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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O TREINAMENTO COMO FATOR MOTIVACIONAL NAS
ORGANIZAÇÕES
Por: Helena Moreira Erminpour
Orientadora
Profª. Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2007
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O TREINAMENTO COMO FATOR MOTIVACIONAL NAS
ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Recursos Humanos
Por: . Helena Moreira Erminpour
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por manter-me firme
durante a jornada e às pessoas
especiais que contribuiram em meu
crescimento pessoal, acadêmico e
profissional.
4
5
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu mais que
companheiro Arnaldo, que soube
compreender os momentos dedicados à
parte acadêmica e colaborou para a
concretização deste projeto.
6
“Não sei...
Não sei...
se a vida é curta ou longa
demais para nós.
Mas sei que nada do que
vivemos tem sentido, se
não tocarmos o coração
das pessoas”.
(Coralina,C. Poemas dos
Becos de Goiás, Ed.
José Olympio, 1965)
7
RESUMO
A necessidade de mão de obra qualificada, a alta competititividade, a
busca por melhores resultados e a cada vez mais intensa prática de retenção
de talentos tem mostrado o Treinamento, quando aplicado de maneira eficaz,
como uma possível solução para atingir objetivos corporativos.
Sem profissionais preparados, as empresas apresentam queda
significativa nos rendimentos.
Tem sido bastante freqüente a migração e o escambo de profissionais,
levando a um gasto de tempo e dinheiro para as Instiuições, para adaptar um
novo profissional a função, treinar novamente, e fidelizá-lo como parceiro
interno.
É salutar que a Instituição esteja atenta para as necessidades
individuais e para as práticas de mercado, afim de tornar-se competitiva, forte
e dotada de funcionários estrategicamente motivados.
8
METODOLOGIA
A pesquisa foi baseada em pesquisa bibliográfica.
A pesquisa bibliográfica caracteriza-se pela leitura, análise e
interpretação de livros, periódicos, textos legais, documentos mimeografados
ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos etc.
(http://wikipedia.org/wiki/Pesquisa , com acesso em 12/09/07).
O material recolhido foi submetido a uma leitura atenta e sistemática,
acompanhada de anotações e triagens.
Com base nas informações coletadas, os capítulos introdutórios foram
iniciados, até que o tema fosse abordado por completo.
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I - Somos todos seres humanos 11
CAPÍTULO II - Motivação 15
CAPÍTULO III – O Treinamento 20
CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA E WEBGRAFIA 32
ÍNDICE 34
FOLHA DE AVALIAÇÃO 35
10
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é apresentar as práticas e as razões
para o treinamento corporativo e seus benefícios, em ambiente
competitivo e globalizado.
Demonstrar políticas quanto ao treinamento aplicado,
favorecendo o resultado nas empresas, destacar necessidades dos
profissionais, pontos impactantes na escolha e permanência em
empresas, e possíveis táticas para administrar o conflito investimento
em mão de obra x retenção de talentos também são tópicos a serem
explanados nesta pesquisa.
11
CAPÍTULO I
SOMOS TODOS SERES HUMANOS
O mundo globalizado e a velocidade e avidez por resultados
imediatos, por muitas vezes nos faz esquecer de um assunto aparentemente
banal, porém, de vital importância.
Somos todos humanos! Segundo definição do Dicionário Luft,
um ser humano é um ente vivo e animado; relativo ao ou próprio homem.
Para Nietzsche, o homem é individualidade irredutível, a qual os
limites e imposições de uma razão que tolhe a vida, permanecem estranhos
a ela mesma, à semelhança de máscaras, de que pode e deve libertar-se.
Segundo Markus, 1978, indagar sobre o que diferencia o gênero
humano das espécies animais é indagar-se sobre o processo histórico da
construção da cultura, pois é por meio desta construção que o gênero
humano vai humanizando seu mundo e humanizando a si próprio.
Para o Padre Marcio Wanderley Gil Trojilo, o ser humano é, por
excelência, um ser social, crítico, integrado, comunicativo e
limitado.(www.koinonialivros.com.br/p_marcio/serhumano_amado_por_deus
, acessado em 07/09/07)
Porém, a raça humana é extremamente complexa para caber em
qualquer definição apresentada.
12
Cada um possui suas peculiaridades, tendências, culturas,
expectativas, limites, gostos, afinidades, problemas e soluções.
