicos. À medida que o
paciente foi se familiarizando com o programa e progredindo em sua mobilidade e força, o
grau de dificuldade e a carga de cada exercício foi aumentado. O programa teve duração de
quatro semanas, sendo as sessões três vezes por semana. Resultados: A idade média foi de
55,13 ± 14,01 anos. 15 sujeitos (62,5%) eram do sexo feminino. Oito eram aposentados. 23
(95,8%) eram de cor branca. O tempo de dor no ombro foi de 3,57 ± 6,34 anos. 14 (58,3%)
apresentavam lesão no ombro direito. O tempo de uso de cigarro foi de 30,67 ± 12,19 anos. A
quantidade de consumo de cigarro por dia foi de 12,17 ± 8,42. A dor reduziu a longo prazo
apenas no grupo não tabagista (p<0,05). A funcionalidade melhorou significativamente no
grupo não tabagista. Os sujeitos tabagistas iniciaram o tratamento com ADM menor de flexão,
abdução e rotação externa no ombro esquerdo (p(pConclusão: O hábito de fumar cigarro piora
os resultados funcionais após um programa de fisioterapia para lesões do MR do ombro.
Palavras-chaves: Síndrome da Colisão do Ombro, Tabagismo, Tendinopatia, Manguito rotador,
Bursite
32 - INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ATRAVÉS DO USO DE TRAÇÃO CERVICAL ELÉTRICA EM
UM CASO DE NEUROPATIA COMPRESSIVA DO NERVO SUPRAESCAPULAR
Amabile Cristina da Silva Figueredo Amabile Cristina Figueredo, Schayane Homem Schayane
Homem, Willians Cassiano Longen Willians Cassiano Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, NUPAC-ST - Núcleo de Promoção e Atenção
Clínica à Saúde do Trabalhador, PPGSCol - Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Resumo
Introdução: A neuropatia do supra escapular é uma lesão no nervo supraescapular relacionada
a compressão ou tração em associação com outras lesões. Torna-se suscetível à compressão
devido a sua posição sob os ligamentos e o manguito rotador. Na história clínica pode ser
encontrada dor permanente de aparecimento insidioso, localizada à região superior, póstero
superior e/ou póstero lateral do ombro, comprometimento de movimentos e força de
abdução e rotação externa do ombro. Em estágios avançados, pode haver hipotrofia muscular.
Uma das possibilidades de tratamento fisioterapêutico é a tração cervical que objetiva
proporcionar uma separação dos corpos vertebrais, visando aliviar o estresse mecânico sobre
as estruturas vertebrais. A tração mecânica pode ser realizada por meio de mesas de tração.
Objetivos: Avaliar os resultados clínicos da tração cervical elétrica acoplada à mesa de flexo
distração da coluna como umas das formas de abordagem fisioterapêutica para este caso.
Métodos: O estudo foi realizado no Núcleo de Promoção e Atenção Clínica à Saúde do
trabalhador-NUPAC-ST localizado na UNESC, baseado na execução de avaliação
fisioterapêutica, Escala Visual Analógica –EVA, Questionário de Funcionalidade da Coluna
Cervical e aplicação do tratamento que baseou-se na utilização da mesa de tração cervical
elétrica TechMec (tração mecânica) durante 20 minutos, seguido de alongamentos auto
passivos para região cervical e membros superiores, mobilização neural e orientações
fisioterapêuticas. Os atendimentos foram realizados semanalmente, totalizando 5 sessões
seguidos pela reavaliação fisioterapêutica. Resultados: Paciente do sexo feminino, 37 anos,
atuava como passadeira em uma fábrica de roupas. Constatou-se déficit de ADM em flexão,
extensão, inclinação e rotação de região cervical, limitação na realização das AVD´S e
atividades ocupacionais. Observou-se através dos exames complementares discreta redução
dos espaços discais de C4-C5 e C5-C6. Em relação a goniometria, EVA, e o score total de
funcionalidade da coluna cervical pré aplicação do tratamento, os valores obtidos,
respectivamente, foram: flexão: 40°, extensão: 35°, inclinação: 30° direita, 25° esquerda,
rotação: 50° direita, 50° esquerda. EVA: 5 (moderada) e um score total de 32 pontos, onde
obteve-se os seguintes resultados: flexão: 50°, extensão: 35°, inclinação: 30° direita, 30°
esquerda, rotação: 50° direita, 50° esquerda. EVA: 2 e um score total de 27 pontos.
Conclusões: A utilização da tração cervical elétrica como conduta de abordagem
fisioterapêutica em um caso de neuropatia do nervo supraescapular resultou em melhora do
quadro álgico, da amplitude de movimento cervical e também da funcionalidade deste
segmento corporal, impactando de maneira positiva nas AVD’s da paciente e principalmente
nas suas funções laborais.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Neuropatia, Tração cervical
33 - INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO PÓS OPERATÓRIO DE CONDROPATIA
RADIOCAPITELAR: UM RELATO DE CASO DO NUPAC-ST/NEPST/UNESC
Gabriela Dias da Silva, Willians Cassiano Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, NUPAC-ST - Núcleo de Promoção e Atenção
Clínica à Saúde do Trabalhador, PPGSCol - Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva
Resumo
Introdução: Lesões condrais são causadas por degradação da cartilagem articular. Embora a
maior parte apresente forma assintomática, alguns pacientes apresentam dor, derrame,
fraqueza muscular e Amplitude de Movimento (ADM) limitada e podem evoluir com
degeneração da cartilagem e osteoartrose. Os objetivos da Fisioterapia baseiam-se no alívio
dos sintomas, obter ADM, força muscular e melhorar a funcionalidade. Os princípios básicos
no período de reabilitação pós-operatória são os mesmos do tratamento conservador.
Objetivo: Aprofundar as possibilidades fisioterapêuticas nas lesões condrais de cotovelo como
morbidades bastante raras. Métodos: Foi realizado no NUPAC-ST localizado nas Clínicas
Integradas da UNESC. Paciente do sexo masculino, com 43 anos, atuava como pedreiro e
sofreu um trauma por queda de nível na região lateral do cotovelo direito no início de 2016.
Diagnóstico de epicondilite lateral e condropatia radiocapitelar. Realizou cirurgia em fevereiro
de 2018. No Pós-Operatório foi realizada avaliação fisioterapêutica, dentre outros registros de
força, ADM, trofismo, funcionalidade, e a intensidade da dor com a Escala Visual Analógica-
EVA. Houve um contato entre a equipe do Núcleo e o cirurgião que detalhou os procedimentos
realizados e perspectivas do caso na opinião do mesmo. Traçados os objetivos iniciou-se o
tratamento baseado na utilização de Eletroterapia analgésica, técnicas de Terapia Manual,
alongamentos submáximos, mobilizações articulares leves, reeducação postural e após
algumas sessões foi iniciado o fortalecimento isométrico. Os atendimentos estão sendo
realizados 4 vezes por semana. Resultados: Na avaliação fisioterapêutica constatou-se EVA: 10,
fraqueza muscular graus 3 e 4 para os principais músculos envolvidos, hipotrofia muscular em
MSD, presença de contraturas musculares na região de extensores do punho e limitação para
realização das AVD’s. Goniometria do cotovelo: flexão: 90°, extensão: 30°, pronação: 85°,
supinação: 80°, refletindo em incapacidade moderada, mantendo o afastamento do trabalho.
Na reavaliação observou-se EVA: 2, aumento da força muscular para grau 4 a 5. Goniometria:
flexão: 130°, extensão: 0°, pronação: 90°, supinação: 85°, denotando, redução do quadro
álgico, ganho de ADM, aumento da força e trofismo, refletindo em aumento da
funcionalidade. Afastado do trabalho em análise para possível recolocação em outro tipo de
atividade. Conclusões: O principal desafio do programa de reabilitação é reduzir o quadro
doloroso, melhorar a função sensório-motor, reduzindo as incapacidades, melhorando a
habilidade para a vida e para o trabalho. No entanto, sem aumentar a degeneração condral,
pois a exposição ao esforço de cisalhamento pode ter efeitos adversos no processo de
cicatrização. Para um resultado bem sucedido, a comunicação aberta deve existir entre a
equipe de reabilitação, o cirurgião, o paciente e o programa de reabilitação deve ser
individualizado.
