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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A AUDITORIA NAS POLÍTICAS DA ADMINISTRAÇÃO DE RH Por: Andréa de Sá Pinheiro Orientadora Profª.Adélia Araújo Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A AUDITORIA NAS POLÍTICAS DA ADMINISTRAÇÃO DE RH

Por: Andréa de Sá Pinheiro

Orientadora

Profª.Adélia Araújo

Rio de Janeiro

2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A AUDITORIA NAS POLÍTICAS DA ADMINISTRAÇÃO DE RH

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”

em Gestão de Recursos Humanos.

Por: Andréa de Sá Pinheiro.

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AGRADECIMENTOS

A Deus em primeiro lugar, que esteve

sempre ao meu lado e iluminou meus

caminhos. A toda minha família que me

apoiou nessa caminhada e em especial

a minha mãe que está sempre ao meu

lado, ao meu pai que mesmo com toda

dificuldade, me proporcionou a

oportunidade de continuar estudando e

a profª Adélia pela dedicação e

sugestões na orientação desse

trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho, com muito amor e

carinho ao meu namorado, pelo total

incentivo e força na caminhada pelos

estudos.

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RESUMO

“A administração de recursos Humanos (ARH) é uma área

extremamente sensível à mentalidade que predominava nas organizações. Por

isso, ela é contingencial e situacional. Depende da cultura que existe em cada

organização. Depende também da estrutura organizacional adotada. Mais

ainda, depende também das características internas, das suas funções e

processos e de um sem-número de outras variáveis importantes. Porém a ARH

está passando por grandes mudanças e inovações. As pessoas deixam de ser

o recurso organizacional mais importante para se tornar o parceiro principal do

negócio”. (CHIAVENATO, 1997).

O tema desta monografia está inserido na área de Recursos Humanos e

a intenção, ao final deste foi descobrir se as organizações, através das políticas

de recursos Humanos estão se desenvolvendo corretamente e se o processo

organizacional está encarando de forma diferente o papel do ser humano,

considerando-o ou não, como fator fundamental para o alcance de maior

competitividade no mercado.

Primeiramente, este trabalho começará com um estudo breve sobre a

evolução da Administração de recursos humanos. Em seguida o sistema de

informação de Rh abordará algumas etapas da base das políticas de RH,

finalizando a Auditoria de RH que é o propósito principal do trabalho dentro das

bases das políticas de RH.

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METODOLOGIA

Este trabalho foi elaborado sobre uma pesquisa de caráter exploratório e

foi desenvolvida com base num estudo bibliográfico. O presente instrumento

tomará como referência a fim de contribuir para um resultado produtivo a

análise de consultas a artigos em revista, internet e livros. Onde com isso foi

possível desenvolver um trabalho com um bom conteúdo teórico que outros

alunos em sua vida acadêmica possam consulta-lo e dar início a um outro bom

trabalho.

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SUMÁRIO

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – A Evolução Histórica do RH 09

1.1 – As Escolas Administrativas e a Função de Pessoal 09

1.2 - A Evolução das Cinco Fases da Gestão de Pessoal 11

1.3 - Conhecendo a Administração de Recursos Humanos 13

CAPÍTULO II – O Sistema de Informação em RH 16

2.1 – O Papel do Banco de Dados 17

2.2 – Planejamento do Sistema de Informação de RH 18

CAPÍTULO III – Auditoria em RH 38

3.1 – Atividades Preliminares da Auditoria de RH 38

3.2 – Preparação da Auditoria 40

3.3 – Como Ocorre a Auditoria de RH 42

3.4 – Situações Observadas em um Processo de Auditoria 44

CAPÍTULO IV – Contabilidade de RH, Balanço e Responsabilidade Social. 48

4.1 – Classificação das Contas Sociais 50

4.2 – Responsabilidade Social da Organização 52

CONCLUSÃO 54

BIBLIOGRAFIA 56

INDICE 59

FOLHA DE AVALIAÇÃO 60

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INTRODUÇÃO

Dentro das políticas de RH o assunto auditoria em RH foi escolhido

devido a sua importância dentro da administração de Recursos Humanos.

A auditoria tem como função controlar o ciclo do processo administrativo,

constitui um meio da direção da organização verificar se os resultados da

programação estão de acordo com os objetivos do planejamento pessoal e as

causas de situações adversas, que estão prejudicando a execução da

programação destinada a efetuar diagnósticos, prognósticos e recomendações

que visa avaliar melhor a forma de trabalho da organização. Gerir pessoas,

talentos e competências humanas representa hoje uma questão

eminentemente estratégica para as organizações. Enquanto não se criar uma

mentalidade profissional nas organizações, dificilmente a Auditoria de RH terá

sucesso.

A ação de desenvolvimento de RH, hoje em dia está intimamente ligada

a gestão global da organização. A tomada de consciência de que a gestão de

RH é a responsabilidade principal de todos aqueles que trabalham nas

organizações, tem sido, em grande parte responsável pelo desenvolvimento

das mesmas. A globalização vem trazendo enorme mudança no contexto

mundial das organizações, exigindo competitividade elevada das mesmas, para

que assim possa ao menos, garantir a sua sobrevivência ou utilizar desta

competitividade para o alcance da produtividade almejada.

Esta monografia vem mostrar como o processo de auditoria é ambicioso

e, quando efetuado tecnicamente, oferece uma visão global do esforço

agregado das ações de Recursos Humanos da organização, funcionando como

elemento de apoio à política de pessoal, hoje é vital para as organizações

continuarem no mercado permitindo sempre o bom funcionamento dessas

políticas.

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CAPITULO I

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO RH

De acordo com Gil (1994), a administração de RH surge em decorrência

do crescimento das organizações e do aumento da complexidade das tarefas

de gestão de pessoal. Seu desenvolvimento confunde-se com a própria história

da administração.

O “capo Del personale”; “personel chief”; ou chefe de pessoal no início

do séc XIX tinha em comum, tanto na Itália quanto nos Estados Unidos e no

Brasil, as mesmas características que o definiram por muitos anos: uma

pessoa inflexível e muito frio na hora de demitir alguém. Dessa forma, ser

convocado a comparecer no departamento pessoal foi muito tempo sinônimo

de estar sendo chamado para receber o cartão vermelho. Por muitos anos os

funcionários tiveram essa sensibilidade, e talvez, em muitas empresas

atualmente persista. No Brasil, com certeza. (Marras, 2002).

Nesse cenário é que começou a aparecer, a partir do desenvolvimento

dos processos, métodos e normas de trabalho, o interesse no estudo de alguns

fenômenos colaterais observados no campo da psicologia organizacional e da

sociologia no trabalho, principalmente no que diz respeito ao comportamento

do homem.

1.1– As Escolas Administrativas e a Função de Pessoal

De acordo com Marras (2002), a racionalização atingiu a área de

trabalho como uma das últimas incursões nesse campo, pelo homem na

história da humanidade. Com descartes, no séc XVIII, quando se resolveu

adotar o racional como solução do contemporâneo, vemos o racionalismo

atingir o seu apogeu no séc XIX, as ser aplicado às ciências naturais e sociais.

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10 Nesse período e sob total influência nasceu a função de chefe de

pessoal propriamente dita.

Para o empresário, o trabalhador era somente um instrumento a mais na

busca dos resultados da empresa.

Segundo Marras (2002), o movimento de relações humanas, na década

de 20, trouxe um desafio extremo a função de chefe de pessoal. Como se sabe

esse novo modelo de administração teve como base de mudança à relação

entre empregados e empregadores. O principal e fundamental objetivo deste

movimento era proporcionar fundamentação científica às atividades

administrativas, substituindo a improvisação e o empirismo.

Nesse novo modelo administrativo de administrar a relação entre

empregados e empregados e empregadores, a função de chefe de pessoal

sofre uma pressão muito forte, com uma inversão radical de seu papel. A

ordem agora é preocupar-se com o indivíduo, com suas necessidades e outras

variáveis com as quais até esse momento ninguém estava absolutamente

preparado.

Nesse novo cenário a função de chefe de pessoal vê-se envolvida com

várias teorias e com uma variável até então desconhecida por eles e pela

organização: o poder das relações informais.

É nesse cenário que inicia a valorização da função “cuidar do pessoal”.

A função até então de terceiro escalão de chefe de pessoal ganha o status de

gerência.

Trata-se de um fato interessante, pois a hierarquia natural das

organizações essa função sobe um degrau muito importante no conceito

organizacional e na estrutura piramidal deixando de ser uma função puramente

operacional para tornar-se de origem tática.

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11 A função de pessoal passa a identificar-se, nos Estados Unidos, como

“personal mananger” (gerente de pessoal) na Itália “dirigente Del personale” e

no Brasil adotou-se a tradução do inglês “gerente de pessoal”. (Marras, 2002).

O movimento das relações industriais expandiu-se a partir da década de

50 que apareceu a denominação que ligava essa área à de ciências humanas.

Exatamente no mesmo período em que a escola de relações humanas estava

no auge, resolveu-se que seria muito apropriado denominar essa função de

“gerente de relações humanas” ou “gerente de recursos humanos (GRH)”. O

movimento de valorização das relações humanas no trabalho surgiu a partir da

constatação da necessidade de considerar a relevância dos fatores

psicológicos e sociais na produtividade. (Gil, 1994).

Num modismo típico começa-se a falar em administração de RH na

década de 60, quando essa Expressão passou a colocar no âmbito das

organizações: Administração de pessoal e Relações Industriais. O

aparecimento da administração de RH deve-se a introdução de conceitos

decorrentes da teoria geral dos sistemas à gestão de pessoal. Nos Estados

Unidos criou-se paralelamente ao gerente de recursos humanos o gerente de

relações industriais (GRI) para distinguir o gerente que cuidava de aspectos

puramente administrativos (GRI) daquele que seria o especialista sobre

questões humanas (GRH). (Gil, 2001).

Dessa vez não se ganhou somente a nomenclatura e o status. A

“moderna” função de (GRH) ganhou diversas sub-áreas que passaram a lhe

dar uma abrangência muito maior, embora ainda sempre em nível tático-

operacional.

1.2– A Evolução das Cinco Fases da Gestão de Pessoal

Pesquisa realizada em 1997 pela professora Tose, da Faculdade de

Administração da pontifícia Universidade Católica de São Paulo, baseada em

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12 bibliografia principalmente acadêmica, mostra que é possível destacar cinco

fases na evolução ao perfil profissional de RH e suas respectivas épocas.

• A fase contábil antes de 1930, pioneira da “gestão de pessoal”, também

chamada de “pré-histórica” por alguns autores, caracterizava-se pela

preocupação existente com os custos da organização.

• A fase legal de 1930 a 1950 registrou o aparecimento da função de

chefe de pessoal, profissional cuja preocupação estava centrada no

acompanhamento e na manutenção das recém-criadas leis trabalhistas

da era Getulista.

• A fase tecnicista de 1950 a1965 foi a que implantou no Brasil o modelo

americano de gestão de pessoal e ergueu a função de RH ao

reconhecimento da gerência. Foi nessa fase que a área de RH passou

a operacionalizar serviços como os de treinamento, recrutamento e

seleção, cargos e salários, higiene e segurança no trabalho, benefícios

e outros.

• A fase administrativa de 1965 a 1985 ou sindicalista segundo Tose criou

o marco histórico nas relações entre capital e trabalho, na medida em

que é berço de uma verdadeira revolução que movida pelas bases

trabalhadoras, implementou o movimento sindical denominado novo

sindicalismo. Nesse período registrou-se nova mudança significativa na

denominação e na responsabilidade do até aqui gerente de relações

industriais (gerente de pessoal) o cargo passou a se chamar gerente de

RH.

• A fase estratégica de 1985 a atual foi delimitada operacionalmente,

segundo Albuquerque (1988), pela introdução dos primeiros programas

de planejamento estratégico central das organizações. Iniciou-se a nova

subida organizacional do cargo de gerente de recursos humanos, que

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13 de posição gerencial, de terceiro escalão, em nível ainda tático, passou

a ser reconhecido como diretoria, nível estratégico nas organizações.

1.3– Conhecendo a Administração de Recursos Humanos

A administração de recursos humanos consiste no planejamento, na

organização e no controle de técnicas capazes de promover o desempenho

eficiente do pessoal e da organização. Sendo necessário um contínuo controle

e avaliação para manter o equilíbrio da organização que serão analisadas em

forma de desempenho e comparadas a resultados.

Na opinião de Chiavenato (1999), A administração de recursos

humanos além de ser responsável pelo recrutamento, seleção, treinamento e

desenvolvimento de pessoas, é também responsável pela cultura ou clima

organizacional, sempre comprometida com o pleno desenvolvimento da

empresa, atuando na vanguarda dos diversos setores da organização, na

busca de soluções para enfrentar os problemas de crise, globalização, novas

tendências de mercado, entre outras tendências, que fazem com que as

empresas tenham a necessidade de se adaptarem frente às novas realidades

de mercado.

Atualmente, com a globalização, as empresas estão passando por

momentos difíceis por não estarem competitivas, pela falta de qualidade e

produtividade. E, para se conseguir isso, é necessário que as organizações

tenham seus recursos humanos plenamente motivados e comprometidos na

busca de seus objetivos. Para tanto, é necessário que sejam adotados

programas voltados para motivação de pessoas, plano de carreira e política de

cargos e salários eficientes, avaliação de desempenho coerente, entre outras

formas de reconhecimento e dignificação profissional.

Na visão de Aquino (1980), Portanto, cabe aos administradores de

recursos humanos, atuar com determinação e eficiência sobre todas as

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14 políticas que envolvem a área de recursos humanos, na busca da qualidade,

integração das equipes, educação e conscientização das pessoas frente às

mudanças necessárias (implantação de Programas de Qualidade Total), novas

tendências de mercado e acima de tudo sobre a total satisfação dos seus

clientes internos e externos.

Conforme nos diz Kwasnicka (1991) “A administração de recursos

humanos representa todo o esforço da organização, no sentido de atrair

profissionais do mercado de trabalho, prepara-los, adapta-los, desenvolvê-los e

incorpora-los de forma permanente ao esforço produtivo e utilizar

adequadamente o profissional que uma organização necessita”.

A administração de recursos humanos depende do pensamento

predominante na organização (Chiavenato, 1997). Hoje, as organizações

aumentaram seu conceito de parceria fazendo parte dele os funcionários,

passando a trata-los como parceiros. E na medida em que obtiverem os

retornos desejados, cada parceiro estará preparado a investir seus recursos na

organização. Os objetivos da administração de recursos humanos ou gestão de

pessoas passaram a ser estratégicos e os seus processos são: agregar,

aplicar, recompensar, manter, desenvolver e monitorar pessoas. Contudo a

administração de recursos humanos é uma responsabilidade de linha e uma

função de staff, o que requer compartilhamento entre os especialistas de rh e

os gerentes de linha.

Podemos dizer que a administração de recursos humanos está

mudando, ela está se ajustando muito rápido aos tempos modernos. De uma

maneira grande e irreversível. Ela tem deixado de ser administração de

recursos humanos para se converter em gestão de pessoas. De uma área

fechada, monopolística e centralizadora que a caracterizavam no passado, a

moderna administração de recursos humanos está se tornando aberta,

amigável, compartilhadora e descentralizadora. A partir das políticas que

situam o código de valores éticos da organização, cabe aos Recursos

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15 Humanos, governar suas relações com os empregados, acionistas,

consumidores, fornecedores, etc. As bases da política de recursos humanos

permitem definir os procedimentos a serem implantados, que são cursos de

ação predeterminados para orientar o desempenho das operações e

atividades, tendo-se em vista os objetivos da organização. Os procedimentos

constituem uma espécie de plano permanente que serve para orientar as

pessoas na execução de suas tarefas dentro da organização, como também

guiar as pessoas na realização desses objetivos.

As bases da política de recursos humanos são divididas em:

Suprimentos, Aplicação, Manutenção, Desenvolvimento e Controle de

Recursos humanos, Conforme quadro abaixo:

POLÍTICAS DE RH

Suprimento de

Recursos Humanos

Pesquisa de Mercado (RH)

Recrutamento

Seleção Integração

– onde recrutar (fontes)

– técnicas de recrutamento

– técnicas e critérios de seleção

– integração dos novos participantes

Aplicação de

Recursos Humanos

Análise e Descrição de Cargos

Planejamento e Alocação de RH

Plano de Carreira

Avaliação de Desempenho

– requisitos básicos para o papel

– quantidade de recursos necessários

– oportunidade de crescimento

– avaliação da qualidade e adequação dos recursos humanos

Manutenção de

Recursos Humanos

Administração de Salários

Plano de Benefícios Sociais

Eng. de Segurança e Medicina do Trabalho

Administração de Pessoal

– política salarial

– plano de benefícios aos funcionários

– condições físicas ambientais e segu- rança que envolvem os cargos

– Rotinas gerais de Depto. Pessoal

Desenvolvimento de

Recursos Humanos

Treinamento

Desenvolvimento de RH

Desenvolvimento Organizacional

– preparação/ reciclagem de empregados

– aprimoramento a médio e logo prazos

– aplicação de estratégias de mudança

visando a excelência organizacional

Controle de

Recursos Humanos

Banco de Dados

Sistemas de Informação

Auditoria de Recursos Humanos

– registros e controles dos rec. humanos

– meios e veículos de informação

– avaliação das políticas de rec. humanos

Fonte: Fundação Getúlio Vargas

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CAPÍTULO II

O SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS

Na opinião de Chiavenato (1999), o sistema de informação em recursos

humanos é o sistema mais abrangente sobre a força de trabalho servindo para

análises e ações da área de gestão de pessoas. Portanto, atendendo as

necessidades dos especialistas de recursos humanos, onde consistem em

saber exatamente as necessidades de informação para a gestão de pessoas.

Algumas organizações mais antigas restringem certas informações

exclusivamente ao órgão de administração de recursos humanos enquanto

outras mais inovadoras abrem totalmente as informações para todos os

usuários, inclusive os funcionários.

As evidências de complexidade, de dinamismo e de mudanças do

ambiente organizacional, tão faladas estabelecem a necessidade de se dispor

de informações sistematizadas que possibilitem sustentar as decisões

gerenciais de forma rápida e precisa. Conseqüentemente deve-se encontrar na

própria dinâmica do sistema empresarial a base para se definir os objetivos e

as aplicações práticas que condicionarão a formulação do sistema de

informações de recursos humanos. (Lucena, 1995).

A formulação e a manutenção de um sistema de informações de

recursos humanos compõe uma das atividades básicas importantes para

subsidiar a gestão de recursos humanos da empresa. E segundo a teoria das

decisões, a organização é uma série estruturada de redes de informação que

ligam as necessidades de informação de cada processo as fontes de dados.

Dentro de cada organização existem vários sistemas de informações. Os

bancos de dados constituem o suporte básico dos sistemas de informação.

(chiavenato, 1997, Cautela, 1976).

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17 Com isso Lucena (1976), define sistema de informação de recursos

humanos como a criação, processamento, produção, distribuição e atualização

de relatórios gerenciais cujas informações são apresentado de forma

estruturada e correlacionado com os objetivos e as aplicações práticas exigidas

pela administração de recursos humanos da empresa.

2.1 – O Papel do Banco de Dados

Para Cautela (1976), o banco de dados é um sistema de

armazenamento e acumulação de dados codificados e disponíveis para o

processamento e obtenção de informações. É à base de todo o sistema de

informações. Os dados exigem processamento (classificação, armazenamento

e relacionamento) para que possam ganhar significado e conseqüentemente

informar.

Os bancos de dados esclarecem algumas restrições de um sistema se

evitar a manutenção de arquivos separados ajudando a integrar funções e

departamentos. Ele guarda a informação usada em comum pelos diversos

subsistemas de uma empresa.

