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Informativo ArcelorMittal BioFlorestas
Completando 55 anos em 2012, ArcelorMittal BioFlorestas abre seu baú de memórias e relembra os principais
momentos de uma história pautada pelo compromisso social e a busca pelo desenvolvimento sustentável.
Página 6
Uma trajetória marcada pela responsabilidade
Juscelino Kubitscheck, antes dos “50 anos em 5”, participa de momento fundamental nos 55 anos da Empresa: o corte do primeiro eucalipto, em João Monlevade
Jan/Fev/Mar de 2012 - Ano 1 - Número 2
Em 2012, a ArcelorMittal
BioFlorestas completa 55 anos
de uma bem sucedida trajetória
no mercado de reflorestamento e
produção de biorredutor (carvão
vegetal). Desde o início de suas
atividades, ainda com o nome
de Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara (CAF),
a Empresa carrega a convicção de que só há crescimento
se houver diálogo e ação conjunta entre as pessoas –
empregados, famílias, terceiros e comunidades –, dentro e fora
da Empresa, de modo contínuo e sistemático.
Esta edição do Informativo Florestas reafirma esse princípio
de trabalho. Além de celebrarmos nossas conquistas ao longo
de mais de cinco décadas, apresentamos os resultados de
nossas ações sociais em 2011 e contamos um pouco da
história dos 37 anos de vivência do Elesier em nossa Empresa.
Também aproveitamos para mostrar como queremos nos
comportar daqui para frente, com a implantação de novas
diretrizes de gestão. Em 2012, pretendemos alcançar níveis
de custo e qualidade que assegurem a competitividade
da produção, com saúde, segurança e responsabilidade
ambiental e social.
Para esse desafio, apostamos em uma equipe que, tenho
orgulho de dizer, está preparada para elevar a qualidade do
trabalho e conseguir resultados valiosos para a ArcelorMittal
BioFlorestas. E é com o apoio de todos vocês que eu conto
para vencermos os desafios e continuarmos sendo uma
Empresa competitiva, pautada nos valores de sustentabilidade,
qualidade e liderança.
Editorial
Tempo de projetarEm passagem recente pelo Brasil, a vice-presidente de
Comunicação global do Grupo ArcelorMittal, Nicola Davidson,
e sua equipe estiveram em instalações da Regional Centro
Oeste da ArcelorMittal BioFlorestas para conhecer a dinâmica
produtiva do biorredutor (carvão vegetal). Na ocasião, assistiram
a uma apresentação cultural da Orquestra Abadiense de Viola de
Martinho Campos, participaram de atividades diárias de saúde
e segurança e conheceram os processos de plantio, colheita e
carbonização, além do trabalho realizado no Centro de Educação
Ambiental (Ceam) local.
Durante sua estadia no país, Nicola visitou também outras
unidades da ArcelorMittal Brasil e coordenou um seminário sobre
a presença feminina na Empresa, que contou com a participação
de 75 mulheres para debater questões como tratamento
diferenciado e sucesso no ambiente de trabalho.
Visita internacional
02
Publicação da ArcelorMittal BioFlorestasÁrea de Responsabilidade Social e Comunicação
Av. Carandaí, 1.115, 10º andar • Funcionários • CEP 30130-915 •
Belo Horizonte • MG • Telefone: (31) 3219-1546
E-mail: [email protected]
www.arcelormittal.com/br/bioflorestas
Coordenação: Magna Valadares • Jornalista responsável: Ana Amélia
Gouvêa (MT 4843/MG) • Produção editorial: BH Press Comunicação
• Reportagem e redação: Amanda Barros (15658/MG), Gustavo Ávila
(15240/MG) e Igor Lage (16246/MG)• Projeto gráfico e editoração: AVI
Design • Fotografias: Arquivo ArcelorMittal BioFlorestas e Arquivo Centro
de Memória ArcelorMittal Brasil • Impressão: Gráfica Pampulha
Expediente
Curtas
Mauricio Bicalho
Diretor Geral da ArcelorMittal BioFlorestas
Participantes da visita e membros da Orquestra Abadiense de Viola de Martinho Campos em unidade da Regional Centro Oeste
Nicola Davidson (à dir.) visitou o país acompanhada do gerente-geral de Comunicação e Responsabilidade Corporativa (Américas), Bill Steers, e da gerente de Responsabilidade Corporativa, Charlotte Wolff
A partir de diretrizes que contemplam as dimensões
de custo, segurança, atendimento, excelência
operacional e qualidade, a ArcelorMittal BioFlorestas
estabeleceu programas, projetos e ações para sua
atuação em 2012. “Estamos unindo esforços e
alinhando os padrões de trabalho para garantir que a
produção de gusa pelo Grupo ArcelorMittal a partir
de biorredutor (carvão vegetal) seja competitiva e
sustentável”, afirma o gerente de Recursos Humanos e
Qualidade, Vanderlan Bernardino.
Entre os trabalhos definidos para serem executados
ao longo do ano, há iniciativas que visam ao
aprimoramento do sistema de gestão, com especial
atenção ao gerenciamento da rotina, a maximização
da capacidade instalada da Empresa, a redução
sustentável dos custos e a evolução contínua da
gestão de saúde e segurança.
“Vamos atuar em conjunto para assegurar a
sustentabilidade do nosso negócio. Temos que ser
competitivos e, para isso, é preciso rever toda a
cadeia de atividades da Empresa, da administração
à produtividade e qualidade dos serviços”, destaca
Vanderlan.
“Nosso foco são os resultados. São eles que nos
permitem crescer e gerar novas oportunidades. Atuar
unidos e engajados com um só objetivo é a maneira
que pretendemos desenvolver as nossas atividades
em 2012”, aponta Mauricio Bicalho, diretor geral da
ArcelorMittal BioFlorestas.
Gestão
ArcelorMittal BioFlorestas estabelece diretrizes para orientar sua atuação em 2012
Traçando o caminho para crescer
Reuniões para definição das diretrizes envolveram representantes de todas as áreas da Empresa
03
Com o objetivo de desenvolver o potencial
de seus gestores, a ArcelorMittal BioFlorestas
realizou um curso de aperfeiçoamento com
supervisores, coordenadores e gerentes técnicos
de todas as suas unidades. O treinamento
aconteceu em Bom Despacho (MG), Regional
Centro Oeste da Empresa, e envolveu 34
profissionais.
A abertura do encontro contou com a presença
do gerente regional, Boanerges de Oliveira; do
gerente de Área Administrativa local, Paulo César
da Silva; do gerente de Recursos Humanos e
Qualidade, Vanderlan Bernardino; e do diretor
administrativo e financeiro, Marc Ruppert, que
também participou da capacitação.
O curso foi ministrado pela empresa de
consultoria Malinovski Florestal, em seis
módulos: Liderança e gestão de pessoas;
Operações florestais; Perfil profissional florestal;
Planejamento, orçamento e custos operacionais;
Microplanejamento; e Controle e segurança nas
operações florestais.
Para Rafael Malinovski, instrutor do curso, um
dos destaques foi a boa participação dos alunos,
que se mostraram interessados em conhecer
melhor o atual cenário do segmento florestal.
“Realizamos diversas discussões com o intuito
de aplicar o conhecimento adquirido à realidade
operacional da ArcelorMittal BioFlorestas”, afirma.
A coordenadora de processos da Regional Bahia,
Anneli Moraes, elogiou a abordagem atualizada
e garante que os conteúdos aprendidos serão
adotados na rotina de trabalho. “Percebi também
como nossa Empresa está adiantada em relação
à segurança do trabalho, principalmente com as
certificações”, destaca.
ArcelorMittal BioFlorestas investe em capacitação da equipe e fortalece parcerias para otimizar a gestão e o processo produtivo
Cada vez mais competitiva
Capacitação
Gestores da ArcelorMittal BioFlorestas participaram de treinamento na Regional Centro Oeste
04
A ArcelorMittal BioFlorestas está participando de
um comitê técnico, juntamente com outras empresas
e instituições ligadas ao setor florestal, que pretende
assessorar o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de
Minas Gerais (Senar-MG) na criação e reestruturação
de cursos de capacitação para profissionais da área. O
objetivo é criar alternativas para suprir a alta demanda
por mão de obra qualificada no setor.
A iniciativa surgiu como ponto de apoio a uma
parceria firmada recentemente pelo Senar-MG e
o Centro Técnico de Formação de Operadores de
Máquinas (CTFlor) da Universidade Federal dos Vales
do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Ela prevê o
intercâmbio de recursos entre as instituições para
ampliar a oferta e a qualidade dos programas de
formação profissional na região.
Atualmente, o comitê técnico conta com representantes
de federações patronais e de trabalhadores, associações
de classe e das principais empresas de manejo florestal
do Estado, além de especialistas em educação profissional
e outros pesquisadores. Desde dezembro de 2011, essa
equipe se reúne periodicamente para oferecer consultoria
na implantação de um curso de capacitação em manuseio
de equipamentos florestais modernos.
O treinamento, previsto para acontecer ainda em 2012,
tem o objetivo de ensinar aos trabalhadores como operar
máquinas de alta tecnologia, que estão cada vez mais
comuns no mercado. O conteúdo será introduzido em
um módulo básico de 48h e aprofundado em dez outros
módulos, um específico para cada máquina. O material
didático utilizado está sendo produzido pelo próprio
comitê, que deve finalizá-lo nos próximos meses.
Desenvolvimento
Entidades discutem alternativas para a qualificação de profissionais no setor florestal
Esforço coletivo para capacitação
Reunião do comitê técnico criado para assessorar o Senar-MG na implantação de novos cursos de capacitação profissional
05
A criação da ArcelorMittal BioFlorestas, na época
chamada de Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara
(CAF), foi impulsionada pelo crescimento dos negócios da
Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira na década de 30.
Com a inauguração da Usina de João Monlevade, em 1937,
a multinacional (que hoje integra o Grupo ArcelorMittal)
investiu fortemente na produção de carvão vegetal, usado
para abastecer os fornos de fabricação de gusa. Nos anos
seguintes, foram feitas experiências bem-sucedidas com
reflorestamento de eucalipto. Paralelamente, o setor
siderúrgico crescia em ritmo acelerado, aumentando a
demanda pelo carvão vegetal.
Empresa frondosa
História
ArcelorMittal BioFlorestas completa 55 anos com uma trajetória de crescimento e responsabilidade ambiental e social
Antecedentes
06
No dia 14 de dezembro de 1954, aconteceu a
cerimônia de corte do primeiro eucalipto na reserva
situada próxima à Usina de João Monlevade. O então
Governador de Minas Gerais e futuro Presidente da
República, Juscelino Kubitschek, comandou o evento,
que simbolizou o marco inicial das florestas plantadas
para carvão vegetal pela CAF. A época era de grande
furor econômico, graças à política progressista de
Juscelino, que teve como pontos altos o fomento à
indústria automobilística e a construção de Brasília,
empreendimentos que demandavam muito aço. Nesse
período, a produção de carvão vegetal acompanhou o
crescimento da siderurgia e os investimentos florestais
somaram cerca de 240 hectares por ano, com o plantio
de 6 milhões de árvores.
Primeiro corte
A CAF foi fundada em 1957 com o objetivo de
fabricar carvão vegetal para a Belgo-Mineira. Em seus
primeiros anos de vida, a Empresa buscou soluções
tecnológicas para aprimorar seus processos e investiu
na saúde e segurança de seus empregados, montando
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas)
e oferecendo atendimento médico. Na década de 70,
expandiu suas atividades em Minas Gerais e, a partir de
1979, iniciou o plantio de eucalipto no Sul da Bahia.
Nascimento e consolidação
Os anos 80 foram marcados pela modernização dos processos
produtivos. Também merecem destaque a implantação de novos
estudos e os projetos de preservação da fauna e flora das regiões de
plantio, como o Centro Experimental de Manejo de Animais Silvestres
(Cemas) e o Programa de Frutíferas. Na década seguinte, a Belgo, hoje
ArcelorMittal Brasil, experimentou a substituição do carvão vegetal
pelo coque. Como resposta, a Empresa investiu em alternativas para o
uso da madeira e, em 1994, embarcou a primeira carga desse produto
para países europeus e africanos.
Altos e baixos
A virada do século trouxe mudanças administrativo-estruturais.
Em 2003, a CAF se tornou uma empresa do Grupo Arcelor, como
resultado da união da Arbed com a francesa Usinor e a espanhola
Aceralia. Quatro anos depois, o Grupo Arcelor foi adquirido pela
Mittal Steel, transformando-se na ArcelorMittal, e a CAF passou a
se chamar ArcelorMittal Florestas. Em 2009, a empresa assumiu
o nome ArcelorMittal BioEnergia, reunindo ativos próprios e
da ArcelorMittal Jequitinhonha. Com o desmembramento do
segmento de inox, em 2011, as empresas de reflorestamento
foram novamente separadas, já com novos nomes: ArcelorMittal
BioFlorestas e Aperam Bioenergia.
Novos parceiros
Hoje, a ArcelorMittal BioFlorestas possui áreas preservadas e
de reflorestamento nos estados de Minas Gerais e Bahia, com
capacidade anual para produzir 1,5 milhão de m³ de carvão vegetal
e potencial para chegar a 3 milhões de m³. Além disso, a Empresa é
referência em gestão ambiental e social, efetuando investimentos
substanciais em monitoramento de água e biodiversidade, reutilização
e reciclagem de resíduos, projetos de crédito de carbono e programas
de responsabilidade social voltados para as comunidades vizinhas.
Signatária do Pacto de Erradicação do Trabalho Escravo, toda a sua
gestão possui as certificações FSC (manejo florestal e cadeia de
custódia), OHSAS 18001 (saúde e segurança do trabalho) e
ISO 14001 (meio ambiente).
Empresa modelo
07
Em 1994, a Empresa realizou sua primeira exportação de madeira
Empregadas da antiga CAF selecionam mudas de eucalipto
FOTO: MEMÓRIA BELGO
Promover o desenvolvimento comunitário e investir
na educação de crianças e adolescentes. Essas foram as
premissas que nortearam a atuação social da ArcelorMittal
BioFlorestas em 2011, resultando em 14 programas, entre
iniciativas próprias e parcerias com entidades sociais,
poder público, Fundação ArcelorMittal Brasil e o Serviço
Social da Indústria (Sesi). No total, mais de 70 mil pessoas
foram beneficiadas nos 16 municípios em que a Empresa
mantém atividades.
Na área de educação, a principal novidade é a implantação
do Programa Ensino de Qualidade (PEQ) na rede pública
de ensino dos municípios mineiros de Jaguaraçu, Dionísio
e Marliéria. Por meio de encontros de capacitação para
educadores, o projeto vem apresentando bons resultados. Em
São José do Goiabal, onde concluiu suas atividades em 2011,
14 educadores foram capacitados.
Parcerias que dão certo
Responsabilidade social
Programas sociais desenvolvidos em 2011 fortalecem a relação entre Empresa e comunidades
08O PEQ promoveu capacitação de gestores em Dionísio, Marliéria e Jaguaraçu
ELVIRA NASCIMENTO
Outro destaque é o Prêmio ArcelorMittal de Meio
Ambiente. Em sua 20ª edição, o concurso registrou
dois alunos vencedores de municípios de influência da
Empresa: Patrick Ferreira Souza, de São José do Goiabal,
e Bárbara de Araújo, de Dores do Indaiá. O projeto
pedagógico da Escola Municipal Santo Antônio do
Mercadinho, de Carbonita, também foi premiado.
Segundo a professora Regiane Santos, uma das
responsáveis pelo projeto vencedor, as ações propostas
envolveram estudantes do 1º ao 9º ano e “pularam
o muro da escola”. Uma das atividades de maior
repercussão foi a “caminhada ecológica”, em que as
crianças visitaram bairros da cidade, colando cartazes
de conscientização ambiental. “Nossa maior vitória é
a sensibilização dos alunos. Esses ensinamentos, eles
levam para a vida toda”, avalia Regiane.
09
O ano também foi de conquistas para um grupo de
oito piscicultores em Baixa Verde, distrito de Dionísio,
que utilizam a Lagoa Verde, localizada dentro da área da
Empresa, para desenvolverem o seu negócio. Em 2011,
a produção alcançou a meta estipulada, registrando um
crescimento de 40% em relação ao ano anterior. “Agora,
vamos trabalhar para conseguir novos clientes e manter a
oferta cada vez mais regular”, afirma Geraldo de Araújo, o
“Dinho”, um dos beneficiados pelo programa.
Em Martinho Campos, foi implantado o Programa de
Desenvolvimento Comunitário de Buriti Grande, pequeno
povoado localizado nas proximidades do município. O
projeto, realizado em parceria com o Sesi, a Cooperação
para o Desenvolvimento e a Morada Humana (CDM), a
Prefeitura Municipal e a comunidade, estimula a formação
de lideranças locais e promove o diálogo entre as partes
interessadas no desenvolvimento da comunidade.
Trabalho em equipe
Na área de cultura, a ArcelorMittal BioFlorestas
promoveu uma série de espetáculos, levando mais
opções de teatro e música a comunidades que possuem
acesso limitado a esses bens. A Empresa investiu
também na formação de artistas e gestores, oferecendo
oficinas, cursos e palestras tanto a públicos que já
desenvolvem atividades culturais quanto a pessoas
interessadas em começar.
É o caso de Milena Barros Silva, 9 anos, moradora
de Martinho Campos. Em 2011, a garota começou
a participar do projeto “Roda de Palhaços”, no qual
aprende mais sobre o universo circense e apresenta
cenas e esquetes em escolas da região. “Eu gosto muito
das aulas e de brincar de ser palhaço. Também fiz
muitos amigos no projeto”, conta.
Oferecendo oportunidades
Desenvolvimento comunitárioProjetos: Apicultura, Cidadãos do Amanhã, Parceria Agrícola,
Piscicultura e Programa Buriti Grande
Beneficiados: 2.830
EducaçãoProjetos: Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente, Programa
de Educação Afetivo-Sexual (Peas), Programa Ensino de
Qualidade (PEQ), Programa Regular de Educação Ambiental,
Ouvir Bem para Aprender Melhor e Ver e Viver
Beneficiados: 49.092
CulturaProjetos: Formação de Artistas, Formação de Gestores e
Formação de Públicos e Platéias
Beneficiados: 19.080
Eixos de atuação social em 2011
Responsabilidade social
10
Crianças aprendem a plantar no Programa Regular de Educação Ambiental, realizado nos Ceams da Empresa
Piscicultores de Baixa Verde usam lagoa localizada dentro da área da Empresa para desenvolverem o programa
PAULO SÉRGIO DE OLIVEIRA
A jovem Milena Barros, de Martinho Campos, se diverte no projeto Roda de Palhaços
11
Tecnologia
Energia para gerar sustentabilidadeProjeto da ArcelorMittal BioFlorestas busca transformar fumaça em energia elétrica
A ArcelorMittal BioFlorestas está investindo em uma nova
tecnologia capaz de aproveitar a fumaça liberada em seu
processo produtivo para gerar energia elétrica. O projeto,
que está sendo desenvolvido em parceria com a Cemig,
consiste em transportar gases liberados pelo processo
de carbonização da madeira até uma turbina de queima
externa (EFGT), responsável por fornecer a potência
necessária para gerar eletricidade.
O gerente de Tecnologia da ArcelorMittal BioFlorestas,
Augusto Valencia, resume a iniciativa como “a
transformação da fumaça em energia limpa”, destacando
que o reaproveitamento dos gases pode contribuir para
tornar a produção de biorredutores uma prática ainda mais
sustentável. “O processo produtivo adotado pela Empresa
já segue um modelo viável do ponto de vista ambiental.
As florestas de eucalipto que fornecem a matéria-prima
absorvem o gás carbônico liberado na carbonização da
madeira. Com o novo projeto, outros gases, até então não
aproveitados, poderão se tornar fonte de energia”, afirma.
Pioneiro na área, o projeto conta com investimento
total de R$ 9 milhões e já está em fase inicial de testes.
Na unidade de produção de Martinho Campos, dez fornos
foram adaptados para enviar os gases de carbonização a
um queimador central, onde se encontra a turbina EFGT.
Segundo Valencia, nessa etapa piloto, o sistema é capaz
de gerar 100 kW de potência. “Se a proposta for bem-
sucedida, podemos expandi-la para os outros 28 fornos
da unidade e, em seguida, levá-la a outras instalações da
ArcelorMittal BioFlorestas”, planeja.
Caso toda a produção de carvão vegetal da Empresa,
que atualmente gira em torno de 400 mil toneladas anuais,
seja adaptada para essa finalidade, estima-se que a energia
gerada seja de até 30 MW. Para se ter uma ideia desse
potencial, o município de Martinho Campos, com 12 mil
habitantes, é abastecido com 2 MW.
Iniciado em novembro de 2010, o desenvolvimento
do projeto tem duração prevista para 36 meses. Além de
profissionais da ArcelorMittal BioFlorestas e da Cemig,
estão envolvidos especialistas das universidades federais
de Minas Gerais (UFMG), Itajubá (Unifei) e Viçosa (UFV) e
de empresas de engenharia e consultorias ligadas ao setor
termelétrico.
Dez dos 38 fornos da unidade de Martinho Campos estão sendo usados para desenvolver o projeto piloto
LEO
HO
RTA
Natural de Cachoeira do Itapemirim (ES), casado com Penha, pai
de Aline e Karina, avô de Artur e Pedro, e há 37 anos na ArcelorMittal
BioFlorestas. Essas poucas linhas resumem o perfil de Elesier Lima
Gonçalves, conciliando informações pessoais com a trajetória na
Empresa na qual construiu sua bem-sucedida carreira. “Minha história
pessoal tem forte ligação com minha vida profissional. Ao lado da minha
família, em especial da minha esposa Penha, a Empresa teve papel
significativo nos momentos mais importantes da minha vida”, afirma.
O ex-diretor presidente, que se aposentou em março deste ano,
passou a integrar a então Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara
(CAF) logo após se formar em Engenharia Agronômica na Universidade
Federal de Viçosa (UFV). “Ao sair da Universidade, procurei várias
empresas e fiz concursos. O primeiro resultado foi o da Emater, no
Espírito Santo. Para mim seria uma boa, pois estaria perto de casa.
Lembro que comecei a trabalhar numa segunda-feira, mas na quarta
recebi um chamado da CAF, hoje ArcelorMittal BioFlorestas. Não pensei
duas vezes e foi uma das melhores decisões da minha vida”, relata.
Elesier Gonçalves, que deixou a Presidência, teve participação decisiva nas principais etapas de modernização da ArcelorMittal BioFlorestas
Raízes entrelaçadas
Mais que Palavras
Elesier Gonçalves: carreira dentro da Empresa está fortemente ligada à sua vida pessoal
12
Na Empresa, Elesier percorreu diversos cargos, de
assistente de silvicultura a gerente de área, passando pela
diretoria florestal e culminando com a presidência. Da
mesma forma, seu caminho inclui várias cidades – Santa
Bárbara, Carbonita, Teixeira de Freitas, Coronel Fabriciano
e Belo Horizonte – e se confunde com a própria história
da Empresa: “Iniciei as minhas atividades profissionais na
cidade em que a Empresa nasceu, Santa Bárbara. Após
um ano, durante o processo de expansão e aquisição
de terras, fui para Carbonita, no Vale do Jequitinhonha,
onde a semente dos novos projetos da Empresa estava
sendo plantada”, relembra. A falta de recursos da região
impressionou o jovem profissional. “Não tinha médico,
hospital, luz elétrica e mesmo a água era escassa. Até que
a sede administrativa fosse construída, enfrentaríamos
várias dificuldades e eu tinha consciência disso, mas
acreditava no projeto. Topei o desafio”, conta.
Elesier desempenhou papel importante em momentos
essenciais da trajetória ArcelorMittal BioFlorestas, como
a expansão para outras regiões e a mecanização dos
processos. Nesse percurso, um de seus maiores motivos
de orgulho é a preocupação permanente da Empresa
com a saúde e a segurança. “Pessoas são nosso bem
mais precioso e parcerias para garantir a preservação
ambiental e assegurar o bem-estar da comunidade
sempre estiveram no escopo do nosso trabalho”, ressalta.
Ao se despedir, Elesier deixa uma mensagem para as
novas gerações: “O passado é exemplo. O futuro cabe a
nós construirmos. A ArcelorMittal BioFlorestas sempre
foi modelo de atuação na área de reflorestamento e
produção de biorredutor. Para mantermos esse padrão
temos que buscar nosso crescimento pessoal. Como
consequência, virão o crescimento profissional e do local
em que trabalhamos”.
Sementes