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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO NAS EMPRESAS Por: Fernando Cesar Moreira da Silva Orientadora Prof a Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas. 2004; RESENDE,

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO NAS EMPRESAS

Por: Fernando Cesar Moreira da Silva

Orientadora

Profa Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO NAS EMPRESAS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão de Recursos Humanos

Por: Fernando Cesar Moreira da Silva

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AGRADECIMENTOS

Aos professores que contribuíram para o meu

crescimento profissional, aos meus colegas de

turma que a cada questionamento em sala de

aula, cada trabalho apresentado, fizeram que

eu pudesse aplicar, de alguma forma, no meu

trabalho e a Deus, por me dar força e

capacitação na minha trajetória.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que contribuíram

de alguma forma, com matérias para compor

este trabalho, aos meus pais que me deram o

alicerce para que eu pudesse chegar até aqui.

E, em particular, a minha filha Mariana, motivo

de muita alegria e felicidade para mim e para

toda minha família.

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RESUMO

O objetivo deste artigo é demonstrar através de pesquisas bibliográficas, que o

treinamento é importante para suprir a empresa com as competências que necessita

para seu funcionamento ideal. Trata-se de um tema primordial onde os

colaboradores de uma empresa, através de treinamento, possam se atualizar

contribuindo com o crescimento e desenvolvimento da empresa no mercado.

Atualmente, uma empresa para se manter em funcionamento e com competitividade,

deve sempre, no âmbito interno, manter seus empregados atualizados e procurar

com que as tarefas realizadas por eles estejam nos padrões do mercado, não

deixando de obedecer as leis vigentes do país, fazendo com que a empresa busque

o melhor para sua atividade fim. Busca-se também que as tarefas realizadas pelos

empregados, após os treinamentos específicos, dentro de sua operacionalidade,

possam ser concretizadas de maneira mais célere, fazendo com que a empresa atue

sempre de forma ideal pelo qual ela se propôs. Se uma empresa se preocupa, e

esse é o objetivo, em oferecer seu produto final com qualidade e com isso ela tenha

reconhecimento dos seus empregados, de seus clientes e parceiros, com certeza, o

caminho almejado é sempre oferecer ao longo de sua existência, treinamento a

todos os colaboradores do seu quadro.

PALAVRAS-CHAVE: Empresas; Treinamento; Pedagogia.

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METODOLOGIA

Para que um trabalho científico seja válido, e atenda à demanda do

pesquisador, deve ser estruturada, sistematizada e se faça sob a égide de uma

metodologia técnica preconizada e exigida pela ciência. Este estudo fundamenta-se

em princípios científicos e, para que apresentasse um bom desenvolvimento de

pesquisa bibliográfica.

Este trabalho buscará apoio básico em artigos, livros, consulta a revistas,

internet. Quanto aos livros como bibliografia básica, pode-se citar DUTRA, Joel

Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na

empresa moderna. São Paulo: Atlas. 2004; RESENDE, Enio. A Força e o Poder das

competências: conecta e integram competências essenciais, competências das

pessoas, competências de gestão, competências organizacionais. Rio de Janeiro:

Qualitymark. 2004; que auxiliaram no desenvolvimento e entendimento do assunto.

Os trabalhos acadêmicos realizados durante o curso de Pós-Graduação foram

importantes na aplicação dos conceitos da importância do treinamento nas

empresas, com a descrição das ferramentas e suas aplicabilidades. A consulta à

bibliografia sugerida pelos professores, também foi uma maneira de pesquisar

materiais mais atualizados a fim de elaborar este trabalho.

A coleta do material constituiu-se em leitura exploratória (rápida e com

objetivo de verificar o grau de interesse da obra consultada à pesquisa), leitura

seletiva (objetiva a escolha do material que realmente interessa à pesquisa), leitura

analítica (objetiva ordenar e sumariar criticamente as informações contidas nas

fontes) e leitura interpretativa (objetiva relacionar o pensamento com o problema que

a pesquisa se propõe).

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................08

CAPÍTULO I................................................................................................................09

ASPECTOS HISTÓRICOS DO TREINAMENTO ORGANIZACIONAL

CAPÍTULO II...............................................................................................................17

ASPECTOS DO TREINAMENTO COMO FERRAMENTA FUNDAMENTAL PARA O

CRESCIMENTO EMPRESARIAL

2.1 A Importância do Treinamento Empresarial.........................................................18

2.2 Relação Profissional Entre Treinamento/Treinando.............................................18

2.3 Pedagogia Tradicional..........................................................................................19

2.4 Nova Pedagogia...................................................................................................20

2.5 Pedagogia Tecnicista...........................................................................................21

2.6 Pedagogia Libertadora.........................................................................................23

CAPÍTULO III..............................................................................................................25

REFLEXÕES DOS ASPECTOS DE TREINAMENTO TENDO EM VISTA O

PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COMO UM FATOR FACILITADOR

NO PROCESSO

3.1 Recrutamento Compulsório ao Recrutamento Científico.....................................27

3.2 O Desenho do Recrutamento e Seleção na Atualidade.......................................29

3.3 Da Gestão por Competência à Seleção por Competência Tendo em Vista Cultura

Organizacional............................................................................................................32

3.4 A Importância do Recrutamento e Seleção como Diferencial no Processo de

Treinamento...............................................................................................................38

CONCLUSÃO.............................................................................................................41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................43

ÍNDICE.......................................................................................................................45

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INTRODUÇÃO

Desde que nascemos, iniciamos um processo de aprendizagem. Os

primeiros ensinamentos ocorrem dentro da família e da sociedade que nos cerca.

Num segundo instante, a escola é responsável por uma parcela significativa do

nosso conhecimento, fazendo com que tenhamos uma base para o primeiro contato

profissional.

O treinamento é a atividade responsável em transmitir conhecimentos com o

objetivo de prover deficiências, estimular e desenvolver habilidades com objetivo de

crescimento profissional do indivíduo bem como da empresa, preparando para

enfrentar desafios internos e externos.

A falta de preparo dentro de uma empresa pode provocar sérios prejuízos.

Pensando em melhorar a qualidade do resultado esperado, o treinamento é mais do

que um simples custo, é um investimento que dá excelente retorno quando bem feito

e voltados para as pessoas corretas. As empresas de sucesso continuam investindo

na preparação de seus colaboradores, pois este é reconhecidamente um grande

diferencial de competitividade.

Sem o devido treinamento em nosso cotidiano poderemos acarretar uma

série de problemas, no caso de uma empresa, por exemplo, se um profissional inicia

seu trabalho sem passar por um treinamento pode prejudicar a equipe que já está

engajada e atrapalhar no resultado final. A conclusão, portanto, é que o investimento

em treinamento deverá ser constante por parte das lideranças para que as mesmas

entendam a importância em promover o treinamento contínuo.

Diante de um breve esboço, este trabalho tem por objetivo, averiguar a

importância do treinamento nas empresas, e demonstrar que investimento é a

aplicação de recursos para obter lucros ou aumentar a capacidade de produção, e

que uma equipe bem motivada, treinada e atualizada é fator fundamental para se

chegar a esses dois resultados.

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CAPÍTULO 1

ASPECTOS HISTÓRICOS DO TREINAMENTO ORGANIZACIONAL

As empresas contemporâneas estão aprendendo que treinar e desenvolver

um indivíduo não são simplesmente oferecer informações com o propósito de que o

indivíduo aprenda, mas construir algo mais complexo, que apenas informar.

Construir um conceito ou ideologia é propor ao indivíduo o saber de novas atitudes e

soluções para que se transformem em indivíduos mais eficazes em tudo que

desempenhem. A evolução de um indivíduo e fundamental e as empresas bem

sucedidas são direcionadas a investir, buscando resultados benéficos de forma

direta para os indivíduos, empresas e clientes.

Segundo CHIAVENATO (2004), os indivíduos representam o principal

patrimônio das empresas. Os recursos humanos é sem dúvida o fundamental

diferencial competitivo para a trilha de sucesso de empresa, ou seja, os indivíduos

são os responsáveis por trilhar os processos, confeccionar os produtos, prestação

de serviços de forma excepcional.

Excepcional define uma forma particular de cada indivíduo em por em prática

a mesma atividade. Contudo, escutamos muito falar em “míngüem é insubstituível”

isto não é verdade, pois uma vez um indivíduo substituído, nunca mais o serviço não

irá ser executada da mesma forma, ou seja, cada indivíduo é único.

O processo de desenvolvimento de um indivíduo abrange três níveis de forma

diferentes que se interagem e se completam são eles treinamento, desenvolvimento

dos indivíduos e desenvolvimento das empresas.

O treinamento é a mudança do saber em aplicar os conhecimentos; o

desenvolvimento do indivíduo é a evolução profissional e o desenvolvimento da

empresa é a maior, parte onde as empresas são beneficiadas na melhora da

eficácia dos indivíduos treinados por eles.

Contemporaneamente, a definição de treinamento não são iguais aos das

décadas passadas, mais na prática muitas organizações pensam de modo

ultrapassados. Segundo CHIAVENATO (1999, p. 294), demonstra algumas ideias

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retrógrada de treinamento: “Modo para adequar cada indivíduo ao seu posto de

trabalho e desenvolver os meios de trabalho da empresa dentro dos postos já

ocupados” ou “Processos de formação de mão-de-obra qualificada para o

empregado melhora o desempenho no cargo”. Podemos perceber nestas definições

o interesse das empresas em qualificar o indivíduo em um cargo em execução e já

definidos.

Segundo PONTUAL (1980), ao demonstrar os resultados do treinamento, faz

comparações com a fase de industrialização onde as organizações dividem o

assunto em cinco fases que são caracterizados como subdesenvolvimento,

desenvolvimento, após a industrialização, industrialização avançada e pós-

industrialização. Contemporaneamente existem organizações que estão nas

segunda e terceiras fases da evolução com isto “as transformações históricas do

treinamento é complexo de ser delineados nos aspectos simples, cronológica ou

menção de fatos” afirma o autor (1980, p.12). Não se pode esquecer de ressaltar

que estas transformações acontecerão de formas e períodos diversos de

organização para organização.

O subdesenvolvimento tem como ponto fundamental no capital e na mão-de-

obra, como na técnica deixando de lado a qualificação e a maximização da produção

para um mercado de massa. Decorrente a isto as idéia eram voltadas para o

operacional, onde seus superiores repassavam a instrução para seus cooperadores,

através de um método simplesmente demonstrativo.

Na fase de desenvolvimento é dividido o trabalho em atividades e supervisão,

maximizando de forma efetiva a responsabilidade dos indivíduos da área

administrativa. Nesta fase surgem estudos frentes aos métodos e tempos, sendo

reparados padrão e avaliação de execução. Neste período apareceram os

programas de treino de supervisor, com os programas de ensino correto de um

trabalho; relação humana no trabalho; método no trabalho e o desenvolvimento de

programas de treinamento.

A fase que marca o início da industrialização tem como aspecto o foco nas

vendas e o desenvolvimento de produtos, decorrente a isto o foco das organizações

estão voltados para o lucro. As eficiências tomam lugar nas organizações, sendo

observados por todos que envolvidos com qualidade, tempo, gerenciamento e no

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relacionamento de trabalho. Também são aplicados programas de treino com

indivíduos, com o propósito de desenvolver este indivíduo para a criatividade,

postura e relacionamento com os clientes.

Contudo os primeiros aspectos de adequação dos indivíduos observados

nestas três fases acima citados, o treino tem seu aspecto maximizado, sendo

observados pelas organizações como um modo de otimizar um determinado setor.

Tornando maior o desempenho e somando de forma direta para a empresa.

(CHIAVENATO, 1999)

Já a industrialização avançada é onde a produção torna-se mais diversificada,

como nas áreas que estão em torno do negócio. Nesta fase o planejamento está

sendo considerado o alicerce das organizações de sucesso, também nesta fase as

informações são centralizadas, com o propósito de avaliar o desempenho, aplicando

um sistema de participação de lucros. O planejamento e o desenvolvimento nesta

fase são em longo prazo, buscando transformações nas empresas e possíveis

novas ações de tecnologia.

Concluindo, a última fase definida como pós-industrialização trazendo consigo

uma consciência da responsabilidade social, exercício em grupo, motivação,

comunicação interpessoal e realização pessoais. Esta fase começa a procurar

estratégias para o crescimento das empresas através do crescimento pessoal.

Já de maneira mais contemporânea o treinamento torna-se uma forma de

crescimento pessoal, para que os mesmos se tornem mais produtiva, com novas

ações, com o propósito de somar para os objetivos da empresa. Decorrente a isto o

treinamento se torna um meio de lucratividade ao possibilitar que os indivíduos

auxiliem de forma efetiva para o resultado do negócio. Segundo CHIAVENATO

(1999), deste modo ocorre uma troca entre as empresas e os cooperadores, onde

são somados valores aos indivíduos, empresa e sucessivamente com os clientes.

Resumindo, com idéia nas teorias de CHIAVENATO (1999) e PONTUAL

(1980), pode-se dizer que o treino galga igualmente com o crescimento pessoal. A

oposição entre as duas categorias estão na consistência e no tempo: o treino é

direcionado ao momento e as necessidades, focando nos cargos e capacidade de

forma específica para a aplicação de forma rápida; o crescimento pessoal foca no

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futuro como algo mais complexo e sem direcionamento para o cargo. As habilidades

conquistadas no crescimento somam para o indivíduo profissionalmente sem

depender do cargo ocupado ou da organização, em contra partida a organização é

beneficiária de forma direta do crescimento dos indivíduos que nela trabalham.

Segundo CHIAVENATO (1999), o treinamento é um ciclo periódico e

progressivo somado de quatro etapas o diagnóstico; desenho; implementação e

avaliação. Cada fase é atribuída sistematicamente e complementarmente, não

havendo a possibilidade de relevar sob pena de expor o resultado final desejado.

Segundo CHIAVENATO (1999), o diagnóstico é a levantamento de dados por

intermédio de indicadores que apontam as necessidades de melhoria, por

conseqüência de treinamento. Um grande nível de refugo persistente, uma

complicação ocorrida, um pedido dos cooperadores entre outros. Pois a

necessidade de treino é principalmente voltada ao despreparo do profissional em

executar algumas tarefas, habilidades estas que os cooperadores necessitam

amadurecer para melhor contribuir.

Ainda CHIAVENATO (1999), o desenho é a aplicação do programa em

concordância com o diagnóstico dado. Um programa deve demonstrar seus

princípios são eles: quem deve ser treinado; de que forma deve ser treinado; em que

realizar o treino, por quem deve entre outros aspectos.

A implementação aplica-se a uma execução do programa. A mais importante

técnica demonstrada por CHIAVENATO (1999) para multiplicar as informações e

treinar os indivíduos são as leituras e as instruções programadas. A dramatização é

ocorrida de forma dinâmica de grupo e os jogos de empresa.

A avaliação é a verificação dos resultados. O princípio da avaliação é avaliar

se o treino aconteceu de forma a suprir as necessidades levantadas. Se o propósito

era melhor um devido problema, basta observar se o treino surgiu algum efeito de

forma positiva. (CHIAVENATO, 1999)

Contudo o verdadeiro entendimento das relações entre aprendizagem

individual e empresarial indica uma avaliação e uma idéia do pensamento de alguns

estudiosos sobre o assunto. Uma caracterização realizada de forma direta e precisa

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da expressão aprendizado segundo BASS & VAUGHAN o “Aprendizado é uma

transformação que ocorre no comportamento de forma permanente que resultando

da prática ou experiência vivenciada” (BASS & VAUGHAN, 1978, P. 27).

Decorrente a isto, a eficácia deste assunto está em idealizar o aprendizado

como um sistema complexo de transformações ocorrendo de forma intrínsecas,

produzida de forma ampla pelo indivíduo. Para diversos profissionais da psicologia,

a aprendizagem é um processo de transformação, que resulta da prática ou

experiência vivida anteriormente, que se manifesta em uma transformação de forma

visível do comportamento (MENEGASSO, 1998). Portanto, para estes autores, a

necessidade de diferenciar o verdadeiro aprendizado leva os dirigentes do RH a

usarem métodos de avaliação e análises de dados, visando que o indivíduo que

aprende determinado conhecimento transmite respostas possíveis de serem

testados e avaliados.

Duas bases teóricas amparar os principais modelos de aprendizagem: o

behaviorista e o cognitivo. Segundo FLEURY (1995), o modelo behaviorista volta-se

para o comportamento humano, pois este aspecto é observável e mensurável. Para

a estudiosa, os moldes cognitivos são maiores, entorno de acontecimentos mais

complexos, como a aprendizagem de conceitos e a resoluções de problemas.

Segundo LOMÔNACO (1984) o aprendizado é um acontecimento que ocorre

de forma interna, não podendo ser observado, deduzido por meio do desempenho

individual. O pesquisador aplica o modelo cognitivo. A teoria da GESTALT, pioneiro

do cognitivismo, estuda o complexo de aprendizagem por insigths, ou seja, a

aprendizagem submete de modo rápido, sintetizando, um sentimento ou certeza,

pessoal, de que se aplicou a compreensão de um determinando levantamento.

Segundo HILL “Essa aprendizagem possivelmente possua especialmente

defesa ao esquecimento e especial facilidade de ser atribuída a ações novas. A

pessoa portadora de um insight observa uma situação de um novo aspecto, que

insere uma compreensão das ligações lógicas ou percepção das conexões entre

meio e fins” (HILL, 1981, p. 94).

Nesta compreensão, a aprendizagem pode ser observada como resultado da

ligação de uma ação intrínseca para um estímulo determinado. Ao aplicar a

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aprendizagem nas organizações, é viável considerar que alguns pesquisadores

empresariais fundamentam-se suas propostas no modelo mecanicista, o qual

observa o indivíduo como uma máquina, onde o comportamento é desprendido por

forças ocorridas de formas externas.

São diversas as teorias sobre a aprendizagem, mais não a mais adequada ou

a mais eficiente. A teoria de PIAGET (1967), que destaca a formulação de métodos

educacionais por se mediar das questões ligadas ao aprendizado através do

treinamento. Segundo PIAGET APUD MENEGASSO: “A aprendizagem estabelece à

adesão de habilidades e dados de forma específica e a memorização de

informações” (MENEGASSO, 1998, p. 85). O estudioso estabelece que não se

possam desagregar elementos conceituais da prática, portanto, não se estuda sem

pensar e desenvolve o pensamento sem qualquer atividade prática.

Outra conseqüência de sua teoria está ligada ao fator de interação. Segundo

o mesmo, o indivíduo interage com o mundo e desbrava a existência do mesmo que

degusta no processo de interação (PIAGET, 1967). Assim observa, a aprendizagem

de forma individual ocorrendo quando a pessoa consegue, de várias maneiras,

entender as informações passadas frente a um determinado objeto ou situação.

Entendimento essa possível de ser conquistado através do ver e ouvir, refletir e agir,

raciocinar lógica e intuitivamente, memorizar entre outros. (MENEGASSO, 1998).

Desta forma que as pessoas estão condicionadas à aprendizagem no

transcorrer de sua existência, as empresas também sofrem o mesmo processo,

portanto, estão condicionadas a aprenderem.

Dando ênfase a este assunto, KIM se posiciona dizendo: “A aprendizagem em

uma empresa é um tipo de sinal que varia conforme o tempo, ou seja, a

aprendizagem individual, assim a aprendizagem empresarial é conceituada como a

maximização da capacidade da empresa para assumir a ação efetiva” (KIM,1993, p.

48).

Para FLEURY: “Do mesmo modo que no sistema de aprendizagem pessoal,

as idéias, os valores do indivíduo precisam ser considerados, no processo de

aprendizagem empresarial” (FLEURY, 1995, p. 23).

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Neste pensamento, é importante verificar como as empresas têm suas

distintas memórias e sistemas cognitivos, portanto, se olharmos, na maior das

empresas há sempre um código de procedimentos ou algum documento desta

forma, cujo objetivo seria declarar e padronizar essas aplicações e condutas.

Nas literaturas estudadas nota-se muitas definições sobre o que é deveria ser

uma empresa com a maior capacidade de aprender. Por uma face empresarial, onde

algumas dessas concepções são apresentadas.

No âmbito empresarial, o sistema de aprendizagem que ocorre de forma

contínua pode aparecer se o meio e o sistema de trabalho forem favoráveis. Alguns

pesquisadores como ROGERS (1991), quando se fala da aprendizagem de adultos,

deve-se observar aspectos que estão intrínsecos no ser adulto, não esquecendo,

dos ensinamentos e das experiências vivenciadas.

A definição de aprendizagem empresarial, segundo INEZ envolve os molde

de behaviorista e cognitivista, já relatados acima. Segundo a mesma: “O seu

entendimento se dá frente da elaboração de diversos mapas cognitivos e diversos

modos comportamentais” (INEZ, 1999, p. 2).

A idéia de que a empresa influencia o aprender foi executado por SCHON

(1971). O trabalho do mesmo se forma sobre o entendimento de que a incerteza e a

instabilidade buscariam as empresas à procura de novas formas em busca de

sobrevivência.

Outros estudiosos que desenvolveram molde de aprendizagem empresarial

foram ARGYRIS & SCHON (1978), cuja elaboração teve se ponta pé inicial em

conseqüência de ajuda à sobrevivência empresarial em um meio de transformações.

Segundo os mesmos, há diversas marcas entre as transformações e as empresas

em aprender, as transformações envolvem crenças e valores, e a aprendizagem

empresarial, além de englobar esses aspectos, atenta as falhas e trabalha em suas

falhas.

Na década de 1990, o conceito de learning organization foi melhorado por

SENGE (1990), que o conquistou no âmbito mundial com a divulgação de sua obra

The Fifth Discipline “A Quinta Disciplina”. O mesmo criou a empresa em

aprendizagem frente a cinco disciplinas fundamentais: domínio pessoal, modelos

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mentais, visão compartilhada, aprendizagem em equipe e pensamento sistêmico. As

mesmas são observadas como um conjunto inter-relacionado e interconectado,

portanto, a aprendizagem é transmitida para os níveis pessoais, em equipe e

empresarial, quando os moldes mentais postos para fora, de forma que sejam

aceitos e reconhecidos são mudados e compartilhados.

A partir desta avaliação verifica-se se o sistema de aprendizagem passa da

visão individual para a visão do grupo, então é viável considerar a transmissão pela

adesão de novas informações e habilidades como um ato de apreender e reter

conhecimentos, cujo meio de transmissão vai deste saber pode se atribuir através

do treinamento. Portanto, é reafirmada a posição de diversos estudiosos de que o

desenvolvimento das habilidades individuais é o desafio para as empresas na busca

pela sua identidade estratégica de competitividade (SENGE, 1990; FLEURY, 1996;

CAMAROTTO, 1996; E PEFFER 1996).

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CAPÍTULO 2

ASPECTOS DO TREINAMENTO COMO FERRAMENTA

FUNDAMENTAL PARA O CRESCIMENTO EMPRESARIAL

Segundo CHIAVENATO (2004), o treinamento é o processo de propagar

qualidades nos recursos humanos para qualificar os indivíduos com a idéia de serem

mais produtivos e ajudar melhor para almejá-lo os objetivos organizacionais. A idéia

do treinamento é maximizar a produtividade dos colaboradores em suas práticas

melhorando seus comportamentos.

Nas décadas de 80 e 90, diversos movimentos focam para a atenção em se

pensar em treinamento e desenvolvimento em nosso país. A partir deste movimento

iniciasse então os primeiros congressos desses frente a este assunto em nosso país

pela a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) com a idéia

de otimizar os desafios propostos desta época. Esses congressos persistiram toda a

década de 90 e se consagrarão com a realização de eventos que aplicarão técnicas

de atualizações e reflexões críticas frente aos níveis de desenvolvimento, apontado

os novos paradigmas surgidos e em transformações. Todas essas explanações

sobre Treinamento e Desenvolvimento tiveram introdução nos Estados Unidos.

(ABTD, 2010).

Nos anos de 1980 em nosso país teve início à apresentação do manual de

treinamento e desenvolvimento, e nessa década não existiam publicações em nosso

país que se explanavam sobre o tema. Contudo, o manual então era o primeiro a ser

lançado. (ABTD, 2010).

Decorrente a isto, o tema treinamento e desenvolvimento são considerada

novo na história mundial. Em nosso país, as publicações de estudos e pesquisas

frente esta a área vem maximizando de forma rápida, decorrente a novos

paradigmas, o interesse das empresas, a informatização do trabalho e as

transformações de cultura. Contudo esse assunto está longe chegar ao limite.

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2.1 A Importância do Treinamento Empresarial

Segundo BONFIM (2004), em sua tese de doutorado declara que o

treinamento e fundamental para as empresas na medida em que surgem atitudes e

comportamentos otimizados para os objetivos empresariais e individuais. Decorrente

a isto a necessidade de produção na área do trabalho é um das missões do

treinamento, mas fundamentalmente construir um indivíduo motivador para ter

transformações de atitude dos treinandos.