É tacanho demais enquadrar o ser em determinado perfil.
Embora, por diversas vezes, isso seja necessário, é mister que a Gestão de
uma Organização esteja atenta aos pontos particulares dos sujeitos que a
compõem.
Cada vez mais, as diferenças têm feito a diferença. Insistir em
uma máquina produtiva sedenta por resultados esquecendo-se do que a faz
mover, é levar um projeto à falência.
Esta não é uma missão fácil. Cursos, palestras, workshops, tendo
como pano de fundo como lidar com o ser humano tem lotado salas de aula.
Tópico antagônico, uma vez que lidamos com pessoas desde o
nosso nascimento, ao longo de inúmeras gerações. E, ainda assim, somos
carentes de tato para perceber o outro.
Nesta curva vertiginosa, não só a Instituição é ferida, mas
principalmente, o trabalhador. Suas exigências no trabalho, suas jornadas
insalubres , acabam por corromper sua rotina diária. Sim. O lidar com
pessoas dentro de um lar tem configurado uma outra Instituição com
sinalizações de queda. Começa-se então, um efeito dominó.
Problemas em casa, problemas no trabalho, falta de comunicação
em ambos os lados. O diálogo sendo substituído por chats e email. A
realidade gélida do computador e da Internet busca maximizar contatos e
rapidez na comunicação, e, ao mesmo tempo, afasta, desentende, troca
mensagens de interpretações errôneas. É o ser humano lutando contra sua
atual realidade.
13
Principalmente o Gestor deve ter estes pontos bem claros e
equilibrados: perceber o melhor momento para debater sobre algum
assunto, saber ouvir e falar, descobrir o que motiva cada membro de sua
equipe, adotar práticas de competições saudáveis, unir seu time em prol de
um resultado, ser um verdadeiro lider, transmitir confiança, dedicação e
segurança. Em meio às turbulências, o trabalho deve ser fator de propulsão.
Deve compor uma das bases deste ser.
A empresa comprometida deve primar por um ambiente onde
existam pessoas realizadas, motivadas e focadas. Com indivíduos
direcionados para a compreensão holística do próprio sujeito, a empresa é
altamente recompensada. Este índice tem se mostrado não menos
importante para tornar uma empresa competitiva.
Segundo Milton Pereira, Diretor de Desenvolvimento Humano da
Serasa, em entrevista a Catho, comenta: “o ser humano está no centro de
tudo na Serasa”. “Acho que a Serasa proporciona um excelente ambiente de
trabalho para as pessoas e valoriza intensamente a questão da educação
voltada para o trabalho, a educação permanente. Então a oportunidade de
crescimento pessoal e profissional, aliada a um ambiente de trabalho
gostoso, faz a diferença. Nós temos problemas como todas as empresas
têm, mas buscamos aperfeiçoar e falar em felicidade no trabalho. Não
temos escrúpulos em usar a expressão \a busca da felicidade no trabalho. É
meio utópica, mas a gente está sempre atrás.
Temos a oportunidade de colocar o ser humano como o ativo da empresa,
não como um dos, mas o que preside todos os recursos da empresa. O ser
humano não é o recurso, ele é o ativo, ele é o principal elemento de
qualquer empresa.” (www.catho.com.br, acessado em 06/09/07)
Uma Organização competitiva depende de capital humano, de
conhecimento, competências, habilidades e atitudes.
14
O treinamento é uma ferramenta que proporciona o
aperfeiçoamento ou a inclusão de Conhecimentos, Habilidades e
Atitudes. A junção das três letras CHA é tudo o que uma função/cargo de
uma empresa exige para que o serviço/produto seja bem administrado e de
boa qualidade. No entanto, estas atribuições precisam estar bem definidas e
atualizadas. Essas letras significam:
C = Saber (conhecimentos adquiridos no decorrer da vida, nas escolas,
universidades, cursos etc);
H = Saber fazer (todo o conhecimento que praticamos aperfeiçoado à
habilidade) e;
A = Querer fazer (comportamentos que temos diante de situações do nosso
cotidiano e das tarefas que desenvolvemos no nosso dia-a-dia).