Palavras-chaves: Fisioterapia, Lesão condral, Lesão osteocondral
34 - KINESIO TAPE ASSOCIADA A EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO LOMBOPÉLVICA NA DOR
LOMBAR CRÔNICA NÃO RADICULAR
Amanda Witt da Rocha
ULBRA - Universidade Luterana do Brasil
Resumo
Introdução: A low back pain (LBP) é caracterizada como uma dor ou desconforto na região
lombar com ou sem irradiação para os membros inferiores sendo considerada crônica quando
a dor persiste por mais de três meses. Atualmente, a KT age na reabilitação complementar em
pacientes com LBP objetivando a diminuição da dor, aumento da funcionalidade e da
capacidade da realização das atividades de vida diárias (AVD‟s). Na abordagem desta
condição, um dos objetivos é a estabilização do segmento coluna lombar-pelve-quadril,
também denominado de Core. Objetivo: Comparar a eficácia da associação da KT a um
programa de exercícios de CORE em pacientes com LBP não radicular. Métodos: Ensaio clínico
randomizado duplo cego realizado com pessoas portadores de dor lombar crônica não
radicular no período de março de 2015 a janeiro de 2017. Os indivíduos participantes do
estudo foram inicialmente divididos aleatoriamente em grupo I, grupo KT + Core (GKTC), n=21,
os quais os sujeitos realizaram um protocolo de intervenção com aplicação da KT associado a
um protocolo de exercícios de estabilização lombopélvica (CORE), grupo II, grupo KT (GKT),
n=21, os quais os mesmos receberam apenas a aplicação da KT com tensão e grupo III, grupo
KT placebo (GKTP), n=23, os quais receberam apenas a aplicação da KT placebo, sem nenhuma
tensão. Foram avalkiados a dor através da Escala Visual Analógica de Dor (EVA), funcionalidade
da coluna lombar através dos questionários Oswestry Disability Index (ODI) e o Roland Morrys
Disability Questionnaire (RMDQ) e a estabilidade lombopélvica através dos testes Single Leg
Squat, o Dip test e o Runner pose test. No término do protocolo de intervenção e três meses
após o final do protocolo, todos foram reavaliados. Constatou-se uma diminuição significativa
do nível de dor da avaliação inicial para a avaliação final nos GKTC, GKT e GKTP. Porém, na
avaliação de follow up, o GKTC apresentou um nível de dor significativamente menor que os
grupos GKT e GKTP (P=.001). Os sujeitos do GKTC reduziram significativamente a sua dor em
relação ao GKT e ao GKTP na avaliação de follow up. O nível de desabilidade demonstrou uma
diminuição significativa dos escores da avaliação inicial para a avaliação final e avaliação de
follow up apenas nos GKTC e GKT. Não foram verificadas diferenças entre os grupos de estudo
em nenhuma das avaliações. O Oswestry Disability Index (ODI) reduziu significativa o escore na
avaliação final no GKTC e no GKT. Apenas o GKTC manteve significativamente baixo o escore
na avaliação de follow up. Os resultados obtidos nos testes funcionais Dip test, Single Squat e
Runner Pose demonstraram uma redução significativa de positividade do teste apenas no
GKTC Conclusão: A KT demonstrou melhorias significativas na dor, qualidade de vida e
diminuição da incapacidade. Porém, quando associada aos exercícios de estabilização central
(CORE), os resultados foram ainda mais satisfatórios, especialmente a médio prazo. Assim, a KT
pode ser usado como um método complementar aos exercícios de estabilização central na LBP
não específica.
Palavras-chaves: Bandagem, Dor lombar baixa, Exercícios de fortalecimento muscular,
Modalidades de Fisioterapia
35 - KINESIOTAPE ASSOCIADA A EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO LOMBOPÉLVICA NA DOR
LOMBAR CRÔNICA NÃO RADICULAR
Amanda Witt da Rocha, Murilo Della Nina, Fabiana Matos, Rafael Beux, Taiane Silveira,
Emerson Maia, Rodrigo Boff Daitx, Marcelo Baptista Dohnert, Clarisse Pereira Duarte
ULBRA TORRES - Universidade Luterana do Brasil
Resumo
Introdução: A low back pain (LBP) é caracterizada como uma dor ou desconforto na região
lombar com ou sem irradiação para os membros inferiores sendo considerada crônica quando
a dor persiste por mais de três meses. Atualmente, a KT age na reabilitação complementar em
pacientes com LBP objetivando a diminuição da dor, aumento da funcionalidade e da
capacidade da realização das atividades de vida diárias (AVD‟s). Na abordagem desta
condição, um dos objetivos é a estabilização do segmento coluna lombar-pelve-quadril,
também denominado de Core. Objetivo: Comparar a eficácia da associação da KT a um
programa de exercícios de CORE em pacientes com LBP não radicular. Métodos: Ensaio clínico
randomizado duplo cego realizado com pessoas portadores de dor lombar crônica não
radicular no período de março de 2015 a janeiro de 2017. Os indivíduos participantes do
estudo foram inicialmente divididos aleatoriamente em grupo I, grupo KT + Core (GKTC), n=21,
os quais os sujeitos realizaram um protocolo de intervenção com aplicação da KT associado a
um protocolo de exercícios de estabilização lombopélvica (CORE), grupo II, grupo KT (GKT),
n=21, os quais os mesmos receberam apenas a aplicação da KT com tensão e grupo III, grupo
KT placebo (GKTP), n=23, os quais receberam apenas a aplicação da KT placebo, sem nenhuma
tensão. Foram avalkiados a dor através da Escala Visual Analógica de Dor (EVA), funcionalidade
da coluna lombar através dos questionários Oswestry Disability Index (ODI) e o Roland Morrys
Disability Questionnaire (RMDQ) e a estabilidade lombopélvica através dos testes Single Leg
Squat, o Dip test e o Runner pose test. No término do protocolo de intervenção e três meses
após o final do protocolo, todos foram reavaliados. Constatou-se uma diminuição significativa
do nível de dor da avaliação inicial para a avaliação final nos GKTC, GKT e GKTP. Porém, na
avaliação de follow up, o GKTC apresentou um nível de dor significativamente menor que os
grupos GKT e GKTP (P=.001). Os sujeitos do GKTC reduziram significativamente a sua dor em
relação ao GKT e ao GKTP na avaliação de follow up. O nível de desabilidade demonstrou uma
diminuição significativa dos escores da avaliação inicial para a avaliação final e avaliação de
follow up apenas nos GKTC e GKT. Não foram verificadas diferenças entre os grupos de estudo
em nenhuma das avaliações. O Oswestry Disability Index (ODI) reduziu significativa o escore na
avaliação final no GKTC e no GKT. Apenas o GKTC manteve significativamente baixo o escore
na avaliação de follow up. Os resultados obtidos nos testes funcionais Dip test, Single Squat e
Runner Pose demonstraram uma redução significativa de positividade do teste apenas no
GKTC Conclusão: A KT demonstrou melhorias significativas na dor, qualidade de vida e
diminuição da incapacidade. Porém, quando associada aos exercícios de estabilização central
(CORE), os resultados foram ainda mais satisfatórios, especialmente a médio prazo. Assim, a KT
pode ser usado como um método complementar aos exercícios de estabilização central na LBP
não específica.
Palavras-chaves: Bandagem, Dor lombar baixa, Exercícios de fortalecimento muscular,
Modalidades de Fisioterapia
36 - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL ESTÁTICO E DINÂMICO EM
INDIVÍDUOS SUBMETIDOS À PRÁTICA DE EQUOTERAPIA
Daniela Virote Muller, Pietra Minuzzi
UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa
Resumo
O equilíbrio envolve a recepção e a integração de estímulos sensoriais, o planejamento e a
execução de movimentos para controlar o centro de gravidade sobre a base de suporte, sendo
realizado pelo sistema de controle postural, que integra informações do sistema vestibular,
dos receptores visuais e do sistema sensório-motor (Leme et al, 2017). Para auxiliar em um
maior desenvolvimento do equilíbrio, a fisioterapia, através de programas de exercícios,
melhora a qualidade de vida, a estabilidade corporal e a restauração da orientação espacial,
uma vez que esses proporcionam uma reprogramação dos sensores desregulados (Castro,
2012), através de repetidas estimulações dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial.
Além disso, para incrementar a estabilidade corporal, a equoterapia – método terapêutico que
utiliza o cavalo como uma abordagem interdisciplinar – é uma atividade multissensorial por
meio da qual a oscilação rítmica e tridimensional da garupa do cavalo estimula principalmente
o mecanismo de reflexo postural do cavaleiro, resultando no treinamento do equilíbrio e
coordenação (Junara et al, 2009). Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo
encontrar diferentes métodos de avaliação do equilíbrio corporal, os quais poderiam ser
utilizados para avaliar a estabilidade de praticantes da equoterapia. Para tal, realizou-se uma
revisão bibliográfica e seleção das publicações mais relevantes encontradas na base de dados
SciELO e PubMed a fim de encontrar diferentes maneiras de mensurar o equilíbrio. Os artigos
foram selecionados sem período pré-determinado e de maneira circunstancial através do uso
de palavras-chaves como equilíbrio corporal e controle postural e o método de inclusão foi
realizado por uma leitura prévia do resumo a fim de identificar a forma que o equilíbrio
corporal foi avaliado. Posteriormente foi procurado compreender mais sobre a técnica na
metodologia do estudo. Após a revisão de 299 artigos, foram utilizados 151 estudos os quais
encaixavam-se nos critérios de inclusão. Esses apresentaram de forma repetitiva, 36 formas de
avaliar o equilíbrio, dentre as que apareceram com mais frequência estão: Escala de Equilíbrio
de Berg (EEB); Plataforma de Força AMTI®; Time Up and Go (TUG); Plataforma de força EGM
system® e Footwork®; Sistema Balance Manager da NeuroCom®; Posturografia do Balance
Rehabilitation Unit (BRU™); Teste de Alcance Funcional (TAF); Teste de Equilíbrio Corporal
(TEC); Teste de apoio unipodal; Teste de Equilíbrio de Tinetti (Performance Oriented Mobility
Assessment – POMA; Teste Funcional para Equilíbrio Dinâmico – Marcha Tandem (MT); Bateria
de teste de Guralnik (Short Physical Performance Battery); Teste de Agilidade e Equilíbrio
Dinâmico (AGIL); Star Excursion Balance Test (SEBT); Dynamic Gait Index (DGI); Estabilômetro
dentre outros métodos, escalas e equipamentos encontrados. Diante desta busca foi possível
observar que todas as formas de avaliação do equilíbrio são viáveis para os praticantes de
equoterapia. Entretanto, há restrições quanto ao público a ser avaliado, ou seja, as condições
fisiológicas entre crianças, adultos e idosos, sendo de suma importância haver o conhecimento
dos diferentes métodos de avaliação para designar o praticante de forma correta.
