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Homem, Cultura e Sociedade Faculdade Pitágoras Professora: Graziela Vaz Engenharia Civil 2013-1 Cultura e Diversidade Cultural Cultura e Tecnologia Resiliência Cultural

Unidade 2 - CULTURA - Homem, Cultura e Sociedade

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Cultura e Diversidade Cultural Cultura e Tecnologia Resilincia Cultural

O Que cultura O conceito de cultura bastante complexo. VISO ANTROPOLGICA:

rede de significados que do sentido ao mundo que cerca um indivduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto de diversos aspectos, como: crenas; valores; costumes; leis; moral e lnguas.

O Que cultura A natureza dos homens a mesma, so os seus

hbitos que os mantm separados. Os hbitos so determinados pela cultura. Mas o que se constata hoje que as culturas esto de misturando muito. Tal fenmeno a : Globalizao da Cultura. Ex: posso comer comida japonesa aqui em Divinpolis; Posso frequentar um templo budista em SP; Posso ser uma australiana que se tornou gueixa no Japo.

o Uma gueixa ocidental - a australiana que se

tornou a primeira estrangeira na profisso.Fonte:http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI148204-17737,00UMA+GUEIXA+OCIDENTAL+A+AUSTRALIANA+QUE+SE+TORNOU+A+PRIMEIRA+ESTRANGEIRA+NA+.html

Fiona Graham tem doutorado em Oxford, mas largou tudo para ser a primeira gueixa estrangeira do Japo. Em nome da delicadeza exigida, aprendeu a esconder as curvas do corpo e caminhar com sandlias menores que seus ps. O objetivo: agradar aos homens mais poderosos do pas. Por Abigail Haworth

A histria de Fiona com o Japo comeou quando

ela tinha apenas 15 anos e participou de um programa de intercmbio, para ento cursar uma universidade japonesa. Ao fim de quase dez anos e j fluente na lngua, ela especializou-se na cultura do pas e foi para Oxford, na Inglaterra, onde terminou o doutorado em antropologia. Sem essa base, tornar-se gueixa teria sido impossvel. Ningum poderia chegar ao Japo e virar poltico do dia para a noite. O mesmo vale para as gueixas, ela diz. Voc precisa ter tcnicas verbais e sociais avanadas.

O Que cultura Viso clssica de cultura: modo de vida de um

povo. Viso contempornea:"as informaes e identidades disponveis no supermercado cultural global (MATHEWS, Gordon. Cultura global e identidade individual.Bauru: EDUSC, 2002. 414 p.)

Para Mathews, a oposio fundamental entre esses dois conceitos seria de que o primeiro coloca cultura como formada pelo Estado, e o segundo, como formada pelo mercado. Vamos debater!

O Que cultura O tal supermercado cultural global o fenmeno da

Globalizao da cultura. Nesse supermercado as pessoas sentem que tm absoluta liberdade de escolha (que no absolutamente livre, mas feita a partir de um "catlogo" de opes disponveis para determinada classe social, gnero, etnia, formao...) o Ser que o nosso produto cultural ditad0 pelo mercado

Diversidade Cultural Os homens se preocupam com a diversidade de

modos, comportamento existentes entre os povos. MAS temos que entender que ela positiva. Ex: No Japo, era costume que o devedor insolvente (no tem condio de quitar suas dvidas) praticasse o suicdio na vspera do ano-novo, como maneira de limpar o seu nome e o de sua famlia. Ex: Entre os ciganos na Califrnia, a obesidade considerada como um indicador de virilidade. Ex: No Sul do Brasil quando algum morre se diz: descansou.

Diversidade Cultural A diversidade cultural muito reconhecida pelo

DETERMINISMO GEOGRFICO. Mas h tambm aqueles estudiosos que se referem ao determinismo BIOLGICO. Os antroplogos esto totalmente convencidos que no h um determinismo biolgico para embasar, justificar as diferentes culturas. no existe correlao significativa entre a distribuio dos caracteres genticos e a distribuio dos comportamentos culturais. Qualquer criana humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o incio em situao conveniente de aprendizado (Felix Keesing).

Diversidade Cultural O comportamento dos indivduos

depende de um processo de aprendizado chamado de ENDOCULTURAO. Um menino

e uma menina agem diferentemente no em funo de seus hormnios, mas em decorrncia de uma educao diferenciada.

Diversidade Cultural Os fatores que tiveram papel crucial na EVOLUO

DO HOMEM so: a CAPACIDADE HUMANA DE APRENDER e a sua PLASTICIDADE (ADAPTAO).

O Homem conquistou todo o espao natural, liderou os animais por um nico motivo: POSSUIR CULTURA. O HOMEM O NICO ANIMAL QUE POSSUI CULTURA, devido sua capacidade de transmiti-la e criar conhecimento, principalmente atravs da linguagem, da construo simblica.

Diversidade Cultural A capacidade do homem de transmitir cultura

proporcionou a diversidade cultural. Pois se agssemos s por instinto e reflexo, como as aranhas, no teramos histria, no nos renovaramos e por fim, permaneceramos os mesmos ao longo do tempo, exceto no que tange as modificaes genticas. Qual a razo disso? As aranhas agem sempre da mesma forma, pelo instinto e reflexo. Ou seja, a ao idntica na espcie e invarivel de indivduo para indivduo.

Voltando a Cultura Nveis mais altos da escala zoolgica, onde esto

situados os mamferos, por exemplo, as aes deixam de ser exclusivamente instintivas e adquirem maior plasticidade, caracterstica dos atos inteligentes( Aranha & Martins, 2003). A inteligncia distingue-se do instinto por sua flexibilidade, j que as respostas variam de acordo com a situao e tambm de animal para animal. (Aranha & Martins, 2003).

Voltando a Cultura Essa capacidade de criar, de se reiventar, se adaptar,

avaliar, mensurar resultados de nossa espcie, fruto de uma inteligncia concreta nica NOS DIFERENCIA definitivamente dos demais animais. Ex: o animal no cria um objeto, um instrumento, no o aperfeioa, nem o conserva para uso posterior. Portanto, o gesto til no tem sequencia e no adquire o significado de uma experincia propriamente dita. EX: CASO DO CHIMPANZ

Voltando a Cultura

Cultura e sua diversidade O homem criou o mundo como o conhecemos porque

se comunica atravs de smbolos e no somente atravs de ndices, como os animais. A diversidade cultural se deu e continuar sempre se diferenciando devido a capacidade humana nica de se comunicar atravs de uma linguagem simblica e da tecnologia. OU SEJA, O contato com o mundo intermediado pelo smbolo, a cultura o conjunto de smbolos elaborados por um povo.

Cultura e sua diversidade ... Dada a infinita possibilidade humana de

simbolizar, as culturas so mltiplas e variadas: so inmeras as maneiras de pensar e agir, de expressar anseios, temores e sentimentos em geral. Por isso mudam as formas de trabalhar, de se ocupar com o tempo livre, mudam as expresses artsticas e as maneiras de interpretar o mundo, tais como o mito, a filosofia ou a cincia ( ARANHA & MARTINS, 2003).

Cultura e sua diversidade

Cultura e TecnologiaQuando analisamos cultura e tecnologia buscamos entender como os avanos tecnolgicos impactaram as sociedades, principalmente nesse ltimo sculo.

Cultura e TecnologiaPrevises feitas desde os primeiros anos do sculo XX acenavam com telgrafos portteis, carros voadores, robs domsticos, etc. que nos dispensariam do trabalho pesado e repetitivo, facilitariam os deslocamentos e agilizariam ao mximo a comunicao. Esse era o futuro imaginado no passado. No incio de um novo milnio, no temos ainda carros voadores nem robs na cozinha, os ltimos aparelhos de telgrafo esto sendo substitudos definitivamente, mas o rdio, o telefone celular e a Internet alimentam os sonhos de enviar e receber informaes a qualquer momento e de qualquer lugar.

Cultura e Tecnologia Exemplo do impacto nas sociedades: Considerado hoje o modo de comunicao ancestral da

Internet, o telgrafo foi a primeira tecnologia de informao utilizada em rede mundial. Sua difuso e seu desenvolvimento criaram uma cultura prpria, com vocabulrio, linguagem, ritmo e formas de comunicar compartilhados por milhes de pessoas em todo o mundo.

Cultura e Tecnologia Histria do telgrafo

Telgrafo um sistema que foi criado no sculo XVIII com o objetivo de transmitir mensagens de um ponto para o outro, atravs de grandes distncias. Os telgrafos usavam cdigos para que a informao fosse transmitida de forma confivel e rpida. O principal cdigo utilizado pelos telgrafos foi o cdigo Morse, que surgiu com a criao de telgrafo eltrico na dcada de 1830. Samuel Morse criou e registrou a patente do telgrafo no ano de 1837. O telgrafo foi o principal sistema de comunicao a longa distncia nos sculos XIX e comeo do sculo XX. Foi muito utilizado por indstrias, governos e at mesmo pelas foras armadas de diversos pases em momentos de guerra. Com o surgimento e disseminao do telefone, principalmente na primeira metade do sculo XX, o telgrafo foi sendo preterido.

Cultura e Tecnologia Ao longo de um sculo e meio, o telgrafo incorporou-se ao

cotidiano ao lado de outros sistemas tradicionais de comunicao ainda hoje em uso, como o telefone e o rdio, por exemplo. Acima de tudo, o telgrafo transformou a forma de comunicar e informar, acelerou o tempo vivido, apressou a circulao das notcias e, principalmente, mudou o modo de descrever os acontecimentos. Aps sua apropriao pela imprensa empresarial por meio de sees para notcias telegrficas, a colaborao de correspondentes e a compra de informaes via agncias internacionais de notcias, os leitores de peridicos no teriam mais pacincia ou interesse para longos relatos, dados minuciosos sobre local, personagens, sentimentos, etc. Depois do telgrafo, a notcia seria breve, seca, rpida, telegrfica

Cultura e Tecnologia Nesse sentido, reflito sobre essas questes a partir

do entendimento de que os suportes tcnicos so linguagens e meios de comunicao sociais, que expressam relaes sociais ao mesmo tempo em que so elementos constitutivos da experincia social. Apio-me em Williams, para quem a linguagem no "um simples reflexo ou expresso da realidade material (WILLIAMS, Raymond. Marxismo e literatura. Rio deJaneiro: Zahar, 1979, p. 43.)

Cultura e TecnologiaSkype; MSN; Vdeo Conferncia; E-mail; Celular

TV; Telefone; Rdio; Revistas; Jornal; Cartas

Telex; Morse; Boca-a-Boca

Reflexo... O avano tecnolgico molda a sociedade, criando desde hbitos at novas formas de se relacionar. Questes como: tempo, velocidade, economia, privacidade nunca mais sero os mesmos ...

Cultura e TecnologiaAlguns apontamentos sobre a afirmao anterior: A transformao do tempo sob o paradigma da tecnologia um dos fundamentos dessa nova sociedade; Plasticidade requerida hoje diante aos avanos tecnolgicos constantes, impactando nossa rotina pessoal e profissional. Apontamento dos alunos;

Cultura e TecnologiaComo combinar novas tecnologias e memria coletiva, cincia universal e culturas comunitrias, paixo e razo?(CASTELLS, M. p.38)

Ou seja, a distncia crescente entre globalizao e identidade, entre a rede e o Ser.

Cultura e Tecnologia Questes como: Indstria Cultural, comunicao de

massa e ideologias ... permeiam a relao atual entre cultura e tecnologia.

Segundo Thompson "vivemos, hoje, em sociedades onde a produo e recepo das formas simblicas sempre mais mediada por uma rede complexa, transnacional, de interesses institucionais".

Cultura e TecnologiaVivemos, hoje, em sociedades em que a difuso deformas simblicas atravs dos meios eletrnicos se tornou um modo de transmisso cultural comum e, de

uma

maneira

cada

vez

maior,

umaos

culturade

eletronicamente

mediada,

em que

modos

transmisso orais e escritos forma suplementados - e at certo pondo substitudos - por modos de transmisso baseados nos meios eletrnicos.

Resilincia Cultural O conceito de resilincia pode ser definido como a

capacidade de um sistema (ecolgico, econmico, social) para absorver as tenses criadas por perturbaes externas, sem que se altere (MUNN, 1979). O conceito de Resilincia para a ecologia a capacidade de um sistema suportar perturbaes ambientais, de manter sua estrutura e padro geral de comportamento quando modificada sua condio de equilbrio. (CNPq/ACIESP, 1987).

Resilincia Cultural Adaptando o conceito de resilincia ecolgica ao

campo cultural, se prope neste estudo que resilincia cultural a capacidade que um determinado grupo social tem em resistir, as mudanas provocadas pelo choque com culturas diferentes, preservando seu patrimnio cultural. No o caso da cultura de uma determinada comunidade permanecer intacta (at porque isso impossvel), mas est relacionada permanncia de certos cdigos simblicos partilhados por esse grupo que se mantm mesmo aps a forte influncia de uma cultura de fora.

Resilincia Cultural O carnaval de rua permanece forte no Rio de Janeiro

(blocos); Em 2009 o carnaval de rua carioca teve a adeso de mais de 400 blocos. O primeiro bloco, Cordo da Bola Preta, foi fundado em 1918 e resiste at hoje. ALUNOS ASSISTAM: http://tvescola.mec.gov.br/index.php?item_id=3771&op tion=com_zoo&view=item Obs: Neste vdeo vocs ratificaro alguns exemplos.