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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO ANA PAULA OSOWSKI CUNHA NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS APLICADOS AOS ACIDENTES DE TRÂNSITO MACEIÓ - AL 2013

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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO

ANA PAULA OSOWSKI CUNHA

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS APLICADOS AOS

ACIDENTES DE TRÂNSITO

MACEIÓ - AL

2013

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ANA PAULA OSOWSKI CUNHA

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS APLICADO AOS ACIDENTES DE

TRÂNSITO

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos

necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.

Orientador: Prof. Dr. Manoel Ferreira do N. Filho

MACEIÓ - AL

2013

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ANA PAULA OSOWSKI CUNHA

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS APLICADOS AOS ACIDENTES DE

TRÂNSITO

Monografia apresentada à Universidade

Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em

Psicologia do Trânsito.

APROVADO EM ___/____/____

________________________________________________________

PROF. DR. MANOEL FERREIRA DO N. FILHO ORIENTADOR

_______________________________________________________ PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________

PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA BANCA EXAMINADORA

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pelas bênçãos e oportunidades

concedidas em minha vida. Ao meu amado pai Vicente e minha querida mãe

Romilda que sempre me incentivaram. E com todo amor e carinho ao meu esposo

Kleber por todo apoio a mim prestado durante o percurso desta jornada.

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço a meu orientador Prof. Dr. Manoel Ferreira do N. Filho, por presta-

me orientação durante a elaboração deste trabalho.

A todos os professores que durante este curso me passaram conhecimentos

e experiências, elevando minha qualificação acadêmica e profissional.

Aos meus amigos que direta e indiretamente contribuíram para que este

objetivo fosse alcançado.

6

“Da mesma forma que precisamos aprender a ler para entender e transformar o mundo, precisamos

criar um processo de alfabetização no trânsito, para aprender a Ler nossa cidade, nossas ruas e estradas”.

(Prof. João Pedro).

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RESUMO

Nesta atualidade, a educação de trânsito tornou-se fator de extrema importância a a

toda sociedade, tendo em vista que com o aumento de veículos circulando nas rodovias do Brasil e do Mundo, o índice de acidentes de trânsito também aumentou, causando grandes riscos a vida humana. E a falta de conhecimento sobre primeiros

socorros muitas vezes contribuem para o óbito de um acidentado. Acredita-se que para ajudar às vítimas de acidentes, é preciso prestar socorro de forma correta, por

isso à necessidade de se conhecer noções de primeiros socorros. Diante disto, este trabalho tem como objetivo geral mostrar com clareza o quanto os conhecimentos de primeiros socorros podem contribuir e ajudar na tomada de providências adequadas

para a pessoa que teve qualquer tipo de ferimento no trânsito. A metodologia aplicada foi o levantamento bibliográfico em livros, artigos científicos e legislação

vigente pertinentes ao tema proposto. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de questionário de pesquisa tendo como público alvo 20 mulheres e 20 homens. Os resultados obtidos na pesquisa foram analisados criteriosamente e em

seguida apresentados em forma de gráficos seguidos de texto complementar. A pesquisa identificou que (82%) dos participantes são habilitados para conduzir

carros e motos; 20% já presenciarão casos de acidentes de trânsitos onde precisarão prestar algum tipo de socorro, onde as noções de primeiro socorros são de extrema importância. Média de (80%) dos condutores pesquisados sabem como

agir frente a este acometimento, mesmo os que nunca presenciaram o fato. No entanto, é preocupante a questão de apenas (5%) desses participantes terem cursos

de primeiro socorro na prática, os demais possuem noções teóricas, o que pode trazer alguma complicação no momento de executar os procedimentos, resultando em exageros, procedimentos sem que haja necessidade, podendo agravar a

situação da vítima. Conclui-se que é de suma importância que as pessoas realizem cursos práticos de primeiros socorros mesmo que não seja voltado a sua atividade,

tendo em vista que tais medidas contribuem com êxito para a recuperação, sobrevivência e preservação da vida da vitima, além de reduzir fatores de agravo do acidente.

Palavras-Chave: Acidentes de Trânsito. Primeiros Socorros. Comportamento

Humano. Omissão de Socorro.

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ABSTRACT

At this present time, traffic education has become extremely important factor aa

whole society, considering that with the increase of vehicles circulating on the roads of Brazil and the world, the rate of traffic accidents also increased, causing great risk to life human. And lack of knowledge about first aid often contribute to the death of

an accident. Believe that to help victims of accidents must provide relief to correctly, so need to know the basics first aid. Given this, this paper aims to describe clearly

show how the knowledge of first aid can contribute and help in making suitable arrangements for the person who had any type of injury in traffic. The methodology used was the literature in books, scientific papers and legislation relevant to the

theme. The data were collected through a questionnaire survey of target audience with 20 women and 20 men. The results obtained in the study were carefully

analyzed and then presented in graphical followed by supplementary text. The research identified that (82%) of the participants are enabled to drive cars and motorcycles, 20% now will witness cases of traffic accidents where they need to

provide some sort of relief, where the notions of first aid are of utmost importance. Average (80%) of drivers surveyed know how to act in front of this involvement, even

those who have never witnessed the fact. However, the issue is of concern only (5%) of these participants have first aid courses in practice have too theoretical notions, which may bring some complications when performing the procedures, resulting in

exaggeration, procedures without any need, may worsen the situation of the victim. We conclude that it is extremely important that people realize practical first aid

courses even if not focused their activity, given that such measures successfully contribute to recovery, survival and preservation of the life of the victim, in addition to reducing factors of injury from the accident.

Keywords: Traffic Accidents. First Aid. Human Behavior. Default Relief.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 – Distribuição percentual dos participantes quanto ao Sexo......................33

Gráfico 2 - Distribuição percentual dos participantes quanto a Idade.......................33

Gráfico 3 – Distribuição percentual quanto ao tempo que os participantes adquiriram

sua Carteira Nacional de Habilitação......................................................34

Gráfico 4 – Distribuição percentual em relação ao tipo de CNH dos condutores......34

Gráfico 5 – Distribuição percentual dos condutores participantes que possui curso

de capacitação na área de primeiros socorros.......................................35

Gráfico 6 – Distribuição percentual dos participantes que presenciou algum acidente

de trânsito................................................................................................36

Gráfico 7 – Nível de conhecimento dos participantes, em porcentagem, quanto a

situações de acidentes............................................................................37

Gráfico 8 – Nível de conhecimento dos participantes, em porcentagem, quanto a

fatores de risco em acidentes.................................................................38

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRAMET Associação Brasileira de Medicina de Tráfego

AT Acidentes de Trânsito

CICV Comitê Internacional da Cruz Vermelha

CNH Carteira Nacional de Habilitação

CNS Conselho Nacional de Saúde

CTB Código de Trânsito Brasileiro

DETRAN Departamento Estadual de Trânsito

DENATRAN Departamento Nacional de Trânsito

MS Ministério da Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 15

2.1 Acidentes de Trânsito ................................................................................................. 15

2.2 Medidas de Prevenção de Acidentes de Trânsito ............................................... 17

2.3 Primeiros Socorros: Conceito e Objetivo.............................................................. 19

2.3.1 Ações de Socorro e suas Procedências ............................................................ 21

2.3.2 Omissão de Socorro e suas Consequências Frente à Lei ............................ 25

2.3.3 A Importância das Noções Básicas de Primeiros Socorros ......................... 28

3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 31

3.1 Tipo de Pesquisa .......................................................................................................... 31

3.2 Instrumento de Coleta de Dados ............................................................................. 31

3.3 Universo e Público Alvo ............................................................................................. 32

3.4 Método de Inclusão e Exclusão ............................................................................... 32

3.5 Procedimento da Coleta de Dados .......................................................................... 32

3.6 Procedimento da Análise dos Dados ..................................................................... 33

3.7 Aspectos Éticos............................................................................................................ 33

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................... 34

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 42

REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 45

APÊNDICE............................................................................................................................. 49

ANEXO ................................................................................................................................... 51

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1 INTRODUÇÃO

Toda a sociedade, independente da idade, sexo, raça ou cor, trafegam por

ruas e avenidas e estão expostas a riscos de acidentes, onde na maioria das vezes

necessitam de primeiros socorros por parte de terceiros para garantir sua vida e

recuperação, o que despertou o interesse de aprofundar os conhecimentos sobre

Noções de primeiros socorros aplicados aos acidentes de trânsito.

Os primeiros socorros são procedimentos básicos que podem ser aplicados

por qualquer pessoa, desde que ela saiba como agir corretamente, pois não

ausência de conhecimentos, o melhor é pedir ajuda a terceiros e não mexer. Muitas

vidas são salvas e muitos traumas evitados devido a prestação de socorro imediato,

até que chegue a equipe de profissionais capacitados. Contudo, existem pessoas

que ferem os princípios legais e negam socorro as vítimas, trazendo complicações a

sua saúde, gerando óbitos e por fim, conflitos com a justiça.

Prestar socorro é um ato de solidariedade de natureza jurídica, tendo em vista

que no dia 23 de setembro de 1997, a Lei n° 9.503 que institui o Código de Trânsito

Brasileiro foi promulgada pelo Congresso Nacional, passando a vigorar em 22 de

janeiro do ano seguinte após ser sancionada pela Presidência da República. Esta

Lei estabelece diretrizes de Trânsito seguro, como um direito de todos e dever do

Sistema Nacional de Trânsito, uma vez que se busca cada vez mais o

aprimoramento humano e redução de acidentes.

