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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM ESTÁGIO PROBATÓRIO NA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA TEREZINHA - PB Edilson Sousa dos Santos Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB Tatiana Aguiar Porfírio de Lima Professora Convidada pela UFPB Virtual do Curso de Especialização em Gestão Pública Municipal RESUMO A avaliação de desempenho é uma ferramenta gerencial, sistemática e contínua que visa melhorar o desempenho dos indivíduos e a eficiência da organização. Este estudo caracteriza- se como exploratório-descritivo, quantitativo e qualitativo a partir da técnica de estudo de caso, o presente trabalho tem como objetivo propor um modelo de avaliação de desempenho em estágio probatório para os servidores da Prefeitura Municipal de Santa Terezinha/PB, utilizando o benchmarking das avaliações de estágio probatório dispostas nos sites das Prefeituras Municipais de Florianópolis/SC, São Luiz/MA e São Paulo/SP, descrevendo e comparando-as. Nos resultados verificou-se que o método mais usado é a escala gráfica, com participação do chefe e da comissão no processo avaliativo. Com base nos fatores utilizados e na legislação municipal pertinente elaborou-se a proposta de avaliação de desempenho em estágio probatório para os servidores da Prefeitura Municipal de Santa Terezinha/PB. Por fim, foram apresentadas algumas recomendações e sugestões, objetivando contribuir para a melhoria do desempenho e processo de avaliação dos servidores do Município Santa Terezinha/PB. Palavras-chave: Avaliação de Desempenho. Estágio Probatório. Benchmarking. 1 - INTRODUÇÃO Nestes novos tempos, com as transformações do mundo do trabalho, da globalização e da alta competitividade, o ambiente de trabalho passa por grandes transformações, tanto na esfera privada quanto na pública. E neste contexto, o ponto crucial é a valorização do indivíduo na organização, como instrumento fundamental para a eficiência na execução de suas atividades.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM ESTÁGIO PROBATÓRIO NA

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA TEREZINHA - PB

Edilson Sousa dos Santos

Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB

Tatiana Aguiar Porfírio de Lima

Professora Convidada pela UFPB Virtual do

Curso de Especialização em Gestão Pública Municipal

RESUMO

A avaliação de desempenho é uma ferramenta gerencial, sistemática e contínua que visa

melhorar o desempenho dos indivíduos e a eficiência da organização. Este estudo caracteriza-

se como exploratório-descritivo, quantitativo e qualitativo a partir da técnica de estudo de

caso, o presente trabalho tem como objetivo propor um modelo de avaliação de desempenho

em estágio probatório para os servidores da Prefeitura Municipal de Santa Terezinha/PB,

utilizando o benchmarking das avaliações de estágio probatório dispostas nos sites das

Prefeituras Municipais de Florianópolis/SC, São Luiz/MA e São Paulo/SP, descrevendo e

comparando-as. Nos resultados verificou-se que o método mais usado é a escala gráfica, com

participação do chefe e da comissão no processo avaliativo. Com base nos fatores utilizados e

na legislação municipal pertinente elaborou-se a proposta de avaliação de desempenho em

estágio probatório para os servidores da Prefeitura Municipal de Santa Terezinha/PB. Por fim,

foram apresentadas algumas recomendações e sugestões, objetivando contribuir para a

melhoria do desempenho e processo de avaliação dos servidores do Município Santa

Terezinha/PB.

Palavras-chave: Avaliação de Desempenho. Estágio Probatório. Benchmarking.

1 - INTRODUÇÃO

Nestes novos tempos, com as transformações do mundo do trabalho, da globalização e

da alta competitividade, o ambiente de trabalho passa por grandes transformações, tanto na

esfera privada quanto na pública. E neste contexto, o ponto crucial é a valorização do

indivíduo na organização, como instrumento fundamental para a eficiência na execução de

suas atividades.

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Verifica-se a mudança no padrão de comportamento profissional e no ambiente de

trabalho, é exigida mais eficiência, eficácia, produtividade, disciplina, empreendedorismo,

capacidade de inovação, competência, capacidade de iniciativa, ousadia, conhecimento

especializado, responsabilidade, clima e a cultura organizacional propícios para desenvolver

melhor as funções laborais, tornando-se uma questão de sobrevivência pessoal e

organizacional.

Este cenário contemporâneo não é restrito às empresas globais, ou as grandes

organizações nacionais, mas também às organizações públicas, pois nas últimas décadas a

administração pública está redefinindo seu modelo de gestão patrimonialista, burocrático, sem

planejamento, tecnicista por um modelo gerencial (BRESSAR-PEREIRA, 1995; SANTOS,

2009).

O modelo gerencial, na administração pública brasileira, iniciou os primeiros passos

na década de 1960 com o modelo chamado “administração para o desenvolvimento”, todavia

foi com o projeto do Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a partir do Plano Diretor da

Reforma do Aparelho do Estado Brasileiro – PDRAE, que deu um salto para que o serviço

público seja prestado com qualidade para a sociedade, tendo como objetivo análise e

modificação dos recursos humanos de cada instituição dos entes federados (BRESSAR-

PEREIRA, 1995; SANTOS, 2009).

Tornando a gestão pública mais profissional, autônoma e organizada em carreira, com

maior competição entre as unidades administrativas, maior controle dos resultados,

indicadores de desempenho, entre outras atividades praticadas pelas organizações privadas.

Assim, o Estado Brasileiro almeja mais agilidade, eficiência e praticidade, prestando serviços

de qualidade a toda à sociedade, modelo esse que as unidades da federação, os Estado e

Municípios brasileiros, também foram instigados a seguir.

Muito embora a Constituição Federal de 1988 relata sobre a eficiência da

administração pública e o ingresso de servidores públicos efetivos por meio de concurso

público, com efetivação após cumprimento de um estágio probatório de três anos, com

avaliações de desempenho periódicas, seguindo fatores estabelecidos no art. 20 da Lei

8112/1990, quais sejam: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e

responsabilidade (BRASIL, 1988, 1990).

Todavia, os critérios para avaliação de desempenho quando regulamentados pelos

municípios brasileiros são vistos por interesses políticos, nepóticos e fisiológicos

(COUTINHO, 2009; BRESSAR-PEREIRA, 1995; REIS et al, 2010; SANTOS, 2009) e em

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muitos casos excluem qualquer mensuração de desempenho, eficiência e produtividade, ou

não são regulamentados em leis para a sua efetiva utilização.

