39
Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância

Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância

Page 2: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infânciaUm recurso de acompanhamento para a publicação da OMS Estabelecer e fortalecer a vacinação no segundo ano de vida: práticas para a vacinação para além da infância

Page 3: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook for planning, implementing, and strengthening vaccination into the second year of life]

ISBN 978-92-4-000421-4 (versão electrónica)ISBN 978-92-4-000422-1 (versão impressa)

© Organização Mundial da Saúde 2020

Alguns direitos reservados. Este trabalho é disponibilizado sob licença de Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 IGO (CC BY-NC-SA 3.0 IGO; https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/igo/deed.pt).

Nos termos desta licença, é possível copiar, redistribuir e adaptar o trabalho para fins não comerciais, desde que dele se faça a devida menção, como abaixo se indica. Em nenhuma circunstância, deve este trabalho sugerir que a OMS aprova uma determinada organização, produtos ou serviços. O uso do logótipo da OMS não é autorizado. Para adaptação do trabalho, é preciso obter a mesma licença de Creative Commons ou equivalente. Numa tradução deste trabalho, é necessário acrescentar a seguinte isenção de responsabilidade, juntamente com a citação sugerida: “Esta tradução não foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS não é responsável, nem pelo conteúdo, nem pelo rigor desta tradução. A edição original em inglês será a única autêntica e vinculativa”.

Qualquer mediação relacionada com litígios resultantes da licença deverá ser conduzida em conformidade com o Regulamento de Mediação da Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

Citação sugerida. Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook for planning, implementing, and strengthening vaccination into the second year of life]. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2020. Licença: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.

Dados da catalogação na fonte (CIP). Os dados da CIP estão disponíveis em http://apps.who.int/iris/.

Vendas, direitos e licenças. Para comprar as publicações da OMS, ver http://apps.who.int/bookorders. Para apresentar pedidos para uso comercial e esclarecer dúvidas sobre direitos e licenças, consultar http://www.who.int/about/licensing.

Materiais de partes terceiras. Para utilizar materiais desta publicação, tais como quadros, figuras ou imagens, que sejam atribuídos a uma parte terceira, compete ao utilizador determinar se é necessária autorização para esse uso e obter a devida autorização do titular dos direitos de autor. O risco de pedidos de indemnização resultantes de irregularidades pelo uso de componentes da autoria de uma parte terceira é da responsabili-dade exclusiva do utilizador.

Isenção geral de responsabilidade. As denominações utilizadas nesta publicação e a apresentação do material nela contido não significam, por parte da Organização Mundial da Saúde, nenhum julgamento sobre o estatuto jurídico ou as autoridades de qualquer país, território, cidade ou zona, nem tampouco sobre a demarcação das suas fronteiras ou limites. As linhas ponteadas e tracejadas nos mapas representam de modo aproximativo fronteiras sobre as quais pode não existir ainda acordo total.

A menção de determinadas companhias ou do nome comercial de certos produtos não implica que a Organização Mundial da Saúde os aprove ou recomende, dando-lhes preferência a outros análogos não mencionados. Salvo erros ou omissões, uma letra maiúscula inicial indica que se trata dum produto de marca registado.

A OMS tomou todas as precauções razoáveis para verificar a informação contida nesta publicação. No entanto, o material publicado é distribuído sem nenhum tipo de garantia, nem expressa nem implícita. A responsabilidade pela interpretação e utilização deste material recai sobre o leitor. Em nenhum caso se poderá responsabilizar a OMS por qualquer prejuízo resultante da sua utilização.

Tradução por Octopus Translations. Em caso de discrepância entre a versão em inglês e a versão portuguesa, o texto original em inglês será a versão vinculativa e autêntica.

Printed in Switzerland

Í N D I C E

Agradecimentos IV

Abreviaturas e siglas V

Introdução 1 Porquê um foco na vacinação no segundo ano de vida? 3 Princípios orientadores 4 Objetivos deste documento 6 Utilizadores-alvo 8

Seis passos para estabelecimento ou fortalecimento da plataforma de vacinação do 2YL 9 Passo 1 : Passo 1: Identificar uma pessoa de contacto e iniciar

um grupo de trabalho 13 Passo 2 : Reunir a informação necessária para ajudar a formular

um plano de ação 16 Passo 3 : Desenvolvimento de um plano de ação para a

implementação da plataforma 2YL 25 Passo 4 : Assegurar uma revisão e aprovação de alto nível do

plano e atividades 31 Passo 5 : Implementar o plano e aferir a prontidão para o lançamento 33 Passo 6 : Monitorizar a implementação e cobertura e ajustar

estratégias conforme o necessário 39

Lista de verificação para introdução ou fortalecimento do 2YL 41

Guias de informação 45 Área de Programa 1: Organização do programa, governança e planeamento 47 Área de Programa 2: Política, diretrizes e normas (incluindo

prestação de serviços e a atualização) 49 Área de Programa 3: Relatório de dados, gestão e monitorização 51 Área de Programa 4: Recursos humanos e formação 53 Área de Programa 5: Gestão da cadeia de abastecimento 55 Área de Programa 6: Defesa, comunicação, criação da procura

e ligações à comunidade 57

Guia de campo 59 Como organizar uma visita de campo 61 Tipos de entrevistas 62 Questões a fazer no campo 63

III

Page 4: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

A G R A D E C I M E N T O S

Este manual foi desenvolvido pelo Programa Alargado de Vacinação (PAV) do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos (IVB) da Organização Mundial de Saúde (OMS) com contributos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O contributo dos seguintes indivíduos é reconhecido com gratidão: Jhilmil Bahl, Messeret Eshetu, Tracey Goodman, Laura Nic Lochlainn, Lisa Menning, Ikechukwu Ogbuanu, Stephanie Shendale, Samir Sodha, Carol Tevi Benissan, Emily Wootton (OMS); Imran Raza Mirza (UNICEF); Sarah Bennett, Laura Conklin, Karen Hennessey, Melissa Wardle (CDC); Chris Morgan (Burnet Institute) e os consultores independentes Aleksandra Caric e Karen Wilkins.

2YL Deuxième année de vie

API avaliação pós-introdução MOH Ministério da Saúde

ANC cuidados pré-natais CAP conhecimentos, atitudes e

práticas CCEOP plataformas de otimização de

equipamento da cadeia de frioCCI Comissão Coordenadora

Interagências CDC Centro de Prevenção e Controlo

de Doenças DHIS2 sistema de informação de

saúde distrital, versão 2 DTP3 vacina contra difteria-téta-

no-tosse convulsa dose 3 DVD-MT ferramenta de monitorização

de vacinas e dispositivos distrital OMS Organização Mundial de Saúde

EAPV evento adverso pós-vacinação EVMA avaliação de gestão eficaz das

vacinas FP pessoa de contacto GRISP Estratégias e Práticas Globais

da Vacinação de Rotina GTCV Grupo Técnico Consultivo

Nacional sobre VacinaçãoHBR boletim de saúdeHSCC Comissão Coordenadora do

Sistema de Saúde HSS sistema de saúde e reforço da

imunização IPTc tratamento preventivo intermi-

tente para criançasIAIM inquérito de aglomeração de

indicadores múltiplos IDS inquérito demográfico de

saúdeIMCI gestão integrada das doenças

da infância

A B R E V I AT U R A S E S I G L A S

IPVR intensificação periódica da vacinação de rotina

MCH saúde materno-infantilMCV vacina contra o sarampoMCV2 segunda dose da vacina contra o

sarampoMOH Ministério da Saúde MR vacina contra o sarampo e

rubéolaNRA Entidade Reguladora NacionalNTD doença tropical negligenciadaNVI introdução de novas vacinasONG organização não-governamentalOPV oportunidades perdidas de

vacinaçãoOSC organização de sociedade civilOMS Organização Mundial de SaúdePAGV Plano de Ação Global de VacinasPAV Programa Alargado de VacinaçãoPPA plano plurianual abrangenteRH recursos humanosSIDA síndrome de imunodeficiência

adquiridaSIGS sistema de informação de gestão

da saúde SWOT pontos fortes, pontos fracos,

oportunidades, ameaçasTCA assistência nacional direcionadaTIP personalização de programas de

vacinaçãoTOR termos de referênciaUNICEF Fundo das Nações Unidas para a

InfânciaUSAID Agência dos Estados Unidos para

o Desenvolvimento InternacionalVIH vírus da imunodeficiência

humanaWG grupo de trabalho

Ilustrações e design: büro svenja

VIV

Page 5: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

Introdução

INTR

OD

ÃO

Page 6: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

I N T R O D U Ç Ã OI N T R O D U Ç Ã O

3 MANUAL 2YL

Porquê um foco na vacinação no segundo ano de vida?Quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou o Programa Alargado de Vacinação (PAV) em 1974, o calendário de vacinação padrão incluía seis antigénios, todos recomendados até ao primeiro ano de idade. Desde essa época, a incidência de doenças evitáveis pela vacinação diminuiu exponencialmente e os programas de vaci-nação atingem agora, rotineiramente, mais de 80% dos crianças com menos de um ano com as vacinas tradicionais. O calendário do PAV também foi alargado para incluir antigénios e doses adicionais e continuará a expandir-se à medida que novas vacinas são desenvolvi-das e introduzidas. Muitas destas doses são agora de administração recomendada no segundo ano de vida, ou mais tarde, o que requer alterar as mentalidades de que a vacinação de rotina é uma inter-venção apenas para crianças até ao um ano de idade.

O terceiro objetivo estratégico do Plano de Ação Global de Vacinas (PAGV),1 o plano global para programas de vacinação de 2011 a 2020, pede que os benefícios da vacinação sejam alargados de modo equitativo a todas as pessoas com uma abordagem «ao longo da vida [...] para tornar os benefícios da vacinação disponíveis para todos os que estão em riscos em cada grupo etário». O documento de Estratégias e Práticas de Imunização de Rotina Globais (GRISP) da OMS também identifica a vacinação para além da infância com uma de nove ações transformadoras que são essenciais para o fortalecimento da vacinação de rotina.2

1 http://www.who.int/immunization/global_vaccine_action_plan/en/2 http://www.who.int/immunization/programmes_systems/policies_strategies/GRISP/en/

Title of Section (TK) page 1

Plan d’Action Mondial pour les Vaccins2011-2020

INTR

OD

ÃO

Page 7: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

I N T R O D U Ç Ã OI N T R O D U Ç Ã O

5 4 MANUAL 2YL MANUAL 2YL

A OMS desenvolveu o documento Estabelecer e fortalecer a vacinação no segundo ano de vida: práticas para a vacinação para além da infância3 (referido como Orientação 2YL) para fornecer orientações práticas para estabelecer e fortalecer a vacinação no segundo ano de vida (2YL) e para além deste. Este manual de acom-panhamento (referido como o Manual 2YL) fornece orientação para a colocação em funcionamento de uma plataforma 2YL. Mais importante, o Manual 2YL e a Orientação 2YL também proporcionam uma oportuni-dade para examinar e atualizar políticas que previnem a execução da série primária tradicional da vacinação. Por muitos motivos, incluindo barreiras na prestação de

serviços, uma percentagem significativa das crianças não está completamente vacinada aquando do seu primeiro aniversário. Em países onde a política de vacinação de rotina ainda não inclui a vacinação de crianças com idade igual ou superior a 12 meses de idade, essas crianças deixam de poder aceder às vacinas que perderam. Isto é particularmente problemático onde a primeira dose da vacina contra o sarampo (MCV1) é agendada aos nove meses de idade, deixando apenas 1 a 3 meses para a vacinação antes de a criança fazer um ano. Para países que estão a adicionar novas vacinas, ou doses agendadas após o primeiro ano de vida (por exemplo, MCV2), muitas barreiras adicionais previnem a execução do calendário de vacinação, deixando assim as crianças sem proteção adequada.