A inteligência, a sensibilidade, os esforços individuais ganham corpo
e delineiam a Organização. Atividades de planejamento estratégico,
extremamente importantes, são idealizadas e realizadas, garantindo
competitividade à mesma
O primeiro passo é perceber cada um como peça única e
igualmente importante, independente de hierarquia, status, ou qualquer
outro parâmetro. Através desta poderosa ferramenta, poderemos destacar
talentos, direcionando pessoas e trilhando caminhos de sucesso para
colaborador e empresa.
.
15
CAPÍTULO II
UM OLHAR SOBRE A MOTIVAÇÃO
Tendo o ser humano como principal recurso, é preciso desvendar
as características individuais e corporativas, os valores e a motivação que os
mantém em determinada Instituição.
2.1 Conceito
Motivação é a energia ou força que movimenta o comportamento.
A motivação tem direção (o objetivo do comportamento motivado); intensidade
(magnitude da motivação); permanência (duração da motivação) e é
específica, pois não há um estado geral de motivação.
A palavra motivação deriva do latim movere, que significa mover.
Indica o processo pelo qual um conjunto de razões explica, incentiva, inaugura,
estimula ou provoca algum tipo de ação ou reação no comportamento humano.
Segundo Maximiano (2000:297), “motivação abrange os motivos que
produzem um deteminado comportamento, seja ele qual for.”
2.2 Desvendando o nó
A motivação irá determinar os níveis de desempenho pessoal e
profissional alcançados, de acordo com as necessidades humanas.
Por este motivo, a Organização precisa conhecer seus
colaboradores, suas necessidades e metas. Um sujeito motivado, demonstra
alto grau de disposição para realizar uma tarefa ou atividade de qualquer
16
natureza. Além disso, dissemina esta condição ao ambiente, tornando-o mais
produtivo.
Fatores internos são os reais estopins que trazem a motivação à
tona. São as necessidades, aptidões, interesses, valores de natureza
fisiológica e psicológica.
“A motivação é intrínseca, ou seja, é um impulso que vem de
dentro e incita o indivíduo a uma ação; está ligada a um desejo ou
necessidade específica que impulsionará o comportamento.” (Chiavenato,
1999)
Ao contrário do que se pensa, a motivação não é algo ligado ao
fator externo. Este, por sua vez, exerce papel importante na obtenção das
satisfações e necessidades oriundas da motivação.
O externo pode prover condições para a realização de
determinada atividade, mas ele por si só não motiva ninguém. É preciso que
haja um impulso. Quando acontece do ambiente ser favorável, melhor. Caso o
meio externo não seja proprício, a concretização da tarefa dependerá do nível
de motivaçào do indivíduo.
Quando realizamos algo por obrigação ou para conquistar uma
recompensa, há o movimento. Ou seja, a iniciativa não surgiu do sujeito, mas
sim de um estímulo externo para atingir determinado objetivo. O ato é
passageiro, e normalmente traz consigo insatisfação e até mesmo a
desmotivação.
A motivação perdura até a homeostase das necessidades
anteriores, e traz gratificação, sensação de dever cumprido, prazer, orgulho e,
em indivíduos focados em metas, funciona como combustível para atingir
novos objetivos.
17
Algumas teorias lançam luz à motivação e comportamento.
Basicamente, podemos compreender que o comportamento é determinado por
uma combinação de fatores, orientado para a realização de um objetivo e pode
ser perturbado por algum conflito, frustração ou ansiedade.
O Gestor pode ter como trunfo o conhecimento das necessidades
e comportamentos de sua equipe, motivando-a e moldando o comportamento
de acordo com os objetivos e perfil da empresa.
A base da motivação de cada um pode estar galgada em
alicerces diferentes, tais como: ganho material, segurança, poder,
reconhecimento social e realização pessoal.
O panorama atual visa profissionais auto-didatas, com grande
bagagem educacional, diversidade cultural, com habilidades de adaptação ao
novo, pensamento estratégico, alto poder de desempenho e auto-motiváveis.
Estes ingredientes mesclados às habilidades, aptidões,
competências, gestão participativa e qualidade de vida no trabalho certamente
ampliarão as chances do profissional colocar-se bem em suas funções, além
de maximizarem a produtividade e a margem de lucro de qualquer companhia.
A produtividade é o fator determinante do sucesso da
Organização e é consequência direta do estado motivacional dos funcionários.
