Um Olhar Sobre a Luta de Classes Bensaid

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  • 8/19/2019 Um Olhar Sobre a Luta de Classes Bensaid

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    Um olhar sobre a história e sobre a luta de classes Titulo

     Bensaïd, Daniel - Autor/a; Autor(es)

    A teoria marxista hoje. Problemas e perspectivas En:

    Buenos Aires Lugar

    CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales Editorial/Editor

    2007 Fecha

    Campus Virtual Colección

    Teoria Politica; Marxismo; Historia Social; Lucha De Clases; Karl Marx; Temas

    Capítulo de Libro Tipo de documento

    http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/formacion-virtual/20100715080344/cap9.pd

    f

    URL

    Reconocimiento-No comercial-Sin obras derivadas 2.0 Genérica

    http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.0/deed.es

    Licencia

    Segui buscando en la Red de Bibliotecas Virtuales de CLACSO

    http://biblioteca.clacso.edu.ar

    Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO)

    Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO)

    Latin American Council of Social Sciences (CLACSO)

    www.clacso.edu.ar

  • 8/19/2019 Um Olhar Sobre a Luta de Classes Bensaid

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    (aniel Bensa)d

    Um ol#ar sobre a #ist?ria e sobre a luta de classes∗∗

    Pro(essor de >iloso(ia na Iniversidade de Paris %222 Saint 1enis. >$ndador e dirigente

    da ,iga !om$nista Eevol$cionária da >ran"a.

    6rad$"#o de Simone Eezende da Silva

    - presente artigo & $ma vers#o preliminar do cap0t$lo tit$lado R-s tempos em

    discord)ncia 3A pro;sito do marxismo anal0tico4 +$e o a$tor p$blico$ em s$a obra

     (arx= o intempestivo. Brande!as e mis,rias de uma aventura crítica  3S#o Pa$lo5!iviliza"#o Brasileira4.

    %ivemos em tempos de resta$ra"#o. - s$rpreendente & +$e essa resta$ra"#o está (eita

    sob medida das desordens. 1e progressoK !abe a dQvida. - obsc$recimento da l$ta de

    classes & prop0cio para as sed$"Nes do mercado e para a escalada dos con(litos

    localistas. A renova"#o na análise destes (enHmenos parece proceder da corrente

    chamada Rmarxismo anal0tico o$ da Relei"#o racional. m nossa exposi"#o

    examinaremos criticamente as teses colocadas por $m de se$s principais te;ricos/ Jon

    lster.

    m se$ (arx= une interpr,tation analyti*ue= lster 3\4 s$stenta +$e 7arx

    n#o previ$ +$e o advento do com$nismo p$desse ser prematuro e +$e/ a semelhan"a do

    modo de prod$"#o asiático/ se convertesse em $m beco sem sa0da da hist;ria.

    RPremat$ro5 a palavra está dita. -s debates sobre o ritmo j$sto da hist;ria remetem

    geralmente a alg$mas passagens conhecidas do Pr;logo de \O ' Contribuição

    crítica da economia política5

    Va prod$"#o social de s$a exist*ncia/ os homens entram em rela"Nes

    determinadas/ necessárias/ independentes de s$a vontade/ rela"Nes de prod$"#o

    +$e correspondem a $m gra$ de desenvolvimento determinado de s$as (or"as

    prod$tivas materiais []. m certo estágio de se$ desenvolvimento/ as (or"as

    prod$tivas materiais da sociedade entram em contradi"#o com as rela"Nes de

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    prod$"#o existentes/ o$/ o +$e pode ser a express#o j$r0dica disso/ com as

    rela"Nes de propriedade em c$jo seio se mantinham caladas at& ent#o. 1e

    (ormas de desenvolvimento das (or"as prod$tivas +$e eram/ tais rela"Nes

    tornaramWse entraves. AbreWse ent#o $ma &poca de revol$"#o social [] Ima

    (orma"#o social n$nca desaparece antes +$e se tenham desenvolvido todas as

    (or"as prod$tivas +$e ela seja bastante ampla para conter/ n$nca rela"Nes de

    prod$"#o novas e s$periores tomam o l$gar das antigas antes +$e as condi"Nes

    de exist*ncia materiais dessas rela"Nes tenham eclodido no pr;prio seio da

    velha sociedade. ssa & a raz#o por+$e a h$manidade n$nca se propNe sen#o

    as tare(as +$e pode c$mprir/ pois/ olhandoWse isso de mais perto/ observarWseWá

    sempre +$e a pr;pria tare(a n#o s$rge sen#o onde as condi"Nes materiais para

    c$mpriWla já existam o$ pelo menos estejam em vias de existir 37arx/ a5

    F4.