E apesar da Legislação Municipal de Santa Terezinha/PB, Leis Municipais nº 19/97, nº

315/07 e nº 316/07, estabeleceram como indicadores para o estágio probatório – assiduidade,

disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade, e responsabilidade, a interação dessa

avaliação com a progressão dos servidores, nunca foi regulamentada por Decreto

estabelecendo os procedimentos para tal avaliação, e não há registro formal de quaisquer tipos

de avaliação de desempenho, formulários ou fichas na organização.

Diante do exposto, justifica-se a importância do presente estudo de maneira teórica

para ampliar a literatura acerca de avaliação de desempenho em municípios brasileiros,

elaborando um modelo a partir da legislação pertinente e da análise dos métodos utilizados

por outros municípios. Desta forma, essa pesquisa poderá contribuir de maneira prática ao

elaborar um instrumento para avaliar formalmente o desempenho dos servidores municipais

de Santa Terezinha/PB em estágio probatório e para progressão, subsidiando o

estabelecimento dos critérios e a criação do Decreto previsto no § 2º do art. 53 da Lei

Complementar nº. 315/2007, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos do

Magistério Público Municipal.

Além de possibilitar a reflexão de outras ações de gestão de pessoas pertinentes para a

efetivação da avaliação de desempenho para os servidores públicos municipais de Santa

Terezinha/PB.

Ademais, há um interesse pessoal do pesquisador pelo tema proposto, tendo em vista

que desenvolve atividades profissionais no setor de gestão de pessoas do município objeto de

estudo, o que poderá favorecer para reflexão das atividades desempenhadas cotidianamente e

aplicação dos conhecimentos adquiridos.

2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Avaliação de Desempenho

Desde a antiguidade já se utiliza a avaliação como um mecanismo de controle,

entretanto, com o advento do capitalismo e principalmente com as teorias da administração

científica iniciou-se as primeiras preocupações com a temática, sobretudo pela possibilidade

de mensurar os procedimentos e movimentos dos operários e assim aumentar a produção da

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organização. E uns dos primeiros empresários a implantar um sistema de premiação pelo

desempenho foi Henry Ford (RAMOS, 2011; REIS et al, 2010).

Com a Revolução Industrial, período em que os movimentos pelo bem-estar

motivaram as pessoas e instituições e com o surgimento da Escola das Relações Humanas,

que considerava o aumento da produção atrelado à satisfação dos funcionários, despontaram

as abordagens com foco em como mensurar e conhecer o potencial dos colaboradores. Entre

essas novas abordagens nasce a neoclássica da administração tendo como objetivo o método

de avaliação e controle sobre o desempenho da organização (MAXIMIANO, 2000).

Com a busca por melhorias, além do aparelhamento entre as instituições, surgem

novos procedimentos, métodos formais de avaliação e a necessidade de estabelecer metas e

prioridades entre a instituição e o indivíduo, bem como a obrigação do acompanhamento

contínuo das ações, resultados, atitudes, conhecimento e habilidades dos colaboradores.

A avaliação de desempenho precisa ser regulamentada e efetivada para acompanhar e

melhorar as atividades desenvolvidas pelas pessoas nas organizações como um todo.

2.2 Conceito da Avaliação de Desempenho

A avaliação de desempenho não é um conceito novo, vem desde o século IV, antes da

fundação da Companhia de Jesus, na qual Santo Inácio de Loyola utilizava um sistema de

relatórios e notas de cada jesuíta. No Brasil, na primeira Constituição, em 1824, no artigo 179,

item XIV relatava que “todo o cidadão pode ser admitido aos Cargos Públicos Civis,

Políticos, ou Militares, sem outra diferença, que não seja dos seus talentos e virtudes”. Nos

Estados Unidos, em 1842, o Congresso aprovou uma lei que obrigava os chefes dos

departamentos a fazer um relatório anual e em 1945 o presidente James Holk ordenou que os

relatórios fossem enviados diretamente para ele (COUTINHO, 2009; SANTOS, 2004).

Em 1918 e principalmente após a Segunda Guerra Mundial já existiam sistemas

formais regulares de avaliação de desempenho com desenvolvimento efetivo, a exemplo da

empresa General Motors (SANTOS, 2004).

Observa-se, portanto, que não é de hoje que as organizações privadas e públicas estão

aplicando a avaliação de desempenho, mas o significado, os conceitos, os processos de

análises e atuações podem ocorrer de forma estruturada ou informal.

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A avaliação de desempenho é um procedimento sistemático e contínuo que permite

mensurar o desempenho dos colaboradores e que busca descobrir, e assim corrigir os pontos

negativos da organização (TOMIO; RAMOS, 2011).

Para Robbins (2005), avaliação de desempenho serve para informar e tomar decisões a

exemplo de: remunerações, recompensas, feedback de desempenho, treinamentos, promoções,

planejamento de recursos humanos, retenção/demissão, transferências, identificar as

habilidades e competências, pesquisa e pode ser usada como critério de validação de

programas de seleção e desenvolvimento, podendo incluir prêmios ou comissões e

gratificações específicas por mérito.

Segundo Chiavenato (2004, p. 223), a avaliação de desempenho é uma “apreciação

sistemática do desempenho de cada pessoa, um processo dinâmico, que serve para julgar ou

estimular o valor, a excelência e as qualidades das pessoas e sua contribuição para o negócio

da organização”.

Assim, a avaliação de desempenho é um método contínuo para acompanhar o alcance

dos objetivos acordados entre a gestão e os colaboradores, corrigindo os rumos e avaliando os

resultados em períodos e áreas específicas (MARRAS, 2000; PONTES 1996; SANTOS,

2004; SANTOS; VIEIRA, 2011).

Desta forma, uma avaliação de desempenho corretamente aplicada traz benefícios para

todos os envolvidos tanto os colaboradores – que terão mais conhecimentos sobre suas

limitações, capacidades, pontos fortes e fracos – quanto para a organização – que conhecerá

os melhores colaboradores, as metas alcançadas, os pontos propícios, a melhoria e os

resultados ao final do período avaliativo (CHIAVENATO, 2004; GIL, 2001; JULIANO,

2009; PONTES, 1996; TOMIO; RAMOS, 2011).