Segundo NAETHE (1992), ao avaliar a minimização de qualidade dos

processos educativos, declara que os indivíduos que são alocados no mercado de

trabalho necessitarão de qualificação curricular, práticas como treinamento e

“retreinamento”, qualificação para a aplicação de novas tecnologias; aplicação de

inovações conceituais para aperfeiçoamento requerida dos processos, treinamento

novas atribuições que imergem diariamente nas empresas, entre outros objetivos,

essa afirmação pode ser observada na publicação da “Revista T&D” no início da

década de 90 e em 2000. Em síntese, essas publicações visam a importância do

processo educacional como um dentre diversos aspectos que permitem vantagem

competitiva às organizações.

Para que o treino promova transformações é importante que ocorra nos

indivíduos a vontade de transformar o processo. O treinamento precisa ser

observado como uma das estratégias eficaz para se alcançar a transformações de

paradigma. Contudo, a transformação não existe em si mesma, mas é algo

contextualizado, para onde os indivíduos envolvidos necessitam ser levado em

consideração.

2.2 Relação Profissional Entre Treinamento/Treinando

Contudo se pode realizar uma comparação entre treinamento/treinando como

sendo a relação docente e discente. Pois essa interação não se pode confundir com

atividades aplicadas no âmbito escolar. A fundamentação da ligação profissional de

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treinamento/treinando está voltada não só aos aspectos relacionais, acima de tudo,

à capacidade de diagnóstico de habilidade e dos estilos de aprendizagem.

Contudo se faz necessário que o agente facilitador aplique técnicas e

conhecimentos pedagógica surgindo assim técnicas que certamente facilitarão o

processo de ensino-aprendizagem nas empresas. Decorrente a isto o treinamento

não significa uma ideologia educacional e não significa minimizar a uma atividade

escolar o que é altamente abominável, pois não tem como realizar uma separação

do conceito de instrutor e professor.

O propósito de caracterizar o treinamento em uma idéia educativa é são

pautados nos processos de educacional e se aplica em todas as ocasiões

pertinentes. Contextualizando é fundamental ao profissional de treinamento uma

observação crítica quanto aos seus aspectos em usar cada corrente pedagógica,

pois estas se caracterizam em um processo de aprendizagem de forma complexa. O

processo bem sucedido se caracteriza pelo educador. Portanto além de obter

conhecimento das técnicas pedagógicas são realizados parâmetros para que tenha

suporte para a trilogia se caracterizando por homem sociedade-organização. Esta

trilogia pessoal, grupo, empresariais e ambientes são aspectos integrantes de um

todo complexo. Essa formação permite aliança da teoria com a prática e ocorre de

forma pautada.

2.3 Pedagogia Tradicional

A definição de pedagogia tradicional pode propor uma prática longe do nosso

dia-a-dia. Segundo SAVIANI (1991), não é cientifica e nem ultrapassado. Essa

tendência pedagógica se aplicou em todas as organizações educativas decorrentes

os meios do século XIX. A tendência tradicional é para pedagogia o mesmo que a

teoria de Taylor é para a administração. A visão de mundo da pedagogia tradicional

está voltada para o aspecto que pré existente e que são apresentados pelos

conhecimentos sistematizados e agrupados no decorrer do tempo. Sendo fora ao

indivíduo e é enriquecido de verdade universal.

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A ligação aplicada entre professor e aluno, nesta tendência pedagógica, é

fundamentalmente determinada pela verticalização, onde o professor é o

portador do saber, programa, recursos, e controles que é transmitida de si

para o indivíduo/educando, que os recebe de forma passiva e não-

criticamente (BOMFIN, 2004).

Esta ligação educador/educando era realizada de forma padrão e limitada não

era realizada troca de conhecimentos só o educador é o portador do saber, frente a

isso seria a reprodução realizada de forma automática sem qualquer interrupção,

minimizando as relações afetivas e emocionais.

Segundo LIBÂNEO (1990) caracteriza as primícias sendo elas especificando

que as crianças e os adultos não existem diferenças frente ao entendimento de

conteúdo, se acredita que na infância as crianças apresentam níveis de menores de

desenvolvimento por isto o programa deve ser aplicado em uma progressão lógica,

mas não levando em consideração as dificuldades de cada idade; a aprendizagem é

fundamentalmente receptiva e mecânica.

Os métodos de afirmação do conteúdo são a repetição e recapitulação dos

conteúdos. Contudo os exercícios de memorização do conteúdo, o indivíduo apto

para resolver questões novas dentre as questões anteriores. Ou seja, tendo em vista

a aprendizagem sistematizada, a avaliação é um método para certificar-se que o

conteúdo será produzido com exatidão.

2.4 Nova Pedagogia

Como os novos acontecimentos em todos os níveis das ciências, a nova

pedagogia aparece para confrontar a Pedagogia Tradicional, uma das oposições da

tendência anterior é que a criança fica submetida às ordens suprema do adulto.

Segundo SAVIANI (1991) a nova pedagogia sofre infiltrações da psicologia, pois,

atenta somente o aspecto lógico, considerando os aspectos psicológicos; dos

aspectos cognitivos para os métodos ou processos pedagógicos.

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É fundamental atentar para uma grande infiltração da psicologia na nova

escola, sendo ela aplicada de forma intensiva através de testes de inteligência, de

personalidade, dentre outros aspectos. Contudo, não se pode deixar de atentar para

os princípios que foram transportados sendo ele de forma mecânica chamada de

terapia centrada no cliente, para a sala de aula. (ROGERS, 1983).

Decorrente ao exposto se pode observar as questões norteadoras da escola

nova são elas: não diretas, coerência, aceitação plena do aluno e respeito.

(SAVIANI, 1990). A idéia mundial da nova pedagogia gera consideração do

subjetivo, onde o ser humano se percebe e se experimenta, e tornando preparado

para se alicerçar o que ele consegue perceber do mundo a partir das características

demonstradas.

Espera-se que o ser humano seja preparado de obter a liberdade, iniciativa

entre outros, pois ele não um ser limitado, cada indivíduo tem seus sentimentos

peculiares e é preparado para se reinventar em um projeto permanente e sem fim.

O professor na pedagogia Não-diretiva é um especialista em

relações humanas que deve assegurar um clima de relacionamento

pessoal e autêntico. Qualquer intervenção é ameaçadora e inibidora

de aprendizagem. (LIBÂNEO; 1990)

O professor abre mão de ser o transmissor do saber, passando a ser o

facilitador da aprendizagem. Os métodos aplicados passam a ser escolhido a partir

dos interesses dos educandos. Os aspectos pedagógicos da exposição marcam

fundamentalmente da Pedagogia Tradicional, abrem lugar aos trabalhos em grupo,

jogos de criatividade entre outros.

2.5 Pedagogia Tecnicista

Conclui-se que as fundamentais premissas da pedagogia tornam a ser a

eficiência, produtividade entre outros. A centralização do ensino não esta voltada

para o professor, nem no aluno e sim nas técnicas.

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Se no progressivismo métodos e técnicas diversificados destinam-se

a propiciar a emersão de potencialidade, interesses e aptidões,

necessidades dos alunos conforme características individuais, no

tecnicismo tratam-se da objetivação do trabalho pedagógico, tendo

em vista a sua racionalização. (LIBÂNEO, 1990, p.95).

A citação acima é um paralelo que Libâneo traz frente à nova pedagogia e a

tecnicista, considerando que a pedagogia Tecnicista foi introduzida na sombra da

nova pedagogia. No tecnicismo o objetivo é direcionado para o real, onde o mundo

já existe suas próprias regras legais, pois, o indivíduo só tem que usá-las, onde o

mundo já está construído.

As escolas tecnicistas idealizam que aprender é transformar o

comportamento, em síntese, o educado tem que sair de forma oposta de como o

mesmo deu entrada, decorrente a isto são recomendados que sempre o professor

realize um plano de aula, pois é necessário um programa com um objetivo a ser

alcançado. Contudo o processo de avaliação da aprendizagem é ligados aos

modelos de objetivos.

A ligação professor-aluno se aplica de forma complexa, onde o educador é

administrador ou repassador da aprendizagem tendo o papel de: planejar, arranjar,

ordenar o meio pelos os quais o ambiente será preparado.

Quanto à organização, deve-se criar ambiente favorável à

aprendizagem, delegar a responsabilidade e propiciar bom

relacionamento com as pessoas envolvidas no sistema educacional.

Na direção do ensino, o professor decisões relativas à consecução

dos objetivos, comunica-os aos alunos e motiva-os adequadamente

de forma a que aceitem a responsabilidade de sua própria

aprendizagem. (BOMFIN, 2004, p.91)

Nesse programa são permitidas que o professor seja um facilitador do

aprendizado, em síntese, ele aplicará um roteiro de estudo onde o aluno terá que ser

capaz de buscar o conhecimento por intermédio de pesquisar estudando para o

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melhor aprendizado, este programa o aluno é o fundamental multiplicador do seu

aprendizado.

2.6 Pedagogia Libertadora

Pode-se dizer que o propulsor da pedagogia libertadora é o Paulo Freire, para

o mesmo se deve analisar o papel da pedagogia em conexão ao adulto, pois os

programas são voltados às crianças. Paulo Freire crê que a educação não deve ser

limitada em sala de aula. Frente ao exposto a criança mantém uma ligação direta

com o objeto de estudo, sua motivação em aprender é grande. (FREIRE, 2005)

Decorrente esta teoria Paulo Freire fala mal da falsa escolha entre o

humanismo e a técnica. Na Pedagogia Tradicional se destaca o transpasse de

conteúdo é principalmente conteudista, pois só se atem em repassar o

conhecimento e não se atendo em analisar a produção de conhecimento, a novas

ações. A Pedagogia Tradicional contempla a passividade do educando a

memorização.

Na pedagogia libertadora Paulo Freire contempla mais o que advém de extra

sala de aula, o aprendizado não claro ou experiências de vida. A visão de mundo

desta tendência pedagógica não é afastar da visão de mundo, em contra partida ela

leva em consideração o contexto do mundo e suas sistematizações.

Onde o ser humano e mundo se relacionam como uma ligação de

dependência, o ser humano toma uma postura de mudança do mundo percebido.

(FREIRE, 1980). Um foco de interesse na pedagogia de Freire se idealiza que a

ligação professor/aluno, como um conceito bem diversificado das várias correntes,

para o mesmo autor esta ligação está assentada na continuidade, e professor e

aluno têm relações de trocas, ou seja, processo de aprendizagem de forma mútua.

Segundo LIBÂNEO (1990), não existe liderança, ou seja, todos os indivíduos

apresentam o mesmo poder. O processo democrático é o que permitem as relações.

Essa afirmativa demonstra de forma sucinta o objetivo, e direciona a Pedagogia de

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Freire, frente a isto, não é complicado de entender a nomenclatura de Pedagogia

Libertadora e a sua relevância e respeito no meio científico.

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CAPÍTULO III

REFLEXÕES DOS ASPECTOS DE TREINAMENTO TENDO EM VISTA

O PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COMO UM FATOR

FACILITADOR NO PROCESSO

A organização é um sistema da sociedade, composto por pessoas,

equipamentos, recursos financeiros, entre outros, onde as pessoas trabalham e

buscam realizar as suas necessidades e desejos, orientadas por um objetivo

comum. Segundo MAXIMIANO (1995, p. 25)

Uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Além de pessoas, as organizações utilizam outros recursos como máquinas e equipamentos, dinheiro, tempo, espaço e conhecimentos.

Além dos aspectos abordados por MAXIMIANO, pode se afirmar que uma

organização também é composta por fatores como as relações de poder e

autoridade, liderança, clima, cultura, estrutura organizacional, entre outros, que

formam subsistemas interdependentes. E esse conjunto, como um todo, realiza

importantes papéis na sociedade, os quais se tornam características fundamentais

para a mesma.

Para DAMASCENO (2005 p. 18), “[...] as organizações se apresentam

estruturadas em diversas formas, o que é identificado por vários autores como

estrutura organizacional”. As estruturas organizacionais mais utilizadas são:

organizações lineares, funcionais, e linha-staff. Essas organizações devem possuir

divisões na sua estrutura, para auxiliar no processo administrativo, além da

necessidade de possuírem inscrição feita junto ao órgão competente, para que

possam cumprir regularmente suas obrigações fiscais e comerciais.

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A organização busca atingir capital, para que possa atender melhor as

necessidades do todo, e, para isso, é necessário organizar-se da melhor maneira e

despertar a motivação dos seus colaboradores para que ajam de acordo com as

metas almejadas pela empresa, e realizem suas funções sem desperdício, e a fim

de obter o máximo de rendimento.

De acordo com NICKEL (2001), as organizações são criadas com uma

finalidade específica, e, para que ela possa sobreviver, é essencial que seus

objetivos sejam alcançados, sendo necessário, para isso, estabelecer formas de

ação, que podem ser desenvolvidas por intermédio das estratégias organizacionais.

E essas estratégias funcionam como auxiliares no estabelecimento de regras,

normas e valores da organização.

Para NICKEL (2001), “as pessoas são os recursos essenciais para a

elaboração e implementação das estratégias”. Neste processo, são atribuídos às

pessoas diversos papéis, com diferentes responsabilidades e tarefas, a fim de fazer

com que a organização funcione corretamente. E, ao fazer parte desta organização,

as pessoas estão sob as exigências deste papel e devem se comportar de acordo

com as atividades que foram previamente determinadas. Esse processo inicia-se

com a seleção de pessoal, visando escolher o indivíduo que poderá melhor atender

às exigências impostas pela organização e às suas expectativas, e a fim de alcançar

os objetivos organizacionais.

As organizações e as práticas de recrutamento e seleção vêm sendo

examinadas por diferentes autores. Impulsionadas pelo processo de transformação

econômicas no mundo moderno, tais práticas terminaram por se constituir em

elemento essencial das organizações. Atualmente têm como finalidade principal não

mais o simples preenchimento do cargo, como em seus primórdios, estando

especialmente voltadas para a contratação dos profissionais mais sintonizados com

as necessidades estratégicas das empresas.

Com o objetivo de contribuir para o debate sobre os processos seletivos,

neste capitulo apresentaremos um panorama da trajetória das deferentes formas de

concepção desses processos. Vamos contextualizar as causas de seus avanços e

retrocessos, para que você possa refletir sobre as transformações que vieram a

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instituir o atual processo de recrutamento e seleção em organizações

contemporânea.

3.2 Recrutamento Compulsório ao Recrutamento Científico.

Embora o recrutamento e a seleção tenham se constituído como técnica a

partir do século XX, o curso de sua evolução se entrelaça com a história do trabalho,

variando, conforme as transformações econômicas, na perspectiva do tipo de

profissional requerido. Partindo dessa premissa, e em linhas geris, procuraremos a

seguir destacar os marcos mais significativos no que diz respeito às formas de

recrutar e selecionar que foram sendo desenvolvidas ao longo do tempo.

Podemos dizer que recrutar e selecionar pessoas são práticas tão antigas

quanto à organização social dos povos. Desde a constituição das civilizações mais

remotas, do antigo oriente ao império napoleônico, de uma maneira ou de outra

havia alguma preocupação em avaliar pessoas para escolher mais aptas a execução

uma dada atividade. Podemos ver nessa preocupação o embrião das práticas de

recrutamento e de seleção.

Tanto no mundo antigo quanto na idade moderna, o foco desses processos

esteve voltado principalmente para as forças militares, não havendo critérios

apurados d escolha, nem mesmo geográficos. Entre os resultados incluíam-se

pessoas oriundas de outras terras, como, por exemplo, os soldados gregos

convocados pelos monarcas persas e egípcios. Os critérios utilizados para a escolha

tinham como referência exclusiva aspectos anatômicos, como os da compleição e

da força física. Tal como afirma SINGER (2004):

A proliferação das forças militares privadas coincide com a instabilidade crescente, devido a mudança políticas ou a períodos de desmantelando de exercício regulares – em particular durante a Guerra dos cem anos (1337-1453). A ausência de uma autoridade centralizada criou, então, as condições ótimas para o recrutamento dos soldados particulares. Originalmente, um grande número deles propõe seus serviços como “lanças livres” ( origem do termo free-lance).

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A partir do éculo XVIII, com o advento da revolução industrial em suas duas

fases – carvão e ferro, e eletricidade e derivados do petróleo como matéria-prima,

respectivamente -, foi deflagrado um surto de industrialização que se estendeu

rapidamente por toda a Europa e Estados Unidos. Teorizado principalmente pelo

pensamento econômico de Adam Smith e impulsionado pelas novas leis de

comercio e de mercado e pelo crescimento acelerado e desordenado das indústrias

e empresas, esse movimento criou a necessidade de se desenvolverem estudos

sobre o funcionamento interno, as oscilações e as tendências dessas novas

organizações.

Essas mudanças provocaram uma transformação radical nos meios de

produção do mundo ocidental, até então preponderantemente agrícola. Taís

organizações foi, então, considerada forças motrizes, o epicentro econômico

mundial.

Dessa nova ordem decorreu a necessidade de se pensar a sistematização de

mecanismos que possibilitassem promover maiores eficiências e produtividade em

face da crescente concorrência e competição no mercado, tendo em vista substituir

o empirismo e a improvisação reinantes.

Nesse período, o recrutamento de operários para a nova economia se

realizou, sobretudo por meios de formas coercitivas, como, por exemplo, quando da

construção do canal de Paraná, em 1859 cujo sistema de recrutamento dos

operários egípcios ficou registrado na história como autêntica imposição

escravocrata.

Assim, o processo de recrutamento e seleção, ainda que de forma empírica,

foi especialmente voltado para determinadas especificações demandadas pelas

tarefas a serem realizadas, baseando-se na qualificação e na especialização do

segmento operacional da empresa ou da indústria em questão. Já os candidatos

eram oriundos, sobretudo da nova classe emergente de operários e recrutados para

ocupar cargos nos baixos escalões.

A partir desse momento, podemos dizer que a administração passou a se

constituir em objetivo de estudo específico e sistemático, deflagrado notadamente

pelo pensamento de Talylor e Fayol.

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3.3 O Desenho do Recrutamento e Seleção na Atualidade

Atualmente no Brasil, dada as nossas diferenças estruturas, convivemos

ainda cm a transição de diferentes processos de modelo administrativos em muitas

de nossas empresas. Corporações burocráticas, extremamente hierarquizadas,

pouco ágeis e com baixo valor agregado vêm dando lugar a um novo modelo de

administração, mais flexível, mais rápido, com poucos níveis hierárquicos e focados

no cliente, com a revisão permanente dos processos e com melhorias contínuas.

Indubitavelmente, hoje, os objetivos do recrutamento e seleção são bem mais

amplos. As mudanças são constantes, e a velocidade em que elas ocorrem é cada

vez mais rápida. Já não basta atingir os objetivos; é necessário ultrapassá-los, sob

pena de se tornarem defasados em curto espaço de tempo.

Nessa perspectiva, o grande desafio tanto do recrutamento quanto da seleção

é descobrir não apenas o melhor candidato, mas aquele que tem mais potencial. A

atual regra dos negócios é estar preparado para competir com competência, mesmo

porque o passado não mais se repetir. Tal como afirma Drucker, o sucesso de

ontem já não garante mais sucesso de hoje e consequentemente, não sustentará o

sucesso de amanhã.

A nova ordem econômica mundial imposta pela globalização vem

modificando, como que em efeito dominó, as relações do mundo do trabalho, desde

as competências essenciais das organizações até o perfil do profissional requerido

e, em última instância, os objetivos, as técnicas e as aplicações dos processos de

recrutamento e seleção.

Como vimos, o recrutamento e a seleção constituem, hoje, elementos

estratégicos diretamente relacionados com a proposição de novos meios de

amplitude da produtividade e, consequentemente, da competitividade, não sendo

aceitável que a organizações fracasse por falta de talento decorrente de erros no

processo seletivo.

Atualmente, a competitividade sobrepõe-se eficiência: nas basta mais

produzir de melhor forma possível. A utilização otimizada dos recursos, ou seja, a

eficiência é condição necessária, mas não suficiente para a competitividade

organizacional. É preciso estar em constante sintonia com as inovações e a

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preocupação com a satisfação do cliente externo é eqüitativa com o do cliente

interno.

Pelo que pudemos analisar, o recrutamento e a seleção vêm, ao longo do

tempo, exigindo cada vez mais a compreensão de um universo abstrato sobre

personalidade e motivação do candidato. A assunção de que o indivíduo,

necessariamente, afeta a organização, seja de forma positiva, seja de forma

negativa, é tendente do pensamento administrativo contemporâneo de acordo com o

qual a centralização cede lugar à competência e ao profissionalismo.

Cabe ao recrutamento e à seleção apreender as novas concepções do

profissional requerido a partir dos atuais paradigmas empresariais, o que vai

também alterar o perfil dos recrutadores, selecionadores e do respectivo setor.

Conforme DUMON E HOLLARD (2007 p, 37):

Recrutar colaboradores de modo eficaz não se reduz a dominar certa quantidade de técnicas de recrutamento. Requer estratégia, cultura e filosofia empresarial adequada. (...) O meio mais eficaz para aumentar o desempenho de uma empresa, a curto ou longo prazo, é elevar, sistematicamente, o nível dos talentos que nela se encontram.

Nessa perspectiva, a cultura empresarial tem que ser tomada como um dos

principais parâmetros de um recrutamento e seleção eficazes. Uma organização

cuja cultura prevalecente seja o atendimento ao cliente precisa ser provida de

profissionais com características diferentes dos de, por exemplo, uma outra cuja

cultura da inovação seja a sua tônica.

A outra face da moeda dos melhores é a equivocada contratação de pessoas

superespecializadas para cargos que não exigem a superespecialização,

conduzindo o candidato e o processo de recrutamento e seleção ao

subaproveitamento.

O quadro 1 esquematiza as transformações que vêm ocorrendo no cenário

empresarial e às quais os profissionais de recrutamento e seleção precisam estar

atentos para a realização de um processo vendedor.

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A construção da trajetória da administração como objetivo de estudo científico

como vimos, provocou modificações substanciais nos conceitos e nas práticas

administrativas como um todo. Além dos aspetos relativos a “recursos humanos”, ao

recrutamento e à seleção, certamente os conceitos de gestão também acompanham

todo esse movimento, sofrendo transformações e aprimoramento ao longo de seu

percurso.

QUADRO 1: Comparação Entre Cenário Organizacional

Fonte: Adaptado do Loureiro (2007)

Na área de gestão os paradigmas vieram, paulatinamente, se transformando

no sentido de atender às demandas das novas práticas, estando modernamente

voltados para a questão das competências. Por isso a conceituação de competência

adquiriu uma abrangência maior, englobando um conjunto de saberes voltados para

DE PARA

Pouca competitividade

Estabilidade

Previsibilidade

Individualismo

Rigidez Hierárquica

Poder Centralizado

Relação ganha x perde

Segurança no Emprego

Diploma Educação

Carteira Definida pela Empresa

Cargos

Competência Global

Mudanças

Incertezas

Parceria

Flexibilidade

Empowerment

Relação ganha x ganha

Empregabilidade

Continuada

Carreira como Responsabilidade do

Individuo

Espaço Organizacional

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o exercício de uma determinada função e modificado, significativamente, os

procedimentos de entrada na organização, quais sejam, o recrutamento e a seleção.

Mais do que, exclusivamente, um profissional qualificado tecnicamente, a

organização necessita, sobretudo, de pessoas flexíveis e proativas, com

comportamentos e atitudes adequadas à sua cultura, à sua missão, à sua visão e

aos seus objetivos.

Ao longo desta perspectiva analisamos a evolução das práticas de

recrutamento e seleção no contexto de evolução do pensamento administrativo.

Constatamos a mudança de um qual se contempla um conceito mais amplo de

competência que envolve diferentes perceptivas, quais sejam, técnicas,

comportamental e potencial.

Embora o conceito de competência ainda esteja em desenvolvimento, as

abordagens que vêm sendo por ele geradas estão modificando, a lógica de gestão

organizacional, abrindo espaço para uma nova concepção de gestão – a gestão por

competência – e, consequentemente, a seleção por competência.

3.4 Da Gestão por Competência à Seleção por Competência Tendo em Vista

Cultura Organizacional

Toda organização possui uma cultura própria, que agrega seus costumes,

crenças e valores. É por meio dessa cultura que a empresa traça seu perfil e

estabelece o comportamento de seus membros. Segundo Schein (apud Marras

2002, p. 290)

Cultura organizacional pode ser compreendida como: o modelo de pressupostos básicos que um grupo assimilou na medida em que desenvolveu os seus problemas de adaptação externa e integração interna e que, por ter sido suficientemente eficaz, foi considerado válido e repassado (ensinado) as demais (novos) membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas.

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E, divergente a SCHEIN, TAVARES (1996) diz que a cultura organizacional

manifesta-se através da resistência à mudança, e como conseqüência dos valores,

crenças, mitos e tabus existentes na empresa; e também, por meio de padrões

comportamentais ou estilo de uma organização, seguidos pelos funcionários e, e

transmitidos aos novos colegas de trabalho.

Enquanto Oliver (TAVARES,1996) define cultura organizacional como "o

conjunto de valores e crenças vigentes na organização e os comportamentos

individuais e coletivos decorrentes". A cultura é desenvolvida e enraizada na

organização, e não se pode mudá-la imediatamente, sem antes rever todos os

costumes, crenças e valores que a compõem.

Portanto, a cultura organizacional é fator de grande influência sobre o

comportamento dos indivíduos, e se ela for acompanhada por uma boa estratégia

organizacional, poderá se tornar uma grande força da empresa.

Inicialmente definimos o que seria a cultura organizacional para um melhor

entendimento, finalmente, a proposta da seleção por competência.

É possível dizer que competência é uma habilidade. Mas, possível seria: é

fazer algo bem-feito. Com isso, podemos começar a apresentar algumas

considerações importantes sobre o conceito de competência.

Ao consideramos que competência está associada a fazer algo bem feito,

estamos vinculando esse conceito às idéias de ação e de resultado. Isso faz muito

sentido. Como avaliar-se alguém é competente? É bastante provável que a resposta

se reflita à observação do que essa pessoa faz e se os resultados do que faz bons.

Seguindo esse raciocínio, a competência está relacionada com o desempenho, com

o comportamento de alguém e com a qualidade desse desempenho.

Com essas considerações em foco, podemos propor um primeiro e genético

conceito de competência: capacidade de realizar algo conforme um padrão. Trata-

se, portanto, de um atributo variável. Uma competência será maior ou menor a

depender do grau de conformidade entre um resultado gerado e um padrão de

qualidade estabelecido.

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As competências, além de variáveis, são conjunturais, ou seja, dependem de

fatores externos. Pense, por exemplo, em uma empresa - Vamos chamá-la de

empresa A – que foi líder de mercado durante vários anos. A liderança no mercado

nos permite inferir que ela foi competente em atender satisfatoriamente às

demandas dos seus clientes. Agora, imagine que uma nova empresa- a empresa B

– entrou no mercado, com um produto ou serviço que se adequou melhor às

demandas dos clientes. A empresa A, certamente, perderá clientes porque a

empresa B é capaz de satisfazer melhor às expectativas do cliente porque a

empresa B é capaz de satisfazer melhor Às expectativas do cliente. A empresa A

não perdeu a competência, mas não possui as mesmas competências da nova

empresa ou não possui no nível necessário para manter a liderança de mercado.

Existem várias abordagens para o conceito de competência que enfatizam

diferentes aspectos. Boyatizis (2004) entende as competência como “ aspectos

verdadeiros ligados à natureza humana” A perspectiva desse autor parece-nos

limitada, uma vez que naturaliza a competência e coloca em segundo plano as

variáveis situacional, pois uma empresa podem saber fazer algo muito bem e não

terem os recursos necessários para produzir um resultado com o padrão de

qualidade esperado.

Outra abordagem da competência, bastante como CHA, a define com um

conjunto de conhecimentos (C), habilidades (H) e atitude (A) necessários para que a

pessoas desenvolva suas atribuições e responsabilidades.

Vamos falar um pouco sobre cada um desses elementos. O conhecimento é

um conjunto de informações articuladas e que podem ser utilizadas quanto

necessário. A habilidade é entendida como a capacidade de transformar o

conhecimento em ação, produzindo resultados que atendam ou superem uma

expectativa. As atitudes são determinadas por crenças, valores e princípios e estão

relacionadas com o “querer ser” e o “quer agir”.

Apesar de bastante difundido, o modelo conhecimento-habilidade-atitude

apresenta a dificuldade de comportar variações no uso das categorias que o

compõem, tal como analisarem-mos a seguir.

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SEGUNDO RABAGLIO (2001), um dos autores que trabalham com o modelo

CHA, propõe uma categorização das competências em técnicas e comportamentais.

Contudo, se entendemos comportamento como “tudo que uma pessoa (...) faz, sente

ou pensa” a categorização das competências em técnicas e comportamentais

revela-se imprecisa, uma vez que, conforme o conceito de comportamento

apresentado, toda produção humana pode ser considerada comportamento.

Outro ponto de imprecisão refere-se ao conceito de atitude. Embora tal

conceito seja essencial para a definição de competências, também há muita

variação no seu entendimento. De maneira geral, percebemos que se entende

atitude como um sinônimo de comportamento, de ação.

Em psicologia, contudo, o conceito de atitude é basicamente específico e

designa uma “predisposição a responder cognitivamente, afetivamente e

comportamentalmente a um objetivo específico de modo particular”. Considerando a

importância das atitudes para o conceito de competência, vamos explorar o assunto

um pouco mais.

Imaginemos um gerente de ”recursos humanos” que tivesse que decidir se a

grafologia seria ou não incluída como técnica de seleção na sua organização. Como

o tomaria essa decisão? Bem, provavelmente faria uma breve retrospectiva sobre o

que sobe sobre o assunto: conhecimento teórico, suas experiências e as de outro

profissional. Esse retrospecto pode ter mobilizado sentimentos a favor ou contra o

uso da técnica em questão. Se esse sentimento for desfavorável, é provável que o

gerente decida não usar a grafologia nos processos seletivos da sua organização.

Sua atitude com relação à técnica é justamente o conjunto formado por um

componente cognitivo (conhecimento, crença, experiência), por um componente

afetivo (o sentimento pró ou contra) e por um componente comportamental (a

tendência a agir vetando o uso da grafologia como técnica de seleção).

Apesar dessas variações na compreensão das categorias que o integram, o

modelo do CHA tem o mérito de colocar em questão que a competência não pode

ser pensada apenas nos domínios do conhecimento e da técnica. Você já deve ter

lido exemplos sobre manipulação financeiros, fraudes e falências envolvendo

grandes empresas de classe mundial. Quem executou as manipulações financeiras,

forjando balanços, provavelmente tinha conhecimento e a habilidade técnica em

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transações financeiras. Mas os valores e as crenças envolvidas deram a esses

conhecimentos e habilidades um direcionamentos cujo resultado foi a falência das

empresas.

Embora a literatura sobre o tema considere que os conhecimentos, as

habilidades e as atitudes tenham a mesma importância para a compreensão da

competência, propomos aqui um destaque ao papel das atitudes. Entendemos que

elas direcionam o conhecimento e a habilidade rumo a um desempenho que pode

ou não ser adequado aos interesses de uma organização.

Conhecimentos e habilidade podem ser adquiridos ou desenvolvidos. As

atitudes, contudo, envolvem desejos, crenças e valores que são produtos de toda

uma história de vida e, portanto, muito mais difíceis de serem moldados em função

do interesse de uma organização. Respaldando o desta que conferimos às atitudes,

Zarifian (2001) sugere uma conceituação de acordo com o qual:

A competência é “o tomar a iniciativa” e o “assumir

responsabilidade” do indivíduo diante de situação

profissional com as quais se depara. Essa primeira

enfatização o que muda fundamentalmente na

organização do trabalho: o recuo da prescrição, a

abertura de espaço para a autonomia e a

automobilização do indivíduo.

O conceito que acabamos de apresentar, ao enfatizar a iniciativa e a

assunção de responsabilidade como elemento definidores da competência, reforça o

papel de destaque que as atitudes desfrutaram no ambiente organizacional

contemporâneo.

Mais do que em qualquer dos empregados depende de seu posicionamento e

do seu envolvimento diante de uma situação concreta de trabalho. Tomar a iniciativa

a assumir responsabilidades não depende apenas de conhecimento e habilidade,

mas, sobretudo, do desejo, das crenças e dos valores que ajudam a definir o

significado que é atribuído ao trabalho, às atividades nele implicadas. Tentando

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aperfeiçoar o modelo CHA, DUTRA (2001) propõe que seja, o valor agregado ao

processo de trabalho.

Para compreende melhor esse conceito de entrega, vamos imaginar a

seguinte situação: Você é o diretor de uma consultoria de “recursos humanos”

especializadas em recrutamento e seleção, e sua equipe é composta por dois

analistas de RH, o analista 1 e o analista 2. No último mês sua empresa fechou um

grande contrato de seleção que ampliou em 35% o volume de candidato atendido

diariamente. Ambos os analistas têm cumprido suas metas mensais de atendimento,

bem com os prazos negociados com o cliente. Contudo, você observou que o

analista 1 trabalhou regulamente uma hora e meia além do habitual. O analista 2,

porém, além de não ter aumentado a duração do sua expediente, reestruturou a

rotina de trabalho de maneira tal que a capacidade de atendimento da empresa foi

efetivamente ampliada.

Ambos os analistas de RH demonstraram comprometimento com o trabalho e

atingiu o padrão de desempenho esperado. O analista 1 atingiu o padrão com

esforço extra, enquanto o analista 2, ao reestruturar o trabalho, estabeleceu um

novo padrão de desempenho cuja probabilidade de ser mantido é muito grande.

Diremos, então, que o analista 2 entregou mais à organização.

Para que você possa tirar mais proveito desse modelo CHA, procuraremos

atenuar as imprecisões terminológicas propondo que, em vez de conhecimento,

habilidade e atitude, sejam utilizados as seguintes categorias:

• SABER-O conjunto de informações articuladas sobre deter-minado tema.;

• SABER FAZER - Conjunto de capacidades que envolve a mobilização o

saber, visando agir de forma a gerar um resultado concreto e em

conformidade com um padrão preestabelecido;

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• SABER SER- Conjunto de valores, crenças, desejo, motivações e outras

características psicológicas que contextualizam o saber e o saber fazer;

Em termos práticos, quando você estiver realizando um processo seletivo,

será de pouca validade ficar discutindo se a competência que se deseja investigar é

um conhecimento, uma habilidade ou uma atitude. O importante é que você saiba

que o perfila ser definido deverá contemplar de maneira coerente as três dimensões

que constituem a competência: o saber, o saber fazer e o saber ser. De nada

adianta selecionar um candidato que tem grande quantidade de informações sobre

marketing (saber) se ele não for capaz de usar essas informações para, por

exemplo, realizar uma pesquisa de mercado (saber fazer). Da mesma maneira, um

candidato pode saber fazer pesquisa de mercado muito bem, mas pode ser uma

pessoa individualista e centralizada (saber ser) que poderá comprometer o clima

organizacional e a produtividade do trabalho.

Após todas as considerações que foram feitas sobre competência. Podemos

refinar o conceito que propusemos inicialmente: competência é um atributo que se

aplica a pessoa ou a organizações, em função de sua capacidade de realizar algo

em conformidade com um determinado padrão de qualidade, requerendo a

mobilização de saberes diversos - saber, saber fazer e saber ser. É um atributo

variável em espécie e intensidade.

Existem diferentes competências (espécie), e cada uma delas pode ser maior

ou menor (intensidade). Além disso, competência são relativas, uma vez que

dependem não apenas de variáveis intrínsecas a um individuo ou a uma

organização, mas também de variáveis externas, situacionais.

3.5 A Importância do Recrutamento e Seleção como Diferencial no Processo de

Treinamento

O gerenciamento de pessoas é uma tarefa complexa para ser executada, pois

cada uma das pessoas envolvidas na organização possui uma natureza individual, e

experiências diferentes, culturas pessoais, idéias e convicções próprias, o que deve

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ser observado na hora de gerenciá-las, mas não deve ser feito com apenas um

indivíduo, e sim com uma equipe de pessoas. Com a evolução da forma de

administrar e as novas tecnologias que surgem constantemente no mercado, a

busca constante pelo crescimento da organização e pelo alcance de objetivos, o

trabalhador é hoje mais valorizado como recurso produtivo e inteligente.

Toda organização necessita de uma base para apoiar-se e gerir seus

recursos. A gestão de recursos humanos é essencial ao desenvolvimento da

organização e dos indivíduos que a compõem, mas é uma área bastante sensível,

pois sofre influência dos diversos fatores organizacionais, precisando sempre manter

esses fatores harmonizados. Para Gil (1994, p.13):

A Administração de Recursos Humanos é o ramo especializado da Ciência da Administração que envolve todas as ações que têm como objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade. É, pois, a área que trata de recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento, manutenção, controle e avaliação de pessoal.

E, de acordo com VERGARA (2000), a gestão de pessoas é extremamente

importante, pois é dentro das empresas que se passa a maior parte do tempo, e

também porque as pessoas são peças essenciais para o funcionamento da

organização e, sem elas, não seria possível definir a visão e os propósitos

organizacionais, nem criar estratégias, administrar recursos, e muitas outras

decisões e ações essenciais para seu funcionamento.

Segundo Carvalho e Nascimento (1993), o recrutamento é o procedimento

que busca atrair candidatos ao preenchimento de determinados cargos oferecidos, e

a seleção tem o objetivo central de escolher os candidatos sejam mais qualificados

para atuar nesses cargos.

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E, para MARRAS (2002), o subsistema de recrutamento e seleção é

responsável pela captação e triagem de profissionais no mercado; e pela seleção e

encaminhamento de profissionais para a empresa. Observa-se que o recrutamento e

a seleção são essenciais à contratação de novos funcionários, atuando como filtros

para a escolha do perfil profissional adequado. E, para apresentar de forma clara

como se dão esses processos, segue uma breve explicação sobre os dois

individualmente.

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CONCLUSÃO

Se baseando nos estudos pesquisados, se pode definir que treinamento são

uma intervenção da organização aliada os profissionais de treinamento e os

indivíduos do treinamento, aliados em proporcionar uma melhoria contínua.

Portanto, é essencial que os profissionais de treinamento assumam uma postura

que auxilie aos indivíduos um pensar e agir libertador, a idéia e que eles tenham

espaço para a criatividade e inovação.

Contudo é de suma importância manter uma cautela ao passar as teorias

pedagógicas para as teorias sobre treinamento, muito menos esse artigo se propõe

a esgotar esta temática. Contudo ao se verificar os resultados proposto por esta

pesquisa se pode concluir que para cada corrente pedagógica acontece uma prática

organizacional igual, ou seja, com as mesmas ferramentas de treino.

A pedagogia tradicional se ajusta a direção postura autocrática, ou seja, de

forma funcional e determinística, onde os indivíduos têm que se adequar às normas

pré-estabelecidas pelos profissionais de treinamento. A Pedagogia Nova em

adequação à organização se define a direção do profissional de treinamento de

compreender as ações e interferências dos indivíduos no processo de treinamento.

A Pedagogia Tecnicista semelhante poderia ser a direção do funcionário em suprir

as necessidades da organização, observando à melhoria da técnica de forma eficaz,

racional e produtivo. A Pedagogia Libertadora se pode caracterizar que no meio do

treinamento os indivíduos devem ter a liberdade de exprobrar o método, ter novos

pensamento das rotinas e estabelecer espaço para poder se dividir no processo

produtivo.

Decorrente as grandes transformações diversos os setores produtivos, o

recurso do treinamento se mostrou imprescindível para os resultados satisfatórios

dentro da organização. Trazendo a discussão a crítica sobre o processo de

treinamento, dito pelos cooperadores como pratica sem sentido, em diversos casos.

Para comparar esta análise esta iminente adotar os treinamentos sob uma direção

estratégica e não apenas para sanar alguns processos inadequados da organização.

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Finalmente se pode concluir que a igualdade frente às correntes pedagógicas

e as práticas de Treinamento Organizacional, contudo esta monografia se destitui de

qualquer idéia de condução de profundamente as temáticas discutidas.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 1 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I 9 ASPECTOS HISTÓRICOS DO TREINAMENTO ORGANIZACIONAL CAPÍTULO II 17 ASPECTOS DO TREINAMENTO COMO FERRAMENTA FUNDAMENTAL PARA O CRESCIMENTO EMPRESARIAL 2.1 A Importância do Treinamento Empresarial 18 2.2 Relação Profissional Entre Treinamento/Treinando 18 2.3 Pedagogia Tradicional 19 2.4 Nova Pedagogia 20 2.5 Pedagogia Tecnicista 21 2.6 Pedagogia Libertadora 23 CAPÍTULO III 25 REFLEXÕES DOS ASPECTOS DE TREINAMENTO TENDO EM VISTA O PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COMO UM FATOR FACILITADOR NO PROCESSO 3.1 Recrutamento Compulsório ao Recrutamento Científico 27 3.2 O Desenho do Recrutamento e Seleção na Atualidade 29 3.3 Da Gestão por Competência à Seleção por Competência Tendo em Vista Cultura Organizacional. 32 3.4 A Importância do Recrutamento e Seleção como Diferencial no Processo de Treinamento 38 CONCLUSÃO 41 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43 ÍNDICE 45