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Uni Duni Tê, um poema pra você! Volume 3

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Poemas para criançasVolume 3Organizado por Tânia Amares Buenopoetas colaboradores da rede social Facebook.publicação artesanalano de publicação 2015

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COLABORADORES, POETAS E ILUSTRADORES do Volume 3

Helena Velloso, Micheliny Verunschk, Nadja Abreu, Nilcéia Kremer, Pat Lau, Paulo Bp Barros,

Paulo Paterniani, Pedro Alles, Pedro Tostes, Quimera Araucária, Rafael Ramos,

Rosa Ramos, Rosângela Serafim, Silvia Maria Ribeiro, Sofia Ribeiro Carreira,

Suzana Pires, Tânia Contreiras, Wander Porto

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Agradecimentos aos poetas e ilustradores que colaboraram na seleção e envio de material

para a conclusão do terceiro volume da série "Uni Duni Tê, um poema pra você".

A publicação foi pensada para o público infantil e reúne poemas ou recortes de poemas ilustrados.

Trata-se de publicação experimental que ficará disponível para leitura online em formato ebook

pelo site da plataforma de edição e leitura ISSUU.

A reprodução dos poemas poderá ser feita respeitando-se a autoria dos trabalhos e fazendo-se

as devidas citações . Todas as ilustrações são fotos, desenhos ou criações digitais a partir de

montagens dos próprios poetas.

Acredito que poemas servem como pontes, formas mediadoras para a travessia que vai da fronteira

do Eu a caminho de Outro. Encontros entre adultos e crianças são sempre vias de mão dupla.

No espaço do livro, a voz do poeta espera o leitor. Que venham crianças e adultos.

Começa agora a viagem a convite de uma parlenda: Uni Duni Tê !

Sirvam-se à vontade dos nossos poemas colorê

Tânia Amares Bueno

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Muitos dos autores aqui apresentados não escrevem especificamente para o público infantil,

a iniciativa do livro é promover o encontro da criança com o poeta.

Penso a criação de um poema como a gestação de um filho. Formação de um corpo

de palavras para pensamento nascente.

Poema nasce criança e cresce, envelhece, não quer morrer. Parece muito com a gente.

Mas é diferente, assim como criança é diferente de adulto. E é desse jeito, em meio às nossas

diferenças, que precisamos uns dos outros. Somos permeáveis ao contato, sonhamos, brincamos.

Experimentamos o tempo indo e vindo de um corpo a outro. É através do desejo que a ilusão

circula cavalgando a memória, movimentando a vida. E a vida precisa de um vínculo seguro,

confiável, que suporte as diferentes acelerações do movimento.

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" A vida é movimento.

O movimento é sexy." (Carina Bueno)

O Uni Duni Tê, como experiência de prazer, participa da descoberta, do toque, do gosto, do

cheiro. Mostra que há sexualidade no olhar e sensualidade na Língua.

A fala de um adulto entra no mundo da criança por todos os seus poros. Mesmo sem entender,

os mundos misturam gostos de tristeza, alegria, pimenta, hortelã e noz. E se pimenta

demais pode fazer mal, excessos nas palavras, ultrapassando limites do corpo, traumatizam.

É violento tudo o que chega de forma abrupta e provoca desespero. Tudo que não cabe,

é indizível, impensável. Cuidar é amaciar colos, diminuir trancos. É suavizar a percepção.

Amar a criança é cuidar das palavras, da literatura, do faz de conta, das metáforas, do fluxo,

da fantasia e da realidade.Viver o novo em ambiente seguro permite a criatividade, o nascimento

da coragem. É preciso que alguém apresente à criança o bosque da imaginação e brinque com ela.

Brincar é uma arte para ser saboreada devagar. Deve haver tempo para marcar os sabores,

repetidamente, até que as experiências se organizem nas gavetas das memórias. Nas fases

difíceis, em crises, rituais de passagem, as memórias guardadas são reavivadas na fogueira do real

pela mágica do símbolo. O corpo é o caldeirão onde se aprende a cozinhar a vida. Essa

carne que chega crua em forma de placenta e vai assando no calor das palavras.

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Organizando a coletânea, pensei em sonhos e em realidades.

Sonhos tentando sair do sono e ganhar a vida no mundo real.

De repente, vi o meu corpo entre outros corpos poéticos, vi joelhos esfolados,

pernas quebradas, adoecimentos. Senti dor, a dor da fragilidade. No horizonte, hospitais,

medos da invasão de exames clínicos, de diagnósticos. Sonhei a cura para todas as dores

no campo de uma velha história: a história do brincar.Brincar de voar.

Todos vivem quedas e precisam engessar pés, pernas ou cabeças. Algumas vezes,

para que se volte à alegria de viver, o único remédio é aprender a desengessar a alma.

Somos linguagem, botamos a Língua para fora. Balbuciamos, gaguejamos, falamos errado,

buscamos outras línguas.

O grande objetivo do Uni Duni Tê é um pedido para que adultos não se esquivem de sua

participação no espaço intersubjetivo da criança. Não esqueçam e se afastem da grande

oportunidade da vida que é cuidar. Aproveitar a vida é vivê-la em todas as suas diferentes

realidades. É gostar de ser adulto sabendo que o corpo guarda sempre todas as suas fases,

todos os seus tempos. As realidades, doces ou amargas (porque não compreendidas) são

partilhadas sempre entre mundos grandes e pequenos cruzando linhas ou habitando as

entrelinhas, onde ficam mais pesadas e tornam-se difíceis de empinar em pipas coloridas.

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Esta pequena coletânea de poemas chega mexida e remexida no caldeirão da arte embalada

em rimas. Que existam sempre adultos e crianças e que todos provem-se com cuidado.

Afinal, como viver sem amar, sem que se possa fazer, a qualquer momento, um poema

que fale do amor que é viver ?

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