Colaboradores motivados produzem pelo menos duas vezes mais que os não
motivados. Assim, é papel do RH estratégico mostrar aos acionistas a
importância deste vetor na obtenção de resultados financeiros apropriados.
Este tem sido um grande desafio da área de Recursos Humanos.
Aliar números, dados concretos, índices de avaliação para mensurar
18
informações antes ditas subjetivas, e, por isso, muitas vezes menosprezadas
pela alta diretoria.
A alta cúpula foca números, metas, resultados e o RH precisa
mais do que nunca, adaptar seus processos a esta realidade no intuito de
todos falarem a mesma língua e para que o setor ganhe voz dentro da
Organização.
Afim de ampliar a produtividade, o RH deve estar alinhado às
seguintes práticas quanto ao mercado:
• O equilíbrio entre as reinvidicações dos funcionários e as possibilidades
da Organização quanto a estes tópicos
• Participação nas decisões
• Reestruturação do trabalho através do enriquecimento das tarefas e
grupos de trabalho autônomos
• Melhorias quanto ao ambiente físico
• Políticas de RH bem definidas: Cargos e Salários, Treinamento,
Educação , Benefícios, Legislação Trabalhista, Horas trabalhadas como
possibilidade de banco de horas ou pagamento extra.
• Promover interações pessoais
• Medição do nível de absenteísmo
• Reconhecer o funcionário
• Auxiliar na realização das tarefas
• Estabelecer metas realistas, evitando frustrações desnecessárias
• Fornecer ferramentas apropriadas para a execução das tarefas
• Possibilidade de crescimento profissional
• Abrir uma possibilidade de comunicaçào, como um setor de Ouvidoria
• Estimular o sujeito quanto à sua capacidade produtiva e intelectual
• Possibilitar a oportunidade de aprendizado contínuo
19
A questão do aprendizado contínuo tem se mostrado como uma
grande tendência de mercado, e surge com diferentes possibilidades.
Este tema será aprofundado no capítulo que segue.
20
CAPÍTULO III
O TREINAMENTO
O treinamnto cria atitudes e comportamentos positivos para
atingir objetivos organizacionais e individuais. Atua como parte integrante
do sistema motivador e fator de auto-satisfacão.
Segundo Chiavenato, 2004, podemos definir treinamento como
um processo educacional de curto prazo, explicado de maneira sistêmica e
organizada através do qual as pessoas aprendem conhecimento, habilidade
e competência em funcão de objetivos definidos.
Para Toledo, 1986, treinamento na empresa é acão de formacão
e capacitacão de mâo-de-obra, desenvolvido pela própria organizacâo, com
vistas a suprir suas necessidades.
Empresas focadas na competitividade, buscam acrescentar valor
às pessoas de maneira contínua através de treinamentos, investimento na
capacitacão humana; outras maneiras são o desenvolvimento de carreira e
de pessoas. Porém, em todos eles, o treinemento, seja comportamental ou
técnico, estará presente como cerne. No cenário atual, somente empresas
que mantem vantagem competitiva garantem sua sustentabilidade.
De acordo com Bastos, 1994, a acão educacional na organizacão
deve preocupar-se em integrar, produtivamente, o homem à sociedade, em
prepará-lo para o desenvolvimento.
21
3.1 A evolucão do treinamento
Nos primórdios, com a insercão das máquinas no mercado de
trabalho, o treinamento era tido como meio operacional homem x máquina ,
baseado no processo sensório-motor, onde o manuseio das ferramentas ,
máquinas e materiais precisava ser suprido de informacões sobre estas
operacões.
A partir dos anos 70, com o aumento da competitividade e da
revolucão tecnológica, a necessidade de atualizacão continua e
aprendizagem, tornou-se presente.
Segundo Oakley em Hamblin, 1978, treinamento é uma
sequência de experiências ou oportunidades destinadas a modificar o
comportamento para atingir um objetivo declarado.
Assim, a formacão do profissional deu um salto qualitativo,
ampliando a eficácia, e mudando os parâmetros para os gestores.
Os programas de formacão profissional, assim como as metas a
serem atingidas comecaram a mostrar a linha de sucesso do mundo dos
negócios.