Prestar socorro não significa apenas cuidar de lesões, verificarem as vias

respiratórias, entre outros, mas, ligar para emergência, ser solidário ao acidentado,

tentar acalmá-lo. Cada pessoa deve agir de acordo com seus limites.

Geralmente os condutores têm noções básicas de primeiros socorros

adquiridos em cursos para adquirir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), onde

aprendem procedimentos por meio de teorias e não na prática, que acabam muitas

vezes por ajudar em alguns casos, mas existem muitos que carregam consigo

dúvidas de como realmente prestar socorro ao se deparar com uma vítima, fazendo

com que se omitam.

Por isso, a melhor opção é a capacitação do indivíduo por meio de cursos

práticos de primeiros socorros, pois, qualquer pessoa pode passar por um

acontecimento desta natureza, onde precise prestar socorro à vítima, prezando pela

garantia de sua vida e recuperação.

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Por isso, é essencial a capacitação e conscientização dos condutores para

aprimorar seus conhecimentos e habilidades, para que tenham comportamento

seguro no trânsito, com intuito de uma garantia de vida mais tranqüila e segura, que

atenda a Política Nacional de Trânsito.

Sendo assim, objetivou-se por meio deste trabalho demonstrar com clareza o

quanto os conhecimentos de primeiros socorros podem contribuir e ajudar na

tomada de providências adequada para a pessoa que teve qualquer tipo de

ferimento no trânsito. Os objetivos específicos tiveram com foco apontar as maneiras

de se conduzir perante um acidente; verificar o nível de conhecimento da sociedade

quanto aos procedimentos básicos de primeiro socorros; esclarecer a importância

das noções básicas de primeiros socorros.

A metodologia aplicada foi o levantamento bibliográfico em livros, Revistas,

Decretos e Legislações vigentes, bases de dados da Scielo1, Bireme2 e outros

artigos científicos explícitos ao tema proposto. A coleta de dados ocorreu por meio

de uma pesquisa por meio de questionário tendo como público alvo 20 mulheres e

20 homens selecionados aleatoriamente. Após a coleta de dados foi realizado uma

análise criteriosa das informações obtidas e posteriormente apresentados os

resultados em forma de gráficos seguidos de textos complementares. Os resultados

demonstraram que em média 80% dos participantes possuem conhecimentos

básicos de primeiros socorros a vítimas de acidentes de trânsito, no entanto, ainda

existem condutores que desconhecem tais técnicas, fazendo com que se omitam a

ajudar. Entretanto, os procedimentos quando não aplicados da forma correta, ao

invés de ajudar podem causar maiores complicações, colocando em risco a saúde e

vida do acidentado.

Este trabalho apresenta caráter inovador, tendo em vista que seu conteúdo

permite aos acadêmicos e demais sociedade fazer uma reflexão acerca da

importância de se obter noções de primeiros socorros em acidentes de trânsito,

tendo em vista que a vida humana é algo muito valioso e que não tem preço,

contudo, muitas pessoas desrespeitam as leis e a vida, deixando grandes sequelas

físicas, materiais e emocionais.

A estrutura básica deste trabalho foi dividida em 5 capítulos, os quais

abordaram: Páginas pré textuais; na Capítulo 1 foi realizado uma breve Introdução;

1 SCIELO (Scientific Electronic Library Online): Revista eletrônica cientifica em linha.

2 BIREME: Biblioteca Regional de Medicina.

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Capítulo 2 abordou-se as Noções de primeiros socorros aplicados aos acidentes de

Trânsito; 2.1 Acidentes de trânsito; 2.2 Medidas de prevenção de acidentes de

trânsito; 2.3 Primeiros socorros: conceito e objetivo; 2.3.1 Ações de socorro e suas

procedências; 2.3.2 Omissão de socorro e suas conseqüências; 2.3.3 A importância

das noções de primeiros socorros; o Capítulo 3 tratou-se da Metodologia aplicada

destacando materiais e métodos utilizados para a realização deste trabalho; Capítulo

4 foi apresentado os Resultados e Discussões obtidos na pesquisa; Capítulo 5

explanou-se as Considerações Finais; e Páginas pós textuais.

15

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Acidentes de Trânsito

Define-se como acidentes de trânsito todo acontecimento desastroso ocorrido

em vias públicas como: colisão, atropelamento, tombamento, capotamento, etc,

originados de forma casual ou não e que geram danos aos envolvidos. Para o

DENATRAN3 (2006, p. 03) “acidente de trânsito é um evento não intencional,

envolvendo pelo menos um veículo, motorizado ou não, que circula por uma via para

trânsito de veículos”. São classificados de acordo com as consequências resultantes

da ação, podendo ser simples ou graves.

Segundo o DETRAN/GO4 (2005), todas as pessoas, independente de estarem

se locomovendo em um veículo ou a pé tramitam no trânsito cotidianamente. Este

propósito de locomoção faz parte da vida do indivíduo, sendo um acontecimento

natural de sua própria sobrevivência. No entanto, o trânsito tem se tornado cada dia

mais perigoso devido à grande movimentação de veículos, o que resulta muitas

vezes em acidentes.

Os acidentes de trânsitos (AT) são grandes problemas a vida pública da

sociedade mundial. Pois ocorrem sequencialmente, predominando a população mais

ativa que precisa trafegar diariamente pelas rodovias de sua cidade indo e vinda ao

trabalho, as compras, e outras responsabilidades cotidianas que exigem que o

indivíduo se desloque de sua residência para as ruas.

O acidente é um acontecimento que ocorre independentemente do desejo do

indivíduo, é ocasionado por uma força externa, de outrem, que age

inesperadamente e causa ferimentos no corpo e na mente da vítima, ou seja, pode-

se conceituar um acidente como um evento não propositado, que segundo Pires e

Starling (2006), sempre deixa danos físicos e financeiros aos envolvidos.

"O acidente de trânsito é todo acidente com veículo ocorrido na via pública”

(IPEA5, 2006, p. 24), são acontecimentos muito naturais nesta atualidade, no

entanto, podem ser prevenidos, desde que sejam tomadas providencias cabíveis de

sinalização, atenção do individuo ao trafegar ruas e avenidas, respeitar a

3 DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito.

4 DETRAN/GO: Departamento de Transito de Goiás.

5 IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

16

preferência, andar em velocidade permitida, entre outros detalhes que são de suma

importância nas atividades rodoviárias.

“É indiscutível, nos tempos que percorrem, a necessidade de uma lei mais

influente e mais vigorosa na repressão aos delitos de trânsito. É um crime da

civilização e do progresso que, dia a dia, assustadoramente vem crescendo em

ritmo galopante” (SZNICK, 1995), um acontecimento que ocorre inesperadamente

sendo na maioria das vezes indesejável, pois causa danos patrimoniais, físicos e

financeiros a vítima e demais pessoas envolvidas, e segundo Marin e Queiroz

(2000), ainda resultam em danos hospitalares, custos previdenciários, ausência e

diminuição da produção de trabalho.

Muitos são os fatores que resultam em acidentes de trânsito como a própria

negligencia por parte do condutor, imprudência, falta de conhecimento dos direitos

de ir e vir nas ruas e avenidas por onde trafegam, falhas mecânicas, ausência de

sinalização local, crateras na pista, entre outros.

Pode-se dizer que a falha humana é um dos maiores responsáveis pelas

causas de acidentes de trânsito. ABRAMET6 (2002) relata que segundo diversos

especialistas na área de saúde, a maior parte dos acidentes geralmente acontecem

por questões psicológicas, nesta atualidade, as pessoas andam muito agitadas, a

quantidade de veículos trafegando em rodovias aumentou, fazendo com que o

tráfego fique mais lento.

A questão emocional do indivíduo pode confundir seus reflexos, tardando o

tempo de ação do condutor, onde as preocupações cotidianas carregadas pelos

motoristas acabam por tirar sua concentração no percurso em que exerce a

atividade de dirigir. Segundo Menezes (2011), com isso, o organismo do indivíduo

passa a fluir doenças emocionais como: tensões musculares, agitação, nervoso,

comportamento de riscos, entre outros fatores que influenciam em seu psicológico, e

acabam desligando sua atenção na direção do veículo, causando sérios acidentes e

riscos de mortes.

Agir de forma imatura também é um dos impulsores para que as regras sejam

quebradas e os direitos a vida e a locomoção são desrespeitadas por um

comportamento impulsivo e agressor. Para Bruns (2005) a negligência por parte do

condutor, as más condições das rodovias, o excesso de velocidade, freios

6 ABRAMET: Associação Brasileira de Medicina de Tráfego

17

deficientes, e outras questões relacionadas à falha humana são grandes

responsáveis.

O erro humano é, sobretudo, resultado de descaso, imaturidade e desrespeito

pelas leis, direitos e membros da sociedade. E como não se pode mudar o trânsito,

o motorista precisa aprender a conviver com essa realidade nas estradas e educar-

se para o trânsito, pois, é uma questão que faz parte do cotidiano de toda a

sociedade (TECNODATA, 2006). Muitos condutores mesmo tendo consciência de

que estão errados, agem como se nada estivessem fazendo, colocando em risco

não apenas sua vida, mas de outros condutores e pedestres que trafegam pelo

local.

2.2 Medidas de Prevenção de Acidentes de Trânsito

Apenas com a mudança de comportamento dos condutores que reverter esta

situação no trânsito, até pelo fato de que os acidentes são acometimentos que

podem ser evitados. De acordo com disposto no Art. 74, da Lei n° 9.503/1997 que

institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB): “A educação para o trânsito é direito

de todos e constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de

Trânsito”, e pode ser evitado, só depende que cada um faça sua parte.

No Brasil, diferentemente do que ocorre em vários países desenvolvidos,

ainda é preciso grande incentivo ao respeito a algumas regras básicas de trânsito por parte de todos os usuários, tais como o respeito à faixa de pedestres e à sinalização. Medidas têm se mostrado efetivas, como reduzir

a velocidade em locais de maior risco em áreas residenciais e próximas a escolas. (GAWRYSZEWSKII et al, 2009, p. 280).

Muitas ruas possuem sinalizações semafóricas, outras contêm placas de

avisos, e estes itens não estão ali por acaso, eles tem um objetivo que é de alertar

os condutores e pedestres sobre sua circulação nas vias públicas, o direito de cada

um ir e vir. Mas essas indicações somente têm valia se as pessoas respeitarem suas

determinações.

Explica Thielen (2011, apud DOTTA 1998, p.14) que, “os acidentes de trânsito

são decorrentes dos riscos que o ser humano aceita”, pois são fatores

comportamentais do indivíduo que os coloca em risco no trânsito. A mudança de

comportamento da sociedade de forma coletiva que vise à qualidade de vida é uma

18

decisão que precisa ser tomada para que os índices de acidentes diminuam e a

convivência social no trânsito se torne mais tranqüilo e seguro (DUTRA, 2005), no

entanto, todos precisam se conscientizar, pois ninguém consegue mudar o mundo

sozinho.

No entendimento de Soares e Barros (2006), a realização de campanhas de

trânsito e aplicação de medidas legislativas de orientação ao comportamento do

condutor e passageiro é um componente importante prevenir e reduzir os índices de

acidentes e vidas ceifadas. Vale ressaltar que a fiscalização das vias públicas é

essencial para evitar eventuais acontecimentos, pois quando o condutor sabe que

existe fiscalização local, eles possuem medo de sofrerem penalidades por conduzir

fora dos princípios legais e passam a ter mais atenção e responsabilidade na

direção.

Pelo exposto pela ABRAMET (2005, p. 01), algumas medidas estão sendo

tomadas no Brasil, visando diminuir os índices de acidentes de trânsi to, como a

Promulgação pelo Congresso Nacional da Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997,

que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, a qual foi sancionada pela Presidência

da República, passando a vigorar no dia 22 de janeiro de 1998, e que “logo em seu

artigo primeiro, aquela que seria a maior de suas diretrizes, qual seja, a de que o

„trânsito seguro é um direito de todos e um dever dos órgãos e entidades do Sistema

Nacional de Trânsito‟”.

Em razão dos acidentes de trânsito ter sido considerado por vários estudiosos

como grandes responsáveis pelas altas taxas de mortalidade brasileira tornam-se

sem sobra de dúvidas importante a adoção de medidas de prevenção a AT que

visem minimizar essa incidência nas ruas e avenidas do País.

Segundo Farage et al (2002), a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança

é a primeira alternativa que deve ser imposta em todos os Estados e municípios

brasileiros, pois reduz o agravamento de traumas nos acidentes desta natureza,

outro fator que deve ser aplicado é a inserção de radares ocultos para redução da

velocidade, e por fim, colocar em prática determinações legais que exijam dos

condutores de veículos dar preferência aos pedestres que atravessam a faixa.

Por mais que existam nas Leis estas determinações, existe o descaso por

parte dos próprios condutores, e das políticas do País, tendo em vista que na

maioria dos Estados e Municípios, não existe a obrigatoriedade do uso do cinto de

segurança, capacetes, além de existir a falta de sinalização em muitas vias onde os

19

motoristas acabam tendo dúvidas quanto à preferencial, atravessando e

ocasionando AT.

Explica Soares e Barros (2006) que ao aplicar medidas efetivas como

sinalizações das vias públicas, exigências de uso de itens de segurança como por

exemplo o cinto de segurança, aplicar fiscalização de trânsito, entre outros detalhes

básicos e essenciais, tende a favorecer a redução de ocorrências dos acidentes,

assim como diminui os riscos de mortes e traumas ocasionados por estes

acontecimentos.

Já a autora Brossi (2010, p. 09), contesta a colocação acima citada, dizendo

que “não basta sinalizar as vias públicas, ou colocar radares nas avenidas, é

preciso educar para o trânsito”. Tendo em vista que o trabalho educativo de

conscientização contribuirá simultaneamente para um mundo mais responsável. Ou

seja, a conscientização de trânsito deveria ser aplicada como uma disciplina nas

escolas, buscando desta forma, fazer com que os adolescentes cresçam

conhecendo seus direitos e responsabilidades como cidadãos que trafegam nas vias

públicas. Visto que, toda e qualquer pessoa pode se envolver em acidentes de

trânsito, independente de estar na direção de um veículo ou andando a pé.

Explica Mizukami (1986) que a educação é uma metodologia que

conglomerar a metodologia de ensinar e aprender. A técnica de educar objetiva-se a

criar a transmitir conhecimentos de geração para geração, pois a educação é um

instrumento capaz de desenvolver cidadãos com maior consciência, preparando-os

para a vida.

Esta questão colocada por Mizukami, no parágrafo acima, reflete a realidade

humana, tendo em vista que a sociedade é quem faz o indivíduo, ou seja, é a cultura

social que faz com que a pessoa se sensibilize e passe a ver o mundo de forma

diferente, com maior responsabilidade, sabendo respeitar as leis e a sociedade, de

forma a refletir em um comportamento mais saudável.

2.3 Primeiros Socorros: Conceito e Objetivo

Os primeiros socorros são procedimentos realizados de imediato a vítima de

acidente que está em perigo de vida, onde se busca por meio de conceitos e

técnicas básicas, evitar o agravo da situação que coloca em perigo a vida do

acidentado até que a mesma receba a assistência decisiva (HAFEN, et al, 2002).

20

Todo indivíduo pode ajudar de alguma forma, porém, muitas vezes, a pessoa

querendo ajudar, e sem possuir muito conhecimento ela acaba agindo sem

necessidade, comprometendo a saúde da vítima, então, “uma aptidão pessoal

importante é saber quando não entrar em ação – ou quando parar” (CICV7, 2006, p.

34).

Socorrer significa não apenas aplicar procedimentos, mas fazer uma análise

geral ao seu redor e da vítima, quer dizer. “A função de quem socorre (socorrista) é:

Observar a situação para não se tornar uma vítima também; Manter a pessoa viva

até a chegada do socorro especializado; Evitar causar outras lesões ou agravar as já

existentes” (DRAGANOV, 2007, p. 02), lembrando que socorro deve ser prestado

sempre que a vítima demonstrar que realmente precisa de ajuda para ser socorrida,

devido não se encontra em condições favoráveis para agir só.

Segundo define a ABRAMET (2005, p. 09):

É claro que cada acidente é diferente do outro. E, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro quando se sabe quais são as suas características. Um veículo que está se incendiando, um local perigoso

(uma curva, por exemplo), vítimas presas nas ferragens, a presença de cargas tóxicas, etc., tudo isso interfere na forma do socorro. Suas ações também vão ser diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros,

ou mesmo se Você estiver ferido. Mas a seqüência das ações a serem realizadas vai sempre ser a mesma: 1. Manter a calma; 2. Garantir a segurança; 3. Pedir socorro; 4. Controlar a situação; 5. Verificar a situação

das vítimas; 6. Realizar algumas ações com as vítimas.

Obviamente, qualquer cidadão pode prestar ajuda em situações de

emergência, contudo, deve atentar-se a suas limitações, pois não sendo um

socorrista, o mesmo deve agir até determinado ponto, para não agravar ainda mais

a situação do acidentado, dependendo do estado da vítima o melhor é aguardar o

atendimento profissional (ROCHA, 2011), os procedimentos devem ser realizados

de acordo com a capacidade, limite e competência de cada pessoa, devendo o mais

experientes coordenar os demais ajudantes, mesmo os sem conhecimentos podem

contribuir de alguma forma, como por exemplo: sinalizar o local, ligar para o socorro,

afastar as pessoas que presenciam o fato (curiosos) para que a vítima fique em um

espaço maior, entre outros.

Para Lomba e Lomba (2006) a primeira atitude a ser levada em consideração

ao presenciar um acidente onde resultou em vítima é manter a calma e fazer uma

7 CICV: Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

21

rápida avaliação das condições do acidentado, se ele encontra-se, inconsciente,

com algum tipo de hemorragia, e entre outros fatores que exigem a tomada de

providências imediatas, aliviarem possíveis fatores de desconforto e que possam

gravar sua situação, e acionar a emergência.

A ABRAMET (2005, p. 09), discorre que as noções de primeiros socorros “são

conceitos e técnicas fáceis de aprender e, unidos à vontade e à decisão de ajudar,

podem impedir que um acidente tenha maiores conseqüências, aumentando

bastante as chances de uma melhor recuperação das vítimas”.

É sempre bom aceitar a ajuda de outras pessoas mais conhecimentos quanto

aos primeiros socorros em vitimas de acidente de trânsito, pois elas saberão agir de

forma correta, célere e precisa. Se o paciente estiver consciente, é importante agir

com calma, passar confiança, segurança, avisar ao acidentado que a assistência

está a caminho.

“Hoje, a grande parte dos pacientes consegue se recuperar e retornar à vida

normal graças a um atendimento de emergência bem prestado” (SILVA, 2007, p.

60), a qualidade e adequação deste atendimento são vitais para o alcance de

resultados positivos e satisfatórios.

Atualmente, a sociedade tem sido mais conscientizada pelos órgãos de

trânsito sobre os primeiros socorros, geralmente em jornais, internet, e outros meios

de comunicação as autoridades buscas passar um pouco de conhecimento a seu

público, com a finalidade de redução dos casos de agravamento do quadro das

vítimas de acidentes. Quando acontece um fato desses, as pessoas são as

primeiras a chegarem ao local, e se tiverem alguma noção básica podem prestar

assistência e aplicar procedimentos de emergência que minimizem alguns fatores de

risco.

2.3.1 Ações de Socorro e suas Procedências

Os acidentes de trânsito, como o próprio nome já diz, ocorrem nas rodovias

de tráfego e é comum que outras pessoas estejam passando por ali no momento do

fato, inclusive o condutor e se as pessoas não se unirem em grupos e agirem rápido

outras pessoas podem ser atropeladas, por isso é importante antes de tudo sinalizar

o local para alertar os demais motoristas (DUTRA, 2005).

Muitas situações de acidentes de trânsito poderiam ser evitadas, contudo,

22

quando acontecem, em muitos casos faz-se necessário aplicar técnicas básicas de

primeiros socorros para amenizar a situação e sofrimento da vítima. O mais

importante neste caso é saber identificar quando trata-se de emergência, urgência

ou apenas cuidados simples. Se for uma emergência, o socorrista deve manter a

calma ter consciência de que os procedimentos que estão sendo aplicados não irão

substituir o atendimento médico, mas ajudará a ganhará tempo até a chegada ao

hospital.

Sempre que uma pessoa for responsável por ocasionar algum acidente ou

presenciar um acontecimento desta natureza, o condutor tem a obrigação de prestar

socorro à vítima, assim como outras pessoas que trafegarem nas rodovias também

tem (JESUS, 2002), cada acidente é diferente de outro, sendo assim, apenas

mediante ao fato que se podem constatar quais suas características e as ações que

devem ser tomadas.

“A avaliação inicial tem a finalidade de identificar e corrigir os problemas que

ameaçam a vida, prioritariamente aqueles relacionados às vias aéreas, respiração e

circulação do paciente” (BERGERON et al, 2007), é sempre bom noção da

sequência das ações que podem ser procedidas, o tempo do procedimento, e outros

detalhes, tudo com calma e atenção para que os primeiros socorros sejam aplicados

corretamente, evitando prejudicar ainda mais o acidentado.

Segundo Teixeira e Silva (2009), ao prestar socorro à pessoa deve se atentar

a alguns princípios fundamentais:

• Agir com calma e confiança – evitar o pânico • Ser rápido, mas não precipitado • Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações

• Usar criatividade para improvisação • Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança • Se houver condições solicitar ajuda de alguém do mesmo sexo da vítima

• Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a • Falar de modo claro e objetivo • Aguardar a resposta da vítima

• Não atropelar com muitas perguntas • Explicar o procedimento antes de executá-lo • Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer

• Usar luvas descartáveis e dispositivos boca-máscara, improvisando se necessário, para proteção contra doenças de transmissão respiratória e por sangue.

• Atender a vítima em local seguro ( remove-la do local se houver risco de explosão, desabamento ou incêndio).

É sempre bom e faz grande diferença nesses casos quando o Condutor tem

23

sempre em seu veículo um kit de primeiros socorros, pois na urgência pode limpar

os ferimentos para evitar infecções, medir a pressão, etc., porém, são poucas as

pessoas que costumam carregar estes materiais.

No entanto, antes de examinar a vítima, deve-se averiguar se o local

apresenta condições favoráveis, evitar contato com agentes tóxicos e causadores de

lesões que possam agravar a situação e causar riscos, e principalmente manter o

local de atendimento seguro para que não ocorra novos acidentes com as pessoas

que estão no local (DRAGANOV, 2007), com calma e paciência é possível realizar

os procedimentos corretos e evitar que as consequências do acidente se agravem

ainda mais.

Diversas técnicas podem ser usadas em um acidente de trânsito e podem ser

realizadas por uma ou mais pessoas ao mesmo tempo, ou seja, enquanto um

sinaliza o local, outro telefona para a emergência, outro vai analisando se existe

algum fator que coloca a vida do acidentado em risco, “essas medidas evitam o

agravamento do estado de saúde, antes que seja iniciado o tratamento

especializado necessário, e podem garantir a boa recuperação do acidentado”

(KAWAMOTO, 2002, p. 11), e ainda, se ganha tempo até a chegada dos

profissionais de saúde.

No entendimento do DETRAN-GO (2005), os procedimentos de avaliação da

vitima deve seguir uma sequência alfabética, uma forma rápida de efetuar a

avaliação do acidentado, identificando e tratando os traumas que colocam em risco

sua vida. Tal sequência consiste em: liberar as vias aéreas; Imobilizar coluna

cervical; Verificar a respiração (ver, ouvir e sentir); Verificar circulação (pulsação,

hemorragia, etc); Avaliar nível de consciência; e Exposição da vítima (consciente,

lesões corporais), conforme ilustrado no Anexo A.

No entendimento dos autores Oliveira, Parolin e Teixeira Junior (2004, p. 77),

“o atendimento inicial à vítima de trauma é realizado em cinco etapas: 1ª - controle

de cena; 2ª - abordagem primária; 3ª – abordagem secundária; 4ª - sinais vitais; 5ª -

escalas de coma e trauma”.

No entanto, mesmo o cidadão tenha noções básicas como executar

procedimentos de primeiros socorros, é sempre bom buscar aperfeiçoamento prático

em cursos preparatórios, pois tais técnicas mesmo que simples, exigem que haja

preparação e instrumentos adequados para alcance do sucesso da ação. Só preste

socorro se não existir alternativa imediata onde o acidentado apresente urgência de

24

atendimento.

Porém, é preciso ter certeza de que sua ajuda não irá agravar ainda mais a

situação (TEIXEIRA; SILVA, 2009), prestar socorro não é apenas aplicar

procedimentos de respiração artificial, fazer curativos em lesões e levar o acidentado

ao hospital, mas sim, procurar tranqüilizar a vítima do pânico sofrido no momento do

acidente.

Se não sabe como agir, fique ao lado da pessoa procurando mantê-la calma,

seja solidário, passe confiança, diga que vai dar tudo certo, que o resgate esta

chegando, pois existem vítimas que devido ao medo e preocupação tendem a

demonstrar agressividade, desespero.

Ao estar em contato com a vítima, se verificar que ela esta consciente,

busque questioná-la se ela esta bem, se sente dores, tontura, o que aconteceu, seu

nome, telefone de algum conhecido, e se ela responder bem a estas perguntas é um

bom sinal. Se você possui treinamento de primeiros socorros, comunique a vítima

que é treinado, que irá ajudá-la da melhor maneira possível, assim, diminuirá o

medo que ela sente, passando maior confiança, e lembre-se: “Prestar um socorro

sem padrão de assistência, gerando agravos adicionais ao paciente é

NEGLIGÊNCIA” (SILVA, 2007, p. 50).

Mas caso questioná-la ela não demonstrar nenhuma reação de respostas,

observe se está desmaiada ou inconsciente, avise o socorro qual estado que esta

pessoa apresenta (ABRAMET, 2005). Se existirem mais pessoas no local que

estejam presenciando o ocorrido, indague a esses indivíduos se alguém tem algum

conhecimento, peça ajuda.

Se ao avaliar a vítima, constatar que ela apresenta sinais de fraturas ou

lesões graves, não se deve mexer, faz-se necessário atendimento e transporte

especializado, pois qualquer erro pode levá-lo a paralisia ou morte (KAWAMOTO,

2002), na maioria dos casos, a vítima é imobilizada somente após a chegada dos

profissionais especializados em Serviços de Emergência evitando assim

comprometer sua saúde.

Dependendo do estado que a vitima apresenta, “não movimente, não faça

torniquetes, não tire o capacete de um motociclista, não de nada para beber”

(ABAMET, 2005, p. 31), são procedimentos comuns mais que podem agravar a

situação.

25

Uma questão importante que o socorrista deve levar em consideração é

avaliar o paciente e oferecer-lhes os cuidados necessários até que chegue o resgate

(equipe profissional), no entanto, “sempre se proteja primeiro; mantenha o

autocontrole; observe a situação antes de agir; siga adiante só se realmente parecer

seguro para tal. Conheça seus limites” (CICV, 2006, p. 34), jamais tente fazer o que

não sabe.

2.3.2 Omissão de Socorro e suas Consequências Frente à Lei

Todas as pessoas têm direitos de ir e vir pela vias públicas, estando sujeitos a

todos os riscos, inclusive acidentes de trânsito, onde muitos acabam por sofrer

danos irreversíveis quando há omissão de socorros imediatos ou são atendidos de

forma inadequada.

