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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
GESTÃO DE PESSOAS
Aluno Ivan da Silva Santos Orientadora Prof. Ana Paula Ribeiro
Rio de Janeiro 2010
2
Ivan da Silva Santos
Gestão de Pessoas
Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes - Instituto
a Vez do Mestre para a aprovação no curso de Pós-Graduação em Administração em Saúde sob a orientação da
Prof. Ana Paula Ribeiro.
Rio de Janeiro 2010
3
Agradecimento
Em primeiro lugar, agradeço a Deus. E aos meus orixás Xangô e Oxum, sempre presentes em minha vida, sem os quais nada teria feito. A minha esposa Lena e filhos, que sempre me
apoiaram e incentivaram a estudar para alcançar os objetivos e atingir as metas estabelecidas com sucesso
Rio de Janeiro 2010
4
Dedicatória
Essa conquista não é minha, é nossa. Dedico á você minha querida esposa Lena, que sempre contribuiu agregando
valores ao nosso sucesso. Ivan Santos
Rio de Janeiro 2010
5
RESUMO
Para transformar um grupo de trabalho numa equipe altamente eficaz precisamos
tratar os sentimentos: de medo da perda da estrutura anterior; medo à mudança e
insegurança e resistência às novas aprendizagens.
A liderança tem a função de gerar benefícios significativos na vida de cada
indivíduo, se multiplicando na equipe. O líder tem a função de agregar valores
buscando performances diferenciadas em suas equipes com exemplo, dedicação e
resultados. A liderança é resultado comum entre as partes; é uma situação em que
se evidencia o comprometimento em busca do momento mágico da performance e
resultado final.
Palavras chaves: líder, motivação, eficiência, eficácia, efetividade
6
METODOLOGIA
A garantia de nos tornamos invencíveis está em nossas próprias mãos(...) conhecer os meios que assegura a
vitória não significa obtê-la. (Sun Tsu) A metodologia utilizada para a realização desde trabalho, foi embasada no
levantamento de dados teóricos focados em uma pesquisa bibliográfica com métodos
qualitativos.
Manter a qualidade de uma pesquisa e desenvolver um trabalho com eficiência, o
educando deve buscar orientações bibliográficas com conteúdo de qualidade, ou seja, de
grandes escritores que têm a arte de elucidar as dúvidas e a sensibilidade em
compartilhar seus conhecimentos, enriquecendo o cognitivo do aluno.
7
Sumário
Introdução 08
Capítulo I 10
Transformar Grupo em Equipe
Capítulo II 19
Otimização de Resultados
Capítulo III 29
Gestão de Pessoas na Administração Hospitalar
Capítulo IV 33
Estruturar Uma Equipe em uma Instituição Hospitalar
Direcionada a Administração.
Conclusão 37
Anexo 41
8 INTRODUÇÃO
O termo liderança apareceu, segundo Stogdill (1974), por volta do ano 1300
da era cristã, embora venha sendo utilizado há aproximadamente duzentos anos na
língua inglesa. Embora seja essa a história do aparecimento do termo, sabe-se que
a preocupação com aquilo que poderia dar a uma pessoa o condão de ser seguida
por outras ser tão antiga quanto a história escrita.
O assunto gestão de pessoas é bastante complexo. Hoje, cada vez mais, as
organizações acreditam e investem na gestão de pessoas.
O diferencial competitivo está no capital intelectual, e na capacidade que a
organização tem de possuir profissionais competentes. com conhecimento, e
equilíbrio emocional.
Para transformar um grupo de trabalho numa equipe altamente eficaz
precisamos tratar os sentimentos: de medo da perda da estrutura anterior; medo à
mudança e insegurança e resistência às novas aprendizagens.
A convivência é tão importante quanto a realização da tarefa, pois é ela quem
dá significado à nossa existência.
Enfim, como estamos atuando no ramo de relacionamento, e as pessoas são
o ativo mais valioso de uma organização, a motivação, lealdade, esforço conjunto
são essenciais para o sucesso de nossos negócios.
Uma equipe coesa tem grandes possibilidades de atingir resultados positivos.
Porém, esse atributo é o básico que pode qualificar uma equipe para conseguir o
objetivo final. A qualificação da equipe é mensurada pelo desempenho de cada
componente desse elenco. O líder, deve conhecer os pontos fortes e os pontos
fracos de cada colaborador e, desenvolver um programa específico de capacitação,
qualificação, potencialização, interação, treinar, orientar e supervisionar a evolução
de cada componente da equipe.
Uma equipe deve ser integrada e conhecer todas as etapas do processo de
9 trabalho e, utilizar o cognitivo com eficiência para alcançar a eficácia e manter a
efetividade.
O conhecimento mútuo dos principais aspectos que influencia o jeito de ser e
de agir tais como a filosofia, crenças, valores, visões, interesses, competências,
posturas, perspectivas, tendências, poderão ser de grande valia para facilitar à
decisão e propiciar um relacionamento maduro, alinhado e comprometido. A não
valorização deste conhecimento certamente refletirá negativamente no dia-a-dia da
vida profissional.
Aqueles que lideram com dominância de influência contribuem para que sua
equipe atinja os objetivos. Pessoas com talentos nesta dimensão, estarão sempre
disseminando as idéias da equipe dentro e fora da organização. Quando se
necessário alguém para assumir o controle, verbalizar idéias, e garantir que sua
equipe seja ouvida, opte por alguém com talento de influenciar.
As situações e os grupos variam; os líderes, também. Por isso, é bastante
comum que o sucesso do líder e dos seus seguidores esteja diretamente
relacionado ao estilo de liderança empregada.
O gerente que não consegue se auto-motivar não tem a menor chance de ser
capaz de motivar os outros.
O clima organizacional é o relacionamento entre pessoas e organização. O
engajamento das pessoas no processo de ajustamento é contínuo a uma variedade
de situações no sentido de satisfazer suas necessidades fisiológicas, de segurança,
“as chamadas necessidades vegetativas”, sociais, estimas e auto-realização , “as
chamadas necessidades superiores” e manter certo equilíbrio individua.
O maior mérito do Planejamento estratégico está no alinhamento corporativo
que o processo conduz na empresa, na sua capacidade de transformar intenções
estratégicas em ações efetivas. O Planejamento estratégico deve conjugar a
intenção da mudança, as ações tempestivas e alinhamento e a monitoração
constante.
10
Capítulo I
TRANSFORMAR GRUPO EM EQUIPE.
Para transformar um grupo de trabalho numa equipe altamente eficaz
precisamos tratar os sentimentos: de medo da perda da estrutura anterior; medo à
mudança e insegurança e resistência às novas aprendizagens.
A convivência é tão importante quanto a realização da tarefa, pois é ela quem
dá significado à nossa existência.
Enfim, como estamos atuando no ramo de relacionamento, e as pessoas são
o ativo mais valioso de uma organização, a motivação, lealdade, esforço conjunto
são essenciais para o sucesso de nossos negócios
A Influência do Líder
O líder pode utilizar o diálogo, a troca de idéias, ou impôr sua vontade, o
estilo de liderança depende da forma como o líder pratica a influência.
Aqueles que lideram com dominância de influência contribuem para que sua
equipe atinja os objetivos. Pessoas com talentos nesta dimensão, estarão sempre
disseminando as idéias da equipe dentro e fora da organização. Quando se
necessário alguém para assumir o controle, verbalizar idéias, e garantir que sua
equipe seja ouvida, opte por alguém com talento de influenciar.
Para Luiz Almeida Marins Filho. Os 12 maiores atributos da liderança.
www.guiarh.com.br . 1-3 p., acessado em 06/11/2009.