2.3 Os Métodos de Avaliação de Desempenho

Existe uma série de métodos de avaliação de desempenho, exemplo de listas, relatórios

escritos, incidentes críticos, escalas gráficas, métodos comparativos, com utilização de

múltiplos avaliadores e tantos outros, cada um com suas vantagens e desvantagens

(ROBBINS, 2005; CHIAVENATO, 2004; GIL, 2001; JULIANO, 2009). É lógico que a

organização deve adequar, combinar ou construir o tipo ou metodologia de avaliação de

desempenho de acordo com sua realidade, características, critérios, objetivos e/ou indicadores

de desempenho.

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Entre os diversos métodos existentes para avaliar o desempenho nas organizações,

destaca-se: escalas gráficas, método da escolha forçada, pesquisa de campo, método dos

incidentes críticos, método de auto-avaliação, sistema de análise de resultados ou avaliação

participativa por objetivos, avaliação de desempenho por competências, método comparativo,

método de avaliação 360º graus e métodos mistos.

2.3.1 Escalas Gráficas

Consiste num formulário de dupla entrada, onde as linhas representam os fatores

(qualidade, cooperação, lealdade, honestidade, iniciativa, comportamentos e atitudes) e as

colunas os graus (fraco ou insatisfatório até um desempenho ótimo ou excelente) de avaliação

(CHIAVENATO, 2004; GIL, 2001; ROBBINS, 2005).

Segundo Gil (2001), Tomio e Ramos (2011), este é o método mais utilizado nas

organizações brasileiras, permite uma avaliação por meio de características ou fatores

previamente estabelecidos, simplicidade de obtenção dos dados e posterior tabulação.

Esse método é de fácil entendimento, elaboração e aplicação, em que a comparação, a

consolidação e tabulação dos dados é rápida e pode ser computadorizada. Todavia, não é um

método flexível, pois se preocupa com a avaliação do desempenho passado, o avaliador

desempenha um papel de juiz e os avaliados de réus. É totalmente vulnerável às propensões

do avaliador e pode ter a generalização, não oferece esclarecimentos sobre a necessidade de

treinamentos ou capacitações e dificuldade de dar o feedback. (CHIAVENATO, 2004; GIL,

2001; TOMIO e RAMOS, 2011; ROBBINS, 2005).

2.3.2 Método da Escolha Forçada (Forced Choice)

O método da escolha forçada (forced choice) foi desenvolvido durante a Segunda

Guerra Mundial para a escolha de oficiais a serem promovidos. Esse método tentava evitar o

subjetivismo, protecionismo e influências, e assim obter resultados objetivos e eficácia.

Consiste em avaliar o desempenho mediante as escolhas de frases positivas e negativas (GIL,

2001; LUCENA, 1992; SANTOS, 2004).

E consiste em avaliar o desempenho das pessoas por meio de um conjunto de blocos -

que pode ser feita de formas diversas, de frases descritivas que retratam comportamentos

positivos e/ou negativos - esses critérios são cruciais para que a avaliação não seja subjetiva e

comprometa o processo e que esteja de acordo com a realidade da organização. O avaliador

deve marcar com o sinal positivo ou negativo as afirmações que estejam intimamente

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relacionadas com o ocupante do cargo e no final do processo há a formação de um ranking

(CHIAVENATO, 1999; GIL, 2001; RODRIGUES, 2009; SANTOS, 2004).

Este método tem como vantagem a redução substancial da subjetividade e da

incidência do efeito halo ou generalização, onde os resultados são confiáveis, de fácil

aplicação e não exigem preparo sofisticado do avaliador. No entanto, a elaboração desse

método é complexa, não proporciona maiores informações; as frases por serem de difícil

elaboração, além de necessitarem de uma grande afinidade com os cargos avaliados, não

permitem comparação, não devendo ser utilizado como instrumento único de diagnóstico do

desempenho humano (CHIAVENATO, 2004; GIL, 2001; SANTOS, 2004).

2.3.3 Pesquisa de Campo

Este método requer uma avaliação inicial que é desenvolvida com base em uma

entrevista com um especialista em avaliação e/ou supervisor com os gerentes, no intuito de

obter maior quantidade de informações dos colaboradores, tentando ser neutro e reduzir a

subjetividade da avaliação, unido à observação in loco das condições de trabalho, e desta

forma um levantamento das causas, origens de tal desempenho, e acompanhando os

resultados (CHIAVENATO, 2004; GIL, 2001; LUCENA, 1992; SANTOS, 2004).

A pesquisa de campo envolve a responsabilidade de linha e de staff, permite

planejamento de ações para o futuro, enfatiza o desempenho e o alcance dos resultados, e as

informações acrescidas de comentários na coleta e facilita a realização do processo de

avaliação (LUCENA, 1992; GIL 2001; RODRIGUES, 2009; SANTOS, 2004).

Todavia, é muito complexo, com custo elevado, um processo lento e demorado, além

de necessitar de supervisores capacitados para avaliarem ou a contratação de uma assessoria e

o avaliado tem pouca participação (CHIAVENATO, 2004; GIL, 2001).

2.3.4 Método dos Incidentes Críticos

É um método simples e relativamente preciso que se preocupam com desempenhos

extremos, resultados positivos ou negativos, utilizando-os como padrão para avaliar os pontos

fortes e fracos de cada funcionário, o avaliador descreve os funcionários que foram eficazes

ou ineficazes (ROBBINS, 2005; SANTOS, 2004).

É de fácil elaboração e aplicação, que avalia os desempenhos excepcionais (bom e

ruim), tentando corrigir e eliminar os piores desempenhos ruins e manter os desempenhos

bons, apontando uma lista de comportamentos desejáveis e melhorias. Muito embora, não se

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preocupe com aspectos normais de desempenho e restringe os aspectos a serem abordados

(CHIAVENATO, 2004; SANTOS, 2004).

2.3.5 Método de Autoavaliação

Trata-se de uma avaliação realizada pelo colaborador, observando e analisando o

próprio desempenho, baseado na concepção de que o trabalhador possui maturidade suficiente

para posicionar-se adequadamente conforme a postura funcional (GIL, 2001; SANTOS,

2004).

Possibilita ao colaborador comparar o próprio desempenho com os demais colegas,

porém, exige alto nível de maturidade profissional do colaborador e da chefia imediata

(CHIAVENATO, 1999; GIL 2001; SANTOS, 2004).

