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CASO CLÍNICO Sexo masculino, 78 anos, com história de cólica renal direita recorrente com litíase obstrutiva cerca de 16 mm de diâmetro ao nível da junção piélo-uretérica direita e com dois cálculos não obstrutivos, com respetivamente 10 e 15 mm de diâmetro, no grupo calicial médio direito. As tentativas de colocação de stent ureteral ou uretero-renoscopia rígida e fléxivel foram infrutíferas, pela tortuosidade do ureter e pela aderência do cálculo a nível da junção. TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO EM LITÍASE RENAL MÚLTIPLA EM LITÍASE RENAL MÚLTIPLA - NOVA TÉCNICA DE “STONE-FREE” - NOVA TÉCNICA DE “STONE-FREE” INTRODUÇÃO O programa de Cirurgia Laparoscópica iniciou-se no Serviço de Urologia do Hospital de São José, durante o ano de 2006, onde se realizavam cerca de 6-8 intervenções por ano. No início de 2011 a Laparoscopia deu um grande salto, em quantidade e qualidade, e atualmente realizam-se cerca de 2 a 3 cirurgia laparoscópicas por semana. As indicações para cirurgia laparoscópica têm-se alargado e atualmente realiza-se praticamente toda a cirurgia urológica por via laparoscópica. O tratamento da litíase renal pode passar por uma abordagem laparoscópica , sendo o principal objetivo do tratamento: “Stone-Free”. Este objetivo pode ser difícil de atingir e muitas vezes implica várias intervenções cirúrgicas. Os autores ilustram neste vídeo uma técnica complexa mas simples, que permite através de uma abordagem laparoscópica e no mesmo ato cirúrgico, obter um tratamento “Stone-Free” de litíase renal múltipla unilateral. CONCLUSÕES - Acreditamos que qualquer cirurgia aberta seja realizável por via laparoscópica desde que se utilize a técnica e instrumentação adequadas. - Esta técnica permite num só ato cirúrgico, em doentes selecionados, o completo tratamento – “Stone- Free” - de litíase renal múltipla unilateral. Galego P.*; Ferronha F.*; Campos Pinheiro L.*; Barros F.*; Calais da SIlva F.M.*; Pina. J*; Vaz Santos V.* Serviço de Urologia, CHL - Zona Central, Hospital de São José Director do Serviço: Dr. Vaz Santos PIELOLITOTOMIA POR VIA LAPAROSCÓPICA + LITOTRICIA COM LASER POR CISTOSCÓPIO FLEXÍVEL PELO TROCAR Após insuflação peritoneal com agulha de Veresse e colocação de 4 portas, isolou-se o ureter e bacinete ao nível do obstáculo após rebater o cólon (via transperitoneal). Procedeu-se a incisão no bacinete, a nível da junção piélo-uretérica, e extraiu-se o cálculo obstrutivo da junção. Por um dos trocars, inseriu-se o cistoscópio flexível direcionado ao bacinete, e procedeu-se à exploração dos grupos caliciais pelo mesmo. Identificou-se os outros dois cálculos no grupo calicial médio e procedeu-se à litotrícia com laser dos mesmos, pelo cistoscópio, com remoção completa dos fragmentos - “Stone-Free”. Procedeu-se depois à colocação de um stent ureteral. Colocou-se um cateter ureteral por um dos trocars, direcionado até à junção, que permitiu inserir o fio guia dentro do ureter até à bexiga. Seguidamente deslizou-se o stent ureteral pelo guia até correta posição. Encerrou-se o bacinete e deixou-se um dreno. Cirurgia decorreu sem complicações e doente teve alta 2 dias após. Um mês depois, removeu stent e teve alta clinica.

TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO EM LITÍASE RENAL MÚLTIPLA - Nova técnica de “Stone-Free”

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TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO EM LITÍASE RENAL MÚLTIPLA - Nova técnica de “Stone-Free”. Galego P. *; Ferronha F.*; Campos Pinheiro L.*; Barros F.*; Calais da SIlva F.M.*; Pina. J*; Vaz Santos V.* Serviço de Urologia, CHL - Zona Central, Hospital de São José - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO  EM LITÍASE RENAL MÚLTIPLA - Nova técnica de “Stone-Free”

CASO CLÍNICO• Sexo masculino, 78 anos, com história de cólica renal direita recorrente com litíase obstrutiva cerca de 16 mm de

diâmetro ao nível da junção piélo-uretérica direita e com dois cálculos não obstrutivos, com respetivamente 10 e 15 mm de diâmetro, no grupo calicial médio direito. As tentativas de colocação de stent ureteral ou uretero-renoscopia rígida e fléxivel foram infrutíferas, pela tortuosidade do ureter e pela aderência do cálculo a nível da junção.

TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO EM LITÍASE RENAL MÚLTIPLAEM LITÍASE RENAL MÚLTIPLA

- NOVA TÉCNICA DE “STONE-FREE”- NOVA TÉCNICA DE “STONE-FREE”

INTRODUÇÃO O programa de Cirurgia Laparoscópica iniciou-se no Serviço de Urologia do Hospital de São José, durante o ano de 2006, onde se realizavam cerca

de 6-8 intervenções por ano. No início de 2011 a Laparoscopia deu um grande salto, em quantidade e qualidade, e atualmente realizam-se cerca de 2 a 3 cirurgia laparoscópicas por semana. As indicações para cirurgia laparoscópica têm-se alargado e atualmente realiza-se praticamente toda a cirurgia urológica por via laparoscópica.

O tratamento da litíase renal pode passar por uma abordagem laparoscópica, sendo o principal objetivo do tratamento: “Stone-Free”. Este objetivo pode ser difícil de atingir e muitas vezes implica várias intervenções cirúrgicas. Os autores ilustram neste vídeo uma técnica complexa mas simples, que permite através de uma abordagem laparoscópica e no mesmo ato cirúrgico, obter um tratamento “Stone-Free” de litíase renal múltipla unilateral.

CONCLUSÕES - Acreditamos que qualquer cirurgia aberta seja realizável por via laparoscópica desde que se utilize a técnica e

instrumentação adequadas. - Esta técnica permite num só ato cirúrgico, em doentes selecionados, o completo tratamento – “Stone-Free” - de

litíase renal múltipla unilateral.

Galego P.*; Ferronha F.*; Campos Pinheiro L.*; Barros F.*; Calais da SIlva F.M.*; Pina. J*; Vaz Santos V.*Serviço de Urologia, CHL - Zona Central, Hospital de São José

Director do Serviço: Dr. Vaz Santos

PIELOLITOTOMIA POR VIA LAPAROSCÓPICA + LITOTRICIA COM LASER POR CISTOSCÓPIO FLEXÍVEL PELO TROCAR• Após insuflação peritoneal com agulha de Veresse e colocação de 4 portas, isolou-se o ureter e bacinete ao nível do

obstáculo após rebater o cólon (via transperitoneal).

• Procedeu-se a incisão no bacinete, a nível da junção piélo-uretérica, e extraiu-se o cálculo obstrutivo da junção.

• Por um dos trocars, inseriu-se o cistoscópio flexível direcionado ao bacinete, e procedeu-se à exploração dos grupos caliciais pelo mesmo. Identificou-se os outros dois cálculos no grupo calicial médio e procedeu-se à litotrícia com laser dos mesmos, pelo cistoscópio, com remoção completa dos fragmentos - “Stone-Free”.

• Procedeu-se depois à colocação de um stent ureteral. Colocou-se um cateter ureteral por um dos trocars, direcionado até à junção, que permitiu inserir o fio guia dentro do ureter até à bexiga. Seguidamente deslizou-se o stent ureteral pelo guia até correta posição. Encerrou-se o bacinete e deixou-se um dreno.

• Cirurgia decorreu sem complicações e doente teve alta 2 dias após. Um mês depois, removeu stent e teve alta clinica.