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AUDITORES DE JUSTIÇA DO XXIII CURSO NORMAL DE FORMAÇÃO DE MAGISTRADOS
(2004-2006) CARACTERIZAÇÃO SOCIOGRÁFICA
António Carlos Duarte Fonseca (dir.) Fernando Sousa Silva (sociólogo)
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 2007
AUDITORES DE JUSTIÇA DO XXIII CURSO NORMAL DE FORMAÇÃO DE MAGISTRADOS
(2004-2006) CARACTERIZAÇÃO SOCIOGRÁFICA
António Carlos Duarte Fonseca (dir.) Fernando Sousa Silva (sociólogo)
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 2007
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 3
Índice
1. OBJECTIVOS, POPULAÇÃO, METODOLOGIAS E ESTRUTURA DO ESTUDO............... 4 1.1. OBJECTIVOS ...................................................................................................................................................4
1.2. POPULAÇÃO-ALVO .........................................................................................................................................6
1.3. FASES DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ...............................................................................................6
1.4. METODOLOGIAS E VALIDADE DOS DADOS.....................................................................................................7
1.5. ESTRUTURA ....................................................................................................................................................7
2. RETRATO SOCIOGRÁFICO DOS AUDITORES DE JUSTIÇA DO XXIII CURSO NORMAL DE FORMAÇÃO DE MAGISTRADOS....................................................... 9
2.1. AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR GÉNERO E SEGUNDO A IDADE............................................9
2.2. AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR PERCURSO ACADÉMICO .....................................................13
2.3. AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR ESTADO CIVIL ....................................................................18
2.4. AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR NATURALIDADE..................................................................20
2.5. AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR RESIDÊNCIA ........................................................................29
2.6. AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR REGIÃO DE NATURALIDADE E DE RESIDÊNCIA (REGIÕES NUTS II)...........................................................................................................36
2.7. AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR NOTA DE LICENCIATURA ...................................................38
2.8. AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR Nº DE ANOS DECORRIDOS APÓS A CONCLUSÃO DA LICENCIATURA ..............................................................................................................................................43
2.9. AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR ACTIVIDADE EXERCIDA NO MOMENTO DA CANDIDATURA AO INGRESSO NO CEJ ........................................................................................................48
2.10.AUDITORES DO XXIII CURSO NORMAL, POR NOTA DE INGRESSO NO CEJ ..........................................53
3. CONCLUSÕES E RETRATO-ROBOT ................................................. 58 3.1. CONCLUSÕES ................................................................................................................................................58
3.2. RETRATO-ROBOT DO AUDITOR DE JUSTIÇA DO XXIII CURSO NORMAL DE FORMAÇÃO DE MAGISTRADOS ..............................................................................................................................................59
ANEXO ............................................................................... 60
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
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1. Objectivos, população, metodologias e estrutura do estudo
1.1. Objectivos
O objectivo deste estudo é conhecer o conjunto dos auditores de justiça do
XXIII Curso Normal de Formação de Magistrados, que se iniciou em 15 de Setembro de
2004 e terminou em 14 de Julho de 2006, nomeadamente:
▪ Atributos individuais e sociais (idade, sexo, naturalidade,
residência, estado civil e actividade profissional exercida antes do
ingresso no CEJ);
▪ Percurso académico (universidade, classificação final, ano de
conclusão de licenciatura e nota de ingresso no CEJ).
O apuramento destes dados permitirá ter uma visão global e caracterizadora da
população em questão fornecendo dados que se poderão revelar importantes para a
concepção de uma formação inicial de magistrados mais adequada e, logo, mais
eficaz.
Para além de poder ajudar a perceber algum do «background» socio-económico
dos futuros magistrados, poderá contribuir para ajudar a esclarecer algumas questões
pertinentes e nem sempre consensuais como, a título de exemplo:
▪ Até que ponto a tão propalada «juventude» dos magistrados
recém-formados é ou não um mito?
▪ Será que, de facto, as magistraturas portuguesas são cada vez
mais «femininas», podendo advir daí importantes mudanças
jurisprudenciais ou na imagem socialmente percepcionada?
▪ Haverá correspondência entre as classificações finais de
licenciatura e do concurso de ingresso no CEJ?
▪ Haverá predominância de determinadas regiões do país ou de
regiões com determinadas características (rural ou urbana, por
exemplo)?
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
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▪ Qual a experiência profissional jurídica anterior, e até que ponto
esse facto revelará algo sobre o comportamento e a posição
ideológica dos futuros magistrados relativamente à máquina
judicial portuguesa?
▪ E, talvez a grande questão, que factores individuais, sociais e
académicos poderão estar por trás de decisão de ingresso no CEJ?
Talvez nas respostas a estas questões se possam começar a explicar processos e
dinâmicas que se desenrolam no seio das magistraturas. Contudo, o objectivo deste
trabalho é mais modesto: sem ambicionar responder a estas perguntas, pretende,
acima de tudo, fornecer dados essenciais à sua discussão.
Para além de se poder tornar numa importante fonte de informação, este
trabalho pretende ainda servir de ponto de partida para outros estudos a desenvolver
pelo GEJS no âmbito das suas atribuições, nomeadamente estudando a população
deste mesmo curso que concluiu com sucesso a formação profissionalizante ministrada
no CEJ, na sequência, aliás, de outros trabalhos anteriormente desenvolvidos neste
Gabinete. Por outro lado, um trabalho deste tipo permitirá fazer, por um lado,
pertinentes análises diacrónicas e, por outro, estabelecer comparações com
instituições estrangeiras semelhantes.
É um trabalho sociográfico, logo com uma natureza sobretudo empírica e
descritiva. É o estudo possível dadas as limitações dos dados disponíveis.
Referenciaram-se duas variáveis que serviram de base aos cruzamentos de
dados que constam da maior parte dos quadros de resultados, a saber:
▪ o género, e
▪ a natureza de universidade que conferiu o grau de licenciatura.
De entre aquelas que a disponibilidade dos dados recolhidos permite,
considerou-se que estas eram as mais importantes e caracterizadoras da população
em estudo estando, por outro lado, entre as mais úteis para futuras análises e
desenvolvimentos.
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1.2. População-alvo
A população em estudo é a dos auditores de justiça que ingressaram e
efectivamente frequentaram todo ou parte do XXIII Curso Normal de Formação de
Magistrados, num total de 139 indivíduos.
Dos 140 auditores nomeados, exclui-se da presente investigação uma auditora
que requereu, sendo-lhe concedido, adiamento para o XXIV Curso Normal, pelo que
não chegou a frequentar a formação do XXIII Curso pelo que, não foi integrada na
população-alvo deste estudo.
De outro modo, e dada a possibilidade da sua integração em futuros cursos de
formação inicial de magistrados, distorcer-se-iam os resultados diacrónicos devido à
dupla contagem.
1.3. Fases do procedimento administrativo
O concurso de ingresso no CEJ pelo qual a grande maioria dos auditores de
justiça acederam ao XXIII Curso Normal foi aberto por despacho do Secretário de
Estado Adjunto da Ministra da Justiça, datado de 4 de Fevereiro de 2004, tendo o
respectivo aviso sido publicado, sob o nº 1793/2004, no Diário da República – II Série,
nº 34, de 10 de Fevereiro de 2004.
Pelo Despacho Conjunto nº 91/2004, da Presidência do Conselho de Ministros e
do Ministério das Finanças1 foram descongelados 140 lugares de auditores de Justiça
para frequência do curso objecto do presente estudo. Finalmente, pelo Aviso nº
9383/20042 foram nomeados os 140 auditores de justiça para frequentar o XXIII Curso
Normal de Formação de Magistrados3.
1 Publicado no Diário da República – II Série, nº 42, de 19 de Fevereiro de 2004 2 Publicado no Diário da República – II Série, nº 240, de 12 de Outubro de 2004, 3 Aviso posteriormente rectificado pela Rectificação nº 1484/2004, publicada no Diário da República – II Série, nº 253, de 27 de Outubro de 2004
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1.4. Metodologias e validade dos dados
Dado que, à data da elaboração do presente trabalho, o XXIII Curso Normal já
havia concluído a fase teórico-prática da formação inicial de magistrados, a recolha
dos dados passou pela pesquisa na documentação administrativa disponível nas
Secções de Pessoal, Expediente e Arquivo, e Pedagógica, de Estudos e de Estágios
sobre cada um dos auditores de justiça deste curso.
Esta situação impõe, como é lógico, algumas limitações nos dados recolhidos,
impedindo algumas análises mais profundas.
A qualidade e fidedignidade dos dados – até por se tratar dos dados oficiais que
servem de suporte à gestão administrativa e pedagógica do CEJ – podem considerar-se
bastante boas, não havendo qualquer campo em branco na base de dados que
suportou a presente pesquisa. Estes dados foram, em seguida, inseridos (ou mais
exactamente «copiados») em folha de cálculo Excel – assegurando-se deste modo a
integridade dos dados – software que, devido à pequena dimensão da população
estudada, se revelou suficiente, servindo de suporte ao apuramento dos resultados,
com o auxílio das ferramentas estatísticas e de tabela dinâmica.
1.5. Estrutura
O presente trabalho encontra-se dividido em duas partes:
▪ A primeira parte apresenta os resultados da investigação
efectuada;
▪ Na segunda parte tiram-se algumas conclusões e traça-se um
retrato-robot do auditor de justiça do XXIII Curso Normal de
Formação de Magistrados.
No que à primeira parte concerne, as limitações estatísticas impostas pelos
dados disponíveis permitem, ainda assim, apurar os seguintes indiciadores:
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▪ Género;
▪ Idade (calculada à data da publicação do aviso de abertura do
concurso de ingresso no CEJ, ou seja, 10 de Fevereiro de 2004);
▪ Percurso académico, nomeadamente a universidade que conferiu
grau de licenciatura e a classificação final, bem como o número
de anos decorridos após a conclusão desta, contados até data da
publicação do aviso de abertura do concurso de ingresso no CEJ de
2004;
▪ Naturalidade, apurada sobre a perspectiva da divisão distrital, e
das regiões estatísticas NUTS II e NUTS III;
▪ Residência, apurada nos mesmos moldes que a naturalidade;
▪ Actividade profissional exercida no momento da candidatura ao
ingresso no CEJ;
▪ Classificação final obtida no concurso de ingresso no CEJ.
Quanto ao retrato-robot, foram consideradas as características com maior peso
percentual que, somadas, agrupam pelos menos 50% dos auditores.
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2. Retrato sociográfico dos auditores de justiça do XXIII Curso Normal de Formação de Magistrados
2.1. Auditores do XXIII Curso Normal, por género e segundo a idade
Género Idades/indicador Total Feminino Masculino
Total… 139 104 35
≤24 anos 1 1 --
≥25 e ≤29 anos 113 85 28
≥30 e ≤34 anos 18 14 4
≥35 e ≤39 anos 5 3 2
≥40 e ≤44 anos 2 1 1
Média 27,79 27,65 28,20
Mediana 25 25 ; 26 25
Indica
dore
s es
tatíst
icos
Moda 27 27 27
Gráfico 1
Auditores do XXIII Curso Normal, por género
Feminino74,8%
Masculino25,2%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
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Gráfico 2
Auditores do XXIII Curso Normal, por idade
0,7%
61,2%
10,1%
2,2%
0,7%
0,0%
20,1%
2,9%
1,4%
0,7%
65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 5 10 15 20 25
18-24
25-29
30-34
35-40
40-44
%
% Feminino % Masculino
Gráfico 3
Auditores do XXIII Curso Normal, por idade
≥25 e ≤29 anos81,3%
≥30 e ≤34 anos12,9%
≤24 anos0,7%
≥40 e ≤44 anos1,4%
≥35 e ≤39 anos3,6%
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Gráfico 4
Auditores do XXIII Curso Normal do género feminino, por idade
≥25 e ≤29 anos81,7%
≥30 e ≤34 anos13,5%
≥35 e ≤39 anos2,9%
≥40 e ≤44 anos1,0%
≤24 anos1,0%
Gráfico 5
Auditores do XXIII Curso Normal do género masculino, por idade
≥25 e ≤29 anos80,0%
≥30 e ≤34 anos11,4%
≥40 e ≤44 anos2,9%
≥35 e ≤39 anos5,7%
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No XXIII Curso Normal de Formação de Magistrados é larga a maioria de
auditores do género feminino. De facto, praticamente 3 em cada 4 auditores são
mulheres.
A análise por escalão etário mostra-nos que há uma forte predominância de
auditores com idades entre os 25 e os 29 anos, com percentagens iguais ou superiores
a 80%, tanto a nível geral, como dentro de cada género. Aliás, a quase totalidade dos
auditores tem idade inferior a 35 anos (mais exactamente 94,9%).
Olhando para a pirâmide etária, constata-se que, tendo em conta a proporção
de ambos os géneros no total de auditores do XXIII Curso Normal, há alguma simetria,
podendo concluir-se que, excluindo o facto de não haver um único auditor masculino
com idade inferior a 25 anos, a distribuição etária dentro de cada género é
relativamente semelhante.
Quanto aos indicadores estatísticos, verifica-se que a média geral ronda os 28
anos de idade, sendo este valor mais elevado no género masculino (28,20 anos) do
que no género feminino (27,79 anos).
Ainda relativamente a indicadores estatísticos, neste caso a moda, constata-se
que o valor é de 25 anos de idade, se bem que no género feminino, apareça o mesmo
número de auditoras com 26 anos de idade.
Quanto à mediana constata-se que pelo menos metade dos auditores tem idade
igual ou inferior a 27 anos, facto que é igualmente verdadeiro para ambos os sexos.
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2.2. Auditores do XXIII Curso Normal, por percurso académico
Género Natureza da Universidade Universidade Total Feminino Masculino
U. Autónoma de Lisboa 5 3 2 U. Católica de Lisboa 4 3 1
U. Católica do Porto 11 4 7 U. Lusíada de Lisboa 13 8 5
U. Lusíada do Porto 4 2 2 U. Moderna de Lisboa 1 1 --
U. Moderna do Porto 2 2 -- U. Portucalense 11 6 5
Universidades Particulares
Subtotal das Universidades Particulares 51 29 22 U. de Lisboa 52 46 6
U. de Coimbra 26 22 4 U. do Porto 5 3 2
U. do Minho 5 4 1
Universidades Públicas
Subtotal das Universidades Públicas 88 75 13 Total 139 104 35
Gráfico 6
Auditores do XXIII Curso Normal, por universidade conferente dograu de licenciatura
U. de Lisboa37,4%
U. de Coimbra18,7%
U. do Minho3,6%
U. do Porto3,6%
U. Autónoma de Lisboa3,6%
U. Católica de Lisboa2,9%
U. Católica do Porto7,9%
U. Lusíada de Lisboa9,4% U. Lusíada do Porto
2,9%
U. Moderna de Lisboa0,7%
U. Moderna do Porto1,4%
U. Portucalense7,9%
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Gráfico 7
Auditores do XXIII Curso Normal, por Universidade conferente do grau de licenciatura, segundo o género
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
U. Autónoma d
e Lisb
oa
U. Cató
lica de L
isboa
U. Cató
lica do Porto
U. Lusíada d
e Lisb
oa
U. Lusíada d
o Porto
U. Modern
a de L
isboa
U. Modern
a do Porto
U. Portu
calense
U. de Lisb
oa
U. de Coimbra
U. do Minho
U. do Porto
Nº d
e aud
itore
s
Feminino Masculino
Universidades Particulares Universidades Públicas
Gráfico 8
Auditores do XXIII Curso Normal, por natureza da Universidade conferente do grau de licenciatura
Particular36,7%
Pública63,3%
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Gráfico 9
Auditores do XXIII Curso Normal licenciados por universidades particulares, por género
Feminino56,9%
Masculino43,1%
Gráfico 10
Auditores do XXIII Curso Normal licenciados por universidades públicas, por género
Feminino85,2%
Masculino14,8%
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Gráfico 11
Auditores do XXIII Curso Normal do género feminino, por natureza da Universidade conferente do grau de licenciatura
Particular27,9%
Pública72,1%
Gráfico 12
Auditores do XXIII Curso Normal do género masculino, por natureza da Universidade conferente do grau de licenciatura
Particular62,9%
Pública37,1%
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Mais de metade (56,1%) dos auditores de justiça do XXIII Curso Normal são
licenciados pelas universidades de Coimbra e Lisboa, ambas universidades públicas.
Destacam-se ainda, com percentagens relevantes, as universidades Lusíada de
Lisboa (com 9,4%), Portucalense e Católica do Porto (com 7,9%, cada), todas elas
particulares. De resto, nenhuma das outras universidades consegue ultrapassar a
percentagem de 3,6%.
Relativamente à Universidade Católica do Porto há um facto que merece
menção pela sua excepcionalidade – é a única universidade que “forneceu” mais
auditores do género masculino do que feminino (sete contra quatro,
respectivamente), sendo mesmo a universidade que mais auditores do sexo masculino
forneceu, superando a Universidade de Lisboa. A Universidade Lusíada do Porto
consegue igualar o número de auditores em ambos os géneros. Todas as outras
universidades estão representadas com mais auditores do género feminino do que
masculino.
Agregando as universidades em função da sua natureza pública/particular,
constata-se que quase dois terços dos auditores do XXIII Curso Normal obtiveram
licenciatura em universidades públicas, mais exactamente 63,3%. De realçar que as
universidades do Porto e do Minho contribuem com apenas com 7,2% para este valor,
ficando o restante “a cargo” das já mencionadas universidades de Coimbra e Lisboa.
No entanto, analisando cada um destes agregados – universidade particular ou
pública – à luz do género, verifica-se que os auditores do XXIII Curso licenciados por
universidades públicas são na sua larguíssima maioria do género feminino (quase 6
auditoras para um auditor), enquanto os géneros dos auditores provindos de
universidades particulares se equilibram, apesar da ligeira vantagem do género
feminino.
Invertendo a análise – ou seja, analisando o género em função da natureza da
universidade que conferiu licenciatura – verificamos, naturalmente, que quase três
quartos das auditoras licenciaram-se em universidades públicas enquanto que no
género masculino, ao invés, quase dois terços se licenciaram em universidades
particulares.
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2.3. Auditores do XXIII Curso Normal, por estado civil
Género Estado civil Total Feminino Masculino
Total 139 104 35 Solteiro 110 80 30
Divorciado 2 2 -- Casado 27 22 5
Gráfico 13
Auditores do XXIII Curso Normal, por estado civil
Casado19,4%
Divorciado1,4%
Solteiro79,1%
Gráfico 14
Auditores do XXIII Curso Normal do género feminino, por estado civil
Casado21,2%
Divorciado1,9%
Solteiro76,9%
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Gráfico 15
Auditores do XXIII Curso Normal do género masculino, por estado civil
Casado14,3%
Solteiro85,7%
A grande maioria dos auditores do XXIII Curso Normal – quase 80% – é solteira.
No género feminino esta percentagem desce ligeiramente enquanto que, em
sentido inverso, sobre ligeiramente a percentagem de auditoras casadas. Registe-se
ainda que é no género feminino que se encontram os dois auditores divorciados.
No género masculino, para além do já mencionado facto de não existirem
auditores divorciados, é visível uma maior percentagem de auditores solteiros e a
correspondente diminuição da percentagem de auditores casados relativamente ao
género feminino.
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2.4. Auditores do XXIII Curso Normal, por naturalidade
a) Auditores do XXIII Curso Normal, por distrito/região autónoma/país de naturalidade
Distrito/Região Autónoma/País de naturalidade
Nº de auditores
Aveiro 7 Beja 1
Braga 7 Bragança 1
Castelo Branco 1 Coimbra 6
Évora 2 Faro 1
Guarda 1 Leiria 5
Lisboa 42 Portalegre 2
Porto 26 Santarém 3
Setúbal 4 Viana do Castelo 3
Vila Real 2 Viseu 5
R. A. Açores 2 R. A. Madeira 1
Nasc
idos e
m ter
ritório
nacio
nal
Subtotal… 122 Alemanha 2
Angola 6 Brasil 1
Espanha 1 França 4
Moçambique 1 São Tomé e Príncipe 1
Venezuela 1 Nasc
idos f
ora d
o ter
ritório
na
ciona
l
Subtotal… 17 TOTAL… 139
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Gráfico 16
Auditores do XXIII Curso Normal, por naturalidade(distrito/região autónoma/país)
Lisboa30,2%Portalegre
1,4%
Porto18,0%
Évora1,4%
Faro0,7%
Santarém2,2%
Setúbal2,9%
Viana do Castelo2,2%
Vila Real2,2%
Viseu3,6%
R. A. Açores1,4%
R. A. Madeira0,7%
Fora do território nacional12,2%
Coimbra4,3%
Castelo Branco0,7%
Bragança0,7%
Braga5,0%
Beja0,7%
Aveiro5,0%
Guarda0,7%
Leiria3,6%
Auditores do XXIII Curso Normal, por naturalidade (Distritos de Portugal continental)
Legenda: █ ≥21 auditores █ 16 a 20 auditores █ 11 a 15 auditores
█ 7 a 10 auditores █ 4 a 6 auditores █ 1 a 3 auditores
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Quase metade dos auditores de justiça do XXIII Curso Normal nasceu nos
distritos de Lisboa e Porto, ou seja, nas duas grandes regiões metropolitanas do país.
Destacam-se ainda os distritos de Aveiro e Braga, que conseguem atingir 5%.
Somando as percentagens destes quatro distritos, verifica-se que eles perfazem
mais de metade dos auditores de justiça do XXIII Curso – exactamente 58,2%.
De mencionar ainda que 12,2% dos auditores do XXIII Curso Normal nasceram
fora do território nacional, valor que só é superado pelos já referidos distritos de
Lisboa e Porto. Se exceptuarmos o auditor nascido em Espanha, todos os auditores
nascidos fora do território nacional nasceram em países que reúnem pelo menos uma
das seguintes características:
▪ Países que são ex-colónias portuguesas;
▪ Países que foram destinos tradicionais da emigração portuguesa.
A visualização do mapa da página anterior mostra-nos, por outro lado, uma
maior concentração de auditores nascidos na faixa litoral compreendida entre os
distritos de Braga e de Setúbal.
b) Auditores do XXIII Curso Normal, por naturalidade de acordo com a divisão regional NUTS II4
Género Natureza da universidade
conferente do grau de licenciatura Região NUTS II de naturalidade Total Feminino Particular Particular Pública
Total 139 104 35 51 88 Alentejo 5 5 -- 2 3 Algarve 1 1 -- -- 1 Centro 25 15 10 6 19 Lisboa 46 39 7 14 32
Norte 42 28 14 22 20 R. A. Açores 2 2 -- -- 2
R. A. Madeira 1 1 -- -- 1 Fora do território nacional 17 13 4 7 10
4 Conforme definida no Decreto-Lei º 46/89, de 15 de Fevereiro, com as alterações introduzidas pelos Decretos-Lei nº 163/99, de 13 de Maio, nº 317/99, de 11 de Agosto e nº 244/2002, de 5 de Novembro.
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Gráfico 17
Auditores do XXIII Curso Normal, por região NUTS II de naturalidade
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte R. A. Açores R. A. Madeira Fora do territ.Nacional
Nº d
e aud
itore
s
Feminino Masculino
Gráfico 18
Auditores do XXIII Curso Normal, por região NUTS II de naturalidade e por natureza da universidade conferente do grau de licenciatura
0
5
10
15
20
25
30
35
Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte R. A. Açores R. A. Madeira Fora doterritórionacional
Nº d
e aud
itore
s
U. Particulares U. Públicas
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
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Gráfico 19
Auditores do XXIII Curso Normal, por região NUTS II de naturalidade
Centro18,0%
Lisboa33,1%
Norte30,2%
R. A. Madeira0,7%
R. A. Açores1,4%
Fora do territ. Nacional12,2%
Alentejo3,6%
Algarve0,7%
Gráfico 20
Auditores do XXIII Curso Normal do género feminino, por região NUTS II de naturalidade
Centro14,4%
Lisboa37,5%
Algarve1,0%
Alentejo4,8%
Fora do territ. Nacional12,5%
R. A. Açores1,9%
R. A. Madeira1,0%
Norte26,9%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 25
Gráfico 21
Auditores do XXIII Curso Normal do género masculino, por região NUTS II de naturalidade
Norte40,0%
Fora do territ. Nacional11,4%
Lisboa20,0%
Centro28,6%
Gráfico 22
Auditores do XXIII Curso licenciados por universidades particulares, por região NUTS II de naturalidade
Lisboa27,5%
Norte43,1%
Fora do território nacional13,7%
Centro11,8%
Alentejo3,9%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 26
Gráfico 23
Auditores do XXIII Curso licenciados por universidades públicas, por região NUTS II de naturalidade
Centro21,6%
Lisboa36,4%
Norte22,7%
R. A. Açores2,3%
Fora do território nacional11,4%
R. A. Madeira1,1%
Algarve1,1%
Alentejo3,4%
Mais de 80% dos auditores do XXIII Curso Normal são naturais de apenas três
regiões NUTS II: Lisboa, Norte e Centro.
No género masculino esta concentração é quase total – dos 35 auditores, 31
nasceram nestas regiões. Os restantes quatro nasceram fora do território nacional. Ou
seja, dito de outra forma, todos os auditores do sexo masculino nasceram apenas nas
regiões Norte, Centro, Lisboa ou fora do território nacional.
Quanto ao género feminino, a dispersão é maior. Há auditoras nascidas em
todas as regiões NUTS II, regiões autónomas e também fora do território nacional.
Ainda assim, 78,8% das auditoras nasceram nas regiões Norte, Centro e de Lisboa,
valor que indica uma concentração igualmente bastante acentuada.
Fazendo a mesma análise mas pela perspectiva da natureza da universidade
conferente do grau de licenciatura, a região Norte é a única onde os auditores aí
nascidos e licenciados por universidades particulares supera o número de auditores
licenciados por universidades públicas.
Aliás, verifica-se que a maior fatia dos auditores licenciados por universidades
particulares é nascida na região Norte, seguida, de longe, pela região de Lisboa. No
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 27
universo dos licenciados em universidades públicas dá-se exactamente o inverso
apesar da diferença entre as duas regiões não ser tão acentuada. É ainda de assinalar
que a região Centro obtém no agregado das universidades públicas quase o dobro da
percentagem que obtém no agregado dos licenciados em universidades particulares.
Ainda relativamente aos auditores do XXIII Curso licenciados por universidades
particulares é de destacar o facto de que estes se distribuem por menos regiões, mais
exactamente cinco, a saber: Norte, Centro, Lisboa, Alentejo ou fora do território
nacional.
b) Auditores do XXIII Curso Normal, por naturalidade de acordo com a divisão regional NUTS III5
Género Natureza da universidade
conferente do grau de licenciatura Região NUTS III de naturalidade Total Feminino Particular Particular Pública
Total 139 104 35 51 88 Alentejo Central 2 2 -- -- 2 Alentejo Litoral 1 1 -- 1 --
Algarve 1 1 -- -- 1 Alto Alentejo 2 2 -- 1 1
Alto Trás-os-Montes 1 1 -- -- 1 Ave 6 4 2 3 3
Baixo Mondego 6 4 2 -- 6 Baixo Vouga 4 4 -- 1 3
Beira Interior Norte 1 1 -- -- 1 Cávado 4 2 2 1 3
Cova da Beira 1 1 -- -- 1 Dão-Lafões 5 2 3 2 3
Douro 3 2 1 2 1 Entre Douro e Vouga 3 2 1 2 1
Grande Lisboa 40 34 6 12 28 Grande Porto 21 14 7 12 9
Médio Tejo 3 1 2 2 1 Minho-Lima 3 3 -- 1 2
Oeste 4 2 2 -- 4 Península de Setúbal 4 3 1 2 2
Pinhal Litoral 3 2 1 1 2 Tâmega 1 -- 1 1 --
R. A. dos Açores 2 2 -- -- 2 R. A. da Madeira 1 1 -- -- 1
Fora do território nacional 17 13 4 7 10
5 Conforme definida no Decreto-Lei º 46/89, de 15 de Fevereiro, com as alterações introduzidas pelos Decretos-Lei nº 163/99, de 13 de Maio, nº 317/99, de 11 de Agosto e nº 244/2002, de 5 de Novembro.
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 28
Auditores do XXIII Curso Normal, por naturalidade (Portugal continental - regiões NUTS III)
Legenda: █ ≥21 auditores
█ 16 a 20 auditores █ 11 a 15 auditores
█ 7 a 10 auditores █ 4 a 6 auditores █ 1 a 3 auditores
A visualização da distribuição da naturalidade dos auditores de justiça do XXIII
Curso Normal no território nacional confirma-nos a forte concentração de auditores
nascidos na faixa litoral do território continental português, particularmente nas
regiões NUTS III da Grande Lisboa e Grande Porto.
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 29
2.5. Auditores do XXIII Curso Normal, por residência
a) Auditores do XXIII Curso Normal, por distrito/região autónoma de residência
Distrito de residência Nº de
Auditores Total 139
Aveiro 5 Braga 7
Castelo Branco 1 Coimbra 4
Évora 1 Faro 3
Guarda 1 Leiria 4
Lisboa 57 Porto 37
Santarém 2 Setúbal 9
Viana do Castelo 3 Viseu 4
R. A. Madeira 1
Gráfico 24
Auditores do XXIII Curso Normal, por distrito/região autónoma de residência
Lisboa41,0%
Porto26,6%
Coimbra2,9%
Évora0,7%
Faro2,2%
Guarda0,7%
Leiria2,9%
Castelo Branco0,7%
Braga5,0%
Aveiro3,6%
Viseu2,9%
Viana do Castelo2,2%
Setúbal6,5%
Santarém1,4%
R. A. Madeira0,7%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 30
Auditores do XXIII Curso Normal, por residência (Portugal continental - Distritos)
Legenda: █ ≥21 auditores
█ 16 a 20 auditores █ 11 a 15 auditores
█ 7 a 10 auditores █ 4 a 6 auditores █ 1 a 3 auditores
Mais de dois terços dos auditores de justiça do XXIII Curso Normal – em termos
percentuais, quase 68% – residem nos distritos de Lisboa e Porto. Os distritos de
Setúbal e Braga conseguem, identicamente, um resultado digno de menção (6,5% e
5%, respectivamente). Essa concentração é, aliás, visível, no mapa de Portugal
continental que antecede.
Nenhum dos restantes distritos obtém um valor superior a 3,6%.
Há uma forte concentração de auditores residentes no litoral do país,
nomeadamente na faixa litoral que vai de Braga a Setúbal.
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 31
b) Auditores do XXIII Curso Normal, por residência de acordo com a divisão regional NUTS II
Género Natureza da universidade
conferente do grau de licenciatura Região NUTS II de residência Total Feminino Particular Particular Pública
Total 139 104 35 51 88 Alentejo 2 2 -- -- 2 Algarve 3 3 -- -- 3 Centro 24 18 6 4 20 Lisboa 61 49 12 19 42
Norte 48 31 17 28 20 R. A. Madeira 1 1 -- -- 1
Gráfico 25
Auditores do XXIII Curso Normal, por região NUTS II de residência
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte R. A. Madeira
Nº d
e aud
itore
s
Feminino Masculino
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 32
Gráfico 26
Auditores do XXIII Curso Normal, por região NUTS II de residência e por natureza da universidade conferente do grau de licenciatura
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte R. A. Madeira
Nº d
e aud
itore
s
U. Particulares U. Públicas
Gráfico 27
Auditores do XXIII Curso Normal, por região estatística NUTS II de residência
Centro17,3%
Lisboa43,9%
Norte34,5%
Algarve2,2%
Alentejo1,4%R. A. Madeira
0,7%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 33
Gráfico 28
Auditores do XXIII Curso Normal do género feminino, por região estatística NUTS II de residência
Centro17,3%
Lisboa47,1%
Norte29,8%
Algarve2,9%
Alentejo1,9%R. A. Madeira
1,0%
Gráfico 29
Auditores do XXIII Curso Normal do género masculino, por região estatística NUTS II de residência
Norte48,6%
Lisboa34,3%
Centro17,1%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 34
Gráfico 30
Auditores do XXIII Curso licenciados por universidades particulares, por região NUTS II de residência
Norte54,9%
Lisboa37,3%
Centro7,8%
Auditores do XXIII Curso licenciados por universidades públicas, por região NUTS II de residência
Centro22,7%
Lisboa47,7%
Norte22,7%
R. A. Madeira1,1%
Algarve3,4%
Alentejo2,3%
Também aqui se verifica uma grande concentração de auditores residentes em
apenas três regiões NUTS II – Centro, Lisboa e Norte – que, somadas, atingem um valor
superior a 95%.
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 35
De destacar que, no género masculino, a região Norte é a região de residência
de quase metade dos auditores do XXIII Curso Normal do género masculino. No género
feminino verifica-se fenómeno semelhante com a região de Lisboa.
Tal como aconteceu na análise da naturalidade dos auditores do XXIII Curso
Normal, é novamente a região Norte a única a ter mais auditores residentes
licenciados por universidades particulares do que por universidades públicas.
Aliás, os auditores licenciados por universidades particulares residem em
apenas três regiões: Norte, Centro e Lisboa. São igualmente estas regiões que
dominam fortemente no agregado dos auditores licenciados por universidades
públicas, com 93,2%, ficando os restantes 6,8% distribuídos por auditores residentes
nas regiões alentejana, algarvia e madeirense.
b) Auditores do XXIII Curso Normal, por região estatística NUTS III6 de
residência
Género Natureza da universidade
conferente do grau de licenciatura Região NUTS III de residência Total Feminino Particular Particular Pública
Total 139 104 35 51 88 Alentejo Central 2 2 -- -- 2 Alentejo Litoral 1 1 -- 1 --
Algarve 1 1 -- -- 1 Alto Alentejo 2 2 -- 1 1
Alto Trás-os-Montes 1 1 -- -- 1 Ave 6 4 2 3 3
Baixo Mondego 6 4 2 -- 6 Baixo Vouga 4 4 -- 1 3
Beira Interior Norte 1 1 -- -- 1 Cávado 4 2 2 1 3
Cova da Beira 1 1 -- -- 1 Dão-Lafões 5 2 3 2 3
Douro 3 2 1 2 1 Entre Douro e Vouga 3 2 1 2 1
Grande Lisboa 40 34 6 12 28 Grande Porto 21 14 7 12 9
Médio Tejo 3 1 2 2 1 Minho-Lima 3 3 -- 1 2
Oeste 4 2 2 -- 4 Península de Setúbal 4 3 1 2 2
Pinhal Litoral 3 2 1 1 2 Tâmega 1 -- 1 1 --
R. A. dos Açores 2 2 -- -- 2 R. A. da Madeira 1 1 -- -- 1
Fora do território nacional 17 13 4 7 10 6 Conforme classificação NUTS III do INE
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 36
Auditores do XXIII Curso Normal, por residência (Portugal continental – regiões NUTS III)
Legenda: █ ≥21 auditores
█ 16 a 20 auditores █ 11 a 15 auditores
█ 7 a 10 auditores █ 4 a 6 auditores █ 1 a 3 auditores
Pela visualização do mapa que antecede, constata-se que a grande maioria dos
auditores reside no litoral norte e centro do território continental, com maior
incidência nas regiões NUTS III da Grande Lisboa e Grande Porto.
2.6. Auditores do XXIII Curso Normal, por região de naturalidade e de residência (regiões NUTS II)
Região NUTS II de naturalidade Região NUTS II de residência
Região NUTS II Total Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte R. A.
Açores R. A.
Madeira Fora
territ. nac. Alentejo 5 1 -- -- 4 -- -- -- -- Algarve 1 -- 1 -- -- -- -- -- -- Centro 25 -- -- 16 6 3 -- -- -- Lisboa 46 -- -- 5 40 1 -- -- --
Norte 42 -- -- -- 4 38 -- -- -- R. A. Açores 2 -- -- -- 2 -- -- -- --
R. A. Madeira 1 -- -- --- -- -- -- 1 -- Fora do território nacional 17 1 2 3 5 6 -- -- --
Total (residência) 139 2 3 24 61 48 -- 1 --
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 37
Gráfico 31
Auditores do XXIII Curso Normal, por região NUTS II de naturalidade e de residência
51
25
4642
2 1
17
2 3
24
61
48
10
10
20
30
40
50
60
70
Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte R. A. Açores R. A. Madeira Fora do territ.Nacional
Nº d
e aud
itore
s
Naturalidade Residência
A interpretação do quadro e gráfico supra diz-nos que há três regiões que
ganham peso quando se compara a região NUTS II de naturalidade e de residência, a
saber: Algarve, que triplica o seu peso, Lisboa, que vê o seu peso aumentar em 32,6%,
e Norte, que aumenta 14,3%.
O aumento do nº de auditores residentes no Algarve, relativamente aos daí
naturais encontra-se nos auditores nascidos fora do País, de onde “recebe” dois
auditores.
Também a região de Lisboa vai buscar nos nascidos fora do país parte
substancial do seu aumento da sua representação na residência (cinco auditores). O
restante aumento é encontrado no Alentejo (onde, de entre cinco auditores nascidos
alentejanos, quatro residem em Lisboa), na região Centro (onde, curiosamente se
regista uma troca quase igualitária – Lisboa “dá” cinco auditores à região Centro,
“recebendo” em troca seis), à região Norte (de onde recebe quatro auditores,
perdendo apenas um), e à Região Autónoma dos Açores, onde vai buscar todos os
auditores de justiça aí nascidos (dois).
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 38
A região Norte também justifica a maior parte do aumento da sua
representação com os nascidos fora do país (seis auditores). Consegue ainda ter um
saldo positivo relativamente à região Centro (três auditores) e “ganhar” um auditor à
região de Lisboa, apesar de para esta perder quatro.
A Região Autónoma da Madeira consegue segurar como residente o único
auditor aí nascido. O mesmo não acontece com a Região Autónoma dos Açores que
perde os seus dois naturais para a região de Lisboa, não ficando com nenhum auditor
residente.
A região Centro perde seis auditores para a região de Lisboa e três para a
região Norte. Estas perdas são, contudo, são quase plenamente compensados pelos
cinco auditores que recebe da região de Lisboa e pelos três auditores que recebe de
entre os nascidos fora de Portugal.
A região alentejana perde 4 dos 5 auditores ali nascidos para a região de
Lisboa, conseguindo manter apenas um. Compensa parcialmente esta “perda”, com
um auditor nascido fora do país.
Quanto aos auditores nascidos fora do território nacional todos residiam, à
altura da abertura do concurso de ingresso, no território nacional.
2.7. Auditores do XXIII Curso Normal, por nota de licenciatura
Género Natureza da universidade
conferente do grau de licenciatura Nota de licenciatura Total/Geral Feminino Masculino Particular Pública
Total Geral 139 104 35 51 88
10 – 11 valores 18 16 2 11 7
12 – 13 valores 80 60 20 27 53
14 – 15 valores 38 26 12 12 26
≥ 16 valores 3 2 1 1 2
Média 12,87 12,77 13,17 12,73 12,95
Moda 13 12 ;13 13 13 12
Indica
dore
s es
tatíst
icos
Mediana 13 13 13 13 13
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 39
Gráfico 32
Auditores do XXIII Curso Normal, por nota final de licenciatura e por género
0
10
20
30
40
50
60
70
10 - 11 valores 12 - 13 valores 14 - 15 valores ≥ 16 valores
Nota final de licenciatura
Nº d
e Aud
itore
s
Feminino Masculino
Gráfico 33
Auditores do XXIII Curso Normal, por nota final de licenciatura, segundo a natureza da universidade conferente do grau de licenciatura
0
10
20
30
40
50
60
10 - 11 valores 12 - 13 valores 14 - 15 valores ≥ 16 valores
Nº d
e Aud
itore
s
Particular Pública
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 40
Gráfico 34
Auditores do XXIII Curso Normal, por nota final de licenciatura
10 - 11 valores12,9%
12 - 13 valores57,6%
14 - 15 valores27,3%
≥ 16 valores2,2%
Gráfico 35
Auditores do XXIII Curso Normal do género feminino, por nota final de licenciatura
10 - 11 valores15,4%
12 - 13 valores57,7%
14 - 15 valores25,0%
≥ 16 valores1,9%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 41
Gráfico 36
Auditores do XXIII Curso Normal do género masculino, por nota final de licenciatura
10 - 11 valores5,7%
12 - 13 valores57,1%
14 - 15 valores34,3%
≥ 16 valores2,9%
Gráfico 37
Auditores do XXIII Curso Normal licenciados por universidades particulares, por nota final de licenciatura
10 - 11 valores21,6%
12 - 13 valores52,9%
14 - 15 valores23,5%
≥ 16 valores2,0%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 42
Gráfico 38
Auditores do XXIII Curso Normal licenciados por universidades públicas, por nota final de licenciatura
10 - 11 valores8,0%
12 - 13 valores60,2%
14 - 15 valores29,5%
≥ 16 valores2,3%
Se exceptuarmos o facto de o número de licenciados por universidades
particulares com classificação final de 10/11 valores ultrapassar o do seus congéneres
licenciados por universidades públicas, podemos falar de um paralelismo nos
agregados de género e da natureza da universidade que conferiu grau de licenciatura.
Mais de metade dos auditores do XXIII Curso Normal concluíram a licenciatura
com uma classificação de 12/13 valores. Se a estes juntarmos os auditores que
terminaram a licenciatura com notas de 14/15 valores, encontramos parte substancial
dos auditores do XXIII Curso Normal, mais exactamente, 84,9%. A fatia de auditores
que concluíram a licenciatura com classificação de 10/11 valores tem também algum
peso (12,9%) enquanto que, em sentido inverso a percentagem de auditores com nota
final de licenciatura igual ou superior a 16 valores é praticamente residual (2,2%).
No que diz respeito ao género, as relações percentuais do género feminino em
cada escalão de classificação final de licenciatura está muito mais próxima dessa
relação percentual apurada ao nível de todo o curso. Porém, no género masculino a
percentagem de auditores com classificação de 10/11 valores é substancialmente
mais baixa que percentagem apurada para todo o curso, ficando a ganhar a fatia de
auditores que terminou a licenciatura com 14/15 valores.
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 43
Assim, não é de estranhar que a média de nota final de licenciatura do género
masculino seja superior em 0,4 valores à do género feminino.
Fazendo a análise por natureza das universidades que conferiram o grau de
licenciatura constata-se que a percentagem de auditores de justiça licenciados por
universidades públicas com notas de 10/11 valores é substancialmente mais baixa do
que a do mesmo escalão de classificação final para os licenciados por universidades
particulares. Naturalmente, esta diferença é canalizada para as classificações mais
altas, onde as percentagens dos auditores licenciados por universidades públicas são
sempre superiores à dos seus colegas licenciados por universidades particulares.
Não surpreende assim que a média de classificação final dos auditores
licenciados por universidades públicas seja ligeiramente mais altas – em 0,22 valores –
à dos seus congéneres licenciados por universidades particulares.
2.8. Auditores do XXIII Curso Normal, por nº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura7
Género Natureza da universidade
conferente do grau de licenciatura Nº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura e Indicadores estatísticos Total Feminino Masculino Particular Pública
Total Geral 139 104 35 51 88 2 anos 51 33 18 15 36 3 anos 32 26 6 11 21 4 anos 23 17 6 12 11 5 anos 12 10 2 3 9
6 a 10 anos 17 15 2 6 11 11 a 15 anos 3 2 1 3 --
≥ 16 anos 1 1 -- 1 -- Média 3,81 3,99 3,26 4,39 3,47
Moda 2 2 2 2 2
Indica
dore
s es
tatíst
icos
Mediana 3 3 2 3 3
7 Contados até à data da publicação do aviso de abertura de concurso: 10 de Fevereiro de 2004
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 44
Gráfico 39
Auditores do XXIII Curso, por nº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura e por género
0
5
10
15
20
25
30
35
2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos ≥ 16 anosNº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura
Nº d
e aud
itore
s
Feminino Masculino
Gráfico 40
Auditores do XXIII Curso, por número de anos decorridos após a conclusão da licenciatura, segundo a natureza da universidade
conferente do grau de licenciatura
0
5
10
15
20
25
30
35
40
2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos ≥ de 16 anosNº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura
Nº d
e aud
itore
s
U. Particulares U. Públicas
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 45
Gráfico 41
Auditores do XXIII Curso, por nº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura
2 anos36,7%
3 anos23,0%
4 anos16,5%
5 anos8,6%
6 a 10 anos12,2%≥ de 16 anos
0,7%11 a 15 anos
2,2%
Gráfico 42
Auditores do XXIII Curso do género feminino, por nº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura
2 anos31,7%
3 anos25,0%
4 anos16,3%
5 anos9,6%
6 a 10 anos14,4%≥ de 16 anos
1,0%11 a 15 anos
1,9%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 46
Gráfico 43
Auditores do XXIII Curso do género masculino, por nº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura
2 anos51,4%
3 anos17,1%
4 anos17,1%
5 anos5,7%6 a 10 anos
5,7%11 a 15 anos2,9%
Gráfico 44
Auditores do XXIII Curso licenciados por universidades particulares, por nº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura
2 anos29,4%
3 anos21,6% 4 anos
23,5%
5 anos5,9%
6 a 10 anos11,8%
≥ de 16 anos2,0%
11 a 15 anos5,9%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 47
Gráfico 45
Auditores do XXIII Curso licenciados por universidades públicas, por nº de anos decorridos após a conclusão da licenciatura
2 anos40,9%
3 anos23,9%
4 anos12,5%
5 anos10,2%
6 a 10 anos12,5%
A larga maioria dos auditores do XXIII Curso Normal, mais exactamente 84,9%,
concluíram a licenciatura há cinco ou menos anos. Esta concentração aumenta no
género masculino para 91,4%, enquanto no género feminino, a mesma concentração
atinge, um valor mais baixo mas que, ainda assim, é de 82,7%.
Fazendo a mesma análise, mas agora de acordo com a natureza da universidade
conferente da licenciatura, a concentração de auditores que terminaram a
licenciatura há cinco ou menos anos é maior entre os auditores licenciados por
universidades públicas, com 87,5%, contra 80,4% no universo dos licenciados por
universidades particulares.
O escalão dos auditores licenciados há entre seis anos e dez anos representam
ainda uma fatia considerável – 12,2% – dos auditores do XXIII Curso, sendo no universo
feminino que o peso percentual deste escalão é maior, atingindo 14,4%. Pelo
contrário, é no agregado masculino que esta percentagem é mais baixa, ficando-se
pelos 5,7%.
Os licenciados há mais de dez anos têm valores pouco significativos, nunca
passando dos 2,9%, chegando mesmo a inexistir no grupo dos auditores licenciados por
universidades públicas.
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 48
No que se refere aos indicadores estatísticos, é no agregado do género
masculino que se encontra a média de anos decorridos após a licenciatura mais baixa
– 3,26 anos – enquanto que a média mais alta, com 4,39 anos, é a do conjunto de
auditores licenciados por universidades particulares.
Por seu turno, a moda apresenta o mesmo valor para todos os agregados,
ficando-se pelos dois anos.
No que diz respeito à mediana, verifica-se que pelo menos metade dos
auditores do XXIII Curso Normal concluíram a licenciatura há, no máximo, três anos,
facto que se repete em todos os agregados, com excepção do agregado masculino,
onde este indicador baixa para 2 anos.
2.9. Auditores do XXIII Curso Normal, por actividade exercida no momento da candidatura ao ingresso no CEJ
Género Natureza da universidade conferente do grau de licenciatura
Actividade exercida Total Feminino Masculino Particular Pública Total 139 104 35 51 88
Advogado(a) 110 82 28 43 67 Consultor(a) 2 2 -- 1 1
Docente universitário(a) 2 1 1 -- 2 Juiz(a) temporário(a) 1 1 -- -- 1
Jurista 11 8 3 3 8 Funcionário judicial 3 2 1 1 2
Outros8 8 7 -- 2 6 Sem actividade profissional 2 1 1 1 1
8 Nesta estão incluídas as seguintes actividades profissionais: administrador(a) hospitalar, secretário(a), tradutor(a), docente do ensino secundário, formador(a), funcionário(a) pública, militar e inspector(a) de finanças.
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 49
Gráfico 46
Auditores do XXIII Curso Normal, por actividade exercida antes do ingresso no CEJ, segundo o género
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Advogado(a) Consultor(a) Docenteuniversitário(a)
Juíz(a) em regime denomeação temporária
Jurista Funcionário(a) judicial Outras actividadesnão jurídicas
S/ actividadeprofissional
Nº d
e aud
itore
s
U. Particulares U. Públicas
Gráfico 47
Auditores do XXIII Curso Normal, por actividade exercida antes do ingresso no CEJ, segundo a natureza da universidade conferente do grau
de licenciatura
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Advogado(a) Consultor(a) Docenteuniversitário(a)
Juíz(a) em regime denomeação temporária
Jurista Funcionário(a) judicial Outras actividadesnão jurídicas
S/ actividadeprofissional
Nº d
e aud
itore
s
U. Particulares U. Públicas
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 50
Gráfico 48
Auditores do XXIII Curso Normal, por actividade exercida antes do ingresso no CEJ
Advogado(a)79,1%
Jurista7,9%
Funcionário(a) judicial2,2%
Outras actividades não jurídicas
5,8%S/ actividade profissional
1,4%Consultor(a)
1,4%
Docente universitário(a)1,4%
Juíz(a) temporário(a)0,7%
Gráfico 49
Auditores do XXIII Curso Normal do género feminino, por actividade exercida antes do ingresso no CEJ
Advogado(a)78,8%
Jurista7,7%
Funcionário(a) judicial1,9%
Outras actividades não jurídicas
6,7%S/ actividade profissional
1,0%Consultor(a)
1,9%
Docente universitário(a)1,0%
Juíz(a) temporário(a)1,0%
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Caracterização Sociográfica
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Gráfico 50
Auditores do XXIII Curso Normal do género masculino, por actividade exercida antes do ingresso no CEJ
Advogado(a)80,0%
S/ actividade profissional2,9%
Outras actividades não jurídicas
2,9%
Docente universitário(a)2,9%
Jurista8,6%
Funcionário(a) judicial2,9%
Gráfico 51
Auditores do XXIII Curso Normal licenciados por universidades particulares, por actividade exercida antes do ingresso no CEJ
Advogado(a)84,3%
S/ actividade profissional2,0%
Outras actividades não jurídicas
3,9%Consultor(a)
2,0%
Jurista5,9% Funcionário(a) judicial
2,0%
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Caracterização Sociográfica
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Gráfico 52
Auditores do XXIII Curso Normal licenciados por universidades públicas, por actividade exercida antes do ingresso no CEJ
Advogado(a)76,1%
Jurista9,1%
Funcionário(a) judicial2,3%
Outras actividades não jurídicas
6,8%
S/ actividade profissional1,1%
Consultor(a)1,1%
Docente universitário(a)2,3%
Juíz(a) temporário(a)1,1%
São poucos os auditores do XXIII Curso Normal que à altura da publicação do
aviso de abertura do concurso de ingresso no CEJ não exerciam profissões jurídicas.
De facto, não chegam a 6% os auditores que não exerciam profissões dentro deste
âmbito, percentagem que é ligeiramente ultrapassada nos agregados feminino e dos
licenciados por universidades públicas.
Dentro dos auditores que exerciam uma actividade jurídica profissional, a
larguíssima maioria exercia advocacia no momento da candidatura ao ingresso no CEJ.
De facto mais de ¾ dos auditores eram advogados, proporção que se mantém tanto a
nível geral, como em qualquer dos agregados (género e natureza da universidade).
Ainda assim, a percentagem de advogados no género masculino e nos licenciados por
universidades particulares é ligeiramente superior à percentagem geral.
A segunda actividade profissional mais indicada é a de jurista que consegue
percentagens a rondar os 7/8 %.
As restantes actividades profissionais jurídicas ficam por resultados residuais,
havendo ainda dois auditores que mencionaram não exercer qualquer tipo de
actividade profissional.
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Caracterização Sociográfica
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2.10. Auditores do XXIII Curso Normal, por nota de ingresso no CEJ
Género Natureza da universidade
conferente do grau de licenciatura Nota de ingresso no CEJ Total Feminino Masculino Particular Pública
Total 139 104 35 51 88
≥10 e <12 valores 67 56 11 24 43
≥12 e <14 valores 61 41 20 24 37
≥14 e <16 valores 11 7 4 3 8
≥16 valores -- -- -- -- --
Média 12,136 12,061 12,357 12,029 12,197
Gráfico 53
Auditores do XXIII Curso Normal, por nota de ingresso no CEJ e por género
0
10
20
30
40
50
60
≥10 e <12 valores ≥12 e <14 valores ≥14 e <16 valores
Nº d
e aud
itore
s
Feminino Masculino
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
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Gráfico 54
Auditores do XXIII Curso Normal, por nota de ingresso no CEJ, segundo a natureza da universidade conferente do grau de licenciatura
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
≥10 e <12 valores ≥12 e <14 valores ≥14 e <16 valores
Nº d
e aud
itore
s
Particular Pública
Gráfico 55
Auditores do XXIII Curso Normal, por nota de ingresso no CEJ
≥10 e <12 valores48,2%
≥12 e <14 valores43,9%
≥14 e <16 valores7,9%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 55
Gráfico 56
Auditores do XXIII Curso Normal do género feminino, por nota de ingresso no CEJ
≥10 e <12 valores53,8%
≥12 e <14 valores39,4%
≥14 e <16 valores6,7%
Gráfico 57
Auditores do XXIII Curso Normal do género masculino, por nota de ingresso no CEJ
≥10 e <12 valores31,4%
≥12 e <14 valores57,1%
≥14 e <16 valores11,4%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 56
Gráfico 58
Auditores do XXIII Curso Normal licenciados por universidades particulares, por nota de ingresso no CEJ
≥10 e <12 valores47,1%
≥12 e <14 valores47,1%
≥14 e <16 valores5,9%
Gráfico 59
Auditores do XXIII Curso Normal licenciados por universidades particulares, por nota de ingresso no CEJ
≥10 e <12 valores48,9%
≥12 e <14 valores42,0%
≥14 e <16 valores9,1%
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 57
Mais de 90% dos auditores do XXIII Curso Normal – mais precisamente 92,1% –
ingressaram no CEJ com nota inferior a 14 valores, sendo que destes, mais de metade
não obtiveram nota superior a 12 valores.
No género feminino, a percentagem de auditoras que ingressaram no CEJ com
nota não superior a 12 valores - superior a 50% do total do agregado – é mais alta do
que a do Curso em geral.
Ao invés, no género masculino mais de metade dos auditores obtiveram nota
igual ou superior a 12 valores e inferior a 14 valores, enquanto a fatia dos que
obtiveram nota inferior a 12 valores não chega a um terço do total.
Conjugando estes dois factos, não surpreende que média da nota de ingresso
do género masculino seja superior à do género feminino em quase 0,3 valores.
Já a análise da distribuição dos agregados dos auditores licenciados por
universidades públicas ou privadas nos diversos escalões de notas são relativamente
semelhantes e, como tal, aproximam-se da distribuição do Curso em geral. Assim se
justifica também a menor diferença na nota média de ingresso entre os dois
agregados – apenas 0,168 valores, a favor dos licenciados por universidades públicas.
Auditores de Justiça do XXIII Curso Normal de Formação e Magistrados (2004-2006)
Caracterização Sociográfica
Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais 58
3. Conclusões e retrato-robot
3.1. Conclusões
Da análise dos 139 auditores de justiça que frequentaram todo ou parte do XXIII Curso
Normal de Formação de Magistrados, constata-se, em traços largos, que esta é uma
população:
▪ Predominantemente feminina (praticamente 3 em cada 4 auditores de justiça
são do sexo feminino);
▪ Ainda em fase inicial de construção de projecto de vida, tanto a nível pessoal
como profissional, pois cerca de quatro em cada cinco auditores de justiça
tinham entre 25 e 29 anos de idade (à data de 10 de Fevereiro de 2004, data
da publicação do aviso de abertura do concurso de ingresso no CEJ de 2004 ),
eram solteiros e, na sua grande maioria, licenciados há pouco tempo;
▪ Claramente urbana/metropolitana, pois para além de quase metade dos
auditores de justiça terem nascido nos distritos de Lisboa e Porto, mais de
dois terços residem nesses mesmos distritos;
▪ Em que a larga maioria dos auditores licenciou-se há menos de quatro anos,
em universidades públicas, com classificação final entre os doze e os quinze
valores;
▪ Que exercia advocacia na altura do ingresso no CEJ;
▪ E que obteve no concurso de ingresso no CEJ uma classificação final de 10 a
14 valores.
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3.2. Retrato-robot do auditor de justiça do XXIII Curso Normal de Formação de Magistrados
▪ É mulher
▪ Tem entre 25 e 29 anos
▪ Solteira
▪ Nasceu e reside nas grandes regiões metropolitanas do país - Lisboa e Porto
▪ Licenciou-se numa universidade pública, Lisboa ou Coimbra, há 2/3 anos, com uma nota final de 12 ou 13 valores
▪ Exercia advocacia antes do ingresso no CEJ
▪ Ingressou no CEJ com uma nota final de concurso superior a 10 valores e inferior a 14 valores
ANEXO (modelo do requerimento de formalização da candidatura ao ingresso no XXIII Curso Normal de Formação de Magistrados)