2.3.6 Sistema de Análise de Resultados ou Avaliação Participativa por Objetivos (APPO)

Neste método, os objetivos e metas a serem alcançados são estabelecidos em comum

acordo entre a organização e os colaboradores no determinado período que se espera o

cumprimento (SANTOS, 2004).

Facilita o acompanhamento do desempenho individual, pois os objetivos e metas

estabelecidos juntos auxiliam a gestão para identificar a carência de recursos e minimiza as

propensões do avaliador, pois os conceitos são definidos de acordo com o cumprimento ou

não dos objetivos estabelecidos e o feedback é contínuo. Embora, necessite de um controle

mais detalhado, sistêmico e periódico, com reuniões frequentes para melhor acompanhar a

realização das atividades (CHIAVENATO, 2004; SANTOS, 2004).

2.3.7 Avaliação de Desempenho por Competências

Trata-se de um instrumento que possui as competências essenciais para a organização

e as ações pelas quais as pessoas serão avaliadas, tais conhecimentos, habilidades e atitudes

podem ser extraídos de um benchmarking, da visão, missão e/ou valores de organizações do

mesmo porte ou do que ela almeja ser no futuro (MARTINS, 2002; SANTOS, 2004).

Essas competências devem demonstrar o que se espera das pessoas no intuito de

atingir os objetivos organizacionais e pessoais, sendo a avaliação expressa por ações objetivas

e atitudes que podem ser presenciadas, sentidas e vistas por toda a rede de avaliadores

(subordinados, pares, clientes e superiores) e também pelo próprio avaliado, para propiciar um

feedback e apontar as competências que necessitam ser desenvolvidas e/ou mantidas. Porém,

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a elaboração e consolidação das competências são demoradas e necessita de grande

participação e envolvimento dos membros da organização (MARTINS, 2002; SANTOS,

2004).

2.3.8 Método Comparativo

É o método em que os indivíduos são comparados entre si, grupo ou pares, é um

instrumento de medida mais relativa que absoluta, pois solicita que o avaliador posicione o

avaliado em uma determinada faixa para compará-lo e classificá-lo como o melhor ou pior.

Proporciona uma classificação clara dos funcionários, um alto grau de feedback e

aponta as competências que precisam ser desenvolvidas. Entretanto, o processo de formulação

é complexo e demorado, caso o número de funcionários seja grande torna-se complicado o

uso (ROBBINS, 2005).

2.3.9 Método de Avaliação 360º Graus

É um dos métodos mais utilizados recentemente, oferece um feedback de desempenho

de todos que formam o círculo de contato diário com o funcionário, ou seja, supervisores,

colegas, clientes internos e externos, fornecedores etc.

Oferece uma visão de todos que o circula, ênfase nas equipes e inclusão de mais

indivíduos no processo, busca o desenvolvimento das pessoas e relacionamento entre si com

alto nível de feedback.

Todavia, faz-se necessária uma maturidade profissional, pois pode ocorrer algum tipo

de conspiração e assim um clima indesejável ou insatisfatório no ambiente organizacional,

além de um número muito grande de formulários de acordo com a quantidade de pessoas

envolvidas (ROBBINS, 2005).

2.3.10 Métodos Mistos

Na tentativa de adaptar os melhores métodos conforme as características e realidade de

cada organização recorrem a uma mistura de métodos na composição do modelo de avaliação

de desempenho reunindo vários instrumentos e fatores de avaliação.

No entanto, a elaboração deste instrumento com vários métodos de formulários é

complicada e lenta, além disso, a combinação tornar difícil a compreensão do preenchimento

e da consolidação das informações (SANTOS, 2004).

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2.4 Conceitos de Benchmarking

Benchmarking é um processo sistemático e contínuo de comparação entre

procedimentos, idéias, operações ou desempenho superior, que gera um novo procedimento

mais eficaz e eficiente e assim conduzindo a um desempenho maior. (BOGAN, 1996;

SPENDOLINI, 1993; ZAIRI, 1995; CAMP, 1998).

O benchmarking pode ser aplicado em diversas áreas da organização, bens e serviços,

processos de negócio e indicadores de desempenho (CHASE, 2001).

Nesta pesquisa se realizou um benchmarking externo e não competitivo, para

comparar os métodos e fatores usados nas avaliações de desempenho em estágio probatório

em municípios brasileiros dispostas na internet, conforme detalhamento na metodologia a

seguir explanada.

Após analises das informações obtidas sobre os Métodos de Avaliação de

Desempenho, destaca-se a Escala Gráfica pela sua facilidade para aplicabilidade,

simplicidade, elaboração e uma possível comparação, e com este formato há uma facilidade

para ser utilizado na Prefeitura Municipal de Santa Terezinha/PB.

3 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia aplicada para multiplicar o conhecimento de um trabalho científico é

de importância para definir a qualidade dos métodos e técnicas aplicadas no desenvolvimento,

no desempenho e na conclusão do conhecimento estudado. Segundo autores como Acevedo

(2004), Cervo (2007), Gil (2009) e Lakatos e Marconi (1996), a ampliação de novos

conhecimentos tem como objetivos: conhecer, explicar, desenvolver, criar e até combinar a

teoria e a prática.

Sem dúvidas, a descrição do método de uma pesquisa expõe o conjunto de regras, de

procedimentos e de orientações com vista à confiabilidade dos resultados, respondendo

concretamente o problema determinado.

Para responder os questionamentos deste estudo utilizou os seguintes critérios: quanto

aos objetivos, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, ao incorporar uma revisão de literatura

sobre o tema.

No tocante à forma de estudo, refere-se uma pesquisa exploratória, uma vez que se

buscam mais registros e informações e assim uma maior compreensão relacionado ao tema

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em estudo, e descritiva, pois se pretende analisar, observar, registrar, classificar e interpretar

os fatos relacionados sem que o pesquisador lhes faça qualquer interferência;

Em relação aos objetivos, considera-se uma pesquisa de campo, na qual o

pesquisador coletou os dados investigados in loco.

Os procedimentos metodológicos utilizados para este estudo levou em consideração as

propostas por: Acevedo e Nohara (2004); Lakatos e Marconi (1996) e Santos (2009), tomando

como base classificação supracitada.

A presente pesquisa foi quantitativa e qualitativa, utilizando a análise documental e

instrumentos de avaliação de desempenho em estágio probatório realizado pelos municípios e

dispostos na internet de maneira aleatória, mas escolhidos por observação e leitura prévia, por

meio da técnica de benchmarking e adaptando a legislação e a realidade do Município de

Santa Terezinha/PB.

Assim, selecionou-se dessa forma, três municípios, quais sejam: Florianópolis/SC, São

Luiz/MA e São Paulo/SP, com descrição de cada avaliação, comparação dos métodos,

critérios e avaliadores/avaliados.

Com base no objetivo geral, elaborou-se o esquema geral de pesquisa a ser seguido,

conforme Quadro 1.

Quadro 1- Esquema Geral de Pesquisa

Objetivo Específico Categorias de Variáveis Indicadores

Averiguar a legislação

municipal pertinente sobre

avaliação de desempenho e

de estágio probatório.

Verificar a

legislação municipal

da Prefeitura e

Câmara de Santa

Terezinha-PB.

Leis municipais;

Decretos;

Regulamentações.

Conhecer modelos de

avaliação de desempenho de

outros municípios no país.

Conhecer as

vantagens e

desvantagens.

Comparação dos

modelos

Legislação de PM

Florianópolis;

Legislação de PM São

Paulo;

Legislação de PM São

Luis.

Elaborar um modelo de

avaliação de desempenho em

estágio probatório para os

servidores públicos

municipais de Santa

Terezinha / PB.

Descrição e escolha

dos fatores através

do Benchmarking

Assiduidade;

Disciplina;

Capacidade de iniciativa;

Produtividade;

Responsabilidade;

Capacitação.

Fonte: elaboração própria, 2011.

A partir do quadro esquemático referenciado, inicia-se a análise e discussão dos

resultados da pesquisa e apresenta-se o modelo de avaliação de desempenho em estágio

probatório para os servidores municipais de Santa Terezinha/PB.

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4 - ANÁLISE DE RESULTADOS

Esta seção tem por finalidade apresentar os resultados desse estudo, analisando os

documentos e realizando o benchmarking com os três municípios selecionados para elaborar

um modelo da avaliação de desempenho em estágio probatório para o município de Santa

Terezinha/PB.

Além disso, procede-se à caracterização da organização pesquisada com base em

pesquisa documental.

4.1 Caracterização do Ambiente de Estudo

O município de Santa Terezinha – PB, foi criado pela Lei 2.677, de 22 de dezembro de

1961, de autoria do deputado José Cavalcanti e tendo como fundador do município o Senhor

Francisco Rufino de Lucena (Chico Rufino). Hoje o município tem uma área total de 358

km², população estimada em 4.777 habitantes, o gentílico é santerezinhense e a padroeira

Santa Terezinha.

O município de Santa Terezinha está localizado no Sertão Paraibano, é de clima

tropical e temperatura média de 28ºC, faz limite com os municípios de: Catingueira, Mãe

dÁgua, Condado, São José do Bonfim, Patos e Malta, distante da capital 301 km. Com

atividades econômicas baseadas na agropecuária, indústria de PVC (cano de irrigação),

indústria coureira-calçadista e indústria têxtil (pano de prato).

A principal fonte de empregos no município de Santa Terezinha é a Prefeitura

Municipal com 286 servidores (efetivos, eletivos, contratados e comissionados), alocados em

07 (sete) secretarias municipais que são: Secretaria de Administração e Planejamento;

Secretaria de Finanças; Secretaria de Assistência Social; Secretaria de Saúde; Secretaria de

Meio Ambiente, Agricultura e Recursos Hídricos e Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e

Turismo.

4.2 Legislação Municipal Pertinente sobre Avaliação de Desempenho e de Estágio

Probatório

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O Município de Santa Terezinha – PB possui legislação específica que contempla a

temática da avaliação de estágio probatório e de desempenho.

A Lei Municipal nº 19/97 trata do Estatuto dos Servidores do Município de Santa

Terezinha/PB e dispõe no art. 20 os fatores para avaliação do estágio probatório, quais sejam:

assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade; e responsabilidade,

estabelece também o período de vinte e quatro meses de estágio probatório, sendo necessária

a homologação da avaliação de desempenho por autoridade competente, sem prejuízo de

continuidade de apuração dos fatores a serem avaliados (SANTA TEREZINHA, 1997).

Saliente-se que a não aprovação nesta avaliação ocasionará a exoneração do servidor

ou se estável a recondução ao cargo anterior.

Ademais a avaliação de desempenho, após o estágio probatório, interfere na

progressão funcional, todavia os critérios deveriam ser descritos por Decreto no prazo de 90

dias após a aprovação do Plano de Cargo e Carreira do Magistério conforme art. 53, § 2º. da

Lei Complementar nº 315/2007 (SANTA TEREZINHA, 2007).

Portanto, o Município de Santa Terezinha/PB não efetivou a avaliação de desempenho

e de estágio probatório de acordo com a legislação vigente, apenas a realiza de forma tácita e

não formal para não prejudicar ainda mais os servidores da Edilidade.

4.3 Modelos de Avaliação de Desempenho

Para esta etapa foram escolhidos após pesquisa e leitura prévia na internet os três

municípios participantes: Florianópolis/SC, São Luiz/MA e São Paulo/SP, descrevendo cada

modelo de avaliação, comparando os métodos, critérios e avaliadores/avaliados conforme

disposto a seguir para propiciar o benchmarking e a elaboração do modelo de avaliação de

desempenho em estágio probatório para o Município de Santa Terezinha/PB.

a) Prefeitura Municipal de Florianópolis – SC

A avaliação de desempenho para o estágio probatório na Prefeitura Municipal de

Florianópolis – SC obedece ao Decreto nº 4.937, de 19 de junho de 2007. Cria uma Comissão

Permanente de Avaliação e Desempenho do Estágio Probatório e os membros são designados

por de Portaria pelo Secretário Municipal da Administração, com sete servidores efetivos e

estáveis.

Os servidores são avaliados com base nos seguintes requisitos: idoneidade, disciplina,

assiduidade e pontualidade, capacidade de iniciativa, produtividade e efetividade, e

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responsabilidade, esses pontos foram estabelecidos pelo art. 21 da Lei Complementar CMF nº

63/03.

A avaliação de desempenho envolve duas etapas, a primeira avaliação parcial com

periodicidade de seis meses e registrada em formulários de acompanhamento, constitui em um

processo contínuo e sistemático; a segunda etapa é a avaliação final, baseadas nos seis últimos

relatórios, ou seja, dois relatórios por ano nos três anos de estágio probatório.

O método de avaliação de desempenho é a escala gráfica, que consiste em um

formulário de dupla entrada com fatores a avaliar e conceitos de não atende e atende

parcialmente e pesquisa de campo, pois existe a possibilidade de a Comissão solicitar

entrevistas com o servidor em estágio, seus colegas e chefia imediata. Além da sua

objetividade com os formulários de avaliação há uma subjetividade com a possível entrevista.

b) Prefeitura Municipal de São Luis – MA

A avaliação de desempenho na Prefeitura Municipal de São Luiz – MA é sistemática e

contínua, subsidia a Progressão e Promoção dos servidores e cumpre os requisitos da Lei

4.616/2006. Cria duas modalidades para avaliação de desempenho – a primeira Avaliação

Especial de Desempenho destinada aos servidores em estágio probatório e a Avaliação de

Desempenho Funcional, em ambos os casos com Comissão Especifica para Avaliação

Desempenho do Estágio Probatório e outra Funcional. Observou-se apenas a avaliação de

desempenho do estágio probatório, pois é o foco deste estudo.

Os membros são designados por Portaria do órgão onde são lotados e de nível não

inferior ao servidor avaliado. A Comissão Especial de Estágio probatório é composta por 03

(três) membros efetivos.

Os servidores são avaliados com base dos seguintes requisitos: disciplina e idoneidade,

eficiência, iniciativa, assiduidade, pontualidade, administração do tempo, relacionamento,

interação com a equipe, interesse e produtividade. Fatores estabelecidos na Lei nº 4.615/2006,

além da observação nas Leis: da Constituição Federal, art. 41, Estatuto do Servidor Público,

Lei 4.616/2006, Decretos nº 38.345/2009 e 38.346/2009.

A Avaliação Especial de Desempenho para Estágio Probatório ocorre de dez em dez

meses, totalizando três avaliações em três anos de experiência no serviço público. Os

responsáveis são: a Secretária Municipal de Administração, Superintendência da Área de

Desenvolvimento de Pessoas, Coordenação de Avaliação de Desempenho, Comissão Especial

de Estágio Probatório, Chefes Imediatos, Áreas de Recursos Humanos de cada Órgão

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Municipal, Órgão da Administração Direta e Indireta Municipal, Presidente da Câmara e

Prefeito.

O método de Avaliação de Desempenho é a escala gráfica, um método simples, fácil,

em um formulário de dupla entrada com fatores a avaliar e conceitos de (insatisfatório,

regular, bom e excelente – com equivalência em pontos), formulário objetivo.

c) Prefeitura Municipal de São Paulo – SP

A Prefeitura Municipal de São Paulo/ SP não tem um procedimento de formulários ou

questionário para avaliar os servidores em Estágio Probatório, e sim a instauração de

procedimento para exonerar caso os servidores em estágio probatório decorra das seguintes

situações: inassiduidade, ineficiência, indisciplina, insubordinação, falta de dedicação ao

serviço, má conduta, art. 133, Decreto nº 43.233, de 22 de maio de 2003.

Para os casos de Avaliação de Desempenho a Prefeitura Municipal de São Paulo tem

um sistema de avaliação sistemática e contínua, dividida em duas dimensões – individual e

institucional. Por sua vez a dimensão individual tem dois níveis – gerencial e funcional que

consideram a auto-avaliação, avaliação da chefia e avaliação da equipe.

A dimensão institucional tem como critérios o resultado do trabalho, mediante a

apuração do alcance das metas estabelecidas pela equipe, avaliação do trabalho em equipe,

condições de trabalho e avaliação do usuário dos serviços. Esse sistema de avaliação foi

instituído pela Lei 13.748/2004, de 16 de janeiro de 2004, e Decreto nº 45.090, de 05 de

agosto de 2004, e à operacionalização pela Portaria 487/2004, entretanto este estudo não

considerou esta Avaliação de Desempenho, pois não trata dos fatores estabelecidos

legalmente para avaliar o estágio probatório.

4.3.1 Comparação entre os Modelos Pesquisados e Benchmarking

Observou-se o método de avaliação de desempenho mais utilizado pelos participantes,

conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Métodos de avaliação de desempenho MÉTODOS Florianópolis - SC São Luiz - MA São Paulo - SP

Escala Gráfica X X

Escolha Forçada

Pesquisa de Campo X

Incidentes Críticos

Auto-Avaliação

APPO

Por Competência

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

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O método mais usado foi à escala gráfica com dois casos, assim adaptou-se o método

utilizado pela Prefeitura Municipal de São Luiz /MA como benchmarking.

Os dados coletados confirmam Gil (2001) e Robbins (2005), pois ambos relatam que a

Escala Gráfica além de ser um dos métodos mais antigos e populares é o mais utilizado nas

organizações brasileiras, pois é fácil sua aplicabilidade e resultados confiáveis.

Acerca dos critérios mais utilizados na avaliação de desempenho em estágio

probatório, observa-se a Tabela 2.

Tabela 2 - Critérios utilizados na avaliação de desempenho

CRITÉRIOS Florianópolis – SC São Luiz – MA São Paulo – SP

Objetivos X X

Subjetivos X X

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

Constata-se que os critérios objetivos são mais usados – dois casos, pois certamente

são mais fácies de quantificar, portanto, escolhem-se estes para compor o modelo a ser

proposto.

Para Gil (2001) a avaliação de desempenho é um meio para desenvolver os recursos

humanos da organização, desde que desempenhado com técnicas elaboradas com

racionalidade e princípios científicos. De maneira de evitar a superficialidade e

unilateralidade, ou seja, sem distorções pessoais e sim objetivas. Sendo assim este estudo

confirma a utilização de critérios objetivos nas Prefeituras Municipais de: Florianópolis/SC e

São Luiz /MA sendo o mais adequado.

No tocante, aos membros participantes do processo de avaliação, nota-se que os

avaliadores mais frequentes, de acordo com a Tabela 3.

Tabela 3 - Avaliadores utilizados na avaliação de desempenho em estágio probatório AVALIADORES Florianópolis – SC São Luiz - MA São Paulo – SP

Chefes X X X

Comissão X X X

Departamento de recursos

humanos

X X

Subordinados (pares)

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

Observa-se que os chefes e a comissão são sempre utilizados no processo de avaliação,

portanto a avaliação não é 360º graus, com base neste resultado e na legislação do município

de Santa Terezinha/PB os responsáveis pela avaliação de desempenho serão a Comissão e os

chefes no modelo a ser sugerido.

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Segundo Tomio e Ramos (2001) as avaliações são aplicadas pelas chefias diretas, os

dados comprovam isso, e pode ocorrer algum tipo de distorção, transtorno ou incômodos, e a

Comissão pode interferir nessas distorções com informação ou dado coletado pela mesma,

nestes casos a Comissão entra com o papel de conciliadora ou confirmação das

informações/dados.

Em relação aos fatores usados na avaliação dos municípios pesquisados e do

Município de Santa Terezinha/PB, comparou-se na Tabela 4.

Tabela 4 - Fatores de avaliação de desempenho em estágio probatório

FATORES Santa Terezinha-

PB Florianópolis- SC São Luiz - MA São Paulo – SP

Assiduidade X X X X

Disciplina X X X X

Capacidade de iniciativa X X X

Produtividade X X X

Responsabilidade X X

Idoneidade X

Pontualidade X

Efetividade X

Eficiência X X

Administração do tempo X

Relacionamento X

Interação com a equipe X

Interesse X

Subordinação X

Dedicação ao serviço X

Boa conduta X

Fonte: dados da pesquisa, 2011.

Na Tabela 4 estão os critérios usados pela Prefeitura Municipal de São Paulo/SP,

entretanto os fatores são utilizados para a instauração de um procedimento administrativo para

exoneração, dos servidores em estágio probatório.

4.4 Modelo Proposto

Com base nos fatores da legislação pertinente da Prefeitura Municipal de Santa

Terezinha/PB - Lei 19/97, de 29 de agosto de 1997. Dispõe sobre o estatuto dos servidores do

município de Santa Terezinha, estabelece os quantitativos de cargos, define os vencimentos, e

dá outras providências, elaborou-se o modelo de avaliação de desempenho em estágio

probatório a partir do benchmarking, resultando no método com escala gráfica, com avaliação

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da Chefia e participação da Comissão com os fatores adaptados da Prefeitura Municipal de

São Luiz/MA, conforme proposta a seguir.

Comissão esta que deve ser formada por 03 (três) servidores efetivos e 01(um)

suplente, com formação superior e com idoneidade moral.

Servidor: Matrícula:

Lotado:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Falta de ética e

profissionalismo, não

respeita as leis,

decretos e

regulamentos.

Tem pouco respeito,

condialidade e seriedade no

atendimento com o público.

Tem respeito, cordialidade e

seriedade no atendimento ao

público, e cumpre com suas

atividade laborais.

Tem conduta

profissional, ético,

atendimento com

seriedade, respeito,

igualitátio e cumpre

com suas atividade

laborais.

PONTO

DISCIPLINA - cumpre com suas atividades laborais com responsabilidade, ética, conduta profissional,

atendendo todos os públicos com cordialidade, seriedade, igualitária sempre respeitado as leis,

decretos e regulamentação.

INSATISFATÓRIO REGULAR BOM EXCELENTE

Falta e não participa

em eventos promovidos

pela Prefeitura.

Pouco participa em eventos e

Conselhos Municipais.

Participa em evento, Conselhos

Municipais, Cursos promovidos

pela Prefeitura, e cupre com os

horários no trabalho.

Participa em eventos,

Conselhos

Municipais, Cursos

promovidos pela

Prefeitura, e cumpre

com os horários no

trabalho.

PONTO

FATORES DE DESEMPENHO - LEI MUNICIPAL: 19/97

ASSIDUIDADE - cumpri o expediente, esta sempre no local de trabalho, ausentando-se apenas por

motivos justos e justificados e com anuência dos superiores, participa de cursos, eventos e conselhos

municipais.

INSATISFATÓRIO REGULAR BOM EXCELENTE

FICHA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO PROBATÓRIO

Data de Admissão:

Cargo: RG / CPF:

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Problemas com o

relacionamento no

trabalho, não tem:

criatividade, iniciativa.

Pouco relacionamento no

trabalha em cooperação,

inovador, iniciativa e

participativo.

Trabalha em equipe, e

cooperalçao, tem iniciativa,

participação e inovador.

Relaciona-se com os

colegas de trabalho,

cooperativo, criativo,

participativo, inovador

e apto as novas

mudanças.

PONTO

CAPACIDADE DE INICIATIVA - criativo, iniciativa, inovador, trabalha em equipe, relaciona-se com os

colegas de trabalho e esta apto as novas mudanças.

INSATISFATÓRIO REGULAR BOM EXCELENTE

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

REGULAR BOM EXCELENTE

De 11 a 20De 20 a 35 De 35 a 50

Responsabilidade CONCEITO FINAL DO AVALIADO

PONTOS

ATÉ 10

Capac. de iniciativa

Produtividade

FATORES PONTOS CONCEITOS

Assiduidade INSATISFATÓRIO

Disciplina

Não zela pelo

patrimônio e não

dedica-se a novas

atividades.

Pouco procurar aperfeiçoar

intelectualmente e

profissionalmente.

Procura aperfeiçoar

intelecualmente e

profissionalmente, assume

novas atividades quando

solicitado.

Procuar evoluir

profissionalmente e

intelectualmente, zela

pelo pratrimônio e

assumi novas

atividade.

PONTO

PONTO

RESPONSABILIODADE - esta a par de suas funções, procurar evoluir profissionalmente e

intelectualmente, cuida com zelo do patrimonio e materiais de uso, assumi novas tarefas quando

solicitado.

INSATISFATÓRIO REGULAR BOM EXCELENTE

PRODUTIVIDADE - atento aos interesses organizacionais - metas e objetivos, dedicado em resolver e

solucionar os problemas, exerce suas atividade no prazo e capricho.

INSATISFATÓRIO REGULAR BOM EXCELENTE

Não exerce suas

funções com zelo e

capricho, não atende

aos interesses da

organização.

Pouco interessa pela

organização e suas metas e

objetivos, sem preocupar com

prazos e erros.

Dedicado em resolver e

solucinar os problemas e atento

com os interesses da

organização e nas suas

atividades laborativas.