    Apesar 3o$ por ca$sa4 de s$as inten"Nes didáticas/ este texto coloca mais problemas do

    +$e os resolve. >iel ao t0t$lo de se$ livro maior/ 7arx (az $ma Rde(esa resol$ta desta

    teoria. 1e  A ideologia alemã 's $eorias da mais valia/ en$mera os ind0cios de $ma

    rigorosa determina"#o das rela"Nes de prod$"#o pelo n0vel de desenvolvimento das

    (or"as prod$tivas/ por+$e Rnenh$ma revol$"#o tri$n(ará antes +$e a prod$"#o capitalista

    tenha elevado a prod$tividade do trabalho ao n0vel necessário 37arx/ \Ta4. Ima vez

    expropriada a classe dominante/ a classe trabalhadora n#o seria capaz de ($ndar $ma

    com$nidade socialista sem Ra premissa prática/ absol$tamente necessária/ de $ma

    prod$tividade elevada/ pois sem ela a socializa"#o (or"ada somente cond$ziria '

    generaliza"#o da escassez. ,onge de levar ' emancipa"#o real do assalariado/ a

    apropria"#o estatal dos meios de prod$"#o pode signi(icar a generaliza"#o do trabalho

    assalariado sob a (orma do Rcom$nismo tosco 3+$e poder0amos trad$zir/ hoje em dia/por Rcoletivismo b$rocrático4. As tentativas Rpremat$ras de m$dar as rela"Nes sociais

    estariam assim condenadas/ portanto/ ' resta$ra"#o capitalista sob as piores condi"Nes.

    A+$i várias +$estNes con($ndemWse. 7arx insiste nas condi"Nes de possibilidade

    do socialismo contra o s$stentado pelos com$nistas $t;picos. A socializa"#o da escassez

    somente poderia Rtrazer de novo todo o velho lixo. A cr0tica do prod$tivismo amiQde

    prestaWse ' ingen$idade. Se se trata de den$nciar a (alsa inoc*ncia das (or"as prod$tivas

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    e de s$blinhar s$a ambival*ncia (ator de progresso tanto como de destr$i"Nes

    potenciais os desastres deste s&c$lo estabelecem s$(icientemente s$a pertin*ncia sem

    +$e tenha necessidade de lan"ar m#o das robinsonadas do crescimento zero e da

    economia de arrecada"#o. V#o há apenas $m Qnico desenvolvimento poss0vel/

    socialmente ne$tro/ das (or"as prod$tivas. %árias vias/ de conse+@*ncias sociais e

    ecol;gicas di(erentes/ s#o sempre conceb0veis. Vo entanto/ a satis(a"#o das necessidades

    sociais novas e diversi(icadas sobre a base de $m menor tempo de trabalho da0 a

    emancipa"#o da h$manidade do trabalho (or"ado_ passa necessariamente pelo

    desenvolvimento das (or"as prod$tivas.

    !onsideraWse +$e o proletariado está +$ali(icado para ter $m papel chave nesta

    trans(orma"#o/ sobret$do por+$e a divis#o t&cnica e social do trabalho cria as condi"Nes

    para $ma organiza"#o consciente 3pol0tica4 da economia a servi"o das necessidades

    sociais. Ima socializa"#o e(icaz da prod$"#o re+$er/ ent#o/ $m n0vel determinado de

    desenvolvimento. m $ma economia cada vez mais m$ndializada/ este $mbral m0nimo

    n#o está (ixado pa0s por pa0s. Eelativo e m;vel/ ele varia em ($n"#o dos la"os de

    depend*ncia e de solidariedade n#o seio da economiaWm$ndo. $anto menos

    desenvolvido esteja $m pa0s/ mais trib$tário será da rela"#o de (or"as no n0vel

    internacional.

    !omo conciliar a hist;ria como desenvolvimento das (or"as prod$tivas com a

    hist;ria como hist;ria l$ta de classesK lster v* a0 R$ma di(ic$ldade capital do

    marxismo5 RV#o se encontra vest0gio de $m mecanismo pelo +$al a l$ta de classes

    encoraje o imp$lso das (or"as prod$tivas. xistiria em 7arx R$ma rela"#o m$ito

    estreita entre a (iloso(ia da hist;ria e a predile"#o pela explica"#o ($ncional. L/

    certamente/ por+$e ele acreditava na hist;ria dirigida a $m objetivo +$e sentia

     j$sti(icado explicar n#o somente os padrNes de comportamento/ mas tamb&m incl$sive

    os acontecimentos sing$lares em ($n"#o de s$a contrib$i"#o a este (im 3lster/ \5M

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    Va verdade/ al&m das misti(ica"Nes e dos prod0gios do (etichismo/ 7arx revela a

    realidade pro(ana das rela"Nes objetivadas +$e os homens mant*m entre si. -

    ($ncionalismo +$e lster golpeia/ n#o & mais +$e $ma sombra projetada da clássica

    intencionalidade re($giada em se$ pr;prio Rindivid$alismo metodol;gico. 2ncapaz de

    compreender as ins;litas Rleis tendenciais de 7arx com s$a necessidade semeada de

    acaso/ desarma e rearma tristemente o tedioso 7eccano das (or"as e das rela"Nes/ da

    in(raWestr$t$ra e da s$perestr$t$ra.