11 DISPOSIÃO PARA TENTAR O QUE NÃO FOI TENTADO ANTES
Nenhum empregado deseja ser guiado por um administrador a quem falte
coragem e autoconfiança. É o estilo de liderança positiva aquele eu ousa nas tarefas
e se vale de oportunidade não tentada anteriormente. Contudo, ao liderar pelo
exemplo, manterá a motivação da equipe.
AUTO MOTIVAÇÃO
O gerente que não consegue se auto-motivar não tem a menor chance de ser
capaz de motivar os outros.
UMA PERCEPÇÃO AGUDA DO QUE É JUSTO
Esta é uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da
equipe, o gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança
segundo o qual todos são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação
de segurança. Isso é extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento.
PLANOS DEFINIDOS
O líder motivado sempre tem objetivos claros e definidos e planejou a
realização de seus objetivos. Ele planeja o trabalho e depois. Ele planeja o trabalho
e depois trabalha o seu plano com participação de seus subordinados.
PERSEVERANÇA NAS DECISÕES
O gerente que vacila no processo decisório mostra que não está certo de si
mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes
considerações preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a possibilidade
de a decisão que está tomada vir a se revelar errada.
Muitas pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto
não diminui o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um
12 gerente pode tomar decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua
convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto,
reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal tem força para sustentar aquela
decisão junto com o gerente.
O HÁBITO DE FAZER MAIS DO QUE AQUILO PELO QUAL É PAGO
Um dos ônus da liderança é a disposição para fazer mais do que é exigido do
pessoal. O gerente que chega antes dos empregados e que deixa o serviço depois
deles é um exemplo deste atributo de liderança.
UMA PERSONALIDADE POSITIVA
As pessoas respeitam tal qualidade. Ela inspira confiança e também constrói
e mantém uma equipe com entusiasmo.
EMPATIA
O líder de sucesso deve possuir capacidade de colocar-se no lugar de seu
pessoal, de ser capaz de ver o mundo pelo lado das outras pessoas. Ele não precisa
concordar com essa visão, mas deve ser capaz de entender como as pessoas se
sentem e compreender seus pontos de vista.
DOMÍNIO DOS DETALHES
O líder bem sucedido endente e executa cada detalhe do seu trabalho e, é
evidente, dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades
inerentes à sua posição.
DISPOSIÇÃO PARA ASSUMIR PLENA RESPONSABILIDADE
Outros ônus da liderança é assumir responsabilidade pelos erros de seus
seguidores. Caso um subalterno cometa um erro, talvez por incompetência, o líder
deve considerar que foi ele quem falhou. Se o líder tentar mudar a direção dessa
13 responsabilidade, não continuará liderando e dará insegurança a seus seguidores. O
clichê do líder é: “A responsabilidade é minha”.
DUPLICAÇÃO
O líder de sucesso está sempre procurando maneiras de espalhar suas
habilidades em outras pessoas. Dessa forma ele faz os outros evoluírem e é capaz
de “estar em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo”.
Talvez este seja um dos atributos de um líder: ser capaz de desenvolver
outros líderes. Pode-se julgar um líder pelo número de pessoas em que ele refletiu
os seus talentos e fez evoluir.
UMA PROFUNDA CRENÇA EM SEUS PRINCÍPIOS
A expressão “A menos que trabalhemos por alguma causa, nos
deixaremos levar por qualquer causa” resume bem a importância de ter-se uma
causa pela qual valha a pena viver e trabalhar. Nada cuja aquisição tenha valor é
muito fácil. O líder de sucesso tem a determinação de atingir objetivos não
importando os obstáculos que surjam pelo caminho. Ele acredita no que está
fazendo com a determinação de trabalhar por sua realização.
Lacombe (2003) os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder, que
pode ser o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder de
referência, em função das qualidades e do carisma do líder e poder do saber,
exercido graças a conhecimentos que o líder detém.
Dentro desta dimensão, um líder com Positivity e Harmonia pode se
empenhar em minimizar distração e em manter a energia coletiva da equipe em alta.
Por outro lado, um líder com forte talento de individualização pode usar uma
abordagem mais focada no desenvolvimento das pessoas.
A liderança tem a função de gerar benefícios significativos na vida de cada
indivíduo, se multiplicando na equipe. O líder tem a função de agregar valores
buscando performances diferenciadas em suas equipes com exemplo, dedicação e
resultados. A liderança é resultado comum entre as partes; é uma situação em que
se evidencia o comprometimento em busca do momento mágico da performance e
14 resultado final.
O verdadeiro líder precisa “gostar de gente”, já que ele tem que fazer as
pessoas refletirem e participarem, mostrando uma única direção entre as áreas, e
mostrar as conseqüências daquilo que estão planejando.
Chiavenato (1993) se a liderança é uma influência interpessoal, convém
explicar o que significa influência. A influência é uma força psicológica, “uma
transação interpessoal na qual uma pessoa age de modo a modificar o
comportamento de uma outra, de algum modo intencional. Geralmente, a influência
envolve conceitos como poder e autoridade, abrangendo todas as maneiras pelas
quais se introduzem mudanças no comportamento de pessoas ou de grupos de
pessoas.
Em ultima análise, a capacidade de um líder de mobilizar seus colegas
preside tanto em seu entendimento de si mesmo quanto em seu entendimento das
necessidade e desejos de seus colegas, juntamente com aquilo que Hesselben
chamou de missão. Neste tipo de líder, competência, visão e virtude coexistem em
equilíbrio quase perfeito. Virtude sem visão e conhecimento gera ideólogo. Visão
sem virtude e conhecimento gera demagogo. (BENNIS, 1996, p.122).
Segundo Stephen (2002) existem três categorias básicas de influencia: o
servir de modelo através de exemplo (os outros vêem), estabelecer relações
humanitárias (os outros sentem), orientar através de instrução (os outros ouvem).
A liderança bem desenvolvida consegue transformar o clima organizacional,
deixando o ambiente mais produtivo. O verdadeiro líder tira proveito dessa
ferramenta para motivar e influenciar os seus liderados conseguindo atingir o melhor
resultado, obtendo satisfação plena, fazendo com que seus liderados estejam
sempre satisfeito com o clima organizacional, transformando o seu jeito de liderar
em uma liderança do servir, onde busca atender as reais necessidades de seus
liderados.
15 Estilo de Liderança
A abordagem dos estilos de liderança se refere aquilo que o líder faz, isto é, o
seu estilo de comportamento para liderar.
As situações e os grupos variam; os líderes, também. Por isso, é bastante
comum que o sucesso do líder e dos seus seguidores esteja diretamente
relacionado ao estilo de liderança empregada.
1 – Estilo autocrático:
Nesse estilo, o líder determina as idéias e o que será executado pelo gripo;
isso implica a obediência dos demais dos demais. Seu estilo autocrático é o mais
antigo. Sua origem remonta à Pré-história, quando os primeiros agrupamentos
humanos se organizaram e surgiram os primeiro chefes.
2 – Estilo democrático:
O estilo democrático foi inspirado, principalmente, com idéias desenvolvidas
na Grécia Antiga. Nesse Estilo de liderança, não apenas a pessoa do líder, mas todo
o grupo é considerado o centro das decisões. Isso não significa que, na liderança
democrática papel do líder perca sua importância, pois é exatamente aí que ele fica
bem caracterizado, distinguindo-se da funções de simples chefia e ganhando um
sentido mais profundo.
3 – Estilo situacional:
O conceito de liderança situacional baseia-se no princípio de que o estilo de
liderança a ser utilizado deve depender mais da situação do que da personalidade
do líder. Refere-se à escolha do estilo de atuação a ser empregado pelo líder em
face das diferentes situações por ele detectadas. Para os grupos pressupostos da
liderança situacional, não há um estilo de liderança melhor do que outro, de forma a
produzir sempre os melhores resultados, e sim um estilo mais adequado aocada
situação.
16 Chiavenato (2000) a principal teoria que explica a liderança por meio de estilo
de comportamento, sem se preocupar com características de personalidade é a que
se refere a três estilos de liderança: autocrata, liberal e democrática.
As razões pelas quais os seguidores seguem um líder são diversas e
complexas, mas podem ser examinadas sob três perspectivas, cada uma com
diferentes raízes motivadoras e psicológicas.
Em uma instância os seguidores seguem por medo eles temem o que lhes
possa acontecer se não fizerem o que lhes é determinado. Isso pode ser chamado
de poder coercitivo.
Uma segundo instância de reação sugere que os seguidores seguem devido
aos benefícios a serem obtidos e se o fizerem. A isso pode-se dar o nome de poder
da utilidade.
Uma terceira instância de resposta difere em espécie e grau das outras duas,
e se baseia no poder que alguma pessoa tem sobre as oura, porque as outras
acreditam nelas e no que elas procuram realizar. Possuem a confiança das pessoas,
são respeitadas e honradas. São seguidas porque as pessoas desejam segui-las,
desejam acreditar nelas e em sua causa, desejam fazer o que o líder quer. Isso não
significa fé cega, obediência irracional ou servidão robótica. Isso é, compromisso
esclarecido, sincero e espontâneo. Isso é o poder baseado em princípios.(...). Para
Stephen o verdadeiro poder de liderança origina de um caráter honrável e de
exercício de determinados instrumentos de poder e de princípios mas, a maiorias
das discussões sobre liderança se concentra em teorias genéticas do “grande
homem,” teorias de “traços caraterísticos” da personalidade ou teorias de “estilo”
comportamental. Essas teorias têm tido mais valor explicativo do que profético. Elas
podem explicar porque um determinado líder surgiu e sobreviveu, mas não nos
auxiliam no sentido de prover futuros líderes, nem no de cultivar a capacidade de
liderança. (STEPHEN, 2002, p.84)
Liderança e Motivação
Durante muito tempo, e ainda na era de Taylor e Fayol, poucos ouvia falar em
liderança. Os termos mais utilizados eram “chefia”, hierarquia, subordinação, poder.
Atualmente, o foco no se humano tem mudado o conceito de liderança, muito
17 confundido com chefia. A Gestão de Pessoas vem galgando espaço nas
organizações, mudando o rumo da Administração, passando a valorizar as pessoas
que trabalham nela, “liderança não é para qualquer um, pois exige, entre outras
coisas, uma enorme integridade pessoal. Integridade tem custo. Um custo que, é
muitas vezes insuportável para as pessoas “comuns”. É por isso que chefes são
comuns, líderes são raros.
A motivação, refere-se a um conjunto de ações relacionadas a resultados
positivos, direcionadas ao objetivo final. A motivação, procura explicar porque as
pessoas se comportam. Vimos que a administração científica de Taylor e de seus
seguidores baseava-se na concepção do humo e economicus, segundo a qual o
comportamento do homem é motivado exclusivamente pela busca do dinheiro e
pelas recompensas salariais e materiais do trabalho. Assim sendo, toda a
abordagem clássica da administração se alicerçava nessa teoria da motivação. A
compreensão da motivação do comportamento exige o conhecimento das
necessidades humanas. A teoria das relações humanas constatava a existência de
certas necessidades humanas fundamentadas. Verificou-se que o comportamento
humano é determinado por causas que, às vezes, escapam ao próprio entendimento
e controle do homem. Essas causas se chamam necessidades ou motivos. São
forças conscientes ou inconscientes que levam o indivíduo a um determinado
comportamento. A motivação se refere ao comportamento, que é causado por
necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido aos objetivos que podem
satisfazer essas necessidades. (CHIAVENATO, 1999, p.159).
CHIAVENATO (1989) diz que a motivação é um aspecto cognitivo, ou seja,
aquilo que as pessoas sabem sobre si mesma e sobre o ambiente em que vivem,
bem como seus valores pessoais e necessidades.
É preciso entender e avaliar a pressão existente em cargos de gerência, em
relação ao clima organizacional, principalmente no que se refere a motivação dos
liderados. Para tanto, parte-se da afirmativa de que o gestor também é um ser
humano, que tem expectativas, sonhos, problemas, enfim, ele também precisa de
apoio. Assim, pode-se dizer que um líder que não está motivado, dificilmente
motivará alguém. Manter a motivação é uma virtude, enquanto se vê sentido naquilo
que está fazendo.
Convém refletir sobre a motivação do líder para evitar que se eleja qualquer um
deles para postos que na realidade não tenham sentido. Mais do que se pensa, o
18 líder é autônomo e tem, dentro de si, a energia para mover-se sozinho, sem que
nada fora dele pressione a isso.
Os verdadeiros líderes não sejam capazes de criar motivação do nada. Eles
liberam ou canalizam motivos existentes. Qualquer grupo tem um grande
emaranhado de motivos. Os líderes eficazes conseguem estimular aqueles que
servem aos propósitos da ação coletiva na busca de objetivos compartilhados. Eles
naturalmente, são capazes de alinhar os objetivos individuais aos objetivos grupais.
Conseguem também intervir em circunstâncias que com maior freqüência possam
pedir os membros do grupo a dar o melhor dos seus esforços. Com isso conseguem
criar “um clima no qual existe orgulho de dar contribuições significativas a objetivos
comuns”. Isso não requer esforço adicional, pois faz parte da sua própria maneira
pessoal de ser.
Com o passar do tempo, começa-se a perceber que o seguidor não é tão
passivo à ação do líder como até então pensava. Dentro de uma nova maneira de
procurar entender o vínculo entre líder e seu seguidor, passa-se a procurar estudar
como ocorre o processo de integração que envolve, sobretudo, trocas sociais. Os
líderes são então visto como alguém que pode trazer benefícios não somente para a
equipe em geral, mas também para cada membro dessa equipe em particular. É ele
a quem cabe nascer desse intercâmbio o valor que seus seguidores lhe atribuem.
Quando cada membro de uma equipe percebe seu líder de maneira positiva, haverá
uma tendência natural em devolver ao líder seu conhecimento e aceitação como
forma de lhe conferir autoridade da qual necessita para desempenhar seu papel de
dirigir pessoas. (GARDNER, 1990, p. 30).
Conforme o próprio Burns propõe, apontando que é devido ao fato de terem
os líderes que estar perseguindo sempre a auto-realização dos seus seguidores ao
mesmo tempo que desempenham o papel de favorecer a transformação das
necessidades deles na esperança positiva e aspirações, a sensibilidade que precisa
ter para não cair numa conduta manipuladora, mas conviver produtivamente com
seus seguidores, parece ser indispensável.
Esse novo enfoque foi marcantemente importante, porque levou a perceber
que não é a força da autoridade que os chefes, no geral, possuem por causa de sua
posição privilegiada no organograma da organização, aquilo que dá a ele a eficácia
em dirigir pessoas, mas a percepção positiva desses seguidores é que autoriza o
líder a agir como tal. Essa autorização é sacramentada, principalmente quando ele é
19 espontaneamente escolhido por eleição dos membros da equipe. A posição formal
não garante a ninguém desempenho de verdadeiro líder. Não se pode confundir o
cargo com o desempenho de quem ocupa. (BURNS, 1978, p.117).
Capítulo II OTIMIZAÇÃO DE RESULTADOS Planejamento Estratégico O Planejamento visa sensibilizar os empregos em relação ao processo corporativo,
enfatizando sua importância para o alcance de resultados, gerando comprometimento,
envolvimento e compromisso mútuo. O maior mérito do Planejamento estratégico está no
alinhamento corporativo que o processo conduz na empresa, na sua capacidade de
transformar intenções estratégicas em ações efetivas. O Planejamento estratégico deve
conjugar a intenção da mudança, as ações tempestivas e alinhamento e a monitoração
constante.
Segundo Chiavenato (1999) A metodologia estabelece um sistema de
gerenciamento que visa ao cumprimento da missão e da estratégia da organização em
um conjunto compreensível e medidas de desempenho. Propicia um estrutura de
mensuração eficiente, que ajuda a Empresa a traduzir estratégias em objetivos
operacionais. Destaca ainda a participação de cada indivíduo no contexto empresarial,
identificando sua responsabilidade e contribuição para o alcance das metas empresariais.
Os planos estratégicos impulsionam os esforços da equipe em atingir seus
objetivos. São objetivos direcionados e claramente definidos. Cada colaborador deve
saber o que fazer, como fazer e porque fazer e conhecer bem sua função na equipe. O
conhecimento é a mistura da experiência condensada, dos valores e de informações
contextuais de uma pessoa para outras pessoas.
A estratégia exige mudanças em todas as partes da organização. A implementação
da estratégia requer atenção e foco contínuo nas iniciativas e na execução das
mudanças. Se as pessoas do topo não atuarem como líderes vibrantes do processo, as
mudanças não ocorrem e a estratégia não será implementada.
As interações sociais começam com o indivíduo e permitem intercambiar e
expandir o conhecimento dentro da organização. Contudo o conhecimento organizacional
20 é muito mais dinâmico que o conhecimento individual em razão do impulso que recebe
das demais variadas forças. A criação do conhecimento organizacional ocorre em um
processo em que a organização facilita e amplifica o conhecimento criado pelos
indivíduos e o cristaliza como parte de uma rede de conhecimentos da organização. Isso
é primordial em uma era de incerteza e mudança em que todas as pessoas devem
reeducar-se continuamente, inclusive esquecendo algo que aprenderam, mas sempre
ampliando o seu nível de conhecimento, para terem condições de se sustentarem nos
seus empregos.
O planejamento estratégico, privilegia como objetivo fundamental a otimização de
resultados finais da empresa, através de suas intervenções e da qualidade dos talentos
que a compõe. (CHIAVENATO, 2002, p. 522)
Segundo Vergara (2003) As pessoas que participam de gestão estratégica de uma
organização, devem ser consultadas, sobre as mudanças que poderiam ser promovidas,
essas pessoas são consideradas o coração da organização. São elas que conhecem
realmente os problemas que começam na parte operacional de uma empresa. Por outro
lado, além de terem cérebro e coração, as pessoas têm sentimento, o que tem de ser
muito respeitado, pois só serão alcançados objetivos estratégicos através de uma ponte
que uma as metas de organização com os objetivos de cada uma das pessoas
envolvidas no processo. Na implantação de ações estratégica, é importante levar as
pessoas a colaborarem com este processo ( pois do contrário elas resistirão), e procura
também perceber o impacto que essa mudança ocasionará na vida de cada uma dela.
A comunicação é um fator fundamental no plano estratégico. As pessoas se
relacionam continuamente com as outras ou com seus ambientes por meio da
comunicação.
Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para
outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão de uma pessoa para
outra. É a maneira de se relacionar com outras pessoas através de idéias, fatos,
pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga as pessoas para que
compartilhem sentimentos e conhecimentos. A comunicação envolve transações entre as
pessoas. Toda comunicação envolve pelo menos duas pessoas: a que envia uma
mensagem e a que recebe. Uma pessoa sozinha não pode comunicar-se, pois somente
com outras pessoas receptoras é que pode completar o ato da comunicação. Entretanto,
21 as organizações não podem existir nem operar sem comunicação; esta é a rede que
integra e coordena todas as suas partes.
Existem três conceitos preliminares que são importantes para a perfeita
compreensão da comunicação: dados, informação e comunicação.
Dado: é um registro de determinado evento ou ocorrência. Um banco de dados,
por exemplo, é um meio de acumular e armazenar conjuntos de dados para serem
posteriormente combinados e processados. Quando um conjunto de dados possui um
significado (um conjunto de números ao formar uma data ou um conjunto de letras ao
formar uma frase), temos uma informação.
Informação: é um conjunto de dados com determinado significado, ou seja, que
reduz a incerteza a respeito de algo ou que permite o conhecimento a respeito de algo. O
conceito de informação, tanto do ponto de vista popular como do ponto de vista científico,
envolve um processo de redução de incerteza.
Comunicação: é quando uma informação é transmitida a alguém, sendo então
compartilhada também por esse alguém. Para que haja comunicação, é necessário que o
destinatário da informação a receba e a compreenda. A informação simplesmente
transmitida, mas não recebida, não foi comunicada. Comunicar significa tornar comum a
uma ou mais pessoas determinada informação.
A comunicação constitui um processo composto de cinco elementos fundamentais a
saber:
Emissor ou fonte: é a pessoa, coisa que emite a mensagem para alguém, isto é,
para o destino. É a fonte de comunicação.
Transmissor ou codificador: é o equipamento que liga a fonte ao canal, isto é
que codifica a mensagem emitida pela fonte para torná-la adequada e disponível ao
canal.
Canal: é a parte do sistema que separa a fonte do destino, que estão fisicamente
próximo ou distante.
22 Receptor ou decodificador: é o equipamento situado entre o canal e o destino,
isto é, que decodifica a mensagem para torná-la compreensível ao destino.
Destino: é a pessoa, coisa ou processo para o qual a mensagem é enviada. É o
destinatário da comunicação.
Como o processo de comunicação funciona como um sistema aberto, é comum
ocorrer certa quantidade de ruído. Ruído significa uma perturbação indesejável que tende
a deturpar, distorcer ou alterar, de maneira imprevisível, a mensagem transmitida.
Geralmente, dá-se o nome de ruído a alguma perturbação interna do sistema, enquanto
se dá o nome de interferência a alguma perturbação externa vinda do ambiente.(...) A
comunicação somente se efetiva quando o destino interpreta e compreende a mensagem.
Isto significa que a comunicação é um processo de mão dupla e envolve necessariamente
retroação.(...) O processo de receber e utilizar informações é justamente o mesmo
processo de ajustamento do indivíduo à realidade e o que lhe permite a viver e sobreviver
no ambiente que o rodeia.(...) O conceito de comunicação está sujeito a algumas
complicações adicionais quando se trata de comunicação humana. É que cada pessoa
tem seu próprio sistema cognitivo, suas percepções, seus valores pessoais e suas
motivações, constituindo um padrão pessoal de referência que torna bastante pessoal e
singular sua interpretação das coisas. Esse padrão pessoal de referência age como um
filtro codificador, de modo a condicionar a aceitação e o processamento de qualquer
informação. Esse filtro seleciona e rejeita toda a informação não ajustada (dissonante) a
esse sistema ou que possa ameaçá-lo. Há uma codificação perceptiva (percepção
seletiva) que atua como mecanismo de defesa, bloqueando informações não desejadas
ou não relevantes. Essa defesa pode prejudicar tanto envio como a recepção de
informação ou mesmo obliterar a retroação de informação. São as lentes através das
quais as pessoas vêem seu mundo exterior e o interpretam a sua maneira. Assim, existe
uma forte relação entre cognição, percepção e motivação. Aquilo que duas pessoas
comunicam entre si é determinado pela percepção de si mesmas e da outra pessoa na
situação. A idéia comunicada é intimamente relacionada com as percepções e motivações
tanto da fonte (emissor) como do destinado, dentro de determinado contexto situacional.
Assim cada pessoa desenvolve seu próprio conjunto de conceito para interpretar o
ambiente externo e interno e para organizar suas múltiplas experiências de vida cotidiana.
Os padrões pessoais de referência são importantes para o entendimento do processo de
comunicação humana. Existe uma relação entre cognição, percepção, motivação e
23 comunicação. Aquilo que duas pessoas comunicam é determinado pela percepção de si
mesmas e de outra pessoa na situação, graças a seus diferentes sistemas cognitivos e
sua motivação naquele momento. A idéia ou e mensagem comunicada é intimamente
relacionada com as percepções e motivações tanto do emissor como do destinatário,
dentro do contexto ambiental que os envolve. (CHIAVENATO, 2002, p.96. p.97. p.98.
p.99)
Capacitar, Motivar e Qualificar uma Equipe
Uma equipe coesa tem grandes possibilidades de atingir resultados positivos.
Porém, esse atributo é o básico que pode qualificar uma equipe para conseguir o objetivo
final. A qualificação da equipe é mensurada pelo desempenho de cada componente desse
elenco. O líder, deve conhecer os pontos fortes e os pontos fracos de cada colaborador e,
desenvolver um programa específico de capacitação, qualificação, potencialização,
interação, treinar, orientar e supervisionar a evolução de cada componente da equipe.
Treinamento é o processo educacional de curto prazo aplicado de maneira
sistemática e organizada, através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes
e habilidades em função de objetivos definidos. O treinamento envolve a transmissão de
conhecimentos específicos relativos ao trabalho, atitudes frente a aspectos da
organização, da tarefa e do ambiente, e desenvolvimento de habilidades. Qualquer
tarefa, seja complexa ou simples, envolve necessariamente estes três aspectos. Neste
sentido, o treinamento não é uma despesa mas um investimento cujo retorno é altamente
compensador para a organização. (...) O conteúdo do treinamento pode envolver quatro
tipos de mudança de comportamento, a saber:
Transmissão de informações: o elemento essencial em muitos programas de
treinamento é o conteúdo: repartir informações entre os treinados como um corpo de
conhecimentos. Normalmente, as informações são genéricas, de preferência sobre o
trabalho como informações sobre a empresa, seus produtos e serviços, sua organização
e políticas, regras e regulamento etc. Pode envolver também transação de novos
conhecimentos.
Desenvolvimento de habilidade: principalmente as habilidades, destrezas e
24 conhecimentos diretamente relacionados como desempenho do cargo atual ou possíveis
ocupações a serem executadas.
Desenvolvimento ou modificação de atitudes: geralmente mudanças de atitudes
negativas para atitudes mais favoráveis entre os trabalhadores, aumento da motivação,
desenvolvimento da sensibilidade do pessoal de gerência e de supervisão quanto aos
sentimentos e reações das pessoas. Pode envolver aquisição de novos hábitos e atitudes,
principalmente em relação a clientes ou usuários ( como é o caso de treinamento de
vendedores, de balconistas etc.) ou técnicos de vendas.
Desenvolvimento de conceitos: o treinamento pode ser conduzido no sentido de
elevar o nível de abstração e concepção de idéias e de filosofias, seja para facilitar a
aplicação de conceitos na prática administrativa, seja para elevar o nível de generalização
desenvolvendo gerentes que possam pensar em termos globais e amplos.
Esses quatro tipos de conteúdo do treinamento podem ser utilizados separada ou
conjuntamente. (CHIAVENATO, 2002, p.497. p.498.)
Os colaboradores na execução de suas tarefas, passam por uma avaliação que
constitui identificar as dificuldades e o desempenho de suas atribuições, como forma da
organização detectar as habilidades de cada membro e as dificuldades no
desenvolvimento das suas habilidades.
Avaliação de desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada
pessoa no cargo e o seu potencial de desenvolvimento no futuro. Toda avaliação é o
processo para estimular ou julgar o valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa.
Além do mais, a avaliação do desempenho constitui uma técnica de direção
imprevisível na atividade administrativa. É um meio através do qual se pode localizar
problemas de supervisão de pessoal, de integração do empregado a organização ou
cargo que ocupa, de dissonância, de desaproveitamento de empregados com potencial
mais elevado do que aquele que é exigido pelo cargo, ou motivação etc. De acordo com
os tipos de problemas identificados, a avaliação do desempenho pode colaborar na
definição e no desenvolvimento de uma política adequada de RH as necessidades da
organização. (CHIAVENATO, 2004, p.325. p.326).
O líder, deve estar sempre motivado e, motivar sua equipe para vencer obstáculos ,
25 superar dificuldades e ser eficiente para atingir a eficácia.
Fatores motivacionais referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres
relacionados com o cargo em si. Produz afeito duradouro de satisfação e de aumento de
produtividade em níveis de excelência, isto é, acima dos níveis normais. O termo
motivação envolve sentimentos de realização, de crescimento, e de reconhecimento
profissional, manifestados por meio de exercícios das tarefas e atividades que oferecem
suficiente desafio e significado para o trabalho. Quando os fatores motivacionais são
ótimos, elevam substancialmente a satisfação;
quando estão precários, provocam ausência de satisfação. Por isso, são chamados
fatores satisfacientes, constituem o próprio conteúdo do cargo. (CHIAVENATO, 2002, p.87
p.88).
Uma equipe motivada, cada pessoa desenvolve seu próprio conjunto de conceito
para interpretar o ambiente externo e interno e para organizar suas múltiplas experiências
de vida cotidiana.
Embora se possa visualizar as pessoas como recursos, isto é, como portadoras de
habilidades, capacidades, conhecimentos, motivação de trabalho, comunicabilidade etc.,
nunca se deve esquecer que as pessoas são pessoas, isto é, portadoras de
características de personalidade, expectativas, objetivos pessoais, histórias particulares
etc. Convém, portanto, salientar algumas características genéricas das pessoas como
pessoas, pois isto melhora a compreensão do comportamento humano nas organizações.
(CHIAVENATO, 2002, p. 103).
O Clima Organizacional
O clima organizacional é o relacionamento entre pessoas e organização. O
engajamento das pessoas no processo de ajustamento é contínuo a uma variedade de
situações no sentido de satisfazer suas necessidades fisiológicas, de segurança, “as
chamadas necessidades vegetativas”, sociais, estimas e auto-realização , “as chamadas
necessidades superiores” e manter certo equilíbrio individual. Assim, o clima
organizacional representa o ambiente interno existente entre os membros da organização
e está intimamente relacionado com o grau de motivação existente.
O conceito de clima organizacional traduz a influência sobre a motivação dos
26 participantes. Assim, ele pode ser descrito como a qualidade ou propriedade do ambiente
organizacional que é percebida ou experimentada pelos membros da organização e que
influencia seu comportamento. O termo refere-se especificamente às propriedades
motivacionais do ambiente organizacional, ou seja, aos aspectos da organização que
provocam diferentes tipos de motivação em seus participantes. O clima organizacional é
alto e favorável em situações que proporcionam satisfação das necessidades pessoais e
elevação do moral. É baixo e desfavorável em situações que proporcionam a frustração
daquelas necessidades. No fundo, o clima organizacional influencia o estado motivacional
das pessoas e é por ele influenciado: é como se houvesse uma retroação recíproca entre
o estado motivacional das pessoas e o clima organizacional.(CHIAVENATO, 2002, p.
123).
O comportamento das pessoas em seu ambiente de trabalho, está relacionado ao
retorno organizacional satisfatório em reconhecimento a eficiência, a eficácia e em
manter a efetividade.
Embora se possa visualizar as pessoas como recursos, isto é, como portadoras de
habilidades, capacidades, conhecimentos, motivação de trabalho, comunicabilidade etc.,
nunca se deve esquecer que as pessoas são pessoas, isto é, portadoras de
características de personalidade, expectativas, objetivos pessoais, histórias particulares
etc. Convém, portanto, salientar algumas características genéricas
das pessoas como pessoas, pois isto melhora a compreensão do comportamento humano
nas organizações.
O comportamento das pessoas apresentam algumas características:
O homem é pró-ativo. O comportamento das pessoas é orientado para a
satisfação de suas necessidades pessoais e para o alcance de seus objetivos e
aspirações. Por isso, reagem e respondem a seu ambiente, seja no trabalho seja fora da
organização. As pessoas podem tanto resistir como colaborar com as políticas e os
procedimentos da organização, dependendo das estratégias de liderança adotadas por
algum supervisor. De modo geral, o comportamento nas organizações é determinado
tanto pelas práticas organizacionais como pelo comportamento pró-ativo (orientado para
objetivos pessoais) dos participantes da organização.
O homem é social. A participação em organizações é muito importante na vida das
27 pessoas, porque as conduz ao envolvimento com outras pessoas ou em grupos. Nos
grupos ou nas organizações, os indivíduos procuram manter sua identidade e seu bem -
estar psicológico. Muitas vezes seus relacionamentos com outras pessoas para obter
informação sobre si mesmos e sobre o ambiente em que vivem. Os dados obtidos
constituem uma “realidade social” para os indivíduos que nele se baseiam para testar e
comparar suas próprias capacidades, idéias e concepções, e no sentido de aumentar sua
auto-compreensão. Aliás, as relações sociais, mais do que qualquer outro fator isolado,
determinam a natureza do autoconceito das pessoas.
O homem tem diferentes necessidades. Os seres humanos são motivados por
grandes diversidades de necessidades. Um fator pode motivar o comportamento de uma
pessoa hoje e pode não ter potência suficiente para determinar seu comportamento no dia
seguinte. Por outro lado, o comportamento das pessoas é simultaneamente influenciado
por grande número de necessidades que apresentam valência e quantidades diferentes.
O homem percebe e avalia. A experiência do indivíduo com o seu ambiente é um
processo ativo porque seleciona os dados dos diferentes aspectos do ambiente, avalia-os
em termo de suas próprias experiências passadas, em função daquilo que está
experimentando em termos de suas próprias necessidades e valores.
O homem pensa e escolhe. O comportamento humano é proposital, pró-ativo e
cognitivamente ativo. E pode ser analisado em termos de planos comportamentais que
escolhe, desenvolve e executa para lidar com os estímulos com que se defronta e para
alcançar seus objetivos pessoais. A maneira genérica como o indivíduo seleciona e
escolhe as alternativas pode ser explicada pela Teoria da Expectância.
Teoria da expectância de Lawler III, Edward E. Necessidade não satisfeita mais crença de que o dinheiro
satisfará as necessidades. Crença de que a obtenção de dinheiro requer desempenho , é igual a motivação para
desempenhar.
O homem tem limitada capacidade de resposta. O homem tem uma limitada
capacidade para desempenhar de acordo com o que pretende ou ambiciona. As pessoas
não são capazes de se comportar de todas as formas, pois suas características pessoais
são limitadas e restritas. As diferenças individuais fazem com que as pessoas variem em
seus comportamentos. A capacidade de resposta é função das aptidões (inatas) e da
aprendizagem (aquisição). Tanto a capacidade mental como a física estão sujeitas a
28 limitações. (CHAVENATO, 2002, p.103. p.104).
Comprometimento da Equipe no Processo de Trabalho
Uma equipe deve ser integrada e conhecer todas as etapas do processo de
trabalho e, utilizar o cognitivo com eficiência para alcançar a eficácia e manter a
efetividade.
Assim, esta equipe assume compromisso com responsabilidade para conquistar a
meta estabelecida pela organização.
O conhecimento mútuo dos principais aspectos que influencia o jeito de ser e de
agir tais como a filosofia, crenças, valores, visões, interesses, competências, posturas,
perspectivas, tendências, poderão ser de grande valia para facilitar à decisão e propiciar
um relacionamento maduro, alinhado e comprometido. A não valorização deste
conhecimento certamente refletirá negativamente no dia-a-dia da vida profissional. Mas
para se construir uma relação transparente, com chance de vir a ser duradoura, é
necessário que cada lado se mostre naquilo que lhe é mais importante, naquilo que
realmente faz a diferença.
O capital humano é constituído de pessoas que fazem parte de uma organização.
Capital humano significa talentos que precisam ser mantidos e desenvolvidos. Mais do
que isso, capital humano significa capital intelectual. Um capital invisível composto de
ativos intangíveis.(...) Na Era da informação, o conhecimento está se transformando no
recurso organizacional mais importante das empresas. Uma riqueza muito mais
importante e crucial do que o dinheiro.(...) Em um mundo em que tradicionais fatores de
produção capital e trabalho já esgotaram e exauriram a sua contribuição para os
negócios, as empresas estão investindo pesadamente no capital intelectual, para
aumentarem sua vantagem competitiva. Criatividade e inovação por meio de idéias. E
idéias provêm do conhecimento. E conhecimento está na cabeça das pessoas. O fato é
que as empresas bem-sucedidas estão transformando-se em organizações educadoras e
em organizações do conhecimento, nas quais a aprendizagem organizacional é
incrementada e desenvolvida por meio de processos inteligentes de gestão do
conhecimento. (CHIAVENATO, 2002, P. 264).
29
Capítulo III
GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR
Liderança na Gestão Hospitalar
O desempenho das organizações e o alcance de resultados de qualidade não
serão possíveis com profissionais sem experiência e competência gerencial.
A complexificação dessas organizações e de seu meio sejam fundamentadas
exclusivamente no bom senso e nas experiências passadas, que apesar de importante,
não são suficientes. Impõe-se desenvolver a competência gerencial entendida em três
dimensões: os conhecimentos ou “nível do saber”, que dizem respeito às teorias, aos
conceitos, aos dados sobre ao ambiente, e o processo de produção, às organizações; as
habilidades ou “nível do saber fazer”, isto é, a capacidade de se utilizar o saber, por
exemplo, analisar as situações, diagnosticar os problemas, definir, difundir e implementar
estratégias, organizar o trabalho, gerir pessoa; as atitudes ou o “nível do saber-ser”, isto
é, as disposições compatíveis com uma gerência eficiente, como a abertura de espírito, a
empatia, o pragmatismo e o sentido ético (Dussault, 1992).
A competência do gerente será então determinada por um conjunto de fatores
pessoais, inatos e intuitivos e de outros adquiridos em suas experiências, mas também
por uma formação específica através do desenvolvimento de conhecimentos, habilidades
e de novas atitudes (Motta, 1990).
Assim, adquire relevância, a formação técnica específica como requisito para o
exercício dessas funções, e com critério essencial de ocupação dos cargos de direção
dessas organizações. A efetiva profissionalização desses quadros deve minimizar ou
mesmo eliminar os critérios político-partidários e outros, ainda amplamente utilizados.
A criação de uma carreira para administradores da área de saúde pode vir a se
constituir num estímulo para o contínuo aperfeiçoamento e para a manutenção dos
quadros dirigentes do setor.
Conseqüentemente é preciso delinear estratégias de formação gerencial que
respondam às diferentes demandas regionais, que em termos do número de profissionais
a serem formados, quer na especificidade dos conteúdos a serem tratados. Nesse
sentido, identifica-se como importante o apoio ao desenvolvimento de uma
30 articulação/associação entre as instituições acadêmicas locais/regionais e aquelas
prestadoras de serviço de saúde, que passariam à condição de centro formadores,
principais responsáveis pelo desenvolvimento do campo gerencial na área de ensino,
pesquisa e cooperação. (GESTÃO HOSPITALAR – UM DESAFIO PARA O HOSPITAL
BRASILEIRO (1995, p. 142).
Citação (Junqueira, 1990) Um gerente como líder transformador, move-se entre
duas coordenadas, uma que parte do contexto de mudança e outra que vai da
complexidade do presente para o futuro em longo prazo. Todo gerente de hospital deve
lidar com os requisitos do contexto.
Transmitir uma Missão Estratégica
Uma missão é válida quando mobiliza e representa um conjunto de valores que
apresenta às pessoas. Hoje, é mais freqüente que as instituições hospitalares tenham um
papel central na identificação da missão e os objetivos estratégicos.
Seja qual for a sua natureza e suas finalidades, uma empresa obedece a um
sistema de organização: é a realidade do gerenciamento.
A empresa deve também seguir em uma direção, a partir de um ponto fixo, porém
evolutivo, que é o meio ambiente: é papel da estratégia.
Gerenciamento e estratégia devem portanto evoluir harmonicamente, pois às
adaptações permanentes da empresa ao seu meio-ambiente deve corresponder uma
adaptação constante de sua organização. Pode-se dizer, que não exagerado falar-se de
gerenciamento estratégico, tendo em vista o caráter obrigatoriamente complementar o
paralelo dos dois processos.
As noções de gerenciamento e de estratégia devem ser bem definidos, para que se
possa julgar sua aplicabilidade ao setor hospitalar.
Tradicionalmente a noção de gerenciamento se aplica às organizações complexas,
mas o simples fato de organizar já é uma forma de gerenciamento. O gerenciamento pode
ser definido como “uma tentativa de racionalização e de controle deste sistema que é a
organização”.
(Hermel, 1990). O gerenciamento é portanto o fato de que qualquer pessoa pode
gerir de perto ou de longe sobre os princípios de uma organização. Isto pode ser uma
característica do trabalho dos gerentes, mas é também de outros atores do sistema.
31 Gerenciar é gerir em cinco grandes direções: organizar (estabelecer as rotinas, os
circuitos , as estruturas), gerir (utilizar os recursos alocando-os de forma criteriosa),
controlar (verificar a aplicação de uma decisão e avaliar seus efeitos, para
eventualmente corrigi-las), mobilizar ( zelar pela dinâmica interna), conduzir ( apontar
uma direção e acompanhar o movimento).
Na leitura desses componentes do gerenciamento, se percebe que cada ator, a seu
nível e dentro de seu papel no interior da empresa, participa em diferentes graus de uma
ação gerencial.
“A estratégia é uma declaração do que empresa deseja alcançar; a organização é o
veículo através do qual a empresa irá alcançá-lo; a cultura é a declaração do porquê a
empresa deseja alcançar a estratégia proposta” (Drucker, 1990).
Portanto a estratégia traz implícita a idéia de ação e resultados. Ela conduz o
trabalho para resultados, ou seja, transforma boas intenções em ações e ocupação em
trabalho. O plano é estático, a estratégia orientada para a ação. Ela tira o plano do
estático e o coloca em ação. Desde que o planejamento surgiu como uma função
gerencial importante, tem sido descrito como: planejamento a londo prazo, planejamento
gerencial integrado e, ultimamente, como planejamento estratégico.
O planejamento estratégico pode ser definido como o processo de identificação,
seleção, implementação e avaliação de linhas de ação básicas para a organização.
Consiste, portanto, na análise dos ambientes interno e externo, na definição de
alternativas, na implementação e avaliação das mesmas. Assim é um processo que tem
seqüência racional de atividades e diz respeito ao impacto futuro de decisões tomadas no
presente.
Pouco a pouco, contudo, a técnica de planejar foi se impondo como instrumento
para orientar a vida das instituições. Era preciso cada vez mais definir “onde estamos”,
“para onde queremos ir” e com que recursos faremos esta caminhada. Já não se trata
mais de fixar variáveis, interferindo com a “mão invisível do mercado”, mas sim de avaliar
corretamente as potencialidades de cada um diante do ambiente, definindo linhas de
ação que pudessem ajudar as empresas sobreviverem em condições de incerteza.
(GTESTÃO HOSPITALAR – UM DESAFIO PARA O HOSPITAL BRASILEIRO,1995, p.101
p.102 p.117 p.118).
32 Capacitação de Apoio à Estratégia.
Esta é a principal ferramenta estratégica para gestão das mudanças nas empresas
hospitalares. A capacitação, entendida como ferramenta estratégica, é um desafio que
exige mudar a mentalidade.
As funções tradicionais de recursos humanos (recrutamento, seleção, lotação,
salários, formação, promoção, avaliação, relações sindicais e corporativas), deverão ser
transformadas e adaptadas aos novos tempos sempre em consonância com o perfil, os
objetivos e o papel do hospital dentro do Sistema local de saúde.
Neste contexto, a gestão de recursos humanos, não é um objetivo em si. Ela deve
ser entendida como um componente específico importante na realização dos objetivos da
organização como um todo.
A profissionalização das áreas de recursos humanos, no caso brasileiro, é tarefa
primordial. Exigir-se do gestor muito mais do que ações mecânicas. A competência
técnica não se confundirá com o domínio de técnica e instrumentos. Ela será necessária
aliada a outra qualidade reais como: habilidade de relacionamento, capacidade de
superar as próprias frustrações, flexibilidade, criatividade, capacidade em estimular o
feedback do usuário e dos trabalhadores, e o domínio de técnicas de negociação.
A gestão dos recursos humanos possui um lugar importante no contexto da gestão
global do hospital e, contudo, padece de uma falta de interesse evidente. Nenhum projeto
de desenvolvimento ou de melhoria de funcionamento pode ser implementado sem que
ele venha a afetar, de uma maneira ou de outra a gestão do pessoal das empresas
hospitalares que são antes de tudo “empresa de mão-de-obra” cuja a principal fonte de
despesa é a de pessoal. Constata-se contudo, em todos os hospitais do planeta, mas
também em outros campos do setor terciário, que a gestão de recursos humanos não tem
a importância estratégica que a sua importância orçamentária deixaria supor.(U)
Evoluções recentes demonstram que houve um reconhecimento da função e da
sua importância de três maneiras complementares.
A elaboração de instrumento de previsão e programação e sua teorização através
da gestão da previsão dos efetivos e a necessidade de se dispor de instrumentos de
avaliação fizeram com que a função gestão de pessoal entrasse para a esfera dos
campos “nobre” do gerenciamento, onde números combinam-se a sua exploração
estatística, e onde tratamos de estratégia. Esta evolução traduziu-se mais recentemente
33 pela participação do diretor de recursos humanos de algumas grandes empresas ao
comitê de direção ou ao comitê estratégico da empresa, ou ainda pela nomeação de
diretores de recursos a cargos de diretores gerais de importantes grupos industriais.
Este real reconhecimento da importância estratégica da gestão dos recursos
humanos acompanha-se de um movimento de concentração e de descentralização da
função. A direção de Recursos Humanos (RH) concentra, no nível central, os campos
nobres da previsão, da programação, do conselho e logicamente do ultimo arbítrio. Em
contrapartida, ela descentraliza a “gestão diária” dos recursos humanos para um nível
cada vez mais próximo das unidades operacionais. Assim, hoje, a função aparece mais
distribuída do que nunca entre todos os setores da empresa.
Finalmente, fortalecida por este reconhecimento e por esta expansão, a direção
dos RH de certas empresas importantes, tanto na Europa quanto nos EUA procura
ampliar seu campo anexando, por exemplo, o setor de comunicações a título de sua
vocação “natural” comunicar internamente sobre o social. (GESTÃO HOSPITALAR – UM
DESAFIO PARA O HOSPITAL BRASILEIRO, 1995, p.153 p.155).
Capítulo IV
ESTRUTURAR UMA EQUIPE EM UMA I7STITUIÇÃO HOSPITALAR
DIRECIO7ADA A ADMI7ISTRAÇÃO
Estrutura de Uma Equipe
A equipe deve ser estruturada por profissionais qualificados e capacitados no
exercício de suas funções. Para isto, deve-se dar autonomia a divisão de recursos
humanos e acabar com os vícios que comprometem e dificultam ações adequadas aos
novos tempos.
Implementar uma política de capacitação profissional com objetivo de desenvolver
a habilidade técnica dos funcionários inerente ao cargo que ocupa no exercício de sua
função. Assim, poderia haver uma evolução na eficiência, na eficácia e na efetividade do
serviço prestado ao usuário.
O Sistema de Pessoal da Administração Pública brasileira padece de alguns vícios
que comprometem e dificultam aos novos tempos. Ele é muito abrangente, centralizado,
normativo, e não contempla as funções de desenvolvimento de recursos humanos.
34 (GESTÃO HOSPITALA – UM DESAFIO PARA O HOSPITAL BRASILEIRO, (1995, p. 151).
A estrutura de uma equipe de um hospital público universitário, é inerente a
estrutura organizacional da instituição. Isto é, estrutura divisional.(vide organograma)
Organograma
FO7TE HUCFF (ESPECIFICAÇÕES DAS SIGLAS DO ORGA7OGRAMA,E7CO7TRAM-SE 7O A7EXO 1)
Diretor Geral.
O diretor geral de uma instituição hospitalar tem uma perspectiva clara: dotar a
instituição de práticas comprometidas com os objetivos, que traduzem essencialmente
pela busca da eficiência e da qualidade. E contribuir para a formação da equipe de saúde,
graças ao trabalho e a co-participação nas responsabilidades, dentro do respeito as
normas do exercício profissional.
O diretor representa o estabelecimento na justiça e em todos os atos da vida civil.
35 Ele prepara os trabalhos do Conselho de Administração e submete-lhe o projeto do
estabelecimento. Ele é encarregado da execução das decisões do Conselho de
Administração, e coloca em prática a política definida por este último e aprovada pelo
Estado. Ele é competente para decidir sobre outros assuntos que não aqueles da
competência do Conselho de Administração. Ele assume a gestão e a condução geral do
estabelecimento, mantendo o Conselho Administrativo informado dessas atividades.
Por isto, ele exerce sua autoridade sobre um conjunto do pessoal no respeito às
regras deontológicas ou profissionais próprias aos profissionais de saúde, estando ciente
das responsabilidades desses profissionais na administração de cuidados e da
independência profissional do médico no exercício de sua arte.(...) Há 25 anos atrás o
diretor era um construtor; mas ao longo do tempo ele tornou-se um organizador e um
gestor. O movimento geral que se observa em todas as organizações, isto é, o
crescimento em importância dos executivos; levou a que os diretores se impusessem
como estrategistas, mobilizadores, e como responsáveis pelas decisões.
Executivo no sentido verdadeiro da palavra, ele é encarregado de todos os
processos e métodos de condução, mobilização, organização, ativação, alocação de
recursos, de controle e de planificação do estabelecimento. Ele é a garantia do controle
dos 4 pólos da estratégia competitiva: perfil assistencial, gestão econômica e financeira,
introdução de novas tecnologias, evolução e aperfeiçoamento das competências
humanas.
O diretor não efetua tudo isto só, mas sim com uma equipe de colaboradores que
ele deve mobilizar, com uma direção que assegure a dinamização e a implicação ativa no
processo de mudanças.(...) A qualidade das relações com os membros do corpo médico é
certamente um fator de êxito para o estabelecimento. O reforço da participação dos
médicos na gestão aproxima a esfera médica da administrativa, enriquecendo-as
mutuamente. (GESTÃO HOSPITALAR – UM DASAFIO PARA O HOSPITAL BRASILEIRO,
1995, p.146).
Diretor de Divisão/Chefe de Serviço
O diretor de divisão, é o responsável pelo planejamento estratégico da respectiva
divisão. O chefe de serviço, responde pela operacionalidade do serviço, ou seja, orientar,
coordenar e supervisionar a equipe na execução das tarefas inerentes ao serviço,
visando a eficiência para alcançar e manter a efetividade do serviço prestado aos
usuários. No entanto, constituir a base de uma equipe, em uma instituição hospitalar de
36 grande porte, somente será possível com a efetiva participação dos atores envolvidos em
todas as etapas do processo de trabalho.
Todos os serviços da área administrativa e os respectivos componentes da equipe,
são importantes. Porém, serão citados os serviços considerados de maior grau de
importância: (finanças, faturamento, tesouraria, contabilidade, compras, recursos
humanos, documentação médica, admissão e alta, almoxarifado central, informática).
As negociações entre atores são constantes e as medidas de estímulos que visam
reorientar certas evoluções negativas devem ser adotadas rapidamente, baseadas em
elementos concretos, realizadas no próprio local. A mobilização de energia não se faz por
memorando, mas sim pela elaboração de uma política cotidiana feita de presença, de
apoio, de escuta e de estímulo. Ao contrário, as decisões adotadas por instituições
distantes, desencorajam e desmobilizam, sobretudo se, como é comum, elas se mostram
inadaptadas. (GESTÃO HOSPITALAR – UM DESAFIO PARA O HOSPITAL BRASIEIRO,
(1995, p. 194).
37
Conclusão
O líder quando tem um grupo de profissionais desmotivados, ele tem a
responsabilidade de transformá-los em uma equipe motivada que apresentem
resultados positivos. Ele deve fazer uma avaliação individual para conhecer as
características e o perfil de cada componente.
O líder transformador tem a capacidade de influenciar os seus comandados
oferecendo-lhes alternativas para gerar o resultado estabelecido e alcançar a vitória.
Ele tem autonomia para efetuar mudanças no planejamento com o objetivo de
apurar a eficiência dos seus colaboradores, para atingir a eficácia e manter a
efetividade da equipe.
Para formar uma equipe próspera e obter os resultados esperados, deve-se
haver uma seleção rigorosa, exigindo-se que os candidatos estejam dentro dos
critérios estabelecidos pela organização.
Uma equipe de sucesso, conhece toda a etapa do processo de trabalho, é
participativa, congruente, o grau do cognitivo geralmente é acima da média, são
profissionais habilidosos, motivados, com visão inovadora, criativos e responsáveis.
Liderar é saber: conduzir, orientar, ouvir, ser exemplar nas atitudes e
comportamentos, ser transparente, ético, responsável, inovador, motivador,
habilidoso e flexível, assumir os erros, pedir desculpas, delegar funções, conhecer
os pontos fortes e os pontos fracos da equipe, estabelecer metas viáveis e possíveis
de serem alcançadas, entender e compreender o outro, ser justo e decisivo.
Enfim, o líder tem o seu estilo próprio de liderança, ele é o responsável pelo
sucesso ou pelo fracasso da equipe.
Hoje, as organizações estão procurando profissionais com criatividade e visão
inovadora para assumir o cargo de gestor, que desenvolva um planejamento
participativo de gestão de pessoas, formando e qualificando recursos humanos,
produzindo conhecimento e otimizando resultados.
38
O modelo de gestão participativa com uma administração profissionalizada
nos diversos níveis organizacionais, assegura a eficiência, a eficácia e mantém a
efetividade dos serviços prestados aos usuários.
39
Bibliografia
LACOMBE, F.J.M.; Heilborn, G.L.J. Administração: princípio e tendência.
1ª.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ISBN 85-02-03788-9
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edição compacta. 2ª.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. ISBN 85-352-0677-9
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nova era. São Paulo: Futura, 1996
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40
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Webgrafia
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Valor Consultoria Empresarial. Estilos de liderança <http://w w w
.biotron.com.br/valorconsultoria/publicações/estilo_liderança> Acessado em
06/11/2009.
41
Anexo 1
DG Direção Geral
DMD Divisão Médica
DAA Divisão de Apoio Assistencial
DSC Divisão de Saúde da Comunidade
DEN Divisão de Enfermagem
DRH Divisão de Recursos Humanos
DICOM Divisão de Comunicação
DAG Divisão de Atividades Gerenciais
DEG Divisão de Engenharia
DFN Divisão de Finanças