Uma Nova Visão Para Ser Feliz

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NDICE ASSUNTO Prefcio .................................................................................................... Introduo ................................................................................................ Captulo I Religio e Etmologia ........................................................... Conceito de Religio ................................................................................ Caractersticas das Religies Estudo da Religio................................. Captulo II Seicho-no-Ie ........................................................................ Captulo III Budismo ............................................................................. Captulo IV Hinduismo .......................................................................... Captulo V Hislamismo .......................................................................... Captulo VI Judasmo ............................................................................ Captulo VII Cristianismo ....................................................................... Captulo VIII Aristteles ......................................................................... Captulo IX Plato .................................................................................. Captulo X Scrates ............................................................................... Captulo XI Filosofia ............................................................................... Captulo XII Allan Kardec ....................................................................... Captulo XIII Tantra Yoga ...................................................................... Captulo XIV Reiki ................................................................................. Captulo XV Candombl ........................................................................ Captulo XVI Racionalismo Cristo ........................................................ Captulo XVII A F Bahi ...................................................................... Captulo XVIII Alguns resumos de religies no citadas ....................... Captulo XIX Livros Sagrados da Humanidade ..................................... Captulo XX Maonaria .......................................................................... Captulo XXI A Grande Fraternidade Branca.......................................... Captulo XXII Religio Messinica ......................................................... Captulo XXIII Concluso O momento de mudar ................................ PGINA 02 04 05 06 08 10 11 12 13 15 17 19 20 21 22 25 26 28 30 35 41 49 59 70 75 82 94

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PREFCIO Hoje com mais de 60 anos de idade, com muita luta adquiri pouca estabilidade financeira e algumas preocupaes pela frente. Mas estou feliz. Feliz porque pude parar e refletir o que foi minha vida, o que poder ser e a certeza que vida nos d, uma s, a morte. Portanto, quando nos conscientizamos que a palavra morte existe, devemos viver sempre em consonncia com Deus, viver a sua Verdade Absoluta. Porque quem pensa que a morte liberta e acaba tudo se engana, pois morrendo que vivemos para a Vida Eterna. E se quisermos no mundo espiritual, trilharmos o caminho de f, bondade e claridade, devemos viver, a vida sempre com a preocupao de agradar a Deus, pois s assim encontraremos a verdadeira Felicidade. E baseada nesta experincia de vida que resolvi escrever esse livro tentando passar para o leitor meus sofrimentos, alegrias, desiluses, amarguras e como conseguir com sabedoria viver principalmente em paz, pois somente a paz d a certeza de que voc no viveu em vo. Comeo a contar o porqu do meu narcisismo. E como fui sentindo a necessidade de mudar. Hoje j chegando terceira idade, talvez no tenha conseguido tesouros, enriquecer, nada material, mas tenho certeza que estou acumulando tesouros no mundo espiritual. Os espiritualistas crem que Esprito precede matria. Devemos viver com este conceito para que possamos obter uma vida sem Conflitos, Doena e Pobreza. Por isso adquiri uma Nova Viso para ser Feliz. Tenho certeza que quando cada ser humano entender e tentar mudar para essa viso, a humanidade realmente viver em um paraso, onde foi profetizado por Cristo O Reino dos Cus, O Mundo de Miroku anunciada por Buda; A Agricultura Justa proclamada por Nitiren; e o Pavilho da Doura idealizado pela Igreja Tenrikyo e o Paraso Terrestre pela Messinica tm o mesmo significado. A diferena que no se fez indicao de tempo. a hora da Destruio da Lei, prevista por Buda, e do Fim do Mundo ou Juzo Final, profetizado por Cristo. Nessa minha experincia de vida, adquiri uma nova filosofia que me mostrou o verdadeiro caminho. Ultrapassar a grande fase de transio significa ser aprovado no exame divino, a F e o Amor por Deus so os nicos caminhos para obtermos aprovao. No tempo de Buda e Jesus Cristo o mundo se encontrava em trevas, pois o predominante era a Lua, uma era da noite, ela tem luz, mas no o suficiente para que as pessoas daquela poca vissem a verdade de Deus, por isso esses grandes mestres no conseguiram salvar a humanidade. Agora estamos na Era da Transio, isto , o mundo das trevas est acabando e est chegando o mundo da Luz onde o elemento sol trar a claridade suficiente para que mais nada fique oculto e que todos possam cada vez mais enxergar a verdade absoluta de DEUS SUPREMO, independente de religio, pois DEUS no tem religio ele est em todas, e religio quem criou foram os homens. Explico a

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origem das religies, e de onde provm a palavra Deus. E tudo que encontrei foi exatamente o que foi dito anteriormente Deus Supremo no tem religio ele est em todas. Portanto, qualquer religio que leve no caminho de DEUS e que a pessoa pratique seus ensinamentos das escrituras sagradas, que no esto somente na Bblia, mas tambm em muitos outros livros de mestres enviados por Deus, um em cada poca para determinar o caminho, a verdade e a vida, com certeza estar trilhando o caminho da salvao para se tornar um ser paradisaco e divino, finalmente passar pelo Juzo Final profetizado por Jesus Cristo e viver o Reino do Cu na Terra, conseqentemente encontrando a to esperada felicidade eterna. Tudo que eu li sobre religies, filosofias de vida, etc. Vou tentar transmitir, incentivando a todos a prtica de aes. Comearei com a Seisho-No-Ie (religio derivada do Japo), Budismo, Hindusmo, Islamismo, Judasmo, Cristianismo, Aristteles, Plato, Scrates, Filosofia, Allan Kardec, Tantra, Yoga, Reiki, Candombl, Racionalismo-Cristo, F Bahi, resumos de algumas religies no muito conhecidas, Maonaria, Fraternidade Branca e por fim a Messinica (outra religio derivada do Japo). Todas essas religies, filosofias e cincias sociais nos levam a Deus e a f. Ao autoconhecimento e a meditao. S no ser feliz quem no quiser.

Ana de Jesus

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INTRODUO Quando nasci, meu pai tinha quase cinqenta e um anos e j era av, porque tinha dois filhos de sua primeira esposa e estes j eram casados, portanto, eu sou mais nova do que minhas sobrinhas. Minha me sua segunda esposa, muito mais nova do que ele teve cinco filhos, e sou a caula dos dois. Fui criada com muito carinho e amor por parte de todos, inclusive de meus irmos, at porque eles muito mais velhos do que eu, sentiam talvez, um pouco me e pai meus. Fui crescendo muito mimada e com isso me tornei um pouco teimosa e uma viso destorcida em relao vida, mas no em relao ao prximo, pois minha principal caracterstica - o altrusmo, desde nova j sabia bem o significado da palavra e praticava bem. Muito amiga de todos que me rodiavam, procurando sempre trazer alegria e felicidade ao meu prximo (a quem eu gostava) com palavras, gestos e principalmente muito amor. Mesmo sendo altrusta no foi o suficiente para que eu no deixasse de sofrer pelo minha viso em relao vida, sendo um pouco narcisista. Achava que por ter bondade no corao eu seria a palmatria do mundo e tudo que aparentemente opusesse aos meus conceitos ou que estava errado eu queria consertar com o que pensava que era senso de justia. Felizmente, com o tempo fui vendo que tudo que eu conseguia com o fruto do meu trabalho, de sacrifcios, eu perdia a metade. Fui tendo conscincia das coisas, ento parti para a mudana. Como mudar? Como ser feliz? Como levar a vida com sabedoria? O primeiro passo: fazer uma reflexo, auto-anlise, principalmente escutar a opinio do prximo em relao a voc. Ficaremos com as coisas boas e as ruins deixaremos de lado ou as usaremos para nosso aprendizado, ou seja, usaremos como experincia para no errarmos no futuro, novamente. H pessoas que s aprendem com os seus prprios erros, que so os inocentes, mas existem pessoas, que no aprendem nem com os prprios erros, so chamados de arrogantes. Por isso devemos sempre ter um equilbrio para o nosso aprimoramento. O segundo passo: procurar ler, filosofias de vidas, religies, tudo sobre Deus. Acreditar realmente que existe uma fora superior no espao, no Cosmo, o nome no importa, o que importa saber que realmente Deus existe e termos f Nele. E, baseado nesta filosofia que realmente ns podemos aceitar a vida como um todo, realmente como ela , nos adaptando a vida, e no como gostaramos que fosse, pois assim no teremos desiluses, ficaremos sempre de cabea erguida e principalmente preparados para enfrentarmos qualquer situao que a vida nos prepara. Ento parti para mudana, quis saber sobre conceitos de religies e tudo que h no Universo chamado DEUS SUPREMO. Pois s poderia entrar para uma religio quando tivesse certeza realmente do que queria, pois havia sido criada dentro do catolicismo que nunca me encantou e nem nunca pude afirmar

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que foi minha religio, apesar de ter feito 1 Comunho, Crisma e o meu primeiro casamento tambm na Igreja Catlica. Eu acredito em Cristo, mas senti que alguma fora maior do que o Universo Catlico havia. Freqentei o candombl onde obtive muito conhecimento e aprendi tambm que o mundo espiritual fascinante. Por isso tornei-me estudiosa para saber a religio que realmente eu queria e sentia necessidade de ter. Entrei para uma religio oriental, a Messinica, pois ela se diz uma ultrareligio. Como ainda no conhecia muito sobre todas as outras acreditei e ainda acredito por tudo que estudo dela e por ser membro h muitos anos, pois o que me fascina nela e faz toda a diferena e a ministrao do Johrei. Por conseguinte, antes de falar um pouco de cada religio descobri o verdadeiro sentido de religio segundo fontes, e descendncias do termo, a qual estudei. A seguir descrevo rapidamente sobre o assunto e depois descreverei tambm resumidamente todas as religies que aprendi at chegar concluso que seria Messinica. CAPTULO I RELIGIO Pode ser definida como um conjunto de crenas relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino e sagrado, bem como o conjunto de rituais e cdigos morais que derivam dessas crenas. ETMOLOGIA A palavra portuguesa religio deriva da palavra latina religio, mas desconhece-se ao certo que relaes estabelecem religio com outros vocbulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao nascimento do cristianismo, religio referia-se a um estilo de comportamento marcado pela rigidez e pela preciso. A palavra "religio" foi usada durante sculos no contexto cultural da Europa, marcado pela presena do cristianismo que se apropriou do termo latino religio. Em outras civilizaes no existe uma palavra equivalente. O hindusmo antigo utilizava a palavra rita que apontava para a ordem csmica do mundo, com a qual todos os seres deveriam estar harmonizados e que tambm se referia correta execuo dos ritos pelos brmanes. Mais tarde, o termo foi substitudo por dharma, termo que atualmente tambm usado pelo budismo e que exprime a idia de uma lei divina e eterna. Historicamente foram propostas vrias etimologias para a origem de religio. Ccero, na sua obra De natura deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, reler, sendo caracterstico das pessoas religiosas prestarem muita ateno a tudo o que se relacionava com os deuses, relendo as escrituras. Esta proposta etimolgica sublinha o carter repetitivo do fenmeno religioso, bem como o aspecto intelectual. Mais tarde, Lactncio (sculo III e IV d.C.) rejeita a interpretao de Ccero e afirma que o termo vem de religare, religar,

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argumentando que a religio um lao de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus. No livro "A Cidade de Deus" Agostinho de Hipona (sculo IV d.C.) afirma que religio deriva de religere, "reeleger". Atravs da religio a humanidade reelegia de novo a Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De Vera religione Agostinho retoma a interpretao de Lactncio, que via em religio uma relao com "religar". Macrbio (sculo V d.C.) considera que religio deriva de relinquere, algo que nos foi deixado pelos antepassados. Independente da origem, o termo adotado para designar qualquer conjunto de crenas e valores que compem a f de determinada pessoa ou conjunto de pessoas. Cada religio inspira certas normas e motiva certas prticas. CONCEITO DE RELIGIO Dentro do que se define como religio pode-se encontrar muitas crenas e filosofias diferentes. As diversas religies do mundo so de fato muito diferentes entre si. Porm ainda assim possvel estabelecer uma caracterstica em comum entre todas elas. fato que toda religio possui um sistema de crenas no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades ou deuses. As religies costumam tambm possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece aps a morte. A maior parte cr na vida aps a morte. A religio no apenas um fenmeno individual, mas tambm um fenmeno social. A igreja, o povo escolhido (o povo judeu), o partido comunista, so exemplos de doutrinas que exigem no s uma f individual, mas tambm adeso a um certo grupo social. Atentem, por exemplo, s perseguies do Partido Comunista Chins seita Falun Gong. O Partido no quer que o povo chins preste lealdade a nenhum outro grupo ou organizao exceto o Partido Comunista Chins. A idia de religio com muita freqncia contempla a existncia de seres superiores que teriam influncia ou poder de determinao no destino humano. Esses seres so principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir vrias categorias: anjos, demnios, elementares, semideuses, etc. Outras definies mais amplas de religio dispensam a idia de divindades e focalizam os papis de desenvolvimento de valores morais, cdigos de conduta e senso cooperativo em uma comunidade. Atesmo a negao da existncia de qualquer tipo de deus e da veracidade de qualquer religio testa. Agnosticismo a dvida sobre a existncia de deus e sobre a veracidade de qualquer religio testa, por falta de provas favorveis ou contrrias. Desmo a crena num deus que s pode ser conhecido atravs da razo, e no da f e revelao. Algumas religies no consideram deidades, e podem ser consideradas como atestas (apesar do atesmo no ser uma religio, ele pode ser uma

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caracterstica de uma religio). o caso do budismo (uma religio e filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Siddhartha Gautama, o Buda histrico, que viveu aproximadamente entre 563 e 483 a.C. na ndia), do confucionismo (vem de Confcio, filsofo chins que teve seus ensinamentos seguidos por mais de 3000 anos) e do taosmo (uma escola de pensamento filosfico chins, baseados nos textos de To Te Ching atribudos ao Lao Tse e nos escritos de Chuang Tse). Recentemente surgiram movimentos especificamente voltados para uma prtica religiosa (ou similar) da parte de destas, agnsticos e ateus como exemplo podem ser citados o Humanismo Laico ( um termo que tem sido usado nos ltimos trinta anos para descrever uma viso de mundo com a convico em dogmas, ideologias, tradies, polticas, na f, misticismo, histria, conduta tica e a busca constante pela verdade objetiva) e o Unitrio Universalismo. As religies que afirmam a existncia de deuses podem ser classificadas em dois tipos: monotesta ou politesta. As religies monotestas (monotesmo) admitem somente a existncia de um nico deus, um ser supremo. As religies politestas (politesmo) admitem a existncia de mais de um deus. Atualmente, as religies monotestas so dominantes no mundo: judasmo (s acredita em Deus Supremo e tem seu livro o Tora), cristianismo (baseada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazar, tais como estes se encontram recolhidos nos Evangelhos, parte integrante do Novo Testamento. Os cristos acreditam que Jesus o Messias e como tal referem-se a ele como Jesus Cristo, o filho de Deus e portanto o Deus Supremo) e Islo juntos agregam um tero dos seres humanos e maioria do mundo ocidental. A F Bah' um segmento religioso monotesta, uma religio mundial e independente fundada por Bah'u'llh (1817-1892), possui suas prprias leis e escrituras sagradas, surgida na antiga Prsia, atual Ir em 1844, significa Gloria, Glria de Deus ou Esplendor. De acordo com os ensinamentos bah's, todas as religies so provenientes da Vontade de um nico Deus, e Sua revelao obedece ao desenvolvimento espiritual da humanidade. Ou seja, a cada poca Deus educa os Homens atravs de seus Manifestantes / Profetas conforme evolui a humanidade. O tema central da mensagem de Bah'u'llh o conceito de que a humanidade representa uma nica raa e que chegado o dia de sua unificao em uma nica sociedade global. A F Bah' no possui dogmas ( a religio que no admite contestaes, o Cristianismo), rituais ( uma ao simblica acionada por cnticos, danas repetitivas, recitaes, manipulao de objetos sagrados, etc), clero (todo o extrato social associado ao culto religioso, nomeadamente o cristo tem o desempenho de um papel de relevncia) ou sacerdcio (as funes sagradas como o servio de culto, a oferta de sacrifcios ou o ministrio da palavra - so exercidas por aqueles que receberam esse privilgio).

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CARACTERSTICAS DAS RELIGIES Embora cada religio apresente elementos prprios, tambm possvel estabelecer uma srie de elementos comuns s vrias religies e que podem permitir uma melhor compreenso do fenmeno religioso. As religies possuem grandes narrativas, que explicam o comeo do mundo ou que legitimam a sua existncia. O exemplo mais conhecido talvez a narrativa do Gnesis ( o primeiro livro da Bblia. Faz parte do Pentateuco, os cinco primeiros livros bblicos, cuja autoria , tradicionalmente, atribuda a Moiss) na tradio judaica e crist. Quanto legitimao da existncia e da validade de um sistema religioso, este costuma apelar a uma revelao ou obteno de uma sabedoria por parte de um fundador, como sucede no budismo, onde o Buda alcanou a iluminao enquanto meditava debaixo de uma figueira ou no islo, em que Muhammad (Maom em rabe) recebeu a revelao do Alcoro ( o livro sagrado do islo, mulumanos) de Deus (Supremo, elementos, Terra, gua, Ar e Fogo). As religies tendem igualmente a sacralizar determinados locais. Os motivos para essa sacralizao so variados, podendo estar relacionados com determinado evento na histria da religio (por exemplo, a importncia do Muro das Lamentaes lugar mais sagrado do judasmo, onde os judeus vo orar e depositar seus desejos por escrito) ou porque a esses locais so associados acontecimentos miraculosos (santurios catlicos de Ftima ou de Lourdes). Na antiga religio grega, os templos no eram locais para a prtica religiosa, mas sim locais onde se acreditava que habitava a divindade, sendo por isso sagrados. As religies estabelecem que certos perodos temporais so especiais e dedicados a uma interao com o divino. Esses perodos podem ser anuais, mensais, semanais ou podem mesmo se desenrolar ao longo de um dia. Algumas religies consideram que certos dias da semana so sagrados (Shabat no judasmo ou o Domingo no cristianismo). As religies propem festas ou perodos de jejum e meditao que se desenvolvem ao longo do ano. O ESTUDO DA RELIGIO As primeiras reflexes sobre a religio foram feitas pelos antigos Gregos e Romanos. Xenofonte (soldado mercenrio e discpulo de Scrates) relativizou o fenmeno religioso, argumentando que cada cultura criava deuses sua semelhana. O historiador grego Herdoto descreveu nas suas Histrias as vrias prticas religiosas dos povos que encontrou durante as viagens que efetuou. Confrontado com as diferenas existentes entre a religio grega e a religio dos outros povos, tentou identificar alguns deuses das culturas estrangeiras com os deuses gregos. O sofista (so considerados sofismas os raciocnios que partem de premissas verdadeiras ou verossmeis, mas que so concludos de uma forma inadmissvel ou absurda) Protgoras declarou desconhecer se os deuses existiam ou no, posio que teve como conseqncias a sua expulso de Atenas e o queimar de toda a sua obra. Crtias

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(no se tem definio certa) defendeu que a religio servia para disciplinar os seres humanos e fazer com que estes aderissem aos ideais da virtude e da justia. Jlio Csar (lder militar e poltico na repblica romana) e o historiador e cnsul Tcito descreveram nas suas obras as prticas religiosas dos povos que encontraram durante as suas conquistas militares. Nos primeiros sculos da era atual, os autores cristos produziram reflexes em torno da religio fruto dos ataques que experimentaram por parte dos autores pagos. Estes criticavam o fato desta religio ser recente quando comparada com a antiguidade dos cultos pagos. Como resposta a esta alegao, Eusbio de Cesareia (Bispo de Cesareia e considerado pai da Histria Grega) e Agostinho de Hipona mostraram que o cristianismo se inseria na tradio das escrituras hebraicas, que relatavam a origem do mundo. Para os primeiros autores cristos, a humanidade era de incio monotesta, mas tinha sido corrompida pelos cultos politestas que identificavam como obra de Satans (termo do hebraico acusador, do rabe hostil, mas nas religies judaico-crists so considerados encarnao do mal). Durante a Idade Mdia, os pensadores do mundo muulmano revelaram um conhecimento mais profundo das religies que os autores cristos. Na Europa, as viagens de Marco Plo permitiram conhecer alguns aspectos das religies da sia, porm a viso sobre as outras religies era limitada: o judasmo era condenado pelo fato dos judeus terem rejeitado Jesus como messias e o islo era visto como uma heresia (qualquer doutrina crist contrria aos dogmas da igreja catlica). O Renascimento foi um movimento cultural e artstico que procurava reviver os moldes da Antiguidade. Assim sendo, os antigos deuses dos gregos e dos romanos deixaram de ser vistos pela elite intelectual e artstica como demnios, sendo representados e estudados pelos artistas que os representavam. Nicolau de Cusa (escritor antigo) realizou um estudo comparado entre o cristianismo e o islo em obras como De pace fidei e Cribatio Alcorani. Em Marclio Ficino encontra-se um interesse em estudar as fontes das diferentes religies; este autor via tambm uma continuidade no pensamento religioso. Giovanni Pico della Mirandola (filsofo e humanista do renascimento italiano) interessou-se pela tradio mstica do judasmo, a Cabala (sistema religioso filosfico que investiga a natureza divina). As descobertas e a expanso europia pelos continentes tiveram como conseqncia a exposio dos europeus as culturas e religies que eram muito diferentes das suas. Os missionrios cristos realizaram descries das vrias religies, entre as quais se encontram as de Roberto de Nobili e Matteo Ricci, jesutas que conheceram bem as culturas da ndia e da China, onde viveram durante anos. Em 1724 Joseph Franois Lafitau, um padre jesuta, publicou a obra Moeurs des sauvages amriquains compares aux moeurs des premiers temps na qual comparava as religies dos ndios, a religio da Antiguidade Clssica e o catolicismo, tendo chegado concluso de que estas religies derivavam de uma religio primordial.

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Nos finais do sculo XVIII e no incio do sculo XIX parte importante dos textos sagrados das religies tinha j sido traduzidos nas principais lnguas europias. No sculo XIX ocorre tambm a estruturao da antropologia (baseada no estudo do homem) como cincia, tendo vrios antroplogos se dedicado ao estudo das religies dos povos tribais. Nesta poca os investigadores refletiram sobre as origens da religio, tendo alguns defendido um esquema evolutivo, no qual o animismo (manifestao religiosa que atribui a todos os elementos do cosmos, da natureza dos seres vivos e dos fenmenos naturais) era a forma religiosa primordial, que depois evolua para o politesmo (religio que acredita em vrios deuses) e mais tarde para o monotesmo (religio que acredita em s Deus). CAPTULO II

O que a Seicho-No-Ie um ensinamento de amor que prega que o ser humano filho de Deus, que o mundo da matria projeo da mente e, tambm, nos revela qual a nossa verdadeira natureza. uma filosofia que transcende o sectarismo religioso, pois acredita que todas as religies so luzes de salvao que emanam de um nico Deus. Ano de Fundao Fundada por Masaharu Taniguchi, em 1 de maro de 1930, no Japo. Quem foi Masaharu Taniguchi Dentre os lderes espirituais do Japo, Masaharu Taniguchi um dos mais conhecidos e influentes. Atravs de suas prelees, livros, artigos, etc, atinge milhes de pessoas. Suas mensagens so simples, objetivas e capazes de modificar vidas. Seicho Taniguchi Atualmente, o professor Seicho Taniguchi o maior responsvel pela Seicho-No-Ie em sua funo de Supremo Presidente da Seicho-No-Ie.

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A SEICHO-NO-IE Religio ou Filosofia? A Seicho-No-Ie pode ser considerada uma filosofia de vida e tambm uma religio, no h rigidez de conceito neste sentido. Ela tem como objetivo despertar no corao das pessoas a verdade de que todos so filhos de Deus e fazer com que, atravs de atos, palavras e pensamentos, tornemos este mundo um mundo melhor. A felicidade de quem pratica Aqueles que praticam os ensinamentos da Seicho-No-Ie aprendem a reconhecer sua verdadeira natureza de filho de Deus e, em conseqncia disso, comeam ento a ocorrer fatos milagrosos como a cura de doenas, reconciliao de lares em desarmonia, exteriorizao de grandes talentos, xito profissional, soluo de problemas econmicos e amorosos etc. Para quem j tem uma religio Existem pessoas que, mesmo j sendo adeptas de uma religio e freqentando assiduamente suas atividades, sentem-se muito bem e felizes ao entrar em contato com os ensinamentos da Seicho-No-Ie, que por sua vez recebe, com muito amor e carinho, todas as pessoas, sem nenhuma restrio. CAPTULO III BUDISMO

Esttua de Buddha Shakyamuni Origem do budismo O budismo no s uma religio, mas tambm uns sistemas ticos e filosficos, originrios da regio da ndia. Foi criado por Sidarta Gautama (563? 483 a.C.?), tambm conhecido como Buda. Este criou o budismo por volta do sculo VI a.C. Ele considerado pelos seguidores da religio como sendo um guia espiritual e no um Deus. Desta forma, os seguidores podem seguir normalmente outras religies e no apenas o budismo. O incio do budismo est ligado ao hindusmo, religio na qual Buda considerado a encarnao ou avatar de Vishnu (responsvel pela manuteno do universo). Esta religio teve seu crescimento interrompido na ndia a partir do sculo VII, com o avano do islamismo e com a formao do grande imprio rabe. Mesmo assim, os ensinamentos cresceram e se espalharam pela sia.

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Em cada cultura foi adaptado, ganhando caractersticas prprias em cada regio. . Os ensinamentos, a filosofia e os princpios Os ensinamentos do budismo tm como estrutura a idia de que o ser humano est condenado a reencarnar infinitamente aps a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez durante a vida ser considerado na prxima vida e assim sucessivamente. Esta idia conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o esprito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnaes. Para os seguidores, ocorre tambm a reencarnao em animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta vegetariana. A filosofia baseada em verdades: a existncia est relacionada dor, a origem da dor a falta de conhecimentos e os desejos materiais. Portanto, para superar a dor deve-se antes se livrar da dor e da ignorncia. Para livrar-se da dor, o homem tem oito caminhos a percorrer: compreenso correta, pensamento correto, palavra, ao, modo de vida, esforo, ateno e meditao. De todos os caminhos apresentados, a meditao considerada o mais importante para atingir o estado de nirvana. A filosofia budista tambm define cinco comportamentos morais a seguir: no maltratar os seres vivos, pois eles so reencarnaes do esprito, no roubar, ter uma conduta sexual respeitosa, no mentir, no caluniar ou difamar, evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes. Seguindo estes preceitos bsicos, o ser humano conseguir evoluir e melhorar o carma de uma vida seguinte. CAPTULO IV HINDISMO

Shiva: deusa hindu criadora da Ioga Principal religio da ndia, o Hindusmo um tipo de unio de crenas com estilos de vida. Sua cultura religiosa a unio de tradies tnicas. Atualmente a terceira maior religio do mundo em nmero de

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seguidores. Tem origem em aproximadamente 3000 a.C na antiga cultura Vdica. O Hindusmo da forma que o conhecemos hoje a unio de diferentes manifestaes culturais e religiosas. Alm da ndia, tem um grande nmero de seguidores em pases como, por exemplo, Nepal, Bangladesh, Paquisto, Sri Lanka e Indonsia. Aqueles que seguem o Hindusmo devem respeitar as coisas antigas e a tradio; acreditar nos livros sagrados; acreditar em Deus; persistir no sistema das castas (determina o status de cada pessoa na sociedade); ter conhecimento da importncia dos ritos; confiar nos guias espirituais e, ainda, acreditar na existncia de encarnaes anteriores. O nascimento de uma pessoa dentro de uma casta resultado do karma produzido em vidas passadas. Somente os brmanes, pertencentes s castas "superiores" podem realizar os rituais religiosos hindus e assumir posies de autoridade dentro dos templos. Os hindus so politestas (acreditam em vrios deuses). So os principais: Brahma (representa a fora criadora do Universo); Ganesa (deus da sabedoria e sorte); Matsya (aquele que salvou a espcie humana da destruio); Sarasvati (deusa das artes e da msica); Shiva (criadora da Ioga), Vishnu (responsvel pela manuteno do Universo). CAPTULO V ISLAMISMO

Caaba na cidade de Meca : local sagrado dos muulmanos Introduo A religio muulmana tem crescido nos ltimos anos (atualmente a segunda maior do mundo) e est presente em todos os continentes. Porm, a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos pases rabes do Oriente Mdio e do norte da frica. A religio muulmana monotesta, ou seja, tem apenas um Deus: Al. Criada pelo profeta Maom, a doutrina muulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcoro ou Coro. Foi fundada na regio da atual Arbia Saudita. Vida do profeta Maom Muhammad (Maom) nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de uma famlia de comerciantes passou parte da juventude viajando com os

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pais e conhecendo diferentes culturas e religies. Aos 40 anos de idade, de acordo com a tradio, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existncia de um nico Deus. A partir deste momento, comea sua fase de pregao da doutrina monotesta, porm encontra grande resistncia e oposio. As tribos rabes seguiam at ento uma religio politesta, com a existncia de vrios deuses tribais. Maom comeou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622. Este acontecimento conhecido como Hgira e marca o incio do calendrio muulmano. Em Medina, Maom bem acolhido e reconhecido como lder religioso. Consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos rabes e implanta a religio monotesta. Ao retornar para Meca, consegue implantar a religio muulmana que passa a ser aceita e comea a se expandir pela pennsula Arbica. Reconhecido como lder religioso e profeta faleceu no ano de 632. Porm, a religio continuou crescendo aps sua morte. Livros Sagrados e doutrinas religiosas O Alcoro ou Coro um livro sagrado que rene as revelaes que o profeta Maom recebeu do anjo Gabriel. Este livro dividido em 114 captulos (sutras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: onipotncia de Deus (Al), importncia de praticar a bondade, generosidade e justia no relacionamento social. O Alcoro tambm registra tradies religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristo. Os muulmanos acreditam na vida aps a morte e no Juzo Final, com a ressurreio de todos os mortos. A outra fonte religiosa dos muulmanos a Suna que rene os dizeres e feitos do profeta Maom. Preceitos religiosos A Sharia define as prticas de vida dos muulmanos, com relao ao comportamento, atitudes e alimentao. De acordo com a Sharia, todo muulmano deve: crer em Al como seu nico Deus; fazer cinco oraes dirias curvado em direo a Meca; pagar o zakat (contribuio para ajudar os pobres); fazer jejum no ms de Ramad e peregrinar para Meca pelo menos uma vez na vida. Faz parte ainda a jidah que a Guerra Santa, cujo objetivo reformar o mundo e difundir os princpios do isl. A jidah, porm, no aceita por todos os muulmanos. Locais sagrados Para os muulmanos, existem trs locais sagrados: A cidade de Meca, onde fica a pedra negra, tambm conhecida como Caaba. A cidade de Medina, local onde Maom construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos muulmanos). A cidade de Jerusalm, cidade onde o profeta subiu ao cu e foi ao paraso para encontrar com Moises e Jesus.

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Divises do Islamismo Os seguidores da religio muulmana se dividem em dois grupos principais: sunitas e xiitas. Aproximadamente 85% dos muulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita. De acordo com os sunitas, a autoridade espiritual pertence a toda comunidade. Os xiitas tambm possuem sua prpria interpretao da Sharia. CAPTULO VI JUDAISMO

Tora : livro sagrado do judasmo Introduo O judasmo considerado a primeira religio monotesta a aparecer na histria. Tem como crena principal existncia de apenas um Deus, o criador de tudo. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida. Atualmente a f judaica praticada em vrias regies do mundo, porm no estado de Israel que se concentra um grande nmero de praticantes. Conhecendo a histria do povo judeu A Bblia a referncia para entendermos a histria deste povo. De acordo com as escrituras sagradas, por volta de 1800 AC, Abrao recebeu um sinal de Deus para abandonar o politesmo e para viver em Cana (atual Palestina). Isaque, filho de Abrao, tem um filho chamado Jac. Este luta, num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Os doze filhos de Jac do origem s doze tribos que formavam o povo judeu. Por volta de 1700 AC, o povo judeu migra para o Egito, porm so escravizados pelos faras por aproximadamente 400 anos. A libertao do povo judeu ocorre por volta de 1300 AC. A fuga do Egito foi comandada por Moiss, que recebe as tbuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Durante 40 anos ficam peregrinando pelo deserto, at receber um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Cana. Jerusalm transformada num centro religioso pelo rei Davi. Aps o reinado de Salomo, filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos: Reino de Israel e Reino de Jud. Neste momento de separao, aparece a crena da

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vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo. Em 721 comea a dispora judaica com a invaso babilnica. O imperador da Babilnia, aps invadir o reino de Israel, destri o templo de Jerusalm e deporta grande parte da populao judaica. No sculo I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalm. No sculo seguinte, destroem a cidade de Jerusalm, provocando a segunda dispora judaica. Aps estes episdios, os judeus espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religio. Em 1948, o povo judeu retoma o carter de unidade aps a criao do estado de Israel. Os livros sagrados dos judeus A Tor ou Pentateuco, de acordo com os judeus, considerado o livro sagrado que foi revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Tor: Gnesis, o xodo, o Levtico, os Nmeros e o Deuteronmio. O Talmude o livro que rene muitas tradies orais e dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentrios. Rituais e smbolos judaicos Os cultos judaicos so realizados num templo chamado de sinagoga e so comandados por um sacerdote conhecido por rabino. O smbolo sagrado do judasmo o memor, candelabro com sete braos.

Memor: candelabro sagrado Entre os rituais, podemos citar a circunciso dos meninos (aos 8 anos de idade) e o Bar Mitzvah que representa a iniciao na vida adulta para os meninos e a Bat Mitzvah para as meninas (aos 12 anos de idade). Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento das oraes. Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligao entre Deus e o Povo Judeu. Nesta arca so guardados os pergaminhos sagrados da Tor. As Festas Judaicas As datas das festas religiosas dos judeus so mveis, pois seguem um calendrio lunisolar. As principais so as seguintes: Purim - os judeus comemoram a salvao de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro. Pscoa (Pessach) - comemora-se a libertao da escravido do povo judeu no Egito, em 1300 AC. Shavut - celebra a revelao da Tor ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.

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Rosh Hashan - comemorado o Ano-Novo judaico. Yom Kipur - considerado o dia do perdo. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o esprito. Suct - refere-se peregrinao de 40 anos pelo deserto, aps a libertao do cativeiro do Egito. Chanuc - comemora-se o fim do domnio assrio e a restaurao do tempo de Jerusalm. Simchat Tor - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moiss. CAPTULO VII CRISTIANISMO

JESUS CRISTO Introduo A religio crist surgiu na regio da atual Palestina no sculo I. Essa regio estava sob domnio do Imprio Romano neste perodo. Criada por Jesus espalhou-se rapidamente pelos quatro cantos do mundo, se transformando atualmente na religio mais difundida. Jesus foi perseguido pelo Imprio Romano, a pedido do imperador Otvio Augusto (Caio Jlio Csar Otaviano Augusto), pois defendia idias muito contrrias aos interesses vigentes. Defendia a paz, a harmonia, o respeito um nico Deus, o amor entre os homens e era contrrio escravido. Enquanto isso, os interesses do imprio eram totalmente contrrios. Atualmente, encontramos trs ramos do cristianismo: catolicismo, protestantismo e Igreja Ortodoxa. Doutrina Crist De acordo com a f crist, Deus mandou ao mundo seu filho para ser o salvador (Messias) dos homens. Este seria o responsvel por divulgar a palavra de Deus entre os homens. Foi perseguido, porm deu sua vida pelos homens. Ressuscitou e foi para o cu. Ofereceu a possibilidade da salvao e da vida eterna aps a morte, a todos aqueles que acreditam em Deus e seguem seus mandamentos.

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A principal idia, ou mensagem, da religio crist a importncia do amor divino sobre todas as coisas. Para os cristos, Deus uma trindade formada por pai (Deus), filho (Jesus) e o Esprito Santo. O Messias (Salvador para os cristos) Jesus nasceu na cidade de Belm, na regio da Judia. Sua famlia era muito simples e humilde. Por volta dos 30 anos de idade comea a difundir as idias do cristianismo na regio onde vivia. Desperta a ateno do imperador romano Julio Csar, que temia o aparecimento de um novo lder numa das regies dominadas pelo Imprio Romano. Em suas peregrinaes, comea a realizar milagres e rene discpulos e apstolos por onde passa. Perseguido e preso pelos soldados romanos foi condenado morte por no reconhecer a autoridade divina do imperador. Aos 33 anos, morreu na cruz e foi sepultado. Ressuscitou no terceiro dia e apareceu aos discpulos dando a eles a misso de continuar os ensinamentos. Difuso do cristianismo Os ideais de Jesus espalharam-se rapidamente pela sia, Europa e frica, principalmente entre a populao mais carente, pois eram mensagens de paz, amor e respeito. Os apstolos se encarregaram de tal tarefa. A religio fez tantos seguidores que no ano de 313, da nossa era, o imperador Constantino concedeu liberdade de culto. No ano de 392, o cristianismo transformado na religio oficial do Imprio Romano. Na poca das grandes navegaes (sculos XV e XVI), a religio chega at a Amrica atravs dos padres jesutas, cuja misso era catequizar os indgenas. A Bblia O livro sagrado dos cristos pode ser dividido em duas partes: Antigo e Novo Testamento. A primeira parte conta criao do mundo, a histria, as tradies judaicas, as leis, a vida dos profetas e a vinda do Messias. No Novo Testamento, escrito aps a morte de Jesus, fala sobre a vida do Messias, principalmente. Principais festas religiosas Natal: celebra o nascimento de Jesus Cristo (comemorado todo 25 de dezembro). Pscoa: celebra a ressurreio de Cristo. Pentecostes: celebra os 50 dias aps a Pscoa e recorda a descida e a uno do Esprito Santo aos apstolos. Os Dez Mandamentos De acordo com o cristianismo, Moiss recebeu de Deus nas duas tbuas de pedra onde continham os Dez Mandamentos: 1. No ters outros deuses diante de mim.

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2. No fars para ti imagem de escultura, no te curvars a elas, nem as servirs. 3. No pronunciars o nome do Senhor teu Deus em vo. 4. Lembra-te do dia do sbado para santific-lo. Seis dias trabalhars, mas o stimo dia o sbado do seu Senhor teu Deus no fars nenhuma obra. 5. Honra o teu pai e tua me. 6. No matars. 7. No adulterars. 8. No furtars. 9. No dirs falso testemunho, no mentirs. 10. No cobiars a mulher do prximo, nem a sua casa e seus bens. CAPITULO VIII ARISTTELES

O Filsofo grego Aristteles nasceu em 384 a.C. e morreu em 322 a.C. Seus pensamentos filosficos e idias sobre a humanidade tem influncias significativas na educao e no pensamento ocidental contemporneo. Aristteles considerado o criador do pensamento lgico. Suas obras influenciaram tambm na teologia medieval da cristandade. Aristteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Plato, tornando seu discpulo. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macednia. Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C, a escola Liceu, voltada para o estudo das cincias naturais. Seus estudos filosficos baseavam-se em experimentaes para comprovar fenmenos da natureza. O filsofo valorizava a inteligncia humana nica forma de alcanar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelos discpulos. Pensou e escreveu sobre diversas reas do conhecimento: poltica, lgica, moral, tica, teologia, pedagogia, metafsica, didtica, potica, retrica, fsica, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didtico, principalmente para o pblico geral. Valorizava a educao e a considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra o livro Organon, que rene grande parte de seus pensamentos. Pensamento de Aristteles: "A educao tem razes amargas, mas os frutos so doces". Aristteles (D.L. 5, 18).

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CAPITULO IX PLATO

Este importante filsofo grego nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas idias baseiam-se na diferenciao do mundo entre as coisas sensveis (mundo das idias e a inteligncia) e as coisas visveis (seres vivos e a matria). Filho de uma famlia de aristocratas comeou seus trabalhos filosficos aps estabelecer contato com outro importante pensador grego: Scrates. Plato torna-se seguidor e discpulo de Scrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propsito de recuperar e desenvolver as idias e pensamentos socrticos. Convidado pelo rei Dionsio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte. Ao voltar para Atenas, passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em diversas reas do conhecimento: cincias, matemtica, retrica (arte de falar em pblico), alm da filosofia. Suas obras mais importantes e conhecidas so: Apologia de Scrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor de uma forma dialtica; e A Repblica, em que analisa a poltica grega, a tica, o funcionamento das cidades, a cidadania e questes sobre a imortalidade da alma. Idias de Plato para a educao Plato valorizava os mtodos de debate e conversao como formas de alcanar o conhecimento. De acordo com Plato, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educao deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educao deveria dedicar esforos para o desenvolvimento intelectual e fsico dos alunos. Aulas de retrica, debates, educao musical, geometria, astronomia e educao militar. Para os alunos de classes menos favorecidas, Plato dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de idade. Afirmava tambm que a educao da mulher deveria ser a mesma educao aplicada aos homens.

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CAPITULO X SCRATES

Scrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 AC, e tornouse um dos principais pensadores da Grcia Antiga. Podemos afirmar que Scrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filsofo grego: Anaxgoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essncia da natureza da alma humana. Scrates era considerado pelos seus contemporneos um dos homens mais sbios e inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para os cidados gregos. Seu mtodo de transmisso de conhecimentos e sabedoria era o dilogo. Atravs da palavra, o filsofo tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano. Conhecemos seus pensamentos e idias atravs das obras de dois de seus discpulos: Plato e Xenofontes. Infelizmente, Scrates no deixou por escrito seus pensamentos. Scrates no foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas idias contrrias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradies, crenas religiosas e costumes no ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidados gregos. Em funo de suas idias inovadoras para a sociedade, comea a atrair a ateno de muitos jovens atenienses. Suas qualidades de orador e sua inteligncia, tambm colaboraram para o aumento de sua popularidade. Temendo algum tipo de mudana na sociedade, a elite mais conservadora de Atenas comea a encarar Scrates como um inimigo pblico e um agitador em potencial. Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanas na religio grega. Em sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 AC. Algumas frases e pensamentos atribudos ao filsofo Scrates: A vida que no passamos em revista no vale a pena viver. A palavra o fio de ouro do pensamento. Sbio aquele que conhece os limites da prpria ignorncia. melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal. Alcanar o sucesso

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pelos prprios mritos. Vitoriosos os que assim procedem. A ociosidade que envelhece, no o trabalho. O incio da sabedoria a admisso da prpria ignorncia. Chamo de preguioso o homem que podia estar mais bem empregado. H sabedoria em no crer saber aquilo que tu no sabes. No penses mal dos que procedem mal; pense somente que esto equivocados. O amor filho de dois deuses, a carncia e a astcia. A verdade no est com os homens, mas entre os homens. Quatro caractersticas devem ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente. Quem melhor conhece a verdade mais capaz de mentir. Sob a direo de um forte general, no haver jamais soldados fracos. Todo o meu saber consiste em saber que nada sei. Conhece-te a ti mesmo e conhecers o Universo de Deus. CAPITULO XI FILOSOFIA

Filosofia na Grcia Antiga Introduo A palavra filosofia de origem grega e significa amor sabedoria. Ela surge desde o momento em que o homem comeou a refletir sobre o funcionamento da vida e do universo, buscando uma soluo para as grandes questes da existncia humana. Os pensadores, inseridos num contexto histrico de sua poca, buscaram diversos temas para reflexo. A Grcia Antiga conhecida como o bero dos pensadores, sendo que os sophos (sbios em grego) buscaram formular, no sculo VI a.C., explicaes racionais para tudo aquilo que era explicado, at ento, atravs da mitologia. Os Pr-Socrticos Podemos afirmar que foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grcia Antiga por volta do sculo VI a.C. Os filsofos que viveram antes de Scrates se preocupavam muito com o Universo e com os fenmenos da natureza. Buscavam explicar tudo atravs da razo e do conhecimento cientfico. Podemos citar, neste contexto, os fsicos Tales de Mileto, Anaximandro e Herclito. Pitgoras desenvolve seu pensamento defendendo a idia de que tudo preexiste alma, j que esta imortal. Demcrito e Leucipo defendem a formao de todas as coisas, a partir da existncia dos tomos.

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Perodo Clssico Os sculos V e IV a.C. na Grcia Antiga foram de grande desenvolvimento cultural e cientfico. O esplendor de cidades como Atenas, e seu sistema poltico democrtico, proporcionou o terreno propcio para o desenvolvimento do pensamento. a poca dos sofistas e do grande pensador Scrates. Os sofistas, entre eles Grgias, Leontinos e Abdera, defendiam uma educao, cujo objetivo mximo seria a formao de um cidado pleno, preparado para atuar politicamente para o crescimento da cidade. Dentro desta proposta pedaggica, os jovens deveriam ser preparados para falar bem (retrica), pensar e manifestar suas qualidades artsticas. Scrates comea a pensar e refletir sobre o homem, buscando entender o funcionamento do Universo dentro de uma concepo cientfica. Para ele, a verdade est ligada ao bem moral do ser humano. Ele no deixou textos ou outros documentos, desta forma, s podemos conhecer as idias de Scrates atravs dos relatos deixados por Plato. Plato foi discpulo de Scrates e defendia que as idias formavam o foco do conhecimento intelectual. Os pensadores teriam a funo de entender o mundo da realidade, separando-o das aparncias. . Outro grande sbio desta poca foi Aristteles que desenvolveu os estudos de Plato e Scrates. Foi Aristteles quem desenvolveu a lgica dedutiva clssica, como forma de chegar ao conhecimento cientfico. A sistematizao e os mtodos devem ser desenvolvidos para se chegar ao conhecimento pretendido, partindo sempre dos conceitos gerais para os especficos. Perodo Ps-Socrtico Est poca vai do final do perodo clssico (320 a.C.) at o comeo da Era Crist, dentro de um contexto histrico que representa o final da hegemonia poltica e militar da Grcia. Ceticismo: de acordo com os pensadores cticos, a dvida deve estar sempre presente, pois o ser humano no consegue conhecer nada de forma exata e segura. Epicurismo: os epicuristas, seguidores do pensador Epicuro, defendiam que o bem era originrio da prtica da virtude. O corpo e a alma no deveriam sofrer para, desta forma, chegar-se ao prazer. Estoicismo: os sbios esticos como, por exemplo, Marco Aurlio e Sneca, defendiam a razo a qualquer preo. Os fenmenos exteriores a vida deviam ser deixados de lado, como emoo, o prazer e o sofrimento. Pensamento Medieval O pensamento na Idade Mdia foi muito influenciado pela Igreja Catlica Desta forma, o teocentrismo acabou por definir as formas de sentir, ver e tambm pensar durante o perodo medieval. De acordo com Santo Agostinho, importante telogo romano, o conhecimento e as idias eram de origem divina.

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As verdades sobre o mundo e sobre todas as coisas deviam ser buscadas nas palavras de Deus. Porm, a partir do sculo V at o sculo XIII, uma nova linha de pensamento ganha importncia na Europa. Surge escolstica, conjunto de idias que visava unir a f com o pensamento racional de Plato e Aristteles. O principal representante desta linha de pensamento foi Santo Toms de Aquino. Pensamento Filosfico Moderno Com o Renascimento Cultural e Cientfico, o surgimento da burguesia e o fim da Idade Mdia, as formas de pensar sobre o mundo e o Universo ganham novos rumos. A definio de conhecimento deixa de ser religiosa para entrar num mbito racional e cientfico. O teocentrismo deixado de lado e entre em cena o antropocentrismo (homem no centro do Universo). Neste contexto, Ren Descartes cria o cartesianismo, privilegiando a razo e considerando-a base de todo conhecimento. . A burguesia, camada social em crescimento econmico e poltico tm seus ideais representados no empirismo e no idealismo. No sculo XVII, o pesquisador e sbio ingls Francis Bacon cria um mtodo experimental, conhecido como empirismo. Neste mesmo sentido, desenvolvem seus pensamentos Thomas Hobbes e John Locke. O iluminismo surge em pleno sculo das Luzes, o sculo XVIII. A experincia, a razo e o mtodo cientfico passam a ser as nicas formas de obteno do conhecimento. Este, a nica forma de tirar o homem das trevas da ignorncia. Podemos citar, nesta poca, os pensadores Immanuel Kant, Friedrich Hegel, Montesquieu, Diderot, D'Alembert e Rosseau. O sculo XIX marcado pelo positivismo de Auguste Comte. O ideal de uma sociedade baseada na ordem e progresso influencia nas formas de refletir sobre as coisas. O fato histrico deve falar por si prprio e o mtodo cientfico, controlado e medido, deve ser a nica forma de se chegar ao conhecimento. Neste mesmo sculo, Karl Marx utiliza o mtodo dialtico para desenvolver sua teoria marxista. Atravs do materialismo histrico, Marx prope entender o funcionamento da sociedade para poder modific-la. Atravs de uma revoluo proletria, a burguesia seria retirada do controle dos bens de produo que seriam controlados pelos trabalhadores. Ainda neste contexto, Friedrich Nietzsche, faz duras crticas aos valores tradicionais da sociedade, representados pelo cristianismo e pela cultura ocidental. O pensamento, para libertar, deve ser livre de qualquer forma de controle moral ou cultural. poca Contempornea Durante o sculo XX vrias correntes de pensamentos agiram ao mesmo tempo. As releituras do marxismo e novas propostas surgem a partir de Antonio Gramsci, Henri Lefebvre, Michel Foucault, Louis Althusser e Gyorgy Lukcs. A antropologia ganha importncia e influencia o pensamento do perodo, graas aos estudos de Claude Lvi-Strauss. A fenomenologia, descrio das coisas

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percebidas pela conscincia humana, tem seu maior representante em Edmund Husserl. A existncia humana ganha importncia nas reflexes de Jean-Paul Sartre, o criador do existencialismo. CAPITULO XII ALLAN KARDEC

Nascido em Lyon (Frana), numa antiga famlia que se distinguiu na magistratura, e de orientao catlica. Formando-se na Escola de Pestalozzi, em Yverdum (Sua), tornou-se um dos discpulos mais eminentes daquele pioneiro da educao, e um dos maiores propagadores de suas idias na Frana. Ali, como pedagogo, o jovem Rivail dedica-se luta para uma maior democratizao do ensino pblico, oferecendo cursos gratuitos de gramtica, aritmtica e cincias em sua prpria casa. Publica diversas obras didticas e sobre educao, alcanando respeito e admirao em boa parte da Frana. Quando estava prximo dos seus cinqenta anos (1854), ouviu falar pela primeira vez do fenmeno das "mesas girantes" (D-se o nome genrico de mesasgirantes ou dana das mesas a toda ordem de fenmenos amplamente difundidos na Europa e nos Estados Unidos, a partir de 1848, que consistiam no movimento sem causa fsica aparente de mesas e objetos em torno dos quais reuniam-se pessoas de todas as classes sociais poca.), bastante difundido poca, atravs do seu amigo

Fortier, um magnetizador de longa data. Sem dar muita ateno ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal de que era estudioso, s em maio de 1855 sua curiosidade se volta efetivamente para as mesas, quando comea a freqentar reunies em que tais fenmenos se produziam. Convencendo-se de que o movimento e as respostas complexas das mesas eram devidas interveno de espritos (Esprito definido pelo conjuntototal das faculdades intelectuais. Ele freqentemente considerado como um princpio ou essncia da vida incorprea (religio e tradio espiritualista da filosofia), mas pode tambm concebida como um princpio material (conjunto de leis da fsica que geram nosso sistema nervoso), Rivail dedicou-se estruturao de uma proposta de

compreenso da realidade baseada na necessidade de integrao entre os conhecimentos cientfico, filosfico e religioso, com o objetivo de lanar sobre o real um olhar amplo e que no negligenciasse nem o imperativo da investigao emprica na construo do conhecimento, nem a dimenso espiritual e interior do homem. Adota, nessa tarefa, o pseudnimo que o tornaria conhecido - Allan

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Kardec - nome esse, segundo um esprito, de uma sua possvel encarnao anterior, como Druida (e druidesas, eram pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurdicas e filosficas dentro da sociedade celta).. Dedicao causa Kardec passou os anos finais da sua vida dedicando divulgao do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defend-lo dos opositores. Morreu em Paris em 31 de maro de 1869, aos 65 anos de idade, em decorrncia de um colapso cardaco, e est enterrado no cemitrio do PreLachaise, a mais clebre necrpole da capital francesa. Sobre seu tmulo, erguido como os dlmens drudicos, jaz a inscrio: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal a lei". Em seu sepultamento, o astrnomo francs e amigo pessoal de Kardec, Camille Flammarion, proferiu o seguinte discurso, ressaltando a sua admirao por aquele que ali baixava ao tmulo: "Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus estudos terrestres. Aos nossos ps dorme o teu envoltrio, extinguiu-se o teu crebro, fecharam-se os olhos para no mais se abrirem, no mais ouvida ser a tua palavra... Sabemos que todos havemos de mergulhar nesse mesmo ltimo sono, de volver a essa mesma inrcia, a esse mesmo p. Mas, no nesse envoltrio que pomos a nossa glria e a nossa esperana. Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao Espao. Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no cu imenso onde usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde continuaremos os estudos para cujo desenvolvimento a Terra teatro por demais acanhado.(...) At vista, meu caro Allan Kardec, at vista! CAPITULO XIII TANTRA YOGA

A palavra Tantra vem da raiz verbal snscrita "Tantr" (10 conjugao), que significa: governar, controlar, manter atravs de disciplina. Yoga vem da raiz verbal "Yuj" que significa: unir, direcionar, concentrar, preparar e meditar. Tantra Yoga o caminho que tem por objetivo levar o indivduo a perceber que ele j a felicidade que busca ser. Incluem as tcnicas de preparao e o conhecimento contido nos Vedas, antigos textos indianos revelados aos sbios.

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Nem a postura perfeita de ltus, nem a fixao da vista na ponta do nariz so Yoga. Yoga a identidade entre Jivatma, o indivduo, e Paramatma, o Todo . Abrange dois caminhos, o da mo direita, Dakshina, e o da mo esquerda, Vama. Dakshina Tantra Yoga considera o homem como uma combinao de energias e tem como objetivo se dirigir de novo origem, Me, ou Shakti, que contm e engendra todos os seres. Assim, o Tantra consiste na utilizao dessa energia para conseguir a realizao plena do ser, chegar realidade primordial de onde provm todas as manifestaes. Tudo o que existe, todas as realidades, desde as mais materiais at as mais sutis, so formas diferenciadas de uma energia principal e, manejando esta energia, podemos conseguir dentro de ns uma srie de transformaes que nos conduziro a um estado supremo de conscincia, de unio entre Shiva, conscincia absoluta e o poder manifestador, e Shakti, seu aspecto dinmico, a fora da manifestao nas formas. Um aspecto interessante do Tantrismo e que consideramos de excepcional valor para a psicologia ocidental, capaz de auxiliar os mtodos utilizados para conhecer o psiquismo humano, o estudo do homem do ponto de vista da energia. Consideramos o homem como um mundo complexo, presidido e configurado pela energia psquica que se denomina genericamente de Prana, ou energia sutil, e que adota diversos nomes segundo as funes que regula e os ritmos vibratrios a que est sujeito. Cada ritmo vibratrio dessa energia produz o plano material, psquico e mental. Por conseguinte, essa energia vem a ser o eixo central e o meio que o Tantra Yoga utiliza para realizar todas as transformaes fsicas, psquicas e mentais. medida que o aluno toma conscincia de todas as suas energias, ele harmoniza seu interior e se harmoniza com o Todo.

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CAPITULO XIV REIKI

Origens do Reiki Das origens do Reiki sabemos que Mikao Usui viveu de 1865 at 1926; era padre cristo em Kioto (Japo) e professor na Universidade local. Seus estudos se concentravam em descobrir como Jesus conseguia realizar seus milagres. Ele sabia que era possvel curar com as mos atravs da fora vital que as mesmas emanavam, mas desconhecia de que modo isso funcionava. Em vo foi Amrica, para a Universidade de Chicago, tentar desvendar o segredo das curas milagrosas de Cristo. Ali se tornou Doutor em Teologia. De volta ao Japo, e mais tarde na ndia, estudou snscrito e as antigas escritas budistas, encontrando finalmente a chave da sabedoria antiga: uma frmula em snscrito baseada numa srie de smbolos, os quais, acionados, ativam e captam a energia vital universal. Depois, Usui ensinou a sabedoria a vrios japoneses e fundou o sistema dos Mestres do Reiki. Um Mestre de Reiki recebe uma iniciao ligada a uma transmisso de energia de um gro-mestre, e assim qualificado para despertar energias nas outras pessoas e transmitir o "Dom da Cura". A americana de origem japonesa - Hawayo Takata - levou o Reiki para o Ocidente nos anos 40 e, em 1983, o Reiki entrou pela primeira vez no Brasil, trazido pelo Dr. Egdio Vecchio-PHd e tendo a Dr. Claudete Frana como primeira Mestre em Reiki em toda a Amrica do Sul. . O que o Reiki Reiki um mtodo de cura natural pelas mos REI significa universal e KI a fora da energia vital que est presente, pois pertence ao que csmico. Reiki pode ser ento definido como "a Arte e a Cincia da ativao, do direcionamento e da aplicao da Energia Vital Universal, para promover o completo equilbrio energtico, para preveno das disfunes e para possibilitar as condies necessrias a um completo BEM ESTAR. Esta a ENERGIA que forma os indivduos em todas as etapas da vida, a poro de FORA VITAL (que uma luz invisvel que passa pelo crebro, o

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sistema nervoso e as veias) que anima todos os corpos, fazendo com que uns sejam saudveis, e outros, devido a sua falta, enfermos. Onde e como atua o Reiki? O Reiki deve percorrer todo o ser vivo. Mas o "stress" dirio, as tenses que as crises pessoais e sociais nos criam, a m alimentao, a m respirao, impedem o fluxo desta energia natural. Todos sabem os efeitos da depresso, da ansiedade, do medo, mas poucos de ns somos treinados para evitar estes estados negativos. O grande sucesso do Reiki que seguro, fcil, acessvel a qualquer criana, simples e, uma vez ativado, permanece energizando o sistema orgnico que recebeu sua aplicao. Tambm por no ter conotao religiosa e no intervir com outros tratamentos, sua prtica vem crescendo dia a dia. Como vivenci-lo O seminrio tem como objetivo geral o de fazer com que as pessoas interessadas numa vida mais equilibrada possam saber como entrar em harmonia com esta energia vital-universal, tornando-se instrumentos canalizadores e disseminadores dos efeitos positivos que a ENERGIA REIKI propicia. Por meio de inmeros exerccios prticos, a Mestre ensinar a todos os presentes mtodos de auto-ajuda, assim como de ajuda ao prximo, seja-o ser humano, planta ou animal. Pontos importantes do Reiki 1)Reiki uma cincia energtica. Reiki trabalha independente de qualquer sistema religioso. 2)Reiki energia no polarizada, portanto, sempre segura. 3)Como o Reiki no-polarizado, pode ser usado at por uma criana; pode ser usadas para tratar, at mesmo, doenas crnicas; ou por um adulto de qualquer meio social. 4)Sendo no-polarizado, Reiki trabalha conjuntamente com qualquer outra forma de terapia incluindo medicamentos, quimioterapia, cirurgia, homeopatia, acupuntura, etc. 5)Porque Reiki energia que emana do nvel subatmico, quando fazendo o tratamento, o terapeuta utiliza primeiramente a Energia Reiki e de uma maneira menor, de toda energia inata do corpo. O terapeuta de Reiki no arrisca nada ao tratar de outros e o Reiki na verdade estar energizando-os quando eles tratam de outra pessoa. Aps tratar muitos pacientes, por mais que estejam doentes, o terapeuta Reiki geralmente se sente mais energizando. 6)Reiki trabalha no plano causal, isto , no nvel da raiz da causa e como tal, trata o corpo como um todo; holstico por natureza, porm no requer nenhuma habilidade em diagnosticar por parte do terapeuta. Por estas razes, Reiki pode ser usado eficientemente por qualquer pessoa de qualquer idade ou meio social.

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Nveis de Reiki O PRIMEIRO NVEL (1. Grau) o nvel principal, durante o qual voc recebe REIKI para toda a vida. Voc aprende, atravs de uma tcnica especfica (pela ajuda das suas mos), a ativar a Energia Vital em si mesmo e nos outros, a fim de dissolver as causas de tenses, bloqueios e doenas. A energia despertada ser absorvida onde for mais necessria naquele exato momento, por exemplo: pelo corpo, pelas emoes, pelo sentimento, pelo intelecto, pela criatividade, pela intuio. O SEGUNDO NVEL (2o. Grau) o nvel que tem aplicaes avanadas para aqueles que desejam conhecer melhor o REIKI, pois, neste nvel, o foco a cura mental com repercusso no corpo fsico e etrico, assim como a cura distncia. Aqui o Reiki trabalhar diretamente no plano causal. O TERCEIRO NIVEL A (3o. Grau A) capacita ao Reikiano o uso de uma energia especial, que leva ao autocrescimento, autotransformao e a ser Mestre de si mesmo. Essa graduao inclui um nvel de ativao de energia de alta potncia, tambm para balanceamento energtico, cura, integrao e iluminao. O 3o. Nvel A de uso pessoal, para multides e para trabalhar o planeta. Esta graduao est delineada principalmente para aqueles que desejam se aprofundarem mais na tcnica da Energia Csmica, sem terem adquirido um certificado, ou se qualificado como Mestre Reiki. O curso completado, recebendo-se o total e original poder do Reiki do 3. Nvel B. O TERCEIRO NVEL B (3. Grau B) o Nvel de Mestre, onde voc aprende a iniciar pessoas nos Nveis I, II e III (A e B), e a ministrar cursos de Reiki. CAPTULO XV CAMDOMBL

Culto dos orixs, de origem totmica e familiar, uma das Religies AfroBrasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo, mas tambm em pases adjacentes como Uruguai, Argentina, e Venezuela. A religio, que tem por base a "anima" (alma) da Natureza, sendo portanto chamada de anmica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da frica para o Brasil, juntamente com seus Orixs / Inquices/ Voduns, sua cultura, e seu idioma, entre 1549 e 1888. Embora confinado originalmente populao de escravos, proibido pela igreja Catlica, e criminalizado mesmo por alguns governos, o candombl

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prosperou nos quatro sculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. agora uma das religies principais estabelecidas, com seguidores de todas as classes sociais e dezenas de milhares de templos. Em levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhes de brasileiros (1,5% da populao total) declararam o candombl como sua religio. Na cidade de Salvador existem 2.230 terreiros registrados na Federao Baiana de Cultos Afro-brasileiros. Entretanto, na cultura brasileira as religies no so vistas mutuamente como exclusivas, e muitos povos de outras crenas religiosas at 70 milhes, de acordo com algumas organizaes culturais Afro-Brasileiras participam em rituais do candombl, regularmente ou ocasionalmente. Orixs do Candombl, os rituais, e as festas so agora uma parte integrante da cultura e uma parte do folclore brasileiro. O Candombl no deve ser confundido com Umbanda ( estruturada, moralmente, em 3 princpios: fraternidade, caridade e respeito ao prximo), Macumba (instrumento musical de repercusso espcie de reco-reco, ou ainda, pode ser a designao genrica dos cultos sincrticos afro-brasileiros derivados de prticas religiosas e divindades de povos bantos, influenciadas pelo candombl) e / ou Omoloko, outras religies Afro-Brasileiras com similar origem; e com religies Afros, derivadas similares em outros pases do Novo Mundo, como o Voodoo Haitiano, a Santeria Cubana, e o Obeah, os quais foram desenvolvidos independentemente do Candombl e so virtualmente desconhecidos no Brasil. Naes Os escravos brasileiros pertenciam a diversos grupos tnicos, incluindo os Yoruba, os Ewe, os Fon, e os Bantu. Como a religio se tornou semiindependente em regies diferentes do pas, entre grupos tnicos diferentes, evoluram diversas "divises" ou naes, que se distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (msica) e a lngua sagrada usada nos rituais. A lista seguinte uma classificao pouco rigorosa das principais naes e subnaes, de suas regies de origem, e de suas lnguas sagradas: Nag ou Iorub Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os estados - Lngua Yoruba (Iorub ou Nag em Portugus) Efan na Bahia, Rio de Janeiro e So Paulo Ijex principalmente na Bahia Nag Egb ou Xang do Nordeste no Pernambuco, Paraba, Alagoas, Rio de Janeiro e So Paulo Mina-nag ou Tambor-de-Mina no Maranho. Xamb em Alagoas e Pernambuco (quase extinto).

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Bantu, Angola e Congo (Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, So Paulo, Gois, Rio Grande do Sul), mistura de Bantu, Kikongo e Kimbundo lnguas. Candombl de Caboclo (entidades nativas ndios) Jeje A palavra Jeje vem do yorub adjeje que significa estrangeiro, forasteiro. Nunca existiu nenhuma nao Jeje na frica. O que chamado de nao Jeje o candombl formado pelos povos fons vindo da regio de Dahom e pelos povos mahins. Jeje era o nome dado de forma pejorativa pelos yorubs para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluv ou Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluv ou Savalu, na verdade, vem de "Sav" que era o lugar onde se cultuava Nan. Nan, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originria de um filho de Odudu, que o fundador de Sav (tendo neste caso a ver com os povos fons). O Abomei ficava no oeste, enquanto Ashantis era a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje.(Bahia, Rio de Janeiro e So Paulo) lngua Ewe e lngua Fon (Jeje) Jeje Mina lngua Mina So Luiz do Maranho Babau no Par. Omoloko, Rio de Janeiro e Minas Gerais (quase extinto). Crenas Candombl uma religio monotesta, embora alguns defendam que cultuem vrios deuses, o deus nico para a Nao Ketu Olorum, para a Nao Bantu Zambi e para a Nao Jeje Mawu, so naes independentes na prtica diria e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos participantes considera como sendo o mesmo Deus da Igreja Catlica. Os Orixs/Inquices/Voduns recebem homenagens regulares, com oferendas, cnticos, danas e roupas especiais. Mesmo quando h na mitologia referncia a uma divindade criadora, essa divindade tem muita importncia no dia-a-dia dos membros do terreiro, como o caso do Deus Cristo que na maioria das vezes so confundidos. os Orixs (so divindades para representar os domnios de Deus aqui na Terra) da Mitologia Yoruba foram criados por um deus supremo, Olorun (Olorum) dos Yoruba; os Voduns (religio) da Mitologia Fon ou Mitologia Ewe, foram criados por Mawu, o deus supremo dos Fon; os Nkisis da Mitologia Bantu, foram criados por Zambi, Zambiapongo, deus supremo e criador. O Candombl cultua, entre todas as naes, umas cinqenta das centenas de deidades ainda cultuadas na frica. Mas, na maioria dos terreiros das grandes cidades, so doze as mais cultuadas. O que acontece que algumas divindades tm "qualidades", que podem ser cultuadas como um diferente Orix/Inquice/Vodun em um ou outro terreiro. Ento, a lista de divindades das

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diferentes naes grande e muitos Orixs do Ketu podem ser "identificados" com os Voduns do Jej e Inquices dos Bantu em suas caractersticas, mas na realidade no so os mesmos; seus cultos, rituais e toques so totalmente diferentes. Orixs tm individuais personalidades, habilidades e preferncias rituais, e so conectados ao fenmeno natural especfico (um conceito no muito diferente do Kami do japons Xintosmo). Toda pessoa escolhida no nascimento por um ou vrios "patronos" Orix, que um babalorix identificar. Alguns Orixs so "incorporados" por pessoas iniciadas durante o ritual do candombl, outros Orixs no, apenas so cultuados em rvores pela coletividade. Alguns Orixs chamados Funfun (branco), que fizeram parte da criao do mundo, tambm no so incorporados. Os orixs mais conhecidos so: Ogum, Oxossi, Xang, Ians, Oxum, Ob, Logum, Nan / Obalua, Ossim, Oxumar, Ew, Iemanj, Oxal. Sincretismo No tempo das senzalas os negros para poderem cultuar seus Orixs, Inkices e Voduns usaram como camuflagem um altar com imagens de santos catlicos e por baixo os assentamentos escondidos, segundo alguns pesquisadores este sincretismo (conciliar crenas opostas) j havia comeado na frica, induzida pelos prprios missionrios para facilitar a converso. Depois da libertao dos escravos comearam a surgir as primeiras casas de candombl, e fato que o candombl de sculos tenha incorporado muitos elementos do Cristianismo. Crucifixos e imagens eram exibidos nos templos, Orixs eram freqentemente identificados com Santos Catlicos, algumas casas de candombl tambm incorporam entidades caboclos, que eram consideradas pags como os Orixs. Mesmo usando imagens e crucifixos inspiravam perseguies por autoridades e pela Igreja, que viam o candombl como paganismo (homem campons, mas na verso atual, homem que no acredita em Cristo) e bruxaria (poderes sobrenaturais de uma pessoa), muitos mesmo no sabendo nem o que era isso. Nos ltimos anos, tem aumentado um movimento "fundamentalista" em algumas casas de candombl que rejeitam o sincretismo aos elementos Cristos e procuram recriar um candombl "mais puro" baseado exclusivamente nos elementos Africanos. Templos Os Templos de Candombl so chamados de casas, roas ou Terreiros. As casas podem ser de linhagem matriarcal, patriarcal ou mista: Casas pequenas, que so independentes, possudas e administradas pelo babalorix ou ialorix dono da casa e pelo Orix principal respectivamente.

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Em caso de falecimento do dono, a sucesso na maioria das vezes feita por parentes consangneos, caso no tenha um sucessor interessado em continuar a casa desativada. No h nenhuma administrao central. Casas grandes que so organizadas tm uma hierarquia rgida, no de propriedade do sacerdote, nem toda casa grande tradicional, uma Sociedade Civil ou Beneficente. Casas de linhagem matriarcal: (s mulheres) assumem a liderana da casa como Iyalorix. Il Ax Iy Nass Ok - Casa Branca-Engenho Velho - considerada a primeira casa a ser aberta em Salvador, Bahia. Il Iy Omi Ax Iymase do Gantois - Terreiro do Gantois - Salvador, Bahia. Il Ax Op Afonj - Op Afonj - Salvador, Bahia. Il Maroialaji - Terreiro do Alaketu - Salvador, Bahia. Zoogod Bogum Mal Rond - Terreiro do Bogum - Salvador, Bahia. Querebentan de Zomadnu - Casa das Minas - fundada +/- 1796 - So Luiz, Maranho. Terreiro So Jorge Filho da Gomia - Terreiro do Porto - Lauro de Freitas, Bahia. Casas de linhagem patriarcal: (s homens) assumem a liderana da casa como Babalorix no Culto aos Orixs ou Babaoj no Culto aos Egungun. Il Agboul - Ilha de Itaparica Sociedade Cultural e Religiosa Il Axip - Il Axip - Salvador, Bahia. Casas de linhagem mista: tanto homens como mulheres podem assumir a liderana da casa. Il Ax Oxumar - Casa de Oxumare - Salvador, Bahia Il Ax Od Og - Terreiro Pilo de Prata - Salvador, Bahia Ob Ogunt - Sitio de Pai Ado - Recife, Pernambuco Kw Ceja Hound - Roa do Ventura - Cachoeira e So Felix, Bahia Terreiro da Gomia Okobalaye - Roa de Xang - So Gonalo, Rio de Janeiro A progresso na hierarquia condicionada ao aprendizado e ao desempenho dos rituais longos da iniciao. Em caso de morte de uma ialorix, a sucessora escolhida, geralmente entre suas filhas, na maioria das vezes por meio de um jogo divinatrio Opele-Ifa ou jogo de bzios. Entretanto a sucesso pode ser disputada ou pode no encontrar um sucessor, e conduz freqentemente a rachar ou ao fechamento da casa. H somente trs ou quatro casas em Brasil que viram seu 100 aniversrio. Sacerdcio Nas Religies Afro-brasileiras o sacerdcio dividido em:

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Babalorix ou Iyalorix - Sacerdotes de Orixs. Dot ou Don - Sacerdotes de Voduns Tateto e Mameto - Sacerdotes de Inkices (deuses abaixo do Criador). Babalawo - Sacerdote de Orunmila-Ifa do Culto de If. Bokonon - Sacerdote do Vodun Fa Babalosaim - Sacerdote de Ossaim. Babaoj - Sacerdote do Culto aos Egungun. CAPTULO XVI

O Racionalismo Cristo foi criado para ajudar a encontrar as respostas para questes como estas: De onde viemos? O que estamos fazendo aqui na Terra? Para onde iremos aps o fim de nossa vida terrena? Por que h tanto sofrimento martirizando a humanidade? Antes de prosseguir com a explicao, necessrio que voc saiba que o Racionalismo Cristo NO uma religio. Trata-se do espiritualismo racional e cientfico, portanto sem nenhum carter mstico ou religioso, expresso em linguagem condizente com os dias de hoje, clara, objetiva, simples, fcil e assim acessvel compreenso de todos. Uma filosofia para o nosso tempo O Racionalismo Cristo uma filosofia para o nosso tempo. Estudar a Doutrina e submeter o que vai lendo ao crivo da razo o caminho indicado para as pessoas que, como voc, deseja se esclarecer, e no renunciar ao seu direito de ser independentes para pensar, raciocinar e tirar suas prprias concluses. O conhecimento da vida real, ou espiritual, no pode ser alcanado por aqueles que, sem raciocinar e imbudos de misticismo, se limitam a repetir "verdades" dogmticas e conceitos concebidos em pocas obscurantistas, os quais a razo, o bom senso e a cincia no podem admitir como verdadeiros. O Racionalismo Cristo, por ser uma filosofia espiritualista, divulga princpios universais para que sejam estudados e, aps a necessria reflexo, colocados em prtica, tornando os seres humanos espiritualmente independentes. A soluo est em voc mesmo Esta Doutrina, alm de importantes esclarecimentos sobre a vida espiritual, lhe oferece orientaes seguras para voc resolver, por si mesmo,

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seus problemas, mesmo os de carter psquico, tais como depresso, alcoolismo, vises, angstia, ansiedade, obsesso, manias, fobias e outros. Ou seja, vai lhe ensinar que est em voc mesmo a soluo de seus problemas. Ela mostra que no h milagres, pois tudo no Universo est sujeito a leis comuns, naturais e imutveis.

Luis de Mattos Fundador da Doutrina Figura singularSabemos que existem pessoas que simplesmente passam pela vida, enquanto outras se eternizam, com o correr dos anos, transcendendo at o perodo transitrio da sua prpria existncia. Assim, Luiz de Mattos Chaves Lavrador, teve a sua existncia fsica voltada para a espiritualizao dos seres humanos, fundador desta doutrina em 16 de dezembro de 1916, sendo defensor das causas sociais. Quando essa figura singular citada, no se est procurando cultuar de forma fantica a sua imagem, isto jamais ocorrer no Racionalismo Cristo. Como fundador do Racionalismo Cristo, e tambm do jornal A Razo, Luiz de Mattos lutou muito, foi considerado polmico porque defendia causas sociais de extrema importncia. Era abolicionista, republicano e espiritualista e foi combatido, criticado, mas nada temia, pois no combatia pessoas e, sim, defendia idias. O jornal A Razo, que era dirio, tornou-se o seu instrumento hbil na divulgao dos seus ideais, com a preocupao constante de valorizar o ser humano esclarecido, honesto, lutador e voltado para o cumprimento dos seus deveres.

Igualdade.Luiz de Mattos ensinou a todos que o esprito no tem cor, raa e nem sexo. Ao encarnar, tm a meta da evoluo espiritual e direitos iguais para essa conquista. Por isso necessrio que haja igualdade de oportunidades para todos, e esse era o ideal e a razo da luta gigantesca de Luiz de Mattos. Entendia tambm que a evoluo somente se daria pela prtica do espiritualismo autntico que ele codificou, depois de aprofundados estudos. Nascido em 3 de janeiro de 1860 em Portugal e desencarnado em 15 de janeiro de 1926 no Brasil, fez do seu viver uma trajetria luminosa, legando a todos ns,

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militantes, amigos, admiradores do Racionalismo Cristo e de A Razo, um incalculvel somatrio de exemplos e realizaes, acrescido da inconfundvel sabedoria que caracterizou a sua personalidade mpar de radiante espiritualidade. Os racionalistas cristos no adoram imagens nem alimentam fanatismos. O sentimento que alimentamos por Luiz de Mattos de respeito e reconhecimento pelo seu rduo trabalho em benefcio da humanidade.

O que Racionalismo Cristo Se voc est entrando em contato pela primeira vez com esta filosofia, informamos que o Racionalismo Cristo a codificao, em termos racionais e cientficos, da verdadeira doutrina de Jesus, ou seja, dos ensinamentos do Jesus histrico, que nada tem a ver com o Cristo mstico da teologia e dos dogmas, criado pela religio. Essa codificao do espiritualismo racional e cientfico, depurado, portanto, de todo misticismo e rano religioso, foi realizada em princpios do sculo XX, no Brasil, por Luiz de Mattos, esprito altamente evoludo, que voltou a encarnar no planeta com essa misso especial. Qual a finalidade do Racionalismo Cristo? A finalidade do Racionalismo Cristo esclarecer, espiritualizar, educar, instruir, levantar as almas combalidas, fortificar corpos enfraquecidos, combater os vcios e ensinar a criatura a ser justa, valorosa, honrada, simples e verdadeira. No religio O Racionalismo Cristo no religio nem seita. doutrina filosfica de carter espiritualista. Explana princpios que ajudam o ser humano a se regenerar de seus maus hbitos e fornece meios para que ele se esclarea sobre o que seja a vida na Terra e a razo de nela estar. Baseado nos ensinamentos de Jesus, afirma que "s a verdade poder libertar a humanidade das garras da ignorncia e, assim, prepar-la para o cumprimento do seu dever na Terra". Grande Foco Admite a existncia de uma Fora Superior (Deus), que denomina Fora Universal, Inteligncia Universal ou Grande Foco, o qual irradia sobre todo o Universo. Ensina o ser humano a ser verdadeiro e honrado, faz dos fracos fortes, encoraja-os para a vida, demonstrando-lhes que nada devem temer, seja a morte, a pobreza, o trabalho ou a luta. Orienta-os na represso aos desejos intemperados.

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Valoriza o pensamento, vontade, a disciplina, o trabalho, a moral, a famlia e a ptria. O Racionalismo Cristo assenta seus princpios na razo e no bom senso, ensinando que pela lucidez do raciocnio a pessoa se emancipa do fanatismo e das supersties. Incentiva a leitura e o estudo. Combate os vcios, em especial o fumo, o jogo e o lcool. Combate s magias branca e negra. Ensina a respeitar todas as religies, bem como a maneira de pensar dos nossos semelhantes. No admite destino O Racionalismo Cristo no admite provao nem destino, no sentido de predestinao. Ensina que todos os atos de nossa vida dependem do emprego do livre-arbtrio e que viemos a Terra para evoluir, mas nunca por provao ou predestinao. Conforme pensarmos, assim seremos; aquilo que de mal desejarmos ao prximo, a ns mesmos estaremos desejando; o que de bom fizermos redundar em nosso benefcio, pois seremos aquilo que quisermos ser. No devemos cultivar sentimentos de dio, inveja ou malquerena. Devemos higienizar a mente e o corpo, a fim de que possamos ter uma existncia tranqila, prspera e saudvel. O Racionalismo Cristo, embora ensine a respeitar o modo de pensar do nosso semelhante e no tenha cor poltica, combate todas as ideologias extremistas, e por seus ensinamentos prepara a criatura para ser consciente perante a vida, til a si e famlia, ptria e humanidade. O que acredita ser esprito? O esprito uma partcula da Fora Universal. Mas s recebe essa denominao depois de cumprir um ciclo evolutivo que se inicia no reino mineral, passando em seguida para o reino vegetal e depois para o reino animal. Aps a concluso desse ciclo, a partcula da Fora fica em condies de se utilizar um corpo humano para dar prosseguimento a seu programa evolutivo, dispondo, a essa altura, de uma forma rudimentar de inteligncia e da faculdade do livre-arbtrio. Ento passa a encarnar e reencarnar at atingir o nvel de aperfeioamento a partir do qual j no h necessidade de continuar reencarnando neste planeta. Da em diante, sua evoluo se processa em planos espirituais mais elevados, tambm denominados de Astral Superior. Como partcula do Todo ou Fora Universal, o esprito indestrutvel e eterno; luz, inteligncia e poder; enfim, possui, em estado latente, todos os atributos dessa Fora, os quais vo se manifestando medida que ele avana em sua trajetria evolutiva. Como acredita em lei da reencarnao A encarnao do esprito uma das manifestaes da LEI DA EVOLUO, que, por sua vez, integra o contexto das leis comuns, naturais e imutveis que regem o Universo.

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Encarnao o processo pelo qual o esprito se liga a um corpo humano durante o perodo de gestao, apossando-se desse corpo no momento em que o feto vem luz. Ele encarna para viver as quatro fases da existncia terrena, infncia, mocidade, madureza e velhice, e desse modo processar sua evoluo, bem como reparar faltas ou erros cometidos em vidas anteriores. Em obedincia a essa lei, o esprito encarna e reencarna tantas vezes quantas sejam necessrias para concluir seu ciclo evolutivo neste mundo-escola. Essa verdade, que organizaes religiosas teimam em ocultar dos seus seguidores, amplamente divulgada pela Doutrina Racionalista Crist. Nenhuma novidade No se pense, contudo, que o Racionalismo Cristo e outras correntes espiritualistas, ao evidenciar a realidade das reencarnaes, estejam trazendo ao mundo uma novidade. Essa verdade conhecida desde as mais remotas eras. Trs mil anos antes de Cristo, na ndia, Krishna proclamava a existncia de uma Inteligncia Universal, a imortalidade da alma e sua evoluo atravs de muitas vidas fsicas. "O corpo finito, mas a alma que atua nele invisvel, impondervel e eterna. Voc e eu j passamos por inmeras reencarnaes", ensinava esse grande mestre espiritualista. Herms, outro grande mestre, afirmava, tambm milhares de anos antes de Cristo, no Alto Egito: "O esprito passa por dois estgios: o cativeiro na matria e a ascenso Luz. Durante a encarnao, ele perde a memria de sua origem". Mais tarde, vieram os gregos Pitgoras, Scrates e Plato, que tambm trataram da imortalidade da alma e suas reencarnaes. O que diz um ilustre mdico brasileiro No sculo passado, o mdico e cientista brasileiro Antnio Pinheiro Guedes, abordando o assunto, ponderava que a cincia psquica nos mostra que o progresso moral e intelectual do ser humano se processa atravs das reencarnaes ou sucesso das vidas corpreas neste mundo e que elas significam a preexistncia e a sobrevivncia da alma humana. "Lei qual todos os espritos esto sujeitos, a reencarnao uma condio essencial para sua evoluo. Constitui um meio de reparao, aproximando o ofendido e o ofensor, ou reunindo numa mesma famlia, sob o vu da matria e graas ao esquecimento do passado, a vtima e seu algoz!", considera Pinheiro Guedes. Por que negar a reencarnao? "Por que negar essa verdade? Por que as religies ocidentais tanto se empenham, tanto se esforam, tanto se obstinam em negar a reencarnao? Por que to intransigentemente a combatem, apesar das gritantes e insuspeitas provas da sua existncia real? Por que persistem no desconhecimento de tantos

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fatos que exaustivamente a comprovam e dos quais est cheia a histria da humanidade ? A resposta fcil: reencarnao e salvao so idias que se atritam, que se agridem, que se chocam, porque antagnicas e irredutivelmente inconciliveis. Ora, no conceito de salvao -- intimamente ligado aos favores do perdo -- est precisamente a base em que se apiam tais religies. Se essas organizaes religiosas revelassem a verdade aos seus adeptos no tocante fantasia dos perdes, da 'salvao eterna', da 'manso celestial', do 'divino Pai', do inferno, do demnio, do purgatrio e de tantas outras invencionices, nenhuma delas se manteria de p. Desapareceriam as fontes de renda representadas pela indstria dos santos de madeira e de barro, das relquias, dos 'dzimos do Senhor', das esmolas para os santos, das rezas e de muitas outras prticas artificiosas. Quando o indivduo se convencer de que, se praticar o mal, ter, inapelavelmente, de resgat-lo, sem possibilidade de perdo; que numa encarnao se prepara para a encarnao seguinte; que esta ser mais ou menos penosa conforme o uso que tenha feito do seu livre-arbtrio, na prtica do bem ou do mal; que as aes boas revertem em seu benefcio e as ms em seu prejuzo; que no pode contar com o auxlio de ningum para libert-lo das conseqncias das faltas que cometer e que ter de resgatar com aes elevadas -- qualquer que seja o nmero de encarnaes para isso necessrias --, por certo pensar mais detidamente antes de praticar um ato indigno". Quem foi Jesus? O Jesus do Racionalismo Cristo no o Cristo da f, criado pela teologia crist, e sim o Jesus histrico. Para esta Doutrina, ele foi um homem como todos os outros, composto de Fora e Matria (esprito e corpo). Filho de Jos e Maria nasceu como as demais pessoas, de uma fecundao humana normal, no tendo vindo ao planeta Terra como "ser divino", "por obra e graa do Esprito Santo". Alma grandemente evoluda ensinou a humanidade a conduzir-se dentro de princpios morais, respeitando as leis da vida. Ensinou ainda, entre outras coisas, que somos iguais e irmos em essncia, uma vez que cada esprito uma parcela de Deus (Fora Universal), razo por que o ser humano deve amar o p