A evolucão do treinamento está aliada a evolucão da
industrializacão. A ênfase, a princípio, estava voltada para o aumento da
produtividade e os trabalhadores deveriam exercer as suas funcões de
maneira eficaz. Com o tempo, observa-se que essa forma de capacitacão
não estava proporcionando os efeitos necessários, porque o homem estava
se sentindo como mais uma ferramenta do processo e não se sentia
valorizado enquanto pessoa (Tonioli e Machado, 1987).
22
Na visão moderna, o homem é considerado em sua totalidade e
potencialidade. Bem-estar, satisfacão, necessidades e competências sao
alguns dos itens a serem considerados dentro da organizacão. É o ser de
maneira holística, com a visão biopsicoeconomica-social.
3.2 A nova realidade
Diante do avanco econômico e tecnológico, novas práticas foram
incorporadas à Organizacão, que precisou e precisa se adaptar à realidade
mutante, onde, em velocidade cada vez mais acelerada, os métodos
tornam-se obsoletos.
Práticas de RH quanto ao recrutamento, selecão, admissão,
treinamento, desenvolvimento e retencão de talentos devem estar
alinhadas. Eis algumas medidas:
Ø Desenvolvimento de um processo contínuo de selecão, admissão e
formacão de pessoas em conformidade com as diretrizes estratégicas
de longo prazo;
Ø Desenvolvimento de programas educacionais que contemplem a
ampliacão das competências essenciais, assim como a consolidacão de
princípios e valores;
Ø Esforcos de formacão e de pesquisa tecnológica que se expanda e se
integre, visando forte contribuicão para a conquista do elevado nível de
competitividade;
Ø Promocão de uma formacão técnica, tecnológica, social e ética que se
expanda para contribuir para a Organizacão;
23
Ø Reconhecimento de que o conhecimento e um recurso que necessita
ser gerenciado.
Segundo Cardoso, 2000, um programa de educacão e
treinamento deve ser sempre um processo contínuo e dinâmico, visando
promover a melhoria da atuacão funcional e a satisfacão pelo trabalho
realizado. Entendido assim, oferece uma aplicacão das possibilidades para
que os integrantes possam intervir na Organizacão e no seu processo
produtivo.
Para que a Instituicão consiga gerenciar o conhecimento, ela
pode:
Ø Realizar análise contínua de tendências sobre formacão, através de
maior interacão com escolas técnicas, universidades e centros de
pesquisas;
Ø Monitorar sistematicamente os recursos e as tecnologias que impactam
as acões educativas da Organizacão em todos os níveis;
Ø Manter o foco na atividade de T&D como instrumento de estratégia
competitiva;
Ø Utilizar de forma intensiva a educacão à distância dentro da visão de
educacão continuada.
Atualmente, a Internet é o meio de comunicacao que mais cresce
no mundo, e as empresas têm se utilizado deste mecanismo para ganhar
tempo e atingir maior número de colaboradores.
O conceito de educacão corporativa é explorado como a gestão
do conhecimento para preparar os recursos humanos, visando uma
24
vantagem competitiva, adotando as características de permanência,
consistência, proatividade, privilegiando os objetivos organizacionais (Jack
Welch, 1955).
3.3 – Práticas de treinamento
Algumas ferramentas auxiliam o processo de educacão
corporativa, como: cursos, palestras, seminários de capacitacão, de
aperfeicoamento, de desenvolvimento pessoal, treinamento empresarial,
parcerias com universidades e instituicões de educacão, formacão de
trainees, o uso de laboratórios, aulas multimídia com CD-Rom, via satélite,
vídeo conferencia, internet e intranet, utilizando-se do ensino à distância.
Além destes, podemos ainda citar a interacão de novos
colaboradores, informando-os sobre políticas, estratégias, produtos,
benefícios, normas, práticas, etc.
Segundo Costa, 2001, educar corporativamente é fazer as
pessoas pensarem criticamente, envolverem-se, autogerenciarem e
emocionarem-se… Educar corporativamente é humanizar o ser, a empresa,
a sociedade, o meio ambiente.
É portanto, um instrumento também de relacão, onde novos
vínculos e conhecimentos sao trocados, enfatizando-se a conquista do
networking, tão importante na manutencão da carreira.
Segundo Mendem & Ricardo, 2004, a educacão corporativa é a
chave para reter o capital intelectual da organizacão, de modo a qualificar,
especializar, atualizar e até formar os colaboradores da Organizacão de
maneira a garantir vantagem competitiva de mercado.
25
Nesse proceso, merece destaque o já retratado e-learning, que
utiliza-se do aprendizado à distância, pelo intermédio do computador.
O ambiente online é automaticamente monitorado, com
informacões e ferramentas disponíveis caso ajustes precisem ser feitos
durante e depois do programa.
Além disso, a compilacão dos dados para a futura avaliacão do
desempenho e retencão do treinamento torna-se mais prática.
O e-learning oferece simulacão e prática, instigando o aluno
quanto ao assunto abordado; aperfeicoamento; aprendizado em grupo e
individual; avaliacão e feedback; alta intensidade quanto ao treinamento
aplicado; cultura ao ensino, solicitando ao profissional melhor administracão
de tempo, dividindo-se, sem prejuízos, entre trabalho e ensino.
O e-learning também pode ser utilizado caso haja necessidade de
um novo servico ou produto na empresa, e a mesma precise “educar”
gerentes, a área de vendas, suporte, etc.
Vale lembrar que, quanto mais rápido eles forem capacitados,
mais os servicos e/ou produto comeca seu processo de fixacão no
mercado.
Assim, o método consegue facilmente criar agentes
multiplicadores dentro da Instituicão, de forma homogênea, padronizada e
global.
26
3.4 – E agora? Como reter os talentos?
Algumas empresas ainda guardam a idéia de que, após oferecer
e ministrar os treinamentos, fechar parcerias de ensino, os funcionários
seguirão motivados e apresentarão excelentes resultados, uma vez que,
teoricamente, o gap intelectual ou comportamental foi preenchido.
Puro engano. Esta é so a fase inicial no processo de retencão de
talentos.
Após a conclusao de um treinamento, é necessario fazer uma
avaliacão do impacto do mesmo, verificando se as necessidades de
treinamento, justificadas pelo Gestor da área para obter determinado
treinamento foram satisfeitas.
Depois, é preciso uma entrevista com o Gestor para avaliar a
aplicacão do treinamento no dia a dia do profissional, mensurando
melhorias no processo produtivo.
De tempos em tempos, RH e área solicitante devem estar
alinhados para realizar uma fase de retencão do conhecimento ou até
mesmo de um novo treinamento, em nível mais avancado.
Porém, a retencão dos talentos não está fixa ao quesito
TREINAR. O dia-a-dia, as informacões, as tecnologias e as demandas são
extremamente fluidas, e a empresa precisa estar atenta às tendências de
mercado.
Caso isso nao aconteca, os investimentos com treinamento
estarão sendo disperdicados. Num piscar de olhos, o concorrente irá propor
melhor oferta de trabalho, e lá se foi o capital intelectual da empresa.
27
Para que isso não ocorra, algumas medidas podem e devem ser
tomadas a fim de evitar o êxodo de mão-de-obra.
De acordo com Martins, 2001, as principais ferramentas são:
Ø Rodízio (Job Rotation): atribuicão de tarefas especiais, com
movimentacão de pessoas em várias posicões na organizacão;
Ø Avaliacão de desempenho: fonte importante de informacões para a
gestão de carreira, especialmente quando for focada na melhoria;
Ø Remuneracão por habilidades: uma parcela viável do salário estando
relacionada às habilidades do profissional que estejam sendo utilizadas
em sua atividade atual;
Ø Sistema de informacão de carreiras: utilizado para disseminar
informacões sobre vagas para o preenchimento interno, com a
descricão das atividades, competências e qualificacoes necessárias;
Ø Coaching: na modalidade interna caracteriza-se como uma nova
competência gerencial. É o gerente que acompanha em tempo real o
desempenho de seus subordinados, de forma a identificar necessidades
de capacitacão técnica ou desenvolvimento intra e interpessoal;
Ø Mentoring: programa corporativo e formal destinado à avaliacão,
planejamento e consultoria interna de carreira, com o objetivo de
abranger tanto aspectos ligados à capacitacão técnica quanto
comportamental e também, relacionados à cultura organizacional;
Ø Programa de gestão de carreira: cursos, oficinas, workshops, seminários
e outros programas formais visando a avaliacão e ao planejamento de
28
carreira, normalmente associados a instrumentos disponíveis em
intranet para a continuacão do processo.
O desenvolvimento executivo é de fundamental importância para
o planejamento estratégico da empresa, pois assim a Instituicão tem tempo
hábil para treinar seus líderes e formar as competências gerenciais
necessárias para cada cargo.
De acordo com Marcondes, 2000, ainda que o treinamento em
habilidades como delegacão, comunicacão, tomada de decisões e
resolucão de conflitos seja tradicionalmente reservada aos executivos, a
mudanca na natureza do trabalho mostra que essas características têm se
tornado parte dos papéis funcionais mais próximos do processo de
producão. Na medida em que diminui número de níveis hierárquicos, mais
trabalhores dos níveis mais baixos tem sido chamados a liderar equipes,
estabelecer metas para projetos e facilitar o trabalho de grupo.
Somando a estes fatores, temos ainda outras ferramentas que
ajudam no processo de retencão:
Ø Atribuicão de comissões: oferecendo uma oportunidade ao profisisonal
de participar de comissões de trabalho, compartilhando da tomada de
decisões;
Ø Exercícios de simulacão: criando um ambiente similar em relacão às
situacões reais em que a pessoa trabalha, incluindo jogos empresariais,
inversão de papéis; explorando a autonomia, a participacão, a
comunicaão e a tomada de decisões;
Ø Adocão de práticas de Qualidade de Vida no Trabalho, preocupando-se
com o bem-estar geral dos trabalhadores no desempenho de suas
tarefas, tendo como base aspectos físicos, ambientais e psicológicos;
29
ampliando as chances do profissional vislumbrar o trabalho como
instrumento de crescimento e satisfacão pessoal e profissional.
Além das medidas mencionadas, o RH deve agir
estrategicamente quanto às demandas do cotidiano da Instituição,
buscando soluções inovadoras para as práticas de captação, treinamento
e retenção de talentos, garantindo vantagem competitiva e profissionais
motivados em suas atividades.
30
CONCLUSÃO
O RH tem vivenciado dilemas cruciais no que tange a retenção de
talentos.
O treinamento tem se mostrado como uma ferramenta eficaz não
só no sentido de capacitar profissionais mas também para formar profissionais
que participarão do plano estratégico da Companhia.
A palavra treinamento, assim como suas práticas, adquiriu
sentido bastante amplo, saindo da visão mecanicista para uma visão holística,
compreendendo o ser humano em todo o seu potencial. Assim, o treinamento
passou a englobar competências, habilidades e atitudes, diferenciais do
profissional atual.
O treinamento quebrou paradigmas e tornou-se parte importante
na manutenção e retenção de profissionais.
São várias as ferramentas utilizadas no processo de treinamento,
e na Gestão do Conhecimento. A internet tem se mostrado bastante eficaz já
que consegue minimizar custos, atingir maior número de colaboradores,
tabular dados com facilidade e oferecer oportunidade de mudança quanto ao
programa aplicado.
A questão da motivação é importante para que o colaborador
atue com alto desempenho e capacidade produtiva. Sob o prisma de
vislumbrar o ser como “humano”, com suas peculiaridades e limites, expande a
possibilidade de um ambiente interdisciplinar e democrático.
31
É papel do RH desvendar os itens intrínsecos a cada um,
disponibilizando opções e atrativos constantes para contar com profissionais
com alto nível de comprometimento junto aos objetivos da Organização,
melhor panorama financeiro quanto a produtividade e ter de fato, recursos
humanos e capital intelectual disponíveis na construção de uma matriz
competitiva.
32
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33
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www.wikipedia.org, com acesso em 10/09/07.
34
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 5
RESUMO 7
METODOLOGIA 8
SUMÁRIO 9
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I
SOMOS TODOS SERES HUMANOS 11
CAPÍTULO II
UM OLHAR SOBRE A MOTIVAÇÃO 15
2.1 – Conceito 15
2.2 – Desvendando o nó 15
CAPÍTULO III
O Treinamento 20
3.1 - A evolução do Treinamento 21
3.2 – A nova realidade 22
3.3 – Práticas de Treinamento 24
3.4 – E agora? Como reter os talentos? 26
CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA E WEBGRAFIA 32
ÍNDICE 34
FOLHA DE AVALIAÇÃO 35
35
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes
Título da Monografia: O treinamento como fator motivacional nas
Organizações
Autor: Helena Moreira Erminpour
Data da entrega: 24/09/07
Avaliado por: Conceito: