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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Pós-Graduação “Lato Sensu” Instituto a Vez do Mestre MOTIVAÇÃO UMA ESTRATÉGIA PARA O AUTO DESEMPENHO NAS ORGANIZAÇÕES. Por Roberta Pires do ascimento Orientador Rio de Janeiro , Março 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Pós-Graduação “Lato Sensu” Instituto a Vez do Mestre

MOTIVAÇÃO UMA ESTRATÉGIA PARA O AUTO DESEMPENHO NAS ORGANIZAÇÕES.

Por Roberta Pires do ascimento

Orientador

Rio de Janeiro , Março 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Pós-Graduação “Lato Sensu” Instituto a Vez do Mestre

MOTIVAÇÃO UMA ESTRATÉGIA PARA O AUTO DESEMPENHO NAS ORGANIZAÇÕES.

Apresentação monográfica à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do curso de pós-graduação “Lato Sensu” em Gestão de Recursos Humanos. Por: Roberta Pires do Nascimento

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Dedicatória

A amiga Janaina Mendonça, por seu carinho e dedicação. Muito obrigada. “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem”. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis "FERNANDO PESSOA”.

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Agradecimentos

Durante o período de elaboração desse trabalho contei com a compreensão, colaboração e incentivo dos que apostaram em meu potencial, e venho aqui expressar meus agradecimentos. Agradeço primeiramente a Deus, por ter permitido a reta final nesse trajeto, traçando em minha vida um plano especial. Aos Deuses que acompanho, por toda minha existência, sem eles eu nada seria. A minha mãe e o meu pai e marido pelo apoio direto e indireto, pelos momentos descontraídos e pela união familiar. Meus Agradecimentos Roberta Pires do Nascimento

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RESUMO

Este trabalho propõe-se a discutir o papel da motivação diante de um

contexto que envolve as relações humanas nos estudos administrativos

organizacional dentre outros. Pode-se destacar o objetivo de delinear a

influência da motivação humana dentro da administração, bem como a

complexidade de seu estudo, sua repercussão sobre as atitudes das pessoas e

sobre os resultados alcançados pelas organizações.

Para alcançarmos esses objetivos serão apresentados conceitos e

discutidas as relações existentes entre a motivação, motivação e

comportamento/ desempenho das pessoas e necessidades básicas, e ainda

dissertaremos brevemente sobre algumas teorias motivacionais desenvolvidas

ao longo do tempo.

A motivação apresentada como uma estratégica para o auto

desempenho.

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METODOLOGIA

A referida pesquisa é de natureza bibliográfica, portanto deverá ser de coleta

de dados, utilizando bibliografias, textos, revistas de Recursos Humanos e

apostilas de análise de obras de diversos autores do assunto tratado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................08

CAPÍTULO I – MOTIVAÇÃO E SEU CONTEXTO ..........................................10

1.1 – Conceito de Motivação .........................................................................10

1.2 – Tipos de Motivação ...............................................................................11

1.3 – Ciclo de Motivação ...............................................................................12

1.4 – Motivação e Comportamento ..............................................................14

CAPÍTULO II – TEORIAS MOTIVACIONAIS .................................................16

2.1 – Teoria do conteúdo ..............................................................................16

2. 1.1 – Teoria da Hierarquia das Necessidades – Maslow ........................16

2 .1.2 – Teoria das necessidades Adquiridas – MC Clelland .....................18

2.1.3 – Teoria dos Dois Fatores – Herzberg .................................................19

2.1.4 – Teoria ERC – Alderfer - ......................................................................20

2.1.5 – Teoria de X e Y Douglas MC Gregor .................................................21

2.2 – Teoria do Processo ...............................................................................22

2.2.1 – Teoria da Expectação – Vroom .........................................................23

2.2.2 – Teoria de Equidade – Stacy Adams .................................................24

2.2.3 – Teoria do Esforço – Skinner .............................................................25

CAPÍTULO III – MOTIVAÇÃO AUTO DESEMPENHO NAS ORGANIZAÇÕES

3.1 - Motivação nas Organizações ..............................................................28

3.2 - Motivação para Inovação ....................................................................33

3.3 – Qualidade de vida fator que contribui para o Auto Desempenho nas

Organizações .................................................................................................37

Considerações Finais ...................................................................................39

Referências Bibliográficas ...........................................................................42

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1. Introdução

Mesmo sabendo que o estudo da motivação humana tem raízes na

antiguidade dentro da área de administração, este assunto surge a partir das

grandes escolas de relações humanas, tal qual foi a primeira a enfatizar a

satisfação do funcionário, em se ocupar com questões pessoais e sociais,

analisando de maneira sistemática os aspectos humanos dentro das

organizações.

O que fala-se atualmente é na era da informação, que estamos

vivenciando no momento. Podemos ver que a concorrência entre as organizações

no futuro será mais acirrada do que já é hoje, passando a ser uma concorrência

sem fronteiras. Como o fator humano nas organizações se tornará mais

importante do que já está sendo hoje, ter colaboradores motivados, trabalhando

com vontade, passa a ser um fator a mais para o crescimento da organização.

As organizações dependem das pessoas para dirigi-las, organizá-las,

controlá-las, e fazê-las, funcionar. Quanto melhor e mais motivadas estiverem

essas pessoas, melhor estarão funcionando essas organizações.

Com o Advento da Teoria das Relações Humanas, uma nova

linguagem passa a dominar o repertório administrativo: motivação, liderança,

comunicação, coletivo... dando ênfase nas pessoas. Com esta Teoria surge uma

nova concepção sobre a natureza do homem e o homem social.

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CAPÍTULO I : MOTIVAÇÃO E SEU CONTEXTO

1.1 - Conceito de Motivação. O conceito motivação vem do termo motivo do elemento MOV que é

igual a mover. Então vem a ação de mover, isto é motivação.

Segundo (NEWSTROM & DAVID, 1998) a motivação vem através ou

em cima de uma necessidade, uma pessoa precisa de alguma coisa e se motiva

para ir atrás disso.

“As necessidades internas e os impulsos criam

tensões que são modificadas pelo ambiente”.

Para (MINICUCCI ,1995) o impulso da necessidade uma pessoa tem

motivo ou a motivação para fazer algo e depende da vontade de chegar ao

objetivo e assim persiste até o fim.

