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TRANSMISSÃO COLINÉRGICA Mestrado em Inovação Biofarmacêutica – Farmacologia Básica Mestrado em Inovação Biofarmacêutica – Farmacologia Básica Cristiano Cota Bandeira Cristiano Cota Bandeira 03 de junho de 2011 03 de junho de 2011 Universidade Federal De Minas Gerais Instituto de Ciências Biológicas

Transmissão Colinérgica

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Apresentação feita para a diciplina de farmacologia básica da UFMG

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TRANSMISSÃO COLINÉRGICAMestrado em Inovação Biofarmacêutica – Farmacologia Básica Mestrado em Inovação Biofarmacêutica – Farmacologia Básica Cristiano Cota Bandeira Cristiano Cota Bandeira 03 de junho de 201103 de junho de 2011

Universidade Federal De Minas GeraisInstituto de Ciências Biológicas

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Ações Muscarínicas e Nicotínicas da Acetilcolina - Breve Histórico

• A ação farmacológica da acetilcolina surgiu de trabalhos com as glândulas supra-renais

Pressão ArterialExtratos (contendo adrenalina)Supra-renal

Fonte: http://www.mmi.mcgill.ca/mmimediasampler2002/ e Rang & Dale 6ªed

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Ações Muscarínicas e Nicotínicas da Acetilcolina - Breve Histórico

• 1900 – Estudo de Reid Hunt

Fonte: http://www.mmi.mcgill.ca/mmimediasampler2002/ e Rang & Dale 6ªed

Pressão Arterial

Extratos

(adrenalina)Supra-renal

Hunt, atribui essa queda de pressão a presença da COLINA. E mais tarde ele mesmo conclui que essa ação seria de um derivado mais potente.

Colina

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Ações Muscarínicas e Nicotínicas da Acetilcolina - Breve Histórico

• Hunt e Taveau descobrem que a Acetilcolina tem uma ação redutora da pressão arterial cerca de 100.000 x mais potente que a COLINA.

• Em 1914, Dale, ao injetar muscarina (pricípio ativo do cogumelo Amanita muscarina) em animais reproduzia os memos efeitos da Ach. Alem disso, esses efeitos eram bloqueados com pequenas doses de Atropina. Após esse bloqueio dos efeitos muscarínicos, doses maiores da Ach produziram efeitos semelhantes a nicotina.

• Após analisar essas ações, Dale distinguiu dois tipos de atividade: muscarínica e nicotínica

Fonte: Rang & Dale 6ªed http://t2.ftcdn.net/jpg/00/16/88/53/400_F_16885318_vxdQnataJCuRCRqsEAmqnxUj1suTSJjD.jpg

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Ações Muscarínicas e Nicotínicas da Acetilcolina - Breve Histórico

• Content

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Ações Muscarínicas e Nicotínicas da Acetilcolina - Breve Histórico

• As ações nicotínicas correspondem às ações da Ach sobre os gânglios autônomos do sistema simpático e parasimpático, sobre a placa terminal do músculo voluntário e sobre as células secretoras da medula supra-renal .

Fonte: Rang & Dale 6ªed

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O Sistema Nervoso Periférico

• Sistema Nervoso autônomo: Simpático, Parasimpático e entérico

• Nervos eferentes somáticos, que inervam os músculos esqueléticos

• Nervos aferentes somáticos e viscerais

Fonte: Rang & Dale 6ªed

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O Sistema Nervoso Periférico

• Content

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O Sistema Nervoso Periférico

Fonte: Farmacologia Ilustrada 3 ed Richard D. Howland e Mary J. Mycek

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O Sistema Nervoso Periférico

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Receptores da Acetilcolina

• Nicotínicos

• Muscarínicos

Fonte: Rang & Dale 6ªed

Fonte : http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol37/n2/imgs/74_figura3.gif

Fonte:www.lookfordiagnosis.com

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Receptores da Acetilcolina: NICOTÍNICOS

• São divididos em 3 classes Principais:

– Musculares ( junção neuromuscular esquelética)– Ganglionares (gânglios simpáticos e parasimpáticos)– SNC (espalhados pelo cérebro)

Fonte: Rang & Dale 6ªed

Fonte : http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol37/n2/imgs/74_figura3.gif

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Receptores da Acetilcolina: NICOTÍNICOS

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Receptores da Acetilcolina: NICOTÍNICOS

Fonte: Rang & Dale 6ªed

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Receptores da Acetilcolina: Muscarínicos

• São receptores acoplados a proteína G e são conhecidos cinco subtipos moleculares - M1 a M5:

– M1, M3 e M5 ( acoplam-se a proteína Gq)

– M2, M4 ( acoplam-se a proteína Gi)

Fonte: Rang & Dale 6ªed

Proteína Gq IP3

Proteína GiAMPc

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Receptores da Acetilcolina: MUSCARÍNICOS

Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/rpc/v37n2/a07fig03.gif

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Receptores da Acetilcolina: MUSCARÍNICOS

Fonte: Rang & Dale 6ªed

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Fisiologia da Transmissão Colinérgica

Fonte: Fisiologia Médica –Ganong 18ed

•Síntese e Catabolismo da acetilcolina

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Fisiologia da Transmissão Colinérgica

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Agonistas Colinérgicos

Fonte: Farmacologia Ilustrada 3 ed Richard D. Howland e Mary J. Mycek

•Agonistas muscarínicos

- São chamados de parasimpatomiméticos.

