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mediaFAX Maputo, Terça-feira, 21.06.16 *Nº6083

Um crime que precisa de outras estratégias de combate · Associação dos Escritores Moçambi- ... e publicada por um grupo de escritores moçambicanos entre Junho de 1984 e

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mediaFAXMaputo, Terça-feira, 21.06.16 *Nº6083

De segunda a sexta, um diário no seu fax ou e-mail * Propriedade e edição: mediacoop SA * Editor: Fernando Mbanze * Sede: Av. Amilcar Cabral, nº.1049 - C.P. 73 * Maputo-Moçambique

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(Maputo) A Procuradoria-Geral da República (PGR) recon-hece a existência, no país, de várioscasos que podem consu-bstanciar aexistência e ocorrência do bran-queamento de capitais no territóriomoçambicano. É uma actividadecriminal de colarinho branco que,pelo que parece, está a ganharadeptos e a criar muitos “empresá-rios de sucessos” e consequente-mente ricos que nascem de diapara noite.

“No nosso país tem estado aocorrer situações com característi-cas susceptíveis de consubstanciarbranqueamento de capitais, designa-damente, a conversão, transfor-mação ou transfe-rência de valores,bens ou direitos obtidos através de

Branqueamento de capitais em Moçambique

Um crime que precisade outras estratégias de combate

- Apesar de ser um problema sério, a PGR só instaurou oito processos em 2015actividade criminosa, com objectivo de ocul-tar ou disfarçar a sua origem ilícita”- refere o

documento preparado para a comuni-cação de Beatriz Buchili, a ter lugar esta

(Maputo) Decorreu, na tarde de ontem,a sexta sessão da Comissão Mista encarreguede criar condições para a realização do encon-tro ao mais alto nível entre o Presidente daRepública, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo,Afonso Dhlakama. Segundo foi comunicado pelas partes no fimda sessão de ontem e dando seguimento aosentendimentos que vem sendo conseguidosnos últimos dias, a imprensa foi informada queas partes já estão a enviar as cartas-convite para

Comissão mista

Terceiras partes serãoconvidadas em breve

os chamados mediadores, facilitadores eobservadores do processo. Nisto, aspartes acreditam que os convites irãomerecer a pronta e positiva resposta.

Por outro lado, se sabe, as partesjá têm acordado os quatro pontos deagenda e, neste momento, estão a traba-lhar para a definição, ao detalhe, dostermos de referência sobre a missão eresponsabilidades das terceiras entidadesa participar no diálogo.(Raf. Ricardo)

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essencialmente, “sobre matérias re-fe-rentes a técnicas específicas de investi-gação de corrupção, modus operandi dosagentes do crime de corrupção”. Acres-centou depois que também se vai fazer oestudo de tipos especiais da criminalida-de económica e financeira.

A magistrada acredita que esta for-mação será preponderante no combate àcorrupção que assola o país, defendendo,por isso, que “a nossa Polícia de Investi-gação Criminal não pode estar alheia aesta realidade”.

Ela enalteceu a reforma do CódigoPenal no combate à corrupção, sublinha-ndo, porém, que o combate ao crime re-quer igualmente técnicas arrojadas e dife-

(Maputo) Moçambique lidera a lis-ta, em termos de prevalência do HIV/SIDA a nível dos Países Africanos deLíngua Oficial Portuguesa (PALOPs), comuma taxa estimada em cerca de 11,5 porcento, segundo informação divulgada,esta segunda-feira, pelo vice-ministroda Saúde, Mouzinho Saíde.

O governante falava num encontrode divulgação das novas directrizes daOrganização Mundial de Saúde (OMS),para a Prevenção e Tratamento do HIV/SIDA nos PALOPs.

Segundo disse Saíde, na região Sub-Sahariana, estima-se que vinte e seis mi-lhões de pessoas estejam a viver com oHIV/SIDA, sendo que os PALOPs re-

De HIV”SIDA nos PALOPs

Moçambique lideraprevalência com mais de 11 %

presentam um peso de 7%, e Mo-çambique encontra-se em primeirolugar neste grupo de países. SãoTomé e Príncipe têm a menor pre-valência com 0.5 por cento.

“Desde a assinatura da decla-ração política de 2011, vários paísesse comprometeram em alcançar asmetas globais. É neste sentido queMoçambique após a sua ratificação,elaborou o seu plano de ace-leraçãoda resposta do HIV onde traçou me-tas ambiciosas com intuito de redu-zir as novas infecções”, disse naabertura do encontro que reuniurepresentantes de vários países daCPLP.(Eduardo Conzo)

(Maputo) Foi lançada na sexta-feira, aedição comemorativa dos 30 anos da Re-

Comemoração dos 30 anosda revista Charrua

vista Literária Charrua, compilada pelaAssociação dos Escritores Moçambi-

rentes das que se encontram previs-tas no ordenamento jurídico moçam-bicano.

