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1 Dados do ensino superior SARUA 2012 UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL Volume 1: Perspectiva Regional Editor executivo: Piyushi Kotecha Autores: Merridy WilsonStrydom e Samuel N Fongwa

UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

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Dados do ensino superior ‐ SARUA 2012 

  

 

 

UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL Volume 1: Perspectiva Regional 

 

 

 

 

 

Editor executivo: Piyushi Kotecha 

Autores: Merridy Wilson‐Strydom e Samuel N Fongwa 

 

 

 

 

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© SARUA 2012  PO Box 662 Wits 2050 África do Sul  O  conteúdo  desta  publicação  pode  ser  utilizado  e  reproduzido  para  fins  não  lucrativos, desde que sejam atribuídos os devidos créditos à fonte. Todos os direitos reservados.  Edição  e  correcção:  Stuart Marr,  Philanie  Jooste  e  Helene  Perold  para  Helene  Perold & Associates, Joanesburgo Tradução: Sr. Costa para Language Inc., Cidade do Cabo                       SARUA é uma  associação de  liderança  sem  fins  lucrativos de direcções das universidades públicas  nos  15  países  que  constituem  a  região  da  SADC.  A  sua  missão  consiste  em promover, reforçar e dar incremento ao ensino superior, à investigação e à inovação através de uma colaboração alargada interinstitucional e de iniciativas de criação de capacidades na região.  Promove  as  universidades  como  importantes  contributos  para  a  construção  das economias  do  conhecimento,  do  desenvolvimento  regional  a  nível  socioeconómico  e cultural e para a erradicação da pobreza.  Os  autores  são  responsáveis  pela  escolha  e  apresentação  dos  factos  contidos  neste documento e as opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da SARUA e não comprometem de forma alguma a Associação.   Referência recomendada: Kotecha P (exec. ed.), Strydom‐Wilson M e Fongwa SN (2012) Um  Perfil do Ensino Superior na África Austral – Volume 1: Perspectiva regional. Joanesburgo: SARUA.   

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Conclusões ........................................................................................................................... 83 

Capítulo 5: Equilibrar as realidades nacionais e regionais – Os desafios na recolha de dados do ensino superior em favor da regionalização....................................................................... 84 

Melhorar os dados sobre o ensino superior regional .......................................................... 86 

Mobilização de recursos ............................................................................................................... 87 

Metodologias ............................................................................................................................... 87 

Qualidade ..................................................................................................................................... 88 

Mandatos ..................................................................................................................................... 89 

Recomendações para uma futura investigação .................................................................. 91 

Capítulo 6: Conclusões ............................................................................................................. 95 

Referências ............................................................................................................................... 98 

Anexo: Breve descrição socioeconómica dos países membros da SADC .............................. 103 

 

 

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Prefácio 

 

Esta  publicação  contribui  significativamente  para  a  base  de  conhecimentos  acerca  do  ensino 

superior na região da SADC e surge no momento certo. O seu valor é múltiplo. 

Em Junho de 2012, os ministérios do ensino superior da SADC aprovaram o desenvolvimento de um 

plano  regional  de  acção.  Na  sequência  de  tal  aprovação,  esta  publicação  fornece  informações 

fundamentais  para  os  órgãos  de  tomada  de  decisão  a  nível  intergovernamental,  nacional  e 

institucional que podem ser utilizadas para fins de análise, planeamento e promoção.  

Este  volume  documenta  os  últimos  dados  que  a  SARUA  recolheu  sobre  instituições  públicas  do 

ensino superior na região da SADC e contém algumas  informações exploratórias sobre  instituições 

privadas do ensino superior. Ao fazê‐lo, toma por base a primeira iniciativa da SARUA publicada em 

2008, Towards a Common Future: Higher Education in the SADC Region (Kotecha 2008c).  

O estudo fornece dados amplos sobre 15 países da SADC, possibilitando acompanhar os resultados 

nacionais e estabelecer  comparações entre países  com o  intuito de  formar um perfil  regional do 

ensino superior. O crescimento da oferta do ensino superior é evidenciado, a exigência premente de 

acesso  é  documentada  e  são  ainda  enfatizados  importantes  desafios  para  o  planeamento, 

financiamento e  inovação. Dadas as necessidades expressas no sector, é sabido que a  investigação 

futura aprofundada deve ser canalizada para a oferta, a capacitação e a exigência do ensino superior 

na  África  Austral.  Em  particular,  será  necessário  examinar  de  que  forma  a  tendência  para  o 

crescimento  internacional  rumo  à  aprendizagem  de  código  aberto  pode  ajudar  os  sistemas  e 

instituições  do  ensino  superior  na  região  da  SADC  a  superar  as  actuais  limitações  do 

desenvolvimento  infra‐estrutural. Uma  vez  que  o  desenvolvimento  infra‐estrutural  será  finito  no 

contexto das limitações financeiras e de recursos humanos, as formas de oferta tenderão a requerer 

uma combinação de oferta pública e privada. O investimento em investigação representa um desafio 

político importante para o crescimento e para a renovação da academia, assim como para o reforço 

da inovação social e económica. 

Esta publicação articula de forma eloquente a interacção complexa de desafios de vínculo nacional e 

regional. Os  sistemas nacionais  fortes do ensino  superior  fornecem  as  âncoras  suficientes para o 

desenvolvimento  regional,  mas  os  impulsionadores  supranacionais  complementares  podem 

estimular  o  desenvolvimento  social  e  económico.  Embora  a  promessa  de  integração  regional 

detenha diversas possibilidades de  crescimento,  reforço, articulação e diferenciação do  sector do 

ensino  superior,  o  estudo  identifica  diversas  falhas  e  levanta  várias  questões,  algumas  das  quais 

representam uma dissonância em relação aos objectivos de desenvolvimento regional.  

Até  à  data,  a  carência  de  vontade  política  para mobilizar  os  recursos  necessários  e  planear  um 

diálogo regional e intergovernamental contínuo, a carência de uma base de dados regional sistémica 

e a carência de envolvimento e propriedade do protocolo da SADC entre lideranças e instituições do 

ensino superior indicam que a fragmentação, a duplicação e as divisões estruturais pós‐coloniais são 

limitações importantes e persistentes. A carência de impulsionadores apropriados para adopção de 

legislação,  incentivos  e mecanismos  impede  a  existência  de  cooperação  e  colaboração  regionais 

como uma meta alcançável no contexto da visão  louvável da Comunidade para o Desenvolvimento 

da África Austral (SADC). 

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A reunião extraordinária de Ministérios do Ensino Superior e Formação da SADC de Junho de 2012 

representa  um  desenvolvimento  encorajador.  De  igual  forma,  a  contribuição  da  SARUA  para  a 

construção de um conhecimento de base sobre o ensino superior na região tem sido amplamente 

reconhecida e a  resposta aos seus diálogos de  liderança da África Austral sobre a  revitalização do 

sector tem sido bastante encorajadora, para além da identificação de desafios a nível do governo, da 

gestão  e  da  liderança.  Possuímos  agora  as  plataformas  básicas  necessárias  para  a  existência  de 

diálogos focados e direccionados e uma interacção entre o estado e o sector do ensino superior na 

região. Ponderando as medidas de austeridade no norte e a procura agressiva a nível mundial de 

pessoal  e  produtores  de  conhecimento,  é  imperativo  que  os  governos  africanos  assumam  a 

liderança no que diz respeito a efectuar  investimentos discerníveis no ensino superior. A síndrome 

de mendicidade  ao  abordar  exclusivamente  doadores  no  norte  deixou  de  ser  uma metodologia 

sustentável.  

Num  estudo  desta  magnitude,  existem  diversas  pessoas  merecedoras  de  agradecimento  e 

reconhecimento.  

Um  sincero  agradecimento  a Merridy Wilson‐Strydom  e  Samuel N  Fongwa pelos  seus  excelentes 

papéis de liderança na investigação ao dirigir este estudo. A sua perícia, compromisso e capacidade 

de gestão ao estabelecer uma equipa regional de  investigadores foram essenciais para a realização 

deste estudo.  

Este estudo  contou  com a participação de uma equipa dinâmica e dedicada de  investigadores de 

diversas formas. Os meus agradecimentos: 

Ao Prof. Leapetswe Malete e a Kagiso Kobedi da Universidade do Botsuana e ao Dr. Godfrey 

Hampwaye e Dr. Liberty Mweemba da Universidade da Zâmbia, que recolheram dados no 

Botsuana e na Zâmbia, respectivamente, e prepararam os capítulos sobre estes dois países 

(consultar Volume 2).  

À equipa de investigação sedeada na Universidade do Estado Livre  ̶ Beate Gadinger, Nteboheng 

Mahlaha, Israel Mawoyo e Lifutso Ts’ephe. 

Aos tradutores e assistentes da investigação que ajudaram a equipa a comunicar com os países 

francófonos e lusófonos: Maud Macinkowsky, Evelyn Siyoko, Jorge Costa Mendes de Carvalho e 

Antonio Fariaf Fundiz. 

À Dra. Lis Lange (Directora Superior: DIRAP, Universidade do Estado Livre, África do Sul) pelos 

seus conselhos e pelo seu incentivo ao longo do processo de investigação. 

Os meus  agradecimentos  dirigem‐se  igualmente  aos  vice‐reitores  e  colaboradores  com  quem  a 

equipa  trabalhou  nas  universidades  participantes.  Os  vossos  esforços  para  recolher  um  vasto 

conjunto de dados que lhes solicitámos foram muito apreciados. Um enorme "obrigado" às pessoas 

de  contacto  com  quem  trabalhámos  nos ministérios  da  educação.  Sem  o  apoio  de  todas  estas 

pessoas nas universidades e ministérios, este estudo não teria sido possível.  

 

Piyushi Kotecha CEO: SARUA Novembro de 2012 

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Investigadores e autores  

Samuel N Fongwa é originário dos Camarões, actualmente empregado como investigador em tempo 

parcial na DIRAP e também investigador associado ao Centro Para Apoio ao Desenvolvimento (CDS). 

Após efectuar um Mestrado com distinção em Estudos do Ensino Superior na Universidade do Cabo 

Ocidental, matriculou‐se num Doutoramento no CDS, Universidade do Estado Livre. Está envolvido 

em  investigação  relacionada  com  o  ensino  superior  desde  2008  e  integrou  a  primeira  fase  do 

projecto de Investigação do Ensino Superior e Rede de Promoção em África (HERANA) com o Centro 

para Transformação do Ensino Superior  (CHET). Os  interesses de  investigação de Fongwa  incluem 

investigação  institucional do ensino superior, políticas de desenvolvimento e do ensino superior e 

produção e transferência de conhecimento em economias em desenvolvimento. 

Beate Gadinger é uma cidadã de dupla nacionalidade, sul‐africana e alemã, e é actualmente oficial 

superior na DIRAP. O  trabalho de Gadinger  inclui prestar assistência aos projectos de  investigação 

que  envolvam  investigação  institucional  e  planeamento  académico.  Obteve  um  Bacharelato  em 

Estudos de Comunicação Social em 2008, uma Licenciatura em ciências da comunicação em 2009 e 

uma  Licenciatura  em  Alemão  em  2011  na  Universidade  do  Estado  Livre  (UFS).  Encontra‐se 

matriculada num Mestrado em Estudos do Ensino Superior na mesma  instituição,  focando‐se nas 

taxas de assiduidade e sucesso em módulos de baixo desempenho na UFS. 

Kagiso  Kobedi  é  director  assistente  (análise  de  dados)  do  Departamento  de  Planeamento 

Institucional na Universidade do Botsuana. Kobedi possui Mestrado e Pós‐Graduação em Demografia 

Médica  frequentados na Escola de Higiene e Medicina Tropical em Londres. Tendo anteriormente 

trabalhado  como  investigador  no  Conselho  da  Educação  Terciária  como  técnico  estatístico  no 

Gabinete Central de Estatísticas e como docente em Bioestatística, Demografia e  Investigação nos 

Recursos Humanos de Saúde  (anexado ao  Instituto de Ciências da Saúde), obteve um Bacharelato 

em Estatística na Universidade do Botsuana (UB) antes de integrar a UB em 2008 como analista de 

dados. Kobedi participou em conferências a nível local e internacional sobre modelos demográficos 

quantitativos  e  diversas  questões  relacionadas  com  o  ensino  superior,  foi  co‐autor  e  apresentou 

documentos  sobre  a  internacionalização  do  ensino  superior.  Os  seus  interesses  de  investigação 

incluem  desenvolvimento  e  implementação  de métodos  estatísticos  para  estudos  de  alunos  do 

ensino  superior,  modelos  de  fertilidade,  realização  de  censos  e  participação  em  estudos  de 

investigação.  

Godfrey Hampwaye é chefe do Departamento de Geografia e Estudos Ambientais na Universidade 

da Zâmbia, onde trabalha há mais de 20 anos. Foi assistente decano responsável pelos estudos de 

Pós‐Graduação na  Escola de Ciências Naturais  na Universidade da  Zâmbia  durante dois  anos  e  é 

actualmente  investigador  superior  filiado  à  Escola  de  Turismo  e  Hotelaria  na  Universidade  de 

Joanesburgo. É doutorado em geografia pela Unidade de Witwatersrand. A área de especialização 

do Dr. Hampwaye  é  a Geografia  Económica,  com  interesses de  investigação no desenvolvimento 

económico  local  (LED),  agricultura  urbana,  estratégias  empresariais  e  investimentos  asiáticos  em 

África. Ao longo dos anos, publicou artigos académicos em diversas revistas especializadas.  

Nteboheng  Mahlaha  nasceu  em  Lesoto  em  1986.  É  actualmente  assistente  de  investigação  na 

DIRAP. Em 2011, integrou a equipa do projecto da SARUA na UFS, enquanto concluía o Bacharelato 

em  Criminologia.  Possui  um  diploma  universitário  em  Dinâmicas  Humanas  e  Societais  obtido  na 

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Universidade do Estado Livre em 2010. Mahlaha esteve envolvida como tutora no Novo Programa 

Tutorial Académico e detém uma posição de liderança na UFS.  

Leapetswe Malete é o director do Gabinete de Educação e Parcerias Internacionais na Universidade 

do  Botsuana.  Prof.  Malete  possui  Mestrado  e  Doutoramento  em  Psicologia  do  Desporto  com 

cognato em Psicologia do Desenvolvimento na Unidade do Estado de Michigan nos Estados Unidos. 

Obteve um Bacharelato em Humanidades e uma Pós‐Graduação em Educação na Universidade do 

Botsuana  antes  de  integrar  a  Universidade  do  Botsuana  em  1994  como  membro  do 

desenvolvimento dos colaboradores, ensinando Psicologia do Desporto e Métodos de Investigação. 

Anteriormente fora membro visitante de investigação na Universidade das Índias Ocidentais, Mona 

Campus  na  Jamaica.  Prof.  Malete  é  autor  e  co‐autor  de  diversas  publicações  especializadas  e 

apresentou  várias  conferências  internacionais  sobre  Psicologia  do  Desporto  e  ensino  superior 

internacional.  Os  seus  interesses  de  investigação  recaem  sobre  correlações  psicossociais  do 

envolvimento dos  jovens em actividades desportivas e físicas, com especial ênfase em orientações 

de metas, influências sócio‐ambientais e crenças de autoconfiança e auto‐eficácia. Recebeu diversos 

subsídios  internacionais de  investigação e  foi  co‐investigador ou  líder de projecto em equipas de 

investigação multidisciplinares.   

Israel  G Mawoyo  é  originário  do  Zimbabué  e  obteve  o  seu  Bacharelato  em  Ciências  Sociais  em 

Dinâmicas Humanas  e  Sociais  e  uma  Licenciatura  em  Sociologia  na Universidade  do  Estado  Livre 

(UFS) onde se encontra matriculado num Mestrado em Estudos de Géneros. Os seus  interesses de 

investigação incluem Estudos de Géneros e Ensino Superior. Mawoyo trabalhou como facilitador de 

alunos  para  os  departamentos  de  Psicologia  e  Sociologia.  Para  obter  a  sua  Licenciatura,  a  sua 

investigação focou‐se na visibilidade do Centro de Saúde e Bem‐estar da UFS.  

Liberty Mweemba é um  cientista/engenheiro ambiental e um geógrafo  com mais de 17  anos de 

experiência a nível nacional e internacional. É docente na Universidade da Zâmbia desde 2003, onde 

já  leccionou  técnicas  quantitativas  e  qualitativas  de  investigação. Mweemba  publicou  artigos  em 

diversas  revistas  científicas  internacionais, assim  como  livros e participou  como orador em  várias 

conferências internacionais. As suas principais áreas de actuação incluem alterações e variabilidade 

climáticas,  gestão  e  planeamento  ambientais,  educação  e  consciência  ambiental,  avaliação  da 

utilização de solos e alterações de cobertura dos solos, auditoria e gestão ambientais, avaliação de 

riscos ambientais, ensino e concepção ecológica. 

Lifutso Ts’ephe nasceu em Lesoto e cursa actualmente um Mestrado em Gestão Pública (MPA) na 

Universidade  do  Estado  Livre.  Possui  um  Bacharelato  frequentado  na  Universidade  Nacional  do 

Lesoto, formando‐se em Sociologia e Estudos de Desenvolvimento e possuindo uma Licenciatura em 

Sociologia frequentada na UFS. Trabalhou como assistente de  investigação na DIRAP e encontra‐se 

envolvida num projecto de investigação sobre histórias de mulheres de raça negra na UFS.  

Merridy Wilson‐Strydom é a directora assistente da  Investigação  Institucional e Monitorização da 

DIRAP. Conclui um Bacharelato e uma Licenciatura em Ciências Sociais na Universidade de KwaZulu‐

Natal  (Pietermaritzburg)  e  obteve  uma  bolsa  de  estudos  Rhodes  para  cursar  um Mestrado  em 

Estudos de Desenvolvimento na Universidade de Oxford, que  concluiu  em  2011. Wilson‐Strydom 

trabalha há aproximadamente quinze anos nas áreas da educação e ensino superior, inicialmente na 

Universidade de Witwatersrand e, em seguida, como consultora de  investigação do ensino e agora 

na área da investigação institucional na Universidade do Estado Livre. Publicou em diversas revistas 

nacionais  e  internacionais  e  apresentou  o  seu  trabalho  em  conferências. Wilson‐Strydom  foi  a 

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investigadora  líder  e  a  gestora  de  projectos  do  primeiro  estudo  de  criação  do  perfil  do  ensino 

superior  regional  da  SARUA,  publicado  em  2008  e  desempenhou  novamente  estas  funções  no 

presente estudo. Os  seus  interesses de  investigação  incluem a  transformação do ensino  superior, 

teorias de justiça social e a sua aplicação no ensino superior, acesso e  investigação  institucional de 

uma forma mais abrangente.  

 

   

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Acrónimos  

AAU Associação das Universidades Africanas 

ADEA Associação para o Desenvolvimento do Ensino em África 

SIDA síndrome de imunodeficiência adquirida 

ASSAf Academia de Ciências da África do Sul 

AU União Africana 

CATS  sistemas de transferência e acumulação de créditos 

CEO presidente executivo 

CHET Centro para Transformação do Ensino Superior 

DFID Departamento para o Desenvolvimento Internacional (Reino Unido) 

DHET Departamento do Ensino Superior e Formação (África do Sul) 

DIRAP  Directoria para Investigação Institucional e Planeamento Académico (Universidade do Estado Livre) 

DQAF  quadro de avaliação da qualidade dos dados 

RDC República Democrática do Congo 

EMIS  sistema de informações de gestão do ensino 

FET educação e formação adicionais 

FTE equivalente a tempo inteiro 

PIB Produto Interno Bruto 

IDH índice de desenvolvimento humano 

HEMIS sistema de informações de gestão do ensino superior 

VIH vírus da imunodeficiência humana  

TIC tecnologias da informação e da comunicação 

MoE Ministério da Educação 

NSFAS  Esquema de Ajuda Financeira para os Alunos Nacionais (África do Sul) 

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico 

RISDP  Plano de Desenvolvimento Estratégico Indicativo Regional  

SA África do Sul 

SADC Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral 

SADCQF Quadro de Qualificações da SADC  

SARUA Associação de Universidades Regionais da África Austral 

SSA  África Subsariana 

TCCA  Comissão Técnica para Certificação e Acreditação (SADC)  

TEVETA  Autoridade da Formação Empresarial e Vocacional e do Ensino Técnico (Zimbabué) 

UCT Universidade da Cidade do Cabo 

UNISA Universidade da África do Sul (instituições de ensino à distância) 

UoM Universidade das Ilhas Maurícias 

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 

UWN Universidade World News 

WGEMPS Grupo de Trabalho da ADEA para Gestão Educacional e Apoio Político  

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Capítulo 1: Introdução  

Talvez  mais  do  que  em  qualquer  outro  momento  da  história,  a  África  deve 

actualmente  concentrar‐se  neste  facto  poderoso:  a  relação  entre  a  universidade 

africana e a sociedade africana é absolutamente dialéctica,  isto é, o destino de uma 

está nas mãos da outra (Lulat 2005:439). 

A  importância  do  ensino  superior  como  um  impulsionador  do  desenvolvimento, 

particularmente  no  contexto  da  economia  global  do  conhecimento,  é  amplamente 

reconhecida. A África não é excepção, nem os quinze países que constituem a Comunidade 

para  o Desenvolvimento  da  África  Austral  (SADC)1.  Conforme  enfatizado  pela  citação  no 

começo  desta  análise,  o  papel  do  ensino  superior  no  desenvolvimento  transcende  o 

desenvolvimento  económico,  desempenhando  um  papel  crucial  na  construção  de 

sociedades democráticas  (consultar  igualmente Gumede 2012). Considere‐se a declaração 

de missão da SADC: 

...promover  um  crescimento  económico  sustentável  e  equitativo  e  um 

desenvolvimento  socioeconómico  através  de  sistemas  produtivos  eficientes, 

aprofundar  a  cooperação  e  a  integração,  um  bom  governo  e  paz  e  segurança 

duradouras,  para  que  a  região  emerja  como  um  jogador  competitivo  e  eficaz  nas 

relações internacionais e na economia mundial2. 

Cumprir esta missão requer, entre outros, sistemas do ensino superior eficazes, eficientes e 

de elevada qualidade na região que construam a base de capital humano necessária para o 

desenvolvimento  económico  e  para  uma  sociedade  informada  que  sustente  um  bom 

governo,  paz  e  segurança  (Kotecha  2012).  A  importância  do  ensino  superior  está  a  ser 

progressivamente  reconhecida,  talvez  de  forma  mais  pertinente  após  a  Reunião 

Extraordinária dos Ministérios do Ensino Superior e Formação da SADC que se realizou em 

Joanesburgo, em Junho de 2012 (South African Government 2012). Foram representados 12 

dos 15 países da SADC na reunião, cujo objectivo consistia em começar a desenvolver um 

plano  do  ensino  superior  e  formação  para  a  região  e  constituir  uma  comissão  técnica 

responsável pela implementação do plano de acordo com o Protocolo da SADC sobre Ensino 

e Formação.  

Para  que  os  países  da  SADC  e  a  região  desenvolvam  o  referido  plano  de  forma  mais 

abrangente  e  para  que  se  foquem  significativamente  na  construção  do  sector  do  ensino 

superior,  é  necessário  que  existam  informações  e  dados  precisos  e  actualizados  sobre  o 

estatuto e o perfil do ensino  secundário a nível nacional e  regional. A ausência de dados 

qualitativos  (e no contexto desta análise, dados sobre o ensino superior, especificamente) 

1Os  15  Estados‐Membros  da  SADC  são  Angola,  Botsuana,  República  Democrática  do  Congo,  Lesoto, Madagáscar, Malawi,  Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seychelles, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. 2 www.sadc.int/english/about‐sadc/

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na região da SADC tem sido bem documentada e foi destacada durante o primeiro estudo 

de criação de perfil realizado pela SARUA entre o final de 2006 e 2008 (Butcher et al. 2008, 

Hahn  2005,  SADC  2001,  Umlilio  we  Mfundo  2007,  UNESCO  2010).  A  importância  da 

construção de sistemas de recolha, análise e notificação de dados é reconhecida e integrada 

nos  processos  de  estratégia  e  planeamento  regionais,  incluindo  a  recente  reunião 

extraordinária discutida acima. O Plano de Desenvolvimento Estratégico Indicativo Regional 

(RISDP) da SADC preconiza um  sistema de estatísticas harmonizado e uma base de dados 

regional  integrada de  informações estatísticas  importantes entre sectores até 2015  (SADC 

2001). Do mesmo modo, o quadro de criação de capacidades recentemente lançado para os 

sistemas  de  informações  de  gestão  do  ensino  (EMIS)  destaca  igualmente  o  papel 

fundamental dos dados para os governos africanos. O documento de estratégia afirma que:  

Os  governos  africanos,  entre  outras  regiões  em  desenvolvimento  e  parceiros  do 

desenvolvimento, comprometeram‐se a gerir os resultados do desenvolvimento. Esta 

"gestão baseada em resultados" envolve um foco no desenvolvimento e nos efeitos. A 

abordagem da gestão baseada em resultados possui um grande volume de dados e 

assenta na noção de que tanto existe capacidade de procurar e utilizar efectivamente 

estatísticas  para  a  análise  e  concepção  de  políticas  (capacidade  estatística)  como 

capacidade  nacional  para  produzir  melhores  estatísticas  numa  base  sustentada, 

numa  escala  e  num  período  relevantes  para  decisores  políticos  (oferta  estatística) 

(SADC 2009:14). 

Estão em curso iniciativas na região da SADC para melhorar os dados sobre o ensino, assim 

como os dados para outros sectores e tem sido desenvolvido um conjunto de indicadores de 

ensino  para  a  SADC  monitorizar  o  Plano  de  Implementação  Regional  em  matéria  de 

Educação  e  Formação  (2007‐2015)  (ADEA  WGEMPS  2009,  ADEA  WGEMPS  2010).  A 

Comissão Técnica de EMIS da SADC encomendou um estudo sobre o estado actual dos EMIS 

na região. Este, realizado pelo Grupo de Trabalho da ADEA para Gestão Educacional e Apoio 

Político, baseou‐se em dados de questionários preenchidos pelos ministérios da educação 

em  14  países  da  SADC  e  forneceu  informações  sobre  o  desenvolvimento  da  Estratégia 

Regional de Criação de Capacidades para Sistemas de Informações de Gestão do Ensino na 

SADC (SADC 2008, SADC 2009). Durante 2010, o Escritório Regional de Educação da UNESCO 

na África publicou os  resultados da  investigação  realizada durante 2008 e 2009  com  sete 

países da SADC, com o  intuito de analisar a qualidade dos dados sobre o ensino em cada 

país (UNESCO 2010). Foram considerados dois elementos de qualidade: (1) a qualidade da 

recolha de dados e (2) a qualidade da análise e da divulgação de estatísticas. O estudo da 

UNESCO realçou a diversidade da disponibilidade e qualidade de dados sobre o ensino na 

região, enfatizando a necessidade de criação de uma base de dados abrangente na região 

da SADC e no continente. 

Com base no trabalho pioneiro da SARUA na área da criação do perfil do ensino superior na 

SADC,  esta  análise  apresenta  um  perfil  actualizado  e mais  completo  do  ensino  superior 

público na região. Para além do quadro de perfil limitado, a análise começa por apresentar 

dados  longitudinais que  fornecem uma  indicação  inicial da trajectória de desenvolvimento 

do ensino superior na região ao longo dos últimos cinco anos. Enquanto o anterior trabalho 

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de criação de perfil da SARUA  localizava os dados categoricamente numa análise do papel 

do ensino superior no desenvolvimento regional, esta análise, além de apresentar um perfil 

actualizado  do  ensino  superior,  considera  especialmente  questões  de  dados  e 

recomendações  relacionadas com a  forma como o projecto extremamente  importante de 

recolha de dados sobre o ensino superior regional pode ser fomentado.  

Após  uma  explicação  da  metodologia  de  investigação  e  das  limitações  do  estudo,  é 

fornecida uma análise da  literatura pertinente para definir o contexto em que os dados de 

criação de perfil apresentados na secção quatro podem ser compreendidos e interpretados. 

É apresentado um perfil detalhado do ensino  superior na  região SADC,  incluindo algumas 

tendências  longitudinais, comparando os dados de 2006 com os dados de 2010 recolhidos 

para este estudo. É  igualmente apresentada uma reflexão detalhada sobre os desafios e a 

importância de recolher dados sobre o ensino superior na região da SADC, juntamente com 

recomendações metodológicas para estudos futuros.  

 

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Capítulo 2: Metodologia 

 

Os objectivos deste estudo eram seis: 

1. aperfeiçoar e desenvolver  instrumentos de criação do perfil do ensino  superior da 

SARUA para universidades e para ministérios da educação 

2. actualizar as  informações de  criação do perfil do ensino  superior para a  região da 

SADC 

3. começar a compilar dados longitudinais sobre o ensino superior na região da SADC 

4. preparar perfis do ensino superior público para cada um dos países da SADC 

5. identificar  investigadores  que  estivessem  a  trabalhar  sobre  o  ensino  superior  na 

região 

6. capacitar os jovens investigadores da SADC.  

Os  objectivos  um,  dois,  três  e  cinco  são  abordados  neste  primeiro  volume  (Perspectiva 

regional),  enquanto  o  objectivo  quatro  é  o  foco  do  segundo  volume  (Perspectivas 

nacionais),  no  qual  é  apresentado  um  perfil  do  ensino  superior  em  cada  um  dos  quinze 

países da SADC. O objectivo seis era transversal.  

Foi prestada especial atenção à concepção e metodologia da  investigação do estudo, com 

base  numa  análise  reflexiva  e  detalhada  das  lições metodológicas  aprendidas  durante  o 

primeiro  estudo  de  criação  de  perfil  da  SARUA  (Wilson‐Strydom  2011). Apesar  de  terem 

existido outros estudos  sobre o ensino  superior em África que  se  focaram na  recolha de 

dados  institucionais3, nenhum outro  estudo para  além do  trabalho da  SARUA nesta  área 

procurou criar um perfil do ensino superior regional de forma abrangente com a população 

de todas as universidades na região. Como tal, este trabalho desbrava novos caminhos para 

a  compreensão  do  ensino  superior  público  na  região  da  SADC.  Não  obstante,  existem 

diversas  limitações que devem  ser mencionadas. Assim,  serão  abordadas posteriormente 

nesta secção, após uma discussão do procedimento da investigação seguido. 

O  estudo  foi  liderado  por  investigadores  sedeados  na  Direcção  para  Investigação 

Institucional e Planeamento Académico  (DIRAP) na Universidade do Estado Livre na África 

do Sul. Foram nomeados outros dois  investigadores superiores no Botsuana e na Zâmbia, 

sendo  que  recolheram  dados  e  prepararam  os  relatórios  para  estes  dois  países.  Para  os 

restantes  países,  foi  convocada  uma  equipa  de  investigação  na  Universidade  do  Estado 

Livre. Para concretizar o objectivo seis do estudo, a equipa de  investigadores na África do 

Sul foi composta por um  líder de  investigação sul‐africano e  investigadores emergentes de 

diversas  nacionalidades,  incluindo  originários  da  Basutolândia,  do  Zimbabué  e  dos 

Camarões.  Para  além  da  equipa  de  investigação  de  base,  foi  nomeada  uma  pessoa  de 

nacionalidade  francesa  para  facilitar  a  comunicação  com  universidades  e ministérios  em 

3 Por exemplo, consulte o trabalho realizado pelo CHET sobre indicadores de desempenho transnacionais para o ensino superior africano (www.chet.org.za/books/cross‐national‐performance‐indicators). 

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países  francófonos e uma pessoa de nacionalidade angolana para efectuar a comunicação 

com  universidades  e ministérios  em  países  lusófonos. Os  investigadores  emergentes  são 

todos estudados pós‐graduados.  

 

Resumo do procedimento de investigação 

Este estudo pesquisou universidades públicas nos 15 países da SADC e  tentou  igualmente 

mapear a prevalência do ensino secundário privado na região. Foi solicitado aos ministérios 

da educação em cada país que  fornecessem  informações políticas e  respondessem a uma 

série  de  questões  sobre  o  ensino  superior  definidas  no  questionário  do  estudo.  As 

universidades  públicas  foram  abordadas  individualmente  para  fornecerem  um  conjunto 

abrangente de dados institucionais. Isto não foi possível para instituições privadas devido à 

inexistência de informações actualmente disponíveis sobre o âmbito do sector.  

O principal propósito deste estudo consistia em actualizar os dados para criação de perfil 

focados em universidades públicas na região que foram publicados pela SARUA em 2008. O 

propósito  secundário deste estudo  consistia em obter  informações  acerca do número de 

instituições  privadas  de  ensino  secundário  que  se  encontrassem  em  funcionamento  na 

região e criar as bases necessárias para futura  investigação nesta área. Sempre que foram 

fornecidas  informações  acerca  do  ensino  secundário  privado  por  parte  dos  ministérios 

participantes,  estas  foram  incluídas  nos  capítulos  referentes  a  cada  país  no  Volume  2. 

Contudo, os dados  recolhidos através do mapeamento do ensino  secundário privado não 

foram suficientes para a realização de uma análise regional significativa nesta fase. 

Foram seguidos os passos seguintes na recolha de dados: 

1. Os questionários da universidade e do ministério da educação utilizados no primeiro 

estudo  da  SARUA  foram  revistos  e  actualizados  conforme  necessário.  Existiu  uma 

preocupação em garantir que as versões revistas permitissem ainda uma recolha de 

dados  longitudinais. Os questionários  foram  traduzidos para  francês e português e 

toda  a  comunicação  ocorreu  em  inglês,  francês  ou  português,  dependendo  dos 

países em questão. 

2. Foi preparada uma carta do CEO da SAE  informando o ministério responsável pelo 

ensino superior em cada um dos 15 países e enviada a cada ministério  juntamente 

com  uma  declaração  de  apoio  ao  estudo  cuja  assinatura  foi  solicitada.  Foram 

recebidas declarações de apoio assinadas de oito países.  

3. A SARUA  facultou à equipa de  investigação uma  lista de 72 universidades públicas 

existentes  na  região  e  foram  enviadas  cartas  do  CEO  da  SARUA  a  todos  os  vice‐

reitores,  informando‐os sobre o estudo e solicitando o seu apoio. Foram anexadas 

declarações de apoio à carta aquando do seu fornecimento pelos ministérios.  

4. Aproximadamente  duas  semanas  depois,  os  questionários,  juntamente  com  uma 

carta explicativa,  foram enviados a  todas as 72 universidades e aos ministérios da 

educação. Não foi enviado qualquer questionário ao ministério da África do Sul uma 

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vez que todas as informações solicitadas no questionário do ministério poderiam ser 

retiradas de documentos políticos nacionais. 

5. Foi  efectuado  um  esforço  de  acompanhamento  extensivo  por  e‐mail  ou  telefone 

durante um período de  cerca de nove meses. Conforme documentado no  estudo 

anterior  da  SARUA,  foram  encontrados  diversos  desafios  relacionados  com  a 

obtenção dos contactos das pessoas apropriados nos ministérios e universidades e 

foi necessário enviar diversos e‐mails e efectuar várias chamadas para estabelecer 

contacto  com a pessoa  correcta.  Sempre que a equipa encontrou dificuldades em 

receber respostas, foram enviadas mais cartas lembrete pela SARUA para encorajar a 

solicitação de respostas. 

6. Durante  a  recolha  de  dados,  concluiu‐se  que  Angola  possui  seis  universidades 

públicas  e  não  uma,  conforme  originalmente  indicado  na  lista  inicial,  e  que  a 

República Democrática do Congo, na  realidade, possui 36 universidades públicas e 

não  cinco  conforme  originalmente  considerado. Numa  fase  bastante  avançada  do 

estudo,  estas  universidades  adicionais  foram  incluídas  na  investigação  e  foram 

enviadas as respectivas cartas e questionários. Foi seguido o mesmo procedimento 

de  acompanhamento,  apesar  de  o  tempo  disponível  ser  limitado  devido  à 

necessidade  de  concluir  o  estudo.  Consulte  a  Tabela  1  abaixo  para  visualizar  um 

resumo das respostas recebidas por país. 

7. Enquanto a recolha de dados e o acompanhamento estavam em curso, a equipa de 

investigação  efectuou  uma  análise  abrangente  de  literatura  (Fongwa  e  Wilson‐

Strydom 2012), assim como uma análise dos sites Web dos ministérios da educação 

e  das  universidades.  A  análise  do  site Web  incluiu  a  recolha  de  dados  sobre  a 

declaração de visão e missão das universidades públicas, assim  como documentos 

políticos  importantes  e  outras  informações.  Esta  fonte  mais  vasta  de  dados 

secundários relevou‐se útil para a redacção dos capítulos referentes a cada país no 

Volume 2, assim como esta análise regional.  

8. Os  dados  obtidos  de ministérios  e  universidades  foram  reunidos  numa  folha  de 

cálculo que  incluiu  cálculos automáticos de  verificação que alertaram a equipa de 

investigação  para  pontos  de  dados  que  eram  imprecisos  ou  que  necessitavam  de 

explicação adicional ou confirmação. Os pedidos de confirmação  foram  reenviados 

para as universidades, maioritariamente por e‐mail e, por vezes, por  telefone. Em 

alguns casos, as universidades responderam com dados corrigidos, mas no geral não 

foram facultados quaisquer dados adicionais. Sempre que os dados aparentavam ser 

inconsistentes  e  não  podiam  ser  confirmados,  foram  incluídas  notas  explicativas 

específicas na análise apresentada.  

   

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Tabela 1: Resumos das respostas recebidas por país 

País  Número de 

universidades 

públicas 

Número de 

respostas 

recebidas de 

universidades 

Foi recebida 

resposta do 

MoE? 

Notas 

Angola  6  1  Não No início do estudo, foi incluída apenas uma 

universidade pública. Foram identificadas mais 

cinco durante a investigação e foram‐lhes 

enviados questionários na fase final do estudo. 

Não foram recebidas respostas adicionais. 

Botsuana  2  2  Sim

República 

Democrática 

do Congo 

36  6  Sim Originalmente, existiam cinco universidades

incluídas no estudo, de acordo com a lista 

fornecida pela SARUA. Contudo, com base na 

resposta do Ministério da Educação, concluiu‐se 

que existiam mais 36 universidades públicas na 

República Democrática do Congo. Foram, então, 

enviados questionários a todas as universidades 

adicionais. Foram recebidas três respostas das 

cinco universidades originais visadas e foram 

recebidas três respostas das 31 universidades 

adicionais incluídas.  

Lesoto  1  1  Sim

Madagáscar  6  4  Não

Malawi  2  1  Sim A universidade que não enviou uma resposta 

forneceu dados no estudo da SARUA de 2008. 

Estes dados foram integrados nesta análise. 

Ilhas 

Maurícias 

2  2  Sim

Moçambique  5  3  Não

Namíbia  2  2  Sim

Ilhas 

Seicheles 

1  0  Sim A Universidade das Ilhas Seicheles é uma 

universidade bastante recente. Como tal, 

concluiu‐se não ser apropriado para a 

universidade fornecer dados para este estudo. 

Contudo, a resposta do ministério foi abrangente 

e forneceu uma útil descrição geral do ensino 

superior no país.  

África do Sul  23  12  Sim (política) Apesar de apenas 12 universidades terem 

enviado respostas, os dados do HEMIS sobre 

alunos e colaboradores foram disponibilizados e 

assim, em muitos casos, são apresentados dados 

sobre as 23 universidades nesta análise.  

Suazilândia  1  1  Sim Nenhum

Tanzânia  9  8  Sim Apenas uma universidade não respondeu, a 

Universidade Aberta da Tanzânia. Esta 

universidade forneceu uma resposta no estudo 

anterior e os dados foram integrados na análise 

presente nesta análise.  

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País  Número de 

universidades 

públicas 

Número de 

respostas 

recebidas de 

universidades 

Foi recebida 

resposta do 

MoE? 

Notas 

Zâmbia  3  3  Sim

Zimbabué  9  8  Sim Apenas uma universidade não forneceu uma 

resposta. Infelizmente, esta universidade 

também não respondeu no estudo anterior e, 

consequentemente, não existem dados 

disponíveis. 

Total  108  54 (excluindo 

dados do 

HEMIS da 

África do Sul) 

ou  

65 (incluindo 

dados do 

HEMIS da 

África do Sul) 

respostas de 

12 

ministérios 

A taxa de resposta dos ministérios é de 80%.

A taxa de resposta das universidades é de 50% 

(60% incluindo dados do HEMIS da África do Sul). 

Se forem consideradas apenas as 72 

universidades incluídas na lista original fornecida 

pela SARUA, a taxa de resposta é de 75%. 

Estas taxas de resposta excluem os dados das 

universidades do estudo anterior que foram 

integrados com os dados actuais. 

 

Limitações 

Conforme  referido acima, apesar das contribuições que este  trabalho de criação de perfil 

efectua  no  sentido  de  obter  uma  compreensão  regional  do  ensino  superior,  existem 

algumas limitações importantes que necessitam de ser consideradas ao interpretar os dados 

do perfil.  

O facto de este trabalho de criação de perfil incluir todas as universidades públicas na região 

representa  um  ponto  forte  do  estudo,  já  que  os  dados  desta  envergadura  não  são 

prontamente  disponibilizados.  Contudo,  esta  ampla  cobertura  de  universidades  é 

igualmente uma limitação, uma vez que trabalhar com 108 universidades limita a qualidade 

de acompanhamento e confirmação dos dados  recolhidos, o que  seria  ideal e possível ao 

trabalhar  com  uma  amostra  de  universidades  ou  com  um  orçamento  para  investigação 

bastante maior.  Conforme  já  discutido,  não  foi  possível  nomear  equipas  de  investigação 

internas  em  todos  os  países  da  SADC.  Idealmente,  as  equipas  de  investigação  internas 

estariam em posição de visitar as universidades no país e confirmar os dados fornecidos por 

cada  instituição. Este nível de detalhe não é possível no contexto de um estudo  realizado 

por  uma  organização  de  pequenas  dimensões  como  a  SARUA.  Isto  deve  ser  tido  em 

consideração  pela  Comissão  Técnica  do  Ensino  Superior  da  SADC  ao  planear  exercícios 

contínuos de recolha de dados regionais. Além disso, tendo em conta os diversos desafios 

relacionados com a disponibilidade, exactidão e actualidade de dados, teria sido  ideal se o 

estudo  tivesse  incluído  um  elemento  maior  de  criação  de  capacidades  nas  áreas  da 

investigação institucional e das estatísticas do ensino superior nacional.  

Conforme mostrado  no  perfil  (e  também  brevemente  discutido  na  secção  de  análise  da 

literatura  abaixo), o  sector do ensino  superior privado está  a  crescer  tremendamente na 

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região. Isto deve‐se aos níveis elevados de procura de vagas universitárias que não podem 

ser encontradas no  sector público. Contudo, pouco  se  sabe acerca do  funcionamento das 

universidades  privadas,  dos  programas  oferecidos  e  da  sua  qualidade.  Assim,  a  SARUA 

aproveitou  esta  oportunidade  para  realizar  uma  investigação  exploratória  no  ensino 

superior privado. Neste estudo, foi solicitado aos ministérios da educação que indicassem o 

número de instituições privadas em funcionamento noutros países, uma lista dos nomes das 

instituições privadas, assim como uma estimativa da proporção de alunos matriculados em 

instituições privadas. Alguns países puderam  fornecer dados  relativamente abrangentes a 

este respeito, mas outros ainda possuem uma percepção vaga da oferta privada.  

No  presente  estudo,  foi  solicitado  às  universidades  que  facultassem  dados  sobre  o  ano 

académico  2010. Na maior  parte  dos  casos,  os  dados  enviados  referiam‐se  a  2010, mas 

algumas  universidades  não  possuíam  informações  actualizadas  disponíveis  e,  como  tal, 

enviaram dados de anos anteriores. Além disso, conforme referido acima, nos casos em que 

as  universidades  não  enviaram  resposta  para  este  estudo  mas  enviaram  dados  para  o 

estudo  de  2008,  os  dados  do  estudo  anterior  foram  integrados  para  garantir  a  maior 

abrangência possível do perfil. Consequentemente, o perfil do ensino superior apresentado 

no Capítulo 4 representa a estimativa de dados mais precisa que foi possível efectuar sobre 

o ano académico 2010.  

Por fim, uma outra  limitação relaciona‐se com os dados sobre a oferta do ensino superior 

privado na região da SADC. Conforme mostrado no perfil (e também brevemente discutido 

na  secção  de  análise  da  literatura),  o  sector  do  ensino  superior  privado  está  a  crescer 

tremendamente  na  região  e,  tendo  em  conta  os  níveis  elevados  de  procura  de  vagas 

universitárias que não podem ser encontradas no sector público, o papel das universidades 

privadas  está  a  tornar‐se  cada  vez  mais  importante  e  necessita  de  ser  melhor 

compreendido. A SARUA realizou algum trabalho exploratório a este respeito  (Pillay 2001) 

mas existem ainda diversas  falhas na nossa percepção do ensino  superior privado. Neste 

estudo, foi solicitado aos ministérios da educação que indicassem o número de instituições 

privadas em funcionamento noutros países, uma  lista dos nomes das  instituições privadas, 

assim como uma estimativa da proporção de alunos matriculados em instituições privadas. 

Alguns  países  puderam  fornecer  dados  relativamente  abrangentes  a  este  respeito, mas 

outros ainda possuem uma percepção vaga da oferta privada. Estava fora do âmbito deste 

estudo incluir instituições privadas do ensino superior. Assim, quando a análise se refere ao 

ensino superior na região da SADC, refere‐se apenas ao ensino superior público.  

Na secção seguinte, é apresentada uma breve análise da  literatura para situar os dados de 

criação de perfil  apresentados no Capítulo 4 nos  contextos mais  amplos  a nível  regional, 

continental e global. 

 

 

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Capítulo  3:  Desafios  e  oportunidades  presentes  no 

ensino  superior na  região da SADC  ‐ Uma análise da 

literatura 

 

Ensino  superior  na  África  Austral  numa  economia  global  de 

conhecimento 

No  discurso  contemporâneo  sobre  desenvolvimento,  o  conhecimento  tornou‐se  um  dos 

principais recursos para a economia global e a aprendizagem tornou‐se fundamental para o 

processo  de  inovação  e  produção  (Florida  1995).  As  universidades  e  as  instituições  do 

ensino  superior  assumiram,  assim,  um  papel  mais  central  no  planeamento  do 

desenvolvimento. Ao desempenhar esse papel, o ensino superior testemunhou significativas 

mudanças no seu planeamento, administração e nos tipos de conhecimentos oriundos das 

universidades. Estas mudanças incluem a massificação do ensino superior, uma mudança de 

controlo  do  estado  para  supervisão  do  estado,  ênfase  na produção  de  conhecimento  do 

"modo  2",  um  aumento  da  quantidade  e  qualidade  do  conhecimento,  assim  como  a 

capacidade  de  transferir  e  aplicar  o  conhecimento  através  de  actividades  inovadoras 

(Gibbons et al. 1994, Trow 2005). As economias desenvolvidas, as regiões emergentes e as 

economias em  transição procuram  cada vez mais que as prioridades de desenvolvimento 

estejam em consonância com o ensino superior, a produção de conhecimento e as políticas 

relacionadas com a formação (OCDE 2001, 2004). 

Sob  a  influência  do  conhecimento  no  processo  de  produção,  evoluíram  novos  conceitos, 

noções e abordagem ao crescimento e desenvolvimento económicos. Alguns destes incluem 

mudanças de noções, como de uma vantagem comparativa para uma vantagem construída 

com  base  na  capacidade  de  inovar  e  transferir  conhecimento  entre  sectores  (Cooke  e 

Leydesdorff  2006,  Kruss  2012).  Neste  contexto,  devemos  questionar  de  que  forma  as 

universidades da SADC podem trabalhar no sentido de beneficiar a região. São defendidas 

abordagens  interessantes  como  "regiões de  aprendizagem" para  fomentar o  crescimento 

económico em prol dos  industriais debilitados (Hassink 2005). Foi  identificada uma "nova" 

forma  de  capitalismo  ‐  capitalismo  cognitivo  ‐  baseada  na  capacidade  de  uma  economia 

produzir e absorver novo conhecimento e novas  tecnologias para crescimento económico 

(Burton‐Jones 1999). Acima de tudo, foi defendido que um denominador comum em todas 

estas mudanças é o papel das instituições e universidades de ensino superior na capacidade 

de  produzir  conhecimento  e  trabalhadores  do  conhecimento  capazes  de manter  e  fazer 

progredir estas novas mudanças.  

Confrontadas com algumas das mudanças globais supramencionadas e outras, o ensino no 

geral  o  ensino  superior  em  particular  encontram‐se  numa  encruzilhada  no  contexto 

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africano.  Agências  importantes  de  desenvolvimento,  organizações  regionais  e  estados 

nacionais estão a depositar novas expectativas nas instituições do ensino superior, exigindo 

novas respostas nas suas três funções (ensinar, investigar e envolver a comunidade) (Bloom 

et al. 2006). Para garantir a relevância e sustentabilidade destas respostas, o ensino superior 

no  continente  necessita  de  ser  revitalizado.  A  nível  regional,  a  SADC  reflecte  uma 

comunidade que compreendeu o papel crucial que o ensino superior deve desempenhar no 

desenvolvimento e procura um envolvimento mais constante com a universidade, criando 

novas formas através das quais o ensino superior na região pode ser remodelado para dar 

resposta  às  necessidades  prementes  a  nível  nacional,  regional  e  continental.  Sob  os 

auspícios da SADC e de diversas organizações de investigação, existe um crescente conjunto 

de estudos que pretende aumentar o conhecimento sobre a revitalização do ensino superior 

na região (por exemplo, Hahn 2005, Nzimande 2011, SARUA 2009). Uma decisão estratégica 

para o apoio da regionalização consiste na promulgação do Protocolo da SADC sobre Ensino 

e Formação (1997).  

Neste esforço revitalizante, deve ser adoptada uma abordagem holística das questões que 

afectam o ensino superior a nível prático e político  (tendo em consideração os recursos e 

consequentes  resultados).  Isto  implica  reunir  todas  as  partes  interessadas  relevantes  no 

sistema  do  ensino  superior. Uma  análise  dos  recentes  relatórios  de  investigação  sobre  a 

revitalização do ensino superior em África focou‐se primeiramente numa nova abordagem 

dos sistemas do ensino superior previamente distorcidos em África no geral e na SADC em 

particular.  Focou‐se,  assim,  em  questões  relacionadas  com  o  acesso,  a  qualidade,  a 

equidade e o financiamento, entre outros (Kotecha 2008a, AAU 2004, Materu 2007). Estes 

estudos  identificam  igualmente  uma  série  de  desafios  enfrentados  pelo  ensino  superior 

africano.  Estes  desafios  afectam  igualmente  a  região  da  África Austral  e  foram  descritos 

como se segue: 

Os desafios enfrentados pelo Ensino e pela Formação na sub‐região são em grande 

medida comuns a todos os países. Trata‐se do acesso, equidade, qualidade, eficácia, 

relevância e democracia nas suas políticas relacionadas com o ensino e a formação… 

(SADC 2007). 

É assim importante destacar e discutir alguns desafios importantes enfrentados pelo ensino 

superior  na  região.  Com  base  nas  análises  detalhadas  destes  desafios  que  já  foram 

efectuadas  por  outros  investigadores  (Sawyerr  2004, Assie‐Lumumba  2006,  SADC  2007  e 

outros), esta secção destaca de forma sucinta as principais manifestações destes desafios. 

 

Instabilidade política e desafios de administração 

 

Diversos países na África Subsariana  são, ou  foram  recentemente, afectados por diversas 

formas  de  administração  fraca,  ou  estão  a  recuperar  de  uma  forma  ou  outra  de 

instabilidade política. Agravados pela crise de programas de ajustamento estruturais (SAPs), 

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diversos  governos  adoptaram  uma  postura  defensiva  em  termos  de  objectivos  de 

desenvolvimento económico e social. Em várias situações, isto conduziu a uma inquietação 

política, social e económica. Exemplos nítidos da região da SADC  incluem o conflito militar 

de Angola que terminou em 2002, o golpe de estado em Madagáscar em 2009 (Ploch 2011), 

a situação política turbulenta e o colapso económico no Zimbabué no final dos anos 90 e em 

2000 e a crise da República Democrática do Congo no  final dos anos 90 e no começo de 

2000.  Sayed  et  al.  (2008)  observou  que  o  baixo  número  de  matrículas  em  Angola, 

Moçambique  e  na  República  do  Congo  "é  o  resultado  de  guerras  civis  prolongadas  que 

exerceram um efeito negativo no sector da educação". Os  impactos negativos do contexto 

sociopolítico  e  económico  no  ensino  superior  no  Zimbabué  foram  documentados  pela 

SARUA  (SARUA 2010). Os conflitos sociopolíticos exerceram  impactos directos e  indirectos 

no  estado  do  ensino  superior  na  região.  Estes  impactos manifestam‐se  em  reduções  do 

apoio  financeiro, em pausas nos semestres académicos, na destruição de  infra‐estruturas, 

no êxodo dos alunos e, mais frequentemente, numa forte censura da  liberdade das bolsas 

de estudo produzidas nas universidades nacionais (Sall 2002). 

Makgoba  (2003)  salienta  igualmente  que  os  sistemas  do  ensino  superior  no mundo  são 

produtos  da  sociedade  envolvente  (em  Katjavivi  2005:2).  Isto  foi  observado  de  perto  na 

África do Sul, onde a estrutura de administração política durante o regime do apartheid se 

reflectiu bastante no sistema da universidade e prejudicou significativamente a produção de 

conhecimento e a distribuição de benefícios (Bunting 2002). Nesta análise, Bunting destaca 

o facto de o sistema do ensino superior durante os anos do apartheid ter sido considerado 

pelo governo  vigente na altura  como uma  "criatura do estado" e  foi utilizado  como uma 

agência  estatal  para  reforçar  as  suas  ideologias  políticas  na  altura.  "Esta  dispensa  foi 

definida em sintonia com o parecer desse governo sobre o estado das instituições públicas 

do ensino superior" (2002:37). 

O  legado político de diversos estados africanos continua a pairar sobre a gestão do ensino 

superior  e  das  universidades.  Após  o  crescimento  e  desenvolvimento  das  universidades 

africanas  nos  anos  pós‐coloniais,  a  viragem  do  século  XXI  testemunhou  um  sistema  do 

ensino  superior  afectado por problemas de novas dimensões.  Enquanto emergiam novas 

percepções a nível  internacional acerca da  importância do ensino superior em políticas de 

desenvolvimento, o sistema do ensino superior na região da SADC foi caracterizado por uma 

considerável negligência  (Yusuf et al. 2008). Uma das principais preocupações do ensino e 

do ensino  superior em África é a noção herdada por parte de governos, alunos e mesmo 

académicos  de  que  o  ensino  superior  é  um  fim  em  si  mesmo.  Esta  herança  colonial 

manifestou‐se no  facto de  ter  sido garantido um  lugar na  função pública ou em algumas 

burocracias  governamentais  a  todos  os  alunos  universitários  em  décadas  pós‐coloniais 

(Ajayi  et  al.  1996:74‐75).  Consagradas  pelo  sistema  do  ensino  superior  elitista  da  época, 

juntamente  com o número  limitado de universidades e  vagas disponíveis para  alunos,  as 

pessoas  que  tinham  a  oportunidade  de  aceder  ao  ensino  superior  eram  educadas  como 

elites  e  era‐lhes  garantido  emprego  automático  em  cargos  administrativos  superiores  no 

serviço público. Foi neste contexto que o Banco Mundial e o FMI realizaram estudos sobre 

taxas de  retorno na educação e concluíram  rapidamente que o ensino superior em África 

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era  sobretudo  um  bem  privado  e  não  um  bem  público  ‐  que  garantia  mais  retornos 

económicos pessoais do que benefícios públicos. Posteriormente, isto resultou em cortes no 

financiamento  do  ensino  superior,  uma  vez  que  era  considerado  um  luxo  e  não  uma 

necessidade para o desenvolvimento de África (Brock‐Utne 2000).  

 

Incidência nas ciências e na tecnologia reduzida 

 

Na sequência de as universidades serem estabelecidas com uma inclinação para as ciências 

sociais  (incluindo  artes,  direito  e  línguas)  e,  comparativamente,  com  pouca  ênfase  nas 

ciências  naturais,  nas  engenharias  e  na  tecnologia  (Aina  1994:5,  Saint  1992:1‐2),  foi 

atribuída pouca  importância ao conhecimento para o desenvolvimento. Mwapachu  (2010) 

refere que apenas 28% dos alunos nas universidades africanas estão inscritos em programas 

de ciências e tecnologia (21% na SADC). Existe necessidade de alterar esta tendência, uma 

necessidade  de  repensar  as  políticas  e  o  valor  atribuído  à  produção  e  aplicação  de 

conhecimento  no  contexto  da  economia  do  conhecimento.  Existe  igualmente  uma 

necessidade de novas abordagens para ensinar, aprender, investigar, formar e experienciar, 

com  o  objectivo  de  produzir  novas  formas  de  resultados  passíveis  de  adopção  na  actual 

economia  global.  A  necessidade  de  revitalização  do  ensino  (e  do  ensino  superior  em 

particular) na região da SADC já foi reconhecida em diversas esferas. Edigheji (2009), numa 

publicação  recente  da  SARUA  defende  que  as  universidades  necessitam  de  desenvolver 

programas académicos com o intuito de fornecer aos alunos capacidades para uma reflexão 

crítica  e  competências  para  planearem,  conceberem  e  inventarem  novos  produtos  e 

serviços, para a construção da base do capital humano.  

Um argumento para uma maior incidência nas ciências e na tecnologia na região não deverá 

ser considerado um argumento simultâneo contra o  investimento nas humanidades e nas 

ciências sociais. Na verdade, diversos autores defenderam a  importância  fundamental das 

humanidades  na  construção  de  sociedades  democráticas  (para  ver  alguns  exemplos, 

consulte Giroux 2002, Nussbaum 2010, Robeyns 2006, Tikly e Barrett 2011, Walker 2009). 

Em vez disso, o argumento debruça‐se sobre a combinação das ciências e da tecnologia com 

variadas ofertas nas humanidades e nas ciências sociais que são contextualmente relevantes 

contribuindo,  como  tal,  para  o  desenvolvimento  nacional  e  regional  de  diversas  formas, 

através da fomentação de cidadãos capazes de reflectir de forma crítica, mostrar empatia e 

envolver‐se no debate público a partir de cargos conhecedores.  

 

   

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Acesso e procura do ensino superior  

Após mais de meio século de independência na maioria dos estados da África Subsariana, o 

acesso ao ensino secundário continua firmemente a ser uma opção para as elites. Enquanto 

a  percentagem  global  de  faixas  etárias  inscritas  em  instituições  superiores  aumentou  de 

19% em 2000 para 26% em 2007, a proporção de abandono em escolas da África Subsariana 

que  ganhou  acesso  ao  ensino  universitário  é,  actualmente,  de  5%  (Banco Mundial  2009, 

UNESCO  2009).  Em  comparação,  a  escolarização  bruta  no  ensino  superior  dos  países  da 

OCDE está acima dos 40%. Apesar de se poder afirmar que os actuais valores são o dobro 

dos valores 1993 de 2,4%, a África Subsariana apresenta um atraso significativo em relação 

a  outras  regiões  em  desenvolvimento  (como  a  América  Latina  e  as  Caraíbas  com  uma 

escolarização bruta acima dos 35%. 

Enquanto as Ilhas Maurícias atingiram, nos últimos anos, a escolarização bruta mais elevada, 

de 17% com 17.000 alunos em instituições superiores, dois países detêm mais de metade de 

todas as matrículas na África Subsariana. Trata‐se da África do Sul com uma escolarização 

bruta de 15%,  acolhendo  cerca de 753.000  alunos e da Nigéria,  a 10%,  com mais de 1,3 

milhões de alunos em  instituições do ensino  superior  (MacGregor 2008). No  contexto da 

SADC,  a  África  do  Sul  representa  a  maior  parte  das  matrículas  nas  universidades,  de 

diplomados e resultados da investigação. Utilizando o famoso quadro de Trow (1973), "elite‐

massa‐universal", para o acesso ao ensino superior, a África Subsariana cai abaixo do limiar 

de 15% e, como tal, é descrita como um sistema elitista. Com mais  importância para estes 

valores  encontra‐se  o  significado  teórico  atribuído  ao  ensino  superior  pela  sociedade. 

Aplicando  esta  análise,  o  ensino  superior  na  África  Subsariana  e  na  SADC  em  particular 

reflecte um sistema solidamente enraizado em meritocracia, focado na educação de elites e 

na preparação de uma descolagem tecnológica num mundo caracterizado por uma rápida 

mudança  tecnológica  social.  Este  sistema  elitista  ignora  significativamente  aspectos  de 

igualdade  para  indivíduos  e  grupos  sociais,  justiça  democrática  e  desenvolvimento  de 

capacidades  que  são  fundamentais  na  transição  para  as  fases  de massa  e  universal  do 

quadro (Trow 1973:14). Isto poderia implicar que enquanto o ensino superior é considerado 

um  instrumento  para  o  desenvolvimento  económico  e  tecnológico,  os  aspectos  sociais  e 

humanos da formação do ensino superior assim como o seu papel na transformação social 

permanecem pouco explorados e requerem uma atenção direccionada (Robeyns 2006).  

Enquanto o acesso permanece um desafio importante para o ensino superior na sub‐região, 

existem motivos para acreditar que a procura significativa do ensino superior não é apoiada 

por  espaços  disponíveis  suficientes  nas  instituições. No  início  do  ano  lectivo  de  2012,  a 

situação  foi  exposta  na  África  do  Sul,  onde  diversas  candidaturas  a  universidades  foram 

preteridas  devido  ao  espaço  limitado  nas  universidades  públicas.  De  acordo  com  a 

publicação online University World News de 13 de Janeiro de 2012, "as universidades e os 

colégios possuem apenas 180.000 vagas para alunos do primeiro ano enquanto no último 

mês 250.000 sul‐africanos passaram nos seus exames finais de ensino secundário com um 

nível  que  os  qualificou  para  admissão  nas  instituições  superiores".  A  Universidade  de 

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Joanesburgo por si só recebeu mais de 85.000 candidaturas para as primeiras 11.000 vagas 

disponíveis  (UWN  2012).  É,  portanto,  oportuno  averiguar  os  agentes  e  as  agências 

responsáveis  pelo  fornecimento  de  um  acesso  proporcional  à  crescente  procura.  Numa 

auditoria recente realizada pela Universidade de Rodes sobre alojamento em universidades 

nacionais na África do Sul,  concluiu‐se que  "apenas 30% dos alunos que necessitaram de 

alojamento o obtiveram verdadeiramente". O relatório conclui ainda que "abrir as portas da 

aprendizagem sem fornecer o apoio mínimo necessário para garantir uma hipótese razoável 

de sucesso não só é  irresponsável como é desumanizante, estando a negar a  intenção de 

aumentar  o  acesso  ao  ensino  superior"  (MacFarlane  2012). No  Zimbabué,  Kariwo  (2007) 

observa que cerca de 8.000 alunos que se qualificam para entrar na universidade não têm 

oportunidade de o fazer. Enquanto a Universidade Aberta do Zimbabué possui actualmente 

mais  de  24.000  alunos  inscritos,  existe  ainda  uma  grande  procura  de  vagas  nas  12 

universidades do  Zimbabué. Os  alunos que não podem  aceder  às  vagas universitárias no 

Zimbabué são forçados a migrarem para os países vizinhos como a África do Sul ou a viajar 

para o estrangeiro para continuar os seus estudos. 

No discurso  teórico mais  vasto  sobre acesso, a procura  crescente do ensino  superior e a 

correspondente falta de vagas em instituições do ensino superior têm sido consideradas um 

problema de  administração e  ideologia políticas  (Ball 1990). A nível político, o  acesso  ao 

ensino superior em alguns países na região tem sido utilizado como uma ferramenta política 

para garantir que o domínio sociopolítico e as universidades foram criados em regiões com 

base  em  filiações  políticas  (Sall  2004).  Resumidamente,  "a  criação  e  apoio  do  estado  a 

universidades  públicas  possui  aspectos  positivos  e  negativos.  De  um  símbolo  de  Estado 

independente,  a  universidade  passou  a  ser  um  instrumento  e  um  local  para  políticas 

clientelistas" (Ibid:182). 

A  nível  ideológico,  os  sistemas  de  crenças  dos  decisores  políticos  prejudicaram  a 

proliferação de instituições privadas do ensino superior em prol das universidades públicas 

e  afectaram  o  apoio  às  universidades  tradicionais  em  detrimento  de  outras  formas  do 

ensino  superior,  incluindo o ensino vocacional e colégios de  formação e universidades de 

tecnologias (Varghese 2004). Isto foi claramente observado com a implementação de regras 

e requisitos de conformidade rigorosos para criação de instituições privadas. As políticas de 

1991 do Banco Mundial restringiram o aumento de matrículas em  instituições públicas do 

ensino superior para não mais de 3% por ano até 2017 e apenas após a sua alteração foram 

promulgadas políticas para  instituições privadas do ensino  superior. Portanto, as políticas 

para a criação da maioria das instituições privadas em estados africanos e na região da SADC 

entraram  em  vigor  apenas  entre  o  início  e  meados  dos  anos  90  (Varghese  2004:12). 

Contudo, parece existir uma  luz ao  fundo do túnel para o ensino superior privado. Com o 

aumento  das  forças  de  mercado  a  afectar  os  sistemas  do  ensino  superior  e  menos 

financiamento disponibilizado pelo estado (e portanto menos controlo do estado), o ensino 

superior privado  encontra‐se  a  ganhar  terreno na  região.  Salamon  (1995) defende que  a 

"nova  explosão  privada"  deve  ser  considerada  num  contexto  mais  amplo  como  uma 

mudança  do  ensino  superior  estadual  para  o  ensino  superior  privado  ou  misto.  Estes 

desenvolvimentos  devem  produzir  sistemas  do  ensino  superior  com  mais  instituições 

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estrategicamente diferenciadas para garantir o acesso ao maior número possível de alunos. 

A  região da SADC, com o papel de promoção de organismos como a SARUA, posiciona‐se 

potencialmente numa encruzilhada estratégica para melhorar o acesso ao ensino superior 

através de parcerias privadas e colaboração entre instituições do ensino superior na região. 

Como  tal,  é  imperativo  obter  uma  melhor  compreensão  da  oferta  do  ensino  superior 

privado na região.  

 

Limitações de financiamento 

Para  aumentar o  acesso e  garantir  a qualidade, existe  a necessidade de  aumento de um 

financiamento  sustentado  do  ensino  superior.  O  conhecimento,  em  grande  medida, 

depende  igualmente  do  tipo  de  recursos  do  sistema  de  produção  de  conhecimento. 

Infelizmente,  o  financiamento  representa  ainda  uma  questão  desafiadora  no  ensino 

superior africano. A política de financiamento inicial na maioria das economias africanas foi 

dominada pelo modelo de  financiamento gratuito dos anos 60 e 70,  típico da maioria dos 

governos  africanos.  Surgiram  argumentos  de  que,  se  por  um  lado  este  modelo  de 

financiamento  não  colocou  os  mais  desfavorecidos  em  desvantagem,  também  não 

aumentou suficientemente o acesso e, consequentemente, tornou‐se insustentável (Oketch 

2003, Johnston 2004). Apesar de o financiamento do ensino superior estar em mutação em 

todos os sistemas do ensino superior a nível mundial, as economias em desenvolvimento (e 

as  da  África  Subsariana,  especificamente)  foram  fortemente  afectadas.  Enquanto  os 

governos  africanos  nos  anos  pós‐independência  forneceram  uma  significativa  quantia 

orçamental para o ensino superior, os programas de ajustamento estruturais dos anos 80, a 

crise  económica  de  meados  dos  anos  90  e  as  recentes  crises  de  endividamento 

internacionais  contribuíram  para  a  degeneração  das  condições  financeiras  em  que  se 

encontra o ensino superior em África.  

Com  a  recente  reiteração  do  papel  do  ensino  superior  no  desenvolvimento  económico 

nacional  pelos  organismos  de  financiamento  internacionais  e  os  governos  nacionais, 

diversos países da região da SADC deparam‐se com um dilema de financiamento do ensino 

superior (Johnstone 2004). Os orçamentos nacionais rigorosos e outras necessidades sociais 

prementes como a saúde e o ensino básico exercem exigências sobre orçamentos nacionais, 

sendo que o ensino superior geralmente recebe uma distribuição orçamental relativamente 

pequena como uma percentagem do PIB nacional. Na tentativa de abordar a necessidade de 

financiamento, a maioria dos países da SADC  instituiu políticas de  repartição de custos. A 

Namíbia  e  o  Zimbabué  estão  entre  os  países  que  possuem  algum  tipo  de  política  de 

repartição  de  custos  para  o  ensino  superior,  enquanto  a  Zâmbia  e  a  Tanzânia 

desenvolveram um sistema duplo em que os alunos que não pagam propinas estudam em 

conjunto com os alunos que as pagam. Em países como a África do Sul e a Namíbia, todos os 

alunos  do  ensino  superior  pagam  propinas,  com  empréstimos  concedidos  a  alunos 

carenciados por instalações como o Esquema de Ajuda Financeira para os Alunos Nacionais 

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(NSFAS). Foram adoptados esquemas de empréstimo semelhantes noutros países, como a 

Tanzânia, o Lesoto e o Quadro de Empréstimos do Ensino Superior no Quénia para atender 

às  necessidades  financeiras  dos  alunos  carenciados.  Com  excepção  da  África  do  Sul, 

contudo,  a  maioria  destes  esquemas  de  empréstimos  não  foi  muito  bem‐sucedida  na 

recuperação  de  financiamento,  como  tal,  a maioria  foi  encoberta  por  bolsas  de  estudo 

(Pillay 2008a).  

Pillay  (2008b)  observa  ainda  que  a maioria  dos  países  em  África  e  na  região  da  SADC 

(excepto  a  África  do  Sul  e  talvez  as  Ilhas  Maurícias)  não  possui  uma  fórmula  de 

financiamento do ensino superior que esclareça o planeamento do governo. Apesar de esta 

situação  estar  a  mudar  (consultar  o  Capítulo  4)  a  inexistência  de  uma  fórmula  de 

financiamento  expõe  os  países  a  forças  externos,  como  a  inflação  e  indica  uma  falta  de 

coordenação no planeamento a nível nacional, institucional e do sistema. Isto tem impactos 

terríveis  no  financiamento  de  investigações,  na  sustentabilidade  do  financiamento  de 

projectos  a  longo  prazo  e  na  contribuição  que  o  ensino  superior  poderá  exercer  no 

desenvolvimento nacional. Enquanto as universidades africanas beneficiam  cada vez mais 

de doadores  estrangeiros, Cloete  et  al.  (2011) defendem num  estudo  recente que  existe 

uma tendência para, devido aos desafios  financeiros, a  investigação académica estar a ser 

comprometida em diversas universidades da região através de investigação de consultoria e 

contratual numa procura de receitas externas. Estas receitas externas, conforme  ilustrado 

por Cloete et al. (2011), ocorrem à custa do núcleo académico e das funções de produção de 

conhecimento das  instituições. Numa perspectiva de expansão,  Ishengoma  (2010) observa 

que  uma  das  limitações  do  financiamento  de  doadores  como  outra  fonte  de  receitas 

externas em África e qualquer outro local consiste no facto de esta fonte de tendências de 

financiamento  ser  fragmentado  ou  não  estar  suficientemente  sincronizada  com  as 

prioridades  nacionais,  resultando  na  limitação  do  seu  impacto  na  expansão  holística  do 

ensino  superior. Ao  trabalhar  numa  perspectiva  de  produção  de  conhecimento, Cloete  e 

colegas  introduziram  a  noção  de  "projectação"  e  argumentam  que  "na  ausência  de  uma 

estratégia  de  financiamento  e  incentivos  coordenada  do  estado,  a  dependência  de 

financiamento  externo  aumenta  o  que,  por  sua  vez,  por  contribuir  para  uma  maior 

fragmentação e "projectação" (Cloete et al. 2011:13).  Isto, defendem os referidos autores, 

funciona em detrimento das actividades centrais da universidade, nomeadamente produção 

de conhecimento. 

 

Preocupações a nível da qualidade 

 

A necessidade de uma maior qualidade académica do ensino superior em África e na região 

da  SADC  na  última  década  tem  sido  alvo  de  crescente  atenção  (Materu  2007, Mhlanga 

2008). Com mais políticas que pretendem aumentar o financiamento do ensino superior e o 

acesso  ao maior  número  de  alunos  possível  que  desejam  obter  qualificações  a  nível  do 

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ensino  superior,  uma  das  questões  fundamentais  relaciona‐se  com  a  qualidade  dos 

resultados  dos  alunos, o  tipo de  conhecimento produzido  e  a  eficácia  em produzir  taxas 

mais  elevadas  de  produtividades  dos  alunos.  Conforme  ilustrado  num  estudo  do  Banco 

Mundial: 

Um dos principais problemas no  ensino africano  não  é o que  todos  julgam  ser  ‐ a 

universalidade;  o  problema  é  a  qualidade.  A  África  necessita  de  pensadores, 

cientistas, investigadores, educadores reais que possam contribuir de forma potencial 

para o desenvolvimento da sociedade (Yeneayhu 2006). 

Os  problemas  que  afectam  a  qualidade  académica  manifestam‐se  de  diversas  formas 

incluindo,  entre  outros,  bibliotecas  pouco  equipadas,  infra‐estruturas  laboratoriais  e 

académicas  deficientes,  elevadas  taxas  de  pessoal:aluno,  pessoal  desmotivado,  corpo 

docente envelhecido, académicos sobrecarregados que migram cada vez mais para outras 

regiões à procura de condições melhores e currículos geralmente obsoletos.  

Outra pronunciada manifestação da necessidade de uma melhor qualidade académica é a 

falta  de  relevância  demonstrada  pela  maioria  dos  currículos,  assim  como  pelos 

diplomados produzidos  (Yizengaw 2008, Análise do Protocolo da SADC 2007). Com 

base  em  estudos  prévios  e  revisões  de  documentos,  o Grupo  de  Trabalho  para  o 

Ensino  Superior e  Investigação em África da UNESCO/ADEA  (2009) propõe que  as 

instituições  do  ensino  superior  necessitarão  de  ser  mais  relevantes  no  que  diz 

respeito  aos  currículos  oferecidos  e  à  sua  entrega  no  contexto  local. O  grupo  de 

trabalho defende que as instituições devem ser "apoiadas para servir as prioridades 

e  necessita  de  desenvolvimento  de  África  através  de  [um]  currículo  e 

disponibilização de currículos socioculturalmente relevantes, em particular nas áreas 

das  Ciências  e  da  Tecnologia",  enquanto  a  nível  nacional  os  "planos  de 

desenvolvimento devem fazer corresponder os resultados em termos de diplomados 

às necessidades nacionais de recurso humanas de modo a reduzir o desemprego dos 

diplomados". Outro aspecto  importante neste argumento é a  importância do papel 

social  e  cultural  do  currículo  do  ensino  superior  e  o  modo  de  disponibilização. 

Embora  a  ênfase  resida  no  capital  humano  e  no  papel  de  criação  tecnológica  do 

ensino superior, o papel do desenvolvimento humano da universidade também deve 

ser  destacado  e  estar  reflectido  no  currículo  de  modo  a  garantir  que  o  ensino 

superior satisfaz as necessidades holísticas da sociedade (Assie‐Lumumba 2006). 

O nível geralmente baixo da produção de conhecimento na região da SADC é agravado pela 

baixa qualidade e quantidade de pessoal de  investigação e académico nas universidades. 

Kotecha et al. (2011) observou no estudo da SARUA que "apenas a África do Sul e as  Ilhas 

Maurícias possuem uma taxa de qualificações em termos de Doutoramento superior a 0,3 

doutoramentos/FTE/ano;  todos  os  outros  países  possuem  taxas  inferiores  a  0,1 

doutoramentos/FTE/ano".  Estas  conclusões  na  região  da  SADC  foram  corroboradas  por 

Cloete et al.  (2011:28) que  realizou casos de estudo em oito países africanos e constatou 

que apenas na África do Sul  (a Universidade da Cidade do Cabo) e nas  Ilhas Maurícias  (a 

Universidade  das  Ilhas  Maurícias)  mais  que  40%  do  pessoal  possuía  doutoramento  (a 

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Universidade da Cidade do Cabo com 58% e a Universidade das Ilhas Maurícias com 45% em 

2007). 

Devido  aos efeitos das baixas  remunerações e da  falta de  infra‐estruturas em  termos de 

instalações de  investigação assim  como a  fuga de  cérebros, exacerbados pelos efeitos da 

pandemia  da  VIH/SIDA, muitos  dos  académicos migraram  para  economias  desenvolvidas 

(Assie‐Lumumba 2006). A África do Sul  também  tem  sido um destino  importante para os 

académicos na região, abandonando universidades de outros países da África Austral com 

falta  de  pessoal  e  com  um  desempenho  reduzido.  Com  apenas  cerca  de  um  quarto  dos 

académicos  com  doutoramento,  o  nível  de  qualidade  académica  nas  universidades  da 

região  necessita  de  melhorias  rápidas.  Esta  proporção  baixa  de  académicos  com 

doutoramento  tem  um  reflexo  directo  na  taxa  de  publicações  académicas  na  região. Os 

dados  referentes  a  publicações  revelam  que  embora  se  espere  que  os  académicos 

publiquem em média entre 1 a 1,4 artigos por equivalente a tempo inteiro (FTE) por ano, o 

que  é  considerado  como  sendo  o  padrão  sul‐africano,  os  académicos  nas  principais 

universidades na Tanzânia,  Ilhas Maurícias, Moçambique e Botsuana  têm  taxas de artigos 

inferiores  a  0,4  artigos  por  FTE  académico  por  ano  (Cloete  et  al.  2011).  Este  valor  é 

provavelmente  muito  mais  baixo  se  todas  as  universidades  destes  países  forem 

consideradas. Esta tendência pode muito bem ser uma representação de outros países na 

região e de todo o continente. Embora atrair e reter pessoal de qualidade continue a ser um 

grande desafio, a regionalização do ensino superior na região da SADC poderia melhorar a 

qualidade  mais  ampla  de  produção  de  conhecimento  através  da  colaboração  entre  as 

universidades e redes nos países da região.  

 

Acesso e utilização das TIC 

 

A  trabalhar  no  âmbito  do  discurso  da  sociedade  do  conhecimento  actual,  o  programa 

Knowledge for Development (K4D) do Instituto do Banco Mundial identificou factores chave 

que necessitam estar em vigor de modo a serem a base para o desenvolvimento de uma 

sociedade  de  conhecimento  (Banco  Mundial  2007a).  Referidos  como  pilares  para  a 

economia  de  conhecimento4,  incluem  uma mão‐de‐obra  com  formação,  um  sistema  de 

inovação  eficaz,  infra‐estruturas  das  tecnologias  da  informação  e  da  comunicação  (TIC) 

adequadas e um quadro de negócios e administração conducente (Chen et al. 2005, Banco 

Mundial 2007b). A importância do investimento nas TIC é clara ao considerar estes pilares, 

pois a educação na sociedade contemporânea cada vez mais se baseia em alguma forma de 

aplicação  das  TIC.  Além  disso,  o  desenvolvimento  das  ciências  e  da  tecnologia  pode  ser 

considerado como os carris nos quais os sistemas de inovação se deslocam (Abatem 2011). 

À excepção da África do Sul e das Ilhas Maurícias, a maior parte das universidades na região 

está fortemente restringida em termos de utilização das TIC devido a uma necessidade de 

4 http://go.worldbank.org/5WOSIRFA70 

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estações  informáticas e uma  falta de acesso à  Internet acessível de alta velocidade. Num 

estudo de base realizado pela SARUA sobre os desafios enfrentados pelo ensino superior na 

região, foi observado que "o acesso a computadores ainda é reduzido – em 2007, em média 

quatro professores por computador, três administrativos por computador e 70 alunos por 

computador  –  e  o  progresso  em  termos  do  desenvolvimento  de  redes  tem  sido  e 

investigação e ensino tem sido lento" (MacGregor 2009).  

Actualmente  as bibliotecas  tradicionais estão  a  tornar‐se uma  coisa do passado e há um 

aumento da dependência das bibliotecas e bases de dados online, pelo que as  instituições 

do  ensino  superior  na  África  subsaarianas  e  na  região  da  SADC  necessitarão  resolver 

urgentemente a aplicação das TIC na gestão de serviços de informação académicos de modo 

a melhorar  a  qualidade  académica  e  produção  de  conhecimento  para  uma  economia  de 

conhecimento  na  região.  Num  estudo  recente  em Moçambique  realizado  por  Zeininger 

(2009),  há  referências  a  uma  utilização  muito  reduzidas  das  TIC  para  fins  académicos: 

"embora exista um aumento massivo nas universidades e instituições do ensino superior em 

Moçambique,  a  maior  parte  dos  novos  HEIs  não  utiliza  instalações  de  TIC  para  fins 

educativos.  

 

Regionalização 

 

Com uma maior produção e divulgação de conhecimentos na economia de conhecimento, 

tem  havido  uma  integração  significativa  de  regiões  económicas,  superando  as  barreiras 

geográficas.  Esta  integração  de  regiões  económicas  e  até  políticas  resultou  num  declínio 

significativo do estado‐nação e deu origem ao "estado avaliador" para resolver problemas 

de "eficiência operacional" (Neave 2009). Nesta nova era, as universidades enfrentam agora 

a  concorrência  de  outras  universidades  num  contexto  internacional.  Como  tal,  as 

universidades  são  forçadas  a  satisfazer  novos  padrões  administrativos,  financeiros  e  de 

produção de conhecimento a nível  internacional numa tentativa de se associarem a redes 

internacionais.  Nesta  nova  plataforma  de  padronização  e  produção  de  conhecimento,  o 

sistema nacional de ensino não perde totalmente o seu papel, mas vê a sua influência muito 

diminuída (Byrkjeflot 2001). Os sistemas e estruturas regionais emergiram com implicações 

directas  para  a  disponibilização  do  ensino  superior  e  o  processo  de  produção  de 

conhecimento. 

A  noção  de  regionalização  é  amplamente  considerada  como  fornecendo  uma  forma  de 

auxílio à colaboração e harmonização no processo de ensino,  investigação e produção de 

conhecimento num quadro regional. Neste processo de  integração, diferentes sistemas do 

ensino  superior  e  estados  nacionais  concordam  em  associarem  sob  uma  organização  de 

protecção regional e concebem um sistema comum de coordenação do ensino superior, o 

que  facilita  a  cooperação  através,  por  exemplo,  das  transferências  de  créditos  entre 

universidades, do  reconhecimento de qualificações académicas, do apoio à mobilidade de 

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alunos e pessoal entre instituições, da redução de custos operacionais e da possibilidade de 

partilha  de  capacidades  e  experiências  existentes  entre  instituições  e  académicos.  Isto 

fortalece  as  instituições mais  fracas  enquanto  aumentar  ao máximo  as  capacidades  das 

instituições  mais  fortes  para  benefício  da  região  e  dos  estados  nacionais  individuais 

(Munavu e Kithuka 2007).  

A noção e prática de internacionalização e a posterior resposta em termos da regionalização 

têm  sido  testemunhadas  em  diferentes  regiões.  Exemplos  típicos  incluem  o  processo  de 

Bolonha, o programa Erasmus Mundus na Europa e outros programas em América do Norte 

e  Latina.  Também  têm  existido  algumas  iniciativas  nas  regiões  da  Ásia  e  Pacífico  que 

destacam  o  raciocínio,  processo  e  implementação  de  integração  regional  e  iniciativas  de 

colaboração.  Estas  iniciativas  têm  sido  observadas  ao  longo  do  tempo  para  apoiar  a 

execução das  três  funções do ensino superior. Embora  tenha sido constatado um sucesso 

elevado  no  processo  de  regionalização  nestas  áreas,  é  necessário  destacar  que  a 

colaboração regional e as parcerias entre sistemas e instituições do ensino superior podem 

ser mais  complexas  do  que  o  descrito  nos  casos  de  estudo. Deste modo,  continua  a  ser 

importante  identificar e contextualizar cuidadosamente  lições chaves e desafios na  região 

da SADC.  

A colaboração, as  redes e a cooperação com outros  sistemas do ensino  superior  regional 

potencialmente  detêm  numerosas  promessas  para  África  em  general  e  para  a  região  da 

SADC em particular. A partir de uma perspectiva sul‐africana, Jansen et al.  (2008:390‐391) 

apresenta  cinco  razões  principais  para  a  internacionalização.  Estas  aplicam  igualmente  a 

outros países na região da SADC e, deste modo, fornecem mais razões para a colaboração e 

estabelecimento de parcerias. O primeiro ponto identificado por Jansen e pelos seus colegas 

é  a  necessidade  de  eliminar  os  efeitos  de  apartheid  que  distanciaram  o  país  dos  seus 

vizinhos. Embora outros países na região não tenham sofrido os mesmos efeitos do sistema 

de apartheid, a maior parte foi alvo de uma guerra civil e várias formas de agitação política. 

A  segunda  consideração  é  a  necessidade  de  almejar  normas  internacionais  e melhores 

práticas  para  sistemas  do  ensino  superior.  Em  terceiro  lugar,  identificaram  o 

desenvolvimento  de  recursos  humanos,  seguindo‐se  a  necessidade  de  melhorar  a 

investigação e a produção de conhecimento, e,  finalmente, a  importância da  integração e 

desenvolvimento regional (Oyewole 2009). 

No entanto, o processo de regionalização do ensino superior enfrenta desafios de diversos 

tipos.  Entre  estes  impedimentos  encontra‐se  a  diversidade  e  a  disparidade  de  países  e 

sistemas do ensino superior na região (consultar o Anexo e o Volume 2). A diversidade de 

idiomas,  tal  como  o  inglês,  francês  e  português,  diferenças  em  sistemas  de  crédito  e 

classificação, currículos diferentes, a qualidade e reconhecimento de instituições do ensino 

superior, recursos financeiros limitados e diferentes demonstrações de vontade política irão 

impor  desafios  significativos  para  o  processo  de  integração  regional  no  ensino  superior. 

Apesar  de  já  existir  uma  diversidade  significativa  entre  países,  um  olhar mais  atento  às 

instituições do ensino superior num único país revela fragmentação e uma falta de sinergia 

entre  objectivos  institucionais  e  objectivos  de  desenvolvimento  nacional. 

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Consequentemente, a  importância atribuída ao ensino  superior a nível  regional não pode 

ser a mesma a nível nacional. Isto tem implicações negativas para o empenho institucional e 

nacional em implementar protocolos entre países (Mogobe et al. 2009). 

Outro  dos  principais  desafios  é  a  falta  de  dados.  Existe  uma  falta  significativa  de  dados 

gerados  sistematicamente  e  armazenados  centralmente  disponíveis  numa  base  de  dados 

regional. Isto deve‐se parcialmente à recolha de dados relativamente fraca e à acumulação 

de  processos  na  região.  Apesar  da  maior  parte  dos  países  carecer  de  capacidade 

institucional e técnica para recolher dados de uma forma consistente e sustentada, alguns 

não possuem  a  vontade política para  fazê‐lo devido  ao  facto dos dados por  vezes  serem 

utilizados para fins políticos. De modo a desenvolver políticas regionais apropriadas e avaliá‐

las  ao  longo  do  tempo,  é  importante  conhecer  o  status  quo.  A  implementação  bem‐

sucedida do protocolo da SADC depende do desenvolvimento e gestão de um  sistema de 

recolha centralizado e consistente (consultar o Capítulo 5).  

A falta de financiamento e recursos humanos adequados foi identificada como sendo outro 

dos principais desafios enfrentados pala implementação do protocolo da SADC e integração 

de  sistemas do ensino  superior na  região. Existem estruturas de  suporte desadequadas a 

nível  nacional  e  institucional. A maior  parte  dos  estados‐membros  não  possui  serviços  e 

departamentos  designados  para  colaborar  com  os  funcionários  da  SADC  (Hahn  2005, 

Ngwenya  2011).  Normalmente  considera‐se  que  os  funcionários  executivos  adicionam  a 

agenda  da  regionalização  como  se  fossem  novas  tarefas  às  suas  agendas  de  trabalho  já 

excessivamente  preenchidas.  A  reorganização  rápida  e  muito  frequentemente  com 

motivações políticas do pessoal responsável pela administração nacional e até mesmo das 

universidades  na  maior  parte  dos  governos  nacionais  reduz  a  possibilidade  de  um 

envolvimento  sustentado  com  um  funcionário  em  particular  no  processo  de  integração 

regional. Os  novos  funcionários  surgem  com  novas  agendas  e  podem  dificultar  relações 

profissionais  que  anteriormente  decorriam  sem  problemas.  Os  esquemas  de mobilidade 

requerem  recursos  financeiros a nível nacional e  institucional, os quais a maior parte das 

vezes não estão disponíveis (ibid).  

Hahn  (2005)  destaca  que  as  políticas  regionais  inconsistentes  também  apresentam 

obstáculos para a  integração  regional. O Plano de Desenvolvimento Estratégico  Indicativo 

Regional  (RISDP)  foi  iniciado  com o objectivo de  fornecer aos estados‐membros da  SADC 

"uma  agenda  de  desenvolvimento  coerente  e  abrangente  sobre  políticas  sociais  e 

económicas  ao  longo  dos  próximos  quinze  anos  (SADC  2004:7). Não  obstante,  há  pouca 

coerência nesta ênfase relativamente às políticas de desenvolvimento de recursos humanos 

em  general  e do  ensino  superior  e  formação  em particular. No RISDP, o  ensino  superior 

praticamente não é mencionado, enquanto aspectos sociais  (género, SADA, etc.) parecem 

ser  alvo  de  mais  atenção.  As  questões  relacionadas  com  os  programas  para  alunos  e 

professores,  a  inclusão  do  VIH  no  currículo,  e  o  género  são  abrangidos  sem  qualquer 

referência  ao  ensino  superior  (Hahn  2005:29).  Ao  abordar  as  áreas  de  intervenção 

prioritárias, o RISDP reserva um sub‐capítulo às ciências e tecnologia, mas o ensino superior 

não é mencionado. Isto parece negligenciar o facto de que para as ciências e tecnologia se 

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destacarem é necessário um sistema do ensino superior sólido e de qualidade. Outra área 

de inconsistência política conforme observado por Hahn (2005) é a clivagem entre a política 

da SADC e as políticas nacionais de  imigração  relacionadas com questões de colaboração, 

tais  como  o  processamento  de  vistos  para  o  pessoal  e  alunos. No  contexto  sul‐africano, 

permanece  importante reconciliar as políticas do Ministério dos Assuntos  Internos com as 

provisões  do  protocolo  da  SADC  relacionadas  com  a mobilidade  académica  na  região.  A 

política  preliminar  da  União  Africana  sobre  a  harmonização  do  ensino  superior  refere  a 

importância  do  ensino  superior  no  desenvolvimento  regional  (2007:3),  mas  faz  uma 

referência escassa aos papéis específicos que o ensino superior pode desempenhar a este 

respeito. 

Na sua análise acerca do Protocolo da SADC sobre Ensino e Formação, Umlilo we Mfundo 

(2007)  destaca  que  a maior  parte  dos  países  na  região  teceram  esforços  limitados  para 

integrar o protocolo da SADC nas suas políticas de educação e ensino superior. Nenhum dos 

cinco principais documentos com informações sobre a educação na República Democrática 

do Congo menciona o protocolo da SADC, enquanto em Angola o protocolo da SADC e a 

Década da Educação em África são praticamente desconhecidos no sector da educação. Isto 

confirma os argumentos de Hahn (2005) que defendem que existe uma falta de consistência 

significativa entre as políticas na região, apesar do objectivo de melhorar a regionalização 

do ensino superior. 

Um  dos  principais  desafios  em  termos  da  internacionalização  e  regionalização  do  ensino 

superior  em  África  em  general  e  da  região  da  SADC mais  especificamente  é  a  falta  de 

instrumentos uniformizados que promovam actividades de internacionalização. Isto assume 

a  forma  de  sistemas  de  transferência  e  acumulação  de  créditos  (CATS).  Espera‐se  que  o 

Quadro de Qualificações da SADC resolva alguns dos aspectos desta questão (Hahn 2005) 

A  falta de  titularidade do protocolo da SADC e a  falta de um promotor da  regionalização 

pode  ser  atribuída  a  consultas  ao  mais  alto  nível  a  nível  governamental  com  um 

envolvimento  reduzido  de  uma  vasta  gama  de  partes  interessadas.  As  entidades 

empregadoras, agências de garantia de qualidade, académicos envolvidos na administração 

universitária e a  sociedade mais ampla parecem  ter  tido um envolvimento e  informações 

escassas em termos da criação e  implementação do protocolo. Há uma necessidade óbvia 

de uma maior sensibilização através de uma campanha publicitária e a inclusão mais activa 

das partes  interessadas no discurso. Embora a SARUA possa  ser vista  como um potencial 

promotor do debate  sobre  a  regionalização  e  implementar o protocolo, há uma  falta de 

fundos dedicados para apoiar esta  iniciativa  (Hahn 2005). Para tentar  fornecer um motivo 

para além da falta de titularidade detectada conforme mencionado, Otaala (2002:10) sugere 

que  a  falta  de  publicidade  do  protocolo  e  dos  seus  objectivos  poderia  ser  um  factor 

importante,  defendendo  que  "parece  existir  ainda  um  número  bastante  elevado  de 

administradores do ensino  superior e partes  interessadas que não  têm  conhecimento do 

protocolo, pois ainda não receberam cópias do mesmo". 

 

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Oportunidades emergentes 

 

As  secções  acima  destacaram  alguns  dos  desafios  enfrentados  pelo  ensino  superior  em 

África e na região da SADC em particular. No entanto, associados a estes desafios existem 

oportunidades  com o potencial não apenas para  criar uma entidade  regional  forte,  como 

também  para  posicionar  o  ensino  superior  na  SADC  como  um  impulsionador  chave  de 

desenvolvimento  económico,  social  e  humano.  Apesar  de  poder  ainda  não  ter  sido 

promovido  e  implementado  como  deveria,  o  facto  de  membros  da  SADC  se  terem 

comprometido com o Protocolo da SADC sobre Ensino e Formação é um ponto de partida 

importante e fornece a base a partir da qual o ensino superior na região pode alicerçar‐se. 

Em  particular,  o  protocolo  reforça  a  importância  regional  de  iniciativas  como  a  Reunião 

Extraordinária  dos  Ministérios  da  SADC  em  Junho  de  2012,  que  se  centrou  no  ensino 

superior.  

Outro  aspecto  importante  é  o  crescimento  económico  relativamente  forte  existente  nos 

países da SADC em comparação com os países europeus e os Estados Unidos da América. Os 

minerais  recentemente  descobertos  no  Zimbabué,  o  crescimento  súbito  da  exploração 

petrolífera  em  Angola,  as  economias  estáveis  do  Botsuana,  Ilhas Maurícias  e,  até  certo 

ponto, da África do  Sul, estão  a  criar uma base económica  conducente na qual o ensino 

superior pode desempenhar um papel mais importante a nível do desenvolvimento nacional 

e regional.  

Além disso, as relações saudáveis ao nível de migração entre países na região da SADC estão 

a  facilitar  a mobilidade  do  pessoal  e  dos  funcionários,  pois  apenas  alguns  países  exigem 

vistos para que os cidadãos se desloquem dentro da região. Este aspecto da regionalização 

poderia ser aperfeiçoado para expandir e apoiar a colaboração e cooperação regional entre 

instituições e académicos do ensino superior. 

 

Conclusões 

 

O  ensino  superior  e  as  universidades  enfrentam  dinâmicas  em  constante  alteração  para 

alcançar  as  suas  funções  chave  enquanto  produtores  de  conhecimento.  Devido  à maior 

ênfase  dado  à  economia  de  conhecimento  e  à  necessidade  dos  países  com  rendimentos 

mais baixos anularem as diferenças de rendimento entre si e as nações pós‐industrializadas, 

o conhecimento tornou‐se um factor chave no processo de produção. No entanto, ao tentar 

responder  a  necessidades  de  conhecimento,  as  universidades  e  instituições  do  ensino 

superior enfrentam diversos desafios. Estes desafios  são particularmente  significativos no 

contexto africano onde o ensino  superior ainda  luta por  se  redefinir. Em  conjunto  com o 

facto  das  forças  da  globalização  estarem  presente  em  todos  os  aspectos  das  suas 

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economias, vários governos africanos não têm sido capazes de romper decididamente com 

a  sua herança  colonial. Também enfrentam outras necessidades  sociais urgentes.  Isto  fez 

com que os  sistemas do ensino  superior  se deparassem por  inúmeros desafios enquanto 

lutam em simultâneo por adquirir recursos financeiros e humanos muito necessários para se 

reposicionarem como uma força de desenvolvimento no continente. 

Perante as  forças  crescentes da globalização e os desafios que os  sistemas  individuais do 

ensino superior enfrentam no continente, será demonstrado nas secções posteriores desta 

análise que a regionalização e colaboração entre instituições do ensino superior em África, e 

na região da SADC em particular, possuem um potencial enorme para melhorar a qualidade 

do ensino superior e contribuir para o desenvolvimento nacional e regional. Para que  isto 

seja alcançado são necessárias políticas de administração nacionais e regionais apropriadas 

para apoiar a  implementação do protocolo regional. Em última análise, espera‐se que uma 

regionalização bem definida e cuidadosamente implementada revitalize o ensino superior e 

permita que tenha o contributo necessário para a transformação da região e os imperativos 

de uma sociedade de conhecimento. 

 

 

 

 

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Capítulo 4: Criação de perfil do panorama do ensino 

superior público da SADC 

 

Esta  secção  da  análise  apresenta  uma  análise  regional  dos  dados  recolhidos  a  partir  dos 

ministérios  e  universidades  públicas  da  SADC  (consultar  a  Tabela  1  para  obter  detalhes 

sobre as respostas). Embora o Volume 2 desta colecção apresente os detalhes da análise a 

nível nacional, o foco aqui reside em apresentar uma descrição geral regional. Este capítulo 

começa  com  uma  descrição  geral  da  dimensão  e  forma  do  ensino  superior  na  região, 

considerando o número de universidades públicas e privadas, um perfil do pessoal e alunos 

nas universidades públicas e o perfil das matrículas na região. Segue‐se uma discussão sobre 

os dados  relacionados com a qualidade, definida de  forma geral, e  inclui uma análise dos 

processos  de  garantia  de  qualidade  a  nível  nacional  e  institucional,  assim  como  o 

fornecimento de  instalações  infra‐estruturais e de apoio ao aluno. Em seguida debruça‐se 

sobre os  resultados do ensino  superior público na  região da SADC com um  foco  sobre as 

tendências em termos de obtenção de diplomas, mestrados e doutoramentos e criação de 

publicações. A menos que  seja  indicado o contrário, os dados  referem‐se a universidades 

públicas. 

 

Dimensão e forma do ensino superior na SADC 

 

Um  dos  desafios  em  termos  de  criação  de  perfil  do  ensino  superior  na  região  é  que, 

actualmente,  não  existe  qualquer  base  de  dados  completa  e  verificado  de  todas  as 

instituições  do  ensino  superior. A  disponibilidade  e  exactidão  dos  dados  diferem  de  país 

para país. Isto pode ser interpretado por um lado como uma manifestação de uma falta de 

coordenação adequada a nível nacional e regional, e, por outro  lado, como um reflexo do 

facto do ensino superior na região (e no continente) ainda estar numa fase de crescimento 

com novas instituições a serem criadas para satisfazer as diferentes necessidades. A Tabela 

2  apresenta  as  informações  que  foram  fornecidas  pelos  ministérios  da  educação 

relativamente  ao  número  de  universidades  financiadas  publicamente,  o  número  de 

universidades  de  tecnologia  financiadas  publicamente,  o  número  de  universidades  e 

colégios  financiados  particularmente,  e  outras  instituições  do  ensino  superior.  Com  base 

neste dados, parecem existir 109 universidades públicas, 526 universidades e politécnicos 

técnicos  financiados  publicamente  e  456  instituições  do  ensino  superior  financiadas 

particularmente na região da SADC. Estes números de certa forma superiores aos indicados 

no  estudo  de  2008  da  SARUA,  que  teve  por  base  dados  do  ano  lectivo  de  2006.  A 

investigação  de  2006  identificou  66  universidades  públicas,  114  politécnicos  financiados 

publicamente  e  170  instituições  privadas  do  ensino  superior  (Butcher  et  al.  2008:71). 

Embora  fosse  possível  que  algumas  das  universidades  identificadas  no  estudo  actual 

Page 37: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

37

estivessem  em  funcionamento  aquando  do  estudo  anterior,  mas  não  tendo  sido 

identificadas  na  investigação,  parece  sensato  concluir  que  existiu  alguma  expansão  do 

sector do ensino superior regional nos últimos cinco anos.  

Tabela 2: Número de instituições do ensino superior por país 

País  Número de 

universidades 

financiadas 

publicamente 

Número de 

universidades/colégios 

técnicos financiados 

publicamente 

Número de 

universidades e 

colégios 

acreditados 

financiados 

privadamente 

Outras 

instituições do 

ensino 

superior 

Angola  6  Sem dados Sem dados 

Botsuana  2  23 7

República 

Democrática  do 

Congo 

36  416 140

Lesoto  1  3 9

Madagáscar  6  2 55

Malawi  3  0 7

Ilhas Maurícias  11  0 55

Moçambique  4  9 13

Namíbia  1  1 2

Ilhas Seicheles  1  0 0

África do Sul  17  6 118 50 (colégios 

FET*) 

Suazilândia  1  1 2

Tanzânia  8  11 22

Zâmbia  3  43 32 239 

(TEVETA)** 

Zimbabué  9  0 5

Total  109  515 467 289

* Colégios de educação e formação adicional (FET) 

** Autoridade da Formação Empresarial e Vocacional e do Ensino Técnico (TEVETA) 

Foi  solicitado aos ministérios da educação que  indicassem a proporção do  total do  corpo 

estudantil matriculado em universidades públicas. Nove ministérios forneceram respostas e 

a proporção variou entre 49% e 80% de alunos. A média nos nove países foi de 64%. Assim, 

embora o número de  instituições privadas do ensino superior esteja a aumentar, a maior 

parte dos alunos na região permanece matriculada no sector público do ensino superior.  

O ensino superior público na SADC continua a ser dominado pelo fornecimento de contacto. 

Embora  os  alunos  de  contacto  representassem  aproximadamente  72%  de  todas  as 

matrículas em  2006,  em  2010  os  números  fornecidos pelas universidades  indicavam que 

aproximadamente 84% dos alunos são alunos de contacto. É necessário salientar que nem 

todas as universidades foram capazes de fornecer uma descriminação dos seus alunos por 

modo de instrução, pelo que os totais apresentados na Tabela 3 são um pouco mais baixos 

do que nas tabelas posteriores.  

Page 38: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

38

Tabela 3: Números de alunos por modo de instrução 

País  Número de alunos 

directos 

Número de alunos 

à distância 

Número de alunos 

a tempo inteiro 

Número de alunos 

a tempo parcial 

Angola  47.373  0 47.373 0 

Botsuana  14.180  505 11.566 2.614

República 

Democrática  do 

Congo 

65.375  0  62.142  0 

Lesoto  12212  0 Sem dados Sem dados

Madagáscar  45.360  50 45.183 177 

Malaui  8.633  1.232 9.393 5.283

Ilhas Maurícias  13.444  1.232 9.393 5.283

Moçambique  16.714  2070 42.782 16.314

Namíbia  21.664  5.365 10.921 7.780

Ilhas Seicheles  Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados

África do Sul  518.797  126.212 Sem dados Sem dados

Suazilândia  3.779  1.744 3.561 1.962

Tanzânia  28.734  5.176 26.426 12.099

Zâmbia  18.477  5.948 17.734 1.207

Zimbabué  18.755  11.604 28.878 2.789

Total  833.497 

(84%) 

161.138

(16%) 315.352  55.508 

 

O desafio enfrentado pelas universidades e outras instituições do ensino superior na região 

da SADC para satisfazer a procura crescente por vagas tem sido amplamente documentado 

e  foi  abordado  brevemente  na  secção  de  análise  da  literatura  acima.  Parte  do  estudo 

procurou obter um entendimento empírico acerca dos desafios de acesso nas universidades 

incluídas  na  amostra.  Assim,  foi  solicitado  às  universidades  que  indicassem  quantas 

candidaturas  receberam para  licenciaturas, quantos novos  alunos do primeiro  ano  foram 

admitidos, quantas matrículas foram recebidas para pós‐graduações e o número de novos 

alunos de pós‐graduação admitidos. Os totais, a nível nacional, são apresentados abaixo.  

Tabela 4: Procura por ensino superior na região da SADC 

País  Número de 

candidaturas para 

licenciatura 

Número de novos 

alunos do primeiro 

ano de licenciatura 

admitidos 

Número de 

candidaturas para 

pós‐graduação 

Número de novos 

alunos de pós‐

graduação aceites 

Angola  Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados

Botsuana  7.184  5.006 892 515 

República 

Democrática  do 

Congo 

15.863  11.032  1.075  471 

Lesoto  4.336  1.735 247 141 

Madagáscar  50.819  16.474 Sem dados 1.098

Malaui  13.098  2.081 2.000 474 

Ilhas Maurícias  8.000  4.993 2.500 2.290

Page 39: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

39

País  Número de 

candidaturas para 

licenciatura 

Número de novos 

alunos do primeiro 

ano de licenciatura 

admitidos 

Número de 

candidaturas para 

pós‐graduação 

Número de novos 

alunos de pós‐

graduação aceites 

Moçambique  12.726  10.546 639 306 

Namíbia  26.612  8.059 2.296 1.201

Ilhas Seicheles  Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados

África do Sul*  343.784  71.095 33.801 27.362

Suazilândia  4.454  1.869 142 113 

Tanzânia  29.917  17.146 9.111 4.155

Zâmbia  16.640  7.640 1.471 458 

Zimbabué  25.465  12.552 5.013 1.801

Total da SADC  558.898  170.228 59.187 40.385

* Dados fornecidos por 12 das 23 universidades públicas; números da UNISA5 incluídos. 

Como  nem  todas  as  universidades  forma  capazes  de  fornecer  dados  relativamente  ao 

número de candidaturas e números de novos alunos matriculados, os valores apresentados 

na Tabela 4 devem ser vistos como  indicativos das tendências relacionadas com a procura 

do ensino  superior. A nível  regional, aproximadamente 30% dos que  concorreram a uma 

licenciatura  matricularam‐se  efectivamente  e  68%  dos  que  concorreram  a  uma  pós‐

graduação  matricularam‐se.  Estes  dados  confirmam  assim  os  relatórios  da  literatura  e 

imprensa  que  documentam  a  elevada  procura  não  satisfeita  relativamente  ao  ensino 

superior  em  países  da  SADC.  Dados  os  níveis  persistentes  relativamente  elevados  de 

desemprego,  em  particular  o  desemprego  jovem,  a  região  necessita  encontrar  soluções 

inovadoras para este desafio de procura. É pouco provável que a procura do ensino superior 

possa ser satisfeita sem um sector do ensino superior privado cada vez mais activo.  

Quando questionados se tinham planos para abrir novas universidades, 12 dos ministérios 

responderam  afirmativamente.  Em  todos  os  casos  isso  exigiria  investimentos  numa  nova 

infra‐estrutura.  Dados  os  desafios  de  financiamento  abordados  no  Capítulo  3  e 

posteriormente  neste  capítulo,  a  criação  de  novas  universidades  teria  um  impacto 

significativo,  não  apenas  noutros  sectores  da  sociedade  e  economia,  como  também  nas 

instituições do ensino superior existentes. Isto  já está a ser sentido na África do Sul, pois a 

criação  de  duas  novas  universidades  está  a  ter  efeitos  económicos  nas  universidades 

existentes. 

Perfil dos alunos 

Com  base  nos  dados  disponíveis,  existem  aproximadamente  1,3  milhões  de  alunos 

matriculados em universidades públicas na região. A África do Sul é, de longe, o país com o 

número mais  elevado  de  alunos matriculados,  seguindo‐se  a  República  Democrática  do 

Congo, Tanzânia, Moçambique, Angola e Madagáscar. Em média, nos 15 países na região, 

51%  dos  alunos matriculados  são  do  sexo  feminino  e  49%  são  do  sexo masculino.  Isso 

5 A UNISA  (Universidade da África do Sul) é uma universidade de ensino à distância com acesso aberto que representa aproximadamente um terço das matrículas na África do Sul.  

Page 40: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

implica 

regiona

área, co

pois  nã

Namíbia

do  sexo

elevado

Repúbli

alunos d

Figura 1

Quando

emerge

prováve

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mais  pr

agricult

 

um equilíb

al oculta alg

omo é most

ão  existiam

a, África do

o  feminino 

os de aluno

ica Democr

do sexo ma

1: Proporção 

o o  género 

em maiores

el que os a

(mais prova

rovável  que

tura, ciência

brio de géne

gumas dispa

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m  dados  d

o Sul e Suaz

do que do

os do sexo m

ática do Co

asculino). 

de alunos p

dos  aluno

s  disparidad

lunos do se

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e  os  aluno

as, engenha

ero relativam

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gura abaixo 

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zilândia pos

o  sexo masc

masculino, 

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por género p

s matricula

des  entre  g

exo  feminin

enfermagem

s  do  sexo 

aria e tecno

 

mente sólid

mportantes 

(note que 

para  estes

ssuem núm

culino. Os  r

com as dis

de alunos do

or país 

ados nas di

géneros.  A 

no se matri

m) e as hum

masculino 

logia. 

do a nível re

em termos

Angola e as

s  dois  país

eros levem

restantes p

paridades m

o sexo mas

ferentes  ár

Figura  2  d

icule nas ár

manidades 

se matricu

egional. No 

 de género

s Ilhas Seich

es).  Lesoto

ente mais e

aíses possu

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reas de  est

demonstra 

reas da edu

e ciências s

ulem  nas  ár

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o no país a 

heles são ex

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elevados de

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Madagáscar 

tudo  é  com

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40

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nível da 

xcluídas, 

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e alunos 

ros mais 

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(83% de 

mparado, 

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ncias da 

quanto é 

tudo  de 

Page 41: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 2

Relativa

matricu

corpo e

no seu 

atentam

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Capítulo

Tabela 5

Pa

Angola 

Botsuana

República

Democrá

Congo 

Lesoto 

Madagás

Malaui 

Ilhas Mau

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Namíbia 

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África do

Suazilând

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aís 

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o Sul 

dia 

 

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de alunos p

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nas universi

a a regiona

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47.

13.

70.

12.

43.

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826

5.4

12.

a Tabela 5 sãos foram capaz

por principal 

ade,  com 

des públicas

por alunos

nos interna

Tabela 5 p

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lização.  

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s nacionais

.353 

.837 

.564 

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556 

704 

.130 

.827 

dados 

6.817 

451 

.099 

o mais baixos zes de fornece

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s na  região

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permite con

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udo e género

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ste assunto 

SADC

0

309

11 

108

0

75

4

0

2.031

em dados

46.204

62

49

ras tabelas, pes sobre a nac

sponíveis 6 , 

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m num país

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Outra

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20 

539 

117 

19 

490 

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Sem dados 

19.915 

10 

302 

as as universidos seus alunos

41

 

alunos 

s  4% do 

que não 

do mais 

nos não 

mente no 

ades

dades que s.  

Page 42: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Pa

Zâmbia 

Zimbabu

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Perfil d

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pós‐gra

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Figura 3

 

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a, então a p

rículas em m

obre  a  pro

pante.  

3: Distribuiçã

Cidadãos

21.

26.

1.17

culas 

alunos na r

em licencia

xiste uma p

do  nível  d

nos de mest

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proporção d

mestrados e

odução  de 

ão proporcio

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.982 

.535 

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de alunos d

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onal de aluno

 

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do,  com  ap

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de alunos 

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ento  menc

os matricula

SADC

92

131

49.076

‐se largame

m 69% de to

unos matric

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os (consulta

de pós‐grad

uras aumen

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dos por níve

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ar a Figura 3

duação. Se 

nta para 87%

 (consultar 

ima,  esta 

el de estudo 

as nacionalida

23 

21.779 

el das licenc

trículas. No 

programas

e matrícula

3). A África 

a África do

% e a perce

a Figura 4)

é  uma  te

 

42

ades

ciaturas, 

nível de 

s de pós‐

as  a  ser 

do Sul é 

o Sul for 

entagem 

. Dado o 

endência 

Page 43: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 4

A  Figur

nível de

nas  áre

estudo.

Figura 5

Quando

sobre  o

1

1

2

2

3

3

4

Número de alunos matriculados

4: Proporçõe

ra  5  discrim

e qualificaç

eas do  com

.  

5: Matrículas

o comparam

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0

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100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

N

s de alunos 

mina mais  d

ção e área d

ércio,  gestã

s por nível de

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de  alunos 

Licenciatura

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por nível de

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de estudo. 

ão e direito

e estudos e p

os de 2006

matriculad

Pós‐gradMestdos

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Na Figura 

o  são  clara

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6 do primei

dos  por  pr

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5 as matríc

mente evid

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rincipal  áre

Mestrado eDoutoramen

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o (todos os p

de criação d

ea  de  estu

eto

Agricultura

Comércio, Ge

Educação

Ciências da Sa

Humanidades

Ciências, Enge

Outra

ículas sul‐afr

r  as matrícu

ente propo

todos os n

países da SAD

de perfil da

do  com  os

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aúde

s e Ciências So

enharia e Tec

43

ricanas  

 

ulas  por 

orcionais 

níveis de 

DC) 

 

a SARUA 

s  dados 

o

ociais

nologia

Page 44: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

recolhid

matrícu

sido mu

ciências

saúde, 

perman

região. 

na  área

tendênc

Figura 6

Embora

aument

perman

 

7 No primciências smatrículaagricultu

dos neste e

ulas em  tod

uito pequen

s, engenhar

este  nível 

nece  um  m

Também m

a  da  tecno

cias longitu

6: Matrículas

a  o  número

tado entre 

neceu assina

meiro estudo sociais, e a agas na área dara adicionada

studo (para

das as áreas

no (2.910 al

ria e tecnolo

de matrícu

motivo  de 

motivo de p

ologia  sere

dinais eme

s por principa

o  absoluto 

2006 e 201

alavelment

de  criação dgricultura fazi educação doa as ciências, e

a o ano lecti

s de estudo

lunos). Emb

ogia fosse a

ulas  nas  ár

preocupaçã

reocupação

em  da  resp

rgentes são

al área de es

de  alunos 

0, a distribu

e constante

 

e perfil, a eda parte das cos dados de 2engenharia e t

ivo de 2010

o, embora 

bora o aum

algo superio

reas  das  ciê

ão  dada  as

o é o facto 

ponsabilida

o apresenta

studo, 2006 

matriculad

uição relativ

e.  

ducação  foi  inciências, enge2010 foram adtecnologia na

0), demonst

o aumento

ento do nú

or (em 38.5

ências  e  re

s  necessida

de em 201

ade  das  un

das na Figu

e 2010 

dos  por  pri

va de aluno

ncluída  como nharia e tecndicionadas às  Figura 6.

ra um aum

o nas ciênci

mero de al

23) do que 

elacionadas 

ades  de  de

0, 76% de t

niversidades

ra 67. 

incipal  área

os por princi

uma parte daologia. Para fhumanidades

ento em te

ias da  saúd

unos nas á

para as ciê

  com  a  tec

esenvolvime

todas as ma

s  sul‐africa

a  de  estud

ipal área de

as humanidafins de compas e ciências so

44

rmos de 

de  tenha 

reas das 

ncias da 

cnologia 

ento  da 

atrículas 

anas.  As 

 

o  tenha 

e estudo 

des e das aração, as ociais, e a 

Page 45: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 7

As Tabe

estudo 

Tabela 6

País 

Angola 

Botsuana

República

Democrá

7: Distribuiçã

elas 6 a 12 

e nível de e

6: Matrículas

Licenci

ra 

Sem da

a  905

átic

667

ão proporcio

fornecem d

educação pa

s por nível d

iatu Pó

gradu

(até,

exclu

mestr

ados Sem d

5  0

7  31

onal de matrí

detalhes ad

ara cada um

e estudo em

ós‐

uação 

 mas 

uindo 

rados) 

Mes

dados  S

da

14 

ículas por pr

dicionais ace

m dos 15 pa

m agricultura

strado Dou

Sem 

ados 

Sem

38

25

rincipais áre

erca das ma

íses na regi

utoramen

to  d

m dados

0

4

as de estudo

atrículas po

ão da SADC

Pós‐

doutoramen

to 

Sem dados

0

0

o em 2006 e

 

 

or principal 

C.  

Outra 

Sem 

dados 

45

 2010 

área de 

Total

Sem 

dados 

943

1.010

Page 46: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

46

País  Licenciatu

ra 

Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

mestrados) 

Mestrado Doutoramen

to 

Pós‐

doutoramen

to 

Outra  Total

a do Congo 

Lesoto  534  0  5 0 0 1  540

Madagáscar  276  186  141 0 0 0  603

Malaui  883  0  66 10 0 0  959

Ilhas 

Maurícias 

320  0  25 17 0 0  362

Moçambiqu

762  0  0 0 0 0  762

Namíbia  498  115  15 4 0 0  632

Ilhas 

Seicheles 

Sem dados Sem dados  Sem 

dados 

Sem dados Sem dados  Sem 

dados 

Sem 

dados 

África do 

Sul 

8.983  3 270  1.794 467 sem dados 0  14.514

Suazilândia  949  0  29 0 0 0  978

Tanzânia  640  0  101 10 0 0  751

Zâmbia  558  0  18 0 0 0  576

Zimbabué  1.450  0  29 3 0 0  1.482

Total  17.425  3.885  2.286 515 0 1  24.112

Tabela 7: Matrículas por nível de estudo em comércio, gestão e direito 

País  Licenciatur

Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

Mestrado) 

Mestrado Doutora

mento 

Pós‐

doutora

mento 

Outra  Total

Angola  10.037 160  270 0 0 0  10.467

Botsuana  2.451  0  175 0 0 0  2.626

República 

Democrática 

do Congo 

16.609 4.333  27 4 0 2.857  23.830

Lesoto  1.041  77  0 0 0 0  1.118

Madagáscar  14.948 4.930  1.409 53 0 76  21.416

Malaui  724  46  41 0 0 0  811

Ilhas 

Maurícias 

2.664  3  350 13 0 0  3.030

Moçambique  10.734 0  25 0 0 0  10.759

Namíbia  10.992 134  132 6 5 509  11.778

Ilhas 

Seicheles 

Sem dados  Sem dados Sem dados Sem 

dados 

Sem 

dados 

Sem 

dados 

Sem dados

África do Sul  237.929 58.010  28.449 1.540 sem 

dados 

0  325.928

Suazilândia  1.802  0  0 0 0 0  1.802

Tanzânia  9.935  1.035  2.528 24 0 0  13.522

Page 47: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

47

País  Licenciatur

Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

Mestrado) 

Mestrado Doutora

mento 

Pós‐

doutora

mento 

Outra  Total

Zâmbia  3.335  0  452 0 0 0  3.787

Zimbabué  12.585 479  1.982 47 0 0  15.093

Total  335.786  69.207  35.840  1.687  5  3.442  445.967 

Tabela 8: Matrículas por nível de estudo em educação 

País  Licenciatura  Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

Mestrado) 

Mestrado Doutoramento Pós‐

doutoramento 

Outra Total

Angola  Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados  Sem 

dados 

Sem dados

Botsuana  1.710 137  352 12 0  0 2.211

República 

Democrática 

do Congo 

1.432 430  10 5 0  0 1.877

Lesoto  1.932 39  4 0 0  0 1.975

Madagáscar  776  471  221 0 0  0 1.468

Malaui  1.084 0  32 0 0  0 1.116

Ilhas 

Maurícias 

567  2  108 0 0  0 677

Moçambique  33.679 0  587 0 0  0 34.266

Namíbia  2.029 65  94 10 1  0 2.199

Ilhas 

Seicheles 

Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados  Sem 

dados 

Sem dados

África do Sul  64.156 51.770  28.292 1.194 sem dados  0 145.412

Suazilândia  436  155  52 0 0  0 643

Tanzânia  14.569 61  96 1 0  0 14.727

Zâmbia  7.030 0  57 4 0  0 7.091

Zimbabué  4.350 46  330 213 0  0 4.939

Total  133.750 53.176  30.235 1.439 1  0 218.601

Tabela 9: Matrículas por nível de estudo em ciências da saúde 

País  Licenciatura  Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

Mestrado) 

Mestrado Doutoramento Pós‐

doutoramento 

Outra Total

Angola  1.394 0  24 0 0  0 1.418

Botsuana  498  0  37 0 0  0 535

República 

Democrática 

8.674 5.683  29 21 0  102 14.509

Page 48: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

48

País  Licenciatura  Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

Mestrado) 

Mestrado Doutoramento Pós‐

doutoramento 

Outra Total

do Congo 

Lesoto  674  0  0 0 0  0 674

Madagáscar  3.051 0  0 0 0  0 3.051

Malaui  1.163 59  49 0 0  0 1.271

Ilhas 

Maurícias 

7  0  17 0 0  0 24

Moçambique  1.445 0  52 0 0  0 1.497

Namíbia  1.368 44  32 15 0  0 1.459

Ilhas 

Seicheles 

Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados  Sem 

dados 

Sem dados

África do Sul  13.187 27.441  8.923 1.064 Sem dados  0 50.615

Suazilândia  425  0  0 0 0  0 425

Tanzânia  1.628 0  302 4 1  0 1.935

Zâmbia  1.009 12  44 0 0  0 1.065

Zimbabué  1.975 3  32 5 0  0 2.015

Total  36.498 33.242  9.541 1.109 1  102 80.493

 Tabela 10: Matrículas por nível de estudo em humanidades e ciências sociais

País  Licenciatura  Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

Mestrado) 

Mestrado Doutoramento Pós‐

doutoramento 

Outra Total

Angola  28.557 0  196 0 0  0 28.753

Botsuana  4.315 0  74 3 0  0 4.392

República 

Democrática 

do Congo 

13.706 3.987  61 29 0  0 17.783

Lesoto  3.687 0  65 4 0  0 3.756

Madagáscar  8.555 1.747  149 20 0  177 10.648

Malaui  1.628 21  64 13 0  0 1.726

Ilhas 

Maurícias 

2.080 2  212 35 0  0 2.329

Moçambique  5.929 0  139 3 0  0 6.071

Namíbia  2.461 116  101 18 0  0 2.696

Ilhas 

Seicheles 

Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados  Sem 

dados 

Sem dados

África do Sul  114.543 33.674  18.830 3.204 Sem dados  0 170.251

Suazilândia  1.278 0  10 0 0  0 1.288

Tanzânia  11.596 877  559 16 0  0 13.048

Zâmbia  4.144 0  65 0 0  0 4.209

Zimbabué  10.319 50  567 16 0  92 11.044

Page 49: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

49

País  Licenciatura  Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

Mestrado) 

Mestrado Doutoramento Pós‐

doutoramento 

Outra Total

Total  212.798 40.474  21.092 3.361 0  269 277.994

Tabela 11: Matrículas por nível de estudo em ciências, engenharia e tecnologia 

País  Licenciatura  Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

Mestrado) 

Mestrado Doutoramento Pós‐

doutoramento 

Outra Total

Angola  6.566 30  142 2 0  0 6.740

Botsuana  480  0  23 5 0  0 508

República 

Democrática 

do Congo 

6.151 1.331  16 11 524  0 8.033

Lesoto  1.032 0  1 0 0  0 1.033

Madagáscar  7.129 4.036  1892 64 0  0 13.121

Malaui  1.937 29  88 1 0  397 2.452

Ilhas 

Maurícias 

3.437 0  199 93 0  0 3.729

Moçambique  5.993 0  86 0 0  0 6.079

Namíbia  3.089 245  38 29 4  0 3.405

Ilhas 

Seicheles 

Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados  Sem 

dados 

Sem dados

África do Sul  125.852 38.347  17.888 4.118 Sem dados  0 186.205

Suazilândia  363  0  24 0 0  0 387

Tanzânia  7.852 607  202 14 0  0 8.675

Zâmbia  5.981 0  7 1 0  0 5.989

Zimbabué  4.832 422  337 22 0  0 5.613

Total  180.694 45.047  20.943 4.360 528  397 251.969

 

Tabela 12: Matrículas por nível de estudo noutras áreas de estudo 

País  Licenciatur

Pós‐

graduação 

(até, mas 

excluindo 

Mestrado) 

Mestrado Doutora

mento 

Pós‐

doutora

mento 

Outra  Total

Angola  0  0  0 0 0 0  0

Botsuana  248  0  0 0 0 0  248

República 

Democrática 

do Congo 

106  635  0 4 0 264  1.009

Lesoto  3.909  0  41 0 0 0  3.950

Madagáscar  157  0  0 0 0 0  157

Page 50: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Malaui 

Ilhas 

Maurícia

Moçamb

Namíbia 

Ilhas 

Seicheles

África do

Suazilând

Tanzânia

Zâmbia 

Zimbabu

Total 

Perfil d

À seme

de  inve

início d

académ

excluído

excluída

2006  d

masculi

em term

do sexo

Figura 8

0

67

bique  29

1.6

Sem d

o Sul  0

dia  0

  8

20

é  38

7.7

do pessoa

elhança do p

estigação  p

o estudo de

mico  e  de  i

os. Vemos 

a)  são do  s

demonstrara

ino  (Butche

mos de gén

o feminino e

8: Distribuiçã

76 

96 

674 

dados  Se

82 

08 

85 

741 

al 

perfil dos al

permanece 

e criação de

investigação

que 70% do

sexo mascu

am  que  o 

er et al. 200

nero també

em 2006 pa

ão por géner

m dados

645 

lunos, o per

irregular,  e

e perfil. A F

o  em  todo

os membro

ulino.  Isto  r

pessoal  a

08:101). Co

ém melhora

ra 42% de m

ro de membr

0

78

0

17

Sem dados

0

0

16

0

0

152

rfil do géne

embora  te

Figura 8 mo

os  os  países

os académic

representa 

académico 

om os dado

aram  ligeira

membros d

ros do pesso

0

1

0

0

Sem 

dados 

0

0

0

0

0

5

ero dos mem

nha  melho

stra a distri

s  da  SADC,

co e de inve

uma quebr

e  de  inve

os  sul‐africa

amente, de 

o pessoal d

oal académic

0

0

0

0

Sem 

dados 

0

0

0

0

0

0

mbros do pe

rado  sensiv

ibuição por

,  com  os  d

estigação (c

ra de  5,5%,

stigação  er

anos excluíd

39% de me

o sexo fem

co/de invest

419 

Sem 

dados 

S

636 

28 

1.347 

essoal acad

velmente  d

r género do

dados  sul‐a

com a Áfric

, pois os  d

ra  75,5%  d

dos, as pro

embros do 

inino em 20

tigação  

50

0

757

296

2.110

Sem dados

0

0

734

216

413

9.890

démico e 

desde  o 

 pessoal 

fricanos 

a do Sul 

ados de 

do  sexo 

oporções 

pessoal 

010.  

 

Page 51: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

51

As Tabelas 13 e 14 fornecem os detalhes sobre o género e tipo de emprego dos membros 

do pessoal académico/de investigação e administrativo/de gestão.  

Tabela  13:  Distribuição  por  género  de  pessoal  académico/de  investigação  permanente  e 

temporário 

País  Permanente (sexo feminino) 

Permanente (sexo masculino) 

Temporário(sexo feminino) 

Temporário(sexo masculino) 

Angola  217  641 0 0

Botsuana  180  301 136 189

República Democrática do Congo 

76  822 11 128

Lesoto  Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados

Madagáscar  332  713 563 806

Malaui  164  542 8 56

Ilhas Maurícias  239  20 50 3

Moçambique  215  718 84 220

Namíbia  475  536 253 444

Ilhas Seicheles  Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados

África do Sul  7.307  9.291 14.219 15.510

Suazilândia  86  89 21 78

Tanzânia  859  2.709 25 163

Zâmbia  88  201 90 478

Zimbabué  465  1.296 166 545

Total  10.703  17.879 15.626 18.620

Tabela  14:  Distribuição  por  género  de  pessoal  académico/administrativo  permanente  e 

temporário 

País  Permanente (sexo feminino) 

Permanente(sexo masculino) 

Temporário(sexo feminino) 

Temporário(sexo masculino) 

Angola  379  350  0  0 

Botsuana  586  507  146  224 

República Democrática do Congo  566  1.441  13  44 

Lesoto  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

Madagáscar  443  859  314  394 

Malaui  240  928  6  10 

Ilhas Maurícias  611  26  244  9 

Moçambique  249  346  96  150 

Namíbia  270  194  77  73 

Ilhas Seicheles  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

África do Sul  15.633  9.572  26.793  22.267 

Suazilândia  25  32  3  8 

Tanzânia  1.250  1716  93  214 

Page 52: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

52

País  Permanente (sexo feminino) 

Permanente(sexo masculino) 

Temporário(sexo feminino) 

Temporário(sexo masculino) 

Zâmbia  147  392  325  663 

Zimbabué  918  1.186  23  95 

Total  21.317  17.549  28.133  24.151 

À semelhança do que acontece com as tendências vistas acima relativas à nacionalidade dos 

alunos, a maior parte dos membros do pessoal empregados em universidades públicas na 

região da SADC são cidadãos nacionais dos países nos quais estão a  trabalhar. Em  termos 

dos membros  do  pessoal  académico  e  de  investigação,  87%  são  cidadãos  nacionais,  2% 

oriundos de outros países da SADC e 11% de países de fora da SADC. Assim, a mobilidade do 

pessoal académico internacional fora da SADC é superior à da existente no interior da SADC. 

Quase  todos  os  membros  do  pessoal  da  gestão  e  administrativo  (94%)  são  cidadãos 

nacionais. As Tabelas 15 e 16 fornecem dados sobre a nacionalidade do pessoal por país da 

SADC.  Relativamente  à mobilidade  dos  académicos  da  SADC,  apenas  a África  do  Sul  e  o 

Botsuana possuem uma proporção relativamente grande de membros do pessoal de outros 

países  da  SADC.  Angola  possui  um  número  relativamente  elevado  de  académicos 

internacionais, mas não existia qualquer registo de académicos da região.  

Tabela 15: Nacionalidade dos membros do pessoal académico/de investigação da SADC  

País  Cidadãos nacionais  SADC Outras nacionalidades 

Angola  1.329  0 172

Botsuana  514  102 190

República Democrática  do Congo 

2.701  0  8 

Lesoto  Sem dados  Sem dados Sem dados

Madagáscar  1.163  0 0

Malaui  843  6 41

Ilhas Maurícias  304  0 8

Moçambique  2.440  17 121

Namíbia  783  75 45

Ilhas Seicheles  Sem dados  Sem dados Sem dados

África do Sul  15.110  481 3.325

Suazilândia  183  25 66

Tanzânia  3.884  5 69

Zâmbia  807  9 41

Zimbabué  2.407  16 33

Total  32.468  736 4.119

 

Tabela 16: Nacionalidade dos membros do pessoal de gestão/administração da SADC 

País  Cidadãos nacionais  SADC Outras nacionalidades 

Angola  1.602  0 0

Botsuana  1.400  25 40

República Democrática  do Congo 

2.065  0  0 

Lesoto  Sem dados  Sem dados Sem dados

Page 53: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Pa

Madagás

Malaui 

Ilhas Mau

Moçamb

Namíbia 

Ilhas Seic

África do

Suazilând

Tanzânia

Zâmbia 

Zimbabu

Total 

A  prop

principa

humani

diferem

5), onde

direito, 

tecnolo

aprend

9 forne

área de

Figura 9

 

aís  C

scar 

urícias 

bique 

cheles 

o Sul 

dia 

 

é 

porção  mai

ais  áreas  d

idades  e  c

m em parte 

e o número

seguido  p

ogia. As dife

izagem, tais

ce um resu

e estudo e a

9: Distribuiçã

Cidadãos nac

2.160 

1.189 

813 

3.238 

542 

Sem dado

68.900 

60 

3.542 

1.527 

2.201 

89.239 

s  elevada 

de  estudo 

iências  soc

da distribu

o mais eleva

pelas  huma

erenças são 

s como o tr

umo da dist

a Tabela 17 

ão do pessoa

ionais 

os 

de  pessoa

das  ciência

ciais  (21%) 

ição de alu

ado de alun

nidades  e 

compreens

rabalho prát

tribuição do

apresenta u

al académico

 

SADC

0

0

0

3

5

Sem dados

1.862

4

0

0

0

1.899

al  académi

as,  engenh

e  comérci

nos por pri

nos encontr

ciências  so

síveis devid

tico e de la

o pessoal ac

uma discrim

o e de invest

Outras

S

co  e  de  i

aria  e  tecn

o,  gestão 

ncipal área 

ra‐se matric

ociais  e  po

o às diferen

boratório e

cadémico e

minação por

tigação por p

nacionalidad

0

4

7

6

3

em dados

3.274

4

0

0

0

3.338

nvestigação

nologia  (27

e  direito  (

de estudo 

culado em c

or  fim  ciênc

ntes necess

exigido pela

e de  investig

r país da SA

principais áre

des 

o  encontra

7%),  seguid

18%).  Este

(consultar 

comércio, g

cias,  engen

sidades de e

as ciências. A

gação por p

DC.  

eas de estud

53

a‐se  nas 

da  pelas 

s  dados 

a Figura 

gestão e 

nharia  e 

ensino e 

A Figura 

principal 

do 

 

Page 54: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

54

Tabela 17: Número de membros do pessoal académico e de  investigação por principais áreas de 

estudo 

País  Agricultura  Comércio, 

gestão e 

direito 

Educação Ciências 

da saúde 

Humanidades 

e ciências 

sociais 

Ciências, 

engenharia 

e tecnologia 

Outra

Angola  0  270  0 153 627  451  0

Botsuana  0  81  165 73 226  261  0

República 

Democrática do 

Congo 

46 527  140 537 973  353  288

Lesoto  0  0  0 0 0 0  0

Madagáscar  49 107  85 67 153  509  921

Malaui  144 58  76 192 166  254  0

Ilhas Maurícias  19 51  1 142 64  10  4

Moçambique  4  185  0 256 354  442  51

Namíbia  82 244  223 81 88  292  666

Ilhas Seicheles  Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados  Sem dados Sem dados

África do Sul*  416 3.529  1.204 1.973 3.206  5.182 0

Suazilândia  56 30  40 28 63  57  0

Tanzânia  177 385  155 357 422  566  1131

Zâmbia  77 68  159 319 153  258  5

Zimbabué  261 450  223 253 587  598  55

Total  1.331 5.985  2.471 4.431 7.082  9.233 3.121

*Os dados sul‐africanos são equivalentes a tempo inteiro (FTE) e não a contagem do número de presentes. 

Com  base  nos  dados  de  matrículas  de  alunos  e  nos  números  pessoal  académico/de 

investigação,  foram  estimadas  taxas de  alunos por  funcionário para  a  região.  Estas  taxas 

estimadas apontam para algumas  tendências potencialmente preocupantes  relativamente 

um  elevado  número  de  matrículas  sem  o  número  necessário  de  membros  do  pessoal 

académico/de  investigação necessário para  fornecer um ensino de qualidade. Notável é a 

taxa de um membro do pessoal para 88,5 alunos na área do ensino e de um membro do 

pessoal para 74,5 alunos na área do comércio, gestão e direito. A taxa relativamente baixa 

em termos das ciências da saúde é mais positiva, pois as disciplinas clínicas requerem um 

grau mais elevado de interacção entre o pessoal e os alunos. A taxa em termos das ciências 

humanas  e  sociais  é  relativamente  baixa  em  comparação  com  a  área  do  ensino  e  do 

comércio, gestão e direito, e isto talvez aponte para um excesso de pessoal em detrimento 

de outras áreas.  

 

Page 55: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 1

Infelizm

seus m

várias  u

disponí

razão, n

com  d

discrim

foram f

membr

estimat

os  dad

perman

compar

 

10: Alunos es

mente  os  da

embros do

universidad

veis dados 

não  foram 

iferentes  n

inação por 

fornecidos 

ros do pesso

tivas indicat

dos.  Contud

neceu  cons

rados (Figur

stimados: ta

ados  forne

o pessoal  ac

des  a  não  s

para Angol

apresentad

níveis  de 

país. No e

numa tenta

oal académ

tivas e seria

do,  a  prop

sideravelme

ra 11). 

xas de pesso

cidos  pelas

cadémico  e

serem  capa

a, Botsuana

dos os núm

qualificaçõ

ntanto,  for

ativa de apr

ico na regiã

a necessária

porção  de 

ente  consis

 

oal a nível re

s  universida

e de  investi

azes  de  for

a, Lesoto, Il

eros absolu

es,  não  te

ram calcula

resentar um

ão. Estas pr

a uma maio

membros 

stente  quan

egional 

ades  relativ

igação  eram

rnecer  esta

has Mauríc

utos em  ter

endo  tamb

das propor

m quadro d

roporções d

or investigaç

do  pessoa

ndo  os  da

vamente  às

m bastante 

as  informaç

ias e Ilhas S

rmos de me

bém  sido 

rções utiliza

os níveis de

devem ser v

ção para ve

al  por  níve

dos  de  20

s  qualificaç

  incomplet

ções.  Não  e

Seicheles. P

embros do 

apresentad

ando os da

e qualificaç

vistas apena

erificar e co

el  de  qua

006  e  2010

55

 

ões  dos 

os,  com 

estavam 

Para esta 

pessoal 

da  uma 

dos que 

ções dos 

as como 

ompletar 

lificação 

0  foram 

Page 56: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 1

em 2006

Foi solic

actualm

represe

univers

significa

acima. 

saúde, 

pessoal

académ

identific

provave

actualm

novo.  A

instituc

(Butche

 

11: Mais alto

6 e 2010  

citado às un

mente  enfr

entando  1 

idades  forn

ativas,  em 

As maiore

ciências,  e

l:aluno na  á

mico),  foram

cadas para 

elmente  a 

mente não 

A menor  gr

cional, estan

er et al. 200

o elevado de

niversidade

rentam.  Fo

sem  neces

neceram  os

especial  em

s  necessida

engenharia 

área do en

m  comuni

as ciências

necessidad

é possível  s

rau  de  nec

ndo consist

08: 101).  

e qualificaçã

s que reflec

oi  utilizada

ssidade  e  5

s  dados, m

m  compara

ades  de  pe

e  tecnolo

sino  ser m

cadas  pou

s da  saúde 

de  de  aum

sem o  inve

essidade  d

ente com o

 

ão de memb

ctissem sob

a  uma  esc

5  com  um

mas  as méd

ação  com  a

essoal  foram

ogia,  comér

muito elevad

ucas  neces

e ciências,

entar  a  m

estimento  s

e  pessoal  f

os resultado

bros do pess

bre o grau d

cala  de  1 

a  necessid

ias  em  nív

as  taxas  de 

m  registada

rcio,  gestão

da  (88,5  alu

ssidades  ne

 engenhari

atrícula  de

significativo

foi  detecta

os do estud

soal académ

da necessida

a  5  par

ade  extrem

eis  naciona

pessoal:  a

as  nas  área

o  e  direito

unos por m

esta  área. 

a e  tecnolo

alunos  ne

no  recruta

do  na  área

o anterior d

mico/de  inve

ade de pess

ra  as  estim

ma.  Nem  t

ais  e  region

aluno  apres

as  das  ciên

o.  Apesar 

membro do 

As  neces

ogia  indicam

estas  áreas

amento de 

a  da  admin

de criação d

56

estigação 

 

soal que 

mativas, 

odas  as 

nais  são 

sentadas 

ncias  da 

da  taxa 

pessoal 

ssidades 

m muito 

,  o  que 

pessoal 

nistração 

do perfil 

Page 57: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 1

Na Tabe

variado

Botsuan

africano

membr

resultad

graves 

extrema

e  tecno

termos 

excepçã

Tabela 1

País 

Angola 

Botsuana

República

Democrá

do Congo

Lesoto 

Madagás

Malaui 

Ilhas 

Maurícia

Moçamb

12: Estimativ

ela 18 os re

o. Como é p

na,  Repúbl

os  tiveram 

ros  do  pess

dos  desagr

no Botsuan

a). O Lesoto

ologia.  A m

de  necess

ão das Ilhas

18: Estimativ

Agric

Sem

a  Sem

ática 

Sem

3

scar  3

1

bique  5

vas regionais

esultados sã

possível con

ica  Democ

por  base  a

soal  das  ciê

regados  ab

na, Lesoto e

o também a

maior  parte 

sidades  de

s Maurícias,

vas do grau d

cultura  C

m dados  S

m dados 

m dados  S

3,0 

3,0 

1,0 

5,0 

s do grau de 

ão apresent

nstatar na t

rática  do  C

as  resposta

ências  da  s

aixo  mostr

e Suazilândia

alcançou um

dos  países

  pessoal  n

 onde esta 

de necessida

Comércio, 

gestão e 

direito 

Sem dados

4,0 

Sem dados

3,0 

3,8 

2,5 

5,0 

necessidade

tados por p

tabela, não 

Congo,  Na

s  de  12  da

saúde  foram

ram  que  e

a, os quais 

ma avaliaçã

s  indicaram

nas  áreas 

área obteve

ades de pess

Educação

Sem dados

1,0

Sem dados

2,0

4,3

1

1,0

1,0

es de pessoa

país de mod

estavam d

míbia  e  Ilh

as  23  unive

m  identifica

estas  neces

têm todos 

o de 5 nas á

m  um  grau 

das  human

e uma avali

soal 

Ciências 

da saúde 

Sem 

dados 

5,0

Sem 

dados 

5,0

4,0

1

3,0

Sem 

al 

do a fornece

isponíveis d

has  Seichel

ersidades. A

adas  a  níve

ssidades  sã

uma média

áreas das ci

relativamen

nidades  e 

ação de 4.  

Humanidad

es e ciência

sociais 

Sem dados

1,0

Sem dados

3,0

2,7

1

4,0

1,0

er um quad

dados para 

les.  Os  dad

As  necessid

el  regional, 

ão  particula

a de 5 (nece

iências, eng

nte mais  ba

ciências  so

d

Ciência

engenha

e tecnolo

s  Sem dad

4,0 

s  Sem dad

5,0 

3,7 

3,0 

5,0 

57

 

dro mais 

Angola, 

dos  sul‐

ades  de 

mas  os 

armente 

essidade 

genharia 

aixo  em 

ociais,  à 

s, 

aria 

ogia 

Admin

o instit

dos Sem 

1

dos Sem 

4

2

Sem 

2

1

nistraçã

tucional 

dados

1,0

dados

4,0

2,0

dados

2,0

1,0

Page 58: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

58

País  Agricultura  Comércio, 

gestão e 

direito 

Educação Ciências 

da saúde 

Humanidad

es e ciências 

sociais 

Ciências, 

engenharia 

e tecnologia 

Administraçã

o institucional 

dados

Namíbia  Sem dados  Sem dados Sem dados Sem 

dados 

Sem dados  Sem dados Sem dados

Ilhas 

Seicheles 

Sem dados  Sem dados Sem dados Sem 

dados 

Sem dados  Sem dados Sem dados

África do Sul  2,3  2,5  2,3 3,3 2,6 3,3  2,8

Suazilândia  3,0  3,0  4,0 5,0 3,0 3,0  1,0

Tanzânia  Sem dados  3,0  4,0 3,3 2,3 3,0  1,5

Zâmbia  2,7  3,3  3,0 3,0 3,3 3,0  3,0

Zimbabué  2,6  2,7  1,7 2,6 2,3 3,6  1,4

Média  2,6  3,2  2,3 3,5 2,4 3,5  2,0

 

Padrões de financiamento 

O financiamento do ensino superior é um assunto que continua a ser alvo de muita atenção 

por parte da  literatura académica e de discussões políticas a nível  institucional, nacional, 

regional e  internacional  (consultar Capítulo 3). Na  sequência da crise económica global, a 

importância  de  compreender  as  tendências  de  financiamento  ganhou  uma  proeminência 

ainda maior. As  finanças do ensino estão associadas a quase  todas as outras questões do 

ensino superior, entre outras. O estudo de criação do perfil foi realizado para proporcionar 

uma  compreensão  ampla  acerca  do  financiamento  do  ensino  superior  na  região.  Foi 

colocado  um  conjunto  de  questões  aos  ministérios  da  educação  e  às  universidades 

relacionadas  com  os  seus  padrões  de  financiamento  e  despesas.  Nesta  secção  é 

apresentado  um  resumo  dos  resultados  e,  quando  possível,  são  comparados  com  as 

tendências  indicadas no estudo de criação do perfil prévio da SARUA. Devido em parte à 

natureza sensível do financiamento a nível nacional e institucional, assim como uma falta de 

estruturas de financiamento abrangentes na maioria dos países, a qualidade e a exactidão 

dos dados de financiamento obtidos em ambos os estudos de criação do perfil permanecem 

problemáticas. Apesar das várias tentativas durante a verificação, em muitos casos não foi 

possível aceder a dados de melhor qualidade. Como resultado, alguns dos dados que eram 

claramente inconsistentes ou imprecisos foram excluídos da análise. Os dados apresentados 

no  presente  documento  devem  ser  vistos  um  indicativo  de  tendências  abrangentes  de 

financiamento. No passado a SARUA realizou uma investigação especificamente centrada no 

financiamento que pode ser consultada mais detalhadamente (Pillay 2008).  

Com  base  nos  dados  disponíveis,  parece  que  a  percentagem  do  orçamento  nacional 

atribuída à educação  (todos os níveis) permaneceu  relativamente constante entre 2006 e 

2010. A principal excepção é o Lesoto que apresentou um gasto proporcional muito mais 

elevado na educação em 2010. Isto aumentou a média regional, como se mostra na Tabela 

Page 59: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

59

19.  No  total,  contudo,  parece  que  a  percentagem  de  gastos  do  estado  na  educação 

relativamente  estável.  Embora  a  pesquisa  indagasse  sobre  a  proporção  do  orçamento 

nacional para a educação reservado especificamente ao ensino superior, muitos ministérios 

não  forneceram dados para esta pergunta em específico e existem demasiados dados em 

falta para fazer uma avaliação significativa dos gastos com o ensino superior na região.  

Tabela 19: Gastos anuais com a educação (% do orçamento nacional total) 

País  2006 (%)  2007 (%) 2008 (%) 2009 (%)  2010 (%)

Angola  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

Botsuana  27,0  28,2  26,4  29,4  32,6 

República 

Democrática do 

Congo 

6,4  7,9  9,4  7,3  4,9 

Lesoto  25,5  25,5  20,8  26,7  50,7 

Madagáscar  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

Malaui  Sem dados  Sem dados  20,0  20,0  20,0 

Ilhas Maurícias  13,3  13,5  12,4  12,3  Sem dados 

Moçambique  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

Namíbia  20,2  20,8  21,3  21,5  21,8 

Ilhas Seicheles  13,4  12,5  13,0  9,5  9,8 

África do Sul  18,1  18,1 17,8 17,9 17,7 

Suazilândia  25,0  25,0  24,0  23,0  19,0 

Tanzânia  Sem dados  Sem dados Sem dados Sem dados  Sem dados

Zâmbia  14,4  15,7  15,6  18,2  19,4 

Zimbabué  Sem dados  24,0  15,0  16,0  19,0 

Média da SADC  18,9  19,7  18,0  19,0  24,1 

Quando questionados se o país utiliza a fórmula de financiamento para atribuir o orçamento 

para  o  ensino  superior  a  instituições,  cinco  países  responderam  "sim",  sete  países 

responderam  "não" e os  três países  restantes não  forneceram quaisquer dados. Os  cinco 

países que indicaram possuir uma fórmula de financiamento foram a República Democrática 

do  Congo,  África  do  Sul,  Suazilândia,  Tanzânia  e  Zâmbia.  Também  foi  solicitada 

documentação  de  suporte  que  explicasse  a  fórmula  de  financiamento,  mas  não  foram 

fornecidos detalhes8. 

Nove dos quinze países da SADC indicaram possuir um programa nacional de empréstimos a 

alunos  em  curso. Um  país  destacou  que  não  possuem  um  programa,  enquanto  os  cinco 

países  restantes  não  forneceram  informações.  As  universidades  forneceram  estimativas 

acerca da percentagem dos alunos que receberam algum tipo de apoio financeiro (incluindo 

financiamento do estado, empréstimos bancários privados, bolsas e bolsas de estudo) e da 

8 Estão disponíveis ao público informações sobre a fórmula de financiamento da África do Sul no site Web do Departamento do Ensino Superior e Formação (DHET) (www.dhet.gov.za/LinkClick.aspx?fileticket=bvz%2bH%2bUhnuY%3d&tabid=411&mid=1369). Contudo, como as informações não estavam disponíveis para os restantes países, este relatório não reflecte de forma aprofundada detalhes sobre este assunto.  

Page 60: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

60

percentagem dos alunos que estimavam que estivessem em dívida. Os resultados por país 

são apresentados na Tabela 20. A nível regional, estimasse que aproximadamente 66% dos 

alunos  inscritos  em  universidades  públicas  recebem  algum  tipo  de  apoio  financeiro, 

enquanto  se  supões que  aproximadamente 28% estejam em dívida. Conforme é possível 

constatar ma Tabele 20,  as médias  regionais mascaram, até  certo ponto,  as disparidades 

entre  países  relativamente  ao  apoio  financeiro  para  alunos.  Os  níveis  de  alunos  que  se 

estima estarem em dívida são mais elevados no Malawi e na Suazilândia e mais baixos no 

Botsuana, Madagáscar e Ilhas Maurícias.  

Tabela 20: Estimativas de apoio financeiro aos alunos e dívida 

País  Percentagem de alunos que 

recebem apoio financeiro 

Percentagem de alunos com 

dívida 

Angola  Sem dados Sem dados

Botsuana  90  0

República 

Democrática do 

Congo 

Sem dados Sem dados

Lesoto  90  5

Madagáscar  76  0

Malaui  90  98

Ilhas Maurícias  2  1

Moçambique  Sem dados Sem dados

Namíbia  65  13

Ilhas Seicheles  Sem dados Sem dados

África do Sul*  49  11

Suazilândia  98  97

Tanzânia  87  49

Zâmbia  35  10

Zimbabué  48  28

Médias da SADC  66  28

* Dados fornecidos por 10 das 23 universidades da África do Sul. 

O  padrão  de  fontes  de  receita  das  universidades  públicas  é  apresentado  na  Figura  13.  É 

possível  constatar  alterações  interessantes  nas  distribuições  proporcionais  de  fontes  de 

receitas  com  a  indicação  de  uma  diminuição  do  financiamento  público  para  o  ensino 

superior público, uma dependência crescente das propinas dos alunos, assim como receitas 

provenientes  de  entidades  externas  (donativos  e  outros),  embora  as  receitas  externas 

permanecem  em  níveis  muito  baixos.  Os  dados  também  apontam  a  uma  dependência 

crescente das universidades face a empréstimos para cumprirem com as suas necessidades 

de  receitas.  Embora  ainda  seja  relativamente  baixa,  a  proporção  de  empréstimos  sob  a 

forma de percentagem de receitas das universidades aumentou: em 2006 os representavas 

apenas  0,5%  das  receitas  das  universidades  a  nível  regional  e  em  2010  este  valor  tinha 

subido  para  3,6%.  É  importante  uma  análise mais  abrangente  destas  tendências,  assim 

como avaliações exaustivas das implicações que estas alterações em termos das tendências 

de financiamento têm para os sectores do ensino superior a nível nacional e regional.  

Page 61: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 1

As méd

univers

receitas

Mauríci

acentua

Tabela 2

País 

Angola 

Botsuana

República

Democrá

do Congo

Lesoto 

Madagás

Malaui 

Ilhas 

Maurícia

Moçamb

Namíbia 

Ilhas 

Seicheles

África do

Suazilând

13: Fontes de

dias regiona

idades  do 

s através de

ias, Moçam

ada das pro

21: Fontes de

Prop

dos a

(%

Sem 

a  10

ática 

64

48

scar  10

10

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o Sul  31

dia  19

e receitas da

is apresent

Botsuana  e

e subsídios 

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e receitas da

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4,0 

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m dados S

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do Congo d

receitas.  

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privado (%) 

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0,0

0,0

0,0

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Sem dados

1,6

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2006 e 2010

adas por pa

mente mais

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ependem d

Donativos –

internacion

ais (%) 

Sem dados

0,0

4,3

0,0

5,0

42,0

0,0

0,5

1,8

Sem dados

0,6

0,0

aís na Tabel

s  de  80%  d

ersidades d

de uma form

– 

n

Emprésti

os (%) 

s  Sem dad

0,0 

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1,0 

0,0 

0,0 

0,0 

0,0 

34,1 

s  Sem dad

2,4 

0,0 

61

 

la 21. As 

das  suas 

das  Ilhas 

ma mais 

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1,5

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7,0

10,0

0,0

0,0

0,0

4,6

os Sem da

20,3

13,0

(%)

ados

0

ados

3

0

Page 62: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

62

País  Propinas 

dos alunos 

(%) 

Subsídio/co

ncessões do 

estado (%) 

Donativos –

individuais 

privados/co

nsórcios (%) 

Donativos –

sector 

privado (%) 

Donativos – 

internacion

ais (%) 

Empréstim

os (%) 

Outras (%)

Tanzânia  36,5  47,4  0,0 11,0 0,1 0,0  5,1

Zâmbia  48,7  40,3  0,0 0,1 0,4 0,6  10,0

Zimbabué  40,3  57,4  0,2 0,1 0,6 0,6  3,2

Média da 

SADC 

37,9  52,1  0,5 2,2 4,2 3,6  5,8

Nota: Os totais dos países nem sempre  fornecem uma soma total de 100% devido às estimativas  fornecidas 

por muitas das universidades que responderam.  

As universidades que  responderam  também  forneceram dados  sobre os  seus padrões de 

despesas. À semelhança do que acontece com os dados das receitas, várias universidades 

não  foram  capazes de  fornecer dados e, em alguns  casos, os dados  fornecidos não eram 

suficientemente exactos para poderem ser utilizados9. Conforme mencionado na secção de 

metodologia,  não  era  viável  auditar  nem  verificar  os  dados  fornecidos  no  âmbito  deste 

estudo e os valores apresentados neste documento e, como  tal, devem  ser  tratados com 

cuidado.  As  médias  nacionais  e  regionais  foram  calculadas  de  modo  a  fornecer  uma 

indicação  inicial  das  tendências  de  despesas  das  universidades.  Regionalmente,  a maior 

proporção  das  despesas  das  universidades  reside  nos  ordenados  (63,1%),  seguindo‐se  os 

custos  operacionais  (24,4%).  Como  é  possível  constatar  na  Tabela  22,  também  existem 

algumas  diferenças  significativas  entre  os  países.  Por  exemplo,  as  universidades  do 

Zimbabué  indicaram gastar 94,7% do seu orçamento em ordenados e as do Lesoto 82,0%, 

enquanto as universidades do Malawi  indicaram que gastam apenas 29,0% do orçamento 

em ordenados. O Madagáscar, Namíbia e Tanzânia gastam proporções relativamente mais 

elevadas  no  apoio  financeiros  aos  alunos  em  comparação  com  outros  países. 

Transversalmente, é gasto muito pouco dinheiro em actividades relacionadas com serviços 

comunitários.  Este  facto  representa  uma  questão  importante  sobre  a  noção  da  "terceira 

missão"  da  universidade  e  a  relevância  das  universidades  para  as  suas  comunidades 

imediatas e alargadas.  

   

9 Por exemplo, num exemplo os gastos  totais ascenderam a 224%. Neste caso, os dados  foram excluídos da análise. 

Page 63: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 1

Tabela 2

País 

Angola 

Botsuana

República

Democrá

do Congo

Lesoto 

Madagás

Malaui 

Ilhas 

Maurícia

Moçamb

Namíbia 

Ilhas 

Seicheles

África do

Suazilând

Tanzânia

Zâmbia 

Zimbabu

Média da

SADC 

 

14: Padrões d

22: Padrões 

Orde

Sem

a  4

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7

8

scar  6

2

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Sem

o Sul  5

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  4

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de despesas 

de despesas

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0,0 

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0,0 

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0,0 

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0,0 

0,0 

0,0 

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em dados 

0,4 

0,0 

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0,0 

1,4 

1,0 

63

 

Outras (%)

0,0

0,0

0,0

0,0

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0,0

26,0

0,0

0,0

8,3

0,0

1,5

4,5

0,4

4,9

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64

Qualidade e disponibilidade dos serviços 

 

Os muitos e variados desafios em termos de qualidade que o ensino superior africano e da 

SADC enfrentam  foram abordados  ligeiramente no Capítulo 3. Globalmente, e no  seio da 

SADC,  tem  havido  um  foco  crescente  sobre  questões  relacionadas  com  a  qualidade  no 

ensino  superior  (consultar,  por  exemplo,  a  Análise  do  Protocolo  da  SADC  de  2007, 

UNESCO/ADEA  2009).  Em  1997,  foi  criada  uma  Comissão  Técnica  para  Certificação  e 

Acreditação  (TCCA) da  SADC. A  TCCA  é  responsável pelo desenvolvimento do Quadro de 

Qualificações  da  SADC  (SADCQF).  Contudo,  é  importante  esclarecer  que  a  noção  de 

qualidade universitária não está totalmente abrangida na noção mais limitada de segurança 

de  qualidade.  Embora  a  garantia  de  qualidade  –  os  processos  para  garantir  que  as 

universidades oferecem ensino de qualidade – seja essencial, são necessárias noções mais 

profundas de qualidade. Ao avaliar a qualidade, questões como a disponibilidade de  infra‐

estruturas, a prestação de serviços de apoio ao aluno e a relevância do currículo necessitam 

ser  consideradas.  Embora  o  estudo  não  forneça  quaisquer  dados  sobre  a  relevância  do 

currículo, esta secção apresenta dados relacionados com a disponibilidade e qualidade das 

infra‐estruturas,  serviços  de  apoio  ao  aluno,  assim  como  a  forma  através  da  qual  as 

universidades  acompanham  o  desempenho  dos  alunos  e  abordam  o  ensino  e  a 

aprendizagem. Na  parte  final  desta  secção  é  dada  atenção  a  questões  de  segurança  de 

qualidade,  tal  como  os  processos  de  avaliação  pelos  pares,  políticas  de  garantia  de 

qualidade e orçamento.  

Das universidades que  submeteram  respostas  ao questionário  (consultar  a  Tabela 1 para 

obter detalhes), 74% indicou possuir um departamento institucional de investigação e todas 

indicaram possuir implementadas algumas estruturas para acompanhar o desempenho dos 

seus alunos. Uma percentagem ainda maior, 78% das universidades,  indicou possuir uma 

estratégia  de  ensino  e  aprendizagem.  Foi  solicitado  às  universidades  que  fornecessem 

documentação para suportar as suas respostas, mas nenhuma colaborou e, como  tal, não 

foi  possível  verificar  as  informações. Não  obstante,  não  parece  que  as  universidades  na 

região  procurem  envolver‐se  em  questões  relacionadas  com  a  qualidade  do  ensino  e 

aprendizagem. Apesar deste reconhecimento aparente de ensino e aprendizagem, os dados 

fornecidos pelas universidades relativamente à prestação de serviços ao aluno, assim como 

de  uma  infra‐estrutura  de  ensino  e  aprendizagem  de  qualidade  são  indicativos  de  uma 

situação preocupante. Isso é demonstrado na secção abaixo.  

As universidades receberam uma lista de serviços de apoio ao aluno e foi‐lhes pedido para 

avaliaram em  separado a disponibilidade e, em  seguida,  a qualidade dos  serviços.  Foram 

utilizadas escalas de três e cinco pontos para as avaliações como se segue: 

Disponibilidade:  1=indisponível,  2=disponível,  mas  incapaz  de  dar  resposta  ao 

número de alunos, 3=disponível e suficiente para dar resposta ao número de alunos 

Qualidade: 1=muito má, 2=má, 3=razoável, 4=boa, 5=muito boa 

Page 65: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Os resu

Figura 1

Figura 1

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16: Avaliaçõe

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66

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serviços 

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Page 67: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

À seme

relativa

Embora

importa

são  insu

qualida

particip

digital. 

expand

e,  indu

questão

recurso

académ

Foram 

directam

qualida

espaços

aspecto

de alun

Figura 1

 

elhança do 

amente à di

a  não  exist

antes de en

uficientes p

de  é  avali

pantes terem

A disponib

ir e melhor

ubitavelmen

o  importan

os  das  bibl

micos com a

obtidos  re

mente no d

de tendam 

s  recreativ

os muito im

os.  

19: Avaliaçõe

apoio ao al

sponibilida

tam  indica

nsino e apr

para dar res

iada  como 

m  indicado 

ilidade de 

rar a qualida

nte,  muitas

te  que  est

liotecas  ut

cesso recur

sultados  se

domínio do

a ser inferi

os  para  a

mportantes a

es médias ao

luno, as res

de e qualid

ções  de  qu

rendizagem

sposta ao n

razoável. 

pelo meno

literatura e

ade dos res

s  destas  in

e  estudo  n

ilizam  as 

rsos actuais

emelhantes

 ensino e a

ores. Um d

lunos,  assi

a considera

o nível da SA

 

spostas das

dade das inf

ue  não  são

, na maior 

número de a

Foi  positiv

os alguma d

e  investigaç

sultados de 

nformações

não  investig

novas  tecn

s e de vangu

s  para  as  i

aprendizage

esafio em p

m  como  a

r durante o

ADC da dispo

s universida

fra‐estrutur

o  fornecida

parte dos 

alunos exist

vo  o  facto

disponibilid

ão  local e  i

investigaçã

s  seriam  a

gou  é  até 

nologias  e 

uarda nas d

nfra‐estrut

em, embora

particular pa

alojamento 

o debate so

onibilidade d

des aponta

ras de ensin

as  quaisqu

casos os  re

tentes, e em

o  de  todas

ade de mat

internacion

ão das unive

acedidas  di

que  nível  a

tem  subsc

iferentes ár

uras  que  n

a as avaliaç

arece ser a 

para  alun

bre uma ex

de outras infr

 

am para pro

no e aprend

er  infra‐es

ecursos dis

m todos os

s  as  unive

terial na bi

nal é essenc

ersidades n

igitalmente

as  bibliotec

crições  de 

reas de estu

não  se  enq

ções em  ter

disponibiliz

nos,  sendo

xpansão do 

ra‐estrutura

67

oblemas 

dizagem. 

truturas 

poníveis 

 casos a 

rsidades 

blioteca 

cial para 

a região 

e.  Outra 

cas  e  os 

jornais 

udo.  

quadram 

rmos de 

zação de 

ambos 

número 

as 

Page 68: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 2

Garant

A  secçã

aprend

importa

aprend

process

Embora

tenha  i

apenas 

oito  pa

ensino s

alguma

incluem

de  qua

procedi

actualm

Embora

respost

qualida

garantia

das uni

apenas 

et al. 20

20: Avaliaçõe

tia de qua

ão  fornece

izagem, out

antes  cujo 

izagem, ass

sos de garan

a a maior p

ndicado qu

quatro est

aíses  que  in

superior pr

 forma de 

m a monitor

alidade.  Le

imentos  de

mente o seu

a uma perc

ta tenha ind

de,  apenas

a de qualid

versidades 

48% tinha 

008: 111). 

es médias ao

alidade 

eu  um  qu

tros tipos d

impacto  é

sim como d

ntia de qua

parte  (oito d

ue possui  im

ipularam ob

ndicaram  p

ivado tamb

apoio técni

rização da a

esoto  e  S

e  garantia 

u está a ser d

centagem p

dicado que 

s  56%  info

dade. Estes 

que partic

um orçame

o nível da SA

adro  sobre

de infra‐estr

  reconheci

de  investiga

lidade a nív

dos doze) d

mplementa

bjectivos em

ossuir  siste

bém está inc

ico às unive

dministraçã

Suazilândia 

de  qualida

desenvolvid

rometedora

possui impl

ormou  pos

valores  rep

iparam  tinh

ento específ

 

ADC da qualid

e  a  qualid

ruturas e a 

do  no  que

ção. Nesta 

vel regional,

dos ministé

do um  sist

m termos d

emas  de  ga

cluído na es

ersidades n

ão e gestão

indicaram

ade  a  níve

do.  

a de 83% d

lementado 

ssuir  um  o

presentam 

ham proces

fico reserva

dade de out

dade  das  i

prestação 

e  diz  respe

secção a n

, nacional e

rios da edu

ema nacion

e desempe

arantia  de 

strutura, e t

a área da g

 das univer

m  que  nã

el  nacional

das univers

um proced

orçamento 

uma melho

ssos  interno

ado para a g

ras infra‐est

 

nfra‐estrutu

de serviços

ito  à  quali

ossa atençã

institucion

ucação que 

nal de  gara

nho para as

qualidade 

todos indica

garantia de 

sidades no 

o  possuem

,  mas  Leso

idades que

imento inte

específico 

oria desde 

os de garan

garantia de 

truturas 

uras  de  e

s de apoio a

idade  de  e

ão volta‐se 

al.  

forneceram

antia de qu

s universida

destacaram

aram que fo

 qualidade.

âmbito da g

m  implem

oto  inform

e  submetera

erno de gar

reservado 

2006, quan

ntia de qua

qualidade (

68

nsino  e 

ao aluno 

ensino  e 

para os 

m dados 

ualidade, 

ades. Os 

m  que  o 

ornecem 

. As oito 

garantia 

entados 

mou  que 

am uma 

antia de 

para  a 

ndo 78% 

lidade e 

(Butcher 

Page 69: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 2

A Figura

de  segu

encontr

80%  da

através

formaçã

implem

implem

Algo  p

externo

apontav

No estu

positivo

particul

interna

examin

importa

académ

região"

Assim, 

das prá

nível  na

qualida

 

21: Áreas inc

a 21 mostra

urança  de 

rado no est

as  universid

  de  avaliaç

ão  para  m

mentados  p

mentados pa

reocupante

os  e moder

vam para u

udo actual a

o  dada  a

larmente no

cional  de 

adores  ext

ante é que 

micos"  e  lev

, aspecto en

em geral, p

áticas de ga

acional  de 

de que serv

luídas em es

a as áreas d

qualidade. 

tudo de cri

dades  que 

ção  pelos  p

membros  do

para  o  des

ara avaliar in

e  é  propor

radores  ind

um total de 

a proporção

  importân

o contexto 

qualificaç

ernos. Um 

esta prátic

va  ao  "dese

nfatizado n

parece  ter 

rantia de q

modo  a  c

vem de bas

struturas ins

e desempe

O  padrão 

ação de pe

participara

pares,  enqu

o  pessoal  r

senvolvimen

ndividualme

rção  reduzi

dependente

64% de un

o aumentou

ncia  da  e

da regiona

ões),  toda

dos  princi

ca  contribu

envolvimen

o Protocolo

existido  alg

ualidade en

olocar  em 

e à regiona

stitucionais d

nho que es

de  resulta

erfil anterio

am  informo

anto  90% 

recentemen

nto  contín

ente o corp

ida  de  un

es  para  a  a

niversidades

u ligeiramen

examinação 

lização, tra

as  as  univ

pais motivo

ui para  a  cr

to  de  padr

o da SADC s

gum desen

ntre 2006 e

prática  e 

lização. 

de garantia d

tão incluída

ados  é  assi

r  (Butcher 

ou  que  rea

realiza  aval

nte  contrat

uo  do  pes

po docente. 

iversidades

valiação  de

s que utiliza

nte para 69

externa 

nsferência 

versidades 

os  para  qu

riação de u

rões  compa

obre Ensino

volvimento

e 2010, mas

procedimen

de qualidade

as nas estru

nalavelmen

et al. 2008

aliza  avaliaç

liações  inte

tados,  76%

ssoal  e  78

 

que  utiliz

e  exames. O

avam exam

%. Embora 

em  garan

de créditos

na  regiã

e  a  examin

ma  "comun

aráveis  no  e

o e Formaçã

 positivo n

s é necessá

ntos  polític

uturas instit

nte  semelh

8:112). Um 

ções  de  qu

ernas,  72% 

%  tem  mec

8%  tem  pr

zam  exami

Os  dados  d

minadores e

 este aume

ntir  qualid

s e reconhe

o  devem 

nação  exte

nidade  regi

ensino  sup

ão (SADC 19

na  área  abr

rio mais tra

cas  de  gara

69

 

ucionais 

ante  ao 

total de 

ualidade 

fornece 

anismos 

rocessos 

nadores 

de  2006 

xternos. 

ento seja 

dade  (e 

cimento 

utilizar 

rna  seja 

ional de 

erior  na 

997:8).  

angente 

abalho a 

antia  de 

Page 70: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

70

Resultados do ensino superior regional 

 

O perfil do ensino superior público da SADC apresentado neste documento centrou‐se até 

aqui  nos  recursos  e  processos  do  ensino  superior.  Nesta  secção  o  foco  centra‐se  nos 

resultados.  

Uma análise dos relatórios de investigação recentes sobre a revitalização do ensino superior 

em África efectuada durante este estudo destacou que frequentemente a  investigação e a 

intervenção  tendem  a  centrar‐se  em  corrigir  o  sistema  do  ensino  superior  previamente 

enviesado em África em  geral e na  SADC em particular.  Isto  inclui questões  relacionadas 

com  o  acesso,  qualidade,  equidade  e  financiamento  (Kotecha  2008a,  AAU  2004, Materu 

2007)  –  e  foi  também  alvo  de  foco  neste  capítulo.  Tem  existido,  indubitavelmente,  um 

menor discurso e prática em  torno da produção de  conhecimentos para o  século XXI no 

contexto  do  ensino  superior  africano.  Embora  as  questões  anteriores  permaneçam 

importantes,  também  é  necessário  fazer  perguntas  como  "Porquê  aumentar  o  acesso? 

Porquê aumentar a qualidade do ensino superior? Porquê a equidade? E porquê aumentar o 

financiamento  nacional  e  regional  para  o  ensino  superior?  Que  resultados  são 

proporcionados  pelo  ensino  superior  que  contribuem  para  criar  economias  de 

conhecimento e sociedades democráticas?" As respostas a estas perguntas são importantes 

se  o  objectivo  for  trabalhar  para  um  sector  do  ensino  superior  que  seja  capaz de,  entre 

outras coisas: 

…garantir  a  existência  de  instituições  sólidas  e  prósperas  na  região  capazes  de 

produzir  recursos humanos  instruídos e adequadamente especializados e  relevantes 

com  qualidade;  activamente  envolvidos  na  investigação  e  ensino  orientados  pelo 

desenvolvimento;  envolvidos  em  serviços  comunitários  e  capazes  de  fornecer  o 

enriquecimento  de  serviços  para  níveis  mais  baixos  de  ensino.  Tais  instituições 

funcionarão num ambiente de  liberdade académica, autonomia  institucional  e  têm 

responsabilidade pública (ADEA WGEMPS 2009:26). 

Esta secção centra‐se especificamente nos resultados do ensino superior na região da SADC 

e até onde estes resultados se alinham com os imperativos regionais. São considerados dois 

tipos  específicos  de  resultados:  tendências  de  obtenção  de  diplomas  e  resultados  da 

investigação.  

Tendências de obtenção de diplomas 

Conforme  foi  demonstrado  previamente  neste  capítulo,  o  perfil  de  escolarização  para  a 

SADC é dominado por matrículas em  licenciaturas nas áreas relacionadas com o comércio, 

gestão  e  direito,  seguindo‐se  as  humanidades  e  ciências  sociais  e,  em  seguida,  (com 

números  ligeiramente mais reduzidos) ciências, engenharia e tecnologia, ensino e ciências 

da  saúde, e agricultura. Com base nos dados disponível  (consultar a Figura 6), parece  ter 

surgido  algum  crescimento  no  número  de  alunos  entre  2006  e  2010,  embora, 

indubitavelmente,  não  nos  níveis  necessários  para  satisfazer  as  necessidades  de 

Page 71: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

especia

género 

regiona

tendênc

diferen

O  perf

licencia

mestrad

proporç

são 5% 

apresen

África d

Sul rem

Figura 2

 

alização na 

preocupan

al  por  géne

cias  são  re

ças importa

fil  regional 

aturas,  com

dos  e  apen

ção de  lice

e mestrad

nta uma co

do Sul. A Fig

movidos.  

22: Matrícula

região. Os d

ntemente 

ero  se  enc

eproduzidas

antes.  

de  obten

m  79%  dos

nas  1%  dou

nciaturas  a

os e douto

omparação 

gura 23 apr

as e diploma

dados acim

persistente

contre  rela

s  nos  dado

ção  de  di

  diplomas 

utoramento

umenta pa

oramentos e

de matrícu

resenta a m

as da SADC p

 

a apresenta

es  em  algu

ativamente 

os  de  obte

plomas  é 

a  serem 

os.  Se  os  d

ara 88%,  as

em conjunt

ulas e diplo

mesma com

por nível de e

ados també

uns  países 

bem  equi

enção  de  d

ainda  mai

licenciatura

ados  sul‐af

s pós‐gradu

to represen

mas em 20

paração, m

ensino, inclu

ém destaca

na  região,

librado.  Ne

diplomas,  m

is  enviesad

as,  15%  pó

fricanos  fos

ações  infer

ntam 5% do

010 a nível 

mas com os 

uindo a África

m as difere

,  embora, 

esta  secção

mas  com  a

do  em  rela

ós‐graduaçõ

ssem  remo

riores  ao m

o  total. A Fi

regional,  in

dados da Á

a do Sul (20

71

enças de 

o  nível 

o,  estas 

algumas 

ação  às 

ões,  6% 

vidos,  a 

mestrado 

igura 22 

ncluindo 

África do 

10) 

 

Page 72: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 2

Assim, 

ao níve

incluído

com as 

pós‐gra

dados d

matrícu

taxas d

como "

Sul  (AS

perman

relatóri

Sul. A n

destes 

actualm

demons

consiste

sejam  c

engenh

embora

 

23: Matrícula

na região, 

el das  licenc

os, é possív

matrículas 

aduação  são

da África do

ulas são qua

e produtivi

acumulação

SSAf)  em  2

necem  inscr

o da ASSAf

nível region

diplomaram

mente  repre

stra que a d

ente  entre 

consistente

haria  e  tecn

a tenha hav

as e diploma

o número d

ciaturas. Ao

vel encontra

ao nível de

o mais  baix

o Sul são ret

ase iguais. A

dade de alu

o". Num re

2010,  a  ac

ritos no cur

f document

nal havia um

m‐se  em  p

esenta apro

distribuição

2006  e  20

es,  é  preocu

nologia  e  c

ido um peq

as da SADC p

de matrícul

o comparar 

ar uma prop

e licenciatur

xas  do  que 

tirados (Figu

A disparidad

unos pós‐gr

elatório elab

umulação 

rso muito m

ta a extensã

m  total de 

países  que 

oximadame

o proporcio

010.  Relativ

upante  con

ciências  da 

queno aume

 

por nível de e

las e diplom

 as Figuras 

porção aind

ras, enquan

as matrícu

ura 23). Nes

de vista na 

raduados n

borado pela

é  definida 

mais  tempo

ão da acum

1.546 dout

não  a  Áfr

nte 92% do

onal das ma

vamente  ao

nstatar  que

saúde  dim

ento em nú

ensino, exclu

mas é predo

22 e 23, c

da maior de

to as propo

ulas. O mes

ste exemplo

Figura 22 p

a África do 

a Academia

como  "a 

o do que o 

mulação nos

orados reg

rica  do  Sul

os doutora

atrículas po

o  diploma, 

  a  proporç

minuiu  ligei

meros abso

uindo a Áfric

ominantem

om os dado

e diplomado

orções de di

smo  não  se

o as propor

ode ser exp

Sul, um fen

a de Ciência

situação  e

previsto"  (

s doutoram

istados em 

.  Como  ta

mentos na 

r área de e

embora  as

ção  de  dipl

ramente  en

olutos.  

ca do Sul (20

 

mente mais 

os da África

os em com

iplomas ao 

e  passa  qua

rções de dip

plicado pela

nómeno co

as para a Á

em  que  os

(ASSAf 201

mentos na Á

 2010. Ape

al,  a  África

região. A 

estudo perm

s  tendência

omas  em  c

ntre  2006 

72

010) 

elevado 

a do Sul 

paração 

nível de 

ando  os 

plomas e 

as baixas 

onhecido 

África do 

s  alunos 

0:74). O 

África do 

nas 125 

  do  Sul 

Figura 7 

maneceu 

as  gerais 

ciências, 

e  2010, 

Page 73: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 2

A  Figur

represe

50%  d

necessá

proporç

região c

As Tabe

um  dos

regiona

24: Distribuiç

ra  24  mos

entavam 40

os  diplom

árias  para 

ção de alun

como a SAD

elas 23 a 29

s  15  países

ais.  

ção proporci

stra  que  a

0% dos dipl

ados.  Emb

o  desenvol

nos a diplom

DC que requ

9 apresenta

s  da  SADC.

onal de dipl

as  humanid

omas em 2

bora  as  hu

lvimento  re

marem‐se n

uer investim

m os dados

A  fila  fina

omados por

dades  e  as

2006 e em 

umanidade

egional  e  i

a área é mo

mento em in

s de diplom

al  em  cada

r principais á

s  ciências 

2010 esta 

s,  ciências

mplementa

otivo de pre

nfra‐estrutu

mas por área

  tabela  ap

áreas de estu

sociais  (in

área de es

sociais  e

ação  da  de

eocupação,

ras, ciência

a e nível de

resenta  o  t

udo em 2006

cluindo  ed

studo  repre

e  educação

emocracia, 

, em especi

as e tecnolo

e estudos pa

total  dos  n

73

6 e 2010 

 

ducação) 

esentava 

o  sejam 

a maior 

al numa 

gia. 

ara cada 

números 

Page 74: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

74

Tabela 23: Qualificações por nível de estudo em agricultura 

País  Licenciatura  Pós‐graduação (até, mas excluindo mestrados) 

Mestrado Doutoramento  Outra

Angola  0  0  0  0  0 

Botsuana  216  0  0  0  0 

República Democrática do Congo 

132  112  25  4  0 

Lesoto  9  0  3  0  0 

Madagáscar  0  91  0  0  0 

Malaui  182  0  8  0  0 

Ilhas Maurícias 

81  0  3  1  0 

Moçambique  405  0  0  0  0 

Namíbia  99  26  1  0  0 

Ilhas Seicheles 

Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

África do Sul  1.999  273  245  64  0 

Suazilândia  323  0  2  0  0 

Tanzânia  700  0  86  4  0 

Zâmbia  2  0  4  0  0 

Zimbabué  571  5  47  0  0 

Total da SADC 

4.719  416  424  73  0 

Tabela 24: Qualificações por nível de estudo em comércio, gestão e direito 

País  Licenciatura  Pós‐graduação (até, mas excluindo mestrados) 

Mestrado Doutoramento  Outra

Angola  153  0  14  0  0 

Botsuana  378  0  37  0  0 

República 

Democrática 

do Congo 

1.280  1.688  6  4  0 

Lesoto  5  4  0  0  0 

Madagáscar  1856  1540  96  7  29 

Malaui  210  29  9  0  0 

Ilhas 

Maurícias 418  0  2  0  0 

Moçambique  6.698  0  3  0  0 

Namíbia  1.952  24  2  0  0 

Ilhas 

Seicheles Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

África do Sul  36.106  8.076  2.621  145  0 

Suazilândia  497  0  0  0  0 

Page 75: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

75

País  Licenciatura  Pós‐graduação (até, mas excluindo mestrados) 

Mestrado Doutoramento  Outra

Tanzânia  2.004  4  1.612  7  0 

Zâmbia  108  0  5  0  0 

Zimbabué  1.680  123  516  1  0 

Total da 

SADC 51.489  9.948  4.827  157  0 

Tabela 25: Qualificações por nível de estudo em educação 

País  Licenciatura  Pós‐graduação (até, mas excluindo mestrados) 

Mestrado Doutoramento  Outra

Angola  0  0  0  0  0 

Botsuana  411  160  54  0  0 

República 

Democrática 

do Congo  419  188  3  5  0 

Lesoto  44  1  2  0  0 

Madagáscar  0  306  95  0  0 

Malaui  253  16  6  0  0 

Ilhas 

Maurícias  236  0  0  0  0 

Moçambique  33.586  0  587  0  0 

Namíbia  299  182  8  1  14 

Ilhas 

Seicheles  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

África do Sul  27.390  9.922  444  137  0 

Suazilândia  100  131  12  0  0 

Tanzânia  534  45  78  0  0 

Zâmbia  10  0  7  3  0 

Zimbabué  277  20  72  1  0 

Total da 

SADC  63.559  10.665  1.273  147  14 

Tabela 26: Qualificações por nível de estudo em ciências da saúde 

País  Licenciatura  Pós‐graduação (até, mas excluindo mestrados) 

Mestrado Doutoramento  Outra

Angola  139  0  0  0  0 

Botsuana  73  0  2  0  0 

República 

Democrática 

do Congo  1.518  379  12  5  0 

Lesoto  5  0  0  0  0 

Page 76: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

76

País  Licenciatura  Pós‐graduação (até, mas excluindo mestrados) 

Mestrado Doutoramento  Outra

Madagáscar  170  0  0  0  0 

Malaui  166  35  15  0  0 

Ilhas 

Maurícias  0  0  0  0  0 

Moçambique  69  0  1  0  1 

Namíbia  144  96  3  2  0 

Ilhas 

Seicheles  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

África do Sul  7.198  2.710  1.084  111  0 

Suazilândia  170  0  0  0  0 

Tanzânia  809  3  104  3  0 

Zâmbia  7  1  7  0  0 

Zimbabué  219  0  32  0  0 

Total da 

SADC  10.517  3.224  1.260  121  1 

Tabela 27: Qualificações por nível de estudo em humanidades e ciências sociais 

País  Licenciatura  Pós‐graduação (até, mas excluindo mestrados) 

Mestrado Doutoramento  Outra

Angola  1.383  0  30  0  0 

Botsuana  952  0  74  3  0 

República 

Democrática 

do Congo  1.608  852  34  29  0 

Lesoto  65  3  7  2  0 

Madagáscar  2.102  1252  74  2  36 

Malaui  307  0  34  1  0 

Ilhas 

Maurícias  334  0  0  0  0 

Moçambique  768  0  53  0  0 

Namíbia  211  56  3  0  0 

Ilhas 

Seicheles  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

África do Sul  18.429  4.863  2.025  409  0 

Suazilândia  287  0  2  0  0 

Tanzânia  2.193  9  285  14  0 

Zâmbia  287  0  11  0  0 

Zimbabué  1.378  27  108  0  0 

Total da 

SADC  28.202  5.810  2.666  458  0 

 

Page 77: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

77

Tabela 28: Qualificações por nível de estudo em ciências, engenharia e tecnologia 

País  Licenciatura  Pós‐graduação (até, mas excluindo mestrados) 

Mestrado Doutoramento  Outra

Angola  532  0  50  0  0 

Botsuana  480  0  23  5  0 

República 

Democrática 

do Congo  368  322  16  11  0 

Lesoto  19  6  1  0  0 

Madagáscar  1.432  607  424  0  0 

Malaui  331  3  12  0  397 

Ilhas 

Maurícias  562  0  78  10  0 

Moçambique  2.232  0  5  0  0 

Namíbia  456  24  4  0  0 

Ilhas 

Seicheles  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

África do Sul  21.962  4.245  2.215  555  0 

Suazilândia  63  0  5  0  0 

Tanzânia  1.379  35  228  1  0 

Zâmbia  31  1  4  2  0 

Zimbabué  740  0  50  2  0 

Total da 

SADC  29.155  4.636  2.691  586  397 

Tabela 29: Qualificações por nível de estudo noutras áreas de estudo 

País  Licenciatura  Pós‐graduação (até, mas excluindo mestrados) 

Mestrado Doutoramento  Outra

Angola  0  0  0  0  0 

Botsuana  248  0  0  0  0 

República 

Democrática 

do Congo  0  0  0  4  0 

Lesoto  5  5  0  0  0 

Madagáscar  0  0  0  0  0 

Malaui  0  0  0  0  0 

Ilhas 

Maurícias  54  9  0  0  0 

Moçambique  0  0  0  0  0 

Namíbia  435  0  0  0  0 

Ilhas 

Seicheles  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados  Sem dados 

África do Sul  0  0  0  0  0 

Page 78: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

País 

Suazilând

Tanzânia

Zâmbia 

Zimbabu

Total da 

SADC 

Relativa

sexo  fe

diploma

Figura 2

À  seme

apresen

Democr

tenha  i

diploma

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masculi

falta  po

acontec

Suazilân

feminin

10 Não es

Lice

dia 

 

é 

amente ao 

eminino  e  4

ados muda 

25: Proporção

elhança  do 

ntou  a mai

rática do Co

ndicado  qu

ados  indica

estar  mui

ino, mas é 

or  parte  d

ce  com  as 

ndia  indica

no do que d

stavam dispon

enciatura 

92 

238 

1.073 

género dos

45%  do  sex

para 42% d

o de diplom

que  acont

or  discrepâ

ongo a sere

ue  83%  dos

ram ser do

ito  mais  pr

mais prova

de  algumas 

matrículas,

am  que  po

o sexo mas

níveis dados p

Pós‐gradua(até, maexcluindmestrado

14 

s diplomado

xo masculi

do sexo fem

ados por gén

teceu  com 

ância  entre

m do sexo 

s  alunos  in

o sexo masc

ropensas  a

avelmente q

das  unive

,  tanto  a  Il

ossuem  pro

culino.  

para Angola, B

ação as do os) 

M

os na SADC

no.  Se  a  Á

minino e 58%

nero por paí

as matrícu

e  géneros, 

masculino. 

nscritos  era

culino. As a

a  obterem 

que esta te

ersidades  e

has Mauríc

oporções  m

Botsuana, Leso

Mestrado

, um total d

África  do  Su

% do sexo m

ís10 

las,  a  Repú

com  76%  d

Interessant

m  do  sexo

alunas do se

o  diploma

endência  ine

em  Madagá

cias,  a Nam

mais  elevad

oto e Ilhas Sei

Doutorame

de 55% de 

ul  for  retira

masculino. 

