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Treinamento para o Guia de M&V – 1.1 Apostila Parte 1 – Revisão de M&V 1.1 – Apresentação e a questão da M&V Revisão Motivo da Revisão Data 0 Emissão inicial 05/04/2014 1 Comentários ANEEL treinamento piloto 24/04/2014

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Treinamento para o Guia de M&V – 1.1

Apostila

Parte 1 – Revisão de M&V

1.1 – Apresentação e a questão da M&V

Revisão Motivo da Revisão Data 0 Emissão inicial 05/04/2014 1 Comentários ANEEL treinamento piloto 24/04/2014

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1 INTRODUÇÃO

Esta apostila visa orientar o treinamento no Guia de M&V do PEE. O objetivo do Guia é pa-dronizar as ações de M&V para as ações de eficiência energética mais comuns, de modo que os resultados obtidos nas diversas distribuidoras e regiões do país possam ser soma-dos, constituindo-se em um poderoso banco de dados sobre o uso das instalações e resul-tados obtidos pelas ações de eficiência energética.

Espera-se que o estudo deste banco de dados possa resultar em:

• elaboração de índices de consumo e eficiência

• redução dos esforços de M&V em cada projeto• ferramenta de planejamento energético• outros estudos que venham a propiciar mais eficiência energética.

O treinamento é composto de uma revisão nos conceitos de M&V, baseados no PIMVP (E-VO, 2012) e no Módulo 8 do PROPEE (ANEEL, 2013), seguido de exercícios práticos com as planilhas elaboradas.

Esta apostila contém os diapositivos utilizados no treinamento, seguidos de breves comentá-rios, como os que serão feitos durante a apresentação. Contém também uma orientação para execução dos exercícios práticos com as planilhas do Guia.

2 APRESENTAÇÃO

Os treinamentos deverão ocorrer segundo programação a ser definida pela ANEEL.

TREINAMENTO – GUIA DEM&V DO PEEAgenor Gomes Pinto GarciaANEELBrasília, 13 a 15 de maio de 2014

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APRESENTAÇÃO

Agenor Gomes Pinto Garcia

Engenheiro eletricista (UFBA)

Mestre e doutor em Planejamento

Energético (UFRJ)

Indústria (1974 – 1997), ESCOs (1997 –

2006), EPE (2006 – 2007), universidade,

consultoria, treinamento em M&V

2

Apresentação do instrutor do curso, certificado pela EVO como instrutor nível 3.

PARTICIPANTES

FormaçãoExperiência profissional

Eficiência energética

M&V

AEEs (ações de eficiência energética) que gostaria de discutirExpectativas

3

Apresentação dos participantes do curso, experiência e expectativas.

AGENDA

1ª parte: Revisão dos conceitos de M&V

A questão da M&VTerminologia

A M&V no PEEExemplos práticosEstatística da M&V

2ª parte: Planilhas do GuiaIluminação em baixa rendaRefrigeração em baixa rendaCondicionamento ambiental

Avaliação 4

Esta é a agenda do curso. A primeira parte visa revisar os conceitos de M&V e a segunda

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treinar o preenchimento das planilhas. A avaliação servirá para o aperfeiçoamento do pro-cesso.

PROGRAMAÇÃO

5

Revisão de M&VPl

anilh

as d

o G

uia

Avaliação

ApresentaçãoA questão da

M&V

Terminologia

Exemplos

Estatística

Iluminação BR

Refrigeração BR

Ar condicionado

1 - M

1 - T

2 - M2 - T

3 - M

3 - T

O diagrama da programação do treinamento, com os três dias divididos em manhã e tarde ao centro. O segundo nível tem a previsão dos tópicos e o terceiro os dois temas principais: revisão de M&V e planilhas. Foram escolhidas três planilhas das sete elaboradas, que de-vem cobrir todos os aspectos abordados.

3 A QUESTÃO DA M&V

A QUESTÃO DA M&V

6

=Eficiência

energética

O slide apresenta a ideia básica da M&V. Trocou-se um aparelho de ar condicionado – para calcular a energia economizada não se pode comparar diretamente os dois consumos, que podem ter acontecido em diferentes situações: dias mais ou menos quentes, ambientes mais ou menos ocupados, etc. A solução é ver como varia a energia antes da troca, o que a faz variar e estabelecer um modelo matemático que permita calcular a energia para um da-do conjunto de valores das variáveis independentes escolhidas, um “fantasma” do aparelho antigo. Depois da troca, medindo-se o que fazia variar a energia (as variáveis independen-tes), o fantasma dirá quanto seria o consumo. Subtraindo-se a energia verdadeiramente consumida, tem-se a economia de energia.

