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Transferência de Calor CONDUÇÃO DE CALOR EM REGIME TRANSIENTE

Transferencia de Calor 3

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calor

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  • Transferncia de

    Calor CONDUO DE CALOR EM REGIME TRANSIENTE

  • Mtodo da Capacitncia

    Global

    Temperatura inicial do metal Ti.

    Temperatura do fluido - T.

  • Mtodo da Capacitncia

    Global

    A essncia do mtodo da capacitncia global a hiptese de

    que a temperatura em um slido uniforme no espao, em

    qualquer instante durante o processo transiente.

    Essa hiptese implica que gradientes de temperatura no interior

    do slido sejam desprezveis.

    Trata-se que um condio impossvel.

  • Mtodo da Capacitncia

    Global

    Entretanto, se a resistncia conduo no interior do slido for

    pequena em relao a transferncia de calor entre o slido e a

    vizinhana, podemos assumir que tal condio ocorra.

  • Mtodo da Capacitncia

    Global

    Definindo a diferena de temperaturas:

    e reconhecendo que (d/dt) = (dT/dt), se T for uma constante, segue-se que

  • Mtodo da Capacitncia

    Global

    Separando as variveis e integrando a partir da condio inicial, na

    qual t= 0 e T(0) = Ti, obtemos, ento,

    Na qual:

    Efetuando-se as integraes, segue-se que

    A equao 5.5 pode ser usada para determinar o tempo necessrio

    para o slido alcanar uma determinada temperatura T.

  • Mtodo da Capacitncia

    Global

    A integrao de

    Pode ser expressa ainda na forma de:

    Neste caso a equao 5.6 pode ser utilizada no clculo da temperatura

    alcanada no slido em algum tempo t.

  • Mtodo da Capacitncia

    Global

    A grandeza pode ser interpretada como uma constante de

    tempo trmica representada por:

    onde Rt a resistncia trmica transferncia de calor por conveco

    e Ct chamada de capacitncia trmica global do slido.

  • Mtodo da Capacitncia

    Global Os resultados anteriores indicam que a diferena entre as temperaturas

    do solido e do fluido deve diminuir exponencialmente para zero

    medida que o tempo, t, se aproxima de infinito.

    Comportamento que mostrado na figura abaixo:

    Figura 5.2: Resposta transiente da temperatura de slidos com capacitncias globais para

    diferentes constantes de tempo trmicas t

  • Mtodo da Capacitncia

    Global Para determinar o total da energia transferida Q at algum instante de

    tempo t, simplesmente escrevemos

    Substituindo a expresso para , Equao 5.6, e integrando, obtemos

    A grandeza Q est, relacionada mudana na energia interna do

    slido.

  • Validade do Mtodo da

    Capacitncia Global

    O mtodo da capacitncia global certamente o mais simples e

    conveniente que pode ser utilizado na soluo de problemas transientes

    de aquecimento e de resfriamento.

    Porem deve-se determinar sob quais condies ele pode ser

    empregado com preciso satisfatria.

  • Validade do Mtodo da

    Capacitncia Global

    Efeito do nmero de Biot na distribuio de temperaturas, em regime

    estacionrio, em uma parede plana com conveco na superfcie.

  • Validade do Mtodo da

    Capacitncia Global

    Para condies de regime estacionrio o balano de energia :

    O rearranjo dessa equao resulta em:

    A grandeza (hL/k) que aparece na equao 5.9 um parmetro

    adimensional. Ele chamado de numero de Biot.

  • Validade do Mtodo da

    Capacitncia Global

    O nmero de Biot fornece a medida da queda de temperatura no

    slido em relao a queda de temperaturas entre a superfcie e o

    fluido.

    Particularmente, se Bi

  • Validade do Mtodo da

    Capacitncia Global

    Figura 5.4; Distribuies de temperaturas transientes para nmeros de Biot diferentes em uma parede resfriada por conveco

  • Validade do Mtodo da

    Capacitncia Global

    Devido a sua simplicidade o mtodo da capacitncia global pode ser

    utilizado na soluo de problemas que envolvam o aquecimento ou

    resfriamento.

    Nestes casos, porm a primeira providncia a ser tomada calcular o

    nmero de Biot. Se a seguinte condio for satisfeita

    o erro associado utilizao do mtodo da capacitncia global

    pequeno.

  • Sendo Lc= V/As, o expoente da equao 5.6 pode ser representado por:

    Ou

    Na qual,

    conhecido como nmero de Fourier. Ele representa um tempo

    adimensional que, com o nmero de Biot, caracteriza problemas de

    conduo transiente.

    Validade do Mtodo da

    Capacitncia Global

  • Substituindo a equao 5.11 na equao 5., obtemos

    Validade do Mtodo da

    Capacitncia Global

  • Exemplo

    Uma junta de termopar, que pode ser aproximada de uma esfera,

    usada para medir a temperatura de uma corrente gasosa. O

    coeficiente convectivo entre a superfcie da junta e o gs igual a h=

    400 W/(m2.k) e as propriedades termofsicas da junta so k= 20 W/(m.k),

    c= 400 J/(kg.k) e = 8500 kg/m3. Determine o dimetro que a junta deve ter para que o termopar tenha uma constante de tempo de 1 s. Se a

    junta est a 25 C e encontra-se posicionada em uma corrente de gs a

    200C, quanto tempo ser necessrio para a junta alcanar 199 c?

  • Exemplo

    Consideraes:

    Temperatura da junta uniforme a todo instante.

    Troca de calor por radiao com a vizinhana desprezvel.

    Perdas por conduo atravs dos terminais so desprezveis.

    Propriedades constantes.

  • Anlise Geral do Mtodo da

    Capacitncia Global

    A figura 5.5 mostra a situao geral na qual as condies trmicas no

    interior de um slido podem se influenciadas simultaneamente pela

    conveco, pela radiao pela aplicao de um fluxo em sua

    superfcie e pela gerao interna de energia.

  • Anlise Geral do Mtodo da

    Capacitncia Global O fluxo trmico imposto q e as transferncias de calor por

    conveco/radiao ocorrem em regies da superfcie exclusivas, As(a)

    e As(c,r), respectivamente, e as transferncias de calor por conveco e

    por radiao so presumidas saindo da superfcie.

  • Anlise Geral do Mtodo da

    Capacitncia Global

    Somente radiao

    Se no houver imposio de fluxo trmico ou de gerao de, e a

    conveco tambm no estiver presente (vcuo) ou seja desprezvel

    em relao radiao, a equao 5.15 se reduz a

    Separando variveis e integrando da condio inicial at algum tempo

    t, tem-se que:

  • Somente radiao

    Efetuando-se as integrais e rearranjando o resultado, o tempo

    necessrio para alcanar a temperatura T se torna:

    Essa equao no pode ser usada para determinar T de forma explicita

    em funo de t, Ti e Tviz , nem tampouco simplificada para o resultado

    limite quanto Tviz= 0.

    Analise Geral do Mtodo da

    Capacitncia Global

  • Somente radiao

    Contudo, retornando equao 5.17, sua soluo para Tviz= 0, fornece

    Analise Geral do Mtodo da

    Capacitncia Global

  • Efeitos espaciais

    Com frequncia surgem situaes nas quais o numero de Biot

    no pequeno o suficiente.

    O uso do mtodo da capacitncia global forneceria resultados

    incorretos, assim abordagens alternativas devem ser utilizadas.

    De forma geral, os problemas de conduo transiente so

    descritos pela equao do calor (2.19; 2.26; 2.29).

    A soluo dessas equaes fornecem a variao da

    temperatura em funo do tempo e coordenadas espaciais.

  • Efeitos espaciais

    Em muitos casos a descrio da distribuio interna de

    temperaturas pode ser feita com apenas uma coordenada espacial.

    Sem gerao interna de energia e com a hiptese de

    condutividade trmica constante, a equao 2.19 (parede plana) se reduz a

  • Efeitos espaciais

    Para resolver a equao 5.26, necessrio especificar uma

    condio inicial e duas de contorno.

    Tipicamente, para um problema de conduo transiente a

    condio inicial

    Enquanto isso, as condies de contorno so:

    e

  • Efeitos espaciais

    Dessa forma, a distribuio de temperaturas em funo do

    tempo e posio funo de diversos parmetros fsicos, em particular:

    Podemos separar as variveis relevantes em grupos. Isso nos

    permite adimensionalisaras equaes.

    Por exemplo:

    Se a diferenas de temperaturas = T T for dividida pela mxima diferena de temperaturas possvel i = Ti T, uma forma adimensional da varivel dependente pode ser definida por.

  • Efeitos espaciais

    Dessa forma, a distribuio de temperaturas em funo do tempo e posio

    funo de diversos parmetros fsicos, em particular:

    Podemos separar as variveis relevantes em grupos. Isso nos permite

    adimensionalisaras equaes.

