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Trabalhos de Ortopedia

Apresentação Oral

TRATAMENTO PERCUTÂNEO PARA FRATURAS DO TERÇO MÉDIO E PROXIMAL DO ESCAFOIDE

Antônio Severo Antônio Severo, Marcelo Barreto Lemos Marcelo Barreto Lemos, Rodrigo

Cattani Rodrigo Cattani, Filipe Nogueira Schmid Filipe Nogueira Schmid, Haiana Lopes

Cavalheiro Haiana Lopes Cavalheiro, Deodato Narciso de Castro Neto Deodato Narciso de

Castro Neto

HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia

Resumo

Objetivo: Analisar a técnica de fixacão percutânea das fraturas do escafoide em seu terco

médio e terço proximal e demonstrar seus resultados Métodos: Estudo retrospectivo de

coorte transversal, feito de janeiro de 2005 a abril de 2015, com vistas ao tempo de

consolidacão, perfil epidemiológico, grau de funcão, retorno às atividades laborais e

complicacões. Resultados: Foram selecionados 28 pacientes, com seguimento médio de oito

semanas. Este estudo evidenciou uma idade média de 30,5 anos, prevalência do sexo

masculino em 25 pacientes (89,2%) e ausência de lado dominante. O tempo médio de

diagnóstico foi de 4,16 semanas, porém três casos de união fibrosa apresentaram período pré-

operatório superior a um ano. O mecanismo de trauma mais frequente foi a queda sobre o

punho em 22 casos (78,5%). Das fraturas, 24 casos foram do terco médio (85,8%) e quatro

casos do polo proximal (14,2%), sete casos apresentavam desvio (25%). Houve consolidacão de

26 casos (92,8%) com tempo médio de 7,5 semanas de pós-operatório. Nos casos de não

consolidação radiológica, o seguimento foi de até 24 semanas, foi necessária uma nova

intervencão cirúrgica. Conclusões: A fixacão percutânea é uma ótima maneira de tratar esse

tipo de fratura, reprodutível, permite a mobilidade ativa precoce do punho com baixo índice

de complicacões, embora exija curva de aprendizagem

Palavras-chaves: Fraturas ósseas, Osso escafoide, Parafusos ósseos, Fixação interna de fraturas

TRATAMENTO DA PSEUDOARTROSE DO ESCAFÓIDE COM ENXERTO TRAPEZOIDAL VIA VOLAR

Paulo Ruschel

CMC - Clinica da Mão ao Cotovelo, SC - Serviço de Ortopedia Santa Casa Porto Alegre

Resumo

A fratura do escafóide usualmente resulta de uma queda ao solo com o punho extendido e

com o antebraço em pronação. A lesão inicial pode ser incorretamente diagnosticada como

um entorse, retardando o tratamento inicial apropriado. Considera-se pseudoartrose quando

o escafóide não consolida 6 meses após o diagnóstico de fratura aguda.A rotina radiológica de

investigação deve incluir radiografias em PA, e Perfil bem como PA em desvio ulnar e a PA

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semi-pronada 45 graus. A tomografia computadorizada pode ser solicitada para evidenciar a

fratura ou para melhor detalhar seu traço.O escafóide apresenta características peculiares que

predispõe a não-união: vascularização retrógrada com sítio de entrada dorsal e de distal para

proximal, aproximadamente 50% de sua superfície é coberta por cartilagem articular e

também sua inerente instabilidade e participação mecânica em ambas fileiras do carpo. A

história natural da pseudo-artrose do escafóide é bem conhecida e se não tratada fatalmente

evolui com alterações confinadas ao escafóide, seguido de artrose radio escafóide e artrose

peri-escafóide. O tratamento das pseudoartrose do escafóide é difícil e controverso e depende

de inúmeros fatores como a sua localização, . Nas pseudoartroses recentes e não deslocadas

com ausência de reabsorção no foco da fratura comprovada com tomografia

computadorizada, a fixação do escafóide de maneira percutânea ou aberta com parafuso de

Herbert ou outro tipo de parafuso, pode obter a consolidação sem a necessidade de enxerto

ósseo.

Avaliamos retrospectivamente 26 pacientes portadores de pseudoartrose do escafóide

carpeano tratados com interposição de enxerto ósseo via volar e fixação rígida com parafuso

de Herbert, com uma média de seguimento de 4.6 anos. A consolidação óssea foi obtida em 24

escafóides.

Os pacientes portadores de necrose avascular do polo proximal eram submetidos a enxerto

vascularizado. Utilizamos para avaliação dos resultados o escore de punho modificado da

clínica Mayo, 15 pacientes obtiveram resultado excelente, 5 obtiveram resultado bom, 4

satisfatórios e 2 resultados ruins. Com um mínimo seguimento de 18 meses nenhum paciente

apresentava sinais de artrose rádio-cárpica.

Palavras-chaves: escafóide, pseudo-artrose, punho, enxerto volar

TÉCNICA CIRÚRGICA DE TRANSFERÊNCIA DE GRANDE DORSAL PARA LESÕES IRREPARÁVEIS

DO SUBESCAPULAR

Fernando Mothes, Fabio Matsumoto, Augusto Heinen, Almiro Gerzson de Britto, Marco

Ferreira Tonding, Rodrigo Py

ISCMPA - Grupo de Cirurgia de Ombro, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

Resumo

Inicialmente descrita para tratamento de lesões de plexo braquial, a transferência do tendão

do grande dorsal é uma técnica frequentemente utilizada para tratamento de lesões

irreparáveis posterosuperiores do manguito rotador. Nos casos de lesões irreparáveis do

subescapular , a transferência mais realizada é a do peitoral maior. Em estudo anatômico

publicado em 2014, Elhassan et al descreveu a transferência do grande dorsal para lesões

irreparáveis do subescapular como uma alternativa viável. O objetivo desse estudo é

demonstrar em detalhes a técnica cirúrgica de transferência de grande dorsal para lesões

irreparáveis do subescapular e lesões anterosuperiores realizada pelo serviço de Cirurgia de

Ombro da Santa Casa de Porto Alegre assim como os resultados preliminares.

Palavras-chaves: Manguito Rotador, Transferência, Grande Dorsal, Subescapular

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AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PROCEDIMENTO MODIFICADO DE DUNN E OSTEOTOMIA

BASOCERVICAL E CERVICOPLASTIA PARA O TRATAMENTO DO ESCORREGAMENTO

EPIFISÁRIO PROXIMAL DO FÊMUR

Larissa Martins Garcia, Ana Cecília Capoani Angélico , Luciano Fonseca Lemos de Oliveira,

Felipe de Souza Serenza, Daniel Augusto Carvalho Maranho

HC FMRP - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

Resumo

Escorregamento epifisário proximal do fêmur é (EEPF) é a afecção do quadril mais comum em

adolescentes. A epífise femoral adquire deformidade em retroversão, com consequente

rotação externa do fêmur. O tratamento do EEPF é essencialmente cirúrgico, e a epifisiodese

in situ é o procedimento mais amplamente realizado. Dor, limitação da amplitude de

movimento do quadril e fraqueza muscular são complicações comuns após EEPF.

Recentemente, há o questionamento sobre a decisão terapêutica em casos moderados e

graves de EEPF, em que deformidades residuais poderiam predispor à síndrome do impacto

femoroacetabular e artrose precoce. Técnicas de correção foram descritas, como o

realinhamento capital e osteotomias femorais, porém poucos estudos foram conduzidos para

comparar diferentes modalidades de tratamento para EEPF moderado e grave. O

procedimento modificado de Dunn possibilita restauração anatômica completa porque a

correção é feita no nível da deformidade, mas esse procedimento pode prejudicar o

suprimento sanguíneo epifisário. A osteotomia femoral basocervical pode ter efeitos

biomecânicos positivos, e melhorar o alinhamento do quadril com mínimo risco de necrose

avascular. Entretanto, não restaura completamente a anatomia do fêmur. A deformidade

residual na junção cervicocapital após osteotomias proximais do fêmur pode ser tratada por

técnica conhecida como cervicoplastia. Neste estudo, nós comparamos o nível de dor no

quadril, escore clínico, mobilidade e força muscular do quadril entre pacientes submetidos ao

procedimento modificado de Dunn e pacientes submetidos à osteotomia basocervical e

cervicoplastia. Foram incluídos 23 pacientes (25 quadris) diagnosticados com EEPF moderado

ou grave entre 2007 e 2014, com um tempo de seguimento mínimo de dois anos. Onze

pacientes (11 quadris) foram submetidos ao procedimento modificado de Dunn e 12 pacientes

(14 quadris) foram submetidos à osteotomia basocervical e cervicoplastia. Foram avaliados o

nível de dor no quadril por meio da escala visual analógica e prevalência do sinal de impacto

anterior; nível de função por meio do Harris Hip Score (HHS); amplitude de movimento por

meio da goniometria e teste de Drehmann, e a força muscular por meio de dinamometria

isocinética e teste de Trendelenburg. Nós identificamos que procedimento modificado de

Dunn resultou em maior nível de dor (3,3 vs 0,8; p=0,007), prevalência aumentada de teste de

impacto anterior positivo (82% vs 14%; p <0,001), menor pontuação no HHS (77,4 vs 93,5;

p=0,001), menor amplitude de flexão (98,0˚ vs 106,1˚; p=0,003), rotação interna (24,7˚ vs

37,3˚; p<0,001) e rotação externa (25,0˚ vs 36,7˚; p<0,001) do quadril e prevalência aumentada

do sinal de Trendelenburg (45% vs 7%; p=0,013) em comparação com osteotomia basocervical

e cervicoplastia. Não foram observadas diferenças na prevalência do sinal de Drehmann (0% vs

21%; p=0,083) e nas médias de pico de torque dos flexores (115,2Nm/kg vs 130,5Nm/kg;

p=0,363), extensores (139,3Nm/kg vs 162,1Nm/kg; p=0,312), adutores (102,0Nm/kg vs

125,2Nm/kg; p=0,187) e abdutores (62,2Nm/kg vs 75,5Nm/kg; p=0,240) do quadril entre os

grupos procedimento modificado de Dunn e osteotomia basocervical e cervicoplastia. A

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associação da osteotomia basocervical e cervicoplastia pode proporcionar melhores resultados

para EEPF moderado e grave.

Palavras-chaves: Escorregamento das Epífises Proximais do, Quadril, Osteotomia, Avaliação da

Deficiência, Força muscular

CONTROLE LOCAL NOS TUMORES DA FAMÍLIA EWING: RESULTADOS DO PRIMEIRO ESTUDO

DO GRUPO COLABORATIVO BRASILEIRO ( EWING I )

Ricardo Becker, Lauro José Gregianin, Carlos Roberto Galia, Reynaldo Jesus-Garcia Filho,

Eduardo Areas Toller , Gerardo Badell, Suely A Nakagawa, Alexandre David, Andre Mathias

Baptista, Eduardo Sadao Yonamime, Osvaldo Andre Serafini, Valter Penna, Julie Francine C

Santos, Algemir Lunardi Brunetto

HCPA - Hospital De Clinicas de Porto Alegre, UNIFESP, Fundacao PIO XII - Hospital De Cancer

De Barretos, Hospital AC Camargo, Santa Casa De Misericordia De POA, IOT - SP, Santa Casa de

Misericordia De SP, PUC POA, UNESP BOTUCATU, ICI-RS - Instituto Do Cancer Infantil Do RS

Resumo

Introdução: O sarcoma de Ewingé uma neoplasia maligna agressiva que acomete com maior

frequência crianças e adolescentes. Estudos observacionais têm demonstrado superioridade

do tratamento cirúrgico em relação à radioterapia isolada. No Brasil, até o estudo EWING 1,

não existiam dados de um protocolo de tratamento único sobre o controle local da doença.

Objetivo:Investigar o impacto da modalidade de controle local (cirurgia, ou cirurgia e

radioterapia, ou radioterapia) sobre desfechos oncológicos em pacientes com sarcoma de

Ewingnão-metastáticos tratados no estudo EWING 1.

Método:Foram incluídos 73 indivíduos portadores de sarcoma de Ewingósseo localizado < 30

anos de idade. Diretrizes de tratamento local foram estabelecidas pelo centro coordenador

baseadas em características dos pacientes e do tumor. Foram analisadas possíveis associações

entre as modalidades de controle local da doença e a falha local (FL), sobrevida livre de doença

(SLD), sobrevida livre de eventos (SLE), sobrevida geral (SG) e características dos pacientes.

Resultados:A média de idade dos pacientes foi 12,8 anos (2 a 25 anos) e o seguimento foi de

4,5 anos (2,3 até 6,7 anos). Quarenta e sete indivíduos realizaram cirurgia, 13 radioterapia, e

13 realizaram ambos. A falha do tratamento local (FL) foi 6,5% no grupo submetido à cirurgia

vs10% no submetido à radioterapia (p=0,5). A SLE, SG e SLD foi 62,1%, 63,3% e 73,1% em 5

anos, respectivamente. A incidência acumulada de FL foi 7,6% para cirurgia, 11,1% para

radioterapia, e 0% (zero) para radioterapia pós-cirúrgica (PORT). A SLE foi 71,7% para cirurgia ,

30,8% para radioterapia, e 64,1% para PORT em 5 anos (p=0,009).

Conclusão: Houve um efeito significativo da modalidade de controle local SLE e SG neste

estudo. As modalidades cirurgia e PORT apresentaram resultados semelhantes. O grupo

tratado com radioterapia isolada apresentou desfechos consideravelmente inferiores. Não

houve efeito significativo da modalidade de controle local na incidência acumulada de FL e

SLD.

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Palavras-chaves: ewing, sarcoma, controle local, radioterapia, cirurgia

RECONSTRUÇÃO DE MEMBRO INFERIOR: RETALHO FASCIOCUTÂNEO SURAL

Antônio Severo Eduardo Felipe Mandarino Coppi, Haiana Lopes Cavalheiro, Alexandre Luiz Dal

Bosco, Danilo Barreto Filho, Marcelo Barreto Lemos

HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia, UFFS -

Universidade Federal Fronteira Sul

Resumo

Este trabalho tem como objetivo avaliar o uso do retalho fasciocutâneosural de fluxo reverso

para cobertura de lesões em terço distal de membro inferior. A técnica utilizada baseou-se na

descrição de Masquelet[1]Foram analisados 24 casos, sendo 20 de origem traumática, 3 por

lesões esportivas e 1 por ressecção de lesão tumoral. Dos 24 prontuários avaliados, 16 eram

homens e 8 mulheres. A idade variou de 6 a 75 anos. A maioria dos pacientes evoluiu com

cicatrização total do retalho (21 pacientes). Houve apenas um caso de necrose total do retalho

em paciente diabético insulinodependente e hipertenso, evoluindo para posterior amputação

do membro. Em dois casos houve necrose parcial com posterior cicatrização por segunda

intenção, sendo um desses pacientes tabagista pesado. As complicações foram associadas às

comorbidades e, ao contrário do evidenciado por outros estudos, não houve correlação com a

curva de aprendizado. Também não houve correlação com o local ou o tamanho da lesão a ser

coberta. Tem-se como relevância clinica que a técnica de retalho fasciocutâneosural de fluxo

reverso utilizada obteve 87.5% de sucesso. Sendo, esta, uma alternativa viável e eficaz para o

arsenalterapêutico das lesões complexas de membros inferiores.

Palavras-chaves: Retalhos cirúrgicos, Nervo sural/transplante, Fáscia/transplante,

Traumatismos da perna

REVISÃO ACETABULAR COM METAL TRABECULAR – TÂNTALO. RESULTADOS CLÍNICOS E

RADIOGRÁFICOS COM SEGUIMENTO MEDIO DE 51 MESES

Ricardo Rosito, Carlos Alberto Souza Macedo, Felipe Oliveira de Carvalho, Carlos Roberto Galia

HCPA - Hospital de Clinicas de Porto Alegre

Resumo

Objetivo: avaliar resultados clínicos e radiográficos de 63 pacientes submetidos a revisão

acetabular com componente em metal trabecular – tântalo.

Método: sessenta e tres pacientes com deficiências acetabulares tipo 3 de D'Antonio foram

submetidos a revisão acetabular com componente em metal trabecular–tântalo no período de

agosto de 2010 a dezembro de 2016. O tempo médio de seguimento foi de 43,4 meses. A

análise clínica baseou-se no escore de Merle d’Aubigné e Postel e a radiográfica nos critérios

utilizados para avaliação de migração, osteointegração, posição do componente e

restabelecimento do centro de rotação.

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Resultados: obteve-se 93,2% de bons resultados clínicos. Não houve falhas radiográficas no

período do estudo. O centro de rotação no pós-operatório teve uma média de 23,27mm (12,1-

40) verticalmente à linha de Köhler e 35,1mm (23-50) lateralmente à gota de lágrima.

Conclusão: estes resultados são comparáveis aos relatados na literatura com técnicas

semelhantes. Considerando o conjunto da evidência disponível, parece promissor o uso do

metal trabecular – tântalo nas revisões acetabulares. Recomenda-se aguardar por um tempo

de seguimento maior e por ensaios clínicos para melhores conclusões.

Palavras chave: Artroplastia Total do Quadril, Revisão; Metal Trabecular, Tântalo.

ABSTRACT

Objective: to evaluate clinical and radiographic results of 63 patients undergoing acetabular

revision with trabecular metal – tantalum component.

Methods: sixty three patients with type 3 acetabular deficiencies D' Antonio undergoing

acetabular revision with trabecular metal-tantalum component, from August 2010 to

November 2014. The mean follow-up was 43,4 months. Clinical analysis was based on the

Merle d' Aubigné and Postel score and radiographic in criteria used to evaluate the migration,

ostheointegration and position of the component.

Results: was obtained 93.2% good clinical results. There was no radiographic failures during

the study period. The center of rotation postoperatively averaged 23,27mm (12,1-40) vertically

to line Köhler and 35,1mm (23-50). lateral to the tear drop.

Conclusions: These results are comparable to those reported in the literature with similar

techniques. Considering all of the available evidence, it seems promising using trabecular

metal - tantalum in acetabular revisions. It is recommended to wait for a longer follow-up and

clinical trials to better conclusions.

Keywords: Total Hip Arthroplasty, Revision, Trabecular Metal, Tantalum

Palavras-chaves: artroplastia, Quadril, Revisao, Tantalo

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Pôster

01 - ABORDAGEM MULTIDIMENSIONAL CENTRADA NO PACIENTE DE DOR EM MEMBRO

INFERIOR E DOR LOMBAR PERSISTENTE: ESTUDO DE CASO

Roberto Costa Krug , Joao Paulo Caneiro

Physiológica - Physiológica - Consultorio de fisioterapia, Curtin University - Curtin University of

Technology

Resumo

Delineamento: estudo de caso com medidas repetidas. Intervenção foi realizada durante 11

meses, totalizando 17 atendimentos.

Participante: homem com 14 anos de história de dor lombar e dor na perna esquerda (queixa

principal). Paciente recebeu inúmeros tratamentos, inclusive cirurgia para introdução de

neuroestimulador medular.

Intervenção: abordagem multidimensional centrada no paciente objetivando modificar

padrões mal-adaptativos, crenças sobre dor e estilo de vida.

Medidas de desfecho: Auto-relato de mudanças nas AVDs, medo e expectativa da dor durante

atividades agravantes usando a Escala numérica de dor, questionário de triagem

musculoesquelética Orebro (OMPSQ), TAMPA escala de cinesiofobia. Uma entrevista 15 meses

apos o início do tratamento foi realizada para identificar a experiência individual do paciente

durante a intervenção, e percepção de barreiras e facilitadores para mudança.

Resultados: Redução da percepção de dor, cinesiofobia, expectativa e dor e entendimento da

dor foi relatado pelo paciente, resultando no aumento da participação em atividades

físicas/sócias. Ao longo dos 15 meses houve uma redução do medo em relação à

dor/movimento (TAMPA: pré – 30, três meses – 21, pós – 17) e incapacidade (OMPSQ: pré –

34, três meses 35, pós – 15). A entrevista demonstrou que o paciente modificou seu

entendimento de dor e aceitou um modelo multidimensional, adotando estratégias de

autogerenciamento. Além disso, ele relatou que o entendimento da dor e a confiança que ele

criou em relação ao seu próprio corpo, bem como o autocontrole sobre a dor foram os

facilitadores para a sua recuperação.

Conclusão: Esse estudo de caso demonstra a jornada de um paciente e seu processo de

mudança e o alcance de sua independência. A abordagem multidimensional centrada no

paciente foi capaz de diminuir a cinesiofobia e incapacidade. Educação da dor usando a própria

história do paciente, aliança terapêutica e o desenvolvimento do controle da dor através de

estratégias de movimento foram facilitadores para este processo.

Palavras-chaves: Dor crônica, Dor Lombar, abordagem multidimensional, abordagem centrada

no paciente

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02 - ACHADOS DE UM FETO APRESENTANDO UMA IMPORTANTE CIFOSE CONGÊNITA

ASSOCIADA A UMA MIELOMENINGOCELE LOMBOSSACRA

Autores Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon Magalhães

Mendonça Vilela, Ébano Sturm Fernandes, Gabriel Ferrari Alves, Andrius Endrigo Andrin,

Andressa Fiori Bortoli, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade

Luterana do Brasil

Resumo

Introdução: cifose em um feto é considerada uma condição rara, sendo que somente poucos

casos têm sido publicados. Nosso objetivo foi relatar um caso de um feto portador de uma

importante cifose congênita associada a uma mielomeningocele lombossacra. Métodos:

realizou-se a descrição do caso junto com uma revisão da literatura. Resultados: a gestante

apresentava 35 anos e estava em sua segunda gestação. Veio encaminha inicialmente à

Medicina Fetal por espinha bífida. O exame morfológico realizado em nosso hospital mostrou

presença de sinal do limão, sinal da banana e coluna com defeito de fechamento ao nível da

região lombossacra associado à deformidade óssea (importante cifose). Havia ainda desvio do

eixo de ambos os membros inferiores. A ressonância magnética fetal revelou disgenesia

espinhal segmentar, comprometendo amplamente o segmento lombar, além de severa cifose

(cerca de 61º), acompanhada de disrafismo posterior, compatível com mielomeningocele.

Havia também escoliose, hidrocefalia supratentorial, achados sugestivos de disgenesia do

corpo caloso, agenesia do septo pelúcido e alteração da morfologia do cerebelo, que se

encontrava mais caudal, abraçando a medula, e progredindo para o interior do canal vertebral,

compatível com malformação de Arnold-Chiari do tipo II. Conclusões: existem três tipos de

cifose, sendo que a congênita, tal como observado em nosso caso, é causada por anomalias

vertebrais tal como um defeito anterior de segmentação e defeitos de formação das vértebras.

Em nossa revisão, não encontramos casos de cifose congênita avaliados através da ressonância

magnética fetal. Esta, em nosso caso, possibilitou a determinação do correto diagnóstico, o

que auxiliou no seu manejo pós-natal.

Palavras-chaves: Arnold-Chiari, Cifose Congênita, Meningomielocele lombossacra

03 - ALGOMETRIA NA PARAMETRIZAÇÃO COMPLEMENTAR DA SEMIOLOGIA CLÍNICA NA

LOMBALGIA CRÔNICA INESPECÍFICA

Juliana Pereira Elias, Willians Cassiano Longen

UNESC, NUPAC-ST

Resumo

INTRODUÇÃO: Lombalgia crônica inespecífica é um tipo de dor lombar sem origens patológicas

apresentáveis e sem ocorrências de dormência e irradiação de dor para os membros inferiores.

A ocorrência aumenta com o avanço da idade, sexo, biótipo, educação e ocupação são outros

fatores que incidem na lombalgia. A prevalência da lombalgia crônica inespecífica é maior no

sexo feminino, as quais apresentam características anatômicas que facilitam esta condição,

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como: menor estatura, menor quantidade de massa muscular e óssea, maior massa de gordura

e articulações mais frágeis. Uma forma de diagnosticar a lombalgia é através de questionários

de triagem fisioterapêutica que avaliam os pacientes sobre a natureza, o início e a progressão

de seus sintomas, movimentos ou posições específicas que melhoram ou pioram os sintomas e

testes funcionais. OBJETIVO: Investigar a confiabilidade do Algômetro de diagrama da dor e

avaliar sua validade convergente para a avaliação da lombalgia crônica inespecífica. MÉTODOS:

O estudo foi realizado no Laboratório de Biomecânica-LABIOMEC/UNESC no mês de março de

2018. As voluntárias da pesquisa são 20 universitárias, com faixa etária 18 a 30 anos que

apresentam dor lombar sem causa definida por mais de 3 meses. Aplicados um questionário

com dados sócio demográficos, o STarT Back Screening constituído de nove itens, no qual

quatro são relacionados à dor, disfunção e comorbidades, bem como, cinco itens relacionados

à dimensão psicossocial. Da mesma forma foi aplicado o FABQ- Brasil sendo sua composição

de 16 perguntas, as cinco primeiras perguntas envolvendo as crenças de atividades físicas e as

outras 11 relacionadas à crenças de ocupação. A intensidade da dor foi avaliada com a EVA e

aferido o Limiar de Dor à Pressão (LDP) com um Algomêtro de pressão da marca Kratos, tendo

sido eleitos para algometria o músculo iliocostal lombar bilateralmente. RESULTADOS: Do total

40% das voluntárias avaliaram a dor como leve, 50% como moderada e apenas 10% como

intensa. O Limiar de Dor à Pressão (LDP) das voluntárias com dor moderada mostrou-se acima

de 4 kgf. A máxima de LDP do músculo Iliocostal Lombar Direito (ICLd) foi de 10,82 kgf e no

músculo iliocostal lombar esquerdo (ICLe) 11,00 kgf. A média do ICLd foi de 6,74kgf já ICLe foi

de 5,54kgf (p>0,05). O LDP mostrou-se inversamente proporcional à intensidade da dor, ou

seja, maior EVA menor LDP e EVA menor maior LDP. CONCLUSÃO: O Algomêtro é um

instrumento útil para mensurar o Limiar de Dor à Pressão, permitindo uma análise

contextualizando com outras parametrizações semiológicas clínicas na compreensão dos

quadros dos subgrupos de lombalgia crônica inespecífica.

Palavras-chaves: Dor lombar, Dor crônica, Tratamento

04 - ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS DO TRONCO EM INDIVÍDUOS COM DOR

LOMBAR NÃO ESPECÍFICA SUBMETIDOS A UM PROTOCOLO DE PILATES

Morgana Cardoso Alves, Jéssica Rosa Nunes, Romeu Joaquim de Souza Neto, Alexandre Márcio

Marcolino, Rafael Inácio Barbosa, Heloyse Uliam Kuriki

UFSC - Universidade Federal De Santa Catarina

Resumo

Introdução: A dor lombar acomete 9,4% da população mundial e está fortemente associada à

incapacidade e afastamento do trabalho. O método Pilates melhora a força e a flexibilidade

dos músculos do tronco e dessa forma alivia os sintomas e restabelece a funcionalidade. Na

literatura não foram encontrados estudos que avaliem os efeitos do Pilates através de

eletromiografia. O objetivo desse estudo foi verificar padrões eletromiográficos antes e após

um protocolo de Pilates em indivíduos com e sem dor lombar não específica. Métodos:

participaram 27 indivíduos divididos em dois grupos: grupo com dor lombar não específica

(DLNE, n=11, idade= 25,41(6,27) anos) e grupo controle formado por voluntários sem dor

lombar e clinicamente saudáveis (GC, n=16, , idade= 28,81(6,28) anos. Foram realizadas

avaliações clínicas, classificação dos pacientes no subgrupo de estabilização, avaliação de força

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por meio de dinamômetro strain gauge durante uma contração voluntária isométrica

máxima (CVIM), esta também foi utilizada para a normalização dos sinais eletromiográficos

(EMG) e avaliações EMG dos músculos extensores do tronco durante a atividade de extensão

de tronco. Após, ambos os grupos realizaram o mesmo protocolo de Pilates durante oito

semanas e ao término passaram por reavaliações semelhantes às iniciais. Resultados: a RMS

(root mean square) normalizada pela CVIM do grupo DLNE pré intervenção passou de

0,62(0,05)un para 0,48(0,03)un, com p= 0,005 e no GC foi de 0,49(0,02)un com p= 0,98 em

relação aos dados após a intervenção, mostrando que os valores após a intervenção ficaram

semelhantes ao GC. Outra variável analisada foi o tempo de início ao pico de ativação dos

extensores de tronco, que passou de 0,70(0,18)s para 1,22(0,10)s, com p= 0,02 e no GC foi de

1,49(0,17)s, com p= 0,48 em comparação aos resultados obtidos após a intervenção, indicando

novamente que houve comportamento motor semelhante entre o grupo DLNE após a

intervenção e o GC. Ao analisar a força dos músculos do tronco, antes da intervenção esta era

de 8,94 (1,26) kg.F e, após, foi de 18,50 (2,15) kg.F, p= 0,002; e, no GC foi de 21,68 (2,77) kg.F,

p= 0,6 em relação à média após a intervenção, mostrando que a força dos extensores do

tronco dos indivíduos do grupo DLNE após a intervenção não foi diferente do GC. Conclusões:

após um programa de Pilates, houve diminuição da RMS de pessoas com dor lombar,

aumento do tempo de início ao pico de ativação dos músculos do tronco e melhora da força

dos músculos extensores do tronco indicando que foram necessárias menos unidades motoras

para produzir maior força e que os músculos do tronco chegaram mais lentamente ao pico de

ativação. Estes achados sugerem que o método Pilates foi eficaz para melhora do

comportamento motor e ganho de força dos músculos do tronco dos indivíduos com dor

lombar não específica assemelhando-os aos indivíduos saudáveis.

Palavras-chaves: dor lombar, eletromiografia, Pilates

05 - ASSOCIAÇÃO VACTERL: UMA CONDIÇÃO QUE CURSA COM ANORMALIDADES

VERTEBRAIS E SE ASSOCIA À EXPOSIÇÃO FETAL AO DIABETE MELITO MATERNO

Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon Magalhães Mendonça

Vilela, Andrius endrigo andrin, Ébano Sturm Fernandes, Gabriel Ferrari Alves, Andressa Fiori

Bortoli, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto, ULBRA - Universidade Luterana

do Brasil

Resumo

Introdução: o diabete melito insulino dependente (DM1) pode levar à presença de um

espectro de malformações, conhecido como embriopatia diabética. Nosso objetivo foi relatar

um feto de uma mãe com DM1 que apresentava achados da associação VACTERL, incluindo

anormalidades vertebrais. Métodos: foi realizada uma descrição do caso e uma revisão da

literatura. Resultados: a gestante apresentava 24 anos e estava em sua primeira gestação.

Possuía história de DM1. A ecografia fetal de fora do hospital, com 22 semanas de gravidez,

descrevia holoprosencefalia, cardiopatia congênita e artéria umbilical única. A ecocardiografia

fetal evidenciou dextrocardia; conexão atrioventricular do tipo dupla via de entrada para

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ventrículo esquerdo; conexão ventriculoarterial do tipo via única de saída e truncus arteriosus.

O ultrassom morfológico mostrou também líquido amniótico aumentado, artéria umbilical

única, e dilatação do terceiro ventrículo e de ventrículos laterais. No exame complementar

também não se visualizou o rim direito, o rim esquerdo apresentava dimensões reduzidas e

observou-se uma anormalidade de coluna. A ressonância magnética fetal confirmou o achado

de hidrocefalia supratentorial, além das demais malformações descritas no ultrassom. O

cariótipo fetal foi normal. A criança nasceu de parto cesáreo, com 33 semanas de gestação,

apresentando perímetro cefálico de 45 cm e escores de Apgar de 3/7. A ecografia abdominal

mostrou que o rim direito era pélvico e o esquerdo, displásico multicístico. A radiografia de

coluna mostrou hemivértebras e vértebras em borboleta. Comentários: na literatura, há relato

de que existe relação entre o DM1 e a associação VACTERL, tal como observado no presente

caso. As alterações vertebrais observadas fazem parte do quadro e deveriam ser investigadas

em casos suspeitos de associação VACTERL.

Palavras-chaves: Anomalias vertebrais, Diabetes Mellitus, VACTERL

06 - AVALIAÇÃO DO FENÔMENO DE FLEXÃO-RELAXAMENTO NA COLUNA CERVICAL NA

POSTURA LOMBO-PÉLVICA

Roberto Costa Krug, Angus Burnett, João Paulo Caneiro, Gry Wang Helgestad, Frank

Bochmann, Peter O'Sullivan

Curtin University - Curtin University of Technology

Resumo

Objetivo: Avaliar se o fenômeno de flexão-relaxamento (FFR) ocorre durante a flexão da

coluna cervical quando sentado na postura lombo-pélvica na população de indivíduos

assintomáticos. O FFR está muito bem documentado nos músculos lombares como um silêncio

mio-elétrico e está associado com final da amplitude de movimento flexão lombar quando em

ortostase e durante a transição da postura sentada ereta para a postura sentada em flexão.

Importância: esse estudo irá ajudar à entender a ativação dos músculos cervicais durante uma

postura sentada lombo-pélvica na população sem dor e servirá como uma linha de base para

estudos futuros em pacientes com dor cervical.

Material e métodos:Eletromiografia de superfície (EMGs) foi usada para medir a ativação em

20 (10 mulheres, 10 homens) sujeitos assintomáticos em músculos cérvico-torácicos durante 4

fases de 5 segundos (fase 1: postura ereta; fase 2: flexão; fase 3: flexão total e; fase 4: retorno

à posição ereta) enquanto os sujeitos eram posicionados na postura sentada lombo-pélvica.

Cinemática da coluna foi simultaneamente medida usando um aparelho eletromagnético de

rastreamento do movimento. Durante cada teste, ativação sincronizada dos músculos cérvico-

torácicos, e a cinemática da coluna lombar e cervical foram gravados por EMGs e o aparelho

eletromagnético de rastreamento, respectivamente. Os dados da coluna lombar foram

coletados com o objetivo de confirmar a postura correta sentada.

Dados da EMGs foram coletados bilateralmente dos seguintes músculos:

• Eretor espinhal cervical (EEC) – 2 cm lateral ao processo espinhoso de C4.

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• Trapézio superior (TS) – lateral ao ponto médio entre uma linha imaginaria formada

pelo aspecto posterior do acrômio e do processo espinho de C7

• Eretor espinhal torácico (EET) – 5 cm lateral ao processo espinhoso de T4.

Análise: Foi conduzido um estudo de grupo simples e normativo. A existência do FFR foi

inicialmente analisada visualmente e, posteriormente, foi conduzida a comparação de ativação

muscular durante as 4 fases em todos os sujeitos como também comparação dos níveis de

ativação muscular nas 4 fases em sujeitos com e sem FFR.

Resultados: A média (DP) do ângulo da coluna lombar na qual os sujeitos foram sentados foi

19.4 (8.9) de extensão lombar em relação ao plano vertical. Isso indica que os sujeitos foram

realmente posicionados na postura sentada lombo-pélvica.

A análise somente visual do sinal bruto da EMGs dos músculos eretores espinhais cervicais

revelou que 75% dos sujeitos não apresentaram FFR. Não houve nenhuma evidência do FFR no

trapézio superior e nos eretores espinhais torácicos. Analise estatística revelou que não houve

diferença significativa entre as fases 1,2 e 3. Entretanto, a ativação muscular média do EEC

durante a fase 4 foi significativamente maior (p < 0.001) quando comparada as fases 1-3.

Conclusão: Os resultados deste estudo demonstraram que em indivíduos assintomáticos

posicionados na postura sentada lombo-pélvica o FFR estava ausente no trapézio superior, e

nos eretores espinhais cervicais e torácicos.

Palavras-chaves: Cervical, fenômeno de flexão-relaxamento, ativação muscular

07 - CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS PÓS ARTRODESE DA COLUNA VERTEBRAL

COM INTERVALO TEMPORAL DE ATÉ CINCO ANOS

Thuany Cristina Morais da Silva, Isadora Vilarinho Galdiano, Leonardo Franco Pinheiro Gaia,

Jorge Mauad Filho, Anderson Alves Dias, Andréa Licre Pessina Gasparini

UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro

Resumo

INTRODUÇÃO: A dor lombar é uma das causas mais comuns de incapacidades na sociedade,

segundo a Organização Mundial de Saúde e ocupa o primeiro lugar das queixas referentes à

coluna vertebral. A etiologia pode ser inespecífica ou oriunda de processos específicos como

os degenerativos, traumas, ou neoplasias. Nestas condições, os tratamentos irão variar de

acordo com as causas e o grau de acometimento do paciente sendo a artrodese uma das

opções de tratamento cirúrgico, no entanto, preocupa-se com o desfecho funcionalidade,

expresso, no decorrer dos anos pós operatório pois, evoluções desfavoráveis, independente do

êxito técnico, podem estar presentes e, sob influências psicossociais geram interferências

diretas sobre a morbidade, cronicidade e aumento dos custos socioeconômicos. O objetivo do

presente estudo foi avaliar a capacidade funcional de indivíduos submetidos a artrodese da

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coluna vertebral no intervalo de até cinco anos pós operatório. MÉTODOS: Estudo transversal,

descritivo, com inclusão intencional de pacientes tratados cirurgicamente, com artrodese da

coluna tóracolombar, nos últimos 5 anos, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do

Triângulo Mineiro/UFTM. Foi realizada uma busca no sistema hospitalar sobre estes pacientes

e coletados os registros para contato telefônico com 98 destes. Dezessete compareceram para

avaliação. Para avaliar o desfecho capacidade funcional foi aplicado o Questionário Oswestry

Disability Index (ODI), que instrumentaliza a intensidade da dor e a influência desta sobre

atividades diárias diversas, que exigem a participação da coluna lombar e gera um escore de

incapacidade. Após a aplicação do questionário, fez-se exame de imagem, Rx, para a

mensuração da curvatura da coluna tóracolombar ou lombar pós artrodese. RESULTADOS: A

média de idade dos pacientes foi de 50(±18) anos, sendo 70% do sexo masculino e 30% do

sexo feminino. Observou-se que a prevalência de incapacidade, que varia de incapacidade

mínima (0–20%), incapacidade moderada (21-40%), incapacidade severa (41–60%), paciente

que apresenta-se inválido (61– 80%), e indivíduo restrito ao leito (81–100%) em cada seção do

ODI foi: “intensidade da dor”, 24%; “Cuidados pessoais”, 22,35%; “Levantar objetos”, 35,29%;

“Caminhar”, 25,88%; “Sentar”, 29,41%; “Ficar em pé”, 24,7%; “Dormir”, 18,82%; “Vida sexual”,

27,05%; “Vida social”, 29,41%; “Locomoção”, 25,88%. De acordo com o escore total, 47,05%

dos indivíduos foram classificados com incapacidade mínima com angulação da lordose

lombar, pós artrodese, variando de 30° a 56°; 29,41% com incapacidade moderada e variação

angular de 31° a 79°; 11,76% com incapacidade intensa, 5,88% inválidos e 5,88% sem

funcionalidade e variação angular entre todos estes de 30° a 44°. CONCLUSÃO: Considerando

as características individuais e o tempo de seguimento pós artrodese, há prevalência de

incapacidade funcional, porém com condições de atividades de vida diária, com exceção para

11,76% classificados sem funcionalidade.

Palavras-chaves: Artrodese, Capacidade funcional, Coluna Vertebral, Dor, Oswestry Disability

Index

08 - CIATALGIA TÍPICA E PSEUDO-RADICULAR: UMA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA PARA A

ABORDAGEM CLÍNICA

Pedro Matzenbacher Brito, Erasmo de Abreu Zardo, Marcus Sofia Ziegler, Alex Sussela,

Monique Alves

SOT PUCRS - Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital São Lucas da PUCRS

Resumo

Este trabalho tem por objetivo abordar as queixas de dor irradiada para membros inferiores,

procurando diferenciar a ciatalgia típica da pseudo radicular muito frequente na prática

médica. A queixa de ciatalgia no sentido lato da palavra é muito frequente na prática médica.

Muitas vezes, o termo é utilizado de maneira inadequada, ao se nomear de ciática qualquer

padrão de dor com irradiação para os membros inferiores. Há três tipos de dor referida para

membros inferiores: Ciatalgia Típica, Ciatalgia Pseudo-Radicular e Cruralgia. O conceito de

Ciatalgia Típica deve ser utilizado apenas para quadros de dor irradiada pelo trajeto do nervo

ciático, ou seja: região glútea, posterior da coxa e perna podendo lateralizar ou medializar

distalmente até o pé na dependência do dermátomo comprometido (raiz correspondente). A

fisiopatogenia da ciatalgia verdadeira ou típica, está relacionada a tração, distorção ou

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compressão de raiz nervosa, plexo ou nervo ciático. O nervo ciático é formado pelas raízes dos

níveis lombares (L4, L5, S1, S2 e S3). Já a Ciatalgia Pseudo-radicular ou “falsa ciática”, como o

próprio nome sugere, se refere a todo quadro de dor referida no quadril e coxa, não

relacionada a comprometimento do nervo ciático, plexo lombo-sacro ou raízes nervosas. Na

prática médica há diversas outras causas deste padrão de dor, muito mais simples e

freqüentes, tais como: bursite trocantérica, tendinites glúteas, outras miofaciais, músculo

esqueléticas e ligamentares estão presentes e responsáveis pela distribuição da dor na região

glútea, coxa e podendo estender-se até o joelho. Por fim, o termo cruralgia é utilizado para dor

irradiada pela a coxa até o joelho causada por nevralgia do crural (femural). Os fatores

etiológicos são semelhantes aos anteriormente descritos no tópico ciatalgia típica, mas as

raízes envolvidas são as de L1, L2 e L3 que formam o nervo femural. A distribuição da dor no

território da coxa mais proximal, médio ou distal esta relacionada ao metâmero envolvido.

Gostaríamos de enfatizar a importância do conhecimento, por parte do clínico e do

ortopedista, das diversas condições causadoras de pseudociatalgia. Boa parte delas,

principalmente as de origem miofascial, mecânica e degenerativa, são comprovadamente mais

prevalentes do que a ciatalgia verdadeira.

Palavras-chaves: Ciatalgia, Cruralgia, Dor Referida, Pseudo-radicular, Radiculopatia

09 - COMO O NÚMERO DE REPETIÇÕES INFLUENCIA A AQUISIÇÃO DE FLEXIBILIDADE, FORÇA

MUSCULAR E MOBILIDADE COM O USO DE EXERCÍCIOS DO MAT PILATES?

Juliana Valentino Borges, Daiane Menezes Lorena, Luciane Fernanda Martinho Rodrigues

Fernandes, Luciane Aparecida Pascucci Sande de Souza, Andréa Licre Pessina Gasparini

UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro

Resumo

Introdução: O método Pilates representa um eficiente método de intervenção fisioterapêutica,

que pode ser realizado com exercícios no solo, Mat Pilates e tem embasamento em seis

princípios básicos de treinamento: respiração, centralização, concentração, precisão, controle

e respiração. Possui como enfoque a ativação e fortalecimento de músculos que compõem o

centro de força (músculos da parede abdominal anterior, eretores de tronco, extensores e

flexores do quadril e músculos profundos abdominal), pois representam estes músculos peças

de ação importante na estabilização segmentar da coluna vertebral. Na rotina de prescrição

cinesioterapêutica, há uma dificuldade para a padronização do número de exercícios

propostos por sessão do método Pilates e a frequência de repetições por exercício. O objetivo

deste estudo foi analisar a influência do número de repetições do Mat Pilates (exercícios no

solo) sobre os desfechos aumento da flexibilidade, força muscular e mobilidade. Metodologia:

Estudo clínico randomizado, tendo como critério de inclusão estudantes universitárias na faixa

etária entre 18 e 25 anos e como exclusão ser não sedentária, fumante, etilista, portadora de

doença musculoesquelética, traumatológica, metabólica, neurológica, com deformidade

angular na coluna vertebral. Dez voluntárias foram incluídas intencionalmente e alocadas em 2

grupos (G1 e G2) que realizaram 20 exercícios, padronizados, com a respectiva variação de 5 e

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10 repetições. Dois avaliadores cegos, realizaram as avaliações inicial e final para medir a

flexibilidade da cadeia muscular posterior com o uso do banco de Wells; a força muscular com

dinamômetro escapular e lombar; a mobilidade cervical e lombar com o diagrama de Maigne.

As voluntárias executaram o treinamento durante 12 semanas, com 24 sessões, 2 vezes

semanais, nos mesmos horários, com orientação e acompanhamento por dois membros da

equipe, previamente treinados. Resultados: Para flexibilidade e força muscular, os grupos não

apresentaram diferença estatística após a intervenção, porém houve relevância clínica de

pequeno a moderado efeito e aquisição destes desfechos,intragrupo. Para mobilidade, não

houve diferença entre os grupos, ambos conseguiram a manutenção ou aumento deste

desfecho. Conclusão: Cinco repetições para exercícios, padronizados, do Mat Pilates, tem

influência direta no aumento da flexibilidade e força muscular. A mobilidade é influenciada

pelo movimento, independente do número de repetições.

Palavras-chaves: Estabilização segmentar, Flexibilidade, Força muscular, Pilates, Reabilitação

10 - COMPARAÇÃO ENTRE OS DESFEIXOS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO COM EXERCÍCIO

AERÓBICO E COM TERAPIA MANUAL SOBRE MARCADORES BIOQUÍMICOS DE LESÃO

MUSCULOESQUELÉTICA EM MOTORISTAS PROFISSIONAIS COM LOMBALGIA CRÔNICA

INESPECÍFICA

Simone Kammer, Eduarda Behenck Medeiros, Letícia Salvaro Fernandes, Willians Cassiano

Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, PUC - Pontifícia Universidade Católica

Resumo

Introdução: A lombalgia crônica inespecífica representa uma afecção de elevada incidência

especialmente envolvendo algumas categorias profissionais. Segundo a Classificação

Internacional de Funcionalidade (CIF), além dos componentes estrutura e função, deve-se

considerar os níveis de atividade e de participação em relação às diferentes morbidades.

Objetivo: Verificar as respostas bioquímicas do incremento de atividade física moderada junto

a uma amostra de sujeitos com a mesma atividade ocupacional e diferentes critérios que

caracterizaram seus quadros como de lombalgia crônica inespecífica. Foi utilizada em outro

grupo a terapia manual como terapêutica não alopática e não invasiva frequentemente

utilizada. Materiais e Métodos: Este estudo foi controlado e randomizado, com 22 voluntários

do sexo masculino, entre 41 e 57 anos, divididos em grupo controle, grupo com exercícios

aeróbicos e grupo com terapia manual. Foi analisada a atividade das enzimas Creatina

Quinase (CK), Aspartato Transaminase (AST) e Alanina Transaminase (ALT), bem como,

parâmetros de dano oxidativo que envolveu a atividade de Carbonilação de proteínas,

Sulfidrilas, Xilenol Laranja, além dos antioxidantes endógenos Superóxido Dismutase, Catalase

e Glutationa Peroxidase. Resultados: A estatura variou entre 169,72cm e 183,34cm

Corporal (IMC) o mesmo variou entre 25,51 e 29,79 kg/m2, com média de 27,65 kg/m2. O

estudo procurou aprofundar as respostas funcionais encontradas, através da avaliação das

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enzimas envolvidas na lesão musculoesquelética e dos parâmetros de estresse oxidativo.

Neste sentido, os resultados mostram uma redução significativa da atividade de CK

determinada 24 hs após a última sessão de terapia manual (204,37 ± 85,15) e de treinamento

com exercício (237,77 ± 46,88). Em nossos dados pode-se observar que não houve variação

das enzimas transaminases AST e ALT após as intervenções. Os valores iniciais foram grupo

controle (28,63 ± 2,49), grupo terapia manual (32,29 ± 9,92), grupo exercício aeróbico (32,35 ±

5,24). Após as 4 semanas os resultados foram grupo controle (28,61 ± 2,48), grupo terapia

manual (28,11 ± 10,67), grupo exercício aeróbico (23,67 ± 2,26). Nossos resultados

demonstram um aumento significativo no conteúdo de grupos carbonil nos pacientes

treinados com exercício aeróbico (0,38 ± 0,09), fato não observado no grupo terapia manual

(0,04 ± 0,02). Os parâmetros de estresse oxidativo apontaram redução em ambos os grupos

(pConclusão: As enzimas avaliadas indicaram a manutenção da atividade das transaminases e

redução da atividade da CK em ambos os grupos, o que sugere uma resposta positiva da

musculatura esquelética a ambos os procedimentos experimentados. Estes achados foram

associados a adaptações positivas do sistema enzimático antioxidante endógeno. A realização

de atividade física com exercício aeróbico melhorou vários indicadores bioquímicos, porém o

seguimento com protocolos com maior tempo de intervenção podem contribuir para melhor

compreensão das respostas de estresse oxidativo.

Palavras-chaves: Estresse Oxidativo, Exercício Aeróbico, Lombalgia Crônica, Terapia Manual

11 - DISTRIBUIÇÃO DE DOR AUTORREFERIDA NA COLUNA VERTEBRAL NO BRASIL: DADOS

EPIDEMIOLÓGICOS DO IBGE

Yasmin Martins Antonio Yasmin Martins Antonio, Luiza Gomes Luiza Gomes, Willians Cassiano

Longen Willians Cassiano Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense

Resumo

O objetivo do presente estudo foi identificar a prevalência e distribuição de casos de distúrbios

da coluna vertebral autorreferidos por pessoas com 18 anos de idade ou mais residentes no

Brasil. A dor na coluna, principalmente a dor na região lombar é uma das causas de

incapacidade em adultos jovens e por esse motivo vem afetando cada vez mais a saúde da

população brasileira, sendo responsável por de cerca de 8% das consultas ao médico por ano

hoje no país. A pesquisa foi feita de acordo com variáveis sociodemográficas, gênero, cor,

idade, região e escolaridade. Com base nas informações já adquiridas, para análise de dados

utilizou-se a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. Os dados obtidos no site

do Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRAS foram analisados com o software SPSS

Statistics versão 20.0 da IBM. Os resultados demonstraram que no Brasil, 19% da população

adulta relatam dor crônica na coluna vertebral, sendo 15,26% (± 4,56) homens e 20,08% (±

4,11) mulheres. Após os 60 anos de idade, a prevalência é maior. Com relação à cor da pele

18,26% (± 3,53) são brancos, 17,27% (± 6,65) são negros e 17,93% (± 4,05) são pardos, sem

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diferença estatística. 23,55% (± 5,70) não está disponível para instrução ou ensino básico

incompleto (p

Palavras-chaves: Coluna Vertebral,

12 - EFEITO AGUDO DA TERAPIA MANUAL VERSUS BANDAGEM FUNCIONAL SOB

MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM INDIVÍDUOS COM DOR CERVICAL CRÔNICA QUE

TRABALHAM EM ESCRITÓRIO

Igor Martins da Silva, Mauren Mansur Moussalle, Rafael Linden, Gilson Pires Dorneles, Luciane

Dalcanale Moussalle, Mariane Borba Monteiro, Alessandra Peres

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Objetivo: Avaliar o efeito agudo da bandagem funcional, terapia manual, ou ambos, sobre a

percepção de dor, mobilidade cervical e cortisol salivar em indivíduos que trabalham em

escritório com dor cervical. Métodos: 24 indivíduos de ambos os sexos (66,67% homens) com

dor cervical de um setor de tecnologia da informação foram randomizados em três grupos:

Bandagem funcional (BF, n = 8), terapia manual (TM, n = 8), ou bandagem funcional + terapia

manual (BF + TM, n = 8). A amplitude de movimento (ADM) da cervical foi medida por

fleximetria e a cervicalgia foi verificada por escala analógica antes e imediatamente após os

tratamentos. Além disso, amostras de saliva foram coletadas antes e depois de um dia de

controle, bem como em cada ensaio experimental para análise de cortisol salivar NOS

MOMENTOS PRÉ, imediatamente após e ao final da tarde (17:00H) em cada intervenção.

Resultados: Todas as intervenções reduziram a dor após o tratamento. Além disso, todos os

tratamentos induziram um aumento significativo da ADM cervical, como visualizado pelo

aumento da flexão cervical, extensão cervical e rotação. No entanto, MT e FB + MT induziram

maior porcentagem de aumento de flexão que o FB. A ADM cervical em rotação direita

aumentou após TM, e BF + TM, mas não após BF. Em relação aos níveis salivares de cortisol,

apenas a TM induziu uma redução significativa após a intervenção em comparação ao

momento controle. Conclusão: Apesar de todas as técnicas produzirem efeitos analgésicos, a

inclusão da MT no tratamento da dor cervical pode potencializar a mobilidade funcional dos

pacientes. Além disso, MT foi mais eficaz para reduzir os níveis de cortisol salivar.

13 - EFEITO DA REALIDADE VIRTUAL NO EQUILÍBRIO DE ADOLESCENTES COM ESCOLIOSE

IDIOPÁTICA

Fernanda Aparecida Campos, Lais de Cassia Pedrosa e Silva, Heloisa Moreira de Arruda, Julia

Pereira Monroe, Leticia da Silva Paula, Andréa Licre Pessina Gasparini

UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro

Resumo

INTRODUÇÃO: A escoliose representa uma das deformidades, angulares, da coluna vertebral,

em crianças e adolescentes, e afeta aproximadamente 12% das adolescentes entre 10 a 18

anos. É caracterizada por um desvio lateral da curva torácica no plano frontal, igual ou maior

que 10o, pelo ângulo de Cobb. Tal deformidade produz limitação de amplitude de movimento,

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dificuldade funcional e dependendo da curva, dificuldade para função respiratória. A maioria

das propostas de intervenção buscam limitar ou estagnar a progressão da curva com intuito de

recuperar a função do tronco para coordenação, equilíbrio e função respiratória, e também

com consequente reflexo estético. A realidade virtual simula um ambiente em duas ou três

dimensões em tempo real e interativo e tem sido utilizada como uma nova proposta no

tratamento terapêutico para o treinamento sensório-motor, correção e avaliação da postura,

coordenação e equilíbrio, através da repetição, retroalimentação e motivação. O objetivo do

presente estudo foi avaliar o impacto do uso da realidade virtual, como estratégia de

intervenção fisioterapêutica, sobre alterações no equilíbrio postural em adolescentes

diagnosticadas com escoliose idiopática. MÉTODOS: Estudo longitudinal com a participação de

2 voluntárias, com diagnóstico clínico de Escoliose Idiopática de grau moderado, selecionadas

por intenção e atendiam aos critérios de inclusão. Foram realizadas avaliação da mobilidade de

tronco e equilíbrio, antes e após intervenção fisioterapêutica utilizando a realidade virtual,

como estratégia de exercícios. Como procedimentos, foram realizados quatro testes: Teste de

Alcance Funcional (FRT), Star Excursion Balance Test (SEBT), Balance Error Scoring System

(BESS) e análise de equilíbrio, efetivada com a captura digital das oscilações, medidas no

Balancim Eletrônico ligado ao software Motion Pro 1.0. A intervenção fisioterapêutica durou

12 semanas, sendo duas vezes por semana com duração de 60 minutos, sempre no mesmo

horário do dia, utilizando o Wii® Reabilitação com ênfase para fortalecimento muscular e

alongamentos necessários para correção da curva escoliótica. Os músculos exigidos, pelos

jogos selecionados, foram o oblíquo interno e externo, glúteos, quadrado lombar, reto

abdominal e iliopsoas. RESULTADOS: Houve aumento de alcance funcional dos membros

inferiores, assim como de membros superiores. Destaque para a diminuição do número de

erros de oscilação no BESS e melhora na curva elíptica do Balancim eletrônico, com

centralização das oscilações e, consequente reflexo ao equilíbrio. CONCLUSÃO: A realidade

virtual representa uma forte estratégia no processo de intervenção fisioterapêutica de

adolescentes com Escoliose Idiopática, de moderado grau, com incentivo, de maneira

interativa e eficiente, para correções anteroposteriores e latero-laterais, do tronco, com

consequente aquisição de equilíbrio.