Palavras-chaves: Avaliação, Equilíbrio, Equoterapia
37 - O USO PRÁTICO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,
INCAPACIDADE E SAÚDE POR ACADÊMICOS E PROFISSIONAIS DE FISIOTERAPIA DO SUL DO
BRASIL
Daiani Bortolotto Picolo Daiani Bortolotto Picolo, Sandro Ressler Sandro Ressler, Willians
Cassiano Longen Willians Cassiano Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense
Resumo
Introdução: A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) foi
desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde e objetiva uma descrição dos condicionantes
de saúde do indivíduo, relacionando-os aos fatores externos que afetam esta condição. O
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) normatizou sua aplicação da
Resolução 370/2009 e o Conselho Nacional de Saúde referendou seu uso conforme a
Resolução 452/2012. OBJETIVO: Avaliar a utilização da classificação internacional de
funcionalidade, incapacidade e saúde por acadêmicos e fisioterapeutas do sul do Brasil.
Metodologia: Neste estudo analisou-se o uso da CIF nas jurisdições dos Conselhos Regionais de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e do
Paraná. Esta pesquisa caracterizou-se por ser transversal descritiva com coleta primária de
dados através do envio de um questionário aos profissionais e formandos de Fisioterapia dos
três estados do sul do Brasil. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da
Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), sob parecer 1.644.459, CAAE:
51053215.0.0000.0119. Resultado: Totalizaram 470 respostas ao questionário on-line
disponibilizado, sendo 89,6% (n=421) são fisioterapeutas formados e 10,4% (n=49) são
acadêmicos do curso de Fisioterapia. Dos profissionais 38,7% atuam na região do CREFITO 10
(SC), seguido de 31,8%, na região do CREFITO 8 (PR) e 29,5% no CREFITO 5 (RS). Da amostra
pesquisada, 75,5% conhecem a CIF, porém 59,2% dos alunos e 63,7% dos fisioterapeutas
ignoram a Resolução OMS 54.21; mais de 70% da amostra desconhecem a Resolução COFFITO
370. O dessaber acerca da CIF foi respondido por 32,6% dos participantes como justificativa
para não utilizar esta classificação em seu cotidiano. Uma significativa parcela dos profissionais
não utiliza a CIF em seu serviço, observa-se que 68,2% não tiveram em sua formação a
abordagem da CIF assim como 65,3% dos acadêmicos. Conclusão: O treinamento dos
profissionais e acadêmicos para o uso cotidiano da CIF é sugerido como alternativa para
ampliar a aplicação desta classificação nos sistemas públicos de saúde, como ferramenta para
apurar indicadores de saúde e na aplicação clínica para caracterização da funcionalidade dos
indivíduos.
Palavras-chaves: Classificação Internacional de Funcional, Incapacidade e Saúde, Fisioterapia,
Organização Mundial da Saúde
38 - PERFIL E PREVALÊNCIA DE LESÕES EM PRATICANTES DE CROSSFIT® NO MAIOR EVENTO
COMPETITIVO DA REGIÃO SUL DO BRASIL.
Maycon Diego Figueredo, Anieli Rodrigues, Gabriela Esquinatti, Isabel Krüger, Vitória Caroline
Baldissera
Feevale - Universidade Feevale
Resumo
INTRODUÇÃO: A modalidade esportiva CrossFit® é uma atividade física que abrange programas
de treinamento de força e condicionamento físico geral, baseando-se em um conjunto de
exercícios complexos que incluem corrida, levantamento de peso, ginástica olímpica e
movimentos balísticos, buscando melhorar todas as capacidades físicas do atleta, como a
resistência cardiorrespiratória, resistência muscular, força, flexibilidade, potência, velocidade,
coordenação, agilidade, equilíbrio e precisão. Devido à presença de movimentos complexos e
normalmente em alta intensidade, há grande preocupação sobre o risco de lesões neste
esporte, principalmente pelo seu aumento de praticantes. Até o momento, poucos são os
estudos que investigaram a prevalência de lesões em praticantes usuais dessa modalidade.
OBJETIVO: Investigar o perfil dos atletas, a prevalência de lesões relacionados à prática de
CrossFit® e locais mais acometidos em participantes de um evento competitivo de CrossFit® da
região Sul do Brasil.
MÉTODOS: Com base num estudo descritivo transversal, um questionário foi elaborado pelos
autores e aplicado em um único dia, durante um evento competitivo de CrossFit® na região Sul
do Brasil. O questionário continha perguntas sobre lesões decorrente da prática do CrossFit® e
os respectivos locais acometidos. A amostra foi composta por noventa e três (n=93)
praticantes de CrossFit® de ambos os sexos, sendo 47 (50,5%) do sexo masculino e 46 (49,5%)
do sexo feminino, os atletas eram divididos em 6 categorias, sendo estes 45 (48,4%) da
categoria Scale, 21 (22,6%) Amador, 10 (10,8%) RX, 1 (1,1%) Elite, 3 (3,2%) Master e 13 (14%)
participando na categoria Times, o peso médio foi de 71 quilos (±13,19) e a altura média de
1,69 (±10,37).
RESULTADOS: Do total de 93 praticantes de CrossFit® investigados durante a competição, a
porcentagem de atletas que sofreram no mínimo um tipo de lesão relacionada à prática do
CrossFit® foi de 23,7% (n=22) sendo 23,4% (n=11) homens e 23,9% (n=11) mulheres, do total
de participantes da coleta, 6,5% (n=6) tiveram lesões nos ombros, 2,2% (n=2) nos joelhos, 2,2%
(n=2) na coluna, 2,2% (n=2) alguma lesão muscular, 2,2% (n=2) em mais de uma região
corporal e 1,1% (n=1) tiveram lesão na região do tornozelo.
CONCLUSÃO: Com base nos dados coletados pode-se concluir que a prática do CrossFit®
mostrou sobrecarregar principalmente a região dos ombros, havendo a necessidade de
maiores cuidados e trabalhos preventivos para esta região. Proporcionalmente, não houve
diferença na prevalência de lesões entre os sexos masculino e feminino. Recomenda-se que a
prática da modalidade seja sempre orientada por profissionais qualificados e a realização de
um período específico de adaptação e preparação para praticantes iniciantes, com uma
atenção especial direcionada principalmente para as regiões dos ombros. Necessita-se de
novos estudos na área para ampliar o conhecimento desta população e suas respectivas
lesões.
Palavras-chaves: CrossFit, Taxa de Lesão, Atividade Física, Ombro, Exercício Competitivo
39 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES PORTADORAS DE FIBROMIALGIA ATENDIDAS
EM PROJETO DE EXTENSÃO DE UMA UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA
Carlos Eduardo Assumpção de Freitas, Gabriele Senes Ceciliano, Gabriel Trentini Beraldo,
Andreza Paula Dias, Ani Carolini dos Santos Cardoso, Francis Lopes Pacagnelli, Renata
Aparecida de Oliveira Lima
UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista
Resumo
A fibromialgia é uma doença crônica, caracterizada por dor intensa e difusa e pode estar
associada a outros sintomas como: fadiga, depressão, cefaléia. O objetivo desse estudo foi
realizar um levantamento do perfil epidemiológico e analisar o efeito da hidroterapia
intercalada com exercícios em solo no quadro doloroso de mulheres com fibromialgia. Esta
pesquisa foi realizada por meio da análise dos prontuários de mulheres com fibromialgia, entre
os anos de 2015 e 2016. Foram avaliadas 10 mulheres, com média de idade 54,3±7,26 anos,
que frequentavam o projeto duas vezes na semana, com duração de uma hora cada, as
sessões eram alternadas entre solo e meio aquático. Foram coletados os seguintes dados: uso
de medicamentos, índice de massa corporal (IMC), profissão, patologias concomitantes,
pontos dolorosos, intensidade de dor, impacto da fibromialgia nas atividades diárias e
qualidade de vida. Os resultados demonstraram que 5±2,64 faziam uso de medicamentos, IMC
30,35±3,42Kg/m2, 50% do lar, 40% eram hipertensas. Os pontos dolorosos mais citados foram
epicôndilo lateral, joelhos e occipital. A intensidade de dor segundo a Escala Visual Analógica
(EVA) foi de 6,8±0,55 no inicio, reduzindo para 5,7±0,83 (17% p
Palavras-chaves: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, FIBROMIALGIA, QUALIDADE DE VIDA, DOR
40 - PREVALÊNCIA DE HÁBITOS POSTURAIS E COMPORTAMENTAIS EM ESCOLARES DO
MUNICÍPIO DE JAQUIRANA- RS.
José Davi Oltramari José Davi Oltramari, Bruna Albé Pinto Bruna Albé Pinto, Alexandra Renosto
Alexandra Renosto, Gisele Oltramari Meneghini Gisele Oltramari Meneghini, Alenia Finger
Minusculi Alenia Finger Minusculi, Daiane Giacomet Daiane Giacomet
FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha
Resumo
Introdução: As alterações posturais são comuns durante a infância e a adolescência, pois os
escolares permanecem muito tempo sentados na mesma posição, e utilizam mochilas pesadas,
o que acarreta a apresentarem alterações musculoesqueléticas e algias na coluna vertebral.
Objetivos: O objetivo principal do estudo foi identificar hábitos posturais e comportamentais
dos estudantes das escolas do Município de Jaquirana- RS. Materiais e métodos: Foi realizado
um estudo transversal, com indivíduos entre 11 a 14 anos do município de Jaquirana, onde os
dados foram coletados a partir de um questionário autoaplicável nominado Back Painand Body
Posture Evaluation Instrument (BackPEI) composto de questões sobre dor nas costas nos
últimos três meses, e de questões demográficas, comportamentais e hereditárias, além disso
foi avaliado o peso e altura dos indivíduos através de uma balança eletrônica (Balança
Eletrônica Cadence BAL150) e um Estadiômetro (Estadiômetro Compacto E210), além do peso
da mochila. Resultados: Foram convidados a participar do estudo 143 alunos de ambas as
escolas, com idades entre 11 a 14 anos, porém apenas 63 estudantes, sendo 26 meninos e 37
meninas aceitaram a participar do estudo. A altura média foi de 1,52±0,07 metros, com peso
médio de 44±10,8 quilos. O peso médio da mochila observado foi de 2,98±1,61 quilos. Em
relação à dor, a média observada foi de 1,8±2,6 pontos, através da escala analógica da dor.
