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ÍNDICE SISTEMÁTICO DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO GABRIEL/RS, DE 4 DE ABRIL DE 1990. Lei Orgânica reformada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 20 de outubro de 2003. TÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO DO MUNCÍPIO Artigos 1º a 10 3 CAPÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA (art. 1º a 4º) 3 CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA (art. 5º a 10) 3 TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES. Artigos 11 a 56 5 CAPÍTULO I – DO PODER LEGISLATIVO (art. 11 a 43) 5 Seção I Disposições Gerais (art. 11 a 12) 5 Seção II Dos Vereadores (art. 13 a 22) 6 Seção III Das Atribuições da Câmara Municipal (art. 23 a 27) 8 Seção IV Da Comissão Representativa (art. 28 a 30) 9 Seção V Das Leis e do Processo Legislativo (art. 31 a 43) 10 CAPÍTULO II – DO PODER EXECUTIVO (art. 44 a 56) 12 Seção I Do Prefeito e do Vice-Prefeito (art. 44 a 49) 12 Seção II Das Atribuições do Prefeito (art. 50 a 51) 12 Seção III Da Responsabilidade do Prefeito (art. 52 a 53) 13 Seção IV Dos Secretários Municipais (art. 54 a 56) 14 TÍTULO III – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL Artigos 57 a 77 14 CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 57 a 64) 14 CAPÍTULO II - DOS SERVIDORES PÚBLICOS (art. 65 a 77) 16 TÍTULO IV – DOS CONSELHOS MUNICIPAIS Artigos 78 a 81 18 TÍTULO V – DO ORÇAMENTO Artigos 82 a 88 19 TÍTULO VI - DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL Artigos 89 a 104 21 TÍTULO VII - DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Artigos 105 a 115 23

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ÍNDICE SISTEMÁTICO DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO GABRIEL/RS, DE 4 DE ABRIL DE 1990.

Lei Orgânica reformada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 20 de outubro de 2003.

TÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO DO MUNCÍPIO

Artigos 1º a 10 3 CAPÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA (art. 1º a 4º) 3 CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA (art. 5º a 10) 3

TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES. Artigos 11 a 56 5 CAPÍTULO I – DO PODER LEGISLATIVO (art. 11 a 43) 5 Seção I – Disposições Gerais (art. 11 a 12) 5 Seção II – Dos Vereadores (art. 13 a 22) 6 Seção III – Das Atribuições da Câmara Municipal (art. 23 a 27) 8 Seção IV – Da Comissão Representativa (art. 28 a 30) 9 Seção V – Das Leis e do Processo Legislativo (art. 31 a 43) 10 CAPÍTULO II – DO PODER EXECUTIVO (art. 44 a 56) 12 Seção I – Do Prefeito e do Vice-Prefeito (art. 44 a 49) 12 Seção II – Das Atribuições do Prefeito (art. 50 a 51) 12 Seção III – Da Responsabilidade do Prefeito (art. 52 a 53) 13 Seção IV – Dos Secretários Municipais (art. 54 a 56) 14

TÍTULO III – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL Artigos 57 a 77 14 CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 57 a 64) 14 CAPÍTULO II - DOS SERVIDORES PÚBLICOS (art. 65 a 77) 16

TÍTULO IV – DOS CONSELHOS MUNICIPAIS Artigos 78 a 81 18

TÍTULO V – DO ORÇAMENTO Artigos 82 a 88 19

TÍTULO VI - DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL Artigos 89 a 104 21

TÍTULO VII - DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Artigos 105 a 115 23

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CAPÍTULO I - DA EDUCAÇÃO (art. 105 a 112) 23 CAPÍTULO II - DA CULTURA (art. 113 a 114) 24 CAPÍTULO III - DO DESPORTO (art. 115) 24

TÍTULO VIII – DA SAÚDE PÚBLICA, DA ECOLOGIA E DO MEIO AMBIENTE Artigos 116 a 121 25 CAPÍTULO I - DA SAÚDE (art. 116 a 118) 25 CAPÍTULO II - DA ECOLOGIA E DO MEIO AMBIENTE (art. 119 a 121) 25

TÍTULO IX - DOS BENS MUNICIPAIS Artigo 122 25

TÍTULO X - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Artigos 123 a 132 26

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO GABRIEL, DE 4 DE ABRIL DE 1990 A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES, FAZ SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL APROVOU E NÓS PROMULGAMOS A SEGUINTE EMENDA À LEI ORGÂNICA:

TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO. CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA.

Art 1º. O Município de São Gabriel, como entidade Federativa, rege-se por esta Lei Orgânica e as demais que adotar, observados os preceitos estabelecidos pelas Constituições Federal e Estadual. Art 2º. São Poderes do Município, independentes, o Legislativo e o Executivo. § 1º. É vedada a delegação de atribuições entre os poderes; § 2º. O cidadão investido na função de um deles não pode exercer a de outro. Art 3º. É mantido o atual território do Município, cujos limites só podem ser alterados nos termos da Legislação Estadual. Art 4º. Os Símbolos do Município são o Brasão e a Bandeira.

CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA. (NR) CAPÍTULO II incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

Art 5º. Compete ao Município, no exercício de sua autonomia: I – organizar-se administrativamente, observadas as Legislações Federal e Estadual; II – disciplinar, através de leis, atos e medidas, assuntos de interesse local; III – decretar e arrecadar os tributos de sua competência e aplicá-los; IV – administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças e dispor de sua aplicação; V – desapropriar por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos casos previstos em lei; VI – conceder e permitir os serviços públicos locais e os que lhe sejam concernentes; VII – organizar os quadros e estabelecer o regime jurídico de seus Servidores; VIII – elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, estabelecendo normas de edificações, de loteamento, de zoneamento, bem como as diretrizes urbanísticas convenientes à ordenação de seu território; IX – estabelecer normas de prevenção e controle de ruídos, da poluição do meio ambiente, do espaço aéreo e das águas; X – conceder e permitir os serviços de transporte coletivo, táxis e outros, fixando suas tarifas, itinerários, pontos de estabelecimento e paradas; XI – regulamentar a utilização dos logradouros públicos e sinalizar as faixas de rolamento e zonas de silêncio; XII – disciplinar os serviços de carga e descarga e a fixação de tonelagem máxima permitida; XIII – regulamentar e fiscalizar a instalação e funcionamento dos elevadores; XIV – disciplinar a limpeza dos logradouros públicos, a remoção do lixo domiciliar e dispor sobre a prevenção de incêndio; XV – licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e outros, cassar os alvarás de licença dos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, ao bem estar público, aos bons costumes, ao meio ambiente e à segurança;