Atento aos interesses

da organização,

dedicado, exerce

suas atividade com

zelo, capricho e

prazos.

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ASSINATURA DO AVALIADO

OBSERVAÇÕES

____________________________________________________________________________________________

ASSINATURA DO AVALIADOR

Etapa: 4ª ( ) 32 meses após a posse,obrigatório-pontuação valida-encaminha para Comissão

SERVIDOR NÃO AVALIADO - JUSTIFICAR:

Na etapa 3ª, a Comissão deve da um feedback ao Aviador - chefe mediato, e realizar

uma entrevista com o Avalido.

Na etapa 4ª, a Comissão encaminha um parecer para o Prefeito e Secretário para

homologação do resultado.

ESTÁGIO PROBATÓRIO

Estágio probatório: Início: ___ / ___ / ____ Término: ___ / ___ / ____

Etapa: 1ª ( ) 12 meses após a posse, mas não obrigatório - pontuação não valida - feedback

Etapa: 2ª ( ) 18 meses após a posse,obrigatório-pontuação valida-encaminha para Comissão

Etapa: 3ª ( ) 24 meses após a posse,obrigatório-pontuação valida-encaminha para Comissão

CONCEITO

Insatisfatório - desemepenho ruim, desta forma exonera.

Regular - desempenho satisfaz, em parte, e assim com dois conceito de REGULAR, exonera.

Bom - desempenho satifaz, efetiva.

Excelente - desempenho ultrapassa, efetiva.

Essa avaliação se pautará na Lei Municipal nº 19/97 trata do Estatuto dos Servidores

do Município de Santa Terezinha/PB e no que dispõe o art. 53, § 2º da Lei Complementar nº

315/2007, portanto a Comissão irá acompanhar o processo de avaliação de estágio probatório.

Sugere-se que essa Comissão realize sensibilizações mostrando o modelo e explicando

o objetivo e a importância da avaliação de desempenho em estágio probatório para todos os

servidores.

A comissão junto aos Chefes imediatos realizará a avaliação em quatro etapas, na 1ª

etapa, aos doze meses após a posse do servidor, fará uma avaliação não obrigatória, que será

utilizada para a capacitação dos atores envolvidos e acompanhamento/monitoramento dos

servidores, sendo a pontuação não válida para o resultado do estágio probatório, todavia terá o

feedback para todos os envolvidos (avaliados e avaliadores), ou seja, com essa etapa os

envolvidos terá oportunidade de tirar dúvidas, sugestões, críticas etc. Nesta etapa deverá

ocorrer uma capacitação, e informar que o servidor com um conceito insatisfatório ou dois

regulares esta automaticamente exonerado. Na 2ª etapa aos 18 meses após a posse, a avaliação

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é obrigatória e a pontuação é válida, devendo ser encaminhada para Comissão para analisar os

conceitos com mais aprofundadamente a situação do servidor para evitar os conceitos

(insatisfatório ou regular) e a possível exoneração, então na 3ª etapa aos vinte quatro meses a

Comissão realizará uma entrevista com o avaliado e avaliador e dará o feedback a ambos,

caso haja algum conceito insatisfatório ou regular, o servidor obtenha o segundo conceito

regular ou um de insatisfatório a Comissão fará um parecer solicitando a sua exoneração. E

após os trinta e dois meses da posse, o resultado do processo de avaliação deverá ser

encaminhado para Comissão emitir um parecer para o Prefeito e Secretário para sua

homologação do resultado final, após uma visita in loco entrevistando todos os colegas de

trabalho. Saliente-se que com a homologação cabe recurso após 15 dias do resultado final

divulgado e caberá a Comissão analisá-lo.

Com este procedimento de Avaliação em Estágio Probatório e com a capacitação dos

atores envolvidos, teremos uma avaliação de desempenho prática, participativa e atuante,

desta forma uma avaliação útil para o desenvolvimento dos recursos humanos da Edilidade

em questão.

5 - CONCLUSÕES

A avaliação de desempenho como um processo de gestão para as organizações, em

especial as organizações públicas é um instrumento gerencial de suma importância, mais

ainda a avaliação de desempenho em estágio probatório, desde que sua aplicação seja

planejada, sistemática, participativa e com os avaliadores qualificados e treinados. E desta

forma após aplicação de um procedimento para avaliar o estágio probatório, os indivíduos

estejam alocados corretamente.

Nesse estudo em que foram verificados e comparados os processos de avaliação de

desempenho com as Prefeituras Municipais de Florianópolis, São Luiz e São Paulo com a

Prefeitura Municipal de Santa Terezinha/PB, constatou-se que os processos são sistemáticos e

contínuos e em todos os casos, salvo São Paulo, com a participação efetivas dos chefes,

método de escala gráfica utilizado e com fatores que seguem a legislação de cada Edilidade

em questão.

No caso da Prefeitura Municipal de Santa Terezinha/PB observou-se que a legislação

existe e que os fatores são semelhantes à de outras Edilidades, entretanto não foi encontrado

qualquer modelo, aplicação ou regulamentação para Avaliação de Desempenho em Estágio

Probatório na organização em questão, por esta razão apresentou-se um Modelo de Avaliação

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de Desempenho em Estágio Probatório fundamentado no benchmarking realizado e sugestões

do autor.

Recomenda-se que a Prefeitura Municipal de Santa Terezinha/PB avalie essa proposta

e efetive uma Comissão de Avaliação de Desempenho e regulamente através de Decreto os

procedimentos para a avaliação de desempenho em estágio probatório conforme prevê a

legislação.

Sugere-se que o modelo seja posteriormente transformado em meio digital para

facilitar o preenchimento e consolidação dos dados da avaliação, bem como haja vários

treinamentos acerca da maneira de preencher e sensibilização da importância dessa avaliação.

Ademais, sugere-se que sejam realizados outros estudos semelhantes em outros

municípios paraibanos e que o modelo possa servir de base para outras Edilidades.

MINI-CURRÍCULO

EDILSON SOUSA DOS SANTOS

Graduado em Administração – UFPB.

Pós-graduando lato sensu em Gestão Estratégica em Varejo – UNIUOL Faculdades.

Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal – UFPB.

Emprego: Prefeitura Municipal de Santa Terezinha/PB, Servidor Público Efetivo.

Tutor de Sala da UNOPAR (Universidade Norte do Paraná) – Pólo Patos/PB.

E-mail: [email protected]

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