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dos  diplom

temente, em

o masculino

exo  feminin

  do  que  o

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áscar.  À  se

míbia,  a  Áfr

das  de  dip

cheles. 

ento  O

diplomados

ada,  o  núm

mocrática  do

ados  na  Re

mbora Mad

o,  apenas  5

no em Mad

os  alunos  d

e deva a da

emelhança 

rica  do  Sul 

plomados  d

78

Outra

383 

383 

s são do 

mero  de 

 

o  Congo 

epública 

dagáscar 

54%  dos 

dagáscar 

do  sexo 

ados em 

do  que 

como  a 

do  sexo 

Page 79: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Quando

reprodu

A  única

diploma

notório

suficien

feminin

estudos

do sexo

das ciên

Figura 2

Result

A  tend

investig

(consult

Abraha

O

c

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bibliom

Institut

o o género 

uzem muito

a  diferença 

adas do sex

o  em  term

ntes para av

no nas áreas

s inferior a 

o  feminino 

ncias da saú

26: Proporçõ

tados da in

ência  preo

gação  cient

tar, por ex

ms et al. 20

O  ponto  de 

capacidade d

ideias globai

or  parte  d

métricas  de 

o de Inform

de diploma

o aproximad

é  a  perce

xo feminino

os  das  ciê

valiar este f

s da saúde 

medicina. E

ser 6% sup

úde.  

es de diplom

nvestigaçã

ocupante  de

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emplo, Abr

008:7) afirm

viragem  da

de aceder e 

is, mas sim d

dos  estudo

artigos  pub

mação Cient

dos é comp

damente os

ntagem  lige

o em compa

ências  da  s

facto, podem

são em enf

Este facto p

perior à pro

mados por pr

ão 

e  diminuiçã

nsino  super

rahams et a

ma que: 

a  investigaçã

utilizar por 

dar uma cont

s  dos  resu

blicados  e 

tífica (ISI). A

parado por 

s das tendên

eiramente 

aração das m

saúde.  Emb

mos especu

fermagem, 

pode explica

oporção de 

rincipal área

ão  da  qua

rior  african

al. 2008, M

ão  e  inovaç

completo a 

tribuição act

ultados  da

citados  em

A SARUA so

principais á

ncias de ma

superior  (e

matrículas d

bora  os  da

ular que a m

que norma

ar o porquê

matrículas 

a de estudo e

ntidade  e 

no  foi  docu

Mouton et a

ção  africana 

nova abund

tiva e signific

  investigaç

m  índices  in

olicitou tais 

áreas de est

atrículas (co

entre  cerca 

do sexo fem

ados  não  f

maioria das 

almente pos

ê da propor

de sexo  fe

e género 

qualidade 

umentada  e

al. 2008). K

não  será m

ância de con

cativa para a

ção  baseia

nternaciona

estudos no

tudo, os res

onsultar a F

de  0,5%  e

minino. Isto 

forneçam  d

matrículas 

ssui um per

rção de dipl

eminino em

dos  resulta

em  vários 

Kotecha  (20

meramente 

nhecimento 

a sua criação

m‐se  em 

is,  tal  com

o passado (

79

sultados 

igura 6). 

e  6$)  de 

foi mais 

detalhes 

do sexo 

ríodo de 

lomadas 

m termos 

 

ados  da 

estudos 

008b em 

análises 

o  os  do 

Mouton 

Page 80: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

80

et al. 2008). Neste estudo,  foi solicitado às universidades que  fornecessem uma  indicação 

do número de  resultados de  investigação em várias categorias para os anos 2008‐2010. É 

importante salientar que, ao contrário das análises bibliométricas, os valores dos resultados 

de investigação fornecidos pelas universidades não são verificados e podem ou não reflectir 

resultados de investigação acreditados. Não obstante, os números fornecem uma indicação 

dos  resultados  de  investigação  segundo  a  perspectiva  das  próprias  universidades.  Várias 

universidades não  foram  capazes de  fornecer estas  informações, o que em  si é um dado 

interessante e aponta para desafios  sistemáticos no âmbito das universidades na área de 

gestão da investigação.  

Uma publicação da SARUA, de 2008, Mouton et al.  (2008:202)  indicou que a África do Sul 

representava  79%  dos  resultados  científicos  da  região. Neste  estudo  a  diferença  entre  a 

África do Sul e os outros países da SADC são ainda mais vincados. No entanto, é importante 

salientar que não estavam disponíveis quaisquer dados sobre os resultados de investigação 

para Lesoto, Madagáscar, Malaui, Moçambique, Namíbia  (2008),  Ilhas Seicheles e Zâmbia. 

Além disso, existem outras indústrias e instituições, que não o ensino superior público, que 

realizam  investigação  como,  por  exemplo,  conselhos  de  investigação,  departamentos  de 

investigação e desenvolvimento de empresas privadas, etc. Como  tal, os números abaixo 

apresentados devem ser considerados como sendo apenas um quadro parcial, focados em 

compreender  a  contribuição  que  o  ensino  superior  público  parece  dar  para  a  economia 

emergente de conhecimento na região.  

Tabela 30: Resultados de investigação, países da SADC seleccionados entre 2008 e 2010 

  Artigos em 

revistas 

especializadas 

Livros 

especializados 

Capítulos de 

livros 

especializados 

Patentes Outra  Total

2008

Botsuana  306 22  83 0 139  550

República 

Democrática 

do Congo 

44  17  10  1  0  72 

Ilhas 

Maurícias 126  0  3  0  25  154 

Suazilândia  80  4  1 0 0  85

Tanzânia  277 11  6 2 258  554

Zimbabué  100 9  12 1 0  122

Total  de 

2008 933  63  115  4  422  1.537 

2009

Botsuana  338 23  97 0 114  572

República 

Democrática 

do Congo 

22  19  9  2  0  52 

Ilhas 

Maurícias 95  1  2  0  45  143 

Namíbia  89  16  28 5 261  399

Suazilândia  95  8  14 0 0  117

Page 81: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

81

  Artigos em 

revistas 

especializadas 

Livros 

especializados 

Capítulos de 

livros 

especializados 

Patentes Outra  Total

Tanzânia  280 12  11 2 234  539

Zimbabué  116 17  45 0 0  178

Total  de 

2009 1.035  101  206  9  654  2.005 

2010

Botsuana  347 28  102 0 206  683

República 

Democrática 

do Congo 

47  20  9  5  0  81 

Ilhas 

Maurícias 188  1  7  0  45  241 

Namíbia  98  10  29 7 288  432

Suazilândia  98  10  16 0 0  124

Tanzânia  260 17  11 4 249  541

Zimbabué  146 22  50 1 0  219

Total  de 

2010 1.184  108  224  17  728  2.261 

Considerando apenas os sete países da SADC incluídos na Tabela 30 (para os quais estavam 

disponíveis  dados  sobre  os  resultados  de  investigação),  existem  indícios  de  que  a 

quantidade de produtos de investigação pode estar a aumentar ao longo do tempo, embora 

os dados não forneçam qualquer indicação em termos de qualidade. O que é preocupante é 

que ano após ano, pelo menos um  terço dos  resultados comunicados pelas universidades 

nestes sete países enquadra‐se na categoria "outros", que  inclui procedimentos/textos de 

conferências,  consultoria  ou  relatórios  de  projectos,  artigos  e  textos  para  os meios  de 

comunicação –  tipos de  resultados de  investigação que não  contribuem necessariamente 

para o desenvolvimento do conhecimento em geral.  

Page 82: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

Figura 2

Democr

Foram 

pelo De

2009. E

em  res

disso,  o

concret

disparid

outros p

Tabela 3

Categor

resultad

investig

Artigos e

especial

Capítulo

27: Resultado

rática do Con

disponibiliz

epartament

Estes dados 

postas  das 

os  número

to. Não obs

dade acentu

países da SA

31: Resultad

ia dos 

dos de 

ação 

em revistas 

lizadas 

os de livros e

os de investi

ngo, Ilhas Ma

zados  dado

to para o En

não foram 

universida

s  referem‐

stante, com

uada nos re

ADC.  

os de invest

igação comu

aurícias, Nam

os  sobre  os

nsino Super

incluídos n

ades, mas  s

se  a  unida

parando os

esultados de

tigação das u

unicados pel

míbia, Suazi

s  resultados

rior e Form

nas tabelas 

sim  retirado

ades  de  inv

s números n

e investigaç

universidade

2008 

7.638,17 

266,43 

os próprios 

lândia, Tanz

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83

livros especializados 

Patentes  Sem dados  Sem dados 

Procedimentos  448,76  476,02 

Apesar  dos  baixos  níveis  gerais  dos  resultados  de  investigação  comunicados  pelas 

universidades  na  região,  81%  das  universidades  que  responderam  a  um  questionário 

indicaram que possuem uma pessoa ou departamento  responsável pelo desenvolvimento 

de  investigação  e  76%  indicaram  que  a  universidade  possui  um  plano  ou  estratégia  de 

investigação. Uma percentagem mais baixa de universidades, 52%, vê‐se como possuindo 

uma actividade de investigação intensa.  

 

Conclusões 

 

Nesta secção da análise é apresentado um vasto conjunto de dados que se centra na criação 

do  perfil  do  ensino  superior  público  na  região  da  SADC. Quando  possível,  as  tendências 

apresentadas  nos  dados  recolhidos  para  este  estudo  foram  comparadas  com  os  dados 

recolhidos  no  estudo  de  criação  de  perfil  do  ensino  superior  anterior  da  SARUA  numa 

tentativa  de  iniciar  o  processo  de  acompanhar  dados  longitudinais  acerca  do  ensino 

superior na região.  

Com  base  nos  dados  disponíveis,  é  possível  concluir  que  parece  ter  existido  algum 

crescimento no sector do ensino superior público entre 2006 e 2010, em termos do número 

de  universidades  públicas,  instituições  privadas  do  ensino  superior,  alunos  inscritos, 

diplomados  e  resultados  de  investigação.  Este  crescimento  é  prometedor  e  abre 

potencialmente  novas  oportunidades  para  o  ensino  superior  público  contribuir  para  o 

desenvolvimento  da  região.  Apesar  do  crescimento,  a  necessidade  de  vagas  nas 

universidades  públicas  na  região  continua  a  ultrapassar  a  oferta  por  uma  larga margem, 

sendo  referido nesta  secção que é  improvável que o ensino  superior público venha a  ser 

capaz  de  satisfazer  esta  procura.  Como  tal,  a  importância  de  criar  o  sector  do  ensino 

superior  privado  na  região  emerge  como  uma  consideração  importante,  assim  como  a 

necessidade melhor compreender a dimensão e forma actual do sector privado.  

Os dados do perfil também destacaram o facto do ensino superior na SADC em grande parte 

ser  prestado  ao  nível  das  licenciaturas  com  o  maior  número  de  alunos  inscritos  e 

diplomados a encontrarem‐se no comércio, gestão e direito e nas humanidades e ciências 

sociais. Embora estas áreas de estudo  tenham uma  contribuição  importante a dar para a 

sociedade e para a região, é preocupante notar que o foco regional relativamente menor na 

ciências e na  tecnologia, e, na  realidade, o declínio na proporção de  alunos  inscritos e  a 

diplomarem‐se  nestas  áreas.  Esta  tendência,  juntamente  com  os  baixos  níveis  gerais  de 

resultados de investigação, é provável virem a ter um impacto negativo no desenvolvimento 

de cada país e na região como um todo.   

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Capítulo 5: Equilibrar as realidades nacionais e 

regionais – Os desafios na recolha de dados do ensino 

superior em favor da regionalização 

 

Continua a existir uma linha ténue entre a concorrência e a colaboração entre as instituições 

do ensino superior. Embora as instituições do ensino superior num sistema a nível nacional, 

e até  certo ponto a nível  regional, continuem a  competir pelo mesmo número de alunos 

bem‐qualificados,  recursos  financeiros  e  humanos  e  reconhecimento,  existe  um 

reconhecimento  geral  entre  administradores  os  administradores  e  académicos  do  ensino 

superior que a colaboração e cooperação permanece um aspecto  importante em  superar 

desafios  a  nível  institucional  e  do  sistema.  Olhando  para  exemplos  internacionais  (por 

exemplo,  Bolonha,  ERASMUS, UMAP),  o  sucesso  da maior  parte  dos  sistemas  do  ensino 

superior  tem  residido  na  capacidade  de  se  adaptar  para  reflectir  as  necessidades  de 

mercado  através  da  colaboração  e  parceria  com  base  na  partilha  de  pontos  fortes  e 

capacidades.  

Perante as forças da globalização e o enfraquecimento das fronteiras nacionais, os sistemas 

do  ensino  superior  devem  ser  capazes  de  responder  a  uma  variedade  de  desafios.  Um 

aspecto chave desta resposta tem sido o desenvolvimento de políticas, acordos e protocolos 

académicos  entre múltiplos  países  destinados  a  quebrar  barreiras  e  ultrapassar  desafios, 

que outrora limitaram a capacidade destas instituições em tirar o máximo partido dos seus 

recursos de ensino, investigação e produção de conhecimento. Marginson (2011) identificou 

quatro condições necessárias para a regionalização bem‐sucedida do ensino superior: "infra‐

estrutura  nacional  de  saúde  e  educação  adequada;  proximidade  geográfica;  alguma 

semelhança  cultural;  e  vontade  política"  (2011:21).  Também  defende  que  actualmente 

apenas a Europa parece ter estas quatro condições.  

Devido aos dados apresentados nesta análise,  juntamente com o Volume 2 que apresenta 

os  perfis  nacionais  do  ensino  superior,  parece  razoável  concluir  que  na  região  da  SADC 

apenas a vontade política e a semelhança cultural – até certo ponto11 – parecem existir. Por 

exemplo,  neste  estudo  à  excepção  de  dois  ministérios  da  educação,  todos  os  outros 

indicaram  que  o  protocolo  da  SADC  tinha  sido  considerado  até  certo  ponto  nos  seus 

processos  de  planeamento  e  política  nacional. Quando  foi  solicitado  aos ministérios  que 

avaliassem  a  importância  da  colaboração  regional  numa  escala  de  1  (sem  qualquer 

importância)  a 5  (extremamente  importante),  a  avaliação média na  região  foi 4,  tendo  a 

maior parte dos países a seleccionado 4 ou 5. Apenas a República Democrática do Congo 

seleccionou a opção 2,  indicando que a colaboração  regional é considerada como algo de 

11Por  exemplo,  Ngwenya  (2011)  defende  que  os  programas  regionais  não  são  integrados  nos  processos nacionais e, como tal, apesar de estarem em vigor acordos e protocolos regionais, na realidade normalmente existem poucas provas de que ocorram mudanças.  

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menor  importância para este país. Com muitos dos países da  SADC  a enfrentarem níveis 

elevados de pobreza e baixos níveis de desenvolvimento humano (UNDP 2011), juntamente 

com os sistema da educação e ensino superior com relativamente poucos recursos, a região 

como  um  todo  ainda  não  satisfaz  a  condição de  possuir  uma  infra‐estrutura  nacional  de 

saúde e educação adequada  Satisfazer esta  condição é ainda mais  complicado devido ao 

facto dos dados sobre o ensino (superior) na região ainda serem  insuficientes. A região da 

SADC é composta por países anglófonos, francófonos e lusófonos que utilizam estes idiomas 

juntamente com vários dialectos  indígenas e, apesar da  semelhança cultural num  sentido 

histórico, em  termos práticos esta  semelhança  realmente não existe ao nível  regional, ou 

apenas  existe  entre  determinados  países.  Kotecha  (2012:15)  afirma  que  embora  existam 

ligações  e  laços  comuns  entre  os  povos  da  África  Austral,  "estas  ligações  e  experiências 

comuns  não  se  traduzem  necessariamente  numa  forte  identidade  regional  nem  num 

sentimento  de  coesão  social".  Por  fim,  a  região  abrange  uma  área  geográfica  relativa 

grande, com alguns dos países sendo  ilhas, o que compromete a condição de proximidade 

geográfica12.  

Como resultado, a realidade de África e da Região da SADC demonstra que é mais comum 

encontrar parcerias de cooperação entre países e as suas congéneres coloniais do passado, 

por  vezes  em  detrimento  de  parcerias  estabelecidas  no  Sul. Na  Análise  do  Protocolo  da 

SADC  (2007:92),  este  ponto  foi  articulado,  com  base  em  diversas  pesquisas  que 

demonstraram  que  "mais  de  80%  das  universidades  subsaarianas  estavam 

insuficientemente associadas" e, como tal, a colaborar de forma insuficiente. Por vezes isso 

deve‐se  a  questões  linguísticas,  pois  os  académicos  francófonos  preferem  colaborar  com 

outros  académicos  francófonos, mais  frequentemente no Norte.  Isto  também  se  aplica  a 

investigadores  lusófonos,  limitando assim o nível de colaboração e parcerias regionais. Os 

resultados da  investigação  (Boschoff 2010) de 15 países da SADC  revelam que apenas 3% 

dos artigos produzidos entre 2005 e 2008 foram elaborados em conjunto por investigadores 

de  dois  ou  mais  países  da  SADC,  e  apenas  5%  foram  elaborados  em  conjuntos  por 

académicos africanos. Do estudo, 47% dos artigos científicos eram elaborados em conjunto 

por  cientistas  de  países  de  rendimento  elevado  (Boschoff  2010:500),  demonstrando  um 

nível  significativamente  mais  baixo  de  colaboração  entre  o  Sul  no  continente  e  uma 

colaboração bastante pobre entre países especificamente da  região da  SADC. Do mesmo 

modo, foi demonstrado no Capítulo 4 que existe relativamente pouca mobilidade do pessoal 

e  dos  alunos  dentro  da  região  da  SADC.  As  tabelas  5  e  15  destacaram  que  existe  uma 

proporção maior de alunos  internacionais e membros do pessoal dentro das universidades 

da SADC oriundos de países de  fora da SADC do que oriundos da própria SADC. Os dados 

também demonstraram que vários países na região ainda não possuem sistemas de garantia 

de qualidade  com um  funcionamento adequado, os quais  são necessários para  facilitar a 

transferência  de  créditos  e  o  reconhecimento  de  qualificações  na  região.  Como  tal,  com 

12 A condição da proximidade geográfica também pode ser capaz de explicar a avaliação mais baixa por parte da República Democrática do Congo dada à  importância da  colaboração  regional no  contexto da  região da SADC. 

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base  nos  resultados  apresentados  neste  documento,  parecem  existir  poucos  indícios  da 

emergência de um sistema do ensino superior regional forte.  

Não obstante, conforme referido no  início desta análise, em Junho de 2012 foi criada uma 

Comissão Técnica regional para o Ensino Superior na região da SADC, e espera‐se que esta 

comissão  se  torne  num  catalisador  para  a  revitalização  do  potencial  regional  do  ensino 

superior.  Embora possam  ser  retiradas muitas  ilações por parte da  comissão  através das 

experiências  do  ensino  superior  noutras  regiões  do mundo,  a  investigação  e  experiência 

também  destacaram  que  "embora  existam  alguns  mecanismos  universais,  o  que  se 

considera ser eficazes na prática dependente em grande parte das circunstâncias regionais e 

nacionais  (Kotecha  2012:30).  Por  este motivo,  tanto  os  dados  nacionais  como  regionais 

sobre o ensino superior são essenciais para o projecto de  integração regional no sector do 

ensino  superior.  Na  ausência  de  dados  regionais  de  elevada  qualidade,  o  papel  de 

planeamento  desta  comissão  provavelmente  estará  comprometido.  Tendo  realizado  dois 

estudos de criação de perfil do ensino superior público nos 15 países da SADC, a SARUA e as 

equipas de investigação que realizaram a investigação estão unicamente posicionadas para 

fornecer recomendações capazes de melhorar o trabalho desta nova comissão técnica13. O 

foco deste  capítulo  centra‐se  agora em questões  relacionadas  com  a  recolha de dados e 

dados sobre o ensino superior regional.  

 

Melhorar os dados sobre o ensino superior regional 

 

Na  introdução  foi  referido  que  existem  várias  iniciativas  em  curso  para  melhorar  os 

processos de recolha de dados regionais,  incluindo o desenvolvimento de um conjunto de 

indicadores  para  controlar  o  plano  de  implementação  de  ensino  e  formação  regional  da 

SADC. Iniciativas recentes  incluem o trabalho  liderado pela ADEA centrado na avaliação do 

estado  actual dos  sistemas EMIS, assim  como um estudo  realizado pela UNESCO  sobre  a 

qualidade dos dados sobre o ensino na SADC (ADEA WGEMPS 2009, UNESCO 2010). Vale a 

pena  resumir algumas das principais conclusões e questões  levantadas nestes  relatórios e 

nas  implicações resultantes para estratégias de criação de capacidades para a região, pois 

fornecem  orientações  importantes  para  a  recolha  de  dados  sobre  o  ensino  superior 

regional. As lições aprendidas com estes estudos, juntamente com as reflexões com base na 

experiência da compilação destes dados de criação de perfil, são apresentadas em quatro 

sub‐secções  abaixo,  que  abrangem  respectivamente  a  mobilização  de  recursos, 

metodologias, qualidade e mandatos.  

   

13 O trabalho da SARUA na área da integração regional não tem estado limitado à criação do perfil conforme é possível  ver  na  publicação  de  2012  Perspectives  on  Regional  Identity  and  the  Role  of  Higher  Education  in Southern Africa. 

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Mobilização de recursos 

A  importância  de  assegurar  recursos  suficientes  –  humanos,  técnicos  e  financeiros  –  de 

modo a apoiar um sistema de gestão de dados educativos, é enfatizada como um elemento 

chave para garantir a qualidade dos dados (SADC 2009, UNESCO 2010). A gestão de sistemas 

de  dados,  tal  como  o  EMIS  (e  indubitavelmente  a  recolha  de  dados  ao  nível  do  ensino 

superior da SARUA, embora a escala seja diferente), requer conhecimentos especializados 

na recolha de dados, armazenamento,  integração, processamento, organização, divulgação 

e marketing de uma forma oportuna, garantindo também a fiabilidade e qualidade. Oito dos 

14 países (inclusive a África do Sul) informaram durante o estudo de avaliação do EMIS que 

não possuem membros do pessoal  suficientes para um  funcionamento eficaz do  EMIS, e 

apenas metade dos países  indicou possuir  implementado o equipamento necessário (SADC 

2009). À excepção do Botsuana, África do Sul e Tanzânia, foi referido que a maior parte dos 

ministérios da educação contam com apoio financeiro externo para equipamento, software 

e criação de capacidades do EMIS (SADC 2008). Esta falta de mobilização de recursos para a 

execução  de  sistemas  EMIS  a  nível  nacional  provavelmente  também  é  evidente  a  nível 

institucional,  e  estava  certamente  em  evidência  durante  a  recolha  dos  dados  para  este 

estudo.  Foi  perguntado  às  universidades  que  participam  se  possuíam  departamentos 

institucionais  de  investigação  e  74%  das  universidades  que  responderam  fizeram‐no  de 

forma  afirmativa. No  entanto,  é muito  provável  que  as  respostas  recebidas  tenham  sido 

fornecidas  por  parte  de  universidades  com  departamentos  responsáveis  pelo 

processamento de informações institucionais e que as universidades sem tal capacidade não 

tenham  sido  capazes  de  submeter  um  questionário  completo. Metade  das  universidades 

que  responderam  indicou  que  existia(m)  centro(s)  de  investigação  na  universidade  cuja 

investigação se centrava em assuntos relacionados com o ensino superior. Em alguns casos 

foram fornecidos nomes detalhes de contacto e essas informações fornecem uma base para 

criar uma comunidade de investigação do ensino superior na região da SADC.  

Metodologias 

É possível obter ilações relevantes para a metodologia através de dois níveis do relatório de 

relatório  de  avaliação  do  EMIS:  (1)  a metodologia  utilizada  para  reunir  os  dados  para  o 

próprio estudo de avaliação do EMIS, e (2) as metodologias da recolha de dados no país que 

foram  comunicadas pelos ministérios da educação nas  suas  respostas  ao questionário. O 

questionário utilizado no estudo de avaliação do EMIS foi preenchido pela totalidade dos 14 

ministérios da educação participantes, ou seja, a taxa de respostas foi de 100%. No entanto, 

o  período  de  tempo  necessário  para  receber  os  questionários  preenchidos  foi  de 

aproximadamente um ano. Dos 14 países, 11 preencheram os questionários digitalmente, 

dois enviaram cópias  impressas e um submeteu uma versão digitalizada de uma pesquisa 

preenchida à mão. Assim, embora a maior parte dos ministérios no estudo de avaliação do 

EMIS tenha preenchido o questionário digitalmente, parece que alguns países continuam a 

sentir  dificuldades  em  utilizar  as  interfaces  digitais  (e‐mail  ou  Internet).  Relativamente  à 

recolha de dados nos países durante o estudo do EMIS, quase todos os países indicaram que 

em  alguns  casos  as  instituições  de  ensino  não  forneceram  os  dados  solicitados, mesmo 

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quando  a  comunicação  dos  dados  foi  sancionada  a  nível  político  ou  legislativo  (SADC 

2008:7).  

Foram detectadas tendências semelhantes durante a fase de recolha de dados deste estudo 

de criação de perfil. Vários países e  instituições sentiram dificuldades em enviar e receber 

ficheiros digitais devido a  limitações de  largura de banda e em alguns casos foi necessário 

recorrer  a  faxes.  Uma  instituição  submeteu  o  seu  questionário  preenchido  à  mão  por 

correio.  À  semelhança  do  que  ocorreu  no  estudo  do  EMIS,  várias  instituições  que 

participaram  neste  estudo  não  submeteram  dados  ou  submeteram  questionários 

parcialmente preenchidos. 

Tendo em conta estes desafios, é pouco provável que uma recolha de dados sobre o ensino 

superior comparável venha a  fazer parte das  informações estatísticas nacionais padrão no 

futuro próximo. A recolha de dados para a criação de perfil regional a curto prazo imediato 

irá muito  provavelmente  ser  realizada  com  base  num  projecto,  como  foi  o  caso  deste 

estudo.  

Qualidade 

É útil considerar o quadro de avaliação da qualidade dos dados (DQAF) utilizado no estudo 

da UNESCO (2010) em relação ao trabalho de criação do perfil do ensino superior da SARUA 

e, em particular, ao contemplar a escala segundo a qual a SARUA decide trabalhar. O DQAF 

destaca a complexidade de  reunir dados de qualidade, assim como a  falta de capacidade 

actual  a  nível  regional  nesta  área.  A  tabela  abaixo  resume  o  quadro  de  avaliação  da 

qualidade dos dados utilizado. Embora o DQAF seja aplicado a nível nacional, as implicações 

também são relevantes ao nível institucional e regional, como foi o caso neste estudo.  

Tabela 32: Resumo das dimensões de qualidade do DQAF (UNESCO 2010:8‐9) 

Dimensões  de 

qualidade 

Sub‐dimensões (questões sobre a qualidade dos dados) 

Pré‐requisitos  Existe  um  ambiente  legal  e  institucional  para  servir  de  apoio  a  um  sistema 

estatístico? 

Existem  recursos  suficientes,  tanto  humanos  como  técnicos,  para  servir  de 

apoio a um sistema estatístico? 

Existe uma cultura de qualidade de dados? 

Integridade  Os  processos  de  recolha  de  dados,  análise  e  divulgação  são  orientados  por 

princípios profissionais? 

Existem políticas estatísticas e práticas transparentes? 

São utilizados padrões éticos para orientar o desenvolvimento de políticas e o 

pessoal? 

Adequação 

metodológica 

Os conceitos e definições de educação cumprem com os quadros estatísticos 

padrão? 

Os  dados  produzidos  são  abrangentes  e  cumprem  com  as  normas 

internacionais? 

Os  dados  são  categorizados  e  classificados  de  uma  forma  com  os  padrões 

internacionais e melhores práticas? 

Os  dados  são  registados  de  acordo  com  os  padrões,  directrizes  ou  práticas 

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Dimensões  de 

qualidade 

Sub‐dimensões (questões sobre a qualidade dos dados) 

boas aceites internacionalmente?

Exactidão e 

fiabilidade 

Quão abrangentes são as fontes de dados utilizadas para compilar estatísticas? 

Os dados e estatísticas sobre a avaliação são validados com base em diferentes 

fontes de dados? 

Encontram‐se  em  vigor  técnicas  estatísticas  sólidas  e  devidamente 

documentadas? 

As fontes de dados são regularmente avaliadas e validadas? 

Utilidade  As estatísticas são relevantes e oportunas? 

Existe uma política de análise previsível? 

Os dados são coerentes com um conjunto de dados e ao longo do tempo? 

Os dados estão 

facilmente 

disponíveis? 

Os dados são divulgados de uma forma adequada e imparcial? 

Existem metadados adequados para descrever completamente os dados? 

Há um foco em assistir o utilizador? 

Conforme  referido  anteriormente,  estes  critérios  de  qualidade  foram  desenvolvidos  para 

aplicação  a  nível  nacional  e,  como  tal,  aplicam‐se  a  sistemas  EMIS  nacionais.  É  pouco 

provável que uma organização como a SARUA seja capaz de alcançar este nível de qualidade 

de  dados  ao  recolher  dados  com  base  num  projecto  e  com  orçamentos  limitados.  Não 

obstante, estes critérios devem ser vistos como uma orientação para a recolha de todos os 

dados  sobre  o  ensino  superior.  Por  fim,  após  o  processo  EMIS  da  SADC  estar  concluído, 

tornar‐se‐á mais simples compilar dados sobre o ensino superior recolhidos a nível nacional 

como parte dos sistemas nacionais de comunicação do EMIS. No entanto, esta é uma meta a 

longo prazo, dado o alcance de desafios actualmente enfrentados relativamente à recolha e 

qualidade  de  dados  do  ensino  superior.  O  desempenho  dos  sete  países  da  SADC  que 

participaram no processo regional do DQAF, assim como a qualidade dos dados fornecidos 

pelas universidades neste estudo, destacaram a  jornada  longa a percorrer em direcção à 

qualidade de dados na região.  

Mandatos 

Um  dos maiores  desafios  que  um  EMIS  eficaz  enfrenta  na  região  da  SADC  são  as 

"inexistências de dados" ou relatórios estatísticos incompletos. Isto é um problema de 

cobertura  insuficiente  de  dados  de  todas  as  instituições  de  ensino  (públicas  e 

privadas) e de todos os sub‐sectores no sistema de ensino. Na origem deste problema 

encontra‐se a existência inadequada de políticas de EMIS abrangentes que satisfaçam 

os requisitos legais de todas as instituições de ensino e formação de modo a fornecer 

dados precisos e oportunos (SADC 2009:4).  

É  essencial que os governos  estabeleçam  [sic] uma política nacional  em  termos de 

EMIS que forneça um mandato aos Ministérios da Educação para insistirem que todas 

as  instituições  de  ensino  estejam  registadas  nos  mesmos,  fornecendo‐lhes  dados 

educativos  apropriados  sob  solicitação  e  seguir  regras  e  regulamentos  conforme 

promulgado  pelos Ministérios  de modo  a  estabelecer  um  sistema  EMIS  eficaz  que 

controla a  implementação de quadros de políticas nacionais e  internacionais  (SADC 

2008:6). 

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As  citações  apresentadas  acima  destacam  os  desafios  actualmente  experienciados  em 

relação aos mandatos  formalmente definidos e  legislados para a  recolha de dados a nível 

nacional, assim como a nível regional. A  importância central de garantir que se encontram 

em vigor mandatos claros e em concordar com os mesmos é destacada nos  relatórios da 

SADC  sobre  os  dados  do  EMIS,  a  qualidade  dos  dados  da  OCDE  e  também  o  DQAF  da 

UNESCO. Ao considerar questões  relacionadas com um mandato, é necessário considerar, 

em primeiro lugar a um nível amplo (regional e nacional), se existe um quadro político para 

a  comunicação  de  dados.  A  nível  regional,  nacional  e  institucional,  os  papéis  e 

responsabilidades de todos os intervenientes nos processos de dados devem ser explicados 

claramente  (UNESCO  2010).  De  modo  a  garantir  que  é  desenvolvida  uma  cultura  de 

divulgação  de  dados  de  qualidade,  é  essencial  que  todas  as  partes  compreendam 

claramente  a  importância  do  processo  e  como  a  comunicação  de  dados  influencia  e 

beneficia a sua prática. Embora a nova comissão técnica do ensino superior estabelecida na 

região  da  SADC  possa  fornecer  a  base  através  da  qual  tais  mandatos  possam  ser 

formalizados, a questão do mandato tem sido um desafio sério no trabalho de realização de 

perfil realizado até à data.  

A SARUA é uma organização com base na filiação e actualmente existem 60 universidades 

filiadas na organização. Conforme  referido anteriormente, o  trabalho de  criação de perfil 

realizado para este estudo destacou a existência de pelo menos 108 universidades públicas 

na  região.  Embora  todas  universidades  públicas  que  a  equipa  de  investigação  conseguiu 

identificar  –  quer  fossem  filiadas  ou  não  na  SARUA  –  tenham  sido  contactadas  para 

participar no estudo, as não filiadas nem sempre conheciam a organização, tinham dúvidas 

quanto à forma como os dados seria utilizados, e por vezes tiveram receio em participar no 

estudo.  Numa  tentativa  para  começar  a  formalizar  um  mandato  para  recolher  dados 

institucionais na região, a SARUA solicitou declarações de apoio assinadas por parte de dos 

15 ministérios da educação no  início do estudo. Conforme  referido no Capítulo 2,  foram 

recebidas declarações assinadas por parte de 8 dos 15 ministérios.  

No  contexto  de  estabelecer  um  mandato  também  é  relevante  que  o  "fardo"  da 

comunicação  sobre  as  instituições  não  seja  excessivo,  mas  sim  proporcional  face  às 

necessidades  dos  utilizadores  das  informações  (SADC  2009:16).  Num  guia  útil  sobre  o 

trabalho com o EMIS elaborado pelo DFID, Ellison apresenta como uma de seis boas práticas 

em EMIS que o  foco esteja na  rapidez e não na abrangência, que os sistemas estatísticos 

tendem a ser redundantes, e que os sistemas com uma maior utilidade são aqueles que são 

"simples e com um âmbito reduzido" (Ellison 2004). A abrangência da comunicação também 

deve  ser  claramente  acordada  em  relação  a  quando  formalizar mandatos,  assim  como 

procedimentos sobre a recolha, análise e comunicação de dados.  

 

   

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Recomendações para uma futura investigação 

Esta  secção  apresenta  um  resumo  das  áreas  que  representam  um  desafio  identificado 

durante a recolha e processamento de dados para este estudo de criação de perfil do ensino 

superior.  Juntamente  com  a  identificação  e  descrição  de  desafios  específicos,  são 

apresentadas recomendações para futuros estudos de criação de perfil do ensino superior 

regional. 

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Tabela 33: Resumo dos desafios de investigação e recomendações para futuras investigações 

Área de desafio  Breve explicação Mecanismos utilizados para superar o desafio durante este estudo 

Recomendações para futura criação de perfil do ensino superior a nível regional 

Mandato e identificação dos inquiridos 

Em alguns casos foi difícil estabelecer o mandato para recolher dados a nível institucional. Foi particularmente o caso quando as universidades não eram formalmente filiadas na SARUA. Além disso, entrar em contacto com a(s) pessoa(s) mais apropriada(s) em cada ministério e em cada universidade foi particularmente difícil. O ponto de partida neste estudo foi o secretário permanente no ministério e o departamento do vice‐reitor das universidades, mas frequentemente estes departamentos não eram de capazes de fornecer dados e os investigadores foram remetidos para outros departamentos e pessoas. 

Foi enviada uma comunicação formal por escrito a cada ministério da educação e a cada universidade por parte do CEO da SARUA no início do estudo. Foi incluída uma cópia digital do conjunto de estudos de 2008 da SARUA para demonstrar de que forma os dados seriam utilizados e para enfatizar a importância do estudo para cada universidade, país e região mais em geral. Foi solicitado aos ministérios da educação que considerassem assinar uma declaração de apoio ao estudo (redigida previamente pela equipa de investigação). Quando isso foi efectuado (oito países), a declaração assinada foi incluída com a comunicação inicial destinada às universidades no país como prova do apoio nacional concedido ao estudo. 

É difícil para uma organização com base na filiação como a SARUA estabelecer um mandato para criação de perfil regional abrangente que também inclua entidades não filiadas. Como tal, é recomendada a realização de um futuro trabalho de criação de perfil, na medida do possível, através de uma parceria formal com estruturas da SADC, tal como a Comissão Técnica do Ensino Superior, o que forneceria acesso direccionado às pessoas mais apropriadas em cada ministério da educação. O estabelecimento de equipas investigação nacionais constituídas por investigadores locais também ajudaria a aumentar a confiança e a proporcionar um entendimento mais amplo dos contextos do ensino superior. As implicações financeiras desta acção, naturalmente, necessitam ser equilibradas com os aspectos práticos da recolha de dados regionais.  

A verificação de dados e validação 

Em muitos casos os dados submetidos pelas universidades eram imprecisos e continham inconsistências. Dadas as limitações orçamentais do estudo, não foi possível auditar ou verificar formalmente os dados fornecidos pelas universidades.  

Foi preparada uma folha de cálculo de verificação para calcular automaticamente os totais e indicar as áreas com erros para acompanhamento com a universidade ou o ministério em questão. Em alguns casos os números numa pergunta foram corrigidos, mas noutros foram introduzidos novos erros. Foi necessária uma verificação posterior e acompanhamento. Apesar destes processos, não foi possível resolver todas 

Conforme referido nas secções anteriores desta análise, existe uma capacidade limitada na região em termos da investigação institucional. Não é o caso em todas as universidades, nem em todos os países, mas no geral, existe uma falta de capacidade. Como tal, é provável que os dados institucionais continuem a conter erros. Sem um mecanismo específico de recolha de dados regionais que seja utilizado de forma contínua, é 

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Área de desafio  Breve explicação Mecanismos utilizados para superar o desafio durante este estudo 

Recomendações para futura criação de perfil do ensino superior a nível regional 

as inconsistências de dados. Algumas universidades não responderam a pedidos de verificação e em alguns casos os dados foram a melhor estimativa possível que a universidade foi capaz de realizar.  

provável que ocorram erros de dados em projectos de investigação desta natureza.  Idealmente devem existir processos formais de validação de dados, tais como visitas de verificação a uma amostra de instituições, por exemplo. No entanto, as suas implicações orçamentais são enormes e é improvável que seja uma abordagem viável a curto‐médio prazo.  

Definir unidades de análise comparáveis 

Em alguns casos foi possível constatar que as universidades participantes adoptaram diferentes entendimentos das categorias incluídas no questionário, apesar de estar incluída uma secção de definições abrangentes no início do questionário.  

Na medida do possível isto foi corrigido durante as verificações dos dados. No entanto, ao trabalhar em países diferentes, alguns dos quais possuem procedimentos nacionais de comunicação e outros não, assim como alguns se baseiam no sistema do ensino superior inglês, alguns no sistema francês e outros no sistema português, nem sempre é possível resolver por completo estas questões.  

É recomendado que estudos futuros considerem elaborar um manual simples para a recolha de dados. Parece que as definições existentes no início do questionário podem não ter sido consideradas aquando da compilação dos dados. A utilização de uma folha de cálculo para a recolha de dados que inclua definições junto ao local onde os dados são introduzidos pode ser útil.  

Determinar um ano de referência apropriado 

Os questionários utilizados neste estudo solicitaram dados para o ano lectivo concluído mais recentemente (2009/2010 dependendo do calendário académico utilizado no país). Pressupõe‐se que existe um intervalo de tempo relativamente ao processamento de dados institucionais e nacionais. Como a recolha de dados para este projecto teve início em 2011, o ano lectivo 2009/2010 foi considerado como sendo o ano mais recente para o qual estavam disponíveis dados. No entanto, foi necessário alargar o prazo de recolha de dados devido à lentidão com que algumas universidades forneceram respostas e isso influenciou o 

Quando foram fornecidos dados relativos a um ano lectivo diferente, tal encontra‐se indicado nos relatórios a nível nacional (consultar o Volume 2). A nível regional, os dados foram compilados e considerados como representando o ano de 2010. Contudo, estão incluídas notas específicas sobre as limitações desta consideração na secção de metodologia e foi referido que o perfil apresentado deve ser visto como a melhor estimativa do estado do ensino superior público nesse momento.  

Uma futura investigação deve ser planeada com um período de tempo para a recolha de dados de pelo menos doze meses de modo a permitir tempo suficiente para vários acompanhamentos sobre os dados pendentes, assim como a verificação quando forem detectadas inconsistências. Assumindo ao período de recolha de dados de pelo menos doze meses, deve ser identificado o ano de referência mais apropriado. Deve ser disponibilizado espaço na folha de recolha de dados (questionário ou folha de cálculo) para as universidades adicionarem uma nota quando os dados fornecidos não corresponderem ao ano 

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Área de desafio  Breve explicação Mecanismos utilizados para superar o desafio durante este estudo 

Recomendações para futura criação de perfil do ensino superior a nível regional 

ano mais recente para o qual estavam disponíveis dados.  

de referência em questão. Esses dados podem ser considerados na análise e comunicados como tal. 

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Capítulo 6: Conclusões 

 

Este volume do perfil do ensino superior na região da África Austral relativo a 2012 da SARUA 

abrange muitos pontos. A apresentação do perfil do ensino superior foi posicionada no âmbito 

de um argumento mais amplo sobre a importância da criação de sistemas e procedimentos de 

recolha de dados do ensino superior regional de modo a estabelecer a  infra‐estrutura a partir 

da  qual  a  regionalização  do  sector,  servindo  de  suporte  a  processos  de  desenvolvimento 

regional mais amplos, pode evoluir. Após uma discussão sobre a metodologia de  investigação 

do  estudo,  foi  apresentada  uma  análise  da  literatura,  centrando‐se  nos  desafios  e 

oportunidades que o ensino superior enfrenta na África Austral. A análise da literatura forneceu 

informações importantes para auxiliar a interpretação e compreensão dos dados de perfil que 

constituem a maior parte da análise. 

Os  dados  de  criação  de  perfil  indicaram  algum  crescimento  no  sector  do  ensino  superior 

regional entre 2006 e 2010. O estudo identificou 109 universidades públicas, 526 universidades 

técnicas  ou  colégios  com  financiamento  público  e  456  instituições  do  ensino  superior  com 

financiamento  particular.  Apesar  do  rápido  crescimento  em  termos  do  número  de 

universidades privadas na  região, a maior parte dos alunos na  região ainda estuda no  sector 

universitário público. Os dados destacaram a grande necessidade de vagas nas universidades, 

uma necessidade que dificilmente o sector público regional será capaz de satisfazer. Como tal, 

foi recomendado prestar uma maior atenção à investigação e compreensão do ensino superior 

privado, pois este  sector pode dar uma  contribuição  importante para o desenvolvimento da 

região.  

Com  base  nos  dados  disponíveis,  calcula‐se  que  existam  aproximadamente  1,3 milhões  de 

alunos matriculados em universidades públicas na região. A África do Sul permanece o país com 

o  número  mais  elevado,  seguindo‐se  a  República  Democrática  do  Congo,  Tanzânia, 

Moçambique, Angola  e Madagáscar. Quando  os  dados  da  região  são  agregados,  existe  uma 

repartição  quase  uniforme  entre  os  alunos  do  sexo masculino  e  feminino.  Contudo,  foram 

identificadas grandes disparidades de género em alguns países. A nível nacional e regional, os 

alunos  do  sexo  feminino  continuam  a  estar  representados  de  forma  escassa  nas  áreas  das 

ciências, engenharia e tecnologia. A distribuição relativa de alunos na região por principal área 

de estudo permaneceu bastante consistente entre 2006 e 2010, embora tenha ocorrido algum 

aumento no número absoluto de matrículas. As áreas do comércio, gestão e direito, seguidas 

pelas humanidades  e  ciências  sociais  representam os números mais  elevados de  alunos.  Foi 

demonstrada a preocupação relativamente ao facto de ser necessário aumentar as matrículas e 

diplomados nas áreas das  ciências, engenharia e  tecnologia. O  sistema universitário  regional 

está predominantemente direccionado para as licenciaturas, com as matrículas em mestrados e 

doutoramentos a representarem apenas 12% do total de matrículas e 7% dos diplomas. Estes 

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valores  são  muito  baixos,  dada  a  necessidade  de  posicionar  o  ensino  superior  como  um 

impulsionador chave das economias de conhecimento nacionais e regionais.  

Apesar  de  reconhecimento  crescente  da  necessidade  de  expandir  as  matrículas  no  ensino 

superior, o estudo  salientou várias  limitações  infra‐estruturais em várias áreas. Na  região, as 

universidades  indicaram  necessidades  em  termos  da  quantidade  e  qualidade  das  infra‐

estruturas dos  serviços de apoio ao aluno, assim como do ensino e aprendizagem. Na maior 

parte  dos  casos  foi  indicado  que  embora  estejam  predominantemente  disponíveis  infra‐

estruturas  de  ensino  e  aprendizagem,  são  frequentemente  insuficientes  para  satisfazer  as 

necessidades  de  todos  os  alunos matriculados.  As  necessidades  na  área  de  alojamento  dos 

alunos também são indicadas com frequência. 

Uma regionalização eficaz depende de, entre outras coisas, sistemas nacionais de garantia de 

qualidade  que  estabeleçam  a  base  para  o  reconhecimento  e  transferência  de  créditos.  Os 

dados recolhidos neste estudo demonstraram que embora a maior parte dos países possui um 

sistema  nacional  de  garantia  de  qualidade  em  vigor  ou  em  desenvolvimento,  há  países  que 

anda não fizeram um progresso assinalável nesta área. Um total de 83% das universidades que 

participam indicou que possuir procedimentos internos de garantia de qualidade em vigor, mas 

apenas 56% possui orçamento disponível para apoiar o trabalho de garantia de qualidade. Foi 

algo  preocupante  constatar  que  apenas  69%  das  universidades  que  submeteram  respostas 

indicaram utilizando procedimentos externos de examinação.  

Relativamente  aos  resultados  do  ensino  superior  –  diplomados  e  investigação  –  o  estudo 

confirmou outros estudos que destacaram que os resultados de  investigação e a produção de 

conhecimento  são  relativamente escassos na  região. O perfil  regional de diplomados é ainda 

mais  enviesado  em  relação  ao  nível  das  licenciaturas  do  que  o  perfil  de matrículas,  com  as 

licenciaturas a  representarem 79% de  todos os diplomados na  região. Este número aumenta 

para 88% se os diplomados sul‐africanos  forem excluídos, pois a maior parte da  formação na 

região  ocorre  nas  universidades  sul‐africanas.  Também  foi  preocupante  constatar  que  a 

proporção de diplomados em ciências, engenharia e tecnologia diminuiu entre 2006 e 2010. 

Por fim, os dados de perfil apontam para níveis relativamente baixos de mobilidade dos alunos 

e pessoal na  região. Muito do movimento que ocorre envolve o movimento da África do Sul 

para outros países da SADC. No total, na maior parte dos países há um número mais elevado de 

membros  internacionais  do  pessoal  de  fora  da  região  do  que  da  própria  região.  Isto  tem 

implicações para a produção de conhecimento localmente relevante. 

Em  conclusão, deve  ser  reiterado que o ensino  superior,  como uma das principais  fontes de 

produção  de  conhecimento,  continua  a  desempenhar  um  papel  significativo  no 

desenvolvimento  socioeconómico  e  humano,  assim  como  da  realização  de  esforços  para 

reforçar a democracia na  região da SADC. Para que  todo o potencial do ensino  superior  seja 

alcançado,  são  necessárias  políticas  para  o  ensino  superior  com  base  em  factos  e  um 

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planeamento do desenvolvimento a nível nacional e regional com base em dados longitudinais 

de alta qualidade. A SARUA  já alcançou enormes progressos nesta direcção através dos  seus 

estudos de  criação de perfil e, deste modo,  começam a emergir dados  longitudinais  sobre o 

ensino superior na região. No entanto, foi destacada a necessidade de mecanismos de recolha 

e  processamento  de  dados  sobre  o  ensino  superior  regional mais  formalizados  e  a  análise 

fornece recomendações específicas a este respeito.  

Continua  a  ser  importante  que  todas  as  partes  interessadas  se  associem  numa  tentativa 

sustentada para garantir que a região da SADC esteja equipada para responder às exigências da 

economia  de  conhecimento  global  através  de  instituições  do  ensino  superior  de  qualidade 

elevada, resultados melhorados e um crescimento na produção de conhecimento regional de 

elevada qualidade. 

 

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Anexo

País 

Angola 

Botsuana

RepúblicaDemocrádo Congo

o: Breve 

a tica o 

descrição socioe

Bandeira

conómicca dos pa

Esta

PopPIB(20ÍndNívPrinnegagrPrindiasisaIncEsc(20Esc(20Esc

(20

PopPIB(20ÍndNívPrinmaPrinníqIncEsc(20Esc(20Esc(20

PopPIB(20ÍndNívPrinsilvPrincobcruIncEsc(20

aíses mem

atísticas conte

pulação: 19,6 B per capita: 6011) dice de desenvveis de desemncipais sectorgócios e coméricultura/silvicncipais exportmantes, prodal, peixe e proidência de VIHcolarização bru010) colarização bru010) colarização bru

010) pulação: 2,0 mB per capita: 1011) dice de desenvveis de desemncipais sectornufactura, agncipais exportquel,  carbonidência de VIHcolarização bru009) colarização bru009) colarização bru006) 

pulação: 67,8 B per capita: 4010 est.) dice de desenvveis de desemncipais sectorvicultura, servincipais exportbre,  cobaltoude,  café idência de VIHcolarização bru010) 

mbros da

extuais do paí

milhões (20116.000 dólares n

volvimento huprego: > 50% res económicoércio, serviços,ultura/pesca tações: petrólutos petrolífedutos da pescH e SIDA: 2% (uta no ensino

uta no ensino

uta no ensino

milhões (2011)16.200 dólares

volvimento huprego: 17,8% res económicoricultura, turistações: diamato  de  sódioH e SIDA: 24,8uta no ensino

uta no ensino

uta no ensino

milhões (2011451 dólares no

volvimento huprego: indispores económicoiços, mineraçãtações: diam,  produtos m

H e SIDA: 1,6%uta no ensino

103

a SADC 

ís 

1) norte‐america

umano: 0,486(2011 est.) os: petróleo e , 

leo bruto, ros refinados,ca, madeira, a(2009) o primário: 12

o secundário: 3

o superior: 14%

) s norte‐americ

umano: 0,633(2010 est.) os: mineraçãosmo antes, cobreo, carne,  têx8% (2009) o primário: 11

o secundário: 8

o superior: 7%

1 est.)orte‐americano

umano: 0,286onível os: agriculturaão, manufactuantes, ouro,madeireiros

% (2009 est.)o primário: 94

anos 

 

gás, 

, café, lgodão 

4% 

31% 

canos 

 

o, 

e,  xteis 

0% 

82% 

os 

 

a e ura ,  ,  

Page 104: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

País 

Lesoto 

Madagás

Malaui 

scar 

Bandeira Esta

Esc(20Esc(20

PopPIB (201ÍndiNívePrintêxtPrinmanangInciEsco(201Esco(201Esco

PopPIB (201ÍndiNívePrinagriPrinmavespetInciEsco(201Esco(200Esco

PopPIB (201ÍndiNívePrinPrinalgoconInciEsco(200Esco

atísticas conte

colarização bru010) colarização bru009) 

pulação: 2,2 mper capita: 9810) ice de desenveis de desempncipais sectoreteis, agriculturncipais exportnufactura, alimgorá idência de VIHolarização bru10) olarização bru10) olarização bru

pulação: 21,3 per capita: 4210) ice de desenveis de desempncipais sectoreicultura, indusncipais exportrisco,  açúcastuário, cromtróleo idência de VIHolarização bru10) olarização bru09) olarização bru

pulação: 15,4 per capita: 3510) ice de desenveis de desempncipais sectorencipais exportodão, café, amfecções idência de VIHolarização bru06) olarização bru

extuais do paí

uta no ensino

uta no ensino

milhões (2011)81 dólares no

volvimento huprego: 25,3% es económicora, manufactutações: vestuámentação e an

H e SIDA: 23,6uta no ensino 

uta no ensino 

uta no ensino 

milhões (201122 dólares no

volvimento huprego: 50% (2es económicostria, turismo tações: café,  r,  tecido  demito,  produt

H e SIDA: 0,2%uta no ensino 

uta no ensino 

uta no ensino 

milhões (201157 dólares no

volvimento huprego: indispoes económicotações: tabacomendoim, prod

H e SIDA: 11% uta no ensino 

uta no ensino 

104

ís 

o secundário:

o superior: 6%

 rte‐americano

umano: 0,450(2008) os: vestuário eura, turismo ário e têxteis, nimais vivos, l

6% (2009) primário: 103

secundário: 4

superior: 4% 

1) rte‐americano

umano: 0,4802004 est.) os: mineração,

baunilha,   algodão,  tos derivado

% (2009 est.) primário: 149

secundário: 3

superior: 4% 

1) rte‐americano

umano: 0,400onível os: agriculturao, chá, açúcar,dutos madeire

 (2010 est.) primário: 119

secundário: 3

38% 

os 

á e 

3% 

46% 

(2006) 

os 

os  do  

9% 

31% 

(2010) 

os 

, eiros, 

9% 

32% 

Page 105: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

105

País  Bandeira Estatísticas contextuais do país 

(2010)Escolarização bruta no ensino superior: 1% (2010) 

Ilhas Maurícias 

População: 1,3 milhões (2011) PIB per capita: 7.488 dólares norte‐americanos (2010) Índice de desenvolvimento humano: 0,726 Níveis de desemprego: 7,8% (2011)  Principais sectores económicos: agricultura, turismo, manufactura, serviços financeiros Principais exportações: vestuário e têxteis, açúcar, melaço, peixe, floricultura Incidência de VIH e SIDA: 1% (2010) Escolarização bruta no ensino primário: 111% (2010) Escolarização bruta no ensino secundário: 89% (2010)  Escolarização bruta no ensino superior: 25% (2010) 

Moçambique 

População: 23,9 milhões (2011) PIB per capita: 1.100 dólares norte‐americanos (2011) Índice de desenvolvimento humano: 0,322 Níveis de desemprego: 21% (1997 est.) Principais sectores económicos: mineração, agricultura, industria, turismo Principais exportações: alumínio, camarões, electricidade, cajus, açúcar, citrinos, algodão, madeira Incidência de VIH e SIDA: 11,5% (2010 est.) Escolarização bruta no ensino primário: 111% (2011) Escolarização bruta no ensino secundário: 26% (2011) Escolarização bruta no ensino superior: 1% (2005)

Namíbia 

População: 2,3 milhões (2011) PIB per capita: 6.700 dólares norte‐americanos  Índice de desenvolvimento humano: 0,625 Níveis de desemprego: 51,2% (2008 est.) Principais sectores económicos: mineração, agricultura, industria, turismo Principais exportações: diamantes, cobre, ouro,  zinco,  chumbo,  urânio,  gado,  peixe  processado,  curtumes de caracul Incidência de VIH e SIDA: 13,3% (2009 est.) Escolarização bruta no ensino primário: 107% (2008) Escolarização bruta no ensino secundário: 104% (2007) Escolarização bruta no ensino superior: 9% (2008) 

Page 106: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

País 

Ilhas Seicheles

África do

Suazilând

 Sul 

dia 

Bandeira Esta

PopPIB(20ÍndNívPrinturPrinpeiproIncEsc(20Esc(20Escind

PopPIBÍndNívPrinminpesPrinmaIncEsc(20Esc(20Esc(20

PopPIB(20ÍndNívPrinturPrinbebmacítIncEsc(20Esc(20Esc(20

atísticas conte

pulação: 0,9 mB per capita: 1006) dice de desenvveis de desemncipais sectorrismo, agricuncipais exportixe  congeladodutos derividência de VIHcolarização bru006) colarização bru010) colarização bruisponível 

pulação: 50,6 B per capita: 1dice de desenvveis de desemncipais sectorneração, manuscas, serviços ncipais exportquinaria, equiidência de VIHcolarização bru002) colarização bru002) colarização bru006) 

pulação: 1,1 mB per capita: 3010) dice de desenvveis de desemncipais sectorismo ncipais exportbidas alcoóladeira, fio dericos,  fruta  idência de VIHcolarização bru010) colarização bru010) colarização bru006) 

extuais do paí

milhões (2006)11.451 dólares

volvimento huprego: 2% (20res económicoultura,  bebidtações: atumdo,  casca  devados do petH e SIDA: indisuta no ensino

uta no ensino

uta no ensino

milhões (201110.973 dólaresvolvimento huprego: 24,9% res económicoufactura, agricpúblicos tações: metaiipamento de tH e SIDA: 17,5uta no ensino

uta no ensino

uta no ensino

milhões (2011)3.311 dólares n

volvimento huprego: 40% (2res económico

tações: conceicas, açúcare  algodão, cde conservaH e SIDA: 25,9uta no ensino

uta no ensino

uta no ensino

106

ís 

) s norte‐americ

umano: 0,773006 est.) os: pesca,  das  de  conserv canela, coptróleo  sponível o primário: 11

o secundário: 

o superior: 

1) s norte‐americumano: 0,619(2011) os: serviços, tucultura, silvicu

s, ouro, diamatransportes 5% (2009) o primário: 10

o secundário: 9

o superior: 15%

) norte‐america

umano: 0,5222006 est.) os: manufactu

entrados  der,  polpa  de congelados,  a  9% (2009 est.)o primário: 11

o secundário: 5

o superior: 4%

canos 

 

a,  pra, 

7% 

119% 

canos  

urismo, ultura e 

antes, 

7% 

90% 

anos 

 

ura, 

 

 6% 

58% 

Page 107: UM PERFIL DO ENSINO SUPERIOR NA ÁFRICA AUSTRAL · na África Austral. Em particular, será necessário examinar de que forma a tendência para o crescimento internacional rumo à

107

País  Bandeira Estatísticas contextuais do país 

Tanzânia 

População: 46,2 milhões (2011) PIB per capita: 516 dólares norte‐americanos (2010) Índice de desenvolvimento humano: 0,466 Níveis de desemprego: 10,7% (2011) Principais sectores económicos: mineração, agricultura, manufactura, turismo Principais exportações: ouro,  café, nozes  de  caju, produtos  manufacturados,  algodão Incidência de VIH e SIDA: 5,6% (2009 est.) Escolarização bruta no ensino primário: 102% (2010) Escolarização bruta no ensino secundário: 6% (1999) Escolarização bruta no ensino superior: 2% (2010)

Zâmbia 

População: 13,5 milhões (2011)  PIB per capita: 1.238 dólares norte‐americanos (2010) Índice de desenvolvimento humano: 0,430  Níveis de desemprego: 14% (2006 est.)  Principais sectores económicos: mineração, agricultura, manufactura, turismo  Principais exportações: cobalto, cobre, algodão, flores, electricidade Incidência de VIH e SIDA: 13,5% (2009 est.) Escolarização bruta no ensino primário: 115% (2010)  Escolarização bruta no ensino secundário: 28% (2002)  Escolarização bruta no ensino superior: 2% (1999)  

Zimbabué 

População: 12,8 milhões (2011) PIB per capita: 573 dólares norte‐americanos (2010) Índice de desenvolvimento humano: 0,376 Níveis de desemprego: 95% (2009 est.) Principais sectores económicos: agricultura, mineração, turismo Principais exportações: platina,  algodão, tabaco,  ouro,   ligas metálicas,  têxteis/vestuário  Incidência de VIH e SIDA: 14,3% (2009 est.) Escolarização bruta no ensino primário: 101% (2006) Escolarização bruta no ensino secundário: 40% (2006) Escolarização bruta no ensino superior: 6% (2010)