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XVI – fixar os feriados, bem como o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e outros; XVII – legislar sobre o serviço funerário e cemitérios, encarregando-se da administração daqueles que forem públicos e fiscalizando os pertencentes às entidades privadas; XVIII – interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer demolir construções que ameacem a segurança coletiva; XIX – autorizar e fiscalizar regularmente a afixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda nos locais sujeitos ao poder municipal; XX – regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os divertimentos públicos; XXI – legislar sobre a apreensão de semoventes e depósito de mercadorias e móveis em geral, no caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e condições de venda dos objetos e semoventes apreendidos; XXII – legislar sobre serviços públicos e regulamentar os processos de instalação, distribuição e consumo de água, gás, luz e energia elétrica e todos os demais serviços de caráter e uso coletivo; XXIII – legislar sobre tudo que não seja, implícita ou explicitamente atribuído à União ou Estado. Art. 6º. O Município poderá celebrar convênios com a União, com o Estado e Municípios para a execução de ações governamentais, realização de obras ou exploração de serviços públicos de interesse comum. Parágrafo único. Assinado o convênio, o Poder Executivo dará ciência imediata do mesmo à Câmara Municipal de Vereadores. (NR)

Artigo 6º com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 7º. Compete, ainda, ao Município, concorrentemente com a União ou o Estado, ou supletivamente a eles: I – zelar pela saúde, higiene, segurança e assistência pública; II – promover o ensino, a educação, a cultura e o esporte comunitário e classista; III – fomentar as atividades econômicas e estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como as defesas contra as formas de exaustão do solo; IV – abrir e conservar estradas e caminhos e determinar a execução de serviços públicos; V – promover a defesa sanitária vegetal e animal, a extinção de insetos daninhos, promover o combate à poluição dos córregos, fontes, lagos e rios; VI – amparar a maternidade, a infância, os desvalidos, coordenando e orientando os serviços sociais no âmbito do Município; VII – proteger a juventude contra toda a forma de exploração, bem como contra os fatores que possam conduzi-la ao abandono físico, moral e intelectual; VIII – tomar medidas necessárias à restrição da mortalidade e morbidez infantil, medidas de higiene social que impeçam a propagação de doenças, cuidar de higiene mental e incentivar a luta contra os venenos sociais; IX – incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo e outras atividades que visem ao desenvolvimento econômico; X – fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte dos gêneros alimentícios destinados ao abastecimento público; XI – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural, observada a legislação e a competência fiscalizadora Federal e Estadual; XII – regulamentar e exercer outras atribuições não vedadas pela Constituição Federal e Estadual. Art 8º. São tributos de competência municipal: I – impostos sobre: a) propriedade predial e territorial urbana;

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b) transmissão “intervivos” a qualquer título por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; c) (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) d) serviços de qualquer natureza, exceto os de competência Estadual definidos em Lei Complementar Federal. II – taxas; III – contribuições de melhoria. IV – Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, incisos I e II, da Constituição Federal: (NR) a) É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o inciso IV, na fatura de consumo de energia elétrica. (NR)

Inciso e alínea a) com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Parágrafo Único. Na cobrança dos impostos mencionados no inciso I, aplicam-se as regras constantes no art. 156, § 2º e 3º da Constituição Federal. Art 9º. Pertence, ainda, ao Município, a participação no produto de arrecadação dos impostos da União e do Estado prevista na Constituição Federal e outros recursos que lhe sejam conferidos. Art 10º. Ao Município é vedado: I – contrair empréstimo externo sem prévia autorização do Senado Federal; II – instituir ou aumentar tributos sem que lei que estabeleça; III – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; (NR)

Inciso III com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. IV – permitir ou fazer uso de estabelecimento gráfico, jornal, estação de rádio, televisão, serviço de auto-falante ou qualquer outro meio de comunicação de sua propriedade para propaganda político-partidária ou fins estranhos à Administração; V – conceder alvará de funcionamento para locais públicos, sem a anuência do Corpo de Bombeiros e da Secretaria da Saúde do Estado; VI – outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a remissão de dívidas, sem interesse público justificado, sob pena da nulidade do ato; VII – o início da obra pública nos últimos 90 (noventa) dias de cada governo, exceto quando haja verba para sua execução total; VIII – a doação, a venda ou concessão de uso de qualquer fração dos parques, praças e largos públicos, exceto nos casos de concessão de uso por interesse público, sem ônus ao Erário e por prazo determinado. (NR)

Inciso VIII com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. IX – estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da procedência ou do destino.

TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES. CAPÍTULO I - DO PODER LEGISLATIVO.

Seção I - Disposições Gerais.

Art 11. O Poder Legislativo do Município será exercido pela Câmara Municipal de Vereadores, nos termos da Lei Orgânica. Parágrafo único. A Câmara Municipal de Vereadores será composta de quinze Vereadores. (NR)

Artigo 11 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 01/2008.

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Art. 12. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á, anualmente, de dez de fevereiro a quinze de dezembro (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 04/2009, de 09/1/2009).

Artigo 12, caput, com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. § 1º. As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em feriados. § 2º. No primeiro ano de cada legislatura, a Câmara reunir-se-á, em 1º (primeiro) de janeiro, para a posse dos Vereadores e eleição da Mesa, e também nesta data será recebido o compromisso do Prefeito e do Vice-Prefeito, aos quais dará posse, sendo instalada a Comissão Representativa. § 3º. No término de cada Sessão Legislativa, são eleitas a Mesa e as Comissões para a Sessão subseqüente. § 4º. Durante a Sessão Legislativa Ordinária Anual, a Câmara funcionará ordinariamente nos dias em que o Regimento Interno estabelecer, com a presença, no mínimo, da maioria de seus membros. § 5º. A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á, em caso de urgência ou interesse público relevante: I - pelo Prefeito Municipal, durante o período de recesso parlamentar; II - pelo Presidente da Câmara; III - por requerimento de dois terços dos membros da Casa. (NR)

§ 5º com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. § 6º. No ato da posse previsto no § 2º, bem como ao término de cada Sessão Legislativa, os Vereadores deverão apresentar declaração de bens. § 7º. A Sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação dos projetos de lei de diretrizes orçamentárias.

§ 7º acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

Seção II - Dos Vereadores.

Art. 13. Os Vereadores, eleitos na forma da Lei, gozam de garantias que a mesma lhes assegura, sendo invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município. Parágrafo único. Os Vereadores têm livre acesso aos órgãos da Administração Municipal, mesmo sem prévio aviso. (NR)

Artigo 13 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 14. Os Vereadores não poderão: I – desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresas concessionárias de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; II – desde a posse: a) ser diretor, proprietário ou sócio de empresas beneficiadas com privilégio, isenção ou favor, em virtude de contrato, com a administração pública municipal; b) exercer outro mandato público eletivo. Art 15. Não é vedado o exercício do respectivo mandato ao Vereador que for servidor estável ou que exercer ou aceitar, por aprovação em concurso público, emprego ou função no âmbito da administração direta ou indireta do Município, observado o disposto nesta Lei Orgânica. Art 16. Sujeita-se à perda do mandato o Vereador que: I – infringir qualquer das disposições estabelecidas no artigo anterior; II – utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção, de improbidade administrativa ou atentatórios às instituições vigentes;

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III – proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro de sua conduta pública; IV – faltar a 1/5 (um quinto) das Sessões Ordinárias e/ou Extraordinárias, salvo a hipótese prevista no § 1º; V – fixar domicílio eleitoral fora do município; § 1º. As ausências não serão consideradas quando acatadas pelo plenário. § 2º. É objeto de disposição regimental o rito a ser seguido nos casos deste artigo, respeitada a legislação Estadual e Federal. Art 17. O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal, ou Diretoria equivalente, não perde o mandato, desde que se licencie do exercício da vereança. Art 18. No caso do artigo anterior, nos de licença por legítimo impedimento e vaga por morte ou renúncia, o Vereador será substituído pelo suplente, convocado nos termos da Lei. § 1º. A licença por legítimo impedimento deverá ser declarada pela Câmara. § 2º. O Vereador licenciado por legítimo impedimento será considerado como em pleno exercício de seu mandato, sem direito ao subsídio. (NR)

Artigo 18 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 19. Não perderá o mandato o Vereador que: I – investido em cargo, emprego ou função pública, desde que haja compatibilidade de horários, sem prejuízo do subsídio do cargo eletivo; II – licenciado pela Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e oitenta dias por Sessão Legislativa; Parágrafo único. O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em função prevista neste artigo ou de licença nos termos da Lei específica. (NR)

Artigo 19 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 20. Extingue-se o mandato do Vereador quando: I – ocorrer falecimento, renúncia ou condenação por crime funcional ou eleitoral; II – deixar de tomar posse, sem motivo justo, aceito pela Câmara, dentro do prazo de 15 dias; III – perder ou tiver suspensos os direitos políticos; § 1º. Ocorrido e comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente da Câmara na primeira sessão, comunicará ao plenário e fará constar da ata a declaração da extinção do mandato e convocará o respectivo suplente. § 2º. No caso de omissão do Presidente da Câmara Municipal do disposto no § 1º deste artigo, a extinção do mandato poderá ocorrer mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado na Câmara Municipal, assegurada ampla defesa. (NR)

§ 2º com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 21. Os Vereadores serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, incisos X e XI da Constituição Federal. (NR)

Artigo 21 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 22. O Vereador que for funcionário efetivo, servidor estável ou exercer e/ou aceitar, por aprovação em concurso público, emprego ou função no âmbito da administração direta ou indireta do Município, perceberá, cumulativamente, a remuneração da vereança e os vencimentos ou salários do respectivo cargo, função ou emprego, havendo compatibilidade de horário.

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Parágrafo único. Havendo incompatibilidade de horário, o Vereador que for servidor do Município, nos termos deste artigo, afastar-se-á do seu cargo, função e/ou emprego, podendo, entretanto, optar pela percepção dos respectivos vencimentos e/ou salários.

Seção III - Das Atribuições da Câmara Municipal. Art 23. Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito: I – legislar sobre todas as matérias atribuídas ao Município pelas Constituições da União e do Estado, e por esta Lei Orgânica; II – votar: a) o Plano Plurianual; b) as Diretrizes Orçamentárias; c) os orçamentos anuais; d) (vetado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) e) (vetado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) III – decretar Leis; IV – legislar sobre tributos de competência municipal; V – legislar sobre a criação e extinção de cargos e funções do Município, bem como fixar e alterar vencimentos e outras vantagens pecuniárias; VI – votar leis que disponham sobre alienação e aquisição de bens móveis; VII – legislar sobre a concessão e permissão de serviços públicos do Município; VIII – legislar sobre a concessão e permissão de uso de bens municipais; IX – dispor sobre a divisão territorial do Município, respeitada a legislação Federal e Estadual; X – criar, alterar, reformar ou extinguir órgãos públicos do Município; XI – deliberar sobre empréstimos e operações de crédito, bem como a forma e os meios de seu pagamento; XII – transferir, temporária ou definitivamente, a sede do Município, quando o interesse público o exigir; XIII – autorizar a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária, observado o disposto em Lei. (NR)

Inciso XIII com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 24. É da competência exclusiva da Câmara Municipal; I – eleger sua Mesa Diretora, elaborar seu Regimento Interno e dispor sobre sua organização e política; II – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e a iniciativa de Lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias; (NR)

Inciso II com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. III – emendar a Lei Orgânica ou reformá-la; IV – representar, pela maioria de seus membros, para efeito de intervenção no Município; V – autorizar a constituição de consórcios entre Municípios; (NR)

Inciso V com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. VI – exercer a fiscalização da administração financeira e orçamentária do Município, com auxílio do Tribunal de Contas do Estado e julgar as contas do Prefeito; VII – sustar atos do Poder Executivo que exorbitem da sua competência, ou se mostrem contrário ao interesse público; VIII – (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) IX – autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se afastarem do Município por prazo superior a quinze dias e do País a qualquer tempo; (NR)

Inciso IX com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

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X – convocar qualquer Secretário, titular de Autarquia ou de Instituição de que participe o Município, para prestar informações; XI – mudar, temporária ou definitivamente, a sede do Município; XII – solicitar, por escrito, informações ao Executivo; XIII – dar posse ao Prefeito, bem como declarar extinto o seu mandato nos casos previstos em Lei; XIV – conceder licença ao Prefeito; XV – suspender a execução, no todo ou em parte, de qualquer ato, resolução ou regulamento municipal, que haja sido pelo Poder Judiciário declarado infringente à Constituição, à Lei Orgânica ou às Leis; XVI – criar Comissão Parlamentar de Inquérito; XVII – propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse à coletividade ou ao serviço público; XVIII – fixar o subsídio do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores, em cada Legislatura para a subseqüente, mediante lei específica, em data antes da realização das eleições, observado o que dispõem a Constituição Federal, a Constituição Estadual e o disposto nesta Lei Orgânica; (NR)

Inciso XVIII com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. XIX – fixar, mediante Lei específica, o subsídio dos Secretários Municipais, observado o disposto na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica; XX – alterar o número de Vereadores.

Incisos XIX e XX acrescidos pela Emenda à Lei Orgânica nº1/2003. Art. 25. Salvo disposição em contrário nesta Lei Orgânica, as deliberações da Câmara Municipal e de suas Comissões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Parágrafo único. O Presidente vota somente quando houver empate, quando a matéria exigir quorum qualificado e nas votações secretas. (NR)

Artigo 25 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 26. As Sessões da Câmara são públicas, salvo resolução em contrário. Art. 27. O Poder Executivo demonstrará e avaliará, até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão competente da Câmara Municipal. Parágrafo único. Sempre que o Prefeito manifestar interesse em expor assuntos de interesse público, a Câmara Municipal o receberá em sessão previamente designada. (NR)

Artigo 27 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

Seção IV - Da Comissão Representativa.

Art 28. A Comissão Representativa funciona no recesso da Câmara Municipal e tem as seguintes atribuições: I – zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo; II – zelar pela observância da Lei Orgânica; III – autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se afastarem do Município por prazo superior a quinze dias e do País a qualquer tempo; (NR)

Inciso III com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. IV – tomar medidas urgentes de competência da Câmara Municipal. Parágrafo Único. As normas relativas ao desempenho das atribuições da Comissão Representativa são estabelecidas no Regimento Interno da Câmara.

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Art 29. A Comissão Representativa, constituída por número ímpar de Vereadores, é composta pela Mesa e pelos demais membros eleitos com os respectivos suplentes. § 1º. A Presidência da Comissão Representativa caba ao Presidente da Câmara, cuja substituição se faz na forma regimental. § 2º. O número de membros eleitos da Comissão Representativa deve perfazer, no mínimo, a maioria absoluta da Câmara, observada, quando possível, a proporcionalidade da representação partidária. Art 30. A Comissão Representativa deve apresentar Relatório dos trabalhos por ela organizados quando do reinicio do período de funcionamento ordinário da Câmara.

Seção V - Das Leis e do Processo Legislativo.

Art. 31. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Lei Orgânica; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - decretos legislativos; V - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. (NR)

Artigo 31 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 32. São, ainda, entre outras, objeto de deliberações da Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno: I – autorizações; II – indicações; III – requerimentos; IV - pedidos de informação. Art 33. A Lei Orgânica pode ser emendada mediante proposta: I – de Vereadores; II – do Prefeito; III – (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) § 1º. No caso do inciso I, a proposta deverá ser subscrita, no mínimo por 1/3 dos membros da Câmara Municipal. § 2º. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 34. Em qualquer das hipóteses do artigo 33, a proposta será discutida e votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e ter-se-á aprovada quando obtiver em ambas as votações dois terços dos votos dos membros da Câmara Municipal. (NR)

Artigo 34 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 35. A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de ordem. Art. 36. A iniciativa das Leis municipais, salvo os casos de competência exclusiva, caberá a qualquer Vereador, ao Prefeito Municipal e aos eleitores, mediante projeto de lei subscrito por no mínimo cinco por cento do eleitorado do Município. (NR)

Artigo 36 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

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Art. 37. No início ou em qualquer fase da tramitação de projeto de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, este poderá solicitar à Câmara Municipal que o aprecie em trinta dias a contar do pedido, que deverá ser devidamente motivado. § 1º. Se a Câmara não se manifestar sobre a proposição em até trinta dias, será esta incluída na Ordem do Dia sobrestadas as demais proposições até que se ultime a votação. § 2º. Todos os prazos previstos para a apreciação e votação de projetos de urgência não correm nos períodos de recesso, nem se aplicam aos projetos de Lei Complementar. (NR)

Artigo 37 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

Art 38. A requerimento de qualquer Vereador, os Projetos de Lei, decorridos quarenta e cinco dias de seu recebimento, serão incluídos na Ordem do Dia mesmo sem Parecer. Parágrafo Único. O projeto somente pode ser retirado da Ordem do Dia a requerimento do Autor, aprovado pelo Plenário. Art 39. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 40. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto na mesma Sessão Legislativa mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal. (NR)

Artigo 40 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 41. A Câmara Municipal enviará o projeto de lei ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionará. § 1º. Se o Prefeito Municipal considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto. § 2º. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. § 3º. Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito Municipal importará sanção. § 4º. O veto será apreciado em sessão plenária, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores em escrutínio secreto. § 5º. Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Prefeito Municipal. § 6º. Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, de quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara o promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente da Câmara fazê-lo. (NR)

Artigo 41 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 42. Nos casos do art. 31, incisos IV e V, considerar-se-á, com a votação da redação final, encerrada a elaboração do Decreto Legislativo ou da Resolução, cabendo ao Presidente da Câmara a sua promulgação. (NR)

Artigo 42 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 43. São objeto de Leis Complementares: I – Código de Obras; II – Código de Posturas; III – Código Tributário do Município; IV – Plano Diretor; V – Código do Meio Ambiente; VI – Estatuto do Servidor Público; VII - a Lei que disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. § 1°. O quorum para aprovação das leis complementares é o da maioria absoluta.

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§ 2. Observado o Regimento Interno da Câmara Municipal, é facultada a realização de consulta pública aos projetos de leis complementares, pelo período de quinze dias para o recebimento de sugestões. § 3°. A sugestão popular referida no § 2° deste artigo não pode versar sobre assuntos com reserva de competência. (NR)

Artigo 42 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

CAPÍTULO II - DO PODER EXECUTIVO. Seção I - Do Prefeito e do Vice-Prefeito.

Art 44. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários e Assessores. Art 45. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para o mandato de quatro anos. Art 46. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na Sessão Solene de instalação da Câmara Municipal, após a posse dos Vereadores, e prestarão o seguinte compromisso: “PROMETO CUMPRIR A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO GABRIEL, EXERCER O MANDATO QUE ME FOI CONFIADO PELO POVO COM PATRIOTISMO, DEDICAÇÃO, LEALDADE E HONRA. § 1º. No ato da posse e ao final de cada ano até o término do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito, deverão apresentar declaração de bens. § 2º. Se o Prefeito ou Vice-Prefeito não tomar posse, decorridos dez dias da data fixada, salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago. Art 47. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e suceder-lhe-á no caso de vaga. Parágrafo único. Em caso de impedimento do Prefeito ou do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, será chamado ao exercício da Chefia do Poder Executivo o Presidente da Câmara Municipal. (NR)

Parágrafo Único com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art 48. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias depois da última vaga. Parágrafo Único. Ocorrendo a vacância após cumpridos ¾ (três quartos) do mandato do Prefeito, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pela Câmara Municipal de Vereadores. Art 49. O Prefeito terá direito a trinta dias de férias anuais sem prejuízo de sua remuneração. Parágrafo Único. Ao entrar em férias, deverá comunicar à Câmara Municipal e transmitir o cargo ao seu substituto.

Seção II - Das Atribuições do Prefeito. Art 50. Compete privativamente ao Prefeito: I – representar o Município em juízo e fora dele; II – nomear e exonerar os Secretários Municipais, os Diretores de Autarquias e Departamentos, além de titulares de Instituições de que participe o Município, na forma da Lei; III – iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei; IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execução; V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

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VI – dispor sobre a organização e o funcionamento da Administração Municipal, na forma da Lei; VII – declarar de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, bens para fins de desapropriação ou servidão administrativa; VIII – expedir atos próprios de sua atividade administrativa; IX – contratar a prestação de serviços e obras, observando o processo licitatório; X – planejar e promover a execução dos serviços públicos municipais; XI – prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos servidores; XII – enviar ao Poder Legislativo, nos prazos definidos em Lei, os projetos de Lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual; (NR) XIII - encaminhar à Câmara Municipal o Relatório de Gestão Fiscal, nos prazos definidos em Lei; (NR)

Inciso XIII com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. XIV – prestar, por escrito e no prazo de trinta dias, as informações que a Câmara Municipal solicitar a respeito dos serviços atinentes ao Poder Executivo; (NR)

Inciso XIV com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. XV - colocar à disposição da Câmara Municipal, na forma da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, e da Emenda Constitucional nº 25, de 14 de fevereiro de 2000, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias que lhes são próprias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, até o dia vinte de cada; (NR)

Inciso XV com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. XVI – decidir sobre requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidos em matéria da competência do Executivo Municipal; XVII – oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros públicos; XVIII – aprovar projetos de edificações e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou para fins urbanos; XIX – solicitar auxílio da Polícia do Estado, para a garantia de cumprimento de seus atos; XX – revogar atos administrativos por razões de interesse público e anulá-los por vício de legalidade, observado o devido processo legal; XXI – administrar os bens e as rendas municipais, promover o lançamento, a fiscalização e arrecadação de tributos; XXII – providenciar sobre o ensino público; XXIII – propor ao Poder Legislativo o arrendamento, o aforamento ou a alienação de próprios municipais, bem como a aquisição de outros; XXIV – propor a divisão administrativa do município de acordo com a Lei. XXV - dar ciência imediata à Câmara Municipal da assinatura de convênios envolvendo o Município e a União Federal, o Estado ou outros Municípios. (NR)

Inciso XXV acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº/2003. Art. 51. O Vice-Prefeito, além das atribuições que lhe são próprias, pode exercer outras, estabelecidas em Lei.

Seção III - Da Responsabilidade do Prefeito. Art. 52. Os crimes de responsabilidade, bem como as infrações político-administrativas do Prefeito, são definidos em Lei Federal, e a apuração desses ilícitos observará as normas de processo e de julgamento. Art. 53. O Prefeito Municipal será responsabilizado na forma da lei pelos atos praticados no exercício da função pública. (NR)

Artigo 53 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

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Seção IV - Dos Secretários Municipais.

Art. 54. Os Secretários Municipais e Assessores serão escolhidos entre brasileiros, maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. Farão declaração de bens no ato da posse e ao final de cada ano, até o término do exercício do cargo, sendo exoneráveis “ad nutum”. Art. 55. No impedimento do Secretário Municipal, e no caso de vacância, até que assuma o novo titular, suas atribuições serão desempenhadas por servidor da pasta, por designação do Prefeito Municipal. Art. 56. Compete ao Secretário Municipal, além de outras atribuições estabelecidas em lei: I – exercer a coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração municipal na área de sua competência e referendar os atos assinados pelo Prefeito; II – expedir instruções para execução das Leis, Decretos e Regulamentos: III – apresentar ao Prefeito Municipal relatório anual das atividades da Secretaria a seu cargo; IV – praticar os atos para as quais recebe delegação de competência do Prefeito; V – comparecer, sempre que convocado à Câmara Municipal para prestar informações ou esclarecimentos a respeito de assuntos compreendidos na área da respectiva Secretaria. § 1º. Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços autônomos ou autárquicos serão subscritos pelo Secretário da Administração. § 2 º. A infringência ao item V deste artigo, sem justificação, importa em crime de responsabilidade.