“A direção inicia um comportamento e a

persistência mantém esse comportamento”.

A motivação define pelo desejo de exercer altos níveis de esforços

em direção a determinados objetivos, organizacionais ou não, condicionados pela

capacidade de satisfazer alguma necessidade individual.

A motivação tem algumas características básicas, que são

fenômenos individuais, ou seja, somos seres únicos e devemos ser tratados como

tal:

♦ A motivação é intencional, uma vez que está sob o controle de

colaboradores;

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♦ A motivação se dá em vários aspectos, depende do estímulo como da

escolha do comportamento do colaborador.

♦ Outra característica encontrada é que não podemos medir a motivação

diretamente, medimos o comportamento motivado, ação e forças interna

e externa que influenciam na escolha da ação, pois a motivação não é

passível de observação.

Segundo (CHIAVENATO,1999). É difícil definir exatamente o

conceito de motivação, uma vez que este tem sido utilizado com diferentes

sentidos. De modo geral, motivação é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir

de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a um comportamento

específico, podendo este impulso à ação ser provocado por um estimulo externo

(provindo do ambiente) ou também ser gerado internamente nos processos

mentais do indivíduo.

1.2 - Tipos de Motivação

Existem dois tipos de motivação: motivação intrínseca e extrínseca.

Conheceremos cada uma ao longo do trabalho, as diversas causas motivacionais

do indivíduo e suas necessidades e expectativas.

Segundo Balaguer e Atienza (1994),

“motivação é o desejo de iniciar e persistir numa

atividade. É o “motor” de todos os

comportamentos. Sem motivação não há ação.”

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Motivação Intrínseca está direcionada para a tarefas e competências,

e está ligada ao prazer pela modalidade, progresso pessoal, valorização do

esforço, a aprendizagem e a competência, associada aos seguintes

comportamentos:

♦ Encara o resultado como uma conseqüência do trabalho realizado;

♦ Prazer em treinar e competir;

♦ Encarar a competição como um fator de desenvolvimento e

aprendizagem;

♦ Promover a permanência na atividade;

Motivação Extrínseca é direcionada para o Ego e Resultado. Sua

caracterização está associada a fatores externos à modalidade: estatuto social,

ego, comparação com os outros, prêmios, reconhecimento elogios, valorizar o

resultado e suas conseqüências, associado aos seguintes comportamentos:

♦ Vitória a todo custo;

♦ Alto Nível de ansiedade;

♦ Descontrole emocional;

♦ Desistência e “desculpas” perante resultados desfavoráveis;

♦ Frustração perante as derrotas.

1.3 – Ciclo de Motivação

O ciclo motivacional inicia com o surgimento de uma necessidade.

Esta é uma força dinâmica, que persiste e provoca comportamento. Toda vez que

surge uma necessidade, esta rompe o estado de equilíbrio do organismo,

causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Esse

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estado leva o indivíduo a um comportamento, ou ação, capaz de descarregar a

tensão ou de livrá-lo do desconforto e do desequilíbrio.

Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará a satisfação

da necessidade e, portanto, a descarga da tensão provocada por ela. Satisfeita a

necessidade, o organismo volta ao estado de equilíbrio, que é a sua forma de

ajustamento ao ambiente. Estas são as etapas do ciclo motivacional envolvendo a

satisfação da necessidade:

♦ Equilíbrio Interno

♦ Estímulo ou Incentivo

♦ Necessidade

♦ Tensão

♦ Comportamento

♦ Satisfação

Porém o ciclo motivacional, a necessidade nem sempre pode ser

satisfeita. Pode ser frustrada, ou ainda pode ser compensada (ou seja,

transferida para outro objeto, pessoa ou situação). No caso de frustração da

necessidade, no ciclo motivacional, a tensão provocada pelo surgimento da

necessidade elabora uma barreira ou um obstáculo para sua liberação.

Quando não é encontrada a saída adequada, a tensão, represada no

organismo, procura um meio indireto de saída, seja por via psicológica

(agressividade, descontentamento, apatia, tensão emocional, indiferença) seja

por via fisiológica (tensão nervosa, insônia, repercussões cardíacas ou

digestivas).

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Outras vezes, a necessidade não é satisfeita nem frustrada, mas

transferida ou compensada. Isso se dá quando a satisfação de uma outra

necessidade reduz ou aplaca a intensidade de uma necessidade que não pode

ser satisfeita.

Assim, o ciclo motivacional com frustração ou compensação pode ser

apresentado da seguinte forma:

Equilíbrio Interno ► Estímulo ou Incentivo ► Necessidade ►

Outro comportamento derivativo ► Compensação

Quando a necessidade não é satisfeita, e não sobrevindo as

situações anteriormente mencionadas, não significa que o indivíduo permanecerá

eternamente frustrado. De alguma maneira, a necessidade será transferida ou

compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na

vida pessoal.

1.4 - Motivação e Comportamento

O comportamento das pessoas dentro da organização é complexo,

depende de fatores internos (decorrentes de suas características de

personalidade, como capacidade de aprendizagem, de motivação, de percepção

do ambiente externo, de atitudes, de emoções, de valores etc.) e externos

(decorrentes do ambiente que envolve das características organizacionais, como

sistemas de recompensas e punições, de fatores sociais, de políticas, de coesão

grupal existente etc.)

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A necessidade humana mencionada como força ativa impulsionadora

do comportamento. Apresentam uma grande dimensão. Isso porque as pessoas

são diferentes entre si, possuem necessidades diferentes e esta,

conseqüentemente, produzem padrões de comportamento que variam de

indivíduo para indivíduo.

Baseando-se nos pressupostos de (CHIEVENATO,1998, p 76 -77)

podem ser definidas três suposições para explicar o comportamento humano, das

quais a analise é válida, pois elas estão intimamente relacionadas com o processo

de motivação:

“O comportamento humano é causado, ou seja,

existe uma causalidade do comportamento.

Tanto a hereditariedade como o meio ambiente

influem decisivamente sobre o comportamento

das pessoas. O comportamento é causado por

estímulos internos ou externos.

O comportamento é motivado, ou seja, há uma

finalidade em todo o comportamento humano. O

comportamento não é causal, nem aleatório,

mas sempre orientado e dirigido para algum

objetivo.

O comportamento humano é orientado para

objetivos pessoais. Subjacentes a todo

comportamento existente sempre um impulso,

um desejo, uma necessidade, uma

tendência,expressões que servem para designar

os motivos do comportamento.”

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CAPÍTULO II : TEORIAS MOTIVACIONAIS

As teorias motivacionais se subdividem em teorias de conteúdo e

teorias do processo, onde a primeira refere-se ao que motiva o comportamento

humano e a segunda refere-se como o comportamento humano é motivado.

Brevemente dissertarei sobre algumas teorias motivacionais

desenvolvidas ao longo do tempo.

2.1.Teoria do Conteúdo

2.1.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades – MASLOW

Abraham Maslow, foi psicólogo americano, nascido na Califórnia,

conhecido pela sua grande obra proposta da Hierarquia das Necessidades de

Maslow, conhecida como a famosa “Pirâmide de Maslow”.

A teoria em questão estuda a motivação através das necessidades

dos seres humanos. Maslow, o autor da teoria, considera “necessidade”, a

manifestação natural de sensibilidade interna, que desperta uma tendência a

realizar um ato ou a procurar uma determinada categoria de objetivos.

Maslow organizou as necessidades humanas em cinco categorias hierárquicas,

conforme sua predominância e probabilidade:

♦ Necessidades Fisiológicas: necessidades de sobrevivência – alimento,

água, oxigênio, sono, sexo – e também são instintivas, uma vez que

nascem com o homem;

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♦ Necessidade de Segurança: busca de proteção contra ameaça e

privações. Mantém as pessoas em estado de dependência seja com a

empresa, seja com outra pessoa.

♦ Necessidade social: relacionada ao convívio social – amizade, afeto,

amor.

♦ Necessidade de Estima: desenvolvimento de sentimento, autoconfiança

e de ser útil e ser necessário para o outro. Sua frustração produz

sentimentos de inferioridade e impotência.

♦ Necessidade de Auto – Realização: tendência de explorar suas

potencialidades.

Após conceituar o estudo da motivação humana, o autor coloca uma

distinção nítida entre motivação de deficiência e motivação de crescimento, no

caso, as necessidades básicas correspondem a motivos de deficiências, que

constituem déficits no organismo, onde o preenchimento se dá através de objetos

ou seres humanos de fora. Desta forma, logo quando o indivíduo satisfaz uma

necessidade, surge outra, e assim ininterruptamente.

A motivação de crescimento ocorre quando o passo seguinte é

subjetivamente mais agradável, isto é, quando já satisfazemos as nossas

necessidades básicas, assim seremos motivados pelas tendências da

individualização.

A diferença entre as necessidades básicas (deficiência) e as

necessidades de crescimento são de ordem qualitativa, uma vez que as pessoas

diferem na intensidade de suas necessidades.

De acordo com essa teoria, dificilmente iremos atingir o topo da

pirâmide pois sempre haverão novos objetivos e sonhos.

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São muitas as críticas feitas a estas teorias que fazem ressalvas as

dificuldades de se avaliar a teoria, a metodologia utilizada no processo de

pesquisa, a dificuldade de se evidenciar que a satisfação de uma necessidade

ative a necessidade seguinte, porém a principal crítica diz respeito à subjetividade

do indivíduo, sendo extremamente difícil padronizar seus agentes motivadores.

2.1.2 Teoria da Realização ou Teoria das Necessidades

Adquiridas – MC CLELLAND

David MC Clellend foi um grande teórico americano, psicólogo

notável na década de 60, no século passado se destacando pelos seus trabalhos

sobre motivação, realização e consciência.

Essa teoria ressalta que as necessidades podem ser aprendidas ou

socialmente adquiridas durante a vida, iniciando-se assim que o indivíduo começa

a interagir com o ambiente e se resumem em três necessidades básicas:

♦ Necessidade de Realização (nR): é o desejo de ser excelente, de ser

melhor, de ser mais eficiente e as pessoas com essas necessidades

gostam de correr riscos calculados, de ter responsabilidades, de traçar

metas;

♦ Necessidade de Poder (nP): é o desejo de controlar os outros e de

influenciá-los. Pessoas assim têm grande poder de argumentação e

esse pode ser tanto positivo quanto negativo e procuram assumir cargos

de liderança.

♦ Necessidade de Afiliação (nA): reflete o desejo de interação social, de

contatos interpessoais, de amizades e de poucos conflitos. Pessoas

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com essas necessidades colocam seus relacionamentos acima das

tarefas.

Através da sua teoria, o autor estabelece pontos importantes a serem

avaliados tais como o esforço do individuo em busca de feedbacks concretos, a

eleição de modelos a serem seguidos, o estabelecimento de metas com propostas

desafiadoras e um maior controle do indivíduo para com seus desejos.

2.1.3 Teoria dos Dois Fatores – HERZBERG

Herzberg, falecido em 2000, é conhecido pelos grandes estudos

ligados a motivação humana e a teoria dos fatores e também criou o conceito do

enriquecimento do trabalhador.

Herzberg tomou como ponto de partida a teoria clássica de Maslow,

como Aldefer, também discordou de alguns pontos da Teoria das Necessidades.

Concorda com Maslow no que se diz respeito as necessidades

serem sempre internas, mas discorda ao afirmar que quando as pessoas falam de

“sentimentos de insatisfação”, se referem a fatores extrínsecos ao trabalho e

quando se referem a sentei- se bem estão se referindo a elementos intrínsecos.

Para Herzberg, a motivação depende do trabalho em si e não do

incentivo que os empresários possam dar aos colaboradores enquanto para

Maslow toda as necessidades motivam e provocam satisfação. Para Herzberg não

são todas as necessidades que motivam, pois algumas apenas evitam a não

satisfação do colaborador.

Herzberg Classifica a motivação em duas categorias:

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♦ Fatores de Higiene: são os fatores extrínsecos e são insatisfacentes, ou

seja, os que previnem a insatisfação; giram em torno do contexto do

cargo como a pessoa se sente em relação a empresa, as condições de

trabalho, salários, prêmios, benefícios, vida pessoal, status,

relacionamentos interpessoais;

♦ Fatores de Motivação: são os fatores intrínsecos, associados a

sentimentos positivos e estão relacionados com o conteúdo do cargo

como a pessoa se sente em relação ao cargo: o trabalho em si,

realização pessoal, reconhecimento, responsabilidades. O Colaborador

que está motivado tem um gerador interno e executa a tarefa pôr ela

mesma, pela realização, o reconhecimento, a responsabilidade e

progresso.

Dentro do ponto de vista desta teoria, a chave da motivação se

encontra na reestruturação dos cargos, tornando-se mais desafiadores e

gratificantes, elementos estes, que foram tirados dos mesmos pela excessiva

especialização.

Para o autor, a insatisfação não é o mesmo que a não satisfação,

uma vez que pode não estar insatisfeito, mas ao mesmo tempo pode-se também

não estar satisfeito.

2.1.4 Teoria ERC – ALDERFER

Desenvolvida pelo psicólogo Clayton Alderfer, a partir da teoria de

Maslow e de novas pesquisas, a Teoria ERC concorda que a motivação do

trabalhador pode ser medida seguindo uma hierarquia de necessidades, porém

diverge da Teoria de Maslow em alguns pontos básicos.

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Maslow via as pessoas subindo progressivamente dentro de

hierarquia das necessidades. Já Alderfer percebia que as pessoas subiam e

desciam da hierarquia das necessidades e que existia apenas três fatores

essenciais para a motivação:

♦ Necessidade Existencial: necessidades básicas de maslow, ou seja,

necessidade de sobrevivência.;

♦ Necessidade de Relacionamento: o ser humano tem a necessidade de

relacionamentos interpessoais, ou seja, sociabilidade e relacionamento

social;

♦ Necessidade de Relacionamento: necessidade do ser humano tem de

criar, dar sugestões, participar, etc; desenvolvimento do potencial

humano.

Essa teoria adota o princípio de frustração-regressão, ou seja, uma

necessidade inferior pode ser ativada quando uma necessidade mais elevada não

pode ser satisfeita e também salienta que mais de uma necessidade pode ser

focalizada de uma única vez.

2.1.5 Teoria X e Y - DOUGLAS MC GREGOR

A teoria X representa o controle existente sobre os recursos

humanos da empresa. Segundo esta teoria, o ser humano, em geral, não gosta de

trabalhar ou pretende trabalhar o mínimo possível, como tal, a grande parte dos

trabalhadores têm que ser coagidos, vigiados e ameaçados com castigos a fim de

alcançar os objetivos da empresa. Os empregados evitam responsabilidades,

preferem ordens formais sempre que possível, exibem pouca ambição e põem a

segurança acima de todos os fatores associados ao trabalho.

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A teoria Y evidencia o fato de que o desenvolvimento dos recursos

humanos é muito mais otimizado e pode ser melhor aproveitado. Conforme esta

teoria, quando num ambiente favorável, o trabalho pode ser algo natural e suscitar

o prazer. O indivíduo, movido pela auto-orientação e pelo autocontrole coloca-se

ao serviço dos objetivos previstos dentro da empresa. Neste ambiente, um

funcionário, quando aliciado com uma recompensa, empenha-se mais na

realização da sua tarefa. A seu tempo, o funcionário deixa de estar apenas sob

ordens e começa a procurar responsabilidades. Não se deve confundir esta teoria

com liberdade excessiva ou falta de controle, é apenas uma forma diferente de

administrar os recursos humanos dentro do ambiente organizacional e muitas

delas alcançam grande sucesso.

Para McGregor, se uma empresa adota as concepções da teoria X,

os seus funcionários apresentam-se desmotivados e com atitudes e

comportamentos preguiçosos. Por outro lado, se optar pela teoria Y, as pessoas

vão interagir e apresentar características motivadoras.

Apesar de muitas empresas se seguirem pelas conjecturas da teoria

X, revelando um nível baixo de satisfação dos seus colaboradores, é evidente

também a presença da teoria Y noutras empresas, nas quais se verificam grandes

resultados, maiores níveis de produção, desenvolvimento e geração de resultados

positivos. Em algumas organizações são utilizadas ambas as concepções.

2.2 Teoria do Processo

Segundo (CHIAVENATO,1999) a Teoria das Relações Humanas

passou a estudar a influência da motivação no comportamento das pessoas.

Embora este seja apenas um dos fatores internos que influenciam o

comportamento humano, a ele é dada tanta importância porque a motivação atual

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supre as necessidades dos indivíduos, a fim de atingir os objetivos, tanto pessoais

como organizacionais.

2.2.1 Teoria da Expectação – Vroom

Teoria da Expectação foi desenvolvida em 1964, por Victor Vroom é

baseada em uma visão econômica do individuo, vendo as pessoas como seres

individuais com vontades e desejos diferentes relativos ao trabalho, fazendo com

que tomem decisões selecionando o que mais lhe cabe no momento.

O idealizador desta teoria definiu pressupostos sobre o

comportamento dos indivíduos nas organizações:

Comportamento é motivado por uma combinação de fatores do

indivíduo e do ambiente; os indivíduos tomam decisões sobre seu comportamento

na organização; os indivíduos têm necessidades, desejos e objetivos diferentes;

os indivíduos decidem entre alternativas de comportamentos baseados em suas

expectativas de quando um determinado comportamento levará a um resultado

desejado.

Os componentes principais da Teoria são:

♦ Valência: força do desejo de um indivíduo para um resultado particular;

é o valor subjetivo relacionado a um incentivo ou recompensa;

♦ Expectativa: o conjunto de esforço para o primeiro nível de resultados,

em outras palavras, os trabalhadores acreditam que seus esforços irão

levá-los aos resultados desejados;

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♦ Instrumentalidade: é a relação entre o desempenho e a recompensa.

Caso seus esforços forem devidamente recompensados teremos uma

relação positiva, caso contrário será negativa.

Dentro da visão teórica, os indivíduos fazem escolhas baseadas em

seus ideais de recompensas não obtidos ainda; as recompensas devem

Ester inseridas em um período de tempo médio para que haja uma relação

desempenho - recompensa e esta deve ser justa; e por fim, o indivíduo

sabe o que se espera dele e passa a se comportar de maneira esperada.

2.2.2 Teoria da Equidade – STACY ADAMS

O estudo realizado por Adams fundamenta-se no fato de que os

trabalhadores buscam justiças quanto as recompensas recebidas, as comparando

com as dos seus colegas de trabalho.

Equidade, neste caso, é a relação entre a combinação que o

indivíduo dá em seu trabalho e as recompensas que recebe, comparada com as

recompensas que os outros recebem em troca dos esforços empregados. É uma

relação de comparação social.

Esta Teoria focaliza a relação dos resultados para os esforços

empreendidos em relação a razão percebida pelos demais, existindo assim a

EQUIDADE.

Porém quando essa relação resulta em um sentimento de

desigualdade, ocorre a INEQUALIDADE, podendo esta ser negativa, quando o

trabalhador recebe menos que os outros e positiva, quando o trabalhador recebe

mais do que os outros.

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Se alguma dessa duas condições acontecem, o indivíduo poderá se

comportar da seguinte maneira:

♦ Apresentará uma redução ou um aumento em nível de esforço;

♦ Poderá fazer tentativas para tentar alterar resultados;

♦ Poderá mudar de setor ou ate mesmo de emprego;

♦ Poderá distorcer recursos e resultados;

♦ Poderá provocar mudanças nos outros;

♦ E por fim, poderá trocar o grupo ao qual está se comparando.

A equidade é subjetiva: o que pode parecer justo para o

superior, pode não parecer justo para o subordinado, por isso, a maior

importância recai sobre o que o ambiente percebe como justo e não sobre o

que o gerente acredita ser justo.

2.2.3 Teoria de Reforço - Skinner

Skinner para definir o comportamento operante, constituído por

associações estímulo-reforço (positivo ou negativo) às respostas de um sujeito.

Suas formulações resultaram na "instrução programada" e no "ensino melhorada"

(utilizando o computador) Por outro lado, suas formulações fundamentam muitas

análises sobre a mensagem dos meios de comunicação de massa.

Os pressupostos de sua teoria são os seguintes:

♦ o comportamento é aquilo que pode ser objetivamente estudado;

♦ a personalidade é uma coleção de comportamentos objetivamente

analisáveis;

♦ as idéias de liberdade, autonomia, dignidade e criatividade são

ficções sobre comportamento sem valor explicativo e científico, na

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medida em que apenas expressam tipos variados de

condicionamento;

♦ o comportamento pode ser modelado através da administração de

reforços positivos e negativos, o que implica também numa relação

causal entre reforço (causa) e comportamento (efeito);

Os Reforços

♦ o programa experimental de Skinner é o da utilização sistemática de um

reforço, privando ou não o sujeito do mesmo conforme um

comportamento rigorosamente pretendido;

♦ a eficácia do reforço depende da proximidade temporal e espacial em

relação ao comportamento que se que pretende modelar, sob pena de

incidir sobre outro que não esteja em questão;

♦ um reforço positivo fortalece a probabilidade do comportamento

pretendido que segue. O seu registro é a presença (positividade) de

uma recompensa;

♦ um reforço negativo enfraquece um determinado comportamento em

proveito de outro que faça cessar o desprazer com uma situação. Portanto,

o seu registro é a ausência (retirada) de um estímulo que cause desprazer

após a resposta pretendida;

♦ ambos, entretanto, incidem após a emergência de um comportamento

pretendido pelo experimentador.

Punição

A punição é diferente do reforço negativo. Em termos conceituais, a

punição se refere a um desprazer (estímulo) que se faz presente após um

determinado comportamento não pretendido por aquele que a aplica, enquanto

que o reforço negativo se caracteriza pela ausência (retirada) do desprazer após a

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ocorrência de um comportamento pretendido por aquele que o promove. Skinner

ilustra assim o aspecto anti-pedagógico da punição:

A punição, neste sentido, não modifica o comportamento de quem a

promove, nem - a longo prazo - de quem a recebe (por exemplo, a punição de ser

preso não modifica o comportamento anteriormente condicionado e operante do

punido).

Reforço Positivo: alimentos para um sujeito dados após ele

responder com determinado comportamento pretendido

Reforço Negativo: choques elétricos que cessam após o sujeito

responder com um determinado comportamento pretendido

Punição: choques elétricos aplicados após um comportamento não

pretendido

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CAPÍTULO III: MOTIVAÇÃO: AUTO DESEMPENHO NAS

ORGANIZAÇÕES.

3.1 - Motivação nas organizações

O trabalho mostra que a responsabilidade dos trabalhadores cresceu

e o poder se pulverizou; portanto, muitas das competências exclusivas aos

gerentes passam a ser de responsabilidade de todos. Hoje, e cada dia mais, o

sucesso no ambiente de trabalho dependerá dos ambientes propícios a

criatividade e inovação. O diferencial competitivo dependerá da imaginação, da

capacidade de transferir conhecimentos e solucionar problemas de forma criativa

e inovadora.

O processo de motivação nos indivíduos se dá de forma intrínseca,

em que cada um desenvolve impulsos motivacionais distintos em momentos

diferentes, reconhecendo que estas forças afetam diretamente a maneira de

encarar o trabalho e suas próprias vidas. Muitos estudos procuram ainda

desvendar tanto para a administração (empregador), como para os trabalhadores

(empregados), as causas e conseqüências da (des)motivação no trabalho

tentando explorar como e quando ocorrem problemas, e como podem ser

solucionados de forma eficaz.

Entender o modo como os indivíduos são motivados é extremamente

complexo e em algumas situações pode até sofrer influencias do detentor do

poder. A dificuldade em se entender o processo motivacional reside no fato de que

não há uma única motivação capaz de determinar como os trabalhadores se

conduzirão com a relação ao desenvolvimento de suas tarefas e,

conseqüentemente, não há estratégica específica que faça com que todos em

todas as partes tenham um “moral elevado” ou seja, deve-se tentar levar em

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consideração as desigualdades humanas (peculiaridades individuais) quer pareça,

ou não, conveniente para o ambiente organizacional.

Um dos pontos em que a motivação é considerada muito importante

diz respeito ao sucesso empresarial, entendendo-o como uma forma efetiva de

alcançar a realização de um projeto ou uma gestão. Tanto no ponto de vista da

administração como dos trabalhadores, o sucesso é um tipo de motivação que

nasce sozinho, depende tanto de tecnologia adotada na organização como do

desempenho e da qualidade exercida pelas pessoas que ali trabalham em torno

de um só objetivo.

Sob o ponto de vista da Administração estratégica, a conotação do

trabalho e da motivação deve estar em sintonia com o sistema e valores

estabelecidos pela cultura da Organização. Sabe-se que a cultura organizacional

esta intimamente ligada ao conjunto de valores pessoais a ponto de exercer

influencia em todo o sistema empresarial.

Como bem mencionou (SCHEIN 1997)

”...cultura organizacional é modelo de

pressupostos básicos que um grupo assimilou á

medida que resolveu os seus problemas de

adaptação externa e interna e que, por ter sido

suficientemente eficaz, foi considerado válido e

repassado (ensinado) aos demais (novos)

membros como a maneira correta de perceber,

pensar e sentir em relação aqueles problemas.”

O desenvolvimento do processo motivacional na organização é o

elemento chave de uma gestão estratégica de resultado. Seu grande diferencial se

dá por meio de equilíbrio da capacidade produtiva e da motivação dos

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colaboradores. Este, porém, não ocorre sem um conjunto claro e expressivo de

valores.

Os valores são entendidos como uma crença no que é valioso ou

relevante, princípios ou padrões considerados importantes por determinada

pessoa ou grupo. Neste sentido, cada organização define seus valores no que

considera merecer maior atenção. Na verdade, para conhecer quais são os

valores vigentes numa organização é necessário entender o que baliza as

propriedades e caminhos que se desejam seguir na busca de seus objetivos, ou

qual a visão de futuro da organização com relação aos seus colaboradores e

consigo mesmo. Desta forma, entende-se que o processo motivacional esta em

concordância com os valores internos e externos da organização.

As Organizações centradas nas pessoas normalmente compartilham

informações e não o contrário. Parte-se do princípio de que é preciso utilizar o

capital intelectual dos colaboradores, que estes têm de compreender em detalhes

os resultados apresentados pela empresa e o que ela esta tentando fazer. Por

esse motivo, há um grande compartilhamento de informações em toda

organização. O desenvolvimento de competências deve estar baseado em um

bom fluxo de informação, responsabilidade e confiança mútua.

O trabalho em equipe é outro elemento de satisfação e

comprometimento da atividade ou função exercida pelo colaborador, bem como

com a empresa. A ênfase dada ao trabalho em equipe esta baseada num princípio

organizador e não modismos gerenciais. Baseia-se em uma crença na importância

básica das equipes como meio de executar o trabalho e promover a autonomia e

responsabilidade, canalizando idéias e a energias de todos. As equipes, a respeito

de suas responsabilidades, podem promover um senso de finalidades e

pertencimentos as pessoas.

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O repensar das ações na empresa deve partir dos anseios da cúpula

e do compartilhamento desta com seus colaboradores. O raciocínio da

administração deveria perpassar a todos, como nos casos em que o indivíduo se

defronta com situação críticas e conflitos, ou seja, nenhuma ação estratégica pode

esta desvinculada do inter-relacionamento, do compartilhamento e da tomada de

decisão na hora certa, tanto da parte da administração como dos colaboradores.

Os resultados são os que se conhecem, as derrotas ou sucessos compartilhados.

O Comportamento humano fundamentalmente orientado por objetivos, sejam eles

conscientes ou inconscientes, fica evidente na importância de associar atitudes

motivacionais a esses objetivos.

Esses fatores motivacionais vão influir diretamente no

comportamento do indivíduo e, conseqüentemente, no seu desempenho dentro da

organização. Essa ultima afirmação justifica a importância de uma breve

dissertação sobre a relação entre a motivação e o desempenho, assim como

sobre os aspectos a estes relacionados. Na verdade, tratam-se de três itens –

motivação, comportamento e desempenho – que se apresentam estreitamente

ligados. O desempenho é uma manifestação do comportamento humano nas

organizações, podendo assim também ser motivado pelo próprio individuo

(motivos internos) ou pela situação ou ambiente em que ele se encontra (motivos

externos)( MAXIMIANO,1995)

Motivos Internos, são aptidões interesses e habilidades do

colaborador, que o faz capaz de realizar certas tarefas e não outras; que o fazem

sentir-se atraído por certas coisas e evitar outras; o que fazem valorizar certos

comportamentos e menosprezar outros. Pode ser definidos como os impulsos

interiores, de natureza fisiológica e psicológica, afetados por fatores sociológicos:

necessidades, frustrações, aptidões, habilidades, atitudes e interesses.

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Motivos Externos são estímulos ou incentivos que o ambiente

oferece ou objetivos que a pessoa persegue porque satisfazem a uma

necessidade, despertam um sentimento de interesse, porque representam a

recompensa a ser alcançada.

O ambiente organizacional e as condições de relacionamento entre

colaborador e empregados, servindo como base para a formulação de estratégias

de mudança e reformulações estruturais, ajudando os gestores a obterem

respostas precisas sobre a opinião dos colaboradores. Sendo utilizada uma

metodologia da sua objetiva e segura, isenta de comprometimento com a situação

da organização, em busca de informações reais.

Pode-se definir que a análise, o diagnóstico e as sugestões são

instrumentos valiosos para avaliar: a melhoria da qualidade, do aumento da

produtividade e a avaliação de políticas internas, nos permitindo ouvir os

colaboradores sobre o que pensam em relação á organização.

A análise dos aspectos relativos á pesquisa de clima, a organização

manter o índice de motivação de seus colaboradores elevado de forma que o

mesmo seja um dos indicadores de resultado. As principais contribuições que

podemos obter da pesquisa de clima, conforme afirma Washigton Sorio (2008).

São:

"O alinhamento da cultura as ações efetivas da empresa; Promover o crescimento e desenvolvimento dos colaboradores; Integrar os diversos processos e áreas funcionais; Otimizar a comunicação; Minimizar a burocracia; Identificar necessidades de treinamentos e desenvolvimentos; Enfocar o cliente interno e externo; Otimizar as ações gerenciais, tornando-as mais consistente; Aumentar a produtividade; Diminuir o índice de rotatividade; Criar um ambiente de trabalho seguro; Aumentar a satisfação dos clientes internos e externos."

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As organizações, junto com os líderes de áreas e sua área de RH

podem ajudar e estimular seus profissionais a gerenciarem melhor a qualidade de

vida nas organizações através de um Diagnóstico Estratégico, proporcionando um

ambiente organizacional mais harmônico. Deve-se buscar uma rápida e eficaz,

permitindo de forma fidedigna (qualitativa e quantitativa), conhecer o cenário atual

da qualidade de vida de seus profissionais em todos os níveis da organização,

para que através deste, possa se investir nos focos de maior risco. Geralmente os

focos demandantes de problemas são, físicos, emocionais, de perda de

produtividade, de absenteísmo e presenteismo sem produtividade, de falta de

tolerância no trabalho em conjunto, até a perda de talento específicos nas

organizações, tudo isto pelo simples fato de não se conhecer e nem se investir na

saúde coletiva das pessoas que fazem as organizações.

3.2 – Motivação para Inovação

Ao longo do século XX, muito se discutiu sobre a natureza,

características e fontes da inovação. Este debate sobre inovação vem ocorrendo

devido as profundas transformações verificadas no sistema produtivo desde o final

do século XIX. Num primeiro momento, pode-se afirmar que o processo de

inovação refere-se às transformações de caráter tecnológico que incidem sobre a

produção ou produto, como também as inovações com expressão organizacional,

focando alterações nas formas de gestão e organização da produção. Assim, as

inovações nas empresas não só apresentam uma abordagem de ordem técnica

científica, como também são promovidas pela interatividade entre diversos

agentes econômicos e sociais que possuem diferentes tipos de informações e

conhecimentos.

Segundo (ROCHA NETO, 1997)

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“... é essencialmente econômico pois compreende a apropriação comercial do conhecimento técnico-cientifíco para a introdução de aperfeiçoamento de bens de serviço utilizados pela sociedade(...) compreender a introdução de produtos ou serviços novos ou modificados no mercado ou a apropriação comercial pioneira de invenções, conhecimentos, praticas organizacionais, técnicas e processos de produção.

As inovações, de forma genérica, podem também ser classificadas

em inovações radicais e incrementais de acordo com seu impacto na economia e

sociedade.

Entende-se como inovação radical aquela provinda de descobertas

ou bases inteiramente novas de conhecimento técnico-cientifico, modificando

radicalmente praticas sociais e econômicas. O processo inovativo contribui desta

forma para o desenvolvimento de novos produtos, ou de formas de organização

da produção, podendo significar a queda do padrão tecnológico anterior, dando

origem a novos mercados e setores industriais, bem como a redução de custo e o

aumento da qualidade de produtos já existentes. As inovações de caráter

incremental são aquelas que apenas aperfeiçoam os produtos, processos e

organização da produção sem alterar a estrutura já existente.

O que distingue empresas inovadoras das demais é que aquelas

valorizam o potencial e o conhecimento dos colaboradores, transformando-os em

competitividade empresarial e não em custos. A empresa inovadora considera

cada colaborador muito importante como pessoa e para a organização e, mais

importante, tem com ele um compromisso de longo prazo, gerando de certa forma

um ambiente de estabilidade e lealdade a organização.

É importante considerar que as empresas não inovam sozinhas. As

fontes de conhecimentos inerentes ao processo de geração e difusão de inovação

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encontram-se dentro e fora das organizações. Isso Significa que essa

interatividade se realiza através da contribuição de agentes sociais e econômicos

que possuem diferentes tipos de informações e conhecimento. Para que a

geração e difusão se concretizem, é necessário acionar na organização todo o

potencial inovativo que transcende o departamento PDE (presentes nos demais

departamentos da empresa).

Surgem inovações por meio de fontes de idéias criativas de seus

colaboradores, informações e conhecimentos, valorizando o seu conhecimento.

Todavia, para que estes talentos inovativos, por ora, venham a contribuir

efetivamente num processo de inovação contínua, é necessário que os atores

integrantes das organizações sintam-se motivados, participem dos processos na

empresas, integrantes de um programa de capacitação contínua e aprendizado

constante. Isto implica o reconhecimento das diversas formas e fontes de

conhecimento existente dentro de organização, resultando numa linguagem

comum, maior interação entre os agentes envolvidos, confiança, identificação com

a organização e ambiente motivacional que estimule a inovação.

O importante é valorizar cada colaborador pelo seu potencial e pela

forma como pode efetivamente contribuir para um ambiente inovativo. As

inovações acontecem constantemente dentro das organizações, realizadas não

apenas dentro do departamento de PDE, mas em todos os âmbitos da empresa.

Normalmente, todos os colaboradores são fontes de inovação dentro do processo

produtivo e podem contribuir por meio de conhecimento tácito, intervindo no

sistema de rotinas e procedimentos, com sugestões ou opiniões, consolidando

assim uma maior integração com o seu meio de trabalho, deixando de ser simples

executor de tarefas para ser sujeito da ação, isto é, passam a ser sujeito passivo

para ativo.

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Para que isso efetivamente aconteça nas organizações, são

necessárias mudanças comportamentais em todos os níveis da empresa. Faz-se

necessária a criação de um ambiente motivacional para a inovação. Esse

ambiente se transpõe a simples mudança e requer a adoção de uma nova filosofia

de trabalho, fazendo com que o colaborador, por meio de seus conhecimento e

trabalho, sinta-se motivado para inovar. Separar o trabalho manual do intelectual e

romper com a visão fordista torna-se uma necessidade fundamental para a criação

do ambiente motivacional a inovação. Dessa forma, contribui para atingir níveis

almejados de competitividade nas empresas e progressivamente fazer das

inovações procedimentos permanentes.

Outro elemento de motivação, utilizado por empresas preocupadas

em criar um ambiente propício a inovação é a criatividade, expressando seus

valores e o cuidadoso alinhamento dos sistemas de recompensa. Organizações

centradas nas empresas não destacam o dinheiro como fator primário de

motivação, preferem salientar as recompensas intrínsecas do prazer, do

crescimento, do trabalho em equipe, do desafio e da realização.

Para tanto, proporcionam aos trabalhadores oportunidades

constantes para que se sintam bem com relação as suas conquistas, contando

com o reconhecimento de pessoas com quem se importam, com seus colegas e

chefes.

Portanto, o alinhamento e a consistência geral desse elemento

concretizam os reais valores da organização.

3.3-Qualidade de vida fator que contribui para o Auto

Desempenho nas Organizações.

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A meta principal do programa QVT é melhorar a satisfação do

trabalhador dando o devido valor a seu colaborador, incentivando-o no seu

trabalho. A QVT envolve toda empresa e, e principalmente, a qualidade de vida,

pois o que mais se deseja na vida é a felicidade, constituindo-se em uma busca

antiga do homem. Porém, para ser feliz, é necessário ter saúde, satisfação,

consigo próprio e com seu trabalho, e tudo isso compreende a qualidade.

Muito foi falado na qualidade de vida no trabalho. Mas a satisfação

no trabalho não pode estar isolada da vida do individuo como um todo. Os

trabalhadores que possuem uma vida familiar insatisfatória têm no trabalho como

o único maior meio para obter a satisfação de muitas de suas necessidades,

principalmente, as sociais. Segundo RODRIGUES, 1994:

“O trabalho assume dimensões enormes na vida do homem, pois a qualidade de vida tem sido usada com crescente freqüência para descrever certos valores ambientais e humanos, descuidados pelas sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento econômico.”

Com a ênfase do mercado de trabalho para com as pessoas, as

empresas passam a ver o seu pessoal como peça chave para o seu

desenvolvimento e reconhecimento no cenário competitivo, a partir daí surgiu à

necessidade de proporcionar aos seus colaboradores um ambiente mais

agradável e harmonioso, que estimule a um melhor desenvolvimento aumentando

assim sua produtividade. Diante desta oportunidade estão surgindo várias

pesquisas e estudos a fim de entender a importância dessa implantação e o que

vai agregar a empresa, como também seus impactos positivos e negativos no

meio de atividades rotineiras, que após sua implantação, passarão a ser menos

estressantes e cansativas devido a qualidade de vida que estará sendo oferecida

aos seus colaboradores.

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Considerações Finais

A partir do estudo elaborado do presente trabalha monográfico, foi

possível perceber que a motivação é um elemento que faz com que a pessoa

persista na ação com e faz com que ela continue a tentar, podendo caracterizar a

motivação como uma força impulsionadora em direção a um ou vários objetivos.

Em qualquer uma das teorias motivacionais apresentadas no

trabalho, todas tem três conceitos básicos para se obter o alto desempenho:

♦ conhecimento da motivação humana;

♦ capacitação das pessoas;

♦ oportunidades e desafios para que elas possam aplicar suas

habilidades.

Quando mencionamos o ciclo motivacional, adicionamos a

capacidade individual e o suporte organizacional, somos motivados a partir do

momento que temos o reconhecimento financeiro, pessoal e social, valorização do

nosso trabalho, ou seja, quanto mais equilíbrio tiver, melhor será o desempenho.

Em se tratando de motivação não podemos deixar de falar das

recompensas monetárias, podemos dizer que o dinheiro é reforço condicionador,

ou seja, é um resultado de primeiro nível, por ser capaz de reduzir carências e

necessidades, principalmente imediatas. Para que atinja o objetivo motivador, a

pessoa precisa acreditar que irá satisfazer suas necessidades e que para isso terá

que se empenhar.

Outro fator importante para a motivação é o enriquecimento das

tarefas de acordo com o desenvolvimento das pessoas proporcionando maior

amplitude e maior profundidade.

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Pode-se constatar que a motivação humana tem sido alvo de

estudos há algum tempo, mas teve maior ênfase com o desenvolvimento da

Teoria das Relações Humanas. Valoriza-se mais o homem como o ser social e,

como conseqüência, é comum vermos cada vez mais o emprego de estratégias da

motivação para garantir sua realização e a concretização dos objetivos

organizacionais.

Para o administrador é importante conhecer as causas e os fatores

que influenciam no comportamento humano, assim como suas necessidades, uma

vez que a motivação será trabalhada sob esse aspectos. O fato de que todo

comportamento é dirigido a um objetivo também contribui nesse aspecto, uma vez

que as estratégias motivacionais adotadas também devem estar vinculadas aos

colaboradores.

Do ponto de vista Administrativo, a motivação deve servir de estímulo

à pessoa, a fim de sanar suas necessidades e desejos, provocando

comportamentos que promovam a realização de seus objetivos. A realização de

objetivos pessoais dos colaboradores reflete diretamente no seu desempenho

dentro da organização, e conseqüentemente na concretização dos objetivos da

organização.

Pelo Trabalho apresentado foi possível verificar que o processo de

motivação nos colaboradores se dá de forma intrínseca, em que cada colaborador

desenvolve impulsos motivacionais distintos em momentos diferentes.

O que distingue empresas inovadoras das demais é que aquelas

valorizam o potencial e o conhecimento sublimado de seus colaboradores,

transformando-os em competitividade empresarial e não em custos. Por esse

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motivo o planejamento estratégico e levantamentos freqüentes de clima

organizacional são e devem ser excelente ferramenta para as organizações.

Para assegurar elevados níveis de motivação para atingir o alto

desempenho nas organizações tornar-se indispensável estabelecer um

relacionamento próximo com os colaboradores e implementar uma comunicação

interna afetiva e fluida.

Devemos cultivar uma política de “porta aberta” e demonstrar para

seus colaboradores que ainda existe uma hierarquia, mas estamos sempre

disponíveis para ouvir e ajudar.

É imprescindível fornecer o feedback regular aos colaboradores, não

esperando para aguardar pelo o período da avaliação para comentar o

desempenho dos mesmos.

Deve existir a preocupação de manter os colaboradores informados

sobre vários aspectos que dizem a respeito à organização, evitando assim o

surgimento de intrigas, com conseqüências internas ineficientes.

Uma boa estratégia é proporcionar um ambiente saudável para os

colaboradores e motivá-los com a base apresentada no trabalho. Entendo que

muito pode isso contribuir para o sucesso e o alto desempenho das organizações.

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