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UMA INTRODUÇÃO À TEOSOFIA
Planos da Manifestação
Por Afonso Celso L. Wanderley
O ser humano, os demais seres e tudo quanto existe, são constituídos de uma infinidade de
combinações de matéria-energia, de todos os graus de densidade e complexidade. Cada uma
dessas combinações ou graus de matéria-energia são representativos de um nível particular da
Consciência-Energia em escala cósmica, presente em toda manifestação universal.
A tradição oriental fornece uma visão ordenada e simplificada deste fato, apresentando os
diversos níveis de consciência-energia estratificados em camadas, e obedecendo à lei da
diferenciação e densidades crescentes ou, reciprocamente, da unificação (identificação ao Uno) e
sutilização crescentes. Dessa forma, situa-se o plano mais denso (o físico-sólido) em um extremo
da escala, caracterizado pela máxima diferenciação de formas, densidade e Ignorância (imersão
da Consciência na Matéria), e no outro extremo, o plano divino, o plano da unidade,
caracterizado pela máxima sutilização da matéria-energia, indistinção de formas e máxima
plenitude de Ser (emersão da Consciência na Matéria).
Do nível mais denso, diferenciado, para o mais sutil, é fornecido o seguinte esquema, constituído
de 7 planos:
• o plano físico (sólido, líquido, gasoso, 1o. a 4o. etérico)
• o plano astral (vital ou emocional, das energias nervosas e emocionais)
• o plano mental ou Manásico (das energias de pensamento ou mentais)
• o plano intuicional ou Búdico (das energias psíquicas ou de alma)
• o plano espiritual ou Átmico (onde se manifestam as essências espirituais)
• o plano monádico ou Anupadaka (onde se manifestam as mônadas, redutos últimos das
individualidades espirituais)
• o plano divino ou Adi
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Embora todos os fenômenos cósmicos envolvam processos simultâneos nos diversos planos ou
níveis de matéria-energia, cada plano pode ser visto como possuidor de um determinado
conjunto de leis ou princípios de operação e envolvendo em "seu espaço" todas as realidades
energéticas desse plano. Esta visão analítica, em separado, para cada plano, facilita uma
abordagem "científica" dos processos e princípios característicos do plano, bastante útil no
treinamento mágico ou ocultista. Diz-se, porém, que todos os planos estão submetidos a uma Lei
de Manifestação única, modificando-se apenas seu aspecto externo em conformidade com o
meio ou plano de manifestação. Este é o fundamento do Princípio da Analogia ou
Correspondência, aplicável a todos os processos e em todos os planos da Manifestação.
As antigas escrituras hindus relatam ainda que os 7 planos mencionados acima constituem o
Sub-Plano Cósmico Físico, havendo mais seis planos cósmicos em escala crescente de
sutilização de energias e poder de consciência. Esta afirmação tanto pode ser considerada em
caráter simbólico, sugerindo a infinitude da Criação, como em caráter objetivo, apontando para
realidades apenas acessíveis atualmente à imaginação humana.
O homem, seus Corpos e Chacras
O homem reproduz em escala microscópica o universo com seus planos e subplanos, realizando
através das transformações e processos de sua própria vida, uma réplica ou paródia de
acontecimentos planetários e cósmicos, e em sincronismo com estes. Eis o verdadeiro alcance da
assertiva de que “... o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus".
Diz-se, portanto, que o homem possui 7 corpos correspondentes aos respectivos planos de
consciência-energia cósmicos. A Personalidade do homem ("eu inferior") é constituída pelas
energias dos planos físico, vital (ou astral) e mental inferior. Os planos mental superior,
intuicional (ou búdico) e espiritual (ou átmico) fornecem as energias e materiais constitutivos da
Tríada Espiritual ("eu superior"). No plano monádico (Anupadaka) residem as mônadas
individuais que são os reflexos individualizados dos três Aspectos do Logos1: Vontade-Poder,
Amor-Sabedoria e Inteligência Ativa.
1 Logos, em um sentido bem simplificado, significa a Divindade Manifestada. Assim temos, por exemplo, o Logos Planetário que é a Divindade Manifestada para os planetas e, dentre eles, o Planeta Terra; ou então o Logos Solar que é a Divindade Manifestada para todo o Sistema Solar, e assim por diante [nota acrescentada ao texto do autor para fins de esclarecimento].
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A tradição oriental enfoca especial atenção à formação do Corpo Causal no plano mental
superior, responsável pelo acúmulo das experiências vivenciais através das diversas encarnações,
sendo esse corpo o veículo primário da alma reencarnante.
Cada corpo do homem possui - em analogia ao que ocorre no corpo físico - os órgãos e sistemas
especializados necessários a sua vitalização e troca de energias com os demais corpos e espaço
exterior.
No corpo físico, em seus níveis mais sutis (etéricos), existe uma complexa rede de canais
(meridianos) e vórtices (chacras) de energia, responsáveis pela incessante troca e processamento
das energias provenientes dos diversos planos de consciência-energia, através dos respectivos
corpos ou planos do ser.
Dentre a enorme quantidade de vórtices existentes no complexo energético humano -
responsáveis pela entrada (aferentes) ou saída (deferentes) de energia - destacam-se por seu
tamanho e importância 7 chacras, conhecidos na tradição esotérica como Chacras Magnos. Esses
vórtices se apresentam como "flores energéticas" ligadas à medula espinhal por um "talo"
(conduto energético).
CHACRA MAGNO
LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO OU CONEXÃO
ENERGÉTICA
YANTRA ELEMENTO
1 Fundamental (Muladhara)
Base da espinha dorsal (cóccix)
Energia sexual (kundalini), plano físico
Quadrado Terra
2 Esplênico (Svadisthana)
Baço e plexo nervoso acima do sexo
Plano etérico Meia Lua Água
3 Umbilical (Manipura)
Plexo Solar Astral inferior Triângulo ascendente
Fogo
4 Cardíaco (Anahata)
Centro nervoso do coração
Astral superior e psíquico Dois triângulos entrelaçados
Ar
5 Laríngeo (Vishuddha)
Garganta, glândula tireóide
Expressão intelectual, plano mental inferior
Círculo Éter
6 Frontal (Ajna)
Entre as sobrancelhas, hipófise
Plano mental superior Pentágono Manas
7 Coronário (Sahasrara)
Topo do crânio Plano intuicional e espiritual
Circunferência Budhi
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Globos, Cadeias, Rondas e Sistemas
Os planetas não existem isoladamente. Cada planeta pertence a um conjunto de globos,
intimamente coligados, constituindo uma cadeia.
Cada cadeia possui 7 globos, denominados convencionalmente de A a G. Cada globo encontra-se
num nível de consciência-energia cósmico, havendo do globo A até o globo D da cadeia um
mergulho nos níveis mais densos, e do globo D ao G uma emergência aos níveis mais sutis.
O globo D de toda cadeia representa o "ponto de retorno" e o momento onde o equilíbrio de
forças ascendentes e descendentes se torna mais complexo.
A vida se manifesta apenas num globo de cada vez e seqüencialmente do globo A ao G da cadeia.
A cada ativação vital de um globo denomina-se período global ou mundial.
A cada circuito completo da Energia de Vida através dos 7 globos de uma cadeia, denomina-se
ronda (= 7 períodos globais).
Ao final de cada ronda (ativação do globo G da cadeia), segue-se uma nova ronda com a
ativação do globo A.
O processo se repete até a sétima ronda, quando cada globo é ativado 7 vezes ( 49 períodos
globais).
Após a sétima ronda, a cadeia tem um período de repouso (= desintegração = pralaia da cadeia =
"desencarne" do Logos da cadeia).
Dá-se após isso uma nova manifestação da cadeia, seguindo a mesma lei de ativação dos globos
de uma cadeia pela ronda, isto é, formam-se sucessivamente 7 cadeias, havendo um mergulho
gradual na matéria até a quarta cadeia e, a partir daí, um retorno aos planos mais sutis.
O conjunto das 7 cadeias manifestadas sucessivamente no tempo, constituem um esquema
evolutivo (= 7 períodos de cadeia = 49 rondas = 343 períodos globais).
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O nosso Logos Solar sustenta em seu sistema 10 esquemas evolutivos, que se encontram em
diferentes estágios de evolução, sendo o mais adiantado o Esquema Venusiano (na 5a. cadeia)
seguido pelo Terrestre e Netuniano (ambos na 4a. cadeia). A 5a. cadeia venusiana encontra-se na
7a. ronda, enquanto a 4a. cadeia terrestre encontra-se no meio da 4a. ronda (ativação do globo D,
a Terra).
Não se conhece com precisão o destino do nosso Logos Solar após o completo desenvolvimento
dos 10 esquemas evolutivos que sustenta. Quando todas as sétimas cadeias de cada esquema
tiverem sido atravessadas pela 7a. ronda, provavelmente o Logos Solar entrará num período de
repouso (= desintegração = pralaia do sistema = "desencarne" do Logos Solar). Pela Lei da
Correspondência, o Logos Solar voltará então a se manifestar em um nível diferente de
consciência-energia, assim como fazem as cadeias ao longo de um esquema evolutivo.
É interessante salientar que os 7 planos que atualmente servem de campo para a evolução do
nosso sistema solar correspondem ao Sub-Plano Físico em escala cósmica, o que permite
entrever-se a existência de processos evolutivos nos sub-planos cósmicos superiores, ou mais
sutis.
As Raças e Sub-Raças
Em cada período de ativação de um globo (período mundial) a vida evolui em 7 estágios ou raças
sucessivas, havendo em cada estágio ou raça a ativação de determinado nível de consciência-
energia nas formas de vida em evolução.
Cada raça pode ser dividida em 7 fases ou sub-raças, sucessivas ou simultâneas no tempo. Cada
sub-raça possui um período de nascimento ou instalação, crescimento ou progresso até a
plenitude, e ocaso, correspondendo em parte às civilizações historicamente conhecidas.
A substituição de uma sub-raça pela sub-raça seguinte ocorre através de dominação pela sub-raça
sucessora ou cataclisma que abate total ou parcialmente a sub-raça antecessora, funcionando
ambos os mecanismos como um "Dia do Juízo" (de 4a. ordem) que "fecha a porta" aos
indivíduos inabilitados para o próximo ciclo evolutivo.
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A nível de raça, ocorre processo semelhante sendo o "Dia do Juízo" (de 3a. ordem) normalmente
acompanhado de grande cataclisma envolvendo continentais extensões de terra. Nessas ocasiões,
submergem as terras mais povoadas pela raça em declínio e emergem territórios que servirão de
berço de desenvolvimento para a nova raça que se instala.
Na Terra encontra-se atualmente em desenvolvimento a 5a. sub-raça (a Teutônica) da 5a. raça-
raiz (a Ariana). A maioria de seus habitantes, entretanto, pertencem à 4a. raça-raiz (a Atlante), os
quais, por merecimento, ganharam direito a continuar com seu processo evolutivo (sem
interrupção) ao lado da raça ariana, após o "Dia do Juízo" que submergiu a Atlântida, berço da
4a. raça-raiz (processo que se iniciou em cerca de 75.025 a.C. até 9.564 a.C, quando submergiu
Posêidonis, a capital da civilização atlante).
As raças e sub-raças são introduzidas no cenário mundial através de transformações ou
alterações no código genético (ADN) dos seres, promovidas pelo acúmulo de experiência
individual e/ou manipulação direta por entidades ou devas que trabalham sob a orientação do
Manu da raça-raiz (Ser responsável pela evolução das formas de vida em seu aspecto
instrumental).
Uma raça-raiz pode abranger várias etnias, porém cada etnia corresponde a uma sub-raça de uma
raça-raiz.
RAÇA RAIZ (Primeira) ETÉRICA PROTOPLASMÁTICA NÍVEL MANIFESTAÇÃO Etérico CONTINENTE OCUPADO Shivetadvipa (Deserto de Gobi) SUB-RAÇAS ETNIA DOMINANTE REFERÊNCIAS Chhayas: corpos amorfos, assexuados (reprodução por expansão
e gemação), etéricos imensos ÉON, ERA, PERÍODOGEOLÓGICO
Éon Arqueano e Proterozóico. Período Pré-Cambriano (até 570 x 106 anos)
RAÇA RAIZ (Segunda) HIPERBOREA NÍVEL MANIFESTAÇÃO Físico CONTINENTE OCUPADO Plaksha (Ásia do Norte) SUB-RAÇAS ETNIA DOMINANTE REFERÊNCIAS “Sacos de Mingau” – Andróginos, reprodução por extensão ÉON, ERA, PERÍODOGEOLÓGICO
Éon Fanerozóico – Era Paleozóica – Período Cambriano a Permiano (até 235 x 106 anos)
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RAÇA RAIZ (Terceira) LEMURIANA NÍVEL MANIFESTAÇÃO Físico CONTINENTE OCUPADO Shalmali ou Lemúria (Mar do Sul) SUB-RAÇAS ETNIA DOMINANTE Negra REFERÊNCIAS Evolução dos “nascidos do suor” aos cíclopes, separação de
sexos, chegada dos Senhores de Vênus, inclinação do eixo da Terra.
ÉON, ERA, PERÍODOGEOLÓGICO
Éon Fanerozóico – Era Mesozóica e Cenozóica – Períodos Triássico e Terciário Paleogênico (até 16 x 106 anos)
RAÇA RAIZ (Quarta) ATLANTE NÍVEL MANIFESTAÇÃO Físico CONTINENTE OCUPADO Atlântida (Oceano Atlântico) SUB-RAÇAS / ETNIA DOMINANTE
1. Ramoahal (Vermelha) 2. Tlavatli (Vermelha) 3. Tolteca (Vermelha) 4. Turiana (Amarela) 5. Semítica (Amarela) 6. Acadiana (Amarela) 7. Mongólica (Amarela)
REFERÊNCIAS Homem Furfooz, Homem de Cromagnum, Incas, Maias, Astecas e Egípcios
ÉON, ERA, PERÍODOGEOLÓGICO
Éon Fanerozóico – Era Cenozóica – Período Terciário a Quaternário Pleistocênico (até 10.000 anos)
RAÇA RAIZ (Quinta) ARIANA NÍVEL MANIFESTAÇÃO Físico CONTINENTE OCUPADO Graunsha (Eurásia, América e Austrália) SUB-RAÇAS / ETNIA DOMINANTE
1. Hindu (Branca) 2. Ário-semítica (Branca) 3. Iraniana (Branca) 4. Céltica (Branca) 5. Teutônica (Branca) 6. 7.
REFERÊNCIAS (correspondente a cada sub-raça)
1. Início em cerca de 60.000 aC 2. Início em cerca de 40.000 aC 3. Início em cerca de 30.000 aC 4. Início em cerca de 20.000 aC 5. Início em cerca de 20.000 aC 6. 7.
ÉON, ERA, PERÍODOGEOLÓGICO
Éon Fanerozóico – Era Cenozóica – Período Quartenário Holocênico (até a atualidade)
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A Hierarquia Oculta
A evolução da vida em cada período global é estimulada e dirigida pelo Logos Planetário através
de um grupo de Seres ou Consciências, harmoniosamente hierarquizados e que constituem os
principais centros da consciência planetária.
Conforme a tradição oriental, a Hierarquia da Terra é composta dos seguintes cargos ou funções:
• o Senhor do Mundo, representante máximo da consciência terrestre, é responsável pela
evolução em todos os reinos (elemental, mineral, vegetal, animal, humano e dévico); está
ligado diretamente ao Primeiro Aspecto do Logos Planetário (Vontade, Consciência e Poder);
• o Senhor Buda, irradiador do Segundo Aspecto do Logos (Amor e Sabedoria) e subordinado
ao Senhor do Mundo, é responsável pela estimulação da consciência interior e exterior das
formas de vida em evolução;
• o Mahachohan, ligado ao Terceiro Aspecto do Logos (Atividade e Ordenação) e
subordinado ao Senhor Buda, é responsável pelo desenvolvimento de todas as formas de
organização e interação da vida em evolução, irradiando Seu poder através de 5 Chohans
(dirigentes de Raio), responsáveis, cada um, pela manifestação da qualidade do Raio
correspondente;
• o Bodhisatva (o Instrutor do Mundo), ligado diretamente ao Senhor Buda, é responsável pelo
desenvolvimento da consciência interior ou espiritual em evolução, sendo o inspirador e
estimulador de todas as grandes religiões; focaliza a energia do Segundo Raio através de um
Chohan especialmente designado para esse trabalho;
• o Manu, diretamente ligado ao Senhor do Mundo, é responsável pela evolução das formas de
vida em seu aspecto instrumental, desenvolvendo características raciais adequadas para a
manifestação cada vez mais completa da consciência divina; focaliza a energia do Primeiro
Raio através de um Chohan especialmente designado para esse trabalho;
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• os Chohans de Raio, já citados anteriormente, são responsáveis diretamente pela irradiação e
estimulação, no nível mental superior, das 7 qualidades ou energias correspondentes aos 7
Raios.
Diz-se que o Manu, o Bodhisatva e o Mahachohan são, respectivamente, a Cabeça, o Coração e a
Mão do Senhor do Mundo.
Os diversos cargos da Hierarquia nem sempre são exercidos por consciências pertencentes ao
próprio esquema de evolução planetário, pois nem sempre se encontram seres capacitados para
assunção dessas responsabilidades, havendo a necessidade de auxílio vindo de outros esquemas
evolucionários mais avançados.
Na Terra a Hierarquia é dirigida desde sua fundação, há 16,5 milhões de anos, por um grupo de
seres oriundo do Esquema Venusiano. Esse grupo é chefiado por uma entidade chamada nos
Vedas de Sanat Kumara, o atual Senhor do Mundo. Na tradição ocidental esse evento é citado
pelo profeta Isaías como a chegada do Anjo Lúcifer (o Portador da Luz) oriundo da estrela
Vesper (Vênus) ou estrela Alva - a alva luz da Razão. Possivelmente por inferências errôneas a
partir dessa percepção, as antigas escrituras ocidentais (judaicas) levaram à formação de uma
tradição que situa Lúcifer como anjo caído e responsável pela rebelião da humanidade (raça
adâmica) ante Deus, devido à estimulação exercida por Lúcifer sobre a mente e intelecto
humanos (a Árvore do Conhecimento).
A tradição oriental vê o advento da Mente e Intelecto como estágio indispensável e previsto no
plano de evolução da humanidade, apesar de todo o sofrimento e solidão decorrentes, num
primeiro momento, da conseqüente autoconsciência e individualização (a saída do Éden).
Em cada raça-raiz assumem os postos de Bodhisatva e Manu seres emergentes da própria
evolução do planeta, cujo nível de consciência e constituição psíquica servem adequadamente às
funções do cargo que ocupam e estão em sintonia com o propósito do Logos Planetário.
O cargo do Senhor Buda é exercido atualmente por um Ser oriundo da própria evolução
planetária, cuja última encarnação ficou conhecida entre nós pelo nome de Sidharta Gautama.
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ASPECTO LOGOS
PRIMEIRO ASPECTO
(O PAI)
SEGUNDO ASPECTO
(O FILHO)
TERCEIRO ASPECTO
(O ESPÍRITO SANTO)
CARGO o Senhor do Mundo
o Senhor Buda
NOME Sanat Kumara Sidharta Gautama
CARGO o Manu o Bodhisatva o Mahachohan
NOME Vaisvata Maitreya (o Cristo)
RAIO Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto Sétimo
CHOHAN2 Mestre Morya Mestre Kut Humi Mestre Veneziano
Mestre Serapis Bey
Mestre Hilarion
Mestre Jesus Mestre Saint Germain
ENERGIA TÍPICA
Força
Poder
Amor
Sabedoria
Inteligência Ativa Adaptabilidade
Beleza Harmonia
Ciência
Exatidão
Devoção Idealismo
Serviço Cerimonial
Dia do Juízo
A idéia ou conceito de "Dia do Juízo", largamente difundido na tradição cristã, possui um
antecedente na tradição oriental, constituindo-se em ambas as tradições a revelação de uma
verdade pertencente à lei de evolução da Vida Universal.
O "Dia do Juízo" ou Dia da Separação, entretanto, não representa um julgamento ou condenação
eternos como enfatizaram indevidamente os monges medievais da igreja católica romana. O "Dia
do Juízo" corresponde a um momento cíclico no período de uma ronda (1a. ordem), globo (2a.
ordem), raça (3a. ordem) ou sub-raça (4a. ordem), quando para determinadas energias ou
emanações de vida é "fechada a porta" de ingresso no próximo ciclo evolutivo, pelo simples fato
de não estarem aptas a cumprirem as exigências do novo ciclo ou, em outras palavras, não serem
"sintonizáveis" à nova vibração.
Esta exclusão, porém, não é definitiva nem corresponde a qualquer tipo de "morte eterna". Trata-
se de um intervalo de repouso, chamado às vezes de "suspensão eônica", em que a alma
desencarnada é retida com seus veículos superiores em estado de dormência, aguardando o
2 Os nomes dos Chohans relacionados pelo autor refere-se ao que foi ensinado originalmente pela tradição esotérica, de modo que algumas escolas formais de ocultismo seguem, ainda hoje, esta estrutura. Uma das correntes esotéricas mais aceitas atualmente definem os Chohans, do primeiro ao sétimo Raios como sendo, respectivamente, El Morya, Confúcio, Rowena, Serapis Bey, Hilarion, Nada e Saint Germain [nota acrescentada ao texto do autor para fins de esclarecimento].
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momento oportuno para uma nova manifestação, condizente com o nível evolutivo ou poder de
realização que tenha alcançado. Essa oportunidade ocorre inexoravelmente em uma próxima
raça-raiz (para um "Dia do Juízo" de 4a. ordem), ou em um próximo período global ("Juízo" de
3a. ordem), ou em uma próxima ronda ("Juízo" de 2a. ordem) ou em uma próxima cadeia
("Juízo" de 1a. ordem).
Enquanto os princípios superiores da individualidade são mantidos em suspensão eônica, os
princípios inferiores são desintegrados nos respectivos níveis de matéria-energia, levando esse
processo tanto tempo quanto seja necessário para dissolver os agregados astrais e mentais
("cascões" psíquicos) dotados do sentido de identidade, porém privados dos núcleos ou centelhas
divinas que os vitalizavam. Foi provavelmente a percepção ou visão desse processo de
desagregação dos princípios inferiores do homem, que levou os monges medievais a concluírem
por morte, danação e inferno eternos para as emanações de vida "reprovadas" no "Dia do Juízo".
Entretanto, a Mônada, a Tríade Espiritual e o Corpo Causal são imunes à desintegração dos
veículos inferiores, e são os meios de cumprimento do onipotente propósito do Logos,
potencializado na Involução e gradualmente revelado na Evolução, até que todas as mônadas
retornem à Seidade como gloriosos Sóis, doadores e sustentadores da Vida Universal, em futuros
mahavantaras (Dias de Brahman, eternidades). Nisto se cumpre a onipotência da Vontade e
Amor divinos. Nisto se cumpre o sempiterno propósito do Bom Pastor, de Quem não se
extraviará uma única e só ovelha no rebanho das miríades de miríades de criaturas...