    ,onge de representa"Nes tri$n(alistas/ a hist;ria n#o se red$z a $m jogo de soma

    zero. Se$ desenvolvimento ac$m$lativo está marcado pelo das ci*ncias e das t&cnicas.

    A apari"#o de $m novo modo de prod$"#o n#o & a Qnica sa0da poss0vel do precedente. L

    errHneo pensar +$e a Qnica alternativa conceb0vel a $m velho modo de prod$"#o & s$a

    inexorável s$pera"#o. 6al desenlace apenas se inscreve em $m campo determinado de

    possibilidades reais. Ima avalia"#o do progresso hist;rico em termos de avan"os e

    retrocessos sobre $m eixo cronol;gico imagina o desastre sob a (orma do regresso a $m

    passado cad$co/ em l$gar de alertar contra as (ormas in&ditas/ originais e per(eitamente

    contempor)neas de $ma barbárie +$e & sempre a de $m presente partic$lar.

    !ompreendidas desta (orma/ as (or"as prod$tivas reencontram a+$i se$ papel.

    >or"as prod$tivas e rela"Nes de prod$"#o s#o os dois aspectos do processo pelo +$al os

    seres h$manos prod$zem e reprod$zem s$as condi"Nes de vida. Salvo $m

    ani+$ilamento sempre poss0vel/ o desenvolvimento das (or"as prod$tivas & ac$m$lativo

    e irrevers0vel. 7as disso n#o res$lta $m progresso social e c$lt$ral a$tomático/ e sim

    apenas s$a possibilidade. 1e o$tro modo/ todo projeto de emancipa"#o derivaria do

    p$ro vol$ntarismo &tico o$ da p$ra arbitrariedade $t;pica. 1izer +$e o desenvolvimento

    das (or"as prod$tivas tem direcionalidade/ +$e se$ (ilme n#o pode ser rebobinado/

    signi(ica +$e n#o se regressa do capitalismo ao (e$dalismo e do (e$dalismo ' cidade

    antiga. A hist;ria n#o volta atrás. Sob velhos trapos enganosos/ pode/ entretanto/inc$bar as piores novidades.

    1a0 a j$steza da (;rm$la Rsocialismo o$ barbárie/ e o e+$0voco de consignas

    tais como5 Rsocialismo o$ status *uo/ Rsocialismo o$ mal menor/ Rsocialismo o$

    regress#o. V#o se trata/ pois/ de avan"os o$ retrocessos/ mas sim de $ma verdadeira

    bi($rca"#o. A dial&tica dos poss0veis tamb&m & ac$m$lativa. - ani+$ilamento das

    virt$alidades libertadoras inventa amea"as desconhecidas e n#o menos aterradoras.

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    2ntermit*ncias e contratempos

    Passando por alto n$merosos textos expl0citos sobre o ponto/ lster/ ig$al a tantos

    o$tros/ obstinaWse em encontrar em 7arx R$ma teoria da hist;ria $niversal/ da ordem/ na+$al os modos de prod$"#o se s$cedem sobre a cena hist;rica. Atrib$iWlhe/ incl$sive/

    R$ma atit$de teleol;gica per(eitamente coerente/ a risco de n#o poder explicar o

    contraste entre  A &deologia Alemã  e os grandes textos $lteriores/ Rsen#o talvez pela

    in(l$*ncia de ngels 34. xplica"#o t#o cHmoda como inconsistente. Pois os textos

    de \MX n#o t*m nada de treslo$cares j$venis +$e invalidariam a coer*ncia geral/ e se

    inscrevem em $ma rigorosa contin$idade com A 8agrada 'amília. Vos Brundrisse e na

    Contribuição de \O ressoa o eco (iel da+$eles textos5 R- +$e chamamos de

    desenvolvimento hist;rico repo$sa sobre o (ato de +$e a (orma derradeira considera as

    (ormas passadas como etapas +$e cond$zem a si mesma^ como/ al&m disso/ raramente &

    capaz de (azer s$a pr;pria cr0tica/ ela as concebe sempre de maneira $nilateral 37arx/

    a54.

    V#o se poderia recha"ar mais (irmemente toda il$s#o retrospectiva sobre o sentido

    de $ma hist;ria c$jo desenvolvimento conspiraria para o coroamento de $m presente

    inel$tável e/ em conse+@*ncia/ leg0timo.

    !orrespond*ncia das (or"as prod$tivas e das rela"Nes de prod$"#o/ necessidade e

    possibilidade hist;ricas5 estamos a+$i de volta ante a +$est#o da trans(orma"#o das

    sociedades/ das revol$"Nes Rpremat$ras e das transi"Nes (alidas. V#o contente em

    atrib$ir a 7arx o Res+$ema s$praWhist;rico +$e este t#o claramente condeno$/ lster

    cens$raWlhe ter imaginado $m com$nismo chegando a tempo/ em l$gar de apontar as

    conse+@*ncias desastrosas de s$a chegada premat$ra. Vo entanto/ n#o tem sentido (alar

    de $ma chegada premat$ra o$ antecipada. Im acontecimento +$e se inseriria como $m

    elo d;cil no encadeamento ordenado dos trabalhos e dos dias já n#o seria

    acontecimento/ e sim p$ra rotina. A hist;ria está (eita de sing$laridades circ$nstanciais.

    - acontecimento pode ser chamado premat$ro em rela"#o com $m encontro imaginário/

    mas n#o no horizonte vacilante da possibilidade e(etiva. -s +$e ac$sam 7arx de ser

    determinista s#o/ amiQde/ os mesmos +$e lhe ac$sam s*Wlo ins$(icientemente_ Para o

    marxista Rlegal Str$ve/ como para os menchevi+$es/ $ma revol$"#o socialista na

    EQssia em parecia monstr$osamente premat$ra. A +$est#o ress$rge hoje em dia na

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    hora dos balan"os. V#o teria sido mais pr$dente e pre(er0vel respeitar os ritmos da

    hist;ria/ deixar +$e as condi"Nes objetivas e o capitalismo r$sso amad$recessem/ dando

    ' sociedade tempo s$(iciente para modernizarWseK $em escreve a partit$ra e +$em

    marca o compassoK

    Seg$ndo lster/ Rdois espectros atormentam a revol$"#o com$nista5

    Im & o perigo de $ma revol$"#o premat$ra em (avor de $ma mist$ra de id&ias

    revol$cionárias avan"adas e sit$a"Nes miseráveis/ n$m pa0s +$e ainda n#o se acha

    amad$recido para o com$nismo. -$tro & o risco de revol$"Nes conj$radas/ de

    re(ormas preventivas introd$zidas pelo alto para prevenir contra $ma sit$a"#o

    perigosa 3lster/ 5 T4.

    Se há revol$"Nes premat$ras/ devem encontrarWse tamb&m/ de (ato/ revol$"Nes

     passadas. Eesolvido a n#o ceder aos acalantos de ($t$ros radiantes/ Gerald !ohen em

     Analytical (arxism  pre(ere assentar +$e $m capitalismo debilitado torna somente

    poss0vel R$ma s$bvers#o potencialmente revers0vel do sistema capitalista e n#o $ma

    constr$"#o do socialismo 3!ohen/ \X4. !ohen contin$a sem conseg$ir escapar 's

    armadilhas (ormais do Pr;logo de \O5 RA revol$"#o anticapitalista pode ser premat$ra

    e/ por conseg$inte/ (racassar em se$ objetivo socialista 3!ohen/ \X4. Assim/ $ma

    explica"#o do stalinismo red$zida ' imat$ridade das condi"Nes hist;ricas desmente a

     priori/ em bene(icio de $m (atalismo mec)nico/ todo debate estrat&gico sobre a tomada

    do poder em / sobre as oport$nidades da revol$"#o alem# em

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    ($n"#o do desenvolvimento das (or"as prod$tivas. Pelo contrário/ a resposta de 7arx a

    %era Uas$lich sobre a at$alidade do socialismo na EQssia/ insiste em dois elementos5 a

    exist*ncia de $ma (orma de propriedade agrária +$e permanece sendo coletiva e a

    combina"#o do desenvolvimento capitalista r$sso com o desenvolvimento m$ndial das

    (or"as prod$tivasOO.  A Rmat$ridade da revol$"#o n#o se decide em apenas $m pa0s

    seg$ndo $m tempo $ni(icado e homog*neo. At$aWse na discord)ncia dos tempos. -

    desenvolvimento desig$al e combinado torna e(etiva s$a possibilidade. A corrente pode

    ser rompida por se$ elo d&bil. A transi"#o socialista somente & conceb0vel/ ao contrário/

    em $ma perspectiva/ antes de t$do/ internacional. A teoria da revol$"#o permanente/

    +$e sistematiza estas int$i"Nes/ sempre (oi combatida em nome de $ma vis#o

    rigorosamente determinista da hist;ria/ e a ortodoxia staliniana red$zi$ precisamente a

    teoria de 7arx ao es+$eleto de $m es+$ema Rs$praWhist;rico/ no +$al o modo de

    prod$"#o asiático já n#o encontra l$gar.

    A sorte da Eevol$"#o E$ssa depois de / o 6ermidor b$rocrático/ o terror

    staliniano e a trag&dia dos campos n#o s#o res$ltados mec)nicos de s$a pretendida

    antecipa"#o. As circ$nst)ncias econHmicas/ sociais e c$lt$rais tiveram $m papel

    determinante. V#o constit$0am/ no entanto/ $m destino inel$tável/ independente da

    hist;ria concreta/ do estado do m$ndo/ das vit;rias e as derrotas pol0ticas. A revol$"#o

    alem# de \W

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    trans(orma"#o social e a emancipa"#o c$lt$ral/ o come"o & sempre $m salto perigoso/

    possivelmente mortal. Se$ tempo s$spendido & prop0cio para as $s$rpa"Nes b$rocráticas

    e para as con(isca"Nes totalitárias.

    Para lster/ Ro capitalismo era $ma etapa incontornável em dire"#o ao

    com$nismo/ seg$ndo Ra (iloso(ia marxiana da hist;ria. Va medida em +$e o

    com$nismo se torna possibilidade real somente a partir de certo n0vel de

    desenvolvimento/ o capitalismo contrib$i para re$nir as condi"Nes para isso. sta trivial

    evid*ncia n#o a$toriza em nada a proposi"#o rec0proca de $m capitalismo +$e sempre e

    em todas as partes seria a etapa necessária 3inevitável4 para o (im predeterminado do

    com$nismo. V#o & o mesmo dizer +$e o com$nismo press$pNe $m gra$ determinado

    das (or"as prod$tivas 3prod$tividade do trabalho/ +$ali(ica"#o da (or"a de trabalho/

    desenvolvimento das ci*ncias e das t&cnicas4 ao +$e contrib$i o crescimento capitalista^

    +$e o capitalismo constit$i $ma etapa e $ma prepara"#o inevitável sobre a via tra"ada

    da marcha do com$nismo. A seg$nda (;rm$la cai na il$s#o t#o amiQde motivo de piada

    por parte de 7arx/ seg$ndo a +$al Ra (orma derradeira considera as (ormas passadas

    como etapas +$e cond$zem a ela mesma.

    Vecessidade hist;rica e possibilidades e(etivas

    Ima revol$"#o Rno tempo certo/ sem riscos nem s$rpresas/ seria $m acontecimento

    sem acontecimento/ $ma esp&cie de revol$"#o sem revol$"#o. At$alizando $ma

    possibilidade/ a revol$"#o &/ por ess*ncia/ intempestiva e/ em certa medida/ sempre

    Rpremat$ra. Ima impr$d*ncia criadora.

    Se a h$manidade somente se coloca os problemas +$e pode resolver/ como & +$e

    nem t$do chega no momento esperadoK Se $ma (orma"#o social n$nca desaparece antes

    +$e se tenham desenvolvido todas as (or"as prod$tivas +$e cabem dentro dela/ por +$e

    (or"ar o destino e a +$e pre"oK ra premat$ro o$ patol;gico proclamar/ desde F/ a

    primazia do direito ' exist*ncia sobre o direito de propriedade/ o$ exigir a ig$aldade

    social no mesmo n0vel +$e a ig$aldade pol0ticaK 7arx diz claramente +$e a apari"#o de

    $m direito novo expressa a at$alidade do con(lito. As revol$"Nes s#o signos do +$e a

    h$manidade pode historicamente resolver. Va incon(orme con(ormidade da &poca/ s#o

    $m poder e $ma virt$alidade do presente/ por vezes de se$ tempo e a contratempo/

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    demasiado cedo e demasiado tarde/ entre o jáWn#o e o aindaWn#o. Im talvez c$ja Qltima

    palavra n#o (oi dita.

    6omar o partido do oprimido +$ando as condi"Nes objetivas de s$a liberta"#o

    n#o est#o mad$ras revelaria $ma vis#o teleol;gicaK -s combates RanacrHnicos de

    spartaco/ 7@nzer/ Dinstantle= e Babe$(/ ent#o/ seriam desesperadamente datas em

    vista de $m (im an$nciado. A interpreta"#o inversa parece mais con(orme ao

    pensamento de 7arx5 nenh$m sentido pr&Westabelecido da hist;ria/ nenh$ma

    predestina"#o j$sti(icam a resigna"#o ' opress#o. 2nat$ais/ intempestivas/

    descontempor)neas/ as revol$"Nes n#o se integram aos es+$emas pr&Westabelecidos da

    Rs$praWhist;ria o$ aos Rpálidos modelos s$pratemporais. Se$ acontecimento n#o

    obedece ao programa de $ma hist;ria $niversal. Vascem rente ao solo/ do so(rimento e a

    h$milha"#o. Sempre há raz#o para rebelarWse.

    - presente & a categoria temporal central de $ma hist;ria aberta. L o tempo da

    pol0tica +$e Rs$pera doravante a hist;ria como pensamento estrat&gico da l$ta e da

    decis#o5 RA+$ele +$e pro(essa o materialismo hist;rico n#o teria como ren$nciar ' id&ia

    de $m presente +$e de modo alg$m & passagem/ mas +$e se conserva im;vel no limiar

    do tempo 3Benjamin/ 4.