A vacinação é apenas uma das muitas intervenções de saúde de que as crianças pequenas necessitam para crescerem saudáveis. A nutrição adequada, gestão das doenças comuns, saneamento adequado e, em alguns locais, desparasitação, cuidados com a malária e VIH/SIDA, são vitais para as crianças atingirem os 5 anos de idade com boa saúde.4 As intervenções para melhorar o crescimento e desenvolvimento nos primeiros dois anos de vida demonstraram ter um impacto mais elevado em anos posteriores. Muitos países já têm políticas de visitas regulares para monitorização do cresci-mento, promoção e alimentação complementar, mas a adoção desses serviços diminui muitas vezes após o primeiro ano de idade. Tanto as famílias quanto os profissionais da área da saúde poderão não as encarar como uma prioridade. Se geridas de forma estratégica, as visitas de vacinação no 2YL podem ajudar a aumentar o progresso tanto da vacinação como de outras áreas da saúde infantil.

Princípios orientadoresPropriedade nacionalA implementação de uma estratégia para o 2YL utilizando este manual como uma referência deve ser orientada pelos decisores no governo nacional. A pessoa de contacto (FP) e o grupo de trabalho (WG) devem consultar todos os órgãos apropriados, incluindo as Comissões Coordenadoras Interagências (CCI), os Grupos Técnicos Consultivos Nacionais sobre Vacinação (GTCV) e as Comissões de Aconselhamento de Saúde Infantil, onde existentes, para obterem a aprovação da estratégia e planos.

HolísticoApesar da motivação por detrás da estratégia para o 2YL poder ser orientada pelo programa de vacinação nacional, a sua implementação tem como objetivo proporcionar serviços de saúde às famílias ao longo da sua vida. A saúde e bem-estar da criança e da família devem estar no centro de todo o planeamento, permitindo-lhes beneficiar de cuidados de alta qualidade proporcionados por pessoal qualificado e equipado, de forma regular, desde o nascimento, ao longo da sua infância e para além dela. Se bem implementada, esta estratégia irá aumentar o número e qualidade dos contactos entre a criança, a família e os serviços de saúde ao longo da vida.

FlexívelEste Manual 2YL proporciona um esboço para a implementação da Orientação 2YL, com muitos exemplos e modelos, mas cada país deve adaptá-los de forma que sejam mais eficazes no seu contexto.

Consistente com outros documentos de orientaçãoAquando da publicação, este Manual 2YL é consistente com a orientação exis-tente para a introdução de novas vacinas, redução na perda de oportunidades de vacinação (OPV), integração dos serviços de vacinação e saúde, personalização dos programas de vacinação e outros documentos. Poderão ser introduzidas alterações à medida que estas estratégias diferentes vão sendo implementadas e atualizadas.

Établir et renforcer la vaccination au cours de la deuxième année de vie: pratiques vaccinales au-delà de la petite enfance

3 https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/260556/9789248513671-por.pdf 4 https://www.unicef-irc.org/article/958/

Page 8: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

I N T R O D U Ç Ã OI N T R O D U Ç Ã O

7 6 MANUAL 2YL MANUAL 2YL

• registar e reportar com precisão a vacinação dada no 2YL;

• melhorar as práticas no que respeita à repescagem da vacinação como parte do estabelecimento ou fortalecimento de uma plataforma de vacinação 2YL (consulte a Caixa 1 abaixo).

Objetivos deste documentoO Manual 2YL destina-se a ser utilizado após a decisão ter sido tomada quando for introduzido um novo contato, ou fortalecer um contato já existente, no segundo ano de vida, tendo os seguintes objetivos principais:

1 2 CAIXA 1. MELHORAR A VACINAÇÃO DE REPESCAGEM

A vacinação de repescagem refere-se à vacinação de uma criança que anteriormente não recebeu uma (ou várias) dose(s) de uma (ou várias) vacina(s). As orientações da OMS indicam que, apesar da prevenção das doenças evitáveis pela vacinação poder ser maximizada quando as vacinas são recebidas assim que a criança atinge a idade recomendada, o atraso na vacinação para a maioria dos antigénios5 pode ser dada até aos cinco anos de idade ou mais além, como por exemplo no rastreio no inicio da entrada na escola.

A vacinação de repescagem também se pode referir a estratégias e ativi-dades concebidas para identificar sistematicamente e vacinar crianças que perderam uma (ou várias) dose(s) de uma (ou várias) vacina(s). Isto inclui a vigilância em cada contacto, a organização de sistemas de registo de dados para detectar facilmente doses em falta, criação de listas e fazer ativamente o acompanhamento das crianças que perderam doses. Levar ainda a cabo atividades de divulgação da vacinação, tais como a intensificação periódica da vacinação de rotina (IPVR).

Proporcionar uma orientação prática em relação ao planeamento, gestão, implementação e monitorização da prestação dos serviços de vacinação durante uma visita de rotina, ou visitas, no segundo ano de vida que poderá incluir outras intervenções de saúde.

Proporcionar orientações no sentido mais amplo em relação ao fortalecimento da vacinação em crianças maiores do que um ano, e que estão atrasadas ou perderam doses de vacinas durante o primeiro ano de vida.

O Manual 2YL deve ser utilizado em conjunto com o documento Estabelecer e fortalecer a vacinação no segundo ano de vida: práticas para a vacinação para além da infância (Orientação 2YL). Apesar de a Orientação 2YL descrever os princípios e conceitos globais a serem considerados para a introdução ou fortalecimento de uma plataforma 2YL, o Manual 2YL proporciona mais dados sobre os passos práticos para a implementação desses conceitos para aumentar a cobertura vacinal entre as crianças com mais de um ano de idade. O Manual 2YL complementa outros documentos de orientação que abordam a introdução de novas vacinas, o aumento da cobertura vacinal e intervenções que poderão ser integradas no 2YL, colocando ênfase nas áreas que se mostraram desafiantes à medida que os países expandem a vacinação para além do primeiro aniversário da criança, tais como:

• otimizar o calendário de vacinação e integrar outras intervenções apropriadas à idade, conforme o necessário;

• criar procura e ultrapassar barreiras na disponibilização e utilização dos serviços para além do primeiro aniversário;

5 https://www.who.int/immunization/policy/immunization_tables/en/6 Um guia para a introdução de uma segunda dose da vacina contra o sarampo nos calendários de vacinação de rotina

(http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/85900/1/WHO_IVB_13.03_eng.pdf).7 Princípios e considerações para adicionar uma vacina a um programa nacional de vacinação: desde a decisão à

implementação e monitorização (https://www.who.int/immunization/programmes_systems/policies_strategies/vaccine_intro_resources/nvi_guidelines/en/).

Outros recursos úteis Alguns dos materiais contidos neste documento são abordados mais detalhadamente noutras publicações, particularmente no que diz respeito a:

• introdução de uma segunda dose da MCV; 6

• introdução de novas vacinas, no geral; 7

Page 9: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

I N T R O D U Ç Ã OI N T R O D U Ç Ã O

8 MANUAL 2YL

Seis passos para estabelecimento ou fortalecimento da plataforma de vacinação do 2YL Este manual está dividido em seis passos recomendados, conforme detalhado na Caixa 2, abaixo, para o estabelecimento ou fortalecimento de uma plataforma 2YL. Apesar de estes serem listados sequencialmente, a implementação de determinados passos poderá sobrepor-se. É fornecida uma Lista de verificação na página 41 para assegurar que as principais áreas são cobertas, mas não necessitam necessariamente de serem endereçadas na ordem fornecida.8 Aumento da cobertura da vacinação no nível da unidade de saúde

(http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/67791/1/WHO_V%26B_02.27.pdf).9 Trabalhar em conjunto: um guia de recursos de integração para o planeamento e fortalecimento de serviços de

vacinação ao longo do curso de vida (https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/276546/9789241514736-eng.pdf). 10 Estratégia da OMS para a redução das oportunidades perdidas de vacinação (OPV)

(http://www.who.int/immunization/programmes_systems/policies_strategies/MOV/en/). 11 Guia para personalizar programas de vacinação (TIP)

(http://www.who.int/immunization/programmes_systems/vaccine_hesitancy/en/).

PAS

SO

S

• aumento da cobertura vacinal;8

• integração com outros serviços de saúde;9

• redução da perda de oportunidade de vacinação;10

• abordagem de “personalização de programas de vacinação” para avaliar e abordar a sub-vacinação em populações específicas.11

Em vez de ser repetido todo o conteúdo relevante desses documentos, são incluídas referências e ligações para conectar os leitores e o texto dos documentos.

Apesar de este documento se centrar maioritariamente na vacinação durante uma visita de rotina no 2YL, são abordadas outras intervenções de saúde, de forma limitada. As informações detalhadas sobre estas intervenções excedem o âmbito deste documento, mas podem ser encontradas informações no guia de recursos de integração acima mencionado.

Utilizadores-alvoOs utilizadores-alvo deste Manual são aqueles que irão gerir a introdução de uma vacina agendada no segundo ano de vida, as estratégias para melhorar a cobertu-ra vacinal do 2YL e a vacinação de repescagem em crianças. Estes irão incluir diretores do programa de vacinação e do seu pessoal, outros diretores de programa e o seu pessoal e consultores de vacinação e saúde infantil ao nível nacional, regional e global que trabalhem com organizações parceiras como a OMS, UNICEF, organizações da sociedade civil e organizações baseadas na fé.

Page 10: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

I N T R O D U Ç Ã OI N T R O D U Ç Ã O

11 MANUAL 2YL

CAIXA 2. PASSOS PARA ESTABELECIMENTO OU FORTALECIMENTO DO 2YL

N OVA VAC I N A O U BA I X A C O B E RT U R A

0 %

1 0 0 %

PAS

SO

S

1

2

3

5

6

4

Reunir a informação necessária para ajudar a formular um plano de ação

Identificar uma pessoa de contacto e iniciar um grupo de trabalho

Desenvolver um plano de ação para a implementação da plataforma 2YL

Assegurar uma revisão e aprovação de alto nível do plano e atividades

Implementar o plano e aferir a prontidão para o lançamento

Monitorizar a implemen-tação e cobertura e ajustar estratégias conforme o necessário

Page 11: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 1

13 MANUAL 2YL

Quem: Ministério da Saúde (MOH)

Quando: pelo menos, 12 meses antes do lançamento da atividade

Referência na Orientação 2YL: secção 4.1

1P A S S O Identificar uma

pessoa de contacto e iniciar um grupo de trabalho

Em preparação para uma iniciativa 2YL – quer esta inclua o estabelecimento de um novo contacto ou esforços para fortalecer um existente – o MOH deve identificar uma pessoa de contacto (FP). Idealmente, a FP deve fazer parte do PAV, mas no caso de ser externa, um membro do PAV deverá ser atribuído como homólogo à FP. A FP (ou o seu homólogo) devem estar autorizados a convocar um grupo de trabalho designado (WG, descrito abaixo) para o 2YL.

Page 12: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 1 P A S S O 1

15 14 MANUAL 2YL MANUAL 2YL

A função da FP será avançar nos passos, preparar documentos e relatórios, juntar informações e documentação para revisão e manter o ímpeto para o progresso sobre o 2YL. O membro do PAV destacado como FP, ou como homólogo da FP, deve conseguir devotar tempo significativo a este processo para assegurar o seu sucesso. Em alguns países, poderá ser contratada uma pessoa para ser assistente da FP, mas toda a autoridade deve residir no MOH.

Deve ser estabelecido um WG que seja composto por membros do MOH e de todos os programas que estarão envolvidos no pacote 2YL. Este poderá ser um subgrupo de um WG técnico já existente (onde este existe), de modo a evitar a duplicação e aumentar a coordenação. Muitos países já têm um WG de comuni-cações ou de procura estabelecido e este pode ser um ponto de entrada útil, dadas as ligações essenciais nesta área para o sucesso da plataforma do 2YL. Consulte a Caixa 3 abaixo para sugestões para membros do WG. O WG poderá necessitar de ser alargado para incluir novos conhecimentos, à medida que as intervenções adicionais são identificadas, para serem incluídas no pacote 2YL. Deve ser nomeado um Presidente e estabelecidos os termos de referência (TOR) para o WG, com funções e responsabilidades definidas para cada programa representado e quaisquer requisitos de financiamento para as fases de planea-mento do 2YL. É esperado que o WG reveja as políticas e diretrizes existentes e recomende alterações aos diretores do programa, ou outros órgãos apropriados, para aprovação, tais como GTCV, CCI, conselhos de saúde e outros grupos de aconselhamento técnico, conforme apropriado. Uma lista de políticas e diretrizes essenciais a rever pode ser encontrada no Guia de informações para a Área de Programa 2: política, diretrizes e normas na página 30.

O mandato da FP e do WG devem prolongar-se por um ano para além do lança-mento da iniciativa 2YL para permitir a monitorização de alterações na cobertura e ajustar as estratégias, conforme o necessário, para aumentar a cobertura de modo equitativo até aos níveis desejados.

CAIXA 3. OS PARTICIPANTES NO GRUPO DE TRABALHO DO 2YL DEVEM INCLUIR OS SEGUINTES, CONFORME APLICÁVEL:

• pessoa de contacto do 2YL• gestor de dados• um especialista de comunicações ou de criação de procura• cientista social/comportamental ou investigador qualitativo• representantes de outros programas de saúde materno-infantil (MCH)/

nutrição, associações ou sociedades pediátricas nacionais • representantes de conselhos de enfermagem ou de parteiras (ou

entidades que desenvolvem currículos para formação da vacinação)• institutos de formação na área da saúde • associações de creches• organizações parceiras envolvidas na vacinação

Page 13: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 2 P A S S O 2

17 16 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

Quem: MOH e WG 2YL, com o apoio de todos os par-ceiros de vacinação no país

Quando: começando, pelo menos, 12 meses antes do lançamento da atividade

Referência na Orientação 2YL: secções 4, 7, 8 e 9

2P A S S O Reunir a informação

necessária para ajudar a formular um plano de ação

Este passo é composto por quatro grandes exercícios de recolha de informações a serem executados, para compreender de modo adequado o contexto atual no qual a plataforma 2YL será estabelecida, ou que aspectos da plataforma atual requerem mais atenção.

Tarefa 2.1 Conduzir uma revisão documental das políticas e documentos de orientação, normas e regula-mentos, ferramentas e dados de monitorização, avaliações e relatórios anteriores existentes.

Tarefa 2.2 Entrevistar as pessoas e intervenientes responsáveis.

Tarefa 2.3 Conduzir visitas de campo.Tarefa 2.4 Conduzir mais investigação conforme o

necessário para endereçar quaisquer falhas no conhecimento sobre as barreiras e facilitadores a adotar.

Para países que estejam a introduzir uma nova vacina, ou uma dose de vacina adicional no segundo ano de vida, esta análise da situação deve ser conduzida com o objetivo de desenvolver um plano de trabalho para que a introdução da vacina seja bem-sucedida. Consulte a Secção 3 e o Anexo 3 dos Princípios e considerações para adicionar uma vacina a um programa nacional de vacinação: desde a decisão à implementação e monitorização7 para obter orientação e detalhes adicionais.

Para países que desejam melhorar a cobertura de uma plataforma 2YL existente, o plano de trabalho deve focar-se em ações para remediar os problemas identifica-dos através deste processo de recolha de informações. A Secção 10.1 e a Tabela 7 da Orientação 2YL proporcionam exemplos de problemas comuns e potenciais ações para o fortalecimento da prestação dos serviços e cobertura no 2YL.

TAREFA 2.1

Revisão documental O intuito desta tarefa é compreender o estado e requisitos para o estabelecimento ou fortalecimento de uma plataforma 2YL. Os resultados da revisão documental serão utilizados para desenvolver um plano de ação que delineia todas as modifi-cações e produtos necessários para a administração e monitorização da vacinação no 2YL.

O relatório da revisão documental também deve incluir uma breve descrição do programa, destacando os fatores que irão facilitar ou prejudicar a expansão da vacinação para o segundo ano de vida. Este pode pegar em secções de outros documentos, mas deve incluir a estrutura organizacional do programa e todas as políticas relevantes relacionadas com a vacinação e outros serviços de saúde infantil. A revisão documental também deve incluir uma revisão das ferramentas e dos dados de monitorização atuais, assinalando quaisquer áreas que requeiram modificação de revisão. Se a vacinação for efetuada, monitorizada ou reportada de modo diferente no sector privado, isto também deve ser indicado no relatório.

Consulte a secção dos Guias de informação na página 45 para encontrar as tabelas concebidas para ajudar a aferir o estado atual e as ações potenciais necessárias para relacionar com o planeamento e implementação do 2YL, divididos por área de programa. Estas tabelas podem ajudar a direcionar a revisão documental, entrevistas, visitas de campos e quaisquer necessidades adicionais de investigação.

Page 14: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 2 P A S S O 2

19 18 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

TAREFA 2.2

Entrevistar informadores-chave nacionais e regionais individualmente ou em grupo A Tabela 1 abaixo dá exemplos do tipo de pessoas a entrevistar. As questões a perguntar durante uma entrevista poderão seguir as listadas na secção de ‘Informações e questões essenciais’ dos Guias de informação, especialmente no sentido em que se relacionam com as pessoas responsáveis pelas diferentes áreas do programa PAV. Aos diretores e pessoal de outros sectores governamentais, bem como aos parceiros, poderá ser perguntado um conjunto especial de questões relacionado com os riscos e benefícios potenciais para a integração de intervenções num pacote 2YL e como é que isto pode ser executado. Mais orientações sobre este assunto podem ser encontradas na secção de Guia de campo na página 00 abaixo. Dependendo do contexto, poderá ser importante considerar que preparações poderão ser necessárias para dar apoio a um envolvimento eficaz com os interve-nientes durante estas entrevistas. Isto pode consistir numa simples preparação de mensagens e num guia de tópicos gerais com questões ou temas essenciais que serão explorados ao longo das discussões. Isto também ajudará a dar apoio a uma abordagem consistente nos vários grupos de intervenientes e a facilitar qualquer análise posterior que possa ser necessária.

Com isto em mente, é sugerido preparar o seguinte.

• Fazer uma lista de todas as entrevistas a informadores-chave que devem ser conduzidas.

• Elaborar alguns conjuntos diferentes de questões de entrevista com base nos tipos de pessoas que estão a ser entrevistadas, por exemplo:

- Poderão ser colocadas questões sobre políticas aos diretores e parceiros de alto nível, bem como sobre como vêem que uma plataforma 2YL possa contribuir para a sua visão para esses programas;

- poderão ser feitas perguntas mais relacionadas com o funcionamento e execução ao pessoal técnico.

TABELA 1. POSSÍVEIS INFORMADORES A ENTREVISTAR A NÍVEL NACIONAL12

PROGRAMA OU ORGANIZAÇÃO

PESSOAS

Programa PAV Pessoal PAV

Diretor do PAV

Gestor de Dados

Funcionário de Logística ou da Cadeia de frio

Funcionário de Comunicação, Mobilização Social

Funcionário Administrativo/Financeiro

Outro pessoal do PAV dependendo de como o programa nacional é organizado

Outros

Gestores e diretores de nível superior sob os quais reside o programa PAV (consultar o organograma)

Membros do grupo de aconselhamento técnico para a vacinação

Membros da comissão Coordenadora do Sistema de Saúde (HSCC)

Membros de grupos de coordenação parceiros tais como comissões coordenadoras interagências (CCI)

Outros programas governamentais

Isto dependerá dos componentes da plataforma 2YL, mas podem incluir diretores de programa e pessoal dos seguintes:

Saúde materna, de recém-nascidos e infantil (gestão integrada das doenças da infância (IMCI))

Nutrição (por exemplo, suplementos nutricionais, monitorização do crescimento)

VIH/SIDA (acompanhamento)

12 O pessoal regional será entrevistado como parte das visitas de campo subnacionais, descritas na Tarefa 2.3, Anexo 4.

Page 15: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 2 P A S S O 2

21 20 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

PROGRAMA OU ORGANIZAÇÃO

PESSOAS

Outros programas governamentais(continua...)

Malária (por exemplo, distribuição de redes para camas, tratamento preventivo intermitente (IPTc), quimioprofilaxia da malária sazonal)

Doenças tropicais negligenciadas (NTD) (por exemplo, desparasitação)

Promoção da saúde/planeamento familiar

Saúde educativa/escolar e cuidados da primeira infância

Segurança social

Outros...

Sociedades profissionais,sociedades civis (OSC), organizações não-governamentais (ONG)

Sociedades, incluindo sociedades pediátricas, de enfermeiros, farmacêuticos, clínicos gerais

Entidades reguladoras da medicina privada

Institutos de formação na área da saúde que cobrem a vacinação

Conselhos de enfermagem e de parteiras

Agências de currículo de enfermagem

Associações de creches

Organizações com base na comunidade

Outros...

Parceiros OMS

UNICEF

Outros...

TAREFA 2.3

Visitas de campo para documentar práticas essenciais e percepções dos cuidadoresEsta tarefa não se trata de uma avaliação sistemática do programa PAV, e a expansão da vacinação para o 2YL não irá abordar todos os desafios que a vacinação de rotina enfrenta. Contudo, o estabelecimento ou fortalecimento de uma plataforma 2YL é uma oportunidade para destacar o que está a funcionar bem no programa, identificar desafios existentes e impulsionar os recursos de forma a melhorar a qualidade da prestação dos serviços e a procura da vacinação por parte de todos os grupos etários. Por conseguinte, a seleção dos locais para uma visita de campo deve ser discutida com o diretor e o pessoal do PAV, ponderando as informações a serem obtidas e considerações logísticas. Os níveis intermédios devem ser incluídos se tiverem uma influência importante nas políticas de implementação. A este nível, os homólogos às pessoas mencionadas na Tabela 1 devem ser entrevistados, conforme aplicável.

Os distritos com uma cobertura vacinal de rotina fraca e as populações menos servidas devem ter prioridade, pois estas apresentam os maiores desafios para a vacinação no 2YL. Estas áreas também podem representar um maior potencial para uma plataforma 2YL para aumentar a cobertura vacinal no que diz respeito às vacinas que podem salvar vidas entre os que estão apenas parcialmente vacinados. Contudo, também será benéfico visitar distritos e instalações de saúde com elevado desempenho para compreender o potencial que uma plataforma de prestação de serviços no 2YL forte pode ter, bem como para determinar os potenciais fatores de sucesso que poderão ser transferíveis para outro lado. Os distritos com elevado desempenho também poderão ajudar a localizar questões específicas à plataforma 2YL, sendo que há probabilidade que as áreas de fraco desempenho também passem por desafios de acesso e utilização mais amplos que irão ter impacto no desempenho do 2YL.

Deve ser planeado e orçamentado o tempo suficiente para viagens para e dentro do distrito, visitas de cortesia/defesa a funcionários políticos e administrativos e recolha de informações com grupos médicos profissionais e instituições de formação. Incluir visitas aos seguintes:

Page 16: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 2 P A S S O 2

23 22 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

• Serviço distrital de saúde – entrevistas com a equipa de gestão de saúde distrital, pessoa de contacto PAV, funcionário de comunicações, outras pessoas de contacto de intervenção e visitas aos armazéns de frio e seco distritais.

• Duas a três instalações de saúde, representando uma variedade de tamanhos e níveis de desempenho, escolhidas com a equipa de gestão de saúde distrital.

• Instalações de saúde privadas - caso exista um sector privado substancial a fornecer vacinas, incluir visitas a algumas dessas instalações e a quaisquer associações de prestadores que possam existir.

• Enquanto se encontrar nas instalações, se possível, arranjar discussões com os líderes comunitários e voluntários de saúde.

• OSC e ONG relevantes que apoiam a vacinação e grupos de aconselhamento de saúde locais.

Consulte a secção Guia de campo para obter conselhos sobre como conduzir uma visita de campo e sobre questões importantes a perguntar.

TAREFA 2.4

Mais investigação, conforme o necessárioApós recolher os contributos de todas as fontes disponíveis poderá ser ainda necessário recolher algumas informações adicionais para assegurar uma prestação do serviço no 2YL de forma eficaz e bem-sucedida. Por exemplo, poderão identificar-se informações que durante a revisão inicial suscitem um exame mais aprofundado de uma ou mais questões que têm impacto na cobertura ou adoção dos serviços. As atividades adicionais que poderão ser consideradas como parte da análise de situação incluem as seguintes:

• criação de procura - consulte a secção 10 da Orientação 2YL sobre elementos de mudança comportamental e possíveis ações;

• redução na perda de oportunidade de vacinação (OPV);13

• personalização de programas de vacinação;14

• integração do PAV com intervenções não relacionadas com vacinas;15

• inquéritos de conhecimento-atitude-prática,16 estudos de equidade ou avaliações direcionadas.

Estes também podem ser efetuados após o lançamento, se necessário, para informar quais são os motivos para a baixa adoção.

Se um país está a planear um inquérito de cobertura, no seguimento de campanhas sobre o sarampo ou de poliomielite, ou um inquérito de cobertura PAV nacional ou um inquérito demográfico e de saúde (IDS)/inquérito de aglomer-ação de indicadores múltiplos (IAIM), poderá valer a pena adicionar questões relacionadas com o 2YL que possam guiar as atividades de introdução ou fortalecimento. Para países que já introduziram uma vacina 2YL, consulte Um guia para executar um Programa Alargado de Vacinação, Revisão PAV (diretrizes da Revisão PAV) para obter questões do 2YL sugeridas para incorporar como parte de uma revisão PAV ou Avaliação Pós-introdução (API),17 consultando ainda a Secção 10 da Orientação 2YL para mais sobre a compreensão dos motivos para o baixo desempenho.

15 http://www.who.int/immunization/programmes_systems/interventions/en/16 Um guia para exploração das interações dos trabalhadores da saúde/cuidadores sobre vacinação

(http://www.who.int/immunization/programmes_systems/vaccine_hesitancy/en/). 17 http://www.who.int/immunization/documents/WHO_IVB_17.17/en/

13 http://www.who.int/immunization/programmes_systems/policies_strategies/MOV/en/ 14 http://www.euro.who.int/en/health-topics/communicable-diseases/measles-and-rubella/activities/tailoring-

immunization-programmes-to-reach-underserved-groups-the-tip-approach/the-tip-guide-and-related-publications

Page 17: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 3

25 MANUAL 2YL

P A S S O 2

24 MANUAL 2YL

E ST U D OS D I R EC I O N A D OS

Em Julho de 2015, o Malawi introduziu uma segunda dose de rotina da vacina do sarampo-rubéola (MR2) a ser administrada aos 15 meses de idade. A API, conduzida em Setembro de 2016, descobriu que a cobertura para a MR2 estava a ser fraca, mas foi incapaz de determinar se isto se devia a uma componente de notificação ou a outros fatores. O programa PAI decidiu levar a cabo um estudo em seis distritos com baixa cobertura. O estudo determinou que a baixa cobertura se devia a práticas de notificação fracas, bem como a uma baixa consciencialização entre as mães no que dizia respeito à segunda dose, sendo que isto permitiu que o programa implementasse ações direcionadas para aumentar a cobertura. Alguns exemplos do plano de ação 2YL do Malawi incluem:

• utilização de supervisão de suporte para construir o conhecimento e competências dos funcionários de cuidados de saúde sobre melhores registos de dados e práticas de notificação;

• desenvolvimento de auxiliares de trabalho para melhorar as práticas dos trabalhadores da saúde para a atualização da vacinação;

• disseminação de mensagens de comunicação essenciais sobre a importância da vacinação para além do primeiro ano de vida.

Quem: MOH e WG 2YL, com o apoio de todos os par-ceiros de vacinação no país

Quando: pelo menos, 10 meses antes do lançamento

Referência na Orientação 2YL: secções 4, 6, 7, 8 e 9

3P A S S O Desenvolvimento de

um plano de ação para a implementação da plataforma 2YL

Assim que a revisão documental, entrevistas dos interve-nientes e quaisquer investigações adicionais tenham sido executadas, as informações devem ser compiladas num plano de ação com um orçamento e os cronogramas.

A FP deve liderar e facilitar o desenvolvimento deste plano com o WG. As cronologias devem ser projetadas andando para trás a partir da data de lançamento planeada. É incluído um cronograma ilustrativo na Lista de verificação na página 41. O WG deve encontrar-se com regularidade para rever o progresso em relação à cronograma proposto e solucionar quaisquer atrasos. Estas reuniões podem começar por ser mensais e, gradualmente, tornarem-se mais frequentes nos meses/semanas até ao lançamento.

Page 18: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 3P A S S O 3

27 26 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

O plano de ação deve incluir todas as ações identificadas na revisão docu-mental (consulte a Caixa 4 abaixo e a secção de “ações potenciais” dos Guias de informações para obter detalhes sobre cada área de programa). Cada ponto de ação deve ser relacionado com um orçamento associado, o cronograma para a execução e pessoas responsáveis.

CAIXA 4. AÇÕES PRINCIPAIS PARA UMA PLATAFORMA 2YL BEM-SUCEDIDA

1. Política e planeamento Assegurar que todas as políticas relevantes possam permitir e promover

a vacinação para crianças acima dos 12 meses, incluindo a repescagem das vacinas perdidas.

2. Gestão de dadoss Acordar os indicadores 2YL e assegurar que todas as ferramentas de

recolha/monitorização/registo/notificação de dados estão atualizadas, de modo a recolher e reportar estas informações.

3. Formação e recursos humanos Antecipar quaisquer barreiras à adoção de serviços 2YL e considerar

alterações programáticas (por exemplo, integração do serviço) que possam soluciona-los.

Assegurar que os profissionais da área da saúde compreendem a im-

portância da vacinação no 2YL e mais tarde e que a vacinação não é apenas uma intervenção em crianças abaixo de um ano de idade. Todas as oportunidades para atualizar as vacinas no primeiro ano de vida devem ser aproveitadas e os cuidadores devem ser recordados para trazerem os seus filhos de volta para as suas doses do 2YL.

4. Cadeia de abastecimento A utilização da vacina deve ser encorajada através da supervisão de

suporte; todas as oportunidades para a vacinação devem ser aproveita-das, devendo ser abertos frascos para cada criança. Espera-se que o desperdício da vacina contra o sarampo diminua com a introdução de uma segunda dose e a previsão das vacinas pode ser ajustada de acordo com esta informação.

5. Defesa, comunicação e criação de procura Comunicar para lembrar e encorajar os cuidadores sobre a importância da

vacinação no 2YL e para além dele, de modo a que tragam os filhos novamente para receberem todas as doses das vacinas de que necessitam.

Os pontos que se seguem serão importantes para destacar no plano.

• Quando deverão ser feitas as principais decisões, por quem e como é que se apoiam ou colocam nas politicas de saúde?

• Desenvolvimento e testes de campo de atividades, ferramentas e materiais de incrementação do serviço ou criação de procura novos ou modificados, antes da implementação em larga escala.

• Consulta e teste de diferentes abordagens para gerar a aceitação e procura da vacinação no 2YL.

- Isto pode incluir a utilização de autocolantes, lembretes SMS eletrónicos e outros tipos de lembrete que abordam falhas específicas entre conhecimen-to, intenção e ação.

- Em alternativa, as intervenções poderão centrar-se em ajustar políticas ou processos locais, ou em incrementar elementos da experiência de serviço, tais como o fornecimento de informação ou aspectos da comunicação inter-pessoal que servem para demonstrar respeito.

• Teste e validação dos materiais de formação (instalação, distrito e profissional de saúde comunitário ). Isto pode ser feito através de uma leitura com pessoal da instalação de saúde selecionado de áreas urbanas e rurais perto da capital. Explicar o propósito do exercício, que não é uma avaliação do seu conhecimen-to e compreensão, mas um esforço para nos certificarmos de que os materiais estão bem adaptados e respondem às suas necessidades.

• Teste e validação de mensagens de comunicação, incluindo aquelas a serem divulgadas através dos meios de comunicação social, utilizando grupos focais das populações alvo, por exemplo, cuidadores, líderes comunitários, líderes religiosos e outros. De novo, explicar que o objetivo é recolher comentários francos sobre as mensagens, de modo a assegurar que são claras, com-preensíveis e convincentes, sendo provável que motivem os seus pares a trabalharem no sentido de levarem as crianças aos serviços de vacinação.

Page 19: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 3P A S S O 3

29 28 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

O orçamento deve ser realista e incluir fontes de financiamento. Atividades como a monitorização e a supervisão já devem fazer parte do orçamento PAV e devem ser distintas dos custos de arranque únicos ou de despesas específicas do 2YL. A UNICEF desenvolveu uma ferramenta de cálculo de custos para ajudar a estimar os custos da introdução de uma vacina 2YL.18

O WG deve considerar com bastante antecedência a forma como quaisquer falhas no financiamento podem ser solucionadas. Isto inclui se uma plataforma de cuidados de prevenção integrada que permitirá alguma partilha de custos entre os programas, como por exemplo, com a nutrição. Contudo, a principal fonte de financiamento será sempre o governo nacional. Se necessário, algumas fontes potenciais de financiamento externo poderão incluir as que constam na Tabela 2 abaixo. Os planos e orçamentos devem incluir toda a logística, for-mação e mensagens adicionais necessárias para o pacote 2YL completo.

TABELA 2. POTENCIAIS FONTES DE FINANCIAMENTO EXTERNO PARA COMPLEMENTAR AS FONTES DOMÉSTICAS

ÁREAS FONTES POTENCIAIS*

Introdução da vacina Fundos de apoio para vacinas da Gavi ou assistência nacional direcionada (TCA)

Avaliações, conhecimento atitude-prática (CAP) ou outras (as avaliações poderão centrar-se nas perspectivas do cuidador, profissionais da área da saúde ou membros essenciais da comunidade e intervenientes locais)

UNICEF

Fondation Bill and Melinda Gates

USAID

Programa de pequenas bolsas da OMS/CDC

Fundos TCA Gavi

Criação de procura Fundos de suporte às vacinas da Gavi/TCA/HSS

UNICEF

CDC

OMS

Recolha/vigilância de dados Fundos de fortalecimento do sistema de saúde e reforço da imunização da Gavi (HSS)

Fundos TCA Gavi

Atualizações de material de formação

Fundos de suporte às vacinas da Gavi/TCA/HSS

UNICEF

OMS

Atualizações da políticas de saúde (vacinação e outros programas)

OMS

Cadeia de frio e logística Plataforma de otimização de equipamento de cadeia de frio da Gavi (CCEOP)

Fundos HSS da Gavi

UNICEF

* Esta lista não é exaustiva e os países poderão ter outros dadores internacionais e locais ou financiamento doméstico suficiente.18 http://www.who.int/immunization/programmes_systems/policies_strategies/2YL/en/

Page 20: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 4

31 MANUAL 2YL

P A S S O 3

30 MANUAL 2YL

Quem: Diretores de programa do MOH selecionados, mem-bros do GTCV, CCI, funcionários de saúde de alta patente ou outras autoridades de tomada de decisão apropriadas

Quando: pelo menos, nove meses antes do lançamento

Referência na Orientação 2YL: secção 4

4P A S S O

Os detalhes para a revisão e aprovação de alto nível da plataforma 2YL, bem como quaisquer políticas ou práticas novas ou atualizadas, devem fazer parte do plano de ação. Esses detalhes irão variar de país para país e depender das políticas e dos programas envolvidos. Os planos devem descrever como é que a direção de outros programas será envolvida se as intervenções que não são de vacinas fazem parte da plataforma. No mínimo, estes diretores de programa devem fazer parte do processo de revisão.

ÍNDICE DE AMOSTRA PARA O PLANO DE AÇÃO 2YL

1. Introdução a. Contexto nacional b. Justificação para a plataforma 2YL i. Introdução da nova vacina ii. Aumento da cobertura da série principal em dois anos iii. Aumento da cobertura no segundo ano de vida

2. Análise de situação a. Cobertura atual b. Dados de vigilância e análise epidemiológica c. Estado dos serviços de vacinação d. Análise SWOT (pontos fortes, pontos fracos, oportunidades, ameaças)

3. Metas e objetivos

4. Estratégias e atividades a. Política e planeamento b. Gestão de dados c. Formação e recursos humanos d. Cadeia de abastecimento e. Defesa, comunicação e criação de procura

5. Alinhamento com outras políticas, planos, estratégias e orientação

6. Cronologia

7. Orçamento

8. Plano de implementação a. Aprovações b. Divulgação c. Implementação d. Monitorização e avaliação

Assegurar uma revisão e aprovação de alto nível do plano e atividades

Page 21: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 5

33 MANUAL 2YL

P A S S O 4

32 MANUAL 2YL

É provável que o apoio do Ministério do Financiamento e Orçamentação, Ministério da Educação, Ministério da Segurança Social, ou outros organismos, também seja importante, especialmente se for necessário rever quaisquer leis ou políticas. Também será necessário envolver órgãos técnicos e de coordenação neste passo (por exemplo, GTCV para grandes alterações na política ou introdução de novas vacinas, CCI para integração com outros programas, etc.).

A FP e o WG devem preparar uma breve apresentação, delineando as informações e provas de base, as recomendações do WG e quaisquer decisões que sejam necessárias tomar, dependendo do público-alvo, por exemplo, grupos de aconsel-hamento técnico, diretores de programa ou diretores financeiros. Se for necessária uma grande revisão de políticas, este processo poderá envolver primeiro a aprovação das emendas propostas, seguida pela aprovação das políticas atualiza-das finais.

EXEMPLO NACIONAL

No Gana, as avaliações direcionadas revelaram que a adoção das vacinas 2YL era particularmente baixa entre as crianças nas comunidades urbanas. Dentro deste contexto, muitas crianças começam a frequentar a creche após o seu primeiro ano (tão cedo quanto aos seis meses de idade). Contudo, muitas ainda estão sub-vacinadas aquando da inscrição. Como parte de uma iniciativa de fortalecimento do 2YL, o Ministério do Género, Crianças e Proteção Social e o Departamento de Segurança Social foram identificados como os organismos reguladores para as creches e foram envolvidos pelo Ministério da Saúde/Serviço de Saúde do Gana no desenvolvimento de formações para proprietári-os de creches sobre a importância das vacinas no segundo ano de vida.

Quem: grupo de trabalho, pessoal do programa

Quando: a partir de nove meses antes do lançamento

Referência na Orientação 2YL: secções 6, 7, 8 e 9

5P A S S O Implementar o plano

e aferir a prontidão para o lançamento

A implementação do plano de ação para o 2YL deve comece o mais cedo possível. Se estiver lançando uma nova plataforma ou introdução de vacina, a preparação deve ser periodicamente avaliados ao longo do caminho, idealmente em 9, 6, 3, 2 e 1 mês antes do lançamento. A lista de verificação na página 41 é uma referência útil para uma linha do tempo indicativa, embora essas atividades não precisem necessariamente implementado na ordem proposta.

Page 22: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 5P A S S O 5

35 34 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

TAREFA 5.1

Sistemas, serviços e intervenções ao nível da políticasSe a revisão documental identificou quaisquer leis ou políticas que requereram desenvolvimento ou revisão para permitir e promover a vacinação de crianças acima do ano de idade e a repescagem de vacinações em falta, é importante assegurar que essas atualizações sejam amplamente disseminadas em todos os níveis, bem como uma nota de informação e orientação para implementação. Os indicadores de sucesso para a plataforma 2YL devem ser determinados numa fase inicial do planeamento, para que as ferramentas de dados possam ser modificadas para recolher e rastrear as informações necessárias para a monitor-ização do programa (consulte a Tabela 4 na Orientação 2YL). As ferramentas de notificação e registo atualizadas devem ser impressas e divulgadas, em conjunto com as circulares de formação e informação sobre como utilizar as ferramentas atualizadas e por que motivo esta informação está a ser recolhida.

TAREFA 5.2

Formação de profissionais da área da saúde Idealmente, a formação de profissionais de saúde da linha da frente deve ser conduzida com cerca de duas semanas antes da data de lançamento. Isto aumenta a retenção de novas informações e também dá bastante tempo para que os materiais impressos (se necessário) sejam desenvolvidos e disseminados. Notificações/vídeos/fotos/circulares de informação/etc., devem ser disseminados várias vezes através de canais de comunicação múltiplos (por exemplo, e-mail, SMS, grupos do WhatsApp) de modo a atingir o maior número possível de profissionais da área da saúde.

A formação deve centrar-se, não apenas na nova vacina a ser introduzida, mas deve também enfatizar a importância de uma plataforma 2YL e questões específicas, incluindo:

• a importância da vacinação 2YL (porque é que esta vacina é dada neste momento e a extensão dos serviço de vacinação para além do primeiro ano de vida);

• a repescagem de quaisquer vacinas perdidas;

• como abordar as preocupações sobre várias injeções e reduzir a dor durante a vacinação;

• como registar e reportar doses do 2YL e de repescagem, que indicadores estão a ser monitorizados e porquê;

• como comunicar com os cuidadores (competências interpessoais - escuta, afirmação, demonstrar respeito) e confiança ao fazer recomendações.

As alterações no currículo de formação pré-serviço devem ser discutidas com as instituições de formação relevantes, incluindo escolas médicas, escolas de enfermagem e, dependendo dos regulamentos governamentais para as qualifi-cações exigidas aos vacinadores, instituições de formação para inspetores ambientais, funcionários de vigilância, profissionais da saúde comunitários e outros.

Alguns países têm um sistema estabelecido para continuar a educação e os trabalhadores da área da saúde são obrigados a proporcionar documentação da formação em determinados assuntos para manterem as suas licenças. Isto proporciona uma excelente oportunidade para enviar mensagens de lembrete a uma ampla secção do sector da saúde. Outras formas de formação de baixo custo também podem ser utilizadas, tais como a chamada formação faseada através de cartazes ou folhetos que podem ser distribuídos em conjunto com a vacina ou outras entregas de fornecimentos.

Um público-alvo que é muitas vezes ignorado são os médicos e enfermeiros dos serviços curativos, medicina privada e farmacêuticos. Apesar dos trabalhadores do PAV planearem proporcionar a formação detalhada para aqueles profissionais da área da saúde que normalmente fornecem a vacinação, podem ser alocadas 2 -3 horas para falar com grupos de pessoal médico sobre o 2YL, para o rastreio de vacinação que não foi realizado e para proporcionar lembretes sobre as definições de caso e procedimentos de notificação de doenças evitáveis pela vacinação e eventos adversos pós-vacinação. Isto pode ser atingido convidando esses profis-sionais para um segmento da sessão de formação mais alargada, ou durante uma formação em separado, mais curta, para este grupo. As sociedades profissionais (por exemplo, pediatras ou enfermeiros) poderão ter newsletters, listas de correio ou reuniões anuais regulares que também podem ser direcionadas para a disseminação destas mensagens principais.

Page 23: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 5P A S S O 5

37 36 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

TAREFA 5.3

Criação de procuraAs mensagens para o público no geral devem ser testadas e individualizadas para abordar cada grupo-alvo identificado, incluindo pais e cuidadores, proprietários de creches/pré-escolas e líderes políticos, comunitários e religiosos, de modo a gerar apoio para a vacinação, com um foco em solucionar as barreiras e facilitar a vacinação durante o segundo ano de vida. Para além de mensagens gerais sobre a importância da vacinação e a hora, local e disponibilidade dos serviços, pode ponderar se mensagens que enderecem preocupações que possam evitar que os cuidadores de crianças mais velhas regressem ao centro de saúde – por exemplo, serem repreendidos se a criança não tiver as vacinas em dia, se a criança tiver peso a menos ou se a mãe estiver novamente grávida.

Os canais para comunicação devem estar alinhados com os que demonstraram serem eficazes através do CAP, ou outros métodos, tais como cobertura pós- campanha ou inquéritos à população, bem como avaliações sobre introduções de vacinas anteriores. Para além das vias tradicionais, tais como cartazes e anúncios nos meios de comunicação social, os talk shows de rádio ou televisão, plataformas de redes sociais, campanhas por SMS e simpósios em locais médicos também devem ser considerados. Os meios de comunicação social (incluindo as redes sociais) já ativos na prestação de conselhos, ou marketing sobre a parte lúdica, desenvolvimento e educação tendo como alvo cuidadores de crianças em idade pré-escolar, são outras vias a ponderar. Considere a colaboração em diferentes grupos de comunicação para harmonizar as mensagens sobre imunização, para que sejam emitidas mensagens consistentes por todos os parceiros.

Outros elementos do plano de comunicação devem ser iniciados mais próximos da data de lançamento, de acordo com o plano desenvolvido no Passo 3. Certifique-se de que são devotados recursos suficientes às atividades de comunicação, pois este é muitas vezes um aspecto sub-financiado, mas absolutamente essencial, da introdução da plataforma 2YL.

COMUNICAÇÃO COM OS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE

Existem inúmeros exemplos de formas inovadoras em como os programas de saúde estão a envolver-se com o seu pessoal para aumentar as suas competências e confiança. Isto é possível através de várias vias que permitem a interação contínua em tempo real.

• Os ministérios da saúde em países como o Gana, Malawi e Zimbabué estão a utilizar grupos de chat do WhatsApp para grupos mais pequenos de trabalhadores na área da saúde.

• Na Mongólia e na Indonésia, muitas instalações de saúde têm sites, páginas do Facebook e contas do Twitter para a partilha de informações.

• Na República Democrática do Congo (RDC) durante um surto de Ébola, o Ministério da Saúde trabalhou com as operadoras de serviços de telemóvel para designar números (linhas verdes) para onde os prestado-res de cuidados de saúde podiam ligar gratuitamente para obterem informações, ou para reportarem casos suspeitos.

• Na RDC, ao viajar para levar a cabo a defesa e formação para a intro-dução de novas vacinas, o pessoal nacional reservou uma manhã para informar os médicos em cada capital provincial sobre a nova vacina e para proporcionar lembretes sobre a vacinação, detecção e notificação de eventos adversos e vigilância. Isto foi conseguido convidando pessoal de hospitais provinciais, instituições de formação locais e quaisquer associações médicas locais.

Page 24: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 6

39 MANUAL 2YL

P A S S O 5

38 MANUAL 2YL

TAREFA 5.4

DefesaEsta poderá fazer parte do plano de comunicação, ou ser em separado, mas devem ser preparadas mensagens para os líderes de opinião entre os tomadores de decisões, a comunidade médica, comunidades religiosas, etc. Isto deverá incluir instruções a todos os níveis.

TAREFA 5.5

Lançamento da nova vacina ou atividades para fortalecer a plataforma 2YLMesmo que não haja vacinação nova a ser introduzida, o lançamento deve incluir atividades significativas para chamar atenção para os programas PAV/MCH, para que os cuidadores possam voltar depois do seu primeiro aniversário. Esta também é uma oportunidade para melhorar o perfil da vacinação para além da primeira infância junto do público em geral, comunidade médica e tomadores de decisões. O WG deve considerar a visibilidade do lançamento, em relação a outras atividades do programa (por exemplo, outras campanhas, IPVR ou outros lançamentos) ao planear a temporização e em relação aos recursos disponíveis.

Quem: grupo de trabalho

Quando: contínuo a partir da adoção do plano

Referência na Orientação 2YL: secção 10

6P A S S O Monitorizar a

implementação e cobertura e ajustar estratégias conforme o necessário

O WG e qualquer outro organismo de supervisão apropriada são responsáveis pela monitorização da implementação do plano assim que for aprovado, desde as primeiras prepa-rações até à avaliação. Estas revisões podem ser executadas mensalmente no início do processo de planeamento, mas à medida que o lançamento se aproxima, a frequência deve aumentar para permitir a identificação atempada de quaisquer constrangimentos. Isto permite que sejam tomadas rapidamente quaisquer ações corretivas, de forma a evitar atrasar o lançamento.

Page 25: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

P A S S O 6

40 MANUAL 2YL

A monitorização deve continuar após o lançamento para determinar se as metas irão ser atingidas. Os ajustes aos componentes de envio de mensagens, recolha de dados e prestação de serviços devem ser feitos se o desempenho estiver aquém do estabelecido.

Os dados que são recolhidos através do sistema de notificação administrativa (por exemplo, cobertura da MCV2, número de doses MCV1 dadas por idade, número de doses da DTP dadas por idade, abandono MCV1-MCV2), devem ser sujeitos a uma monitorização ativa no seguimento do lançamento. As reuniões de monitorização devem ser feitas regularmente a todos os níveis, desde o prestador de serviços com a comunidade até ao nível nacional, idealmente, no mínimo, de cada mês a cada trimestre.

Quando for exequível, os recursos devem ser atribuídos para conduzir uma pós-avaliação para obter informações adicionais ao nível da implementação e do efeito das atividades 2YL. Isto deve ser conduzido 6 a 12 meses após o lançamento, para permitir que sejam observadas alterações. Esta não necessita necessariamente de ser uma avaliação direcionada em separado, podendo ser atingida incluindo indicadores 2YL nas atividades de revisão do programa de rotina, tais como as avaliações semestrais ou anuais, avaliações conjuntas, revisões PAV ou outras revisões agendadas. A Tabela 4 na Orientação 2YL proporciona indicadores ilustrati-vos que devem ser incluídos em tais avaliações e as diretrizes da Revisão PAV da OMS incluem questões do 2YL sugeridas para incorporar como parte de tais revisões.19

Quaisquer falhas ou barreiras identificadas através da monitorização ou na aval-iação pós-2YL devem então ser discutidas pelo WG e devem ser tomados os passos apropriados para as solucionar. A Secção 10 e a Tabela 7 na Orientação 2YL discute vários exemplos ilustrativos das possíveis ações que os programas podem adotar para melhorar o desempenho 2YL.

Lista de verificação

19 http://www.who.int/immunization/documents/WHO_IVB_17.17/en

LISTA D

E VER

IFICA

ÇÃ

O

Page 26: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

L I S TA D E V E R I F I C A Ç Ã O - P Á G I N A 1I N F O R M AT I O N G U I D E SS T E P 6

42

MANUAL PASSO

ORIENTAÇÃO 2YL

PARTE RE-SPONSÁVEL*

ATIVIDADE ATIVIDADES DE PREPARAÇÃO: n.º de meses antes da implementação

ATIVIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO

*com suporte do WG 2YL

12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6

1 Política MOH-PAV Pessoa de contacto (FP) designada x

1 Política MOH-PAV, FP Membros do WG identificados (incluindo represen-tação de todas as intervenções integradas)

x

1 Política MOH-PAV, FP WG convocado x

2 Planeamento FP Revisão documental conduzida x x

2 Planeamento FP Entrevistas ao nível nacional executadas x

2 Planeamento FP Visitas de campo para identificar barreiras adicionais x

2 Planeamento FP Atividades de recolha de dados adicionais conforme o necessário

x

2 Dados Gestor de Dados Sistema de informação e ferramentas aferidos x

3 Planeamento FP Plano operacional para o 2YL desenvolvido e orçamentado

x

4 Planeamento FP Plano operacional revisto e aprovado (por CCI ou outro)

x

4 5 Política FP Calendário de vacinação atualizado x

4 5 Política FP Revisões (ou desenvolvimento) de leis, políticas, se necessário (incluindo política de atualização)

x

2 Dados Gestor de Dados Indicadores de monitorização 2YL definidos x

2 Abastecimento Responsável de logística

Necessidades de vacinas previstas x

2 Abastecimento Responsável de logística

Encomendas de vacinas já realizadas x

2 5 Abastecimento Responsável de logística

Produtos para intervenções integradas calculados e encomendados

x

2 5 Abastecimento Responsável de logística

Espaço da cadeia de frio aferido e requisitos cumpridos

x

3 Comunicações Comunicações Funcionário

Plano de comunicação/mobilização social finalizado x

3 Dados Gestor de Dados Plano de monitorização finalizado x

5 Planeamento WG Preparação/estado da revisão do WG x x x x x x x

5 Dados Gestor de Dados Sistema de informação e ferramentas modificados para refletir o 2YL

x

LISTA D

E VER

IFICA

ÇÃ

O

Page 27: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

I N F O R M AT I O N G U I D E S

45

L I S TA D E V E R I F I C A Ç Ã O – P Á G I N A 2

MANUAL PASSO

ORIENTAÇÃO 2YL

PARTE RE-SPONSÁVEL*

ATIVIDADE ATIVIDADES DE PREPARAÇÃO: n.º de meses antes da implementação

ATIVIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO

*com suporte do WG 2YL

12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6

5 Planeamento FP Diretrizes 2YL desenvolvidas (incluindo promoção do rastreamento e atualização em todos os contactos)

x

5 Comunicações Comunicações Funcionário

Materiais de comunicação desenvolvidos x

5 Planeamento FP Lista de verificação de supervisão atualizada x

5 Dados, Comunicações

Gestor de Dados, Comunicações Funcionário

Teste de campo de todos os materiais novos/revistos x

5 Dados, Comunicações

Gestor de Dados, Comunicações Funcionário

Validar todos os materiais novos/revistos x

5 Planeamento FP Todos os materiais novos/revistos encomendados/impressos

x

5 RH FP Materiais de formação desenvolvidos/impressos x

5 RH FP Auxiliares de trabalho desenvolvidos e testados no campo

x

5 RH FP Formação de formadores conduzida ao nível nacional/provincial

x x

5 RH FP Introdução/diretrizes 2YL, ferramentas atualizadas e auxiliares de trabalho disseminados

x x

5 Comunicações Comunicações Funcionário

Defesa, sensibilização das sociedades profissionais, médicos privados, etc.

x x x x x x

5 Comunicações Comunicações Funcionário

Comunicação e mensagens de mobilização social em testes-piloto e finalizadas

x

5 RH MOH–PAV Formação em cascata x x

5 Comunicações Comunicações Funcionário

Atividades de comunicações iniciadas, meios de comunicação social informados

x x x x x

5 Comunicações Comunicações Funcionário

Materiais de mobilização social impressos e disseminados x x

5 Comunicações Comunicações Funcionário

Atividades de mobilização social iniciadas x x

5 Comunicações Comunicações Funcionário

Preparação para a cerimónia de lançamento x x

6 RH MOH–PAV Foco 2YL de supervisão de apoio x x x

6 Dados Gestor de Dados Monitorização dos indicadores 2YL x x x x x x

6 Planeamento FP, WG Revisão das atividades 2YL (pós-avaliação ou integração noutra revisão), revisões conforme o necessário

x

GU

IAS

DE IN

FOR

MA

ÇÃ

O

Guias de informação

Page 28: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A S D E I N F O R M A Ç Ã O

47 MANUAL 2YL

ÁREA DE PROGRAMA 1:

Organização do programa, governança e planeamento

Esta informação é necessária para compreender a estrutura organizacional do programa e os processos de tomada de decisões e planeamento.

Documentos essenciais a rever

Tabelas de organização aos níveis nacional e regional para o PAV e programas relacionados

Documentos de governança ou TOR para os grupos de aconselhamento técnico, incluindo CCI, GTCV, Entidade Reguladora Nacional (NRA), Conselho de Saúde Ministerial, associações profissionais e grupos de aconselhamento de saúde infantil.

Atas e associação dos grupos de aconselhamento técnico

Plano plurianual abrangente (cMYP) e o plano anual de ação para a vacinação

Plano de saúde nacional e planos de sector para a saúde MCH e reprodutiva, nutrição, desenvolvimento na primeira infância, educação pré-escolar e outros

Formatos de microplaneamento e instruções

Avaliações dos últimos cinco anos, incluindo Avaliações Conjuntas da Gavi, revisões PAV, Avaliações Pós-Introdução (API), estudos CAP ou outros inquéritos e relatórios

Estas tabelas são concebidas para ajudar a direcionar a revisão documental, visitas de campo e quaisquer outras investigações que possam ser necessárias (Passo 2) e informar atividades a serem incluídas no plano de ação 2YL (Passo 3).

GU

IAS

DE IN

FOR

MA

ÇÃ

O

Page 29: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A S D E I N F O R M A Ç Ã OG U I A S D E I N F O R M A Ç Ã O

49 48 MANUEL 2YL MANUEL 2YL

Informações ou questões essenciais

Existe um organismo de tomada de decisões para a vacinação e outros programas e qual a base da sua tomada de decisões?

Qual das decisões necessárias para o estabelecimento da plataforma 2YL devem ser apresentadas perante tais organismos?

Qual é o ciclo de planeamento? Como é que um plano de ação 2YL seria integrado no processo de planeamento global?

Será que a tabela de organização indica o PAV como parte de outro programa? A logística e gestão de dados poderão ser geridos sob o PAV ou em separado

As recomendações das avaliações anteriores foram implementadas? Caso contrário, quais são as barreiras que também poderão abrandar o 2YL?

Que programas de saúde ou de educação que não pertencem ao PAV têm como objetivo atingir famílias no 2YL (por exemplo, nutrição, desenvolvimento infantil, planeamento familiar ou educação precoce)?

Ações potenciais a serem incluídas num plano de ação

Estabelecer a temporização das decisões e aprovações para o 2YL em redor do planeamento e das agendas das reuniões da comissão de aconselhamento

Mecanismo/cronologia proposto para vetar decisões 2YL

Incluir outras ações potenciais identificadas como falhas ou necessárias para fortalecimento

ÁREA DE PROGRAMA 2:

Política, diretrizes e normas (incluindo prestação de serviços e a atualização)

Esta informação é necessária para compreender as políticas e normas existentes e quaisquer modificações necessárias para cumprirem os requisitos do 2YL.

Documentos essenciais a rever

Documentos da posição de vacinas da OMS

Política de vacinação/PAV, normas e manuais de referência

Políticas nacionais de saúde/saúde infantil/desenvolvimento na primeira infância

Quaisquer políticas que se relacionem com crianças em idade pré-escolar (por exemplo, políticas de cuidados de saúde infantil e pré-escolares)

Quaisquer ordens legais/administrativas relevantes

Diretrizes e outros materiais de referência para profissionais da área da saúde, incluindo para a gestão integrada das doenças da infância (IMCI)

Dados da cobertura vacinal (nacionais e subnacionais), se disponíveis - especialmente sobre a vacinação após os 12 meses de idade

Relatórios sobre qualquer investigação formativa relevante

Informações ou questões essenciais

As políticas e normas nacionais promovem, previnem ou não endereçam a vacinação > 12 meses? Existe qualquer limite superior definido para uma vacinação?

Será que algum documento aborda a atualização das doses perdidas?

As campanhas de vacinação e IPVR incluem a vacinação de crianças depois de um ano de idade?

Page 30: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A S D E I N F O R M A Ç Ã OG U I A S D E I N F O R M A Ç Ã O

51 50 MANUEL 2YL MANUEL 2YL

Será que quaisquer políticas ou normas abordam o rastreamento de doses perdidas durante visitas para avaliação da saúde da criança?

Existe uma estratégia para reduzir as OPV?

Quais são os calendários de vacinação atuais e projetados?

Existe algum requisito de vacinação para a frequência escolar/da creche?

Qual é a cobertura atual para a vacinação entre os 12 e os 23 meses?

Qual é a cobertura para outras intervenções entre os 12 e os 23 meses?

Existem publicações relacionadas com a pontualidade da vacinação (PubMed ou outra pesquisa)?

Ações potenciais a serem incluídas num plano de ação

Propor os componentes da plataforma 2YL

Se necessário propor como as políticas de atualização/OPV podem ser esclarecidas/fortalecidas

Identificar potenciais aliados de prestação de serviços

Incluir outras ações potenciais identificadas como falhas ou necessárias para fortalecimento

ÁREA DE PROGRAMA 3:

Relatório de dados, gestão e monitorização

Muitos programas PAV ainda têm sistemas de dados concebidos principalmente para monitorizar a vacinação na primeira infância. A modificação 2YL irá expandir a monitorização para a vacinação para além dos 12 meses de idade.

Documentos essenciais a rever

Orientação sobre como registar, reportar, analisar e monitorizar dados

Boletim de saúde (HBR)

Folhas de inventário

Formulários de relatório mensal

Registos de instalação de saúde

Sistema de Informação de Gestão de Saúde (SIGS), Sistema de Informação de Saúde Distrital (DHIS2), Ferramenta de Monitorização de Vacinas e Dispositivos Distrital (DVD-MT) e outros guias e bases de dados

Ferramentas de monitorização e tabelas

Relatórios de feedback e dados de desempenho (cobertura)

Relatórios do inquérito demográfico e de saúde (IDS) e do inquérito de aglomeração de indicadores múltiplos (IAIM)

Análises de equidade, se disponíveis

Informações ou questões essenciais

PAV: Os resultados IDS e IAIM apresentam os números dos vacinados > de 1 ano

de idade? Poderá a cobertura aumentar vacinando este grupo etário?

O sistema de informação PAV desagrega as doses administradas por grupo etário?

Page 31: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A S D E I N F O R M A Ç Ã OG U I A S D E I N F O R M A Ç Ã O

53 52 MANUEL 2YL MANUEL 2YL

Os HBR estão amplamente disponíveis, são gratuitos e são normalmente trazidos para os cuidados curativos?

O HBR, folha de inventário, formulários de registo e relatório mensal incluem todas as vacinas atualmente no calendário? Estes permitem, encorajam ou desencorajam o registo da vacinação após o primeiro aniversário?

Como é que o 2YL tem impacto sobre a orientação e formulários sobre vigilância/efeitos adversos pós-vacinação (EAPV)?

Programas não PAV: Como é que as intervenções são monitorizadas e que ferramentas e sistemas

são utilizados?

Esta intervenção já está incluída no HBR?

A monitorização e reporte para esta intervenção devem ser integradas com os da vacinação de qualquer forma, se ainda não são?

Ações potenciais a serem incluídas num plano de ação

Proposta para modificar formulários

Atualizar a orientação sobre como registar, reportar, analisar e monitorizar os dados

Proposta sobre indicadores essenciais do 2YL e marcos/metas

Estabelecer o contacto com aqueles que gerem os sistemas de dados relevantes relativamente a atualizações

Outras ações?

ÁREA DE PROGRAMA 4:

Recursos humanos e formaçãoIdealmente, introduzir ou fortalecer a vacinação como parte de um pacote integrado no segundo ano de vida irá estimular os serviços sem necessidade de aumentar a força de trabalho existente e propor-cionar uma oportunidade para formação de atualização sobre pontos essenciais, tais como a vacinação de atualização, monitorização de dados e comunicação interpessoal. Uma plataforma 2YL deve pre-tender acrescentar valor a todos os programas da forma mais suste-ntável possível.

Documentos essenciais a rever

Currículo para formação interna e de antes do serviço para cuidados clínicos pediátricos e quaisquer cuidados preventivos de rotina (por exemplo, imunização, nutrição, desenvolvimento ou controlo de doenças)

Listas de verificação de supervisão

Auxiliares de trabalho

Informações ou questões essenciais

O rastreamento para execução da vacinação, contra-indicações imediatas e atualização ativa fazem parte da norma de cuidados (por exemplo, visitas de monitorização infantil, monitorização de crescimento ou tratamento de pacientes externos), incluindo para além do primeiro aniversário?

Existe um sistema para educação contínua/de continuação para profissionais de saúde e vacinadores e como é que o conteúdo 2YL poderá ser incorporado?

Com que frequência é que a formação interna é conduzida e como poderá o conteúdo 2YL ser incorporado?

Como é que o currículo e conteúdo antes do serviço são atualizados e como é que o conteúdo 2YL poderá ser incorporado?

Será que o pacote integrado requeria pessoal adicional para sessões fixas ou de divulgação?

Page 32: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A S D E I N F O R M A Ç Ã OG U I A S D E I N F O R M A Ç Ã O

55 54 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

Ações potenciais a serem incluídas num plano de ação

Desenvolver uma lista de materiais e secções a atualizar

Propor um plano para formação interna e de antes do serviço

Propor modificação na lista de verificação de supervisão

Propor qualquer modificação no pessoal de recursos humanos (RH) ou TOR - se necessário

Incluir outras ações potencialmente identificadas como falhas ou necessárias para fortalecimento

ÁREA DE PROGRAMA 5:

Gestão da cadeia de abastecimento

A gestão da cadeia de abastecimento e previsão para uma vacina 2YL devem ser semelhantes a outras introduções de vacinas. A população-alvo 2YL deve ser contada e separada e a atualização da vacinação revitalizada deve ser tida em consideração para quaisquer necessidades de vacinas adicionais.

Documentos essenciais a rever

Avaliação das necessidades da cadeia de frio e logística (por exemplo, aval-iação de gestão de vacinas eficaz (EVMA), inventário de cadeia de frio, etc.)

Gestão de stocks ou orientação de distribuição

Políticas de desperdícios e cálculos

Informações ou questões essenciais

Existem falhas na capacidade da cadeia de frio ou de logística atual ou políticas que irão impedir a cobertura total no segundo ano de vida?

Como é que o «desperdício» é calculado, por exemplo, a vacinação > 1 ano, ou as doses de vacinas administradas tardes, seriam consideradas como «doses desperdiçadas» utilizando a fórmula atual?

Está em vigor uma política de frascos de dose aberta?

Existem quaisquer diretivas que irão impedir o pessoal de abrir um frasco para cada criança?

A tabela de organização indica que a logística é gerida fora do PAV e/ou haverá uma necessidade de coordenar com outros programas de saúde para os componentes que não são PAV do pacote de serviços 2YL?

O pacote de serviços 2YL irá requerer fornecimentos adicionais para intervenções não PAV?

Page 33: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A S D E I N F O R M A Ç Ã OG U I A S D E I N F O R M A Ç Ã O

57 56 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

Ações potenciais a serem incluídas num plano de ação

Modificação nos planos de fornecimento e distribuição de vacinas

Aumento do espaço de armazenamento no frio (se necessário)

Atualização de formulários e sistemas de gestão de stocks

Incluir outras ações potenciais identificadas como falhas ou necessárias para fortalecimento

ÁREA DE PROGRAMA 6:

Defesa, comunicação, criação da procura e ligações à comunidadeOs programas PAV têm uma longa associação apenas com a vacinação para crianças até ao um ano de idade e mulheres grávidas. Atingir uma elevada aceitação para a vacinação no 2YL da parte das comunidades médicas e enfermagem, bem como aumentar a procura e consciencialização nas comunidades, poderá requerer conhecimento e esforços especiais até se tornar um benefício bem conhecido e também uma prática estabelecida.

Documentos essenciais a rever

Comunicação e estratégia de envolvimento comunitário

Plano de ação custeado pela criação da procura com base na comunidade com cronologia

Consulta comunitária em relação a quando, onde e como, a prestação de serviços de rotina 2YL seria mais preferível, possivelmente em colaboração com outros programas, tais como nutrição, desenvolvimento infantil, planeamento familiar ou controlo de doenças

Planos e materiais para o lançamento 2YL

Materiais de educação para a saúde, cartazes, auxiliares de trabalho e agendas

Quaisquer relatórios e conclusões de inquérito CAP conduzidos anteriormente

Canais de comunicação e relatórios de análise comportamental

Page 34: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A S D E I N F O R M A Ç Ã O

58 MANUAL 2YL

Guia de campo

Informações ou questões essenciais

Será que a tabela organizacional indica que a responsabilidade pela comunicação recai sobre a competência de um leque mais amplo, requerendo a colaboração entre vários sectores? Isto também depende dos componentes da plataforma e se seria necessário o envio de mensagens para intervenções múltiplas

Foram feitas quaisquer avaliações em fatores CAP que poderão impedir a cobertura total, como por exemplo, hesitação ou equívocos relacionados com a vacinação após o primeiro aniversário, injeções múltiplas, etc.)?

Os materiais promovem ou desencorajam a vacinação 2YL?

Os materiais e planos de comunicação precisam de ser atualizados ou desenvolvidos? (Consulte a Tabela 6 da Orientação 2YL para obter exemplos de mensagens essenciais)

O país tem uma política ou estratégia sobre a comunicação interpessoal dos profissionais da saúde comunitários?

Ações potenciais a serem incluídas num plano de ação

Desenvolvimento de um plano de criação de procura e comunicação

Proposta para atividades adicionais ou informação que serão necessárias para formular uma campanha de comunicação eficaz e estratégia

Identificar outras falhas que possam requerer ações específicas

GU

IA D

E CA

MP

O

Page 35: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A D E C A M P O

61 MANUAL 2YL

Como organizar uma visita de campoSeguem-se sugestões sobre como organizar uma visita de campo para um país que precisa da recolha de informações básicas. É descrita uma forma de recolher as atividades e práticas de implementação do PAV a nível regional para algumas áreas selecionadas no país. Se existirem preocupações de que, por motivos diferentes, a vacinação 2YL possa ser desafiante em partes diferentes do país, então a seleção dos locais pode ser expandida ou pode ser realizado um estudo mais formalizado.

PessoalOs que forem selecionados para participarem nas visitas de campo devem estar familiarizados com o PAV e/ou as outras intervenções consideradas para inclusão para o pacote 2YL. Os membros do WG são os que têm mais probabilidade de conduzir visitas de campo. Assumindo um número limitado de pessoal disponível para essas visitas, é melhor considerar que, ao nível regional, as equipas devem ser lideradas por uma pessoa do nível nacional cujos conhecimentos técnicos são complementados por membros do nível regional. Cada equipa deve incluir pessoas familiarizadas com todos os componentes do pacote 2YL.

Escolha de locais a visitarPara efeitos programáticos, uma amostra de conveniência é muitas vezes suficiente para identificar barreiras para a procura elevada e prestação dos serviços 2YL. Os locais de amostragem devem ser escolhidos em colaboração com o pessoal relevante aos níveis nacional e regional que pode proporcionar informações detalhadas sobre as instalações de saúde e comunidades, incluindo aquelas com bom desempenho e as que têm mais probabilidade de serem um desafio para a cobertura elevada no segundo ano de vida. É importante incluir distritos e instalações de saúde com bom desempenho para proporcionar descrições dos melhores resultados possíveis com os recursos disponíveis, bem como aquelas que já estão atrasadas na cobertura da vacinação de crianças ou noutro tipo de intervenções. Considere visitar 2 a 3 regiões no país, 1 a 2 distritos numa região e 2 a 3 instalações de saúde e comunidades num distrito. Isto pode ser feito formando entre 2 a 6 equipas de campo para realizarem entre três e cinco dias de trabalho de campo.

GU

IA D

E CA

MP

O

Page 36: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A D E C A M P OG U I A D E C A M P O

63 62 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

Os critérios para a seleção das áreas podem incluir os seguintes.

• Cobertura: selecione distritos e instalações de saúde com uma cobertura DTP3 baixa e alta, taxas de abandono elevadas e cobertura MCV1 baixa até ao primeiro ano de idade.

• Características sociais: populações que poderão ter acesso limitado a, ou utilização de, serviços de vacinação, incluindo os pobres urbanos, migrantes, refugiados e minorias étnicas, ou comunidades que recusam vacinas, populações afetadas por conflitos ou as chamadas populações «invisíveis» que não se registam normalmente junto das autoridades locais ou autoridades de saúde.

Existe muito pouco a ganhar de visitar áreas que são inseguras, ou sem pessoal ou cadeia de frio, uma vez que uma plataforma 2YL poderá não abordar deficiências em termos de infraestruturas. Tenha em atenção que a geografia, insegurança, tempo ou orçamento poderão limitar a capacidade da equipa em atingir as comunidades, resultando numa maior probabilidade de perder oportunidades no 2YL. Em tais casos, considere alternativas a visitar a área, tais como entrevistas ou grupos focais em locais com probabilidade de serem frequentados por essas comunidades como por exemplo, mercados, hospitais, igrejas ou mesquitas.

Tipos de entrevistasDistrito• As autoridades políticas/administrativas distritais e locais para visitas de

cortesia e como informadores essenciais relativamente às suas populações

• Equipa de gestão de saúde distrital, incluindo gestores de dados, pessoas de contacto da cadeia de frio e logística

• Hospital distrital, incluindo médicos, para aprendizagem das práticas de rastreamento de crianças doentes, disponibilidade de vacinação diária todo o ano e reconhecimento de EAPV

Instalações de saúde• Instalação encarregue

• Pessoal que realiza a vacinação

• Gestor de cadeia de frio/armazém

• Outros médicos deverão aprender as práticas de rastreamento para crianças doentes, disponibilidade de vacinação diária todo o ano e reconhecimento de EAPV

Comunidade• (OSC)/organizações não-governamentais (ONG) relevantes, líderes religiosos e

outros informadores essenciais que estão familiarizados com os potenciais desafios de trazer crianças para serem vacinadas após o seu primeiro aniversário

• Cuidadores - isto deve incluir vários pais para obter as suas opiniões sobre visitas de vacinação adicionais. Isto pode ser feito à medida que os cuidadores saem de uma sessão de imunização, as casas são amostradas na comunidade, ou em ambientes comunitários, como em mercados

Questões a fazer no campoOs guias da entrevista devem ser desenvolvidos antes das visitas da FP e do WG, de modo a proporcionarem lembretes sobre a informação procurada, tirando total partido dos conhecimentos representados nas equipas. As questões poderão incluir os tópicos listados abaixo, com o objetivo de obter informações listadas nas secções de Informações ou questões essenciais dos guias de informação acima. As equipas devem estabelecer a comunicação entre elas através de um grupo WhatsApp (ou semelhante) se disponível, ou outros meios para discutir desafios ou questões. Esta abordagem não pretende ser um estudo robusto, mas uma exploração rica de questões com probabilidade de impedir a cobertura 2YL total.

Os seguintes são alguns aspectos essenciais a cobrir - estes devem ser formulados em questões que são adaptadas à língua e contexto cultural. Questões semelhantes são sugeridas e apresentadas na Orientação 2YL com o intuito de fortalecer a cobertura 2YL (consulte a secção 10.1). Para obter orientação sobre como desenvolver uma estrutura nos guias de entrevista, consulte exemplos Um guia para exploração das interações dos trabalhadores da saúde/cuidadores sobre imunização.20

20 Um guia para exploração das interações dos trabalhadores da saúde/cuidadores sobre imunização (https://www.who.int/immunization/programmes_systems/vaccine_hesitancy/en/).

Page 37: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A D E C A M P OG U I A D E C A M P O

65 64 MANUAL 2YLMANUAL 2YL

Entrevistas com profissional de saúde

Comece por algumas questões de abertura gerais, incluindo sobre o seu conhecimento e atitudes em relação à vacinação no geral e em quão confortáveis se sentem a fazer recomendações aos seus doentes.

Opiniões sobre barreiras à vacinação de crianças dos 12 aos 23 meses e integração com outras intervenções• Encaram o 2YL e a integração como benéficos?

• A vacinação 2YL será um fardo adicional para o pessoal nos locais fixos e de proximidade?

• Como é que isto teria impacto numa sessão de vacinação de um local fixo? Serão necessárias pessoas adicionais? A sessão deve ser organizada de forma diferente?

• Como é que teria impacto na vacinação de proximidade?

• Como é que o rastreio em doentes com incumprimento vacinal é feito e como poderá ser prolongado para as vacinas do 2YL?

• Atitudes em relação às injeções múltiplas

Os serviços de cuidados pré-natais (ANC), saúde infantil e vacinação são oferecidos no mesmo dia ou em dias diferentes?

Práticas de gestão de dados• Que ferramentas de registo e relatórios de dados estão disponíveis e será que

têm espaço para registar e reportar as vacinas do 2YL e a sua atualização?

• Experimentam ou esperam qualquer dificuldade no registo ou relato das doses instituídas tardiamente ao preconizado.?

• O que seria necessário para facilitar e tornar mais eficaz o registo das vacinas?

Experiências, tanto positivas quanto negativas, com as alterações anteriores no calendário de vacinação

Cuidadores

Comece por algumas questões gerais sobre a compreensão básica da vacinação e da sua importância, onde procurar serviços de vacinação e nível de satisfação com os serviços, etc.

Quais são as formas atuais e potenciais para que a informação relativa à vacinação seja, ou possa ser, partilhada entre os profissionais da área da saúde e os cuidadores/comunidade?• Como é que os cuidadores sabem quando voltar a trazer o seu filho para a

vacinação?

Os cuidadores sabem sobre a vacinação no segundo ano de vida e compreendem a sua importância?

Existem barreiras práticas ou culturais em trazer crianças com mais de um ano de idade para serviços de saúde de prevenção?

O que é que os cuidadores pensam sobre os serviços integrados? • Tempo adicional numa instalação ou locais de proximidade versus menos

consultas?

• Preocupações de privacidade (ANC, VIH, planeamento familiar, crescimento e nutrição)?

• Fardo adicional do transporte de produtos?

Tem acesso a serviços alterados ou tornou-se mais desafiante com uma criança mais velha?

Utilização de creche ou outros cuidados infantis de terceiros e como isso afeta a vacinação

Page 38: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

G U I A D E C A M P O

66 MANUAL 2YL

Importância da salvaguarda dos HBR até a criança começar a escola e além disso

Atitudes em relação às injeções múltiplas (é melhor não abordar isto diretamente, mas encontrar formas de explorar indiretamente quaisquer preocupações)

Discussões comunitáriasComece por algumas questões gerais sobre a compreensão básica da vacinação e da sua importância, onde procurar serviços de vacinação e nível de satisfação com os serviços, etc.

Os membros da comunidade sabem os motivos pelos quais a vacinação no 2º ano de vida e outros cuidados de bem-estar infantil para além de um ano de idade são importantes?

Outros serviços proporcionados durante a visita do 2YL

Quem são os prestadores de serviços aceitáveis?

Que serviços podem ser misturados e que serviços não devem ser misturados

Função dos parceiros masculinos, pais nos cuidados infantis

Função dos líderes comunitários, líderes religiosos na defesa das vacinas

Page 39: Um manual prático para o planeamento, implementação e ...Um manual prático para o planeamento, implementação e fortalecimento da vacinação para além da infância [A handbook

Este documento fornece detalhes sobre as etapas práticas para planejamento, gerenciamento, implementação e monitoramento vacinação durante uma visita ou visitas agendadas no segundo ano de vida (2YL). Também fornece etapas úteis para fortalecer vacinação quando a cobertura no 2YL não atingiu metas do programa.

Ele foi projetado para ser usado junto com as orientações da OMS Estabelecer e fortalecer a vacinação no segundo ano de vida: práticas para a vacinação para além da infância

Para ferramentas e recursos sobre imunização no 2YL, visite:www.who.int/immunization/programmes_systems/policies_strategies/2YL/en/

Este documento foi publicado pelo Programa Alargado de Vacinação (PAV) do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos e está disponível na Internet em: www.who.int/immunization/documents

Poderão ser solicitadas cópias deste documento, bem como materiais adicionais sobre vacinação, vacinas e produtos biológicos, através dos seguintes contactos:

Organização Mundial de SaúdeDepartamento de Imunização,Vacinas e Produtos BiológicosCH-1211 Genebra 27SuíçaE-mail: [email protected]: www.who.int/immunization/en