No setor de recursos humanos, os vários banco de dados interligados

permitem obter e guardar informações a respeito de diferentes extratos ou

níveis de complexidade, a saber:

• Dados pessoais sobre cada empregado formando um cadastro de

pessoal.

• Dados sobres os ocupantes de cada cargo formando um cadastro de

cargos.

• Dados sobre os empregados de cada seção, departamento ou divisão,

formando um cadastro de seções.

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18 • Dados sobre os salários e incentivos salariais formando um cadastro de

remuneração.

• Dados sobre benefícios e serviços sociais formando um cadastro de

benefícios

• Cadastro de candidatos, sobre cursos e atividades de treinamento.

• Outros cadastros dependem das necessidades da organização, da

administração de recursos humanos.

A eficiência da informação é maior com o auxílio de banco de dados,

não somente pela redução da “memória” para arquivos, mas também porque

os dados logicamente interligados permitem uma atualização e processamento

integrado e simultâneo. (Chiavenato, 1997, apude Yoder, 1969).

Mas para se transformarem em informação os dados precisam ser

processados. A manutenção e atualização dos bancos de dados são de

responsabilidade dos seus usuários, isto é, dos especialistas de recursos

humanos e de toda organização. Todos estão envolvidos na tarefa de manter

os bancos de dados devidamente atualizados.

2.2 – Planejamento do Sistema de Informação de RH

O ponto de partida para um sistema de informações de recursos

humanos é o banco de dados, que abastece as gerências de informações

sobre o seu pessoal.

Um sistema de informações de recursos humanos utiliza como fonte de

dados para a auditoria de recursos humanos os elementos fornecidos por:

2.2.1 - Recrutamento e Seleção

O recrutamento e seleção de pessoas fazem parte de um mesmo

processo, que é a introdução dos recursos humanos na organização.

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19 Enquanto o recrutamento, como o próprio nome diz, tem a tarefa de

recrutar profissionais através de pesquisa de mercado e técnicas de

recrutamento (anúncios em jornal, indicações etc.); a seleção tem a função

de selecionar através de critérios de avaliação psicológica, psicotécnicos,

entrevistas, testes situacionais e dinâmicas de grupo, com o objetivo de

contratar o melhor candidato que se adequar ao cargo e à empresa.

(Carvalho, 1999).

• Fonte Interna

O recrutamento interno e um processamento ou movimentação interna

de recursos humanos. Ela traz muitas vantagens, como:

- Economia, pois evita despesas com anúncios em jornais, custos de

atendimento de candidatos etc.

- É mais rápido, e apresenta maior índice de validade e de segurança, pois o

candidato já é conhecido na empresa.

- É uma fonte poderosa de motivação para o empregado, e desenvolve um

sadio espírito de competição entre o pessoal.

O recrutamento interno poderá acompanhar essa linha de etapas:

O responsável da área requisitante elabora e revisa o perfil de cargo a

ser preenchido; emite a requisição de pessoal e envia para administração de

recursos humanos onde se analisa a posição salarial e a estrutura

organizacional. Feito isso, envia a requisição para o setor de recrutamento e

seleção que consulta o banco de dados de funcionários; em seguida, consulta

à chefia da área requisitante sobre o interesse à cerca dos candidatos

internos levantados no banco de dados.

Em seguida, consulta as chefias sobre a liberação de um eventual

candidato; realiza o processo seletivo com os candidatos liberados;

encaminham os candidatos aprovados para a área requisitante, a mesma

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20 entrevista os candidatos, escolhe o finalista e envia o documento de

aprovação e contratação do candidato à gerência de recursos humanos, que

deverá por sua vez, transferir a responsabilidade da transferência de cargo

e/ou salário para o departamento de pessoal.

• Fonte Externa

O recrutamento externo pode utilizar uma ou mais das seguintes

técnicas: Esgotadas as possibilidades de recrutamento interno, a gerência

de recursos humanos, deverá buscar as fontes externas de recrutamento

que são: anúncios em jornal, consultorias de recursos humanos murais de

universidades e indicações de funcionários.

A seguir, a gerência de recursos humanos deverá analisar e

identificar os currículos que atendam ao perfil solicitado. Feito isso, deverá

assessorar a área requisitante sobre o processo de seleção, que deverá

acompanhar também do processo seletivo. A gerência de recursos humanos

aplica entrevistas, dinâmicas de grupo, testes psicotécnicos, psicológicos,

situacionais e principalmente voltados para a área de atuação, para

selecionar o melhor candidato entre os concorrentes. É importante lembrar

que, em um processo de seleção não se deve restringir somente à avaliação

psicológica e comportamental (o que é feito por muitos profissionais da

área). Para se conseguir um excelente resultado em um processo de seleção,

deverá ser adotado um critério de seleção eficiente e rigoroso, abrangendo

todas as etapas que são:

• Entrevista inicial (para avaliar a personalidade e adequabilidade do

candidato junto à empresa) com objetivo de filtrar os que não se

enquadram no perfil;

• Aplicação de dinâmicas de grupo – neste processo é avaliado o aspecto

comportamental. Porém, para se obter total eficácia, é importante que se

faça perguntas inteligentes e que forcem os candidatos a falarem sobre

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21 suas experiências e resultados alcançados. Por exemplo, além da

apresentação pessoal (nome, escolaridade, dados pessoais), questionar

sobre como poderão contribuir com a empresa, quais os valores que

poderá agregar para a empresa, os principais resultados e como

chegaram a eles, principais projetos realizados etc.

• A realização de entrevistas individuais e o encaminhamento dos

candidatos finalistas à área requisitante.

• A área requisitante acompanha o processo de seleção, avalia

tecnicamente os candidatos e define o profissional escolhido.

2.2.2 – Avaliação de Desempenho

Na visão de Bergamini (1988), a questão do treinamento e

desenvolvimento passa pela questão da avaliação de desempenho, pois a

eficácia daqueles depende em muito de sua correta aplicação.

Qualquer avaliação pode ser incômoda, mesmo quando é feita entre

quatro paredes. Pública, então, nem se fala. As habilidades podem ser

colocadas em xeque e isso se torna um processo doloroso para a maioria dos

avaliados. Por isto, a empresa deve preparar seus funcionários para a

avaliação, através de seminários onde fiquem claro quais são os objetivos do

programa.

Um método diferenciado do qual cada vez mais empresas vêm se

utilizando para avaliar os funcionários é a avaliação em 360 graus, na qual

todos (chefia, clientes internos e subordinados) falam o que pensam sobre o

funcionário a ser avaliado. O objetivo é tentar medir a qualidade dos

relacionamentos, não só o tamanho dos resultados. O método consiste no

seguinte: toda a cadeia de relacionamentos do avaliado ajuda a traçar seu

perfil. A avaliação deve funcionar como um espelho. Com ela, o avaliado vê a

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22 sua atuação e identifica as mudanças necessárias. Na maioria dos casos, a

participação dos subordinados na avaliação em 360 graus os funcionários

falam do chefe, mas não “assinam embaixo”. O resultado é quase sempre

mantido em sigilo; apenas o avaliado e seu chefe imediato têm acesso às

informações. (Marques, 1994, Beraldo, 1988).

Mas, nem sempre o resultado da aplicação de programas de avaliação

diferenciados, como no caso da avaliação em 360 graus, é totalmente positivo.

Em algumas empresas identificou-se a necessidade da vinculação dos

resultados da avaliação à remuneração dos executivos. Isso significa que o

relacionamento do profissional com a equipe passa a contar pontos na hora de

se conceder aumentos de mérito, como forma de incentivar mais enfaticamente

uma mudança de comportamento.

Na maioria, das empresas a avaliação de desempenho praticamente só

é aplicada no nível técnico e estratégico, principalmente para os cargos de

chefia. Basicamente, quem avalia é o superior imediato, mas o nível do

alcance de metas também conta. Em algumas delas, existe psicólogo fazendo

avaliação, principalmente para identificar as necessidades de treinamento e

desenvolvimento. A avaliação de desempenho nestas empresas tem por

objetivo identificar a performance do profissional, o cumprimento de metas e a

necessidade de capacitação para o eficaz exercício da sua função. (Zimpeck,

1992).

A constatação de Marques (1994), nas pesquisas realizadas em

organizações públicas e privadas, resume os fatores que devem estar

presentes no processo da Avaliação de Desempenho: “... foi possível identificar

entre avaliadores e avaliados alguns anseios que devem nortear a busca pela

renovação das práticas vigentes: maior transparência quanto a parâmetros e

critérios de avaliação, diversidade de avaliadores (feedback múltiplo),

facilitação do aprendizado e aperfeiçoamento técnico dos instrumentos".

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23 Observa-se melhor processo de avaliação de desempenho é, aquele

aberto, que permite ao profissional conhecer e discutir seus resultados. Ele

tem o direito de saber quais são seus pontos fracos e fortes, o que tem que

otimizar, o que possui de bom e não sabem, quais são as suas dificuldades e

como superá-las. A partir do momento em que o profissional sabe exatamente

o que é, como é e para que é a avaliação, o processo é muito mais confortável.

Além disto, o questionário não deve ser padronizado, pois o que é fundamental

para uma função pode não ser para outra. (Serson, 1990).

A mudança está em curso e o que se percebe, então, é que as velhas

avaliações de desempenho serão substituídas pelo gerenciamento de

performance baseado em processos e resultados e não mais em

características pessoais, apesar disto ainda ser muito praticado nas empresas

brasileiras.

2.2.3 – Administração de Salários

De acordo com Zimpeck (1992), a manutenção de recursos humanos

exige uma série de cuidados especiais, entre os quais sobressaem os planos

de compensação monetária, de benefícios sociais e de higiene e segurança no

trabalho.

Os dias atuais se caracterizam, no meio organizacional, por uma corrida

das organizações para se adaptarem a uma nova realidade em que atualização

tecnológica, produtividade e qualidade são questões cruciais não mais apenas

para crescerem, mas mesmo para sobreviverem. Dentro deste panorama, tem

se mostrado como um traço comum entre as organizações o reconhecimento

de que essa adaptação passa, necessariamente, pela adequação e pelo

engajamento dos seus recursos humanos. Ao mesmo tempo, há um fato já

bastante assimilado pelas organizações, segundo o qual a implementação

requer a solução de aspectos básicos, dentre os quais se destaca a questão

salarial.

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24 A tal constatação juntamos a nossa convicção de que forma

verdadeiramente eficaz de solucionar a questão salarial de qualquer

organização consiste na implantação de um sistema interno que organize,

discipline e, sobretudo, facilite a tarefa de administrar a remuneração dos

funcionários. Este sistema ficou conhecido como plano de cargos e salários.

O salário tem sido sempre a principal questão entre organização e

empregados. Tal importância do salário pode ser analisada sob dois prismas

distintos: o da importância para o empregado e o da importância para a

organização. Para o emprego significa retribuição, sustento, padrão de vida,

reconhecimento. Para organização representa custo e fator impactante no

clima organizacional e na produtividade. Para uma grande parte dos

trabalhadores, o salário significa a própria subsistência e, para muitas

organizações, a folha de pagamento representa o item mais importante dos

seus custos. (Chiavenato, 1999).

Na visão de Toledo (1981), é razoavelmente comum encontrarem-se

organizações nas quais a folha de pagamento representa 30% ou até mais nos

custos dos produtos ou serviços. Sempre que certos itens tomam tais

proporções no conjunto de fatores ou custos, são escolhidos para serem

administrados à parte, com maior rigor.

Para Zimpeck (1992), administração de salarial, também chamada de

política salarial visa uma dupla finalidade. Em primeiro lugar, atribuir uma

remuneração adequada ao cargo. Em segundo é tornar estimulado o exercício

do cargo, ou as tarefas que os compõem.

À parte o seu impacto econômico visível, o salário tem efeitos nem

sempre notados, como a sua influência no clima organizacional e,

conseqüentemente, na produtividade da organização, no tempo e na energia

que costuma tomar das chefias e dos dirigentes, na contaminação da imagem

interna e externa da organização, e em outros.

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25 A Administração de Cargos e Salários (ACS) é uma das funções da

Administração de Recursos Humanos e busca, basicamente, assegurar a

eficácia na atribuição dos cargos e dos salários aos colaboradores das

organizações.

2.2.4 - Análise e Descrição de cargos

De acordo com Chiavenato (1999), análise e descrição de cargos é a

atividade fundamental da Administração de Recursos Humanos que tem por

finalidade a obtenção de dois produtos básicos: a descrição de cargos (job

description) e a especificação de cargos (job requirements). Sem uma

adequada estruturação ocupacional e dos requisitos necessários ao

desempenho desse conteúdo ocupacional e dos requisitos necessários ao

desempenho desse conteúdo, pouco, ou quase nada podemos fazer em

termos de Administração de Recursos Humanos. Essas duas peças tanto a

descrição como a especificação de cargos, necessária a consecução dos

objetivos de uma organização, prestam grande contribuição ao

desenvolvimento das funções operativas da área de pessoal, ou melhor,

dizendo, dos subsistemas em que se desdobra o sistema de recursos

humanos.

A análise das funções é o levantamento sistemático dos dados relativos

a cada função, com o objetivo de elaboração das descrições e das

especificações. Ela procura identificar “o que faz” o ocupante da função, “como”

faz e “para que” faz. Ela pode ser realizada mediante questionários,

entrevistas, observação direta e métodos combinados, incluindo exame do

trabalho.

A organização deve procurar fazer com que o novo participante assimile

o programa de integração, ou seja, os assuntos organizacionais, os benefícios,

as apresentações aos superiores e colegas de trabalho e os deveres dos

cargos.

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26 Uma empresa que não planeje seus recursos humanos freqüentemente

descobrirá que não está alcançando com eficácia nem suas necessidades de

pessoal nem seus objetivos gerais.

Os administradores devem prever a necessidade de pessoal para suprir

e desenvolver a organização. Sendo os cargos ajustados e adequados ao

crescimento profissional das pessoas, ou melhor, dizendo, enriquecimento ou

ampliação de cargos.

Há na própria lei a indicação do meio pelo qual se entrosam as

determinações legais com os processo de racionalização aplicada à

administração de pessoal, na política salarial.

O plano de carreira é utilizado em larga escala pelo funcionalismo

público em razão da peculiaridade imprimida pelo direito administrativo. A

elaboração do plano de carreira compreende, inicialmente, o escalonamento

dos cargos em padrões; toma-se para esse fim, a faixa salarial e se dividem em

tantos degraus quantos os padrões que se pretende ter; esses padrões

geralmente são identificados por letras. (Nascimento, 1995, Carvalho, 1995).

A falta de um planejamento de plano de carreira faz com que a empresa

entre em dificuldade sempre que tem que preencher um cargo mais graduado,

pois não há ninguém preparado. Além disso, propicia disputas internas, com

graves ressentimentos pessoais. Promoções baseadas em apadrinhamento

desmoralizam até quem não foi prejudicado de fato. E a manipulação de

critérios no plano de carreira, para promoção de protegidos.

Desigualdades salariais sem fundamento perturba o ânimo dos

funcionários de menor salário, e podem elevá-los a reclamações judiciais de

equiparação, comprometendo todo esforço de captação de sua lealdade.

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27 2.2.5 - Treinamento e Desenvolvimento

Na opinião de Boog (1999), o treinamento está presente em todos os

campos de aplicação da racionalização à função social da empresa. Dele

depende de forma considerável o sucesso da análise do trabalho, porque é

através do treinamento dos supervisores que se vai criar um ambiente

favorável à atividade do analista junto ao trabalhador, que não verá nele

delator de erros, nem um fator de coerção de progresso funcional; assim

também o próprio supervisor e as demais pessoas chamadas a colaborar

com o analista.

Do treinamento pode resultar o êxito do plano de avaliação de

cargos, cujo bom funcionamento é produto da compreensão que dele

tenham os chefes.

O treinamento acima de tudo é um dos mais poderosos instrumentos

de ação direta da racionalização, senão o melhor, por serem os seus

resultados mais efetivamente sensíveis na elevação da eficiência, ao

ensinar continuamente ao trabalhador como, aplicando esforço cada vez

menor, obter de si, do seu trabalho e do conjunto dos trabalhos, produção

cada vez maior, informando-o de todos os progressos da tecnologia e

habilitando-o a deles servir-se.

O treinamento visa dar ao recém admitido os conhecimentos que

carece para o satisfatório desempenho das funções e responsabilidades

que lhe incumbem na empresa. Imediatamente após a ambientação e

geralmente em combinação com ela pode surgir a necessidade da

utilização do processo de treinar e aperfeiçoar as habilidades do

empregado, ou seja, transmissão de conhecimentos específicos relativos

ao trabalho. (Boog, 1999).

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28 Segundo Chiavenato (1997), para determinar a necessidade de

treinamento pode observar se as verificações dos recursos humanos são

suficientes quantitativa e qualitativamente para as atividades atuais e

futuras da organização. Identificada à necessidade de treinamento da

organização, o departamento pessoal pode iniciar o programa de

treinamento adequado.

Para Gil (1994), está ficando para trás o tempo em que treinamento

significava um ou outro curso na vida de um profissional. A empresa

decidia qual e quando; o empregado freqüentava, sem questionar. As

ações de T&D se inserem num projeto maior de renovação permanente da

empresa. Não é mais um conjunto de cursos, seminários e outras

atividades desenvolvidas paralelamente ao negócio.

A falta de explicação dos motivos pelos quais o colaborador está sendo

encaminhado para treinamento é algo que torna o processo ineficaz. Por isso,

a implantação do treinamento voluntário é também uma inovação em Recursos

Humanos. Cada chefe deve passar a explicar a cada treinando em potencial

os motivos do treinamento, as suas características e os resultados esperados,

bem como a ligação disso tudo com a carreira profissional dele. Além disto, ele

deve ter a oportunidade de dizer, também, se está interessado em participar

deste treinamento.

A atuação no cenário organizacional contemporâneo tem exigido um

processo continuado de capacitação e desenvolvimento, cuja responsabilidade

e direção vêm sendo cada vez mais assumidas pelos próprios profissionais.

Como estratégias de capacitação e desenvolvimento neste mercado

crescentemente competitivo, é necessário colocar em prática o conceito de

educação permanente e, para isso, realizar parceria com universidades

competentes, incentivar ações de auto desenvolvimento, investir no

desenvolvimento de programas para jovens talentos e desenvolver programas

personalizados de educação gerencial para necessidades específicas. Mas, o

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29 mais importante, é entender que a educação é investimento e atrelar o

programa de treinamento/desenvolvimento/educação ao plano estratégico da

organização. (Chiavenato, 1997).

Na opinião dos especialistas na área, as empresas brasileiras já

incorporaram T&D como fator estratégico dentro do planejamento futuro. Ao

contrário dos tempos do treinamento de um curso só, a nova proposta requer

ações que resultem numa organização mais ágil, flexível e em constante

revisão de processos de trabalho à luz dos desejos e expectativas dos clientes.

O que, certamente, requer reciclagem permanente de pessoal, tanto em nível

técnico como comportamental.

O processo de educação, treinamento e desenvolvimento devem prever:

• Ações básicas para cada cargo/função;

• Ações específicas baseadas nas avaliações dos líderes;

• Ações específicas para os colaboradores classificados como potenciais.

Segundo Boog (1999), muito mais que estabelecer uma nova planta

industrial, calcada nos modernos conceitos de células de produção, os projetos

de produtividade e qualidade deveriam incluir o desenvolvimento das pessoas

para entenderem o seu papel na organização, e, conseqüentemente, contribuir

de forma efetiva para que estes projetos não passem de um mero arranjo

físico.

A maior parte das Empresas concentra-se hoje no T&D voltado às

necessidades da própria globalização. Já existe a conscientização de que hoje

temos acesso à tecnologia e de que o retorno do investimento feito no ser

humano é grande.

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30 Muitas colocações podem ser feitas, justificando a dificuldade de iniciar

um efetivo programa de desenvolvimento dos colaboradores, inclusive seu

custo, aparentemente sem retorno. Mas, não vamos entrar na discussão.

Desenvolvimento é investimento e quem, principalmente nos próximos anos,

não estiver atento à necessidade desse investimento para o efetivo

desenvolvimento organizacional estará fadado, dia menos dia, a perder seu

espaço e, quem sabe, até sua empresa.

É necessário que os executivos responsáveis por esta área use toda sua

capacidade de influência, no sentido de que as atividades de treinamento e

desenvolvimento contemplem em seus conteúdos programáticos, matérias

voltadas mais para o crescimento do indivíduo e não apenas tão somente para

a organização. Sabemos que quando o colaborador cresce como ser humano,

ele produz mais e melhor.

As Empresas de sucesso, num mundo tão competitivo, são aquelas que

antevêem as mudanças, agindo pró-ativamente, interferindo nos seus futuros.

Assim, conhecer (entenda-se conhecer cientificamente) as variáveis ambientais

e os cenários que se avizinham são fatores basilares para a ação gerencial,

com vistas à otimização dos processos, rumo ao desenvolvimento

organizacional.

2.2.6 - Administração de Pessoal

Chiavenato (1997) nos mostra que na administração de recursos

humanos as políticas deverão estar de acordo com os padrões e os princípios

estabelecidos pela organização. Algumas dessas políticas são controladas

pelo Ministério do Trabalho; quando se encontram em não-conformidade

podem causar custos abusivos não previstos no orçamento da organização e

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31 por vezes, processos referentes a tais anormalidades encontradas no setor de

departamento pessoal.

Em recursos humanos algumas políticas não possuem diretrizes que

regulamentam as mesmas, tais como: o recrutamento, a seleção e treinamento.

Sendo, por vezes criadas pela própria organização.

Na opinião de Serson (1990), na área de rotina de departamento pessoal

entram fiscalizações do Ministério do Trabalho, onde tende estar de acordo

com a CLT. Mas cabe ao programa de auditoria avaliar minuciosamente todos

os itens referentes ao departamento pessoal.

Uma das principais fontes de auditoria de recursos humanos são as

rotinas gerais de Departamento Pessoal da organização. No processo de

auditoria na admissão de pessoal, observam-se alguns itens:

• Registros de empregados;

• Contribuição sindical e guias de recolhimento de contribuições;

• Atestados médicos;

• Autorização de aumento de salário e promoção;

• Recibos de despesas;

• Lista de admissão e demissões;

Durante a permanência do empregado na empresa:

• Cartões de folhas de ponto;

• Acordos e convenções sindicais;

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32 • Folhas de pagamento;

• Pagamento de férias e 13º salários;

• CTPS e atestados médicos;

• Registro de comunicação de acidentes de trabalho;

• Horas extras e horas noturnas;

• Atestados médicos de gestante e benefícios correlacionados;

• Aviso de férias coletivas;

Na folha de pagamento observa-se:

• Relação Anual de Informações Salariais (RAIS);

• Guias de recolhimentos sindicais e contribuições de FGTS;

• Cópias das listas de contribuições sindicais;

• Memorando de 13º salário;

• Recibos de honorário;

• Contratos de serviços temporários e empreitadas;

• Guias de recolhimento de previdência social;

Na rescisão do contrato de trabalho:

• Na recessão deve-se verificar os cálculos;

• Exame demissional médico;

• Emissão do auxílio desemprego;

• Aviso de dispensa do serviço;

• Data limite do pagamento da rescisão;

• Baixa na CTPS e no livro de registro de empregados;

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33 • Aviso prévio;

• Autorização de gratificações nas rescisões;

• Laudos médicos de insalubridade.

O assunto não limitado somente nos itens citados acima, pois o

processo de auditoria é muito abrangente. Para fins ilustrativos, colocamos

itens para exemplificar as etapas do processo de verificações a serem

auditadas. (Toledo, 1981, Almeida 2003).

As relações trabalhistas representam o sistema de relacionamento entre

a organização, os seus membros e os sindicatos que os representam.

Na visão de Toledo (1981), as relações trabalhistas representam o

sistema de relacionamento entre a organização os seus membros e os

sindicatos que os representam. As políticas de relações trabalhistas podem ser

paternalista, autocrático, de reciprocidade ou particular, que envolve a co-

responsabilidade do sindicato na manutenção do clima organizacional sadio.

As relações trabalhistas são influenciadas pelo estágio do sindicalismo.

Existem meios de ação sindical, legítimos e legais, como a greve, bem como

meios ilícitos de pressão, como: a Greve Simbólica (greve de curta duração e

sem abandono do local de trabalho); a Greve de Advertência (serve para

reafirmar a importância da reivindicação, é uma interrupção súbita do trabalho

por breve espaço de tempo, geralmente pouco antes do término da jornada); a

Greve de Zelo (também chamada de operação padrão, pois o funcionário

cumpre todos os regulamentos, contudo as executas com falhas causando

transtornos inconvenientes à organização, isto é, uma atitude de má-fé dos

funcionários); a Operação Tartaruga (os funcionários executam suas tarefas

lentamente e sob inadequadas condições técnicas, assim reduzindo a

produção); a Paralisação Relâmpago (é uma interrupção rápida e intempestiva

em um ou diversos setores da mesma organização ou organizações

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34 diferentes); as Faltas Atrasos dos Funcionários em Setores Vitais; Paralisação

de Fornecedores Vitais.

Em contrapartida existem meios de pressão patronal, como: o Locaute

(é a parada patronal, isto é, o fechamento temporário das empresas, como

meio de pressão nas negociações sindicais e com seus empregados); a Lista

Negra (a empresa divulga a todas as outras empresas do ramo que tal

funcionário foi desligado por motivos de ações sindicais, assim impedindo que

o funcionário seja empregado em outras empresas). A reapresentação dos

trabalhadores na organização pode ser direta (ou anti-sindical), como no caso

dos conselhos das fábricas e comitês de empresa; ou sindical, quando há

engajamento dos trabalhadores em seus respectivos sindicatos.

Os conflitos entre as pessoas e as organizações são gerados por

condições antecedentes (como a diferenciação de atividades, os recursos

compartilhados e a interdependência) que, quando tomadas às condições

desencadeantes (como percepção da incompatibilidade de objetivos e da

oportunidade de interferência), produzem o comportamento de conflito, que

exige uma resolução a fim de evitar seqüelas. O conflito pode ter resultados

construtivos e destrutivos. Os conflitos trabalhistas são aqueles que envolvem

organizações e sindicatos representativos de seus empregados. Sua resolução

é feita por meio de convenções coletivas ou acordos coletivos de trabalho

estabelecidos nas negociações coletivas. (Chiavenato, 1999).

As pessoas se agrupam para formar organizações e através delas

alcançar objetivos, conforme alcançam seus objetivos a organização tende a

crescer e o número de pessoas aumenta proporcionalmente.

A auditoria de Recursos Humanos representa a função controle do

processo administrativo. A auditoria é uma investigação profunda sobre o

sistema de pessoal da empresa.

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35 Para Rebelo (1998), o auditor deve fazer um estudo sobre como a

empresa está recrutando, selecionando, treinando seu pessoal. Quais os tipos

de promoções está oferecendo aos seus funcionários e como anda a

rotatividade interna da empresa, como está o índice de demissões e

admissões, porque a pessoas estão saindo da empresa e como estão sendo

admitidas. A empresa tem que se preocupar porque o tunover está sendo alto.

Investindo em motivação e visar a satisfação de seus funcionários. À medida

que as pessoas entram na empresa os custos com o treinamento aumentam.

Tunover refere-se ao movimento para dentro e para fora de uma

organização, da força de mão de obra. Este movimento é um índice da

estabilidade de tal força. Um movimento excessivamente caro. Quando um

empregado deixa uma empresa são acarretados custos tais como:

• Custos de contratação, que envolve tempo e facilidades para o

recrutamento, entrevistas e exames de um empregado de reposição.

• Pagamento feito a quem está aprendendo excede o que ele produz.

• Coeficiente de empregados envolvidos em acidentes é maior.

• Perda de produção no intervalo entre a saída do antigo empregado e o

que o substitui.

• As taxas de desperdício aumentam quando o empregado é novo etc.

Índice de Tunover = DM X 100

PMM

Além do tunover temos que falar do absenteísmo que é a situação que

existe quando uma pessoa deixa de vir para o trabalho a que esta destinada. A

taxa de absenteísmo é a relação de dias perdidos pelo número total de dias e

horas trabalhados.

Índice de Absenteísmo =nºde homens/dias perdidos por ausência ao trb X100

por homem/dia Efetivo médio X nº de dias de trabalho

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36 Índice de Absenteísmo = nº de homens/horas perdidas X 100

por homem/hora Total de homens/horas de trabalho

Existe um número irredutível de absenteísmo na maioria das

organizações, algumas das quais projetam essa taxa como 3%. O absenteísmo

excessivo constitui uma perda considerável para a empresa, mesmo quando o

empregado ausente não recebe pagamento.

Os cálculos desses elementos são muito importantes para auditoria de

Recursos Humanos. O auditor de posse desses cálculos tem uma base de

como está o nível de empregados na empresa, se há necessidade de

admissões. Este problema está dividido em duas partes:

• A análise da quantidade ou carga de trabalho.

• Análise do contingente de mão de obra.

A análise da quantidade de trabalho lida com problemas, como a

previsão de vendas, escala de trabalho e determinação de requisitos de mão

de obra por unidade de produto. O resultado dessa análise deve conduzir ao

estabelecimento de uma quantidade especificada de pessoal necessário. O

problema não termina aqui, pois o contingente de mão de obra constante na

folha de pagamento não é igual à força de trabalho existente e nem capaz de

produzir todos os dias. Conseqüentemente, é necessário fazer uma análise do

contingente de trabalho, a fim de dar margem a eventos tais como: ausências,

términos de contrato, aposentadorias e outras eventualidades. Depois deste

estudo o auditor pode dizer que o pessoal existente é inadequado, insuficiente

ou excede a quantidade necessária de empregados. (Gil, 1992).

O absenteísmo tem causas complexas, muitas vezes as causas do

absenteísmo estão na própria organização, na supervisão deficiente, no

empobrecimento das tarefas, na falta de motivação e estímulo, nas condições

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37 desagradáveis de trabalho, na precária integração do empregado à

organização e nos impactos psicológicos de uma direção deficiente. As causas

reais do absenteísmo são:

• Doenças efetivamente comprovadas;

• Doenças não comprovadas;

• Razões diversas de caráter familiar;

• Atrasos;

• Faltas por motivos pessoais;

• Dificuldade e problemas financeiros;

• Baixa motivação para trabalhar;

• Supervisão inadequada, entre outros mais complexos.

Para enfrentar o desafio da rotatividade, muitas organizações estão

modificando suas políticas de pessoal, redesenhando os cargos para torná-los

mais atraentes e desafiadores, redefinindo a gerência para torná-la mais

democrática e participativa repensando a remuneração para transformá-la em

ganho variável em função do desempenho e metas a serem superadas,

estratégias motivadoras. Isto é, para reduzirmos o absenteísmo, devemos fazer

com que o funcionário “participe” da organização fazendo-o pensar que ele

também é dono da empresa.

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38

CAPÍTULO III

AUDITORIA DE RECURSOS HUMANOS

Segundo Chiavenato (1997), “a auditoria de recursos humanos pode ser

definida como a análise das políticas e práticas de pessoal de uma organização

e avaliação de seu funcionamento atual, seguida de sugestões para melhoria.

Observando se as práticas e condições estão compensando e voltados para o

resultado”.

A auditoria baseia-se em verificações, acompanhamentos, registros e

estatísticas. E também não possui a função somente de indicar falhas e

problemas, mas também apontar sugestões e soluções.

Numa auditoria de RH são avaliados as habilidades e o desempenho na

organização de cada indivíduo, mas o que é mais relevante é a disciplina.

Como diz Rebelo (1998), as novas tendências pedem que a ARH fique

mais ligada à estratégia da organização. O modelo dos quatro “C”

(comprometimento, competência, congruência e custo), é útil para avaliar a

eficácia com que a política de recursos humanos da organização está apoiando

sua estratégia empresarial.

A auditoria de RH com seu caráter fiscalizador pode desenvolver forte

impacto educacional, baseando-se nas verificações, acompanhamentos,

registros e estatísticas.

3.1 – Atividades Preliminares à Auditoria de RH

Como grande parte do sucesso da auditoria é função do seu bom

planejamento e é importante que se saibam as primeiras medidas a serem

tomadas antes de ser posta em prática. Além de definir a equipe de auditoria, é

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39 necessário que se faça uma boa coleta de informações com o tamanho, a

complexidade e a abrangência da organização a ser auditada, bem como da

percepção da própria organização sobre como ela preenche as exigências da

norma em questão. Devendo ser levada também a documentação necessária a

fim de se colaborar para a auditoria. (Almeida, 2003).

De acordo com Almeida (1990), existem muitas maneiras de verificar as

práticas e diretrizes de recursos humanos em organizações. Algumas

empresas contratam um consultor externo que conheça as experiências de

outras empresas. O consultor externo pode desenvolver auditoria global como

pode dedicar-se em tempo parcial a alguns aspectos das práticas e diretrizes

de recursos humanos. Outras empresas utilizam seu próprio pessoal e formam

equipes de auditoria, tendo como coordenador o diretor de RH. Outras

empresas formam equipes e contratam consultor externo para orienta-las.

Veremos então os tipos de auditoria:

• Auditoria Interna

Segundo Attie (1986), a auditoria interna é composta por pessoal

especializado, colocando numa situação diferenciada em que a alta

administração pode fazer parte, para facilitar o acesso às indicações de

políticas e procedimentos que se encontram efetivos por toda a organização.

Para que a auditoria interna alcance aceitação é necessário ter

habilidade e condição em ambos os sentidos, ou seja, de um lado quanto à alta

administração a quem deve provar competência e lealdade, e de outro lado,

quanto aos diversos segmentos da empresa a quem deve provar, além da

competência e lealdade, interesse nos problemas e soluções de cada um

deles.

Identificar áreas problemáticas, sugerir correção para obter destes o

apoio necessário ao desenvolvimento da prestação de serviços a toda

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40 empresa. O suporte gerencial para a atividade de auditoria necessita ser

difundido clara e categoricamente na mais alta declaração de política da

empresa, enfocando a sustentação da auditoria. Como uma atividade

organizacional e permitindo-lhe acesso irrestrito, em cada uma das áreas da

empresa. O resultado dos exames praticados pela auditoria, a opinião formada

e as recomendações precisam ser prontamente reportadas a alta

administração que deverá proceder à ação corretiva e apropriada. (Attie, 1986).

• Auditoria Externa

A auditoria externa distingue-se da interna por se tratar de empresas ou

pessoas especializada em auditoria, que vendem seus serviços para outras

que necessitam de auditoria em suas estruturas.

A auditoria externa surgiu como parte da evolução do sistema capitalista.

No início, as empresas eram fechadas e pertenciam a grupos familiares. Com a

expansão do mercado e o acirramento da concorrência, houve a necessidade

de a empresa ampliar suas instalações, investir no desenvolvimento

tecnológico e aprimorar seus controles e procedimentos, visando a redução de

custos e tornando mais competitivos seus produtos no mercado. Seu principal

objetivo é emitir um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis, no

sentido de verificar se estas refletem adequadamente a posição patrimonial e

financeira, o resultado das operações, as mudanças do patrimônio líquido e as

origens e aplicações de recursos da empresa examinada. Também se essas

demonstrações foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis e se

esses princípios foram aplicados com uniformidade em relação ao exercício

social anterior. (Gil, 1992, Aquino, 1980).

3.2 – Preparação da Auditoria

Chiavenato (1997), diz o auditor líder deve ser o responsável pela

preparação da auditoria. Ele tem que faze-la com a elaboração de sua equipe,

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41 objetivando estudar em detalhes a documentação aplicável e as

particularidades do assunto em questão como conhecer os pontos relevantes

de auditorias anteriores determinando a abrangência e a profundidade da

auditoria dividindo as tarefas com os membros da equipe auditora, dentre

outras finalidades. É de sua responsabilidade participar da seleção de sua

equipe. Ele tem que monta-la com profissionais capacitados e com treinamento

em técnicas de auditorias, levando em conta alguns fatores como

independência em relação às atividades a serem auditadas; ausência de

qualquer conflito de interesse real ou perceptível; conhecimento da norma

segundo a qual a auditoria será conduzida; tipo de serviço ou produto e as

exigências regulamentares associadas; necessidade de qualificação

profissional ou conhecimento técnico em uma disciplina específica;

necessidade de habilidade na gestão da equipe, dentre outras.

O Plano de auditoria deve ser aprovado pelo cliente e comunicado aos

auditores e aos auditados. Tem que ser elaborado com flexibilidade para

permitir mudanças, dando ênfase às informações obtidas durante a auditoria.

Além da identificação dos indivíduos que tem responsabilidade direta e

significativa em relação aos objetivos e intenção da auditoria, o planejamento

de auditoria deve incluir:

Os próprios objetivos e intenção Identificação dos documentos de referência

Identificação dos membros da equipe auditora Idioma da auditoria Tempo previsto e duração da cada atividade principal da auditoria

Identificação das unidades organizacionais a serem auditadas

Data e local em que a auditoria deve ser executada

Programa das reuniões com a gerência do auditado

Critérios de confidencialidade Distribuição do relatório de auditoria e data prevista para a sua emissão

Fonte: Fundação Getúlio Vargas

Deve-se emitir, com razoável antecedência, uma notificação formal

sobre a auditoria a ser realizada, contendo as informações de intenção e

objetivo da auditoria, data e duração previstas, nome dos membros da equipe

auditora, detalhes operacionais e outras informações julgadas relevantes. Após

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42 esta etapa, é necessário, para o registro de atividades, que se liste o principal

documento de trabalho, incluindo a lista de verificação com o plano de auditoria

e os relatórios de não-conformidade e das ações corretivas.

É fundamental o conhecimento, em detalhes de todas as etapas para a

perfeita conclusão da atividade. Principalmente deve se fazer uma reunião de

abertura com os representantes da organização auditada para apresentar as

técnicas e a metodologia a serem utilizadas, além de verificar se todo o

processo está encaminhado conforme o previsto. Caso necessário, faça uma

breve visita às instalações da organização auditada, com o objetivo de obter

uma melhor visão do fluxo do processamento do serviço e/ou produto. Evitando

ater-se a detalhes, uma vez que evidências deverão ser obtidas no transcorrer

da auditoria.

A etapa mais crítica é a coleta de evidências, uma vez que os resultados

obtidos serão conseqüência do bom desempenho técnico e da habilidade dos

auditores. A coleta deve ser feita através de entrevistas, do documento de

referência, ou da lista de verificação previamente elaborada. Cada auditoria é

um novo desafio. Habilidades são adquiridas com a prática contínua e a

experiência. Cabe destacar, no entanto, que as principais habilidades do

auditor são saber administrar seu tempo, apurar os fatos e fazer uma boa

redação de relatórios. (Chiavenato, 1997, apude Naisbitt, 1983).

3.3 – Como ocorre a Auditoria de Recursos Humanos

As fontes de informações de auditoria de RH residem nos próprios

sistemas ou processos de administração de recursos humanos. A auditoria de

recursos humanos pode ser aplicada a um ou a todos os seguintes níveis de

abordagem: resultados, programas, políticas, filosofias e teorias.

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43 Por fim, os aspectos mais importantes da auditoria são a contabilidade

de recursos humanos e o chamado balanço social, que devem levar em conta

os resultados éticos e a responsabilidade social da organização.

É necessário que este conheça os pontos fortes e fracos, para que

trabalhe apropriadamente o seu perfil, antes da realização da auditoria. O perfil

do auditor é composto por características profissionais e técnicas, e atributos

éticos e pessoais. Veja quadro a seguir:

Atributos Pessoais (desejáveis) Analítico Educado Paciente Asseado Entusiasmado Persistente Auto disciplinado Equilibrado Polido Bom comunicador Ético Pontual Bom julgador Flexível Postura correta Bom observador Habilidoso com as pessoas Profissional Bom ouvinte Humilde Responsável Bom planejador Inquisitivo Saber trabalhar em equipe Bom redator Íntegro Saber trabalhar sob pressão Bom senso Interessado Sóbrio Criterioso Maduro Tenacidade Diplomático Mente aberta Disciplinado Metódico Discreto Organizado

Fonte: Fundação Getúlio Vargas

Conforme Almeida (2003), o profissional de Recursos Humanos, pelo

novo cenário que se delineia, exercerá a função de facilitador das relações de

trabalho, ocorrendo uma descentralização das funções da área de recursos

humanos. Com isso, os gerentes de cada área organizacional passarão a ser

autênticos consultores de recursos humanos, e o órgão de recursos humanos

passará a ser um consultor destes gerentes, orientando-os sobre como

administrar seus subordinados de acordo com uma humanização das relações

de trabalho.

Acredito que para o novo profissional de recursos humanos, trabalhando

em organizações que possuem preocupações com o homem, existe um grande

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44 desafio o de despertar nos colaboradores a consciência para a importância que

cada um possui, no sentido de assumir a construção de sua própria carreira.

3.4 – Situações Observadas em um Processo de Auditoria

• Quando a empresa auditada passa a procurar responsáveis pelas não

conformidades detectadas. Buscam também culpar terceiros por falhas

que estão sob sua responsabilidade. Esclarecendo amplamente, em

todas as oportunidades, os reais objetivos de uma auditoria,

mencionando que o importante é encontrar a causa do problema e não

punir pessoas, até mesmo porque 85% dessas causas são gerenciais.

• Os auditados passam a dar explicações excessivas para as não

conformidades detectadas, procurando justificar cada uma delas.

Mostrando de forma objetiva que as não conformidades já foram

detectadas e que as justificativas apresentadas não reverterão a

situação, com isso salientando que as auditorias não buscam

justificativas.

• Os auditados ficam visivelmente descontrolados, deixando de fornecer

informações confiáveis. Evitando a presença de equipes numerosas

durante as entrevistas, pessoais estranhos ao setor, bem como pessoal

da gerência e alta administração auditando níveis hierárquicos inferiores.

Quebrando o gelo, fazendo observações positivas até que o auditado se

acalme.

• Os auditados, por motivos diversos, como, por exemplo, à falta de

conhecimento da equipe no assunto, passam a questionar os auditores.

Lembrando os objetivos da auditoria e informando que eventuais

dúvidas poderão ser esclarecidas posteriormente.

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45 • Os auditados apresentam-se indiferentes às constatações observadas,

procurando conscientizar ao auditado na importância de todos para o

sucesso global.

• Os auditados passam a boicotar, ridicularizar ou questionar os objetivos

da auditoria, procurando, inicialmente, conscientizar os auditados

através de exemplos de fatos incontestáveis que demonstrem sua

colocação imprópria.

• Os auditados por apresentarem uma postura provocativa e agressiva em

relação aos métodos da auditoria dificultam todo o processo. Procurar

inicialmente esclarecer que se trata de um trabalho conjunto entre o

auditor e o auditado com interesse e concordância da alta

administração. Caso haja persistência no comportamento do auditado, a

interrupção da auditoria pode ser considerada.

• Os auditados aproveitando a oportunidade da auditoria, passam a

questionar a sua própria organização e/ou setor, atacando posições

quanto às meta e métodos. Não se envolver na discussão. Em alguns

casos, este tipo de discussão pode propiciar benefícios para a

organização, porém naquele momento deve ser preservado o

cumprimento dos objetivos da auditoria.

• Os representantes da organização passam a questionar o grau de

conhecimento e a experiência dos auditores no assunto específico, em

relação ao dos auditado, mencionando que a equipe está bem

preparada, que foi qualificada com base em critérios preestabelecidos e

que os profissionais, com uma visão externa, podem contribuir

significativamente para a melhoria do processo.

• Os auditados propositalmente ou não se esquecem de prover evidências

solicitadas, verificando em outros momentos, a disponibilidade das

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46 evidências pendentes. Não esquecendo de lembrar ao auditado que

existem informações e documentos ainda por serem vistos.

• Os auditados oferecem disfarçadamente ou até mesmo de forma

explícita, promessas de negócios futuros, recompensas, mordomias,

etc., a fim de que os relatórios de não conformidade sejam

desconsiderados como tal e que o parecer do relatório final seja

favorável aos seus interesses para atuar de maneira a cortar qualquer

assunto nesta linha, procurando, inicialmente, não responder ou fingir

não estar entendendo o assunto. Caso persista o oferecimento, recusar

claramente qualquer tentativa de suborno e deixar explícito que o fato

será mencionado no relatório de auditoria.

• Qualquer ação percebida no sentido de prejudicar o rendimento da

auditoria, o auditor deve controlar-se de forma a não alterar sua atuação

pelo desconforto da situação, enfatizando que o plano precisa ser

cumprido totalmente, e que, se tais situações continuarem, a auditoria

poderá estender-se além do previsto ou que o resultado final da

auditoria poderá ficar comprometido.

Na visão de Gil (1992), a mudança apesar de ser a coisa mais certa

e constante na vida, é temida pela maioria das pessoas. Isto porque gera

instabilidade, muda a ordem das coisas e tira a sensação de equilíbrio e

segurança que todos tanto buscam estabelecer.

Frente às emoções de medo ocasionadas pelas mudanças, as

pessoas escolhem uma das três reações: ficam paralisadas, fogem ou se

aproximam do desconhecido. E quando as mudanças são iminentes, as

manifestações mais freqüentes são a elevação da ansiedade, diminuição da

motivação, confusão de prioridades.

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47 Com as mudanças, aumenta o nível de ambigüidade, as pessoas não

sabem o que conservar “do velho” e o que aprender de novo. O que

desaprender e o que incorporar ao seu aprendizado. A tendência é então

ficar com um pé em cada barco, o que gera ainda mais instabilidade e

insegurança. No somatório de todos estes fatores, o que ocorre

inevitavelmente é a queda da produtividade. (Lucena, 1995).

Se as pessoas não sabem o que deve ser feito e em que prioridade,

se não sabem o que é importante, o que deve ser conservado e continuado,

e o que deve ser descartado, é natural que a iniciativa e a decisão fiquem

comprometidas e reduzidas ao mínimo de risco possível. Assim, o que se

observa é o aumento do número de faltas ao trabalho por motivos de saúde

e/ou por prospecção de novas oportunidades de trabalho.

As mudanças não são um acontecimento especial, são constantes na

vida, e por isso precisam ser administradas.

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48

CAPÍTULO IV

CONTABILIDADE DE RH, BALANÇO E RESPONSABILIDADE

SOCIAL.

Para Almeida (2003), a contabilidade tradicional está voltada para o

acionista da organização, proporcionando-lhe uma avaliação do andamento

dos negócios e da adequação da administração, do ponto de vista financeira e

contábil. A contabilidade tradicional está voltada para o lucro e omite os demais

recursos, tais como o ingresso de pessoas na organização. Em termos

contábeis, o indivíduo escapa da avaliação quantitativa direta e imediata.

Contudo o indivíduo constitui um elemento muito importante na organização e

no desempenho da mesma, não pode ser adequadamente avaliado se o fator

humano não for incluído nessa avaliação.

Embora o social e o humano não possam ser contabilizados em termos

de valorização ou efeitos diretos ou reflexos de um bom clima organizacional.

Um exemplo é a melhora dos resultados através de acréscimos de

produtividade que favorece a conservação de bens patrimoniais: as

quantificações desses ganhos de produtividade ou das melhorias patrimoniais

não aparecem nos balanços contábeis tradicionais.

Chiavenato (1997), fala que o balanço social é um conceito cuja

concretização formal está incompleta, pois no inventário dos “Valores Sociais”

apenas são focalizados alguns aspectos que não são mais do que um dos

lados do balanço, ou seja, aspecto do ativo social. As organizações não

evidenciam aspectos negativos, ou seja, aspecto do passivo social. Sendo

assim, sem o ativo e o passivo social não teremos o balanço social.

O balanço social busca recapitular em um documento os principais

dados que permitam apreciar a situação da organização no domínio social,

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49 registrar as realizações efetuadas e medir as mudanças ocorridas no ano em

referência e dos anteriores (Chiavenato, 1999). O balanço deve conter

informações sobre empregos, a remuneração, e os encargos sociais, as

condições de higiene e segurança, a produtividade do pessoal, as difusões

(como rotatividade, o absenteísmo, os conflitos trabalhistas etc). O balanço

social deve retratar não somente a relação entre a organização e o seu

pessoal, mais também na relação entre a organização e a sociedade como um

todo, englobando informações sobre as seguintes categorias de parceria

sociais:

• Empregados – suas características, sua constituição, remuneração,

encargos sociais, potencial de desenvolvimento, promoções, condições

de trabalho etc.

• Acionista – sua constituição, características, capital de risco aplicado e

resultados financeiros.

• Clientes e usuários – sua constituição, características, nível de produção

e das vendas etc.

• Fornecedores de matérias primas e equipamentos – sua constituição,

características para que assim possam ser avaliadas a solvência e

rentabilidade da organização.

• Entidades locais regionais e nacionais com aspectos de ambiente,

controles operações de organização.

• Autoridades públicas em geral.

O balanço desse modo procura demonstrar as relações entre as

organizações e seus parceiros sociais, assim como a influência social e o

impacto social exercido pela organização. (Rebelo, 1998).

O “estado da arte” do balanço reflete a situação social e a política de

cada país, e não há um consenso a respeito de sua natureza e conceituarão.

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50 4.1 – Classificação das Contas Sociais

Podemos classificar quatro categorias de contas:

• As contas sociais reduzidas à análise em termos de custos sociais,

relacionadas com os principais parceiros sociais da organização,

como:

a. Pessoal – ou seja, investimentos e/ou despesas anuais correntes

referentes a melhorias das condições de trabalho ou higiene e

segurança, idem quanto à formação de treinamento do pessoal,

despesas para a melhoria da qualidade de vida do pessoal e de

suas famílias.

b. Clientes ou usuários – ou seja, investimentos como (pesquisas,

instalação de controle e qualidade) que visam ao melhor

atendimento ou proteção do cliente.

c. Coletividade – despesas quanto a antipoluição, melhorias

urbanas ambientes físico, obras do interesse coletivo etc.

• As contas sociais em que as ações com fins sociais são avaliadas

simultaneamente em termos de custos monetarizados e em termos

de impacto não monetarizado. Trata-se de um melhoramento do item

precedente, em que o produto social é conhecido, mas não avaliados

em expressão monetária precisa.

• As contas sociais em que os custos sociais e produtos sociais são

monitorizados para se determinar um resultado social líquido por tipo

de parceiro e por soma algébrica, um resultado global. O único

exemplo característico desta categoria é o modelo de balanço social

em que todas as grandezas são expressas em dinheiro e em que os

princípios da “partida dobrada” são estritamente respeitados,

havendo uma conta para cada um dos parceiros, empregados,

acionistas etc. A soma algébrica desses resultados sociais permite

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51 avaliar a contribuição social da organização – que pode ser positiva

ou negativa – ao conjunto da sociedade, por exercício contábil.

• As contas sociais que mostram como, no curso do tempo, evolui à

parte da riqueza criada pela organização e distribuída entre diversos

parceiros sociais. Na forma mais elementar, este tipo de

contabilidade apresenta anualmente um quadro de repartição ou de

sobreposição do valor agregado entre os diversos parceiros sociais,

considerando dois períodos sucessivos de tempos para demonstrar,

se a produtividade global da organização melhorou de um período

para o outro e em que proporção e se ocorreu um adicional de

produtividade, como esse benefício foi proporcionado e distribuído

para cada um dos parceiros sociais.

Aquele que fornecem os recursos (entradas) são essencialmente:

a. Fornecedores (matérias-primas)

b. Assalariados (pessoal)

c. Acionistas (bens e equipamentos).

Aquele que obtêm em contrapartida os bens produzidos são os clientes.

As contas de sobreposição não conseguem indicar a repartição inicial da

riqueza criada pelos diferentes contribuintes (parceiros), mas podem mostrar

como essa repartição se modifica com o tempo, constituído um valioso

instrumento de pilotagem social para a direção da empresa, um meio de

negociação com os sindicatos, bem como um meio de orientação política do

governo. (Almeida, 1990).

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52 4.2 – Responsabilidade Social da Organização

O balanço social evidência o conceito da responsabilidade social da

organização, isto significa a responsabilidade social de seus membros, nem as

atividades de beneficência, mas sim dos compromissos da organização em

relação à sociedade em geral e com aqueles grupos ou parte da sociedade

com a qual está mais em contato. A responsabilidade social está voltada para o

comportamento da organização em face das exigências sociais da sociedade.

Isto implica a avaliação e compensação dos custos sociais que a mesma gera

e a ampliação do campo de seus objetivos, definindo assim o papel social a

desenvolver, para com isto conseguir a legitimidade e a responsabilidade em

face dos vários grupos humanos que a integram e perante a sociedade no seu

conjunto. (Gil, 1992, Chianenato, 1997).

A organização bem sucedida alcança a eficácia quando consegue

alcançar seus objetivos e ser capaz de atender as necessidades do seu meio

ambiente. Sob este ponto a responsabilidade social da organização se dá

quando são cumpridas as prescrições de leis e de contratos, constituindo uma

resposta da organização às necessidades da sociedade, ou seja,

internalizando o que é bom para a sociedade e respondendo ao que a

sociedade espera organização. (Albuquerque, 1988).

O balanço social surge como instrumento para delimitar e definir a

responsabilidade social da organização, para isso a implantação do balanço

social apresenta três etapas, a saber.

• Etapa política – é a fase de tomada de consciência por parte da direção

da organização quanto à necessidade do balanço social, como um

instrumento de relações públicas.

• Etapa técnica – quando surge a exigência de um sistema de informação

social, e o balanço social é um instrumento válido para isso.

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53 • Etapa de integração dos objetivos sociais – quando o processo decisório

passa a integrar os novos objetivos sociais, como reflexo da idéia da

responsabilidade social nos diversos níveis da organização. O balanço

passa de um mero instrumento de informação-comunicação para um

sistema de administração. Os objetivos sociais são tratados igual à força

dos objetivos econômicos, afetando profundamente o processo de

tomada de decisão da organização.

O balanço social passa a ser um sistema de informação dirigido ao

público a respeito do comportamento social da organização. O balanço social

não pretende expressar o estado de um conjunto de partidas dobradas de ativo

e passivo, mas um conjunto de índice e indicadores que expressam os níveis

de cada uma das variáveis tomadas como relevante pela organização para

fazer cumprir a responsabilidade social. É uma prestação de contas, da qual a

Administração de Recursos Humanos não se pode subtrair. (Cautela, 1976,

Polloni, 1976).

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CONCLUSÃO

Existem organizações que mesmo já tendo realizado alterações na

maneira de gerir seus negócios ainda não se convenceram de que o grande

diferencial de qualquer mudança é o ser humano e que, somente com a intensa

participação dele será possível atingir os desafios do mercado. A globalização

da economia tem demonstrado que, por maiores que sejam as inovações

tecnológicas conquistadas por uma empresa, nada impedirá que outras

também adquiram esta tecnologia.

O diferencial humano, cada vez mais, será responsável pelas decisões

empresariais mais importantes. Se o recurso humano estiver integrado em

corpo, mente e espírito, certamente será mais fácil enfrentar as dificuldades

econômicas e de mercado que podem se apresentar no futuro.

Tendo o trabalho como ponto de partida, será necessário desenvolver

programas que integram a vida profissional à vida fora do trabalho, orientando

e educando as pessoas para que elas olhem dentro de si mesmas, procurando

conhecer melhor suas reais expectativas e aspirações. Porque, acima de tudo,

é preciso dar a vida um significado e uma amplitude muito maior do que os

permitidos pela carreira.

Não se concebe, hoje em dias, o estudo de uma organização que não

seja segundo o enfoque sistêmico. A vida da organização será interpretada de

forma incorreta e seremos incapazes de atuar no seu desenvolvimento.

É pratica corrente, portanto, encontrarmos modelos de gestão estruturados

sistematicamente e como tal deve ser interpretados e avaliados.

A Auditoria de Recursos Humanos é um com conjunto de técnicas

analíticas que tem por finalidade efetuar diagnósticos e as práticas de pessoal.

Com o objetivo maior a avaliação da eficácia e a adequação do sistema,

política e práticas implantadas na organização.

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55 O estabelecimento do nível de qualidade da organização deve-se levar

em consideração os aspectos técnicos e econômicos envolvidos, bem como os

interesses e a segurança de seu pessoal.

A auditoria baseia-se na determinação de quantidade, qualidade, tempo

e custo. Tais padrões permitem a avaliação e o controle através da

comparação do desempenho como os resultados que se pretende verificar.

No mundo moderno, qualidade é insumo básico para a competitividade

empresarial. É cada vez mais fundamental para a perenidade das organizações

que sua alta administração possua, através de auditorias independentes, a

medida verdadeira da eficácia do seu sistema de Recursos Humanos.

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Desempenho Humano na Empresa. São Paulo: Atlas, 4ª ed, 1988.

ZIMPECK, Beverly Glen. Administração de salários – sistemas e métodos de

análise de descrição de cargos. São Paulo: Atlas, 7ª ed, 1992.

CARVALHO, A. V. Aprendizagem Organizacional em tempos de Mudanças.

São Paulo: Pioneira, 1999.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

DEDICATÓRIA 03

AGRADECIMENTO 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – A Evolução Histórica do RH 09

1.1– As Escolas Administrativas e a Função de Pessoal 09

1.2 - A Evolução das Cinco Fases da Gestão de Pessoal 11

1.3 - Conhecendo a Administração de Recursos Humanos 13

CAPÍTULO II – O Sistema de Informação em RH 16

2.1 – O Papel do Banco de Dados 17

2.2 – Planejamento do Sistema de Informação de RH 18

2.2.1- Recrutamento e Seleção 18

2.2.2 – Avaliação de Desempenho 21

2.2.3 – Administração de Salários 23

2.2.4 – Análise e Descrição de Cargos 25

2.2.5 – Treinamento e Desenvolvimento 27

2.2.6 – Administração de Pessoal. 30

CAPÍTULO III – Auditoria em RH 38

3.1 – Atividades Preliminares da Auditoria de RH 38

3.2 – Preparação da Auditoria 40

3.3 – Como Ocorre a Auditoria de RH 42

3.4 – Situações Observadas em um Processo de Auditoria 44

CAPÍTULO IV – Contabilidade de RH, Balanço e Responsabilidade Social 48

4.1 – Classificação das Contas Sociais 50

4.2 – Responsabilidade Social da Organização 52

CONCLUSÃO 54

BIBLIOGRAFIA 56

INDÍCE 59

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: A Auditoria nas Políticas da Administração de RH

Autor: Andréa de Sá Pinheiro

Data da entrega: 30/07/2005

Avaliado por: Conceito: