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UM ESTUDO DO DESEMPENHO E RESULTADOS DO
TELECENTRO COMUNITÁRIO DA CIDADE DE LUCENA-PB
RENATO BARROS SILVA
Pós graduando Lato Senso em Gestão Pública Municipal – UFPB
EDMERY TAVARES BARBOSA
Professora Departamento de Finanças e Contabilidade - UFPB
Lucena -2011
2
Resumo
Este Trabalho de Conclusão de Curso tem a finalidade de promover um estudo
preliminar, sobre o desempenho e os resultados das ações realizadas no Telecentro
Comunitário da cidade de Lucena – PB, por termos observado alguns aspectos
merecedores de um estudo mais aprofundado, com relação a sua estrutura, seu
funcionamento e os resultados operacionais, refletidos nas pessoas que ali procuram a
sua inclusão digital. O Bairro Novo é uma área onde a comunidade é alvo de alto risco
social, promovido pela desinformação educacional, cultural e a questão financeira. Daí,
optamos pela verificação in loco, da atuação do Telecentro desta comunidade, para
podermos verificar o processo de inclusão de parte dos jovens ali atendidos e se as
ações deste centro de treinamento alcançam os seus objetivos.
A Inclusão Digital já é uma realidade na população brasileira, desde que aconteçam as
mudanças prevista nas ações decorrentes da implantação desta política pública, que
visa diminuir a diferença entre as populações.
O ambiente digital estudado, faz parte do projeto de combate às exclusões sociais
promovido pelo governo federal, e este telecentro tem a estrutura mínima exigida para
este tipo de ação governamental, atendendo não somente a comunidade do Bairro Novo,
como a qualquer pessoa que se interesse em participar dos treinamentos ali ministrados.
Diante dos dados obtidos, temos a indicação da necessidade da existência deste centro
de treinamento naquele local, melhor utilização dos equipamentos, que os jovens
participantes do projeto devem ter uma melhor orientação técnica e pedagógica, para
que possam utilizar as ferramentas oferecidas, com a finalidade de realmente
alcançarem a inclusão digital, e por conseguinte participarem efetivamente dos
benefícios das novas tecnologias de informações e de comunicação.
Palavras – chaves: Telecentro, Inclusão Digital, Inclusão Social
3
1 Introdução
O processo de desenvolvimento do nosso país, como em outras nações, engloba
diferentes ações, que procuram atacar o problema do subdesenvolvimento em várias
áreas. Notadamente os processos de disseminação das tecnologias da informação estão
ganhando cada vez mais força em toda a sociedade, pois representa a revolução de
costumes e práticas, tanto na vida comunitária como no setor administrativo, seja
público ou privado.
Para que esta revolução aconteça, principalmente nos países mais pobres,
políticas desenvolvimentistas na área tecnológica, cada vez mais ganham espaço,
porque, somente através destes processos, será possível incluir parte da população no
meio digital, e assim diminuir as diferenças existentes nas classes sociais.
Tem-se conhecimento, de que no Brasil as ações para promover a inclusão
digital, iniciaram-se a partir de 2005, com diversos programas governamentais que
procuraram proporcionar principalmente aos menos favorecidos, a oportunidade de
obterem o conhecimento básico, na área de informática, e também acessarem ao mundo
através da internet.
Hoje é impossível se falar em inclusão digital, sem tomarmos conhecimento a
respeito dos Telecentros Comunitários. Segundo SILVEIRA (2004 p.79 ), ”o Telecentro
é considerada a forma mais ampla de acesso físico ao computador e a internet [...]”.
Uma outra definição esclarecedora diz que, “telecentro é um centro de alta
tecnologia que oferece serviços totalmente informatizados à população em geral [...]
além de ser um grande apoio ao processo educativo local”. DARELLI (2002 p.124)
Desta forma, verifica-se diariamente nos mais diversos aglomerados urbanos ou
da zona rural, o uso das tecnologias de comunicação, através de computador, telefone
celular, e dos mais diversos equipamentos, a integração destas comunidades no sistema
digital globalizado, onde a informática é o grande caminho, dando condições às pessoas,
inclusive às excluídas socialmente, de participarem desta revolução tecnológica que a
cada dia diminui as distâncias, e proporciona oportunidades de desenvolvimento social,
cultural e tecnológico.
Com relação ao problema a ser investigado, o nosso trabalho será desenvolvido
junto ao Telecentro Comunitário da cidade de Lucena- PB, o qual está inserido em
uma área de grande risco social.
Esta comunidade apresenta indícios de exclusão, em todos os aspectos
considerados imprescindíveis para o crescimento sócio cultural, tendo em vista ter
4
surgido através de benefícios políticos em época não muito recente, e nunca foi alvo de
programas públicos, destinados para setores urbanos, que apresentassem índices muito
baixos nas avaliações, pertinentes ao desenvolvimento de uma comunidade.