Estudantes da escola estadual (31,0%) e municipal (28,6%) adotam a postura incorreta de
sentar na escola para escrever na mesa. Em relação ao modo que o estudante senta para
conversar com amigos, 35,7% dos estudantes da escola estadual e 28,6% municipal, adotam
uma postura incorreta. Na postura que o estudante senta para utilizar o computador, 33,3%
dos estudantes da escola estadual e 38,1% da municipal, adotam hábitos incorretos. Em
relação à dor nas costas nos últimos três meses a maioria dos escolares relata sentir dor.
Conclusão: Por fim, conclui-se que a maioria dos estudantes adotam a postura incorreta em
algumas das suas atividades de vida diária, como sentar para utilizar o computador, realizar
asatividades escolares, e também para conversar com amigos. A vista disso, essas posturas
consideradas incorretas, pode levá-los a apresentarem algias e alterações na coluna vertebral.
Porém existe uma baixa prevalência na relação de como os adolescentes do estudocarregam a
mochila e pegam objetos no chão, sendo assim um fator benéfico, por não haver relações com
as algias na coluna vertebral dos mesmos.
Palavras-chaves: Adolescência, Infância, Postura
41 - PREVALÊNCIA E PADRÕES DE LESÕES EM ATLETAS SUB-20 DE UMA EQUIPE DE FUTEBOL
DO VALE DOS SINOS: UM ESTUDO RETROSPECTIVO.
Maycon Diego Figueredo, Egon Acelido Dörr Neto, Guilherme Marcos Schneider
Feevale - Universidade Feevale
Resumo
INTRODUÇÃO: O futebol é a modalidade esportiva mais praticada no mundo, com uma
estimativa de 265 milhões de jogadores registrados em federações. Além do elevado número
de praticantes, o futebol apresenta um alto número de lesões devido a sua característica de
grande incidência de contatos físicos e maior volume de corrida e frequência de gestos de
corte exigindo uma demanda grande da capacidade física e mental do atleta profissional e do
atleta das categorias de base.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência e as características de lesões
em atletas das categorias de base de uma equipe de futebol do Vale dos Sinos na temporada
de 2016. A pesquisa esta vinculada a um projeto de extensão de fisioterapia desportiva de
uma universidade do sul do país.
MÉTODOS: Com base em um estudo transversal, um questionário elaborado pelo pesquisador
foi aplicado em um único dia antes do inicio do treinamento em campo. A amostra
correspondeu aos atletas que compareceram no dia da coleta, composta por 35 (n=35) atletas
de futebol da categoria sub-20 de uma equipe profissional, sendo 4 goleiros (11,43%), 11
defensores (31,43%), 13 meio-campistas (37,14%) e 7 atacantes (20%), com média de idade de
17 anos (±0,64). Investigou-se a prevalência e as características de lesões, tais como, local da
lesão, tipo de lesão, mecanismo lesivo, com contato ou sem contato, gravidade e a distribuição
de lesões por ocasião (treino ou jogo) apresentadas ao longo da temporada de 2016.
RESULTADOS: Dos 35 atletas, 20 (57,14%) apresentaram algum tipo de lesão, sendo
identificado um total de 24 traumas. As lesões nos membros inferiores corresponderam a 75%
do total, com 25% (n=6) no tornozelo, 12,5% (n=3) na coxa e o joelho correspondeu a 12,5%
(n=3). Quanto ao tipo de lesão, 29,16% (n=7) foram lesões ligamentares, 16,66 (n=4)
luxação/subluxação, 16,66% (n=4) fratura/lesão óssea e as lesões musculares corresponderam
a 12,5% (n=3). Referente ao mecanismo 20,83% (n=5) foram numa colisão com o atleta
adversário, 16,66% (n=4) durante a corrida e 12,5% (n=3) no movimento de chute. Em 54,16%
(n=13) das lesões o trauma foi sem contato, enquanto com contato foi de 45,84% (n=11).
Durante o treinamento técnico/tático ou treinamento físico ocorreram 66,67% (n=16) das
lesões e 33,33% (n=8) durante os jogos.
CONCLUSÃO: Com base nos dados coletados pode-se concluir o alto índice de lesões em
atletas de futebol das categorias de base, sendo elas por diversos fatores e a importância de
uma triagem e tipificação das injurias musculoesqueléticas ao longo da temporada para
comparar o risco de lesão e os padrões de lesão com os anos anteriores. Deve-se haver uma
preocupação com a carga física e mental sobre os jogadores e o possível risco de lesões como
resultado de tais cargas. Com um acompanhamento destinado a avaliar a exposição dos atletas
aos riscos de lesões, realizar um trabalho de exercícios preventivo específico de acordo com
suas demandas.
Palavras-chaves: Lesão, Futebol, Padrão de Movimento, Prevenção, Categoria de Base
42 - QUALIDADE MUSCULAR ENTRE MULHERES IDOSAS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA
Luis Fernando Ferreira, Arielle Rosa de Oliveira, Maria Laura Schiefelbein, Eduardo Garcia, Luis
Henrique Telles da Rosa
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Resumo
Introdução: A Sarcopenia e uma das diversas síndromes que afetam a população idosa, sendo
uma área em crescimento no número de produções científicas. Objetivos: Comparar a
presença da sarcopenia entre idosos sedentários e ativos, praticantes de diferentes modelos
de treinamento físico. Método: 115 indivíduos, com idade igual ou superior a 60 anos, foram
avaliados para a presença de sarcopenia, de acordo com as recomendações do European
Working Group on Sarcopenia in Older People. Os sujeitos foram divididos em 3 grupos: Um
grupo de 47 idosos sedentários (CON), um grupo com 30 idosos praticantes de treinamento de
força (RES), e um grupo com 38 idosos praticantes de treinos aeróbios (AER). Os indivíduos
ainda responderam à Anamnese Geriátrica Ampla. Resultados: A prevalência de sarcopenia foi
menor em RES (p <0.001). Dos indicadores de sarcopenia, a massa muscular esquelética foi o
único que não apresentou diferença estatisticamente significativa. Porém força e performance
demonstraram diferenças estatisticamente significativas em favor do grupo RES (p <0.001 e p =
0.006, respectivamente). A prevalência total de sarcopenia foi de 37,4%, sendo 46,8% em CON,
6,6% em RES e 37,3% em AER. Conclusão: O treino de força é efetivo para o combate e
controle da sarcopenia entre os sujeitos avaliados, não havendo diferença na presença de
sarcopenia entre idosos sedentários ou praticantes de treinamentos com ênfase aeróbia.
Palavras-chaves: Sarcopenia, Idoso, Exercícios, Treino Aeróbio, Treino de Força
43 - REGRESSÃO LINEAR PARA PREDIÇÃO DA FORÇA RESULTANTE NA REAÇÃO DO SOLO DA
CAMINHADA NA ÁGUA
Daniela de Estéfani, Aline Luana Ballico, Inaihá Laureano Benincá, Nícolas Kickhofel Weisshahn,
Victoria Gomes e Silva Engelke, Heiliane de Brito Fontana, Helio Roesler, Alessandro
Haupenthal
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, UDESC - Universidade do Estado de Santa
Catarina
Resumo
Introdução: Os exercícios aquáticos estão sendo utilizados em programas de reabilitação e/ou
condicionamento físico para um grande número de pessoas. A caminhada e a corrida são
exercícios comumente utilizados durante sessões de hidroginástica e hidroterapia. Quando
estes exercícios são realizados na água, estão sujeitos a alterações na força de sustentação do
peso, resistência aos movimentos e propulsão decorrentes das propriedades físicas da água.
Com a finalidade de auxiliar na prescrição dos exercícios aquáticos, no que concerne ao
conhecimento e controle das forças de reação do solo (FRS) durante o contato com o fundo da
piscina, este trabalho teve como objetivo desenvolver um modelo de regressão para a força
resultante (FR) da FRS durante a caminhada na água. Método: Participaram da pesquisa 119
sujeitos de ambos os sexos, com média de idade de 25±6 anos, estatura de 1,72±0,09 metros e
massa corporal de 69,5±13,5 quilogramas. Para a mensuração da FRS, cada participante
realizou uma passagem em velocidade auto-selecionada sobre uma passarela subaquática
instrumentada com uma plataforma de força. Os participantes realizaram a caminhada na
água em um dos cinco níveis de imersão escolhido de maneira randômica (0,75, 0,90, 1,05,
1,20 e 1,35 m), e em três velocidades distintas: auto selecionada, rápida e lenta. A velocidade
foi verificada e validada para cada condição através de um sistema de fotocélulas. As variáveis
independentes foram: razão de imersão (profundidade/estatura), velocidade, massa e as
circunferências de abdômen, quadril, coxa e perna. O modelo para a predição da FR foi
construído através da regressão múltipla, a partir de um critério de entrada de p0,10.
Resultados: As variáveis independentes que foram associadas a força resultante foram:
razão_IE e velocidade. O modelo de predição para a caminhada foi: FR= 1.115 - 1.286* (Razão
Imersão/Estatura) + 0.347* (velocidade) . O coeficiente de determinação para o modelo
podem ser considerado bom com valor de 0,91. Conclusão: A partir do alto coeficiente de
determinação ajustado os dados podem ser explicados pelas variáveis do modelo que pode ser
usado a predição da força resultante durante a caminhada na água, desde que para sujeitos
com características semelhantes a dos participantes do estudo e dentro da faixa de variação da
razão_IE e velocidade utilizada.
Palavras-chaves: Reabilitação aquática., Força de reação do solo., Caminhada. , Hidroginástica.
44 - RISCO DE QUEDAS E CAPACIDADE FUNCIONAL EM LONGEVOS HOSPITALIZADOS.
Tainá Mioto Andréia de Carli Bruna Sutil Carla Wouters Franco
UPF - Universidade de Passo Fundo
Resumo
Introdução: Com o aumento da longevidade, a população idosa vem crescendo
consideravelmente e as quedas tornam-se frequentes especialmente em idosos á beira do
leito, influenciando na sua funcionalidade. É de grande importância investigar o risco de
quedas e capacidade funcional em pacientes hospitalizados, ao fornecer subsídios para
formulação de planos terapêuticos prevenindo complicações associadas. Objetivo: O presente
estudo buscou avaliar o risco de quedas e a capacidade funcional em longevos hospitalizados.
Metodologia: Estudo transversal, composto por 100 idosos hospitalizados no Hospital da
Cidade de Passo Fundo – RS. Os voluntários foram submetidos à avaliação fisioterapêutica,
mensuração da capacidade funcional pela escala PS-ECOG e risco de quedas pela Escala de
Morse. Os dados foram analisados através de frequência absoluta, relativa ou média, e desvio
padrão. Resultados: A amostra foi composta por 100 indivíduos, 43 (43%) do gênero feminino
e 57 (57%) do gênero masculino, com idade média de 71,97 ± 4,64 anos. 46% dos indivíduos
apresentaram risco de queda moderado e 37% evidenciaram funcionalidade restrita para
atividades exaustivas, porém conseguem realizar as de natureza leve ou sedentária. Conclusão:
Os idosos hospitalizados possuem risco moderado de quedas e capacidade funcional
sintomáticos, restritos para atividade física extenuante, porém capazes de realizar um trabalho
de natureza leve ou sedentária.
Palavras-chaves: Acidente por quedas, Idosos, Hospitalização
45 - RISCO DE QUEDAS EM IDOSAS SEDENTÁRIAS QUANDO COMPARADAS A IDOSAS
TREINADAS
Luis Fernando ferreira, Eduardo Garcia, Luis Henrique Telles da Rosa
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Resumo
Introdução: Quedas são fatores preditivos para diminuição da funcionalidade, fraturas e
mortalidade em idosos. Neste sentido, a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) vem sendo utilizado
como forma de detectar futuras quedas nessa população. Objetivos: Comparar a pontuação da
EEB em mulheres treinadas e sedentárias. Método: 115 mulheres, com idade igual ou superior
a 60 anos, foram avaliadas para o risco de quedas segundo a EEB. Os sujeitos foram divididos
em 3 grupos: Um grupo de 47 idosas sedentários (GC), um grupo com 30 idosas praticantes de
treinamento de força (GF), e um grupo com 38 idosas praticantes de treinos aeróbios (GA).
Resultados: A média de idade foi de 71,79+7,94 em GC, 69,97+6,82 em GF e 71,39+6,87 em
GA. A pontuação da EEB foi menor em GF (54,76+1,55), em comparação com GA (52+1,53) e
GC (74,43+1,37). Conclusão: Embora não haja significância estatística, há uma importância
clínica nos encontrados neste trabalho, demonstrando que o treino de força é o mais efetivo
na prevenção de quedas em idosas, segundo a pontuação da Escala de Equilíbrio de Berg.
Palavras-chaves: Idosos, Equilíbrio, Exercícios, Treino Aeróbio, Treino de Força
46 - RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS INTEGRANTES DE UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA
Renata Chlalup Silveira Silveira, Daniele Gorski Medeiros MEDEIROS, Priscila Pinheiro dos
Santos dos santos, Adriana da S. Lockmann Lockmann
PMPA - Policlínica Militar de Porto Alegre, UFSCPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde
Resumo
Introdução : A queda é um evento multifatorial, no qual estão envolvidos perda do equilíbrio,
alterações na marcha, nos sistemas sensorial e musculoesquelético, além de fatores
ambientais1. Tem-se utilizado vários testes para avaliar a presença de fatores de risco de
quedas a fim de encontrar uma correlação entre esses fatores e o risco ou o número de
quedas em idosos2.O teste Timed “Upand Go” (TUG) tem apresentado bons resultados como
teste de equilíbrio que envolve movimento funcional. O TUG mede o tempo que um indivíduo
leva para realizar algumas manobras funcionais, tais como, levantar-se, caminhar, dar uma
volta e sentar-se.Objetivo: Avaliar o risco de quedas em idosos integrantes de grupos de
convivência.Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, descritivo realizado
com idosos pertencentes aos grupos de convivência atendidos pelo Banco de Alimentos do Rio
Grande do Sul. Foram selecionados 127 idosos de ambos os sexos provenientes diferentes
bairros da cidade de Porto Alegre. Os idosos foram convidados a realizar o testTime upand go.
Os dados foram coletados no período de março a dezembro de 2017.Resultados: Os resultados
foram processados e tabulados no programa EXCEL versão 2013.Dos 126 idosos avaliados, 92
idosos realizaram o teste em menos de 10 segundos, 27 realizaram o teste entre 10 a 20
segundos, e 7 concluíram no tempo maior que 20 segundos. Já, o desvio padrão foi de 6,76
segundos, a média foi de 10,53 segundos e a mediana foi de 8,67 segundos.CONCLUSÃO:
Constata-se que os idosos integrantes de um grupo de convivência, avaliados através do teste
Timed “Upand Go” (TUG), apresentaram menor risco de queda.
Referências Bibliográficas
1. PAULA ,Fátima de Lima; JUNIOR, Edmundo de Drummond Alves; PRATA, Hugo Teste
timed “upand go”: uma comparação entre valores obtidos em ambiente fechado e aberto.
Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 20, n. 4, p. 143-148, out./dez. 2007.
2. SOUTHARD, V et al. The multiple tasks test as a predictor of falls in older adults.
GaitPosture. ; 22:351-355, 2005.
Palavras-chaves: time up and go, idosos, risco de quedas
47 - SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Marcelo Emerim Brígido Oliveira, Mauro Godoy Nery , Andrius Endrigo Andrin, Ébano Sturm
Fernandes, Elisson Rafael Silva dos Santos, Gabriel Ferrari Alves, Gabriela dos Santos Saballa,
Henrique Castro, Ian Sulzbacher Peroni, Joel Lucas Maciel dos Santos, Ramon Magalhães
Mendonça Vilela, Tales Antunes Franzini, Tales Shinji Sawakuchi Minei, Tális Manoel Strack
Lima, Valberto Sanha, William Osamu Toda Kisaki
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade
Luterana do Brasil, UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo
Síndrome da Dor Femoropatelar: Relato de Caso e Revisão da Literatura
Introdução: A dor femoropatelar é uma etiologia comum da dor anterior do joelho,
acometendo aproximadamente 25% das lesões que comprometem esta região. Muitas teorias
têm sido propostas para explicar a etiologia da dor femoropatelar. Estas incluem teorias
biomecânicas, musculares e de uso excessivo. Em geral, a literatura e a experiência clínica
sugerem que a etiologia da síndrome da dor patelofemoral é multifatorial. Objetivo: Descrever
um caso de síndrome da dor femoropatelar em paciente buscando tratamento fisioterápico.
Método: Realizou-se a descrição do caso, juntamente com uma revisão da literatura.
Resultados: Paciente homem, 39 anos, branco, procurou fisioterapia com queixa de dor na
região anterior do joelho. Relatou entorse de joelho há 1 ano, enquanto praticava jiu-jitsu. Na
época, tratou apenas com gelo, teve redução dos sintomas, mas sempre sentiu desconforto na
região. Quando procurou a fisioterapia, paciente relatou dor de intensidade 4 numa escala até
10. Durante o teste de marcha em velocidade 4 Km/h, o paciente apresentou no plano sagital
um padrão de pisada em antepé, marcha com tronco flexionado com anteriorização no apoio
terminal, presença de lordose transitória, flexão de quadril diminuída e flexão de joelho
diminuída, o que caracteriza estratégia de joelho com pobre absorção de impacto. Além disso,
no plano frontal apresentou inclinação contralateral de tronco normal, queda contralateral da
pelve acentuada, associado à varo do joelho. Na avaliação do step-down, apresentou
inclinação contralateral de tronco normal, queda contralateral da pelve normal e presença de
varo do joelho excessivo. Observou-se pronação normal do pé. Conclusões: Baseado nos
achados clínicos e cinemáticos, sugere-se um trabalho de analgesia no joelho, liberação
miofascial (ilio-psoas e tensor da fáscia-lata), estabilização segmentar da coluna lombar
(CORE), fortalecimento do complexo posterolateral do quadril (ênfase em glúteos médio e
máximo), evoluindo para treino sensório-motor. Com o alivio dos sintomas, sugere-se um
retreinamento de marcha com aumento da cadência e estratégia de quadril.
