47
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA ROMPENDO OS PARADIGMAS DA INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR Por: RITA DE CÁSSIA RIBEIRO SADA Orientador: Profª EDLA TROCOLI RIO DE JANEIRO 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

ROMPENDO OS PARADIGMAS DA INCLUSÃO NO

AMBIENTE ESCOLAR

Por: RITA DE CÁSSIA RIBEIRO SADA

Orientador: Profª EDLA TROCOLI

RIO DE JANEIRO

2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

ROMPENDO OS PARADIGMAS DA INCLUSÀO NO

AMBIENTE ESCOLAR

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em EDUCAÇÃO ESPECIAL E

INCLUSIVA

Por: RITA DE CÁSSIA RIBEIRO SADA

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus que sabe e coloca as

situações no momento certo. Com a partida

do meu pai, me vi na obrigação de cumprir e

fazer essa Pós Graduação que me fez amar e

compreender a necessidade de fazer e ter

uma Educação mais igualitária.

Agradeço também as minhas professoras que

cada uma com sua individualidade e

peculiaridade nos fez ver a importância de

estarmos engajados nessa luta constante de

melhoria em nossa Educação como um todo e

para todos.

E agradeço as amizades e companheirismo

de amigas que fizemos. Em Especial Maria

Sadler e Jacqueline Monteiro, que me deram

força nos momentos em que mais precisei e

criou- se uma amizade além das salas, para a

eternidade.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

DEDICATÓRIA

Dedico aos meus familiares que estiveram, uns preocupados, outros

me ajudando.

A minha equipe pedagógica e docente, que tanto me incentivou e

ajudou, para que eu pudesse estar me ausentando as quartas. Aos

mestres, agradeço as trocas e os conhecimentos adquiridos.

Dedico essa vitória a meu Pai que onde estiver, tenho certeza que

estará orgulhoso por eu ter dado continuidade ao sonho dele... A

EDUCAÇÃO.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

RESUMO

A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em escolas

públicas e particulares e instituições filantrópicas está ganhando espaço nos

últimos tempos. O conceito de inclusão vem sendo discutido no amplamente no

Brasil ,sob diferentes perspectivas e enfoques teóricos. Analisando mais de

perto esse assunto, pode-se perceber que o processo de inclusão escolar tem

como pressuposto, a mobilização da sociedade inteira e um novo olhar frente

as diferenças, a ser assumido por todos os profissionais da Educação, pais e

familiares, partindo do princípio de que a principal característica do ser humano

é a pluralidade, e não a igualdade ou a uniformidade. Podemos conceituar

inclusão como um processo educacional gradual e interativo, onde respeita-se

às singularidades de cada indivíduo, oferecendo respostas às suas

necessidades e particularidades. O aluno é então compreendido como um ser

único, singular e social, que tem sua história de vida, constituindo-se então um

ser histórico.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi, basicamente, a coleta de dados/informações acerca

do assunto estudado . Além disso, foram realizadas pesquisas bibliográficas,

que permitem que se tome conhecimento de material relevante, tomando-se

por base o que já foi publicado em relação ao tema, de modo que se possa

delinear uma nova abordagem sobre o mesmo, chegando a conclusões que

possam servir de embasamento para pesquisas futuras.

O método de investigação científica utilizado será o estudo das pessoas com

deficiência e de como as leis, a sociedade e a família dessas pessoas, lidam

com tantas questões que permeiam a deficiência.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I -INCLUSÃO ESCOLAR 10

CAPÍTULO II -A INCLUSÃO EM UMA PESPECTIVA TRADICIONAL 18

CAPÍTULO III –A INCLUSÃO NA POLÍTICA 29

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

INDICE 43

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

INTRODUÇÃO

O tema desta monografia é sobre os paradigmas da inclusão no

ambiente escolar, especificadamente, o processo de inclusão de alunos com

deficiência na escola regular. Para o desenvolvimento do trabalho, busca-se

responder ao questionamento: A inclusão está realmente acontecendo de

maneira comprometida no Brasil?

Justifica-se a escolha desse tema, como forma de entender como se processa

a inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino, diante de

uma sociedade que precisa rever seus conceitos, rever valores e buscar novos

paradigmas diante de uma educação que seja realmente para todos.

A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais tem causado um

grande impacto no meio escolar, nas instituições especializadas e com os pais

desses alunos. Existem muitas dúvidas, isso acarreta muitos questionamentos,

dificuldades de implantação de mecanismos de ação para se criar uma escola

realmente inclusiva e que ofereça oportunidades a todos, que seja mais justa e

igualitária.

O sistema educacional vigente, dificulta a implantação de uma escola

realmente inclusiva, pois convive com muitas dificuldades, uma delas é garantir

um ensino de qualidade para todos.

É inegável, que a inclusão leva a muitos desafios e que o problema escolar no

Brasil é muito difícil, por razões diversas, como, o número demasiado de

alunos, suas diferenças regionais, problemas familiares graves e a relutância

de algumas escolas em incluir alunos com necessidades especiais,

principalmente as escolas de ordem privada.

A inclusão escolar ainda é mal compreendida, mas sabemos que ela é de

muita importância para a sociedade.

08

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

Mudanças devem ocorrer em todo o sistema educacional pra que de fato

possamos ter uma sociedade incluída, indistintamente, a todos os alunos,

oferecendo-lhe condições de prosseguir em seus estudos segundo a

capacidade de cada um, sem discriminação e sem espaços segregados.

O grande desafio da educação inclusiva é atingir uma educação de qualidade,

fazendo parceria com a escola regular, organizando-se para esse tipo de

atendimento, de forma que os alunos não sofram discriminação e que se

reconheça as diferenças como uma forma de enriquecimento para todos.

09

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

CAPÍTULO I

INCLUSÃO ESCOLAR

A inclusão escolar significa acolher todas as pessoas, sem exceção, no

sistema educacional, independente da sua cor, condições físicas, psicológicas

e classe social.

Para se ter a inclusão e garantir a aprendizagem dos alunos na escola regular

é preciso, antes de mais nada fortalecer a formação dos profissionais de

educação e estabelecer uma rede de apoio, a fim de poder integrar os

profissionais da educação, alunos, gestores escolares, família e os

profissionais da saúde.

O aluno com necessidades especiais não pode ser visto como uma

responsabilidade unicamente do professor, todos os profissionais envolvidos no

processo devem participar.

A equipe gestora, organiza os espaços de atendimento a esses alunos

especiais, compartilha com a equipe multidisciplinar estratégias ou

possibilidades para o enfrentamento dos desafios.

Os profissionais da saúde, como fisioterapeutas, psicopedagogos,

fisioterapeutas, psicólogos ou médicos compõem essa rede e esclarecem quais

são as necessidades desse aluno para o atendimento dessas necessidades.

O papel da família também é significante e de muita importância, pois é a

família que passa boa parte do tempo com esse aluno especial. É fonte de

informação para o professor e a escola. É fundamental que se estabeleça um

vínculo favorável, de confiança entre a escola e a família do aluno especial,

essa simples atitude, irá favorecer seu desenvolvimento como pessoa e

cidadão.

Para se ter êxito no trabalho pedagógico com alunos especiais, é preciso antes de

mais nada um bom projeto pedagógico, onde serão estabelecidos os critérios

para esse atendimento. Um bom projeto é aquele que valoriza a cultura, as

experiências anteriores do aluno e sua história. Além de fazer adaptações físicas,

a escola precisa oferecer um atendimento educacional especializado paralelo as

aulas regulares, de preferência na mesma escola e em contraturno.

10

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão

escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com

deficiência no ensino regular. No entanto, o paradigma da segregação é forte e

enraizado nas escolas e com todas as dificuldades e desafios a enfrentar,

acabam por reforçar o desejo de mantê-los em espaços especializados.

Mas temos que pensar que para que a inclusão se efetue, não basta estar

garantido na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no

sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto sócio -

econômico, além de serem gradativos, planejadas e contínuas para garantir uma

educação de ótima qualidade (Bueno, 1998).

"o principio fundamental da educação inclusiva é a valorização da

diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é

totalmente abraçada, nós abandonamos a ideia de que as crianças devem

se tornar normais para contribuir para o mundo".Kunc( 1992).

Na realidade e com muita frequência, nos deparamos com professores e gestores

resistentes, que se manifestam através de questionamentos e queixas ou até

mesmo com expectativas de que se apresente soluções mágicas, de aplicação

imediata causando certa decepção e frustração, pois ela não existe. O problema

se agrava quando vemos o professor totalmente dependente de apoio ou

assessoria de profissional da área da saúde, pois nesse caso a questão clínica se

sobressai e novamente o pedagógico fica esquecido. Com isso o professor se

sente desvalorizado e fora do processo por considerar esse aluno como doente

concluindo que não pode fazer nada por ele, pois ele precisa de tratamento

especializado da clínica. Parece que o professor está esquecendo do seu papel,

porém não se considera, o momento do professor, sua formação, as condições da

própria escola em receber esses alunos, que entram nas escolas e continuam

excluídos de todo o processo de ensino-aprendizagem e social, causando

frustração e fracassos, dificultando assim a proposta de inclusão.

Para que a inclusão seja uma realidade, será necessário rever uma série de

barreiras, além da política e práticas pedagógicas e dos processos de avaliação.

É necessário conhecer o desenvolvimento humano e suas relações com o

processo de ensino aprendizagem, levando em conta como se dá este processo

para cada aluno. Devemos utilizar novas tecnologias e Investir em capacitação,

11

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

atualização, sensibilização, envolvendo toda comunidade escolar. Focar na

formação profissional do professor, que é relevante para aprofundar as

discussões teóricas práticas, proporcionando subsídios com vistas à melhoria do

processo ensino aprendizagem. Assessorar o professor para resolução de

problemas no cotidiano na sala de aula, criando alternativas que possam

beneficiar todos os alunos. Utilizar currículos e metodologias flexíveis, levando em

conta a singularidade de cada aluno, respeitando seus interesses, suas ideias e

desafios para novas situações. Investir na proposta de diversificação de

conteúdos e práticas que possam melhorar as relações entre professor e aluno.

Avaliar de forma continuada e permanente, dando ênfase na qualidade do

conhecimento e não na quantidade, oportunizando a criatividade, a cooperação e

a participação.

Incluir um aluno com necessidades educacionais especiais tornou-se um

problema para alguns educadores e para a escola. Antes, não havia alunos

especiais nas escolas, eles estavam fora do ambiente escolar, estavam invisíveis

para a sociedade educacional, agora os alunos especiais estão frequentando as

escolas, são visíveis, mas essa passagem da exclusão para a inclusão é muito

problematizada e complicada para se mudar de uma hora para outra.

Mudanças são necessárias e tudo que é diferente pode parecer no primeiro

momento muito complicado, difícil ou mesmo impossível de realizar. Isso gera um

certo desconforto no sistema educacional.

No Brasil, muitas leis foram criadas para poder auxiliar e servir de norte para

todas as pessoas envolvidas com a educação especial, mas muito ainda tem que

ser feito. Não basta criarmos leis, temos que exigir das autoridades competentes

que se façam cumprir essas leis e as mesmas devem ser fiscalizadas pelo poder

público.

Quanto à escola cabe definir bem seu papel e suas possibilidades para

atendimento especial, estabelecendo quais são as suas reais condições para o

atendimento educacional especializado.

Aos professores cabe aprender a lidar com essa nova realidade e fazer a

diferença para esses alunos.

12

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

Atualmente os professores estão adoecendo emocionalmente, justamente por não

saber lidar com todos esses conflitos. Muitos profissionais terminam o curso

superior sem qualquer noção de como lidar com tantos problemas e situações

diferentes de inclusão em sala de aula.

Para vencer todas as barreiras e dificuldades se faz necessário a ajuda de

diversos especialistas e da família. Todos devem estar envolvidos no processo, o

aluno, a escola, a família e os profissionais de saúde e de educação.

O que hoje é normal pode não ter sido ontem e não sabemos como será

amanhã. O que aqui é normal pode ser anormal em outro lugar ou vice-versa.

De tal maneira que o normal não se encontra dentro da pessoa, mas fora dela

é aquilo que os outros percebem nas pessoas. (SASSAKI, 1997)

Normalizar uma pessoa não significa deixa-la normal, mas dar outro significado

a sua vida, dando-lhe o direito de ser diferente e ter suas necessidades

reconhecidas e atendidas pela sociedade. Deve-se oferecer serviços

adequados às suas necessidades para que essas pessoas possam

desenvolver suas potencialidades e viver em sociedade com independência e

liberdade.

“Ter oportunidades para tomar decisões que afetam a própria vida, realizar

atividades de própria escolha. Vida independente tem a ver com a auto-

determinação. É com direto e a oportunidade para seguir um determinado

caminho. E significa ter a liberdade de falhar e aprender com as próprias

falhas, tal qual pessoas não deficientes. “(SASSAKI,1997)

A integração dessas pessoas, ocorre quando o deficiente começa a conviver

com a sociedade e ela então se acostumaria com a presença dessa pessoa

descobrindo que eles são pessoas com potencialidade iguais a qualquer um. É

isto que se espera com a integração, mas o que na verdade não vem

acontecendo.

13

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

A autora Werneck (1997) destaca que: “Incluir não é favor, mas troca. Quem

sai ganhando nesta troca são todos nós em igual medida. Conviver com as

diferenças humanas é direito do pequeno cidadão, deficiente ou não..”

A inclusão é um movimento educacional, mas também é político e social. As

pessoas com deficiência têm o direito de serem incluídos e poder participar da

sociedade, fazer parte dela como um cidadão de direitos. Participar da

sociedade de forma coerente, consciente e responsável. No sistema

educacional, os alunos devem também defender seus direitos, para que

possam desenvolver e concretizar suas potencialidades como pessoa de

direito.

A escola deve desenvolver nas pessoas com deficiência, competências para

permitir participação na sociedade na qual elas fazem parte. Revelando

atitudes de tolerância, respeito para com todos.

No entanto há alunos que possuem maiores dificuldades em se adaptar à

escola e em enfrentar suas exigências, o que torna mais complicado e mais

difícil o desenvolvimento das potencialidades de cada um e a apropriação de

competências complexas.

A inclusão se fundamenta em quatro eixos que são fundamentais, o primeiro é

o direito fundamental, o segundo obriga a sociedade a repensar a diferença e a

diversidade, o terceiro implica repensar a escola e o sistema educacional e por

último constituir uma maneira de transformar a sociedade.

A inclusão visa garantir que todos os alunos, independentemente das suas

características e diferenças possam ter acesso a uma educação de qualidade e

viver experiências significativas.

A inclusão vem como uma nova maneira de encarar as diferenças. Como

afirma a Declaração da Salamanca (Unesco, 1994).

“cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de

aprendizagem que lhe são próprias, [sendo que] os sistemas de educação devem ser

planeados e os programas educativos implementados tendo em vista a vasta

diversidade destas características e necessidades.”

14

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

A inclusão veio para que se possa compreender as dificuldades educacionais.

O problema já não está no aluno, mas sim na forma como a escola está

organizada e no seu funcionamento.

É importante e fundamental que se saiba que a educação de pessoas

deficientes pode ocorrer tanto por via comum quanto por via especial.

“O tipo de grau da deficiência bem como os efeitos por ela acarretados, além das

condições gerais dos serviços comuns, e que ira servir de indicadores da necessidade

ou não da utilização de auxílios e serviços especiais de educação.”

(Mazzotta,1997)

Sassaki (1997) diz que, a inclusão causa uma mudança de perspectiva

educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam

dificuldades na escola, mas apoia todos os envolvidos no processo de inclusão.

Existe um modelo social de deficiência, em que a sociedade é que cria os

problemas, que impedem o pleno desenvolvimento das pessoas deficientes e a

sua inserção social. Essas barreiras são encontradas em ambientes restritos,

com suas políticas discriminatórias e atitudes preconceituosas, que rejeitam a

minoria e todas as formas de diferença. Para incluir as pessoas deficientes, a

sociedade deve modificar-se, para, a partir de então haver uma compreensão

de que, é necessário realmente, uma sociedade mais justa e inclusiva. A

inclusão tem os seguintes princípios: a aceitação das diferenças

individualizadas, valorização da pessoa deficiente, conviver com a diversidade

e aprender através da cooperação. É de extrema importância que se possa

discutir com a sociedade sobre a inclusão. Deve haver participação social de

cada pessoa ou grupos de pessoas. Para que possa haver uma sociedade

mais participativa, inclusiva, justa, que respeite as diferenças de cada um, deve

haver a garantia de participação social, o respeito quanto as características de

cada um, seja de gênero, ética, socioeconômicas, físicas, psicológicas e

religiosas.

15

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

A sociedade brasileira criou uma imagem de existem alunos incapazes de

aprender e adquirir conhecimento. Difundiu-se o estereótipo de que essas

pessoas são destituídas de intelecto capaz de oferecer-lhes condições para o

desenvolvimento de suas habilidades cognitivas.

Cabe as escolas uma participação decisiva para a formação social e para a

inserção dessas pessoas na sociedade que é excludente e complexa, incapaz

de lidar com as diferenças.

A educação brasileira tem demostrado ineficiente para o atendimento da

maioria das pessoas deficientes, isso é o resultado de uma educação especial

concebida como destinada a atender o deficiente mental, visual, auditivo, físico

e motor, além daqueles que apresentam condutas típicas, de síndromes e

quadros psicológicos, neurológicos e psiquiátricos.

Estão inseridos também nessa modalidade de ensino, os alunos que possuem

altas habilidades e superdotação.

O conceito de inclusão é uma dificuldade a ser enfrentada pelos professores

das escolas, necessita-se tempo para ser implementado, de um projeto político

pedagógico, permitindo assim, o acesso de alunos com necessidades

especiais e garantindo a essas pessoas a permanência e acesso às escolas.

É preciso que estas pessoas vivam com independência e liberdade.

W Ter oportunidades para tomar decisões que afetam a própria vida, realizar atividades

de própria escolha. Vida independente tem a ver com a autodeterminação. É com direto

e a oportunidade para seguir um determinado caminho. E significa ter a liberdade de

falhar e aprender das próprias falhas, tal qual pessoas não deficientes.”

(SASSAKI,1997)

Conforme o autor o estilo de vida independente é fundamental para que

aconteça a inclusão do indivíduo na sociedade e para que aconteça tal

normalização, ou seja, ele terá vida independente exercendo a cidadania,

sendo ele ativo e atuando como cidadão. Cabe ressaltar que a integração, no

entanto, ocorre automaticamente quando o deficiente começa a frequentar a

sociedade e ela então se acostumaria com a presença dessa pessoa

descobrindo que eles são pessoas com potencialidade iguais a qualquer um.

16

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

A inclusão, portanto, causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não

se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola,

mas apoia a todos, como professores, alunos, família, pessoal administrativo e

para que obtenham sucesso na corrente educativa geral é preciso que todos

estejam envolvidos. Não basta apenas pregar o que está escrito na

constituição é preciso que se acredite realmente que um deficiente tenha a

capacidade de interagir em nosso meio, que são tão ou mais capazes que as

pessoas consideradas normais, que são pessoas com sentimentos, apenas em

busca de oportunidades e credibilidade. Para que tudo isso ocorra é preciso

inovar na maneira como se pensa sobre inclusão, e que a sociedade , e

principalmente a escola proceda não apenas com situações não programadas

chamadas de informais, que ocorrem em nossa própria vida, mas que como

também de situações programadas que acontecem nas instituições sociais e

que procurem orientar o individuo para um fim determinado.

17

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

CAPÍTULO II

A INCLUSÃO EM UMA PESPECTIVA TRADICIONAL

Para SASSAKI (1997, p. 41) inclusão é:

Um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus sistemas sociais gerais pessoas

com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na

sociedade. (...) Incluir é trocar, entender, respeitar, valorizar, lutar contra exclusão, transpor barreiras que

a sociedade criou para as pessoas. É oferecer o desenvolvimento da autonomia, por meio da colaboração

de pensamentos e formulação de juízo de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas

diferentes circunstâncias da vida.

A história da educação especial, surgiu no final do século XVIII e início do

século XIX, quando iniciou-se o período da institucionalização especializada de

pessoas com deficiência. No início havia somente mais apoio assistencial do

que educativo. A pessoa com deficiência era vista como um problema, e sem

potencial algum. Eram tidos como pessoas frágeis, que necessitavam de

proteção.

Ao longo do século XIX, criaram-se escolas especiais para cegos e surdos e no

final deste século os deficientes mentais passaram a ter o direito de

atendimento em instituições destinadas a este fim.

No século XX, teve o início da obrigatoriedade e expansão da escolarização

básica.

A acessibilidade maior de um número de crianças na escola, permitiu constatar

numerosos casos de alunos com alguma deficiência e dificuldade em

acompanhar o processo de aprendizagem, apresentando rendimento escolar

muito diferente das outras crianças da mesma idade.

Surge, com o Movimento da Escola Nova, uma pedagogia especial que

baseavam-se nos níveis da capacidade intelectual do indivíduo que era

diagnosticado de acordo com a determinação do quociente de inteligência.

As escolas especiais, multiplicaram-se e tinham funções diferenciadas umas

das outras. Escolas para cegos, para surdos, paralíticos cerebrais, etc. Essas

escolas especiais e especializadas, tinham seus próprios programas, técnicas

de atendimento e especialistas.

18

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

“o local onde todos os alunos aprendem juntos, sempre que possível,

independentemente das dificuldades e diferenças que apresentam consiste em

que todos os alunos devem aprender juntos, sempre que possível,

independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentam. Estas

escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus

alunos, adaptando-se aos vários estilos de aprendizagem de modo a garantir

um bom nível de educação para todos através de currículos adequados, de

uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de

recursos e de uma cooperação com as respectivas comunidades...” (Bairrão,

1998)

Com a intensificação dos movimentos sociais de luta contra a discriminação,

emerge a necessidade de defesa de uma sociedade inclusiva. No decorrer

desse período, a Conferência Mundial de Educação para Todos,

(Jomtien,1990),chama a atenção dos países para os altos índices de crianças,

adolescentes e jovens sem escolarização, objetivando as transformações nos

sistemas de ensino para assegurar o acesso e a permanência dos alunos na

escola.

No contexto do movimento político para o alcance das metas de educação para

todos, a Conferência Mundial de Necessidades Educativas Especiais: Acesso e

Qualidade, realizada pela UNESCO em 1994, propõe aprofundar a discussão,

problematizando os aspectos acerca da escola não acessível a todos

estudantes.

A partir desta reflexão acerca das práticas educacionais que resultam na

desigualdade social de diversos grupos, o documento Declaração de

Salamanca e Linhas de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais

proclama que as escolas comuns representam o meio mais eficaz para

combater as atitudes discriminatórias.

Foi principalmente na Europa que surgiram os primeiros movimentos pelo

atendimento inclusivo para as pessoas com deficiência. Essas atitudes foram

expandindo-se, primeiro nos Estados Unidos e Canadá e depois para outros

países, inclusive o Brasil.

Em 1854, foi criado por D. Pedro II, através do decreto número 1.428, na

cidade do Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, hoje Instituto

Benjamin Constant e pela lei número 839, cria o Imperial Instituto dos Surdos-

Mudos, na cidade do Rio de Janeiro, hoje Instituto Ines.

19

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

“Todas as pessoas com deficiência têm o direito de expressar os seus desejos em

relação à sua educação. Os pais têm o direito inerente de ser consultados sobre a forma

de educação que melhor se adapte às necessidades, circunstâncias e aspirações dos

seus filhos.” (Salamanca, 1994, item 2. p.5)

Analisando o período histórico da educação no Brasil no século XVIII , é

possível evidenciar algumas práticas de discriminação às pessoas com

deficiência. Essa época, foi marcada pela ignorância e rejeição para com as

pessoas com deficiência. Tanto a família, a sociedade e a própria escola,

condenavam essas pessoas, excluindo-as da sociedade.

Os deficientes mentais eram internados em orfanatos, manicômios, prisões

dentre outros tipos de instituições que os tratavam como doentes anormais,

“[...] na antiguidade as pessoas com deficiência mental, física e sensorial eram

apresentadas como aleijadas, mal constituídas, débeis, anormais ou

deformadas” (Brasil, 2001, p.25). Entretanto, no decorrer da história da

humanidade, observa-se que as concepções sobre as deficiências foram

evoluindo conforme as crenças, valores culturais, concepção de homem e

transformações sociais que ocorreram nos diferentes momentos históricos”

(Brasil, 2001, p.25). Em meados do século XIX encontra-se a fase de

institucionalização especializada: aqueles indivíduos que apresentavam

deficiência eram segregados nas residências, proporcionando uma “educação”

fora das escolas, “protegendo” o deficiente da sociedade.

A partir do século XX, gradativamente, alguns cidadãos começam a valorizar o

público deficiente e emerge a nível mundial através de movimentos sociais de

luta contra a discriminação em defesa de uma sociedade inclusiva.

“A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de

pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental

prossegue a desencadear algumas ações visando à peculiaridade desse

alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades

filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas, há surgimento de

formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e

outros de reabilitação.”

20 Jannezzi (2004,p: 3)

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

Atualmente no Brasil, muitas pessoas com algum tipo de deficiência estão

sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do

mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com

deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a socialização

do homem. A sociedade, desde os seus primórdios, sempre inabilitou as

pessoas com deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas

pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de

atitudes preconceituosas e ações impiedosas. Nos últimos anos, ações

isoladas de educadores e de pais têm promovido e implementado a inclusão,

nas escolas, de pessoas com algum tipo de deficiência ou necessidade

especial, visando resgatar o respeito humano e a dignidade, no sentido de

possibilitar o pleno desenvolvimento e o acesso a todos os recursos da

sociedade por parte desse segmento.

Movimentos nacionais e internacionais têm buscado o consenso para a

formatação de uma política de integração e de educação inclusiva, sendo que o

seu ápice foi a Conferência Mundial de Educação Especial, que contou com a

participação de 88 países e 25 organizações internacionais, em assembleia

geral, na cidade de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994.

Este evento teve como culminância a "Declaração de Salamanca", da qual

destaca-se pontos importantes, que devem servir de reflexão e mudanças da

realidade atual, tão discriminatória.

• toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a

oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,

• toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de

aprendizagem que são únicas,

• sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais

deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta

diversidade de tais características e necessidades,

21

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

• aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola

regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na

criança, capaz de satisfazer a tais necessidades,

• escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios

mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades

acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação

para todos; além disso, tais escolas provem uma educação efetiva à maioria

das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da

eficácia de todo o sistema educacional.

A Declaração de Salamanca, veio reforçar a ideia de inclusão mas, não resolve

todos os problemas de marginalização dessas pessoas, pois o processo de

exclusão é anterior ao período de escolarização, iniciando-se no nascimento ou

exatamente no momento em aparece algum tipo de deficiência física ou

mental, adquirida ou hereditária, em algum membro da família. Isso ocorre em

qualquer tipo de constituição familiar, sejam as tradicionalmente estruturadas,

sejam as produções independentes e congêneres e em todas as classes

sociais, com muito agravante para as famílias menos favorecidas.

O nascimento de um bebê com deficiência ou o aparecimento de qualquer

necessidade especial em algum membro da família altera consideravelmente a

rotina no lar.

Os responsáveis por essas crianças com algum tipo de deficiência sentem-se

culpados, e muito preocupados, pois a insegurança se instala, o medo do

futuro, a rejeição e as preocupações que serão, sem dúvida alguma ,levadas

para a vida toda.

O quadro fica mais sério, tendo em vista que a tendência dos profissionais da

saúde é sempre ressaltar, no diagnóstico, os aspectos limitantes da deficiência,

pois invariavelmente são eles que primeiro são chamados para dar o

diagnóstico conclusivo. Os médicos raramente esclarecem ou informam, aos

familiares de pessoas com deficiência, as possibilidades de desenvolvimento,

22

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

as formas de superação das dificuldades, os locais de orientação familiar, os

recursos de estimulação precoce, os centros de educação e de terapia.

Os responsáveis e os pais de uma pessoa com deficiência, precisam de

orientação e principalmente do acesso a grupos de apoio. Na verdade, são

esses pais e responsáveis que intermediarão a integração ou inclusão de seus

filhos junto à comunidade.

A falta de conhecimento da sociedade, em geral, faz com que a deficiência seja

considerada uma doença crônica, um peso ou um problema. O estigma da

deficiência é grave, pois está transformando pessoas cegas, surdas e com

deficiências mentais ou físicas em seres incapazes, indefesos, sem direitos,

sempre deixados para o segundo plano. Deve-se lutar e ter muita dedicação

para superar esses estigmas que estão arraigados na nossa sociedade.

Essa situação se torna ainda mais complexa junto aos mais carentes, pois a

falta de recursos econômicos diminui as chances de um atendimento de

qualidade. Tem-se aí um agravante: o potencial e as habilidades dessas

pessoas são pouco valorizados nas suas comunidades de origem, que,

obviamente, possuem pouco esclarecimento a respeito das deficiências.

A educação de qualidade é um direito garantido pela Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional para todos, o que significa que é função da escola

identificar qual é a necessidade que a criança tem independente de ser ou não

uma pessoa com necessidades especiais.

Os professores devem ter uma formação adequada para trabalhar com a

inclusão, devem fazer uma reflexão constante sobre o processo da educação

inclusiva em todos os seus aspectos.

A família, a sociedade e a escola, são fatores básicos para que as pessoas

com necessidades especiais possam buscar o seu desenvolvimento e ser de

fato um cidadão de direitos e deveres, além de exercer a cidadania.

Na escola, a inclusão só será possível a partir do momento em que se possa

oferecer serviços complementares, o projeto pedagógico seja reformulado

23

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

buscando a inclusão, práticas pedagógicas criativas desenvolvidas na sala de

aula.

É muito importante que os profissionais de educação tenham ciência dos

prognósticos do aluno com necessidades educativas especiais, devendo-se

entrevistar os responsáveis por esse aluno especial, para conhecer melhor o

dia a dia desse aluno, com o propósito de traçar metas e estratégias conjuntas

com a família e escola para que juntas possam auxiliar essas pessoas com

necessidades educativas especiais.

A garantia de uma educação de qualidade para todos implica reposicionar a

escola ,no que diz respeito a aceitação e na valorização das diferenças. Esta

valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, isso irá fortalecer a

identidade individual e coletiva, e fazer exercitar o respeito para com as

pessoas com necessidades educativas especiais no exercício de aprender e de

construir.

“As crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às

escolas regulares, que a elas devem se adequar, já que tais escolas constituem os

meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias (...), construindo uma

sociedade inclusiva e atingindo a Educação para todos (UNESCO, 1994, p. 8-9).”

Um aspecto importante da proposta de Educação Inclusiva, é a ênfase de que

são as escolas que tem que se adequar para atender a todos os alunos, e não

os alunos que tem que estar preparado ou se adaptar à escola.

A deficiência deve ser compreendida como uma condição interna da pessoa e

isso afeta significativamente o processo de ensino e de aprendizagem, o qual

poderá ser mais ou menos prejudicado em função da proposta educacional

oferecida. Portanto, o maior desafio da Educação Inclusiva é romper com as

práticas educativas que não levam em consideração as especificidades dos

alunos e seus diferentes tempos e modos de aprender.

É importante salientar que a inclusão de alunos com deficiência em classes do

ensino regular implica em modificações profundas na estrutura e

funcionamento da escola. Os resultados positivos da inclusão escolar

perpassam pela adoção de metodologias de ensino e avaliação diversificadas,

adaptações curriculares, arquitetônicas, de comunicação e informação, bem

24

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

como profissionais capacitados, entre outras medidas (PLETSCH, 2005; GLAT

& BLANCO, 2008 ). Por isso não basta apenas garantir o acesso de alunos

com necessidades especiais à turma comum, é preciso ter clareza de que

esses sujeitos têm suas peculiaridades as quais tem que ser levadas em

consideração no planejamento educacional.

Para termos uma sociedade, de fato, inclusiva, é necessário que haja uma

mudança geral de atitude, a partir do entendimento de que a deficiência ou

qualquer outra condição atípica, não resume toda a personalidade de uma

pessoa, nem tão pouco pode ser determinante de suas oportunidades

educacionais, sociais e existenciais.

O conceito de necessidade educacional especial engloba tanto as

características individuais do aluno, como o contexto sociocultural em que ele

vive e se constitui.

Na escola, deve-se buscar a efetivação da inclusão, que exige, ,professores

capacitados para reconhecer e atender às necessidades educacionais

especiais dos alunos através do desenvolvimento e utilização de recursos e

materiais didáticos adaptados, de tecnologia assistiva , bem como a

flexibilização na estrutura curricular e nas práticas pedagógicas.

Este é o verdadeiro princípio da inclusão apontado na Declaração de

Salamanca (UNESCO, 1994): Todas as crianças devem aprender juntas,

sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou

diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e

responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando os estilos e

ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos

através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de

ensino, uso de recursos e parceria com as comunidades.

Segundo Silva (2010), a inclusão educacional faz parte de um movimento

maior de repercussão mundial denominado inclusão social, e tem como

finalidade máxima garantir a equiparação de oportunidade para todos os

indivíduos, inclusive para aqueles que devido às condições econômicas,

culturais, racionais, físicas ou intelectuais foram excluídos ou colocados à

margem da sociedade em geral.

25

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

Oliveira (2004) destaca que, ao assumir o compromisso político-social de

transformar os sistemas de educação em sistemas educacionais inclusivos, os

países que acordaram nesse propósito se comprometeram em possibilitar

ações que respeitem as diferenças de qualquer natureza, reformulando a

estrutura escolar para que, em seus contornos, haja a convivência comum

entre pessoas de natureza tão distintas, e que essa reorganização se paute na

democratização do conhecimento historicamente construído. Para isso, é

necessário que um conjunto de ações político- administrativas sejam

estabelecidas em várias esferas sociais. No campo da educação, a opção

política de inclusão educacional se divide em diversos documentos oficiais e

regulamentações normativas.

No documento, (Brasil, 2000) é apontado que as adaptações curriculares serão

úteis para atender as necessidades educacionais especiais do aluno quando

houver uma grande disparidade entre suas necessidades e as exigências do

currículo regular.

Isso, não significa, empobrecer as expectativas educacionais para os alunos,

mas de permitir a alunos com deficiência, o alcance de objetivos educacionais

que lhe sejam viáveis e significativos, em ambiente inclusivo, na convivência

com seus pares.

No âmbito das atribuições formais, o referido documento (BRASIL, 2000) diz

que cabe à Secretaria Municipal de Educação, juntamente com a Direção das

Unidades Escolares, a responsabilidade de:

1. mapear a população que será atendida pela rede escolar;

2. identificar as necessidades especiais presentes nessa população;

3. identificar quais são as adaptações curriculares de grande porte que devem

ser providenciadas, de forma a permitir o acesso e a participação de todos os

alunos no cotidiano escolar;

4. planejar a implementação dessas adaptações, incluindo providências a

serem tomadas a curto, a médio e a longo prazos;

5. implementar as adaptações de acesso ao currículo e as curriculares de

grande porte que lhe são de atribuição e responsabilidade (Brasil, 2000, p. 12)

26

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

Cabe à Direção das Unidades Escolares, a responsabilidade de:

1. permitir e prover suporte administrativo, técnico e científico para a

flexibilização do processo de ensino, de modo a atender à diversidade;

2. adotar propostas curriculares diversificadas e abertas, em vez de adotar

concepções rígidas e homogeneizadoras do currículo;

3. flexibilizar a organização e o funcionamento da escola, de forma a atender à

demanda diversificada dos alunos;

4. viabilizar a atuação de professores especializados e de serviços de apoio

para favorecer o processo educacional (Brasil, 2000, p. 12-13).

Quanto às adaptações de acesso ao Currículo, o documento do Governo

Federal (Brasil, 2000) cita a responsabilidade da instância político-

administrativa, e mostra que dentre as adaptações de acesso ao currículo,

deve-se priorizar:

1. a criação de condições físicas, ambientais e materiais para o aluno, em sua

unidade escolar:

2. a adaptação do ambiente físico escolar;

3. a aquisição do mobiliário específico necessário;

4. a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos;

5. a adaptação de materiais de uso comum em sala de aula;

6. a capacitação continuada dos professores e demais profissionais da

educação;

7. a efetivação de ações que garantam a interdisciplinaridade e a

transetorialidade (Brasil, 2000, p. 14).

A discussão sobre inclusão é cada vez mais evidente em debates

internacionais. O movimento Educação para Todos (EPT) foi criado nos anos

1990 em torno de um conjunto de políticas internacionais, coordenado

principalmente pela UNESCO, e relacionado com o acesso e a participação

crescentes na educação em todo o mundo. Ganhou força através de duas

grandes conferências internacionais realizadas em Jomtien, em 1990, e Dacar,

em 2000 (Unesco, 2000). Enquanto muitas pessoas desse movimento parecem

identificar a educação com a instrução, refletir sobre a educação em algumas

das regiões mais pobres do mundo, oferece a oportunidade para repensar as

escolas como um, entre vários outros meios de desenvolver ação educadora.

27

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

Em resposta ao fracasso de muitos países em atingir os objetivos propostos

dez anos antes, os organizadores da Conferência de Dacar, procuraram

enfatizar áreas específicas, onde se pudesse alcançar o progresso e dirigiram

todas as suas atenções, principalmente nos números desproporcionais de

meninas, as quais foram negadas oportunidades de educação no mundo todo.

No Brasil, entra em vigor no dia 07 de janeiro de 2016, o Estatuto da Pessoa

com Deficiência, lei 13.146/2015, que vem, justamente consolidar as leis que já

existem e fazer progredir as relações de cidadania. A lei, destina-se a

assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e

da liberdade fundamental da pessoa com deficiência, visando à sua inclusão na

sociedade e garantia da sua cidadania.

Destaca-se alguns pontos importantes desse estatuto a saber:

1.atendimento prioritário em situação de socorro;

2.disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis

de transporte coletivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e

no desembarque;

3.as frotas de empresas de táxis devem reservar 10% de veículos acessíveis,

sem cobrança de tarifa adicional;

4.as locadoras de automóveis devem oferecer 1 veículo adaptado a cada 20;

5.hotéis e pousadas devem disponibilizar 10% de seus dormitórios com

acessibilidade;

6.reserva de 3% das unidades habitacionais que utilizarem recursos públicos;

7.estímulo ao empreendedorismo e ao trabalho autônomo com disponibilidade

de linhas de crédito;

8.oferta de ensino em libras e braile no sistema público;

9.espaços culturais e esportivos devem atender as normas de acessibilidade;

Podemos aprender uns com os outros, mas para que isso realmente aconteça,

precisa-se enxergar o outro, conhecer e respeitar suas diferenças.

28

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

CAPÍTULO III

A INCLUSÃO NA POLÍTICA

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva, publicada pelo MEC em 2008,organiza a educação brasileira,

definindo a educação especial como modalidade não substitutiva à

escolarização; o conceito de atendimento educacional especializado

complementar ou suplementar à formação dos estudantes; e o público alvo da

educação especial constituído pelos estudantes com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

A educação especial é definida como uma modalidade de ensino que perpassa

todos os níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza recursos e serviços,

realiza o atendimento educacional especializado e orienta quanto a sua

utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do

ensino regular. (Revista Inclusão, p 15)

Na perspectiva da educação inclusiva, destaca-se que a educação especial

tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, nas

turmas comuns do ensino regular, orientando os sistemas de ensino para

garantir o acesso ao ensino comum, a participação, aprendizagem e

continuidade nos níveis mais elevados de ensino; a transversalidade da

educação especial desde a educação infantil até a educação superior; a oferta

do atendimento educacional especializado; a formação de professores para o

atendimento educacional especializado e aos demais profissionais da

educação, para a inclusão; a participação da família e da comunidade; a

acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas

comunicações e informações; e a articulação intersetorial na implementação

das políticas públicas. (Brasil, 2008)

Se faz necessário propor alternativas inclusivas para a educação e não apenas

para a escola. O surgimento da educação especial, aparece para auxiliar as

crianças com deficiência na escola, como forma de adaptação.

29

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

A Constituição Federal brasileira prevê em seu capítulo III, artigo 208 que

a educação escolar das pessoas com necessidades especiais se realize na

rede regular de ensino e garante “o acesso obrigatório e gratuito” como “direito

público e subjetivo” a todos os níveis de ensino, “segundo a capacidade de

cada um”.

No artigo 227 desse mesmo capítulo, a Carta Magna determina a

criação de programas preventivos e atendimento especializado de acordo com

cada pessoa e a preparação para o trabalho. Prevê também a adequação dos

espaços com a remoção dos obstáculos arquitetônicos ou outros e prescreve

outras medidas que facilitem o acesso e a circulação das pessoas com

necessidades especiais. Anuncia ainda alterações nos “veículos de transporte

coletivo, a fim de garantir o acesso adequado às pessoas com deficiência”.

A LDB 9394/96 incorpora os princípios da Constituição Federal que já tinham

sido promulgados e que estavam previstos em outros textos legais. A LDB,

dedica todo um capítulo à educação especial, prescrevendo uma versão

democrática e inclusiva de ensino-aprendizagem para as pessoas com

necessidades especiais. Entretanto, na lei citada, a educação especial não

integra a estrutura didática da educação básica, uma vez que é apresentada,

separadamente, em capítulo próprio (Moreira, 1998, p. 171-172). Constitui,

portanto, uma modalidade educativa paralela à educação básica. Prova disso é

o artigo 58 que conceitua a educação especial como modalidade de educação

escolar a ser oferecida “preferencialmente” na rede regular de ensino àquelas

pessoas com necessidades educativas especiais. Isso garante o

funcionamento das escolas especiais. A educação especial recebeu tratamento

mais enfático nesta LDB do que nas que a precederam: Lei 4.024/61 e Lei

5.692/.

Com base na Constituição Federal, outros documentos legais foram emitidos,

antes e depois da promulgação da LDB 9394/96, visando à concretizar os

objetivos propostos para a educação inclusiva. A legislação anterior à Lei

9394/96, assegura os direitos das pessoas com necessidades especiais e

promove a transição da educação institucionalmente segregada para a rede

regular de ensino, bem como garante outros direitos sociais às pessoas com

necessidades especiais. A garantia dos direitos sociais constituem, também, o

30

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

objetivo da legislação publicada posteriormente à LDB. Anteriormente foram

publicados:

a) a Lei n. 7.853 em 24 de outubro de 1989, que assegura “apoio às

pessoas com deficiência, sua integração social”

b) a Lei n. 8.069 em 13 de julho de 1990, o “Estatuto da Criança e do

Adolescente”, que dispõe, entre outros assuntos, sobre a educação especial às

crianças e adolescentes com necessidades especiais.

Posteriormente à promulgação da LDB, o governo emitiu os seguintes

documentos visando à democratização das oportunidades sociais e

educacionais às pessoas com necessidades especiais:

a) o Decreto Presidencial n. 3.298, em 20 de dezembro de 1999, que

regulamenta a Lei n.7.853 de 24/10/1999, conhecida como “lei da integração”;

b) a Portaria Ministerial n. 1.679 em 2 de dezembro de 1999, que

“Dispõe sobre os requisitos de acessibilidade de pessoas com deficiência, para

instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos, e de

credenciamento de instituições”;

c) Lei 10.098 em 19 de dezembro de 2000, que “Estabelece normas

gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com

deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências”;

d) o Plano Nacional de Educação e

e) as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação

Básica.

A Constituição brasileira garante a todas as crianças e adolescentes o direito a

educação evitando toda e qualquer forma de discriminação e negligencia por

parte da família e dos órgãos competentes. Além disso, propõe a criação de

programas de atendimento especializado para pessoas com deficiências,

assegurando também a transposição de quaisquer outros obstáculos físicos ou

de ordem social.

Conforme art. 227 da Constituição da Republica Federativa do Brasil,

promulgada em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas

Emendas Constitucionais n.°s 1/92 a 56/2007 e pelas Emendas Constitucionais

de Revisão n.°s 1 a 6/94 ( 2008, p. 144-145):

31

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e

ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à

alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,

ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-

los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,

crueldade e opressão. § 1º, II Criação de programas de prevenção e

atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial

ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de

deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a

facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de

preconceitos e obstáculos arquitetônicos. (Constituição Federal do Brasil)

As leis e decretos são extremamente importantes no processo de inclusão,

mas há de se ter um olhar mais sensível por parte de todos que participam

desse processo. A família, a escola e os profissionais da escola e da saúde.

Além do acesso a sala de aula de ensino regular é importante promover a

capacitação intelectual e motora da criança com deficiência, respeitando sua

origem, seus sentimentos e necessidades pessoais e individuais. A LDB_ Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394 do ano de 1996 propõe

diversas diretrizes relacionadas à Educação especial garantindo efetivamente o

atendimento especializado nas Instituições de ensino regular do Brasil.

A LDB especifica também no capítulo V, art. 58, o que se entende por

Educação Especial e suas modalidades de atuação dentro da rede de ensino

regular focando valores de superação e adaptação de espaços e modalidades

curriculares (1996, p.21): Capítulo V Da Educação Especial Art. 58. Entende-se

por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação

escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para

educandos portadores de necessidades especiais. § 1º. Haverá, quando

necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às

peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º. O atendimento

educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre

que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua

integração nas classes comuns de ensino regular.

A educação inclusiva constitui uma proposta educacional que reconhece e

garante o direito de todos os alunos de compartilhar um mesmo espaço

escolar, sem discriminações de qualquer natureza. Promove a igualdade e

valoriza as diferenças na organização de um currículo que favoreça a

32

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

aprendizagem de todos os alunos e que estimule transformações pedagógicas

das escolas, visando à atualização de suas práticas como meio de atender às

necessidades dos alunos durante o percurso educacional. Nesse sentido a

educação especial é um campo de conhecimento e enquanto modalidade

transversal de ensino perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza

o atendimento educacional especializado e disponibiliza o conjunto de serviços,

recursos e estratégias específicas que favorecem o processo de escolarização

dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/ superdotação nas turmas comuns do ensino regular e a sua

interação no contexto educacional, familiar, social e cultural.. A educação

especial, como parte da prática educacional inclusiva, oferta o atendimento

educacional especializado, organizando recursos pedagógicos e de

acessibilidade que eliminem as barreiras e possibilitem o acesso ao currículo, à

comunicação e aos espaços físicos, considerando as necessidades de cada

aluno, promovendo a sua formação integral com vistas à autonomia e

independência. Para a transformação da escola em um espaço significativo de

aprendizagem com práticas pedagógicas que busquem o desenvolvimento

emocional, intelectual e social de todos os alunos, bem como seu potencial

crítico e criativo é fundamental que se articulem os conceitos da construção do

conhecimento, às situações vividas no cotidiano escolar e familiar e os saberes

da comunidade.

O verdadeiro significado da inclusão deve contemplar o direito à educação , a

igualdade de oportunidades e de participação social. É necessário viabilizar a

permanência do aluno especial na escola a fim de que se possa estar incluindo

esse aluno na sociedade.

A sociedade inclusiva tem como princípio fundamental o reconhecimento e a

valorização da diversidade como característica inerente à constituição de

qualquer sociedade, garantido a todos, o acesso contínuo ao espaço comum

da vida social. Para isso, a sociedade deve dispor do acolhimento à

diversidade humana, de mudanças de atitudes e fazer um esforço coletivo na

equiparação de oportunidades de desenvolvimento, preservando a dignidade e

à busca da identidade como cidadãos.

33

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

A escola é um dos principais espaços de convivência social do ser humano, e é

no convívio escolar que as relações de respeito, identidade e dignidade são

efetivadas. Portanto, é nessa convivência coletiva que aprendemos o respeito

mútuo, a exercer a cidadania, a conhecer os direitos e deveres, a fazer análise

crítica da realidade e a manifestar-se com autonomia e liberdade.

A inclusão escolar deve ser operacionalizada de modo que todos os alunos,

independentes de classe, raça, gênero, sexo, características individuais ou

necessidades educacionais especiais, possam aprender juntos em uma escola

de qualidade, que respeite a diferença e promova os direitos humanos.

O paradigma da inclusão consiste em tornar a sociedade um lugar viável

para a convivência entre pessoas de todos os tipos e condições na realização

de seus direitos, das suas necessidades e potencialidades.

A população precisa ser educada para que se possa compreender o que é ter

uma visão inclusiva. Uma sociedade inclusiva deve passar pela construção

efetiva de respeito ao diferente para que se possa conquistar um espaço de

harmonia e respeito pelo diferente.

O caminho é longo, mas a trajetória já foi iniciada. Não resta dúvida que, com a

ação participativa mais qualificada, os sujeitos sociais terão mais condições de

estabelecer uma interlocução que rebaterá na ação e na deliberação sobre

questões que dizem respeito à concretização da cidadania.

Somos seres em relação e só crescemos em relação. Assim sendo, o equilíbrio

para tal residiria, antes de tudo, em permitir que o aluno com necessidades

especiais possa interagir com os demais e vice-versa, e que ambos aprendam

a lidar com as diferenças, não para anulá-las, mas para poder usá-las como

fonte de contato verdadeiro e de amadurecimento mútuo, e assim provocar

uma humanização em grau mais elevado ao processo ensino-aprendizado.

Nesse processo o avanço tecnológico deve ser usado com a finalidade de

facilitar o acesso a aprendizagem desses alunos que carecem de uma atenção

especial, e assim possam alcançar os objetivos educacionais propostos. Assim

considerada, a educação inclusiva enquanto novo paradigma para a educação

especial trata da construção e da ressignificação de atitudes num confronto

entre as teorias e as práticas, bem como a mobilização dos sujeitos

comprometidos com a mesma.

34

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

Segundo Omote (2008), existem dois modelos bastante distintos de

abordagens, são eles: a abordagem centrada na pessoa deficiente e a

abordagem centrada no meio. A abordagem centrada na pessoa deficiente

considera, fundamentalmente, que os fatores orgânicos, a saber: lesões e

malformações congênitas ou adquiridas se constituem as causas primárias da

deficiência; e, na abordagem centrada no meio são considerados

determinantes os fatores ambientais como: a miséria e a pobreza, a

estimulação e o tratamento inadequados, somados a isso, outros elementos

advindos do ambiente, a exemplo a carência material e do ambiente familiar

como distúrbios psicoafetivos crônicos e, portanto, desfavoráveis para o

desenvolvimento normal, também são levados em conta como sendo

causadores preponderantes de deficiências. Diante desse contexto, a maioria

das abordagens considera relevantes essas duas perspectivas teóricas,

entretanto, contemporaneamente, o que muito temos visto é a adoção de

ambos os métodos de abordagens como complementares.

A aplicação dos princípios da inclusão na Educação exige uma grande revisão nas práticas pedagógicas tradicionais. Há objetivos a serem cumpridos por todos os alunos e, considerando uma ampla diversidade de características e necessidades dos alunos, a escola precisa envidar um enorme esforço para rever suas velhas crenças, dogmas e práticas; precisa realizar também mudanças de diferentes ordens, para atender com competência todo o alunato com ampla variação em suas experiências pré-escolares e necessidades educacionais especiais e outras necessidades extraclasse (OMOTE, 2008, p. 24).

No entanto, apesar da democratização do acesso à escola aos alunos

com deficiência, indicadores apontam que a exclusão tem-se manifestado

de outras e diversas formas no sistema de ensino, sendo que tradicionalmente

as práticas de avaliação desenvolvidas, baseadas, em sua maioria,

em medidas quantitativas que desconsideram o processo e

valorizam o produto final do aprendizado escolar, têm-se constituído em

práticas pouco favoráveis à inclusão.

A entrada do aluno com deficiência nas classes comuns causa

um movimento diferenciado e a necessidade de se buscar novas estratégias e

formas que possibilitem uma aprendizagem eficaz, impedindo qualquer forma

de exclusão.

Isso significa que, para que uma escola torne-se inclusiva efetivamente,

35

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

deve-se pensar em formas de organização de trabalho pedagógico em que

todos os alunos possam ter garantia de acesso e permanência, na escola.

sem discriminação, rompendo as barreiras de aprendizagem consideradas

pela escola serem superadas realizando-se adequações no processo ensino e

aprendizagem, de forma a vir satisfazer as especificidades de cada aluno

especial.A utilização de estratégias pedagógicas diferenciadas pode ser

pensada como um recurso, que possibilita o acesso de todos os alunos ao

conhecimento e é descrita por Braccialli e Paiva e (2010); Manzini e Santos

(2002); Almirall, Soro-Camats e Bultó (2003); Manzini e Deliberato (2004) como

elemento facilitador para efetivar com qualidade o processo de inclusão escolar

de crianças com deficiência na escola regular.Para esses autores uma dessas

estratégias relaciona-se à utilização de recursos adaptados a serem acionados

de acordo com a necessidade de cada aluno. Esses recursos podem ser

simples ou envolver tecnologias mais avançadas como programas específicos

de computação.De acordo com Bordenave e Pereira (2007), as estratégias

estão relacionadas com a forma de oferecer ao aluno oportunidade para viver

as experiências desejadas, são também as maneiras de estruturar a atividade,

isto é, estabelecer situações de ensino-aprendizagem, em que haja uma alta

probabilidade de que ditas experiências realmente aconteçam.Autores como

Solé (1999) e Carlini (2004) identificaram estratégias que, podem ser utilizadas

por qualquer professor para atingir todos os alunos, tais como: planejamento da

aula, apresentação de ideias, aula expositiva, debates, dramatização,

pesquisas, projetos, estudo dirigido, estudo do meio, seminários, trabalhos em

grupo e ainda atividades em dupla.Outros autores como Stainback e Stainback

(1999) trouxeram estratégias específicas, que poderiam ser usadas pelo

professor com um aluno com deficiência, como era o caso da utilização de

sistemas de comunicação alternativa, a colaboração entre os pares, a

administração do tempo para o planejamento adequado das atividades e a

prática do manejo do conteúdo.

36

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

A criação de um ambiente educativo rico também está relacionada ao espaço

que é destinado à formação continuada dos professores no sentido de apoiar

seu trabalho cotidiano em sala de aula.

Os professores se sentem angustiados, sobretudo, quando recebem um aluno

que, supostamente, não consegue aprender, ou tem uma dificuldade de

comportamento com a qual ele não consegue lidar. Autores como Leonardo

(2008), Ferraz, Araujo e Carreiro (2010), trazem essa discussão apontando que

os professores sentem-se desamparados e inseguros com relação ao trabalho

com a diversidade.

Diz Oliveira (2007, p. 216), enfatizando o crescimento pessoal e social

envolvido na tarefa da inclusão: “A convivência direta, seja familiar ou

profissional, com as pessoas que apresentam necessidades educacionais

especiais aguça a sensibilidade, a percepção, a compreensão e o interesse por

sua situação de excluído social”.

Frente ao desafio de conceber a educação comum como um espaço de

heterogeneidade e diversidade, que respeita e valorize cada aluno com suas

potencialidades e vivências, dentro do processo ensino-aprendizagem e na

vida social.

37

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

CONCLUSÃO

No Brasil, a política de inclusão escolar e social é reconhecida a partir do

direito de todos os alunos matricularem-se na rede regular de ensino, de

qualquer estado ou município. Essa política determina que as escolas devam

estar aptas a trabalhar com as diferenças. No entanto, o que se observa é que

a adaptação desses alunos é muito difícil. Principalmente, pela má preparação

dos professores e consequentemente, de toda a instituição.

A Educação Inclusiva representa uma aposta pela igualdade e a não

discriminação ao garantir para todos, igualmente, o acesso à educação, à

participação e à igualdade de deveres e direitos, diminuindo diferenças e

contribuindo para a eliminação de preconceitos.

A inclusão escolar é o mais novo paradigma educacional e defende a matrícula

de todos os alunos na escola regular, preferencialmente na classe comum,

inclusive para os oriundos da Educação Especial. A escola regular deve estar

apta para receber todos os alunos, independente das características que

possam apresentar. Ela é o espaço educacional que deve ser usufruído por

todos. O princípio fundamental desta política é de que o sistema regular deve

atender a diversidade do alunado, isto é, todos os que se encontram excluídos,

frequentadores da escola. Incluir não significa apenas estar lá, mas entender

que as pessoas têm possibilidades de aprender das mais variadas formas, e

com diferentes ritmos. A inclusão nos faz pensar profundamente sobre o

mundo em que vivemos, aprender é uma ação humana individual, são as

diferentes ideias, opiniões e níveis de compreensão que enriquecem o

processo de aprendizagem sempre reconhecendo e valorizando as diferenças.

A estrutura da instituição educacional ainda é uma grande barreira, pois apesar

de existirem políticas públicas educacionais avançadas, as escolas regulares,

em sua maioria, ficam a desejar em vários sentidos como ,de recursos físicos,

financeiros, e principalmente humanos (professores especializados), para que

se possa pensar em inclusão. A escola deve ser uma facilitadora da

comunicação e da divulgação de informações sobre deficiência, visando

estimular a inclusão das classes menos favorecidas, a melhoria da qualidade

de vida e o exercício da cidadania das pessoas com deficiência.

38

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

A inclusão é um direito que por vezes não é entendido, seu sentido tem sido

muito distorcido e causado polêmicas nos segmentos educacionais e sociais.

O princípio democrático da educação é que a educação seja para todos os

alunos com ou sem deficiência. A inclusão, como consequência de um ensino

de qualidade para todos exige da escola brasileira novos posicionamentos e

questionamentos também. A inovação se aplica num esforço de atualização e

reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas.

39

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

BIBLIOGRAFIA

BUENO, José Geraldo Silveira, Educação especial brasileira:

integração/segregação do aluno diferente. São Paulo: EDUC/PUC, 1998

WERNECK, Claudia, Ninguém vai mais ser Bonzinho, na sociedade

inclusiva. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para

todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994

MAZZOTTA, M.J.S. Educação Especial no Brasil. São Paulo:Cortez,1996.

Declaração Mundial sobre Educação para Todos - Jomtien – 1990

BAIRRÃO, Joaquim. Os alunos com necessidades educativas

especiais: subsídios para o sistema de educação. 1 ed CNE/Ministério da

Educação, 1998

KUNC, N. - The Need of belong. Rediscovering Maslows Hierarchy of

Needs in VILLA, J. S. THOUSAND, W. STAINBACK E S. SATINBACK -

REESTRUCTURING FOR CARING AND EFFECTIVE EDUCATION: NA

ADMINISTRATORS GUIDE TO CREATING HETEROGENEOUS SCHOOLS.

Baltimore, Paul H. Brookes, 1992, p. 25-39

BRASIL. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação

Básica. MEC SEESP, 2001.

JANUZZI, Gilberta de Martinho. A educação do deficiente no Brasil: dos

primórdios ao início do século XXI. Campinas. Coleção Educação

Contemporânea. Autores Associados. 2004.

40

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial.

Programa de Capacitação de Recursos Humanos do Ensino

Fundamental – Deficiência visual – vol. 1 – Série Atualidades

Pedagógicas 6. Brasília, 2001. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/def_visual_1.pdf. Acesso

em: 02 de agosto de 2012.

Estatuto da pessoa com deficiência. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.

Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação

Infantil 2006

Constituição da República Federativa do Brasil de1998

Revista Inclusão.

portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12626:revista-inclusao

SILVA, A. B. B. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro:

Objetiva, 2010.

OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas de informações gerenciais: estratégias,

táticas, operacionais. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2004.

MOREIRA, Roberto. A estrutura didática da educação básica. Estrutura

e funcionamento da educação básica: leituras. São Paulo: Pioneira,

1998.

OMOTE, Sadao. Diversidade, educação e sociedade inclusiva. São

Paulo: Cultura Acadêmica, 2008

DELIBERATO, Debora. Acessibilidade comunicativa no contexto

acadêmico. In: MANZINI, E. J. (Org.). Inclusão do aluno com deficiência

na escola: os desafios continuam. Marília: ABPEE,2007.p.25-36

41

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

MANZINI, E. J. ; SANTOS, M. C. F. Portal de ajudas técnicas para a

educação: equipamento e material pedagógico para educação,

capacitação e recreação da pessoa com deficiência - recursos

pedagógicos adaptados. 1. ed. Brasília: MEC, 2002. v.1.

ALMIRALL, C.B; Soro-Camals e Bultó,C.R.Sistemas de sinais e ajudas

técnicas para a comunicação alternativa e a escrita. Princípios teóricos

e aplicações. São Paulo.

BORDENAVE, Juan Dias. PEREIRA, Adair. Martins. Estratégias de

ensino-aprendizagem. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1982.

LEONARDO, N. S. T. Inclusão escolar: um estudo acerca da

implantação da proposta em escolas públicas.Psicologia Escolar e

Educacional, Campinas, v.12, n.2, 2008.

SOLÉ L. Aprender e ensinar na educação infantil. Porto Alegre: Artmed;

1999

STAINBACK, A.; STAINBACK, W. Inclusão - um guia para educadores.

Traduzido por Magda França Lopes. Porto Alegra: EDUC, 1999.

CARLINI AL. E agora: preparar a aula. In: SCARPATO, M. (Org.). Os

procedimentos de ensino fazem a aula acontecer. São Paulo:

Avercamp; 2004.

FERRAZ, C.R.A; ARAUJO, M.V.; CARREIRO, L.R. Inclusão de crianças

com Síndrome de Down e paralisia cerebral no ensino fundamental

I:comparação dos relatos de mães e professores. Revista Brasileira de

Educação Especial, v.16, n.3, 2010.

42

Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir
Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir

INDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I Inclusão Escolar 10

CAPÍTULO II A Inclusão em uma Perspectiva Tradicional 18

CAPÍTULO III A Inclusão na Política 29

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

INDICE 43

Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir
Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir
Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Agradeço a Deus que sabe e coloca as situações no momento certo. Com a partida do meu pai, me vi na obrigação de cumprir