    ` ig$aldade Rlogicamente imposs0vel das classes/ 7arx opNe s$a aboli"#o

    Rhistoricamente necessária. sta necessidade hist;rica n#o tem nada de (atalidade

    mec)nica. A especi(icidade da economia pol0tica impNe ver de novo os conceitos de

    acaso e de lei/ disting$ir a necessidade Rno sentido espec$lativoWabstrato da

    necessidade Rno sentido hist;ricoWconcreto.

    :á necessidade diz Gramsci em se$s Cadernos do c3rcere  +$ando há $ma

    premissa e(iciente e ativa/ c$ja consci*ncia entre os homens torno$Wse ativa/

    colocando (ins concretos ' consci*ncia coletiva/ e constit$indo $m conj$nto deconvic"Nes e de cren"as poderosamente at$ante como as Rcren"as pop$lares

    35

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    necessidade come"a pela $nidade. RV#o ainda re(letida sobre si/ do poss0vel e do real.

    Ainda n#o se determino$ ela mesma como conting*ncia. Por+$e a necessidade/

    acrescenta :egel/ real em si/ & ig$almente conting*ncia/ Ro +$e signi(ica dizer já de

    sa0da +$e o necessário real & mesmo/ por s$a (orma/ $m necessário/ mas +$e &/ por se$

    conteQdo/ limitado e +$e & a essa limita"#o +$e ele deve s$a conting*ncia. [...] A

    $nidade da necessidade e da conting*ncia existe portanto a+$i em si^ e designaWse essa

    $nidade em termos de necessidade absol$ta 3:egel/ M5 M\XW/ 6omo 224.

    1esde s$a tese sobre a (iloso(ia da nat$reza em 1em;crito e pic$ro/ 7arx

    maneja per(eitamente esta dial&tica5

    - acaso & $ma realidade +$e n#o tem o$tro valor sen#o a possibilidade. -ra/ a

    possibilidade abstrata & precisamente o ant0poda da possibilidade real. sta achaW

    se encerrada/ como o entendimento/ dentro dos limites precisos^ a+$ela/ tal como a

    imagina"#o/ n#o conhece limites. A possibilidade real b$sca demonstrar a

    necessidade e a realidade de se$ objeto^ a possibilidade abstrata +$ase n#o se

    preoc$pa com o objeto +$e pede explica"#o/ mas com o s$jeito +$e explica. Basta

    +$e o objeto seja poss0vel/ conceb0vel. - +$e & poss0vel abstratamente/ o +$e pode

    ser pensado n#o constit$i para o s$jeito pensante nem obstác$lo/ nem limite/ nem

    estorvo. Po$co importa ent#o +$e essa possibilidade seja aliás real/ pois o interesse

    n#o se entende a+$i ao objeto como tal [...] A necessidade aparece com e(eito na

    nat$reza acabada como necessidade relativa/ como determinismo. A necessidade

    relativa somente pode ded$zida dessa possibilidade real. A possibilidade real & a

    explica"#o da necessidade relativa 37arx/ X\4OX.

    A possibilidade se inscreve nesse jogo do necessário e do contingente/ no movimento da

    necessidade (ormal para a necessidade absol$ta/ via a necessidade relativa. 1isting$eWsetanto da simples possibilidade (ormal 3o$ n#o contradi"#o4 como da possibilidade

    abstrata o$ geral. !omo possibilidade determinada/ leva em si $ma Rimper(ei"#o/ da

    +$al res$lta +$e Ra possibilidade &/ ao mesmo tempo/ $ma contradi"#o o $ma

    impossibilidade.

    56 Sobre a categoria de poss0vel em 7arx cons$ltar 7ichel %ad&e 3

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    RPensador do poss0vel/ 7arx at$a/ assim/ de vários modos5 o poss0vel

    contingente/ c$jo la"o com a realidade determina 3seg$ndo :egel4 a conting*ncia^ Ro

    ser em potencial como capacidade determinada para receber 3seg$ndo Arist;teles4 $ma

    (orma dada 3a passagem da pot*ncia ao ato seria/ ent#o/ o momento $nitário por

    excel*ncia do acaso e da necessidade4^ o poss0vel hist;rico (inalmente 3real o$ e(etivo/

    -irlich4/ +$e seria a $nidade do poss0vel contingente e do ser em potencial.

    Aparecendo de entrada como possibilidade em < Capital/ a crise tornaWse e(etiva

    atrav&s do jogo da l$ta e das circ$nstancialidades. < Capital n#o diz o$tra coisa5

    nenh$ma necessidade absol$ta/ nenh$m demHnio de ,aplace. Acaso e necessidade n#o

    se excl$em. A conting*ncia determinada do acontecimento n#o & arbitrária nem

    caprichosa^ somente deriva de $ma ca$salidade n#o (ormal5 RAproximamoWnos mais da

    verdade dizendo +$e (oi o pr;prio evento +$e se servi$ de tal o$ +$al ca$sa/ pe+$ena e

    ocasional/ como de $m pretexto 3:egel/ M5

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    ani+$ila no (ormalismo da nega"#o da nega"#o. !omo se/ por apenas se$ transc$rso/ o

    tempo p$desse garantir +$e a hora esperada soará pont$almente no rel;gio da hist;ria.

    6odavia/Ra hist;ria n#o (az nada5 os homens a (azem/ e em circ$nst)ncias +$e n#o

    escolheram.

    ste controverso apartado do livro primeiro oc$pa $m l$gar demasiado eminente

    para nos permitir ver nele $m simples desc$ido. 7ostra/ antes/ $ma contradi"#o n#o

    resolvida entre a in(l$*ncia de $m modelo cient0(ico nat$ralista 3Ra necessidade de $m

    processo nat$ral4 e a l;gica dial&tica de $ma hist;ria aberta. ngels se es(or"o$ no

     AntiF\hring em combater a interpreta"#o trivial +$e (az da Rnega"#o da nega"#o $ma

    má+$ina abstrata e o pretexto (ormal para (alsas predi"Nes

    $e papel desempenha em 7arx a nega"#o da nega"#oK [] Ao caracterizar o

    processo como nega"#o da nega"#o/  (arx não pensa em demonstrar por aí a

    necessidade hist"rica. Ao contrário5 & depois de ter demonstrado pela hist;ria

    como/ de (ato/ o processo realizo$Wse em parte/ e em parte deve (or"osamente

    realizarWse ainda/ +$e 7arx o designa/ al&m disso/ como $m processo +$e se

    cons$ma de acordo com $ma lei dial&tica determinada. L t$do. stamos/ portanto/

    's voltas de novo com $ma s$posi"#o grat$ita do Sr. 1@hring/ +$ando ele pretende

    +$e a nega"#o da nega"#o deve (azer a+$i profissão de parteira ao tirar o futuro

    do seio do passado/ o +$e 7arx nos pede & +$e confiemos na negação da negação

    para convencerWnos de +$e a propriedade com$m da terra e do capital & $ma

    necessidade. L já $ma (alta de compreens#o da nat$reza da dial&tica consideráWla/

    como & o caso do Sr. 1@hring/ $m instr$mento de mera demonstra"#o/ do mesmo

    modo como se pode ter $ma id&ia limitada/ digamos/ da l;gica (ormal o$ das

    matemáticas elementares 3ngels/ X^ *n(ase no original4.

    para +$e assim conste5 a nega"#o da nega"#o n#o & $m novo deus ex machina nem

    $ma parteira da hist;ria^ e n#o se deveria dar cr&dito e tirar letras de m$dan"a sobre o

    ($t$ro (iandoWse em $ma s;. A Rnecessidade hist;rica n#o permite tirar as cartas e (azer

    predi"Nes. -pera em $m campo de possibilidades/ na +$al a lei geral se aplica por meio

    de $m desenvolvimento  particular. ,;gica dial&tica e l;gica (ormal n#o (azem/

    decididamente/ boas migalhas. Alcan"ado este ponto cr0tico/ a lei Rextremadamente

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    geral & m$da. 1eve passar as r&deas ' pol0tica o$ ' historia. Para pHr os pontos nos

    Ris/ ngels volta ' carga5

    $e &/ portanto/ a nega"#o da nega"#oK Ima lei extraordinariamente geral e/ por

    isso mesmo/ extraordinariamente e(icaz e importante/ +$e rege o desenvolvimento

    da nat$reza/ da hist;ria e do pensamento^ $ma lei +$e/ como vimos/ se impNe no

    m$ndo animal e vegetal/ na geologia/ na matemática/ na hist;ria e na (iloso(ia []

    8e subentende *ue +$ando digo +$e o processo +$e recorre/ por exemplo/ o gr#o

    de cevada desde a germina"#o at& a morte da planta & $ma nega"#o da nega"#o/

    não digo nada do processo especial de desenvolvimento pelo +$al passa o gr#o

    3ngels/ X^ *n(ase no original4.

    Sabendo somente +$e o gr#o de cevada deriva da nega"#o da nega"#o/ n#o se pode ter

    s$cesso em Rc$ltivar (r$ti(eramente cevada [] do mesmo modo +$e n#o basta

    conhecer as leis +$e regem a determina"#o do som pelas dimensNes das cordas para

    tocar violino. Se a nega"#o da nega"#o Rconsiste nesse passatempo in(antil de escrever

    na lo$sa $ma letra a para logo depois apagáWla/ o$ de dizer alternadamente de $ma rosa

    +$e ela & $ma rosa e +$e ela n#o & $ma rosa/ n#o res$lta nada mais +$e tolice para

    a+$ele +$e se entrega a tais exerc0cios tediosos 3ngels/ X5 X

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    1ez anos depois da p$blica"#o do livro primeiro/ o comentário de ngels sobre

    RA tend*ncia hist;rica da ac$m$la"#o capitalista esclarece/ assim/ ambig@idades bem

    compreens0veis no contexto intelect$al da &poca. L s$rpreendente +$e tenha sentido a

    necessidade de intervir neste ponto e +$e o tenha (eito nesse sentido. Principalmente

    por+$e o AntiF\hring foi redigido em estreita coniv*ncia com 7arx. - apartado +$e

    ca$sa controv&rsia em < Capital  já n#o &/ ent#o/ dissociável do comentário +$e o

    esclarece e corrige.

    A necessidade determinada n#o & o contrario do acaso/ e sim o corolário da

    possibilidade determinada. A nega"#o da nega"#o diz o +$e deve desaparecer. V#o dita

    o +$e deve ocorrer.

    Progresso com reserva de inventário

    A hist;ria social/ assim como a hist;ria dos organismos vivos/ está (eita de $m

    Rconj$nto de eventos/ extraordinariamente improváveis/ per(eitamente l;gicos em

    termos retrospectivos/ mas absol$tamente imposs0veis de predizer 3Go$ld/ F4. m

    T/ Dalcott descobri$ nas Eochosas canadenses os (;sseis conhecidos como xistos de

    B$rgess. le +$is (or"ar a entrada desses organismos no +$adro de $ma evol$"#o +$e

    vai do mais simples ao mais complexo. Vos anos setenta/ a reabert$ra do expediente por

    $ma e+$ipe de pes+$isadores levo$/ por meio de $ma s&rie de est$dos monográ(icos +$e

    aceitavam a pec$liaridade anatHmica como o$tra norma poss0vel/ a R$ma revol$"#o

    tran+@ila. -s animais de B$rgess 3

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    objetivo de

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    $ma vez4^ e sem recorrer ao coringa do progresso. Va medida em +$e a $niversaliza"#o

    & $m processo/ o progresso n#o se conj$ga em presente indicativo/ mas somente em

    ($t$ro anterior5 sob reserva e sob condi"#o. 7as se o progresso cotidiano consiste em

    ganhar mais +$e em perder/ s$a avalia"#o está condenada ' v$lgar compatibilidade de

    ganhos e perdas. - +$e e+$ivale a (azer po$co caso da temporalidade da pr;pria

    medida/ ao (ato de +$e os l$cros do dia (azem as perdas do amanh#/ e viceWversa.

    A no"#o corrente de progresso s$pNe/ de (ato/ $ma escala de compara"#o (ixa e

    $m estado recapit$lativo (inal. Para o otimismo liberal de ontem e de hoje/ Rtoda

    m$dan"a toma o sentido de $m progresso em rela"#o com o +$al n#o deveria haver

    regress#o. m o$tros termos/ a cren"a no progresso hist;rico Rexcl$i a conting*ncia

    3Simmel/ M4.

    V$nca se dirá s$(icientemente at& +$e ponto os pol0ticos socialWdemocratas e

    stalinianos do per0odo entre g$erras com$ngaram neste +$ietismo/ e o +$e acabo$ por

    c$star em se ver nisso/ na recorr*ncia das catástro(es/ mais +$e Ratrasos e

    Rdimin$i"Nes.

    Bibliogra(ia

    Balibar/ Ltienne 1a philosophie de (arx 3Paris 5 ,a 1&co$verte4.

    Benjam0n/ Dalter \ 1e libre dNs passages= Paris capitale du %&%Nme siNcle  3Paris5

    !er(4.

    Benjam0n/ Dalter  Lcrits français 3Paris5Gallimard4.

    !ohen/ Gerald A. R>orces and Eelations o( Prod$ctions em Eoemer/ J. . 3org.4 \X

     Analytical (arxism 3!ambridge5 Iniversit= Press4.

    lster/ Jon \X  An &ntroduction to Sarl (arx 3!ambridge 5 !ambridge Iniversit=

    Press4.

    lster/ Jon \ Sarl (arx= une interpr,tation analyti*ue 3Paris5 PI>4.

    ngels/ >. X AntiF\hring 3Paris5 Lditions Sociales4.

    Go$ld/ Stephen Ja=  1a vie est belle 3Paris5 Se$el4.

    Go$ld/ Stephen Ja= F  1a foire aux dinosaures= r,flexions sur lIhistoire naturelle

    3Paris5 Se$el4.

    Gramsci/ Antonio Cahier de prison 3Paris5 Gallimard4

    :egel/ G.D. > M 8cience de la logi*ue 3Paris5 A$bier4.

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    7aler/ :enri M Convoiter lKutopie. 1Iutopie selon Sarl (arx 3Par0s5 ,:armattan4.

    7andel/ rnst \O l capital= cien a6os de controversias 37&xico5 s&c$lo 24.

    7arx/ 9arl X\ 3\M4 R1i((&rence de la philosophie de la nat$re chez 1&mocrite et

    Lpic$re em