    Por exemplo: Se a diferenas de temperaturas = T T for dividida pela

    mxima diferena de temperaturas possvel i = Ti T, uma forma

    adimensional da varivel dependente pode ser definida como

  • Efeitos espaciais

    Consequentemente, * deve estar no intervalo 0 * 1.

    Tambm podemos definir uma coordenada espacial adimensional

    conforme a expresso:

    Na qual L a metade da espessura da parede plana. Um tempo

    adimensional pode ser definido pela expresso:

    Um tempo adimensional (t* ) nada mais que o nmero de Fourier.

  • Parede Plana com Conveco

    Solues exatas para problemas de conduo podem ser

    obtidas para transiente a soluo para distribuio de temperaturas adimensional, equao

  • Parede Plana com Conveco

    Soluo exata

    Seja a parede plana com espessura 2L, mostrada abaixo.

    Se a espessura for muito pequena quando comparada largura e

    altura, razovel supor que a conduo ocorra exclusivamente na

    direo x.

    Figura 5.6: Sistema unidimensional com temperatura uniforme submetido (abruptamente) a condies convectivas.

  • Parede Plana com Conveco

    Soluo exata

    Como as condies convectivas nas superfcies em x*= 1 so as

    mesmas, a distribuio de temperaturas em qualquer instante tem

    que ser simtrica em relao ao plano central (x*= 0).

    Uma soluo exata para esse problema foi elaborada por

    SCHNEIDER, 1957:

    Na qual Fo= t/L2, o coeficiente Cn

  • Parede Plana com Conveco

    Soluo exata

    Os valores de n (l-se: zeta) e Cn so funo do nmero de Biot

    (hL/k, parede plana, e hr0/k, cilindro e espera).

    Alguns valores so apresentados na tabela abaixo:

    Coeficientes usados na aproximao pelo primeiro termo para solues em srie na conduo transiente unidimensional

  • Parede Plana com Conveco

    Soluo aproximada

    Situaes onde o nmero de Fourier, Fo > 0,2, a soluo da

    equao 5.39a pode ser aproximada pelo primeiro termo da

    srie, n= 1. Utilizando essa aproximao, a forma adimensional

    da distribuio de temperaturas se transforma em

    ou

    Onde *= (T0 T)/(Ti T) representa a temperatura

    adimensional no plano central (x*= 0).

  • Parede Plana com Conveco

    Transferncia total de energia

    Em muitas situaes til saber a energia total que deixou (ou

    entrou) a parede at um dado tempo t em um processo transiente.

    A exigncia da conservao de energia, pode ser aplicada no

    intervalo de tempo delimitado pela condio inicial (t = 0) e por

    qualquer tempo t > 0

  • Parede Plana com Conveco

    Transferncia total de energia

    Igualando a quantidade de energia transferida a partir da parede Q

    a Esai e estabelecendo que Eent= 0 e Eacu= E(t) E(0), segue-se que

    ou

    Temos tambm que a quantidade mxima de transferncia de

    energia que poderia ocorrer se o processo de estendesse at t=

  • Parede Plana com Conveco

    Transferncia total de energia

    Supondo propriedades constantes, a razo entre a quantidade de

    total de energia transferida a partir da parede ao longo do intervalo

    de tempo t e a transferncia mxima possvel

    Utilizando a soluo aproximada da distribuio de temperaturas

    para a parede plana (equao 5. 40b), a equao 5.45, resulta em

  • Exemplo

    Considere um oleoduto de ao (AISI 1010) que tem 1 m de dimetro e

    uma espessura de parede de 40 mm. O oleoduto muito bem isolado

    pelo seu lado externo, e, antes do inicio do escoamento do fluido, suas

    paredes se encontram a uma temperatura uniforme de -20 C. Com o

    inicio do escoamento, o leo quente a 60 C bombeado atravs do

    oleoduto, gerando na superfcie interna do duto condies convectivas

    correspondentes a um h= 500 W/(m2.K)

  • Exemplo

    Pergunta-se:

    1. Quais so os nmeros de Biot e Fourier aps 8 min.?

    2. Em t= 8 min., qual a temperatura na superfcie externa do duto

    coberta pelo isolamento?

    3. Qual o fluxo trmico q (W/m2) do leo para o duto em t= 8 min.?

    4. Qual a quantidade total de energia, por metro linear do oleoduto,

    que foi transferida do leo para o tudo em t= 8 min.?