Observaremos o funcionamento deste programa, e o resultado prático junto aos
usuários, tendo em vista que tem a finalidade de inclusão digital, e deverá atingir
plenamente esta meta, o que em determinados aspectos, poderemos detectar
dificuldades que proporcionam defasagem na transmissão de conhecimentos, o que
provoca disfunção programática. Diante dos fatos incluir digitalmente significa, antes
de tudo, melhorar as condições de vida de uma determinada região ou comunidade com
ajuda da tecnologia. REBÊLO (2005 p.1)
Esta preocupação se prende a fatos já observados em outros programas, quando
não se chega à finalidade, e o desperdício de tempo e recursos, demonstram certo
descompromisso dos que gerenciam programas, destinados a inclusões.
O presente estudo visa analisar de forma geral, situações concernentes ao
funcionamento do Telecentro da cidade de Lucena na sua estrutura material, pessoal
técnico, cursos ministrados, situação geral dos alunos, funcionalidade da capacitação e
resultados auferidos.
Como objetivos específicos, temos os seguintes: observar a estrutura funcional
do telecentro, descrever com que fim as pessoas utilizam o centro, e se está
contribuindo para o desenvolvimento da comunidade local.
A justificativa da escolha refere-se a vários aspectos da fundamentação dos
projetos de inclusão, tanto na esfera tecnológica, como no âmbito social. Para se falar
em Inclusão, nos reportamos em trazer as pessoas ou uma comunidade, para fazer parte
de algo do qual elas estão à margem, o que dentro da estrutura programática do projeto
de inclusão, é necessário o fornecimento de ferramentas e pessoal técnico, no sentido de
dar as condições ideais, para que este processo se realize junto aos excluídos material,
cultural e socialmente, principalmente quando estão sob risco social iminente
A Inclusão Digital (ID) tende a melhorar as condições de vida de uma região ou
comunidade, com a ajuda da tecnologia. Podemos entender também que incluir
digitalmente, não se condiciona em ensinar informática, mas tentar mudar um estado de
vida, utilizando o computador como ferramenta principal.
Estas idéias, não recebem o apoio total de estudiosos no assunto quando se
considera, impreciso a utilização do termo Inclusão Digital, porque não mostra à
5
sociedade o contexto social envolvidos na questão. Preferimos a idéia de apropriação
social das tecnologias de informação e comunicação [...].CABRAL(2005 p.10)
Entendemos que a ID, deve ser entendida como uma forma de auxiliar às
pessoas, para utilizarem programas de digitação de textos, ou planilhas, para com isto
capacitar comunidades nas ferramentas básicas da informática e oferecer cursos
preparatórios, para capacitar estes grupos alvos, a se tornarem aptos a exercerem seus
papeis na nova sociedade de informação.
Sedimentando esta idéia compreendemos que, a luta pela inclusão digital pode
ser uma luta pela globalização contra-hegemônica se dela resultar a apropriação pelas
comunidades e pelos grupos sociais socialmente excluídos da tecnologia da informação.
SILVEIRA (2005 p.79)
É necessário também que as pessoas não utilizem a informática apenas como
um fim, mas como um meio capaz de provocar uma revolução cultural, e que necessita
estar em linha com uma educação competente, o que dará as condições ideais, para o
desenvolvimento das atividades inerentes ao processo de utilização da informática.
Estas observações tomam sentido social, devido este Telecentro estar inserido
em uma área de pessoas com alto nível de carências, mais notadamente, educacional, de
trabalho e de cultura, daí o interesse de promover uma observação desta política
pública, mesmo em nível localizado, mas crendo que se possa identificar como esta
ação governamental , está perseguindo a meta pretendida, que é a inclusão social plena,
através da disseminação da tecnologia de informação.
2 Fundamentação Teórica
2.1 Inclusão Digital
Devido o tema estar focado na Inclusão Digital e por conseguinte, envolver
aspectos tecnológicos, educacionais e sociais, será necessário para a execução da
pesquisa proposta, adentrarmos nas orientações de diversos pensadores a respeito destes
temas, para que se possa sedimentar vertentes consistentes, que venham na realidade,
proporcionar o discernimento e a compreensão dos resultados encontrados , quando da
aplicação da ferramenta básica de obtenção de dados sobre o assunto.
Entendemos que Inclusão Digital é o uso correto da informática , acompanhado
de tecnologia, com a finalidade de proporcionar meios de melhoria educacional e
financeira às comunidades, principalmente àquelas inseridas em áreas de alto risco
6
social, mas que pode atender também a qualquer cidadão que se interesse por este
programa governamental. No entanto existe entendimento que direciona para uma
vertente mais social.
“Vivemos em um mundo de opulência sem precedentes. O regime
democrático e participativo tornou-se o modelo preeminente da
organização política. Os conceitos de direitos humanos e liberdade
política hoje são parte da retórica prevalecente”. SEN (2000 pp.9-10.)
O processo de desenvolvimento global, não está ancorado simplesmente nos
meios materiais e financeiros, mas também no ato de corrigir as grandes diferenças
entre os povos quando
“As pessoas vivem, em média, por muito mais tempo e, as regiões do
globo estão mais estritamente ligadas nos campos das trocas e
também a idéias e idéias. Entretanto, vivemos igualmente em um
mundo de privação e opressão extraordinárias no qual persistem a
pobreza e necessidades essenciais não satisfeitas, fome, violação das
liberdades, negligência para com as mulheres, e graves ameaças ao
meio ambiente, tanto em países ricos, como em países pobres.
Superar esses problemas é parte central do processo de
desenvolvimento.” SEN (2000 pp.9-10)
O nosso País precisa ampliar as condições de superar os atrasos existentes na
democratização da informática. Mas para que isto de ocorra, é imprescindível que
governo e sociedade pactuem de forma democrática, para que gerações futuras não
continuem sendo consideradas excluídas,tendo em vista que,
”A inclusão digital tem um tripé que compreende acesso a educação,
renda e TIC’s”. A ausência de qualquer um desses pilares significa
deixar quase 90% da população brasileira permanecendo na condição
de mera aspirante à inclusão digital”.TREVISAN (2005 p.25)
Dentro deste contexto, considera-se que a inclusão digital é necessária a fim de
possibilitar a toda população, a utilização dos mais variados serviços prestados via
Internet.
7
Ter acesso à Internet é poder acessar a um grande banco de informações e
serviços, e estas mídias precisam e devem ser utilizadas por toda população. É
imprescindível que o governo, como agente de desenvolvimento, assuma realmente o
papel de coordenador, e atue em conjunto com a sociedade civil organizada, a fim de
assegurar a inclusão digital.
No caso brasileiro, o impacto estatístico dos telecentros é secundário,
dado o número em escala nacional ainda é relativamente pequeno. O
processo desigual de disseminação do computador entre a população
de diferentes cidades do Brasil, reflete sem dúvida o nível desigual da
riqueza e escolaridade entre diferentes regiões e cidades, em particular
entre as populações das regiões Norte e Nordeste e do Centro-Sul.
SORJ e GUEDES (2005 p. 5)
Para se afirmar que uma pessoa está incluída digitalmente, não se pode levar em
consideração apenas, que a mesma possua um computador. Esta condição deve,
segundo REZENDE (2007 p.19) “está também associada a um componente intangível:
a disseminação de uma cultura de valorização da informática associada em especial à
noção de que seu domínio é condição de emprego e sucesso na educação”.
Esta condição é um fator imprescindível para o desenvolvimento social, o que
é uma característica da globalização, principalmente na área de tecnologia da
informação.
Viver num mundo globalizado, pode ser entendido como a interdependência
universal das nações, em todos os aspectos. Nota-se que este fenômeno, causa
desigualdades. Então SORJ (2003 p.5) enfatiza que “ do mesmo modo que o mundo
globalizado gerou desigualdades nas condições de vida no interior de cada sociedade e
entre povos, ela também fez com que o mundo refletisse e criasse condições para lutar
contra esses desigualdades em escala global também”,o que gerou um grande esforço
dos governos em combater as desigualdades sociais, através da inclusão digital, no que
RESNICK (2001 p.1) afirma, dar acesso a informação não é suficiente pois,
dependendo da forma como se dá o uso das novas tecnologias digitais, uma brecha
ainda pode existir a da fluência tecnológica.
O mesmo autor , enfatiza uma questão primordial quanto à utilização dos meios
digitais, quando assevera que , para se tornar fluente em tecnologia, é necessário que o
8
aprendiz não só saiba como utilizar as ferramentas tecnológicas, mas também como
construir algo significativo com essas ferramentas.
Entendemos que Incluir Digitalmente, não é apenas ensinar informática, é dar as
condições de aprendizagem, conhecimento, desenvolvimento educacional e profissional,
para que com isto, o indivíduo seja capaz de percorrer os caminhos da vida, em busca
do sucesso e da realização, pessoal e comunitária.
“A Inclusão Digital, para acontecer, precisa de três instrumentos
básicos, o computador, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas,
pois não basta apenas o cidadão possuir um simples computador
conectado à internet que iremos considerar como um incluído
digitalmente. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas”.
MENDES (2010 p.1 )
O governo brasileiro vem tentando através dos diversos programas, mudar a
realidade social, e oferecer meio de acesso as TICs à todas as pessoas, com a intenção
de incrementar um processo de informatização, capaz de proporcionar as condições
necessárias para o desenvolvimento. Dessa forma, podemos observar que os gestores
públicos, responsáveis pela adoção de políticas públicas que visam a inclusão digital,
promovem meios de inclusão, de forma a dar as condições necessárias para que exista
um desenvolvimento justo, procurando inibir cada vez mais o processo de exclusão, seja
esta em que sentido ocorra.
Alguns autores apresentam informações demonstrando a necessidade de
melhoria no processo de inclusão digital no nosso país.
“Até agora, no Brasil, a maior parte do processo de inclusão digital
deu-se "pelo mercado", ou seja, apenas referendou a inclusão de
pessoas em condições financeiras e cognitivas de acessar a internet e
dominar seus requisitos básicos” [...] “ À medida que o acesso às TIC's
virou negócio e deixou de estar restrito às universidades e centros de
excelência em pesquisa científica, aumentou expressivamente o
número absoluto de pessoas classificadas como "digitalmente
incluídas". MATTOS e CHAGAS (2008 p.67)
Entendemos que este processo de Infoinclusão segue o modelo de educação
formal, quando os governos têm investindo forte, para tirar populações do estado de
9
exclusão. FERRARI (2003 p.1) esclarece que, a exclusão digital, pelas características
do contexto que envolve, tende a crescer numa especial virtualidade, sob uma muralha
digital que deve convencer os olhos menos críticos de que a inclusão está ali mesmo,
[...] . Esta muralha nada mais é do que a intensa carga de apelo consumista, em arranjos
de notável inteligência mercadológica, que exige como suporte a infra - estrutura de
informática.
Neste aspecto é necessário buscar dentro dos sistemas de Informação
tecnológica, os caminhos necessários para que as populações menos favorecidas,
possam dispor de meios e condições plenas de integração aos serviços de comunicação
via Internet, mas caminhando por uma trilha que leve as pessoas para o
desenvolvimento cultural e social.
Neste entendimento, FILHO (2003 p.1) esclarece que a exclusão sócio-
econômica desencadeia a exclusão digital, ao mesmo tempo em que a exclusão digital
aprofunda a exclusão sócio-econômica. A exclusão diz respeito às conseqüências
sociais, econômicas e culturais de distribuição desigual do acesso a computadores,
reforçada com a situação social em que está inserida uma pessoa ou uma comunidade.
O processo de inclusão digital precisa ser fruto de uma política pública, com
direcionamento efetivo e eficaz, com condições de promover a inclusão e equiparação
de oportunidades, a todos os cidadãos. É primordial dar condições a todas as pessoas,
inclusive àquelas consideradas totalmente excluídas, do processo de desenvolvimento.
2.2 Telecentros
De forma geral, a inclusão digital do Governo Federal, pretende a implantação
de unidades de Telecentros, para proporcionar acesso ao público às tecnologias de
informação e comunicação, com computadores conectados a Internet, destinados
também a outras atividades. O Programa de Telecentros foi criado mediante Decreto nº
6.991, de 27.10.2009, com regras operacionais pela Portaria MP/MCT/MC nº 535 de
31.12.2009, e especificamente
“O programa Telecentro, tem a finalidade de aplicar cursos de
informática, que variam desde o uso de pacotes de programas para
escritórios, cursos e oficinas de programação, criação e edição de
imagens, incluindo: digitação, formatação de textos, criação de email,
10
pesquisa na rede e outras atividades inerentes a uma formação de
informática básica”. MATOS (2008 p. 67)
Com base nesta informação, entendemos que o programa Telecentro tem a
finalidade de promover uma revolução cultural na área de informática, oferecendo os
meios necessários para que as pessoas alcancem, o nivelamento educacional e cultural
com outras comunidades. Entendemos também que precisa sobremaneira, receber uma
nova orientação funcional, no sentido de não ser transformado em apenas mais um
programa governamental, com boas intenções, mas que nem sempre geram resultados,
positivos esperados para a sociedade, desde que
“o telecentro é um espaço físico, público ou não, onde são
colocados alguns computadores conectados à Internet para uso
comunitário. Estes espaços oferecem cursos de informática, e acesso à
rede mundial de computadores como suporte para o trabalho, o estudo
e o lazer” [...] “o modelo de telecentro é utilizado principalmente nos
países mais pobres, onde os governos possuem menos recursos para
investir, pois este formato é mais barato, mas é incompleto”.
TREVISAN (2005, p.12):
Sabe-se através de publicações acadêmicas a respeito do assunto, que muitos
telecentros transformam-se em meros locais de acesso a Internet, deixando de
exercerem as suas finalidades principais, que é a inclusão digital, social, econômica e
profissional, desde que as pessoas o utilizem neste objetivo. Cabe principalmente às
comunidades usuárias destes equipamentos de inclusão digital, buscarem com
responsabilidade, os meios de capacitação, para que possam fugir da exclusão digital,
com conotação de exclusão social.
3 Procedimentos Metodológicos
Para que se inicie uma pesquisa faz-se necessário a existência de um problema,
para o qual se procura uma resposta, através da utilização de um método científico.
Neste caso, a metodologia aplicada em uma pesquisa, nos dará a base segura de
verificação, forma de coleta e tratamento dos dados obtidos, bem como a interpretação
dos resultados encontrados. Em ZANELLA (2009 p.61) a metodologia “é um conjunto
de técnicas que possibilitam coletar e analisar informações sobre a realidade social
que está sendo estudada”.
11
A coleta dos dados ocorrerá no âmbito da comunidade alvo, através de visitas
aos pesquisados, tendo em vista a proximidade das residências dos mesmos ao local de
treinamento.
Para o nosso estudo de caso, utilizaremos a pesquisa de campo,com a aplicação
de questionário. Esta ferramenta é composta de dezenove perguntas a respeito do
funcionamento geral do Telecentro, e de alguns aspectos do cotidiano da população
observada, tais como: idade, formação escolar, nível de conhecimento de ferramentas de
digitação e de elaboração de planilhas, utilização da rede mundial de computadores,
melhoria de condições de vida, e de inclusão no mercado de trabalho, e grau de
satisfação pelo treinamento absorvido.
O universo da pesquisa é de 180 freqüentadores do telecentro, e a amostra será
de cinqüenta e quatro pessoas, sendo 30 do sexo feminino e 24 do sexo masculino.
O tratamento dos dados obtidos será feito sob critério de avaliação de
percentuais correlatos a cada questionamento, o que nos dará condições de responder
as questões básicas do nosso trabalho, mesmo se tratando de um universo localizado,
pois que a intenção é justamente a análise e avaliação da importância do projeto de
Telecentro, bem como, a sua participação na mudança de vida das pessoas da
comunidade em que está inserido este projeto.
3.1 O campo da pesquisa
A pesquisa teve como meta, a observação do funcionamento do Telecentro
Comunitário da Cidade de Lucena – PB , no que diz respeito ao seu funcionamento,
público alvo, e principalmente com respeito aos resultados que encontramos neste
trabalho.
A estrutura do Telecentro é composta de nove computadores, duas impressoras,
mesas de apoio para os equipamentos, conexão banda larga, o prédio não é próprio, mas
tem boas condições de utilização. A área de pessoal é composta por uma coordenadora,
e dois monitores, que atuam em dois expedientes. A utilização dos equipamentos é feita
através horários previamente determinados, sendo o tempo de uso de uma hora por parte
de cada aluno. Este programa de inclusão digital é produto de uma parceria do
Ministério das Comunicações e a Prefeitura Municipal de Lucena, que subsidia todas as
despesas inerentes ao funcionamento deste centro.
12
4 Detalhamento dos dados e análise dos resultados
Tabela 1 - Sexo e Idade
Qt.M
QT.F
SEXO 24 45% 30 55%
IDADE
DE 10 A 12 ANOS 4 17% 3 10%
DE 13 A 15 ANOS 6 23% 7 25%
DE 15 A 18 ANOS 6 25% 9 30%
DE 19 A 21 ANOS 6 27% 8 25%
MAIS DE 21 ANOS 2 8% 3 10%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Estatisticamente observamos que os jovens de ambos os sexos da faixa etária entre 15 a 18 anos, são os
que mais freqüentam o telecentro, sendo 25 % do sexo masculino e 30 % do sexo feminino, o que nos
mostra que o interesse das jovens é maior, o que vem confrontar com MATTOS e CHAGAS ( 2008 p.67)
Tabela 2 - Escolaridade:
ENS.FUND ENS.MED
COMPLETO:
Qt.M
Qt.F
MASCULINO 6 27% 7 30%
FEMININO 22 73% 16 55%
INCOMPLETO:
MASCULINO 18 73% 17 70%
FEMININO 8 27% 14 45%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Apuramos que as jovens superam os rapazes em 46% nos que possuem o ensino fundamental concluído,
e no ensino médio este percentual é de 25%, indicando que os usuários do sexo feminino têm melhor
aproveitamento escolar.
Tabela 3 - Quando Estudou no Telecentro:
ANO
Qt.M
Qt. F
2009 10 40% 15 50%
2010 8 35% 11 25%
2011 6 25% 8 25%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Observamos que a freqüência, ou interesse vem caindo entre os pesquisados, dentro destes três anos de
funcionamento do centro.
13
Tabela 4 – Os cursos facilitam a inclusão digital?
Qt.M
Qt.F
SIM 11 45% 11 35%
NÃO 2 35% 16 55%
NÃO SABE O QUE É INCLUSÃO DIGITAL 5 20% 3 10% FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Observa-se que 45% do grupo masculino e 35% no feminino responderam SIM. O que nos chamou a
atenção foi a resposta de 30% dos jovens, de que “ Não sabe o que é inclusão digital”.Neste aspecto
TREVISAN (2005 p.25) reforça a necessidade da existência do tripé acesso a educação,renda e TICs,
como primordiais para a inclusão total.
Tabela 5 – De que forma?
Qt.M
Qt.F
NAVEGAR NA INTERNET 17 70% 16 55%
APRENDER INFORMÁTICA 7 30% 14 45%
24 100% 30 100 %
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
70% dos rapazes e 55% das jovens, responderam que é a navegação na Internet e em segundo plano a
oportunidade de aprender informática, para eles digitação.MENDES (2010 p.1) indica que nem sempre a
utilização do computar e a ligação com a internet, promove a inclusão digital.
Tabela 6 – Você utiliza o computador para :
Qt.M
Qt.F
DIVERSÃO 10 45% 7 25%
RELACIONAMENTO 5 20% 9 30%
PESQUISA 2 5% 1 5%
COMPRAS 0 0% 0 0%
OUTROS 5 20% 3 10%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Demonstra que a diversão é o item como maior utilidade com 70%, o relacionamento em segundo lugar
com 55%, e pouco interesse na utilização para o estudo e a pesquisa com 18%. Estes dados vão de
encontro ao pensamento de TREVISAN(2005 p.12) quando certifica que os telecentros precisam ser
utilizados para a melhoria de vida das pessoas, em termos de conhecimento,capacitação, cultura e
condições de atendimento ao mercado de trabalho.
Tabela 7 – Que curso realizou?
Qt.M
Qt.F
EDITOR DE TEXTOS 24 100%
30 100%
PLANILHA ELETRÔNICA 24 100%
30 100%
INTERNET 24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Quanto aos cursos ali realizados a informação foi unanime na indicação de editor de texto, planilha
eletrônica e internet, que são básicos para quem está a adentrar neste sistema de informação, através das
tecnologias oferecidas por estas ferramentas, o que vem concordar com MATOS( 2008 P.67)
14
Tabela 8 – Você :
Qt.M
Qt.F
ESTUDA 5 20% 10 35%
TRABALHA 1 5% 3 10%
ESTUDA E TRABALHA 2 10% 5 15%
NÃO ESTUDA NEM TRABALHA 16 65% 12 40%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Neste aspecto o que chama a atenção é que 65% dos jovens, e 40% das jovens não exercem nenhuma
atividade, configurando um certo desinteresse pelo estudo.
Tabela 9 – Utiliza estes cursos para que?
Qt.M
Qt.F
ESTUDAR 2 5% 5 15%
RELACIONAR 14 60% 20 65%
DIVERTIMENTO 8 35% 5 20%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Os cursos ministrados são Editor de textos, Planilha eletrônica e Internet.São mais utilizados para
relacionamento e divertimento, enquanto que para estudo apenas 5% dos rapazes e 15% das jovens
utilizam as ferramentas, cabendo a observação de REZENDE (2007 P.19)
Tabela 10 – Estes Cursos facilitam:
Qt.M
Qt.F
ESTUDO 18 75% 24 80%
TRABALHO 6 25% 6 20%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Obtivemos a informação de que o estudo é quem mais é facilitado.
Tabela 11 – Para se empregar em Lucena é requisitado curso de informática?
Qt.M
Qt.F
NÃO 22 95% 26 90%
SIM 1 4% 2 5%
RARAMENTE 1 1% 2 5%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Na cidade pouco se exige a respeito da capacitação em informática. Estes dados demonstram que a
inclusão digital, ou o conhecimento das TICs, na cidade ainda precisam de maior divulgação e de
utilização para facilitar o relacionamento entre mercado e consumidores.
15
Tabela 12 – Já conseguiu emprego por ter feito curso no telecentro?
Qt.M
Qt.F
SIM 0 1% 1 3%
NÃO 24 99% 29 97%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
As respostas confirmam o resultado da pergunta anterior, desde que se relaciona ao mercado de trabalho
da cidade de Lucena.
Tabela 13 – Você está capacitado em informática?
Qt.M
Qt.F
SIM 3 10% 7 25%
NÃO 19 80% 21 70%
MAIS OU MENOS 2 10% 2 5%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Observa-se a grande maioria responde que não, pois apenas 10 % dos rapazes e 25% das jovens
responderam afirmativamente.
Tabela 14 – Esta capacitação ocorreu com os cursos do telecentro?
Qt.M
Qt.F
SIM 2 80% 5 85%
NÃO 1 20% 2 15%
3 100% 7 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Afirmam na maioria que sim, mas 3 jovens responderam negativamente, o que induz para a existência
de falhas na capacitação.Mesmo precária, a participação do telecentro e imprescindível para a população.
Tabela 15- Na sua escola utilizam a informática como instrumento de aprendizagem?
Qt.M
Qt.F
NÃO 20 85% 23 80%
SIM 2 5% 2 5%
PARA ALGUMAS SÉRIES 2 10% 5 15%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Quarenta e três jovens afirmam a não utilização para esta finalidade, e 7 informam que raramente, em
algumas série. A utilização do computador nas escolas ,conforme indicativo dos pesquisados, ainda é
muito pequena. Neste sentido DARELLI (2002 p.124) chama a atenção para que o uso da inclusão digital,
tenha uma aplicação mais direcionada a educação e a melhoria de condições de trabalho.
16
Tabela 16 – Você participa de rede social?
Qt.M Qt.F
SIM 24 100% 30 100%
NÃO
QUAL
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Participam das redes Msm , Orkut e outros sítios de relacionamento.
Tabela 17 – Navega nesta rede com que freqüência?
Qt.M Qt.F
TODO DIA 24 100% 30 100%
ALGUNS DIAS
FINAL DE SEMANA
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Todos afirmam que navegam diariamente,indicando uma subutilização do telecentro em termos de cultura
e aprendizagem
Tabela 18 –Com que finalidade?
Qt.M
Qt.F
RELACIONAMENTO 12 50% 19 65%
CULTURA 1 5% 2 5%
SEXO 10 40% 3 10%
INFORMAÇÕES 1 3% 3 10%
OUTROS 0 2% 3 10%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Observamos que relacionamento e sexo são os assuntos preferidos dos pesquisados, a cultura e outras
informações pouco se procura, confirmando o resultado da tabela 17.
Tabela 19 – Onde utiliza o computador
Qt.M
Qt.F
EM CASA 4 15% 5 18%
LAN HAUSE 14 60% 15 50%
AMBOS 6 25% 10 32%
24 100% 30 100%
FONTE : Dados da pesquisa – Nov. 2011
Identificamos que no telecentro é o local onde os pesquisados mais utilizam o computador, evidenciando
a situação financeira da população.
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Com base nas respostas obtidas, analisamos algumas características da
população pesquisada, e assim apresentamos uma avaliação dos dados , de maneira que
se possa ter uma visão localizada, de alguns detalhes do cotidiano destas pessoas.
Diante dos dados colhidos, ficamos reticentes em classificar a qualidade
instrucional, e o desenvolvimento das políticas públicas, orientadas para a inclusão
digital e social, daquela comunidade.
De acordo com SILVA (2000 p.166) “antes de analisar e interpretar os dados, o
pesquisador deverá dar um tratamento, seguindo uma metodologia própria para que,
durante sua análise e interpretação, apresente resultados com fidelidade e segurança
com o mínimo de margem de erro”.
Entendemos que esta afirmativa fomenta as condições mínimas necessárias, no
sentido de apresentar conclusões, mesmo de um determinado momento do universo
pesquisado, com bom grau de certeza do conteúdo das análises apresentadas. GIL (1991
p.123) menciona, “para evitar problemas, convém que o pesquisador defina
anteriormente o seu plano de análise. Este plano deve considerar as limitações dos
dados obtidos, sobretudo no referente à qualidade da amostra”. Levando em
consideração esta observação, procuramos através do nosso instrumento de coleta de
dados, captar o máximo da realidade dos pesquisados, para que na nossa avaliação,
tivéssemos condição de entender os resultados do trabalho realizado pelo Telecentro
Comunitário de Lucena.
Diante das observações efetuadas, elaboramos esta análise preliminar do que
ocorre naquele telecentro, o que nos leva a entendimentos locais, a respeito de temas
que poderiam ser alvo de mais interesse pelos entrevistados, e também pelos
responsáveis pelo gerenciamento da formação digital, naquela localidade.
Quanto ao processo de inclusão digital dos pesquisados, o que mais nos chamou
a atenção, foi o fato de 30% deles afirmar, não saber de que se tratava a inclusão
digital. Não tivemos oportunidade de saber dos instrutores a respeito do assunto, ou de
que forma os usuários do telecentro são iniciados nos treinamentos, mas entendemos
que aparenta haver uma falha de informação, ou de comunicação entre os atores, a
respeito da função do programa governamental, que se destina exatamente para incluir
parte da população nas tecnologias de informação, o que deveria proporcionar as
oportunidades de inclusão social, digital, cultural e ao mercado de trabalho.
Outro aspecto que parece já ser uma constante, nestas unidades de inclusão
digital, é a utilização destes setores com a finalidade de diversão e relacionamentos
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pessoais, em detrimento a área de estudo e pesquisa. Talvez seja uma característica
cultural, no entanto acreditamos que caberia aos responsáveis pela aplicação de tarefas,
ou aos gestores deste centro, promoverem de forma efetiva, a conscientização dos que
ali freqüentam , de que só através do desenvolvimento educacional e cultural, é que a
inclusão seja social ou digital, realmente acontecerá.
No nosso estudo, procuramos saber a respeito da qualidade da capacitação
oferecida aos alunos, a sua eficiência e eficácia na solução do processo de inclusão dos
usuários, bem como se através da capacitação ali ministrada, haveria melhor
possibilidade daqueles jovens, terem oportunidade no mercado de trabalho. Nestes
aspectos temos o entendimento de que o programa de capacitação e inclusão, não vem
dando condições adequadas, para as pessoas que ali procuram o conhecimento digital,
receber uma capacitação eficiente e renovadora, como também não promove meios de
atender às exigências do mercado de trabalho.
