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calor
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Transferncia de
Calor CONDUO DE CALOR EM REGIME TRANSIENTE
Mtodo da Capacitncia
Global
Temperatura inicial do metal Ti.
Temperatura do fluido - T.
Mtodo da Capacitncia
Global
A essncia do mtodo da capacitncia global a hiptese de
que a temperatura em um slido uniforme no espao, em
qualquer instante durante o processo transiente.
Essa hiptese implica que gradientes de temperatura no interior
do slido sejam desprezveis.
Trata-se que um condio impossvel.
Mtodo da Capacitncia
Global
Entretanto, se a resistncia conduo no interior do slido for
pequena em relao a transferncia de calor entre o slido e a
vizinhana, podemos assumir que tal condio ocorra.
Mtodo da Capacitncia
Global
Definindo a diferena de temperaturas:
e reconhecendo que (d/dt) = (dT/dt), se T for uma constante, segue-se que
Mtodo da Capacitncia
Global
Separando as variveis e integrando a partir da condio inicial, na
qual t= 0 e T(0) = Ti, obtemos, ento,
Na qual:
Efetuando-se as integraes, segue-se que
A equao 5.5 pode ser usada para determinar o tempo necessrio
para o slido alcanar uma determinada temperatura T.
Mtodo da Capacitncia
Global
A integrao de
Pode ser expressa ainda na forma de:
Neste caso a equao 5.6 pode ser utilizada no clculo da temperatura
alcanada no slido em algum tempo t.
Mtodo da Capacitncia
Global
A grandeza pode ser interpretada como uma constante de
tempo trmica representada por:
onde Rt a resistncia trmica transferncia de calor por conveco
e Ct chamada de capacitncia trmica global do slido.
Mtodo da Capacitncia
Global Os resultados anteriores indicam que a diferena entre as temperaturas
do solido e do fluido deve diminuir exponencialmente para zero
medida que o tempo, t, se aproxima de infinito.
Comportamento que mostrado na figura abaixo:
Figura 5.2: Resposta transiente da temperatura de slidos com capacitncias globais para
diferentes constantes de tempo trmicas t
Mtodo da Capacitncia
Global Para determinar o total da energia transferida Q at algum instante de
tempo t, simplesmente escrevemos
Substituindo a expresso para , Equao 5.6, e integrando, obtemos
A grandeza Q est, relacionada mudana na energia interna do
slido.
Validade do Mtodo da
Capacitncia Global
O mtodo da capacitncia global certamente o mais simples e
conveniente que pode ser utilizado na soluo de problemas transientes
de aquecimento e de resfriamento.
Porem deve-se determinar sob quais condies ele pode ser
empregado com preciso satisfatria.
Validade do Mtodo da
Capacitncia Global
Efeito do nmero de Biot na distribuio de temperaturas, em regime
estacionrio, em uma parede plana com conveco na superfcie.
Validade do Mtodo da
Capacitncia Global
Para condies de regime estacionrio o balano de energia :
O rearranjo dessa equao resulta em:
A grandeza (hL/k) que aparece na equao 5.9 um parmetro
adimensional. Ele chamado de numero de Biot.
Validade do Mtodo da
Capacitncia Global
O nmero de Biot fornece a medida da queda de temperatura no
slido em relao a queda de temperaturas entre a superfcie e o
fluido.
Particularmente, se Bi
Validade do Mtodo da
Capacitncia Global
Figura 5.4; Distribuies de temperaturas transientes para nmeros de Biot diferentes em uma parede resfriada por conveco
Validade do Mtodo da
Capacitncia Global
Devido a sua simplicidade o mtodo da capacitncia global pode ser
utilizado na soluo de problemas que envolvam o aquecimento ou
resfriamento.
Nestes casos, porm a primeira providncia a ser tomada calcular o
nmero de Biot. Se a seguinte condio for satisfeita
o erro associado utilizao do mtodo da capacitncia global
pequeno.
Sendo Lc= V/As, o expoente da equao 5.6 pode ser representado por:
Ou
Na qual,
conhecido como nmero de Fourier. Ele representa um tempo
adimensional que, com o nmero de Biot, caracteriza problemas de
conduo transiente.
Validade do Mtodo da
Capacitncia Global
Substituindo a equao 5.11 na equao 5., obtemos
Validade do Mtodo da
Capacitncia Global
Exemplo
Uma junta de termopar, que pode ser aproximada de uma esfera,
usada para medir a temperatura de uma corrente gasosa. O
coeficiente convectivo entre a superfcie da junta e o gs igual a h=
400 W/(m2.k) e as propriedades termofsicas da junta so k= 20 W/(m.k),
c= 400 J/(kg.k) e = 8500 kg/m3. Determine o dimetro que a junta deve ter para que o termopar tenha uma constante de tempo de 1 s. Se a
junta est a 25 C e encontra-se posicionada em uma corrente de gs a
200C, quanto tempo ser necessrio para a junta alcanar 199 c?
Exemplo
Consideraes:
Temperatura da junta uniforme a todo instante.
Troca de calor por radiao com a vizinhana desprezvel.
Perdas por conduo atravs dos terminais so desprezveis.
Propriedades constantes.
Anlise Geral do Mtodo da
Capacitncia Global
A figura 5.5 mostra a situao geral na qual as condies trmicas no
interior de um slido podem se influenciadas simultaneamente pela
conveco, pela radiao pela aplicao de um fluxo em sua
superfcie e pela gerao interna de energia.
Anlise Geral do Mtodo da
Capacitncia Global O fluxo trmico imposto q e as transferncias de calor por
conveco/radiao ocorrem em regies da superfcie exclusivas, As(a)
e As(c,r), respectivamente, e as transferncias de calor por conveco e
por radiao so presumidas saindo da superfcie.
Anlise Geral do Mtodo da
Capacitncia Global
Somente radiao
Se no houver imposio de fluxo trmico ou de gerao de, e a
conveco tambm no estiver presente (vcuo) ou seja desprezvel
em relao radiao, a equao 5.15 se reduz a
Separando variveis e integrando da condio inicial at algum tempo
t, tem-se que:
Somente radiao
Efetuando-se as integrais e rearranjando o resultado, o tempo
necessrio para alcanar a temperatura T se torna:
Essa equao no pode ser usada para determinar T de forma explicita
em funo de t, Ti e Tviz , nem tampouco simplificada para o resultado
limite quanto Tviz= 0.
Analise Geral do Mtodo da
Capacitncia Global
Somente radiao
Contudo, retornando equao 5.17, sua soluo para Tviz= 0, fornece
Analise Geral do Mtodo da
Capacitncia Global
Efeitos espaciais
Com frequncia surgem situaes nas quais o numero de Biot
no pequeno o suficiente.
O uso do mtodo da capacitncia global forneceria resultados
incorretos, assim abordagens alternativas devem ser utilizadas.
De forma geral, os problemas de conduo transiente so
descritos pela equao do calor (2.19; 2.26; 2.29).
A soluo dessas equaes fornecem a variao da
temperatura em funo do tempo e coordenadas espaciais.
Efeitos espaciais
Em muitos casos a descrio da distribuio interna de
temperaturas pode ser feita com apenas uma coordenada espacial.
Sem gerao interna de energia e com a hiptese de
condutividade trmica constante, a equao 2.19 (parede plana) se reduz a
Efeitos espaciais
Para resolver a equao 5.26, necessrio especificar uma
condio inicial e duas de contorno.
Tipicamente, para um problema de conduo transiente a
condio inicial
Enquanto isso, as condies de contorno so:
e
Efeitos espaciais
Dessa forma, a distribuio de temperaturas em funo do
tempo e posio funo de diversos parmetros fsicos, em particular:
Podemos separar as variveis relevantes em grupos. Isso nos
permite adimensionalisaras equaes.
Por exemplo:
Se a diferenas de temperaturas = T T for dividida pela mxima diferena de temperaturas possvel i = Ti T, uma forma adimensional da varivel dependente pode ser definida por.
Efeitos espaciais
Dessa forma, a distribuio de temperaturas em funo do tempo e posio
funo de diversos parmetros fsicos, em particular:
Podemos separar as variveis relevantes em grupos. Isso nos permite
adimensionalisaras equaes.
