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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC ANDERSON DELFINO CRISTIAN ARNALDO FALLER RAFAEL DA CUNHA ZIMMER ENSAIO DE TRAÇÃO

Tração

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Ensaio de Tração

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC

ANDERSON DELFINO

CRISTIAN ARNALDO FALLER

RAFAEL DA CUNHA ZIMMER

ENSAIO DE TRAÇÃO

CRICIÚMA

2015

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ANDERSON DELFINO

CRISTIAN ARNALDO FALLER

RAFAEL DA CUNHA ZIMMER

ENSAIO DE TRAÇÃO

Relatório apresentado à disciplina de

Materias de Engenharia II, da 4ª fase do

curso de Engenharia Mecânica, ministrada

pelo prof. Msc. Paulo Roberto Paes da

Silva.

CRICIÚMA

2015

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1 INTRODUÇÃO

O ensaio de tração é um dos ensaios mais realizados na engenharia dos

materiais, pois através de um processo relativamente simples, consegue-se obter

propriedades importantes do material do qual é feito o corpo de prova.

Propriedades como a tensão de escoamento do material estudado assim

como o modulo de elasticidade e o limite de resistência do material.

Neste relatório estarão detalhados ensaios realizados com corpos de prova

de Aço SAE 1020 e Alumínio.

1.1 OBJETIVOS

Verificar os valores da tensão de escoamento do material, o modulo de

elasticidade e a tração limite de resistência do mesmo.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O ensaio de tração é um dos ensaios mais utilizados da engenharia dos

materiais por sua praticidade e grande amplitude de resultados obtidos com o

mesmo. Os principais dados obtidos pelo ensaio de tração são: limite de resistência

à tração, tensão de escoamento e módulo de elasticidade.

2.1 LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO

Em um sistema tensão-deformação, o limite de resistência à tração é a tensão

no ponto máximo do diagrama tensão-deformação para engenharia. Este é o valor

máximo de tensão que o material consegue suportar até ser rompido, ou seja, caso

esta tensão seja aplicada e mantida, o material será rompido.

2.2 TENSÃO DE ESCOAMENTO

A tensão de escoamento é o valor de tensão no qual o material perde o

comportamento elástico e adquire o comportamento plástico. Isso significa que toda

deformação apresentada pelo material em valores de tensão acima da tensão de

escoamento será permanente e irreversível.

Para aços, geralmente o valor da tensão de escoamento não é facilmente

observável em apenas um ponto, nesse caso usa-se o limite de escoamento inferior

como o valor da tensão de escoamento.

2.3 MÓDULO DE ELASTICIDADE

Durante a fase elástica do diagrama tensão-deformação, o valor da

deformação acompanha o valor de tensão linearmente através da relação:

Sendo σ o valor de tensão, E o módulo de elasticidade e ε a deformação.

O módulo de elasticidade ou módulo de Young é a inclinação da reta da fase

elástica do diagrama tensão-deformação, que indica o quanto o material deforma.

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Se o módulo de Young for um valor alto, o material é muito rígido e deforma pouco.

Se o módulo de Young for um valor baixo, o material é pouco rígido e possui muita

deformação.

2.4 CORPOS DE PROVA

A norma ASTM E8/E8M atribui valores para as dimensões dos corpos de

prova para ensaios de tração O corpo de prova utilizado no ensaio possuía diâmetro

inicial de (10,25±0,05)mm e (50,00±0,05)mm na zona de concordância como ilustra

a figura a seguir.

Figura 1. Corpo de prova padrão

No ensaio de tração realizado foram utilizados 4 corpos de prova, dos quais 2

eram de aço SAE 1020 e os demais eram de Alumínio 6160.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização do ensaio de tração utilizou-se os materiais e métodos

descritos abaixo.

3.1 MAQUINÁRIO UTILIZADO

O equipamento utilizado para a realização dos ensaios foi a Máquina de

Ensaio universal EMIC DL10000. Os Sistemas de Ensaios da EMIC funcionam da

seguinte maneira: o equipamento principal é a Máquina Universal, sua

instrumentação pode ser facilmente acoplada à outras estruturas físicas tanto na

parte de controle quanto na parte de medição, no caso desse trabalho, foi usado

uma célula de carga de 10 toneladas para medir a força aplicada na amostra, e um

extensômetro para realizar a medição da deformação.

3.2 PROCEDIMENTO DE ENSAIO

Após os corpos de provas serem usinados para chegar nas especificações

desejadas, os mesmos separadamente foram identificados e medidos com auxílio de

um paquímetro não digital para coleta de dados (erro de 0.05mm). Cada corpo de

prova foi fixado nas garras da máquina de ensaio por suas extremidades.

Para iniciar o ensaio, foi necessário que se insiram alguns valores no

Software da Máquina de ensaio, referentes às dimensões do corpo de prova. Após

estes passos, pode-se dar inicio ao ensaio de tração, onde a máquina aplica uma

força de tração no corpo de prova fazendo com que o mesmo se rompa.

Automaticamente a máquina de ensaio universal nos fornece os valores de tensão-

deformação.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a coleta de dados de cada corpo de prova, foram realizadas análises de

cada ensaio e determinadas as propriedades desejadas de cada material, além de

seu comportamento para esforços de tração.

4.1 ALUMÍNIO

Os resultados obtidos com os corpos de prova de alumínio estão descritos a

baixo.

Para o corpo de prova 1 de alumínio o valor da tensão de escoamento foi de

360MPa, enquanto que o limite de resistência do mesmo foi de 362MPa e seu

percentual de alongamento foi de 15,88%.

Para o corpo de prova 2 de alumínio o valor da tensão de escoamento foi de

213MPa, enquanto que o limite de resistência 305MPa e seu percentual de

alongamento foi de 20,24%.

Deformação (%)0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16

Tens

ão (

MP

a)

0

50

100

150

200

250

300

350

400Curva Tensão x Deformação - Alumínio 1

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Deformação (%)0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25

Tens

ão (

MP

a)

0

50

100

150

200

250

300

350Curva Tensão x Deformação - Alumínio 2

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4.2 AÇO SAE 1020

Para o corpo de prova 1 do aço o valor obtido para a sua tensão de

escoamento foi de 302MPa, enquanto que o limite de resistência foi de 424MPa e o

seu percentual de alongamento foi de 34,80%.

Para o corpo de prova 2 do aço o valor obtido para sua tensão de

escoamento foi de 313MPa, enquanto que o limite de resistência foi 425MPa e seu p

Deformação(%)

0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4

Tra

ção(

MP

a)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450Curva Tensão x Deformação-Aço 1

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Deformação (%)0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35

Tens

ão(M

Pa)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450Curva Tensão x Deformação-Aço 2

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do estudo para o desenvolvimento do trabalho, percebeu-se a

importância do ensaio de tração na engenharia, pois as propriedades obtidas

através do mesmo possibilitam o dimensionamento de projetos mecânicos e

estáticos.

A partir dos dados obtidos verificou-se que o aço 2 foi que apresentou o maior

limite de resistência, enquanto que o alumínio 1 foi o que apresentou o menor

alongamento. O alumínio demonstrou fratura dúctil e o aço por sua vez fratura dúctil-

fragil e também apresentou banda de Luders.

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REFERÊNCIAS

CALLISTER JÚNIOR, William D. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. 705 p.

Norma ASTM E8/E8M. 2015. Standard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials.