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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE A PEDAGOGIA COGNITIVISTA E O ANALFABETISMO MOTOR: Uma Realidade na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental das Escolas do Alto Solimões, Amazonas. Por: Márcio Rocha Abensur Orientadora Profa. Maria Esther de Araújo Tabatinga 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A PEDAGOGIA COGNITIVISTA E O ANALFABETISMO MOTOR:

Uma Realidade na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino

Fundamental das Escolas do Alto Solimões, Amazonas.

Por: Márcio Rocha Abensur

Orientadora

Profa. Maria Esther de Araújo

Tabatinga

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A PEDAGOGIA COGNITIVISTA E O ANALFABETISMO MOTOR:

Uma Realidade na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino

Fundamental das Escolas do Alto Solimões, Amazonas.

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em

Psicomotricidade.

Por: Márcio Rocha Abensur

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AGRADECIMENTOS

A Deus, em quem tenho buscado

sabedoria e inspiração para tudo em

minha vida; aos professores Sidney

Netto, Alberto dos Santos Puga

Barbosa e Gilberto Cabral da Costa,

pela motivação no mundo acadêmico; à

minha tutora, Natália Pacheco Junior, e

à minha orientadora, Maria Esther de

Araújo, por compreender minha longa

trajetória na confecção e conclusão

deste trabalho; aos amigos; e a todos

aqueles que direta ou indiretamente

colaboraram para a realização desta

monografia.

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DEDICATÓRIA

A meus pais, Raimundo Pinheiro Abensur

e Dulcinéia Rocha Abensur, minhas

referências na vida; a minha esposa,

Elisângela, companheira de todos os

momentos; e a minha filha Maysa, a quem

tanto amo.

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RESUMO

Após uma observação em vários estabelecimentos de ensino da região

do Alto Solimões, notou-se que as crianças em sala de aula seguem uma

tendência de educação que enfatiza a leitura, a escrita e o cálculo como sendo

os pilares do processo, privando os alunos de atividades mais dinâmicas,

limitando-os quase que exclusivamente às tarefas de coorenação motora fina.

Em outras palavras, na prática, nas turmas observadas as crianças não são

estimuladas ao desenvolvimento dos fatores psicomotores, já que não têm uma

rotina de exploração de sua capacidade motriz. Neste sentido, foi criado um

questionário com a finalidade de verificar a afinidade dos docentes de

educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental (pedagogos e

normalistas) com a motricidade humana e a educação psicomotora, sendo

aplicado a vários professores de escolas da Região do Alto Solimões, Estado

do Amazonas. O mesmo questionário foi aplicado na cidade de Letícia,

Colômbia (fronteira com nossa região), onde a educação infantil e das séries

iniciais é desenvolvida semelhantemente. Também foi realizada uma avaliação

psicomotora com alguns alunos desses professores, a qual forneceu dados que

foram comparados com uma segunda avaliação, realizada ao final de um

periodo de quatro meses de atividades mais diversificadas, desenvolvidas com

as respectivas turmas. O resultado apresenta um paradoxo caracterizado pela

incoerência entre a prática do ensino nesses segmentos e a necessidade de

desenvolvimento integral da criança. O quastionário aplicado aos professores

revelou que praticamente todos desenvolvem em sala de aula principalmente

atividades de pintar, recortar e colar papel. A primeira avliação psicomotora dos

alunos revelou em todos vários aspectos psicomotores deficientes, o que na

avaliação final foi compensado. O resultado deste estudo nos leva a refletir

sobre uma conseqüência preocupante no desenvolvimento de nossas crianças,

consequência esta que parece ainda estar longe do conhecimento e atuação

do professor pedagogo ou normalista: o analfabetismo motor.

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METODOLOGIA

O presente trabalho apresenta um estudo original de pesquisa de campo

com observação durante quatro meses e análise quantitativa e qualitativa com

o intuito de levantar dados que sirvam de referência para reflexões e, o mais

importante, mudanças na prática pedagógica infantil em nossa região.

Após aprovação do projeto de pesquisa pela Comissão Julgadora do

Projeto A Vez do Mestre, da Universidade Cândido Mendes, foram realizados

os procedimentos para a execução do mesmo, sendo feito um estudo

cuidadoso sobre os meios necessários para a realização da pesquisa proposta.

A metodologia de estudo inclui para cada indivíduo participante a

aplicação de um questionário desenvolvido especificamente para professores

de educação infantil e séries iniciais. Este questionário, criado pelo autor do

projeto, é composto por vinte e uma questões relacionadas com a atuação do

entrevistado e com a rotina das crianças, tanto em sua sala de aula como na

recreação. Foram entrevistados professores de escolas públicas e particulares

dos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte e São Paulo

de Olivença, todos componentes da região do Alto Solimoes, no Estado do

Amazonas.

Paralelamente aos trabalhos de aplicação do questionário, seis escolas

foram escolhidas aleatoriamente nos municipios de Tabatinga, Benjamin

Constant e Atalaia do Norte (duas por localidade). Em cada uma delas foram

apontadas, também aleatoriamente, duas turmas que, com a orientação do

autor do projeto e a colaboração dos respectivos professores, passaram a

desenvolver atividades mais diversificadas com o acompanhamento e o apoio

de professores de Educação Física, todas relacionadas ao desenvolvimento

integral dos alunos e direcionadas ao estímulo da coordenação motora, da

tonicidade, do equilíbrio, da lateralidade, da orientação espacial e temporal, e

do esquema e imagem corporais. Em cada uma dessas escolas, também foram

escolhidos aleatoriamente dois alunos, que passaram por duas avaliações

psicomotoras, uma no início dos trabalhos e outra ao final dos mesmos.

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Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados

dos questionários aplicados foram organizados e comparados inicialmente no

âmbito de cada município. Após isto, foram organizados a partir dos resultados

de todas as localidades, de modo a oferecer uma idéia da visão dos

educadores da região do Alto Solimões em relação à atual prática pedagógica

infantil. Quanto às crianças avaliadas, como já era de se esperar, as mesma

apresentaram alguns problemas de aprendizagem e psicomotores. Porém,

depois da aplicação das atividades previstas, na últma avaliação, estas

crianças apresentaram melhora significativa, além de podermos constatar que

em todas as turmas escolhidas para a referida prática, os alunos estavam

muito satisfeitos pelo tipo de atividades que passaram a desenvolver a partir

daquele período.

Por fim, como forma de reforçar nossos trabalhos de pesquisa, duas

turmas de 6º período do Curso de Pedagogia, da Universidade do Estado do

Amazonas também foram escolhidas para a aplicação do questionário. É

importante frisar que estas turmas já haviam assistido à disciplina

Psicomotricidade, oferecida nesta universidade com carga horária de 60 horas

e sem prática, como previsto na respectiva ementa. Uma observação a ser feita

é que estas turmas tiveram esta disciplina ministrada por um Profissional de

Educação Física, que possui maior afinidade com a questão do movimento e

suas influências no desenvolvimento infantil. Os resultados podem ser

encontrados nos anexos deste trabalho.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

A Educação Infantil no Brasil 11

CAPÍTULO II

O pensamento cognitivista na Educação Infantil e Séries Iniciais 19

CAPÍTULO III

O Analfabetismo Motor 33

CAPÍTULO IV

Educação Física: qual a contribuição? 46

CONCLUSÃO 55

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 58

BIBLIOGRAFIA CITADA 60

ANEXOS 62

ÍNDICE 193

FOLHA DE AVALIAÇÃO 195

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INTRODUÇÃO

Apesar das pesquisas, estudos e doutos apontarem para uma nova

tendência educacional, o Brasil ainda vive um constante debate sobre a

qualidade da educação no país, num visível e inegável paradoxo que se

manifesta mesmo diante das inúmeras referências que abordam o homem

como um ser holístico.

Mesmo com o fato de vários autores, como Lapierre (1982),

enfatizarem a psicomotricidade como fator importante no desenvolvimento

cognitivo, na leitura e escrita e na inteligência, a escola ainda dá pouca

importância à atividade motora, evidenciando uma realidade na qual educar um

ser integral não é uma prática comum ao professor de educação infantil e

séries iniciais, uma vez que sua formação ainda é cunhada em princípios

cognitivistas.

Não obstante, tradicionalmente a sociedade tem o domínio da leitura e

da escrita como ápice do processo educacional, traduzindo tal capacidade

como sinônimo de educação. Desta forma, de acordo com Guerrero (2002), o

aluno que por algum motivo não conseguir se destacar na escrita, passa por

um processo de discriminação que começa na própria escola, propagando-se

posteriomente para todo o seu meio social.

Para Coste (1992), o desenvolvimetno psicomotor caracteriza-se por

uma maturação que integra movimento, ritmo, construção espacial, o

reconhecimento dos objetos, das posições, da imagem e esquema corporais, e,

por fim, a palavra. O autor chama a atenção para o fato de ser o cognitivo um

fator consequente e dependente do aspecto motriz, o que Dupré, em 1909,

com a atualização do termo debilidade motriz para debilidade psicomotora ,

já preconizava. Para ele, falhas no desenvolvimento psicomotor estão sempre

associadas a déficits intelectuais.

Isto nos leva a ressaltar a necessidade de reflexão sobre as atuais

práticas educacionais infantis, que, de uma forma preocupante, não tem

propiciado estímulos variados e nem reforçado as aquisições psicomotoras do

aluno. Na verdade, o status que a inteligência possui na educação tem

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gerado a necessidade da busca por ocupar o tempo fora da escola com reforço

em matérias específicas, ou cursinhos específicos. Isto, somado às vantagens

tecnológicas da vida contemporânea (computadores, video-games, tv, etc),

acaba por reduzir a atividade natural infantil a poucas ações motoras livres,

mergulhando-as num mal tipicamente adulto no dias atuais: o sedentarismo.

Esta realidade de propensão à inatividade proporcionada inclusive pela

própria escola, na fase onde a motricidade é fator imprescindível, afeta em

muito a capacidade de desenvolver até mesmo movimentos simples, o que é

retratado por Fonseca, em sua afirmação:

[...] a ausência de espaço e a privação de movimento é uma

verdadeira talidomida da atual sociedade, continuando na família

(urbanização) e na escola. A não aceitação da necessidade de

movimento e da experiência corporal da criança põe em causa as

atividades instrumentais que organizam o cérebro (Fonseca, 1987,

p.21).

Até mesmo o grande ícone da Pedagogia no Brasil ressalta em seus

estudos a existência de um primeiro passo no processo do desenvolvimento

humano: o movimento. Para Piaget (1996), esse processo pode ser revelado

desde os primeiros reflexos que o ser apresenta no período sensório-motor,

sendo a inteligência construída através do contato com o meio e as

experiências vividas, ou seja, a ação. É interessante frisar que em sua teoria

não encontramos referências ou orientações ao desenvolvimento de prática

educacional nos moldes desta aqui em questão.

No que tange ao educar crianças, a realidade apresenta-se, de um

lado, com uma prática educacional fundamentada na busca do domínio da

leitura, da escrita e do cálculo, numa pedagogia que ignora o fato de o

educando ser muito mais do que intelecto. De outro lado, um ser

biopsicossocial fagmentado, limitado a atividades que estão muito aquém de

suas necessidades de educação integral, constituindo-se em um analfabeto

não apenas intelectual, mas, também, motor.

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CAPÍTULO I

A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

A educação tradicional, enraizada na sociedade de classes

escravagista da Idade Antiga, destinada a uma pequena minoria,

começou seu declínio já no movimento renascentista, embora

sobreviva até hoje. A educação nova, que apareceu com vigor na

obra de Rousseau, desenvolveu-se nesses dois últimos séculos e

trouxe numerosas conquistas, sobretudo nas ciências da educação e

nas metodologias de ensino. (...) Mas a educação tradicional e a

educação nova, esses grandes movimentos da história do

pensamento pedagógico e da prática educativa, têm um traço

comum, que é de conceber a educação como um processo de

desenvolvimento pessoal, individual. O traço mais original deste

século, na educação, é o deslocamento da formação puramente

individual do homem para o social, o político, o ideológico. A

pedagogia institucional é um exemplo disso. A experiência de mais

de meio século de educação nos países socialistas é outro exemplo.

A educação deste fim de século tornou-se permanente e social

(Moacir Gadotti, 1999, p.267/268).

Para podermos compreender melhor o contexto de nossa proposta,

precisamos ter em mente que a educação é uma das manifestações culturais

de uma sociedade, que se manifesta através de sua arte, religião, ciências e da

estruturação política, econômica e social. Portanto, neste capítulo faremos um

breve histórico do processo de modelagem da educação, conhecendo seu

processo de evolução e características ao lonogo da história.

1.1

Educação: dos primórdios ao contexto atual

Com uma tragetória dividida basicamente em dois momentos, a

educação nos primórdios era desenvolvida, inicialmente, num regime patriarcal,

com influência de uma prática mágico-religiosa . Neste primeiro momento, em

que a sobrevivência era a regra de vida, o patriarca era o principal elemento

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educador e a educação era basicamente voltada para a manutenção da prática

de atividades da vida cotidiana.

Posteriormente, num segundo momento, com o desenvolvimento da

agricultura e do estabelecimento das povoações, surge o matriarcado como

elemento principal da educação. A religião agora está voltada para a nova

cultura de sobrevivência e a educação, ainda a serviço da comunidade,

desenvolve um papel importante na transmissão dos conhecimentos agrícolas.

No oriente, a civilização chinesa desenvolveu um sistema no qual os

letrados regiam a cultura, por sinal, muito valorizada, tendo como base a

tradição. A arte ganha um refinamento em meio à prática religiosa de culto aos

antepassados. Ali surgiram várias das grandes invenções e descobertas que

contribuem até hoje em nosso dia a dia, como o papel e a imprensa, por

exemplo. A educação, influenciada pela filosofia Taoísta, de origem atribuída a

Lao Tsé, e por vários outros pensadores, ganhava um caráter mais

democrático, sendo um meio de transmissão de valores morais contidos nos

livros de Confúcio. Agora, a estrutura social manifesta-se num sistema

matriarcal-patriarcal, tendo como base a família.

Os hindus, regidos pela sociedade de castas e tendo os brâmanes

(sacerdotes) no topo da pirâmide social, alcançaram grande destaque no

campo da matemática, desenvolvendo os algarismos arábicos. A educação era

influenciada pela cultura da arte religiosa, e, assim como na sociedade egípcia,

inexistia nas classes inferiores.

A civilização egípcia apresentou a primeira escola de que se tem

noticia: Doutrina , de Ptahotep. Esta civilização reservava instrução superior

para os descendentes de classes altas, destacando nas ciências, medicina,

matemática e astronomia. Já o livro hebraico Talmud regulava a vida escolar,

baseada na numa cultura religiosa teocrática monoteísta, que originaram as

religiões judaica e cristã.

A civilização grega destaca-se pela descoberta do valor humano e da

personalidade como fatores independetes independentes das influências

religiosa e política. Considerada como o berço da ciência ocidental, a

civilização grega proporcionou ao desenvolvimento de um dos grandes

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episódios da história: o surgimento da Pedagogia. Assim, esta nova ciência

torna-se objeto de reflexão metódica e a educação passa a ser um fator

decisivo na vida social e individual, influenciando também a civilização romana.

Esta, cuja contribuição e influência em nossas normas de Direito é ainda

presente, ofereceu também uma contribuição significativa na educação, com o

desenvolvimento da Psicologia em Educação.

Na Idade Média, período em que a criança possuía uma pequena

expectativa de vida consequente da precariedade social e era vista como um

adulto em miniatura, a Igreja controlava as poucas escolas existentes na

época, reservando a educação para um pequeno grupo de clérigos. A

educação sofre influências culturais religiosas, diferenciando-se da educação

romana, que pregava a consciência universal humana e igualdade entre os

homens. O clero passava a ser o principal elemento educador num sistema

feudal onde o poder era concentrado nas mãos dos senhores das terras e a

Igreja ligada ao Estado. O latim firmou-se como língua oficial de uma educação

que era desenvolvida sem influência científica. Enquanto isto, a burguesia

crescia desenvolvendo uma educação de cunho profissional.

Na renascença, a figura de Martinho Lutero surge em meio às

contradições da uma cultura religiosa que enfraquecia na medida em que a

consciência humana despertava e encarava um paradoxo. A educação

controlada pela Igreja, agora sofre influência das correntes humanista e

religiosa, e passa por um processo de nacionalização , afirmando os idiomas

vernáculos nacionais em confrontação à cultura da universalidade medieval.

A partir da segunda metade do século XVII, a criança passa a

frequentar a escola somente aos dez anos, sob o argumento de que antes

desta idade, seu nível intelectual ainda é fraco, sendo qualificada como

incapaz. Esta incapacidade também justificava o emprego do castigo corporal

como de educação disciplinar tanto na família como na escola. Neste século,

com o surgimento de uma nova pedagogia influenciada pela filosofia de Francis

Bacon e de René Descarte, a didática desenvolve-se e dá início a uma nova

fase da educação, a partir dos trabalhos de Comenius.

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Na Idade Moderna, surge uma nova concepção de criança, quando a

nobreza passa a tratá-la diferentemente da criança pobre. Surgem as primeiras

propostas de educação e moralização infantil. Agora, com o crescimento da

burguesia, a criança passa a ter a importância de alguém que precisa ser

preparada para uma atuação futura. Mas, apesar dessa mudança no contexto

educacional, ainda existia a divisão de classes e a discriminação entre sexos,

podendo as meninas ter acesso à educação somente a partir do século XVIII,

considerado pela filosofia como o século das luzes .

E é exatamente neste século que surgem grandes expoentes da

pedagogia, dando a esta fase o status de referência pedagógica. Jean Jacques

Rousseau, Johann Heinrich Pestallozi e Friederich W. A. Froebel contribuíram

bastante para o avanço educacional, sendo os precursores da Escola Nova.

Rousseau preconiza uma educação fundamentada na descoberta pela

ação, com aprendizagem a partir da própria experiência, e influencia

Pestalozzi, o fundador da escola primária popular, que contribui com um

pensamento baseado na ação e método educativos e na interrelação trabalho

manual-intelectual. Para Pestalozzi, a vida, enquanto meio de educação

natural, não educa apenas com palavras, mas com ação, com atividade.

Considerando o brinquedo como forma de autoexpressão, Froebel é o

primeiro a reconhecer o jogo como fator importante no processo educacional,

baseado num método de atividade construtiva e estudo natural, dando origem

ao tão conhecido Jardim de Infância, que ultrapassou as fronteiras européias,

chegando aos Estados Unidos e influenciando a indústria de brinquedos, a

literatura infantil e o material recreativo. Este educador costumava

cumprimentar as crianças cantando, obtendo também respostas cantadas,

uma característica dos precursores da escola nova e da pedagogia musical,

desenvolvida no segmento da educação infantil.

A Pedagogia moderna é marcada também pelas orientações teóricas

de vários outros autores, indo de Decroly, Claparède e Piaget, a Skinner,

Wallon, e Vygotsky. Assim, em meio às primeiras idéias de educação universal,

ao desenvolvimento da antropologia cultural, aos avanços da Biologia, ao

surgimento da Fisiologia Comparada, da Sociologia, da Psicologia e da

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Pedagogia Científica, a educação chega ao século XX sofrendo rápidas

transformações e dando origem a novas filosofias e diferentes métodos

pedagógicos. Agora, a mesma educação com fins de manutenção e

transmissão de cultura, enfoca esta mesma cultura num processo de

transformação.

1.2

Educação Infantil no Brasil

A educação infantil brasileira apresenta um maior desenvolvimento

principalmente a partir dos anos de 1970. Até a Constituição de 1988, o

atendimento às crianças até 6 anos não era concebido como uma atividade de

natureza educacional, havendo até aquele momento uma atenção de caráter

assistencial. Inexistiam também diretrizes nacionais voltadas para a educação

infantil, o que veio a ocorrer com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB), em 1996.

No período escravagista, o Brasil começa a empregar as crianças

escravas entre 6 e 12 com pequenas atividades auxiliares, passando a ser

vistas como adultas para o trabalho e para a vida sexual a partir dos 12 anos.

As crianças brancas, por sua vez, recebiam atenção diferenciada, iniciando os

primeiros estudos com língua, gramática, matemática e boas maneiras. Este

quadro passa a apresentar mudanças quando o alto índice de mortalidade

infantil leva o país a desenvolver as primeiras iniciativas voltadas à criança,

porém, com um caráter higienista.

Após a abolição da escravaura e a proclamação da República, surgem

as primeiras creches, com um diferencial em relação às creches de outros

países: no Brasil, essas instituições eram populares, atendendo tanto os filhos

das mães que trabalhavam na indústria, como os filhos das empregadas

domésticas. Eram direcionadas à atenção alimentar, higiênica e à segurança

física.

Na década de 1970 foi instituída a pré-escola como educação

compensatória

para crianças de quatro a seis anos, em resposta à crescente

evasão escolar e repetência nas classes pobres do primeiro grau. Tal iniciativa,

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fundamentada na idéia que os pais não conseguem dar às crianças condições

para o seu bom desempenho na escola, visava suprir essa carência tão comum

às famílias pobres.

Esta idéia de preparação , vinculada à compensação das carências

infantis, refletia a concepção de educação infantil assistencialista adotada no

país, seguindo o modelo das creches do século XVIII. Porém, o caráter informal

dessa pré-escola colaborou para a desvalorização da ação pedagógica

eficiente e séria na educação infantil, quando o trabalho era desenvolvido por

voluntários e sem contratação de profissionais qualificados.

Finalmente, com a Constituinte e a Constituição Federal de 1988, a

pré-escola entra em uma nova fase e ganha uma conotação mais relacionada à

idéia de educação, tendo amplianda sua importância social ao ser integrada à

formação comum indispensável para o exercício da cidadania.

O atendimento a crianças de zero a seis anos de idade em creches e

pré-escolas é reconhecido como processo fundamental na educação, sendo

previsto no inciso IV do artigo 208 da Carta Magna como dever do Estado e

Poder Público. A educação infantil, então, é definida como primeira etapa da

educação básica, no artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional de 1996, que mostra no parágrafo 1º, de seu artigo 26, uma

preocupação em proporcionar ao aluno uma educação que em muito se difere

daquela praticada nos moldes aqui contestados. Além do estudo da língua

portuguesa e da matemática, o referido capítulo prevê a obrigatoriedade

também do conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e

política, especialmente do Brasil .

Um ponto importante que merece destaque na LDB é a visão holística

em relação ao aluno. O artigo 29 prevê como finalidade da educação infantil o

desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico,

intelectual e social . Observemos com atenção: aspectos físico, psicológico,

intelectual e social.

O artigo 32 estende esta proposta aos demais segmentos, prevendo

por objetivo do ensino fundamental, além do desenvolvimento da capacidade

de aprender pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, também a

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compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,

das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade . Não menos

importantes, também são previstos o fortalecimento dos vínculos de família,

dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se

assenta a vida social , além da formação de atitudes e valores.

Para tanto, como forma de nortear a organização das propostas

pedagógicas das instituições de educação, a referida Lei estabelece

competências e diretrizes nacionais para este e demais segmentos, dando

origem às diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), em seu livro 1 (Introdução aos

Parâmetros Curriculares Nacionais), indicam, dentre os vários objetivos do

ensino fundamental:

[...] desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o

sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física,

cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção

social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no

exercício da cidadania (PCN, Livro 01, 1986, p. 69).

Aqui encontramos o argumento que deu origem ao presente trabalho,

quando encontramos, de um lado, na legislação vigente o reconhecimento da

importância do desenvolvimento integral do aluno da educação básica, e de

outro lado, a educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental sendo

desenvolvidas quase que exclusivamente como um ensino fragmentado,

contrariando o fato de que o trabalho educativo com crianças e adolescentes

exige dois aspectos indissociáveis para a eficiência do processo: o educar e o

cuidar.

Eis aí um fato que merece atenção especial na educação brasileira,

pois evidencia-se no processo educacional de crianças um aspecto que parece

inadequado para uma fase e respectivos indivíduos que naturalmente

apresentam necessidade de desenvolvimento em todos os aspectos,

necessidade esta impressa na capacidade de utilização do corpo, enquanto

meio de expressão do nível de aprendizagem e desenvolvimento próprios.

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Infelizmente, o que podemos constatar é que o docente destes

segmentos não consegue desenvolver práticas coerentes com os referenciais

em educação integral, pois lhe falta o domínio sobre o processo integral do

lúdico, do brincar, do movimento, da motricidade, fato reconhecido pelo o

próprio profissional.

3135

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 1: Questão 21 - Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia (ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas necessidades de educação integral?

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CAPÍTULO II

O PENSAMENTO COGNITIVISTA NA EDUCAÇÃO

INFANTIL E SÉRIES INICIAIS

[...] é preciso que os profissionais de educação infantil tenham

acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da

cultura em geral, para repensarem sua prática, se reconstruírem

enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de

conhecimento. E para que possam, mais do que implantar

currículos ou aplicar propostas à realidade da creche/pré-escola em

que atuam, efetivamente participar da sua concepção, construção e

consolidação (KRAMER apud MEC/SEF/COEDI, 1996 p.19).

No último século o crescente movimento pelo estudo da criança

caracterizou-se também em lutas políticas em sua defesa, sinalizando para a

construção social da mesma enquanto sujeito social de plenos direitos. Porém,

nossa sociedade de paradoxos não exclui essa faixa etária de sua

abrangência.

Sujeitos sociais. Seria um ótimo pretexto para argumentarmos aqui

uma reflexão sobre a prática do cuidado com o ser integral nas escolas, uma

vez que nossas crianças seguem tendências de desenvolvimento de sujeitos

inteligentes e fragmentados. E é sob o argumento de que a corrupção da

natureza da criança é fato, que ainda encontramos em atividade nos dias

atuais uma espécie de educação disciplinar , na qual impera a imposição de

regras, a prática do copismo e a autoridade do adulto, privando a criança de

liberdade e de sua própria espontaneidade. Aliás, em se tratando de

incoerência na prática pedagógica no país, notamos que esta deficiência vai

além do contexto de desenvolvimento integral do aluno, atingindo também os

objetivos de qualidade na educação. Micotti (2003) aponta como um dos mais

graves problemas educacionais a presença de alunos analfabetos ou mal

alfabetizados em séries avançadas do ensino fundamental, mais um exemplo

da incoerência entre referência e prática.

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2.1 - O paradigma cartesiano e o pensamento cognitivista

Ao abordarmos aqui o pensamento cartesiano, queremos traçar um

pequeno paralelo entre este e a prática na educação de crianças atualmente

desenvolvida nas escolas brasileiras. Hoje, a Organização Mundial de Saúde

(OMS), por exempo, preconiza o homem como um ser biológico, psíquico e

social, chamando a atenção para a necessidade de uma abordagem integral.

No entanto, esta mudança de pensamento que aos poucos começa a interferir

na ciência cartesiana, parece ainda estar distante de uma prática adequada e

coerente com sua realidade.

Um reflexo desta visão mecanicista pode ser encontrado nas palavras

de Marilena Chauí (1984), quando aborda a utilidade do corpo em muitas

sociedades, especialmente na nossa:

A divisão social do trabalho, as pedagogias (nas escolas, nas

prisões, nos hospitais), o direito penal, a medicina, o consumo ou a

filosofia, evidenciam a presença de idéias e práticas que procuram

confirmar o corpo à região das coisas observáveis, manipuláveis e

controláveis. Considerado pelo direito civil como propriedade

alienável num contrato (de casamento, de trabalho); pela economia

como força produtiva ou instrumento; pela medicina como conjunto

de funções e disfunções; pela escola e instituições reformatórias

como disciplinável; pelo consumo, como espetáculo, o corpo é o lado

menor, a parte inferior, curiosamente útil (pelo trabalho) carente (pelo

desejo) e perigosa (CHAUÍ, 1984, pag. 96)

Consideremos o significado desta utilidade

para a Medicina, por

exemplo. Enquanto a OMS orienta as autoridades em saúde para uma prática

mais coerente com as características humanas, o que se vê na verdade é um

sistema de saúde composto por 14 profissões diferentes, sendo representado

quase que exclusivamente por apenas uma delas: Medicina. O resultado é o

que todos têm ciência: milhões de reais investidos na atenção ao adoecimento

e suas consequências, sendo inadmissível por parte dos conservadores a

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participação de outras especialidades no cuidado com um ser que precisa de

atenção integral.

No que se refere a educação, a autora aponta semelhanças com o

setor anteriormente abordado. Não precisamos ir muito longe para entedermos

o contexto conservador na essência de uma educação que, em teoria, segue

tendências de interdisciplinaridade, trasdicisciplinaridade, etc. Mais a frente

abordaremos uma situação no mínimo desagradável, tanto para docentes

quanto para educandos, sejam eles futuros professores, ou mesmo suas

crianças, futuros educados .

Para debatermos com maior propriedade a participação da visão

cartesiana na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, faz-se

necessária uma breve introdução sobre suas origens.

Com uma pequena e desordenada evolução até meados do século

XVI, a ciência passou a sofrer, então, forte influência dos grandes gênios da

época, como Galileu Galilei e Francis Bacon, mestres da dedução teórica e do

emprismo da investigação, respectivamente. René Descartes e Isaac Newton

aparecem como protagonistas de um pensamento que ainda nos dias atuais

influencia fortemente a ciência e, inevitavelmente, a educação.

Descartes defendeu o dualismo do ser humano (corpo e alma),

considerando o corpo como algo externo e a alma pensante por natureza. Para

ele, o conhecimento humano dependeria apenas da razão, considerando a

matéria, incluive o homem, uma máquina cujo funcionamento obedece a

princípios mecânicos. Já Isaac Newton, consolidando o método racional e

dedutivo de Descartes, dando origem ao que podemos chamar de paradigma

Newtoniano-Cartesiano, que, como dito anteriormente, influencia ainda hoje

praticamente todos os campos do conhecimento científico.

De uma forma simplificada, este pensamento parte do pressuposto de

que, para se compreender o todo, é preciso fragmentá-lo e estudar cada parte

separadamente. Em outras palavras, o todo seria o resultado da união e

entrelaçamento dessas partes menores. Os conceitos deste paradigma deram

origem às diferentes especialidades no campo do conhecimento científico,

ficando a abordagem do ser como um todo em segundo plano.

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No final do século XVIII, Maine de Biran identifica o movimento como

um componente essencial do Eu, sendo na ação que este adquire consciência

de si e do mundo a sua volta, diferindo de Descartes com a idéia de que a alma

precisa do corpo para assumir sua intencionalidade. Em meados de 1907,

Ernest Dupré correlaciona motricidade e inteligência (paralelismo).

Com o reconhecimento da capacidade de análise e resposta da medula

espinal e as relações entre o cérebro psíquico e o cérebro motor, houve uma

revisão do antigo modelo do corpo autômato. O corpo que segundo Descartes

era neutro, agora começa a ser situado na centralidade dos processos

psíquicos. Note que aqui encontramos uma inversão de valores.

Poderíamos apresentar vários outros fatos históricos relacionados

como o desenvolvimento motor, com a educação piscomotora e com a

Psicomotricidade, porém, chegamos até aqui com o intuito de mostrar ao leitor

que, mesmo com as mudanças de conceitos em relação à condição de ser total

do homem, ainda não conseguimos pôr em prática uma pedagogia com

abordagem holística de educação do seres humanos. Na verdade, no que

tange a educação de crianças, o que temos visto é uma pedagogia

contraditória, que se fundamenta em diversas referências e conceitos

coerentes com o contexto educacional, inclusive no aspecto do

desenvolvimento integral, mas que não consegue visualizar este processo de

forma mais abrangente e que o mesmo vai muito além do fragmento

inteligência, que, por sua vez, também é explorado apenas em seu aspecto

cognitivo.

Isto significa que em meio à busca constante pela implantação e

desenvolvimento da educação integral, um paradoxo se manifesta quando o

objetivo fundamental da educação infantil e ensino fundamental traduz-se em

desenvolver a capacidade cognitiva. Desta forma, o ser criança é alienado e

privado de suas especificidades de aprendizagem e de desenvolvimento,

sendo, de uma forma ditatorial, representado como um adultinho

carregado

de capacidades que podem acelerar a aprendizagem. Por ventura não

encontramos uma essência do espírito cartesiano nesta prática?

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Para Kishimoto (2001), antecedendo a palavra escrita vem a

representação, que é simbólica, motora e expressiva, devendo o

professor/adulto respeitar as características do desenvolvimento infantil.

Este paradigma, marcado pelo reconhecimento da subjetividade e pela

recuperação da consciência como objeto de estudo, apresenta uma forte

conexão com o pensamento cartesiano, como por exemplo, a

descorporificação do pensamento. Ainda que termos como transculturalidade,

transversalidade, multiculturalidade, complexidade e holismo indiquem uma

nova tendência na educação, percebemos que ainda falta muito para que

tenhamos na educação infantil e séries iniciais não só a aceitação de que o

homem - neste caso, a criança - transcende a concepção cognitivista de

educação e de formação humana, o que outro grande ícone da educação no

Brasil, Paulo Freire, já conclamava:

O ato de aprender a ler e escrever deve começar a partir de uma

compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os

seres humanos fazem antes de ler a palavra. Até mesmo

historicamente, os seres humanos primeiro mudaram o mundo,

depois revelaram o mundo e a seguir escreveram a palavra. Esses

são momentos da história. Os seres humanos não começaram por

nomear A! F! N! Começaram por libertar a mão e apossar-se do

mundo (FREIRE e MACEDO, 1990, p. 32).

Neste sentido, faz-se necessário ressaltar a importante contribuição de

Henry Wallon, que relacionou o tônus muscular ao desenvolviemento das

crianças. O autor correlaciona o movimento ao afeto, à emoção, ao meio

ambiente e aos hábitos infantis, apontando sua relação com a função tônica

como fator presente na busca do desenvolvimento global da criança. Para ele,

o desenvolvimento da personalidade não pode ocorrer de forma separada das

emoções, concebendo o tônus como pano de fundo de todo ato motor,

estando o mesmo diretamente correlacionado com as emoções e vice-versa.

Henry Wallon (1987) ressalta a importância da base da proposta

formativa do indivíduo, que condiciona nossas ações, uma vez que é por meio

desta relação estabelecida com o meio, com os objetos e com os outros, que a

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inteligência se edificará, do contrário, o único estímulo que estaremos

causando é a síndrome de privação. Para este autor, o movimento vai muito

além de um deslocamento da criança no espaço e de uma pura contração

muscular. O movimento possui uma relação afetiva muito estreita com o

mundo, sendo a primeira forma de expressão emocional e de comportamento.

Enquanto os estudos de Piaget nos levam a considerar o processo de

desenvolvimento infantil como o conhecimento progressivo das partes e

funções do corpo, Wallon concebe o Esquema Corporal como resultante das

múltiplas relações que o indivíduo estabelece com seus pares humanos.

Piaget, que não desenvolveu seus estudos com o propósito de definir um

conceito de Esquema Corporal, traz em suas formulações uma definição para

esta categoria a partir de uma visão cognitivista, na qual a consciência do

corpo é resultante do amadurecimento da interação entre as estruturas

cerebrais.

Não pretendemos, como este estudo, supervalorizar o trabalho de

Wallon em relação à obra de Jean Piaget, mas, sim, refletir sobre os conceitos

básicos de seus estudos, apontando a contribuição de cada um deles para a

educação infantil e, principalmente, para a Psicomotricidade. Em outras

palavras, apesar de não ser uma referência em motricidade humana e em

educação psicomotora, Piaget tem participação importante nos estudos desse

campo, enquanto formulador de uma teoria pautada numa perspectiva

biopsicossocial que evidencia a importância do movimento no desenvolvimento

de uma inteligência essencialmente prática.

É fato que os estudos sobre a gênese do psiquismo, tanto na visão de

Piaget, quanto na visão de Wallon, deixam para a motricidade o papel de

suporte para as construções perceptivas e intelectuais ulteriores, porém, a

teoria piagetiana no campo psicomotor

que apresenta-se de forma

hegemônica na educação de crianças - limita a importância do movimento

apenas ao estágio sensório-motor.

Se por um lado existe a incontestável necessidade conhecida por todos

- leigos ou profissionais

de que criança precisa brincar, correr, pular, etc. ,

fato que encontra fundamentação nos doutos e pesquisas que subsidiam as

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novas tendências educacionais, por outro lado, a certeza de que, segundo

Brêtas (1991), antes da alfabetização é necessário que a criança tenha em seu

corpo a experiência da cor, da espessura, da longitude, da latitude, da

trajetória, do ângulo, da forma, da orientação e da projeção espacial, parece

passar despercebida nas salas de aula.

Esta dicotomia cartesiana que resiste fortemente no processo

educacional infantil brasileiro, vem contribuindo para a deturpação do conceito

de ação educativa, a qual, na visão de Pinchon Rivière (1995), deve ser

entendida como ação humana, que complementa-se na busca de ajuda,

compreensão, entendimento e principalmente vínculo com o ser. O ser

humano, como já comentamos, é um ser biopsicossocial.

2.2 - O conceito de inteligência na visão cognitivista

Conceituar o pensamento humano não é tarefa simples, ao contrário,

caracteriza-se em algo que exige cuidado na abordagem de um contexto muito

mais abrangente que a simples capacidade de responder a testes de

inteligência. Ao longo dos anos, a busca pela compreensão da inteligência

humana deu origem a vários estudos e conceitos, trazendo consigo tendências

que se difundiram e perduraram por muito tempo na comunidade científica.

Uma delas, a Craniometria, defendida por de Francis Galton (1822-1911),

consistia na medição do crânio, que, segundo a teoria, quanto maior fosse sua

a medida, mais inteligente seria a pessoa.

Outra tendência de avaliação da capacidade cognitiva bem difundida é

o Teste de QI, desenvolvido na França em 1900, por Alfred Binet e Théodore

Simon. Este compreendia vários questionários com o objetivo de definir a

idade mental da criança. Consistia basicamente em comparar a idade mental

com a idade cronológica, obtendo-se dessa comparação a possibilidade de

saber se o desenvolvimento de uma criança era atrasado ou acelerado em

relação à outra criança da mesma idade. O teste foi a resposta à solicitação de

alguns pais procupados em saber se através de testes psicológicos haveria

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alguma possibilidade de detectar o sucesso ou o insucesso de seus filhos nas

séries primárias.

Piaget, que iniciou a carreira trabalhando com Binet e Simon, mais

tarde teria seus estudos sobre o desenvolvimento infantil reconhecidos como

de grande importância, ao ajudar a ampliar o campo de aplicação da psicologia

cognitiva.

Desde então a capacidade de raciocinar tem sido considerada o carro-

chefe de um processo que cada vez mais sofre críticas e ao mesmo tempo se

fortalece, paradoxalmente ao interesses da criança, caracterizando a escola

como um espaço para submissão.

Numa abordagem mais ampla da educação no país, podemos verificar

as ações pedagógicas que resultam em propostas que direcionam os esforços

em adquirir na escola resultados (numéricos) positivos, no que tange a

aprovação de seus alunos. Enquanto os índices são importantes na medida em

que a educação brasileira deve apresentar-se cada vez melhor , aposta-se

cada vez mais num maior número de alunos aprovados a cada ano. Enquanto

isso, a sociedade toma como referência de inteligência um pensamento

equivocado que reflete diretamente no conceito familiar de educação.

Provavelmente este seja um dos motivos pelos quais se justifica o fato

de nos maravilhar-mos com nossa própria ignorância, ao vermos no comercial

da televesão uma criança dar um show de inteligência , ao explicar para o pai

como se utiliza um computador!

2.3

A contribuição de Piaget

Entre os pensadores, cientistas e filósofos que se dedicaram a

entender como o homem desvenda e interage com o mundo, Jean Piaget tem

grande destaque. Este biólogo, epistemólogo e psicólogo nascido no ano de

1896, em Neuchâtel, na Suíça, alcançou lugar de destaque na comunidade

científica mundial com seus estudos sobre os processos de construção do

pensamento nas crianças, publicando, juntamente com seus colaboradores,

mais de trinta volumes sobre o assunto.

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Do auge de sua magnífica contribuição para a compreensão do

pensamento humano, Piaget chama a atenção para o papel da ação enquanto

fator fundamental no processo de desenvolvimento da inteligência, pois, para

ele, o pensamento lógico tem como característica fundamental ser operatório,

prolongando a ação para interiorizá-la. Neste contexto, o autor é rigorozo ao

criticar a escola tradicional, quando afirma que os sistemas educacionais

diferem totalmente de qualquer proposta coerente com as necessidades reais

da criança, ao objetivarem a acomodação do aluno ao conhecimento

tradicional, deixando de lado a busca pela inteligência criativa e crítica.

Apesar de não ter proposto método de ensino, Piaget proporcionou ao

campo da educação um grande avanço nos estudos da inteligência, o que veio

a ser comentado por Howard Gardner, quando da formulação da Teoria das

Inteligências Múlltiplas. Deixou sim, muitas pesquisas que influenciam bastante

ainda nos dias atuais a Psicologia e, principalmente, a Pedagogia.

Agora, chamamos a atenção para um comentário de Sonia Kramer e

colaboradoras (1999), na abordagem dos trabalhos de Piaget quando de sua

aplicação na educação infantil. Observe que entres os princípios básicos

fudamentados na teoria piagetiana aqui apresentados, o reconhecimento da

necessidade de integração de disciplinas é notório, o que ainda não ocorre na

pática educacional infantil ora vigente. Outro detalhe significativo que reforça

nossa teoria, enquanto meio de busca de uma explicação para o paradoxo aqui

abordado, também é notório no mesmo comentário: a ação constante.

Há, no entanto, alguns princípios básicos que, em geral orientam a

prática pedagógica de uma pré-escola fundamentada na teoria de

Piaget, a saber:

1) Tudo começa pela ação. As crianças conhecem os objetos,

usando-os (um esquema é aplicado a vários objetos e vários

esquemas são aplicados ao mesmo objeto).

2) Toda atividade na pré-escola deve ser representada (semiotizada),

permitindo que a criança manifeste seu simbolismo.

3) A criança se desenvolve no contato e na interação com outra

crianças: a pré-escola deve sempre promover a realização de

atividades em grupo.

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4) A organização é adquirida através da atividade e não o contrário É

fazendo a atividade que a criança se organiza.

5) O professor é desafiador da criança: êle cria dificuldades e

problemas . Assim, a pré-escola deixa de ser vista como

passatempo, e passa a ser um espaço criativo, que permite a

diversificação e ampliação das experiências infantis, valorizando a

iniciativa, curiosidade e inventividade da criança e promovendo sua

autonomia.

6) Na pré-escola é essencial haver um clima de expectativas

positivas em relação às crianças, de forma a encorajá-las a ter

confiança nas suas próprias possibilidades de experimentar,

descobrir, expressar-se, ultrapassar seus medos, ter iniciativa, etc..

7) No currículo da pré-escola informado pela teoria de Piaget, as

diferentes áreas do conhecimento (linguagem, matemática, ciências

naturais e sociais) são integradas. O eixo central desse currículo são

as atividades

(KRAMER, 1999, p. 30-31)

Como podemos notar, Piaget direcionou seus trabalhos na busca de

decifrar os segredos da cognição, deixando-nos uma enorme contribuição nos

campos da inteligência, posteriormente classificados por Gardner de

Linguística e Lógico-matemática.

Tal contribuição tem importância significativa na compreensão do

desenvolvimento infantil, bem como da inteligência nessa faixa etária, porém, é

fato que precisa ser complementada, sem dúvida nenhuma, por outras teorias

anteriores e posteriores à obra de Piaget. O que não se pode deixar de

questionar é o fato de a Pedagogia brasileira ainda enfatizar este autor como

sendo uma espécie de alicerce da prática educacional infantil, apesar de os

cursos da referida área abordarem a maioria das tendências educacionais,

inclusive a Psicomotricidade, fato constatado também em nossa pesquisa,

como mostra o gráfico a seguir.

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1

1

1

1

2

1

2

13

43

0 10 20 30 40 50 60 70

Pestalozzi

Froebel

Rousseau

Wallon

Emília Ferreiro

Maria Montesori

Vygotsky

Paulo Freire

Piaget

Gráfico 2: Questão 10 - Que teórico você acredita que se identifica melhor com a Pedagogia (ou Normal Superior)?

2.4

E as inteligências múltiplas?

É sabido que entre as linhas de pensamento com abordagem dos

estudos sobre a gênese do psiquismo, a cognitivista é uma das que mais

tiveram (e, neste caso, ainda tem) influência sobre a área da educação,

principalmente a partir de autores como Jean Piaget e Vygotsky.

Apesar do primeiro não ter deixado orientações para aplicação de sua

teoria na educação de crianças, ele é sem dúvida o autor que mais influencia

as práticas pedagógicas dos respectivos segmentos, fato comprovado na

opinião dos professores participantes de nossa pesquisa, conforme mostra o

gráfico a seguir.

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30

0

1

1

2

7

12

22

23

49

0 10 20 30 40 50 60 70

Claparède

Decroly

Aucouturier

Lapierre

Wallon

Froebel

Rousseau

Pestallozi

Piaget

Gráfico 3: Questão 11

Nas opções abaixo, indique o(s) teórico(s) que você tem como referência para suas aulas em Educação Infantil.

Vygotsky, por sua vez, não teve como meta a elaboração de uma teoria

de desenvolvimento infantil, recorrendo à infância com o objetivo explicar o

comportamento humano no geral. Este, outro grande referencial nos estudos

da cognição, deixou uma obra sócio-interacionista na qual se pode notar que o

mesmo buscava superar a realidade do estudo único do aspecto intelectual do

ser humano, uma característica da psicologia de seu tempo. Dentre as várias

idéias do pensamento de Vygotsky, uma muito importante foi a consideração

das características tipicamente humanas como resultado da interação indivíduo

e meio sócio-cultural.

Voltando ao conceito de inteligência, de acordo com a Enciclopédia

Britânica, esta faculdade é definida como a habilidade de se adaptar

efetivamente ao ambiente, seja fazendo uma mudança em nós mesmos, ou

mudando o ambiente, ou achando um novo ambiente , dando a esta

capacidade uma abrangência que transcende ao conceito intelecto. Mas, se a

educação brasileira, em especial a infantil, tem na inteligência do indivíduo o

ápice de seus objetivos, o que representa para o processo educacional a teoria

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das Inteligências Múltiplas, uma vez que esta trata não apenas de inteligência,

mas de inteligênicas?

A incessante busca pela compreensão do mundo do intelecto levou os

estudiosos a encararem novas perspectivas na compreensão e aceitação do

conceito de inteligência, dando origem a novas visões dessa faculdade,

chegando a uma nova proposta, na qual cada indivíduo diferencia-se um do

outro em forma e estilo cognitivos.

Fundamentado na ciência cognitiva associada à neurociência, Howard

Gardner criou a teoria das Inteligências Múltiplas definindo-as como a

capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que sejam valorizados

em um ou mais ambientes culturais ou comunitários (Gardner, 2000).

É interessante frisar que o autor chegou a tal definição com base nas

habilidades de diferentes profissionais, com diferentes perfis cognitivos,

diferentes culturas e até de diversas espécies animais. Para Gardner, as

inteligências não se manifestam isoladamente, ocorrendo sempre em conjunto,

podendo ter predominância de uma ou mais sobre outra. Ou seja, um bom

praticante de artes marciais chinesas, por exemplo, modalidade que envolve

bastantes técnicas de salto, equilíbrio, flexibilidade e muita plástica,

caracterizando uma inteligência corporal cinestésica bem desenvolvida,

necessita naturalmente do auxílio das inteligências interpessoal e espacial,

associando sua expressão corporal ao espaço físico onde atua.

E por falar em inteligência corporal cinestésica, cabe aqui uma reflexão

sobre sua importância na respectiva teoria, bem como no que tange ao

desenvolvimento integral do indivíduo. Exploração do ambiente e os objetos

através do toque e do movimento são apenas alguns exemplos do que uma

criança em processo maturacional apresenta. Para Campbell (2000), enquanto

vai adquirindo coordenação e senso de ritmo, desenvolvendo gosto pela

experiência de aprendizagem concreta, ao mesmo tempo em que adquire

destreza na utilização de movimentos coordenados, paralelamente desenvolve

um melhor aprendizado através do envolvimento e da participação direta,

demonstração de habilidades para representações, esportes, dança; invenção

de novas abordagens para as habilidades físicas, dentre outras características.

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Esta inteligência desencadeia no indivíduo um processo que parte do

controle de movimentos automáticos e voluntários para movimentos

extremamente diferenciados e complexos, unindo o corpo e a mente para o

desempenho físico perfeito.

As atividades físicas concentram a atenção do aluno na sala de aula

e auxiliam na memória, codificando a aprendizagem através da

neuromusculatura do corpo (Campbell, 2000, p.78).

Celso Antunes (1999) apresentou estudos e classificou uma série de

jogos para o estímulo desta inteligência por meio da motricidade associada à

coordenação manual e a atenção, a coordenação viso-motora e tátil, a

percepção de formas e percepção tridimensional, a percepção de peso e

tamanho e jogos estimuladores do paladar e da audição.

Sendo assim, a que outra conclusão poderíamos chegar se não a de

que a vivência corporal amplia o leque de idéias e imagens? Afinal,

É seguindo os esquemas motores que fazemos toda a elaboração

intelectual das palavras, das idéias, dos conceitos. O cérebro

manipula o significado e as conexões entre as palavras exatamente

da forma e no limite em que o corpo manipula objetos. Pobreza

motora significa pobreza intelectual (Gaiarsa, 1975, p.108).

Como vimos, as inteligências múltiplas formam a base de uma teoria

que supera em muito aquela idéia inicial de inteligência baseada apenas no

raciocínio lógico, afirmando-se como um fundamento muito importante para a

educação em geral. Esta teoria traz uma nova proposta para o conceito e a

abordagem de uma faculdade que, na teoria piagetiana, limita-se aos contextos

linguístico e lógico-matemático. O próximo passo é o educador compreender e

aceitar essa nova abordagem de inteligência, e que a mesma, em sua

diversidade, manifesta-se necessariamente na motricidade.

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CAPÍTULO III

O ANALFABETISMO MOTOR

Os vícios da vida moderna têm levado cada vez mais nossas crianças

a adotarem uma vida sedentária, reforçada pela imagem do homem moderno

que a mídia corporativista projeta com tanta prioridade e propriedade. Como se

não bastasse, o estímulo escolar também parece responder a esta tendência

de comodismo, o que afeta não só a educação em si, mas também a saúde

infantil.

Hoje o número de crianças obesas é bem maior do que há anos atrás,

o que tem preocupado as autoridades em educação. Já estas, por sua vez, não

conseguem dar uma resposta concreta a uma questão que abala a imagem da

qualidade da educação brasileira, convivendo com realidades paradoxais como

a alimentação escolar, que sofre com a passividade no cardápio de suas

cantinas, onde imperam as frituras e bebidas artificiais.

Se o movimento, que é requisito fundamental para o controle do peso

corporal, encontra barreiras na fase em que mais necessita de estímulos, este,

que também é imprescindível no desenvolvimento integral, parece ser um fator

desconhecido como tal, tendo sua importância esbarrando em uma falta de

conhecimento de causa que leva a uma consequência também desconhecida

pelo professor da educação infantil e séries iniciais.

3.1 - O homo-intelectus

Hoje não é comum notarmos crianças subindo em árvores, correndo

num gramado, ou mesmo dando cambalhotas. Podemos até arriscar a

perguntar se hoje em dia nossas crianças sabem fazer tais coisas que outrora

já foram muito comuns, o que desmente qualquer tentativa de justitificar a

incapacidade de realizar certas tarefas com o discurso de limite humano, por

exemplo. Tenham certeza de que muitos arriscariam tal artimanha!

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Em meio à preocupação em resolver o problema do analfabetismo

(cognitivo), por exemplo, outra classe de analfabeto surge sem que haja

qualquer percepção ou reação por parte do professor. É o analfabeto motor,

moldado a partir de práticas baseadas num pensamento onde o homem evolui

na medida em que sua capacidade cognitiva avança.

Entendemos por analfabetismo motor a consequência de uma prática

educacional cunhada em séculos de cultura cartesiana, cujo resultado leva o

indivíduo a reconhecer-se como ser limitado em suas potencialidades, ainda

que o corpo disponha de capacidade muito superior àquela almejada pelas

escolas com abordagem cognitivista.

O maior exemplo que podemos citar é a questão da lateralidade.

Ensina-se nos respectivos cursos que a lateralidade é uma propensão do

sujeito em utilizar mais um lado do corpo que outro. Porém, é também verdade

que os estudos deixam claro que esta propensão pode atingir os dois lados

desse corpo, podendo definir-se como homogênea, cruzada ou ambidestra.

Mesmo com várias referências neste sentido, o educador acaba por

seguir a tendência do incentivo à preferência por apenas um dos lados. O mais

interessante é que a própria escola assume que produz sujeitos limitados,

quando a partir de determinada série, oferece carteiras para destros. Para os

sinistros, quando existem, o número de assentos é bem pequeno.

3.2 - O cérebro canhoto

Se nosso cérebro é duplo, obviamente devemos desenvolver estímulos

específicos, de modo a prepará-lo por inteiro. Neste contexto, agora vamos

falar um pouco sobre os hemisférios do cérebro humano.

Os hemisférios cerebrais do ser humano desenvolvem-se

assimetricamente em termos de função, o que pode ser constatado pelo uso

preferencial de uma das mãos, por exemplo.

Note na tabela a seguir que o hemisfério esquerdo oferece os meios

necessários ao desenvolvimento das capacidades cognitivas, o que justifica

sua hegemonia em relação ao hemisfério direito, já que a grande maioria das

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pessoas sofre influência do paradigma cartesiano, que se baseia no raciocínio

lógico, linear e seqüencial.

HEMISFÉRIO ESQUERDO HEMISFÉRIO DIREITO

Função verbal: seleciona palavras para descrever, definir.

Simbólica: Usa símbolos para representar.

Analítica: Desenvolve a habilidade passo a passo.

Abstrata: Seleciona pequena parte da informação para representar o todo.

Temporal: Marca o tempo e a seqüência.

Racional: Busca razão nos fatos.

Lógica: Extrai conclusões lógicas.

Função não verbal: Percebe as coisas através de imagens.

Concreta: Concebe coisas em sua integralidade.

Sintética: Agrupa informações e forma num todo.

Analógica: Compreende relações e percebe semelhanças.

Não temporal: Não possui sensação de tempo.

Intuitiva: Prefere seguir palpites ou amostras.

Tabela 1

Funções cerebrais

Por outro lado, o hemisfério direito apresenta funções que caracterizam

o todo, o integral, a emoção, a intuição, a criatividade, a capacidade de ousar

soluções diferentes. Como o hemisfério racional é mais usado, os benefícios do

hemisfério direito, como a imaginação criativa, a serenidade, visão global,

capacidade de síntese, facilidade de memorizar, dentre outros, não são

usufruídos.

Na década de 1960, estudos levaram os cientistas a reformular sua

opinião quanto às aptidões relativas das duas metades do cérebro humano:

ambos os hemisférios estariam envolvidos no funcionamento cognitivo

superior, sendo cada metade especializada, de maneira complementar, em

diferentes modalidades de raciocínio, ambas altamente complexas. Mesmo

assim, nossos sistemas escolares são estruturados para o desenvolvimento de

práticas típicas do hemisfério esquerdo, como as disciplinas oferecidas (verbais

e numéricas), com as quais os alunos aprendem a ler, escrever e contar.

Assim, podemos notar uma hegemonia do hemisfério esquerdo sobre o

direito, conseqüencia da limitação que o homem impõe a si mesmo em poder

explorar o próprio potencial.

Sabemos que o sistema nervoso liga-se ao cérebro de forma cruzada,

ou seja, o hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo e o hemisfério

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direito controla o lado esquerdo. Desta forma, a mão esquerda é ligada ao

hemisfério direito e a mão direita, ao hemisfério esquerdo, como mostra abaixo.

Figura 1 - As conexões cruzadas da mão esquerda com o hemisfério direito, e da mão direita com o hemisfério esquerdo.

Historicamente podemos constatar na cultura humana uma prática de

associação de virtudes à mão direita (hemisfério esquerdo) e de maldade , por

exemplo, à mão esquerda (hemisfério direito). Um exemplo bem comum é o

antigo preconceito contra a mão esquerda, que leva pais e responsáveis de

crianças canhotas a forçá-las a usar a mão direita para escrever, comer, etc.

Esta prática ainda pode ser vista principalmente em comunidades ribeirinhas

de nossa região.

Tais idéias afetam nossa sociedade em contextos como costumes

culturais, como o lugar de honra num jantar formal, que fica à direita do dono

da casa, ou o simples aperto de mão com a mão direita, evitando-se fazê-lo

com a esquerda, por sentir que assim é errado. Na política, a direita é

admiradora do poderio nacional, enquanto a esquerda admira a autonomia

individual e promove mudanças, até mesmo quando estas são radicais.

Apesar de sabermos que ambos os hemisférios do cérebro recebem a

mesma informação sensorial - cada um lidando com a parte mais adequada ao

seu estilo, geralmente o esquerdo, que é o dominante, assume o comando",

inibindo o direito.

O Sistema Nervoso Central possui capacidades adaptativas,

modificando sua organização estrutural própria e funcionamento. A estas

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capacidades chamamos de plasticidade, a qual permite o desenvolvimento de

alterações estruturais em resposta à experiência, e como adaptação a

condições mutantes e a estímulos repetidos. Então, se o ser humano é

complexo e com capacidade total incontestável, porque usar apenas meio

cérebro se podemos usá-lo por completo?

3.3 - O movimento e a inteligência

"O movimento é antes de tudo a única expressão e o primeiro

instrumento do psiquismo" (Wallon apud Le Camus, 1986, p. 22).

A Psicomotricidade, dentre vários outros conceitos pode ser definida

como ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo

em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas

possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo

mesmo, estando relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a

origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas, de acordo com a

respectiva sociedade brasileira (SBP).

Tansley (1993) defende a inclusão de pelo menos dez aspectos da

educação motora como base para um currículo que objetive a educação

integral:

[...] a linguagem de movimento; a atividade motora ampla e fina, a

formação do esquema corporal e dos movimentos controlados no

gespaço; o treinamento do equilíbrio; atividades rítmicas;

desenvolvimento da lateralidade, da orientação esquerda - direita e

da dominância da mão e do pé; coordenação olho - e - mão e olho-

pé; o uso das atividades motoras como uma preparação e

complementação para o treinamento da percepção visual e auditiva;

atividades dramáticas; desenvolvimento da resistência força e

agilidade, das sensações de bem estar e de auto-valorização; além

das resoluções de problemas (TANSLEY, 1993, p. 80).

Chamamos a atenção para o fato de um pedagogo enfatizar tão

nitidamente as atividades motoras como requisito fundamental para o

desenvolvimento do aluno, o que hoje nos cursos brasileiros para professores

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de educação infantil e séries iniciais é difundido, porém, ainda sem resultados

práticos, provavelmente pelo fato da formação de professor dessas faixas

etárias desenvolver no futuro docente um conceito de educar crianças com

sinônimo de desenvolvimento intelectual.

Esta afirmação, que está livre de qualquer tom de ironia ou ofensa, de

maneira alguma tem o objetivo de levantar dúvidas sobre esta profissão ou que

a mesma é menos importante que as demais, mas, sim, que seu processo de

formação ainda não tem contexto biopsicossocial, não abordando o ser

humano em sua complexidade, o que pode ser comprovado simplesmente

verificando na mídia as várias situações relatadas por profissionais da

educação, ou, não muito longe, nas escolas de nossa cidade.

Se a criança tem a chance de executar suas potencialidades naturais,

então ela brinca espontânea e intencionalmente, ampliando ainda mais suas

possibilidades se houver a disponibilidade de elementos diversos. Assim, ela

testa os limites do seu corpo e das regras, executando ações mais amplas e

diversificadas, como pular, correr, dançar, cantar dramatizar, fantasiar, etc.,

tudo isto com o vínculo de afeto, o que representa e proporciona ganhos reais

em seu desenvolvimento e aprendizagem.

Neste contexto, Macedo (1995), ao abordar a questão do jogo na

escola, propõe uma estratégia para a recuperação do sentido desta prática

tanto no ambiente escolar quanto na própria vida, a partir de uma postura

menos rígida da escola, enfatizando, ao menos por algum tempo, o estímulo e

a prática da criatividade, tanto pelas crianças quanto pelos professores.

Não obstante, se perguntarmos a qualquer professor de educação

infantil e séries iniciais sobre a influência do brincar no desenvolvimento de

seus alunos, a resposta, sem dúvida alguma, será proferida com segurança em

afirmar que a brincadeira é fundamental nesse processo. Mas, então, se existe

tal certeza, o que causa esta incoerência entre as tendências atuais em

educação e a prática educacional nesses segmentos?

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3.4

Uma Pedagogia estática

[...] Pelo brincar as crianças crescem. Elas estimulam os sentidos,

aprendem a usar os músculos, coordenam o que vêem com o que

fazem, e adquirem domínios sobre seus corpos. Elas exploram o

mundo e a si mesmas. Elas adquirem novas habilidades, tornam-se

mais proficientes na língua, experimentam diferentes papéis e, - ao

reencenarem situações da vida real

manejam emoções complexas.

(PAPALIA & OLDS, 2000, p.219)

Todo educador tem ciência que através do movimento a criança

expressa sentimentos, emoções e pensamentos, por meio do qual tem suas

possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais ampliadas.

Também não é nenhuma novidade, mesmo para o senso comum, que a

infância é a etapa mais importante no desenvolvimento do indivíduo,

constituindo-se num momento adequado para o estímulo do aprendizado e do

desenvolvimento motor.

Para Winnicott (1975), o brincar é um fator fundamental para o

crescimento da criança, influenciando diretamente na promoção da saúde,

sendo a ausência dessa prática o indicador de que a mesma esteja com algum

problema.

Nesta fase, as crianças estão em acelerado processo de

desenvolvimento, o que serve como parâmtro para o professor refletir sobre

relevância de uma proposta pedagógica voltada para as séries iniciais do

ensino fundamental, tendo como primeiro fator fundamental, o desenvolvimento

integral da criança. O problema é que a interpretação desta norma conhecida

por todos é convertida num brincar limitado à prática de atividades que não

ultrapassam o limite do desenvolvimento cognitivo.

Voltando à proposta de Macedo (1995), é necessário levar em

consideração que a ação educacional deve ser reflexo da interpretação das

intencionalidades dos parâmetros atuais em educação integral, libertando-se

de uma prática tradicional que assemelha-se à leitura moralista e pedagógica

do século XVI. Neste sentido, Ariès (1981), ao considerar a idade dos sete

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anos como início de uma nova etapa de certa importância na vida da criança

daquele século, relata na história de Luis XIII:

Tenta-se então fazê-lo abandonar os brinquedos da primeira

infância, essencialmente as brincadeiras das bonecas: não deveis

mais brincar com esses brinquedinhos, nem brincar de carreteiro:

agora sois um menino grande, não sois mais criança . Ele começou a

aprender a montar cavalo, a atirar e a caçar (Ariès, 1981, p.87).

Analisando o modelo pedagógico acima citado e projetando esta

prática numa comparação com a realidade pedagógica atual, podemos

encontrar uma semelhança em termos de limitação de atitudes e ações

necessárias ao desenvolvimento integral da criança.

Primeiramente, façamos uma reflexão sobre o comportamento natural

de crianças. Observando-as em qualquer local onde estejam livres e

espontâneas, como ruas ou praças, por exemplo, poderemos perceber que

cumprem suas regras, exercitando-se incansavelmente e desenvolvendo o

simbolismo na vivência de papéis, explorando sua criatividade.

Tanto no caso anterior quanto no atual, podemos notar o papel do

adulto como fator importante de grande influência no desenvolvimento da

criança. Este papel torna-se ainda mais decisivo quando se trata de um adulto

na função de educador.

Lapierre considerava que, para entender a vivência da criança, o

educador deveria possuir, além de conhecimento teórico e objetivos definidos,

principalmente, passar pelas próprias vivências corporais, alcançando, assim,

um maior preparo e adequação para intervir no jogo infantil. Neste contexto, é

de suma importância que o educador saiba que a criança precisa adquir

confiança naquele com quem vai trabalhar . Para isto, sua criança interior

deve se manifestar, uma vez que a criança, como sugere Winnicott (1975), só

se exprime criativamente quando brinca, sendo que para que isto ocorra na

presença do adulto, é preciso que sinta a disponibilidade do mesmo.

Para Carreiro da Costa (1994), o sucesso educativo é resultado da

efetiva materialização na capacidade de intervenção do professor no ensino,

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onde o docente torna-se elemento essencial do processo formativo e a prática

pedagógica passa ser encarada como o problema central da ação educativa. A

educação constitui-se em atividade estritamente humana, caracterizada pela

ação consciente, organizada e coerente. Lembremos que os ganhos

alcançados pela criança, como o andar, engatinhar, montar cubos, encaixar,

etc., só serão possíveis a partir de

... uma maturidade racional e emocional do adulto que se relaciona

com ela: cabe ao adulto, a partir de suas atitudes, assegurar à

criança condições para que ela possa se organizar e realizar as

conquistas que sua maturidade biológica lhe permite (CRAIDY, M.

1998, p. 35)

E que condições seriam estas? A resposta, que não é tão difícil, parece

ser uma incógnita para o docente de educação infantil e séries iniciais, que

encontra dificuldade para perceber o referido problema central da ação

educativa.

3.5

Lúdico e movimento vs distúrbios

Atualmente, abordar a educação inclui necessariamente falar de

educação integral, uma evidência de que a proposta de abordagem humana

total ganha cada vez mais força numa batalha aparentemente incessante

contra a insistente visão biológica do homem, que não o caracteriza em sua

plenitude. Mas, como todos sabemos, uma coisa é a proposta na teoria, outra

coisa é o emprego desta proposta, na prática.

Enquanto o lúdico, por exemplo, é bastante enfatizado por todas as

autoridades e referências em educação com fator fundamental na infância e

adolescência, por outro lado, em sala de aula, as crianças devem se

comportar, dando exemplo de bons alunos, sendo obrigadas a dar

continuidade, dentre outros, ao tradicional recortar e colar papel . Claro que

estas atividades são importantes para o desenvolvimento da coordenação

motora fina, porém, esta é apenas um de vários fatores da motricidade que

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devem ser desenvolvidos no ser humano, sem esquecer que um complementa

e é interdependente do outro. Aliás, recordemos que a motricidade fina não se

carateriza apenas nas mãos.

Por outro lado, na recreação, onde também deveriam ser explorados

os potenciais dessas crianças que agem como antenas captadoras de

estímulos, o movimento não tem o acompanhamento direto do professor,

esquecendo (ou desconhecendo) os argumentos favoráveis para a utilização

da educação psicomotora, que dizem respeito à prevenção das dificuldades

escolares que possam vir a surgir. Aliás, dificuldades, distúrbios, diferenças,

deficiência ou déficit em aprendizagem, são termos que compõem um contexto

que vai muito além de apenas conhecer o conceito de dislexia, dislalia,

discalculia ou disgrafia, por exemplo.

Realizando um trabalho de avaliação psicomotora em várias turmas

infantis de qualquer escola, podemos constatar a deficiência do emprego da

prática pedagógica nos moldes atuais, tendo como resultado índices que

passam despercebidos nas salas de aula.

É necessário que o docente entenda que o contexto da formação

integral da criança e, consequentemente, do ser adulto, diz respeito também ao

conhecimento das habilidades motoras no desenvolvimento infantil, bem como

seu estímulo e respectivas técnicas, enfocando principalmente a prevenção

desses distúrbios e, se manifestados, a intervenção nos casos específicos.

Mas, como podemos detectar distúrbios psicomotores, tão comuns no ser

humano? Ou, indo mais além, o que podemos fazer para resolver um desses

distúrbios? Esta é uma questão que deixa praticamente todos os educadores

em dúvida, uma limitação que ocorre como consequência da abordagem

humana fragmentada na educação da criança, limitada a uma concepção de

inteligência cognitiva em meio a tantas referências e doutos afirmando e

reafirmando a influência do desenvolvimento motor no desenvolvimento

cognitivo.

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43

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

20

47

Gráfico 4: Questão 16 - Você considera-se preparado para detectar distúrbios de aprendizagem?

Se a tendência lúdica da motricidade é um fator permanente no

processo de desenvolvimento inclusive cognitivo - o que explica a mudança de

gesto da criança durante a realização de uma atividade - é necessário que

levemos em conta que, além dos resultados da ação motora, também devemos

observar a ação motora em si. Neste sentido, recorremos à capacidade de

comunicação do corpo para melhorarmos os próprios movimentos, o que

infelizmente foge ao conhecimento do educador infantil pedagogo ou

normalista. Isto pode ajudar a explicar o emprego da repetitiva coleção de

atividades infantis

na escola, e também o avanço alcançado pelas turmas que

passaram a adotar atividades diversificadas previstas e acompanhadas por

Professor de Educação Física, durante o desenvolvimento de nossa pesquisa,

como mostram os gráficos a seguir.

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65

38

139

4

47

8

0

10

20

30

40

50

60

70

Desenhar epintar

Recortar ecolar papel

Grafismo Quebra-cabeça

Dominó Leituras Outras

Gráfico 5: Questão 6 - Em sala de aula, que tipo de atividade você desenvolve com seus alunos? (no máximo três opções)

179158

125

280

10280

0

60

120

180

240

300

Primeira Avaliação Segunda Avaliação

COMPARATIVO DAS AVALIAÇÕES

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 6: Comparativo entre as avaliações de alunos das turmas participantes do projeto.

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Freud descobriu a tendência natural que temos em repetirmos padrões

de nosso cotidiano social e cultural, atendendo a uma sistematização mais

econômica da comunicação, levando ao condicionamento de movimentos. Ora,

Ângelo Gaiarsa questiona essa limitação imposta a nós mesmos, reforçando

nossa teoria sobre a ineficiência educacional aqui em questão.

Se vocês levarem em conta todos os movimentos que podemos

fazer, concluirão que nos comportamos como paralíticos: ninguém

usa mais do que 5% dessas aptidões de movimento. Diante de tudo o

que cada um podia fazer de variado, nós não fazemos quase nada.

Somos robôs ultralimitados, ultra-rotineiros, sempre quadradinhos,

fazendo sempre a mesma coisa (GAIARSA, 1975, p. 76)

Henry Wallon, numa proposta de abordagem integral do ser humano,

considera que o desenvolvimento é emocional, cognitivo e motor, sendo

determinado por fatores orgânicos e sociais. Para ele, é fundamental a

influência que o meio exerce sobre o desenvolvimento da pessoa humana.

Numa cultura onde inteligência cognitiva e abordagem científica

mecanicista são niveladores da educação, o educador infantil ganha um

estereótipo injusto, uma imagem de especialista no assunto que, entretando,

dedica-se a desenvolver em seu aluno uma capacidade que lhe fora imposta

como prioridade, afinal, alfabetização, por exemplo, é um termo que carrega na

própria etimologia o retrato do paradigma cognitivista.

E quanto à proposta de educação de qualidade voltada para um ser

humano complexo, integral e holístico, como fica?

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CAPÍTULO IV

EDUCAÇÃO FÍSICA: QUAL A CONTRIBUIÇÃO?

O desenvolvimento motor é comprovadamente um processo contínuo e

gradativo, que ocorre lentamente e de acordo com os estímulos recebidos

durante toda a vida do indivíduo, sendo seus primeiros anos o período que

mais apresenta mudanças nesse sentido.

Partindo da premissa de que o movimento é objeto de estudo e

aplicação da Educação Física, e considerando que os estudos sobre as

mudanças que ocorrem no comportamento motor humano desde a concepção

até a morte têm ganhado cada vez mais importância na comunidade científica,

podemos afirmar sem dúvida alguma que esta disciplina é parte essencial no

processo educacional integral do ser humano, pois é justamente a área do

movimento e da motricidade humana que tem abrangência em todas as fases

da vida do homem.

4.1

A Educação Física Escolar

Não se pode negar que durante muito tempo as aulas de Educação

Física escolar foram rotuladas como momento de lazer ou de condicionar o

corpo, chegando até ao cúmulo de ser discriminada pelas demais disciplinas

por sua suposta irrelevância no rol de estímulos ao conhecimento do aluno, o

que também por muito tempo perdurou, reforçado pelas aulas ministradas por

leigos contratados pela escola, que considerava a disciplina uma prática que

qualquer pessoa poderia conduzir. Hoje, a Educação Física é legalmente uma

disciplina integrante do projeto pedagógico da escola, prevista na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) como obrigatória em todos os

níveis da educação básica.

Também é inegável que, assim como qualquer outra área do

conhecimento, a Educação Física evolui e procura ajustar-se para melhor

atender às solcitações apresentadas em cada realidade, público ou momento

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da história, discutindo-se academica e cientificamente as deficiências e

apresentando sugestões e soluções.

Estas discussões têm levado à superação de antigas concepções,

tornando a interdisciplinaridade uma das propostas de maior repercussão. Por

outro lado, ao nos perguntarmos sobre qual a importância do movimento no

desenvolvimento humano, podemos sugerir como resposta o fato das

dificuldades de aprendizagem simbólica refletirem uma deficiente integração

das noções espaço e tempo, por exemplo, fundamentais para a organização do

sistema sensório-motor da criança. Ou ainda, lembrar que a aprendizagem da

leitura, da escrita ou de cálculo, é fundamentalmente um processo de relação

perceptivo-motora. Em outras palavras, um correto desenvolvimento

perceptivo-motor garantirá à criança uma concepção mais ajustada sobre o

mundo externo que a rodeia.

Há apenas algumas semanas, um estudo realizado pela Universidade

de Gotemburgo (Suécia), com mais de um milhão de homens de 15 a 18 anos

comprovou que exercícios físicos aeróbicos estão associados a uma melhor

cognição em jovens. Este estudo, publicado na revista Proceedings of the

National Academy of Sciences, apresenta mais uma amostra da influência do

movimento na capacidade do cérebro em processar informações, cruzá-las e

dar respostas a um estímulo. Eis aqui mais uma justificativa para a

obrigatoriedade da Educação Física em todos os níveis da Educação Básica.

Aliás, numa fase na qual a criança tem sua educação conduzida por um

profissional com formação generalista, preparado para ministrar conteúdos de

diversas disciplinas diferentes, é notório que a Educação Física ganha

destaque neste segemento a partir da própria Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, ou seja, além do pedagogo ou normalista, o outro professor que

deve atuar nessa fase inicial da vida escolar do homem é justamente o

Profissional de Educação Física.

Mas, apesar da LDB, em seu artigo 26, parágrafo 3º, definir que A

educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente

curricular obrigatório da educação básica [...] , as Secretarias de Educação não

obrigam as escolas a oferecerem Educação Física na educação infantil e séries

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iniciais, privando as crianças da possibilidade de terem atendidas suas

necessidades educativas integrais com o profissional da motricidade humana.

Em seu artigo 62, a LDB exige para a atuação na educação básica, a

formação em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena,

admitindo, no entanto, formação mínima oferecida em nível médio, na

modalidade Normal, para o exercício do magistério na educação infantil e nas

quatro primeiras séries do ensino fundamental. É justamente neste detalhe da

legislação que se tenta encontrar respaldo para a desvalorização da disciplina

obrigatória e para o descaso com as expectativas naturais da criança.

Por outro lado, vale ressaltar que o Referencial Curricular Nacional

para a Educação Infantil, ao defender a utilização de diferentes linguagens no

processo educativo, inclui entre estas a linguagem corporal, reiterando, assim,

a importância do acompanhamento e do desenvolvimento da capacidade física

e das habilidades motoras da criança. Desta forma, não há como deixar de

reconhecer que o conhecimento e a qualificação do professor da educação

infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental não devem prescindir dos

conhecimentos específicos da área de Educação Física.

4.2

O Profissional de Educação Física

O Profissional de Educação Física, como qualquer outro profissional,

tem sua formação cunhada em disciplinas essenciais para a execução da

respectiva função, tudo sob o olhar rigoroso da ciência. Este, não é especialista

apenas em preparar atletas, nem atua somente em academias fitness, ou

compõe unicamente o quadro de docentes do Ensino Básico. Ele, na verdade,

é um profissional com formação holística, especialista em cuidar, preparar e, se

necessário, ajudar pessoas a recuperar o equilíbrio biopsicossocial.

Enquanto educador, este profissional atua na formação do homem não

apenas na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, mas, em

todas as faixas etárias do ser humano. Na fase mais importante para a

educação na vida do homem, como nenhum outro, tem todo um preparo que

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engloba as tendências educacionais que há mais de um século são aplicadas

na França e que cada vez mais vêm se fortalecendo como referência em nosso

país.

Quando mencionamos que na educação infantil e séries iniciais o

Profissional de Educação Física tem uma formação como nenhum outro, de

maneira alguma estamos afirmando que as demais áreas do conhecimento são

menos importantes, mas, sim, que sua formação tem um conteúdo

biopsicossocial, pedagógico, e, o mais importante, holístico, abordando o ser

humano em sua complexidade, o que pode ser comprovado simplesmente

verificando a abrangência de sua atuação, influenciada pelas ciências

humanas, extatas, biológicas, da saúde, sociais, entre outras que compõem

seu currículo.

Neste contexto, o Profissional de Educação Física é um agente que

segue a tendência da totalidade, sendo coerente com a complexidade humana,

a qual é ratificada pelas palavras do Professor Doutor Manoel Sérgio Vieira e

Cunha, então Reitor do Instituto Jean Piaget de Almada (Portugal), durante o I

Congresso Internacional de Epistemologia da Educação Física, realizado em

21 e 22 de setembro de 2006: A monocultura do saber não parece própria de

quem pretende educar o ser humano na sua complexidade .

Como agente incumbido de compreender, analisar, estudar,

pesquisar (profissional e academicamente), esclarecer, transmitir e aplicar

conhecimentos biopsicossociais e pedagógicos, o Profissional de Educação

Física torna-se um parceiro importante na execução da atividade

interdisciplinar com o Pedagogo/Normalista, buscando o desenvolvimento

global do indivíduo, que é baseado nas aprendizagens motoras e no

desenvolvimento das aptidões psicomotoras.

É com esta certeza que um Projeto de Lei que exige que a disciplina

Educação Física seja ministrada exclusivamente por professores dessa área foi

apresentado na Câmara dos Deputados. O PL 6.520/09, apresentado no dia 02

de dezembro de 2009, altera a Lei 9.394/96 (LDB), incluindo o Art. 62-A, que

enfatiza a ministração da disciplina Educação Física por profissional da referida

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área no ensino infantil, fundamental e médio, como podemos verificar na

imagem abaixo:

Figura 2: PL Nº 6.520/09. Fonte: http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=462540

Na verdade, este PL surge como uma forma de pressão sobre a já

enfraquecida insistência no descumprimento à LDB, no que diz respeito à

disciplina em questão, e como reforço à Lei 9.696, de 01 de setembro de 1998,

que regulamenta a profissão em Educação Física e define as prerrogativas do

respectivo profissional. Em outras palavras, já que as duas leis anteriormente

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citadas por algum motivo não estão sendo muito bem interpretadas, faz-se

necessária uma nova que seja mais explícita e objetiva nesse sentido.

4.3

Educação vs educação

Como mencionado anteriormente, a Educação Física, mesmo prevista

em Lei Federal como obrigatória em todos os segmentos da Educação Básica,

ainda sofre embargo

na educação infantil e séries iniciais, quando as

Secretarias de Educação parecem considerar esta disciplina desnecessária

nestes níveis, encarregando o Pedagogo/Normalista de desenvolver atividades

recreativas infantis, considerando tais atividades suficientes para alcançar os

objetivos de uma educação integral e ignorando o fato de que recreação não é

Educação Física.

Com estímulos tão ousados quanto inadequados, as autoridades em

educação só podem esperar um feed-back também inadequado, o qual, por

sua vez, desencadeia equívocos de competências, como a ministração da

Educação Física na educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental

por pedagogos e normalistas, por exemplo.

Do ponto de vista ético e profissional, o mínimo que se pode esperar é

uma contestação do Conselho Regional de Educação Física, o que levou a

coordenação da Escola Normal Superior (ENS) de uma respeitada

universidade a decidir retirar a referida disciplina da grade curricular de seus

cursos Normal Superior e Pedagogia.

Em reunião realizada com vários docentes de diversos cursos dessa

universidade, a coordenadora da referida ESN, com aparente tom de ironia,

falava sobre as portas que se fecharam para a Educação Física . Segundo a

coordenadora, em resposta à intervenção do Conselho Regional de Educação

Física, a ENS decidiu retirar a disciplina Educação Física na Educação Infantil

e Anos Iniciais do Ensino Fundamental da grade curricular do Curso Normal

Superior, que está em processo de extinção e substituição pelo Curso de

Pedagogia, no qual esta disciplina é substituída por Psicomotricidade.

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Outro momento que chamou a atenção foi sua afirmação de que o

concurso para professores daquela casa não mais admitiria Profissionais de

Educação Física no curso de Pedagogia, pois, segundo a referida senhora,

este profissional não se enquadra no perfil de docente ministrante da disciplina

Psicomotricidade. É uma afirmação equivocada e contraditória, pois, além da

formação e de inúmeras referências que respaldam este profissional na

ministração desta disciplina, até o presente momento são Profissionais de

Educação Física que ministram Psicomotricidade nos cursos de Pedagogia em

várias unidades acadêmicas da universidade em questão, inclusive naquela

onde ocorreu a reunião supracitada.

Provavelmente, o fato da ementa desta disciplina ter seu conteúdo com

uma carga de 60 horas, sem prática (o que não é caracteristico da

Psicomotricidade) e com uma conotação quase que totalmente fundamentada

em Piaget, também deve ser fruto da intervenção profissional anteriormente

citada, o que nos faz pensar que a meta seria não deixar margem para que os

educadores físicos

encontrem equivalência de perfil na disciplina.

De maneira alguma pretendemos aqui contestar a indubitável

competentência da equipe de profissionais da referida Escola Normal Superior,

mas, por se tratar de uma área específica, acreditamos que o conteúdo da

ementa em questão colabora com o insucesso da inclusão de uma nova linha

de pensamento no curso de Pedagogia, uma vez que, além de não prever

aulas práticas, segue uma tendência teórica que a faz entrar em contradição

com a própria essência e não oferece ao aluno do referido curso a chance de

vivenciar uma abordagem renovadora, que traz uma proposta de quebra de

paradigmas.

Enquanto Le Boulch (1978) afirma que a prioridade na fase pré-escolar

é a atividade motora global, concentrando-se na necessidade fundamental de

movimento, de investigação e de expressão, Rosa Neto (2002) oferece reforço

em nosso questionemento, enfatizando que o controle motor possibilita à

criança experiências concretas, que servirão como base para a construção de

noções básicas para o seu desenvolvimento intelectual.

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No que tange à retirada da disiplina Educação Física na Educação

Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, esta decisão também afeta

diretamente a qualidade da educação nestes segmentos, uma vez que a

referida disciplina oferece ao Pedagogo/Normalista noções mais específicas de

atividades lúdicas infantis e suas respectivas características e objetivos. Não

há dúvidas de que a disciplina proporcionaria uma maior afinidade entre este

profissional e o corpo em movimento, dando-lhe maior conhecimento em

motricidade humana e, consequentemente, um maior aprofundamento no

assunto quando de sua participação na outra disciplina: a Psicomotricidade.

Harrow (1988) nos dá amparo na interdependência entre habilidades

motoras e aprendizagem, quando afirma que a riqueza dessas habilidades

depende do desenvolvimento neuromuscular; tendo, em contrapartida, a

influência da aprendizagem sobre certas habilidades motoras, como falar,

escrever, abotoar e amarrar os sapatos.

Acreditamos que o fato de o concurso para professores dessa

universidade não enquadrar o Profissional de Educação Física no perfil de

Psicomotricidade pode ter origem em um mal entendido por parte da ENS, pois

é fato que esta tendência renovadora legitima-se como conteúdo da Educação

Física Escolar em contraposição ao modelo hegemônico de uma teoria de

abordagem limitada ao raciocínio e, ao que parece, neste caso, também

corporativista, que não leva em consideração e nem se importa com a

qualidade da educação.

Uma situação tão desagradável e desconfortável como esta nos leva a

refletir sobre os objetivos e a qualidade da própria educação. Se a

interdisciplinaridade, por exemplo, é um fator muito enfatizado durante todo o

processo formativo dos professores educadores

afinal, trata-se de um

elemento imprescindível no processo educacional

como esta pode ocorrer

numa prática onde apenas um profissional responde pela educação da

criança? Lembremos que é justamente nesta fase que o ser humano mais

precisa de estímulos e experências variados. Neste sentido, é importante

reconhecermos que as questões relacionadas à Educação Física têm

particularidades que devem ser observadas no desenvolvimento do aluno, pois

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são um direito fundamental do educando. Ou será que é comum a todos os

educadores o conhecimento específico para, por exemplo, ensinar uma criança

a ler e escrever sem utilizar lápis e papel, mas o próprio corpo?

Então, nos perguntamos: como podemos praticar a interdisciplinaridade

se a atuação não é multiprofissional e multidisciplinar? Como podemos falar de

educação integral se a própria educação impõe barreiras a esta meta tão

frisada na formação de um educador?

Estas questões vêm corroendo a imagem da educação infantil e das

séries iniciais há muito tempo e ameaçam continuar aterrorizando nossas

metas de processo educacional eficiente e eficaz. Se o professor não refletir

urgentemente sobre as contradições e sobre os males dessa visão docente

unitária (e em alguns casos também corporativista) que sobrecarrega a si

próprio, provavelmente tão cedo não teremos mudanças significativas, pelo

menos na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, não.

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CONCLUSÃO

As inúmeras referências e pesquisas que sustentam o presente estudo

já seriam suficientes para apresentarmos uma argumentação plausível na

abordagem do respectivo objeto de estudo, porém, acreditamos que a opinião

dos professores protagonistas da investigação represente maior credibilidade

na fundamentação de nosso trabalho. Assim, com a participação de

professores de educação infantil e séries iniciais opinando sobre suas

necessidades de maior conhecimento em motricidade humana, pudemos

verificar que sua formação ainda não lhes oferece conhecimento específico

suficiente para desenvolver em suas aulas atividades direcionadas aos

aspectos integrais da criança.

De acordo com Weineck (1999), a ampliação do repertório de

movimentos deve ser utilizada em um contexto global que possibilite a

capacidade de movimentação geral e não específica, mas, no conjunto das

ações motoras que as aproximam.

Ora, ao nos depararmos com uma realidade tão contraditória no

contexto educacional infantil, somos levados a questionar certas imposições

feitas às crianças em nível pré-escolar e anos iniciais do ensino fundamental.

Se os argumentos científicos alertam sobre os males de uma educação

estática baseada em princípios cartesianos, bem como, sobre seus inegáveis e

incontestáveis problemas que afetam a formação e a educação do indivíduo

(agora não mais nos referimos apenas às crianças, mas ao ser humano em

todos os estágios de sua vida), o que causa essa distorção no emprego do

conhecimento adquirido sobre educar crianças? O que justifica o fato de as

respectivas aulas se limitarem a atividades estáticas, que fogem totalmente à

regra da necessidade natural de movimento dessas faixas etárias?

Quando falamos em imposições , nos referimos aos vários exemplos

negativos que afetam a educação brasileira

e de vários outros países

também. Como se não bastasse a natural limitação do professor desse

segmento em explorar a capacidade motora e psicomotora das crianças (falta-

lhe conhecimento específico), ainda temos que conviver com a inegável

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ignorância das autoridades educacionais , que, sem nenhum respaldo legal,

muito menos científico, decidem não cumprir a obrigatoriedade da Educação

Física na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. Lembremos

que esta acaba por se tornar a única disciplina obrigatória nesses segmentos,

pois as demais são desenvolvidas pelo professor formado em Pedagogia ou

Normal Superior. Este detalhe tão explícito caracteriza a importância dessa

área do conhecimento.

Decisões corporativistas também não são novidade nessa triste

realidade. Nas decisões sobre o que é melhor ou não para a formação do

professor, não temos dúvida de que atitudes do tipo se não podemos ministrar,

então retira a disciplina! são muitíssimo prejudiciais à educação. Mas,

infelizmente, são também reais.

Se na infância e na adolescência o movimento é naturalmente

explorado no processo de desenvolvimento, também de forma natural o ser

humano passa a se preocupar com os problemas da vida adulta sedentária na

medida em que ultrapassa esse período. Entretanto, atualmente, esta fase

importante de nossas vidas já não se caracteriza pela riqueza de atividades

motoras, o que significa que a escola tem um compromisso muito maior com o

estímulo à cultura corporal do movimento nesses anos iniciais, já que fora dela

a vida cotidiana também já não favorece às crianças no desenvolvimento de

atividades tipicamente infantis.

Gallahue (2002) chama a atenção para o processo permanente de

aprender a mover-se com controle e competência, no qual todos nós estamos

envolvidos, em reação aos desafios que enfrentamos diariamente em um

mundo em constante mutação.

De um lado, material científico suficiente para reconhecermos que

existe a necessidade particular das crianças e adolescentes em

desenvolvimento integral. De outro lado, uma educação assumidamente

cognitivista que não atende às expectativas de uma tendência de educação

integral é imposta ao aluno e ao próprio professor do segmento.

Os resultados deste trabalho nos levam a refletir sobre mudanças na

prática vigente na educação infantil e séries iniciais. E, de acordo com os

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próprios professores entrevistados e com as avaliações das crianças

particpantes da pesquisa, a mudança começaria no preparo do docente.

Portanto, seria interessante as universidades estudarem a possibilidade da

inserção de disciplinas específicas no curso de Pedagogia ou Normal Superior,

reconhecendo que não é retirando da grade curricular as poucas horas

disponíveis que tratam sobre o assunto, mas, sim, aumentando a carga horária

em motricidade humana, oferecendo aos respectivos futuros docentes uma

chance poder empregar com mais segurança e propriedade o conhecimento

adquirido.

É claro que estas horas a mais dedicadas ao conhecimento do

desenvolvimento motor não seriam suficientes para justificar o não

cumprimento da obrigatoriedade da Educação Física também na educação

infantil e anos iniciais da Educação Básica, afinal, ainda lhe faltaria a formação

específica. Mas, não temos dúvida de que, a exemplo dos casos aqui

estudados, que em apenas quatro meses apresentaram avanço significativo no

controle das funções motoras e psicomotoras, os alunos nessas respectivas

faixas etárias poderiam fugir um pouco mais dessa realidade atual, onde o

sedentarismo reflete a imagem do homem da sociedade moderna. A interação

entre pedagogo e professor de Educação Física seria muito mais favorável ao

desenvolvimento de uma educação de qualidade.

Assim, é chegado o momento de reconhecermos que educação

integral ainda não é uma realidade, mas, uma meta, já que se trata de um

processo que exige atenção também integral, afinal, transversalidade,

transdisciplinaridade, complexidade, são palavras que perdem o sentido numa

prática onde apenas um profissional é sobrecarregado com várias atribuições,

inclusive com competências que fogem à sua formação. É chegada a hora de

reconhecermos juntos que, enquanto a escola produz sujeitos inteligentes , ao

mesmo tempo concebe e estimula um outro tipo de sujeito, sujeito este com

capacidades bem menores do que o professor desses segmentos imagina: o

analfabeto motor.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 - Questionário de Avaliação da Prática Educacional Infantil;

Anexo 2

Tabela de Dados Gerais da Pesquisa;

Anexo 3

Tabela de Comparação de Resultados dos Professores com Resultados dos Acadêmicos de Pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas.

Anexo 4

Gráficos com os dados de todos os municípios participantes da pesquisa;

Anexo 5

Gráficos do Questionário das Escolas de Tabatinga;

Anexo 6

Gráficos do Questionário das Escolas de Benjamin Constant;

Anexo 7

Gráficos do Questionário das Escolas de Atalaia do Norte;

Anexo 8

Gráficos do Questionário das Escolas de São Paulo de Olivença;

Anexo 9

Gráficos do Questionário Aplicado a Acadêmicos do 6º período do Curso de Pedagogia, da Universidade do Estado do Amazonas;

Anexo 10

Gráficos do Questionário das Escolas de Letícia, Colômbia;

Anexo 11

Ficha de Avaliação Psicomotora;

Anexo 12

Gráficos da avaliação psicomotora dos seis escolhidos nas escolas participantes da pesquisa.

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ANEXO 1

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA PRÁTICA EDUCACIONAL INFANTIL

O presente questionário foi desenvolvido para coletar dados sobre a Educação Infantil e o analfabetismo motor nas escolas do Alto Solimões. Leia cada questão com bastante atenção e seja sincero em suas respostas, pois as mesmas darão origem a dados estatísticos que servirão de base para propostas de aperfeiçoamento do profissional e da própria Educação Infantil.

MUNICÍPIO: _______________________________________________________________

ESCOLA: _________________________________________________________________

PROFESSOR(A): ___________________________________________________________

1. Qual dos motivos abaixo o levou a cursar Pedagogia (ou Normal Superior)? ( ) Sempre quis cursar ( ) Quis conhecer ( ) Desejo de ser professor ( ) Necessidade de voltar a estudar ( ) Falta de opção

2. Você gosta de crianças? ( ) SIM ( ) NÃO

3. O que você acha da atividade de educar crianças? ( ) Prazerosa ( ) Divertida ( ) Difícil de exercer ( ) Estressante ( ) Difícil e estressante ( ) Cansativa

4. Qual o objetivo principal de suas aulas na educação infantil? ( ) Desenvolvimento da fala, leitura e escrita ( ) Alfabetização ( ) Desenvolvimento integral do aluno ( ) Desenvolvimento cognitivo

5. De modo geral, como são as crianças em sua sala de aula? ( ) Pulam, gesticulam, se movem muito, conversam, não param

( ) São quietas, mas conversam muito ( ) São calmas e obedientes

6. Em sala de aula, que tipo de atividade você desenvolve com seus alunos? (no máximo três opções) ( ) Desenhar e pintar ( ) Recortar e colar papel ( ) Grafismo ( ) Quebra-cabeça ( ) Dominó ( ) Leituras ( ) Outras (especifique) ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. E nessas atividades, como as crianças ficam? ( ) Bem a vontade ( ) Sempre brincando ( ) Comportadas

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8. E na recreação, como elas são? ( ) Correm, pulam, gesticulam, se movem muito, conversam, não param

( ) São quietas, mas brincam. ( ) São calmas e apenas conversam.

9. Quanto às atividades de recreação? ( ) As crianças brincam espontaneamente, sem interferência do professor. ( ) As atividades são definidas pelo professor.

10. Que teórico você acredita que se identifica melhor com a Pedagogia (ou Normal Superior)? R : ________________________________________________________________

11. Nas opções abaixo, indique o(s) teórico(s) que você tem como referência para suas aulas em Educação Infantil: ( ) Rousseau ( ) Pestallozi ( ) Froebel ( ) Decroly ( ) Claparède ( ) Piaget ( ) Aucouturier ( ) Lapierre ( ) Wallon

12. Você sabe o que é Educação Psicomotora? ( ) Sim ( ) Não ( ) Já ouvi falar

13. Você sabe o que é Esquema Corporal? ( ) Sim ( ) Não

14. E Imagem Corporal, você sabe o que é? ( ) Sim ( ) Não

15. Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade, coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno? ( ) Sim ( ) Não

16. Você considera-se preparado para detectar distúrbios de aprendizagem? ( ) Sim ( ) Não

17. Você considera-se preparado para atuar em casos de distúrbios de aprendizagem? ( ) Sim ( ) Não

18. Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia, discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei

19. Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo? ( ) Sim ( ) Não

20. Você costuma procurar outro(s) professor(es) para tratar de casos específicos de problemas de aprendizagem entre seus alunos?

( ) Sim ( ) Não

21. Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia (ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas necessidades de educação integral? ( ) Sim ( ) Não

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ANEXO 2

TABELA DE DADOS GERAIS DA PESQUISA

Questão Resposta mais assinalada Total Percentual

1 Motivo que o levou a cursar Pedagogia (ou Normal Superior). Desejo de ser professor 32 48%Sempre quis cursar 16 24%

2 Gosta de crianças? Sim 68 100% 3 O que você acha da atividade de educar crianças? Prazerosa 53 78% 4 Objetivo principal das aulas na educação infantil. Desenvolvimento Integral 41 61%

5 Como são as crianças em sua sala de aula? Pulam, gesticulam, se movem muito, conversam, não param

44 66%

6 Atividades desenvolvidas com os alunos em sala de aula. Desenhar e pintar 65 35%Leituras 47 26% Recortar e colar papel 38 21%

7 E nessas atividades, como as crianças ficam? Bem a vontade. 62 94%

8 E na recreação, como elas são? Correm, pulam, gesticulam, se movem muito, conversam, não param

64 94%

9 Quanto às atividades de recreação. As atividades são definidas pelo professor 43 63%

10 Teórico que se identifica melhor com a Pedagogia (ou Normal Superior). Piaget 43 65%Paulo Freire 13 19%

11 Teórico(s) referência para as aulas em Educação Infantil. Piaget 49 41% Pestalozzi 23 20% Rousseau 22 19%

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TABELA DE DADOS GERAIS DA PESQUISA (CONTINUAÇÃO)

Questão Resposta mais assinalada Total Percentual12 Você sabe o que é Educação Psicomotora? Sim 43 64% 13 Você sabe o que é Esquema Corporal? Sim 49 73%

14 E Imagem Corporal, você sabe o que é? Não/Não responderam 37 54% Sim 31 46%

15Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade, coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno?

Sim 61 90%

16 Você considera-se preparado para detectar distúrbios de aprendizagem? Não 47 70%

17 Você considera-se preparado para atuar em casos de distúrbios de aprendizagem? Não 52 78%

18 Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia, discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio? Sim 32 47%

19 Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo? Não 51 76%

20 Você costuma procurar outro(s) professor(es) para tratar de casos específicos de problemas de aprendizagem entre seus alunos? Sim 66 97%

21Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia (ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas necessidades de educação integral?

Não/Não reponderam 35 53%

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ANEXO 3

TABELA DE COMPARAÇÃO DE RESULTADOS DOS PROFESSORES COM RESULTADOS DOS ACADÊMICOS DE PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

Questão Professores Total Acadêmicos Total1 Atividades desenvolvidas com os alunos em sala de aula. Desenhar e pintar 35% Desenhar e pintar 32%2 E nessas atividades, como as crianças ficam? Bem a vontade. 94%

Bem a vontade 72%

3 Quanto às atividades de recreação. As atividades são definidas pelo professor 63% As atividades são definidas

pelo professor 56%

4 Teórico que se identifica melhor com a Pedagogia (ou Normal Superior). Piaget 65% Piaget 65%

5 Teórico(s) referência para as aulas em Educação Infantil. Piaget 41% Piaget 39%6 Você sabe o que é Educação Psicomotora? Sim 64% Sim 91%7 Você sabe o que é Esquema Corporal? Sim 73% Sim 87%8 E Imagem Corporal, você sabe o que é? Não/Não responderam 54% Sim 87%

9Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade, coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno?

Sim 90% Sim 97%

10 Você considera-se preparado para detectar distúrbios de aprendizagem? Não 70% Não 75%

11 Você considera-se preparado para atuar em casos de distúrbios de aprendizagem? Não 78% Não 75%

12 Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia, discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio? Sim 47% Não sei 56%

13Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo?

Não 76% Não 66%

14Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia (ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas necessidades de educação integral?

Não/Não reponderam 53% Sim 53%

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68

ANEXO 4

GRÁFICOS COM OS DADOS DE TODOS OS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DA PESQUISA

Neste anexo encontram-se os gráficos referentes à opinião de todos os

68 professores que responderam ao questionário. Observe que a falta de

atividades mais dinâmicas que estimulem aos fatores específicos e necessários

ao desenvolvimento e educação integrais do aluno, e o reconhecimento de que

existe a necessidade de um maior conhecimento em desenvolvimento motor

são quase unâmimes.

1. Qual dos motivos abaixo o levou a cursar Pedagogia (Normal

Superior)?

Esta questão não foi respondida por um dos professores participantes.

16

3

32

610

0

10

20

30

40

50

60

70

Sempre quiscursar

Quis conhecer Desejo de serprofessor

Necessidade devoltar a estudar

Falta de opção

Gráfico 1

Respostas da 1ª questão.

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69

2. Você gosta de crianças?

68

0

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 2

Respostas da 2ª questão.

3. O que você acha da atividade de educar crianças?

53

49

0 0 20

10

20

30

40

50

60

70

Prazerosa Divertida Difícil deexercer

Estressante Difícil eEstressante

Cansativa

Gráfico 3

Respostas da 3ª questão.

Observe nos dois gráficos anteriores a afinidade com a atividade

infantil afirmada pelos acadêmicos.

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70

4. Qual o objetivo principal de suas aulas na educação infantil?

17

7

41

3

0

10

20

30

40

50

60

70

Desenvolvimentoda fala, leitura e

escrita

Alfabetização Desenvolvimentointegral do aluno

Desenvolvimentocognitivo

Gráfico 4

Respostas da 4ª questão.

5. De modo geral, como são as crianças em sua sala de aula?

Esta questão não foi respondida por um dos docentes.

44

19

4

0

10

20

30

40

50

60

70

Pulam, gesticulam, semovem muito,

conversam, "não param"

São quietas, masconversam muito

São calmas eobedientes

Gráfico 5

Respostas da 5ª questão.

Page 71: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

71

6. Em sala de aula, que tipo de atividade você desenvolve com

seus alunos? (no máximo três opções)

65

38

139

4

47

8

0

10

20

30

40

50

60

70

Desenhar epintar

Recortar ecolar papel

Grafismo Quebra-cabeça

Dominó Leituras Outras

Gráfico 6

Respostas da 6ª questão.

Nesta questão, que foi formulada com possibilidade de citar até três

opções entre as disponíveis e outras que o acadêmico desejasse, tivemos

apenas oito docentes que marcaram a opção Outras (especifique) , a saber:

1. Brincadeiras que envolvem equilíbrio.

2. Ditado de palavras, frases.

3. Escrita, caligrafia

4. Instigar o questionamento.

5. Tracejado, rasgadura, recorte, colagem, dobradura.

6. Trabalhos que desenvolvem habildades de pintar, recortar e colar

usando a interdisciplinaridade, porém, busco a diversidade na

metodologia.

7. Rodinha de conversa.

8. Bingo, trabalhos de leitura e escrita.

Destes, três anda fizeram as observações: "Porém trabalho também a

lateralidade, coordenação motora fina e grossa, a oralidade, expressão

Page 72: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

72

corporal, etc. ; "Porém, são desenvolvidos também a oralidade, a coordenação

motora fina e grossa, a lateralidade, esquema corporal, etc ; desenvolvemos

nossas atividades conforme a dificuldade singular de cada criança . Cinco

docentes marcaram mais de três opções, ignorando o limite solicitado. Nestes

casos, foram computadas apenas três indicações.

Este gráfico revela que a importância da educação integral esbarra em

uma prática onde em sala de aula o movimento não é prioridade.

7. E nessas atividades, como as crianças ficam?

0

10

20

30

40

50

60

70

Bem a vontade Sempre brincando Comportadas

64

04

Gráfico 7

Respostas da 7ª questão.

Page 73: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

73

8. E na recreação, como elas são?

64

40

0

10

20

30

40

50

60

70

Correm, pulam,gesticulam, se movemmuito, conversam, "não

param"

São quietas, masbrincam

São calmas e apenasconversam

Gráfico 8

Respostas da 8ª questão.

9. Quanto às atividades de recreação?

25

43

0

10

20

30

40

50

60

70

As crianças brincamespontaneamente, sem

interferência do professor

As atividades são definidas peloprofessor

Gráfico 9

Respostas da 9ª questão.

Page 74: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

74

10. Que teórico você acredita que se identifica melhor com a

Pedagogia (ou Normal Superior)?

Esta questão foi formulada com o cuidado de proporcionar ao professor

a liberdade para escolher um teórico que, em sua opinião, representa a

identidade da profissão que escolheu. Aqui foram computadas normalmente as

respostas com apenas um teórico e, nos casos em que foram apontados mais

de um autor, somente o primeiro da lista. Assim, apesar da orientação para

marcar apenas um autor, tivemos 11 professores citando mais de uma

referência, a saber: Paulo Freire, Piaget e Emília Ferreiro; Rousseau, Piaget e

Pestalozzi; Piaget e Paulo Freire (citados por quatro docentes); Paulo Freire e

Piaget; Piaget, Paulo Freire, Froebel e Emília Ferreiro (citados por dois

docentes); e Emília Ferreiro e Piaget (também citados por dois docentes).

Piaget aparece em todas as citações, o que significa que teríamos 54

citações somente deste autor, sendo o autor mais destacado pelos professores

que responderam ao questionário e apontado como o que mais se identifica

com o curso de Pedagogia/Normal Superior. Três professores não citaram

nenhum autor, o que explica o valor 65, se somadas as colunas.

1

1

1

1

2

1

2

13

43

0 10 20 30 40 50 60 70

Pestalozzi

Froebel

Rousseau

Wallon

Emília Ferreiro

Maria Montesori

Vygotsky

Paulo Freire

Piaget

Gráfico 10

Respostas da 10ª questão.

Page 75: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

75

11. Nas opções abaixo, indique o(s) teórico(s) que você tem como

referência para suas aulas em Educação Infantil:

0

1

1

2

7

12

22

23

49

0 10 20 30 40 50 60 70

Claparède

Decroly

Aucouturier

Lapierre

Wallon

Froebel

Rousseau

Pestallozi

Piaget

Gráfico 11

Respostas da 11ª questão.

12. Você sabe o que é Educação Psicomotora?

Um docente não respondeu a esta questão.

43

1410

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não Já ouvi falar

Gráfico 12

Respostas da 12ª questão.

Page 76: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

76

13. Você sabe o que é Esquema Corporal?

Esta questãgo também não foi respondida por um dos docentes.

49

18

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 13

Respostas da 13ª questão.

14. E Imagem Corporal, você sabe o que é?

Esta questão não foi respondida por quatro dos professores.

31 33

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 14

Respostas da 14ª questão.

Page 77: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

77

15. Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade,

coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre

outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno?

61

7

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 15

Respostas da 15ª questão.

As duas questões a seguir não foram respondidas por dois dos

docentes. Um deles acrescentou à mão a opção Às vezes , na questão 17.

16. Você considera-se preparado para detectar distúrbios de

aprendizagem?

20

47

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 16

Respostas da 16ª questão.

Page 78: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

78

17. Você considera-se preparado para atuar em casos de

distúrbios de aprendizagem?

15

52

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 17

Respostas da 17ª questão.

18. Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia,

discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio?

32

22

14

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não Não sei

Gráfico 18

Respostas da 18ª questão.

Page 79: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

79

19. Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com

distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo?

Esta questão não foi respondida por um dos professores.

16

51

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 19

Respostas da 19ª questão.

20. Você costuma procurar outro(s) professor(es) para tratar de

casos específicos de problemas de aprendizagem entre seus

alunos?

66

2

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 20

Respostas da 20ª questão.

Page 80: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

80

21. Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia

(ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas

necessidades de educação integral?

3135

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Gráfico 21

Respostas da 21ª questão.

Nesta última questão, dois dos docentes deixaram de marcar uma das

alternativas. Um escreveu de próprio punho a opção Às vezes e o outro, a

opção Nem sempre .

Uma observação a ser feita é o fato de que, diferentemente dos demais

professores, nesta última questão os docentes do município de São Paulo de

Olivença afirmaram estar satisfeitos com a grade curricular do curso que

frequentaram, o que inclui conhecimento em desenvolvimento motor e

psicomotor.

Neste município, 86% dos professores mostraram-se satisfeitos com

sua formação docente. Mas, apesar de afirmarem na questão 21 que o curso

que freqüentaram oferece preparo adequado para o ofício de educar crianças,

os docentes em questão entram em contradição, quando apresentam dúvidas

Page 81: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

81

sobre conhecimento em atividades coerentes com a importância do movimento

e sobre motricidade humana e psicomotricidade, como podemos constatar nos

gráficos das questões referentes ao tipo de atividade desenvolvida em sala de

aula e aos fatores específicos do desenvolvimento motor e psicomotor. Assim,

São Paulo de Olivença não foge à realidade dos demais municípios, o que

reforça a contradição entre a afirmação desta última questão e a prática citada.

Como pudemos verificar, no geral, apesar da afinidade com a docência

apresentada pela maioria dos entrevistados, e de afirmarem saber sobre

Psicomotricidade, o resultado do questionário aplicado aos professores do Alto

Solimões mostrou que, no que diz respeito à vivência dessa tendência

educacional, o conhecimento que os mesmos possuem sobre motricidade

humana é ainda muito pequeno, sobretudo no que tange à sua aplicação

prática.

Mesmo tendo a maioria respondido que o objetivo principal de suas

aulas na educação infantil é o desenvolvimento integral dos alunos (Gráfico 4),

pudemos observar que a outra metade é ainda bastante significativa. Dos 66

professores, 40 indicaram a educação integral como objetivo, porém, se

somarmos os demais valores, teremos 26 docentes indicando uma educação

framentada. O que podemos concluir é que a prática ainda é caracterizada pelo

emprego de uma tendência tipicamente cognitivista, como mostram os gráficos

das questões 6, 10, 11, 16 e 17.

O gráfico da questão 21 mostra a sinceridade dos docentes em

reconhecer que sua formação ainda não lhes prepara adequadamente para

atender às expectativas em educação integral, o que justifica a prática

inadequada na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental.

Page 82: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

82

ANEXO 5

GRÁFICOS DO QUESTIONÁRIO DAS ESCOLAS DE TABATINGA

Em Tabatinga foram entrevistados 16 professores de 4 escolas

diferentes. Apesar de outros professores com formação em áreas diferentes de

Pedagogia/Normal atuarem nas séries iniciais em várias dessas escolas,

apenas professores Pedagogos e Normalistas responderam ao questionário.

Apesar das orientações para o preenchimento do questionário, alguns

professores acabaram não respondendo a algumas questões, o que nos leva a

crer que apresentam dúvidas sobre os objetos questionados.

1. Qual dos motivos abaixo o levou a cursar Pedagogia (Normal

Superior)? ok

8

1

6

01

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sempre quiscursar

Quis conhecer Desejo de serprofessor

Necessidade devoltar a estudar

Falta de opção

Gráfico 1

Respostas da 1ª questão.

Page 83: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

83

2. Você gosta de crianças?

16

0

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Gráfico 2

Respostas da 2ª questão.

3. O que você acha da atividade de educar crianças?

8

2

5

0 01

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Prazerosa Divertida Difícil deexercer

Estressante Difícil eEstressante

Cansativa

Gráfico 3

Respostas da 3ª questão.

Page 84: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

84

4. Qual o objetivo principal de suas aulas na educação infantil?

32

11

00

2

4

6

8

10

12

14

16

Desenvolvimento dafala, leitura e escrita

Alfabetização Desenvolvimentointegral do aluno

Desenvolvimentocognitivo

Gráfico 4

Respostas da 4ª questão.

5. De modo geral, como são as crianças em sua sala de aula?

10

5

1

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Pulam, gesticulam, semovem muito, conversam,

"não param"

São quietas, masconversam muito

São calmas e obedientes

Gráfico 5

Respostas da 5ª questão.

Page 85: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

85

6. Em sala de aula, que tipo de atividade você desenvolve com

seus alunos? (no máximo três opções)

15

10

0

4

1

15

00

2

4

6

8

10

12

14

16

Desenhar epintar

Recortar ecolar papel

Grafismo Quebra-cabeça

Dominó Leituras Outras

Gráfico 6

Respostas da 6ª questão.

7. E nessas atividades, como as crianças ficam?

16

0 0

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Bem a vontade Sempre brincando Comportadas

Gráfico 7

Respostas da 7ª questão.

Page 86: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

86

8. E na recreação, como elas são?

16

0 00

2

4

6

8

10

12

14

16

Correm, pulam,gesticulam, se movemmuito, conversam, "não

param"

São quietas, mas brincam São calmas e apenasconversam

Gráfico 8

Respostas da 8ª questão.

9. Quanto às atividades de recreação?

5

11

0

2

4

6

8

10

12

14

16

As crianças brincamespontaneamente, sem

interferência do professor

As atividades são definidas peloprofessor

Gráfico 9

Respostas da 9ª questão.

Page 87: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

87

10. Que teórico você acredita que se identifica melhor com a

Pedagogia (ou Normal Superior)?

Nesta questão, um dos professores não citou nenhum autor, o que

explica o valor 15, se somadas as colunas.

12

0 0 01

2

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Piaget EmíliaFerreiro

Pestalozzi Paulo Freire MariaMontesori

Vygotsky

Gráfico 10

Respostas da 10ª questão.

11. Nas opções abaixo, indique o(s) teórico(s) que você tem como

referência para suas aulas em Educação Infantil:

0

0

0

0

0

1

4

5

16

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Froebel

Decroly

Claparède

Aucouturier

Lapierre

Wallon

Rousseau

Pestallozi

Piaget

Gráfico 11

Respostas da 11ª questão.

Page 88: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

88

12. Você sabe o que é Educação Psicomotora?

8

1

7

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não Já ouvi falar

Gráfico 12

Respostas da 12ª questão.

13. Você sabe o que é Esquema Corporal?

11

5

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Gráfico 13

Respostas da 13ª questão.

Page 89: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

89

14. E Imagem Corporal, você sabe o que é?

Esta questão não foi respondida por dois professores.

3

11

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Gráfico 14

Respostas da 14ª questão.

15. Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade,

coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre

outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno?

14

2

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Gráfico 15

Respostas da 15ª questão.

Page 90: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

90

16. Você considera-se preparado para detectar distúrbios de

aprendizagem?

Nesta questão uma das professoras não marcou uma das opções,

mas escreveu sua resposta: Às vezes .

2

13

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Gráfico 16

Respostas da 16ª questão.

17. Você considera-se preparado para atuar em casos de

distúrbios de aprendizagem?

Esta questão também deixou de ser respondida por um dos

professores.

3

12

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Gráfico 17

Respostas da 17ª questão.

Page 91: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

91

18. Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia,

discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio?

7

3

6

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não Não sei

Gráfico 18

Respostas da 18ª questão.

19. Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com

distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo?

1

15

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Gráfico 19

Respostas da 19ª questão.

Page 92: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

92

20. Você costuma procurar outro(s) professor(es) para tratar de

casos específicos de problemas de aprendizagem entre seus

alunos?

16

0

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Gráfico 20

Respostas da 20ª questão.

21. Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia

(ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas

necessidades de educação integral?

5

10

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Gráfico 21

Respostas da 21ª questão.

Page 93: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

93

Apesar da afinidade com a docência apresentada pela maioria dos

entrevistados, e de saberem o que é Educação Psicomotora, o resultado do

questionário aplicado a professores do município de Tabatinga mostrou que, no

que diz respeito à vivência dessa tendência educacional, o conhecimento que

os mesmo possuem sobre o assunto é ainda muito pequeno, sobretudo no que

tange à sua aplicação prática.

Mesmo tendo respondido que o objetivo principal de suas aulas na

educação infantil é educação integral dos alunos, o que podemos concluir é

que a prática ainda é caracterizada pelo emprego de uma tendência

tipicamente cognitivista, como os gráficos das questões 6, 10, 11, 16 e 17.

Por fim, o gráfico da questão 21 mostra a sinceridade dos docentes em

reconhecer que sua formação ainda não lhes prepara adequadamente para

atender às expectativas em educação integral. Neste caso, apenas cinco

professores deram respostas positivas e somente um não respondeu,

marcando de próprio punho o texto Nem sempre .

Page 94: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

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ANEXO 6

GRÁFICOS DO QUESTIONÁRIO DAS ESCOLAS DE BENJAMIN CONSTANT

No município de Benjamin Constant, 14 professores de três escolas

diferentes responderam ao questionário. Estes, como mostram os gráficos a

seguir, apresentam certo conhecimento em educação psicomotora, como

esquema corporal e imagem corporal, além de afirmarem a importância dos

fatores psicomotores no desenvolvimento da criança. Porém, a maioria

reconhece que não está preparada para lidar com questões de distúrbios de

aprendizagem e, muito menos, para indicar atividades específicas direcionadas

a estes casos e a casos de distúrbios psicomotores.

1. Qual dos motivos abaixo o levou a cursar Pedagogia (Normal

Superior)?

6

1

5

0

2

0

2

4

6

8

10

12

14

Sempre quiscursar

Quis conhecer Desejo de serprofessor

Necessidade devoltar a estudar

Falta de opção

Gráfico 1

Respostas da 1ª questão.

Page 95: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

95

2. Você gosta de crianças?

14

0

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não

Gráfico 2

Respostas da 2ª questão.

3. O que você acha da atividade de educar crianças?

11

0

2

0 01

0

2

4

6

8

10

12

14

Prazerosa Divertida Difícil deexercer

Estressante Difícil eEstressante

Cansativa

Gráfico 3

Respostas da 3ª questão.

Page 96: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

96

4. Qual o objetivo principal de suas aulas na educação infantil?

4

2

7

1

0

2

4

6

8

10

12

14

Desenvolvimento dafala, leitura e escrita

Alfabetização Desenvolvimentointegral do aluno

Desenvolvimentocognitivo

Gráfico 4

Respostas da 4ª questão.

5. De modo geral, como são as crianças em sua sala de aula?

Esta questão não foi respondida por um dos docentes.

9

3

1

0

2

4

6

8

10

12

14

Pulam, gesticulam, semovem muito, conversam,

"não param"

São quietas, masconversam muito

São calmas e obedientes

Gráfico 5

Respostas da 5ª questão.

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97

6. Em sala de aula, que tipo de atividade você desenvolve com

seus alunos? (no máximo três opções)

Nesta questão, três professoras citaram outras opções. Uma descreveu

que desenvolve brincadeiras que envolvem habilidades, equilíbrio, etc. A

segunda descreveu que desenvolve ditado de palavras, frases . A última,

afirmou incitar o questionamento .

12

7

43

1

9

3

0

2

4

6

8

10

12

14

Desenhar epintar

Recortar ecolar papel

Grafismo Quebra-cabeça

Dominó Leituras Outras

Gráfico 6

Respostas da 6ª questão.

7. E nessas atividades, como as crianças ficam?

14

0 0

0

2

4

6

8

10

12

14

Bem a vontade Sempre brincando Comportadas

Gráfico 7

Respostas da 7ª questão.

Page 98: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

98

8. E na recreação, como elas são?

14

0 00

2

4

6

8

10

12

14

Correm, pulam,gesticulam, se movemmuito, conversam, "não

param"

São quietas, masbrincam

São calmas e apenasconversam

Gráfico 8

Respostas da 8ª questão.

9. Quanto às atividades de recreação?

0

2

4

6

8

10

12

14

As crianças brincam espontaneamente, sem

interferência do professor

As atividades são definidas pelo professor

6

8

Gráfico 9

Respostas da 9ª questão.

Page 99: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

99

10. Que teórico você acredita que se identifica melhor com a

Pedagogia (ou Normal Superior)?

0

0

0

3

11

0 2 4 6 8 10 12 14

Emília Ferreiro

Pestalozzi

Maria Montesori

Paulo Freire

Piaget

Gráfico 10

Respostas da 10ª questão.

11. Nas opções abaixo, indique o(s) teórico(s) que você tem como

referência para suas aulas em Educação Infantil:

0

0

0

1

1

1

2

5

14

0 2 4 6 8 10 12 14

Aucouturier

Claparède

Lapierre

Decroly

Froebel

Pestallozi

Rousseau

Wallon

Piaget

Gráfico 11

Respostas da 11ª questão.

Page 100: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

100

12. Você sabe o que é Educação Psicomotora?

Um docente não responde a esta questão.

11

0

2

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não Já ouvi falar

Gráfico 12

Respostas da 12ª questão.

As duas questões a seguir não foram respondidas por um dos docentes.

13. Você sabe o que é Esquema Corporal?

12

1

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não

Gráfico 13

Respostas da 13ª questão.

Page 101: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

101

14. E Imagem Corporal, você sabe o que é?

6 6

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não

Gráfico 14

Respostas da 14ª questão.

15. Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade,

coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre

outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno?

14

0

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não

Gráfico 15

Respostas da 15ª questão.

Page 102: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

102

16. Você considera-se preparado para detectar distúrbios de

aprendizagem?

6

8

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não

Gráfico 16

Respostas da 16ª questão.

17. Você considera-se preparado para atuar em casos de

distúrbios de aprendizagem?

2

12

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não

Gráfico 17

Respostas da 17ª questão.

Page 103: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

103

18. Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia,

discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio?

7 7

00

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não Não sei

Gráfico 18

Respostas da 18ª questão.

19. Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com

distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo?

3

11

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não

Gráfico 19

Respostas da 19ª questão.

Page 104: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

104

20. Você costuma procurar outro(s) professor(es) para tratar de

casos específicos de problemas de aprendizagem entre seus

alunos?

14

0

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não

Gráfico 20

Respostas da 20ª questão.

21. Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia

(ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas

necessidades de educação integral?

3

11

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não

Gráfico 21

Respostas da 21ª questão.

Page 105: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

105

Como pudemos verificar, os professores do município de Benjamin

Constant que responderam ao questionário mostraram ter afinidade com a

docência e com a atividade de educação infantil e séries iniciais, mas, a

exemplo dos colegas do município de Tabatinga, reconhecem que o

conhecimento adquirido sobre o assunto, especificamente motricidade humana

e psicomotricidade, ainda não é suficiente para atender às expectativas de uma

educação integral, como mostra o gráfico da questão 21.

Page 106: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

106

ANEXO 7

GRÁFICOS DO QUESTIONÁRIO DAS ESCOLAS DE ATALAIA DO NORTE

Em Atalaia do norte, particparam da pesquisa 15 professores de quatro

escolas municipais.

Note que os docentes deste município que responderam ao

questionário, logo na primeira questão, apresentam uma surpresa: o número de

docentes que apontaram ter escolhido a carreira que desenvolvem por motivos

que necessidade de estudar e por falta de opção supera em muito os que

cursaram Pedagogia ou Normal Superior por afinidade.

1. Qual dos motivos abaixo o levou a cursar Pedagogia (Normal

Superior)?

10

4

6 6

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sempre quiscursar

Quis conhecer Desejo de serprofessor

Necessidade devoltar a estudar

Falta de opção

Figura 1

Respostas da 1ª questão.

Page 107: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

107

2. Você gosta de crianças?

17

0

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não

Figura 2

Respostas da 2ª questão.

3. O que você acha da atividade de educar crianças?

14

12

0 0 00

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Prazerosa Divertida Difícil deexercer

Estressante Difícil eEstressante

Cansativa

Figura 3

Respostas da 3ª questão.

Page 108: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

108

4. Qual o objetivo principal de suas aulas na educação infantil?

12

12

2

02468

1012141618

Desenvolvimentoda fala, leitura e

escrita

Alfabetização Desenvolvimentointegral do aluno

Desenvolvimentocognitivo

Figura 4

Respostas da 4ª questão.

5. De modo geral, como são as crianças em sua sala de aula?

13

4

00

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Pulam, gesticulam, semovem muito, conversam,

"não param"

São quietas, masconversam muito

São calmas e obedientes

Figura 5

Respostas da 5ª questão.

Page 109: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

109

6. Em sala de aula, que tipo de atividade você desenvolve com

seus alunos? (no máximo três opções)

Nesta questão, que foi formulada com possibilidade de citar até três

opções ent re as disponíveis e outras que o acadêmico desejasse, apenas três

docentes apontaram outras opções, a saber: bingo, trabalhos de leitura e

escrita; bastante brincedeiras, aulas lúdicas e conversa informal.

15

11

0 0

2

15

3

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Desenhare pintar

Recortar ecolarpapel

Grafismo Quebra-cabeça

Dominó Leituras Outras

Figura 6

Respostas da 6ª questão.

7. E nessas atividades, como as crianças ficam?

16

01

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Bem a vontade Sempre brincando Comportadas

Figura 7

Respostas da 7ª questão.

Page 110: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

110

8. E na recreação, como elas são?

17

0 00

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Correm, pulam,gesticulam, se movemmuito, conversam, "não

param"

São quietas, mas brincam São calmas e apenasconversam

Figura 8

Respostas da 8ª questão.

9. Quanto às atividades de recreação?

10

7

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

As crianças brincamespontaneamente, sem

interferência do professor

As atividades são definidas peloprofessor

Figura 9

Respostas da 9ª questão.

Page 111: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

111

10. Que teórico você acredita que se identifica melhor com a

Pedagogia (ou Normal Superior)?

9

2

4

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Piaget Emília Ferreiro Paulo Freire

Figura 10

Respostas da 10ª questão.

Esta questão foi formulada com o cuidado de proporcionar ao professor

a liberdade para escolher um teórico que, em sua opinião, representa a

identidade da profissão que escolheu.

Aqui, dois docentes não responderam à questão e outros três

apontaram mais de um autor, sendo computado apenas o primeiro da lista.

Dois citaram Emília Ferreiro e Piaget, e o outro, Piaget e Paulo Freire. Observe

que Piaget é o autor mais destacado pelos professores que responderam ao

questionário, sendo apontado como o que mais se identifica com o curso de

Pedagogia/Normal Superior.

Page 112: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

112

11. Nas opções abaixo, indique o(s) teórico(s) que você tem como

referência para suas aulas em Educação Infantil:

0

0

0

0

1

3

4

6

17

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Decroly

Claparède

Aucouturier

Lapierre

Wallon

Rousseau

Froebel

Pestallozi

Piaget

Figura 11

Respostas da 11ª questão.

A exemplo da questão anterior, podemos verificar neste gráfico que

Piaget mais uma vez é apontado como maior referência para a carreira dos

entrevistados.

12. Você sabe o que é Educação Psicomotora?

14

21

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não Já ouvi falar

Figura 12

Respostas da 12ª questão.

Page 113: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

113

13. Você sabe o que é Esquema Corporal?

14

3

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não

Figura 13

Respostas da 13ª questão.

14. E Imagem Corporal, você sabe o que é?

11

6

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não

Figura 14

Respostas da 14ª questão.

Page 114: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

114

15. Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade,

coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre

outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno?

16

1

02

468

10

121416

18

Sim Não

Figura 15

Respostas da 15ª questão.

16. Você considera-se preparado para detectar distúrbios de

aprendizagem?

98

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não

Figura 16

Respostas da 16ª questão.

Page 115: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

115

17. Você considera-se preparado para atuar em casos de

distúrbios de aprendizagem?

3

14

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não

Figura 17

Respostas da 17ª questão.

18. Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia,

discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio?

10

2

5

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não Não sei

Figura 18

Respostas da 18ª questão.

Page 116: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

116

19. Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com

distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo?

2

15

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não

Figura 19

Respostas da 19ª questão.

20. Você costuma procurar outro(s) professor(es) para tratar de casos

específicos de problemas de aprendizagem entre seus alunos?

15

2

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não

Figura 20

Respostas da 20ª questão.

Page 117: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

117

21. Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia

(ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas

necessidades de educação integral?

5

11

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não

Figura 21

Respostas da 21ª questão.

Nesta questão, um docente não respondeu a uma das alternativas,

acrescentando de próprio punho no questionário a opção em parte .

Observemos que em Atalaia do Norte os professores participantes da

pesquisa também reconhecem que a educação integral ainda não é uma

realidade na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, afirmando

que sua formação ainda não lhes prepara adequadamente para atuarem dentro

das expectarivas de uma fase que tem como necessidade fundamental o

movimento e a motricidade.

Page 118: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

118

ANEXO 8

GRÁFICOS DO QUESTIONÁRIO DAS ESCOLAS DE SÃO PAULO DE OLIVENÇA

No município de São Paulo de Olivença, 21 professores participaram

da pesquisa. Este município, diferentemente dos outros, mostrou que a grande

maioria de seus professores escolheu a profissão por desejar atuar na

docência, como podemos ver no gráfico a seguir.

1. Qual dos motivos abaixo o levou a cursar Pedagogia (Normal

Superior)?

1 1

17

01

0

3

6

9

12

15

18

21

Sempre quiscursar

Quis conhecer Desejo de serprofessor

Necessidade devoltar a estudar

Falta de opção

Figura 1

Respostas da 1ª questão.

Esta questão não foi respondida por um dos professores participantes.

Page 119: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

119

2. Você gosta de crianças?

21

0

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não

Figura 2

Respostas da 2ª questão.

3. O que você acha da atividade de educar crianças?

20

10 0 0 0

0

3

6

9

12

15

18

21

Prazerosa Divertida Difícil deexercer

Estressante Difícil eEstressante

Cansativa

Figura 3

Respostas da 3ª questão.

Observe nos dois gráficos anteriores a afinidade com a atividade

infantil afirmada pelos professores.

Page 120: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

120

4. Qual o objetivo principal de suas aulas na educação infantil?

9

1

11

00

3

6

9

12

15

18

21

Desenvolvimentoda fala, leitura e

escrita

Alfabetização Desenvolvimentointegral do aluno

Desenvolvimentocognitivo

Figura 4

Respostas da 4ª questão.

5. De modo geral, como são as crianças em sua sala de aula?

12

7

2

0

3

6

9

12

15

18

21

Pulam, gesticulam, semovem muito,

conversam, "não param"

São quietas, masconversam muito

São calmas eobedientes

Figura 5

Respostas da 5ª questão.

Page 121: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

121

6. Em sala de aula, que tipo de atividade você desenvolve com

seus alunos? (no máximo três opções)

21

17

8

0 0

16

3

0

3

6

9

12

15

18

21

Desenhare pintar

Recortare colarpapel

Grafismo Quebra-cabeça

Dominó Leituras Outras

Figura 6

Respostas da 6ª questão.

Nesta questão, que foi formulada com possibilidade de citar até três

opções entre as disponíveis e outras que o acadêmico desejasse, tivemos

apenas três docentes que marcaram a opção Outras (especifique), a saber:

1. Tracejado, rasgadura, recorte, colagem, dobradura.

2. Trabalhos que desenvolvem habildades de pintar, recortar e colar

usando a interdisciplinaridade, porém, busco a diversidade na

metodologia.

3. Rodinhade conversa.

Dois fizeram observações: "Porém trabalho também a lateralidade,

coordenação motora fina e grossa, a oralidade, expressão corporal, etc. ;

"Porém, são desenvolvidos também a oralidade, a coordenação motora fina e

grossa, a lateralidade, esquema corporal, etc . Cinco docentes marcaram mais

de três opções, ignorando o limite solicitado. Nestes casos, foram computadas

apenas três indicações.

Este gráfico revela que a importância da educação integral esbarra em

uma prática onde em sala de aula o movimento não é prioridade.

Page 122: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

122

7. E nessas atividades, como as crianças ficam?

18

0

3

0

3

6

9

12

15

18

21

Bem a vontade Sempre brincando Comportadas

Figura 7

Respostas da 7ª questão.

8. E na recreação, como elas são?

17

4

00

3

6

9

12

15

18

21

Correm, pulam,gesticulam, se movemmuito, conversam, "não

param"

São quietas, mas brincam São calmas e apenasconversam

Figura 8

Respostas da 8ª questão.

Page 123: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

123

9. Quanto às atividades de recreação?

4

17

0

3

6

9

12

15

18

21

As crianças brincamespontaneamente, sem

interferência do professor

As atividades são definidaspelo professor

Figura 9

Respostas da 9ª questão.

10. Que teórico você acredita que se identifica melhor com a

Pedagogia (ou Normal Superior)?

1

1

1

1

6

11

0 3 6 9 12 15 18 21

Pestalozzi

Froebel

Wallon

Rousseau

Paulo Freire

Piaget

Figura 10

Respostas da 10ª questão.

Esta questão foi formulada com o cuidado de proporcionar ao docente

a liberdade para escolher um teórico que, em sua opinião, representa a

identidade da profissão que escolheu. Aqui foram computadas normalmente as

respostas com apenas um teórico e, nos casos em que foram apontados mais

de um autor, somente o primeiro da lista.

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124

Assim, apesar da orientação para marcar apenas um autor, tivemos 8

professores citando mais de uma referência, a saber: Paulo Freire, Piaget e

Emília Ferreiro; Rousseau, Piaget e Pestalozzi; Piaget e Paulo Freire (citados

por três docentes); Paulo Freire e Piaget; e Piaget, Paulo Freire, Froebel e

Emília Ferreiro (citados por dois docentes).

11. Nas opções abaixo, indique o(s) teórico(s) que você tem como

referência para suas aulas em Educação Infantil:

0

0

1

1

2

7

11

13

21

0 3 6 9 12 15 18 21

Decroly

Claparède

Aucouturier

Wallon

Lapierre

Froebel

Pestallozi

Rousseau

Piaget

Figura 11

Respostas da 11ª questão.

Nesta questão podemos verificar que Jean Piaget é apontado como

maior referência para a carreira dos entrevistados, o que não foge à realidade

dos outros municípios. Observe que Henry Wallon tem apenas uma citação

neste município.

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125

12. Você sabe o que é Educação Psicomotora?

1011

00

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não Já ouvi falar

Figura 12

Respostas da 12ª questão.

13. Você sabe o que é Esquema Corporal?

12

9

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não

Figura 13

Respostas da 13ª questão.

No gráfico da questão 12, constatamos que pouco mais da metade dos

docentes afirmam não saber o que é Educação Psicomotora, porém, no caso

da questão 13, a pequena maioria afirma saber o que é esquema corporal, o

que nos parece contraditório e nos dá uma idéia do conhecimento limitado em

psicomotricidade que possuem os docentes que participaram da pesquisa.

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126

14. E Imagem Corporal, você sabe o que é?

A exemplo dos dois anteriores, este gráfico também mostra que é

pequena a afinidade dos professores com a Psicomotricidade.

1110

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não

Figura 14

Respostas da 14ª questão.

15. Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade,

coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre

outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno?

17

4

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não

Figura 15

Respostas da 15ª questão.

Page 127: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

127

16. Você considera-se preparado para detectar distúrbios de

aprendizagem?

3

18

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não

Figura 16

Respostas da 16ª questão.

A questão anterior foi formulada com a finalidade de verificar o

conhecimento dos docentes em identificar nos alunos problemas educativos.

Quase todos os professores afirmaram não estar preparados para reconhecer

anormalidades nas atividades dos escolares. Com relação a atuar em casos já

diagnosticados, a realiade é a mesma, como mostra o gráfico da próxima questão.

17. Você considera-se preparado para atuar em casos de

distúrbios de aprendizagem?

2

19

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não

Figura 17

Respostas da 17ª questão.

Page 128: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

128

18. Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia,

discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio?

810

3

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não Não sei

Figura 18

Respostas da 18ª questão.

19. Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com

distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo?

Esta questão não foi respondida por um dos professores.

7

13

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não

Figura 19

Respostas da 19ª questão.

Page 129: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

129

20. Você costuma procurar outro(s) professor(es) para tratar de

casos específicos de problemas de aprendizagem entre seus

alunos?

21

0

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não

Figura 20

Respostas da 20ª questão.

21. Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia

(ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas

necessidades de educação integral?

18

3

0

3

6

9

12

15

18

21

Sim Não

Figura 21

Respostas da 21ª questão.

Page 130: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

130

No município de São Paulo de Olivença encontramos uma realidade

diferente das demais localidades. Enquanto em Tabatinga, Benjamin Constant

e Atalaia do Norte os docentes que responderam ao questionário afirmam que

a grade curricular do curso de Pedagia ou Normal Superior não contempla a

criança em suas expectaivas de desenvolvimento integral, neste município os

docentes participantes da pesquisa afirmam o contrário, mostrando-se

satisfeitos com a referida grade.

É importante ressaltar que, apesar de estes profissionais afirmarem na

questão 21 que o curso que freqüentaram oferece preparo adequado para o

ofício de educar crianças, os entrevistados mostram-se em dúvida quanto ao

conhecimento em desenvolvimento motor e atividades coerentes com a

importância do movimento, bem como sobre motricidade humana e

psicomotricidade, como podemos constatar nos gráficos 12, 13, 14, 16, 17 e

19.

Page 131: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

131

ANEXO 9

GRÁFICOS DO QUESTIONÁRIO APLICADO A ACADÊMICOS DO 6º PERÍODO DO CURSO DE

PEDAGOGIA, DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

A seguir veremos o resultado do questionário respondido por alunos de

uma das turmas de Pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas

(UEA), no município de Tabatinga. A maioria dos acadêmicos apresentou como

objetivo de suas aulas o desenvolvimento integral do aluno (questão 4), porém,

quando olhamos o questionário de modo geral, constatamos que a prática não

difere muito dos profissionais das escolas participantes da pesquisa. A turma

como um todo encontra-se limitada ao contexto cognitivo.

1. Qual dos motivos abaixo o levou a cursar Pedagogia (Normal

Superior)?

42

14

3

9

0

8

16

24

32

Sempre quiscursar

Quis conhecer Desejo de serprofessor

Necessidade devoltar a estudar

Falta de opção

Figura 1

Respostas da 1ª questão.

No gráfico acima podemos verificar que dos trinta e dois alunos que

responderam ao questionário, quatorze afirmaram ter escolhido o curso que

Page 132: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

132

frequentam por desejar ser professor, enquanto que nove deles disseram estar

cursando Pedagogia ou Normal Superior por falta de opção. De modo geral,

quatorze acadêmicos apresentam-se afins com o exercício da docência,

enquanto dezoito estão cursando por outros motivos.

2. Você gosta de crianças?

Observe nos dois gráficos a seguir a afinidade com a atividade infantil

afirmada pelos acadêmicos.

32

0

0

8

16

24

32

Sim Não

Figura 2

Respostas da 2ª questão.

3. O que você acha da atividade de educar crianças?

23

3 40

20

0

8

16

24

32

Prazerosa Divertida Difícil deexercer

Estressante Difícil eEstressante

Cansativa

Figura 3

Respostas da 3ª questão.

Page 133: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

133

4. Qual o objetivo principal de suas aulas na educação infantil?

4 3

21

4

0

8

16

24

32

Desenvolvimentoda fala, leitura e

escrita

Alfabetização Desenvolvimentointegral do aluno

Desenvolvimentocognitivo

Figura 4

Respostas da 4ª questão.

5. De modo geral, como são as crianças em sua sala de aula?

22

9

1

0

8

16

24

32

Pulam, gesticulam, semovem muito,

conversam, "nãoparam"

São quietas, masconversam muito

São calmas eobedientes

Figura 5

Respostas da 5ª questão.

Comparando os gráficos das duas questões anteriores, observamos

que a maior parte dos acadêmicos mostra-se ciente da importância da

educação integral para o aluno, indicando a exploração do movimento em suas

aulas.

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134

6. Em sala de aula, que tipo de atividade você desenvolve com

seus alunos? (no máximo três opções)

29

19

7 8

2

23

3

0

8

16

24

32

Desenhar epintar

Recortar ecolar papel

Grafismo Quebra-cabeça

Dominó Leituras Outras

Figura 6

Respostas da 6ª questão.

Nesta questão, que foi formulada com possibilidade de marcação de

até três opções, entre as disponíveis e outras a critério do acadêmico, ficamos

em dúvida sobre o desenvolvimento das atividades dinâmicas em sala de aula,

afirmadas nas questões 4 e 5. O gráfico nos revela que as atividades

executadas pelos alunos são predominantemente direcionadas ao

desenvolvimento cognitivo. Como podemos verificar, as atividades mais

desenvolvidas são desenho, pintura, leitura e recortar e colar papel, de acordo

com os vinte e nove acadêmicos que marcaram até três opções das

disponíveis. Apenas três citaram outras atividades, a saber:

- Um citou a atividade de boliche com cores, algarismos, tabuada;

atividades de dramtização; e produção textual. É iteressante ressaltar que este

acadêmico marcou também as opções Desenhar e pintar; Grafismo; e Leituras.

- Outro citou atividades de cantigas de roda; parlendas; jogo da

memória; e advinhação. Este marcou também as opções Desenhar e pintar;

Recortar e colar papel; Grafismo; Quebra-cabeça; e Leituras.

- O último citou Trabalhar o meio ambiente , além de marcar também

as opções Desenhar e pintar; e Leituras.

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135

7. E nessas atividades, como as crianças ficam?

23

63

0

8

16

24

32

Bem a vontade Sempre brincando Comportadas

Figura 7

Respostas da 7ª questão.

O gráfico acima nos mostra que as atividades citadas na 6ª questão

são desenvolvidas pelas crianças de forma livre, sem regras.

8. E na recreação, como elas são?

29

30

0

8

16

24

32

Correm, pulam,gesticulam, se movemmuito, conversam, "não

param"

São quietas, masbrincam

São calmas e apenasconversam

Figura 8

Respostas da 8ª questão.

Segundo a grande maioria dos acadêmicos entrevistados, na

recreação as crianças realmente brincam à vontade, como nos mostra o gráfico

acima.

Page 136: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

136

9. Quanto às atividades de recreação?

14

18

0

8

16

24

32

As crianças brincamespontaneamente, sem

interferência do professor

As atividades são definidaspelo professor

Figura 9

Respostas da 9ª questão.

Aqui podemos constatar que a turma apresenta-se quase equilibrada

em relação ao desenvolvimento das atividades na recreação. Esta questão foi

formulada para verificar se os educadores desenvolvem na recreação

atividades com objetivos específicos, visando o desenvolvimento integral

(afirmado na 4ª questão), que requer necessariamente a exploração do

potencial de movimento das crianças.

Quatorze acadêmicos afirmaram que deixam as crianças a vontade na

recreação, sem interferir nas atividades que as mesmas desenvolvem. Por

outro lado, uma pequena maioria afirmou acompanhar as atividades que são

definidas pelos próprios professores, o que caracteriza uma preocupação com

desenvover atividades com fins específicos, ainda que sejam bincadeiras.

É importante frisar que este gráfico de duas questões, mesmo com

duas opiniões de valores quase iguais, nos dá uma pequena amostra de como

a turma apresenta um índice considerável de falta de prática coerente com a

educação integral, que tem como uma de suas premissas o desenvolvimento

dos aspectos psicomotores.

Page 137: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

137

10. Que teórico você acredita que se identifica melhor com a

Pedagogia (ou Normal Superior)?

1

3

2

5

18

0 8 16 24 32

Freud

Emília Ferreiro

Pestalozzi

Paulo Freire

Piaget

Figura 10

Respostas da 10ª questão.

Esta questão foi formulada com o cuidado de proporcionar ao

acadêmico a liberdade para escolher um teórico que, na sua opinião,

representa a identidade da profissão que escolheu. Aqui foram computadas

normalmente as respostas com apenas um teórico, como solicitado, e apenas o

primeiro da lista daqueles que apontaram mais de um autor.

Três alunos não responderam à questão e seis apontaram mais de um

autor. Estes seis apontaram mais de um autor: Emília Ferreiro e Pestalozzi;

Piaget, Wallon e Emília Ferreiro; Paulo Freire e Emília Ferreiro; Piaget,

Pestllozzi e Decroly; Piaget e Vigotsky; e Piaget e Freud. Note que quatro

destes seis também citaram Piaget.

Aqui também podemos notar claramente a hegemonia piagetiana

sobre as demais referências apontadas pela turma entrevistada, realidade que

pode ser constatada também nos dois gráficos da próxima questão, que

mostram que Piaget, comparado aos outros autores disponíveis nas opções,

está bem à frente de Henry Wallon e muito mais distante de Lapierre, o criador

da Psicomotrididade Relacional.

Page 138: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

138

11. Nas opções abaixo, indique o(s) teórico(s) que você tem como

referência para suas aulas em Educação Infantil:

0

1

2

4

6

9

10

15

30

0 8 16 24 32

Aucouturier

Lapierre

Claparède

Froebel

Wallon

Decroly

Rousseau

Pestallozi

Piaget

Figura 11

Respostas da 11ª questão.

Como citado anteriormente podemos verificar neste gráfico que Piaget

mais uma vez é apontado como maior referência para a carreira dos

entrevistados.

12. Você sabe o que é Educação Psicomotora?

29

03

0

8

16

24

32

Sim Não Já ouvi falar

Figura 12

Respostas da 12ª questão.

Page 139: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

139

13. Você sabe o que é Esquema Corporal?

28

4

0

8

16

24

32

Sim Não

Figura 13

Respostas da 13ª questão.

Como podemos notar, praticamente todos os acadêmicos que

responderam ao questionário afirmam saber o que é Educação Psicomotora e

Esquema Corporal.

14. E Imagem Corporal, você sabe o que é?

28

4

0

8

16

24

32

Sim Não

Figura 14

Respostas da 14ª questão.

A exemplo dos dois anteriores, este gráfico também mostra a

afirmação da maioria dos acadêmicos em conhecer aspectos da

Psicomotricidade, neste caso, a Imagem Corporal. A questão a seguir reforça

as afirmações.

Page 140: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

140

15. Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade,

coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre

outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno?

31

1

0

8

16

24

32

Sim Não

Figura 15

Respostas da 15ª questão.

A partir de agora entraremos em aspectos mais específicos da

educação motora e psicomotora, sendo as questões a seguir formuladas com o

objetivo de verificar o que os entrevistados conhecem de motricidade humana e

psicomotricidade. Lembremos que nas questões 12, 13, 14 e 15 a turma afirma

conhecer a importância dos fatores psicomotores na Educação Infantil.

Observe nos próximos gráficos que, apesar da afirmação citada, a

maioria dos acadêmicos afirmou não ter conhecimento em um aspecto muito

importante na Educação Infantil: os distúrbios de parendizagem.

Page 141: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

141

16. Você considera-se preparado para detectar distúrbios de

aprendizagem?

8

24

0

8

16

24

32

Sim Não

Figura 16

Respostas da 16ª questão.

Nesta questão, que foi formulada com a finalidade de verificar o

conhecimento dos entrevistados em identificar nos alunos problemas

educativos, a maioria dos acadêmicos afirmou não estar preparada para

reconhecer anormalidades nas atividades dos escolares. Com relação a atuar

em casos já diagnosticados, a realiade é a mesma, como mostra o gráfico da

prõxima questão.

17. Você considera-se preparado para atuar em casos de

distúrbios de aprendizagem?

8

24

0

8

16

24

32

Sim Não

Figura 17

Respostas da 17ª questão.

Page 142: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

142

18. Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia,

discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio?

Aqui podemos constatar um reforço no resultado das questões

anteriores.

7 7

18

0

8

16

24

32

Sim Não Não sei

Figura 18

Respostas da 18ª questão.

A questão a seguir foi formulada com o objetivo de verificar a afinidade

dos entrevistados com reeducação psicomotora. Como podemos notar, a

maioria desconhece esta prática. Já a 20ª questão mostra que praticamente

todos os entrevistados afirmaram procurar outros professores para tratar de

assuntos sobre problemas de aprendizagem.

19. Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com

distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo?

11

21

0

8

16

24

32

Sim Não

Figura 19

Respostas da 19ª questão.

Page 143: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

143

20. Você costuma procurar outro(s) professor(es) para tratar de

casos específicos de problemas de aprendizagem entre seus

alunos?

30

2

0

8

16

24

32

Sim Não

Figura 20

Respostas da 20ª questão.

Finalmente, verificando se a grade curricular do curso frequentado está

coerente com as expectativas em educação integral, podemos notar que o

resultado positivo foi alcançado com uma pequena diferença de apenas dois

alunos, como mostra o gráfico a seguir.

21. Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia

(ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas

necessidades de educação integral?

1715

0

8

16

24

32

Sim Não

Figura 21

Respostas da 21ª questão.

Page 144: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

144

Esta turma, que tem em seu curriculo a disciplina Psicomotricidade

(como já mencionado, prevista para 60 horas sem prática), consegue

apresentar uma pequena variação nos resultados que apontam para um

avanço positivo, no sentido do conhecimento em motricidade humana e

psicomotricidade. Infelizmente, apesar do otimismo dos acadêmicos

apresentado na questão 21, os outros gráficos demonstram o contrário, já que

estes discentes também desenvolvem com seus alunos atividades tipicamente

cognitivas, e também afirmaram não estar preparados para lidar com uma

realidade tão comum na educação infantil das séries iniciais: os problemas de

aprendizagem.

Page 145: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

145

ANEXO 10

GRÁFICOS DO QUESTIONÁRIO DAS ESCOLAS DE LETÍCIA, COLÔMBIA

A seguir veremos o resultado do questionário respondido por 18

professores e alunos finalistas de Pedagogia da Escola Normal Superior, da

cidade de Letícia, Colômbia, na fronteira com o Brasil e o Peru. O curso de

Pedagogia na referida instituição colombiana é semelhante ao curso brasileiro,

freqüentado pelos participantes do presente estudo.

Um detalhe a ser observado é que o curso colombiano em questão não

tem a disciplina psicomotricidade na grade curricular, porém, professores de

Educação Física ministram disciplinas específicas de recreação e lúdicas.

1. Qual dos motivos abaixo o levou a cursar Pedagogia (Normal

Superior)?

2 2

14

0 00

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sempre quiscursar

Quis conhecer Desejo de serprofessor

Necessidade devoltar a estudar

Falta de opção

Figura 1

Respostas da 1ª questão.

Page 146: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

146

2. Você gosta de crianças?

18

0

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não

Figura 2

Respostas da 2ª questão.

3. O que você acha da atividade de educar crianças?

89

0 01

00

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Prazerosa Divertida Difícil deexercer

Estressante Difícil eEstressante

Cansativa

Figura 3

Respostas da 3ª questão.

Page 147: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

147

4. Qual o objetivo principal de suas aulas na educação infantil?

10

17

00

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Desenvolvimentoda fala, leitura e

escrita

Alfabetização Desenvolvimentointegral do aluno

Desenvolvimentocognitivo

Figura 4

Respostas da 4ª questão.

5. De modo geral, como são as crianças em sua sala de aula?

11

43

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Pulam, gesticulam, semovem muito,

conversam, "nãoparam"

São quietas, masconversam muito

São calmas eobedientes

Figura 5

Respostas da 5ª questão.

Aqui, dois docentes marcaram mais de uma opção, sendo computada

apenas a primeira da sequência. Um deles indicou a primeira opção,

observando en rondas y juegos ; e a segunda opção, indicando em el aula .

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148

6. Em sala de aula, que tipo de atividade você desenvolve com

seus alunos? (no máximo três opções)

13

10

1

6

0

11

7

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Desenhare pintar

Recortar ecolar papel

Grafismo Quebra-cabeça

Dominó Leituras Outras

Figura 6

Respostas da 6ª questão.

Como podemos verificar, as atividades mais desenvolvidas também

são desenho, pintura, leitura e recortar e colar papel. No entanto, no caso dos

colobianos, 7 dos 18 participantes apontaram outras opções, enquanto que nos

municípios brasileiros, o maior número referente a outras atividades é 3.

Por outro lado, o total obtido com todos os professores dos referidos

municípios participantes da pesquisa, apontando outras atividades, chega

apenas a 8.

Dentre as outras opções apontadas pelos 7 profesores colombianos,

encontramos algumas similares àquelas disponíveis na questão, mas, também,

atividades ligadas ao movimento e aos aspectos psicomotores, como equilíbio

e ritmo, por exemplo. Abaixo, as outras atividades citadas, por cada um dos 7

docentes:

- Lenguage grafico, narraciones, cuentos, ejercicios para el desarrollo

de equlibrio, ritmo, coordinación, para escucharm expresión corpral;

- Cantar, movimiento, juegos;

- Actividades lúdicas, como antos, rondas;

- Juegos dirigidos, descripciones, picado, recortado, etc;

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149

- Juegos lúdicos, exposiciones, lechuras reflexivas, creación de textos

dependiendo del nvel de os estudiantes;

- Se desarolla junto com os estudiantes dinámicas relacionadas com el

tema, junto com canciones; e

- Lenguage grafico, lectura de imagen, juegos dirigidos, ejercicios de

atención e coordinación, ritmo.

7. E nessas atividades, como as crianças ficam?

15

12

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Bem a vontade Sempre brincando Comportadas

Figura 7

Respostas da 7ª questão.

O gráfico acima nos mostra que as atividades citadas na 6ª questão

são desenvolvidas pelas crianças de forma livre, sem regras.

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150

8. E na recreação, como elas são?

15

21

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Correm, pulam,gesticulam, se movem

muito, conversam, "nãoparam"

São quietas, masbrincam

São calmas e apenasconversam

Figura 8

Respostas da 8ª questão.

9. Quanto às atividades de recreação?

8

10

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

As crianças brincamespontaneamente, sem

interferência do professor

As atividades são definidas peloprofessor

Figura 9

Respostas da 9ª questão.

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151

10. Que teórico você acredita que se identifica melhor com a

Pedagogia (ou Normal Superior)?

1

2

6

8

0 3 6 9 12 15 18

Porlan

David Ausubel

Carlos Cajamarca

Piaget

Figura 10

Respostas da 10ª questão.

Nesta última questão foram computados somente as respostas com

apenas um teórico, ou seja, apenas 11. Um não respondeu à questão e seis

apontaram mais de um autor. Destes seis, computamos apenas o primeiro da

relação. Observe que Piaget é citado nas cinco relações, conforme abaixo:

- Jean Piaget, Carlos Henrique Cajamarca ;

- J. Piaget, Vigotsky, David Ausubel, C Cajamarca ;

- Piaget, Wallon, Rousseau, Decroly ;

- David Ausubel, Carlos E. Cajamarca, Vigotsky;

- Carlos Enrique Cajamarca, Jean Piaget ; e

- Carlos Cajamarca, Jean Piaget.

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152

11. Nas opções abaixo, indique o(s) teórico(s) que você tem como

referência para suas aulas em Educação Infantil:

0

0

0

2

2

3

4

9

18

0 3 6 9 12 15 18

Claparède

Aucouturier

Lapierre

Froebel

Wallon

Decroly

Pestallozi

Rousseau

Piaget

Figura 11

Respostas da 11ª questão.

Como no caso dos docentes brasileiros, aqui também podemos

verificar nos dois gráficos anteriores que Piaget mais é apontado como maior

referência para a carreira dos entrevistados.

12. Você sabe o que é Educação Psicomotora?

17

10

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não Já ouvi falar

Figura 12

Respostas da 12ª questão.

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153

13. Você sabe o que é Esquema Corporal?

18

0

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não

Figura 13

Respostas da 13ª questão.

Como podemos notar, praticamente todos os entrevistados que

responderam ao questionário afirmam saber o que é Educação Psicomotora e

Esquema Corporal.

14. E Imagem Corporal, você sabe o que é?

17

0

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não

Figura 14

Respostas da 14ª questão.

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154

15. Você acredita que fatores como equilíbrio, toncidade,

coordenação motora, orientação espaço-temporal, entre

outros, têm influência direta na aprendizagem do aluno?

17

1

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não

Figura 15

Respostas da 15ª questão.

16. Você considera-se preparado para detectar distúrbios de

aprendizagem?

Esta questão não foi respondida por um dos docentes.

16

1

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não

Figura 16

Respostas da 16ª questão.

Page 155: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

155

17. Você considera-se preparado para atuar em casos de

distúrbios de aprendizagem?

Esta questão não foi respondida por dois dos docentes.

11

5

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não

Figura 17

Respostas da 17ª questão.

18. Entre seus alunos existe algum caso de dislalia, dislexia,

discalculia, rinolalia, ou outro distúrbio?

Esta questão não foi respondida por três dos entrevistados.

5

8

2

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não Não sei

Figura 18

Respostas da 18ª questão.

Page 156: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

156

19. Você seria capaz de indicar uma atividade para um aluno com

distúrbios psicomotores, como uma apraxia, por exemplo?

9

6

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não

Figura 19

Respostas da 19ª questão.

Esta última questão não foi respondida por três dos entrevistados, o

que nos leva a supor que têm dúvida em relação à prática em questão.

20. Você costuma procurar outro(s) professor(es) para tratar de

casos específicos de problemas de aprendizagem entre seus

alunos?

15

3

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não

Figura 20

Respostas da 20ª questão.

Page 157: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

157

Na questão 20, três afirmaram acompanhar os casos específicos de

problemas de aprendizagem sem o apoio de outros profissionais.

21. Você acredita que a grade curricular do curso de Pedagogia

(ou Normal Superior) contempla a Educação Infantil em suas

necessidades de educação integral?

16

2

0

3

6

9

12

15

18

Sim Não

Figura 21

Respostas da 21ª questão.

Por fim, o gráfico da última questão mostra que os docentes e

discentes colombianos que responderam ao questionário estão satisfeitos com

o conteúdo de sua formação, sendo, para eles, a grade curricular de Pedagogia

suficiente para atender às expectativas de uma educação integral.

Os gráficos em geral apontam para uma maior segurança desses

profissionais em suas respostas, que indicam afinidade com os aspectos mais

comuns do desenvolvimento motor e psicomotor, o que já não constatamos nos

dados dos profissionais brasileiros que participaram de nossa pesquisa.

Vale ressaltar que os professores colombianos, a exemplo de seus

colegas brasileiros de mesma profissão, também não têm no conteúdo de

formação uma carga horária específica que trata das questões inerentes ao

desenvolvimento motor e à motricidade humana. Entretanto, na formação

Page 158: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

158

desses docentes existe a participação de professores de Educação Física,

colaborando com a preparação de um profissional que tem grande importância

na educação de crianças, fato que, sem dúvida alguma, influencia bastante

nesse diferencial entre os profissionais brasileiros e colombianos.

Na educação infantil e séries iniciais colombianas, a Educação Física

também sofre com a mesma dificuldade encontrada nesses segmentos em

nosso país, pois, semelhantemente ao nosso sistema, o sistema educacional

colombiano julga suficiente para o desenvolvimento motor do aluno as

atividades de recreação, realizadas pelos normalistas e pedagogos, apesar das

referências legais.

Isto significa que a importante colaboração do Profissional de

Educação Física na formação do professor desses segmentos ainda não é

suficiente para atender às necessidades de desenvolvimento integral a partir do

movimento e da motricidade, afinal, tais necessidades somente poderão ser

supridas com uma carga horária específica muito mais ampla e diversificada,

ou seja, com a disciplina Educação Física sendo ministrada também para

essas faixas etárias.

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159

ANEXO 11

FICHA DE AVALIAÇÃO PSICOMOTORA

Nome: _________________________________________________________

Idade: _______ Data de Nascimento: ___/___/____ Sexo: M ( ) F ( )

Naturalidade: _________________________

Escola: _______________________________________________________

Os campos referentes a cada uma das atividades deverão ser preenchidos com o número de uma das opções a seguir:

1

Realizou 2

Realizou com dificuldade 3

Não realizou

I

FUNÇÃO MOTORA

1. Motricidade Facial Levantar as sobrancelhas Encher a outra bochecha Franzir sobrancelhas Contrair um lado da face Fechar um olho Contrair o outro lado Fechar o outro olho Torcer a boca para um lado Encher as bochechas Torcer a boca para o outro lado Encher uma bochecha

2. Coordenação motora grossa, postura e equilíbrio Dissociação de movimentos (mão-pé) Coordenação mão, nariz e orelha Coordenação óculo-manual Coordenação óculo-pedal Pular para frente com um pé só Pular corda Equilíbrio estático 30 (uma perna) Andar em frente sobre linha reta Caminhar para trás Pular com os pés juntos Imobilidade por 30 (olhos abertos) Imobilidade por 30 (olhos fechados)

3. Coordenação digital Abrir e fechar as mãos Oposição do polegar Separar e juntar os dedos Elevação dos dedos Pianotagem ou dedilhado Petelecos Abotoar e desabotoar Empilhagem Recortar papel (borda do desenho) Enfiar contas

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160

II

FUNÇÃO PERCEPTUAL

1. Esquema corporal Nomear partes do corpo em si Nomear partes do corpo no outro Discriminar partes do corpo no objeto Desenhar figura humana

2. Orientação espaço-temporal Organização espaço-temporal. Estruturação dinâmica.

3. Estruturação Rítmica Ritmo espontâneo. Ritmo codificado.

III

LATERALIDADE

1. Discriminação Esquerda/Direita Mostrar sua mão direita Mostrar sua mão esquerda Mostrar seu olho direito Mostrar sua orelha esquerda Mão direita na orelha esquerda Mão esquerda no olho direito Mão direita no olho esquerdo Mão esquerda na orelha direito Tocar a mão esquerda do outro Tocar a mão direita do outro

2. Dominância lateral Manual

Provas Direita Esquerda IndefinidaRecortes Baralho Movimento das mãos em leque Movimento dos dedos (pianotagem) Desenho Ocular

Provas Direita Esquerda IndefinidaProva de sighting Olhar pelo cone Pedal

Provas Direita Esquerda IndefinidaEquilíbrio estático Equilíbrio dinâmico Chute Rebote Subir na cadeira Descer da cadeira

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161

ANEXO 12

GRÁFICOS DA AVALIAÇÃO PSICOMOTORA DOS SEIS ALUNOS ESCOLHIDOS NAS ESCOLAS PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os gráficos a seguir estão organizados de forma a podermos comparar os resultados da primeira e da segunda avaliações

psicomotoras de cada aluno. Começaremos pelo município de Tabatinga, denominando os respectivos alunos de A e B, resguardando

suas identidades. Os gráficos estão dispostos lado a lado, por funções.

1. Avaliações dos alunos de Tabatinga

Aluno A.

64%

18%18%

MOTRICIDADE FACIAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

MOTRICIDADE FACIAL

82%

9% 9%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 1

1ª avaliação Gráfico 2

2ª avaliação

Page 162: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

162

59%

33%8%

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

83%

17%

0%

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 3

1ª avaliação Gráfico 4

2ª avaliação

50%

40%10%

COORDENAÇÃO DIGITAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

80%

10% 10%

COORDENAÇÃO DIGITAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 5

1ª avaliação Gráfico 6

2ª avaliação

Page 163: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

163

50%

50%0%

ESQUEMA CORPORAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

75%

25%0%

ESQUEMA CORPORAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 7

1ª avaliação Gráfico 8

2ª avaliação

50%

0%

50%

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

100%

0%

0%

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 9

1ª avaliação Gráfico 10

2ª avaliação

Page 164: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

164

50%

50%0%

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

100%

0%

0%

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 11

1ª avaliação Gráfico 12

2ª avaliação

40%

40%20%

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

80%

10%10%

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 13

1ª avaliação Gráfico 14

2ª avaliação

Page 165: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

165

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

4

0

1 1

0

4

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

4

11

3

0

1

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 15

1ª avaliação Gráfico 16

2ª avaliação

0

1

2

Direita Esquerda

2

00 00

2

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

0

1

2

Direita Esquerda

2

00 00

2

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 17

1ª avaliação Gráfico 18

2ª avaliação

Page 166: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

166

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

4

0

2

3

0

3

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

5

3

1

2

0

1

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 19

1ª avaliação Gráfico 20

2ª avaliação

Page 167: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

167

2. Avaliações dos alunos de Tabatinga

Aluno B.

MOTRICIDADE FACIAL

46%

36%18%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

MOTRICIDADE FACIAL

82%

0% 18%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 1

1ª avaliação Gráfico 2

2ª avaliação

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

50%

42%8%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

83%

17%

0%

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 3

1ª avaliação Gráfico 4

2ª avaliação

Page 168: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

168

COORDENAÇÃO DIGITAL

50%

40%10%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

70%

20% 10%

COORDENAÇÃO DIGITAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 5

1ª avaliação Gráfico 6

2ª avaliação

ESQUEMA CORPORAL

50%

50% 0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

ESQUEMA CORPORAL

100%

0%

0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 7

1ª avaliação Gráfico 8

2ª avaliação

Page 169: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

169

0%

100%

0%

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

50%

50%

0%

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 9

1ª avaliação Gráfico 10

2ª avaliação

0%

100%

0%

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

50%

50%0%

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 11

1ª avaliação Gráfico 12

2ª avaliação

Page 170: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

170

40%

50% 10%

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

60%

30%10%

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 13

1ª avaliação Gráfico 14

2ª avaliação

2

3

0 0

1

4

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

5

2

0 00

3

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 15

1ª avaliação Gráfico 16

2ª avaliação

Page 171: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

171

0

1

2

Direita Esquerda

2

00 00

2

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

0

1

2

Direita Esquerda

2

00 00

2

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 17

1ª avaliação Gráfico 18

2ª avaliação

3

2

1

0

3 3

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

6

0 0

2

1

3

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 19

1ª avaliação Gráfico 20

2ª avaliação

Page 172: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

172

3. Avaliações dos alunos de Benjamin Constant

Aluno C.

MOTRICIDADE FACIAL

64%

18% 18%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

MOTRICIDADE FACIAL

82%

0% 18%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 1

1ª avaliação Gráfico 2

2ª avaliação

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

58%

25%17%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

83%

17% 0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 3

1ª avaliação Gráfico 4

2ª avaliação

Page 173: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

173

COORDENAÇÃO DIGITAL

70%

20%

10%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

COORDENAÇÃO DIGITAL

80%

10%10%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 5

1ª avaliação Gráfico 6

2ª avaliação

ESQUEMA CORPORAL

50%

50% 0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

ESQUEMA CORPORAL

75%

25% 0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 7

1ª avaliação Gráfico 8

2ª avaliação

Page 174: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

174

50%

50%

0%

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

50%

50%

0%

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 9

1ª avaliação Gráfico 10

2ª avaliação

50%

50%0%

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

50%

50%0%

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 11

1ª avaliação Gráfico 12

2ª avaliação

Page 175: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

175

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

30%30%

40%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

30%

70%0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 13

1ª avaliação Gráfico 14

2ª avaliação

3

2

0 0

1

4

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

4

1

0 0

2

3

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 15

1ª avaliação Gráfico 16

2ª avaliação

Page 176: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

176

0

1

2

Direita Esquerda

2

00 00

2

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

0

1

2

Direita Esquerda

2

00 00

2

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 17

1ª avaliação Gráfico 18

2ª avaliação

3 3

0 0

2

4

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

4

2

0

1

3

2

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 19

1ª avaliação Gráfico 20

2ª avaliação

Page 177: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

177

4. Avaliações dos alunos de Benjamin Constant

Aluno D.

MOTRICIDADE FACIAL

46%

18%36%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

MOTRICIDADE FACIAL

36%

46%18%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 1

1ª avaliação Gráfico 2

2ª avaliação

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

67%

25% 8%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

84%

8%8%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 3

1ª avaliação Gráfico 4

2ª avaliação

Page 178: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

178

COORDENAÇÃO DIGITAL

50%

40% 10%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

COORDENAÇÃO DIGITAL

90%

0% 10%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 5

1ª avaliação Gráfico 6

2ª avaliação

ESQUEMA CORPORAL

0%

100%

0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

ESQUEMA CORPORAL

25%

75% 0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 7

1ª avaliação Gráfico 8

2ª avaliação

Page 179: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

179

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

0%

100%

0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

50%

50%

0%

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 9

1ª avaliação Gráfico 10

2ª avaliação

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

0%

100%

0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

50%

50%0%

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 11

1ª avaliação Gráfico 12

2ª avaliação

Page 180: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

180

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

0%

40%

60%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

40%

20%40%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 13

1ª avaliação Gráfico 14

2ª avaliação

1

4

0 0

1

4

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

3

2

0

1

2

4

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 15

1ª avaliação Gráfico 16

2ª avaliação

Page 181: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

181

2

0 0 0 0

2

0

1

2

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

0

1

2

Direita Esquerda

2

00 00

2

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 17

1ª avaliação Gráfico 18

2ª avaliação

3

2

1 1 1

4

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

4

2

0

2

0

4

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 19

1ª avaliação Gráfico 20

2ª avaliação

Page 182: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

182

5. Avaliações dos alunos de Atalaia do Norte

Aluno E.

MOTRICIDADE FACIAL

37%

27% 36%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

MOTRICIDADE FACIAL

36%

46% 18%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 1

1ª avaliação Gráfico 2

2ª avaliação

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

50%

25% 25%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

75%

17%

8%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 3

1ª avaliação Gráfico 4

2ª avaliação

Page 183: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

183

COORDENAÇÃO DIGITAL

60%

30% 10%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

COORDENAÇÃO DIGITAL

80%

10%10%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 5

1ª avaliação Gráfico 6

2ª avaliação

ESQUEMA CORPORAL

0%

50%

50%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

ESQUEMA CORPORAL

50%

50% 0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 7

1ª avaliação Gráfico 8

2ª avaliação

Page 184: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

184

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

0%

50%

50%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

50%

50% 0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 9

1ª avaliação Gráfico 10

2ª avaliação

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

0%

50%

50%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

50%

50% 0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 11

1ª avaliação Gráfico 12

2ª avaliação

Page 185: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

185

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

20%20%

60%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

20%40%

40%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 13

1ª avaliação Gráfico 14

2ª avaliação

1

2 2

0 0

5

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

2

3

0

1 1

3

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 15

1ª avaliação Gráfico 16

2ª avaliação

Page 186: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

186

2

0 0 0 0

2

0

1

2

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

0

1

2

Direita Esquerda

2

00 00

2

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 17

1ª avaliação Gráfico 18

2ª avaliação

3

1

2

1 1

4

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

4

2

0

1

2

3

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 19

1ª avaliação Gráfico 20

2ª avaliação

Page 187: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

187

6. Avaliações dos alunos de Atalaia do Norte

Aluno F.

MOTRICIDADE FACIAL

46%

36% 18%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

MOTRICIDADE FACIAL

64%

18%

18%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 1

1ª avaliação Gráfico 2

2ª avaliação

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

50%

33% 17%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA,POSTURA E EQUILÍBRIO

75%

17%

8%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 3

1ª avaliação Gráfico 4

2ª avaliação

Page 188: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

188

COORDENAÇÃO DIGITAL

50%

40% 10%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

COORDENAÇÃO DIGITAL

80%

10%10%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 5

1ª avaliação Gráfico 6

2ª avaliação

ESQUEMA CORPORAL

0%

50%

50%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

ESQUEMA CORPORAL

50%

25%25%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 7

1ª avaliação Gráfico 8

2ª avaliação

Page 189: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

189

ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

0%

100%

0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Organização espaço-temporal. 1Estruturação dinâmica. 2

Realizou 1Realizou com dificuldade 1Não realizou 0Total de provas 2

Gráfico 9

1ª avaliação Gráfico 10

2ª avaliação

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

0%

50%

50%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

ESTRUTURAÇÃO RITMICA

50%

50% 0%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 11

1ª avaliação Gráfico 12

2ª avaliação

Page 190: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

190

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

20%

60%

20%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

DISCRIMINAÇÃO ESQUERDA/DIREITA

40%

40%

20%

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 13

1ª avaliação Gráfico 14

2ª avaliação

1

3

1

0

2

3

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

3

2

0 0

2

3

0

1

2

3

4

5

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL MANUAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 15

1ª avaliação Gráfico 16

2ª avaliação

Page 191: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

191

2

0 0 0 0

2

0

1

2

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

0

1

2

Direita Esquerda

2

00 00

2

DOMINÂNCIA LATERAL OCULARProva de Sighting e Olhar pelo cone

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 17

1ª avaliação Gráfico 18

2ª avaliação

3

2

1 1

3

2

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

5

1

0

3

1

2

0

1

2

3

4

5

6

Direita Esquerda

DOMINÂNCIA LATERAL PEDAL

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

Gráfico 19

1ª avaliação Gráfico 20

2ª avaliação

Page 192: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

192

7. Comparativo entre as duas avaliações dos alunos.

Nas avaliações, cada aluno realizou 77 atividades, distribuídas nas

categoras: motricidade facial; coordenção motora grossa, postura e equilíbrio;

coordenação digital; esquema corporal; orientação espaço-temporal;

estruturação ritmica; discriminação esquerda/direita; e dominância lateral.

O gráfico abaixo demonstra os números das atividades realizadas,

das realizadas com dificuldade e das não realizadas pelos seis alunos

avaliados, computando um total de 462 provas. Observe a mudança

significativa alcançada com o emprego de uma nova rotina de atividades, de

acordo com o previsto no presente projeto.

179158

125

280

10280

0

60

120

180

240

300

Primeira Avaliação Segunda Avaliação

COMPARATIVO DAS AVALIAÇÕES

Realizou Realizou com dificuldade Não realizou

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193

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I

(A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL) 11

1.1 - Educação: dos primórdios ao contexto atual 11

1.2

Educação Infantil no Brasil 15

CAPÍTULO II

(O PENSAMENTO COGNITIVISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES

INICIAIS) 19

2.1

O paradigma cartesiano e o pensamento cognitivista 20

2.2

O conceito de inteligência na visão cognitivista 25

2.3

A contribuição de Piaget 26

2.4

E as inteligências múltiplas? 29

CAPÍTULO III

(O ANALFABETISMO MOTOR) 33

3.1

O homo-intelectus

33

3.2

O cérebro canhoto 34

3.3

O movimento e a inteligência 37

3.4

Uma Pedagogia estática

39

3.5

Lúdico e movimento vs ditúrbios

41

Page 194: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · 7 Terminado o período previsto para a realização da pesquisa, os dados dos questionários aplicados foram organizados e

194

CAPÍTULO IV

(EDUCAÇÃO FÍSICA: QUAL A CONTRIBUIÇÃO?) 46

4.1

A Educação Física escolar 46

4.2

O Profissional de Educação Física 48

4.3

Educação vs educação 51

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 58

BIBLIOGRAFIA CITADA 60

ANEXOS 62

ÍNDICE 193

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195

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Título da Monografia: A pedagogia Cognitivista e o Analfabetismo Motor: Uma

Realidade na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental das

Escolas do Alto Solimões, Amazonas.

Autor: Márcio Rocha Abensur

Data da entrega: 00/05/2010

Avaliado por: Conceito:

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