A qualidade da capacitação segundo os dados, não se apresenta em nível
apropriado, desde que 80% dos entrevistados, declararam não estar capacitados em
informática, mesmo assim os que afirmaram estar capacitados, indicam que esta
capacitação ocorreu através dos cursos oferecidos.
Outra questão preocupante é a afirmação de que nas escolas, a utilização da
informática como instrumento de aprendizagem é insignificante, esta informação partiu
de 80% dos entrevistados,que têm conhecimento de que existem equipamentos nestas
unidades educacionais, destinados a este fim.
5 Considerações finais
Após a avaliação dos dados, conseguidos através dos questionários aplicados à
parte dos usuários do Telecentro, foi possível obtermos uma visão inicial da situação
social, econômica e cultural daquela comunidade pesquisada.
Na realidade os resultados encontrados não foram no todo inesperados, tendo em
vista que as pessoas residentes na área de atuação do Telecentro, não convivem
efetivamente em um ambiente propício de se desenvolverem socialmente.
O programa desenvolvido no Bairro Novo (Carrapeta) é similar aos demais
programas em funcionamento em outras localidades dos municípios brasileiros.
Diante do exposto, entendemos que a participação do Telecentro Comunitário de
Lucena na formação de pessoas, mesmo com suas deficiências, é muito importante,
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principalmente por estar sendo utilizado por uma comunidade de baixa renda,
dependente de programas sociais para complementação da capacidade financeira, e estar
localizada numa zona periférica da cidade, sob uma situação de risco social cada dia
mais preocupante, devido ao crescimento da marginalização de muitos jovens ali
residentes, atraídos por atividades ilegais.
As atividades realizadas no Telecentro Comunitário de Lucena, observamos,
causa certo impacto nas relações sociais da comunidade, juntamente com o choque
cultural, desde que as pessoas podem ali, verificar a todo instante, a forma e condições
de vida de outras comunidades, com possibilidade de avaliar as suas realidades, em
comparação com outros aglomerados urbanos.
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Curriculum
RENATO BARROS SILVA
CIÊNCIAS CONTÁBEIS – UEPB
ESPECIALIZAÇÃO CONTABILIDADE GERENCIAL – UFPB
ESPECIALIZAÇÃO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – UFPB
DIRETOR DA ESC. EST. ENS.FUND. e MED. IZAURA FALCÃO
SECRETÁRIO EXECUTIVO PREF. MUNC. DE LUCENA-PB
Email – [email protected]
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Referências
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brasileiro.2002. 124 f. (Dissertação mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis.
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htpp//.iar.Unicamp.br,2003. Acesso em 28.12.2011
FILHO.A.M.Silva. Os três pilares da Inclusão Digital. Revista Espaço Acadêmico nº
24, 2003. Disponível em HTTP//espacoacademico.com.br/024/24amsf.htm. Acesso em
30.11.2011.
GIL, Antonio Carlos.Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas 1991.p
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22
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ZANELLA, Liane Carly Hermes . Metodologia do estudo e de pesquisa em
administração/Liane Carly Hermes Zanella.-Florianópolis:Departamento de Ciências
da Administração/UFSC;[Brasília}:CAPES:UAB, 2009 p.61
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Apêndice A – Questionário telecentro
1. Nome______________ Sexo:Masc( ) Fem( ) Idade ( )
2. Escolaridade : Ens. Fund .( ) Ens. Medio ( ) Comp.( ) Incp.( )
3. Quando estudou no Telecentro?_______________________
4. Os cursos facilitam a sua inclusão digital?_______________
5. De que forma ?____________________________________
6. Você utiliza o computador para ?: Estudo( ) Diversão( ) Relacionamento( )
Pesquisa( ) Compras( ) Outros( )
7. Que curso (s) realizou?______________________________
8. Você Estuda?_______Trabalha?______Est/Trab?_________
9. Utiliza este(s) curso(s)?_____Para que?________________
10. Estes cursos facilitam :estudo_________Trabalho_________
11. Para se empregar em Lucena é requisitado curso de informática?_________
12. Já conseguiu emprego por ter feito curso no Telecentro?____
13. Você está capacitado em informática?__________________
14. Esta capacitação ocorreu com os cursos do Telecentro?_____
15. Na sua Escola utilizam a informática como instrumento de
aprendizagem?_____________________________________
16. Você participa de rede
social?______Qual(ais)______________________________
17. Navega nesta(s) rede(s) com que freqüência?_____________
18. Com que finalidade? Relacionamento( ) Cultura( ) Sexo( Informações( )
outros ( )
19. Utiliza computador :em casa( ) Lan Hause( ) Ambos( )