Por exemplo: Se a diferenas de temperaturas = T T for dividida pela
mxima diferena de temperaturas possvel i = Ti T, uma forma
adimensional da varivel dependente pode ser definida como
Efeitos espaciais
Consequentemente, * deve estar no intervalo 0 * 1.
Tambm podemos definir uma coordenada espacial adimensional
conforme a expresso:
Na qual L a metade da espessura da parede plana. Um tempo
adimensional pode ser definido pela expresso:
Um tempo adimensional (t* ) nada mais que o nmero de Fourier.
Parede Plana com Conveco
Solues exatas para problemas de conduo podem ser
obtidas para transiente a soluo para distribuio de temperaturas adimensional, equao
Parede Plana com Conveco
Soluo exata
Seja a parede plana com espessura 2L, mostrada abaixo.
Se a espessura for muito pequena quando comparada largura e
altura, razovel supor que a conduo ocorra exclusivamente na
direo x.
Figura 5.6: Sistema unidimensional com temperatura uniforme submetido (abruptamente) a condies convectivas.
Parede Plana com Conveco
Soluo exata
Como as condies convectivas nas superfcies em x*= 1 so as
mesmas, a distribuio de temperaturas em qualquer instante tem
que ser simtrica em relao ao plano central (x*= 0).
Uma soluo exata para esse problema foi elaborada por
SCHNEIDER, 1957:
Na qual Fo= t/L2, o coeficiente Cn
Parede Plana com Conveco
Soluo exata
Os valores de n (l-se: zeta) e Cn so funo do nmero de Biot
(hL/k, parede plana, e hr0/k, cilindro e espera).
Alguns valores so apresentados na tabela abaixo:
Coeficientes usados na aproximao pelo primeiro termo para solues em srie na conduo transiente unidimensional
Parede Plana com Conveco
Soluo aproximada
Situaes onde o nmero de Fourier, Fo > 0,2, a soluo da
equao 5.39a pode ser aproximada pelo primeiro termo da
srie, n= 1. Utilizando essa aproximao, a forma adimensional
da distribuio de temperaturas se transforma em
ou
Onde *= (T0 T)/(Ti T) representa a temperatura
adimensional no plano central (x*= 0).
Parede Plana com Conveco
Transferncia total de energia
Em muitas situaes til saber a energia total que deixou (ou
entrou) a parede at um dado tempo t em um processo transiente.
A exigncia da conservao de energia, pode ser aplicada no
intervalo de tempo delimitado pela condio inicial (t = 0) e por
qualquer tempo t > 0
Parede Plana com Conveco
Transferncia total de energia
Igualando a quantidade de energia transferida a partir da parede Q
a Esai e estabelecendo que Eent= 0 e Eacu= E(t) E(0), segue-se que
ou
Temos tambm que a quantidade mxima de transferncia de
energia que poderia ocorrer se o processo de estendesse at t=
Parede Plana com Conveco
Transferncia total de energia
Supondo propriedades constantes, a razo entre a quantidade de
total de energia transferida a partir da parede ao longo do intervalo
de tempo t e a transferncia mxima possvel
Utilizando a soluo aproximada da distribuio de temperaturas
para a parede plana (equao 5. 40b), a equao 5.45, resulta em
Exemplo
Considere um oleoduto de ao (AISI 1010) que tem 1 m de dimetro e
uma espessura de parede de 40 mm. O oleoduto muito bem isolado
pelo seu lado externo, e, antes do inicio do escoamento do fluido, suas
paredes se encontram a uma temperatura uniforme de -20 C. Com o
inicio do escoamento, o leo quente a 60 C bombeado atravs do
oleoduto, gerando na superfcie interna do duto condies convectivas
correspondentes a um h= 500 W/(m2.K)
Exemplo
Pergunta-se:
1. Quais so os nmeros de Biot e Fourier aps 8 min.?
2. Em t= 8 min., qual a temperatura na superfcie externa do duto
coberta pelo isolamento?
3. Qual o fluxo trmico q (W/m2) do leo para o duto em t= 8 min.?
4. Qual a quantidade total de energia, por metro linear do oleoduto,
que foi transferida do leo para o tudo em t= 8 min.?