Palavras-chaves: Equilíbrio, Escoliose, Fisioterapia, Realidade Virtual, Tratamento

14 - EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBICO E DA TERAPIA MANUAL NOS PARÂMETROS

FUNCIONAIS EM MOTORISTAS PROFISSIONAIS COM LOMBALGIA CRÔNICA INESPECÍFICA

Letícia Salvaro Fernandes, Willians Cassiano Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, PUC - Pontifícia Universidade Católica

Resumo

Introdução: A lombalgia crônica inespecífica representa uma afecção de elevada incidência

especialmente envolvendo algumas categorias profissionais. Segundo a Classificação

Internacional de Funcionalidade (CIF), além dos componentes estrutura e função, deve-se

considerar os níveis de atividade e de participação em relação às diferentes morbidades.

Objetivo: Verificar as respostas sintomáticas e funcionais do incremento de atividade física

moderada junto a uma amostra de sujeitos com a mesma atividade ocupacional e diferentes

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critérios que caracterizaram seus quadros como de lombalgia crônica inespecífica. Foi utilizada

em outro grupo a terapia manual como terapêutica não alopática e não invasiva. Materiais e

Métodos: Este estudo foi controlado e randomizado, com 22 voluntários do sexo masculino,

entre 41 e 57 anos, divididos em grupo controle, grupo com exercícios aeróbicos e grupo com

terapia manual. Foi utilizada a Eletromiografia (EMG) dos músculos multifídeos e iliocostal

lombar, a Dinamometria Lombar, o Oswestry Low Back Pain Disability Questionnaire (ODQ) e a

Escala Visual Analógica (EVA) de intensidade da dor. Resultados: A estatura variou entre

169,

Índices de Massa Corporal (IMC) o mesmo variou entre 25,51 e 29,79 kg/m2, com média de

1,00

anos). No início sem qualquer tipo de intervenção, a intensidade média de dor próxima de 6,0

pontos nos grupos o que representa 60% da escala de percepção utilizada, no entanto, os

escores médios de funcionalidade caracterizaram incapacidade baixa. Os dois tipos de

intervenção reduziram os valores da EVA e reduziram a incapacidade no ODQ (pConclusão: Os

resultados deste trabalho mostraram redução do quadro álgico e incremento na

funcionalidade ambos parâmetros significativamente. Embora o desfecho final após quatro

semanas tenha sido estatisticamente o mesmo em relação à dor, o treinamento com o

exercício mostrou uma resposta mais tardia. Com base nos parâmetros biomecânicos

utilizados, os achados sugerem que a recomendação de redução da atividade ou de inatividade

absoluta para o portador de lombalgia crônica inespecífica não parecem ser boas estratégias

para a redução do quadro doloroso e melhora dos níveis de funcionalidade. Bem como, a

realização de exercício aeróbico moderado representa uma perspectiva interessante para o

manejo da lombalgia crônica inespecífica.

Palavras-chaves: Exercício Aeróbico, Funcionalidade, Lombalgia Crônica, Terapia Manual

15 - HEMATOMA EPIDURAL ASSOCIADO A DÉFICIT NEUROLÓGICO APÓS FRATURA DE

COLUNA POR OSTEOPOROSE: RELATO DE CASO

Fernando Henrique Sauer Hehn, Aloir Neri de Oliveria Júnior, Martins Back Netto, Willian

Nandi Stipp, Vitória da Silva Karnikowski

UNISUL - Universidade do Sul da Santa Catarina

Resumo

Introdução/objetivo

O hematoma epidural (HE) é uma condição clínica rara que pode causar compressão da

medula espinhal, podendo levar a um déficit neurológico. Entre as suas causas estão: trauma,

coagulopatia, cirurgia ou cateterização epidural. A sua incidência é estimada em

0,1/100.000/ano. O HE pós-traumático é menos comum que as lesões espontâneas e tem uma

incidência estimada de menos de 1% a 1,7% de todas as lesões de coluna. O tratamento de

escolha usualmente envolve a descompressão cirúrgica. Temos como objetivo relatar um caso

de HE associado a déficit neurológico após fratura de coluna por osteoporose.

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Relato de caso

Paciente feminino, 82 anos, deu entrada em um Hospital Terciário com quadro súbito de

afasia, desvio da comissura labial para a direita e hemiparesia de membro inferior esquerdo.

Ao investigar a história clínica, constatou-se queda há dois meses da própria altura, com

consequente fratura de L2 por osteoporose, sendo realizado tratamento conservador.

Inicialmente, suspeitou-se de acidente vascular encefálico, levando a internação para

tratamento clínico inicial. Na tomografia computadorizada do crânio realizada na admissão,

não se evidenciou sinais de isquemia ou hemorragia. No primeiro dia de internação, paciente

apresentou melhora completa da afasia e do desvio da comissura labial, entretanto manteve

déficit neurológico de membro inferior esquerdo. Prosseguiu-se investigação com ressonância

magnética (RM) da coluna lombar que demonstrou fratura por osteoporose em L2 e

hematoma epidural estendendo-se do nível de T12/L1 até L2/L3, comprimindo o saco dural e

cone medular. Observou-se também fraturas antigas em T10 e L1. A paciente foi submetida a

hemilaminectomias esquerdas de L1 a L3, com esvaziamento do hematoma. Evoluiu com

melhora progressiva do déficit neurológico com remissão completa dos sintomas 1 mês após a

cirurgia.

Discussão

Devido a apresentação incomum da condição clínica relatada, consideramo-na um desafio

diagnóstico que deve ser prontamente lembrada quando há indício de fratura recente de

coluna. A história clínica de fratura de coluna lombar, aliada ao déficit neurológico suscitaram

a hipótese diagnóstica de HE pós-traumático, sendo corroborada pela RM, que é considerada

padrão ouro para o diagnóstico. Estudos demonstram que a cirurgia realizada nas primeiras 12

horas depois do diagnóstico tem uma resposta neurológica mais eficaz. Portanto, mesmo que

em nosso relato a cirurgia descompressiva de tenha sido realizada tardiamente, observamos a

melhora total dos sintomas.

Palavras-chaves: Epidural, Fratura, Hematoma, Osteoporose

16 - INCIDÊNCIA DE DOR NA COLUNA VERTEBRAL EM ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA DE

UMA UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA

Carlos Eduardo Assumpção de Freitas, Gabriel Trentini Beraldo, Gabriele Senes Ceciliano,

Gabriel Tavares Gonçalves Rosas, Junior Francisco Da Silva, Francis Lopes Pacagnelli

UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista

Resumo

O cirurgião-dentista é um profissional vulnerável a riscos ocupacionais principalmente

relacionados à postura de trabalho, que exige postura mantida por períodos prolongados. O

objetivo do estudo foi investigar a prevalência de dor na coluna vertebral em acadêmicos do

oitavo período do curso de odontologia da Universidade do Oeste Paulista de Presidente

Prudente - SP. Foram avaliados trinta acadêmicos mediante a aplicação de questionário

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contendo questões padronizadas sobre o perfil social e físico (sexo, idade, altura, peso, pratica

de atividade física), em qual região da coluna vertebral apresenta dor e a sua periodicidade

(constante ou intermitente). Houve uma maior prevalência do sexo feminino (73,4%) do que

masculino (26,6%) e uma média de idade de 22,3±1,59 anos. A prevalência de dor na coluna

vertebral foi (86,7%), e as regiões mais frequentes foram: lombar 30,7%; cervical 19,2%;

cervical/dorsal/lombar 19,2%; cervical/lombar 15,6%; dorsal 11,5% e dorsal/lombar 3,8%. O

tipo de dor mais presente foi intermitente (65,4%). A grande maioria dos indivíduos relatou

estar 8 horas por dia (70%), por cerca de 4 vezes por semana (83,5%) na clínica odontológica e

73,4% não praticam nenhum tipo de atividade física. A postura adotada durante as tarefas foi

sentada com o troco fletido (46,7%) e com a cabeça fletida com rotação (73,4%). Concluímos

que houve uma alta incidência de dores na coluna vertebral, devido aos fatores de risco que o

acadêmico é exposto, como as posturas mantidas e a ausência da pratica de atividade física.

Palavras-chaves: ODONTOLOGIA, COLUNA VERTEBRAL, DOR, QUALIDADE DE VIDA

17 - LOMBALGIA CRÔNICA INESPECÍFICA MOSTRA-SE DESASSOCIADA DE DIMINUIÇÃO DA

AMPLITUDE DE MOVIMENTO, DA FUNCIONALIDADE E DO EQUILÍBRIO DINÂMICO

Karolini De Bona Zisinio, Thiago Jung, Willians Cassiano Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, LABIOMEC - Laboratório de Biomecânica

Resumo

Introdução: A coluna lombar é a região localizada abaixo da margem das últimas costelas

(margem costal) e acima das linhas glúteas inferiores tendo como função primordial a

acomodação de cargas decorrentes do peso corporal, da ação muscular e das forças aplicadas

externamente. Quando este mecanismo se encontra em desequilíbrio, ocorre a instabilidade

lombar, cuja principal consequência é a dor. A dor lombar é definida como uma condição

clínica que apresenta dor moderada ou intensa, podendo ser aguda, subaguda e crônica.

Quando não é encontrada uma justificativa para a causa, denomina-se lombalgia inespecífica.

Objetivo: Analisar os diferenciais semiológicos do emprego complementar de testes funcionais

e de equilíbrio em casos com lombalgia crônica inespecífica. Métodos: O estudo constitui-se de

um estudo caso controle, transversal e quantitativo, envolvendo 100 universitárias, por

amostragem aleatória. Divididas em 2 grupos, com (GLCI) e sem lombalgia crônica inespecífica

(GC), atendidos os critérios de exclusão de outros fatores como casos agudos, traumáticos,

degenerativos, pós-cirúrgicos. Foram aplicados o questionário Owestry Low Back Pain-ODQ e

os testes de Apoio Unipodal, Alcance Funcional, Star Excursion Balance Test-SEBT, Flexibilidade

com banco de Wells e Força Dinamométrica Lombar com dinamômetro da marca Crown (0 a

200 kgf), com os procedimentos padronizados pelo Laboratório de Biomecânica-

LABIOMEC/UNESC (LONGEN, 2013)1 para coleta. Resultados: O grupo lombálgico representou

47% das voluntárias. A comparação entre os dois grupos do estudo nos testes demostrou no

ODQ incapacidade mínima sem diferença entre GC e GLCI (p=0,218), alcance (p=0,405), teste

unipodal (p=0,325), força lombar com fraqueza em ambos os grupos em 87% e 84%

respectivamente, sem diferença estatística (p=0,341), banco de wells (p-0,353). Conclusão: Os

dados obtidos mostram que a dor lombar não está associada à incapacidade, à funcionalidade,

à flexibilidade e à amplitude de movimento da coluna lombar tornando inócua a inclusão de

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testes funcionais e de equilíbrio corporal como diferenciais semiológicos. Os achados apoiam

evidências crescentes (O’ SULLIVAN, 2017)2 de que há forte influência do fisioterapeuta nas

tendências a cinesiofobia e catastrofização dos quadros de lombalgia inespecífica de leve a

moderada.

Palavras-chaves: Equilíbrio Postural, Fisioterapia, Lombalgia

18 - OBESIDADE X HÉRNIA DISCAL LOMBAR: UMA ANALISE DA QUALIDADE DE VIDA PRÉ E

PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA

Dora De Castro Agulhon Segura, Fabiano Carlos Do Nascimento, Priscila Bonfante Giovanini

Fleck Dora De Castro Agulhon Segura, Fabiano Carlos Do Nascimento, Priscila Bonfante

Giovanini Fleck

UNIPAR - Universidade Paranaense

Resumo

Introdução: É notório o aumento de obesidade nos últimos 30 anos, visto o modo de viver da

sociedade moderna, marcado por padrão alimentar inadequado e sedentarismo. O excesso de

gordura corporal compromete a saúde, influenciando na qualidade de vida, gerando

incapacidade e redução da longevidade (SEGURA et al., 2017). Diante dos resultados

insatisfatórios do tratamento convencional, a cirurgia bariátrica compõe uma terapêutica

eficaz, revertendo os principais problemas desencadeados pelo excesso de peso (SILVA-NETO

et al., 2014). Entre as comorbidades mais comuns estão as alterações musculoesqueléticas,

sobressaindo o diagnóstico de herniações discais, especialmente na coluna lombar, se

repercutindo em dor e graves transtornos (GRANS et al., 2012). Silva et al. (2017) corroboram

que as alterações musculoesqueléticas estão presentes em 18% dos indivíduos submetidos à

cirurgia bariátrica, porem é comprobatório que após o procedimento existe melhora das

condições de saúde e aptidão física. Sendo assim, se objetivou analisar a qualidade de vida de

indivíduos com diagnóstico de hérnia discal lombar pré e pós-cirurgia bariátrica. Métodos:

Estudo prospectivo, envolvendo indivíduos de ambos os gêneros, idade superior a 18 anos,

pós-operados de cirurgia bariátrica pela técnica Fobi Capella com desvio de Y de Roux, com

mais de 12 meses de cirurgia e diagnóstico clínico de hérnia discal lombar comprovado por

exame de imagem (TC/RNM). A avaliação compreendeu duas etapas, pré e pós-operatória,

através da aplicação da Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida SF-36, após

Aprovação do Comitê de Ética sob protocolo consubstanciado número 2.242.295. Foi realizado

tratamento estatístico com cálculo de médias e analise percentual. Resultados: Foram

avaliados 32 indivíduos, 71,87% mulheres, idade média de 36,6anos, média de tempo de pós-

operatório de 32,4meses, média de IMC pré-operatória de 46,4kg/m2 e pós-operatória de

29,1kg/m2. Os resultados do SF-36, comparando pré e pós-operatório apontaram significância

nos itens capacidade funcional (36,2-88,5), limitação por aspecto físico (23,4-89,8) dor (31,5-

91,6), estado geral de saúde (39,6-87,9) e vitalidade (33,2-85,7). Conclusões: A obesidade está

fortemente relacionada aos problemas musculoesqueléticos, como as herniações discais

ocasionando quadros de lombalgia. A cirurgia bariátrica é eficaz na perda de peso, diminuição

da dor e melhora da qualidade de vida.

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Palavras-chaves: Obesidade, Hérnia discal, Lombalgia, Cirurgia bariátrica, Qualidade de vida

19 - ANÁLISE DO VALGO DINÂMICO DO JOELHO DE ATLETAS DE VOLEIBOL ASSOCIADO A

ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR E FORTALECIMENTO DO CORE

Gilnei Lopes Pimentel, Gabriel Felimberti, Gabriel Strapazzon, Lutieli Valerio, Vinícius Aguirre

Campos Oliveira, Camila Gnoatto, Vivian Carla Florianovicz Gilnei Lopes Pimentel, Gabriel

Felimberti, Gabriel Strapazzon, Lutieli Valerio, Vinícius Aguirre Campos Oliveira, Camila

Gnoatto, Vivian Carla Florianovicz

UPF - Universidade de Passo Fundo

Resumo

Introdução: O valgo dinâmico do joelho trata-se de uma alteração biomecânica envolvendo

todo segmento inferior do corpo. Dentre as variadas causas, a fraqueza dos músculos do core

pode ser destacada como fator desencadeante deste padrão errôneo. No gênero feminino,

esta variação biomecânica fica mais evidente se comparado ao gênero masculino, tornando a

fisioterapia indispensável na reabilitação destes indivíduos. Este estudo justifica-se pela

importância de prevenir lesões em atletas do sexo feminino, que possuam fatores

predisponentes de lesões, sejam eles morfológicos, ou em virtude do esporte praticado.

Objetivo: Avaliar o valgo dinâmico do joelho em atletas do gênero feminino, para

posteriormente verificar os efeitos de um protocolo de intervenção: estabilização segmentar e

fortalecimento do core. Material e métodos: Para a obtenção dos dados foram selecionados

métodos de mensuração utilizados e aceitos universalmente: avaliação em ortostase em

conjunto com uma avaliação no step down, pré e pós realização do protocolo de intervenção.

Resultados: As avaliações apresentaram os seguintes resultados: a primeira atleta obteve

4º/5º no membro direito, e 6º/8º no membro esquerdo em ortostase, enquanto no step down

apresentou 14º/19º no membro direito e 15º/24º no membro esquerdo, pré e pós intervenção

respectivamente. A segunda atleta apresentou 6º/2º, e 11º/8º no membro esquerdo em

ortostase, enquanto no step down obteve 2º/6º no membro direito e 5º/3º no membro

esquerdo, pré e pós intervenção, na devida ordem. Conclusão: Pelos resultados expostos,

conclui-se que o protocolo utilizado não foi eficaz para atenuar o valgo dinâmico do joelho nas

atletas em questão.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Ligamento Cruzado Anterior, Voleibol

20 - ANÁLISE DO VALGO DINÂMICO DO JOELHO DE ATLETAS DE VOLEIBOL ASSOCIADO AO

FORTALECIMENTO DO COMPLEXO PÓSTERO-LATERAL DO QUADRIL

Gilnei Lopes Pimentel, Gabriel Felimberti, Gabriel Strapazzon, Vinícius Aguirre Campos Oliveira,

Lutieli Valerio, Camila Gnoatto, Vivian Carla Florianovicz

UPF - Universidade de Passo Fundo

Resumo

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Introdução: Complexo póstero-lateral é o nome dado ao conjunto de músculos responsáveis

pelos movimentos de abdução, extensão e rotação lateral do quadril. Esses grupos musculares

são responsáveis pela estabilização da pelve e, estão intimamente relacionados a disfunções

dos membros inferiores. O valgo dinâmico excessivo do joelho é um desequilíbrio do comando

neuromuscular sobre o membro inferior. O mesmo cria um vetor de força lateral na patela e

eleva as cargas compressivas entre o côndilo femoral lateral e a face lateral da patela,

podendo este, ser fator desencadeante de importantes lesões no joelho. Objetivo: Avaliar o

valgo dinâmico do joelho em atletas de voleibol do gênero feminino através do Step Down e,

posteriormente, verificar os efeitos do protocolo de intervenção: fortalecimento do complexo

póstero-lateral do quadril. Materiais e métodos: A amostra foi composta por 5 voluntários

adultos jovens do gênero feminino, com idades entre 18 e 24 anos. Para a obtenção dos dados

foram selecionados métodos de mensuração utilizados e aceitos universalmente: avaliação em

ortostase e, posteriormente, com movimentos que simulassem o padrão em valgismo, em

conjunto com uma avaliação no Step Down, pré e pós realização do protocolo de intervenção.

Resultados: Ortostase: Membro inferior direito e membro inferior esquerdo respectivamente.

Indivíduo 1: 7°e 6°/ 5°e 3°; Indivíduo 2: 4° e 11°/ 0° e 5°; Indivíduo 3: 7° e 7°/ 1° e -1°; Indivíduo

4: 7° e 9°/ 8° e 8°; Indivíduo 5: 4° e 10°/ 3° e 7°. Step Down: Indivíduo 1: 2° e 8°/ 1° e 6°;

Indivíduo 2: 6° e 16°/ -2° e -4°; Indivíduo 3: 7° e 5°/ 0° e 1°; Indivíduo 4: 15° e 24°/ 14° e 12°;

Indivíduo 5: 13° e 8°/ 1° e 10°. Conclusão: O estudo teve como resposta um resultado

satisfatório, reduzindo o valgo dinâmico do joelho através do fortalecimento dos músculos do

complexo póstero-lateral do quadril, podendo ser sugerido como forma de prevenção às

lesões de joelho em atletas de voleibol do sexo feminino.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Ligamento Cruzado Anterior, Voleibol

21 - ARTRODESE DE JOELHO, EM PACIENTE COM ARTRITE REUMATOIDE, UTILIZANDO PLACA

EM PONTE : RELATO DE CASO

Matheus Henrique Araujo Ventura, Rafael De Luca de Lucena, Joao Pedro Farina Brunelli,

Carlos Francisco Coelho Koch, Bernardo Vaz Peres Alves, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha

Thomaz , Marcelo de Oliveira Maineri, Renan Leite, Carlos Roberto Schwartsmann

ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericordia de Porto Alegre

Resumo

INTRODUÇÃO : A artrodese de joelho é realizada há mais de 100 anos e ainda é uma opção de

tratamento para resgatar a função de membros acometidos por diversas doenças. Embora

esse procedimento tenha uma longa história de indicação, pouca inovação nessa área

possibilitou uma ampla aceitação da artrodese.

MÉTODOS: Neste artigo se apresenta um relato de caso de uma técnica alternativa para a

realização da artrodese de joelho. Mostra-se a evolução de uma paciente feminina, acometida

pela artrite reumatoide, que foi submetida a uma fusão articular do joelho utilizando uma

placa DCP de 31 furos em ponte. Na literatura atual, não foram encontrados relatos de casos

semelhantes.

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RESULTADOS:. Conseguiu-se a consolidação articular no tempo compatível com as demais

técnicas de artrodese existentes. A paciente evoluiu com bons resultados funcionais,

mostrando-se satisfeita com o procedimento.

CONCLUSÃO:. Há ainda espaço para o emprego de novas técnicas para procedimentos

consagrados. Necessita-se de mais estudos para comparar o novo procedimento aos métodos

clássicos de artrodese de joelho.

Palavras-chaves: ARTRITE REUMATOIDE, ARTRODESE, JOELHO, PLACA, RELATO

22 - AVALIAÇÃO EMG DE MULHERES COM SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL

SUBMETIDAS A UM PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE QUADRIL

Juliane Silva Flor, Renan Andrade Pereira Barbosa, Marcela Almeida, Danielly Cristina da Silva,

Heloyse Uliam Kuriki

UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo

Introdução: A SDPF está associada a um desequilíbrio dinâmico entre os músculos

estabilizadores da patela e à diminuição da ativação muscular do glúteo médio. Objetivo:

Verificar a eficácia de um protocolo de fortalecimento para músculos dos MMII com exercício

de abdução em indivíduos com SDPF. Métodos: Trata-se de um estudo clínico não

randomizado. Participaram do estudo 10 mulheres entre 18 e 30 anos após assinatura de

termo de consentimento aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE:

43111715.3.0000.0121). Primeiro realizou-se o protocolo de estresse articular; após, a

avaliação clínica e a avaliação EMG do Vasto Medial (VM), Vasto Lateral (VL) e Glúteo Médio

(GM) durante uma atividade isométrica de extensão de joelho e 2 atividades dinâmicas:

agachamento livre e agachamento associado à abdução isométrica de quadril. Durante 3

meses, 3 vezes na semana, as voluntárias realizaram exercícios de abdução, com intensidade e

volume progressivos. Resultados: Após a intervenção, as voluntárias apresentaram: o atraso

entre VM e VL de, -0,24(0,14) para 0,31(2,42) ms p=0,79, a duração do VM foi de 5,09(0,19)

para 6,06(0,14) s, p=0,00, a duração do VL 5,23(0,19) para 6,06(015) s, p=0,00, o tempo

mediano do VM 3,34(0,11) para 3,71(0,07) s, p=0,01 e o tempo mediano de VL foi de

3,37(0,11) para 3,73(0,08) s, p=0,01. Discussão: Os resultados mostraram que a EMG em

relação ao atraso entre VM e VL não mostrou diferença significativa, mas verificou-se um

aumento da atividade muscular de VM e VL na duração e no tempo mediano. Segundo

Coppack et al. (2011), exercícios realizados com mais séries e mais repetições têm se mostrado

mais eficazes (8). Conclui-se que a avaliação EMG detectou as alterações ocorridas após o

protocolo de intervenção, mostrando sua eficácia no aumento do tempo mediano e na

duração em que VM e VL permaneceram ativos.

Palavras-chaves: Abdução, Eletromiografia, Estresse Articular, mulheres, Síndrome da dor

PateloFemoral

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23 - EXERCÍCIO EXCÊNTRICO ISOCINÉTICO MAXIMIZA O FORTALECIMENTO DO QUADRÍCEPS,

HIPERTROFIA E DESEMPENHO FUNCIONAL EM ATLETAS RECREACIONAIS PÓS-

RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

Marlon Francys Vidmar Marlon, Bruno Manfredini Baroni Bruno Manfredini Baroni, Alexandre

Fróes Michelin Alexandre Fróes Michelin, Márcio Mezzomo Márcio Mezzomo, Ricardo

Lugokenski Ricardo Lugokenski, Rosicler da Rosa Almeida Rosicler da Rosa Almeida, Eduardo

Favretto Eduardo Favretto, Gilnei Lopes Pimentel Gilnei Lopes Pimentel, Marcelo Faria Silva

Marcelo Faria Silva

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, UPF - Universidade de

Passo Fundo, HO - Hospital Ortopédico

Resumo

Introdução: As lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) são responsáveis por significativa

redução da força e massa muscular de extensores de joelho no período pós-operatório. Esses

prejuízos podem promover instabilidade articular no joelho, gerando restrição a sua

funcionalidade. Objetivo: Comparar as adaptações na força, massa muscular e desempenho

funcional de extensores do joelho em atletas recreacionais submetidos a dois protocolos de

reabilitação muscular pós-reconstrução do LCA: excêntrico convencional vs. excêntrico

isocinético. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, sendo a amostra composta

por 30 atletas recreacionais submetidos à reconstrução do LCA. Os voluntários foram

randomizados (moeda) em: Grupo Convencional (GC), submetido a um programa de

reabilitação muscular baseado no exercício excêntrico isotônico; e Grupo Isocinético (GI),

submetido a um programa de reabilitação muscular baseado no exercício excêntrico

isocinético. Anteriormente aos protocolos de reabilitação muscular, os indivíduos foram

submetidos a um mesmo protocolo fisioterapêutico, com sessões diárias de 60 minutos, do

segundo até o 30o dia pós-reconstrução do LCA. Os programas de reabilitação muscular

iniciaram aproximadamente 45 dias pós-reconstrução do LCA, o membro não operado foi

utilizado como controle. Cada sessão de treinamento compreendeu a realização de 3 séries

(semanas 1-3) ou 4 séries (semanas 4-6) de 10 repetições excêntricas máximas de extensores

de joelho. Os programas tiveram duração de seis semanas, com frequência de treinamento de

duas sessões por semana, separados por um intervalo mínimo de 72 horas. Foram realizadas

avaliações da massa muscular por meio da área de secção transversa anatômica (ASTA) do

quadríceps (ressonância nuclear magnética), força dos músculos extensores de joelho

(dinamometria isocinética) e desempenho funcional do indivíduo (questionário e teste de

salto) uma semana antes do início e uma semana depois do término dos programas de

treinamento excêntrico. Os dados foram expressos em média (desvio padrão), utilizou-se o

teste t de student pareado (*p ≤ 0,05) e o tamanho do efeito para a análise intra-grupos, já

para a comparação intergrupos foi calculado a inferência baseada na magnitude. Resultados:

Obtivemos modificações significativas e um tamanho de efeito grande em todas as variáveis da

massa muscular, força muscular e desempenho funcional no lado operado ao comparar os

resultados pré e pós-intervenção no GI. No GC, não foram encontradas alterações significativas

para o desfecho ASTA do reto femoral. O treinamento convencional promoveu efeitos

moderados na maioria das variáveis (ASTA do vasto lateral e do quadríceps, pico de torque

concêntrico e excêntrico, e teste de salto), além de efeitos pequenos (ASTA do vasto medial e

intermédio) e grandes (pico de torque isométrico, questionário Lysholm). A inferência baseada

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na magnitude dos efeitos promovidos por cada programa de treinamento sustenta que, com

exceção dos desfechos single hop e PT concêntrico, os resultados “provavelmente” ou “muito

provavelmente” favorecem o GI em comparação ao GC para as demais medidas de massa

muscular, força e desempenho funcional. Conclusão: Os atletas recreacionais submetidos ao

treinamento excêntrico isocinético apresentaram incrementos mais expressivos de força e

massa muscular, o que os conduziu a um melhor desempenho funcional em comparação aos

atletas treinados de forma convencional.

Palavras-chaves: Joelho, ligamento cruzado anterior, dinamômetro de força muscular ,

Músculo Quadríceps

24 - OSTEOCONDROMA DE PATELA EM PACIENTE ADULTO: RELATO DE CASO E REVISÃO DE

LITERATURA

Fabrício Martinelli, Giorgio Marin Canuto, Charles Diogo Ammar, Cesar Luis Hinckel, Gabriel

Peixoto Castro Oria, Leonardo Comerlatto, Gustavo Hoffmeister Silva

HCR - Hospital Cristo Redentor

Resumo

INTRODUÇÃO: Os osteocondromas são os tumores ósseos benignos mais comumente

encontrados em crianças e jovens do sexo masculino. A maioria das lesões são encontradas

durante o período do estirão do crescimento esquelético. Considerando-se a idade do paciente

e o local do tumor, este relato trata-se de um caso raro o qual merece ser devidamente

relatado à comunidade científica . RELATO DE CASO: Relatamos o caso de um paciente com

osteocondroma de patela, em um homem de 58 anos, com evolução de cerca de 13 anos. O

paciente apresentou-se com quadro clínico de dor em região do joelho direito já com evolução

de 8 anos na ocasião do diagnóstico. Apresentava tumoração palpável, endurecida, em face

anterior do joelho, de aproximadamente 5X4cm. Deambulava com auxílio de uma bengala e

referia limitações para atividades diárias em função de dor e déficit funcional articular. As

comorbidades diagnosticadas eram hipertensão, diabetes mal controlado e tabagismo ativo. A

hipótese diagnóstica de osteocondroma foi sugerida após realização de ressonância

magnética. Após perda de seguimento ambulatorial, retornou ao serviço e realizou a

ressecção cirúrgica em 2016. O resultado anatomo-patológico confirmou a hipótese

diagnóstica de osteocondroma de patela. O paciente teve boa recuperação funcional após

reabilitação, e recebeu alta ambulatorial após 1 ano da cirurgia. DISCUSSÃO: Os

osteocondromas ocorrem em jovens e em ossos que apresentam ossificação endocondral.

Geralmente são encontrados na região do joelho, na metáfise distal do fêmur, proximal da

tíbia, proximal do úmero e do fêmur, desenvolvendo-se lentamente por anos. Por definição os

osteocondromas não são uma neoplasia, pois o crescimento da lesão geralmente se

interrompe com o fechamento epifisário e se estabiliza. No entanto, o crescimento dessas

formações após a maturação do esqueleto é, na maioria das vezes, sinal precoce da

transformação maligna. A incidência varia de 0,9 a 1,4% por 100.000 habitantes e a

distribuição é geralmente simétrica. Indica-se ressecção cirúrgica nos casos de interferência no

crescimento da extremidade levando a alterações funcionais e mecânicas, ou na suspeita de

malignização. CONCLUSÃO: Os osteocondromas de patela são tumores benignos raros,

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principalmente em indivíduos adultos. Apresentam crescimento lento e, apesar de raro, seu

potencial de malignidade não deve ser negligenciado. O tratamento cirúrgico, quando

indicado, envolve a ressecção do tumor, e geralmente é bem sucedida.

Palavras-chaves: Joelho, Osteocondroma, Patela, Tumores Benignos

25 - OSTEOTOMIA INTRA-ARTICULAR PARA CORREÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO VICIOSA E

PSEUDOARTROSE DO PLANALTO TIBIAL COM ILIZAROV

Matheus Henrique Araújo Ventura, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Thomaz, Rafael De Luca

De Lucena, Marcelo de Oliveira Maineri, Carlos Francisco Coelho Koch , Joao Pedro Farina

Brunelli, Bernardo Vaz Peres Alves, Julio Hernando Cascán Valiente, Carlos Roberto

Schwarstmann

ISCMPA - Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre/Universidade Federal de Ciências da

Saúde de Porto Alegre

Resumo

As fraturas de planalto tibial são lesões intra-articulares da região proximal da tibia, que

ocorrem principalmente em adultos, com maior incidência da terceira à quinta década de vida.

Esse tipo de fratura pode resultar em incongruência, mau alinhamento e instabilidade

articular, e, se não forem adequadamente corrigidos, resultam em osteoartrose pós-

traumática. As lesões de alta energia, em especial tipo 21C3 da AO/OTA e Schatzker 6, quando

expostas e muito desviadas, apresentam risco considerável de evoluir com retardo de

consolidação e pseudoartrose. Relatamos um caso de paciente com fratura do planalto tibial,

Schatzker 6, negligenciada pelo sistema de saúde submetido a osteotomia intra-articular do

planalto tibial.

Paciente masculino, 48 anos, encaminhado para primeira consulta no ambulatório de

reconstrução e alongamento ósseo da ISCMPA, com história de fratura de tibia proximal

direita, imobilizado e encaminhado para tratamento definitivo há 3 meses. No momento da

consulta, paciente referia mobilidade do foco da fratura, com imobilização gessada e sem

apoio no membro inferior direito. As radiografias que evidenciaram consolidação viciosa do

planalto tibial, com desvio de aproximadamente 13° entre platôs medial e lateral e

pseudoartrose metadiafisária. Realizada abordagem mediana, com osteotomia tranversa da

patela. Seguiu-se com a osteotomia em cunha de fechamento de base intra-articular, redução

do foco sob visualização direta e reestabelecimento da anatomia articular, desbridamento,

compressão e enxertia óssea autóloga da pseudoartrose. Realizada osteotomia distal para

alongamento e montagem do fixador externo de Ilizarov e síntese da patela com banda de

tensão, além da ostectomia da fíbula.

O paciente apresentou boa evolução pós-operatória, com consolidação do foco de

pseudoartrose e formação de bom regenerado no foco do alongamento tibial. Foram

observados adequado alinhamento do eixo mecânico do membro inferior e restauração da

congruência articular do joelho. Retirado o fixador externo no 8° mês de pós-operatório.

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Paciente recebeu alta ambulatorial após 14 meses de seguimento, com amplitude de

movimento de aproximadamente 0-110º.

Os princípios do tratamento cirúrgico de fraturas do planalto tibial envolvem a redução

anatômica da superfície articular e a restauração funcional do eixo mecânico do membro

inferior. Entre as principais complicações estão a perda da redução, deiscência de sutura,

infecção superficial ou associada ao material de síntese, rigidez do joelho, pseudoartrose,

artrose pós-traumática e consolidação-viciosa. O uso de fixadores externos de urgência tem

sua indicação nas fraturas de alta energia para a prevenção de complicações das estruturas

nobres e compartimentos. O fixador externo de Ilizarov tem um papel importante no

tratamento das complicações supracitadas, pois também permite a correção de falhas ósseas

pelo método da distração osteogênica de Ilizarov. No caso relatado, o paciente apresentava

consolidação viciosa do planalto tibial e pseudoartrose metadiafisária como complicação do

longo tempo entre a fratura e o tratamento definitivo. A opção da montagem do Ilizarov após

a osteotomia intra-articular foi vantajosa pois permitiu concomitantemente restaurar a

congruência articular, enxertar e comprimir a pseudoartrose e alongar o membro de forma

segura, além de possibilitar apoio imediato.

Palavras-chaves: ILIZAROV, OSTEOTOMIA INTRA ARTICULAR, FRATURA DO PLANALTO TIBIAL

26 - PRESENÇA PERMANENTE DA PREGA TRANSVERSA DO RECESSO LATERAL EM INDIVÍDUOS

SUBMETIDOS À CIRURGIA ARTROSCÓPICA DO JOELHO

Francisco Consoli Karam, Afonso Dos Reis Medeiros, Marcus Vinicius Slawski Peres, Paulo

Ricardo Picon Alves, Eduardo Andre Gomes Krieger, Luiz Antonio Silveira Simoes Pires

PUCRS - Pontificia Universidade Catolica Do Rio Grande Do Sul

Resumo

As plicas são estruturas descritas como finas membranas aderidas a sinóvia, com

características elásticas e bem vascularizadas. Estas dobras de tecido sinovial estão presentes

na maioria dos joelhos, podendo ser únicas ou várias na mesma articulação, e com diversas

formas de apresentação. Com a realização de um estudo para descrever a prevalência de plicas

sinoviais nos joelhos operados em nosso serviço observamos a presença constante de uma

prega no recesso lateral. Poucos estudos abordaram este tema e não encontramos nenhuma

análise sobre a prevalência dessa estrutura. O Objetivo deste novo estudo foi confirmar a

presença constante da prega lateral e descreve-la. Metodologia: Foram avaliados 40 pacientes

submetidos à cirurgia videoartroscópica de joelho no Hospital São Lucas da PUC, por um único

cirurgião, no período de maio a julho de 2017. Foram identificadas e anotadas as pregas/plicas

sinoviais presentes. Também foram analisadas idade, gênero, etnia (auto-relatada) e

lateralidade do joelho operado. Resultados: A prega lateral esteve presente em todos os

pacientes estudados. A prega transversa do recesso lateral é uma dobra de tecido sinovial

presente na goteira lateral da articulação do joelho. Apresenta trajetória transversa, em forma

de arco, desde a parede lateral do joelho até a superfície externa do côndilo lateral do fêmur.

Sua função na articulação e seu potencial para desenvolver sintomas ainda não foram

avaliados. Conclusões: Encontramos a prega lateral em todos os 40 pacientes. Serão

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necessários estudos futuros para determinar a função desta estrutura e confirmar sua

presença constante.

Palavras-chaves: prega, recesso, artroscopia

27 - RELAÇÃO ENTRE O QUESTIONÁRIO WOMAC E A FORÇA DOS EXTENSORES DE JOELHO NA

OSTEOARTROSE DE JOELHO, PRÉ E PÓS TRATAMENTO

Évelin Santos Vaz, Rayane Salbego Anhalt, Daiane Leticia Ross Zwirtes, Karine Josibel Velasques

Stoelben, Felipe Fagundes Pereira, Juliana Corrêa Soares, Michele Forgiarini Saccol

UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

Resumo

A osteoartrose de joelho é uma doença crônica, de origem multifatorial e degenerativa que

limitaa funcionalidade do sujeito, podendo causar diretamente dores e rigidez articular e

indiretamente diminuição da qualidade de vida, acometendo cerca de 44% a 70% da

população, acima dos 50 anos. Para identificar clinicamente as alterações importantes à saúde,

faz-se necessário a utilização de um questionário avaliativo chamado Questionário Western

Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC), dividido em três seções

específicas: a seção A, representada por 5 questões referentes a dor do paciente; a seção B,

composta por 2 questões relativas a rigidez articular e a seção C, que possui 17 questões sobre

a funcionalidade física. A pontuação varia de 0 a 4 pontos, onde 0 é nenhum, 1 é leve, 2 é

moderado, 3 é considerado forte e 4 sinaliza muito forte, estes quando somados ao final do

questionário resultam em um escore total. Quanto maior o escore de cada seção, ou ainda, o

escore total, pior o quadro clínico e o prognóstico do paciente.Além da destruição da

cartilagem, o processo de adoecimento da articulação atinge as estruturas adjacentes, como

cápsula sinovial, ligamentos e a estrutura muscular. Estes pacientes apresentam diminuição da

força de extensores, que pode ser mensurada por meio da avaliação da força isométrica de

extensão do joelho, onde o sujeito mantém o joelho a ser testado em posição de flexão de 90º

e o dinamômetro é posicionado na região ântero-inferior da perna, acima do tornozelo,

estabilizado por cinto de segurança. Sabendo-se disso, inscrito sob o número CAE:

62700716.5.0000.5346, o objetivo do presente estudo foi correlacionar o escore do

questionário WOMAC com a força isométrica de extensão de joelho, no pré e pós tratamento,

em sujeitos de ambos os sexos, com idades entre 40 e 65 anos que apresentavam osteoartrose

de joelho, diagnosticada e clinicamente classificada por exame de imagem de raio-x, pelo

critério de Kellgren e Lawrence, nos graus I, II e III. Foram avaliados no pré tratamento 43

sujeitos, onde observou-se correlação inversa significativa entre a força dos extensores do

joelho dominante e os escores totais do Womac (r= - 0,423 e p= 0,003), domínio dor (r = -0,415

e p= 0,006) e domínio funcionalidade (r= -0,473 e p= 0,001), não apresentando correlação

significativa com o domínio rigidez (r=-0,216 e p=0163). Para a força dos extensores do joelho

não dominante, observou-se correlação inversa significativa com os escores totais do Womac

(r= - 0,401 e p= 0,008), domínio dor (r= - 0,455 e p= 0,002) e domínio funcionalidade (r= - 0,412

e p= 0,006), não apresentando correlação significativa com o domínio rigidez (r=-0,225 e

p=0,148). No pós tratamento, foram reavaliados 30 sujeitos, e não foram encontradas

correlações significativas entre a força dos extensores de joelhos dominantes e não

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dominantes com os escores do questionário Womac. Conclui-se então que a correlação inversa

significativa, no pré tratamento, tanto de membros dominantes, quanto de membros não

dominantes indica que, quanto menor a força para realizar a extensão de joelhos, maiores

serão os escores do questionário Womac, porém não houve correlação pós tratamento,

sugerindo que o tratamento desenvolvido ao longo do estudo tenha influenciado de forma

positiva nessas variáveis.

Palavras-chaves: Extensão, Força, Joelho, Osteoartrose, Tratamento

28 - AVALIAÇÃO CINÉTICO FUNCIONAL APROFUNDADA E ESTÍMULOS AO ENGAJAMENTO DE

PACIENTES COM LESÕES DE PUNHO E MÃO: REFLEXOS NO QUADRO CLÍNICO E

FUNCIONALIDADE

Eduarda Behenck Medeiros, Letícia Salvaro Fernandes, Lúcio Vicente Carlessi, Willians Cassiano

Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, PUC - Pontifícia Universidade Católica

Resumo

Introdução: Agrupam-se como Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT)

afecções de origem ocupacional que podem acometer tendões, sinovias, músculos, nervos,

fáscias, ligamentos, de forma isolada ou associada, com ou sem degeneração de tecidos,

atingindo qualquer segmento do corpo humano, principalmente os membros superiores.

Objetivo: Identificar os principais procedimentos fisioterapêuticos de avaliação e a demanda

de orientações gerais e singularizadas nos distúrbios osteomusculares ocupacionais de punho

e mão. Materiais e Métodos: O estudo envolveu trabalhadoras de categorias profissionais da

região de Criciúma, cadastradas no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST)

da macrorregião sul de SC, com queixa de dor em alguma região do punho ou da mão. A

amostra envolveu dezenove (19) voluntárias do sexo de sexo feminino, entre 25 e 55 anos. Foi

realizada uma avaliação cinesiológica funcional com a utilização de um instrumento de

pesquisa estruturado e revisado por pares da área. Resultados: A estatura variou entre 1,60 e

(IMC) o mesmo variou entre 20,50 e 32,28 kg/m2, com média de 24,36 kg/m2. Observou-se

baixa escolaridade sendo que 60% contam com o ensino fundamental incompleto e

predomínio do ramo de frigoríficos, seguido por auxiliares de serviços gerais. O diagnóstico

clínico encontrado com maior frequência foi a Síndrome do Túnel do Carpo (STC), seguido por

tendinites do punho/mão. Para 89,5% o quadro doloroso foi instalando-se gradualmente,

tendo ou não outros sintomas associados, sendo os mais frequentes parestesia, sensação de

peso e diminuição de sensibilidade. No exame físico, 68,5% não apresentavam alteração na

inspeção. As alterações mais significativas foram em relação à força muscular, especialmente

na dinamometria de preensão palmar e reduções de Amplitudes de Movimento (ADM’s)

resistidas. A força dinamométrica mostrou-se inferior a 50% do esperado para 47,4% da

amostra. A frequência de afastamento do trabalho foi de 63,2%. Quanto às funções os

principais impactos reportados foram relacionados ao cotidiano de trabalho doméstico como

passar, estender roupa, varrer, segurar objetos pequenos, envolvendo os movimentos de

garra, pega média e pinça. Foram repassadas orientações coletivas através de palestra e

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individuais dentro de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS´s), com resultados positivos na

percepção dos pacientes, refletidos por: classificação a respeito da avaliação entre ótima e boa

(89,5%), sem atribuição negativa às mesmas; mudanças de hábitos de vida para 89,5%;

melhora dos sintomas para 84,2%; percepção de melhora real na funcionalidade para 84,2%.

Conclusão: Uma avaliação cinesiológica funcional aprofundada e detalhada é essencial para

oferecer subsídios necessários ao fisioterapeuta para que se estabeleça o diagnóstico

cinesiológico funcional. A adequada atenção e orientação ao paciente com DORT aumenta o

comprometimento com sua recuperação funcional, mostrando-se positiva e permitindo

prestar melhor assistência ao sujeito com DORT, qualificando o cuidado por parte da equipe,

com impacto nas perspectivas de reintegração profissional e social de lesionados com DORT.

Palavras-chaves: Avaliação Cinesiológica Funcional, Diagnóstico Cinesiológico Funcional, DORT,

Mão, Punho

29 - AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO

CIRÚRGICO PARA FRATURA DE GALEAZZI

Danilo Barreto Filho, Teófilo Josué Alecrim Da Costa Vieira

FURG - Universidade Federal do Rio Grande

Resumo

A fratura de Galeazzi consiste em uma fratura do terço médio-distal do rádio associada a

luxação e instabilidade da articulação rádio-ulnar distal (ARUD), sendo frequentemente

subdiagnosticada e tratada erroneamente como uma simples fratura de rádio. Esta fratura

deve ser suspeitada em qualquer fratura de rádio, pois a persistência da instabilidade da ARUD

acarreta num pior prognóstico e resultado, com perda funcional por ser uma articulação de

alta funcionalidade e que permite a prono-supinação, sendo as fraturas com traço radial mais

distal as de maior instabilidade. O diagnóstico necessita basicamente de radiografias em

incidência ântero-posterior e perfil do cotovelo, antebraço e punho, sendo seus achados

sugestivos a fratura da base estiloide ulnar, a incongruência persistente da cabeça da ulna, o

encurtamento maior que 5mm do rádio e o alargamento da ARUD. O tratamento dessas lesões

em adultos é de cunho exclusivamente cirúrgico devido à instabilidade da lesão e alta taxa de

resultados insatisfatórios inerentes ao tratamento conservador, exigindo redução anatômica e

fixação interna, sendo de suma importância no intra-operatório testar a estabilidade clínica e

radiograficamente em mais de uma incidência e em toda a rotação do antebraço. O presente

projeto de pesquisa tem como objetivo estabelecer a correlação entre a fratura e a capacidade

funcional pós-operatória através da avaliação do arco de movimento, da dor residual, do

escore de DASH e da avaliação radiográfica dos pacientes submetidos à correção cirúrgica

deste tipo de fratura no Hospital Universitário Dr Miguel Riet Correa Jr, entre março de 2015 e

fevereiro de 2017, avaliando a necessidade ou não de mudanças no protocolo pós- operatório,

bem como na técnica cirúrgica aplicada. O projeto está estabelecido na revisão dos

prontuários médicos dos pacientes da unidade do trauma ortopédico HU-FURG e na revisão do

arquivo radiológico para a classificação dos padrões de fratura de cada paciente, com a

aplicação dos questionários EVA e DASH para avaliar a dor e a capacidade funcional do

indivíduo, respectivamente. Dos 12 pacientes operados neste período somente 11 foram

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submetidos à aplicação da pesquisa, sendo 9 homens e 2 mulheres, com idade média de

35,5anos (o paciente excluído apresentou associação a lesão do plexo braquial). Após a

aplicação do questionário DASH, a média de pontuação/limitação foi de 15,3% (mín 9,1%, máx

21,4%), sendo que nos pacientes que exerciam atividade laborativa a média foi de 21,02% (mín

10,8%, máx 31,1%) e nos pacientes que exerciam alguma atividade esportiva (2) as limitações

foram de 6,25% e 18,5%; na avaliação pela Escala Visual Analógica (EVA), a média de dor

residual foi de 3 pontos (mín 2,2, máx 3,9); quanto a avaliação da amplitude de movimento

(ADM), medida com goniômetro, a média de perda obtidas foram de 9,5º na flexão e 10,5º na

extensão do punho, de 10,5º na pronação e 10º na supinação do antebraço, e de 6,4º na

flexão e 1,8º na extensão do cotovelo. Após a análise dos dados, constatamos que a média de

perda funcional (15.3%) e de perda para atividades laborais (21,02%) de acordo com a escala

DASH, além da dor residual (média de 3 pontos) de acordo com a EVA, quanto as perdas de

ADM (por volta dos 10º, exceto para a extensão do cotovelo com 1,8º), foram satisfatórios

dada a gravidade da lesão, com os pacientes apresentando poucas restrições em relação ao

retorno às suas atividades diárias e laborativas, com o mínimo de dor residual.

Palavras-chaves: Articulação Rádio-Ulnar Distal, Fratura, Galeazzi, Instabilidade, Rádio Distal

30 - DESCRIÇÃO DOS ACHADOS ESQUELÉTICOS DE UMA FAMÍLIA COM A SÍNDROME DE

SINOSTOSE MÚLTIPLA

William Osamu Toda Kisaki, Tales Shinji Sawakuchi Minei, Ébano Sturm Fernandes, Silvia

Guaresi, Eduardo Everling, Patricia Noguchi, Juliana Miola, Aline Ramos Garcia, Vinicius de

Borba Capaverde, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa UFRGS -

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da

Saúde de Porto Alegre

Resumo

Introdução: a síndrome de sinostose múltipla é uma doença genética autossômica dominante

rara de expressão variável, caracterizada principalmente pelo envolvimento ósseo. Nosso

objetivo foi descrever os achados esqueléticos de uma família com a síndrome de sinostose

múltipla. Métodos: realizou-se o relato da família, com revisão da literatura. Resultados: A

gestante apresentava 29 anos e fazia acompanhamento pré-natal por gestação gemelar

dicoriônica e diamniótica (os sexos dos fetos eram discordantes). Esta era a sua terceira

gestação (possuía história de duas gravidezes ectópicas prévias), sendo que a mesma foi

concebida através de fertilização in vitro com óvulos próprios. Durante avaliação do casal, foi

diagnosticada a síndrome de sinostose múltipla no marido da paciente, que foi o doador do

esperma. Este apresentava limitação na articulação do segundo ao quinto dedos de ambas as

mãos com ausência das pregas interfalangeanas; sindactilia entre dedos da mão e defeito de

redução de terceiro e quarto pododáctilos. Na sua avaliação radiográfica observou-se a

presença de sinfalangismo (fusão das falanges) nos dedos das mãos. Revisando a sua história

familiar, verificou-se que havia mais quatro integrantes com achados similares, mas variáveis:

dois irmãos, um sobrinho - filho de um destes irmãos - e sua mãe. Basicamente, o que mais o

diferenciava dos demais era o acometimento dos membros inferiores, que eram normais nos

demais familiares. Os pais desconheciam os achados genéticos e a possibilidade de que os

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mesmos poderiam ser transmitidos à sua prole. Durante acompanhamento da gestação,

suspeitou-se do acometimento pela síndrome do feto masculino nas ecografias com 20, 24 e

34 semanas de gestação, já que o mesmo se apresentava com as mãos persistentemente

abertas. Os achados pós-natais foram compatíveis com o diagnóstico da síndrome. Conclusões:

o sinfalangismo é um achado pouco comum e característico da síndrome de sinostose

múltipla, o que leva à limitação da movimentação dos dedos das mãos. Outros achados ósseos

que podem estar presentes incluem anormalidades vertebrais, estenose do canal espinhal,

luxação da cabeça do rádio, limitação na pronação/supinação dos antebraços, fusão dos ossos

do carpo e do tarso e ausência das falanges distais dos dedos dos pés.

Palavras-chaves: Autossômico dominante, Sindactilia, Sinfalangismo, Sinostose múltipla, Relato

de caso

31 - FIXAÇÃO COM CERCLAGEM EM OITO NAS FRATURAS OSTEOCONDRAIS DESLOCADAS DA

EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO

Paulo Ruschel

CMC - Clínica da Mão ao Cotovelo

Resumo

As fraturas da extremidade distal do rádio são extremamente comuns e seu tratamento tem

evoluído muito deste o início desta década. Quando o tratamento é cirúrgico, vários métodos

de fixação podem ser utilizados. Em fraturas cominutivas, muitas vezes é necessário a

associação de métodos. O objetivo do trabalho é demonstrar uma importante alternativa de

fixação associada aos diferentes métodos de fixação do rádio distal.

Material e Métodos: Os autores analisam retrospectivamente 9 casos, nos quais foram

utilizados a cerclagem em oito para a fixação de fragmentos osteocondrais volares nas fraturas

cominutivas e instáveis da extremidade do rádio distal. O seguimento mínimo da casuística é

de 16 meses e resultados analisados pelo método de Gartland e Werley e também pelo PRWE.

Resultados: Todos os casos evoluíram de forma satisfatória, com consolidação óssea. Não

houve casos de falência do material de síntese ou perda da redução.

Conclusão: Concluímos que a cerclagem em oito é um importante método auxiliar de fixação

dos fragmentos volares osteocondrais muitas vezes associados as fraturas do rádio distal e

deve estar presente no armamentário do cirurgião de mão. É um método simples,

reprodutível, e uma alternativa efetiva de fixação.

Palavras-chaves: punho, rádio distal, fratura, cerclagem em oito, osteocondral

32 - FIXAÇÃO PERCUTÂNEA COM PARAFUSO MACIÇO PARA O TRATAMENTO DE FRACTURAS

DO RADIO DISTAL

Gonzalo Guaman Gaibor, Cristian Stein Borges, Milton Bernardes Pignataro, Paulo Henrique

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Ruschel

ISCMPA - Hospital Santa Casa de Porto Alegre

Resumo

Apesar do grande avanço tecnológico e das técnicas cirúrgicas nos últimos anos, o tratamento

das fraturas da extremidade distal do rádio ainda é assunto controverso, existindo diferentes

técnicas descritas em vigor na atualidade O tratamento desta lesão concentra-se na redução

da fratura e na manutenção da redução nos pacientes ativos.

A redução fechada com a fixação de fios de K percutâneos tem sido historicamente o método

de tratamento mais comum para fraturas extra-articulares instáveis do radio distal . No

entanto, limitações e complicações específicas diminuíram sua popularidade.

Ao longo dos últimos 10 anos, houve uma mudança dramática no tratamento das fraturas do

radio distal. A redução aberta e a fixação interna ganharam popularidade com o advento da

tecnologia de placa de bloqueio volar, que pode fornecer estabilização rígida, movimentação

precoce e recuperação funcional rápida.

O presente estudo prospectivo foi projetado para demonstrar a eficácia da fixação usando um

parafuso maciço padrão de 3,5 mm de diâmetro, avaliando os resultados funcionais e

radiográficos após a redução fechada e fixação percutânea de fraturas agudas, deslocadas,

extraarticulares e instáveis do raio distal em adultos.

Materias e Métodos

Foi reslizado um estudo retrospectivo, 8 fraturas do radio distal foram tratadas com técnica

minimamente invasiva com o uso de um parafuso maciço para fixação rigida.

Criterios de Inclusão: pacientes com idade entre 18 e 60 anos com fraturas tipo AO tipo A2.

Bom estoque ósseo Cirterios de Exclusão: pacientes com fraturas complexas ou articulares,

lesão tardia mais de 2 semanas, cirurgia prévia para a mesma fratura e lesões concomitantes

das extremidades superiores.

Resultados: Ao final do estudo as radiografias foram analizadas para determinar a invlinação

volar, altura radial e comprimento radial, em uma media de um ano após a cirurgia. A

estabilidade da fixação permite que os pacientes iniciem a amplitude de movimento ativa no

início do curso pós-operatório. Não houve complicações no tecido mole no pós-operatório, e

isso era um benefício esperado da abordagem minimamente invasiva e da colocação

intramedular do dispositivo.

Palavras-chaves: Fraturas do radio distal, Parafuso maciço, Placa de bloqueio volar, Período de

reabilitação, Imobilização

33 - ÓRTESE DINÂMICA PARA LESÃO DO NERVO RADIAL: ESTUDO PILOTO SOBRE ATIVIDADE

ELETROMIOGRÁFICA DO MEMBRO SUPERIOR DURANTE A EXECUÇÃO DE TAREFAS

FUNCIONAIS

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Ana Carolina Grillo Semedo, Flávia P. F. M. Ricci , Isadora Scarpa , Maitê Parisi , Paulo R. P.

Santiago, Marisa de Cássia R. Fonseca

USP - Universidade de São Paulo

Resumo

Introdução: A disfunção do nervo radial implica na perda da atividade muscular dos extensores

do punho e dos dedos. Como consequência, a extremidade distal do membro superior adquire

uma desvantagem biomecânica e a perda da função de preensão. Em termos de reabilitação

do membro superior, as órteses têm sido uma importante modalidade terapêutica

complementar. Além dos instrumentos de avaliação clássicos utilizados na prática clínica, a

eletromiografia também tem sido amplamente utilizada para avaliações objetivas e

quantitativas do membro superior, a fim de se obter dados precisos para proporcionar melhor

fundamentação para a reabilitação da mão. Métodos: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de

Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da

Universidade de São Paulo (HCFMRP – USP), segundo Parecer 1.354.421/2015. Foi analisada a

eletromiografia de superfície através do Root Mean Square (RMS) dos músculos bíceps

braquial (BB), tríceps braquial (TB), extensor radial do carpo (ERC), extensor ulnar do carpo

(EUC), flexor ulnar do carpo (FUC) e flexor superficial dos dedos (FSD). O voluntário era um

paciente do sexo masculino, de 27 anos, com lesão do nervo radial e em uso de uma órtese

dinâmica de alto perfil para extensão de punho, dedos e polegar há 7 meses. O paciente

realizou 3 tarefas funcionais, sem órtese e com órtese, como deslocar um objeto cilíndrico

sobre uma mesa, leva um copo até a boca e despejar um líquido de uma jarra em outro

recipiente. Foram quantificados o RMS e o tempo de execução de cada tarefa. Resultados:

Todas as tarefas foram realizadas mais rapidamente com a utilização da órtese. Houve

diminuição da ativação dos músculos TB e FSD em todas as tarefas. Conclusão: A estabilização

das articulações do punho e metacarpofalangeanas em extensão, promovidas pela órtese,

reduz o recrutamento do flexor superficial dos dedos, que passa a ter uma vantagem mecânica

em relação à situação sem órtese. Aparentemente a órtese dinâmica para lesão do nervo

radial facilita a execução de tarefas funcionais por favorecer a ação sinérgica dos músculos do

antebraço. Além disso, o uso da órtese reduziu o tempo de execução de todas as tarefas.

Novos estudos são necessários para verificação da funcionalidade destas órteses.

Palavras-chaves: órtese, mão, eletromiografia, biomecânica, radial

34 - RECONSTRUÇÃO DE PSEUDO-ARTROSE DO ANTEBRAÇO JÁ OPERADAS PREVIAMENTE DE

UMA A SETE VEZES. APRESENTAÇÃO DE NOVE CASOS DE DIFÍCIL SOLUÇÃO

Paulo Ruschel, Milton Pignataro, Cristian Borges, Celso Folberg

CMC - Clinica da Mão ao Cotovelo, SC - Serviço de Ortopedia Santa Casa Porto Alegre

Resumo

As fraturas dos ossos do antebraço comportam-se como fraturas articulares, haja vista que

este é uma estrutura única que possui dois ossos com dupla articulação que provêem ao

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membro superior movimentos rotacionais de pronação e supinação, aumentando a variedade

de maneiras como os objetos podem ser manipulados pelas mãos, de tal sorte que situações

como consolidação viciosa e pseudartroses podem comprometer esses movimentos

rotacionais, por alterarem a função das articulações radioulnar proximal e distal. Os autores

apresentam sua experiência no tratamento de 9 (nove ) com o diagnóstico de pseudo-artrose

do antebraço sendo 6 pacientes do sexo masculino e 3 pacientes do sexo feminino com a idade

variando de 21 à 56 anos. O número de cirurgias prévias ao nosso tratamento variou de uma à

sete cirurgas. O tempo de evolução entre o trauma e a cirurgia definitiva variou de 4 à 14

meses.

Todas as pseudo-artroses consolidaram, foi utilizado enxerto ósseo autólogo em todos casos. A

fixação interna foi realizada com dupla placa (ortogonal) em 6 casos e Placa única LCP em 3

casos. Segundo o critério de Tcherne – 8 casos retornaram ao seu trabalho anterior e 1 caso

necessitou mudança de trabalho.

Os autores concluem que a pseudo-artrose do antebraço é um evento raro, porém devastador

do ponto de vista funcional. Todos os esforços devem ser realizados para o restabelecimento

funcional dos pacientes acometidos por esta enfermidade.

Palavras-chaves: antebraço, pseudo-artrose, reconstrução antebraço, enxerto ósseo

35 - RECONSTRUÇÃO LIGAMENTAR E FIXAÇÃO PROVISÓRIA COM PARAFUSO DE HERBERT NA

DISSOCIAÇÃO ESCAFO-SEMILUNAR

Paulo Ruschel

CMC - CLINICA DA MÃO AO COTOVELO, SC - Serviço de Ortopedia Santa Casa Porto Alegre

Resumo

A dissociação entre o escafóide e o semilunar é o tipo mais comum de instabilidade carpal.

Linscheid e cols. denominaram esta lesão de CID (instabilidade carpal dissociativa) com padrão

DISI ( instabilidade segmentar intercalar dissociativa). A dissociação escafo-semilunar quando

não tratada ocasiona artrose progressiva do punho, portanto a sua redução e fixação interna

são o tratamento de preferência, principalmente na sua fase aguda.. A reconstrução

ligamentar associada à fixação provisória com parafuso de Herbert tenta reproduzir a

anatomia da região e manter a reconstrução estável até sua cicatrização. O diagnóstico deve

ser precoce e o tratamento instituído de imediato, sendo os resultados mais favoráveis quando

a reconstrução ligamentar é realizada nos primeiros três meses.

Foram avaliados retrospectivamente 21 pacientes portadores de dissociação escafo-semilunar

aguda ou sub-aguda foram operados na Clinica da Mão ao Cotovelo e no Grupo de Mão do

Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Complexo Hospitalar Santa Casa. Foram excluídos do

trabalho os pacientes com mais de três meses de evolução, lesões de partes moles associadas.

A coleta dos dados foi realizada através do preenchimento rigoroso de um protocolo para cada

paciente e avaliação final com um ano de evolução. Avaliamos pelo método PWRE.

Consideramos os resultados excelentes. Apresentaremos detalhes da técnica realizada e sua

indicação e resultados obtidos.

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Palavras-chaves: punho, escafo-semilunar, ligamento carpo, DISI, instabilidade carpal

36 - ANÁLISE CLÍNICA SUBJETIVA DA RUPTURA DO BÍCEPS DISTAL TRATADA

CIRURGICAMENTE ATRAVÉS DA TÉCNICA DA DUPLA VIA DE MAYO

Osvandre Lech, Paulo César Faiad Piluski, Carlos Humberto Castillo Rodriguez, Cyrio Gabriel

Moojen Nácul Borges Fortes, Renato Hobi Filho

HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia, UFFS -

Universidade Federal Fronteira Sul

Resumo

A ruptura do bíceps distal é uma afecção que acomete homens de meia idade e seu

diagnóstico é relativamente simples. Ainda há controvérsias em relação a qual técnica cirúrgica

é superior no seu tratamento. Este trabalho visa avaliar clinicamente através dos questionários

DASH (DisabilitiesoftheArm, ShoulderandHand) e MayoElbowPerfonce Index (MEPI) os

pacientes tratados cirurgicamenteem nosso serviço com a técnica da dupla via de Mayo. A

mediana do questionário DASH foi 0,8 pontos e a média da escala Mayo 96,1 pontos. As

rupturas ocorreram no membro dominante em 63,2% dos pacientes, a principal complicação

pós operatória foi a ossificação heterotópica (15,8%). Não houve diferença significativa nos

escores entre pacientes que apresentaram ossificação heterotópica e os que não

apresentaram, nem nos pacientes que operaram o lado dominante versus os que operaram o

lado não dominante. Houve diferença no escore DASH naqueles pacientes que tinham outra

patologia traumatológica concomitante no membro operado. A técnica da dupla via de Mayo

fornece excelentes resultados funcionais, com baixa taxa de complicações, além de utilizar

materiais de baixo custo

Palavras-chaves: Ruptura do Bíceps Distal, Técnica da Dupla Via de Mayo, Tratamento

Cirúrgico Via Mayo

37 - ANÁLISE COMPARATIVA DA CIRURGIA DE LATARJET COM E SEM O REPARO CAPSULAR

COM ÂNCORA ABSORVÍVEL

Alexandre De Almeida, Luis Felipe Gobbi, Nayvaldo C de Almeida, Ana Paula Agostini, Adriano F

Garcia

HP - Hospital Pompéia, HS - Hospital Saúde, UCS - Universidade de Caxias do Sul

Resumo

Objetivo: O objetivo desta pesquisa é avaliar se o reparo capsular com âncora na borda da

glenóide ao final da Cirurgia de Latarjet altera o resultado do tratamento da instabilidade

anteroinferior do ombro. Métodos: entre Mar/2006 e Jul/2016, 46 pacientes com instabilidade

anterior do ombro foram tratados com a Cirurgia de Latarjet. Foram avaliados 37 pacientes

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com um mínimo de 18 meses de pós-operatório. Em 14 pacientes (Grupo A) foi realizada a

sutura da cápsula articular com uma âncora absorvível na borda anterior da glenóide após a

fixação do enxerto do coracóide. Em 23 pacientes (Grupo B) não foi realizada a sutura

capsular. Os pacientes foram avaliados para a queixa de dor e de sensação de subluxação,

presença de apreensão ao exame físico, percepção sobre a normalidade de sua articulação e

limitação da mobilidade de rotação externa (RE) ativa junto ao tronco. Resultados: os grupos

foram comparados quanto à média etária (Grupo A – média de 25,3 ± 7 anos) – (Grupo B -

média de 32,3 ± 9,4 anos) (p=0,022), quanto ao período de avaliação pós-operatória (Grupo A

– mediana de 37 meses (IIQ:30,7 – 40,0)) – (Grupo B - mediana de 46 meses (IIQ:30,5 – 63,5))

(p=0,163), quanto ao sexo (p>0,999), quanto ao lado operado (p=0,970), quanto à dominância

(p=0,699) e foram considerados semelhantes. Os pacientes do grupo A apresentaram queixa

de dor em 14,3% (2/14) e os pacientes do grupo B em 47,8% (11/23). A diferença não foi

considerada significativa (p=0,074). Os pacientes do grupo A apresentaram sensação de

subluxação do ombro em 7,1% (1/14) e os pacientes do grupo B em 4,3% (1/23). A diferença

não foi considerada significativa (p>0,999). Não houve queixa de apreensão no grupo A. Um

paciente (4,3%) do grupo B queixou apreensão e foi considerado falha de tratamento. Sem

diferença entre os grupos (p>0,999). Os pacientes do grupo A consideraram seu ombro como

normal em 71,4% (10/14) e os pacientes do grupo B em 43,5% (10/23). A diferença não foi

considerada significativa (p=0,098). Foi verificada limitação da RE em 21,4% (3/14) no grupo A

e em 39,1% (9/23) no grupo B. Sem diferença estatística (p=0,306). Conclusão: Não foi possível

verificar diferença no resultado pós-operatório da instabilidade do ombro tratada com a

Cirurgia de Latarjet comparando pacientes em que foi realizada a sutura capsular em âncora

na borda da glenóide com outros onde esta não foi utilizada. Muito embora os pacientes em

que foi realizada a sutura capsular apresentaram menos dor na avaliação pós-operatória, este

achado não foi considerado significativo.

Palavras-chaves: Ombro, Instabilidade, Reparo Capsular

38 - ANÁLISE DE FRATURAS EM 4 PARTES TRATADAS COM ARTROPLASTIA REVERSA DO

OMBRO COM 12, 24 E 36 MESES DE PO

Alexandre De Almeida, Márcio R Valin, Afonso P Bongiolo, Marthina Gressler, Nayvaldo C de

Almeida, Ana Paula Agostini

HP - Hospital Pompéia, HS - Hospital Saúde, UCS - Universidade de Caxias do Sul

Resumo

Objetivo: O objetivo principal desta pesquisa é avaliar a evolução dos pacientes com Fraturas

em 4 Partes do Úmero Proximal (F4P) tratados com Artroplastia Reversa do Ombro (ARO).

Como objetivo secundário, avaliar se a presença de patologias neuro-degenerativas como

Alzheimer afeta o resultado do tratamento. Métodos: entre Out/2012 e Fev/2017, 16

pacientes com F4P foram tratados com ARO. 2 Pacientes foram excluídos por óbito antes de 12

M PO. Foram avaliados 5 pacientes com mínimo de 12 meses de PO (Grupo A), 3 com mínimo

de 24 meses (Grupo B) e 6 com mínimo de 36 meses de PO (Grupo C). Resultados: A média de

idade dos 14 pacientes do estudo foi 79,5 anos. 13 eram mulheres (92,8%). A média de

intervalo Trauma – Tto Cirúrgico foi 5,5 dias. A média de avaliação foi de 30,7 meses. Os 5

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pacientes do grupo A tinham média etária de 80 anos e foram avaliados com média de 13,4

meses. Apresentavam uma média de Flexão Anterior Ativa (FAA) de 80 graus, uma Rotação

Externa (RE) média de -24 graus e o UCLA médio de 22,6. Os 3 pacientes do grupo B tinham

média etária de 81 anos e foram avaliados com média de 25 meses. Apresentavam uma média

de FAA de 113,3 graus, uma RE média de -10 graus e o UCLA médio de 27,6. Os 6 pacientes do

grupo C tinham média etária de 78,3 anos e foram avaliados com média de 46,5 meses.

Apresentavam uma média de FAA de 101,6 graus, uma RE média de 12,5 graus e o UCLA médio

de 26,6. Os grupos foram considerados semelhantes para a idade (p=0,876). Não houve

diferença para a FAA (p=0,455), a RE (p=0,084) e o UCLA (p=0,657). Os 4 pacientes (28,5%) com

Alzheimer tiveram uma média de FAA de 85 graus, uma média de RE de -15 graus e um UCLA

médio de 23,2. Os pacientes sem qualquer doença neuro-degenerativa tiveram uma média de

FAA de 101 graus, uma média de RE de -1,5 graus e um UCLA médio de 26,3. Não houve

diferença estatística entre os grupos. Conclusão: O resultado referente à dor, mobilidade e

força muscular avaliado pelo escore de UCLA dos pacientes com F4P tratados com ARO é

mantido nos primeiros anos. Muito embora os pacientes com doença neuro-degenerativa

tenham apresentado avaliações inferiores, essa diferença não foi significativa.

Palavras-chaves: Artroplastia, Ombro, Fratura

39 - ANÁLISE DO RETORNO AO ESPORTE APÓS A CIRURGIA DE LATARJET

Alexandre De Almeida, Luis Felipe Gobbi, Nayvaldo C de Almeida, Ana Paula Agostini, Adriano F

Garcia

HP - Hospital Pompéia, HS - Hospital Saúde, UCS - Universidade de Caxias do Sul

Resumo

Objetivo: O objetivo da pesquisa é avaliar a capacidade de retorno à atividade esportiva pré-

lesional, após o tratamento da instabilidade do ombro com a Cirurgia de Latarjet. Métodos:

entre Mar/2006 e Jul/2016, 46 pacientes com instabilidade anterior do ombro foram tratados

com a Cirurgia de Latarjet. O enxerto do coracóide foi fixado na borda antero-inferior da

glenóide em posição clássica com 2 parafusos corticais metálicos de 3,5 mm com arruelas

procurando sempre alcançar fixação bicortical na escápula. O tempo de imobilização pós-

operatória foi de 30 dias com tipóia. Foram avaliados 37 pacientes com uma mediana de 39

meses (mínimo de 18 meses de pós-operatório). Resultados: A média de idade dos pacientes

foi de 29,6 anos. 34 pacientes (91,8%) eram masculinos. O lado dominante estava acometido

em 54% dos casos. Sinais clínicos de frouxidão capsular estavam presentes em 24 pacientes

(64,8%). O mecanismo de trauma mais frequente foi o futebol em 24,3% (9/37), seguido de

queda da própria altura em 21,6% (8/37). Na análise radiológica, 3 enxertos (8,1%) foram

considerados medializados, 1 enxerto (2,7%) foi considerado alto e 2 (5,4%) foram

considerados inferiores à posição ideal. Apenas 1 paciente (2,7%) apresentava sinal de

apreensão positivo no exame clínico e foi considerado falha do tratamento. Um total de 27

pacientes (72,9%) foi capaz de retornar ao esporte que realizava previamente à sua lesão do

ombro. Nos 14 pacientes em que foi realizada a sutura capsular em âncora na borda anterior

da glenóide houve uma prevalência de 92,9% de retorno ao esporte (13/14). Nos pacientes

onde não foi suturada a cápsula articular a prevalência de retorno ao esporte foi de 60,9%

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(14/23). A diferença não foi considerada significativa (p=0,056). Conclusão: o índice de retorno

ao esporte após a Cirurgia de Latarjet foi de 72,9%.

Palavras-chaves: Ombro, Instabilidade, esporte

40 - ANALISE DO TRAJETO DO NERVO ULNAR NA REGIÃO CUBITAL, ATRAVÉS DE SUA

DISSECAÇÃO E CORRELAÇÃO COM OS DISTÚRBIOS POR TRAUMA E A SÍNDROME DO CANAL

CUBITAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Bianca Dos Santos Lima, Gabrielly Fernanda Silva, Fabrizio Antonio Gomide Cardoso

UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro

Resumo

INTRODUÇÃO: O Nervo Ulnar, originado das raízes nervosas de C8 a T1 do plexo braquial,

superficializa ao passar pelo epicôndilo medial do úmero, no túnel cubital, onde segue seu

trajeto por centímetros sem proteção óssea ou muscular. Tornando um local de fácil

compressão, que o torna suscetível a lesões que podem desencadear déficits motores e

sensitivos. MÉTODOS: Por meio do Curso de desenvolvimento de técnicas anatômicas e

dissecação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com carga horaria total de

200 horas, que proporciona ao aluno aprofundar o estudo anatomo-clínico por dissecação;

durante o trabalho com uma peça de membro superior se identificou o trajeto do Nervo Ulnar

e suas vulnerabilidades após ser removido, por meio de afastamento, todo o tecido cutâneo e

outras estruturas como fáscia e algum tecido adiposo. Adicionado com estudo teórico de

anatomia e biomecânica da região a ser explorada. RESULTADOS: Com a dissecação e

observação da posição do nervo Ulnar é notória a relação entre a sua exposição, com a

possibilidade de lesão e os mais comuns sinais clínicos no cotovelo e na mão após sua lesão,

tais como: mão em garra e Síndrome do Canal Cubital. CONCLUSÕES: O estudo por dissecação

com a anatomia clínica auxilia e complementa a formação prática dos alunos, facilitando a

compreensão e fixação dos estudos teóricos. Além das técnicas utilizadas que possibilitam

também um aprimoramento na destreza e habilidades manuais. Após a dissecação e

observação anatômica do Nervo Ulnar se nota o quão desprotegido se encontra e a sua

estreita relação com o número de casos por trauma. Tal trajeto superficial, sem proteção

osteo-muscular facilita suas lesões que resultam em distúrbios podendo gerar parestesias,

paresias e perda da coordenação motora que poderão ser trabalhados pelo profissional

fisioterapeuta.

Palavras-chaves: ANATOMIA, COMPRESSÃO NERVOSA, COTOVELO, DISSECAÇÃO, NERVO

ULNAR

41 - AVALIAÇÃO CLÍNICA DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS FRATURAS DO TERÇO MÉDIO DA

CLAVÍCULA EM UM HOSPITAL DO SUL DE SANTA CATARINA

Fernando Hehn, Willian Nandi Stipp, Martins Back Netto, Paola Bonavides, Helena Cateano

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Gonçalves e Silva, Aloir Júnior

UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina - Campus Tubarão

Resumo

Introdução: As fraturas de clavícula correspondem a cerca de 2,6 a 10% das fraturas do corpo

humano, sendo que as diafisárias compõem cerca de 80% delas. Historicamente, tais fraturas

eram tratadas de maneira conservadora, contudo estudos recentes constatam uma maior

ocorrência de complicações do que havia sido relatado anteriormente. O tratamento cirúrgico

pode acarretar em melhores resultados funcionais, um retorno mais rápido ao trabalho e um

menor tempo de consolidação, entretanto esta opção terapêutica também não é isenta de

complicações. A infecção da ferida operatória, formação de cicatriz hipertrófica, a

proeminência do material de síntese e a necessidade de uma reoperação para a retirada deste

material podem acontecer nesta abordagem. Métodos: O objetivo deste estudo foi avaliar o

resultado do tratamento cirúrgico das fraturas do terço médio da clavícula. Foi um estudo

transversal retrospectivo, em que foram avaliados 36 pacientes que sofreram fratura do terço

médio da clavícula e que foram tratados cirurgicamente, pelo mesmo cirurgião, no período de

janeiro de 2012 a fevereiro de 2017. Eles foram avaliados quanto aos tipos de traço de fratura,

tempo de fratura, complicações, mecanismo do trauma, idade, sexo, tabagismo, material de

síntese, escores de Constant-Murley (CM) e UCLA-M. Resultados: Foi observado um maior

predomínio do sexo masculino, de não-fumantes, com a maior parte dos casos entre a faixa

etária dos 21 aos 30 anos, e a idade média foi de 37,62. Os acidentes de trânsito

corresponderam ao principal mecanismo do trauma, seguido por queda da própria altura.

Houve um pequeno predomínio do traço cominutivo, com 52,9% dos casos. A proeminência do

material de síntese foi a complicação mais comum do estudo, tendo sido encontrada em

44,1% dos pacientes. Ademais, a pseudoartrose acometeu 2,9% dos casos. Em ambos os

escores funcionais foram encontrados bons resultados para o tratamento cirúrgico. Os

resultados bom ou excelente corresponderam a mais de 85% e 79% dos casos, para os escores

de CM e UCLA-M, respectivamente. A média do escore de CM foi de 91,59, e do escore de

UCLA-M foi de 31,29. A síntese mais utilizada foi a Dynamic Compression Plate + parafusos,

sendo que a idade apresentou relação estatística com o tipo de osteossíntese (p

Palavras-chaves: Cirurgia, Clavícula, Fraturas, Resultado Funcional

42 - AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DA INTEGRIDADE DA SUTURA DO SUBESCAPULAR

EM ARTROPLASTIAS REVERSAS DO OMBRO

Alexandre De Almeida, Daniel C Agostini, Cristiano Raymondi, Pedro Guarise, Nayvaldo C de

Almeida, Guilherme A Stangherlini

HS - Hospital Saúde, HP - Hospital Pompéia, UCS - Universidade de Caxias do Sul

Resumo

Objetivo: O objetivo principal desta pesquisa é estabelecer a correlação entre a integridade da

sutura do tendão do Subescapular (SubE) na ultrassonografia e sua funcionalidade através dos

testes clínicos no pós-operatório da Artroplastia Reversa do Ombro (ARO). Como objetivo

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secundário, avaliar a presença e a viabilidade do tendão do SubE suturado. Métodos: Estudo

retrospectivo que incluiu 18 pacientes submetidos a ARO. Foi realizado o reposicionamento do

SubE na borda anterior da osteotomia umeral ao final do procedimento. A mediana de tempo

de avaliação pós-operatória foi de 31 meses. A avaliação clínica consistiu na realização da

manobra de Gerber, Lag test de Gerber, manobra de compressão abdominal, avaliação da

mobilidade da flexão anterior ativa (FAA), rotação externa (RE) e rotação interna (RI). Todos os

pacientes foram submetidos a ultrassonografia do ombro operado através da qual foi avaliada

a presença do tendão do SubE e sua viabilidade. Considerou-se como estatisticamente

dos pacientes analisados (72,2 %, IC 95%:51,5-92,9%). Nestes, o SubE apresentava um padrão

fibrilar alterado em 5 pacientes (38,4 %, IC 95%: 12,0-64,9%) e foi considerado não viável. Não

foi verificada associação entre a viabilidade do SubE e a positividade do teste de Gerber

(p=0,480), do teste de Lag test de Gerber (p=0,480) e a positividade do teste de compressão

abdominal (p=0,618). Não houve diferença estatisticamente significativa para a mobilidade de

FAA (p=0,104), RE (p=0,196) e RI (p-0,374) entre os pacientes que tinham SubE viáveis e os

que não tinham SubE viáveis. Conclusão: Não foi possível demonstrar uma correlação entre a

integridade da sutura do tendão do SubE na ultrassonografia e sua funcionalidade através dos

testes clínicos no pós-operatório de ARO. A sutura do SubE ao final do procedimento de ARO

tem elevado índice de falha, demostrado pela alta incidência de tendões não viáveis ou

ausentes.

43 - AVALIAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO DAS MÃOS ESQUERDA E DIREITA EM INDIVÍDUOS COM

EPICONDILALGIA LATERAL CRÔNICA

Henrique Schneider, Matheus Wiebusch, Brooke Coombes, Marcelo Faria Silva

Universidade de Queensland - Universidade de Queensland, UFCSPA - Universidade Federal

de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumo

INTRODUÇÃO: Diversos estudos têm evidenciado a presença de déficit na discriminação do

lado esquerdo e direito do corpo em indivíduos com dor musculoesquelética crônica. Em

pacientes com epicondilalgia lateral crônica, há indícios de alterações na organização e

processamento de zonas motoras corticais respectivas aos músculos afetados. Estes achados

sugerem provável performance deficitária destes pacientes ao discriminar o lado

esquerdo/direito do corpo. Além disso, a discriminação de lateralidade pode estar relacionada

à outras variáveis como incapacidade e intensidade da dor nestes pacientes. O objetivo deste

estudo foi descrever e comparar a performance no teste de discriminação do lado

esquerdo/direito (acurácia e tempo de reação) com a incapacidade e intensidade da dor nos

lados sintomáticos e assintomáticos em pacientes com epicondilalgia lateral crônica.

MÉTODOS: Tem como delineamento um estudo observacional transversal. Foram recrutados

12 indivíduos com queixa de dor no epicôndilo lateral do úmero por mais de 6 semanas,

provocada por dois ou mais dos seguintes testes: preensão palmar, extensão resistida do

punho ou do dedo médio, e palpação do epicôndilo lateral. Foram avaliados a intensidade de

dor (utilizando uma escala numérica de dor), a incapacidade (através do questionário Patient-

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rated tennis elbow evaluation), a discriminação do lado esquerdo/direito (através do software

Recognise™). O teste de correlação de Pearson foi usado para correlações entre dor e

incapacidade com variáveis do teste de discriminação do lado esquerdo/direito, e teste t

pareado foi utilizado para comparar os lados sintomático e assintomático. RESULTADOS: A

média de idade dos participantes foi de 45,2 ± 11,5 anos, sendo que 7 (58,33%) eram do sexo

masculino e 8 (75,0%) tinham o lado dominante acometido. O teste t pareado não demonstrou

diferenças significativas entre os lados acometido e não acometido no tempo de reação

(p=0,518) e na acurácia (p=0.886) do teste de discriminação das mãos direita e esquerda.

Valores de tempo de reação do teste de discriminação das mãos direita e esquerda não foram

correlacionados com níveis de pior dor nas últimas 24 horas (p=0,694), de pior dor na última

semana (p=0.497) e de incapacidade (p=0,941). Da mesma forma, a acurácia no teste de

discriminação não foi correlacionado significativamente com essas mesmas variáveis

((p=0,830), (p=0,349) e (p=910), respectivamente). CONCLUSÃO: Indivíduos com epicondilalgia

lateral crônica não apresentaram diferença entre os lados acometido e não acometido na

performance do teste de discriminação das mãos direita e esquerda. Medidas de dor e

incapacidade também não foram correlacionadas com tempo de reação e acurácia do teste.

Palavras-chaves: Discriminação de lateralidade, Epicondilalgia lateral crônica, Incapacidade,

Intensidade da dor

44 - AVALIAÇÃO PÓS OPERATÓRIA DA CIRURGIA DE LATARJET-PATTE, POR MEIO DO

WESTERN ONTARIO SHOULDER INSTABILITY INDEX (WOSI)

Rafael De Luca de Lucena, Bernardo Vaz Peres Alves, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha

Thomaz, Marcelo de Oliveira Maineri, João Pedro Farina Brunelli, Carlos Francisco Coelho

Koch, Ivan Fadanelli Simionato, Augusto Heinen, Renan Leite, Fábio Yoshihiro Matsumoto,

Marco Tonding Ferreira, Fernando Carlos Mothes, Almiro Gerzson de Britto

ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa De Misericordia De Porto Alegre

Resumo

INTRODUÇÃO: O ombro consiste na articulação do corpo com arco de movimento mais amplo,

o que, associado ao baixo contato ósseo glenoumeral, leva a uma maior instabilidade articular.

A luxação glenoumeral pode ser dividida em anterior e posterior, sendo a primeira responsável

pela maioria dos casos. Os casos de instabilidade glenoumeral anterior com perda óssea de

20% ou mais da glenoide tem a cirurgia de Latarjet como técnica de escolha de vários

cirurgiões para seu tratamento. O questionário Western Ontario Shoulder Instability Index

(WOSI) possibilita avaliar a resposta pós-operatória e o retorno às atividades diárias prévias ao

procedimento dos pacientes com instabilidade anterior do ombro.

MÉTODOS : Estudo retrospectivo, no qual o critério de seleção dos pacientes para o estudo

consistiu em indivíduos com sinais e sintomas de instabilidade glenoumeral anterior, com ou

sem defeito ósseo da glenóide, operados por um dos quatro cirurgiões de nosso serviço

através da técnica de Latarjet-Patte e com mínimo de 12 meses de pós-operatório. Pacientes

com procedimento prévio no ombro com a finalidade de tratamento da instabilidade

glenoumeral foram excluídos do trabalho.

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RESULTADOS: Foram analisados os dados dos 47 formulários respondidos, de 46 pacientes

submetidos à cirurgia de Latarjet, sendo 36 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. Os dados

foram avaliados por gênero e idade no momento da cirurgia, através da pontuação obtida pelo

questionário WOSI.

CONCLUSÃO: De acordo com os resultados obtivos, sugerimos que a cirurgia de Latarjet-Patte

seja realizada em pacientes mais jovens devido os melhores obtidos pelo WOSI.

Palavras-chaves: Instabilidade, Latarjet , Luxação , Ombro, WOSI

45 - EFEITO DA MOBILIZAÇÃO ESCAPULAR NA FORÇA PROPULSIVA DAS MÃOS DE

NADADORES

Tamiris Beppler Martins Tais Beppler Martins

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina

Resumo

Introdução: o desarranjo biomecânico na cintura escapular de nadadores gera assimetria de

forças na braçada piorando o desempenho do nado. Objetivos: analisar o efeito mobilização

escapular na força propulsiva máxima e média das mãos de nadadores praticantes do nado

borboleta. Metodologia: esta pesquisa é um estudo experimental e transversal, paralelo em

três grupos. A amostra foi composta de 30 indivíduos de 13 a 25 anos selecionados de maneira

não probabilística intencional, divididos em três grupos de 10 nadadores (intervenção-GI;

controle-GC; placebo-GP). O GI recebeu mobilização escapular com descolamento do gradil

costal pela borda lateral da escápula. O GP recebeu apenas a mobilização em oito, sem

descolamento. O GC não recebeu intervenção e permaneceu deitado pelo mesmo tempo da

técnica (10 minutos). A avaliação foi realizada em três momentos: pré-mobilização (PM) pós-

imediato (PI) e pós-tardio (PT - 30 minutos após a técnica). Foi solicitado a cada nadador uma

execução máxima de 25 metros do nado borboleta. A força propulsiva, expressa em Newton,

foi avaliada por dois sensores de pressão posicionados entre as falanges do dedo médio e

indicador de ambas as mãos, onde os mesmos foram conectados a um conversor A/D ligado ao

notebook com o Sistema Aquanex (Swimming Technology Research, EUA). Para verificar o

efeito dos grupos (GI, GC e GP) e das condições (PM; PI; PT) na força propulsiva das mãos foi

realizada análise de variância univariada com ajustamento de bonferroni. O nível de

sob o número 972.342. Resultados: não houve interação significativa entre grupos e

condições. O efeito principal significativo foi observado no grupo placebo. A força propulsiva

máxima do GP foi significativamente diferente do GC (p=0,003) e do GI (p=0,001). Ainda, o

mesmo ocorreu com a força propulsiva média do GP em relação ao GC (p=0,007) e ao GI

(p=0,003). Conclusões: os achados mostraram que a mobilização em oito reduz as forças

propulsivas das mãos, implicando num nado com menor precisão em relação aos que não

receberam nenhuma técnica e aos que receberam a técnica com descolamento da escápula.

Assim, não é recomendada a aplicação desta mobilização em nadadores.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Natação, Manipulações Musculoesqueléticas

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46 - EFEITO DA TERAPIA MANUAL NA SIMETRIA ESCAPULAR DE NADADORES

Tamiris Beppler Martins Tais Beppler Martins

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina

Resumo

Introdução: é alta a incidência de alterações posturais na cintura escapular em nadadores

(72%) e estão relacionadas ao tempo de prática esportiva e à carga de treinamento. Objetivos:

analisar o efeito da terapia manual na simetria escapular de nadadores praticantes do nado

borboleta. Metodologia: esta pesquisa é um estudo experimental e transversal, paralelo em

três grupos. A amostra foi composta de 30 indivíduos de 13 a 25 anos selecionados de maneira

não probabilística intencional, divididos em três grupos de 10 nadadores (intervenção-GI;

controle-GC; placebo-GP). O GI recebeu mobilização escapular com descolamento do gradil

costal pela borda lateral da escápula. O GP recebeu apenas a mobilização em oito, sem

descolamento. O GC não recebeu intervenção e permaneceu deitado pelo mesmo tempo da

técnica (10 minutos). A avaliação foi realizada em três momentos: pré-mobilização (PM) pós-

imediato (PI) e pós-tardio (PT - 30 minutos após a técnica). Foi solicitado a cada nadador que

permanecesse na posição ortostática, vista posterior, para que fossem coladas as esferas de

isopor no ângulo inferior da escápula direita e esquerda, e na 3ª vértebra torácica. A câmera

foi posicionada com eixo ótico perpendicular ao sujeito a uma altura de 0,92 m. A avaliação da

assimetria horizontal da escápula foi realizada pelo sistema de marcação de pontos do próprio

sistema do Software para Avaliação Postural (SAPO). Para verificar o efeito dos grupos (GI, GC

e GP) e das condições (PM; PI; PT) na simetria escapular foi realizada análise de variância

aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UDESC sob o número 972.342. Resultados: não

houve interação significativa entre grupos e condições. O efeito principal significativo foi

observado no grupo placebo. A média do índice de simetria do GP foi significativamente

diferente do GC (p=0,01) e do GI (p=0,05). Conclusões: os achados mostraram que a

mobilização em oito promove uma maior assimetria do posicionamento das escápulas, aos que

não receberam nenhuma técnica e aos que receberam a técnica com descolamento da

escápula. Assim, não é recomendada a aplicação desta mobilização em nadadores.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Natação, Manipulações Musculoesqueléticas

47 - ESTUDO PROSPECTIVO DA PREVALÊNCIA DA DEFORMIDADE DE POPEYE APÓS

TENOTOMIA E TENODESE DA CABEÇA LONGA DO BÍCEPS

Alexandre De Almeida, Luiz Felipe Gobbi, Nayvaldo C de Almeida , Ana Paula Agostini, Adriano

F Garcia

HP - Hospital Pompéia, HS - Hospital Saúde, UCS - Universidade de Caxias do Sul

Resumo

Objetivo: avaliar se o IMC 30 pode ser utilizado como ponto de corte nas decisões sobre

realizar ou não a tenodese da Cabeça Longa do Bíceps (CLB) levando a um baixo índice de

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queixa estética por parte dos pacientes. Como objetivo secundário compararemos duas

técnicas de tenodese com relação à capacidade de evitar a deformidade estética do braço

após a tenotomia da CLB. Métodos: Estudo prospectivo. 96 pacientes submetidos à cirurgia

artroscópica em um ombro entre janeiro de 2010 e julho de 2017. Sempre que era encontrado

algum critério para tenotomia da CLB, o paciente era eleito para o estudo, e esta era realizada.

Foi realizada de forma isolada nos pacientes onde o IMC>ou=30 e foi seguida de tenodese

quando o IMC

Palavras-chaves: Ombro, Bíceps, Deformidade de Popeye

48 - LESÕES DO TENDÃO SUBESCAPULAR: CORRELAÇÃO ENTRE ACHADOS DO EXAME FÍSICO,

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E ARTROSCOPIA

Osvandre Lech, Paulo César Faiad Piluski, Carlos Humberto Castillo Rodriguez, Gustavo Vinícius

Ghellioni, Deivis Caseres Finger

HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia, UFFS -

Universidade Federal Fronteira Sul

Resumo

O presente estudo tem o objetivo de informar nossas observações sobre a freqüência relativa

de lesões do tendão subescapular em pacientes submetidos a reparo artroscópico de

manguito rotador, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2017, e comparar estas com achados

do exame físico e de ressonância magnética. Métodos: estudotransversal retrospectivo com

102 pacientes (N=102), avaliados através do exame físico, Ressonância Magnética e

Artoscopia.Resultados:vimos que uma frequência significativa (pLift-Off Test, Bear-Hug e Belly-

Press com a profundidade, extensão e retração na RNM. O mesmo ocorre relacionando as

imagens da RNM com as imagens vistas na artroscopia, na profundidade, na extensão e se

isolada ou associada a outras lesões do manguito rotador.Ainda, ao comparar os testes de

exame físico com coma visão direta na artroscopia, o teste de Lift-Offem relação a extensão e

retração.Conclusão: Apesar da limitação de cada forma de identificar as lesões do

subescapular, encontramos frequências significativas ao associá-las, e assim, ter um

diagnóstico e tratamento mais preciso.

Palavras-chaves: LESÕES DO TENDÃO, TENDÃO SUBESCAPULAR, EXAME FÍSICO, RESSONÂNCIA

MAGNÉTICA, ARTROSCOPIA

49 - RESULTADOS RADIOGRÁFICOS DO TRATAMENTO CIRURGICO DAS FRATURAS

DESLOCADAS DO ÚMERO PROXIMAL PELA TÉCNICA MISTA

Ivan Fadanelli Simionato, Rafael De Luca de Lucena, Bernardo Vaz Peres Alves, Renan Castanho

de Campos Leite, Augusto Heinen, Marco Tonding Ferreira, Almiro Gerzson de Britto, Fernando

Carlos Mothes, Fábio Yoshihiro Matsumoto

ISCMPA - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE / UNIVERSIDADE FEDERAL DE

CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE

Resumo

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As fraturas da extremidade proximal do úmero são um desafio terapêutico. Ainda não foi

estabelecido um método padrão-ouro para o seu tratamento. Essas fraturas correspondem a

cerca de 7% das fraturas ocorridas na população em geral, têm prevalência aumentando

conforme o aumento da expectativa de vida dos pacientes e apresenta índices de

complicações relacionados tanto ao tratamento conservador, como também aos tratamentos

cirúrgicos.

O objetivo do estudo foi avaliar os resultados radiológicos da técnica mista no tratamento das

fraturas do úmero proximal.

Foram avaliados, retrospectivamente, 32 pacientes com fratura aguda da extremidade

proximal do úmero deslocada em 2, 3 e 4 partes, submetidos ao tratamento cirúrgico através

da técnica mista. O desfecho primário foi considerado a presença ou não de consolidação da

fratura. Foram avaliados também a manutenção da redução, tanto no pós operatório

imediato, bem como no tardio. A avaliação foi realizada por meio da análise das imagens

radiográficas simples pré e pós operatórias dos pacientes incluidos no estudo.

Entre os 32 pacientes avaliados, 6,4% representavam fraturas em 2 partes, 71,8% fraturas em

3 partes e 21,8% fraturas em 4 partes. A média de idade foi de 61,3 anos. As fraturas

apresentavam os seguintes desvios dos fragmentos: 62,6% em varo, 31,2% em valgo e 6,2%

neutro. O índice de consolidação obtido no grupo de 32 pacientes foi de 96,8%. Uma taxa de

perda de redução inical foi observada em 21,8% dos pacientes. Dentre o grupo de pacientes

que apresentou perda da redução, houve predominância de comprometimento da dobradiça

medial e extensão metafisária do traço de fratura. A média de idade dos pacientes que

perderam a redução foi de 71,1 anos e o desvio predominante de fratura foi em varo, 85,7%

dos casos nesse grupo.

Os resultados obtidos no estudo pelo uso da técnica mista apresentam índices de consolidação

aceitáveis e semelhantes aos obtidos no uso de outras técnicas já descritas. A técnica mista

agrega a fixação percutânea do colo do úmero com fios rosqueados 3.5mm a uma mini-incisão

pela via anterolateral, na qual se realiza a amarria dos tubérculos fraturados e deslocados com

o uso de fios de Ethibond 5, realizando-se o controle da redução através de radioscopia

transoperatória. A técnica mista apresenta algumas vantagens em relação às técnicas que

utilizam dispositívos de fixação rígida, como, a menor agressão aos tecidos moles, e o fato de

não se manter o material de síntese após a consolidação da fratura. Dessa maneira os riscos de

cut-out do material de síntese são reduzidos, e, na eventual ocorrência de necrose avascular

da cabeça umeral decorrente do trauma, a perfuração da cabeça é evitada, complicação mais

associada ao uso de placas rígidas. Apresenta ainda a vantagem de uso de material de baixo

custo. As limitações da técnica podem ser consideradas em casos de fraturas em 4 partes, nas

quais a abordagem e redução adequada do tubérculo menor pode tornar-se um desafio.

Também deve-se ficar atento para o uso da técnica em traços de fratura com extensão

metafisária e comprometimento da dobradiça medial.

Palavras-chaves: Cirurgia , Fratura , Mista, Proximal, Úmero

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50 - RUPTURA BILATERAL DE TRÍCEPS : RELATO DE CASO

Rafael De Luca de Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Thomaz, Marcelo de Oliveira

Maineri, Bernardo Vaz Peres Alves, João Pedro Farina Brunelli, Carlos Francisco Coelho Koch,

Ivan Fadanelli Simionato, Augusto Heinen, Ramon Magalhães Mendonça Vilela, Fábio Yoshihiro

Matsumoto, Almiro Gerzson de Britto

iSCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericordia de Porto Alegre

Resumo

INTRODUÇÃO: Lesões tendinosas em tríceps distal são extremamente raras na população

geral, sendo reportada em apenas 0,8% de todas as lesões de tendão. As causas mais comuns

são resultado de contração contra resistência, especialmente halterofilistas, e traumas direto.

Nos casos não traumáticos, a literatura expõe que grande parte está associado a

comorbidades médicas ou uso de medicamentos.

MÉTODOS: Neste artigo se apresenta um relato de caso de um paciente, que é halterofilista

profissional, com ruptura completa de tríceps espontânea à esquerda, sendo reparado

cirurgicamente. Alguns anos após, sofre ruptura traumática à direita e nova ruptura à

esquerda, também sendo reparadas cirurgicamente.

RESULTADOS: Optou-se pelo reparo aberto cirúrgico das lesões tendinosas. O paciente evoluiu

com bons resultados, voltando às atividades físicas profissioanais.

CONCLUSÕES: A ruptura do tríceps é pouco frequente, sendo muitas vezes subdiagnosticada.

Alguns grupos etários e tipos de atividades estão mais expostos a essa injúria. Quando

adequadamente tratadas, geram bons resultados funcionais.

Palavras-chaves: Bilateral, Espontânea, Ruptura , Trauma, Triceps

51 -SÍNDROME DE ANTLEY-BIXLER: UMA CONDIÇÃO GENÉTICA CARACTERIZADA POR

SINOSTOSE RADIO UMERAL E FRATURAS

William Osamu Toda Kisaki, Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon

Magalhães Mendonça Vilela, Fernanda Scalco Acco, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano

Machado Rosa

UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFCSPA - Universidade Federal de

Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumo

Introdução: a síndrome de Antley-Bixler (SAB) é uma doença genética rara caracterizada, entre

outros achados, por sinostose radio umeral. Nosso objetivo foi relatar um paciente com

diagnóstico de SAB, chamando a atenção para os achados que podem levar à sua suspeita

diagnóstica, incluindo a sinostose radio umeral e as fraturas. Métodos: realizou-se o relato do

caso, junto com uma revisão da literatura. Resultados: o paciente é o primeiro filho de pais

jovens e não consanguíneos, encaminhado para avaliação devido à suspeita de osteogênese

imperfeita. Nasceu de parto cesáreo, a termo, pesando 3540 gramas e com Apgar de 9/10. No

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quinto dia, observou-se que o bebê apresentava restrição nos cotovelos, sendo verificadas

fraturas de membros. O cariótipo era normal. Aos 27 dias de vida, observou-se crânio com

parietais proeminentes, fontanela ampla, fronte proeminente, fendas palpebrais oblíquas para

baixo, hipoplasia de raiz nasal, orelhas displásicas, e rigidez nas articulações dos cotovelos,

joelhos e tornozelos. A avaliação radiográfica evidenciou fratura de úmero e fêmur esquerdos,

deformidade das extremidades distais dos úmeros e das proximais dos rádios e ulnas, com

fusão do úmero e ulna à esquerda, e fêmur esquerdo alargado e encurvado lateralmente. A

ressonância magnética de encéfalo revelou moderada dilatação do sistema ventricular

supratentorial; acentuação das fissuras e sulcos corticais hemisféricos, e megacisterna magna.

Aos 9 meses de idade, observou-se dificuldade respiratória e otite bilateral. A

nasofibrobroncoscopia não revelou obstrução de coanas. Conclusões: a soma dos achados

observados foi compatível com o diagnóstico de SAB. Esta deveria ser considerada em casos

apresentando sinostose radio umeral, um achado considerado geralmente mínimo para a

realização do diagnóstico da síndrome.

Palavras-chaves: Doença genética, Fraturas de membros, Relato de caso, Sinostose radio

umeral, Síndrome de Antley-Bixler

52 - SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL: COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS NA TÉCNICA DE

TRANSPOSIÇÃO SUBCUTÂNEA ANTERIOR

Osvandre Lech, Paulo César Faiad Piluski, Carlos Humberto Castillo, Quintino Rodrigues de

Castro Junior, João Artur Bonadiman

HSVP - Hospital São Vicente de Paulo, IOTRS - Instituto de Ortopedia e Traumatologia, UFFS -

Universidade Federal Fronteira Sul

Resumo

A síndrome do túnel cubital corresponde a disfunção sintomática do nervo ulnar ao nível do

cotovelo, devido à combinação de compressão, tração e fricção. É a segunda neuropatia

compressiva mais comum dos membros superiores, após a síndrome do túnel do carpo. O

diagnóstico da síndrome do túnel cubital é clínico, mediante anamnese e exame físico.O

tratamento é conservador na fase inicial da doença, com mudança de hábitos posturais, uso de

órteses, fisioterapia, anti-inflamatórios, e medicação anti-neuríticaa fim de reduzir a dor e

fatores compressivos. Foi realizado análise retrospectiva dos prontuários médicos de pacientes

diagnosticados com síndrome do túnel cubital abordados cirurgicamente com a técnica de

transposição subcutâneano.Trinta e sete pacientes e 38 cotovelos (um paciente foi submetido

à intervenção cirúrgica bilateralmente) foram abordados segundo à técnica de transposição

subcutânea anterior do nervo ulnar;20 (54,1%) eram homens e 17 (45,9%) mulheres, com

idade variando entre 24 e 73 anos e média de 46,05 (+ 13,51) anos e com seguimento clínico

médio foi de 16,72 meses. A transposição subcutânea anterior do nervo ulnar em casos de

síndrome do túnel cubital é segura e eficaz, com baixa taxa de complicações, sendo a maioria

transitórias.

Palavras-chaves: Síndrome, Síndrome do Túnel Cubital, Técnica de Transposição Subcutânea

Anter

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53 - TÉCNICA CIRÚRGICA DE TRANSFERÊNCIA DE GRANDE DORSAL PARA LESÕES

IRREPARÁVEIS DO SUBESCAPULAR

Fernando Mothes, Fabio Matsumoto, Augusto Heinen, Almiro Gerzson de Britto, Marco

Ferreira Tonding, Rodrigo Py

ISCMPA - Grupo de Cirurgia de Ombro, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

Resumo

Inicialmente descrita para tratamento de lesões de plexo braquial, a transferência do tendão

do grande dorsal é uma técnica frequentemente utilizada para tratamento de lesões

irreparáveis posterosuperiores do manguito rotador. Nos casos de lesões irreparáveis do

subescapular , a transferência mais realizada é a do peitoral maior. Em estudo anatômico

publicado em 2014, Elhassan et al descreveu a transferência do grande dorsal para lesões

irreparáveis do subescapular como uma alternativa viável. O objetivo desse estudo é

demonstrar em detalhes a técnica cirúrgica de transferência de grande dorsal para lesões

irreparáveis do subescapular e lesões anterosuperiores realizada pelo serviço de Cirurgia de

Ombro da Santa Casa de Porto Alegre assim como os resultados preliminares.

Palavras-chaves: Manguito Rotador, Transferência, Grande Dorsal, Subescapular

54 - A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO EM ATLETAS DE BASQUETEBOL

Luciana Venhofen, Flavia Tonelli, Giuliano Esposito Costa

UCDB - Unversidade Católica Dom Bosco

Resumo

Este estudo tem por objetivo avaliar a eficácia do treinamento proprioceptivo como preventor

de lesões de membros inferiores em atletas universitários de basquetebol. Como método

avaliativo, foi utilizado o Star Excursion Balance Test (SEBT), que é um teste para avaliação

proprioceptiva, que consiste em oito linhas retas de 100 centímetros (cm) de comprimento e 3

cm de largura, neste caso, feitas de fita métrica de tecido, colocadas no chão. Estas retas se

encontram no centro formando um circulo em que há uma angulação de 45 graus entre cada

reta. Detectando assim, alguma disfunção do sistema nervoso central, devido à lesão, que

possa alterar a capacidade proprioceptiva do atleta. O estudo contou com 20 atletas, sendo 9

homens e 11 mulheres, divididos em dois grupos, cada um com 10 pessoas tendo 5 homens e

5 mulheres no grupo controle, e 4 homens e 6 mulheres no grupo teste. O grupo teste, após a

avaliação, participou de um treinamento com exercícios proprioceptivos que incluíram

agilidade, força, explosão, velocidade e equilíbrio. Após, foi realizada a reavaliação desses

mesmos atletas no teste SEBT, e a comparação entre os resultados do antes e depois do

treinamento e a comparação do teste entre os dois grupos. Com a análise dos resultados,

verifica-se a extrema significância do treinamento proprioceptivo na prevenção de lesões em

membros inferiores em atletas de basquetebol. Neste estudo todos os participantes

apresentavam algum histórico de lesões em membros inferiores, sendo de joelho, tornozelo

ou pé. O grupo de intervenção apresentou a resposta benéfica e satisfatória, que veio de

encontro ao esperado para o desenvolvimento e conclusão deste ensaio clínico. Foram

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encontradas diferenças significativas entre atletas que realizaram o treino proprioceptivo e

aqueles que não o realizaram quando comparados entre pré e pós-intervenção. O SEBT

mostrou-se eficaz para demonstrar déficits proprioceptivos e de equilíbrio em atletas.

Palavras-chaves: Atletas de Basquetebol, Treino Proprioceptivo, Star Excursion Balance Teste

55 - ABORDAGEM À VITIMA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO POLITRAUMATIZADO: RELATO DE

CASO

MAURÍCIO RODRIGUES, LETÍCIA SIGNORI KOHL, ANDRE FELIPE MAZULLO CERNICCHIARO

Ulbra - Universidade Luterana Do Brasil, Uffs - Universidade Federal Da Fronteira Sul

Resumo

Abordagem à vitima de acidente de trânsito politraumatizado: relato de caso

Resumo: O trauma é um crescente problema de saúde, representando 12% do custo das

doenças no mundo. As colisões automobilísticas são a principal causa de morte por trauma no

mundo. ¹ Para garantir a eficiência do atendimento precoce foi criado no fim da década de 70 o

protocolo ATLS® (Advanced Trauma Life Support®) que padronizou o seguimento do paciente

politraumatizado, e seu advento permitiu uma análise mais objetiva dos casos, possibilitando o

rápido diagnóstico das alterações com alto risco de morte e seu tratamento. Paciente do

presente caso, politraumatizado vítima de acidente automobilístico apresentava luxação de

joelho direito, fratura fechada diafisária de fêmur esquerdo, fratura exposta da tíbia esquerda

com perda óssea e grave desluvamento de praticamente toda a circunferência da perna, além

de luxação de Lisfranc do pé esquerdo e avulsão fechada do coxim do calcâneo esquerdo. O

objetivo desse relato é descrever o atendimento realizado ao paciente, os tipos de fraturas e o

tratamento das mesmas. Além de chamar atenção sobre fraturas que frequentemente não são

diagnosticadas em pacientes politraumatizados.

Palavras-chaves: Politrauma, Fratura Diafisária de Fêmur, Fratura Exposta Tíbia, Luxação De

Lisfranc, Luxação Joelho

56 - ADAMANTINOMA CLÁSSICO EM PACIENTE PEDIÁTRICO, UM RELATO DE CASO

Gabriel Ferrari Alves, William Osamu Toda Kisaki, Luiz J. Moura e Alimena, Alexandre David,

Ébano Sturm Fernandes, Andrius Endrigo Andrin, Tales Antunes Franzine, Tales Shinji

Sawakuchi Minei, Ramon Magalhães Mendonça Vilela, Ian Sulzbacher Peroni, Elisson Rafael

Silva dos Santos, Tális Manoel Strack Lima, Gabriela dos Santos Saballa, Valberto Sanha,

Henrique Castro, Marcelo Emerim Brígido Oliveira, Joel Lucas Maciel dos Santos

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ISCMPA - Irmandade da

Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, ULBRA - Universidade Luterana do Brasil, UFRGS -

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

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Introdução: O Adamantinoma é um tumor primário de ossos longos, maligno e bifásico,

composto por células de origem epitelial e mesenquimal. Afeta principalmente a diáfise da

tíbia e é mais comum em pacientes acima dos 20 anos, raramente acometendo crianças e

adolescentes. Apesar de ser um tumor raro, representando cerca de 0,5% de todos tumores

ósseos, o conhecimento acerca do mesmo é fundamental, uma vez que se manejado

corretamente, a sobrevida em 10 anos ultrapassa os 85%. Método: Foi realizado um relato do

caso juntamente com a revisão da literatura. Resultados: Paciente feminina de 12 anos

procurou ortopedista por apresentar dor e aumento de volume na perna esquerda por cerca

de 3 meses, sem histórico de trauma. Ao raio-x apresentou lesão permeativa, com áreas

osteoblásticas e osteolíticas na diáfise da tíbia esquerda, além de insuflação da diáfise da tíbia.

Devido a semelhança aos exames de imagem com outras patologias como a displasia

osteofibrosa, foi realizada a biópsia óssea para se confirmar o diagnóstico de Adamantinoma

Clássico. Optou-se por realizar a ressecção cirúrgica com margens amplas, além da

reconstrução com um enxerto de fíbula vascularizada e osteossíntese com placa reta DCP. O

acompanhamento pós operatório transcorreu sem intercorrências. Conclusão: O

Adamantinoma é um tumor raro em pacientes pediátricos, sobretudo em sua forma clássica. É

muito agressivo localmente e apresenta metástases em 10 a 30% dos casos, sendo o principal

órgão afetado os pulmões e menos frequentemente os linfonodos. Devido a sua natureza rara

e semelhanças com outros tumores benignos, seu diagnóstico costuma ser demorado e a

biópsia indispensável. O paciente geralmente queixa-se de dor e tumor da região afetada. Ao

exame histológico, deve-se atentar às diferenças entre o Adamantinoma Clássico e o

Diferenciado. Enquanto a forma clássica se caracteriza por um misto de componentes

epiteliais e osteofibrosos em diferentes proporções e padrões, a forma diferenciada (OFD-like)

apresenta uma predominância de tecido osteofibroso, com pequenos grupos de células

epiteliais de difícil detecção. A ressecção cirúrgica com margens amplas vem se mostrando o

melhor método para tratamento, inclusive obtendo resultados semelhantes a amputação do

membro acometido. Tanto a radioterapia quanto a quimioterapia resultaram melhora do

tratamento O comprometimento das margens da ressecção tem se mostrado o principal fator

para recidiva.

Palavras-chaves: Adamantinoma, pediátrico, tumor, tíbia, cirúrgico

57 - CISTO EPIDERMÓIDE INTRAÓSSEO DE FALANGE: RELATO DE CASO

Ricardo Becker, Otávio Pereira Cadore, Simone Martins de Azevedo, Daniela Burguez, Luis

Fernando da Rosa Rivero

HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Resumo

Introdução: O cisto epidermóide intra-ósseo (CEIO) é uma lesão óssea rara e benigna, mais

frequente nos ossos do crânio e das mãos. Entre os ossos da mão, a falange distal (FD) é mais

acometida. A origem dessa lesão pode ser congênita, traumática ou iatrogênica. Acomete

geralmente homens entre os 25 e 50 anos de idade. Geralmente, é localizado na FD dos dedos,

especialmente no 3 QDE. Costumam ser únicos, mas existem casos raros de multiplicidade. A

origem é traumática e secundária à implantação de tecido epitelial dentro do osso.

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Radiograficamente, o CEIO deve ser diferenciado de outras lesões císticas. O tratamento

cirúrgico é o de escolha.

Métodos: Relato de caso de um paciente atendido em ambulatório. Realizado investigação por

métodos de imagem e procedimento cirúrgico juntamente com biópsia. Acompanhada no pós-

operatório.

Resultados: Paciente, 32 anos, feminina, branca, na sua primeira consulta ambulatorial referia

dor e aumento de volume em FD de terceiro quirodáctilo (3Q) da mão esquerda (ME). Negava

doenças prévias e histórico de trauma. Foi realizado raio-x em incidência antero posterior da

ME que evidenciou presença uma lesão osteolítica, radiotransparente, bem circunscrita e

circular na borda medial da FD. Realizou RNM que apresentou com edema ósseo na periferia

de lesão bem delimitada intraóssea. Paciente foi submetida à ressecção cirúrgica uma semana

após o início da investigação. O procedimento consistiu na exérese da lesão óssea com

enxertia de osso e posterior envio para anatomopatológico (AP). Foi realizada a fixação da

falange distal com fio de Kirchner. Resultado de AP foi compatível com cisto de inclusão

epidérmico. Paciente evoluiu bem no pós-operatório tendo recebido alta no mesmo dia do

procedimento cirúrgico com bom controle da dor.

Conclusão: Em suma, o cisto epidermóide intraósseo constitui uma patologia rara, geralmente

associada a trauma prévio, que deve ser diferenciada de outras lesões. Independente da clínica

e do exame radiológico, o diagnóstico correto só pode ser feito através do exame histológico.

Por essa razão, é essencial considerar essa lesão em diagnósticos diferenciais para evitar

ressecções amplas desnecessárias. O tratamento cirúrgico do componente cístico com ou sem

enxerto ósseo não é somente o tratamento adequado, como também previne complicações

futuras.

Palavras-chaves: cisto epidermóide , tumor ósseo, falange

58 - CONDROMATOSE SINOVIAL DA MÃO: RELATO DE CASO

Ricardo Gehrke Becker, Otávio Pereira Cadore, Bruno Pereira Antunes, Luis Fernando Rivero,

Aramndo de Abreu , Simone Martins de Azevedo

HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, HMD - Hospital Mãe de Deus

Resumo

Introdução: A condromatose sinovial é uma metaplasia benigna rara da membrana sinovial,

originando múltiplos nódulos cartilaginosos dentro do tecido conjuntivo da membrana das

articulações, bainhas e bursas. Não apresenta sinais de malignização, nem relação direta com

traumatismos ou processos inflamatórios. A articulação mais acometida é o joelho, seguido

pelo quadril. As manifestações clínicas costumam ser dor, inflamação e limitação funcional

monoarticular.

Métodos: Relato de caso de um paciente atendido em nosso ambulatório. Realizado

investigação por métodos de imagem e biópsia local. Paciente foi submetido a procedimento

cirúrgico e acompanhado no pós-operatório. Resultados: Paciente apresentava, na primeira

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consulta, parestesia em primeiro quirodáctilo (PQ) e segundo quirodáctilo (SQ) da mão direita

há 3 anos. Apresentava lesão expansiva no punho direito há 5 meses além de limitação

funcional. Ao exame físico, apresentava tumoração em face volar de mão e de punho e PQ e

SQ. Raio-x apresentava massa de partes moles na mão direita em região palmar do punho sem

evidência de lesão óssea significativa. Ressonância magnética de punho direito apresentou

lesões expansivas em partes moles na face volar do antebraço distal e mão, proliferação

sinovial, em íntima relação com os tendões flexores superficiais e profundos dos dedos, sem

sinais de invasão óssea. Foi realizada biópsia de punho direito, demonstrando corpos livres do

tipo com padrão de condromatose sinovial. Macroscopicamente, foram vistas inúmeras

porções ovóides, lisas, branco-peroladas e firmes, esbranquiçadas ao corte. O paciente foi

submetido à cirurgia para exérese das lesões em face volar de punho e mão e em

quirodáctilos. Paciente apresentou adequado controle da dor no pós-operatório. Evoluiu

satisfatoriamente com boa reabilitação funcional.

Conclusões: Trata-se de uma patologia de difícil diagnóstico quando os corpos livres

cartilaginosos são radiotransparentes, sendo possível identificar os nódulos radiologicamente

apenas quando já calcificados. Apesar do difícil diagnóstico o tratamento é fundamental, pois

pode levar a incapacidade funcional. O tratamento consiste na própria exploração cirúr¬gica. O

prognóstico é favorável e a reabilitação é o principal objetivo.

Palavras-chaves: condromatose sinovial, mão, metaplasia, sinovite

59 - CONDROSSARCOMA: RELATO DE CASO DE PACIENTE COM EVOLUÇÃO PARA

DESARTICULAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR

Marcelo de Oliveira Maineri, Marina Cornelli Girotto, Felipe Cunha Birriel, Rafael de Luca de

Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Bernardo Vaz Peres Alves, Carlos Francisco

Coelho Koch, João Pedro Farina Brunelli, Julio Hernando Cascan Valiente, Carlos Roberto

Schwartsmann, Gabriel Ferrari Alves, Gabriela dos Santos Saballa, Ebano Sturm Fernandes

ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórida de Porto Alegre

Resumo

Introdução: Os Condrossarcomas são um grupo heterogêneo de tumores que apresentam

como característica comum a produção de matriz cartilaginosa, surgem normalmente na idade

adulta, com prevalência máxima entre a quinta e sétima década de vida. São encontrados na

maioria das vezes em ossos chatos, sobretudo as cinturas escapular e pélvica. São a terceira

neoplasia primária mais comum dos ossos (20 a 27%). O paciente geralmente apresenta-se

com tumefação e dor local.

Objetivo: Relatar o caso de um paciente com condrossarcoma pélvico.

Método: Realizou-se a descrição do caso juntamente com uma revisão da literatura.

Resultados: Paciente masculino, 23 anos, com história de dor em pelve esquerda associada a

tumor local com surgimento há cerca de um ano. Apresentou atendimento prévio em sua

cidade com diagnóstico primário de lesão benigna. No seguimento apresentou crescimento

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rápido com progressão dos sintomas, quando foi decido realizar uma biopsia incisional, a qual

foi conclusiva do diagnóstico de condrosarcoma. Chegou ao nosso ambulatório com 5 meses

após a realização da biopsia e, então foi solicitado nova RNM de pelve, a qual identificou a

massa acometendo o corpo do púbis e os ramos isquiopúbico e iliopúbico à esquerda medindo

cerca de 11,8 x 9,2 x 9,0 cm nos levando ao planejamento de uma hemipelvectomia interna.

Realizado abordagem ilio-inguinal com extensão para via antero-lateral e no transoperatório

paciente apresentou grande perda sanguínea evoluindo choque hipovolêmico. Ressecção do

tumor foi concluída (com margens amplas, confirmadas pelo AP, posteriormente) associada a

cirurgia de controle de danos, com plano de revisão em 48 horas. Foi levado a UTI onde

recebeu 12 unidades de CHAD e evoluiu com isquemia do membro inferior esquerdo. Foi

realizado cirurgia de amputação interilio-abdominal, sem intercorrências, 24 horas após

primeiro procedimento, porém no pós operatório sofreu novo choque hipovolêmico. Após

estabilização hemodinâmica recebeu alta para a enfermaria, onde apresentou deiscência de

ferida operatória. Após estabilização do quadro clínico do paciente e a realização de

debridamentos cirúrgicos da FO com boa evolução, paciente recebeu alta hospitalar e

acompanha com ótima evolução nosso ambulatório.

Conclusão: Os condrossarcomas têm como padrão uma história natural indolente, com

pacientes que se apresentam, tipicamente, com dor e tumor local. Radiologicamente, a lesão

pode ter aparência lobular, com calcificação mosqueada, pontilhada ou anular da matriz

cartilaginosa. É difícil distinguir, portanto, o condrossarcoma de baixo grau das lesões benignas

por meio de radiografias. Pacientes com diagnósticos de lesões benignas como encondroma e

osteocondroma devem ser observados, pois essas lesões assintomáticas apresentam potencial

de malignização para condrossarcoma. No momento que apresentem dor repentina e

crescimento rápido devemos entender como manifestações clínicas suspeitas da malignidade.

Nosso paciente conseguiu realizar o diagnóstico e o tratamento em período anterior ao

aparecimento de metástase, o que foi fundamental para seu prognóstico. Apresentou, apesar

da cirurgia com complicações, inerentes ao tamanho e complexidade desse tipo de

procedimento , margens livres de tumor. Portanto, devemos estar atentos ao diagnostico

precoce dessa patologia, que mesmo rara, sempre deve ser lembrada devcido à piora de

prognóstico, quando diagnosticada tardiamente.

Palavras-chaves: Condrossarcoma, Desarticulação, Membro Inferior, Neoplasia, Tumor

60 - CORDOMA SACRAL: RELATO DE CASO DE USO DE CURATIVO A VACUO PARA

FECHAMENTO DE FERIDA OPERATÓRIA

Marcelo de Oliveira Maineri, MARINA CORNELLI GIROTTO, Felipe Cunha Birriel, Rafael de Luca

de Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Carlos Francisco Coelho Koch, Bernardo

Vaz Peres Alves, João Pedro Farina Brunelli, Julio Hernando Cascan Valiente, Carlos Roberto

Schwartsmann

ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa De Misericórdia de Porto Alegre

Resumo

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Introdução: O cordoma é uma lesão maligna que se origina nos remanescentes notocordiais,

dessa forma, tem como localização preferencial o esqueleto axial. Aparece frequentemente

nas extremidades cefálica e caudal da coluna vertebral, sendo 50% localizado na região sacral

e constitui a neoplasia primária mais comum dessa região. É cerca de duas vezes mais

frequente no sexo masculino e ocorre predominantemente da 5ª à 7ª décadas de vida,

apresentando crescimento lento com baixo poder metastatizante, entretanto sua evolução

desfavorável decorre do seu comportamento localmente agressivo e de sua localização

próxima a medula vertebral.

Objetivo: Relatar o uso de curativo a vácuo como recurso terapeutico para fechamento de

deiscência de ferida operatória com exposição de cavidade pélvica em uma paciente com

cordoma sacral.

Método: Realizou-se a descrição dos casos juntamente com uma revisão da literatura.

Resultados Paciente feminina de 63 anos procura nosso ambulatório por dor em região glútea

há meses associada a lesão expansiva, realizou biopsia identificado cordoma sacral. Foi

realizado cirurgia para ressecção de tumor, sacrectomia, cujo anatomopatológico confirmou

cordoma e evidenciou margens livres de neoplasia. Durante o transoperatório apresentou

choque hemodinâmico, necessitando de cirurgia de controle de danos com revisão em 48

horas. Evoluiu para necrose de reto no periodo pos operatório, necessitando da realização de

colostomia 6 dias após a primeira cirurgia. Permaneceu cerca de um mês em UTI de nosso

hospital para estabilização dos parâmetros hemodinâmicos e recebeu alta para a enfermaria

com uma grande área de deiscência de Ferida Operatória sacral com exposição de cavidade

pélvica. Foi realizado uma série de debridamentos cirúrgicos da Ferida Operatória sacral

associado a curativo a vácuo intermitente. Após dois meses de evolução foi possível realização

de sutura elástica associada a pontos de ancoragem. Paciente evoluiu bem com boa área de

tecido de granulação com condições de alta hospitalar. Continua acompanhando em nosso

ambulatório de curativos para avaliação da evolução do fechamento, sem queixas álgicas, com

ausência de retenção urinária, mas com deficit neurológico em membros inferiores.

Conclusão Devido à sua localização junto a estruturas nobres, a ressecção do cordoma expõe o

cirurgião a um desafio no momento do planejamento cirúrgico. A sacrelectomia é uma cirurgia

complexa que envolve dissecação de áreas nobres, dessa forma apresenta alto tempo cirúrgico

com e consequentemente aumento de complicações operatórias como infecções e exposições

de cavidades devido a deiscências de fechamento. O uso de técnica auxiliates para manejo de

complicações é essencial para a boa evolução do paciente, quando o fechamento definitivo da

ferida não é possível, seja pelas condições clínicas do paciente ou pela extensão da ferida, a

terapia de pressão negativa, curatio a vacuo, visa uma cobertura temporária do local

possibilitando maior taxa de sucesso no tratamento definitivo como foi observado no nosso

paciente.

Palavras-chaves: CORDOMA, CURATIVO A VACUO, DEISCENCIA, FERIDA OPERATÓRIA, SACRAL

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61 - EXPRESSÃO DE RECEPTORES DE NEUROPEPTÍDEOS E NEUROTROFINAS EM

OSTEOSSARCOMA

Ricardo Becker, Bruno Silveira Pavei, Carlos Roberto Galia, Caroline Brunetto De Farias, Luis

Fernando Rivero, Julie Francine Cerutti, Fernando Pagnussato, Lauro Jose Gregianin, Rafael

Roesler, Bruno Pereira Antunes, André Brunetto, Algemir Lunardi Brunetto

HCPA - Hospital De Clinicas De Porto Alegre (POA), ICI RS - Instituto do Câncer Infantil RS (POA)

Resumo

Introdução:O osteossarcoma(OS) é uma neoplasia maligna agressiva de origem

mesenquimalque apresenta elevado potencial metastático. Apesar de alguns avanços no

tratamento, o prognóstico do OS em pacientes metastáticos não tem apresentado melhora

significativa. Diversos estudos tem analisado o papel de marcadores tumorais específicos no

prognóstico do OS.

Objetivo:Analisar marcadores de neurotrofinase neuropeptídios em biópsias de

osteossarcomae relacionar os achados com os desfechos oncológicos.

Método:Estudo retrospectivo com 19 biópsias de pacientes portadores de OS coradas através

de imunoistoquímicapara NGF, BDNF, GRPR, TrkAe TrkBpertencentes a uma única instituição.

Os achados foram correlacionados com características clínico-patológicas dos registros

médicos dos pacientes.

Resultados:A sobrevida foi maior em pacientes com BDNF, NGF, e GRPR positivos quando

comparados aos negativos (61.3 vs33.3%; 66.7 vs33.3%; 74.1 vs44.4%, respectivamente). A

expressão de NGF, BDNF, GRPR sugere ser fator de proteção com HR de 0.51 (0.09-2.8), 0.69

(0.13-3.81), 0.58 (0.11-3.19), respectivamente. Por outro lado, a sobrevida foi maior quando os

receptores TrkAe TrkB foram negativos quando comparados aos seus pares positivos (58.2

vs37.5%; 56.3 vs54.7%, respectivamente). A expressão de TrkAe TrkBsugere ser fator de risco

com HR de 3.48 (0.62-19.7) and1.84 (0.37-9.2), respectivamente. Não houve diferença

estatística em termos de sobrevida de acordo com os marcadores analisados.

Conclusão:Pacientes portadores de OS com expressão de TrkAe TrkBapresentaram sobrevida

inferior e mais fatores de risco quando comparados aos com receptores Trknegativos. Por

outro lado, pacientes com a expressão de neurotrofinase neuropeptídios apresentaram maior

sobrevida do que seus pares negativos. Apesar de não existir associação estatisticamente

significativa, os achados sugerem relação de prognóstico entre os marcadores e pacientes

com osteossarcoma.

Palavras-chaves: osteossarcoma, neurotrofinas, neuropeptideos, TrK

62 - FOTOBIOMODULAÇÃO LASER NA MELHORA DA FERIDA CUTÂNEA DE CAMUNDONGOS

SUBMETIDO À AÇÃO DA NICOTINA: ESTUDO PILOTO

Ketlyn Germann Hendler, Laura Rodrigues Alves, Morgana Martins de Toni, Marcia Cristina

Gomes Costa, Rafael Inácio Barbosa, Heloyse Uliam Kuriki, Alexandre Marcio Marcolino

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PPGCR-UFSC - Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal

de Santa Catarina, UFSC - Universidade Federal de Santa Cataria

Resumo

Introdução: A ferida cutânea é caracterizada pela perda da continuidade do tecido. A

cicatrização é caracterizada por um equilíbrio entre a lise e a síntese de colágeno, uma

intermissão desse equilíbrio irá prolongar este processo. Objetivo: Verificar o efeito da

fotobiomodulação laser em feridas cutâneas de camundongos, submetidos ou não à nicotina.

Metodologia: Foram utilizados 12 camundongos, divididos aleatoriamente em 6 grupos. Os

animais foram submetidos ao modelo experimental de lesão tegumentar do tipo ferida aberta.

A nicotina foi diluída com solução salina e injetada nos tecidos subcutâneos dos camundongos,

durante 27 e 7 dias consecutivos, precedentes ao ato cirúrgico, a dose utilizada foi de

2mg/Kg/dia. Para melhora da cicatrização foi utilizado o laser 830 nm em 1 ponto, 4 pontos e 5

pontos na lesão e/ou ao redor da mesma. Para a realização da lesão, os camundongos foram

anestesiados com injeção intraperitoneal de cloridrato de cetamina- 100 mg/kg associado a

cloridrado de xilazina - 10 mg/kg, em seguida realizou-se a tricotomia por tração manual dos

pelos no dorso dos animais, e após, a incisão cirúrgica. Foram removidos cirurgicamente 1,5

cm x 1,5 cm de pele, mediante gabarito vazado desenvolvido para o experimento no dorso dos

animais. Todos os animais tiveram suas lesões fotografadas no PO imediato, 7 dias e 14 dias

pós lesão, mantida a distância constante de 20 cm, sendo posteriormente analisada por meio

do software Image J®. O procedimento para avaliação da atividade locomotora espontânea foi

realizada através do campo aberto, que consiste de uma caixa de madeira medindo 40 x 60 x

50 cm e o fundo desta arena é dividido em 12 quadrados idênticos. Todos camundongos foram

avaliados individualmente na arena e observados por um período de 6 minutos, sendo

quantificado o número de quadrados cruzados por todas as patas do animal e também o

número de vezes que o animal ficou bipodal. Resultados e Discussão: Com relação a análise

macroscópica foi possível verificar que todos os animais apresentaram o fechamento da ferida,

observando cicatrização no seu curso natural. Ao observar os animais que receberam nicotina

por 27 dias, aqueles que receberam 4 e 5 pontos obtiveram uma melhor cicatrização da ferida,

mesmo comparados aos animais que não receberam nicotina. Já os animais que receberam

nicotina por 7 dias, apresentaram comportamento diferente obtendo resultados piores

quando comparados aos animais que não foram submetidos à nicotina. Esse fator pode ser

explicado pelo fato da nicotina estar em uma fase aguda do seu efeito, fazendo com que o

laser não apresentasse o efeito esperado na cicatrização das feridas. Na análise comparativa

houve diferença apenas no 7º dia entre os grupos submetidos a 27 dias de nicotina dos

animais sem laser e 5 pontos de aplicação. A análise realizada com o campo aberto

demonstrou que os animais dos dois grupos tiveram comportamento semelhante,

apresentando aumento da atividade locomotora, enquanto os animais submetidos a 1 ponto

de aplicação de laser e os que não foram submetidos ao tratamento, apresentaram uma

atividade locomotora reduzida. Conclusão: Com os dados obtidos na amostra deste estudo

piloto, podemos concluir que não houve diferença nas comparações macroscópicas, porém na

análise da atividade locomotora os animais submetidos a 4 e 5 pontos de laser de ambos os

grupos apresentaram maior atividade locomotora e da posição bipodal.

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Palavras-chaves: Camundongos, Cicatrização, Ferimentos e lesões, Nicotina, Terapia a Laser de

Baixa Intensidade

63 - HIALOHIFOMICOSE EM PACIENTE ORTOPÉDICO - RELATO DE CASO

Felipe Odeh Susin, Osvaldo André Serafini, Lauro Manoel Etchepare Dornelles

HSL PUCRS - Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, EM

PUCRS - Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, SOT HSL -

Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital São Lucas da Pontfícia Universidade Católica

do Rio Grande do Sul

Resumo

Infecções fúngicas em membros raramente acometem pacientes sem histórico de

imuneodeficiência ou traumas na região acometida, sendo assim, o aumento focal de volume

sem a presença de sintomas sistêmicos que indiquem infecção bacteriana normalmente está

associado a casos de neoplasia. Neste caso, um paciente previamente hígido apresentou estes

sintomas, porém o exame anatomopatológico indicou a presença de hifas hialinas e septadas,

compatíveis com Hialohifomicose.

Palavras-chaves: Infecção, Tumores, Diagnóstico Diferencial, Cirurgia, Tratamento

64 - HIBERNOMA DE PARTES MOLES: RELATO DE CASO

Douglas Bolsonelo, Jeferson Dedea, Rodrigo Menegat Oliveira, Samuel Haddad, Giana Daniela

Hexsel, Gustavo Almeida Nunes Gil

UCS - Universidade de Caxias do Sul, Hospital Pompeia - Hospital Pompeia

Resumo

Introdução: Os Hibernomas são tumores benignos raros de partes moles. Representam apenas

2% dos tumores benignos do tecido adiposo. São mais frequentes em adultos jovens entre 20

a 40 anos e sua incidência é maior em homens. Clinicamente apresenta crescimento lento e

massa dolorosa em tecidos moles que pode ter uma apresentação extensa, embora a

compressão de tecidos adjacentes seja rara.

Objetivo: O presente trabalho relata a experiência dos autores com um caso de Hibernoma

diagnosticado após a ressecção cirúrgica sendo que a paciente possuía uma amostra

histológica, prévia ao procedimento (biópsia por agulha), sugestiva de Liposarcoma.

Metodologia: Informações obtidas por anamnese, exame físico, exame de imagem, fotografias

dos exames de patologia e revisões de prontuário.

Relato do caso: B.V. feminina 23 anos, notou tumoração na face anterior da coxa há 1 mês e

refere crescimento. Ao exame físico: paciente com sobrepeso, se apresentava com massa

móvel, de consistência elástica amolecida em face anterior da coxa terço proximal. Sem

circulação colateral, hiperemia ou outra alteração. Não havia grande sensibilidade a palpação e

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não se tratava de lesão pulsátil. Em outro serviço, foi solicitado um exame ecográfico e uma

ressonância magnética. RNM evidenciou lesão de 13,9 x 10,1 x 7,1cm sugerindo tumor

lipomatoso atípico. Punção biópsia por agulha: achados podem corresponder a lipossarcoma.

A paciente foi encaminhada para cirurgia: ressecção ampla. O anátomo patológico da peça

confirma o diagnóstico de Hibernoma. A paciente apresentou boa evolução e segue em

acompanhamento não apresentando sinais de recidiva.

Resultados: Tumor benigno, tratamento para hibernoma de partes moles com equipe

oncológica do serviço de ortopedia. Paciente com estadiamento negativo, submetido a

ressecção cirúrgica. O anatomopatológico apresentou massa tumoral total pesando 705g

confirmando hibernoma. Optou – se por exérese do tumor, pois a biópsia por agulha sugeria

Liposarcoma.

Discussão: O hibernoma é um tumor benigno que ocorre usualmente na região do pescoço,

axila, ombro, tórax, coxa, retroperitônio e região periescapular/interescapular. Os sintomas

podem ser diversos de acordo com a localização do tumor, dificultando o diagnóstico quando

em localizações e sintomas atípicos. Apresenta-se com maior incidência em adultos jovens de

20 a 40 anos e do sexo masculino. No exame de imagem há dificuldade de diagnóstico

preliminar de tumores adiposos. Ao exame anatomopatológico apresenta padrão lobular

composto inteiramente de gordura marrom, com característica eosinofílica e granular do

citoplasma.

Conclusão: Há complexidade do diagnóstico pela inespecificidade dos achados nos exames de

imagem. A diferenciação entre lipoma, liposarcoma ou hibernoma pode ser difícil se

considerarmos amostras de tecido (biópsia) e comportamento clínico-radiológico. O trabalho

multidisciplinar gera diagnóstico mais preciso, muda o prognóstico, define tratamento e

melhora a qualidade de vida.

Palavras-chaves: Hibernoma, Partes moles, tumores lipomatosos

65 - HIBERNOMA: RELATO DE DOIS CASOS DE TUMOR RARO DO TECIDO CONJUNTIVO

Marina Cornelli Girotto, Alexandre david, luiz j moura alimena, Marcelo de Oliveira Maineri,

Rafael De Luca de Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Bernardo Vaz Peres Alves,

João Pedro Farina Brunelli, Carlos Francisco Coelho Koch, Ivan Fadanelli Simionato, Augusto

Heinen, Alonso Ranzzi, Renan Castanho de Campos Leite, leonardo disconzi barboza, Joel lucas

maciel santos

ISCMPA - Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

Resumo

Introdução: O hibernoma é um tumor benigno de baixa prevalência e crescimento lento. Esse

tumor possui características histológicas semelhantes a gordura marrom e por isso a sua

distribuição ocorre principalmente nas regiões escapulares, axilares, tórax, coxas e

retroperitônio. Esse tumor se desenvolve mais comumente entre a terceira e a quarta década

de vida, apresentando discreta prevalência em homens. Por se tratar de uma massa de

crescimento progressivo, lento e indolor, o hibernoma manifesta-se por vezes em achados

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incidentais de exames físico ou de imagem. Não existem evidências convincentes de potencial

de malignidade no hibernoma. O tratamento de eleição é feito através da ressecção total do

tumor e hemostasia, com baixas taxas de recorrência se completamente ressecado.

Objetivo: Relatar dois casos de um pacientes com diagnostico de hibernoma.

Método: Realizou-se a descrição dos casos juntamente com uma revisão da literatura.

Resultados

Pacientes do sexo masculino com idades de ente 30 e 40 anos procuram atendimento em

nosso serviço por dor em coxa com duração média de 8 meses. Ambos notaram surgimento de

tumor com ausência de sintomas compressivos. Um paciente notou massa em compartimento

anterior da coxa direita, identificado tumor em topografia do musculo vasto medial por

ressonância magnética. Foi planejado cirurgia por abordagem antero-medial da coxa, sendo

ressecado tumor de cerca de 13 cm na maior dimensão, limites cirúrgicos livres.O outro

paciente apresentou massa em região glútea esquerda por ressonância magnética, tumor se

localizava entre a musculatura do glúteo máximo e glúteo médio e mínimo, estendendo para a

loja posterior da coxa. Foi realizada cirurgia de ressecção cirúrgica, tumor retirado com limites

cirúrgicos, apresentando n maior dimensão de 30 cm, com ausência de déficits

neurovasculares associados a cirurgia.

Conclusão

Hibernoma é um tumor incomum originado da gordura marrom, pouco relatado na literatura,

descrito apenas em alguns relatos de casos e pequenas séries de pacientes. Seu diagnostico é

feito atraves de resultado de anatopatologico, visto que suas características de imagem não

permitem diferenciar hibernomas de lipomas ou tumores malignos como os lipossarcomas.

Além disso, por sua baixa prevalência, dificulta a sua pressunsão diagnostica. Nossos pacientes

evoluiram bem após a ressecção, não apresentando complicações pós operatórias e recidiva

das lesões. Acreditamos que relatos de neoplasias raras, como o hibernoma, devem ser

compartilhados no meio acadêmico para que seja possível um estudo mais completo dessas

patologias.

Palavras-chaves: hibernoma, oncologia, ortopedia

66 - LESÕES ESPORTIVAS EM ATLETAS DAS CATEGORIAS DE BASE DO GRÊMIO FOOTBALL

PORTO ALEGRENSE, IDADE ENTRE 12 E 20 ANOS, CONFORME SUA POSIÇÃO TÁTICA

João Augusto Demamam Bersch João Augusto Demamam Bersch, Fabiane Pizzatto Xaubet

Fabiane Pizzatto Xaubet

Ulbra - Universidade luterana do Brasil

Resumo

Introdução. O futebol é o esporte com o maior número de praticantes no mundo1 e

emdecorrência da competitividade, do início precoce dos atletas nas categorias de base e de

uma maior exigência física e técnica, há o aumento do número de lesões nesses atletas2.

Entretanto, estudos epidemiológicos das lesões neste esportesão escassos e se concentram

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principalmente Europa3. Constatou-se na literatura uma maior prevalência de injurias

musculares e esqueléticas nos jogadores de futebol4,5, principalemente nos membros

inferiores6. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo fazer uma análise retrospectiva da

prevalência de lesões esportivas em atletas das categorias de base do Grêmio Football Porto

Alegrense, comparando o tipo de lesão com a posição tática desempenhada em campo.

Metodologia. Estudo descritivo do tipo inquérito epidemiológico. Foram analisados os dados

do relatório anual, de 25 de janeiro de 2014 a 10 de julho de 2016, do departamento médico

das categorias de base do Grêmio Football Porto Alegrense. Os atletas estudados abrangem

apenas goleiros (n=28), zagueiros (n=48) e atacantes (n=52) com idade entre 12 e 20 anos,

contabilizando um total de 128 jovens. Os quais serão analizados quanto sua posição e o tipo

de lesão sofrida (óssea, ligamentar, tendinosa, muscular, pubalgia, lombalgia ou meniscal).

Resultados: Foram 175 lesões registradas nesse período, tendo maior incidência em atacantes

com 81 lesões (46,28%) e menor em goleiros com 28 (16%) lesões. O tipo de lesão mais

prevalente nos atacantes foi ligamentar com 33(40,74%) casos, em goleiros foi a muscular com

11 (39,28%) casos e em zagueiros foram ligamentar e muscular com 23(34,84%) cada.

Conclusão. As distintas funções desempenhadas no futebol dentro do campo possuem

diferentes exigências físicas e táticas. Em decorrência disso, trabalhos que estratifiquem os

tipos de lesões mais recorrentes em atletas de futebol conforme a posição em campo são

indispensáveis não só no tratamento, mas na sua prevenção. A análise dos resultados obtidos

por este estudo permite aos atletas receberem uma melhor preparação física e técnica de

acordo com as exigências impostas por suas funções em campo e, consequentemente, obter

um melhor desempenho.

Palavras-chaves: Futebol, Lesão , Categorias de base, Prevalência , Jovens

67 - ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL NO MANEJO DA DOR CRÔNICA MUSCULOESQUELÉTICA NO

TRABALHO DE ATENÇÃO INTEGRADA DO NÚCLEO DE PROMOÇÃO E ATENÇÃO CLÍNICA À

SAÚDE DO TRABALHADOR-NUPAC-ST

Daniele Botelho de Souza, Willians Cassiano Longen, Marco Antonio da Silva

Unesc - Universidade do Extremo Sul Catarinense

Resumo

O Núcleo de Promoção e Atenção Clínica à Saúde do Trabalhador-NUPAC-ST envolve um

projeto integrado envolvendo a Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Enfermagem e Psicologia em

ações de promoção da saúde e prevenção de agravos, bem como, a recuperação da saúde

funcional de trabalhadores com Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - DORT.

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é contextualizar as contribuições da Nutrição no trabalho

de equipe voltado para a reabilitação de trabalhadores com DORT. MÉTODO: Este trabalho é

quali / quantitativo, longitudinal e descritivo. As consultas nutricionais ocorrem duas vezes por

semana no período vespertino no NUPAC-ST. No período de 13 meses do Núcleo implantado,

de fevereiro de 2017 a março de 2018 , foram atendidos pela Nutrição 69 pacientes, todos

com algum tipo de dor crônica musculoesquelética em ao menos 1 segmento corporal ou com

associação de segmentos. Os dados em relação ao quadro doloroso foram apurados dos

prontuários dos trabalhadores. Adicionalmente foi realizada entrevista semi-estruturada com

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os colaboradores do Núcleo. RESULTADOS: No total de 161 consultas nutricionais incluindo

reconsultas. Foram verificados os quadros iniciais do momento da admissão dos pacientes

quanto à variável dor e a sua condição ao final do monitoramento nutricional para os que

permanecem em tratamento e a condição quando da última abordagem por algum dos

serviços do Núcleo quando da finalização ou interrupção do acompanhamento. Dos 69

pacientes atendidos pela nutrição, avaliados e reavaliados, 55 receberam alta do Núcleo, o que

ocorreu por remissão dos sintomas ou redução expressiva dos sintomas em especial o

doloroso, além da melhora funcional. Estas respostas representaram uma efetividade da

abordagem em equipe de 64%. Já está bem estabelecido na literatura que muitas disfunções

musculoesqueléticas podem ser minoradas e seguramente tratadas de forma coadjuvante com

medidas nutricionais (Brioschi et al, 2006 e 2009). Os resultados demonstram redução

expressiva dos quadros dolorosos proporcionais à adesão ao tratamento integrado. A

percepção da equipe do Núcleo é de que os pacientes que recebem o acompanhamento

nutricional demonstram maior adesão ao tratamento como um todo, das outras

especialidades, contribuindo para resultados mais efetivos dos tratamentos propostos.

CONCLUSÃO: Em tempos em que há um forte depósito das expectativas de melhoria e redução

dos sintomas por meios farmacológicos, é importante considerar os potenciais da aplicação

dos conhecimentos nutricionais que têm condições de potencializar o trabalho integrado de

equipe para os pacientes com DORT.

Palavras-chaves: Integralidade, Nutrição, Saúde do trabalhador

68 - OSTECONDROMATOSE MULTIMA: RELATO DE CASO DE PACIENTE COM A SINDROME

COM ACHADO OCASIONAL DE SCHWANNOMA

Marcelo de Oliveira Maineri, MARINA CORNELLI GIROTTO, Felipe Cunha Birriel, Rafael de Luca

de Lucena, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Carlos Francisco Coelho Koch, Bernardo

Vaz Peres Alves, João Pedro Farina Brunelli, Julio Hernando Cascan Valiente, Carlos Roberto

Schwartsmann

ISCMPA - COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE

Resumo

Introdução: Osteocondromatose múltipla é um transtorno raro que afeta a metáfise dos ossos

longos, caracterizado por desenvolvimento de múltiplas exostoses. É uma desordem

autossômica dominante, que afeta cerca de 1/50.000 na população. Os ossos mais envolvidos

são o fêmur, tibia, úmero, embora qualquer osso possa ser comprometido. É necessário o

acompanhamento clínico e radiológico devido ao risco de evolução para neoplasia

(condrossarcoma), embora isto seja incomum. Em caso de dor e distúrbios no crescimento é

indicado a ressecção do tumor.

Objetivo: É descrever um caso de osteocondromatose multiplica atendido no nosso

ambulatório.

Método: Realizou-se a descrição de caso juntamente com uma revisão da literatura.

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Resultados: Paciente de 43 anos procura o ambulatório de tumores ósseos por queixa de

lesões expansiva em úmero direito dolorosa com aparecimento há 5 anos. Realizada ressecção

de massa com substituição por endoprotese de úmero proximal parcial. Anatomopatológico

compatível com osteocondroma, foram identificadas outras massas em fêmur bilateral e tibia

e fibula direitas. Indicada a ressecção de massa em coxa direita por queixa de dor e

desconforto local. Ressecado tumor ósseo associado a partes moles. O anatomopatológico foi

compatível com schwannoma. Paciente evoluiu bem dos procedimentos e segue

acompanhamento em nosso ambulatório.

Conclusão: A exostose múltipla hereditária ou osteocondromatose múltipla é uma anomalia do

desenvolvimento do esqueleto, não sendo considerada por alguns autores como uma

neoplasia verdadeira. De fato sua fisiopatologia ainda é muito estudada e a hipótese mais

aceita é que ocorre devido a uma separação de um fragmento epifisário da cartilagem de

crescimento. Já os schwannomas trata-se de um tumor benigno que acomete as células de

Schwann, que se localizam no sistema nervoso periférico ou central. Não foi encontrada na

nossa revisão relação entre essas duas entidades e acreditamos que novos estudos devem ser

realizados para que se exclua a relação entre essas entidades.

Palavras-chaves: Achado Ocasional, Relato de Caso, Diagnostico Diferencial,

Osteocondromatose Múltipla, Schwannoma

69 - OSTEOCONDROMA EM REGIÃO PLANTAR DO PÉ, DIAGNÓSTICO DE LESÃO BENIGNA EM

LOCALIZAÇÃO EXTREMANTE INFREQUENTE

Arthur Correa Pignataro, Felipe Odeh Susin, Lauro Manoel Etchepare Dornelles, Osvaldo André

Serafini

HSL - Hospital São Lucas da PUCRS, ESMED PUCRS - Escola de Medicina da PUCRS

Resumo

Nesse relato iremos apresentar um caso de uma paciente feminina de 14 anos que foi

encaminhada ao ambulatório de oncologia traumatológicas do HSL com uma lesão em região

plantar do pé direito. Paciente apresentava queixas de dor em região plantar direita ao

deambular. Essa dor já vinha com uma evolução de 2 ano com piora gradual. Foi solicitado um

Raio-x que evidenciou exostose óssea ovalada na parte inferior do calcâneo direito, medindo

2,8 x 2,9 cm, compatível com osteocondroma. Após realização de Raio-X, paciente foi levada

ao bloco cirúrgico para realização de ressecção cirúrgica da lesão. Paciente evoluiu bem no pós

operatório e recebeu alta. O material retirado foi mandado para patologia que descreve lesão

com capa cartilaginosa e ossificação endocondral em osso maduro com medula adiposa,

confirmado o diagnostico inicial de osteocondroma. O osteocondroma, lesão benigna óssea

mais comum (36-41%), se caracteriza por formação anômala de osso e ou cartilagem na

superfície de um osso normal. O diferencial desse caso é a localização da lesão, que na grande

maioria dos casos ocorre em articulações, mais comumente nos ombros ou nos joelhos.

Apenas 10% dessas lesões são localizadas nas mãos e pés, sendo a localização na região

plantar do calcâneo muito infrequente, com raros relatos na literatura. Não é comum essa

lesão provoca sintomas, ocorrendo somente quando o tumor atinge outras estruturas como

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nervos ou vasos sanguíneos, ou quando ele impede o movimento da articulação. Essas lesões

são detectáveis na maioria das vezes no final da infância devido ao período de crescimento

ósseo. Após o fim do processo de crescimento na idade adulta, quando as epífises se fecham, o

tumor geralmente entra em uma fase quiescente. Nos casos de lesões em pé e tornozelo, elas

normalmente são diagnosticadas mais cedo pelo fato de nessa região apresentar uma menor

proporção de tecido subcutâneo, fazendo com que uma massa óssea anormal seja mais

facilmente identificada. O prognóstico dessa lesão costuma ser bom e a evolução para

malignização é muito rara (menos de 1% dos casos). Pela baixa taxa de malignização e bom

prognostico, a cirurgia não é sempre indicada, reservando para operar, como nesse caso,

apenas quando o paciente apresenta uma lesão sintomática.

Palavras-chaves: lesão benigna, Oncologia, Osteocondroma, região plantar do pé, ressecção

70 - OSTEOGÊNESE IMPERFEITA DO TIPO II: UMA CONDIÇÃO GRAVE ASSOCIADA AO

DESENVOLVIMENTO DE MÚLTIPLAS FRATURAS

Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon Magalhães Mendonça

Vilela, William Osamui Toda Kisaki, Fernanda Scalco Acco, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael

Fabiano Machado Rosa

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade

Luterana do Brasil, UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Introdução: a osteogênese imperfeita (OI) do tipo II é considerada a forma mais grave de

osteogênese, sendo usualmente letal no período neonatal. Nosso objetivo foi descrever os

achados e a evolução de um feto/recém-nascido com diagnóstico de OI do tipo II realizado

ainda no período pré-natal, salientando os aspectos ósseos desta doença. Métodos: fez-se a

descrição do caso, juntamente com revisão da literatura. Resultados: a gestante veio

inicialmente à avaliação com 23 semanas de gravidez por ultrassom fetal com suspeita de

displasia óssea. Esta era a sua segunda gravidez. Não possuía história familiar de achados

similares. Ela apresentava 34 anos e era não consanguínea. O exame inicial de ultrassom, com

23 semanas, evidenciou ossos do crânio com ecogenicidade inferior à habitual, aumento da

espessura da prega nucal, tórax de dimensões reduzidas e membros rudimentares. O exame

de ultrassom realizado com 23 semanas mostrou também que a área cardíaca ocupava cerca

de metade da circunferência torácica. A avaliação do coração pelos cortes de quatro câmaras e

saída dos grandes vasos não detectou malformações. Os úmeros e os fêmures mediam 1,5 cm.

O exame com 25 semanas evidenciou também líquido amniótico em quantidade aumentada.

Neste momento se suspeitou de osteogênese imperfeita do tipo II. A avaliação realizada com

26 semanas mostrou presença de derrame pleural e ascite, caracterizando um quadro de

hidropsia fetal. Neste exame, pôde-se notar também abaulamento do crânio secundário a um

leve aumento de pressão do transdutor. A cariotipagem fetal realizada através da

amniocentese foi normal (46,XX). A criança nasceu de parto normal, após bolsa rota, com 30

semanas de gestação, pesando 1065 g, e com escores de Apgar de 1 tanto no primeiro como

no quinto minutos. Ela foi a óbito nas primeiras horas de vida devido à importante disfunção

respiratória secundária à hipoplasia pulmonar. Sua avaliação radiológica pós-natal foi

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compatível com o diagnóstico de osteogênese imperfeita do tipo II. Conclusões: o problema

respiratório primário que afeta indivíduos com OI do tipo II deve-se à perda de capacidade

pulmonar decorrente do tórax pequeno e estreito e consequente hipoplasia pulmonar. Esta

torna o quadro bastante grave e acaba limitando a sobrevida dos pacientes, mesmo naqueles

casos onde se realizam importantes intervenções, como o uso da ventilação mecânica. Além

disso, os pacientes possuem uma fragilidade óssea bastante grande, sendo que fraturas

podem ocorrer ainda no período pré-natal, e no pós-natal em decorrência da simples

manipulação da criança. As múltiplas fraturas vão levando também ao surgimento de

deformidades ósseas.

Palavras-chaves: Diagnóstico pré-natal, Múltiplas fraturas, Osteogênese imperfeita tipo II

71 - OSTEOMA OSTEÓIDE DE SACRO: RELATO DE CASO

Douglas Bolsonelo, Rodrigo Menegat Oliveira, Jeferson Dedea, Gustavo Gil

UCS - Universidade de Caxias do Sul, Hospital Pompeia - Hospital Pompeia

Resumo

Introdução: O Osteoma Osteóide frequentemente provoca dor local intensa com agravamento

noturno e alívio com AINEs. O diagnóstico pode ser histológico, mas é essencialmente clínico e

radiológico. É uma lesão autolimitada, podendo regredir espontaneamente ou necessitar

intervenção cirúrgica. Apesar da ressecção cirúrgica ser utilizada há vários anos com resultados

satisfatórios, algumas das suas limitações levaram ao desenvolvimento de técnicas menos

invasivas e igualmente eficazes possibilitando uma recuperação mais rápida.

Objetivo: O presente trabalho relata a experiência dos autores com um caso de tumor ósseo

de características pouco convencionais pela sua localização.

Metodologia: Informações obtidas por anamnese, exame físico, exame de imagem, fotografias

dos exames de patologia e revisões de prontuário.

Relato do caso: Paciente masculino, 13 anos, previamente hígido, com dor progressiva na

região pélvica e glútea direita há 1 ano, com piora à noite. Efetivamente aliviada com AINE. Ao

exame físico notava-se dor referida em região glútea direita. O exame de raio x não mostrava

alteração. A tomografia de bacia evidenciava lesão lítica com limites bem definidos, com nidus

central, circundado por esclerose e espessamento cortical em região da asa sacral. Exame

cintilográfico apresentava hipercaptação em asa sacral. Tomografia de tórax e abdome sem

outras lesões. Assim as principais hipóteses diagnósticas eram osteoma osteóide em região

sacral e osteomielite.

Resultados: Tumor benigno, tratamento para osteoma osteóide de sacro com equipe

oncológica do serviço de ortopedia. Paciente submetido a ressecção cirúrgica percutânea

(brocagem e cauterização) guiado por TC. O anatomopatológico confirmou se tratar de

osteoma osteóide. Seguiu em acompanhamento por mais de 5 anos e não apresentou mais

dor ou sinais de recidiva.

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Discussão: O osteoma osteóide é um tumor benigno que ocorre usualmente em ossos longos.

Os sintomas podem ser diversos de acordo com a localização do tumor. Devemos estar atentos

para sinais e sintomas indiretos, tais como, escoliose e dor radicular. É a terceira neoplasia

óssea benigna mais comum ocorrendo predominantemente em pacientes jovens do sexo

masculino. Pacientes apresentam dor principalmente à noite. Coloração por HE, tumor

osteogênico compostos por trabéculas interconectadas do tecido ósseo e revestimento

osteoblástico diferenciado do osteóide, compatível com osteoma osteóide.

Conclusão: Há complexidade no diagnóstico por ser uma região atípica para o tumor. A

localização no esqueleto axial costuma dificultar o diagnóstico. A ocorrência de lesão sacral no

osteoma osteóide é rara. A opção de tratamento realizada – brocagem e cauterização - foi

efetiva e segura. O paciente apresentava como fator agravante um tumor de difícil abordagem

convencional com cirurgia aberta.

Palavras-chaves: Osteoma osteoide , osteoma osteoide de sacro, tumores osseos

72 - PAPEL DO RAIO-X PÓS-NATAL NO DIAGNÓSTICO DAS DISPLASIAS ÓSSEAS: O EXEMPLO

DA DISPLASIA TANATOFÓRICA

Tales Shinji Sawakuchi Minei, Valentina Pontes Jacociunas, Ramon Magalhães Mendonça

Vilela, Vinicius de Borba Capaverde, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade

Luterana do Brasil

Resumo

Introdução: as displasias esqueléticas constituem um grupo heterogêneo de doenças

caracterizadas por alterações dos ossos e/ou cartilagens. Nosso objetivo é descrever um caso

de displasia tanatofórica do tipo 1, salientando a importância da realização do raio-X pós-natal

para a confirmação do diagnóstico. Métodos: foi feita a descrição do caso e uma revisão da

literatura. Resultados: APN, 17 anos, encontrava-se em sua segunda gestação. Em ecografia

obstétrica, com 16 semanas de gravidez, evidenciaram-se membros menores do que o

esperado. Em ultrassom obstétrico com 22 semanas, verificou-se também corpos vertebrais

achatados. A ecografia morfológica, com 25 semanas de gestação, revelou polidrâmnio,

macrocefalia, fronte proeminente, ponte nasal baixa, estreitamento torácico e importante

encurtamento de membros superiores e inferiores (micromelia). A ecocardiografia fetal foi

normal. A ressonância magnética fetal demonstrou achados similares ao ultrassom, acrescidos

de alteração na morfologia dos lobos temporais do cérebro. O cariótipo fetal foi normal. A

criança nasceu de parto cesáreo, com 38 semanas de gravidez, pesando 2750 gramas e com

índices de Apgar de 4/6. Foi entubado ainda na sala de parto. O raio-X de corpo inteiro

realizado após o nascimento revelou achados como vértebras pequenas e achatadas com

aparente aumento do espaço intervertebral, fíbula mais longa que a tíbia e fêmures arqueados

e curtos, compatíveis com o diagnóstico de displasia tanatofórica do tipo 1. O paciente

permaneceu por 48 horas em ventilação mecânica, vindo a óbito por parada

cardiorrespiratória sem resposta à manobra de reanimação. Conclusões: a displasia

tanatofórica é uma forma de nanismo autossômico dominante, usualmente letal. A

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ultrassonografia fetal é um método não invasivo capaz de diagnosticar inúmeras displasias

ósseas, incluindo a tanatofórica. Contudo, muitas vezes, o diagnóstico é confirmado apenas

após o nascimento, com a realização da radiografia, tal como ocorrido no presente caso. Nosso

relato ressalta a importância da realização da radiografia pós-natal para a confirmação do

diagnóstico das displasias ósseas.

Palavras-chaves: displasia óssea, displasia tanatofórica, pós natal, raio x

73 - RELATO DE CASO: FRATURA FEMORAL INCOMPLETA ATÍPICA BILATERAL INDUZIDA PELO

USO DE BIFOSFONATO

Marcus Vinicius Bianchi, Carlos Antônio Bergamaschi José, Lisandro Pavan, Lauro Rodrigues

Casarin Da Rocha, Wagner Isaias Piccoli, Leandro Chemello, Alexandre Luiz Dal Bosco

ORTOCENTRO - Clínica Ortocentro

Resumo

Os bifosfonatos são drogas amplamente utilizadas no tratamento da osteoporose, atualmente.

Atuam como inibidores da reabsorção óssea, reduzindo a incidências de fraturas vertebrais e

do fêmur proximal. Eles suprimem o turnover ósseo, podendo reduzir em até 20% da

resistência da arquitetura da matriz óssea, uma vez que ocorre a supressão do processo de

remodelação óssea também. Embora não tenha sido, perfeitamente, estabelecida a relação

causal, o uso prolongado desta classe de medicação está associado à ocorrência de fraturas

com traumas de baixa energia ao nível da diáfise do fêmur e da região subtrocantérica. A

incidência acumulada deste tipo de fratura é de 0,9 a 78 fraturas para cada 100.000 pesoas ao

ano e o risco de bilateralidade é de 28 a 44,2%. Há critérios maiores e menores estabelecidos

para o diagnóstico destas fraturas. Diante da presença de dor na coxa sem trauma em um

paciente com histórico confirmado de uso desta classe de medicação, é mandatória a

investigação pro exames de imagem, sobretudo raio-x e RNM. O manejo é essencialmente

cirúrgico e deve ser interrompido o uso de bifosfonato. Ainda, não existem estudos

estabelecendo qual o melhor tipo de osteossíntese para este tipo de fratura.

Neste relato, apresenta-se o caso de um mulher de 76 anos, caucasiana, usuária de

alendronato, Cálcio e Vitamina D há 03 anos para tratamento de osteoporose. Histórico de

AVC prévio com déficit em hemicorpo esquerdo - em uso de anticoagulante oral (Pradaxa) e de

outros medicamentos para tratamento de hipertensão arterial sistêmica, gastrite crônica,

DPOC e artrite reumatoide. Previamente deambuladora comunitária, procurou atendimento

em nível ambulatorial, por quadro álgico progressivo em coxa direita com evolução de 02

meses, sem qualquer história de queda ou qualquer fator traumático local. Ao exame físico,

quadril com mobilidade ampla e indolor e testes de Laségue, FABERE, FADIR, Thomas, Log-roll

e Stinchfield negativos. Foi realizado estudo radiológico - espessamento da cortical do fêmur

direito - e RNM que confirmou o diagnóstico de fratura incompleta da cortical lateral da diáfise

do fêmur. Dois dias após o diagnóstico, foi realizado o tratamento cirúrgico da fratura através

da fixação com haste intramedular fresada bloqueada. Paciente iniciou descarga de peso

precoce no membro operado e realizou acompanhamento com fisioterapia, apresentando

alívio imediato dos sintomas álgicos e boa evolução clínica. Foi encaminhada para o

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Reumatologista, sendo revisto o tratamento para osteoporose, com suspensão do uso de

alendronato e início de terapia com ácido Zoledrônico, mantendo-se cálcio e vitamina D. Onze

meses após o diagnóstico no lado direito, a paciente retornou por dores idênticas na coxa

esquerda, novamente, sem histórico de trauma, estando, completamente, assintomática em

relação ao lado direito. Raio-X e RNM confirmaram nova fratura incompleta na região

subtrocantérica do fêmur esquerdo. A paciente foi submetido à nova cirurgia, sendo realizada

a fixação da fratura com haste intramedular fresada bloqueada. A paciente realizou o mesmo

protocolo de reabilitação, apresentando evolução favorável, com melhora significativa das

dores. Com 06 meses de evolução após a cirurgia no lado esquerdo, a paciente apresenta-se,

totalmente, assintomática em relação às coxas operadas, deambula sem tutores e não

apresenta alterações nas osteossínteses nas radiografias de controle. Teve como

intercorrência clínica recente, um novo episódio de AVC.