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NOÇÃO BÁSICA DA M&V

Consumo da linha de base + ajustes

Energia medida

Economia de energia

250.000

500.000

750.000

1.000.000

Ener

gia

Período da linha de base Período de determinação da economia

AEE

7

Este gráfico mostra a situação quantitativamente. Representa a energia medida em uma determinada instalação, onde houve a implementação de uma ação de eficiência energética – AEE. A questão da M&V é: quanta energia se economizou? Como a variação da energia é grande, esta não é uma pergunta simples. O axioma da M&V é dizer que a economia de energia é a energia utilizada depois da implementação subtraída da energia que se teria consumido sem a AEE. Para tanto, antes da implementação é necessário construir-se um modelo (matemático) do uso da energia (em vermelho), correlacionando a energia com as variáveis (clima, ocupação, produção, etc.) que a fazem variar. Este modelo constitui-se as-sim em um “fantasma” da instalação, permitindo, após a AEE, estimar-se quanta energia teria sido gasta nas novas condições de funcionamento (o que é feito introduzindo-se os novos valores das variáveis no modelo).

OBJETIVOS DA M&V

1. Justificação para pagamentos2. Redução dos custos de transação3. Aumentar o financiamento para projetos de

eficiência4. Melhorar o projeto, o funcionamento e

manutenção da instalação5. Explicar os desvios do orçamento de energia6. Apoiar a avaliação de programas de

eficiência7. Mostrar aos usuários o impacto que causam

no consumo de energia8. Melhorar a pontuação em sistemas de

certificação em sustentabilidade, como o LEED (Leadership in Energy & EnvironmentalDesign).

8

1.2

Muitos não percebem a utilidade da M&V, acham que seria melhor empregar o dinheiro gas-to em mais eficiência energética. Porém a M&V, além de permitir a execução de contratos de performance, onde se paga pela energia economizada (portanto, devendo ser medida com exatidão), permite a confiança de outros atores no processo, como financiadores, ge-rentes financeiros e, é claro, executores de programas de eficiência energética como o PEE, além dos outros benefícios apontados no diapositivo.

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HISTÓRICO DA M&V

Anos 70s – choques do petróleoAnos 80s – indústria de ESCos(Energy Service Companies)

contratos de performanceenergética - CPEs

Anos 90s – padronização de protocolos – DoEAnos 2000s – EVO – EfficiencyValuation Organization e o PIMVP – Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance

9

A eficiência energética nasce com os choques do petróleo. Nos anos 80s, vem a ideia de vender a economia de energia, o que exige a sua correta avaliação. O desenvolvimento da ideia mostra a vantagem de um protocolo que reduza os custos de transação e garanta a adequação das práticas de M&V. O Departamento de Energia dos EUA banca a sua elabo-ração. Alguns anos depois, já consolidado o protocolo, o deixa a cargo de uma entidade privada – nomeada mais tarde de EVO – que faz a sua gestão e o treinamento de profissio-nais na sua aplicação até hoje, no mundo inteiro.

O PIMVP

10

 

Protocolo Internacional de Medição e Verificação

de Performance

 

Conceitos e Opções para a Determinação de Economias de Energia e de Água 

Volume 1 

 

 

 

Preparado pela Efficiency Valuation Organization 

(Organização para a Avaliação de Eficiência) 

www.evo-world.org 

 

 

 

 

Janeiro de 2012

http://www.evo-world.org/

Como a eficiência energética não é medida diretamente, há que se estabelecer um modo de fazê-lo que seja acreditado e praticado por todos. O PIMVP vem desempenhando este papel no mundo inteiro há quase vinte anos.

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O PIMVP

Não apresenta medidas prescritivasDefine terminologia (conceitos) e estrutura para realizar M&VDefine conteúdo para Plano e Relatórios de M&VPermite flexibilidade

11

 

Protocolo Internacional de Medição e Verificação

de Performance

Conceitos e Opções para a Determinação de Economias de Energia e de Água

Volume 1

Preparado pela Efficiency Valuation Organization

(Organização para a Avaliação de Eficiência)

www.evo-world.org 

 

 

 

Janeiro de 2012

Embora o PIMVP não possua medidas prescritivas de como fazer a M&V em tal ou qual si-tuação, estabelece uma estrutura e terminologia que permitem sua aplicação em cada caso específico. Em cada situação, o profissional deve usar sua criatividade e conhecimento para estabelecer o plano adequado e calcular a economia obtida.

LINHA DO TEMPO

Ano Evento

2005 Obrigação de avaliação de M&V em todos os projetos segundo o PIMPV

2008 -2011

Elaboração do estudo da ICF, PUC-Rio e Jordão (acompanhamento UNIFEI) para o Instituto ABRADEE com critérios mínimos de M&V para o PEE

2013 Publicação do PROPEE com o Módulo 8 –Medição e Verificação e do Guia de M&V

2014 Revisão do Guia de M&V (com apêndices)

201?Estudos de longo prazo das ações do PEE, com definição de índices de consumo e de resultados de ações

12

O PEE, visando aumentar a credibilidade dos seus resultados e impactos, vem ao longo do tempo, aperfeiçoando os requisitos de M&V.

Já em 2002 eram previstas atividades de M&V nos projetos, porém sem maiores requisitos. A Resolução Normativa 176/2005 que aprovou o Manual Para Elaboração do Programa de Eficiência Energética Ciclo 2005/2006 estabeleceu que todos os projetos aprovados no âm-bito do referido Programa devem fazer medição e verificação para apurar os efetivos resul-tados alcançados. Ainda segundo o Manual, tais medições e verificações devem ser basea-das no Protocolo Internacional para Medição e Verificação de Performance (PIMVP), desen-volvido pela Efficiency Valuation Organization – EVO.

Apesar de ser reconhecido internacionalmente, o PIMVP aborda a medição e verificação dos resultados de projetos de eficiência energética de maneira muito abrangente e não con-templa algumas situações específicas, próprias do PEE, tais como os projetos voltados a Comunidades de Baixo Poder Aquisitivo que exigem uma estratégia diferenciada para M&V, devido ao público alvo.

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Deve-se ainda levar em conta a experiência adquirida pelas empresas distribuidoras de e-nergia elétrica por meio da implementação do PEE ao longo de mais de dez anos.

Após a aprovação da Resolução Normativa nº 300, de 12 de fevereiro de 2008, a Associa-ção Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (ABRADEE) comprometeu-se com o desenvolvimento de uma proposta para definir procedimentos detalhados por uso final para a M&V do PEE. Ficou acordado que o recurso necessário para o desenvolvimento seria pro-veniente do PEE das distribuidoras, por meio dos seus Planos de Gestão. Ficou acordado ainda que a Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da ANEEL – SPE acompanharia todo o desenvolvimento dos trabalhos e aprovaria os procedi-mentos de M&V, que, após aprovação da ANEEL, passará a ser compulsório para a execu-ção de futuros projetos financiados pelo PEE.

A execução do projeto, de desenvolvimento dos Procedimentos de M&V, foi realizada por meio da contratação das empresas executoras ICF Consultoria do Brasil Ltda. (ICF) e da Fundação de Pesquisa e Assessoramento à Indústria (FUPAI). O Instituto ABRADEE foi responsável pela contratação das executoras e pela coordenação das atividades entre as empresas distribuidoras cooperadas, as empresas executoras e a ANEEL. Vale destacar que as duas empresas executoras desempenharam funções diferentes no decorrer dos tra-balhos. A ICF foi responsável pela execução propriamente dita dos trabalhos e atuou em consórcio com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), contando ainda com profissionais das empresas Jordão Engenharia, RSC Tecnologia e GT2 Energia. Já a FUPAI foi responsável pelo acompanhamento das atividades realizadas pela ICF e consorciados e pela avaliação da metodologia de M&V para cada uso final elaborada pela ICF.

Após a execução do projeto, o principal resultado do trabalho consistiu na definição de me-todologias de M&V por uso final, com as respectivas justificativas, levando em conta o erro, os custos envolvidos na medição, custo total do projeto e da energia economizada, para cada um dos seguintes usos finais/tipologias:

I. Baixo Poder Aquisitivo

a. Iluminação

b. Aquecimento Solar

c. Refrigeração

d. Adequação das Instalações

II. Iluminação

III. Aquecimento Solar

IV. Refrigeração

V. Climatização

VI. Força Motriz

VII. Acionamento de Motores

VIII. Ar Comprimido

IX. Cogeração a partir de Resíduos

X. Cogeração a partir de Combustíveis Adquiridos

Os Procedimentos do Programa de Eficiência Energética - PROPEE, aprovado pela Resolu-ção Normativa nº 556, de 02 de julho de 2013, apresenta em seu Módulo 8, dedicado ex-clusivamente a estabelecer as diretrizes para as atividades de Medição e Verificação que

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devem ser empregadas em todos os projetos do PEE, para avaliação dos resultados ener-géticos. Visando detalhar, padronizar e facilitar a aplicação das metodologias de M&V por uso final definidas no projeto desenvolvido pela ABRADEE, foi elaborado o Guia de M&V.

DOCUMENTOS PARA A M&V NO PEE

PIMVP (EVO, 2012)PROPEE (Módulo 8, ANEEL, 2013)Guia de M&V

Documento basePlanilhas de M&VPlanos de M&V

Relatórios de M&VFormulários de coleta de dados de M&V

13

7 AEEs

O slide resume os documentos usados para a execução da M&V nos projetos do PEE. O documento base é o PIMVP; o PROPEE, em seu Módulo 8, faz a adequação dos procedi-mentos ao PEE e, além disso, elaborou-se o Guia de M&V, com um nível maior de detalha-mento dos procedimentos recomendados para as ações padrão, mais comuns, do PEE, quais sejam: iluminação, refrigeração e aquecimento d’água em baixa renda, iluminação, sistemas motrizes, aquecimento solar de água, ar condicionado e ar comprimido. O Guia de M&V é constituído de um documento base (texto), já publicado (que será continuamente aprimorado), planilhas contendo todos os cálculos necessários para a execução do proces-so de M&V e documentos complementares: Plano de M&V (de acordo com o capítulo 5 do PIMVP), Relatório de M&V (capítulo 6 do PIMVP) e formulário para coleta de dados no cam-po. Por motivos operacionais, o Plano e o Relatório devem ser enviados em conjunto para a ANEEL sob a denominação de “Relatório de M&V”, no formato pdf.

Passemos agora à revisão dos conceitos de M&V.