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Página 1 Boletim 531/14 – Ano VI – 26/05/2014 TST aprova súmula sobre participação nos lucros Advogado Daniel Chiode: tribunais têm autonomia para pensar diferente Por Bárbara Mengardo | De Brasília O Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou 11 súmulas, que vão guiar a Justiça do Trabalho em temas como adicional de periculosidade, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), horas extras e questões processuais. Os entendimentos estão na Resolução nº 194, de 2014. A norma converte em súmula diversas orientações jurisprudenciais (OJs) do tribunal. Apesar de não serem vinculantes - não obrigam as instâncias inferiores a segui-las -, as súmulas têm por objetivo uniformizar a jurisprudência e demonstrar como o TST decide determinados temas. "As súmulas representam o pensamento do TST sobre determinados assuntos, mas os outros tribunais têm autonomia para pensar diferente", diz o advogado Daniel Chiode, do escritório Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima. A súmula nº 451, por exemplo, aprovada pelo novo decreto, determina que, em caso de demissão, o funcionário têm o direito de receber a PLR proporcionalmente ao tempo trabalhado. De acordo com o texto da norma, fere o princípio da isonomia pagar o benefício apenas aos empregados que estão contratados na data do pagamento, já que os ex- funcionários também contribuíram para os resultados positivos da empresa. Já a súmula nº 453 determina que, caso o empregador pague espontaneamente o adicional de periculosidade ao funcionário, não é necessária a realização de perícia posteriormente. A orientação pode ser utilizada, por exemplo, em situações em que a empresa deixa de pagar o adicional, e o fato gera um processo. Para o TST, o pagamento anterior torna incontroversa a existência de trabalho perigoso. As horas extras também são tratadas no decreto. A súmula nº 449 estabelece que são nulas as cláusulas em acordos coletivos que não consideram como jornada extraordinária os cinco minutos de precedem ou antecedem o horário de trabalho.

TST aprova súmula sobre participação nos lucros

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Boletim 531/14 – Ano VI – 26/05/2014

TST aprova súmula sobre participação nos lucros

Advogado Daniel Chiode: tribunais têm autonomia para pensar diferente

Por Bárbara Mengardo | De Brasília O Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou 11 súmulas, que vão guiar a Justiça do Trabalho em temas como adicional de periculosidade, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), horas extras e questões processuais. Os entendimentos estão na Resolução nº 194, de 2014.

A norma converte em súmula diversas orientações jurisprudenciais (OJs) do tribunal. Apesar de não serem vinculantes - não obrigam as instâncias inferiores a segui-las -, as súmulas têm por objetivo uniformizar a jurisprudência e demonstrar como o TST decide determinados temas. "As súmulas representam o pensamento do TST sobre determinados assuntos, mas os outros tribunais têm autonomia para pensar diferente", diz o advogado Daniel Chiode, do escritório Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima.

A súmula nº 451, por exemplo, aprovada pelo novo decreto, determina que, em caso de demissão, o funcionário têm o direito de receber a PLR proporcionalmente ao tempo trabalhado. De acordo com o texto da norma, fere o princípio da isonomia pagar o benefício apenas aos empregados que estão contratados na data do pagamento, já que os ex-funcionários também contribuíram para os resultados positivos da empresa.

Já a súmula nº 453 determina que, caso o empregador pague espontaneamente o adicional de periculosidade ao funcionário, não é necessária a realização de perícia posteriormente. A orientação pode ser utilizada, por exemplo, em situações em que a empresa deixa de pagar o adicional, e o fato gera um processo. Para o TST, o pagamento anterior torna incontroversa a existência de trabalho perigoso.

As horas extras também são tratadas no decreto. A súmula nº 449 estabelece que são nulas as cláusulas em acordos coletivos que não consideram como jornada extraordinária os cinco minutos de precedem ou antecedem o horário de trabalho.

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De acordo com o advogado Antonio Carlos Frugis, do Demarest Advogados, as súmulas que tratam de horas extras e PLR demonstram que o TST tem rejeitado cada vez mais a flexibilização de direitos trabalhistas por meio de negociação coletiva com o sindicato da categoria.