Palavras-chaves: Joelho, Síndrome da Dor Femoropatelar, Tratamento Fisioterápico
48 - TERAPIA MANUAL INTEGRADA E REEDUCAÇÃO FUNCIONAL DOS DISTÚRBIOS
TEMPOROMANDIBULARES DE ORIGEM MUSCULAR
Fernanda Pasini Berkenbrock, Suelen Barbosa da Silva Vergínio, Sarajane Cardoso Salvatti,
Willians Cassiano Longen
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense
Resumo
Introdução: Disfunção temporomandibular (DTM) é um termo coletivo que engloba vários
problemas clínicos envolvendo a musculatura da mastigação, as articulações
temporomandibulares (ATM) e áreas extrínsecas às articulações, reconhecida como a principal
causa de dor orofacial. Para que tal articulação funcione de forma adequada, a própria
articulação temporomandibular, a oclusão dental e o equilíbrio neuromuscular devem
relacionar-se harmonicamente. Tais alterações são caracterizadas principalmente por dor na
região temporomandibular ou nos músculos da mastigação, limitações ou desvios na
movimentação da mandíbula, e sons nas ATMs durante a função mandibular. A Terapia
Manual tem sido uma estratégia preconizada e utilizada para a abordagem dos DTM´s, sendo
que são claras as necessidades de aprofundamento no âmbito científico nesta seara. Objetivo:
Analisar os efeitos da Terapia Manual Integrada associada à reeducação funcional sobre a
sintomatologia e funcionalidade das DTM´s de origem muscular. Materiais e Métodos:
Pesquisa longitudinal, qualiquantitativa e descritiva, com acadêmicos de Fisioterapia, UNESC,
que apresentaram disfunções temporomandibulares de origem musculares sendo aplicado a
avaliação físico-funcional da ATM ao início e término do tratamento que se baseiam em
terapia manual integrada e reeducação funcional. Resultados: Os dados obtidos neste estudo
foram coletados no pré e pós intervenção fisioterapêutica, analisando-se em cada participante
a intensidade da dor através da Escala Visual Analógica (EVA) e através da palpação manual,
constatando que em relação a intensidade da dor das avaliadas, a média pré intervenção foi de
6,71 (± 1,50) passando para 3,00 (± 1,63) pós intervenção. Foram analisados também a
presença de hábitos parafuncionais, a funcionalidade da ATM, a evolução do nível da Máxima
Abertura Bucal (MAB), além da sintomatologia característica da DTM. Os resultados
demonstram que a terapia manual e a reeducação funcional têm influência significativa
(pConclusão: Os resultados deste estudo mostram importantes modificações na condição
sintomática e funcional abrangendo a ATM das pacientes envolvidas. A Terapia Manual como
recurso fisioterapêutico tem mostrado progressivo aumento de evidências de resultados
positivos, de forma a agir não apenas como recurso analgésico, mas também melhorando a
função e contribuindo para harmonia das estruturas do aparelho mastigatório.
Palavras-chaves: Disfunção Temporomandibular, Funcionalidade, Intervenção Fisioterapêutica,
Reeducação Funcional, Terapia Manual Integrada
49 - TESTES DE NORMALIZAÇÃO PARA ANÁLISE DA FORÇA ISOCINÉTICA EM JOGADORES DE
FUTEBOL PROFISSIONAL
Victoria Gomes e Silva Engelke, Nícolas Kickhofel Weisshahn, Aline Luana Ballico, Daniela
Estéfani, Inaihá Laureano Benincá, Alessandro Haupenthal
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
Resumo
Introdução: Estudos anteriores sugerem que a análise da força muscular avaliada com
isocinético deve ser normalizada pela massa corporal. Em contrapartida, outros estudos
apontam uma diferença no torque entre a posição do jogador no campo usando valores
brutos. Devido à existência de grande variação nas características físicas dos jogadores,
especula-se que resultados diferentes seriam encontrados se o procedimento de normalização
fosse realizado. Objetivo: Analisar o torque dos músculos extensores e flexores do joelho em
jogadores profissionais de futebol, comparando força bruta com força normalizada entre
diferentes posições do jogadores. Métodos: Participaram do estudo 179 jogadores
profissionais de futebol de diferentes posições: goleiro, zagueiro, meio-campo e atacante. O
pico de torque do joelho expresso em newton-metro (N.m) foi analisado e normalizado pela
massa corporal dos atletas e expresso em newton-metro por quilograma (N.m.kg-1). Os dados
foram analisados considerando membros dominantes e não dominantes. Resultados: Houve
diferença nos resultados para a análise com e sem normalização de dados. O torque dos dados
brutos mostrou uma desigualdade entre as posições, demonstrando por exemplo, que os
goleiros podem ser considerados mais fortes do que outras posições. No entanto, com a
normalização dos dados, não houve diferença entre as diferentes posições de campo. Com
base nos resultados do estudo, os valores de torque normalizados para os extensores de
joelho foram em torno de 3,2 ± 0,4 N.m.kg-1 e para os flexores de joelho 1,8 ± 0,3 N.m.kg-1.
Conclusão: A normalização do torque suprimiu a diferença entre as posições e, portanto, deve
ser um procedimento padrão nas comparações de força muscular entre as diferentes posições
do jogo.
Palavras-chaves: Teste isocinético, Análise de força, Normalização de torque
50 - TRATAMENTO DE RETARDO DE CONSOLIDAÇÃO, EM FRATURA DE DIÁFISE DE ÚMERO,
COM ESTIMULAÇÃO POR ULTRASSOM PULSADO: RELATOS DE CASOS
Ricardo Luís Salvaterra Guerra, Carlos Eduardo Pinfildi
UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas, UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo
Resumo
Background: A consolidação de uma fratura é um processo biológico de cicatrização, que
determina a reconstrução completa do tecido ósseo lesionado. O tempo para a conclusão
deste processo depende de alguns aspectos como o tratamento utilizado e fatores que
influenciam na evolução dos processos biológicos. Os recursos físicos, especialmente o
ultrassom terapêutico, são uma das opções não cirúrgicas, para a estimulação do processo de
consolidação óssea. Objective: Este trabalho consiste no relato de dois casos de fraturas de
úmero, com o objetivo observar a eficácia da aplicação de ultrassom, com equipamento
convencional de fisioterapia, no retardo da consolidação da fratura. Method: CASO 1 -
Paciente de 43 anos, sofreu queda jogando futebol no dia 27/12/2014, fazendo apoio sobre a
mão esquerda, ocasionando fratura da diáfise do úmero esquerdo, tratado cirurgicamente,
sem sinal de consolidação após 5 meses da cirurgia. CASO 2 - Paciente PJS, 42 anos, sofreu
queda da própria altura sob o braço esquerdo no dia 28/05/2012, ocasionando fratura da
diáfiso do úmero esquerdo, tratado conservadoramente, sem sinal de consolidação após 3
meses. Ambos receberam aplicações de ultrassom pulsado. Results: Após o início do
tratamento, as fraturas evoluiram com consolidação total, avaliados por RX de forma
qualitativa, em 6 semanas no CASO 1 (19 sessões) e em 5 semanas no CASO 2 (15 sessões),
demonstrando bons resultados. Conclusion: O ultrassom terapêutico convencional promoveu
a estimulação da consolidação óssea, sinalizando que este recurso pode ser uma boa
alternativa não cirúrgica, em casos de fraturas não consolidadas.
Palavras-chaves: ultrassom terapêuticco, consolidação óssea, fratura, pseudoartrose
51 - TRATAMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS NA SÍNDROME DOLOROSA DO GRANDE
TROCANTER: REVISÃO SISTEMÁTICA
Samantha Souza de Almeida, Elenice Bissigo Boggio
IPA - Centro Universitário Metodista
Resumo
Introdução: A Síndrome Dolorosa do Grande Trocânter (SDGT) é definida como uma dor na
região lateral do quadril. Patologias como bursite trocantérica, lesões dos tendões glúteos
médio e mínimo e ressalto lateral da coxa, que nada mais é do que a fricção da fáscia lata com
o trocânter maior. Como tratamento as abordagens conservadoras geralmente são
recomendadas. Objetivo: O presente artigo de revisão tem como objetivo, identificar os
tratamentos fisioterapêuticos na SDGT Método: Para o desenvolvimento desse estudo, foi
realizada uma revisão sistemática de literatura, onde se buscou evidências do tratamento
fisioterapêutico na SDGT, utilizando como fonte de pesquisa as bases de dados Medline,
Pubmed e LILACS, no período de janeiro 2007 a julho de 2017. Os críterios de inclusão
utilizados foram ensaios clínicos randomizados, no qual ao menos um dos grupos fossem
tratados com técnicas fisioterapêuticas, tendo como alvo pessoas que apresentassem SDGT.
Resultados: Foram encontrados 303 artigos, sendo 302 excluídos por não atenderem os
critérios de inclusão e 1 estudo randomizado selecionado. Conclusão: A literatura apresenta
uma escassez de estudos relacionados ao tratamento fisioterapêutico na Síndrome Dolorosa
do Grande Trocânter. O tratamento que têm mostrado resultado satisfatório é o Dry Needling.
Assim mais estudos devem ser desenvolvidos, avaliados e considerados visando à
comprovação dos resultados na SDGT.
Palavras-chaves: Bursite, Tendinopatia, Quadril, Modalidades de Fisiterapia, Fisioterapia
52 - TRÍADE DA MULHER ATLETA: POSSÍVEIS FATORES DE RISCO EM EQUIPE DE FUTSAL
FEMININO UNIVERSITÁRIO.
Maycon Diego Figueredo, Egon Acelido Dörr Neto, Tiago André Auler
Feevale - Universidade Feevale
Resumo
INTRODUÇÃO: A presença e participação de mulheres na prática esportiva vêm aumentando
cada vez mais nas últimas décadas e com isso algumas especificidades do metabolismo
feminino vêm chamando a atenção, dentre elas a tríade da mulher atleta (TMA). A tríade da
atleta é uma síndrome que ocorre em adolescentes e mulheres fisicamente ativas. Os seus
componentes inter-relacionados são baixa disponibilidade de energia com ou sem distúrbios
alimentares, disfunção menstrual e baixa densidade mineral óssea.
OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo é investigar os possíveis fatores encontrados em
atletas de futsal feminino universitário, que podem ter relação com a tríade da mulher atleta,
relacionando a auto percepção de hábitos e costumes de comportamento alimentar e
disfunção menstrual.
MÉTODOS: O presente estudo é do tipo descritivo transversal, realizado através de um
questionário anônimo com perguntas fechadas elaborado pelos autores foi aplicado com
auxílio do pesquisador (com intuito de esclarecer termos usados nas perguntas) em um único
dia antes do início do treinamento em quadra. O questionário investigava sobre dados
demográficos, questões sobre saúde geral, saúde específica da mulher e hábitos/costumes de
vida (percepção da atleta). A população estudada foi composta por quinze (n=15) atletas de
futsal universitário, com idade média de 23 anos (±3,44), peso médio de 66 quilos (±11,18) e
altura média de 1,62 (±0,05).
RESULTADOS: Ao total foram entrevistadas quinze (n=15) atletas sem perda amostral. Os
fatores mais relevantes encontrados na entrevista, foram em relação à auto percepção de
nutrição e hidratação, sendo 33,33% (n=5) considerando-as boa, 53,33% (n=8) considerando-
as regular e 13,33% (n=2) ruim. Os distúrbios menstruais, (sendo ele intervalo de fluxo
irregular) apresentou em 20% (n=3) da população.
CONCLUSÃO: Com base nas evidências disponíveis sobre a magnitude e a seriedade dos
problemas associados com a tríade da atleta, as atletas femininas geralmente apresentam um
ou mais fatores relacionados à tríade. Sendo assim, essa população necessita de uma triagem,
gerenciamento e implementação de avaliações pré-participação com a finalidade de garantir a
ideal condição de uma participante em atividades físicas, bem como o tratamento e
abordagem multidisciplinar para o acompanhamento adequado da atleta com um ou mais
sintomas da tríade da mulher. A informação e educação de pais, atletas e treinadores é
também um fator fundamental para o diagnóstico e conhecimento destes sintomas, sabendo-
se que muitas atletas costumam não mencionar ou até mesmo omitir fatos relacionados à
sexualidade e hábitos de vida. Necessita-se de mais estudos para entender essa população e
suas demandas específicas.
Palavras-chaves: Futsal, Tríade , Atleta, Fatores de Risco, Lesão
53 - USO DE SERIOUS GAMES PARA GANHO DA FORÇA DOS MÚSCULOS DO PUNHO PARA
RECUPERAÇÃO DA PREENSÃO PALMAR APÓS LESÃO NERVOSA PERIFÉRICA CRÔNICA:
ESTUDO DE CASO
Maria Júlia Oliveira Gracioli, Marco Aurélio Sertório Grecco, Luciane Fernanda Rodrigues
Martinho Fernandes
UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Resumo
Introdução: As lesões nervosas periféricas ocorrem quando há interrupção da continuidade da
estrutura do nervo e resulta na perda de transmissão dos impulsos nervosos, levando a
limitação das atividades funcionais do individuo. A utilização de serial games ou vídeo games
vem sendo uma ferramenta promissora para o estímulo, adesão e incentivo na realização de
exercícios durante a reabilitação. Por ser um instrumento lúdico, permite uma maior interação
do paciente com o tratamento e proporciona diversos benefícios na recuperação funcional.
Sendo assim o objetivo deste trabalho é apresentar uma experiência com o uso de serious
games para ganho da força dos músculos do punho para recuperação da preensão palmar de
uma paciente com lesão nervosa periférica crônica. Metodologia: Participou do estudo uma
paciente de 47 anos, com história de lesão dos tendões flexores dos dedos, flexor ulnar do
carpo e nervo ulnar há cinco anos, tratada inicialmente com neurorrafia e após 1 ano foi feita a
neurólise. Evoluiu com déficit de flexão e extensão de punho e dedos, fraqueza em todo o
membro superior, mão com garra mediano ulnar, queixa de parestesia e ausência de
sensibilidade em todo o membro superior. Nos 2 exames de eletroneuromiografia o resultado
foi de comprometimento apenas do nervo ulnar. O RX da coluna cervical não apresentou
alterações e no exame de ressonância cervical foi detectado abaulamento discal em C5-C6 sem
sinais de comprometimento neural. Sem diagnóstico fechado para explicar a evolução do
quadro optou-se por investir na recuperação funcional. Foi realizado um treinamento por meio
do Kit E-link da marca Biometrics. As avaliações e as doze sessões de tratamento
fisioterapêutico foram realizadas no Laboratório de Biomecânica e Controle Motor da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Para o fortalecimento dos músculos do punho, o
acessório utilizado foi o Resistance Control Unit (RCU) e foram escolhidos 4 jogos, sendo um
jogo para cada movimento do punho (flexão e extensão) e antebraço (pronação e supinação).
Durante as sessões, a medida que a paciente ia recuperando a força, a resistência era
aumentada. Todas as sessões tinham duração de 45 minutos. Resultados: Na avaliação inicial,
os músculos flexores e extensores do punho apresentaram grau 0 de força avaliada por meio
da força manual. A preensão palmar foi mensurada por meio do dinamômetro eletrônico
Biometrics e o valor foi de 0,2kgs de força. No primeiro treinamento a paciente obteve os
seguintes resultados médios nos jogos: jogo 1 com 67%, jogo 2 com 71%, jogo 3 com 70% e
jogo 4 com 92%. Ao final das doze sessões, a força de extensores e flexores do punho atingiu
grau 3, a preensão palmar 0,6kgs de força e os resultados médios dos jogos foram: jogo 1 com
93%, jogo 2 com 83%, jogo 3 com 82% e jogo 4 com 100%. Conclusão: A paciente já havia
realizado diversos tratamentos fisioterapêuticos anteriormente, porém como apresentava
grau zero de força, o tratamento era baseado na cinesioterapia passiva. Essa proposta de
tratamento com o serious game proporcionou o estímulo a movimentação ativa e esse
resultado, mesmo que pequeno em relação aos valores, trouxe uma realização pessoal muito
grande para a paciente e permitiu com que ela realizasse atividades funcionais que não
realizava antes do tratamento. Fonte financiadora: FAPEMIG
Palavras-chaves: nervo ulnar, serious game, fisioterapia, preensão palmar, força muscular
54 - PACIENTES PERSISTEM COM REDUÇÃO DE FUNCIONALIDADE APÓS ~6 MESES DE
ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL
Ian Sulzbacher Peroni Ian Sulzbacher Peroni, Camilla Da Silva Rohde Camilla Da Silva Rohde,
Mateus De Col Brazeiro Mateus De Col Brazeiro, Bruna De Moraes Lopes Bruna De Moraes
Lopes, Bruno Manfredini Baroni Bruno Manfredini Baroni, Marcelo Faria Silva Marcelo Faria
Silva
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Resumo
Introdução: a cirurgia de artroplastia total de quadril (ATQ) visa promover alívio dos sintomas
dolorosos, melhorar o déficit de imobilidade da articulação e a funcionalidade dos pacientes.
Apesar dos benefícios, evidências apontam para a persistência de alterações funcionais no
período pós-operatório. Objetivo: comparar o grau de funcionalidade de pacientes submetidos
à ATQ ao de um grupo controle. Métodos: foi realizado um estudo transversal de caráter
descritivo e comparativo, com 23 indivíduos (13 homens, 10 mulheres) em pós-operatório
tardio de ATQ e 23 (10 homens, 13 mulheres) indivíduos sem sinais e sintomas de dor no
quadril. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 925.402/14), os
pacientes foram avaliados, através do questionário Harris Hip Score (HHS) e teste Timed Up
and Go (TUG). Para tratamento estatístico dos dados, utilizou-se o programa estatístico SPSS
for Windows (versão 17.0), realizou-se o teste de Mann-Whitney na análise comparativa entre
grupos das características da amostra, avaliação do HHS e escores do TUG. Adotou-se um nível
de significância de 0.05. Resultados: o tempo médio, em meses, de pós-operatório do GATQ foi
de 6,52+1,44. A maioria dos pacientes do grupo ATQ foi submetido à cirurgia com abordagem
posterolateral (~70%) e prótese cimentada (~65%). A média de idade encontrada no GATQ
(62,91+6,69) e no GC (57,86+6,67), bem como o IMC do GATQ (31,18+5,83) e do GC
(27,05+3,48), apresentaram diferenças significativas (pO grupo ATQ mostrou grau de
funcionalidade significativamente menor (p=0.001) em comparação ao grupo controle, através
dos escores do HHS e do TUG. A média da pontuação do questionário HHS para o GATQ foi de
75,09+12,39, enquanto no GC foi de 99,19+1,52. A média de tempo para realização do teste
TUG, foi de 13,67+3,17 no grupo GATQ, e de 9,45+1,33 no GC. Conclusão: este estudo permite
concluir que pacientes submetidos à ATQ unilateral demonstram redução da capacidade
funcional quando comparados com um grupo controle, mesmo após um prolongado período
pós-operatório.
Palavras-chaves: artroplastia total de quadril, funcionalidade, osteoartrite
55 - EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO LOMPELVICA EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
PORTADORES DE DOR LOMBAR
Liége Martins da Silva, Laís da Rocha Silveira, Cledimara Blos , Larissa Ribeiro Jobim, Cândida
Daniela Pires , Queli Bernardes , Ana Paula Tavares , Patrícia Motta Ferreira , Rodrigo Boff
Daitx, Marcelo Baptista Döhnert
ULBRA TORRES - Universidade Luterana do Brasil
Introdução: A Lombalgia ou Low Back Pain (LBP) constitui uma das queixas mais relatadas pela
população adulta gerando incapacidade, redução de funcionalidade e afastamento do
trabalho. O grupo profissional mais atingido é a enfermagem. A dor lombar entre os
enfermeiros se tornou um problema global, tendo até seis vezes mais chances de retorno
desta dor, quando comparado com outros profissionais da área da saúde. O local e as
condições de trabalho, assim como o tempo de descanso, também podem interferir na LBP.