A omissão de socorro é o ato de não prestar socorro a vítima, quando esta

dela necessita. De acordo com o art. 304 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):

“Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à

vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar

auxílio de autoridade pública” este será punido conforme vigência lega l por pena de

detenção ou multa.

Ainda em conformidade ao imposto pelo Código de Trânsito Brasileiro, em

seu art. 304: “Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não

constituir elemento de crime mais grave”. Essa determinação vale para o motorista

que se envolveu no acidente com a vítima, e mesmo que outras pessoas prestem

socorro, o condutor não pode deixar de fazer a sua parte, pois ninguém tira a sua

responsabilidade. Já em caso da vítima vir a óbito a devido à omissão de ajuda, a

pena é aumentada.

Já outros condutores de veículos e pessoas que trafegam pelas rodovias

públicas no momento do acidente, que não foram os responsáveis pelo acontecido,

não são penalizados pela omissão de socorro, uma vez que a CTB não os considera

responsáveis pelo ato, ou seja, o Código deixa claro como omisso o condutor que se

envolveu no incidente. “Quando um motorista não cumpre qualquer disposição

determinada pela legislação de trânsito, ele está cometendo uma infração, e fica

sujeito às penalidades previstas na Lei” (DENATRAN, 2005, p. 56), no entanto, aos

olhos do Código Penal, a omissão é vista de forma diferente, é direcionada a todos

26

que estão no local no momento do acontecido e que podendo fazer, deixam de

cumprir com seu dever.

De acordo com definição do artigo 135 do Decreto-lei n° 2.848/1940 que

institui o Código Penal Brasileiro, a omissão de socorro consiste em:

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco

pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis

meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Ser solidário não é questão de favor, mas de consciência, um dever, uma

obrigação que o ser humano tem frente a outras pessoas que estão necessitando de

sua ajuda. Além do mais, prestar socorro é uma questão legal, regido juridicamente

pela legislação brasileira, tendo em vista que a pessoa que se nega a prestar

socorro a alguém que está em perigo está cometendo um crime contra a Lei.

O fato do indivíduo não conter condutas técnicas ou habilidades para agir,

não o desabona de cumprir com suas responsabilidades sociais regidas por Lei.

Segundo Jesus (2002), se a pessoa omite socorro, ela não está prejudicando

apenas a vítima, mas a sim própria. Prestar socorro não é apenas uma questão de

solidariedade, mas uma obrigação social jurídica de todos os condutores e cidadãos,

que independente de sua atividade, precisa ter conhecimentos e fazer uso dos

procedimentos básicos de primeiros socorros.

“Tenha, em relação ao atendimento, duas coisas em vista: seja útil, ou, ao

menos, não prejudique” (KNOBEL, 2006), se não sabe o que fazer, peça ajuda de

outras pessoas que saibam, uma vez que prestar socorro não significa diretamente

realizar atendimento básico ao acidentado, ao contrário, providenciar ajuda de

emergência, solicitando atendimentos de profissionais faz parte deste fator.

No entendimento de Silveira e Moulin (2006), muitas pessoas acabam

sofrendo danos irreversíveis e tendo suas vidas ceifadas pela ausência de primeiros

socorros logo nas primeiras horas após sofrer acidente de trânsito, pois as duas

primeiras horas são de extrema importância para garantia de vida, recuperação e

sobrevivência do acidentado, além do mais é um momento em que muitos estão

bastante machucados e dependem totalmente da solidariedade e auxilio de

terceiros.

27

Segundo Franco et al (2006), os acidentes de trânsito aumentaram no Brasil

de forma exagerada, e esse enorme crescimento tem impulsionado para uma alta

taxa de mortalidade resultante desta situação. Esses acontecimentos se tornaram

uma epidemia em meio a sociedade, sendo capaz de produzir muitos óbitos, lesões

e fraturas, além de gerar custos financeiros e sociais inesperados e exorbitantes

para o país.

No Brasil, os grandes índices de AT estão relacionados à ausência maior de

rigorosidade da própria legislação, assim como melhor adequação das políticas

públicas do País diante deste episódio, pois, o mau comportamento por parte dos

condutores que desrespeitam as leis e a própria sociedade faz uso de bebidas

alcoólicas e excedem a velocidade na direção ultrapassando os limites permitidos.

Segundo estatísticas, as mortes ocasionadas por acidentes de trânsito

representaram uma média de 28,27% das mortes violentas (KOIZUMI, 1985), que

em muitos dos casos existe a omissão de socorro ou mesmo o retardo deste. E que

para cada 100 acidentes, tem-se 62,50 acabam feridas e 5,13 vão a óbito

(LAURENTI, et al, 1972), e não é só a ausência de atendimento imediato que pode

levar a morte, mas também a aplicação inadequada ou exagerada das técnicas e

procedimentos de primeiro socorros.

Cada problema constatado deve receber a atenção devida, se a vitima

apresenta problemas mais graves e não obter atendimento imediato pode ir a óbito

(BERGERON, 2007), é a partir deste contexto que se percebe a importância da

sociedade em geral, ter noções básicas de primeiros socorros, não só voltados a

acidentes de trânsito mais de outras naturezas também, pelo fato de que

acometimentos acontecem de forma imprevisível, sem o desejo de alguém, podendo

resultar apenas em lesões e dependendo do caso, situações mais graves que levam

a morte, as quais segundo Batista et al, (2006), podem ser muitas vezes evitadas se

a vítima receber o socorro de emergência e aplicação de manobras básicas e

adequadas, pois as primeiras horas de atendimento são essenciais a vida e

recuperação da vítima.

Segundo Rocha (2011, p. 77, apud Barreiro): “A principal causa de morte fora

dos hospitais é a falta de atendimento. A segunda é o socorro inadequado. As

pessoas morrem porque ninguém faz nada e continuam morrendo porque alguém

não capacitado resolveu fazer algo”.

É este simples detalhe que faz com que os índices de acidentes aumentem

28

ou diminuam, entretanto, somente com a mudança de comportamento social em prol

da vida coletiva que se conseguirá reduzir este índice.

2.3.3 A Importância das Noções Básicas de Primeiros Socorros

Possuir conhecimentos de primeiros socorros não é apenas um simples

aprendizado, ao contrário, este instrumento está ligado à vida cotidiana de toda a

sociedade, pois, qualquer um pode sofrer agressões contra o corpo, independente

da ocasião, lugar ou pessoas, onde muitas vezes passam a carecer de ajuda de

terceiros devido a gravidade do ocorrido. Segundo Sousa (2010), as noções básicas

de socorro são de suma importância em casos de acidentes, pois muitas vidas

podem ser salvas por receber procedimentos de emergência até que chegue a

assistência dos socorristas e profissionais de saúde.

Segundo a ABRAMET (2005, p. 35), para aplicar as técnicas de primeiros

socorros à pessoa precisa ter domínio e habilidade, as quais só se obtêm por meio

dos cursos práticos, disciplinados por profissionais capacitados, pois cada situação

exige um tipo de procedimento. “São muitas situações que poderão ser aprendidas

em um curso prático. Mesmo assim, nenhum treinamento em Primeiros Socorros

dará a qualquer pessoa a condição de substituir completamente, um sistema

profissional de socorro”.

O conhecimento prático de como agir em casos onde exija primeiros socorros

pode ajudar a salvar muitas vidas, são técnicas básicas e simples que reduzem

sofrimentos. E mesmo o Brasil sendo um País onde se sucede a educação e

conscientização quanto a primeiros socorros de trânsito, ainda é notável que poucos

são os cidadãos brasileiros que realmente sabem como agir na prática diante deste

tipo de situações.

Segundo dispõe a ABRAMET (2005, p. 34):

Um treinamento em Primeiros Socorros vai ser sempre de grande utilidade em qualquer momento de sua vida, seja em casa, no trabalho ou no lazer.

Podem ser muitas e variadas as situações em que o seu conhecimento pode levar a uma ação imediata e garantir a sobrevida de uma vítima. Isso, tanto em casos de acidente, como em situações de emergência que não

envolvem trauma ou ferimentos.

A escassez das noções de primeiros socorros torna o sentido da vida sem

29

prosperidade, sem qualidade, pois, quando uma pessoa se depara com uma

situação onde o acidentado apresenta ferimentos, lesões, fraturas, etc, e este por

sua vez não possuem conhecimentos e habilidades para agir, passa a sentir inútil

frente ao caso, e as sequelas de um acidente quase sempre são resultados de falta

de providências é sempre bom estar preparado para agir adequadamente em prol da

vida, contudo, CICV (2006) acrescenta que mesmo a pessoa recebendo os

primeiros socorros no local do acidente, ela precisa ser avaliada por um profissional

da saúde.

Nas ocorrências de acidentes, muitas mortes podem ser evitadas se no

momento do acidente o condutor e/ou outras pessoas que estiverem no local

aplicarem as noções básicas de primeiros socorros no acidentado. Tais técnicas

contribuem para reduzir o sofrimento da vítima e evita complicações posteriores ou

morte, no entanto, Kawamotto (2002, p. 11) esclarece que se a pessoa não possuir

noções de primeiros socorros é melhor não tocar na vítima, pois aplicar práticas

erradas pode elevar ainda mais o quadro e prejudicar a saúde do acidentado, então,

“se não souber o que fazer, não faça”.

Vale esclarecer que mesmo as pessoas tendo noções básicas sobre

primeiros socorros, é importante fazer cursos práticos de aperfeiçoamentos, uma vez

que tais conhecimentos sempre serão de grande utilidade no decorrer de suas vidas,

seja em horário de trabalho ou de lazer, nas mais variadas situações onde seus

conhecimentos irão garantir a sobrevivência da vítima, a redução de sofrimento e de

seqüelas e traumas (DETRAN-GO, 2005), mesmo com as boas intenções de quem

socorre, muitos são os procedimentos aplicados de forma inadequada, o que pode

complicar ou colocar em risco a vida da vítima (KAWAMOTO, 2002), por isso, “é

preciso estar preparado para atuar corretamente em prol da vida” (SOUSA, 2010, p.

17).

Muitas vezes, as pessoas pensam que estes casos acontecem com outras

pessoas, mas que nunca irão acontecer com elas e como não faz parte de sua área

de atuação consideram desnecessário buscar expandir seus conhecimentos e

elevar sua capacitação, mais tarda, acabam se deparando com a situação e ficam

de mãos atadas sem poder agir, outras agem de forma exagerada, prejudicando

ainda mais a vítima (SOUSA, 2010). Muitos ainda desconhecem que o ser humano

possui diversos recursos dos quais pode usufruir em pro da vida humana, não dando

30

suporte imediato na hora de uma ação, sendo que são esses detalhes que fazem a

diferença na vida humana.

Geralmente, as vítimas de acidentes ficam entre a vida e a morte, tornando-se

totalmente indefesas e sem condições de agir, os ferimentos, fraturas, tonturas os

tornam incapazes de cuidar de si próprios, é neste momento que elas precisam de

ajuda de outras pessoas, que coloquem em prática os primeiros socorros até que

possa receber atendimento de equipe especializada.

Segundo Silva (2007), geralmente o socorrista é aquela primeira pessoa

capacitada que mantém contato com a vítima, sendo assim, é essencial o

desempenho de um trabalho primoroso para: “Diminuir o sofrimento do paciente;

Diminuir o número de seqüelas adicionais; - Salvar muitas vidas”.

Os cursos preparatórios de primeiros socorros foram desenvolvidos com a

finalidade de permitir que as pessoas se habilitem para realizar os procedimentos

emergenciais em situações onde as vitimas de algum acidente precisam de

assistência rápida cuidando de ferimentos e aliviando fatores de riscos até a

chegada da equipe médica, onde muitas vidas têm sido salvas devido a respostas

rápidas e assistência adequada por parte de terceiros.

Segundo DETRAN-GO (2005, p. 25), “é importante ressaltar que nenhum

treinamento em Primeiros Socorros dará a qualquer pessoa a condição de substituir,

completamente, um sistema profissional de socorro, entretanto pode fazer com que

o seu serviço tenha um melhor resultado”.

Portanto, vale destacar o valor da capacitação dos condutores para garantir

um trânsito seguro, onde as diretrizes em prol da qualidade de vida sejam

valorizadas, como forma de prestar socorro de forma segura e eficaz a quem possa

vir a necessitar.

31

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Tipo de Pesquisa

O tipo de pesquisa foi à exploratória tendo em vista que se buscou trazer

respostas ao problema, visando elevar o conhecimento sobre ao assunto e trazer

novas demonstrar informações importantes sobre questões relacionadas a primeiros

socorros em acidentes de trânsito, tendo em vista que este acontecimento faz parte

da realidade de toda a sociedade.

Segundo Rampazzo (2005, p. 54), a pesquisa exploratória: "Trata-se de uma

observação não estruturada, ou assistemática: consiste em recolher e registrar os

fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais ou precise

fazer perguntas diretas”.

Assim, adotou-se como base de apoio para a elaboração do referencial

teórico o levantamento bibliográfico onde foram explorados livros, artigos e

legislação vigente referentes a temática abordada no trabalho, inclusive o manual de

Primeiros Socorros no Trânsito (DETRAN), que fornecem informações precisas

quanto a este fato.

3.2 Instrumento de Coleta de Dados

A abordagem selecionada foi de natureza qualitativa, uma vez que a coleta de

dados originou-se nas rodovias de Rolim de Moura, sendo pesquisadas pessoas que

circulavam pelo local, onde as técnicas empregadas foram à coleta de dados por

meio de questionário semi estruturado com perguntas fundamentadas no manual da

ABRAMET.

Para Chizzotti (2000), a pesquisa qualitativa é fundamentada em uma

estratégia que se baseia na coleta de dados de interações sociais e/ou

interpessoais, que são analisadas a partir das informações que o sujeito pesquisado

expressa quanto ao fato. E como o objetivo deste trabalho visou conhecer a opinião

do público alvo para alcance dos resultados a mesma foi do tipo qualitativa.

32

3.3 Universo e Público Alvo

A pesquisa ocorreu no mês de Junho de 2013 tendo como universo a

Avenida 25 de Agosto, no Município de Rolim de Moura-RO, tendo como sujeitos da

pesquisa 40 condutores de veículos que circulavam pelo local, e, todos concordaram

em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

3.4 Método de Inclusão e Exclusão

Foram inclusos: 20 mulheres e 20 homens, acima de 18 anos de idade,

devidamente habilitados pela carteira nacional de habilitação que circulavam pela

Avenida 25 de Agosto.

Foram exclusos: pessoas menores de 18 anos; os não habilitados; e pessoas

que não aceitaram participar.

3.5 Procedimento da Coleta de Dados

A realização deste trabalho ocorreu em 3 etapas: Primeiramente foi realizado

o levantamento bibliográfico na área de Psicologia do trânsito, tendo como foco a

temática: Primeiros socorros em acidentes de Trânsito em livros, Revistas, Decretos

e Legislações vigentes, bases de dados da Scielo, Bireme e outros artigos científicos

pertinentes a temática. Como descritores foram empregados os seguintes termos:

psicologia do trânsito e noções de primeiros socorros.

Em segundo plano foi elaborado o questionário de pesquisa contendo 10

questões, sendo 4 perguntas de respostas fechadas direcionadas a conhecer o perfil

do participante e 6 perguntas de respostas abertas relacionadas as noções de

primeiros socorros em acidentes de trânsito, sendo estas, fundamentadas no Manual

de Primeiros Socorros no Trânsito, de autoria da ABRAMET (2005), tendo como

intuito o alcance dos objetivos propostos no trabalho.

A pesquisa ocorreu na 2ª. Quinzena do mês de Junho de 2013, na Avenida

25 de Agosto, centro de Rolim de Moura. Os entrevistados foram abordados

aleatoriamente, conforme trafegavam pelo local.

33

3.6 Procedimento da Análise dos Dados

Após a realização da pesquisa, as respostas fornecidas pelos sujeitos

investigados foram confrontadas e analisadas por meio de instrumentos de auxílio

EXCEL, o qual contribuiu para a elaboração dos percentuais gráficos, possibilitando

o confronto das informações e análise dos resultados por meio de leitura e análise

criteriosa. Em seguida, os resultados foram apresentados no decorrer do trabalho no

capítulo de análise e discussão dos resultados, onde as ilustrações gráficas foram

complementadas por texto explicativo que permitiram melhor visualização e clareza

das informações.

3.7 Aspectos Éticos

Por se tratar de uma coleta de dados onde as informações colhidas na

pesquisa servirão como objeto de base para a elaboração dos gráficos e

apresentação dos resultados da pesquisa, todos os participante foram comunicados

sobre o objetivo da pesquisa, sendo que a mesma não incorria nenhum tipo de

riscos a saúde e vida dos mesmos, atendendo desta forma à Resolução 196/96 do

Conselho Nacional de Saúde (CNS) do Ministério da Saúde (MS), que nos Comitês

de Ética em Pesquisa rege a realização de pesquisa com seres humanos,

atendendo desta forma, os quatro princípios da Bioética, que focam: o saber, a

autonomia, a beneficência, prezando pela não maleficência e justiça.

34

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na realização da pesquisa de campo com os Condutores de veículos que

trafegavam pela Avenida 25 de Agosto, Centro de Rolim de Moura, teve como

participantes 50% do sexo feminino e 50% do sexo masculino, conforme demonstra

os resultados apresentados no gráfico 1.

Gráfico 1 – Distribuição percentual dos participantes quanto ao Sexo.

50%50%

Feminino

Masculino

Fonte: Dados da Pesquisa. Rolim de Moura – RO. 2013.

Quanto aos resultados referentes a idade, gráfico 2, verifica-se que dos 40

participantes, 42% tinham entre 18 a 25 anos, 42% de 26 a 35 anos, 8% na faixa de

36 a 45 anos, 5% acima de 55 anos e 3% entre 46 a 55 anos. Pelo exposto,

percebe-se que a maioria dos Condutores do Município são jovens.

Gráfico 2 - Distribuição percentual dos participantes quanto a Idade.

42%

42%

8% 3% 5%

18 a 25 anos

26 a 35 anos

36 a 45 anos

46 a 55 anos

acima de 55 anos

Fonte: Dados da Pesquisa. Rolim de Moura – RO. 2013.

35

Quanto ao tempo que esses participantes aderiram a CNH de Habilitação,

apresentado no gráfico 3, observa-se na população investigada que, 37% são aptos

entre 6 a 10 anos, 20% a média de 1 ano, 42% de 2 a 5 anos, 15% de 11 a 20 anos

e 8% a mais de 20 anos. Nota-se que a maior parte está habilitada a menos de 10

anos, isso confirma a razão da maioria dos participantes serem mais jovens.

Gráfico 3 – Distribuição percentual quanto ao tempo que os participantes adquirira m sua

Carteira Nacional de Habilitação.

20%

20%

37%

15%

8%

Até 1 ano

2 a 5 anos

6 a 10 anos

11 a 20 anos

mais de 20 anos

Fonte: Dados da Pesquisa. Rolim de Moura – RO. 2013.

No gráfico 4 apresenta a distribuição em relação ao tipo de Habilitação que

estes Condutores têm. Verifica-se que, 82% diz respeito à AB, 9% A, 3% B, 3% C e

outros 3% E. Como a primeira habilitação a ser retirada deve ser A ou AB, a maioria

opta por se habilitar a conduzir carros e motos.

Gráfico 4 – Distribuição percentual em relação ao tipo de CNH dos condutores.

A

B

AB

C

D

E

82%

3%9%3%3%

Fonte: Dados da Pesquisa. Rolim de Moura – RO. 2013.

36

Ao indagar aos condutores se eles já haviam realizado algum curso em

especifico direcionado a primeiros socorros, conforme demonstra gráfico 5, apenas

5% relataram que sim, devido ser necessário para sua atividade, enquanto 95%

apenas têm conhecimentos teóricos adquiridos durante a realização do curso para

aderir a CNH. “Um treinamento em Primeiros Socorros vai ser sempre de grande

utilidade em qualquer momento de sua vida, seja em casa, no trabalho ou no lazer

(ABRAMET, 2005, p. 34). Esse pequeno índice de apenas 5% ter conhecimentos

práticos é uma questão muito preocupante, pois os acometimentos podem ser

variados, onde o conhecimento prático poderá contribuir para uma procedência

imediata em prol da garantia da vida da vítima e quando contrário pode atrapalhar.

Gráfico 5 – Distribuição percentual dos condutores participantes que possui curso de capacitação na área de primeiros socorros.

5%

95%

É capacitado

Não é capacitado

Fonte: Dados da Pesquisa. Rolim de Moura – RO. 2013.

Quando perguntado aos participantes se eles já haviam presenciado algum

acidente de trânsito onde precisou prestar socorro ao Condutor, conforme

demonstra o gráfico 6, verifica-se que 80% desses condutores relataram que não

haviam presenciado nenhum acidente de trânsito onde precisaram prestar socorro,

já outros 20% relataram que já se depararam com esta situação. Ou seja, dos

participantes da pesquisa, poucos foram às pessoas que já passaram por esta

experiência, talvez pelo fato de serem motoristas mais jovens e que ainda não se

envolverem em acidentes, mesmo assim é interessante possuírem em mente

conhecimentos e práticas de primeiros socorros, caso venha a precisar.

37

Gráfico 6 – Distribuição percentual dos participantes que presenciou algum acidente de

trânsito.

20%

80%

Sim

Não

Fonte: Dados da Pesquisa. Rolim de Moura – RO. 2013.

Os tipos de acidentes presenciados pelos 20% dos participantes os quais

precisaram prestaram socorro foram:

a) C1 – Atropelou uma criança e mãe com sua própria moto;

b) C7 - O capotamento de um gol, o motorista teve apenas escoriações, onde

urgentemente avisou os socorristas;

c) C8 - Capotamento de um veículo que saiu da estrada;

d) C9 - Batida de um carro onde morreram 11 pessoas;

e) C16 – Envolveu-se em acidente onde solicitou socorro ao corpo de

bombeiros;

f) C29 – Presenciou o capotamento de um uno, prestou socorro imediato até a

chegada da equipe profissional;

g) C31 – Acidente de um carro onde acionou o corpo de bombeiros e a PM;

h) C35 – Prestou socorro em um acidente onde houve atropelamento, queda e

colisão.

Sabe-se que acidentes de trânsito podem acontecer com todos, mas poucos

sabem como agir na hora que eles acontecem. Quando perguntado aos

participantes se eles possuem informações básicas sobre o que fazer diante de

situações de acidente, apurou-se que 80% têm noções básicas de primeiros

socorros de trânsito adquiridos em cursos para adquirir a CNH, e apenas 20% não,

conforme demonstra os resultados do gráfico 7. “Os primeiros socorros são as

38

primeiras providências a serem tomadas com o acidentado, doente ou vítima

(KAWAMOTO, 2002, p. 11).

Gráfico 7 – Nível de conhecimento dos participantes, em porcentagem, quanto a situações de

acidentes.

80%

20%

Sim

Não

Fonte: Dados da Pesquisa. Rolim de Moura – RO. 2013.

Solicitou-se aos 80% que relataram que possuíam noções básicas de

primeiros socorros que citassem alguns exemples de seus conhecimentos, onde se

apurou os seguintes exemplos:

a) C1, C29 - Dependendo do trauma (escoriação) é possível remover a vítima,

mas se for mais grave, deve-se ligar para os bombeiros;

b) C2, C3, C21, C22, C28 – Sinalizar a via, verificar a gravidade do acidente,

manter a calma do acidentado, comunicar resgate;

c) C4, C23, C24, C26 – Sinalizar o local, ligar para emergência, verificar sinais

vitais, realizar procedimentos necessários;

d) C5, C35, C36 – Chamar o corpo de bombeiros, isolar a área o máximo

possível sinalizando que houve um acidente;

e) C6 – Manter a calma, não se apavorar, pedir ajuda de terceiros;

f) C7 – Sinalizar o local, verificar se a vítima encontra-se com alguma

hemorragia ou inconsciente, ataduras em caso de fraturas para poder

locomover do local, procedimentos para abrir as vias respiratórias, evitar

ataque cardíaco, etc;

g) C8, C16, C19, C30, C31 – Não mexer na vítima, deixá-la na posição que está

até a chegada dos socorristas;

39

h) C9 – Acionar o resgate imediatamente, aplicar primeiros socorros;

i) C12, C37– Imobilizar fraturas, torniquetes em fraturas expostas, imobilizar o

pescoço e coluna vertebral, realizar massagem cardíaca caso necessário;

j) C13, C32, C33 – Ligar para emergência, verificar estado da vítima, ver se tem

indícios de hemorragia e fraturas, verificar vias respiratórias;

k) C14 – Imobilizar e realizar massagem cardíaca;

l) C15 – Verificar a gravidade do acidente e estado da vítima;

m) C17, C32 – Sinalizar a via para que não haja mais um acidente, prestar

socorros aos feridos até que chegue o resgate;

n) O participante C18 não quis citar exemplos.

Essas medidas são simples, mas evitam que o estado de saúde da vítima se

agrave ainda mais, até que chegue o atendimento especializado, pois diminuem as

chances de possíveis paradas cardiorespiratórias, hemorragias, choques

traumáticos, além da sinalização do local ser essencial para proteger a vítima e

evitar que outros acidentes não aconteçam.

Diante de um acidente, a pessoa só quer ajudar, mas muitos são os

procedimentos que podem agravar a situação das vítimas. Portanto, ao indagar os

participantes se eles sabiam o que não se deve fazer com uma vítima de acidente,

para não trazer complicações, 87% afirmaram que sabem e 13% desconhecem

(GRÁFICO, 08). “Muitas vezes, primeiros socorros significa não fazer nada! Se não

souber o que fazer, não faça” (KAWAMOTO, 2002, p. 11).

Gráfico 8 – Nível de conhecimento dos participantes, em porcentagem, quanto a fatores de risco em acidentes.

87%

13%

Sim

Não

Fonte: Dados da Pesquisa. Rolim de Moura – RO. 2013.

40

Foi indagado aos participantes que citassem quais os fatores de risco que

eles sabiam que não se deve realizar para não agravar ainda mais a situação do

acidentado, onde obteve-se as seguintes opiniões:

Em conformidade, os participantes: C1, C4, C5, C6, C7, C13, C16, C17, C18,

C19, C21, C22, C23, C24, C25, C29, C31, C35, C36, C37, C38, C39, C40

discorreram que, se for um acidente em que a vítima apresente estado de gravidade

ou fraturas no pescoço ou coluna, não se deve mover a vítima do local, deixar que

profissionais capacitados na área realizem o procedimento;

De acordo com o participante C12, deve-se evitar colocar torniquete muito

apertado. O participante C15 discorreu que não se deve mexer no pescoço da

vítima, é preciso imobilizar a região fraturada, usar panos limpos e úmidos para

higienizar os ferimentos e estancar o sangue, procurando movimentar o mínimo

possível com a vítima para não colocar sua saúde em risco.

Segundo C14, C27 explicaram que não se deve deixar o acidentado deitado

de bruços, evitar ficar movimentando, C28, C30, C33 acrescentaram que não se

deve dar água a vítima, e em casos de acidentes envolvendo motos, evitar remover

o capacete. Já os participantes: C3, disseram que não se deve transportar a vítima

sem que haja o mínimo de segurança (equipamentos necessários).

Nota-se que a maioria dos participantes da pesquisa preferem não tocar na

vítima, devido a possíveis gravidades do acidente, preferindo deixar que a equipe de

socorro efetue os procedimentos necessários. Uma questão importante que deve ser

respeitada, já que o movimento de uma pessoa com suspeitas de fratura na coluna

pode lesionar os nervos e incidir na paralisia do corpo e das pernas (KAWAMOTO,

2002, p. 13).

Ao perguntar aos participantes quanto à opinião que eles tinham sobre a

sinalização do local do acidente, percebeu-se que existe uma concordância das

idéias, uma vez que todos conhecem a importância desta ação para alertar outros

condutores que trafegam na área, para evitar que mais acidentes aconteçam no

local e preservar a vítima.

Ao questionar os participantes sobre quais são os aspectos que eles devem

ter em mente ao fazer contato com uma vítima de acidente de trânsito, as respostas

foram:

a) C1, C3, C5, C7, C14, C15, C22, C26 - verificar se a vítima está consciente,

verificar sinais vitais e se tem indícios de hemorragias e fraturas, não tirar do

41

local;

b) C2, C8, C9, C27 - perguntar nome e número de telefone de algum parente

para comunicar o acontecido e encaminhar ao hospital;

c) C4, C10, C30 - sinalizar o local para proteger a vítima e quem está prestando

socorro, identificar a gravidade do fato, aplicar primeiros socorros caso

necessário;

d) C6, C11, C12, C13, C16, C17, C21, C23, C24, C28, C29, C38, C40 – manter

a calma, acalmar a vitima, proteger local, avisar que o socorro está chegando

e não tirar do local, C33 acrescentou ainda que, jamais se deve ultrapassar

os limites, pois o exagero dos procedimentos podem gerar complicações

futuras;

e) C18, C19, C25, C36, C36, C37, C39 – manter a vítima consciente, solicitar

socorro especializado;

f) Para C31, C32, C35, é importante verificar os sinais vitais, identificar se há

fraturas, acionar emergência, entrar em contato com familiares.

g) Já o participante C20 alegou que não têm em mente quais os aspectos

importantes que se deve ter ao fazer contato com uma vítima de acidente de

trânsito.

42

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao findar este estudo, nota-se que os acidentes de trânsito são

acontecimentos que marcam o cotidiano da sociedade e que se originam de

diversos fatores, principalmente questões relacionadas ao psicológico e emocional

que impulsionam os condutores a stress e perda da direção. E como qualquer

pessoa pode se envolver ou presenciar em um fato deste tipo, é sempre bom

possuir conhecimentos de primeiros socorros, mesmo que não seja atuante nesta

área.

Os procedimentos de primeiros socorros são de grande valia na vida da

vítima, pois, muitas pessoas vão a óbito devido a ausência de atendimento imediato,

principalmente em casos onde há presença de fatores de riscos que comprometam

as vias respiratórias, lesões, traumas e parada cardíaca.

A pesquisa identificou que a maior parte dos participantes (82%) são

habilitados para conduzir carros e motos e 20% dos entrevistados já presenciarão

casos de acidentes de trânsitos dos mais diversos tipos e gêneros, onde precisarão

prestar algum tipo de socorro, momento este, onde as noções de primeiro socorros

são de extrema importância. Mesmo nem todos os participantes tendo presenciado

acidentes de trânsito, (80%) desses condutores sabem quais os procedimentos

básicos devem ser aplicados caso precise prestar socorro imediato a uma vítima e

87% sabem o que não se deve fazer ao acidentado para não agravar sua situação

de risco.

Porém, desses condutores, apenas (5%) possuem cursos de primeiro

socorro, devido a atuarem em áreas mais específicas, os demais tem apenas

noções básicas que adquirirão durante o curso para aderir a CNH, que são

baseadas em ensinamentos teóricos fundamentais, não são completos como os

adquiridos nos cursos e treinamentos práticos de capacitação e profissionalização

na área de primeiros socorros.

Vale destacar que estes cursos, não deve ser vistos pela sociedade como um

campo de interesse apenas para profissionais que atuam na área de saúde, tendo

em vista que qualquer pessoa em um momento de sua vida pode carecer destes

conhecimentos em prol da vida.

Mesmo grande parte dos condutores tendo noções básicas de primeiros

43

socorros ainda existe alguns que afirmaram não saber o que se deve fazer ao se

deparar com um acidente, situação esta onde, é mais viável não agir e solicitar ajuda

de equipe profissional e terceiros, pois quando não se sabe o que fazer, é melhor

não mexer para evitar que a vítima sofra complicações futuras.

Portanto, considera-se que este trabalho alcançou seu objetivo proposto,

tendo em vista mais de 80% dos condutores entrevistados possuem noções básicas

de primeiros socorros em acidentes de trânsito, fator que demonstra com clareza o

quanto os conhecimentos de primeiros socorros podem contribuir e ajudar na

tomada de providências adequada para a pessoa que teve qualquer tipo de

ferimento no trânsito.

Mesmo com este índice de pessoas com noções básicas sendo bem elevada,

fica como sugestão que as pessoas que não possuem conhecimentos na prática,

realizem algum curso de aperfeiçoamento direcionado a primeiros socorros, pois, em

qualquer momento da vida podem se deparar com acidentes de trânsito ou de outra

natureza, onde necessite colocar em prática suas habilidades para salvar uma vida,

habilidades estas que não se adquire apenas na teoria em cursos para tirar ou

renovar a CNH, mas por meio de treinamento prático.

Diante do fato apurado nesta bibliografia, confirma-se a relevância dos

condutores e demais pessoas da sociedade buscar elevar seus conhecimentos e

habilidades de primeiros socorros a vitimas de acidentes de trânsito, procurando

fazer cursos básicos na prática sobre noções de primeiros socorros. Outra ponto

interessante que deveria ser aderido pelas instituições de ensino, é aderir a idéia de

inserir a matéria de primeiros socorros em sua grade de ensino fundamental, uma

vez que a vida humana deve ser vista como um interesse social, onde todos estão

envolvidos. E que as autoridades e Departamentos de Trânsito passem a realizar

conscientização de Trânsito a sociedade em geral, inserindo nos cursos para aderir

a CNH, aulas práticas, não apenas fundamentações teóricas, com intuito de

minimizar o índice de acidentes nas Rodovias.

Sendo assim, conclui-se que esta temática contribui com grande êxito para o

alcance dos objetivos propostos, elevando o conhecimento e profissionalismo,

titulados na grade curricular acadêmica.

E por considerar este assunto de suma importância a toda sociedade, o

mesmo não deve se esgotar por aqui, ficando como proposta para estudos futuros

44

mais abrangentes direcionados a investigar os recursos viabilizados pelos órgãos

públicos em prol da conscientização de trânsito a sociedade.

45

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49

APÊNDICE

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

ENTREVISTADO(A) N°: _____ DATA: ____/____/_____

1. Sexo: ( ) F ( ) M

2. Idade: ( ) 18 A 25 ( ) 26 A 35 ( ) 36 A 45 ( ) 46 A 55 ( ) Acima de 55 3. A quanto tempo retirou sua CNH?

( ) 1 ano ( ) de 2 a 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) 11 a 20 anos ( ) mais de 20 anos

4. Qual o tipo? ( ) A ( ) B ( ) AB ( ) C ( ) D ( ) E

5. Você possui curso profissionalizante de primeiros socorros?

( ) sim ( ) não 6. Você já presenciou algum acidente de trânsito onde precisou prestar socorro?

( ) sim ( ) não

Caso sim, cite exemplos: ______________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

7. Acidentes de trânsito podem acontecer com todos. Mas poucos sabem como agir na hora que eles acontecem. Diante disto, você possui informações básicas sobre o que fazer nas situações de acidente.?

( ) sim ( ) não

Caso sim, cite exemplos: ______________________________________________

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 8. Você só quer ajudar, mas muitos são os procedimentos que podem agravar a situação das vítimas. Portanto, você sabe o que não deve fazer com uma vítima de

acidente, para não trazer complicações?

( ) sim ( ) não Caso sim, cite exemplos: ______________________________________________

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

8. Por que devemos sinalizar o local de um acidente? R- _________________________________________________________________

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

50

10. Em sua opinião, quais são os aspectos que você deve ter em mente ao fazer

contato com a vítima? R- _________________________________________________________________

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

FONTE: ABRAMET. Noções de Primeiros Socorros no Trânsito. São Paulo: ABRAMET – 2005.

Disponível em: http://www.detran.ro.gov.br/wp-content/plugins/downloads-manager/upload/ NOCOES_1_SOCORROS+e+detran.pdf. Acesso em: 10. jun. 2013.

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ANEXO

AVALIAÇÃO DA VÍTIMA

A avaliação da vítima segue a seqüência alfabética (A, B, C, D e E) que aborda procedimentos para avaliar rapidamente o acidentado, identificando e tratando os traumas que põem em risco sua vida.

A Liberar as vias aéreas • Elevação do queixo • Tração da mandíbula Imobilizar coluna cervical • Colar cervical

B Verificar a respiração (ver, ouvir e sentir) • Caso haja ausência dos movimentos respiratórios, iniciar respiração artificial.

C Verificar circulação • Pulsação (se ausente aplicar a RCP) • Perfusão capilar periférica • Hemorragia • Estado de Choque

D Avaliar nível de consciência • A – alerta • C – confuso • D – dor • N – nenhum

E Exposição da vítima • Vitima consciente • Exame da cabeça aos pés

Fonte: DETRAN-GO (2005, p. 15).

52

53