TÍTULO III - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL. (NR) TÍTULO III com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS. (NR) CAPÍTULO I com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

Art. 57. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em Lei, assim como aos estrangeiros, na forma da Lei; II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em Lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em Lei de livre nomeação e exoneração; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a ser preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em Lei específica; VIII – suscetível a Lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

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IX - a Lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do artigo 39 da Constituição Federal somente poderão ser fixados ou alterados por Lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual sempre na mesma data e sem distinção de índices; XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do Município, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos artigos 39, § 4º, 150, inciso II, 153, inciso III e seu § 2º, inciso I, da Constituição Federal; XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; c) a de dois cargos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e as sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da Lei; XIX - somente por Lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à Lei Complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da Lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. § 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. § 2º. A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da Lei. § 3º. A Lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;

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II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no artigo 5º, incisos X e XXXIII, da Constituição Federal; III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. § 4º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. § 5º. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do artigo 40 ou dos artigos 42 e 142 da Constituição Federal com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Lei Orgânica, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em Lei de livre nomeação e exoneração. (NR)

Artigo 57 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 58. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 59. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 60. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 61. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 62. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 63. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 64. Ao servidor em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: I – tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV – em qualquer caso em que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

CAPÍTULO II - DOS SERVIDORES PÚBLICOS. (NR) CAPÍTULO II com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

Art. 65. O Município instituirá conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. § 1º. A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos. § 2º. Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no artigo 7º, incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX da Constituição Federal, podendo a Lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quanto à natureza do cargo. § 3º. O detentor de mandato eletivo e os Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 57, incisos X e XI, da Lei Orgânica.

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§ 4º. Lei do Município poderá estabelecer relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 57, inciso XI, da Lei Orgânica. § 5º. Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão anualmente os valores dos subsídios e das remunerações dos cargos e empregos públicos. § 6º. A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 3º. (NR)

Artigo 65 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 66. Aos servidores titulares de cargos efetivos do Município, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. § 1º. Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do § 3º: I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em Lei; II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. § 2º. Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. § 3º. Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na forma da Lei, corresponderão à totalidade da remuneração. § 4º. É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em Lei Complementar. § 5º. Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, inciso III, alínea a), para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. § 6º. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Lei Orgânica, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. § 7º. Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no § 3º. § 8º. Observado o disposto no artigo 57, inciso XI, os proventos de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da Lei.

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§ 9º. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. § 10. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em Lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (NR)

Artigo 66 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 67. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º. O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de Lei Complementar, assegurada ampla defesa. § 2º. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. § 3º. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. § 4º. Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (NR)

Artigo 67 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 68. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 69. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 70. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 71. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 72. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 73. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 74. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 75. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 76. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003) Art. 77. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003)

TÍTULO IV - DOS CONSELHOS MUNICIPAIS. Art. 78. Os Conselhos Municipais são órgãos governamentais, que tem por finalidade auxiliar a Administração na orientação, planejamento, interpretação e julgamento de matérias de sua competência. Art. 79. Lei específica disporá sobre as atribuições de cada Conselho, sua organização, composição, funcionamento, forma de nomeação de titular e suplente e prazo de duração do mandato. Art. 80. Os Conselhos Municipais serão compostos na forma da lei, assegurada a participação popular.

Artigo 80 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 81. A Sociedade participará através dos Conselhos Comunitários e o da Defesa e Segurança no encaminhamento de soluções aos problemas atinentes à própria comunidade, na forma da Lei.

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TÍTULO V - DO ORÇAMENTO.

Art. 82. A receita e a despesa pública obedecerão às seguintes Leis de iniciativa do Poder Executivo: I – o Plano Plurianual; II – as Diretrizes Orçamentárias; III – os Orçamentos Anuais. § 1º. A Lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas de Administração Pública Municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. § 2º. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. § 3º. A Lei de Orçamento Anual compreenderá: I – orçamento fiscal referente aos poderes do Município, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II – o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III – o orçamento de seguridade social. § 4º. O Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo de efeito sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. § 5º. A Lei Orçamentária Anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação de despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contração de operações de créditos, ainda que por antecipação de receita. Art. 83. O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, Relatório Resumido de Execução Orçamentária. Parágrafo Único. As contas do Município ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade nos termos da Lei. Art. 84. O Poder Executivo encaminhará ao Tribunal de Contas do Estado e à Câmara Municipal o Relatório de Gestão Fiscal, nos prazos definidos em Lei. (NR)

Artigo 84 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 85. Os Projetos de Lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento Anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal, na forma de seu Regimento Interno. § 1º. Caberá a uma Comissão Permanente de Vereadores: I – examinar e emitir Parecer sobre os Projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal; II – examinar e emitir Parecer sobre os planos e programas municipais, regionais e setoriais, exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais Comissão da Casa. § 2º. As emendas serão apresentadas à Comissão, que emitirá parecer para apreciação, na forma regimental, pelo Plenário. § 3º. As emendas aos Projetos de Lei Orçamentária Anual, ou aos Projetos que o modifiquem, só poderão ser aprovados caso:

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I – sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, ou que incidem sobre: a) dotação de pessoal; b) serviço da dívida. III – sejam relacionados com: a) correção de erros ou omissões; b) os dispositivos de texto do Projeto de Lei. § 4º. As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o Plano Plurianual. § 5º. O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara de Vereadores para propor modificação aos Projetos a que se refere esse artigo, enquanto não iniciada a votação na Comissão Permanente da parte cuja alteração é proposta. § 6º. Os Projetos de Lei do Plano Plurianual, de Diretrizes Orçamentárias e dos Orçamentos Anuais serão enviados ao Poder Legislativo pelo Prefeito Municipal nos seguintes prazos: I – o Projeto de Lei do Plano Plurianual, até trinta de maio do primeiro ano do mandato do Prefeito; II – o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias anualmente até trinta de junho; III – o Projeto de Lei dos Orçamentos Anuais até trinta de outubro de cada ano. § 7º. Os Projetos de Lei de que trata o parágrafo anterior deverão ser encaminhados para sanção nos seguintes prazos: I – o Projeto de Lei do Plano Plurianual até quinze de julho do primeiro ano do mandato do Prefeito e o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias até quinze de agosto de cada ano; II – o Projeto de Lei Orçamentária Anual até quinze de dezembro de cada ano. § 8º. Os recursos que, em decorrência do veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. § 9º. A transparência durante os processos de elaboração e de discussão do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas. (NR)

§ 9º acrescido pela Emenda è Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 86. São vedados: I – o início de programas ou projetos não incluídos nas Leis Orçamentárias Anuais; II – a realização de despesas ou a tomada de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; III – a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crédito suplementar ou especial com finalidade precisa, aprovados pela Câmara de Vereadores por maioria absoluta; IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde e para manutenção e desenvolvimento do ensino, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas na Constituição Federal. (NR)

Inciso IV com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma dotação para outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa; VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados; VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidades ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos; IX – a instituição de fundos especiais de qualquer natureza sem prévia autorização legislativa.

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§ 1º. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Plano Plurianual, ou sem Lei que autorize sua inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. § 2º. Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. § 3º. A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes. Art. 87. A despesa com pessoal ativo não poderá exceder os limites estabelecidos em Lei Complementar Federal. Parágrafo Único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal e qualquer título, só poderão ser feitas: I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesas de pessoal e aos acréscimos decorrentes; II – se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Art. 88. As despesas com publicidade dos poderes do Município deverão ser objeto de dotação orçamentária específica.

TÍTULO VI – DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL. Art. 89. Na organização de sua economia, em cumprimento do que estabelecem as Constituições Federal e Estadual, o Município zelará pelos seguintes princípios: I – promoção do bem estar do homem com o fim essencial da produção e do desenvolvimento econômico; II – valorização econômica e social do trabalho e do trabalhador, associada a uma política de expansão das oportunidades de emprego e de humanização do processo social de produção, com a defesa dos interesses do povo; III – redemocratização do acesso à propriedade dos meios de produção; IV – planificação do desenvolvimento, determinante para o setor público e indicativo para o setor privado; V – integração e descentralização das ações públicas setoriais; VI – proteção da natureza e ordenação territorial; VII – condenação dos atos de exploração do homem pelo homem e de exploração predatória da natureza, considerando-se juridicamente ilícito e moralmente indefensável qualquer ganho individual ou social com bases neles; VIII – integração das ações do Município com as da União e do Estado, no sentido de garantir a segurança social, destinadas a tornar efetivos os direitos ao trabalho, à educação, habitação e à assistência social; IX – estímulo à participação da comunidade através de organizações representativas dela; X – preferência aos Projetos de cunho comunitário nos financiamentos públicos e incentivos fiscais. Art. 90. A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á pelos meios previstos em Lei para orientar e estimular a produção, corrigir e prevenir os abusos do poder econômico. Parágrafo único. O Município poderá intervir nos serviços concedidos ou nas atividades essenciais caso haja ameaça ou efetiva paralisação, respeitada a legislação federal ou estadual. (NR)

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Parágrafo Único com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 91. Na organização de sua economia, o Município combaterá a miséria, o analfabetismo, o desemprego, a propriedade improdutiva, a marginalização do indivíduo, o êxodo rural, a economia predatória e todas as formas de degradação da condição humana. Art. 92. Lei municipal definirá normas de incentivo às formas de associativismo e cooperativismo, às pequenas e micro-unidade econômicas e às empresas que estabelecerem participação dos trabalhadores nos lucros e na sua gestão. Art. 93. O Município buscará prevenir as situações de risco e criará programas de atendimento à população em caso de calamidade pública. (NR)

Artigo 93 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 94. Os planos de desenvolvimento econômico do Município terão o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida da população, a distribuição eqüitativa da riqueza produzida, o estímulo do homem do campo e o desenvolvimento social e econômico sustentável. Art. 95. Os investimentos do Município atenderão, em caráter prioritário, as necessidades básicas da população e deverão ser compatíveis com o plano de desenvolvimento econômico. Art. 96. O Plano Plurianual do Município e seu Orçamento Anual contemplarão expressamente recursos destinados ao desenvolvimento de uma política habitacional de interesse social, compatível com os programas estaduais dessa área. Art. 97. O Município promoverá programas de interesse social destinados a facilitar o acesso da população à habitação, priorizando: I – a regularização fundiária; II – a dotação de infra-estrutura básica e de equipamentos sociais; III – a implantação de empreendimentos habitacionais. Parágrafo Único. O Município apoiará a construção de moradias populares realizada pelos próprios interessados em regime de mutirão, mediante cooperativas habitacionais e outras formas alternativas. Art. 98. No planejamento e na ordenação urbanos, o Município visará: (NR)

Artigo 98 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. I – melhorar a qualidade de vida da população; II – promover a definição e realização da função social da propriedade urbana; III – promover a ordenação territorial, integrando as diversas atividades e funções urbanas; IV – prevenir e corrigir as distorções do crescimento urbano; V – distribuir os benefícios e encargos do processo de desenvolvimento do Município, inibindo a especulação imobiliária, os vazios urbanos e a excessiva concentração urbana; VI – promover a integração, racionalização e otimização da infra-estrutura urbana básica, priorizando os aglomerados de maior densidade populacional e as populações de menor renda; VII – impedir as agressões ao meio ambiente, estimulando ações preventivas e corretivas; VIII – preservar os sítios arqueológicos, as edificações e os monumentos de valor histórico, artístico e cultural; (NR)

Inciso VIII com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. IX – promover o desenvolvimento econômico local; X – preservar a zona de proteção de aeródromos.

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Art. 99. O parcelamento do solo para fins urbanos deverá estar inserido em área urbana ou de expansão urbana a ser definido em Lei Municipal. Art. 100. Na aprovação de qualquer projeto para construção de conjuntos habitacionais, o Município exigirá dos incorporadores a edificação de Escola com capacidade suficiente para atender à demanda gerada. Parágrafo Único. O Município poderá receber a Escola em doação, passando-a a integrar o patrimônio público. (NR)

Artigo 100 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 101. O Município, no empenho de sua organização econômica, planejará e executará políticas voltadas para agricultura e o abastecimento, especialmente quanto: I – ao desenvolvimento da propriedade em todas as suas potencialidades, a partir da vocação e da capacidade de uso do solo, considerando a proteção ao meio ambiente; II – ao fomento, à produção agropecuária e a de alimentos de consumo interno; III – ao incentivo à agroindústria; IV – ao incentivo ao cooperativismo, sindicalismo e associativismo; V – à implantação de cinturões verdes; VI – ao estímulo à criação de centrais de compras para abastecimento de microempresas, micro-produtores rurais e empresas de pequeno porte, com vista à diminuição do preço final das mercadorias e produtos para o consumidor; VII – ao incentivo à irrigação. Art. 102. O Município definirá formas de participação na política de combate ao uso de entorpecentes, objetivando a educação preventiva e a assistência e recuperação dos dependentes de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física e psíquica. Art. 103. Lei Municipal estabelecerá normas de construção de logradouros e dos edifícios de uso público, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadores de deficiência física. Parágrafo Único. O Poder Executivo adaptará os logradouros e edifícios públicos ao acesso de deficientes físicos. Art. 104. Lei Municipal estabelecerá uma política de turismo para o Município, definindo diretrizes a ser observadas nas ações públicas e privadas, como forma de promover o desenvolvimento econômico. Parágrafo Único. O Poder Executivo elaborará inventário e regulamentação do uso, ocupação e fruição dos bens naturais e culturais de interesse turístico, observada a competência da União e do Estado.

TÍTULO VII - DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO. CAPÍTULO I - DA EDUCAÇÃO.

Art. 105. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 106. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender e ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e a coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

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IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da Lei, plano de carreira para o magistério público municipal, com piso salarial profissional, ingresso exclusivamente por concurso público de provas e de títulos, assegurando regime jurídico único para todas as instituições escolares mantidas pelo Município; VI – gestão democrática do ensino público; VII – garantia de padrão de qualidade. Art. 107. O Município atuará prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar. § 1º. É dever do Município oferecer condições para o recenseamento dos educandos do ensino fundamental, zelando junto aos pais ou responsáveis pela freqüência regular à escola. § 2º. Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e orçamentários. § 3º. O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação. Art. 108. O Município aplicará, anualmente, vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do Ensino Público.

Artigo 108 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. Art. 109. O Município é obrigado a oferecer cursos de atualização e aperfeiçoamento aos professores e especialistas da rede escolar. Art. 110. Fica assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários o direito de se organizarem, em todos os estabelecimentos de ensino, sob a forma de associação. Art. 111. É gratuito o ensino nas escolas públicas municipais. § 1º. A educação de excepcionais será promovida supletivamente pelo Município. § 2º. O Município favorecerá, por todos os meios, o ensino supletivo de adolescentes e adultos. Art. 112. O Município, nos termos da Lei, organizará o Conselho Municipal de Educação.

CAPÍTULO II - DA CULTURA.

Art. 113. O Município estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações, garantindo o pleno e efetivo exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes de cultura, apoiando e incentivando a produção, a valorização e a difusão das manifestações culturais. Art. 114. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação e de outras formas de acautelamento e preservação.

CAPÍTULO III - DO DESPORTO.

Art. 115. É dever do Município fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um, observado: I – a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento; II – a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional;

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III – o tratamento diferenciado ao desporto profissional e não profissional, dando prioridade ao não-profissional; IV – a doação de instalações esportivas e recreativas para as instituições escolares; V – a garantia de condições para prática de educação física, do lazer e do esporte ao deficiente sensorial e mental.

TÍTULO VIII – DA SAÚDE PÚBLICA, DA ECOLOGIA E DO MEIO AMBIENTE. TÍTULO VIII com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

CAPÍTULO I – DA SAÚDE PÚBLICA. (NR) CAPÍTULO I acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

Art. 116. Cabe ao Município, em convênio com a União e o Estado, formar o sistema único de saúde, que deverá ser desbrurocratizado, com o fim de levar saúde preventiva e curativa à população urbana e rural. Art. 117. Cabe ao Município definir uma política de saúde e de saneamento básico, interligada com os programas da União e do Estado, com o objetivo de preservar a saúde individual e coletiva. Parágrafo Único. Os recursos repassados pelo Estado e destinados à saúde não poderão ser utilizados em outras áreas. Art. 118. Cabe ao Município a avaliação médica anual da capacidade física, auditiva e visual dos alunos da rede escolar pública municipal.

CAPÍTULO II – DA ECOLOGIA E DO MEIO AMBIENTE. (NR) CAPÍTULO II acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.

Art. 119. Cabe ao Município controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnica, métodos e substâncias que comportem riscos para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente. Art. 120. O Município, através de Lei, compatibilizará ações em defesa do meio ambiente àquelas do Estado. Art. 121. Cabe ao Município proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da Lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem sua degradação ou submetam os animais à crueldade.

TÍTULO IX - DOS BENS MUNICIPAIS.

Art. 122. São bens municipais todas as coisas, móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município. § 1º. É da competência do Prefeito a administração dos bens municipais, salvo os que são empregados nos serviços da Câmara Municipal. § 2º. A alienação dos bens municipais obedecerá às seguintes normas; I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência pública, dispensada esta nos casos de doação ou permuta; a) no contrato de doação devem constar, obrigatoriamente, os encargos do donatário, o prazo do cumprimento de tal encargo e a cláusula de retrocessão, sob pena de nulidade do ato. b) a doação ou a permuta de bens imóveis somente serão permitidas para entidades que possuam caráter assistencial ou quando houver interesse público relevante.

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II – quando móveis, dependerá de concorrência pública, dispensada esta nos casos de doação ou permuta, que somente serão permitidas para entidades que possuam caráter assistencial ou quando houver interesse público relevante; (NR)

§ 2º com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003. III – (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003). a) (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003).

TÍTULO X - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS.

Art. 123. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003). Art. 124. Cabe ao Município criar e regulamentar o Banco Municipal de Sangue. Art. 125. Cabe ao Município introduzir no ensino Municipal, mediante autorização do Conselho Estadual de Educação, matérias relativas: I – à legislação de trânsito; II – à prevenção ao tóxico; III – à história econômica, política e folclórica do Município. Art. 126. Cabe ao Município fomentar o ensino técnico, agropecuário, comercial e industrial, assim como incentivar cursos nesta área. Art. 127. Cabe ao Município incentivar a criação de creches pré-escolares para atendimento de crianças de zero a seis anos. Art. 128. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003). Art. 129. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003). Art. 130. Cabe ao Município, no prazo de 365 dias, conceder a posse definitiva através de escrita pública de todo o imóvel pertencente ao Município que conste como usuário o servidor público ou pessoas carentes, que até a promulgação da presente Lei, tenham edificação construída no local por tempo igual ou superior a cinco anos. Art. 131. Poderão ser cedidas a particulares, para serviços transitórios, máquinas e operadores do Município, desde que não haja prejuízo para o serviço, e desde que o interessado recolha, previamente, a remuneração arbitrada e assine o termo de responsabilidade pela conservação dos bens cedidos. Art. 132. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos Poderes Públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Parágrafo único. É assegurado ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo o direito de veicular notícias, informações e transmissão de atos de interesse público relevante. (NR)

Artigo 132 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/2003.