Além disso, a falta de exercícios entre os enfermeiros é um grande fator de risco para
aumentar a dor lombar, fazendo com que haja fraqueza dos músculos e diminuição da
flexibilidade. Os exercícios do CORE visam fortalecer os músculos estabilizadores da coluna
como o transverso do abdômen e multifídos lombar promovendo ação postural terapêutica,
preventiva e otimizadora na função do aparelho locomotor. Objetivo: Avaliar a eficácia dos
exercícios de CORE em profissionais da enfermagem portadores de LBP inespecífica. Métodos:
estudo clínico randomizado duplo cego com 24 profissionais de enfermagem divididos em
grupo exercícios de estabilização (GEE) e grupo educação postural (GEP), cada qual com 12
profissionais. A intervenção com exercícios foi realizada duas vezes por semana durante cinco
semanas. Foram avaliados antes e após a intervenção o nível de dor (Escala Visual Analógica),
funcionalidade e qualidade de vida (Roland Morris Disability Questionnaire e Oswetry
Disability Index). O protocolo de exercícios de estabilização central (CORE) + orientações
educacionais foi aplicado duas vezes por semana durante cinco semanas, totalizando 10
sessões. O tempo total foi de 60 segundos para cada exercício, com duas séries de 60
segundos por exercício e 60 segundos de descanso entre cada série. O protocolo com
orientações educativas de cuidados ergonômicos para evitar dor lombar contou com
orientações de posturas em atividades laborais, domésticas e de vida diária. Resultados: O GI
reduziu de forma significativa o nível de dor da avaliação inicial para a final (pRoland Morris
Disability Questionnaire (RMDQ) da avaliação inicial para a final (pOswetry Disability Index e
aumentaram a pontuação do questionário SF-36 após a intervenção (pSide Bridge melhoraram
apenas no GI (pConclusão: Um programa de exercícios de estabilização lombopélvica se
mostrou efetivo na redução da dor e melhora da função de profissionais de enfermagem
portadores de LBP. As orientações posturais, por sua vez, se mostraram importantes como
coadjuvante associado ao programa de exercícios para a LBP.
Palavras-chaves: Lombalgia, Enfermeiros, Problemas , Exercícios
56 - CORRELAÇÃO ENTRE O DÉFICIT DE MEMBROS INFERIORES NA EXECUÇÃO DO SALTO
VERTICAL E A FORÇA MUSCULAR DE JOVENS SEDENTÁRIOS
Rayane Anhalt, Juliana Soares, Michele Saccol, Felipe Pereira, Évelin Vaz, Mateus Silveira,
Carlos Bolli
UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, FAMES - Faculdade Metodista de Santa Maria
Resumo
O sedentarismo é apontado como fator de risco considerável para doenças cardiovasculares,
cognitivas, obesidade, depressão e ansiedade principalmente a longo prazo. Saltos verticais
podem ser empregados para avaliar a capacidade motora (potência e coordenação) e o
desempenho físico de atletas e indivíduos sedentários. Um dos principais grupos musculares
propulsores do salto vertical é o quadríceps, responsável por grande parte dos movimentos de
deslocamentos que realizamos diariamente. Em condições de fraqueza ou ativação
descoordenada destes músculos pode-se perceber déficits no desempenho funcional e
assimetria entre MMII resultando em baixo condicionamento físico e maior propensão ao
desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas crônicas. Sendo assim, o objetivo do presente
estudo foi avaliar o déficit entre membros no salto vertical Squat Jump (SJ) e força de
extensores de joelho em indivíduos jovens sedentários. A amostra foi composta por 67
homens sedentários (18±0,42 anos, 69,42±10,86 kg, 1,71±0,06 metros). O estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética da Instituição (CAAE:26928514.6.0000.5346). O SJ foi realizado sobre
duas plataformas de força (AMTI OR6-62000), com frequência de aquisição de 1000Hz. Para
execução do SJ as mãos foram posicionadas sobre as cristas ilíacas o avaliador sinalizava para o
indivíduos agachar-se a 90°, mantendo a posição por 3 segundos e então saltar o mais alto que
pudesse, com os joelhos estendidos na fase de voo, aterrissando novamente sobre as
plataformas. Para avaliação da força dos extensores do foi utilizada a dinamometria manual
digital (Microfet 2, West Jordan, UT, USA), onde os indivíduos eram posicionados sentados à
beira da maca em flexão de joelho (90º) e as mãos junto ao tronco, então era solicitada a
extensão de joelho em contração isométrica contra resistência dada pelo dinamômetro preso
ao um cinto. Foram realizados 3 testes de força isométrica dos membros dominante (D) e não
dominante (ND) durante 5 segundos. A média das tentativas foi normalizada pela massa
corporal do sujeito e foi utilizado o teste de correlação de Pearson para checar a associação
entre as variáveis (assimetria do pico de propulsão, do pico de aterrissagem, e do tempo de
voo), . Os resultados demonstraram correlação significativa e direta (p= 0,032; r=0,262)
apenas entre a assimetria de tempo de voo e a força de extensão do MID, quanto maior a
assimetria no tempo de vôo maior era força de extensores do MID, a força de extensores do
MIND não se correlacionou na assimetria de tempo de voo. Pode-se concluir que a força do
MID influenciou diretamente na assimetria do tempo de voo.
Palavras-chaves: adulto jovem, estilo de vida sedentário, força muscular, prevenção e controle
57 - PROPRIEDADES DE MEDIDA DO TESTE DE FLEXÃO CRÂNIOCERVICAL: DADOS
PRELIMINARES DE UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Francisco Xavier Araujo, Giovanni Esteves Ferreira, Maurício Scholl Schell Maurício Scholl
Schell, Marcelo Peduzzi de Castro Marcelo Peduzzi de Castro, Rosicler da Rosa Almeida Rosicler
da Rosa Almeida, Marcelo Faria Silva Marcelo Faria Silva, Daniel Cury Ribeiro Daniel Cury
Ribeiro
UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde, UniRitter - Centro Universitário Ritter dos
Reis, OTAGO - University of Otago, University of Sydney - University of Sydney, LaBClin -
LaBClin
Resumo
Introdução: A dor cervical é a principal causa de anos vividos com incapacidade em todo o
mundo, e é responsável por um grande impacto econômico e social. A ativação alterada dos
músculos flexores cervicais profundos (MFCP) é um comprometimento comum apresentado
por pacientes com dor cervical crônica. Uma das formas de avaliação destes músculos é
através do teste de flexão craniocervical (TFCC) com unidade de biofeedback de pressão (UBP).
Idealmente, as propriedades de medida de um instrumento ou teste (por exemplo,
confiabilidade, validade e responsividade) devem ser avaliadas antes da sua implementação
completa na prática clínica. Mais de uma década se passou desde a última revisão sistemática
sobre o tema, desde então, muitos estudos surgiram e novas ferramentas para avaliação da
qualidade metodológica de estudos clinimétricos foram criadas. Portanto, é plausível que
novas evidências surjam de uma revisão sistemática atualizada sobre o tema.
Objetivo: Revisar sistematicamente a literatura sobre as propriedades de medida do TFCC com
UBP para avaliação dos MFCP.
Metodologia: Esta Revisão Sistemática teve seu protocolo publicada em um periódico revisado
em pares e atualmente encontra-se em fase de análise e síntese dos dados que já foram
extraídos. Seguindo as recomendações do PRISMA Statement, foram consultadas as bases de
dados MEDLINE (via PubMed), EMBASE, PEDro, Cochrane Central Register of Controlled Trials,
Scopus e Science Direct. Estudos de qualquer delineamento que tivessem investigado ou
relatado ao menos uma propriedades de medida (confiabilidade, validade ou responsividade)
foram incluídos. Dois revisores avaliarão independentemente o risco de viés dos estudos
usando os padrões baseados no consenso COSMIN. Uma síntese narrativa estruturada será
usada para análise de dados. Os resultados quantitativos para cada propriedade de medida
serão sintetizados, se possível, em uma meta-análise. A classificação geral para uma
propriedade de medida será classificada como "positiva", "indeterminada" ou "negativa". A
avaliação geral será acompanhada de um nível de evidência (forte, moderado, limitado,
conflitante, desconhecido). O estudo apenas concluiu a fase de extração de dados, após
concluída a análise do risco de descaracterização da amostra e avaliação da qualidade da
evidência, será possível fazer uma síntese quantitativa e qualitativa dos dados.
Resultados: Foram encontrados 673 artigos na busca inicial. Desses, 12 satisfizeram os critérios
de inclusão. O número total de participantes incluídos nos estudos foi de 527 indivíduos
assintomáticos, pacientes com dor cervical crônica, Lesão em Chicote, e Cefaleia
Cervicogênica. A idade média da amostra foi de 37 anos com desvio padrão de 8,7. Dez artigos
avaliaram a confiabilidade do teste CCFT, 4 avaliaram a sua validade e apenas um avaliou a
propriedade de responsividade do teste. As propriedades clinimétricas nem sempre eram
avaliadas como objetivo principal do estudo, sendo que apenas 7 estudos foram desenhados
com este propósito.
Conclusões: Os dados apresentados são preliminares, pois a revisão encontra-se em
andamento. Contudo, uma vez que, exista apenas um estudo na atual literatura que se
proponha a avaliar a responsividade do TFCC, já é possível apontar que há um desbalanço na
quantidade de estudos envolvendo as diferentes propriedades clinimétricas do CCFT na
presente literatura. Aponta-se assim uma necessidade de melhor se estudar essas
características.
Palavras-chaves: Biofeedback, Clinimetria, Cervical, Flexão Crâniocervical, Propriedades de
Medida
Dor Crônica, Epidemiologia, Inquéritos Demográficos, População
Palavras-chaves: amplitude de movimento, cortisol, kinesio taping, reabilitação profissional,
terapia ocupacional