Por seu turno, o representante daUnião Europeia, Geert Anckaert, afir-mou que a formação no actual contextoé de importância capital. “O trabalhodos investigadores é uma das partes-chave dos processos jurídicos. Semuma investigação de qualidade não hámatéria para permitir ao Procuradorapresentar o processo ao juiz e não épossível garantir a boa administraçãoda justiça e a aplicação das leis”- anotouGeert Anckaert, e acrescentou que aceleridade nos processos de investiga-ção é muito importante.(Raf. Ricardo)

canos - AEMO e editada pela AlcanceEditores. 

Esta obra, cujo lançamento teve lugarna sede da AEMO num evento presenciadopor dezenas de pessoas, contou com o altopatrocínio da mcel. A colectânea contémoito edições da Revista Charrua, pensadae publicada por um grupo de escritoresmoçambicanos entre Junho de 1984 eDezembro de 1986.

O director de Marketing e Vendasda mcel, Benjamim Fernandes, referiu queé um grande orgulho para esta operadorapatrocinar o lançamento da edição comem-orativa dos 30 anos da Revista LiteráriaCharrua. De  acordo  com  BenjamimFernandes, apoiar a AEMO na publicaçãodesta obra é um marco muito importantepara a mcel, na medida em que a apostana cultura faz parte de um dos pilaresda responsabilidade social corporativa daoperadora de telefonia móvel. Falando em representação da AEMO,Jorge de Oliveira definiu a Revista Charruacomo o maior movimento literário emMoçambique pós-independência e um mar-co importante da literatura moçambicana.

Segundo Jorge de Oliveira, editor daobra, esta revista existiu “num momento emque ainda não se tinham definido as balizase os pilares da nossa literatura, tendo apare-cido a Revista Charrua, que com ela foipossível dar um empurrão, renovar, refazere reinventar a literatura moçambicana.Foi um momento sublime, no qual a nossaliteratura encontrou-se e reforçou-se”.

A editora responsável pela obra, aAlcance Editores, representada por Sér-gio Pereira, destacou a sua participaçãono lançamento desta colectânea que, aseu ver, revolucionou a literatura mo-çambicana na década 80.

Importa referir que esta ediçãocomemorativa dos 30 anos da RevistaLiterária Charrua conta com uma tiragemde 2.000 exemplares.(Redacção)

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(Maputo) Acabam de ser suspensosdas suas actividades, por despacho superi-or, dois inspectores de trabalho afectos àdelegação provincial da Inspecção-Geral doTrabalho (IGT) de Tete, encontrando-seneste momento a decorrer uma investiga-ção processual, levada a cabo pela Procu-radoria da República, através do GabineteCentral de Combate à Corrupção.

Os visados, cujos nomes serão revela-das posteriormente, por imperativos legais,são indiciados de gestão danosa das contasda IGT naquele ponto do país, em benefí-cios pessoais, cujo esquema ilícito envolviaempresas, mas que o destino final eram osbolsos particulares dos indiciados, após to-da a movimentação bancária triangulada.

A neutralização dos dois inspectoresde trabalho foi possível graças a denúncias

Sector do trabalho em Tete

Dois inspectores suspensose sob investigação

de algumas pessoas que directa ou indi-rectamente trabalham com a dupla.

Para o caso vertente, e logo que asdenúncias chegaram ao MITESS, a di-recção máxima enviou uma equipa àProvíncia de Tete para averiguar a situa-ção e, dada a gravidade da mesma e pa-ra além de instaurar um processo dis-ciplinar, notificou o caso ao MinistérioPúblico, de forma a completar as outrasetapas de investigação. Os dois funcio-nários públicos encontram-se, desdeentão, suspensos de toda a actividadeinspectiva.

O destino dos dois inspectores,ora suspensos, depende agora do tra-balho de investigação em curso, levadoa cabo pelo Gabinete Central de Com-bate à Corrupção.(Redacção)

(Maputo) O tenista australiano MarcPolmans (696 do ranking da ATP) sagrou-se campeão absoluto dos Futures da 6ªedição do Standard Bank Open, ao vencer,na final realizada, este domingo, nos Courtsdo Jardim Tunduro, em Maputo, o seucompatriota, Jeremy Beale (1021 doranking da ATP), por dois sets a zero, comos parciais 6-1 e 6-1.