-Mimetizam os efeitos da Ach ligando-se diretamente nos receptores.

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Agonistas Colinérgicos - Efeitos

Fonte: Farmacologia Ilustrada 3 ed Richard D. Howland e Mary J. Mycek

•Efeitos Cardiovasculares: diminuição da frequencia e do débito cardíaco e vasodilatação generalizada, produzindo queda da pressão.

•Efeitos sobre o músculo liso: Contração e aumento do peristaltismo gastrointestinal. Brônquios e bexiga também contraem.•Efeitos sobre secressões sudoríparas, lacrimal, salivar e brônquica: Provocam estimulação de glândulas exócrinas.•Efeitos sobre o olho: Contração do musculo ciliar que relaxa a tensão sobre o ligamento permitindo que o cristalino fique mais abaulado e que sua distância focal fique reduzida.(reflexo parassinpático)

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Antagonistas Colinérgicos

Fonte: Farmacologia Ilustrada 3 ed Richard D. Howland e Mary J. Mycek

•Antagonistas muscarínicos

- São chamados de parasimpatolíticos.

-Geralmente contêm grupos éster e básicos na mesma proporção da Ach, porém apresentam grupamento aromático no lugar do Acetil.

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Antagonistas Colinérgicos

Fonte: Bruneton, Pharmacognosy

Atropa belladonna

Datura stramonium

PILOCARPINA

ESCOPOLAMINA

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Antagonistas Colinérgicos - Efeitos

Fonte: Farmacologia Ilustrada 3 ed Richard D. Howland e Mary J. Mycek

•Inibição de secreções: inibição baixa das glândulas lacrimais, salivares brôquicas e sudoríparas, deixando pele e boca seca.

•Efeitos sobre a frequencia cardíaca: Taquicardia moderada e em doses baixas, pode causar bradicardia paradoxal (Atropina)•Efeitos sobre o olho: Dilatação da pupila (midríase) e não responde a luz, cicloplegia que torna a visão comprometida de perto.•Efeitos sobre o trato gastrointestinal: Inibição da motilidade gastrointestinal

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Antagonistas Colinérgicos - Efeitos

Fonte: Farmacologia Ilustrada 3 ed Richard D. Howland e Mary J. Mycek

•Efeitos sobre outros musculos lisos Provoca o relaxamento da musculatura lisa da ávore bronquica e dos tratos biliar e urinário.

•Efeitos sobre o SNC: A atropina produz principalmente efeitos excitatórios no SNC.Em doses baixas, causa leve inquietação. Em doses altas provocam agitação e desorientação.

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Farmacos Estimulantes Gânglionares

•Afetam tanto receptores nicotínicos ganglionares quanto receptores da placa motora terminal.•Nicotina, lobelina e o dimetilfenilpiperazínio (DMPP) afetam prncipalmente gânglios

Fonte: Rang & Dale 6ªed e Goodman & Gilman, 10ed

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Farmacos Bloqueadores Gânglionares

•Toxina Botulínica e hemicolínico: Interfere na liberação de Ach.•Causam despolarização prolongada.

•Hexametônio, o trimetafano e a tubocurarina são alguns exemplos•Principais efeitos: hipotensão e perda de reflexos, inibição de secreções, paralisia gastrointestinal e comprometimento da micção.

Fonte: Rang & Dale 6ªed

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Farmacos Bloqueadores Neuromusculares

•São capazes de bloquear a transmissão neuromuscular ou pré-sinaptica, inibido a síntese de Ach, ou pós-sináptica.•Bloqueadores neuromusculares não despolarizantes: agem bloqueando a Ach

•Bloqueadores neuromusculares despolarizantes: são agonistas da Ach

Fonte: Rang & Dale 6ªed

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Bloqueadores neuromusculares não despolarizantes

Goodman & Gilman, 10ed

“Atuam como antagonistas competitivos dos receptores da Ach situados na placa terminal”

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Bloqueadores neuromusculares não despolarizantes

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Bloqueadores neuromusculares despolarizantes

Goodman & Gilman, 10ed

“Agem como agonistas nos receptores da placa terminal motora. Difundem lentamente até a placa e permanecem tempo suficiente para que a despolarização cause perda da excitabilidade elétrica”

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Colinesterase e Farmacos Anticolinesterásicos

•São Farmacos que inibem a AchE e a BuChE.-Anticolinesterásicos de ação curta: compostos de quaternário de amônio que se liga apenas ao sítio aniônico da enzima.Ex: edrofônio

-Anticolinesterásicos de ação média: compostos de quaternário de amônio se ligam a enzima. O sítio carbamilado promove uma recuperação lenta da enzima .Ex: neostigmina, piridostigmina e a fisiostigmina.

-Anticolinesterásicos irreversíveis:compostos de fósforo pentavalente que contém um grupo lábil como o fluoreto(no diflos), ou um grupo orgânico (paration e no ecotiopato) . Esse grupo é liberado, deixando foforilado o grupo hidrox da serina da enzima.

Fonte: Rang & Dale 6ªed

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Colinesterase e Farmacos Anticolinesterásicos

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OBRIGADO