Destaques Sem troco

A Justiça do Trabalho condenou a Auto Viação Redentor, do Paraná, a pagar indenização de R$ 5 mil por danos morais por não fornecer a um cobrador dinheiro para troco. Sem troco, ele passou a ser vítima de agressões verbais dos usuários, como ser chamado de "ladrão" e "vagabundo". O recurso da empresa contra a condenação não foi conhecido pela 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Para o ministro Vieira de Mello Filho, relator do recurso, ficou caracterizado que o empregador "conhecia ou deveria conhecer a situação problemática" enfrentada diariamente pelo trabalhador. "A empresa, confessadamente, nada fez no intuito de diminuir o desconforto do empregado, mediante a simples conduta de providenciar, no início de cada dia, valores em dinheiro trocado para viabilizar sua atividade", destacou. Para ele, estão presentes, no caso, os requisitos da responsabilidade civil, como o nexo de causalidade entre a conduta omissa e o dano e o caráter negligente do empregador. O valor da indenização foi elevado de R$ 1 mil para R$ 5 mil pelo regional do Paraná. Segundo o TRT paranaense, embora a maioria dos usuários utilize o cartão magnético, ao não fornecer o troco, a empresa descumpriu obrigação relativa ao contrato de trabalho, acarretando constrangimento ao trocador.

Paralisação na Eletrobras

Funcionários das empresas do grupo Eletrobras planejam realizar uma paralisação de 72 horas, começando na quarta-feira. Eles reivindicam a apresentação de uma proposta justa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referentes ao exercício de 2013, quando a companhia registrou um prejuízo de R$ 6,2 bilhões. "O momento exige toda a mobilização dos trabalhadores, pois as assembleias já deliberaram por unanimidade que, caso não haja uma proposta justa de PLR por parte da direção do Sistema Eletrobras, haverá uma paralisação por 72 horas, de 28 a 30 de maio, em todas as empresas", informou a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), em comunicado divulgado sexta-feira.

(Fonte: Valor Econômico dia 26-05-2014).

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Centrais quebram domínio petista ao abrir palanques para Campos e Aécio JOÃO VILLAVERDE / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo Com mais de 6 milhões de trabalhadores filiados, as cinco maiores centrais sindicais do País estão divididas em relação à eleição presid encial - diferentemente do que ocorreu em 2010, quando todas apoiaram a petista Di lma Rousseff. Há discordâncias até no interior de cada entidade.

Até agora, as três maiores delas - a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) - já contam com suas cúpulas envolvidas no apoio declarado a Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), respectivamente. O respaldo desse apoio nas bases, porém, não é pleno.

O melhor exemplo disso é a CUT, braço sindical do PT, partido da presidente. Com seus 2,2 mil sindicatos e 2,7 milhões de sócios, é a maior delas e majoritariamente pró-Dilma. Mas há insatisfações. "Os servidores estão muito magoados com Dilma, que não cumpriu as promessas políticas que a elegeram. Defendemos a neutralidade da CUT nestas eleições", disse Sergio Ronaldo da Silva, secretário-geral da confederação dos servidores federais, a Condsef, filiada à CUT.

O presidente da CUT em São Paulo, Adi dos Santos, argumenta, porém, que os servidores precisam compreender o quadro geral: "Não é possível sustentar esse distanciamento da presidente com o movimento sindical em um segundo mandato, mas, para nós, é indiscutível que Dilma encarna o melhor projeto para os trabalhadores brasileiros", defende. "Eles (os servidores) ganharam muito com Lula, é verdade, mas o que perderam com Dilma? Nada. O País é muito maior que a Condsef, a CUT e todo o movimento sindical, e isso precisa ser pensado na hora do voto".

Indicação. A Força Sindical também tem discordâncias internas sobre a sucessão. Segunda maior central do País, com 1,6 mil sindicatos e pouco mais de 1 milhão de filiados, seu principal líder, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SDD-SP), concedeu apoio formal de seu partido, o Solidariedade, para a campanha de Aécio Neves (PSDB). E sugeriu o nome de Miguel Torres, seu sucessor tanto na presidência da Força Sindical quanto no poderoso Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, para vice de Aécio.

"Em 2010, a Força esteve fortemente com Dilma, porque acreditávamos que haveria uma continuidade", disse Torres. "Lula conversava com as centrais, e chamava para falar e

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ouvir, mesmo quando fosse para negar uma proposta nossa. Dilma não recebe, e não fez política econômica boa. Os trabalhadores perderam poder de compra por causa da inflação."

Tanto Paulinho como Torres enfrentam resistências. O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, tenta convencer os associados à central a votar em Dilma. Um dos seus aliados nessa opção é Jorge Nazareno, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, filiado à Força.

Para Nazareno, o projeto petista ainda é superior ao dos demais candidatos. "A dificuldade de diálogo com a presidente é real, e isso não é bom para os trabalhadores", disse o dirigente, que é filiado ao PT. "Mas o projeto do PT ainda é superior a todos os outros quando olhamos a pauta sindical. Ela só terá chances de avanço com Dilma."

Bases. As dissidências atingem ainda a terceira maior central, a UGT. Em 2010, parte da cúpula da central declarou apoio a Serra, mas a grande maioria dos filiados embarcou na campanha de Dilma. Agora, enquanto o presidente da entidade, Ricardo Patah (PSD), defende a reeleição da presidente, outros dirigentes, ligados ao PPS, preferem Eduardo Campos (PSB).

"Fizemos uma pesquisa, em nosso último congresso sindical, ano passado, e vimos que a maior parte da base vota no PT. É claro que parte da base é muito influenciada pelo que diz a central, mas todos têm suas ligações partidárias já definidas", pondera Patah, que também preside o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. "Eu não tenho como direcionar o voto de todos os 480 mil comerciários da cidade, mas há influência, claro", disse.

A entrada da chapa Eduardo Campos e Marina Silva também é crescente na CTB, braço sindical do PC do B. Em 2010, a CTB estava de "corpo e alma" com Dilma, disse Joilson Cardoso, vice-presidente da entidade, "mas o quadro agora é totalmente diferente".

Segundo Cardoso, que também é secretário sindical nacional do PSB, "houve uma estagnação do projeto trabalhista no governo Dilma". Para ele, o apoio a Eduardo Campos tem sido crescente no movimento sindical, que renega "os anos de desemprego do PSDB de Aécio, e o atraso que é Dilma".

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Legalidade da greve de ônibus será julgada nesta se gunda

Manifestantes ameaçam retomar piquetes se forem pun idos; MPE já analisa execução de multa aplicada a sindicato, após parali sação em 2003 Bruno Ribeiro - O Estado de S. Paulo SÃO PAULO - O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) deve manifestar-se nesta segunda-feira, 26, às 17h, sobre a paralisação de motoristas e cobradores de ônibus da capital ocorrida na semana passada. A depender do que a Justiça determine sobre a greve, os manifestantes ameaçam retornar com os piquetes nas ruas. Dez desembargadores do TRT vão analisar o caso. A peculiaridade é que tanto o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Rodoviário e Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) quanto o sindicato das empresas, o SPUrbanuss, não reconhecem a paralisação. No entanto, na audiência preliminar sobre o assunto, na quinta-feira, a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério afirmou que o sindicato é o representante legal dos trabalhadores, portanto deveria responder pela paralisação da categoria, mesmo quando se opõe. Preliminarmente, o TRT já informou que a greve não respeitou a legislação ao ocorrer sem aviso prévio de 24 horas e por acontecer sem uma decisão da categoria em assembleia, o que pode significar punição para a entidade que representa os trabalhadores. Mas o "puxão de orelha" também atingiu os patrões, que não solicitaram medidas cautelares - como liminar determinando um porcentual mínimo de manutenção do serviço, tido como essencial - e podem ser corresponsabilizados pelos transtornos passados pelos cidadãos. Depois da audiência preliminar, os grevistas - que chegaram a paralisar 16 terminais da cidade entre terça e quinta-feira - voltaram ao trabalho na capital. A onda de greves, no entanto, já havia se espalhado para uma dezena de cidades da Região Metropolitana. Sem líderes identificados, motoristas afirmaram que poderiam voltar a paralisar as operações, à revelia do sindicato e da Justiça, se manifestantes forem punidos por participar do protesto. A greve na capital ocorreu depois de o sindicato dos motoristas fechar acordo com os patrões prevendo 10% de aumento salarial. Os dissidentes queriam pelo menos 13%. Integrantes da cúpula da São Paulo Transporte (SPTrans), empresa da Prefeitura que administra os ônibus, cogitaram na semana passada promover demissões por justa causa para pessoas que se mantivessem paradas, caso a greve seja julgada como ilegal pelo TRT. O Ministério Público Estadual analisa também a possibilidade de aproveitar a greve ocorrida na semana passada para executar uma multa aplicada ao Sindmotoristas em 2003, por uma greve também julgada ilegal, que nunca foi cobrada. A greve, naquele ano, ocorreu por nove dias e também não teve respaldo do Judiciário.

Paralisação em Diadema. Além de analisar a paralisação da capital, o TRT também voltará a analisar nesta segunda-feira a paralisação ocorrida na viação Mobibrasil, que opera linhas intermunicipais e municipais da cidade de Diadema, no ABC. Atendendo pedido do Ministério Público do Trabalho, o TRT já havia determinado, na sexta-feira, que 75% da frota continuasse circulando. O descumprimento da determinação acarretará multa de R$ 100 mil por dia de paralisação, conforme liminar concedida na sexta-feira.

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Salário mínimo sobe 1.019% em 20 anos, mas inflação tira parte dos ganhos Desde o Plano Real, alta foi de 146%, se descontada a inflação; analistas citam os investimentos que protegem contra elevações de preç os Yolanda Fordelone - O Estado de S.Paulo Em 20 anos, desde o Plano Real, o salário mínimo do trabalhador brasileiro subiu 1.019,2%. Porém, se descontada a inflação do período, a alta se reduz a 146%, segundo pesquisa do Instituto Assaf. De acordo com o estudo, houve aumento real do poder de compra dos salários, mesmo com a inflação corroendo boa parte dos reajustes.

No período, o salário mínimo passou de R$ 64,79 em 1994 para R$ 724 nos dias atuais. O Plano Real completa 20 anos no dia 1º de julho. "A pesquisa mostrou que o plano trouxe aumento de poder aquisitivo da população como um todo. O aumento médio efetivo foi de 12,18% por reajuste", calcula o pesquisador do Instituto Assaf, Fabiano Guasti Lima.

Apesar de o plano ter reduzido a inflação para patamares menores, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou em 20 anos, até março, alta de 354,74%. "Ao analisar os números concluímos que o aumento real do salário mínimo, aquele que ficou acima da inflação, foi de 4,6% ao ano", avalia o professor e diretor do instituto, Alexandre Assaf Neto.

Dentro do IPCA, alguns grupos pesaram mais que outros na alta dos preços, conforme explica o economista da consultoria LCA, Étore Sanchez. "O grupo Habitação, influenciado pelo aluguel residencial, foi o que mais subiu", afirma Sanchez.

No total, o grupo acumulou alta de 654,87% desde 1994, sendo que o aluguel avançou 868%. O aumento do aluguel foi maior inclusive que os 503% do próprio Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que corrige os contratos de locação. "Atualmente, habitação é o terceiro maior grupo, representando 14% do IPCA. Tem um peso considerável na inflação", pondera o economista.

Nos dados de inflação, foram considerados apenas seis grupos: alimentação e bebidas, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, artigos de residência e despesas pessoais. Os outros dois grupos da atual composição do IPCA - educação e transporte - não existiam no início da série em 1994, não sendo possível calcular a inflação acumulada no período.

Como se proteger. Para se proteger contra a alta dos preços no longo prazo, especialistas citam pelo menos cinco opções de investimento, que devem ser escolhidas de acordo com o valor disponível, o tempo que o investidor planeja aplicar e até o risco. A primeira delas, a mais comum entre pequenos investidores, é o Tesouro Direto. Após realizar um cadastro em alguma corretora, é possível investir em títulos públicos atrelados ao IPCA - as Notas

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do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) e Série B Principal (NTN-B Principal). Tais títulos pagam um juro fixo, atualmente entre 5% e 6% ao ano, mais a variação da inflação no período.

O preço dos títulos varia entre R$ 704 e R$ 2.479, segundo a oferta de papéis disponível no site do Tesouro na última sexta-feira. Para aplicar, no entanto, o valor mínimo é menor. O investidor pode comprar frações de 10% do título, sendo necessário assim uma quantia a partir de R$ 70. Se for uma compra programada (operações agendadas nas plataformas de home broker das corretoras), a fração cai para 1%, mas por regra a aplicação mínima deve ser de R$ 30.

Os títulos de inflação são voltados para o longo prazo, sendo indicados inclusive como reserva para a aposentadoria. O mais curto vence em 2019 e o mais longo, em 2050.

Se o investidor não tem necessidade de uma renda extra e quer apenas proteger o patrimônio, a NTN-B Principal é mais indicada, por pagar o juro e o valor principal investido na data do vencimento do papel. A NTN-B paga juros semestralmente, enquanto o valor principal só é recebido pelo investidor no vencimento.

Além das NTN-Bs, especialistas citam como alternativa contra a inflação os títulos privados, como as debêntures, atrelados a algum índice de preços. Nas emissões de menor valor, como as do BNDESPar, foi possível aplicar R$ 1 mil. "Há ainda os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), títulos de renda fixa de operações de crédito imobiliário que podem ser atrelados à inflação", afirma o estrategista da Rio Bravo, Beto Domenici. O investimento é voltado para grandes investidores, pois a aplicação inicial começa em R$ 300 mil.

Mais acessíveis, os fundos imobiliários também são lembrados. "Há todo tipo de fundo imobiliário no mercado, mas para proteger o patrimônio é interessante optar por algum atrelado ao pagamento de aluguéis. Se a inflação subir, o IGP-M corrige o aluguel e o investimento fica protegido", diz Domenici. Há fundos cujas cotas podem ser compradas na BM&FBovespa, como uma ação, bastando para isso ser cadastrado em uma corretora. Por menos de R$ 100, já existem algumas opções de fundos.

Por último, há o próprio investimento em ações, o mais arriscado dentre as opções citadas. "Não é uma via direta, mas no longo prazo teoricamente as ações funcionam na proteção contra inflação. Se os custos dos produtos e insumos sobem, as boas empresas tendem a corrigir seus preços, o que se reflete na receita, no lucro e na própria cotação da ação", analisa o estrategista.

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(Fonte: Estado SP dia 26-05-2014).

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