Marc Polmans já tinha, igualmente,vencido, no domingo anterior, o primeiroFuture, ao derrotar o tenista sul-africanoLloyd Harris, (311 do ranking da ATP),numa partida renhida, por dois sets a um,com os parciais 4/6, 6/2 e 7/5.

Ainda na 6ª edição do Standard BankOpen, cujo encerramento ocorreu este do-mingo, a dupla Ribeiro/Martins conquis-tou o primeiro lugar em pares veteranos,enquanto o tenista Armindo Nhavene Jr.venceu em juniores rapazes, sub-18.

Em singulares senhoras (PRO) Cláu-dia Sumaia ocupou a primeira posição,após vencer a tenista sul-africana residenteem Maputo, Ohmar Fernandez, por doissets a um, com os parciais 6-4, 4-6 e 6-2.As finais de juniores sub-14 e pares ho-mens foram ganhas pelos tenistas RicardoJorge Jacinto e a dupla de irmãos zimba-bweanos Benjamin e Courtney Lock, res-pectivamente.

No dia anterior, sábado, o tenista

Ténis

Terminou a 6ª edição do Open SBJossefa Simão sagrou-se campeão dacategoria Top Moz do torneio, tendo

derrotado Hercílio Seda pelos parciais6-4 e 6-1. Já a dupla Luca Figueiredo/Salomão Santos venceu Edilson Rosa/Nelo Maposse, em pares, sub-12.

Momentos após vencer o segundoFuture, Marc Polmans referiu que nojogo da final sentiu-se muito bem doponto de vista físico: “Eu sabia que oJeremy ia competir com muita garra,razão pela qual tive que me prepararmentalmente para derrotá-lo, o que fe-lizmente resultou”, explicou.

Fazendo uma avaliação da 6ªedição da prova, o administrador de-legado do Standard Bank, ChumaNwokocha, disse estar satisfeito como alto nível de organização do evento,assim como com da qualidade com-petitiva dos tenistas.

“Este ano integramos no torneio aformação dos árbitros nacionais, o quepoderá contribuir para a melhoria donível de competição, particularmentedos atletas nacionais. Quero parabe-nizar os atletas moçambicanos queconseguiram qualificar-se para os Fu-tures”, indicou, reiterando o com-promisso do banco em prosseguir como seu apoio, visando o desenvolvimen-to do desporto nacional.(Redacção)

(Maputo) No âmbito das Jorna-das Académicas, a Universidade Poli-técnica vai organizar, no próximo dia 6de Julho de 2016, uma mesa redondasob o lema “Como Restaurar o Opti-mismo e a Esperança na SociedadeMoçambicana”, dirigida a toda comu-nidade académica, intelectuais, políti-cos, empresários e sociedade civil emgeral. O evento terá como oradores: Prof.Doutor Carlos Lopes – SecretárioExecutivo da Comissão Económica dasNações Unidas para África e Dr. Ma-gide Ossman- Economista, Empresário,Antigo Ministro das Finanças e AntigoQuadro do UNDP / PNUD. O Modera-dor será o Prof. Doutor Lourenço doRosário – Reitor da Universidade Poli-técnica, Presidente da FUNDE e Pre-sidente do MARP. O debate tem como objectivo princi-pal promover a discussão de ideias eestratégias sobre como ultrapassar oactual discurso negativo e construir umdiscurso de esperança e de reconstru-ção em Moçambique e surge na se-

Como restaurar o optimismo e a esperança

Politécnica discute caminhosquência das actuais dificuldades que oprocesso de desenvolvimento e cresci-mento económico e social de Moçam-bique enfrenta.

A crise económica e financeiraque afecta o nosso País, agravada pelainstabilidade político-militar e pelasrevelações sobre a situação da dívida deMoçambique, bem como todo o discur-so produzido nos últimos tempos àvolta deste cenário, tem sido de natu-reza pessimista e até catastrófica.

Ao analisar este cenário, verifica-seque o ciclo da lamentação e revolta, queaté o momento têm sido a atitude comum,precisa de ser ultrapassado e que énecessário mobilizar as forças da so-ciedade que possam contribuir para umaatitude mais positiva e construtiva. Nesta perspectiva, as universidadestêm um papel a desempenhar nesteprocesso e que devem assumir o seulugar de pioneira nos processos de con-strução do discurso. É nossa visão queas universidades devem posicionar-sena busca de soluções e de não per-manência nos problemas.(Redacção)