Palavras-chaves: OSTEOPOROSE, BIFOSFONATO, FRATURA FÊMUR, HASTE INTRAMEDULAR

74 - SARCOMA DE EWING: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

Andrius Endrigo Andrin, Luiz Jose Moura Alimena, Sérgio Zylbersztejn, Tales Shinji Sawakuchi

Minei, William Osamu Toda Kisaki, Gabriel Ferrari Alves, Ramon Magalhães Mendonça Vilela,

Tális Manoel Strack Lima, Ian Sulzbacher Peroni, Elisson Rafael Silva dos Santos, Tales Antunes

Franzini, Gabriela dos Santos Saballa, Ébano Sturm Fernandes, Valberto Sanha, Henrique

Castro, Marcelo Emerim Brígido Oliveira, Joel Lucas Maciel dos Santos

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ISCMPA - Irmandade da

Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, UFRGS - Universidade Federal Do Rio Grande do

Sul, ULBRA - Universidade Luterana do Brasil

Resumo

Introdução: o Sarcoma de Ewing foi descrito por James Ewing em 1921, e corresponde a uma

neoplasia maligna óssea de alto grau. É o 3º tumor maligno primário do osso em frequência,

com incidência de 1-3 casos por milhão no ocidente. Objetivos: descrever um caso sarcoma de

Ewing e o tratamento realizado. Método: realizou-se a descrição do caso e revisão da

literatura. Resultados: paciente masculino, 08 anos, com dor no 1/3 proximal da perna

esquerda há 3 meses. Realizada radiografia da perna esquerda que apresentou lesão

permeativa e blástica na diáfise da tíbia esquerda. A ressonância magnética apresentou lesão

intramedular e em tecidos moles. Indicado biópsia óssea, que resultou no diagnóstico de

Sarcoma de Ewing. Investigação complementar não evidenciou metástases na data do

diagnóstico. Optou-se por realizar quimioterapia neoadjuvante, seguida de ressecção cirúrgica

e quimioterapia adjuvante. Feita então ressecção da lesão tumoral com margens amplas,

reconstrução com osso irradiado e fíbula translocada e osteossíntese com placa angulada de

90º. Pós-operatório sem intercorrências. Indicado fisioterapia motora. Paciente com

seguimento de 10 anos, sem recidivas. Conclusões: o Sarcoma de Ewing é o tumor maligno

primário do osso mais frequente em crianças. É diagnósticado principalmente na 2ª década de

vida e é raro acima dos 30 e abaixo dos 5 anos e nas populações afrodescendente e asiática,

com predomínio do sexo masculino. O primeiro sintoma costuma ser a dor. Sinais flogísticos e

massas visíveis podem aparecer no desenvolvimento da doença. O tempo até o diagnóstico

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varia de três a nove meses. Esse paciente seguia essas características. Na radiografia, vê-se

uma lesão intramedular destrutiva mal definida, permeativa, acompanhada por reação

periosteal, que afeta as diáfises dos ossos longos. A definição mais precisa da extensão local do

tumor e a sua relação com estruturas adjacentes é fornecida pela Ressonância Magnética. Na

biopsia, identificam-se pequenas células redondas azuis na coloração de hematoxilina-eosina

PAS e CD99 (MIC2) positivo. Classicamente apresenta a diferença genética t (11; 22) (q24;

q12.) O estadiamento deve incluir uma tomografia computadorizada do tórax e cintilografia

óssea. O tratamento consiste de quimioterapia neoadjuvante, remoção cirúrgica com amplas

margens e terapias adjuvantes como quimioterapia e radioterapia. Após a ressecção do tumor,

grandes defeitos ósseos devem ser reconstruídos para restaurar a função dos membros

afetados. As principais opções reconstrutivas incluem autoenxertos ósseos, aloenxertos ósseos

estruturais e endopróteses metálicas. Nesse paciente optou-se pelo uso de um autoenxerto

vascularizado da fíbula. O prognóstico depende da localização, tamanho e volume do tumor,

presença de metástase, idade > 14 anos, níveis séricos de lactato desidrogenase e localização

axial. A sobrevida estimada em 5 anos na doença localizada situa-se entre 50 e 70% e a doença

metastática permanece entre 18 e 30%.

Palavras-chaves: Autoenxerto de Fíbula, Ressecção Cirúrgica, Sarcoma de Ewing

75 - SINTOMAS MUSCULOESQUELETICOS RELACIONADOS AO USO DE SMARTPHONES. UM

ESTUDO PILOTO

Vitor Souza, Heloyse Kuriki, Alexandre Marcolino, Marisa Fonseca, Rafael Barbosa

UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, USP - Universidade de São Paulo

Resumo

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, os smartphones revolucionaram a maneira como as pessoas

se comunicam e interagem. Com aparelhos cada vez mais acessíveis, maior é o número de

pessoas que o utilizam para acessar internet e redes sociais, contudo, seu uso em excesso

pode estar relacionado a quadros patológicos. Estudos recentes apontam que usuários de

smartphones apresentam queixas musculoesqueléticas, como dor e disfunção em segmentos

específicos como a coluna cervical e ombro, porém os estudos que evidenciam esse fato,

apresentam pouco nível de evidência. OBJETIVO: O estudo tem como objetivo identificar os

sintomas musculoesqueléticos em universitários usuários de smartphones. MÉTODOS: Foram

avaliados 64 estudantes universitários usuários de smartphones através da aplicação do

questionário sociodemográfico com o objetivo de identificar as variáveis que predispõem

lesões relacionadas ao smartphone, além das versões validadas e adaptadas ao Brasil do

questionário Nórdico (NMQ), do questionário DASH (Disabilities of Arm Shoulder and Hand) e

Neck Disability Index (NDI). Por fim, o estudo avaliou a preensão palmar dos voluntários

utilizando o dinamômetro de preensão (Jamar ™). RESULTADOS: A idade média apresentada

foi de 21 anos (DP = 3,2 anos). O questionário NMQ indicou, na questão referente a presença

de sintomas nos últimos doze meses, que as regiões com maiores queixas foram “Pescoço”

(61%), “Parte Inferior das Costas” (53%), “Ombros” (50%), “Parte Superior das Costas” (50%) e

“Punhos/Mãos” (50%). Pelos dados coletados através do questionário sociodemográfico,

foram comparados indivíduos de acordo com o tempo de uso diário do smartphone (maior ou

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menor que três horas por dia) e o tamanho da tela do aparelho (maior ou menor que cinco

polegadas). Os dados referentes ao DASH apontaram que os indivíduos que utilizam o celular

por mais de três horas por dia obtiveram maiores scores (p=0,004). Já os que utilizam

aparelhos com tela menor que cinco polegadas obtiveram os maiores escores (p=0,16). Os

dados do NDI indicam que indivíduos que utilizam por mais de três horas por dia apresentam

maiores scores (p=0,34) assim como os que utilizam aparelhos com tela menor que cinco

polegadas (p=0,32). Para os valores de preensão palmar, os indivíduos com tempo de uso

menor que três horas apresentaram os maiores valores (p=0,001), assim como os com telas

maiores que cinco polegadas (p=0,29). CONCLUSÃO: Os resultados preliminares deste estudo

demonstram maior incidência de sintomas nas regiões cervical, membros superiores e lombar.

Os sintomas podem estar relacionados as maiores telas dos aparelhos e seu maior tempo de

uso diário. Já a preensão palmar mostrou-se maior em indivíduos que utilizam menos tempo

por dia e nos que utilizam maiores telas.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Smartphone, Dor Cervical, Preensão Palmar

76 - UTILIZAÇÃO DE ENDOPRÓTESE EM PACIENTE COM MIELOMA MÚLTIPLO: RELATO DE

CASO

Rodrigo Menegat Oliveira, Jeferson Dedea, Douglas Bolsonelo, Gustavo Gil

UCS - Universidade de Caxias do Sul, Hospital Pompeia - Hospital Pompeia

Resumo

Introdução:O mieloma múltiplo costuma apresentar-se de forma assintomática.Com a

progressão da doença, os sinais típicos como a dor óssea, anemia, problemas renais e fraturas

patológicas começam a surgir.O tratamento clínico do mieloma múltiplo é realizado pelo

médico hematologista e cabe ao ortopedista identificar lesões suspeitas corrigir eventuais

fraturas e proteger regiões de risco.

Objetivo:O presente trabalho relata a experiência dos autores com um caso de Mieloma

Múltiplo onde o diagnóstico foi feito baseado na avaliação e tratamento de lesão de úmero

proximal.

Metodologia:Informações obtidas por anamnese, exame físico, exame de imagem, exames de

patologia e revisão de prontuário.

Relato do caso:P.M, 57 anos, com dor progressiva na região proximal do braço direito há 1

ano.Ao exame físico notava-se limitação do movimento do ombro devido a dor óssea a

direita.O Rx mostrou lesão lítica de aspecto infiltrativo com destruição da cortical terço

proximal do úmero direito e traço de fratura patológica.A Cintilografia era hipercaptante em

região proximal do úmero direito.A RNM confirmou a extensão do comprometimento ósseo e

edema.TC de tórax e abdome sem outras lesões.A biópsia por agulha trefina mostra tecido

ósseo cartilaginoso infiltrado por plasmócitos, consistente com mieloma de células

plasmáticas.Assim o diagnóstico diferencial ficou entre Mieloma múltiplo e plasmócito (lesão

única).

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Resultados:Tumor maligno de úmero proximal direito indo da região epifisária até a diáfise

proximal com fratura patológica.Pcto submetido a ressecção cirúrgica onde foi indicado

endoprótese não convencional modular por se tratar de extremidade de osso longo.O AP e

biópsia de medula confirmaram se tratar de caso de mieloma múltiplo.Realizada radioterapia

paliativa pós-operatório por 4 semanas.O pcto teve boa evolução em relação a cirurgia e

controle de doença local.Seguiu tratamento clínico com hematologista.

Discussão:Mieloma múltiplo é o tumor primário ósseo maligno mais comum, caracterizado

pela proliferação descontrolada de clones de plasmócitos na medula óssea, é normalmente

encontrado em pessoas com > 50 anos, sendo prevalente no sexo masculino.Dor óssea

especialmente nas costas é um sintoma comum em 60% dos casos.As lesões do mieloma se

apresentam como áreas líticas de destruição óssea sem reação de formação óssea.Os sítios

mais comuns são vértebras, costelas, crânio, pelve e parte proximal de ossos longos.A biópsia

representa a melhor forma para diagnosticar os mielomas.A medula óssea em pacientes

diagnosticados com mieloma múltiplo possuem plasmócitos em abundância em contraste com

a medula normal.

Conclusão:O mieloma múltiplo pode se apresentar como lesão única inicialmente.O

Diagnóstico deve ser suspeitado somando-se os dados clínicos, radiológicos e laboratoriais.As

endopróteses não convencionais entram no arsenal terapêutico do ortopedista em tem boa

indicação nas lesões de extremidades de ossos longos.O tratamento multidisciplinar é

mandatório.

Palavras-chaves: Endoprótese não convencional, Mieloma Multiplo, Tumores osseos

77 - TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA AGUDA DO NAVICULAR COM UTILIZAÇÃO DE

DISTRATOR COM FIXADOR EXTERNO ILIZAROV E FIXAÇÃO COM FIOS: RELATO DE CASO

Matheus Henrique Araújo Ventura, William Brasil de Souza, Carolini Oliboni de Bairros, Fabiane

Pizzatto Xaubet, Amanda Leszczynski Pretto

HBP - Hospital Beneficência Portuguesa, SCM - Santa Casa da Misericórdia de Porto Alegre, HI

- Hospital Independência, HCR - Hospital Cristo Redentor, ULBRA - Universidade Luterana do

Brasil

Resumo

Introdução. O osso navicular é fundamental no movimento e marcha do pé e é a pedra angular

do arco longitudinal medial do pé. Fraturas isoladas dessa estrutura, embora incomuns,

apresentam-se como lesões desafiantes quanto ao diagnóstico e manejo. A primeira opção de

tratamento cirúrgico citada na literatura é a utilização do distrator AO associado a síntese com

parafusos interfragmentários/fios de Kirschner ou placas anatômicas. Todavia, no SUS o díficil

acesso ao material ideal leva a busca de alternativas mais condizentes com a realidade

brasileira. Este relato de caso tem como objetivo apresentar o resultado do tratamento

cirúrgico de fratura do navicular Tipo II de Sangeorzan através de técnica adpatada para

materiais com maior disponibilidade no cenário nacional.

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Métodos. Tratamento cirúrgico de fratura do navicular Tipo II de Sangeorzan desviada,

diagnosticada por radiografia nas incidencias anteroposterior, perfil e oblíqua. Técnica

intraoperatória de redução anatômica aberta por via de acesso dorsal, tração do foco de

fratura e realinhamento das articulações adjacentes através de fixador externo Ilizarov, fixação

com fios de Kirschner rosqueados sob fluoroscopia intraoperatória.

Resultados. Relato de caso: paciente masculino, 45 anos, previamente hígido, vítima de queda

de motocicleta com fratura isolada do navicular. Imobilizado com tala gessada suropodálica no

pronto-socorro e encaminhado para tratamento definitivo. No transoperatório foi realizada

incisão dorsal para vizualização e redução aberta do foco de fratura; inserção de 4 pinos de

schanz (cuneiforme medial e intermédio, na porção proximal do 1º metatarso, base do colo do

tálus e no calcâneo) e montagem do sistema de fixação externa monolateral medial com

Ilizarov para tração do foco e ganho do realinhamento e comprimento da coluna medial do pé

e ulterior proteção da síntese; redução anatômica das articulações talo-navicular e naviculo-

cuneiformes e inserção de 2 fios de Kirschner 1,5 e,0 rosqueados cruzados, um em direção

póstero-superior para antero-inferior e o outro antero-superior para póstero-inferior; Pós-

operatório sem intercorrencias, mantendo o paciente sem carga sobre o membro por 6

semanas. No 42o pós-operatório retiraram-se o fixador externo e os fios de kirschner e

iniciado apoio com órtese e cinesioterapia. Após 6 meses de acompanhamento o paciente

apresenta amplitude de movimento completa e sem dor, sem restrições às atividades.

Conclusão: A técnica cirúrgica e os materiais utilizados mostraram-se eficazes no tratamento

de fratura do navicular isolada no caso apresentado. A escolha desse método justificou-se

pelos materiais apresentarem boa disponibilidade, uma função distratora e de fixação

previamente conhecidas no tratamento de fraturas e compatíveis para solução dos desafios de

manejo cirúrgico dessa lesão incomum.

Palavras-chaves: fixador externo ilizarov, fratura do navicular, pé, tratamento cirúrgico, trauma

78 - ABSCESSO POR PSEUDOMONAS COM SOLTURA ATÍPICA DE ARTROPLASTIA TOTAL DE

QUADRIL EM PACIENTE LEUCÊMICO

Eduardo Dallazen, Eduardo Rosa Otharan, Giuseppe de Luca Júnior, Eliege Bortolini

Hospital Estrela - Hospital Estrela, Univates - Universidade do Vale do Taquari

Resumo

Introdução: Com o aumento significativo dos procedimentos de Artroplastia Total de Quadril

(ATQ), as complicações advindas desta cirurgia vêm aumentando consideravelmente, sendo

um desafio aos cirurgiões que se deparam com estas em serviços não especializados. Assim, é

apresentado um caso de complicação atípica, sobre o atendimento de um paciente com

leucemia mielóide crônica caráter de emergência no Pronto Socorro do Hospital Estrela,

apresentando um volumoso abcesso, com fístula, na região coxofemoral direita junto à incisão

cirúrgica de artroplastia prévia, realizada em outro serviço. A radiografia demonstrou soltura

completa do implante com inversão deste. Métodos: Realizada radiografia que demonstrou o

componente femoral invertido 180° relação ao canal femoral, com ausência total de contato

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entre as extremidades da haste e a superfície óssea. Concomitante, verificou-se componente

acetabular com sinais de soltura no acetábulo com osteólise e presença de um parafuso

danificado. Houve tentativa de encaminhamento para serviço especializado de alta

complexidade - SUS, sem sucesso. Assim, devido aos riscos de piora do quadro (sepse), foi

realizado cirurgia para drenagem de emergência com remoção dos implantes. Procedeu-se

abordagem cirúrgica ampla ao quadril direito, com saída de secreção purulenta, verificando

presença de componente femoral solto no interior do abcesso. Realizada a remoção do

acetábulo com desbridamento da capsula do abcesso e tecidos desvitalizados, sendo enviado

amostra de material para exames culturais e anatomopatológico. Então, após ressecção em

bloco da fístula com excesso de pele dilatada, realizou-se o fechamento completo da ferida

operatória sobre dreno de sucção calibroso. Exames culturais evidenciaram Pseudomonas sp.

Realizado antibioticoterapia endovenosa com uso de Amicacina associada a Ceftazidima, após

consultoria com o Médico Infectologista. Resultado: Anatomopatológico do tecido ósseo

evidenciou congestão vascular perióstea e o de partes moles do infiltrado inflamatório crônico

associado à fibrose de tecido conjuntivo. Então internado por 4 semanas para

antibioticoterapia endovenosa. Recebeu alta hospitalar com uso Ciprofloxacina oral por mais

30 dias até normalização do VSG e PCR. Em acompanhamento posterior no ambulatório, não

houve recidiva do abcesso. Considerou-se avaliação para eventual reconstrução com

endoprótese não convencional, mas o paciente adaptou-se ao procedimento de Girdelstone,

pela realização de interposição da musculatura glútea no fechamento da cavidade. Deambula

com 2 muletas e refere que não deseja procedimentos adicionais. Conclusão: Infecções em

próteses articulares tem aumentado mundialmente, em consonância com o crescimento do

número deste tipo de cirurgia. Com isso, surgem casos complexos que demandam

atendimento especializado, mas que cada vez mais aparecem em hospitais gerais do interior

do nosso estado, levando médicos ortopedistas a aumentarem os desafios em seus

atendimentos.

Palavras-chaves: Abscesso, Artroplastia Total de Quadril, Infecção, Quadril

79 - ANÁLISE RETROSPECTIVA DO TRATAMENTO DE FRATURAS PROXIMAIS DO FÊMUR EM

IDOSOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ENTRE 2013 E 2016

Felipe Odeh Susin, Arthur Correa Pignataro, Osvaldo André Serafini

HSL PUCRS - Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, EM

PUCRS - Escola de Medicina da Pontfícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, SOT HSL -

Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital São Lucas da PUCRS

Resumo

Introdução

As fraturas do Fêmur proximal são, até hoje, uma importante causa de limitação em idosos e,

embora tenha representado por muitos anos a certeza de longos períodos acamado e um

grande risco de morte iminente, hoje, diversas técnicas cirúrgicas modernas melhoraram

consideravelmente a sobrevida desses pacientes.

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Para este trabalho, foram revisadas as agendas eletrônicas do Serviço de Ortopedia e

Traumatologia do nosso hospital e separados os pacientes submetidos a tratamento cirúrgico

de correção de fratura do fêmur proximal com mais de 60 anos entre 2013 e 2016 para

posterior revisão dos prontuários eletrônicos disponíveis no Sistema.

Objetivos

Avaliar o perfil dos pacientes vítimas de fraturas do fêmur proximal, bem como as técnicas

utilizadas, a sobrevida e a necessidade de reintervenção nos pacientes tratados pelo nosso

serviço

Métodos

Foram avaliados de forma retrospectiva 244 prontuários, dos quais 200 correspondiam a

pacientes com mais de 60 anos e submetidos a procedimento cirúrgico para correção de

fratura do fêmur proximal, para análise da idade, sexo, tipo de técnica cirúrgica utilizada,

comorbidades pré-existentes, tempo de internação, intervalo entre a internação e o

procedimento, necessidade de cuidados em UTI, necessidade de reinternação e óbito no pós-

operatório imediato (até 30 dias após a alta).

Resultados

Nota-se que a maior parte dos pacientes analisados correspondia a mulheres acima de 70

anos, sendo que quando em homens, os tipos de fratura analisados ocorrem em pacientes

mais velhos e acarretam maior morbimortalidade do que em pacientes do sexo feminino, bem

como maior necessidade de UTI e tempo de internação mais longo.

Conclusão

As técnicas cirúrgicas para correção de fratura do quadril são uma importante descoberta da

Medicina Moderna, uma vez que um problema letal em quase 100% dos casos hoje apresenta

um prognóstico muito bom e um impacto consideravelmente menor na redução da

expectativa de vida dos pacientes

Palavras-chaves: Fraturas, Idosos, Análise, Retrospectiva, Fêmur

80 - CORRELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D E ALBUMINA COM FRATURA

PROXIMAL DO FÊMUR NO IDOSO: REVISÃO DE LITERATURA

João Augusto Demamam Bersch, Fabiane Pizzatto Xaubet

Ulbra - Universidade Luterana do Brasil

Resumo

Introdução: Acompanhando o aumento da expectativa de vida no Brasil, observa-se uma maior

incidência de fraturas de fêmur proximal por sua significativa prevalência na população idosa.

Considerando a alta morbimortalidade descrita na literatura relacionada a essas lesões e aos

gastos publicos gerados para tratá-las, constata-se a necessidade de esclarecimento quanto

aos fatores de risco contribuintes para o desenvolvimento dessa patologia. Entre eles

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destacam-se níveis insuficientes de vitamina D e albumina. O objetivo deste trabalho é analisar

os estudos existentes em busca de clareza sobre como tais fatores relacionam-se com uma

maior incidência de fratura proximal de fêmur em idosos. Materias e métodos: Revisão

bibliográfica baseada em pesquisa dos artigos científicos mais relevantes sobre o tema.

Resultados: A desnutrição está relacionada com piores desfechos pós-cirúrgicos, como tempo

de internação e mortalidade intra-hospitalar, podendo ser estimada pela dosagem de

albumina plasmática. A vitamina D (calciferol) é essencial para o controle metabólico ósseo e

baixos níveis séricos desse composto estão relacionados, principalmente, com aumento de

fraturas fêmur proximal. Discussão: Com base na analise dos resultados, temos a ambumina

sérica como o principal parâmetro de desnutrição do paciente, sendo ela um grande preditor

de risco para fraturas em idosos. Além disso, os estudos corroboraram com a tese de que

pacientes idosos com níveis séricos de vitamina D baixos tem maior propensão a sofrer fratura

de fêmur.Conclusão: A aderência das medidadas preventivas das fraturas proximais de fêmur,

assim como níveis de vitamina D e albumina satisfatórios representam fatores de proteção

para esse tipo de fratura e melhora dos desfechos pós-operatórios.

Palavras-chaves: Quadril, Idoso, Fratura, Vitamina d, Albumina

81 - FRATURAS DO COLO DO FÊMUR PEDIÁTRICO: NOSSA EXPERIÊNCIA DE 6 CASOS

SUBMETIDOS À OSTEOSSÍNTESE

Leonardo Comerlatto, Ramiro Zilles Gonçalves, Ary da Silva Ungaretti Neto, Carlos

Weissheimer Berwanger, Eugenio Weissheimer Berwanger, Giorgio Canuto, Fabricio Martinelli,

Marcus Vinicius Bianchi

HCR - Hospital Cristo Redentor

Resumo

As fraturas do colo do fêmur pediátrico representam menos de 1% do total das fraturas da

criança, sendo relacionadas com altas taxas de complicações, como necrose avascular da

cabeça do fêmur (ON), coxa vara, parada de crescimento, dentre outras. São, em geral,

resultado de traumas de alta energia e apresentam na literatura poucos estudos e um

relativamente pequeno número de casos descritos e com adequado tempo de seguimento

pós-operatório. Nesse contexto, relatamos 6 casos submetidos à redução fechada e fixação

interna, de modo a colaborar com o conhecimento desta rara e grave lesão. Foram incluídos e

avaliados os 6 casos de fratura do colo do fêmur pediátrico atendidos em nossa instituição nos

últimos 5 anos, todos submetidos à redução fechada e fixação interna com dois parafusos

canulados, com adequada redução e posicionamento dos implantes. Os pacientes realizam

acompanhamento pós-operatório em nosso serviço. A média de idade dos pacientes foi de

10,8 anos, variando entre 8 e 16 anos. 60% dos casos ocorreram em pacientes do sexo

feminino. O tempo médio de seguimento foi de 2,6 anos. De acordo com a classificação de

Delbet e Collona, identificamos uma fratura do tipo I (subcapital), três do tipo II (transcervical)

e duas do tipo III (basocervical). Dois casos apresentaram lesões associadas, sendo elas fratura

de acetábulo ipsilateral e fratura de ossos da perna ipsilateral. Com relação as complicações,

observamos três casos de ON (50%) e um caso de coxa vara. Dois casos foram submetidos à

osteossíntese num período inferior à doze horas da admissão hospitalar, sendo eles

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justamente os casos os quais consideramos o resultado do tratamento satisfatório, livre das

principais complicações. Além disso, tais casos de tratamento bem sucedido foram

imobilizados com aparelho gessado hemipelvipodálico durante as primeiras 4 semanas de pós-

operatório. Observamos um caso em que, a despeito da osteossíntese num intervalo de tempo

adequado e excelente redução e posicionamento dos parafusos, ocorreu ON. A fratura do colo

do fêmur pediátrico é de fato uma lesão rara e, mesmo em um centro de referência em

trauma ortopédico como a nossa instituição, costuma ser identificada em geral uma vez por

ano. As complicações identificadas no nosso grupo de pacientes apresentam qualidade

semelhante, porém taxas maiores do que o descrito na literatura tradicional. Acreditamos,

com base nos dados apresentados, que a fixação em caráter de urgência se faz preponderante

na obtenção de resultados satisfatórios. Nossos resultados também favorecem a utilização de

aparelho gessado no pós-operatório.

Palavras-chaves: Delbet classification, Open reduction and internal fixation, Pediatric femur

neck fracture

82 - LESÃO DO NERVO CIÁTICO APÓS REDUÇÃO INCRUENTA EM PACIENTE COM

ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL - RELATO DE CASO

Carlos Francisco Coelho Koch, Marcelo de Oliveira Maineri, Rafael de Luca de Lucena,

Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Tomaz, Bernardo Vaz Peres Alves, João Pedro Farina

Brunelli, Julio Hernando Cascan Valiente, Carlos Roberto Schwartsmann

ISCMPA - Complexo Hospitalar Santa Casa De Misericordia De Porto Alegre

Resumo

Introdução: A lesão do nervo ciático após redução incruenta decorrente de luxação de

artroplastia total do quadril é um evento raríssimo, com poucos casos relatados na literatura.

Apesar da baixa incidência desta complicação, o alto número de artroplastias do quadril

realizadas torna imperativa a suspeição diagnóstica da lesão após os episódios de luxação da

prótese de quadril.

Métodos: Relato de caso de um paciente com praxia do nervo ciático direito após redução

incruenta de luxação de prótese total do quadril direito e revisão da literatura para

comparação com casos já publicados. O paciente, com história de artroplastia total não

cimentada do quadril direito realizada em outro serviço, foi submetido à revisão da

artroplastia após quadro clinico compatível com soltura asséptica dos componentes. No 3º

pós-operatório apresentou queda ao solo com luxação posterior da prótese, sendo

encaminhado ao bloco cirúrgico para redução incruenta sob anestesia. Evoluiu com sinais e

sintomas de parestesia do nervo ciático direito, sem reposta ao tratamento fisioterápico

intensivo. Após três semanas de fisioterapia na internação hospitalar, foi indicada nova revisão

da artroplastia em virtude de recidiva da luxação posterior, onde optou-se por aumentar a

altura do componente femoral. No trans-operatório, o nervo ciático foi explorado e visualizou-

se grande lesão no mesmo por esmagamento, sem tentativa de reparo. Apresentou melhora

importante na dor, sem novos episódios de luxação. No entanto, em acompanhamento pós-

operatório de doze meses não houve recuperação em relação à praxia do nervo ciático direito.

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Resultados: Ao revisar a literatura, observamos que a etiologia da lesão do nervo ciático na

redução incruenta após luxação de prótese do quadril pode apresentar diversos mecanismos,

sendo o aprisionamento anterior ao colo do componente femoral citado como o mais comum.

A dor importante em território do nervo ciático relatada imediatamente após a redução

incruenta da prótese é uma característica comum a todos os casos. O tempo transcorrido

entre o início dos sintomas e a revisão cirúrgica é um provável fator crucial na recuperação

clínica dos sintomas. O caso do presente relato vai ao encontro dos achados discutidos nos

artigos revisados. A lesão de nervo ciático foi prontamente diagnosticada, embora a instituição

de tratamento conservador com fisioterapia intensiva após a redução incruenta não tenha

apresentado resultados clínicos satisfatórios.

Conclusão: Apesar de ser um evento raríssimo, a lesão do nervo ciático após redução incruenta

de prótese do quadril sempre deve ser considerada se houver sintomas compatíveis. O relato

de dor importante após as reduções incruentas deve ser valorizado e a intervenção cirúrgica

precoce parece ter papel importante no prognóstico daqueles com diagnóstico de lesão do

nervo ciático confirmado.

Palavras-chaves: Ciático, Luxação, Praxia, Prótese, Quadril

83 - PERFIS EPIDEMIOLÓGICOS DAS INFECÇÕES PERIPROTÉTICAS DE QUADRIL ATENDIDAS NO

HOSPITAL UNIVERSITARIO DE SANTA MARIA

Gabriel Ifran Alves, Bassem Mahmud Ali Mohd Yasin, Eduardo Campara Oliveira, Helen Minussi

Cezimbra, Liliane Souto Pacheco, Ricardo Issler Unfried, João Alberto Larangeira, Tiango Aguiar

Ribeiro

UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

Resumo

Introdução: O número de artroplastia de quadril cresceu consideravelmente nos últimos anos,

e infecção periprotética (IPP) é uma possível complicação. É considerada uma das

complicações mais caras e devastadoras e seu tratamento é extremamente difícil. Dúvidas

sobre tratamento mais eficaz permanecem, se a revisão deve ser feita em um único estágio ou

dois estágios.

Objetivo: demonstrar a experiência e resultados de um hospital de saúde pública utilizando

um método de revisão em um único estágio no tratamento de IPP quadril.

Metodologia: Um estudo de coorte retrospectivo foi realizado após aprovação pelo Comitê de

Ética de julho/2014-novembro/2016. Foram selecionados pacientes que cumpriram critérios

dignósticos do Grupo do Consenso Internacional sobre IPP. Todos foram submetidos à revisão

em um único estágio. Após desbridamento e coleta cultura, todos receberam empiricamente

Vancomicina e Cefepime intravenosa por 15 dias até os resultados culturais. Após

desbridamento, realizou-se irrigação (SF0,9%), seguida irrigação iodopovidona diluída, e

implante nova prótese. Em alguns casos, a reconstrução do estoque ósseo acetabular foi

realizada através de enxerto. Após 30 dias de administração intravenosa os pacientes

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receberam alta e foram mantidos com antibióticos orais por cinco meses. Análises estatísticas

foram realizadas com SPSS-18.0. Diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05.

Resultados: Sete indivíduos foram selecionados, idade média 68,57±10 anos. Todos femininos.

Tempo médio da primeira cirurgia até cirurgia revisão 36(IQR 1-36) meses. Nenhum paciente

apresentou hemocultura positiva antes da cirurgia. Nenhum apresentou leucocitose

(6523,71±2528,44) nem desvio esquerda (1,43±2,51%). Os valores médios PCR antes da

cirurgia revisão foram 6,62±6,96 e 41,57±25,87 valores médios VSH. Três (42,9%) pacientes

tiveram a presença de dois critérios principais (duas culturas periprostéticas positivas com

organismos idênticos e fístula comunicando-se com articulação). Quatro pacientes (57,1%)

tiveram apenas um critério importante (duas culturas periprostéticas positivas com

organismos idênticos). Nenhum diagnóstico foi feito através de critérios menores. A maioria

dos implantes encontrados foram cimentados. Quatro (57,1%) pacientes apresentaram

defeitos acetabulares necessitando exnertia. 85,7% (seis) dos pacientes livres infecção em dois

anos de seguimento. 100% dos pacientes com uso de enxerto livres de infecção no mesmo

período.

Conclusão: A infecção periprotética continua a receber importante atenção de ortopedistas e

infectologistas em todo o mundo. As discussões sobre tratamento e a demanda por um

tratamento cirúrgico padrão-ouro continuam. Nosso estudo demonstrou que uma cirurgia de

revisão de um único estágio em um hospital público mesmo com o uso de enxerto ósseo pode

atingir uma alta taxa de sucesso. Para o paciente é uma abordagem terapêutica ideal,

submetendo-o a um único procedimento cirúrgico.

Palavras-chaves: Artroplastia de quadril, Infecção periprotética, Quadril

84 - REVISÃO DE ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL COM ENXERTO AUTÓLOGO DA CABEÇA

FEMORAL CONTRALATERAL EM DOIS TEMPOS – RELATO DE CASO

Ary Da Silva Ungaretti Neto, Leonardo Dalla Giacomassa Rocha Thomaz, Gabriel Severo Da

Silva, Marcelo De Oliveira Maineri, Rafael de Luca De Lucena, João Pedro Farina Brunelli,

Leonardo Disconzi Barboza, Anthony Kerbes Yépez, Jorge Moyses Schreiner, Leandro de Freitas

Spinelli, Carlos Roberto Schwarstmann

ISCMPA - Santa Casa De Misericórdia De Porto Alegre/Universidade Federal De Ciências Da

Saúde De Porto Alegre

Resumo

A artroplastia total do quadril (ATQ) é uma das mais bem sucedidas cirurgias ortopédicas da

medicina moderna. Entre os seus principais benefícios, cabe destacar a restauração da

mobilidade, o controle da dor e a melhora da qualidade de vida daqueles pacientes com

afecções da articulação coxofemoral. Apesar da melhora clínica significativa, este

procedimento, a médio e a longo prazo, apresenta elevados índices de falha por afrouxamento

asséptico dos componentes, com perda importante da estrutura óssea devido à osteólise. Com

o progressivo aumento da longevidade e do número de indicações de artroplastia em

pacientes mais jovens, a quantidade de cirurgias de revisão será cada vez maior e os centros

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de referência deverão estar capacitados para lidar com a necessidade de enxertia óssea para o

restabelecimento articular. Descrevemos um caso em que foi utilizada técnica alternativa para

reconstrução acetabular em artroplastia de revisão do quadril, em um paciente submetido à

ATQ não-cimentada direita no primeiro tempo cirúrgico, armazenamento da cabeça femoral

na região glútea para posterior enxertia óssea de grande falha acetabular na revisão

contralateral no segundo tempo cirúrgico uma semana após.

Paciente masculino, 70 anos, com história de ATQ não cimentada à esquerda havia 20 anos em

outra instituição, com queixas de dor e claudicação bilateral, encaminhado para avaliação com

grupo de Ortopedia do Quadril da ISCMPA. Radiologicamente já apresentava falha óssea

acetabular significativa à esquerda, além de sinais e sintomas de coxartrose à direita. Foi

realizada ATQ primária não cimentada do lado direito no primeiro tempo cirúrgico, com

preservação da cabeça femoral em região glútea ipsilateral. Paciente apresentou boa evolução

pós-operatória inicial, sem queixas álgicas significativas. Uma semana após foi realizado o

segundo tempo cirúrgico, com revisão do componente acetabular esquerdo e enxertia da

cabeça femoral contralateral, fixada ao teto do acetábulo com dois parafusos corticais 3.5mm

e componente cimentado. Paciente recebeu alta hospitalar duas semanas após o primeiro

tempo cirúrgico, mantido sem carga em membro inferior esquerdo por noventa dias, até a

consolidação do enxerto fixado no teto acetabular. Avaliação com seis meses de pós-

operatório evidenciou ótima evolução, com bom desempenho da marcha e bom

posicionamento dos implantes.

A cirurgia de revisão em artroplastia de quadril com grande perda óssea é um desafio

ortopédico. O uso de enxerto - seja ele autólogo, homólogo (proveniente de banco de osso)

ou liofilizado bovino - impactado ou estrutural são alternativas para a reconstrução, bem

como uso de malhas e anéis metálicos de reforço. A implantação de banco de ossos e tecidos

em hospitais necessita de grande infraestrututra e de equipe multidisciplinar para sua

manutenção. Dessa forma, a técnica utilizada apresenta-se como uma alternativa viável para

contornar as dificuldades encontradas tanto do ponto de vista ortopédico quanto estrutural.

Palavras-chaves: Artroplastia Total De Quadril, Enxerto Autólogo, Revisão De Artroplastia Total

De Quadril

85 - SARCOMA DE EWING: RELATO DE CASO

Andrius Endrigo Andrin, Luiz Jose Moura Alimena, Sérgio Zylbersztejn, Tales Shinji Sawakuchi

Minei, William Osamu Toda Kisaki, Gabriel Ferrari Alves, Ramon Magalhães Mendonça Vilela,

Tális Manoel Strack Lima, Ian Sulzbacher Peroni, Elisson Rafael Silva dos Santos, Tales Antunes

Franzini, Gabriela dos Santos Saballa, Ébano Sturm Fernandes, Valberto Sanha, Henrique

Castro, Marcelo Emerim Brígido Oliveira, Joel Lucas Maciel dos Santos

ISCMPA - Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, UFCSPA - Universidade

Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade Luterana do Brasil, UFRGS

- Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

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Introdução: O Sarcoma de Ewing é uma neoplasia óssea de comportamento biológico

agressivo, que acomete principalmente crianças e adolescentes (cerca de 64% dos casos na

segunda década de vida). Essa neoplasia apresenta maior prevalência em pacientes

caucasianos do sexo masculino. Pode surgir em qualquer parte do corpo, porém apresenta

predominância nas extremidades dos membros e na pelve. Além dessas características, essa

neoplasia pode apresentar também uma variante que surge em partes moles e é

histologicamente indistinguível. Método: Foi realizado um relato de caso com revisão de

literatura. Resultados: Paciente masculino, branco, 20 anos. Procurou ortopedista com queixas

de dor no quadril esquerdo há 6 meses, sem aumento de volume e sem bloqueio articular no

quadril esquerdo. Não apresentava outras patologias, sem histórico de trauma. Ao raio-x

notou-se lesão osteolítica permeativa abaixo do grande trocânter esquerdo. Com o intuito de

maior investigação realizou-se ressonância magnética em coxa esquerda onde foi possível

notar uma lesão excêntrica na região intertrocantérica. Para elucidar o diagnóstico foi

efetuada biópsia óssea por agulha, confirmando sarcoma de Ewing, sem metástase. Optado

por tratamento quimioterápico com o intuito de reduzir o tumor e impedir sua disseminação à

distância, e posterior cirurgia de ressecção do tumor com margens amplas (osteotomia ao

nível do colo do fêmur e na diáfise femoral), além de reconstrução com osso irradiado e

osteossíntese com placa DHS. A fim de eliminar qualquer célula anormal residual, aplicou-se

quimioterapia pós-operatória também. O pós-operatório não apresentou intercorrências.

Atualmente o paciente encontra-se sem recidiva, e com amplitude de movimentos da coxa e

quadril esquerdo preservados. Conclusão: O tratamento do Sarcoma de Ewing, segue como

padrão a quimioterapia prévia a um processo cirúrgico, quando necessário. Os avanços na área

da quimioterapia conferem significativa melhora na sobrevida do paciente. A cirurgia de

ressecção tumoral, por sua vez, segue um protocolo que se adapta a resposta do tumor às

drogas. Caso o tumor seja altamente responsivo às drogas, é possível prever um melhor

prognóstico. Embora todos os aspectos do tratamento tenham melhorado radicalmente nos

últimos 30 anos, a terapia continua dependendo de diversas variáveis clínicas.

Palavras-chaves: Sarcoma de Ewing, Ortopedia, Neoplasia, tumor

86 - VIDEOARTROSCOPIA DO QUADRIL PARA RESSECÇÃO DE OSTEOCONDROMA DO COLO

FEMORAL EM PACIENTE COM HEMOFILIA

Luciano Urnauer, Christian Brandão Kliemann, André Barcellos Amon, Diogo Martins de

Oliveira, Lauro Etchepare Dorneles, Osvaldo Andre Serafini

PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Resumo

Relatamos o caso de um paciente hemofílico, masculino, 30 anos, apresentando dor em

quadril esquerdo na região da virilha e sobressalto durante a rotação externa. Apresentava nos

exames de radiografia e tomografia computadorizada uma exostose óssea em região medial

do colo femoral, proximal ao pequeno trocanter. Após a administração de Fator VIII - devido à

condição clínica do paciente - e através de técnica videoendoscópica do quadril com paciente

em decúbito dorsal em mesa ortopédica e portais antero-lateral e anterior com auxílio de

radioscopia. Utilizamos shaver partes óssea longo e obtivemos a total remoção da lesão

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exostótica na região medial do colo femoral com o mínimo de agressão tecidual e com o

mínimo de sangramento. Também foi realizado a tenotomia parcial do psoas. Material enviado

para patologia confirmou osteocondroma. Obtivemos a rápida recuperação do paciente com

alívio dos sintomas e com mínima quantidade de sangramento.

Palavras-chaves: hemofilia, osteocondroma, quadril, videoartroscopia

87 - INFLUÊNCIA DA FADIGA DOS MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR NO TESTE DE CADEIA

CINÉTICA FECHADA

Morgana Martins de Toni, Mariane Menegazzi, Marcia Cristina Gomes Costa, Ketlyn Germann

Hendler, Marisa de Cássia Registro Fonseca, Heloyse Uliam Kuriki, Rafael Inácio Barbosa,

Alexandre Marcio Marcolino

Universidade Federal de Santa Catarina LARAL/UFSC

Resumo

Introdução: Os músculos responsáveis pelo controle e pela estabilização entre tronco e os

membros superiores e inferiores são conhecidos como músculos do core. Portanto, a

estabilidade do tronco está diretamente relacionada com o desempenho, produção de força e

mobilidade das extremidades como: correr, chutar e arremessar. Objetivo: Investigar a

influência da fadiga dos músculos do manguito rotador. Métodos: Estudo transversal de

mensuração clínica, aprovado parecer 1.619.689. Foram avaliados 23 indivíduos, de ambos os

sexos, com idade média de 21,5 anos, saudáveis e sem histórico de lesão em membros

superiores ou coluna, durante o teste de cadeia cinética fechada do membro superior, antes e

após um protocolo de fadiga que consistia na realização de rotação interna e rotação externa,

repetidas vezes, com o equipamento Magic Circle, associado ao uso de um metrônomo com

frequência de 50 batimentos por minuto. Resultados: As mulheres necessitam de menor

tempo e número de repetições para levar o músculo à fadiga. Quando comparada a frequência

mediana antes e após a fadiga muscular nas mulheres, houve a diminuição da mesma, com

sugestivo de fadiga muscular. Ao analisar o comportamento muscular nos homens,

encontramos também a interação da fadiga dos músculos do manguito rotador. Conclusão:

Entretanto, não houve diferença significativa entre os resultados obtidos.

Palavras-chave: Fadiga muscular, Manguito Rotador.

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Trabalhos de Fisioterapia

Apresentação Oral

CORRELAÇÃO DE PICO DE TORQUE DE QUADRÍCEPS E ÍSQUIO-TIBIAIS COM VALORES DE

RAZÕES CONVENCIONAL E FUNCIONAL EM JOGADORES DE FUTEBOL PROFISSIONAL

Carolina Gassen Fritsch, Maurício Pinto Dornelles, Bruno Manfredini Baroni

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumo

Dentre os inúmeros fatores de risco para lesão muscular de isquiotibiais, a razão isquiotibiais

(IT)/quadríceps (QD) tem recebido grande atenção da comunidade científica. Por meio da

dinamometria isocinética, os valores de pico de torque (PT) são utilizados para se determinar a

razão convencional (Rcon = PT concêntrico de IT/ PT concêntrico de QD) e a razão funcional

(Rfun = PT excêntrico de IT/ PT concêntrico de QD). Evidências sugerem que atletas com

desequilíbrio agonista-antagonista apresentam razões inferiores a 0,5-0,6 para Rcon e a 0,8-

1,0 para Rfun, o que aumenta o risco de sofrerem uma lesão muscular de IT. No entanto, não

há consenso na literatura se o desequilíbrio muscular se deve à fraqueza de IT, ao excesso de

força do QD, ou ambos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre o PT

de QD e de IT com as razões (Rcon e Rfun) em jogadores de futebol. MÉTODOS: Nesse estudo

transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFCSPA (CAAE

37903014.3.0000.5345), participaram 101 jogadores de futebol (52 profissionais e 49 da

categoria sub-20) de dois clubes da primeira divisão estadual. Os atletas realizaram duas séries

de três repetições concêntricas máximas e duas séries de três repetições excêntricas máximas

de flexo-extensão de joelho na velocidade de 60°/s em cada membro inferior. Os pontos de

corte de 0,55 para Rcon e 0,90 para Rfun foram utilizados para a separação dos membros

inferiores avaliados em dois grupos: com e sem desequilíbrio muscular. Testes t-Student e

cálculos de tamanho de efeito (d de Cohen) foram realizados para comparações de PT entre os

grupos. Também foram calculados valores de coeficientes de correlação de Pearson (r) para as

seguintes relações: PT concêntrico de quadríceps com Rcon, PT concêntrico de ITcom Rcon, PT

concêntrico de QD com Rfun e PT excêntrico de IT com Rfun. RESULTADOS: Os membros com

Rcon±43 Nm) e menor valor de PT concêntrico de IQ (142±21 Nm) comparado aos membros

com Rcon>0,55 (262±35 Nm; 158±22 Nm). Apesar de as comparações inter-grupos

apresentarem tamanhos de efeito moderado (d=0,54) para PT concêntrico QD e forte (d=0,83)

para PT excêntrico de IT, os valores de PT de ambos os grupos musculares apresentaram

correlações fracas com os valores de Rcon (r=0,37-0,45). Os membros com Rfun±41 Nm) e

menor valor de PT excêntrico de IQ (145±20 Nm) comparado aos membros com Rcon>0,55

(257±37 Nm; 165±23 Nm). O tamanho de efeito para o PT de QD foi moderado (d=0,52)

enquanto o tamanho de efeito para o PT de IT foi grande (d=1,17). Além disto, os valores de PT

excêntrico de IT apresentaram correlações positivas moderadas com os valores de Rfun

(r=0,30-0,66). CONCLUSÃO: Apesar das diferenças encontradas nos valores de PT de QD e IT

entre membros com e sem desequilíbrio muscular nas Rcon e Rfun, apenas o PT excêntrico de

IT apresentou correlação moderada com a Rfun. Esses achados sugerem que o desequilíbrio na

Rfun ocorre muito mais por fraqueza dos IQ do que por força excessiva do QD em atletas de

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futebol, o que salienta a importância do treinamento excêntrico de IQ para alcançar o

equilíbrio agonista-antagonista e reduzir as chances de lesão dessa musculatura.

Palavras-chaves: futebol, quadríceps, ísquio-tibiais, razão convencional, razão funcional

INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DO PILATES SOBRE A POSTURA, A FLEXIBILIDADE E A FORÇA

MUSCULAR EM ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE FELIZ - RS

Letícia da Silva Flores, Morgana Buffon Cavalheiro, Gisele Oltramari Meneghini, Caroline

Bernardes

FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha

Resumo

Objetivo: Analisar a influência do Método Pilates sobre a postura, flexibilidade, força muscular

e equilíbrio em escolares no Município de Feliz – RS. Métodos: O estudo caracterizou-se como

quase experimental, com amostragem por conveniência de 57 escolares, de ambos os sexos,

que participavam das aulas de Pilates, disponibilizadas em uma escola de ensino fundamental,

na cidade de Feliz – RS. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob parecer nº.

1.274.667/2015. Inicialmente, foi realizada uma avaliação pré-intervenção, em que os

escolares eram submetidos a uma bateria de testes em circuito, utilizando-se cinco

instrumentos de avaliação: questionário contendo os dados de identificação e características

sócio-demográficas do escolar, avaliação antropométrica, teste de força, avaliação da

flexibilidade (banco de Wells), teste de equilíbrio e avaliação postural (fotogrametria

computadorizada). Após às avaliações, os participantes foram submetidos às intervenções em

um período de 4 meses, uma vez por semana, com duração média de trinta minutos. Para

comparar as escalas antes e após a intervenção, o teste t-student para amostras pareadas foi

aplicado. Em caso de assimetria, o teste de Wilcoxon foi utilizado. Para os parâmetros

categóricos, o teste de McNemar foi aplicado. A associação entre as escalas foi avaliada pelos

coeficientes de correlação de Pearson ou Spearman. O nível de significância adotado foi de p ≤

0,05. Resultados: Após a intervenção, evidenciou-se melhora significativa no equilíbrio

estático, melhora na flexibilidade e melhora do alinhamento da cintura escapular. Também

houve uma redução da força abdominal e uma aumento da anteversão pélvica pós

intervenção. Em relação às variáveis antropométricas, houve um aumento significativo do

peso e estatura. Conclusão: Concluiu-se que o Método Pilates é um atividade que gera

inúmeros benefícios aos seus participantes adultos, no entanto, na população infantil, ainda

requer um aprofundamento desta investigação, tanto para o controle de variáveis

intervenientes que possam mascarar alguns resultados, quanto nas ferramentas de avaliação

utilizadas para descrever os benefícios desta prática. Parece haver resultados importantes no

que se refere ao equilíbrio e flexibilidade, mas ainda permeiam dúvidas nas modificações

posturais e nos ganhos de força abdominal. Desta forma sugere-se que se realize novos

estudos, com ferramentas de avaliação mais sensíveis para a faixa etária avaliada.

Palavras-chaves: Método Pilates, flexibilidade, força muscular, postura, criança

PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DA DISTRIBUIÇÃO DA PRESSÃO PLANTAR, DE

ENCURTAMENTO MUSCULAR DA CADEIA POSTERIOR E DE QUEIXAS MUSCULOESQUELÉTICAS

EM CORREDORES DE RUA

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Christina P. C. Cepeda, Eduardo Comparim Santos, Gabriel Gomes da Silva, Rúbia Márcia

Benatti

UP - Universidade Positivo

Resumo

A corrida de rua tem sido muito difundida e o número de corredores aumentou

significativamente no intuito de melhorar a qualidade de vida. No entanto, tem sido

evidenciado um aumento de lesões osteomioarticulares nesses indivíduos.Portanto,o objetivo

do estudo foi verificar a prevalência de lesões, de alterações da pressão plantar e do

comprimento dos músculos da cadeia posterior dos membros inferiores e de queixas

musculoesqueléticas em corredores de rua. Estudo transversal descritivo, realizado entre

agosto a setembro de 2017, aprovado pelo CEP nº 2.220.692 e CAEE 67856117.5.0000.0093.

Amostra com 142 corredores de rua de ambos os sexos (54% homens e 46% mulheres), com

idades entre 22 e 55 anos, que praticam a modalidade há pelo menos 1 ano e com

treinamento mínimo de 20 quilômetros semanais, com índice de massa corporal menor ou

igual a 29,9 kg m².Os procedimentos avaliativos constaram de questionário elaborado pelos

pesquisadores, avaliação antropométrica de massa corporal (em kg) com balança digital

CADENCE®, e mensuração da altura a partir de um estadiômetro compacto WISO® para o

cálculo do Índice de Massa Corporal (kg/cm2). Para a avaliação da distribuição das pressões

plantares e do tipo de pé foi realizada a Baropodometria estática a partir da coleta de dados

utilizando a plataforma computadorizada EPS KINETEC®. Para a análise do comprimento

muscular da cadeia posterior foi realizado o Teste do Ângulo Poplíteo, utilizando o método da

biofotogrametria para graduar o comprimento musculotendíneo dos flexores uni e bi

articulares do joelho. Para análise estatística foi realizada análise descritiva padrão dos dados

com a utilização do Software Excel®. Para verificar a normalidade da amostra,o teste Shapiro-

Wilk para as amostras independentes. Para a análise de significância estatística (phaviam

sofrido algum tipo de lesão e que o grau de encurtamento da cadeia posterior dos membros

inferiores se mostrou similar entre homens e mulheres.Foi verificada elevada prevalência de

queixas musculoesqueléticas(93%),das quais 46% em membros inferiores, 26% em coluna

lombar e 21% em ambas as regiões (múltiplas). Não foram observadas relações com diferença

estatística significante entre indivíduos eutróficos e aqueles com sobrepeso. Na distribuição da

pressão plantar, 75% dos corredores apresentavam uma sobrecarga em antepé, 13% em

mediopé e 12% em retropé. O pé cavo foi prevalente (71%), seguido por pé neutro (23%) e pé

plano (6%).Foi estabelecida relação significativa (p

Palavras-chaves: Corredores, Pressão plantar, Flexibilidade, Queixas musculoesqueléticas

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Pôster

01 - A INFLUÊNCIA DO AQUECIMENTO NA FLEXIBILIDADE MUSCULAR DE ESTUDANTES DO

ENSINO MÉDIO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

Gislaine Ferreira, Matheus Fernandes, Angela Roman, Fabiana May, Marlon Francys Vidmar

IDEAU - Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai

Resumo

Introdução: Os exercícios realizados como forma de aquecimento muscular é de extrema

importância para a prática esportiva, pois proporciona uma rápida adaptação do corpo ao

estresse, permitindo maior tempo do estado estável do exercício, e melhorando a capacidade

de concentração nas habilidades que devem acompanhá-la. No entanto, ainda faltam

evidências científicas que relatem o efeito do aquecimento na flexibilidade muscular. Objetivo:

Analisar a influência do aquecimento na flexibilidade muscular em estudantes do Ensino.

Métodos: O estudo caracterizou-se como ensaio clínico randomizado, sendo a amostra

composta por 50 estudantes, divididos aleatoriamente em quatro grupos: Grupo I= 15

estudantes do sexo feminino sendo grupo controle, Grupo II= 15 estudantes do sexo feminino

que realizaram o aquecimento, Grupo III= 10 estudantes do sexo masculino sendo grupo

controle, Grupo IV= 10 estudantes do sexo masculino que realizaram o aquecimento. Os

estudantes do GII e IV foram submetidos a um protocolo de aquecimento muscular, onde

realizaram um trote moderado, por 5 minutos na quadra da escola. Para a coleta de dados foi

utilizado uma ficha de avaliação para a caracterização da amostra e identificação dos critérios

de elegibilidade. Para a avaliação da flexibilidade foram utilizados os seguintes testes: teste de

sentar e alcançar, teste de schober, teste de stibor e teste do 3° dedo ao solo sendo que cada

indivíduo sorteou a ordem de execução dos testes. A análise dos dados ocorreu por meio dos

recursos de estatística descritiva, média e desvio padrão, já a análise inferencial intra-grupos

ocorreu através do teste t de student pareado e na análise intergrupos foi utilizado o teste t de

student para amostras independentes, com nível de significância de p ≤0,05. Resultados: Como

resultado percebeu-se que o grupo III masculino, não obteve diferença significativa em

nenhum dos testes. Já o grupo IV apresentou diferença significativa pré e pós nos testes de

sentar e alcançar, schober e 3º dedo ao solo. Houve diferença nos dois grupos femininos, tanto

no que aqueceu quanto no grupo controle, porém entre eles não obtivemos diferenças

significativas. Apesar das adolescentes do sexo feminino obterem um valor maior nos testes de

flexibilidade em relação ao sexo masculino, não são valores significativos, não ocorrendo

diferença entre os sexos. Conclusão: O aquecimento proposto por este estudo demonstrou ser

eficaz para a melhora da flexibilidade dos adolescentes do sexo masculino. Recomenda-se que

o aquecimento seja padronizado antes das aulas práticas de Educação Física, para obter efeito

fisiológico na flexibilidade muscular e melhor aproveitamento dos exercícios nas aulas práticas.

Palavras-chaves: Aquecimento, Flexibilidade, Adolescentes

02 - ACOMETIMENTO MUSCULOESQUELÉTICO DE OMBRO E COLUNA DE CAIXAS BANCÁRIOS

Daiani Bortolotto Picolo Daiani Bortolotto Picolo, Marcos Lenon Matias Marcos Lenon Matias,

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Willians Cassiano Longen Willians Cassiano Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense

Resumo

INTRODUÇÃO: A frequência de quadros sugestivos de Doenças Osteomusculares Relacionadas

ao Trabalho (DORT) em bancários mostra-se expressiva. A função de caixa que estabelece a

principal interface com os clientes/usuários das agências bancárias conta com atividades com

marcadas exigências psicofisiológicas de quantidade e qualidade de atendimento. OBJETIVO:

Avaliar risco ergonômico e saúde funcional de bancários Operadores de Caixa. MÉTODOS:

Estudo tipo quantitativo e transversal. A coleta de dados aconteceu nos meses de setembro e

outubro de 2015. Constituiu-se da aplicação do Censo de Ergonomia, juntamente com

questionário com variáveis que analisaram características da saúde, focado nos sistemas

osteomuscular e características ocupacionais. Os mesmos foram aplicados em caixas bancários

de Criciúma e região. O número de participantes que aderiram à pesquisa foi de 85

trabalhadores ativos. Na análise estatística utilizou-se o programa SPSS versão 20.0, os dados

simples estão expostos em frequência e para as correlações foi utilizado o teste estatístico

Qui-Quadrado. RESULTADOS: Foi constatado que 67,1% trabalhadores relataram presença de

sintomas de Dor/Desconforto, sendo que os locais mais acometidos foram: Ombro 51,8%,

Cervical 44,7% e Coluna Dorso Lombar 36,5%. Não foi encontrada associação entre

dor/desconforto e a prática de exercícios, nem com o uso de medicamentos para trabalhar.

Quanto à presença de inadequações ergonômicas 50,6% relataram presença de inadequações

organizacionais; 37,7% ambientais e 27,1% físicas. Foi encontrada correlação entre dor no

ombro e inadequação física no ambiente de trabalho (p=0,013), bem como, com a

organizacional (p=0,040). Assim como, cervicalgia com inadequação organizacional (p=0,012) e

coluna dorso lombar com inadequações do ambiente de trabalho (p=0,044). CONCLUSÃO: O

percentual de caixas bancários com sintomatologia musculoesquelética mostrou-se elevado,

representando o dobro em relação à categoria bancária no geral. A atividade mostra-se com

risco potencializado especialmente pelas condições ergonômicas organizacionais de trabalho,

o que merece forte atenção.

Palavras-chaves: LER/DORT, Trabalhadores, Disfunção Osteomuscular

03 - AGULHAMENTO SECO E FOTOBIOMODULAÇÃO NO TRATAMENTO DO PONTO GATILHO

EM TRAPÉZIO SUPERIOR: UM ESTUDO PILOTO

Ameg Dalpiaz, Renan Andrade Pereira Barbosa, Heloyse Uliam Kuriki, Aderbal Silvar Aguiar Jr,

Alexandre Marcio Marcolino, Rafael Inácio Barbosa

PPGCR - UFSC - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal

de Santa Catarina

Resumo

Pontos gatilhos miofasciais (PG) são pontos hipersensíveis encontrados dentro de uma banda

densa no músculo, sendo comumente relacionados a dor e disfunção. O Agulhamento Seco e a

Fotobiomodulação, através do Laser de Baixa Intensidade (LBI) têm mostrado efeitos positivos

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na inibição desse ponto gatilho. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo avaliar

os efeitos da associação do Agulhamento seco e do LBI no tratamento de ponto-gatilho ativo

em trapézio superior de mulheres. Trata-se de um estudo piloto, controlado, o qual consiste

em uma aplicação de Agulhamento Seco, seguido por uma aplicação do LBI. A amostra foi

composta por 2 voluntárias. Foi realizado a avaliação antes da intervenção (baseline), 10

minutos e 30 minutos após a intervenção. Foram avaliadas as variáveis de dor através de

escala visual analógica da dor, temperatura superficial através de termografia, limiar de dor a

pressão por algometria. A análise estatística dos dados foi realizada através de Two-Way

ANOVA com post-hoc de Bonferroni, sendo os valores expressos em média ± desvio padrão,

índice de significância de p

Palavras-chaves: Ponto Gatilho, Dor, Agulhamento Seco, Laser de Baixa Intensidade

04 - ANÁLISE DE FORÇA E ESTABILIDADE DINÂMICA EM ATLETAS DE FUTSAL FEMININO DE

UMA EQUIPE UNIVERSITÁRIA DO VALE DOS SINOS

Maycon Dieg Figueredo, Egon Acelido Dörr Neto, Tiago André Auler

Feevale - Universidade Feevale

Resumo

INTRODUÇÃO: A prática esportiva competitiva por suas exigências acarreta em lesões no

sistema musculoesquelético. Há então a necessidade de avaliações pré-participação e

periódicas para acompanhamento destes atletas. A implementação de testes funcionais por

sua fácil aplicabilidade e baixo custo, vem sendo uma ferramenta muito útil para os

fisioterapeutas esportivos, dando informações importantes referentes à capacidade funcional

de um grupo de atletas ou de forma individual, além de incorporar as tarefas e gestos

específicos do esporte. O Star Excursion Balance Test Modificado ou Y Balance Test, é um teste

que dá informações importantes sobre o desempenho e estabilidade dinâmica dos membros

inferiores, onde o examinador obtém dados quantitativos e qualitativos, norteando sua

tomada de decisões.

OBJETIVO: Identificar a partir da aplicação dos testes se há uma correlação entre déficit de

força muscular de glúteo máximo e isquiostibiais com a instabilidade dinâmica dos membros

inferiores em quatorze (n=14) atletas universitárias de futsal feminino com média de idade de

23 anos (±3,44) anos, peso médio de 66 quilos (±11,18) e altura média de 1,62 (±0,05).

MÉTODOS: O presente estudo é do tipo transversal, com abordagem quantitativa. Foram

aplicados dois testes de força, o teste de glúteo máximo onde é quantificado o número de

rotações externas realizadas pela participante sem a presença de mecanismo compensatório

ou alteração do padrão de movimento e o Single Leg Bridge Test (SLBT) utilizado para

mensurar força de isquiostibiais a partir da quantificação do número de repetições. O Y

Balance Test foi o teste utilizado para avaliar o equilíbrio e estabilidade dinâmica do membro

inferior, onde se busca um maior alcance em três direções distintas, anterior, póstero-medial e

póstero-lateral.

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RESULTADOS: Os resultados obtidos no Y Balance Test através da pontuação composta (soma

das três direções normalizadas com o comprimento do membro) teve uma média igual a 76%

em ambos os membros. Na análise da discrepância anterior entre os membros obtivemos uma

média igual a 2 cm (±2,31). No SLBT obtivemos uma média de 20 repetições (±7,50) para o

membro dominante e 19 repetições (±9,95) para o membro não dominante. O teste força de

glúteo máximo teve uma média de 6 (±2,31) repetições para o membro dominante e 7 (±3,99)

repetições para o não dominante.

CONCLUSÃO: A partir do resultado dos testes, observou-se que as atletas apresentam scores

que indicam fatores de risco preditivos de lesão, recomendando-se trabalhos preventivos para

melhora da força muscular e controle neuromuscular das atletas. Com base nos dados

coletados pode-se concluir também que o teste de estabilidade dinâmica Y Balance Test não é

apenas dependente de força dos músculos estabilizadores do quadril. Os testes funcionais

demonstram-se ferramentas muito úteis para o fisioterapeuta esportivo.

Palavras-chaves: Testes funcionais, Futsal, Força, Estabilidade, Prevenção

05 - ASSOCIAÇÃO DE LESÕES E TEMPO DE PRÁTICA DE CROSSFIT® NO MAIOR EVENTO

COMPETITIVO DA REGIÃO SUL DO BRASIL

Maycon Diego Figueredo, Anieli Adamatti Rodrigues, Gabriela Esquinatti, Isabel Krüger, Vitória

Caroline Baldissera

Feevale - Universidade Feevale

Resumo

INTRODUÇÃO: O CrossFit® pode ser definido como uma atividade física que inclui movimentos

funcionais, de alta intensidade e de variações constantes. A prescrição dos exercícios aborda

três aspectos principais: sustentar altas cargas, percorrer grandes distâncias e executar

movimentos em alta velocidade. Seja no âmbito recreativo ou competitivo, os atletas estão

expostos aos riscos de lesões musculoesqueléticas associadas à prática do esporte,

particularmente se o movimento ou a forma de treinamento estiverem inapropriados. Aqueles

que treinam Crossfit® arduamente e com frequência no limite do corpo, principalmente os que

o realizam sem uma preparação correta e específica, fatalmente terão lesões consequentes,

acompanhadas de dor, desconforto e até mesmo a incapacidade de continuar treinando. Até o

momento, poucos são os estudos que investigaram a prevalência de lesões em praticantes

usuais dessa modalidade.

OBJETIVO: Investigar a associação de lesões com o tempo de prática e horas de exposição a

treinamentos em participantes de um evento competitivo de CrossFit® da região Sul do Brasil.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de questionário elaborado

pelo pesquisador, que foi aplicado em um único dia, durante uma competição de CrossFit® na

região Sul do Brasil. A amostra foi composta por noventa e três (n=93) praticantes de CrossFit®

de ambos os sexos, 47 (50,5%) do sexo masculino e 46 (49,5%) do sexo feminino com peso

médio de 71 quilos (±13,19) e altura média de 1,69 (±10,37).

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RESULTADOS: Dos 93 praticantes de CrossFit® investigados, 22 (23,7%) apresentaram alguma

lesão relacionada à prática do CrossFit®, sendo 23,4% (n=11) dos homens e 23,9% (n=11) das

mulheres, não havendo associação entre o sexo e a prevalência de lesões (p=0,954). Haviam

atletas em diversas categorias, 45 (48,4%) Scale, 21 (22,6%) Amador, 10 (10,8%) RX, 1 (1,1%)

Elite, 3 (3,2%) Master e 13 (14%) participando em Times, e não houve associação entre as

categorias e a prevalência de lesões (p=0,435). Os atletas foram questionados em relação à

necessidade de interromper os treinos, sendo as possibilidades de resposta Nunca, Uma Vez,

Duas Vezes ou Três Vezes ou Mais, e não houve associação entre a necessidade de

interromper os treinos e o tempo de prática, classificado em menos ou mais de 6 meses

(p=0,769). Também não houve associação entre a prevalência de lesões e o tempo de prática

(p=0,062). Dos indivíduos investigados, 94,6% relataram realizar treinos para fortalecimento

de core e específicos para mobilidade.

CONCLUSÃO: O CrossFit® mostrou-se uma modalidade esportiva com baixo índice lesivo, já

que menos de um quarto dos praticantes referiu lesões prévias, o que pode estar associado

com a alta prevalência de indivíduos que realizam exercícios preventivos. Também não houve

associação entre o tempo de prática e a categoria de competição e a prevalência de lesões,

assim como não houve associação entre o sexo e a prevalência de lesões na população

estudada.

Palavras-chaves: CrossFit, Lesões, Treinamento, Prevenção

06 - ATIVIDADE FÍSICA COMUNITÁRIA: EFEITOS SOBRE A FUNCIONALIDADE NA LOMBALGIA

CRÔNICA

Maicon da Silva Martins, Willians Cassiano Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

Resumo

Introdução: A saúde funcional é o estado de funcionalidade e de bem-estar, individual e

coletivo, na realização de atividades e na participação social, em que se promove a qualidade

de vida e a autonomia para o pleno exercício da cidadania. Um importante determinante para

a adesão, ou não, em eventos de promoção da saúde está na participação da população.

Fortes evidências mostram que a inatividade física aumenta o risco de muitas condições

adversas à saúde, o que gera uma diminuição da expectativa de vida. A inatividade física é

responsável por cerca de 5,3 milhões de mortes no mundo a cada ano, gerando um percentual

total de 10% das mortes entre todas as que acontecem, sendo, portanto, uma grande ameaça

à saúde de toda a população. A lombalgia está entre os agravos associados à inatividade, como

morbidade, com elevado grau de prevalência na população, chegando a 70%. A lombalgia se

caracteriza como uma dor na região final da coluna vertebral, entre as últimas costelas e o

início da linha glútea. A maioria dos casos pode ser classificada como crônica quando o

sintoma persiste por um tempo superior a doze manas e tem origem inespecífica, não se

sabendo qual a sua causa principal. Pode estar associada a causas diversas, desde a postura

adotada no trabalho e nas atividades laborais até doenças degenerativas e desequilíbrios

musculares. Seus principais relatos são aumento de dor ao final do dia por conta da fadiga

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muscular na região. Objetivo: Avaliar a intensidade dolorosa, a força lombar e a funcionalidade

de indivíduos que possuem lombalgia crônica inespecífica e são praticantes de um programa

públicos de exercícios físicos. Métodos: Pesquisa exploratória, transversal e quantitativa

realizada em 2017, com 130 mulheres de 30 a 60 anos de idade e sem histórico de cirurgia na

coluna vertebral. Aplicou-se o Oswestry Low Back Pain Disability Questionnaire (ODQ) para a

avaliação da incapacidade relacionada à coluna lombar. Quantificou-se a dor através da escala

visual analógica (EVA) e a força muscular lombar com dinamometria lombar (Takei®).

Resultados: Das 130 participantes, 97,7% (n=127) apresentaram incapacidade funcional

mínima relacionada à coluna lombar (ODQ). Em relação à força, 16,9% (n=10) apresentaram

valores normais e 83,1% (n=120) abaixo dos valores de referência, apresentando fraqueza

muscular. Quanto à intensidade da dor, 47,7% (n=67) das participantes apresentaram

intensidade leve, 45,5% (n=59) apresentaram intensidade moderada e 6,9% (n=9), intensa.

Conclusão: O programa possui características que contribuem para manter controlada a

intensidade dolorosa, que vem se mostrando baixa, bem como a incapacidade funcional

significativa dos indivíduos. A fraqueza muscular na região lombar, apresentada pelas

participantes sem associação com a funcionalidade, e a dor podem ser um fator que perpetua

os quadros de lombalgia crônica. Os achados sugerem a necessidade de revisão da prescrição

terapêutica dos exercícios do programa realizado.

Palavras-chaves: Dor Lombar, Promoção da Saúde, Exercício

07 - AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA E QUALIDADE DE VIDA DE

TRABALHADORES DA PRODUÇÃO DE DUAS INDÚSTRIAS CERÂMICAS DE CRICIÚMA

Felipe da Silva Schutz Felipe da Silva Schutz, Mariane Peres Albino Mariane Peres Albino,

Katherin Kalane Karkle Katherin Kalane Karkle, Liana Barcelos Liana Barcelos, Eduardo Ghisi

Victor Eduardo Ghisi Victor, Samira da Silva Valvassori Samira da Silva Valvassori, Paula Rohr

Paula Rohr, Kristian Madeira Kristian Madeira, Willians Cassiano Longen Willians Cassiano

Longen

Unesc - Universidade do Extremo Sul Catarinense

Resumo

Introdução: As indústrias cerâmicas estão sujeitas a uma gama de fatores como temperatura

elevada, poeira, trabalho em pé, sendo que esses fatores em maior ou menor grau, podem

levar a desconfortos e adoecimentos relacionados ao trabalho. Objetivo: Avaliar a condição

musculoesquelética e Qualidade de Vida de trabalhadores de indústria cerâmica. Materiais e

Métodos: Este estudo envolveu uma abordagem transversal quantitativa. Foram avaliados 189

trabalhadores de duas indústrias cerâmicas da região carbonífera de Criciúma, onde foi

aplicado o Questionário de Qualidade de Vida Whoqol-Bref esse questionário é composto por

quatro domínios da qualidade de vida e foi utilizado de forma autoaplicável conforme prevê

seu manual de utilização, avaliação da força muscular através de dinamômetros, o

questionário nórdico de sintomas osteomusculares utilizado para pesquisa de dados sobre

sintomas de DORT com todos os trabalhadores, a escala visual analógica (EVA), o questionário

Owestry Low Back Pain Disability Questionarie - ODQ 2.0 que avalia a dor lombar em diversas

atividades funcionais, bem como, o Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH)

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questionário que contem 30 questões utilizadas para medir a funcionalidade e sintomas

físicos. Resultados: Quanto à qualidade de vida, na média geral, 115 (60,8%) responderam que

sua qualidade de vida é regular. O segmento que os trabalhadores mais referiram dor foi a

coluna lombar, 68 (36,0%) apresentaram dor nos últimos 12 meses, 38 (20,1%) nos últimos 7

dias. Em membros superiores, 107 (56,6%) apresentaram fraqueza muscular. Conclusão: Os

achados desvendam a presença de sintomatologia dolorosa em percentual superior ao

encontrado junto a outras categorias profissionais. A fraqueza muscular principalmente nos

membros superiores e a percepção sobre a qualidade de vida, que prevaleceu como regular,

demonstram que há comprometimento parcial da saúde de parte destes trabalhadores, que

embora não tenha demonstrado ser incapacitante é percebida como impactante nos seus

contextos de vida e trabalho.

Palavras-chaves: Doenças Musculoesqueléticas, Ler-Dort, saúde do trabalhador

08 - AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM MENINAS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA

Cássia Vitória Bado, Alexandra Renosto, Caroline Bernardes

FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha

Resumo

INTRODUÇÃO: Habilidades motoras são movimentos voluntários que executamos com um

objetivo. Desde o nascimento, começamos a desenvolver habilidades motoras, algumas

simples e outras complexas, sendo que cada indivíduo recorre a uma maneira de executar a

tarefa, havendo muitas formas de realizar a mesma tarefa e atingir o objetivo final. A infância é

o momento ideal para essas habilidades serem refinadas e desenvolvidas para prática

esportiva. Com o avanço da tecnologia, algumas crianças deixam de lado brincadeiras

fundamentais para desenvolver essas habilidades, apresentando grandes dificuldades para a

realização de movimentos simples, em função do sedentarismo e também da obesidade.

OBJETIVO: Avaliar o desenvolvimento motor em meninas praticantes de ginástica artística.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, observacional, onde meninas nascidas entre

2007 e 2008, praticantes da modalidade de ginástica artística foram inicialmente avaliadas, a

partir da realização de uma anamnese, seguida pela aplicação da Escala de Desenvolvimento

Motor. Após a avaliação de cada criança foi comparada as habilidades adquiridas nesta

modalidade. RESULTADOS: De acordo com a classificação da Escala de Desenvolvimento Motor

16 meninas apresentaram desenvolvimento normal médio e seis meninas normal baixo, com

média do quociente motor geral de 94,68 (±6,22). Apresentaram menor quociente motor nos

testes de equilíbrio com média 91,59 (±12,39) e melhor desenvolvimento na organização

temporal, 99,95 (±13,64). CONCLUSÕES: Devemos ter cuidado para não pular fases do

desenvolvimento motor normal das crianças especializando-as cedo demais. É necessário mais

estudos na área de desenvolvimento motor com ênfase nas práticas esportivas, visando uma

melhor orientação e atuando como método de prevenção de lesões precoces.

Palavras-chaves: Destreza motora, Ginástica, Desenvolvimento da criança

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09 - AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL DE IDOSAS COMUNITÁRIAS QUE NÃO

APRESENTARAM EPISÓDIOS DE QUEDAS NO ÚLTIMO ANO

Daniela Virote Kassick Muller, Pietra Minuzzi

UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa

Resumo

INTRODUÇÃO: O envelhecimento é um processo complexo e multifatorial influenciado por

fatores genéticos e não genéticos, o qual apresenta alterações morfológicas, funcionais e

bioquímicas que alteram progressivamente o organismo humano (Gil et al, 2017). O equilíbrio

corporal consiste na comunicação entre os sistemas visual, vestibular e somatossensorial os

quais recepcionam e integram os estímulos sensoriais a fim de controlar o centro de gravidade

sobre a base de suporte (Rebelatto, 2008). Diante do exposto, o objetivo do estudo foi avaliar

o equilíbrio corporal de idosas comunitárias que não apresentaram nenhum episódio de queda

no último ano. MÉTODO: O presente estudo foi aprovado através do comitê de ética em

pesquisa da Unipampa através do parecer número 930.945/15. Participaram da pesquisa um

total de 52 idosas com idade a partir de 60 anos, classificadas como não caidoras de acordo

com a ausência de quedas no último ano, dado questionado na avaliação. O equilíbrio corporal

foi avaliado pelo sistema Balance Manager da Neurocom Inc. o qual realiza os testes de

organização sensorial e de controle motor. O teste de organização sensorial avalia 6 condições

diferentes entre si que, aumentam progressivamente a dificuldade, cada uma das condições é

testada três vezes, sendo divididas da seguinte forma, C1 com plataforma e cabine fixas e

paciente com olhos abertos (OA); C2 com plataforma e cabine fixas e paciente de olhos

fechados (OF); C3 com plataforma fixa e cabine móvel e paciente com OA; C4 com plataforma

móvel e cabine fixa e paciente de AO; C5 com plataforma móvel e cabine fixa e paciente de OF;

C6 com plataforma e cabine móveis e OA. Cada condição apresenta um escore que varia de 0 a

100%, sendo 100% o melhor resultado. Já para o teste de controle motor é avaliado o tempo

de recuperação do equilíbrio corporal através do deslocamento da plataforma com o intervalo

de latência dado em mseg. Após as avaliações os dados foram colocados em tabelas para

apreciação. No teste de organização sensorial foi feita uma média entre as três tentativas de

cada condição, sendo que o desempenho está demonstrado na sequência: TOS C1: 94,07%,

TOS C2: 91,65%, TOS C3: 90,09%, TOS C4: 83,13%, TOS C5: 47,51% e a TOS C6: 46,60%. No

teste de controle motor o valor de latência obtido foi de 132,13mseg. De modo geral, foi

possível observar que houve um decréscimo nas médias obtidas no teste de organização

sensorial, uma vez que, como afirma Müller (2015), os idosos tendem a diminuir os valores

médios conforme as condições do TOS aumentam, decorrente do aumento da dificuldade que

os testes apresentam entre a primeira e a sexta condição. Por fim, conclui-se que em

decorrência das alterações fisiológicas que ocorrem no processo de envelhecimento, é de

suma importância que haja um trabalho multidisciplinar para conscientizar esse público a

encontrar estratégias que auxiliem na manutenção do equilíbrio corporal, minimizando, desta

forma, os efeitos causados pela senescência, proporcionando uma melhor qualidade de vida a

este público.

Palavras-chaves: Equilíbrio, Idosos, Quedas

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10 - AVALIAÇÃO TERMOGRÁFICA E ADAPTAÇÃO À PRÓTESE EM AMPUTADOS DE MEMBRO

INFERIOR PROTETIZADOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Rafael Isac Vieira

UDESC - Universidade Do Estado De Santa Catarina

Resumo

As amputações são um problema de saúde pública mundialmente reconhecido. A amputação

de membros inferiores ocasiona alterações na circulação sanguínea, no metabolismo corporal

e na sensibilidade do coto. A protetização é considerada o ponto principal para a

funcionalidade, a qual promove a reinserção social do amputado. Os déficits na confecção do

encaixe da prótese podem desencadear excesso de atrito no coto, dor, ferimentos e

desconforto, podendo levar à uma má adaptação e consequente, diminuição nas atividades de

vida diária. A termografia é um método de avaliação e diagnóstico que pode auxiliar na

verificação da funcionalidade da prótese. O objetivo do estudo foi analisar as características de

distribuição térmica superficial, sensibilidade cutânea do coto e adaptação à prótese de

amputados de membros inferiores protetizados pelo SUS. Foram recrutados 16 indivíduos

amputados unilateralmente de membros inferiores nos níveis transfemural e transtibial,

protetizados pelo SUS, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 64 anos. O protocolo de

coleta de dados foi composto pelo preenchimento da ficha de avaliação fisioterapêutica,

avaliação da sensibilidade cutânea do coto, aplicação do Questionário de Avaliação da Prótese

(PEQ), caminhada na esteira durante 10 minutos em velocidade confortável, avaliação

termográfica imediatamente após a retirada da prótese, processo de equilíbrio térmico com a

temperatura do ambiente controlada à 23°C durante 20 minutos e, por fim, avaliação

termográfica pós climatização. Para a comparação das temperaturas antes e após a

climatização foram utilizados os testes Teste de Wilcoxon e Teste t pareado. Para a

comparação das temperaturas entre os sujeitos com e sem alteração na sensibilidade antes e

depois da climatização foram utilizados o Teste U de Mann-Whitney e teste t independente e

para associação da PEQ com a sensibilidade do coto o teste exato de Fischer. O nível de

significância estipulado foi de p≤0,05. Foi observado que antes da climatização, a região do

dermátomo de L3 daqueles com a sensibilidade alterada, apresentaram temperaturas mais

baixas em relação aos que tinham sensibilidade normal. Os amputados transtibiais obtiveram

resultados acima da mediana geral nos itens do PEQ. E, já os tranfemurais apresentaram

resultados acima da mediana geral no “Escore total”. Existe forte relação negativa entre a

temperatura média da extremidade do coto com o item “Utilidade” no momento pré

climatização e uma forte relação negativa entre as temperaturas média e mínima da

extremidade do coto com o item “Saúde do membro residual” no momento após a

climatização. Não existe associação dos itens do PEQ com a sensibilidade do coto. Pode-se

concluir que elevadas temperaturas no momento pós climatização, indicam áreas de atrito as

quais desencadeiam uma má adaptação do coto com o encaixe da prótese, onde sugere-se o

desenvolvimento de novas estratégias para melhorar a qualidade das próteses fornecidas pelo

SUS.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Amputação, Membro Inferior, Termografia, Coto

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11 - COMO ENSINAR FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA COM PRÁTICA EM PACIENTES

DE ALTA COMPLEXIDADE? UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Kátia Janine Veiga Massenz, Anna Raquel Silveira Gomes

UFPR - Universidade Federal do Paraná

Resumo

Introdução: O rápido acesso à informação e a versatilidade do novo perfil do estudante exigem

que o método de ensino seja cada vez mais ativo. Assim, a integração teórico-prática, com

inserção e atuação do estudante no cenário no qual os conteúdos da disciplina possam ser

experienciados, contribui de maneira expressiva para o processo ensino-aprendizagem.

Objetivos: relatar a experiência da utilização do método de sala de aula invertida, e a prática

de atendimento fisioterapêtutico em pacientes hospitalizados por disfunções traumato-

ortopédicas, utilizados durante um semestre com estudantes do curso de fisioterapia do 6º

período, na disciplina Fisioterapia Musculoesquelética III. Metodologia: o método de ensino

denominado sala de aula invertida foi aplicado da seguinte maneira: foi disponibilizado aos

estudantes material teórico impresso, que após a turma ser dividida em grupos, os estudantes

liam, interpretavam o conteúdo, esclareciam dúvidas com a docente e apresentavam breves

seminários em sala de aula. Durante os seminários, cada grupo apresentava o conteúdo

referente ao tratamento fisioterapêutico dos principais tipos de fraturas e relatava os casos

dos pacientes que eles atenderam no hospital. Os alunos eram incentivados a buscar soluções

para as dificuldades detectadas na prática hospitalar, bem como adequar as condutas

fisioterapêuticas para futuros atendimentos, conciliando a prática com as evidências científicas

elencadas no material impresso. Na prática em hospital, antes de entrar em contato com o

paciente era realizada breve reunião, na qual eram discutidos os dados do prontuário e os

assuntos de sala de aula eram revisados. Os estudantes mencionavam as avaliações funcionais

pertinentes ao caso a ser atendido e discutiam com a docente, para determinar as prioridades

de intervenção fisioterapêutica para cada paciente. Resultados: ao longo de um semestre,

foram atendidos 42 pacientes, nas enfermarias de dois hospitais, sendo um Hospital de

Trauma (n=17 pacientes, 40%) e um Hospital de alta complexidade onde eram realizadas

cirurgias eletivas (n=25 pacientes, 60%), na cidade de Curitiba. Do total, foram 18 mulheres e

24 homens atendidos. Das regiões anatômicas acometidas, 71% foram em membros inferiores

(MMII), 14% em membros superiores (MMSS) e 14% coluna. Foram atendidos casos de fratura

7% MMSS e 21% em MMII, seguidos de colocação de prótese por artrose avançada em MMII

(11,9%); correção de deformidades ortopédicas em MMII (11,9%); osteosarcoma de coluna

(4,7%), osteosarcoma de tíbia (2,5%), osteomielite em MMII (9,5%) e amputação em MMII

(2,4%). Conclusão o uso do método sala invertida contribuiu para que os alunos

demonstrassem maior pró-atividade frente a tomada de decisão clínica a ser realizada em

pacientes com disfunções traumato-ortopédicas, durante os atendimentos fisioterapêuticos

em hospitais de alta complexidade. Dos casos atendidos, apenas os conteúdos de

osteosarcoma e osteomielite foram menos abordados em sala de aula, sendo recomendada

ênfase quando a disciplina for reofertada. As fraturas de MMII foram os casos mais atendidos

e discutidos durante a disciplina.

Palavras-chaves: alta complexidade, docência, fisioterapia, musculoesquelética, traumato-

ortopédica

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12 - COMPARAÇÃO DO AQUECIMENTO TECIDUAL NOS DIFERENTES MODOS DE APLICAÇÃO

DO APARELHO DE DIATERMIA POR ONDAS CURTAS

Inaihá Laureano Benincá, Daniela de Estéfani, Aline Luana Ballico, Nícolas Kickhofel Weisshahn,

Victoria Gomes e Silva Engelke, Núbia Carelli Pereira de Avelar, Alessandro Haupenthal

UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo

Introdução: A diatermia por ondas curtas na fisioterapia é utilizada para aumento do fluxo

sanguíneo e da extensibilidade do tecido, além de diminuição da rigidez articular e alívio da

dor. Seu funcionamento consiste na criação de um campo magnético que resulta na geração

de calor. Dentre diversas aplicações, a técnica capacitiva engloba três diferentes modos e

desta forma o objetivo foi analisar qual modo causa maior aquecimento tecidual. Método: Este

estudo é caracterizado como estudo clínico randomizado cruzado. Foi realizado com 8 sujeitos,

esses foram avaliados três vezes nos diferentes modos de aplicação da técnica capacitiva:

coplanar (dois eletrodos espaçados 12 cm um do outro no mesmo lado do membro),

contraplanar (um eletrodo abaixo do outro em cada lado do membro) e longitudinal (um

eletrodo em cada lado das extremidades do membro). Foi realizada uma medida na coxa

direita partindo da crista ilíaca ântero superior até a base da patela e calculado o ponto médio

da coxa para aferição da temperatura. As medidas foram realizadas antes e após a aplicação

de 20 minutos do aparelho de ondas curtas e também a cada minuto até completar 25

minutos após o término da aplicação. A temperatura foi analisada por uma câmera

termográfica modelo SC325 da marca Flir. A comparação dos efeitos entre os diferentes

métodos foi realizada a partir da análise estatística inferencial com a aplicação do teste

Shapiro Wilk para a normalidade dos dados e ANOVA medidas repetidas com o post hoc de

Bonferroni na comparação entre os grupos. O nível de confiança adotado para todos os testes

foi de 95 % (p < 0.05). Foi utilizado o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20

como pacote estatístico. Resultados: Após a aplicação de 20 minutos houve diferença

significativa entre os modos coplanar e contraplanar (p = 0,001) e entre contraplanar e

longitudinal (p = 0,001). Não houve diferença significativa entre os modos coplanar e

longitudinal (p = 0,136). Os modos coplanar, contraplanar e longitudinal aqueceram a partir da

temperatura antes da aplicação 1,93°C, 4,97°C e 0,8°C respectivamente. Conclusões: O modo

contraplanar (seguido do coplanar e por último o longitudinal) se mostrou o mais eficaz em

relação ao aumento da temperatura superficial e a taxa de resfriamento. A temperatura

abaixo da placa alcançou em média 8,63°C a partir da temperatura de antes da aplicação, a

hipótese que justifica a maior eficácia do modo contraplanar em relação aos demais seria que

nesse modo o local em que a temperatura foi mensurada é onde a extremidade de uma das

placas foi posicionada.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Eletrotermofototerapia, Ondas curtas, Reabilitação,

Temperatura superficial

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13 - COMPORTAMENTO DA ESTABILIDADE CORPORAL DE IDOSAS QUE PARTICIPAM DE

OFICINAS LÚDICAS DE EQUILÍBRIO

Daniela Virote Kassick Müller, Karine Colling

UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa

Resumo

Introdução: O envelhecimento é natural e marcado por mudanças biopsicossociais levando a

um declínio das funções do organismo, resultando numa deficiência dos mecanismos

reguladores do equilíbrio, como propriocepção e função muscular. Essas alterações fisiológicas

predispõem o idoso a perder o equilíbrio podendo resultar em quedas. Para manter o

equilíbrio o indivíduo necessita coordenar o corpo no tempo e no espaço e integrar os

sistemas sensoriais para responder o mais rápido possível as perturbações externas. A

fisioterapia utiliza-se treinos com estímulos de perturbação e que exijam integração dos

sistemas para gerar uma resposta motora apropriada, tais aspectos podem ser trabalhados de

forma lúdica. Levando em conta que a relação atividade lúdica e equilíbrio não foi estudada

para essa população o objetivo deste estudo foi verificar se oficinas de equilíbrio lúdicas é

capaz de melhorar a estabilidade corporal de idosas. Métodos: Trata-se de um estudo de

intervenção, prospectivo longitudinal, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Federal do Pampa (registro 1.743.674/16). Foram convidadas a participar do

estudo idosas com mais de 60 anos, integrantes do programa Maturidade Ativa do SESC

Uruguaiana – RS, os participantes foram esclarecidos e assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido. A partir de então foi realizada a avaliação composta por uma entrevista e

pela avaliação do equilíbrio corporal a partir da Posturografia Dinâmica Computadorizada

(PDC). Em seguida as idosas iniciaram a participação nas oficinas, em pequenos grupos, duas

vezes por semana, com duração em torno de 30 minutos. Foram realizadas atividades para o

equilíbrio corporal, durante 3 meses e, ao término, todas as idosas foram reavaliadas. Foram

excluídos indivíduos que não acompanharam as oficinas pelo período determinado e os com

doenças neurológicas. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Excel 10.0 e, em

seguida, analisados através do teste t de Student pareado no software SPSS versão 17.0 com

intervalo de confiança de 95%. Desta forma, qualquer diferença tal que p fosse menor do que

0,05 foi considerada estatisticamente significativa. Resultados: Participaram do estudo 21

idosas, sendo 4 idosas removidas do estudo devido aos critérios de exclusão. A amostra final

foi composta por 17 idosas com média de idade de 72,58±6,82 anos, fisicamente ativas e

notou-se que 47% destas, já haviam tido uma queda no último ano. Na avaliação da PDC não

houve diferença estatística significativa individualmente nas seis condições analisadas, e no

teste de controle motor (TCM), mas houve diferença na média de todas as condições (p=0,032)

(Tabela 1). Conclusão: A partir dos resultados encontrados pode-se visualizar que a

intervenção proposta foi capaz e aumentar o escore do PDC. Diante do exposto, verificou-se

que o equilíbrio corporal das idosas aumentou após a participação em oficinas de equilíbrio

lúdicas, sugerindo-se, então, ser uma medida de fácil aplicabilidade para prevenção de quedas

da pessoa idosa.

Palavras-chaves: Equilíbrio, estabilidade corporal, idosas, oficinas lúdicas

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14 - CONTROLE POSTURAL PRÉ E PÓS COMPETIÇÕES DE IRONMAN

Tamiris Beppler Martins, Hugo Eduardo de Amorim

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina

Resumo

Introdução: existe evidência laboratorial que após a exaustão, atletas têm limitada a

capacidade de manter um satisfatório controle motor postural. Objetivos: investigar a

capacidade de manutenção do controle postural estático em três diferentes posturas pré e pós

competição. Metodologia: esta pesquisa é um estudo transversal. Participaram do estudo 30

atletas amadores de provas de longas distâncias que finalizaram com tempo mínimo de 9

horas. O controle postural estático foi mensurado sobre plataforma de força VSRTM Sport.

Inicialmente a área do centro de gravidade (ACOG) foi avaliada no momento pré prova de

Ironman nas posturas bipodal, unipodal e tandem. Estas medidas foram repetidas no

momento pós prova. A variável ACOG foi obtida por uma rotina elaborada em MatLab®.

Também foi avaliado o nível de glicose nos momentos pré e pós competição. Para detectar

diferença na média das variáveis do COG e Glicose pré e pós competição de Ironman foi

utilizado teste t pareado. Foi utilizada análise ANOVA fatorial de medidas repetidas com

correção de bonferroni para comparar fases (pré e pós competição) e posturas (bipodal,

unipodal e tandem). O nível de significância foi de p≤0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê

de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (parecer número 1.087.547). Resultados: a ACOG foi

repetiram nas três diferentes posturas avaliadas. Não foi encontrada interação entre momento

da competição e posturas. Além disso, níveis de glicose foram maiores momento pós prova.

Conclusão: os achados mostraram que atletas amadores, após provas de longa distância,

apresentam redução no controle postural estático sugerindo que a estimulação prolongada

dos sistemas vestibular, visual e proprioceptivo, que controlam o equilíbrio, durante prova de

longa duração poderia originar perturbação no controle postural.

Palavras-chaves: Equilíbrio, Queda, Ironman, Fisioterapia

15 - CORRELAÇÃO DE ALTERAÇÕES DA DISTRIBUIÇÃO DA PRESSÃO PLANTAR, DE

ENCURTAMENTO MUSCULAR DA CADEIA POSTERIOR E DE QUEIXAS MUSCULOESQUELÉTICAS

EM CORREDORES DE RUA

Rúbia Márcia Benatti, Caroline M. Ferreira Borges, Christina P. C. Cepeda, Sara M. Ling Jang

UP - UNIVERSIDADE POSITIVO

Resumo

A corrida de rua é uma modalidade em expansão que exprime um crescente número de

adeptos. Entretanto, o aumento de sua popularidade está associado à elevada incidência e

prevalência de lesões, sobretudo em membros inferiores e coluna lombar. Portanto, o objetivo

do estudo foi averiguar a correlação de alterações da distribuição da pressão plantar, do

encurtamento dos músculos da cadeia posterior e queixas musculoesqueléticas em corredores

de rua. O estudo caracterizou-se como transversal descritivo de correlação, realizado no

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período de agosto a setembro de 2017, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa nº 2.220.692

e CAEE 67856117.5.0000.0093.A amostra constituiu-se de 142 corredores de rua de ambos os

sexos, com idades entre 22 e 55 anos, que praticam a modalidade há pelo menos 1 ano e com

treinamento mínimo de 20 quilômetros semanais. Os procedimentos avaliativos constaram de

um questionário elaborado pelas pesquisadoras, avaliação antropométrica de massa corporal

(em kg) utilizando balança digital marca CADENCE®, e mensuração da altura a partir de um

estadiômetro compacto da marca WISO® para o cálculo do Índice de Massa Corporal (kg/cm2).

Para a avaliação da distribuição das pressões plantares e do tipo de pé foi realizada a

Baropodometria estática a partir da coleta de dados utilizando a plataforma de

Baropodometria computadorizada EPS da marca KINETEC®. Para a análise do comprimento

muscular da cadeia posterior foi realizado o Teste do Ângulo Poplíteo (TAP), utilizando o

método da biofotogrametria para graduar o comprimento musculotendíneo dos flexores uni e

bi articulares do joelho. Para a análise estatística foi realizada uma análise descritiva padrão

dos dados. A verificação de correlações entre as variáveis foi efetuada por meio do método de

regressão logística, adotando como nível de significância estatística pSoftware R Development

Core Team 2017 (R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria).Os resultados

mostraram elevada prevalência de queixas (93%), das quais 46% dos corredores apresentaram

queixa de dor em membros inferiores, 26% em coluna lombar e 21% em ambas as regiões

(múltiplas), assim como a correlação significativa entre o encurtamento muscular e as queixas

relatadas (p˂0.05). Portanto, corredores de rua apresentam elevado índice de queixas de dor

musculoesquelética em membros inferiores e coluna lombar, e estas estão relacionadas com o

encurtamento muscular da cadeia posterior de membros inferiores. A análise da distribuição

da pressão plantar estática identificou maiores apoios na região de antepé. Evidenciou-se

também, que a cada 10º de aumento no encurtamento muscular, eleva-se em

aproximadamente 4 vezes o risco de desenvolvimento de dor lombar e 1,5 vezes em membros

inferiores, essas podem gerar repercussões biomecânicas e ocasionar lesões

osteomioarticulares.

Palavras-chaves: Corrida, Pressão plantar, Flexibilidade, Queixas musculoesqueléticas

16 - CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA APLICADA PARA PROMOVER O ALONGAMENTO

MUSCULAR E A HISTOMORFOMETRIA DO MÚSCULO SÓLEO EM RATAS JOVENS E IDOSAS

Kátia Janine Veiga Massenz, Hilana Rickli Fiuza Martins, Anna Raquel Silveira Gomes, Ana Paula

Cunha Loureiro, Daniele Moro, Luiz Guilherme Achcar Capriglione, Talita Gianello Gnoato Zotz

UFPR - Universidade Federal do Paraná, PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Resumo

Introdução: o exercício de alongamento é principalmente utilizado para aumentar amplitude

de movimento (ADM). No entanto, não se sabe qual a intensidade do alongamento, isto é, o

quanto de força deve ser aplicada para alongar, para promover incremento histomorfométrico

do músculo esquelético. Objetivos: Analisar a correlação entre a força aplicada durante o

exercício de alongamento e a histomorfometria do músculo sóleo em ratas jovens e idosas.

Métodos: Trinta e dois Rattus norvegiccus, linhagem Wistar albino, fêmeas, foram divididas em

grupo jovem (GJ, n=18, 3 meses) e grupo idoso (GI, n= 14, 26 meses). Cada grupo foi

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subdividido em grupo controle (GCJ, n=8, 253,75±12,43g; GCI, n=10, 335±39g) e grupo

alongamento (GAJ, n=10, 274±50g, GAI, n=10, 321±32g). As ratas foram pesadas, anestesiadas

e realizado alongamento mecânico passivo estático do músculo sóleo esquerdo, por meio de

aparato de alongamento, com uma célula de carga, capaz de aferir a força externa aplicada

para alongamento. O protocolo de alongamento foi constituído por 1 série de 4 repetições,

60s cada repetição (volume de 240s), intervalo de 30 segundos entre cada repetição, em cada

sessão, realizado 3 vezes por semana, durante 3 semanas. As análises do músculo sóleo foram:

peso muscular (balança analítica); comprimento muscular (paquímetro); área de secção

transversa (AST) das fibras musculares (microscopia de luz); números de sarcômeros em série

(microscopia de luz). A força foi registrada pela célula de carga, aplicada durante a última

semana de alongamento e analisada pelo teste Kruskall Wallis. Utilizou-se teste Mann Whitney

U quando não paramétricos e Teste T-student independente quando paramétricos, para

comparar grupos. Spearman foi adotado para correlações entre análises histomorfométricas e

a força aplicada para alongar. Correlação moderada-alta e significativa aplicou-se regressão

linear, sendo considerado pResultados: O comprimento muscular foi maior no grupo

alongamento idoso comparado ao jovem (GAI:25,12 ±2,46 mm vs GAJ:22,07±1,55 mm;

p=0,014, teste Mann Whitney U). O número de sarcômeros do grupo alongamento jovem foi

maior que controle jovem (GAJ: 12.062,92±1564,68, p=0,001 vs GCJ: 8.053,00±4377,07; teste

Mann Whitney U). Não foi detectada diferença no número de sarcômeros entre jovens e

idosas submetidas ao alongamento (GAJ: 12.062,92±1564,68 vs GAI: 11475,43±2048,29,

p=0,408, teste T student independente). A AST das fibras musculares foi menor no grupo

alongamento idoso em comparação ao grupo alongamento jovem (GAI:3840,28 ± 891,06µm2

vs GAJ:5463,12 ± 987,94 µm2; p=0,006, teste Mann Whitney). Já a força aplicada para alongar,

foi maior no grupo idoso comparada ao jovem (GAI:0,9229±0,01N vs GAJ:0,7625 ±0,0N;

p=0,000, Kruskall Wallis). Houve correlação entre a força aplicada durante o alongamento e o

número de sarcômeros apenas no grupo jovem (r=-0,702; p=0,044), sendo encontrado R2

ajustado de 0,50, indicando que 50% do número de sarcômeros em série pode ser explicado

pela força aplicada (β= -0,759; p=0,029). Não foi encontrada correlação significativa entre

força aplicada e variáveis histomorfométricas no grupo idoso. Conclusão: verificou-se

sarcomerogênese nas ratas jovens, com menor força aplicada, indicando melhor complacência

e mecanotransdução. O protocolo de alongamento regulou diferentemente o crescimento

longitudinal e radial, em ratas jovens e idosas, já que induziu crescimento longitudinal em

ratas jovens e sarcopenia em ratas idosas.

Palavras-chaves: correlação, envelhecimento, exercício de alongamento, musculoesquelética,

ratas

17 - DISFUNÇÕES MECÂNICAS DA COLUNA LOMBAR SECUNDÁRIAS À HIPOMOBILIDADE DE

QUADRIL

Vitória Lessa Ribeiro Vitória Lessa Ribeiro, Felipe da Silva Schutz Felipe da Silva Schutz, Jessica

Fernanda Uliano de Souza Jessica Fernanda Uliano de Souza, Kamila Reis Alamini Kamila Reis

Alamini, Willians Cassiano Longen Willians Cassiano Longen

Unesc - Universidade do Extremo Sul Catarinense

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Resumo

Introdução: A lombalgia é uma alteração musculoesquelética caracterizada por um conjunto

de manifestações dolorosas que acometem a região lombo-sacra (DEYO, 1998). Uma das

principais características que envolvem a lombalgia mecânica é a presença de incapacidade e,

consequentemente, de hipotrofia por desuso. Objetivos:Este estudo procurou analisar a

relação da hipomobilidade de quadril e disfunções mecânicas da coluna lombar. Metodologia:

A amostra foi de 30 estudantes do curso de Fisioterapia, da Universidade do Extremo Sul

Catarinense (UNESC), em Criciúma (SC), com episódio de lombalgia e faixa etária entre 18 e 30

anos, avaliados na clínica de fisioterapia. Foi realizada uma avaliação de mobilidade e

flexibilidade geral e segmentar por meio de uma ficha de coleta padronizada de dados, Flexi

Teste e banco de Well’s. Resultados: 40,0% dos participantes possuíram média amplitude de

movimentoda extensão de quadril, 10% apresentaram amplitude de flexão de quadril

pequena, 40% apresentaram média amplitude de extensão de quadril, 23% apresentaram

amplitude de adução de quadril classificada como pequena, 33% apresentaram amplitude de

abdução do quadril classificado com média, 40 % apresentaram teste de Thomas positivo, 40%

apresentaram teste de Ober positivo, 10% apresentaram alongamento da cadeia posterior

classificada em médio segundo teste de banco de well’s., 33% dos participantes referiram dor

intensa na lombar de acordo com a EVA. Quase que a totalidade dos voluntários, perfazendo

96,7%, apresentou redução da mobilidade do quadril. Quando questionados em relação à

prática de atividade física, não houve uma diferença significativa entre os participantes que

praticavam ou não atividade, ou seja, 53,3% praticavam e 46,7% não praticavam. Conclusão:

Este estudo mostrou uma forte coexistência de hipomobilidade de quadril em voluntários

jovens, com lombalgia mecânica crônica.

Palavras-chaves: Funcionalidade, Mobilidade, Quadril, Lombar

18 - EFEITO DA MOBILIZAÇÃO ESCAPULAR NA EFICIÊNCIA DO NADO BORBOLETA

Tais Beppler Martins, Tamiris Beppler Martins

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina

Resumo

Introdução: o desalinhamento escapular promove uma diminuição do comprimento da

braçada e da velocidade média do nado, diminuindo assim sua eficiência. Objetivos: analisar o

efeito da mobilização escapular no índice de eficiência do nado borboleta. Metodologia: esta

pesquisa é um estudo experimental e transversal, paralelo em três grupos. A amostra foi

composta de 30 indivíduos de 13 a 25 anos selecionados de maneira não probabilística

intencional, divididos em três grupos de 10 nadadores (intervenção-GI; controle-GC; placebo-

GP). O GI recebeu mobilização escapular com descolamento do gradil costal pela borda lateral

da escápula. O GP recebeu apenas a mobilização em oito, sem descolamento. O GC não

recebeu intervenção e permaneceu deitado pelo mesmo tempo da técnica (10 minutos). Foi

avaliado o índice de eficiência do nado (obtido pela multiplicação do comprimento de braçada

pela velocidade média). A avaliação foi realizada em três momentos: pré-mobilização (PM)

pós-imediato (PI) e pós-tardio (PT - 30 minutos após a técnica). Foi solicitado a cada nadador

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uma execução máxima de 25 metros do nado borboleta. O nado puro em 10 metros (10 iniciais

e cinco finais desprezados) foi adquirido por uma câmera na lateral oposta da piscina

posicionado a 13 metros com eixo ótico na altura 1,80m. Para calcular o comprimento da

braçada e a velocidade média em 10 metros, foi utilizado o software Kinovea 8.15®. Para

verificar o efeito dos grupos (GI, GC e GP) e das condições (PM; PI; PT) no índice de eficiência

foi realizada análise de variância univariada com ajustamento de bonferroni. O nível de

sob o número 972.342. Resultados: não houve interação significativa entre grupos e

condições. O efeito principal significativo foi observado no grupo placebo. A média do índice

de eficiência do GP foi significativamente diferente do GC (p=0,03). Conclusões: os achados

mostraram que a mobilização em oito reduz a eficiência do nado borboleta, implicando maior

gasto energético em relação aos que não receberam nenhuma técnica. Assim, não é

recomendada a aplicação desta mobilização em nadadores.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Natação, Manipulações Musculoesqueléticas

19 - EFEITO DE OFICINAS LÚDICAS NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS

Daniela Virote Kassick Müller, Karine Colling

UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa

Resumo

Introdução: O envelhecimento é um processo natural, progressivo e irreversível, caracterizado

por um declínio das funções do organismo, levando a uma perda da capacidade funcional (CF).

As alterações fisiológicas dos sistemas corporais predispõem o idoso a perder o equilíbrio sem

conseguir recuperá-lo com facilidade, podendo resultar em quedas. A fisioterapia busca fazer

com que o idoso permaneça funcional e para isso utiliza-se de exercícios de fortalecimento,

marcha, postura e flexibilidade os quais podem ser trabalhados de forma conjunta através de

atividades lúdicas. Além disso, as atividades recreativas trazem benefícios psicossociais,

melhorando a qualidade de vida de forma global. A associação entre a CF e as atividades

lúdicas nessa população ainda não foi estudado, portanto, o objetivo deste estudo foi verificar

se a participação de idosas em oficinas lúdicas é capaz de melhorar sua CF. Métodos: Trata-se

de um estudo de intervenção, prospectivo longitudinal, sendo aprovado pelo Comitê de Ética

em Pesquisa da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) (registro 1.743.674/16). Foram

convidadas a participar do estudo idosas com mais de 60 anos, integrantes do programa

Maturidade Ativa do SESC Uruguaiana – RS, os participantes foram esclarecidos e assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A partir de então foi realizada a avaliação

composta por uma entrevista e dos testes funcionais: Velocidade de Marcha (VM), Senta e

Levanta nas variações de 5 repetições (SL5) e 30 segundos (SL30) e Timed Up and Go (TUG).

Então, as idosas iniciaram a participação nas oficinas, em pequenos grupos, duas vezes

semanais, com duração em torno de 30 minutos, onde eram realizadas atividades lúdicas

voltadas para o treino do controle corporal. As oficinas foram realizadas durante um período

de três meses e, ao final deste período, todas as idosas foram reavaliadas a fim de comparação

dos resultados. Foram excluídos indivíduos que não acompanharam as oficinas pelo período

determinado e os com doenças neurológicas. Os dados foram tabulados em planilha do

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Microsoft Excel 10.0 e, em seguida, analisados através do teste t de Student pareado no

software SPSS versão 17.0 com intervalo de confiança de 95%. Desta forma, qualquer

diferença tal que p fosse menor do que 0,05 foi considerada estatisticamente significativa.

Resultados: Participaram integralmente do estudo 21 idosas, sendo que 4 possuíam critérios

de exclusão. A amostra final foi composta de 17 idosas com uma média de idade de

72,58±6,82 anos, fisicamente ativas e notou-se que 47% destas, já haviam enfrentado pelo

menos um episódio de queda no último ano. Os resultados encontrados nos testes de

capacidade funcional apresentaram melhores resultados na reavaliação das idosas, sendo que

foi encontrada diferença estatisticamente significante no teste de VM, SL5, SL30 (Tabela 1).

Conclusão: A intervenção proposta foi capaz de aumentar a VM, o número de repetições no

SL30 e reduzir o tempo do SL5. Diante do exposto, verificou-se que a CF de idosas aumentou

após a participação em oficinas lúdicas, sugerindo-se ser uma medida de fácil aplicabilidade

para prevenção de quedas e promoção de saúde da pessoa idosa.

Palavras-chaves: capacidade funcional, Idosos, oficinas lúdicas

20 - EFEITO DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA SOBRE O EQUILÍBRIO,

FLEXIBILIDADE, FORÇA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS EM UMA CIDADE DO INTERIOR

DA SERRA GAÚCHA

Greyce Zago Reinheimer, Caroline Bernardes

FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha

Resumo

Objetivos: Verificar o efeito da intervenção fisioterapêutica nas variáveis equilíbrio, força,

flexibilidade e capacidade funcional em mulheres idosas.Métodos: O estudo caracterizou-se

como experimental, quantitativo, constituído por uma amostra composta por 27 mulheres,

acima de 60 anos e sedentárias. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob

parecer no 1.407.563/2016.As mulheres foram avaliadas por meio de um questionário

sóciodemográfico, um questionário de qualidade de vida (SF-36), uma escala de depressão

(Escala de Depressão Geriátrica em versão reduzida de Yesavage (GDS- 15), força de membros

superiores e inferiores, flexibilidade, equilíbrio (escala de Berg) e capacidade funcional pré e

pós intervenção fisioterapêutica. As participantes foram submetidas a um circuito de

exercícios, durante dois meses, duas vezes semanais, com duração de 50 minutos. As

atividades eram compostas por um aquecimento, exercícios de força de membros superiores,

inferiores e tronco, exercícios de equilíbrio estático e dinâmico, além de atividades para

coordenação motora e alongamentos. Para comparar as escalas antes e após a intervenção, o

teste t-student para amostras pareadas foi aplicado. Em caso de variáveis ordinais, o teste de

Wilcoxon foi utilizado e para as nominais, o teste de McNemar foi aplicado. A associação entre

as escalas foi avaliada pelo coeficiente de correlação de Pearson. O nível de significância

adotado foi p ≤ 0,05. Resultados: As idosas apresentaram melhora significativa da força em

membros superiores e inferiores, na flexibilidade, no equilíbrio, na capacidade funcional e nos

domínios de Capacidade Funcional, Limitação Física, Dor, Estado Geral de Saúde e Limitação

por Aspectos Emocionais do SF-36. Conclusão: Com apenas dois meses de intervenção

fisioterapêutica, foram encontradas significativas melhoras nas variáveis equilíbrio, força,

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flexibilidade e capacidade funcional em idosas da cidade de Veranópolis, com melhora na

qualidade de vida e diminuição do escore de depressão. Conclui-se que a intervenção

fisioterapêutica é eficaz para retardar as alterações do envelhecimento.

Palavras-chaves: Fisioterapia, idosos, exercícios físicos

21 - EFEITOS DA ADIÇÃO DO AGULHAMENTO SECO JUNTO A UM PROGRAMA DE

REABILITAÇÃO PARA INDIVÍDUOS COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA: UM

ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO PILOTO

Henrique Schneider, Fábio Franciscatto Stieven, Matheus Wiebusch, Giovanni Ferreira,

Francisco Xavier de Araujo, Luis Henrique Telles da Rosa, Marcelo Faria Silva

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, UNIRITTER - Centro

Universitário Ritter dos Reis, Universidade de Sydney - Universidade de Sydney

Resumo

INTRODUÇÃO: O agulhamento seco (AS) é uma forma de tratamento para dor cervical que vem

ganhando crescente uso na prática clínica. Apesar de algumas de alguns ensaios clínicos

demonstrarem efeitos positivos com o emprego dessa técnica, uma recente diretriz clínica

para o tratamento da dor cervical não recomenda a utilização do mesmo. O objetivo foi

verificar os efeitos da adição do AS junto a um programa fisioterapêutico baseado em uma

diretriz clínica para o tratamento da dor cervical crônica. MÉTODOS: Ensaio clínico

randomizado, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Ciências

da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Trinta e oito pacientes (34±6 anos, 30 mulheres) com dor

cervical crônica foram aleatoriamente distribuídos para um dos dois braços da pesquisa: Grupo

AS (n=19), Grupo Controle (CG), (n=19). Todos participantes receberam um mês de

intervenção (média de 5,1 atendimentos nesse período para o GC e 4,7 atendimentos para o

grupo AS). Todos os participantes receberam tratamento baseado em exercícios de

fortalecimento para região cérvico-escápulo-torácica, mobilizações vertebrais da coluna

cervical e torácica, além de educação em dor. Além disso, o grupo AS recebeu a técnica do AS

nos músculos posteriores do pescoço (trapézio superior, elevador da escápula, esplênio e

semi-espinhal do pesocço). O desfecho primário do estudo foi dor, mensurado pela escala

numérica da dor, e o desfecho secundário percepção do efeito global do tratamento,

mensurado pela Escala de Percepção do Efeito Global. O modelo linear misto foi utilizado para

analisar o efeito do tratamento sobre a dor e o teste t para amostras independentes foi

utilizado para verificação do tratamento sobre a percepção do efeito global do mesmo.

RESULTADOS: Após um mês de tratamento, o grupo AS não apresentou níveis significativos de

redução da dor comparado ao GC (média de redução da dor = 0,934; 95% IC -2,067 – 0,81, p =

0,97) e para percepção do efeito global do tratamento (média= - 0,56, 95% IC – 1,378 – 1,267,

p = 0,932). CONCLUSÃO: Os resultados deste ensaio clínico sugerem que a adição do AS junto a

um programa de fisioterapia baseado nas melhores recomendações para o tratamento da dor

cervical, não melhora significativamente a dor cervical e a percepção do efeito global do

tratamento após um mês de tratamento em indivíduos com dor cervical crônica.

Palavras-chaves: Agulhamento seco, Dor cervical não específica, Reabilitação

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22 - EFEITOS DA FOTOBIOMODULAÇÃO PRÉVIA AO EXERCÍCIO DE EXTENSORES DE JOELHO

SOBRE DESEMPENHO DE MULHERES JOVENS E IDOSAS

Natália Sgarioni Gomes, Laura Ayang Folgiarini, Caronila Fritsch, Bruno Manfredini Baroni

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumo

Introdução: Na última década, a terapia de fotobiomodulação (TFBM) vem demonstrando ser

capaz de melhorar o desempenho muscular em diferentes tipos de exercício. Apesar de uma

gama de evidências de sua eficácia envolvendo sujeitos jovens e atletas, a literatura apresenta

escassez de estudos com idosos. Além disso, não há estudos que comparem jovens e idosos

submetidos a um mesmo protocolo de exercício de força após aplicação da TFBM. Portanto, o

objetivo do presente estudo foi verificar o efeito da TFBM sobre o desempenho de mulheres

jovens e idosas em uma sessão de treino de força dos músculos extensores de joelho.

Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e placebo-controlado,

previamente aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFCSPA (CAAE

53128616.5.0000.5345). Um total de 12 mulheres jovens (20-30 anos) e 11 idosas (60-75

anos), saudáveis e sem quaisquer contraindicações para exercícios físicos, realizaram quatro

visitas no laboratório com intervalo de uma semana entre cada visita. No primeiro encontro, as

voluntárias realizaram avaliações antropométricas, teste de uma repetição máxima (1RM) de

extensão de joelho unilateral e familiarização ao protocolo de exercício na cadeira extensora

de joelho. Nos três encontros subsequentes, foi aplicada a TFBM (laser de baixa potência;

810nm) nas doses de 120 J, 240 J ou tratamento placebo sobre a musculatura do quadríceps

das voluntárias, seguida do protocolo de cinco séries de extensão do joelho unilateral até a

exaustão com carga equivalente a 60% de 1RM. A variação percentual do número total de

repetições para as doses de 120J e 240 J em relação ao placebo e o tamanho de efeito (d de

Cohen; d>0,2 = efeito pequeno; d>0,5 = efeito moderado; d>0,8 = efeito grande) foram

analisados. Resultados: Em comparação ao placebo, as participantes jovens apresentaram um

incremento de 15% (d=0,35) com 120J e de 5% (d=0,15) com 240J no desempenho após

aplicação da TFBM. No grupo de idosas, houve variação de 4% (d=0,17) e 1% (d=0,14) no

número de repetições após a aplicação de 120J e 240J, respectivamente. Conclusão: Mulheres

jovens e idosas apresentam respostas de desempenho muscular específicas à. Apesar de ter

resultado em tamanho de efeito pequeno, a dose de 120J se mostrou superior à de 240J no

incremento de desempenho das jovens, enquanto nenhuma das doses testadas alterou o

desempenho das idosas.

Palavras-chaves: Fotobiomodulação, Laserterapia de baixa potência, Treino de força,

Quadríceps

23 - EFEITOS DA KINESIO TAPE® NA DISCINESIA ESCAPULAR E RETROVERSÃO UMERAL DO

OMBRO DE JOVENS PRATICANTES DE HANDEBOL FEMININO

Laíza Moreira Flach, Evelin Silva da Rosa, Isabella Rodrigues, Marcelo Baptista Dohnert,

Rodrigo Boff Daitx

ULBRA - Universidade Luterana do Brasil

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Resumo

INTRODUÇÃO:O handebol é um esporte de arremesso e impacto que implica em grandes

amplitudes de movimento na articulação glenoumeral.Os praticantes de esportes de

arremesso desenvolvem uma grande sobrecarga da articulação do ombro, principalmente na

fase de preparo do arremesso, na qual o atleta abduz e roda externamente o ombro.Dentre

estas adaptações ao arremesso observa-se o alongamento da cápsula anterior, hipertrofia e

encurtamento da cápsula posterior e a retroversão da cabeça do úmero.O ato de arremesso

gera microtraumas na cápsula anterior levando a um deslocamento anterior da cabeça do

úmero e alteração do arco de rotação do úmero, condição conhecida como GIRD

(glenohumeral internal rotation déficit).Na articulação escápulo umeral, a aplicação da

bandagem elástica favorece uma maior estabilidade articular podendo assim, propiciar uma

correção na alteração biomecânica ocorrida pelo gesto repetitivo do arremesso.OBJETIVOS:

Avaliar a eficácia da kinesio tape (KT) no posicionamento e função do ombro em atletas de

handebol feminino assintomáticas ou sintomáticas. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado

duplo cego placebo controlado com 18 jovens praticantes de handebol feminino das

categorias cadete e juvenil/adulto. As jovens foram divididas em grupo kinesio tape (GKT) e

kinesio tape placebo (GKTP). A intervenção ocorreu duas vezes por semana durante quatro

semanas. Foram avaliados a mobilidade e força rotacional do ombro (ADM), prevalência de

discinesia escapular e nível de funcionalidade do ombro dominante e não dominante

(questionário UCLA). RESULTADOS:ambos os grupos demonstraram uma amplitude de

movimento (ADM) ativa e passiva significativamente maior de rotação externa e menor de

rotação interna no ombro dominante previamente a intervenção (pA prevalência de discinesia

escapular inicial foi de 72,2%. CONCLUSÃO: As jovens praticantes de handebol demonstraram

apresentar alterações adaptativas glenoumerais que caracterizam a GIRD. A aplicação de KT

não influenciou a ADM, força e cinesia escapular de jovens praticantes de handebol feminino.

Palavras-chaves: Discinesia Escapular, Handebol, Retroversão Umeral

24 - EFEITOS DA TERAPIA MANUAL ASSOCIADA À CINESIOTERAPIA NA INTENSIDADE DA DOR

E LIMITAÇÃO DE MOVIMENTO EM PACIENTES COM ARTROSE DE JOELHO

Christina P. C. Cepeda, Letícia Seckne, Luciane Knelsen, Rúbia Márcia Benatti

UP - UNIVERSIDADE POSITIVO

Resumo

A Osteoartrose (AO) é uma doença reumática com etiologia complexa, que se destaca como

uma das principais causas de dor articular e limitação na realização das atividades de vida

diária. O tratamento da OA de joelho visa à melhora da capacidade funcional e do alívio dos

sintomas. Portanto, o objetivo desse estudo foi analisar os efeitos da terapia manual associada

à cinesioterapia na intensidade da dor, funcionalidade e na limitação de movimento em

indivíduos com osteoartrose de joelho. O estudo caracterizou-se como quase experimental

prospectivo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob n° 2.166.189,CAAE

69387217.8.0000.0093. A amostra constituiu-se por 16 participantes do sexo feminino, com

idade entre 50 e 75 anos, com diagnóstico clínico de artrose no joelho, divididos em dois

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grupos, um experimental (GE n=8) que associou a cinesioterapia (fortalecimento e

alongamento) com técnicas de terapia manual pelo método Mulligan e outro controle (GC

n=8) que realizou somente a cinesioterapia. Os procedimentos avaliativos constaram de

investigação do nível álgico pela escala visual analógica (EVA), goniometria de joelho e

tornozelo, teste de força muscular manual do membro inferior graduado pela Escala de

Oxford, teste de flexibilidade pelo teste do sentar e alcançar com banco de Wells e análise de

funcionalidade pelo questionário específico para sintomas do joelho, “Lysholm Knee Scoring

Scale”. O protocolo de intervenção teve duração de oito semanas, com dois atendimentos

semanais, totalizando dezesseis atendimentos.Para a análise estatística foi realizada uma

análise descritiva padrão dos dados. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de

Shapiro-Wilk. Para avaliar os efeitos do protocolo de tratamento foi realizada uma análise de

variância (ANOVA) intra e entre grupos, para os dados paramétricos foi utilizado Scheffé e para

os não paramétricos os de Fischer. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Os

resultados mostraram importante redução da intensidade da dor nos dois grupos porém, foi

maior na avaliação após o primeiro atendimento no grupo que associou a cinesioterapia com

as técnicas de terapia manual pelo método Mulligan (p<0,05) . Evidenciou-se significativa

melhora da funcionalidade, da amplitude de movimento de flexão e extensão de joelhos e da

força muscular dos membros inferiores em ambos os grupos (p<0,05). Em nenhuma das

variáveis analisadas houve diferença significativa entre o grupo controle e o grupo estudo. No

entanto, vale ressaltar que a associação da cinesioterapia com a técnica de Mulligan no

primeiro atendimento foi mais efetiva no alívio da dor. Portanto, a associação da

cinesioterapia com técnicas manuais podem ser modalidades eficazes para o tratamento da

osteoartrose de joelho.

Palavras-chaves: Osteoartrose, Joelho, Cinesioterapia, Terapia Manual

25 - EFEITOS DE DIFERENTES DOSIMETRIAS DE FOTOBIOMODULAÇÃO NA DISFUNÇÃO

TEMPOROMANDIBULAR: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO DUPLO CEGO PLACEBO

CONTROLADO

Ana Paula Costa, Rosana Mengue Maggi Borges, Daniela Steffen Cardoso, Bianca Chuaste

Flores, Raquel Dimer da Luz, Catiuci Roberta Machado, Guilherme Pessoa Cerveira, Rodrigo

Boff Daitx, Marcelo Batista Dohnert

ULBRA - Universidade Luterana do Brasil

Resumo

Introdução: alterações envolvendo a articulação temporomandibular, a musculatura

mastigatória e estruturas associadas caracterizam a disfunção temporomandibular (DTM). O

efeito analgésico e anti-inflamatório produzido pela fotobiomodulação tem contribuído na

diminuição da dor e melhora da função. Porém, ainda não se tem bem estabelecido os

parâmetros a serem utilizados. Objetivo: comparar a eficácia de três diferentes dosimetrias de

fotobiomodulação no tratamento de pacientes com DTM. Métodos: ensaio clínico

randomizado duplo cego placebo controlado com 44 sujeitos divididos em grupo 8 J/cm²

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(n=11), grupo 60 J/cm² (n=11), grupo 105 J/cm² (n=11) e grupo placebo (n=11). As avaliações

foram realizadas em dois momentos distintos, inicialmente e logo após o término do protocolo

de tratamento. A coleta de dados de avaliação foi realizada por uma pesquisadora

colaboradora, previamente treinada com os instrumentos de avaliação e não conhecedora do

grupo ao qual o sujeito pertencia. Foram avaliados a dor (EVA), severidade dos sintomas

através do Questionário Anamnésico de Fonseca e a mobilidade articular antes e após um

protocolo de 10 sessões de fotobiomodulação através da biofotogrametria. No protocolo de

intervenção foi utilizado o laser AsGaAl (830 nm), densidade de potência de 30 mW/cm². A

fotobiomodulação em todos os grupos foi feita de forma pontual e em contato com a

superfície, perpendicularmente à pele, bilateralmente. Foram utilizados quatro pontos de

aplicação para cada articulação temporomandibular. Os pontos de aplicação foram na região

pré-auricular e meato acústico externo. Resultados: A mobilidade articular de abertura

aumentou no grupo 8J/cm2 de 10,49 ± 4,68 para 15,40 ± 6,43 graus e no movimento de

protusão do lado direito de 9,80 ± 4,2 para 12,56 ± 5,40 graus após o protocolo de intervenção

(pConclusão: a fotobiomodulação com laser 830 nm foi eficaz na diminuição da dor e sintomas

da DTM com todas as dosagens testadas. Apenas com doses de 8 J/cm2 verificou-se

efetividade sobre os movimentos de abertura máxima e de protusão da mandíbula.

Palavras-chaves: Laser, Modalidade de terapia física, Terapia de luz de baixo nível, distúrbios

da articulação DTM, Síndromes da disfunção da ATM

26 - EXERCÍCIOS EM SOLO OU EM PISCINA PARA MULHERES COM OSTEOARTRITE DE

JOELHO? UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO DUPLO CEGO

João Victor Euzebio dos Santos, Ricardo Cardoso Metzelthin, Alex Fontana Burin, Rodrigo Boff

Daitx, Marcelo Baptista Dohnert, Émerson Lucas Mariano Maia, Tais Espindula Brehm, Pedro

Henrique Gross Porto

ULBRA - Universidade Luterana do Brasil

Resumo

Introdução: A osteoartrite (AO) de joelho, conhecida também como gonartrose, é uma

patologia de desenvolvimento lenta e generalizada, tendo como principais queixas dor, rigidez,

instabilidade e perda de função. A OA de joelho limita as atividades de transferências de peso,

como caminhar, subir e descer escadas e levantar de uma cadeira. O desequilíbrio muscular

entre flexores e extensores de joelho pode não ser somente a consequência da OA de joelho,

mas também a causa, associado aos processos degenerativos conhecidos, levando a

incapacidade funcional e futuras deformidades. [10] A flutuabilidade na piscina reduz a carga

em todas as articulações afetadas pela dor e permite a realização de exercícios em CCF

funcionais que, em determinadas fases da doença, podem ser muito difíceis e mais dolorosos

em solo. Objetivos: Comparar a eficácia de exercícios em cadeia cinética fechada (CCF)

realizados em solo e em piscina em mulheres com osteoartrite (OA) de joelho. Metodologia:

Ensaio Clínico Randomizado Duplo Cego no período de março de 2015 a junho de 2017. Trinta

e quatro mulheres com OA de joelho foram alocadas em dois grupos. Um grupo recebeu

tratamento com exercícios em cadeia cinética fechada (CCF) em solo (n=17) e o outro grupo os

mesmos exercícios em Piscina (n=17) por um período de dois meses, três vezes por semana,

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totalizando 24 sessões. Os sujeitos foram previamente avaliados, após 12 sessões, 24 sessões e

três meses após o protocolo. Foram avaliados a dor (EVA), a mobilidade articular de joelho, a

flexibilidade de isquiotibiais, a força muscular de isquiotibiais e quadríceps e a funcionalidade

(WOMAC e Lequesne). O protocolo de exercícios proposto foi realizado três vezes por semana

durante oito semanas. Os exercícios foram realizados em apoio bipodal, progredindo para

apoio unipodal de acordo com a progressão do paciente no protocolo. Para ambos os grupos,

foi realizado aquecimento em bicicleta estacionária por 5 minutos. Resultados: Verificou-se

uma melhora da flexibilidade de isquiotibiais com 12 sessões no grupo piscina e ao final do

protocolo em ambos os grupos (P <.05). A amplitude de movimento de flexão de joelho

aumentou em ambos os grupos de estudo após a intervenção (P<.05). O grupo piscina

demonstrou uma perda da flexão de joelho no follow up. A dor reduziu de forma semelhantes

em ambos os grupos (P<.05). O grupo piscina demonstrou uma força inicial de quadríceps e

isquiotibiais esquerdo menor do que o grupo solo. Porém, ao final do protocolo, ambos os

grupos melhoraram a força muscular em ambos os joelhos (P<.05). Os escores de Lequesne e

WOMAC reduziram de forma expressiva já com 12 sessões em ambos os grupos (P<.05), se

mantendo assim na avaliação final e no follow up. Conclusão: Os exercícios em CCF realizados

tanto em solo quanto em piscina promoveram uma diminuição da dor e da rigidez articular,

melhora da mobilidade, da força muscular e da funcionalidade de pacientes com OA de joelho.

Palavras-chaves: Osteoartrite de Joelho, Exercícios em Cadeia Cinética Fechada, Fisioterapia

Aquatica, Fisioterapia

27 - FATORES DE RISCO PARA LESÕES NO JOELHO EM JOVENS ATLETAS DE VÔLEI

Amanda Santos de Santis

IPA - Centro Universitário Metodista IPA

Resumo

INTRODUÇÃO: O voleibol foi criado em 1895, por William C. Morgan, desde então, o voleibol

tornou-se um esporte competitivo com alto desempenho físico e técnico e atualmente é um

dos cinco grandes esportes internacionais. Dentro dessa modalidade esportiva o salto é um

elemento muito importante dentro do vôlei, pois ele compõe os movimentos de ataque, saque

e a cortada, defesa, bloqueio. METODOLOGIA: Participaram do estudo 13 jogadores, do sexo

masculino, com idade entre 12 a 17 anos, das equipes de vôlei do Grêmio Náutico União

(GNU). que trouxeram os termos de Assentimento e de Consentimento Livre e Esclarecido

devidamente assinados. Foi aplicado um questionário auto – aplicado contendo dados

pessoais, tais como idade, IMC, altura, peso, membro dominante, existência de dor, histórico

de lesão e/ou cirurgias e informações sobre seu treinamento e posteriormente realizados

testes tais como 90-90, valgo dinâmico, apoio subjetivo e teste de Thomas. RESULTADOS: a)

Idade: 3 com 12 anos, 3 com 13 anos, 1 com 14 anos, 3 com 15 anos, 1 com 16 anos, 2 com 17

anos b) posição: 4 são ponta, 3 são libero, 3 são levantador, 1 é meio e 2 são central; c) 8

competindo e 5 não competindo; d) membro dominante: 11 destros, 1 canhoto e 1

ambidestro; e) tempo de prática: 1 pratica vôlei durante 5 meses, 2 durante 12 meses, 1

durante 18 meses, 2 durante 24 meses, 3 durante 36 meses, 1 durante 48 meses, 1 durante 60

meses e 1 durante 72 meses; f) quantas vezes por semana treina: 6 treinam 3 vezes, 3 treinam

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4 vezes e 4 treinam 5 vezes; g)duração do treino: 5 treinam durante 2h, 5 treinam durante 3h,

2 treinam durante 4h e 1 treina durante 9h; h)todos fazem o alongamento, entretanto 9

alongam no inicio e 4 alongam no inicio e no final do treino; i)4 recebem orientação sobre a

postura dos treinadores, enquanto 9 não recebem nenhuma orientação; j)8 relatam sentirem

dor, 1 relata que sente dor as vezes e 4 não sentem dor; k)local da dor: 2 no joelho, 1 na

lombar, 1 no calcanhar, 1 tanto no quadril quanto na lombar, 2 em outros; l)qual o momento

da dor: 1 durante o treino, 1 quando pula, 3 sempre, 3 depois do treino; m) quanto tempo tem

a dor: 1 há 2 semanas, 3 há 3 semanas, 1 há 9 semanas, 1 há 36 semanas, 3 há 72 semanas,

contudo 10 não acham que tem relação com os trinos; o) 7 sofreram lesões e 6 não; p)local da

lesão: 2 no metatarso, 3 no tornozelo, 1 na lombar, 1 no joelho e lombar, 1 outro; q)90-90: 12

tem encurtamento na perna bilateral; r) Thomas: 12 não tem tensão; s)poio subjetivo: no pé

direito 11 tem valgismo e 1 tem varo; no pé esquerdo 7 tem valgismo e 4 varo; t) valgo

dinâmico: no joelho direito 8 tem valgismo e 3 tem varo; no joelho esquerdo 8 tem valgismo e

1 tem varo. CONCLUSÃO: Pode-se concluir que a maioria dos atletas tiveram dor, sendo que a

maioria em coluna e/ou membro inferior; não observa-se alteração no teste de Thomas,

entretanto no teste 90-90 há encurtamento nos atletas, já o apoio subjetivo a maioria era

valgo combinando com o valgismo do joelho.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Lesão, Vôlei

28 - FISIOTERAPIA APÓS REPARO ARTROSCÓPICO EM LESÕES DO MANGUITO ROTADOR

Gabriela Vitória Giasson, Caroline Bernardes

FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha

Resumo

Introdução: O ombro é uma das articulações mais complexa do corpo humano, tendo o

manguito rotador como principal musculatura, sendo responsável pela sua estabilização e

movimento. As lesões do manguito rotador são muito comuns na prática ortopédica, com

prevalência de 5 a 33% dos casos envolvendo esta articulação. O objetivo do estudo foi

identificar a abordagem fisioterapêutica na recuperação de pacientes que sofreram reparo

artroscópico. Metodologia: Foi realizado um estudo do tipo transversal, com a amostragem

por conveniência, constituída por 27 Fisioterapeutas que atuam na área de fisioterapia

traumato-ortopédica em Caxias do Sul, RS, aprovado no Comitê de Ética sob parecer nº

1.459.493. Foi aplicado um questionário sobre intervenção fisioterapêutica após reparo

artroscópico do manguito rotador, constando de questões sociodemográficas e questões

específicas sobre os recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento desses pacientes. Para

comparar os tratamentos a curto, médio e longo prazo, foi utilizado o teste de Cochran e para

verificar a associação entre as variáveis, o teste qui-quadrado de Pearson. O nível de

significância adotado foi de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Os recursos mais utilizados à curto prazo

foram: TENS, mobilização passiva do ombro, exercícios isométricos para ombro, crioterapia,

ultrassom pulsado, liberação miofascial, mobilização de tecidos moles periarticular e

alongamento passivo de membro superior. Os recursos à médio prazo foram: exercícios ativos

assistidos para ombro, ultrassom contínuo, exercícios isotônicos para cotovelo e alongamento

ativo de cintura escapular. Os mais utilizados à longo prazo foram: alongamento ativo de

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membro superior, exercício ritmo escapulo-torácico, exercícios ativo livres para ombro,

exercício de peso e polia em flexão, descarga de peso no membro superior, exercícios de

estabilização dinâmica do ombro, exercícios proprioceptivos, alongamento ativo de cintura

escapular e Diagonais de Kabat. Houve diferença estatisticamente significativa em relação ao

início do fortalecimento, sendo a força isométrica mais realizada entre 0 e 4 semanas, a

concêntrica entre 8 e 12 semanas (exceto para flexores e extensores de ombro) e a excêntrica

com mais de 12 semanas (exceto para flexores e extensores de ombro). Conclusão: Foi possível

compreender a distribuição dos recursos utilizados pelos Fisioterapeutas de Caxias do Sul, nas

fases de reabilitação de reparo artroscópico do manguito rotador.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Lesão, Manguito Rotador, Artroscopia

29 - FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE FRATURA DE FÍBULA E TÍBIA

Amanda Santos de Santis, Marcelle Avila Arrieche

IPa - Centro Universitário Metodista IPA

Resumo

Fisioterapia no Tratamento de Fratura de Fíbula e Tíbia

INTRODUÇÃO: O tratamento fisioterapêutico nas fraturas estabilizadas com o fixador do tipo

lizarov, visa melhorar as funções e reestabelecer a independência funcional do paciente, com

isso diminuir as barreiras que o fixador poderá causar na qualidade de vida. METODOLOGIA: O

estudo foi realizado no Hospital Santa Clara, do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto

Alegre, com o paciente C.F.A do sexo, masculino de 22 anos. Em Janeiro de 2018, paciente

sofreu um trauma durante uma partida de futebol, sendo levado ao hospital de Triunfo-RS,

imobilizado e transferido a Porto Alegre para o tratamento definitivo; realizou procedimento

cirúrgico para tíbia sem intercorrências. Paciente internado no dia 01 de Fevereiro de 2018 por

osteomielite, pós-operatório de retirada de material de síntese e fixação externa Ilizarov por

fratura de tíbia e fíbula. Na avaliação foi constatado que a força muscular de membros

inferiores era de grau cinco, entretanto o lado com o trauma teve uma redução subjetiva de

força muscular comparada ao lado oposto, o mesmo ocorreu com a amplitude de movimento,

que do lado acometido era menor comparada ao lado não acometido, já a marcha apresentava

o tipo claudicante. Com base na avaliação foi traçado um plano de tratamento fisioterapêutico

visando como objetivo melhorar amplitude de movimento, flexibilidade e força muscular do

membro fraturado; aprimorar a marcha; reeducar o paciente para as atividades de vida diária

e orientar sobre posicionamento e cuidados. RESULTADOS: Depois de 15 dias de tratamento o

paciente foi reavaliado, o qual mostrou aumento da descarga de peso no membro inferior

esquerdo, consequentemente melhorando a deambulação e eliminando a claudicação,

aumento de força muscular de membro inferior e ganho de amplitude de movimento, assim,

se igualando ao membro contralateral. CONCLUSÃO: A fisioterapia teve um papel importante

para aprimorar e melhorar a capacidade de independência funcional do indivíduo, diminuindo

as prováveis limitações do trauma.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Fixador Ilizarov , Fratura Tibia

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30 - INFLUÊNCIA DA BANDAGEM ELÁSTICA NA FORÇA DE PINÇA E PREENSÃO PALMAR EM

UM PROTOCOLO DE RESTRIÇÃO DE FLUXO SANGUÍNEO

Laura Rodrigues Alves, Ketlyn Germann Hendler, Aderbal Silva Aguiar Junior, Heloyse Uliam

Kuriki, Rafael Inácio Barbosa, Alexandre Marcio Marcolino

UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo

Introdução: Os músculos extensores da mão são responsáveis pelo posicionamento e

estabilização do punho durantes as atividades de pinça e preensão palmar. Para que haja

realização eficiente dessas atividades, a mão deve apresentar força e precisão. Objetivos:

Avaliar a influência da bandagem elástica associada a um protocolo de restrição de fluxo

sanguíneo na força de pinça e preensão palmar dos músculos extensores de punho e dedos.

Métodos: Estudo longitudinal prospectivo desenvolvido em 4 semanas com um total de 10

sessões. Participaram do estudo 11 voluntários com idade entre 18 e 30 anos do sexo

feminino, sedentários e sem qualquer tipo de lesão no antebraço, que foram divididos

aleatoriamente em 3 grupos: Grupo 1) Uso de bandagem elástica (BE) sem tensão elástica;

Grupo 2) Uso de BE com tensão elástica distal; Grupo 3) Uso de BE com tensão elástica

proximal. Todos os grupos realizaram um protocolo de fortalecimento com restrição do fluxo

sanguíneo. Primeiramente, foi realizado a medida de 1 resistência máxima (1RM), a avaliação

da força de preensão palmar e força de pinça foram realizadas através do dinamômetro de

preensão e pinça sucessivamente, feitas através de três contrações voluntárias isométricas

máximas mantidas por seis segundos, além da avaliação da força dos músculos extensores do

punho através de uma célula de carga. Na décima sessão foi realizado a reavaliação dos

voluntários com os mesmos métodos utilizados na primeira avaliação. Os 3 grupos realizaram

durante 8 sessões um protocolo de fortalecimento dos músculos extensores de punho, sendo

realizados com duas sessões por semana, com intervalo mínimo entre as sessões de 48 horas.

Foram realizados 10 séries de 6 repetições com uma carga de 40% da 1RM com restrição do

fluxo sanguíneo com esfigmomanômetro de pressão sanguínea. Em relação a bandagem

elástica, no grupo 1, a BE correspondia ao comprimento do antebraço dos voluntários e nos

outros 2 grupos a BE foi cortada e utilizada 30% menor do que o comprimento do antebraço

dos voluntários. Resultados: Os dados foram avaliados através da diferença entre a avaliação e

reavaliação dos voluntários, observando-se diferença entre os grupos avaliados. Na análise da

pinça o grupo com a BE com tensão distal, apresentou aumento da força de pinça com

diferença estatística (pConclusões: Com os resultados obtidos na amostra avaliada, podemos

demonstrar que o grupo que apresentou maior alteração foi o submetido ao protocolo de

fortalecimento associado a bandagem elástica com tensão distal.

Palavras-chaves: Força muscular, Pinça, Preensão

31 - INFLUÊNCIA DO HÁBITO DE FUMAR CIGARRO SOBRE A FUNÇÃO E RECUPERAÇÃO DE

PACIENTES COM LESÃO DE MANGUITO ROTADOR SUBMETIDOS À FISIOTERAPIA

Taís Espindula Brehm, Gabrielle Biff dos Santos, Gizele Maciel Bello, Micaela Martins Silveira,

Mariele da Silva Santos, Tais Cardoso Leffa, Jessica Galvão Novelli, Rodrigo Boff Daitx, Marcelo

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Baptista Dohnert

ULBRA - Universidade Luterana do Brasil

Resumo

Introdução: A lesão do manguito rotador (MR) consiste numa lesão inflamatória e

degenerativa do ombro. A nicotina é um potente vasoconstritor que diminui o suporte de

oxigênio na zona crítica de Codman. São poucos os estudos encontrados na literatura que

abordam a influência do tabagismo na recuperação física de sujeitos com lesões

musculoesqueléticas. Em resultados pós cirúrgicos de reparação do MR, os escores funcionais

mostram-se inferiores em pacientes tabagistas, demonstrando que o hábito de fumar cigarro

interfere no resultado final das reparações de lesões do MR. Objetivo: evidenciar se existe a

diferença ou não, entre a recuperação física das lesões do MR de sujeitos fumantes,

comparado aos não fumantes. Métodos: Ensaio clínico não randomizado. Foram selecionados

24 sujeitos com lesão do MR. Após a avaliação, foram divididos em grupo não fumante (n=12)

e fumante (n=12) que receberam fisioterapia padrão três vezes por semana durante quatro

semanas. O protocolo de avaliação foi realizado em quatro momentos do estudo: uma

avaliação inicial, ao fim do protocolo de intervenção, 90 dias após a aplicação do protocolo e

seis meses após o protocolo. As avaliações foram realizadas por um avaliador independente

cego. Foram avaliados o nível de dor, a amplitude de movimento (ADM), força muscular e

funcionalidade (questionários UCLA, Constant-Murley e o Shoulder Pain and Disability Index).

O protocolo de intervenção foi constituído de exercícios em cadeia cinética fechada (CCF),

exercícios de cadeia cinética aberta (CCA) e exercícios escápulo torácicos. À medida que o

paciente foi se familiarizando com o programa e progredindo em sua mobilidade e força, o

grau de dificuldade e a carga de cada exercício foi aumentado. O programa teve duração de

quatro semanas, sendo as sessões três vezes por semana. Resultados: A idade média foi de

55,13 ± 14,01 anos. 15 sujeitos (62,5%) eram do sexo feminino. Oito eram aposentados. 23

(95,8%) eram de cor branca. O tempo de dor no ombro foi de 3,57 ± 6,34 anos. 14 (58,3%)

apresentavam lesão no ombro direito. O tempo de uso de cigarro foi de 30,67 ± 12,19 anos. A

quantidade de consumo de cigarro por dia foi de 12,17 ± 8,42. A dor reduziu a longo prazo

apenas no grupo não tabagista (p<0,05). A funcionalidade melhorou significativamente no

grupo não tabagista. Os sujeitos tabagistas iniciaram o tratamento com ADM menor de flexão,

abdução e rotação externa no ombro esquerdo (p(pConclusão: O hábito de fumar cigarro piora

os resultados funcionais após um programa de fisioterapia para lesões do MR do ombro.

Palavras-chaves: Síndrome da Colisão do Ombro, Tabagismo, Tendinopatia, Manguito rotador,

Bursite

32 - INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ATRAVÉS DO USO DE TRAÇÃO CERVICAL ELÉTRICA EM

UM CASO DE NEUROPATIA COMPRESSIVA DO NERVO SUPRAESCAPULAR

Amabile Cristina da Silva Figueredo Amabile Cristina Figueredo, Schayane Homem Schayane

Homem, Willians Cassiano Longen Willians Cassiano Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, NUPAC-ST - Núcleo de Promoção e Atenção

Clínica à Saúde do Trabalhador, PPGSCol - Pós-Graduação em Saúde Coletiva

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Resumo

Introdução: A neuropatia do supra escapular é uma lesão no nervo supraescapular relacionada

a compressão ou tração em associação com outras lesões. Torna-se suscetível à compressão

devido a sua posição sob os ligamentos e o manguito rotador. Na história clínica pode ser

encontrada dor permanente de aparecimento insidioso, localizada à região superior, póstero

superior e/ou póstero lateral do ombro, comprometimento de movimentos e força de

abdução e rotação externa do ombro. Em estágios avançados, pode haver hipotrofia muscular.

Uma das possibilidades de tratamento fisioterapêutico é a tração cervical que objetiva

proporcionar uma separação dos corpos vertebrais, visando aliviar o estresse mecânico sobre

as estruturas vertebrais. A tração mecânica pode ser realizada por meio de mesas de tração.

Objetivos: Avaliar os resultados clínicos da tração cervical elétrica acoplada à mesa de flexo

distração da coluna como umas das formas de abordagem fisioterapêutica para este caso.

Métodos: O estudo foi realizado no Núcleo de Promoção e Atenção Clínica à Saúde do

trabalhador-NUPAC-ST localizado na UNESC, baseado na execução de avaliação

fisioterapêutica, Escala Visual Analógica –EVA, Questionário de Funcionalidade da Coluna

Cervical e aplicação do tratamento que baseou-se na utilização da mesa de tração cervical

elétrica TechMec (tração mecânica) durante 20 minutos, seguido de alongamentos auto

passivos para região cervical e membros superiores, mobilização neural e orientações

fisioterapêuticas. Os atendimentos foram realizados semanalmente, totalizando 5 sessões

seguidos pela reavaliação fisioterapêutica. Resultados: Paciente do sexo feminino, 37 anos,

atuava como passadeira em uma fábrica de roupas. Constatou-se déficit de ADM em flexão,

extensão, inclinação e rotação de região cervical, limitação na realização das AVD´S e

atividades ocupacionais. Observou-se através dos exames complementares discreta redução

dos espaços discais de C4-C5 e C5-C6. Em relação a goniometria, EVA, e o score total de

funcionalidade da coluna cervical pré aplicação do tratamento, os valores obtidos,

respectivamente, foram: flexão: 40°, extensão: 35°, inclinação: 30° direita, 25° esquerda,

rotação: 50° direita, 50° esquerda. EVA: 5 (moderada) e um score total de 32 pontos, onde

obteve-se os seguintes resultados: flexão: 50°, extensão: 35°, inclinação: 30° direita, 30°

esquerda, rotação: 50° direita, 50° esquerda. EVA: 2 e um score total de 27 pontos.

Conclusões: A utilização da tração cervical elétrica como conduta de abordagem

fisioterapêutica em um caso de neuropatia do nervo supraescapular resultou em melhora do

quadro álgico, da amplitude de movimento cervical e também da funcionalidade deste

segmento corporal, impactando de maneira positiva nas AVD’s da paciente e principalmente

nas suas funções laborais.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Neuropatia, Tração cervical

33 - INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO PÓS OPERATÓRIO DE CONDROPATIA

RADIOCAPITELAR: UM RELATO DE CASO DO NUPAC-ST/NEPST/UNESC

Gabriela Dias da Silva, Willians Cassiano Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, NUPAC-ST - Núcleo de Promoção e Atenção

Clínica à Saúde do Trabalhador, PPGSCol - Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva

Resumo

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Introdução: Lesões condrais são causadas por degradação da cartilagem articular. Embora a

maior parte apresente forma assintomática, alguns pacientes apresentam dor, derrame,

fraqueza muscular e Amplitude de Movimento (ADM) limitada e podem evoluir com

degeneração da cartilagem e osteoartrose. Os objetivos da Fisioterapia baseiam-se no alívio

dos sintomas, obter ADM, força muscular e melhorar a funcionalidade. Os princípios básicos

no período de reabilitação pós-operatória são os mesmos do tratamento conservador.

Objetivo: Aprofundar as possibilidades fisioterapêuticas nas lesões condrais de cotovelo como

morbidades bastante raras. Métodos: Foi realizado no NUPAC-ST localizado nas Clínicas

Integradas da UNESC. Paciente do sexo masculino, com 43 anos, atuava como pedreiro e

sofreu um trauma por queda de nível na região lateral do cotovelo direito no início de 2016.

Diagnóstico de epicondilite lateral e condropatia radiocapitelar. Realizou cirurgia em fevereiro

de 2018. No Pós-Operatório foi realizada avaliação fisioterapêutica, dentre outros registros de

força, ADM, trofismo, funcionalidade, e a intensidade da dor com a Escala Visual Analógica-

EVA. Houve um contato entre a equipe do Núcleo e o cirurgião que detalhou os procedimentos

realizados e perspectivas do caso na opinião do mesmo. Traçados os objetivos iniciou-se o

tratamento baseado na utilização de Eletroterapia analgésica, técnicas de Terapia Manual,

alongamentos submáximos, mobilizações articulares leves, reeducação postural e após

algumas sessões foi iniciado o fortalecimento isométrico. Os atendimentos estão sendo

realizados 4 vezes por semana. Resultados: Na avaliação fisioterapêutica constatou-se EVA: 10,

fraqueza muscular graus 3 e 4 para os principais músculos envolvidos, hipotrofia muscular em

MSD, presença de contraturas musculares na região de extensores do punho e limitação para

realização das AVD’s. Goniometria do cotovelo: flexão: 90°, extensão: 30°, pronação: 85°,

supinação: 80°, refletindo em incapacidade moderada, mantendo o afastamento do trabalho.

Na reavaliação observou-se EVA: 2, aumento da força muscular para grau 4 a 5. Goniometria:

flexão: 130°, extensão: 0°, pronação: 90°, supinação: 85°, denotando, redução do quadro

álgico, ganho de ADM, aumento da força e trofismo, refletindo em aumento da

funcionalidade. Afastado do trabalho em análise para possível recolocação em outro tipo de

atividade. Conclusões: O principal desafio do programa de reabilitação é reduzir o quadro

doloroso, melhorar a função sensório-motor, reduzindo as incapacidades, melhorando a

habilidade para a vida e para o trabalho. No entanto, sem aumentar a degeneração condral,

pois a exposição ao esforço de cisalhamento pode ter efeitos adversos no processo de

cicatrização. Para um resultado bem sucedido, a comunicação aberta deve existir entre a

equipe de reabilitação, o cirurgião, o paciente e o programa de reabilitação deve ser

individualizado.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Lesão condral, Lesão osteocondral

34 - KINESIO TAPE ASSOCIADA A EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO LOMBOPÉLVICA NA DOR

LOMBAR CRÔNICA NÃO RADICULAR

Amanda Witt da Rocha

ULBRA - Universidade Luterana do Brasil

Resumo

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Introdução: A low back pain (LBP) é caracterizada como uma dor ou desconforto na região

lombar com ou sem irradiação para os membros inferiores sendo considerada crônica quando

a dor persiste por mais de três meses. Atualmente, a KT age na reabilitação complementar em

pacientes com LBP objetivando a diminuição da dor, aumento da funcionalidade e da

capacidade da realização das atividades de vida diárias (AVD‟s). Na abordagem desta

condição, um dos objetivos é a estabilização do segmento coluna lombar-pelve-quadril,

também denominado de Core. Objetivo: Comparar a eficácia da associação da KT a um

programa de exercícios de CORE em pacientes com LBP não radicular. Métodos: Ensaio clínico

randomizado duplo cego realizado com pessoas portadores de dor lombar crônica não

radicular no período de março de 2015 a janeiro de 2017. Os indivíduos participantes do

estudo foram inicialmente divididos aleatoriamente em grupo I, grupo KT + Core (GKTC), n=21,

os quais os sujeitos realizaram um protocolo de intervenção com aplicação da KT associado a

um protocolo de exercícios de estabilização lombopélvica (CORE), grupo II, grupo KT (GKT),

n=21, os quais os mesmos receberam apenas a aplicação da KT com tensão e grupo III, grupo

KT placebo (GKTP), n=23, os quais receberam apenas a aplicação da KT placebo, sem nenhuma

tensão. Foram avalkiados a dor através da Escala Visual Analógica de Dor (EVA), funcionalidade

da coluna lombar através dos questionários Oswestry Disability Index (ODI) e o Roland Morrys

Disability Questionnaire (RMDQ) e a estabilidade lombopélvica através dos testes Single Leg

Squat, o Dip test e o Runner pose test. No término do protocolo de intervenção e três meses

após o final do protocolo, todos foram reavaliados. Constatou-se uma diminuição significativa

do nível de dor da avaliação inicial para a avaliação final nos GKTC, GKT e GKTP. Porém, na

avaliação de follow up, o GKTC apresentou um nível de dor significativamente menor que os

grupos GKT e GKTP (P=.001). Os sujeitos do GKTC reduziram significativamente a sua dor em

relação ao GKT e ao GKTP na avaliação de follow up. O nível de desabilidade demonstrou uma

diminuição significativa dos escores da avaliação inicial para a avaliação final e avaliação de

follow up apenas nos GKTC e GKT. Não foram verificadas diferenças entre os grupos de estudo

em nenhuma das avaliações. O Oswestry Disability Index (ODI) reduziu significativa o escore na

avaliação final no GKTC e no GKT. Apenas o GKTC manteve significativamente baixo o escore

na avaliação de follow up. Os resultados obtidos nos testes funcionais Dip test, Single Squat e

Runner Pose demonstraram uma redução significativa de positividade do teste apenas no

GKTC Conclusão: A KT demonstrou melhorias significativas na dor, qualidade de vida e

diminuição da incapacidade. Porém, quando associada aos exercícios de estabilização central

(CORE), os resultados foram ainda mais satisfatórios, especialmente a médio prazo. Assim, a KT

pode ser usado como um método complementar aos exercícios de estabilização central na LBP

não específica.

Palavras-chaves: Bandagem, Dor lombar baixa, Exercícios de fortalecimento muscular,

Modalidades de Fisioterapia

35 - KINESIOTAPE ASSOCIADA A EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO LOMBOPÉLVICA NA DOR

LOMBAR CRÔNICA NÃO RADICULAR

Amanda Witt da Rocha, Murilo Della Nina, Fabiana Matos, Rafael Beux, Taiane Silveira,

Emerson Maia, Rodrigo Boff Daitx, Marcelo Baptista Dohnert, Clarisse Pereira Duarte

ULBRA TORRES - Universidade Luterana do Brasil

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Resumo

Introdução: A low back pain (LBP) é caracterizada como uma dor ou desconforto na região

lombar com ou sem irradiação para os membros inferiores sendo considerada crônica quando

a dor persiste por mais de três meses. Atualmente, a KT age na reabilitação complementar em

pacientes com LBP objetivando a diminuição da dor, aumento da funcionalidade e da

capacidade da realização das atividades de vida diárias (AVD‟s). Na abordagem desta

condição, um dos objetivos é a estabilização do segmento coluna lombar-pelve-quadril,

também denominado de Core. Objetivo: Comparar a eficácia da associação da KT a um

programa de exercícios de CORE em pacientes com LBP não radicular. Métodos: Ensaio clínico

randomizado duplo cego realizado com pessoas portadores de dor lombar crônica não

radicular no período de março de 2015 a janeiro de 2017. Os indivíduos participantes do

estudo foram inicialmente divididos aleatoriamente em grupo I, grupo KT + Core (GKTC), n=21,

os quais os sujeitos realizaram um protocolo de intervenção com aplicação da KT associado a

um protocolo de exercícios de estabilização lombopélvica (CORE), grupo II, grupo KT (GKT),

n=21, os quais os mesmos receberam apenas a aplicação da KT com tensão e grupo III, grupo

KT placebo (GKTP), n=23, os quais receberam apenas a aplicação da KT placebo, sem nenhuma

tensão. Foram avalkiados a dor através da Escala Visual Analógica de Dor (EVA), funcionalidade

da coluna lombar através dos questionários Oswestry Disability Index (ODI) e o Roland Morrys

Disability Questionnaire (RMDQ) e a estabilidade lombopélvica através dos testes Single Leg

Squat, o Dip test e o Runner pose test. No término do protocolo de intervenção e três meses

após o final do protocolo, todos foram reavaliados. Constatou-se uma diminuição significativa

do nível de dor da avaliação inicial para a avaliação final nos GKTC, GKT e GKTP. Porém, na

avaliação de follow up, o GKTC apresentou um nível de dor significativamente menor que os

grupos GKT e GKTP (P=.001). Os sujeitos do GKTC reduziram significativamente a sua dor em

relação ao GKT e ao GKTP na avaliação de follow up. O nível de desabilidade demonstrou uma

diminuição significativa dos escores da avaliação inicial para a avaliação final e avaliação de

follow up apenas nos GKTC e GKT. Não foram verificadas diferenças entre os grupos de estudo

em nenhuma das avaliações. O Oswestry Disability Index (ODI) reduziu significativa o escore na

avaliação final no GKTC e no GKT. Apenas o GKTC manteve significativamente baixo o escore

na avaliação de follow up. Os resultados obtidos nos testes funcionais Dip test, Single Squat e

Runner Pose demonstraram uma redução significativa de positividade do teste apenas no

GKTC Conclusão: A KT demonstrou melhorias significativas na dor, qualidade de vida e

diminuição da incapacidade. Porém, quando associada aos exercícios de estabilização central

(CORE), os resultados foram ainda mais satisfatórios, especialmente a médio prazo. Assim, a KT

pode ser usado como um método complementar aos exercícios de estabilização central na LBP

não específica.

Palavras-chaves: Bandagem, Dor lombar baixa, Exercícios de fortalecimento muscular,

Modalidades de Fisioterapia

36 - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL ESTÁTICO E DINÂMICO EM

INDIVÍDUOS SUBMETIDOS À PRÁTICA DE EQUOTERAPIA

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Daniela Virote Muller, Pietra Minuzzi

UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa

Resumo

O equilíbrio envolve a recepção e a integração de estímulos sensoriais, o planejamento e a

execução de movimentos para controlar o centro de gravidade sobre a base de suporte, sendo

realizado pelo sistema de controle postural, que integra informações do sistema vestibular,

dos receptores visuais e do sistema sensório-motor (Leme et al, 2017). Para auxiliar em um

maior desenvolvimento do equilíbrio, a fisioterapia, através de programas de exercícios,

melhora a qualidade de vida, a estabilidade corporal e a restauração da orientação espacial,

uma vez que esses proporcionam uma reprogramação dos sensores desregulados (Castro,

2012), através de repetidas estimulações dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial.

Além disso, para incrementar a estabilidade corporal, a equoterapia – método terapêutico que

utiliza o cavalo como uma abordagem interdisciplinar – é uma atividade multissensorial por

meio da qual a oscilação rítmica e tridimensional da garupa do cavalo estimula principalmente

o mecanismo de reflexo postural do cavaleiro, resultando no treinamento do equilíbrio e

coordenação (Junara et al, 2009). Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo

encontrar diferentes métodos de avaliação do equilíbrio corporal, os quais poderiam ser

utilizados para avaliar a estabilidade de praticantes da equoterapia. Para tal, realizou-se uma

revisão bibliográfica e seleção das publicações mais relevantes encontradas na base de dados

SciELO e PubMed a fim de encontrar diferentes maneiras de mensurar o equilíbrio. Os artigos

foram selecionados sem período pré-determinado e de maneira circunstancial através do uso

de palavras-chaves como equilíbrio corporal e controle postural e o método de inclusão foi

realizado por uma leitura prévia do resumo a fim de identificar a forma que o equilíbrio

corporal foi avaliado. Posteriormente foi procurado compreender mais sobre a técnica na

metodologia do estudo. Após a revisão de 299 artigos, foram utilizados 151 estudos os quais

encaixavam-se nos critérios de inclusão. Esses apresentaram de forma repetitiva, 36 formas de

avaliar o equilíbrio, dentre as que apareceram com mais frequência estão: Escala de Equilíbrio

de Berg (EEB); Plataforma de Força AMTI®; Time Up and Go (TUG); Plataforma de força EGM

system® e Footwork®; Sistema Balance Manager da NeuroCom®; Posturografia do Balance

Rehabilitation Unit (BRU™); Teste de Alcance Funcional (TAF); Teste de Equilíbrio Corporal

(TEC); Teste de apoio unipodal; Teste de Equilíbrio de Tinetti (Performance Oriented Mobility

Assessment – POMA; Teste Funcional para Equilíbrio Dinâmico – Marcha Tandem (MT); Bateria

de teste de Guralnik (Short Physical Performance Battery); Teste de Agilidade e Equilíbrio

Dinâmico (AGIL); Star Excursion Balance Test (SEBT); Dynamic Gait Index (DGI); Estabilômetro

dentre outros métodos, escalas e equipamentos encontrados. Diante desta busca foi possível

observar que todas as formas de avaliação do equilíbrio são viáveis para os praticantes de

equoterapia. Entretanto, há restrições quanto ao público a ser avaliado, ou seja, as condições

fisiológicas entre crianças, adultos e idosos, sendo de suma importância haver o conhecimento

dos diferentes métodos de avaliação para designar o praticante de forma correta.

Palavras-chaves: Avaliação, Equilíbrio, Equoterapia

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37 - O USO PRÁTICO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,

INCAPACIDADE E SAÚDE POR ACADÊMICOS E PROFISSIONAIS DE FISIOTERAPIA DO SUL DO

BRASIL

Daiani Bortolotto Picolo Daiani Bortolotto Picolo, Sandro Ressler Sandro Ressler, Willians

Cassiano Longen Willians Cassiano Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense

Resumo

Introdução: A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) foi

desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde e objetiva uma descrição dos condicionantes

de saúde do indivíduo, relacionando-os aos fatores externos que afetam esta condição. O

Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) normatizou sua aplicação da

Resolução 370/2009 e o Conselho Nacional de Saúde referendou seu uso conforme a

Resolução 452/2012. OBJETIVO: Avaliar a utilização da classificação internacional de

funcionalidade, incapacidade e saúde por acadêmicos e fisioterapeutas do sul do Brasil.

Metodologia: Neste estudo analisou-se o uso da CIF nas jurisdições dos Conselhos Regionais de

Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e do

Paraná. Esta pesquisa caracterizou-se por ser transversal descritiva com coleta primária de

dados através do envio de um questionário aos profissionais e formandos de Fisioterapia dos

três estados do sul do Brasil. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da

Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), sob parecer 1.644.459, CAAE:

51053215.0.0000.0119. Resultado: Totalizaram 470 respostas ao questionário on-line

disponibilizado, sendo 89,6% (n=421) são fisioterapeutas formados e 10,4% (n=49) são

acadêmicos do curso de Fisioterapia. Dos profissionais 38,7% atuam na região do CREFITO 10

(SC), seguido de 31,8%, na região do CREFITO 8 (PR) e 29,5% no CREFITO 5 (RS). Da amostra

pesquisada, 75,5% conhecem a CIF, porém 59,2% dos alunos e 63,7% dos fisioterapeutas

ignoram a Resolução OMS 54.21; mais de 70% da amostra desconhecem a Resolução COFFITO

370. O dessaber acerca da CIF foi respondido por 32,6% dos participantes como justificativa

para não utilizar esta classificação em seu cotidiano. Uma significativa parcela dos profissionais

não utiliza a CIF em seu serviço, observa-se que 68,2% não tiveram em sua formação a

abordagem da CIF assim como 65,3% dos acadêmicos. Conclusão: O treinamento dos

profissionais e acadêmicos para o uso cotidiano da CIF é sugerido como alternativa para

ampliar a aplicação desta classificação nos sistemas públicos de saúde, como ferramenta para

apurar indicadores de saúde e na aplicação clínica para caracterização da funcionalidade dos

indivíduos.

Palavras-chaves: Classificação Internacional de Funcional, Incapacidade e Saúde, Fisioterapia,

Organização Mundial da Saúde

38 - PERFIL E PREVALÊNCIA DE LESÕES EM PRATICANTES DE CROSSFIT® NO MAIOR EVENTO

COMPETITIVO DA REGIÃO SUL DO BRASIL.

Maycon Diego Figueredo, Anieli Rodrigues, Gabriela Esquinatti, Isabel Krüger, Vitória Caroline

Baldissera

Feevale - Universidade Feevale

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Resumo

INTRODUÇÃO: A modalidade esportiva CrossFit® é uma atividade física que abrange programas

de treinamento de força e condicionamento físico geral, baseando-se em um conjunto de

exercícios complexos que incluem corrida, levantamento de peso, ginástica olímpica e

movimentos balísticos, buscando melhorar todas as capacidades físicas do atleta, como a

resistência cardiorrespiratória, resistência muscular, força, flexibilidade, potência, velocidade,

coordenação, agilidade, equilíbrio e precisão. Devido à presença de movimentos complexos e

normalmente em alta intensidade, há grande preocupação sobre o risco de lesões neste

esporte, principalmente pelo seu aumento de praticantes. Até o momento, poucos são os

estudos que investigaram a prevalência de lesões em praticantes usuais dessa modalidade.

OBJETIVO: Investigar o perfil dos atletas, a prevalência de lesões relacionados à prática de

CrossFit® e locais mais acometidos em participantes de um evento competitivo de CrossFit® da

região Sul do Brasil.

MÉTODOS: Com base num estudo descritivo transversal, um questionário foi elaborado pelos

autores e aplicado em um único dia, durante um evento competitivo de CrossFit® na região Sul

do Brasil. O questionário continha perguntas sobre lesões decorrente da prática do CrossFit® e

os respectivos locais acometidos. A amostra foi composta por noventa e três (n=93)

praticantes de CrossFit® de ambos os sexos, sendo 47 (50,5%) do sexo masculino e 46 (49,5%)

do sexo feminino, os atletas eram divididos em 6 categorias, sendo estes 45 (48,4%) da

categoria Scale, 21 (22,6%) Amador, 10 (10,8%) RX, 1 (1,1%) Elite, 3 (3,2%) Master e 13 (14%)

participando na categoria Times, o peso médio foi de 71 quilos (±13,19) e a altura média de

1,69 (±10,37).

RESULTADOS: Do total de 93 praticantes de CrossFit® investigados durante a competição, a

porcentagem de atletas que sofreram no mínimo um tipo de lesão relacionada à prática do

CrossFit® foi de 23,7% (n=22) sendo 23,4% (n=11) homens e 23,9% (n=11) mulheres, do total

de participantes da coleta, 6,5% (n=6) tiveram lesões nos ombros, 2,2% (n=2) nos joelhos, 2,2%

(n=2) na coluna, 2,2% (n=2) alguma lesão muscular, 2,2% (n=2) em mais de uma região

corporal e 1,1% (n=1) tiveram lesão na região do tornozelo.

CONCLUSÃO: Com base nos dados coletados pode-se concluir que a prática do CrossFit®

mostrou sobrecarregar principalmente a região dos ombros, havendo a necessidade de

maiores cuidados e trabalhos preventivos para esta região. Proporcionalmente, não houve

diferença na prevalência de lesões entre os sexos masculino e feminino. Recomenda-se que a

prática da modalidade seja sempre orientada por profissionais qualificados e a realização de

um período específico de adaptação e preparação para praticantes iniciantes, com uma

atenção especial direcionada principalmente para as regiões dos ombros. Necessita-se de

novos estudos na área para ampliar o conhecimento desta população e suas respectivas

lesões.

Palavras-chaves: CrossFit, Taxa de Lesão, Atividade Física, Ombro, Exercício Competitivo

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39 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES PORTADORAS DE FIBROMIALGIA ATENDIDAS

EM PROJETO DE EXTENSÃO DE UMA UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA

Carlos Eduardo Assumpção de Freitas, Gabriele Senes Ceciliano, Gabriel Trentini Beraldo,

Andreza Paula Dias, Ani Carolini dos Santos Cardoso, Francis Lopes Pacagnelli, Renata

Aparecida de Oliveira Lima

UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista

Resumo

A fibromialgia é uma doença crônica, caracterizada por dor intensa e difusa e pode estar

associada a outros sintomas como: fadiga, depressão, cefaléia. O objetivo desse estudo foi

realizar um levantamento do perfil epidemiológico e analisar o efeito da hidroterapia

intercalada com exercícios em solo no quadro doloroso de mulheres com fibromialgia. Esta

pesquisa foi realizada por meio da análise dos prontuários de mulheres com fibromialgia, entre

os anos de 2015 e 2016. Foram avaliadas 10 mulheres, com média de idade 54,3±7,26 anos,

que frequentavam o projeto duas vezes na semana, com duração de uma hora cada, as

sessões eram alternadas entre solo e meio aquático. Foram coletados os seguintes dados: uso

de medicamentos, índice de massa corporal (IMC), profissão, patologias concomitantes,

pontos dolorosos, intensidade de dor, impacto da fibromialgia nas atividades diárias e

qualidade de vida. Os resultados demonstraram que 5±2,64 faziam uso de medicamentos, IMC

30,35±3,42Kg/m2, 50% do lar, 40% eram hipertensas. Os pontos dolorosos mais citados foram

epicôndilo lateral, joelhos e occipital. A intensidade de dor segundo a Escala Visual Analógica

(EVA) foi de 6,8±0,55 no inicio, reduzindo para 5,7±0,83 (17% p

Palavras-chaves: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, FIBROMIALGIA, QUALIDADE DE VIDA, DOR

40 - PREVALÊNCIA DE HÁBITOS POSTURAIS E COMPORTAMENTAIS EM ESCOLARES DO

MUNICÍPIO DE JAQUIRANA- RS.

José Davi Oltramari José Davi Oltramari, Bruna Albé Pinto Bruna Albé Pinto, Alexandra Renosto

Alexandra Renosto, Gisele Oltramari Meneghini Gisele Oltramari Meneghini, Alenia Finger

Minusculi Alenia Finger Minusculi, Daiane Giacomet Daiane Giacomet

FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha

Resumo

Introdução: As alterações posturais são comuns durante a infância e a adolescência, pois os

escolares permanecem muito tempo sentados na mesma posição, e utilizam mochilas pesadas,

o que acarreta a apresentarem alterações musculoesqueléticas e algias na coluna vertebral.

Objetivos: O objetivo principal do estudo foi identificar hábitos posturais e comportamentais

dos estudantes das escolas do Município de Jaquirana- RS. Materiais e métodos: Foi realizado

um estudo transversal, com indivíduos entre 11 a 14 anos do município de Jaquirana, onde os

dados foram coletados a partir de um questionário autoaplicável nominado Back Painand Body

Posture Evaluation Instrument (BackPEI) composto de questões sobre dor nas costas nos

últimos três meses, e de questões demográficas, comportamentais e hereditárias, além disso

foi avaliado o peso e altura dos indivíduos através de uma balança eletrônica (Balança

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Eletrônica Cadence BAL150) e um Estadiômetro (Estadiômetro Compacto E210), além do peso

da mochila. Resultados: Foram convidados a participar do estudo 143 alunos de ambas as

escolas, com idades entre 11 a 14 anos, porém apenas 63 estudantes, sendo 26 meninos e 37

meninas aceitaram a participar do estudo. A altura média foi de 1,52±0,07 metros, com peso

médio de 44±10,8 quilos. O peso médio da mochila observado foi de 2,98±1,61 quilos. Em

relação à dor, a média observada foi de 1,8±2,6 pontos, através da escala analógica da dor.

Estudantes da escola estadual (31,0%) e municipal (28,6%) adotam a postura incorreta de

sentar na escola para escrever na mesa. Em relação ao modo que o estudante senta para

conversar com amigos, 35,7% dos estudantes da escola estadual e 28,6% municipal, adotam

uma postura incorreta. Na postura que o estudante senta para utilizar o computador, 33,3%

dos estudantes da escola estadual e 38,1% da municipal, adotam hábitos incorretos. Em

relação à dor nas costas nos últimos três meses a maioria dos escolares relata sentir dor.

Conclusão: Por fim, conclui-se que a maioria dos estudantes adotam a postura incorreta em

algumas das suas atividades de vida diária, como sentar para utilizar o computador, realizar

asatividades escolares, e também para conversar com amigos. A vista disso, essas posturas

consideradas incorretas, pode levá-los a apresentarem algias e alterações na coluna vertebral.

Porém existe uma baixa prevalência na relação de como os adolescentes do estudocarregam a

mochila e pegam objetos no chão, sendo assim um fator benéfico, por não haver relações com

as algias na coluna vertebral dos mesmos.

Palavras-chaves: Adolescência, Infância, Postura

41 - PREVALÊNCIA E PADRÕES DE LESÕES EM ATLETAS SUB-20 DE UMA EQUIPE DE FUTEBOL

DO VALE DOS SINOS: UM ESTUDO RETROSPECTIVO.

Maycon Diego Figueredo, Egon Acelido Dörr Neto, Guilherme Marcos Schneider

Feevale - Universidade Feevale

Resumo

INTRODUÇÃO: O futebol é a modalidade esportiva mais praticada no mundo, com uma

estimativa de 265 milhões de jogadores registrados em federações. Além do elevado número

de praticantes, o futebol apresenta um alto número de lesões devido a sua característica de

grande incidência de contatos físicos e maior volume de corrida e frequência de gestos de

corte exigindo uma demanda grande da capacidade física e mental do atleta profissional e do

atleta das categorias de base.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência e as características de lesões

em atletas das categorias de base de uma equipe de futebol do Vale dos Sinos na temporada

de 2016. A pesquisa esta vinculada a um projeto de extensão de fisioterapia desportiva de

uma universidade do sul do país.

MÉTODOS: Com base em um estudo transversal, um questionário elaborado pelo pesquisador

foi aplicado em um único dia antes do inicio do treinamento em campo. A amostra

correspondeu aos atletas que compareceram no dia da coleta, composta por 35 (n=35) atletas

de futebol da categoria sub-20 de uma equipe profissional, sendo 4 goleiros (11,43%), 11

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defensores (31,43%), 13 meio-campistas (37,14%) e 7 atacantes (20%), com média de idade de

17 anos (±0,64). Investigou-se a prevalência e as características de lesões, tais como, local da

lesão, tipo de lesão, mecanismo lesivo, com contato ou sem contato, gravidade e a distribuição

de lesões por ocasião (treino ou jogo) apresentadas ao longo da temporada de 2016.

RESULTADOS: Dos 35 atletas, 20 (57,14%) apresentaram algum tipo de lesão, sendo

identificado um total de 24 traumas. As lesões nos membros inferiores corresponderam a 75%

do total, com 25% (n=6) no tornozelo, 12,5% (n=3) na coxa e o joelho correspondeu a 12,5%

(n=3). Quanto ao tipo de lesão, 29,16% (n=7) foram lesões ligamentares, 16,66 (n=4)

luxação/subluxação, 16,66% (n=4) fratura/lesão óssea e as lesões musculares corresponderam

a 12,5% (n=3). Referente ao mecanismo 20,83% (n=5) foram numa colisão com o atleta

adversário, 16,66% (n=4) durante a corrida e 12,5% (n=3) no movimento de chute. Em 54,16%

(n=13) das lesões o trauma foi sem contato, enquanto com contato foi de 45,84% (n=11).

Durante o treinamento técnico/tático ou treinamento físico ocorreram 66,67% (n=16) das

lesões e 33,33% (n=8) durante os jogos.

CONCLUSÃO: Com base nos dados coletados pode-se concluir o alto índice de lesões em

atletas de futebol das categorias de base, sendo elas por diversos fatores e a importância de

uma triagem e tipificação das injurias musculoesqueléticas ao longo da temporada para

comparar o risco de lesão e os padrões de lesão com os anos anteriores. Deve-se haver uma

preocupação com a carga física e mental sobre os jogadores e o possível risco de lesões como

resultado de tais cargas. Com um acompanhamento destinado a avaliar a exposição dos atletas

aos riscos de lesões, realizar um trabalho de exercícios preventivo específico de acordo com

suas demandas.

Palavras-chaves: Lesão, Futebol, Padrão de Movimento, Prevenção, Categoria de Base

42 - QUALIDADE MUSCULAR ENTRE MULHERES IDOSAS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

Luis Fernando Ferreira, Arielle Rosa de Oliveira, Maria Laura Schiefelbein, Eduardo Garcia, Luis

Henrique Telles da Rosa

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumo

Introdução: A Sarcopenia e uma das diversas síndromes que afetam a população idosa, sendo

uma área em crescimento no número de produções científicas. Objetivos: Comparar a

presença da sarcopenia entre idosos sedentários e ativos, praticantes de diferentes modelos

de treinamento físico. Método: 115 indivíduos, com idade igual ou superior a 60 anos, foram

avaliados para a presença de sarcopenia, de acordo com as recomendações do European

Working Group on Sarcopenia in Older People. Os sujeitos foram divididos em 3 grupos: Um

grupo de 47 idosos sedentários (CON), um grupo com 30 idosos praticantes de treinamento de

força (RES), e um grupo com 38 idosos praticantes de treinos aeróbios (AER). Os indivíduos

ainda responderam à Anamnese Geriátrica Ampla. Resultados: A prevalência de sarcopenia foi

menor em RES (p <0.001). Dos indicadores de sarcopenia, a massa muscular esquelética foi o

único que não apresentou diferença estatisticamente significativa. Porém força e performance

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demonstraram diferenças estatisticamente significativas em favor do grupo RES (p <0.001 e p =

0.006, respectivamente). A prevalência total de sarcopenia foi de 37,4%, sendo 46,8% em CON,

6,6% em RES e 37,3% em AER. Conclusão: O treino de força é efetivo para o combate e

controle da sarcopenia entre os sujeitos avaliados, não havendo diferença na presença de

sarcopenia entre idosos sedentários ou praticantes de treinamentos com ênfase aeróbia.

Palavras-chaves: Sarcopenia, Idoso, Exercícios, Treino Aeróbio, Treino de Força

43 - REGRESSÃO LINEAR PARA PREDIÇÃO DA FORÇA RESULTANTE NA REAÇÃO DO SOLO DA

CAMINHADA NA ÁGUA

Daniela de Estéfani, Aline Luana Ballico, Inaihá Laureano Benincá, Nícolas Kickhofel Weisshahn,

Victoria Gomes e Silva Engelke, Heiliane de Brito Fontana, Helio Roesler, Alessandro

Haupenthal

UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, UDESC - Universidade do Estado de Santa

Catarina

Resumo

Introdução: Os exercícios aquáticos estão sendo utilizados em programas de reabilitação e/ou

condicionamento físico para um grande número de pessoas. A caminhada e a corrida são

exercícios comumente utilizados durante sessões de hidroginástica e hidroterapia. Quando

estes exercícios são realizados na água, estão sujeitos a alterações na força de sustentação do

peso, resistência aos movimentos e propulsão decorrentes das propriedades físicas da água.

Com a finalidade de auxiliar na prescrição dos exercícios aquáticos, no que concerne ao

conhecimento e controle das forças de reação do solo (FRS) durante o contato com o fundo da

piscina, este trabalho teve como objetivo desenvolver um modelo de regressão para a força

resultante (FR) da FRS durante a caminhada na água. Método: Participaram da pesquisa 119

sujeitos de ambos os sexos, com média de idade de 25±6 anos, estatura de 1,72±0,09 metros e

massa corporal de 69,5±13,5 quilogramas. Para a mensuração da FRS, cada participante

realizou uma passagem em velocidade auto-selecionada sobre uma passarela subaquática

instrumentada com uma plataforma de força. Os participantes realizaram a caminhada na

água em um dos cinco níveis de imersão escolhido de maneira randômica (0,75, 0,90, 1,05,

1,20 e 1,35 m), e em três velocidades distintas: auto selecionada, rápida e lenta. A velocidade

foi verificada e validada para cada condição através de um sistema de fotocélulas. As variáveis

independentes foram: razão de imersão (profundidade/estatura), velocidade, massa e as

circunferências de abdômen, quadril, coxa e perna. O modelo para a predição da FR foi

construído através da regressão múltipla, a partir de um critério de entrada de p0,10.

Resultados: As variáveis independentes que foram associadas a força resultante foram:

razão_IE e velocidade. O modelo de predição para a caminhada foi: FR= 1.115 - 1.286* (Razão

Imersão/Estatura) + 0.347* (velocidade) . O coeficiente de determinação para o modelo

podem ser considerado bom com valor de 0,91. Conclusão: A partir do alto coeficiente de

determinação ajustado os dados podem ser explicados pelas variáveis do modelo que pode ser

usado a predição da força resultante durante a caminhada na água, desde que para sujeitos

com características semelhantes a dos participantes do estudo e dentro da faixa de variação da

razão_IE e velocidade utilizada.

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Palavras-chaves: Reabilitação aquática., Força de reação do solo., Caminhada. , Hidroginástica.

44 - RISCO DE QUEDAS E CAPACIDADE FUNCIONAL EM LONGEVOS HOSPITALIZADOS.

Tainá Mioto Andréia de Carli Bruna Sutil Carla Wouters Franco

UPF - Universidade de Passo Fundo

Resumo

Introdução: Com o aumento da longevidade, a população idosa vem crescendo

consideravelmente e as quedas tornam-se frequentes especialmente em idosos á beira do

leito, influenciando na sua funcionalidade. É de grande importância investigar o risco de

quedas e capacidade funcional em pacientes hospitalizados, ao fornecer subsídios para

formulação de planos terapêuticos prevenindo complicações associadas. Objetivo: O presente

estudo buscou avaliar o risco de quedas e a capacidade funcional em longevos hospitalizados.

Metodologia: Estudo transversal, composto por 100 idosos hospitalizados no Hospital da

Cidade de Passo Fundo – RS. Os voluntários foram submetidos à avaliação fisioterapêutica,

mensuração da capacidade funcional pela escala PS-ECOG e risco de quedas pela Escala de

Morse. Os dados foram analisados através de frequência absoluta, relativa ou média, e desvio

padrão. Resultados: A amostra foi composta por 100 indivíduos, 43 (43%) do gênero feminino

e 57 (57%) do gênero masculino, com idade média de 71,97 ± 4,64 anos. 46% dos indivíduos

apresentaram risco de queda moderado e 37% evidenciaram funcionalidade restrita para

atividades exaustivas, porém conseguem realizar as de natureza leve ou sedentária. Conclusão:

Os idosos hospitalizados possuem risco moderado de quedas e capacidade funcional

sintomáticos, restritos para atividade física extenuante, porém capazes de realizar um trabalho

de natureza leve ou sedentária.

Palavras-chaves: Acidente por quedas, Idosos, Hospitalização

45 - RISCO DE QUEDAS EM IDOSAS SEDENTÁRIAS QUANDO COMPARADAS A IDOSAS

TREINADAS

Luis Fernando ferreira, Eduardo Garcia, Luis Henrique Telles da Rosa

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumo

Introdução: Quedas são fatores preditivos para diminuição da funcionalidade, fraturas e

mortalidade em idosos. Neste sentido, a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) vem sendo utilizado

como forma de detectar futuras quedas nessa população. Objetivos: Comparar a pontuação da

EEB em mulheres treinadas e sedentárias. Método: 115 mulheres, com idade igual ou superior

a 60 anos, foram avaliadas para o risco de quedas segundo a EEB. Os sujeitos foram divididos

em 3 grupos: Um grupo de 47 idosas sedentários (GC), um grupo com 30 idosas praticantes de

treinamento de força (GF), e um grupo com 38 idosas praticantes de treinos aeróbios (GA).

Resultados: A média de idade foi de 71,79+7,94 em GC, 69,97+6,82 em GF e 71,39+6,87 em

GA. A pontuação da EEB foi menor em GF (54,76+1,55), em comparação com GA (52+1,53) e

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GC (74,43+1,37). Conclusão: Embora não haja significância estatística, há uma importância

clínica nos encontrados neste trabalho, demonstrando que o treino de força é o mais efetivo

na prevenção de quedas em idosas, segundo a pontuação da Escala de Equilíbrio de Berg.

Palavras-chaves: Idosos, Equilíbrio, Exercícios, Treino Aeróbio, Treino de Força

46 - RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS INTEGRANTES DE UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA

Renata Chlalup Silveira Silveira, Daniele Gorski Medeiros MEDEIROS, Priscila Pinheiro dos

Santos dos santos, Adriana da S. Lockmann Lockmann

PMPA - Policlínica Militar de Porto Alegre, UFSCPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde

Resumo

Introdução : A queda é um evento multifatorial, no qual estão envolvidos perda do equilíbrio,

alterações na marcha, nos sistemas sensorial e musculoesquelético, além de fatores

ambientais1. Tem-se utilizado vários testes para avaliar a presença de fatores de risco de

quedas a fim de encontrar uma correlação entre esses fatores e o risco ou o número de

quedas em idosos2.O teste Timed “Upand Go” (TUG) tem apresentado bons resultados como

teste de equilíbrio que envolve movimento funcional. O TUG mede o tempo que um indivíduo

leva para realizar algumas manobras funcionais, tais como, levantar-se, caminhar, dar uma

volta e sentar-se.Objetivo: Avaliar o risco de quedas em idosos integrantes de grupos de

convivência.Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, descritivo realizado

com idosos pertencentes aos grupos de convivência atendidos pelo Banco de Alimentos do Rio

Grande do Sul. Foram selecionados 127 idosos de ambos os sexos provenientes diferentes

bairros da cidade de Porto Alegre. Os idosos foram convidados a realizar o testTime upand go.

Os dados foram coletados no período de março a dezembro de 2017.Resultados: Os resultados

foram processados e tabulados no programa EXCEL versão 2013.Dos 126 idosos avaliados, 92

idosos realizaram o teste em menos de 10 segundos, 27 realizaram o teste entre 10 a 20

segundos, e 7 concluíram no tempo maior que 20 segundos. Já, o desvio padrão foi de 6,76

segundos, a média foi de 10,53 segundos e a mediana foi de 8,67 segundos.CONCLUSÃO:

Constata-se que os idosos integrantes de um grupo de convivência, avaliados através do teste

Timed “Upand Go” (TUG), apresentaram menor risco de queda.

Referências Bibliográficas

1. PAULA ,Fátima de Lima; JUNIOR, Edmundo de Drummond Alves; PRATA, Hugo Teste

timed “upand go”: uma comparação entre valores obtidos em ambiente fechado e aberto.

Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 20, n. 4, p. 143-148, out./dez. 2007.

2. SOUTHARD, V et al. The multiple tasks test as a predictor of falls in older adults.

GaitPosture. ; 22:351-355, 2005.

Palavras-chaves: time up and go, idosos, risco de quedas

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47 - SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

Marcelo Emerim Brígido Oliveira, Mauro Godoy Nery , Andrius Endrigo Andrin, Ébano Sturm

Fernandes, Elisson Rafael Silva dos Santos, Gabriel Ferrari Alves, Gabriela dos Santos Saballa,

Henrique Castro, Ian Sulzbacher Peroni, Joel Lucas Maciel dos Santos, Ramon Magalhães

Mendonça Vilela, Tales Antunes Franzini, Tales Shinji Sawakuchi Minei, Tális Manoel Strack

Lima, Valberto Sanha, William Osamu Toda Kisaki

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ULBRA - Universidade

Luterana do Brasil, UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Síndrome da Dor Femoropatelar: Relato de Caso e Revisão da Literatura

Introdução: A dor femoropatelar é uma etiologia comum da dor anterior do joelho,

acometendo aproximadamente 25% das lesões que comprometem esta região. Muitas teorias

têm sido propostas para explicar a etiologia da dor femoropatelar. Estas incluem teorias

biomecânicas, musculares e de uso excessivo. Em geral, a literatura e a experiência clínica

sugerem que a etiologia da síndrome da dor patelofemoral é multifatorial. Objetivo: Descrever

um caso de síndrome da dor femoropatelar em paciente buscando tratamento fisioterápico.

Método: Realizou-se a descrição do caso, juntamente com uma revisão da literatura.

Resultados: Paciente homem, 39 anos, branco, procurou fisioterapia com queixa de dor na

região anterior do joelho. Relatou entorse de joelho há 1 ano, enquanto praticava jiu-jitsu. Na

época, tratou apenas com gelo, teve redução dos sintomas, mas sempre sentiu desconforto na

região. Quando procurou a fisioterapia, paciente relatou dor de intensidade 4 numa escala até

10. Durante o teste de marcha em velocidade 4 Km/h, o paciente apresentou no plano sagital

um padrão de pisada em antepé, marcha com tronco flexionado com anteriorização no apoio

terminal, presença de lordose transitória, flexão de quadril diminuída e flexão de joelho

diminuída, o que caracteriza estratégia de joelho com pobre absorção de impacto. Além disso,

no plano frontal apresentou inclinação contralateral de tronco normal, queda contralateral da

pelve acentuada, associado à varo do joelho. Na avaliação do step-down, apresentou

inclinação contralateral de tronco normal, queda contralateral da pelve normal e presença de

varo do joelho excessivo. Observou-se pronação normal do pé. Conclusões: Baseado nos

achados clínicos e cinemáticos, sugere-se um trabalho de analgesia no joelho, liberação

miofascial (ilio-psoas e tensor da fáscia-lata), estabilização segmentar da coluna lombar

(CORE), fortalecimento do complexo posterolateral do quadril (ênfase em glúteos médio e

máximo), evoluindo para treino sensório-motor. Com o alivio dos sintomas, sugere-se um

retreinamento de marcha com aumento da cadência e estratégia de quadril.

Palavras-chaves: Joelho, Síndrome da Dor Femoropatelar, Tratamento Fisioterápico

48 - TERAPIA MANUAL INTEGRADA E REEDUCAÇÃO FUNCIONAL DOS DISTÚRBIOS

TEMPOROMANDIBULARES DE ORIGEM MUSCULAR

Fernanda Pasini Berkenbrock, Suelen Barbosa da Silva Vergínio, Sarajane Cardoso Salvatti,

Willians Cassiano Longen

UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense

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Resumo

Introdução: Disfunção temporomandibular (DTM) é um termo coletivo que engloba vários

problemas clínicos envolvendo a musculatura da mastigação, as articulações

temporomandibulares (ATM) e áreas extrínsecas às articulações, reconhecida como a principal

causa de dor orofacial. Para que tal articulação funcione de forma adequada, a própria

articulação temporomandibular, a oclusão dental e o equilíbrio neuromuscular devem

relacionar-se harmonicamente. Tais alterações são caracterizadas principalmente por dor na

região temporomandibular ou nos músculos da mastigação, limitações ou desvios na

movimentação da mandíbula, e sons nas ATMs durante a função mandibular. A Terapia

Manual tem sido uma estratégia preconizada e utilizada para a abordagem dos DTM´s, sendo

que são claras as necessidades de aprofundamento no âmbito científico nesta seara. Objetivo:

Analisar os efeitos da Terapia Manual Integrada associada à reeducação funcional sobre a

sintomatologia e funcionalidade das DTM´s de origem muscular. Materiais e Métodos:

Pesquisa longitudinal, qualiquantitativa e descritiva, com acadêmicos de Fisioterapia, UNESC,

que apresentaram disfunções temporomandibulares de origem musculares sendo aplicado a

avaliação físico-funcional da ATM ao início e término do tratamento que se baseiam em

terapia manual integrada e reeducação funcional. Resultados: Os dados obtidos neste estudo

foram coletados no pré e pós intervenção fisioterapêutica, analisando-se em cada participante

a intensidade da dor através da Escala Visual Analógica (EVA) e através da palpação manual,

constatando que em relação a intensidade da dor das avaliadas, a média pré intervenção foi de

6,71 (± 1,50) passando para 3,00 (± 1,63) pós intervenção. Foram analisados também a

presença de hábitos parafuncionais, a funcionalidade da ATM, a evolução do nível da Máxima

Abertura Bucal (MAB), além da sintomatologia característica da DTM. Os resultados

demonstram que a terapia manual e a reeducação funcional têm influência significativa

(pConclusão: Os resultados deste estudo mostram importantes modificações na condição

sintomática e funcional abrangendo a ATM das pacientes envolvidas. A Terapia Manual como

recurso fisioterapêutico tem mostrado progressivo aumento de evidências de resultados

positivos, de forma a agir não apenas como recurso analgésico, mas também melhorando a

função e contribuindo para harmonia das estruturas do aparelho mastigatório.

Palavras-chaves: Disfunção Temporomandibular, Funcionalidade, Intervenção Fisioterapêutica,

Reeducação Funcional, Terapia Manual Integrada

49 - TESTES DE NORMALIZAÇÃO PARA ANÁLISE DA FORÇA ISOCINÉTICA EM JOGADORES DE

FUTEBOL PROFISSIONAL

Victoria Gomes e Silva Engelke, Nícolas Kickhofel Weisshahn, Aline Luana Ballico, Daniela

Estéfani, Inaihá Laureano Benincá, Alessandro Haupenthal

UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo

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Introdução: Estudos anteriores sugerem que a análise da força muscular avaliada com

isocinético deve ser normalizada pela massa corporal. Em contrapartida, outros estudos

apontam uma diferença no torque entre a posição do jogador no campo usando valores

brutos. Devido à existência de grande variação nas características físicas dos jogadores,

especula-se que resultados diferentes seriam encontrados se o procedimento de normalização

fosse realizado. Objetivo: Analisar o torque dos músculos extensores e flexores do joelho em

jogadores profissionais de futebol, comparando força bruta com força normalizada entre

diferentes posições do jogadores. Métodos: Participaram do estudo 179 jogadores

profissionais de futebol de diferentes posições: goleiro, zagueiro, meio-campo e atacante. O

pico de torque do joelho expresso em newton-metro (N.m) foi analisado e normalizado pela

massa corporal dos atletas e expresso em newton-metro por quilograma (N.m.kg-1). Os dados

foram analisados considerando membros dominantes e não dominantes. Resultados: Houve

diferença nos resultados para a análise com e sem normalização de dados. O torque dos dados

brutos mostrou uma desigualdade entre as posições, demonstrando por exemplo, que os

goleiros podem ser considerados mais fortes do que outras posições. No entanto, com a

normalização dos dados, não houve diferença entre as diferentes posições de campo. Com

base nos resultados do estudo, os valores de torque normalizados para os extensores de

joelho foram em torno de 3,2 ± 0,4 N.m.kg-1 e para os flexores de joelho 1,8 ± 0,3 N.m.kg-1.

Conclusão: A normalização do torque suprimiu a diferença entre as posições e, portanto, deve

ser um procedimento padrão nas comparações de força muscular entre as diferentes posições

do jogo.

Palavras-chaves: Teste isocinético, Análise de força, Normalização de torque

50 - TRATAMENTO DE RETARDO DE CONSOLIDAÇÃO, EM FRATURA DE DIÁFISE DE ÚMERO,

COM ESTIMULAÇÃO POR ULTRASSOM PULSADO: RELATOS DE CASOS

Ricardo Luís Salvaterra Guerra, Carlos Eduardo Pinfildi

UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas, UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo

Resumo

Background: A consolidação de uma fratura é um processo biológico de cicatrização, que

determina a reconstrução completa do tecido ósseo lesionado. O tempo para a conclusão

deste processo depende de alguns aspectos como o tratamento utilizado e fatores que

influenciam na evolução dos processos biológicos. Os recursos físicos, especialmente o

ultrassom terapêutico, são uma das opções não cirúrgicas, para a estimulação do processo de

consolidação óssea. Objective: Este trabalho consiste no relato de dois casos de fraturas de

úmero, com o objetivo observar a eficácia da aplicação de ultrassom, com equipamento

convencional de fisioterapia, no retardo da consolidação da fratura. Method: CASO 1 -

Paciente de 43 anos, sofreu queda jogando futebol no dia 27/12/2014, fazendo apoio sobre a

mão esquerda, ocasionando fratura da diáfise do úmero esquerdo, tratado cirurgicamente,

sem sinal de consolidação após 5 meses da cirurgia. CASO 2 - Paciente PJS, 42 anos, sofreu

queda da própria altura sob o braço esquerdo no dia 28/05/2012, ocasionando fratura da

diáfiso do úmero esquerdo, tratado conservadoramente, sem sinal de consolidação após 3

meses. Ambos receberam aplicações de ultrassom pulsado. Results: Após o início do

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tratamento, as fraturas evoluiram com consolidação total, avaliados por RX de forma

qualitativa, em 6 semanas no CASO 1 (19 sessões) e em 5 semanas no CASO 2 (15 sessões),

demonstrando bons resultados. Conclusion: O ultrassom terapêutico convencional promoveu

a estimulação da consolidação óssea, sinalizando que este recurso pode ser uma boa

alternativa não cirúrgica, em casos de fraturas não consolidadas.

Palavras-chaves: ultrassom terapêuticco, consolidação óssea, fratura, pseudoartrose

51 - TRATAMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS NA SÍNDROME DOLOROSA DO GRANDE

TROCANTER: REVISÃO SISTEMÁTICA

Samantha Souza de Almeida, Elenice Bissigo Boggio

IPA - Centro Universitário Metodista

Resumo

Introdução: A Síndrome Dolorosa do Grande Trocânter (SDGT) é definida como uma dor na

região lateral do quadril. Patologias como bursite trocantérica, lesões dos tendões glúteos

médio e mínimo e ressalto lateral da coxa, que nada mais é do que a fricção da fáscia lata com

o trocânter maior. Como tratamento as abordagens conservadoras geralmente são

recomendadas. Objetivo: O presente artigo de revisão tem como objetivo, identificar os

tratamentos fisioterapêuticos na SDGT Método: Para o desenvolvimento desse estudo, foi

realizada uma revisão sistemática de literatura, onde se buscou evidências do tratamento

fisioterapêutico na SDGT, utilizando como fonte de pesquisa as bases de dados Medline,

Pubmed e LILACS, no período de janeiro 2007 a julho de 2017. Os críterios de inclusão

utilizados foram ensaios clínicos randomizados, no qual ao menos um dos grupos fossem

tratados com técnicas fisioterapêuticas, tendo como alvo pessoas que apresentassem SDGT.

Resultados: Foram encontrados 303 artigos, sendo 302 excluídos por não atenderem os

critérios de inclusão e 1 estudo randomizado selecionado. Conclusão: A literatura apresenta

uma escassez de estudos relacionados ao tratamento fisioterapêutico na Síndrome Dolorosa

do Grande Trocânter. O tratamento que têm mostrado resultado satisfatório é o Dry Needling.

Assim mais estudos devem ser desenvolvidos, avaliados e considerados visando à

comprovação dos resultados na SDGT.

Palavras-chaves: Bursite, Tendinopatia, Quadril, Modalidades de Fisiterapia, Fisioterapia

52 - TRÍADE DA MULHER ATLETA: POSSÍVEIS FATORES DE RISCO EM EQUIPE DE FUTSAL

FEMININO UNIVERSITÁRIO.

Maycon Diego Figueredo, Egon Acelido Dörr Neto, Tiago André Auler

Feevale - Universidade Feevale

Resumo

INTRODUÇÃO: A presença e participação de mulheres na prática esportiva vêm aumentando

cada vez mais nas últimas décadas e com isso algumas especificidades do metabolismo

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feminino vêm chamando a atenção, dentre elas a tríade da mulher atleta (TMA). A tríade da

atleta é uma síndrome que ocorre em adolescentes e mulheres fisicamente ativas. Os seus

componentes inter-relacionados são baixa disponibilidade de energia com ou sem distúrbios

alimentares, disfunção menstrual e baixa densidade mineral óssea.

OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo é investigar os possíveis fatores encontrados em

atletas de futsal feminino universitário, que podem ter relação com a tríade da mulher atleta,

relacionando a auto percepção de hábitos e costumes de comportamento alimentar e

disfunção menstrual.

MÉTODOS: O presente estudo é do tipo descritivo transversal, realizado através de um

questionário anônimo com perguntas fechadas elaborado pelos autores foi aplicado com

auxílio do pesquisador (com intuito de esclarecer termos usados nas perguntas) em um único

dia antes do início do treinamento em quadra. O questionário investigava sobre dados

demográficos, questões sobre saúde geral, saúde específica da mulher e hábitos/costumes de

vida (percepção da atleta). A população estudada foi composta por quinze (n=15) atletas de

futsal universitário, com idade média de 23 anos (±3,44), peso médio de 66 quilos (±11,18) e

altura média de 1,62 (±0,05).

RESULTADOS: Ao total foram entrevistadas quinze (n=15) atletas sem perda amostral. Os

fatores mais relevantes encontrados na entrevista, foram em relação à auto percepção de

nutrição e hidratação, sendo 33,33% (n=5) considerando-as boa, 53,33% (n=8) considerando-

as regular e 13,33% (n=2) ruim. Os distúrbios menstruais, (sendo ele intervalo de fluxo

irregular) apresentou em 20% (n=3) da população.

CONCLUSÃO: Com base nas evidências disponíveis sobre a magnitude e a seriedade dos

problemas associados com a tríade da atleta, as atletas femininas geralmente apresentam um

ou mais fatores relacionados à tríade. Sendo assim, essa população necessita de uma triagem,

gerenciamento e implementação de avaliações pré-participação com a finalidade de garantir a

ideal condição de uma participante em atividades físicas, bem como o tratamento e

abordagem multidisciplinar para o acompanhamento adequado da atleta com um ou mais

sintomas da tríade da mulher. A informação e educação de pais, atletas e treinadores é

também um fator fundamental para o diagnóstico e conhecimento destes sintomas, sabendo-

se que muitas atletas costumam não mencionar ou até mesmo omitir fatos relacionados à

sexualidade e hábitos de vida. Necessita-se de mais estudos para entender essa população e

suas demandas específicas.

Palavras-chaves: Futsal, Tríade , Atleta, Fatores de Risco, Lesão

53 - USO DE SERIOUS GAMES PARA GANHO DA FORÇA DOS MÚSCULOS DO PUNHO PARA

RECUPERAÇÃO DA PREENSÃO PALMAR APÓS LESÃO NERVOSA PERIFÉRICA CRÔNICA:

ESTUDO DE CASO

Maria Júlia Oliveira Gracioli, Marco Aurélio Sertório Grecco, Luciane Fernanda Rodrigues

Martinho Fernandes

UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro

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Resumo

Introdução: As lesões nervosas periféricas ocorrem quando há interrupção da continuidade da

estrutura do nervo e resulta na perda de transmissão dos impulsos nervosos, levando a

limitação das atividades funcionais do individuo. A utilização de serial games ou vídeo games

vem sendo uma ferramenta promissora para o estímulo, adesão e incentivo na realização de

exercícios durante a reabilitação. Por ser um instrumento lúdico, permite uma maior interação

do paciente com o tratamento e proporciona diversos benefícios na recuperação funcional.

Sendo assim o objetivo deste trabalho é apresentar uma experiência com o uso de serious

games para ganho da força dos músculos do punho para recuperação da preensão palmar de

uma paciente com lesão nervosa periférica crônica. Metodologia: Participou do estudo uma

paciente de 47 anos, com história de lesão dos tendões flexores dos dedos, flexor ulnar do

carpo e nervo ulnar há cinco anos, tratada inicialmente com neurorrafia e após 1 ano foi feita a

neurólise. Evoluiu com déficit de flexão e extensão de punho e dedos, fraqueza em todo o

membro superior, mão com garra mediano ulnar, queixa de parestesia e ausência de

sensibilidade em todo o membro superior. Nos 2 exames de eletroneuromiografia o resultado

foi de comprometimento apenas do nervo ulnar. O RX da coluna cervical não apresentou

alterações e no exame de ressonância cervical foi detectado abaulamento discal em C5-C6 sem

sinais de comprometimento neural. Sem diagnóstico fechado para explicar a evolução do

quadro optou-se por investir na recuperação funcional. Foi realizado um treinamento por meio

do Kit E-link da marca Biometrics. As avaliações e as doze sessões de tratamento

fisioterapêutico foram realizadas no Laboratório de Biomecânica e Controle Motor da

Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Para o fortalecimento dos músculos do punho, o

acessório utilizado foi o Resistance Control Unit (RCU) e foram escolhidos 4 jogos, sendo um

jogo para cada movimento do punho (flexão e extensão) e antebraço (pronação e supinação).

Durante as sessões, a medida que a paciente ia recuperando a força, a resistência era

aumentada. Todas as sessões tinham duração de 45 minutos. Resultados: Na avaliação inicial,

os músculos flexores e extensores do punho apresentaram grau 0 de força avaliada por meio

da força manual. A preensão palmar foi mensurada por meio do dinamômetro eletrônico

Biometrics e o valor foi de 0,2kgs de força. No primeiro treinamento a paciente obteve os

seguintes resultados médios nos jogos: jogo 1 com 67%, jogo 2 com 71%, jogo 3 com 70% e

jogo 4 com 92%. Ao final das doze sessões, a força de extensores e flexores do punho atingiu

grau 3, a preensão palmar 0,6kgs de força e os resultados médios dos jogos foram: jogo 1 com

93%, jogo 2 com 83%, jogo 3 com 82% e jogo 4 com 100%. Conclusão: A paciente já havia

realizado diversos tratamentos fisioterapêuticos anteriormente, porém como apresentava

grau zero de força, o tratamento era baseado na cinesioterapia passiva. Essa proposta de

tratamento com o serious game proporcionou o estímulo a movimentação ativa e esse

resultado, mesmo que pequeno em relação aos valores, trouxe uma realização pessoal muito

grande para a paciente e permitiu com que ela realizasse atividades funcionais que não

realizava antes do tratamento. Fonte financiadora: FAPEMIG

Palavras-chaves: nervo ulnar, serious game, fisioterapia, preensão palmar, força muscular

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54 - PACIENTES PERSISTEM COM REDUÇÃO DE FUNCIONALIDADE APÓS ~6 MESES DE

ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL

Ian Sulzbacher Peroni Ian Sulzbacher Peroni, Camilla Da Silva Rohde Camilla Da Silva Rohde,

Mateus De Col Brazeiro Mateus De Col Brazeiro, Bruna De Moraes Lopes Bruna De Moraes

Lopes, Bruno Manfredini Baroni Bruno Manfredini Baroni, Marcelo Faria Silva Marcelo Faria

Silva

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumo

Introdução: a cirurgia de artroplastia total de quadril (ATQ) visa promover alívio dos sintomas

dolorosos, melhorar o déficit de imobilidade da articulação e a funcionalidade dos pacientes.

Apesar dos benefícios, evidências apontam para a persistência de alterações funcionais no

período pós-operatório. Objetivo: comparar o grau de funcionalidade de pacientes submetidos

à ATQ ao de um grupo controle. Métodos: foi realizado um estudo transversal de caráter

descritivo e comparativo, com 23 indivíduos (13 homens, 10 mulheres) em pós-operatório

tardio de ATQ e 23 (10 homens, 13 mulheres) indivíduos sem sinais e sintomas de dor no

quadril. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 925.402/14), os

pacientes foram avaliados, através do questionário Harris Hip Score (HHS) e teste Timed Up

and Go (TUG). Para tratamento estatístico dos dados, utilizou-se o programa estatístico SPSS

for Windows (versão 17.0), realizou-se o teste de Mann-Whitney na análise comparativa entre

grupos das características da amostra, avaliação do HHS e escores do TUG. Adotou-se um nível

de significância de 0.05. Resultados: o tempo médio, em meses, de pós-operatório do GATQ foi

de 6,52+1,44. A maioria dos pacientes do grupo ATQ foi submetido à cirurgia com abordagem

posterolateral (~70%) e prótese cimentada (~65%). A média de idade encontrada no GATQ

(62,91+6,69) e no GC (57,86+6,67), bem como o IMC do GATQ (31,18+5,83) e do GC

(27,05+3,48), apresentaram diferenças significativas (pO grupo ATQ mostrou grau de

funcionalidade significativamente menor (p=0.001) em comparação ao grupo controle, através

dos escores do HHS e do TUG. A média da pontuação do questionário HHS para o GATQ foi de

75,09+12,39, enquanto no GC foi de 99,19+1,52. A média de tempo para realização do teste

TUG, foi de 13,67+3,17 no grupo GATQ, e de 9,45+1,33 no GC. Conclusão: este estudo permite

concluir que pacientes submetidos à ATQ unilateral demonstram redução da capacidade

funcional quando comparados com um grupo controle, mesmo após um prolongado período

pós-operatório.

Palavras-chaves: artroplastia total de quadril, funcionalidade, osteoartrite

55 - EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO LOMPELVICA EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

PORTADORES DE DOR LOMBAR

Liége Martins da Silva, Laís da Rocha Silveira, Cledimara Blos , Larissa Ribeiro Jobim, Cândida

Daniela Pires , Queli Bernardes , Ana Paula Tavares , Patrícia Motta Ferreira , Rodrigo Boff

Daitx, Marcelo Baptista Döhnert

ULBRA TORRES - Universidade Luterana do Brasil

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Introdução: A Lombalgia ou Low Back Pain (LBP) constitui uma das queixas mais relatadas pela

população adulta gerando incapacidade, redução de funcionalidade e afastamento do

trabalho. O grupo profissional mais atingido é a enfermagem. A dor lombar entre os

enfermeiros se tornou um problema global, tendo até seis vezes mais chances de retorno

desta dor, quando comparado com outros profissionais da área da saúde. O local e as

condições de trabalho, assim como o tempo de descanso, também podem interferir na LBP.

Além disso, a falta de exercícios entre os enfermeiros é um grande fator de risco para

aumentar a dor lombar, fazendo com que haja fraqueza dos músculos e diminuição da

flexibilidade. Os exercícios do CORE visam fortalecer os músculos estabilizadores da coluna

como o transverso do abdômen e multifídos lombar promovendo ação postural terapêutica,

preventiva e otimizadora na função do aparelho locomotor. Objetivo: Avaliar a eficácia dos

exercícios de CORE em profissionais da enfermagem portadores de LBP inespecífica. Métodos:

estudo clínico randomizado duplo cego com 24 profissionais de enfermagem divididos em

grupo exercícios de estabilização (GEE) e grupo educação postural (GEP), cada qual com 12

profissionais. A intervenção com exercícios foi realizada duas vezes por semana durante cinco

semanas. Foram avaliados antes e após a intervenção o nível de dor (Escala Visual Analógica),

funcionalidade e qualidade de vida (Roland Morris Disability Questionnaire e Oswetry

Disability Index). O protocolo de exercícios de estabilização central (CORE) + orientações

educacionais foi aplicado duas vezes por semana durante cinco semanas, totalizando 10

sessões. O tempo total foi de 60 segundos para cada exercício, com duas séries de 60

segundos por exercício e 60 segundos de descanso entre cada série. O protocolo com

orientações educativas de cuidados ergonômicos para evitar dor lombar contou com

orientações de posturas em atividades laborais, domésticas e de vida diária. Resultados: O GI

reduziu de forma significativa o nível de dor da avaliação inicial para a final (pRoland Morris

Disability Questionnaire (RMDQ) da avaliação inicial para a final (pOswetry Disability Index e

aumentaram a pontuação do questionário SF-36 após a intervenção (pSide Bridge melhoraram

apenas no GI (pConclusão: Um programa de exercícios de estabilização lombopélvica se

mostrou efetivo na redução da dor e melhora da função de profissionais de enfermagem

portadores de LBP. As orientações posturais, por sua vez, se mostraram importantes como

coadjuvante associado ao programa de exercícios para a LBP.

Palavras-chaves: Lombalgia, Enfermeiros, Problemas , Exercícios

56 - CORRELAÇÃO ENTRE O DÉFICIT DE MEMBROS INFERIORES NA EXECUÇÃO DO SALTO

VERTICAL E A FORÇA MUSCULAR DE JOVENS SEDENTÁRIOS

Rayane Anhalt, Juliana Soares, Michele Saccol, Felipe Pereira, Évelin Vaz, Mateus Silveira,

Carlos Bolli

UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, FAMES - Faculdade Metodista de Santa Maria

Resumo

O sedentarismo é apontado como fator de risco considerável para doenças cardiovasculares,

cognitivas, obesidade, depressão e ansiedade principalmente a longo prazo. Saltos verticais

podem ser empregados para avaliar a capacidade motora (potência e coordenação) e o

desempenho físico de atletas e indivíduos sedentários. Um dos principais grupos musculares

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propulsores do salto vertical é o quadríceps, responsável por grande parte dos movimentos de

deslocamentos que realizamos diariamente. Em condições de fraqueza ou ativação

descoordenada destes músculos pode-se perceber déficits no desempenho funcional e

assimetria entre MMII resultando em baixo condicionamento físico e maior propensão ao

desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas crônicas. Sendo assim, o objetivo do presente

estudo foi avaliar o déficit entre membros no salto vertical Squat Jump (SJ) e força de

extensores de joelho em indivíduos jovens sedentários. A amostra foi composta por 67

homens sedentários (18±0,42 anos, 69,42±10,86 kg, 1,71±0,06 metros). O estudo foi aprovado

pelo Comitê de Ética da Instituição (CAAE:26928514.6.0000.5346). O SJ foi realizado sobre

duas plataformas de força (AMTI OR6-62000), com frequência de aquisição de 1000Hz. Para

execução do SJ as mãos foram posicionadas sobre as cristas ilíacas o avaliador sinalizava para o

indivíduos agachar-se a 90°, mantendo a posição por 3 segundos e então saltar o mais alto que

pudesse, com os joelhos estendidos na fase de voo, aterrissando novamente sobre as

plataformas. Para avaliação da força dos extensores do foi utilizada a dinamometria manual

digital (Microfet 2, West Jordan, UT, USA), onde os indivíduos eram posicionados sentados à

beira da maca em flexão de joelho (90º) e as mãos junto ao tronco, então era solicitada a

extensão de joelho em contração isométrica contra resistência dada pelo dinamômetro preso

ao um cinto. Foram realizados 3 testes de força isométrica dos membros dominante (D) e não

dominante (ND) durante 5 segundos. A média das tentativas foi normalizada pela massa

corporal do sujeito e foi utilizado o teste de correlação de Pearson para checar a associação

entre as variáveis (assimetria do pico de propulsão, do pico de aterrissagem, e do tempo de

voo), . Os resultados demonstraram correlação significativa e direta (p= 0,032; r=0,262)

apenas entre a assimetria de tempo de voo e a força de extensão do MID, quanto maior a

assimetria no tempo de vôo maior era força de extensores do MID, a força de extensores do

MIND não se correlacionou na assimetria de tempo de voo. Pode-se concluir que a força do

MID influenciou diretamente na assimetria do tempo de voo.

Palavras-chaves: adulto jovem, estilo de vida sedentário, força muscular, prevenção e controle

57 - PROPRIEDADES DE MEDIDA DO TESTE DE FLEXÃO CRÂNIOCERVICAL: DADOS

PRELIMINARES DE UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Francisco Xavier Araujo, Giovanni Esteves Ferreira, Maurício Scholl Schell Maurício Scholl

Schell, Marcelo Peduzzi de Castro Marcelo Peduzzi de Castro, Rosicler da Rosa Almeida Rosicler

da Rosa Almeida, Marcelo Faria Silva Marcelo Faria Silva, Daniel Cury Ribeiro Daniel Cury

Ribeiro

UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde, UniRitter - Centro Universitário Ritter dos

Reis, OTAGO - University of Otago, University of Sydney - University of Sydney, LaBClin -

LaBClin

Resumo

Introdução: A dor cervical é a principal causa de anos vividos com incapacidade em todo o

mundo, e é responsável por um grande impacto econômico e social. A ativação alterada dos

músculos flexores cervicais profundos (MFCP) é um comprometimento comum apresentado

por pacientes com dor cervical crônica. Uma das formas de avaliação destes músculos é

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através do teste de flexão craniocervical (TFCC) com unidade de biofeedback de pressão (UBP).

Idealmente, as propriedades de medida de um instrumento ou teste (por exemplo,

confiabilidade, validade e responsividade) devem ser avaliadas antes da sua implementação

completa na prática clínica. Mais de uma década se passou desde a última revisão sistemática

sobre o tema, desde então, muitos estudos surgiram e novas ferramentas para avaliação da

qualidade metodológica de estudos clinimétricos foram criadas. Portanto, é plausível que

novas evidências surjam de uma revisão sistemática atualizada sobre o tema.

Objetivo: Revisar sistematicamente a literatura sobre as propriedades de medida do TFCC com

UBP para avaliação dos MFCP.

Metodologia: Esta Revisão Sistemática teve seu protocolo publicada em um periódico revisado

em pares e atualmente encontra-se em fase de análise e síntese dos dados que já foram

extraídos. Seguindo as recomendações do PRISMA Statement, foram consultadas as bases de

dados MEDLINE (via PubMed), EMBASE, PEDro, Cochrane Central Register of Controlled Trials,

Scopus e Science Direct. Estudos de qualquer delineamento que tivessem investigado ou

relatado ao menos uma propriedades de medida (confiabilidade, validade ou responsividade)

foram incluídos. Dois revisores avaliarão independentemente o risco de viés dos estudos

usando os padrões baseados no consenso COSMIN. Uma síntese narrativa estruturada será

usada para análise de dados. Os resultados quantitativos para cada propriedade de medida

serão sintetizados, se possível, em uma meta-análise. A classificação geral para uma

propriedade de medida será classificada como "positiva", "indeterminada" ou "negativa". A

avaliação geral será acompanhada de um nível de evidência (forte, moderado, limitado,

conflitante, desconhecido). O estudo apenas concluiu a fase de extração de dados, após

concluída a análise do risco de descaracterização da amostra e avaliação da qualidade da

evidência, será possível fazer uma síntese quantitativa e qualitativa dos dados.

Resultados: Foram encontrados 673 artigos na busca inicial. Desses, 12 satisfizeram os critérios

de inclusão. O número total de participantes incluídos nos estudos foi de 527 indivíduos

assintomáticos, pacientes com dor cervical crônica, Lesão em Chicote, e Cefaleia

Cervicogênica. A idade média da amostra foi de 37 anos com desvio padrão de 8,7. Dez artigos

avaliaram a confiabilidade do teste CCFT, 4 avaliaram a sua validade e apenas um avaliou a

propriedade de responsividade do teste. As propriedades clinimétricas nem sempre eram

avaliadas como objetivo principal do estudo, sendo que apenas 7 estudos foram desenhados

com este propósito.

Conclusões: Os dados apresentados são preliminares, pois a revisão encontra-se em

andamento. Contudo, uma vez que, exista apenas um estudo na atual literatura que se

proponha a avaliar a responsividade do TFCC, já é possível apontar que há um desbalanço na

quantidade de estudos envolvendo as diferentes propriedades clinimétricas do CCFT na

presente literatura. Aponta-se assim uma necessidade de melhor se estudar essas

características.

Palavras-chaves: Biofeedback, Clinimetria, Cervical, Flexão Crâniocervical, Propriedades de

Medida

Dor Crônica, Epidemiologia, Inquéritos Demográficos, População

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Palavras-chaves: amplitude de movimento, cortisol, kinesio taping, reabilitação profissional,

terapia ocupacional