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LOQ4085– OPERAÇÕES UNITÁRIAS I
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ENGENHARIA QUÍMICA
Profa. Lívia Chaguri
E-mail: [email protected]
Leito Porosos
- Propriedades físicas do leito
- Escoamento em leitos
Tipo de Leito
- Leito fixo
- Leito fluidizado
- Leito vibrofluidizado
- Leito de jorro
Profa. Lívia Chaguri
E-mail: [email protected]
Conteúdo
Leito Porosos
Muitas OPs ocorrem por causa da circulação intensa de
sólidos em conjunto com um fluido (gás ou líquido).
3
Leito fixo: quando o sólido está em repouso. O fluido
percola entre os espaços vazios entre as partículas.
Leito fluidizado: quando a velocidade do fluido é suficiente
para provocar movimento aleatório nas partículas no leito.
Fluidização: grandes vazões do fluido, que carrega os
particulados – operação de transporte.
Leito Porosos
4
Leito fluidizado Leito fixo ou coluna de
recheios:
Leito Porosos
5
Propriedades físicas do leito
Os leitos são caracterizados pela granulometria das
partículas nele contidas:
- Área específica
- Porosidade
- Densidade
Forma e tamanho de partículas isoladas: aula anterior.
Para um conjunto de partículas, dependendo de como estão
dispostas, o leito pode ser fixo, fluidizado ou vibrofluidizado
(névoa).
Leito Porosos
6
Densidade global (bulk) do leito (ρb)
Definida para quando o material está empacotado ou
empilhado em um leito;
Razão entre a massa do material e o volume total que ele
ocupa.
Depende do formato, tamanho e propriedades das
partículas individuais.
VS
fluidop
L
fluidop
bVV
mm
V
mm
ρb densidade global do leito (kg/m3)
mp massa das partículas (kg)
mfluido massa do fluido que escoa
através das partí. (kg)
VL volume do leito; VS volume
ocupado pelos sólidos; VV volume dos
vazios (m3).
(1)
Leito Porosos
7
Porosidade global (bulk) do leito (εb)
Definida como a fração do volume total que está vazio;
Depende do formato, tamanho, distribuição do tamanho,
rugosidade, tipo de empacotamento e razão entre diâmetro
da partícula e o diâmetro da coluna;
Leito não é totalmente compacto: porosidade ou fração de
vazios é o volume do leito não ocupado pelo material sólido.
Leito Porosos
8
São considerados apenas os espaços vazios existentes entre
as partículas do leito;
Poros internos das partículas não são considerados.
A porosidade global (bulk) do leito também
pode ser expressa em função das densidades
da partícula e aparente (equação 4).
leitodototalvolume
sólidosdevolumeleitodototalvolume
leitodototalvolume
vazioespaçodevolumeb
L
pL
bV
VV (3)
(2)
Porosidade global (bulk) do leito (εb)
Leito Porosos
9
Pode ser expressa em função da densidade da partícula (ρp)
e da densidade aparente (ρap):
p
ap
b
1 (4)
Porosidade global (bulk) do leito (εb)
Leito Porosos
10
Área superficial específica do leito (asL)
Definida pela relação entre a área de superfície do leito
exposta pelo fluido por unidade de volume do leito.
Em razão da porosidade do leito, a área superficial
específica do leito não coincide com a área superficial da
partícula (ASP):
L
SPsL
V
Aa (5)
Pode ser expressa em função da
porosidade global (bulk).
Leito Porosos
11
Escoamento em leitos
Para conhecer o escoamento em leitos como uma OP é
preciso conhecer as equações fundamentais que explicam
como ocorre a fluidização.
Fluidização: leito de sólidos particulados em uma coluna
cilíndrica, suportado por uma superfície de distribuição de
fluido.
O leito se comporta como líquido pela passagem do fluido a
uma vazão volumétrica acima de certo valor crítico.
Perda de carga: várias situações que podem ocorrer no leito
Leito Porosos
12
Escoamento em leitos – perda de carga depende do regime
com que o fluido circula - equacionamento varia com
regime de escoamento laminar ou turbulento.
Lei de Darcy (1856)
Regime laminar
L
sp
H
PAKQ
)(
L
p
s H
PK
A
Qv
)(
(11) (12)
Kp – constante de permeabilidade (m2/Pa s) –prop físicas leito e fluido;
As – área da seção de escoamento (m2);
∆P – perda de carga (Pa);
HL – altura do leito (m) – distancia percorrida no leito.
Vazão volumétrica do fluido (m3/s) Velocidade média do fluido (m/s)
Leito Porosos
13
Equação de Carman – Koseny (1937)
pb
b
Nf
Re,
3
2)1(90
SP
p
pA
VD
6
p
S
L D
vf
H
P 22
Quando o leito é formado por uma mistura de partículas de
vários tamanhos e formatos, Vp e ASP podem ser obtidos dos
valores médios de todas as partículas. Queda de pressão através do leito fixo:
vs – velocidade superficial do fluido percolando o leito livro de partículas (m/s);
f – fator de fricção (atrito) – adimensional
(14) (15)
(16)
Regime laminar - Carman
Área superficial
da partícula
Leito Porosos
14
Equação de Carman – Koseny (1937)
Regime laminar - Koseny
Derivou uma equação assumindo que determinado fluido
escoa através de um leito de partículas homogêneas;
Formação de percursos de escoamento contínuo e uniformes
entre as partículas;
Denominados dutos de escoamento;
Hipótese iniciou a equação geral para fluxo de fluidos através
de um canal uniforme – necessário conhecer raio hidráulico;
Raio hidráulico: εb/aS
Superfície interna total e o volume interno total do grupo de
canais similares paralelos são iguais à superfície da partícula
e ao volume de vazios do leito.
Leito Porosos
15
Equação de Carman – Koseny (1937)
Diâmetro hidráulico (Dh)
SLLC
bLC
w
sh
aHD
HD
molhadoperímetro
vaziosdevolume
P
AD
2
2
4
4444
(17)
)1(4
bs
bh
aD
(18)
As – área da seção de escoamento (m2);
Pw– perímetro molhado (m);
DC – diâmetro da coluna (m)
HL – altura do leito (m).
Regime laminar – Koseny Porosidade do
leito
Área superficial
específica do
leito
Área superficial
específica da
partícula (eq. 8)
Leito Porosos
16
Equação de Carman – Koseny (1937)
Regime laminar – Koseny
Para estudar as características do leito:
Assumir: leito composto de partículas randomicamente
dispostas;
Fluido atravessa dutos entre as partículas;
Assumir: comprimento dos dutos (Ld) são iguais e tem
diâmetro hidráulico (Dh).
Leito Porosos
17
Equação de Carman – Koseny (1937)
Área superficial específica da partícula considerando os dutos (aS)
)1(
)int)((
bL
dhdS
V
LDn
partículaspelasocupadovolume
dutoumdeerfacialárealeitonodutosdetotalnúmeroa
(19)
nd – número total de dutos no leito;
Ld– comprimento do duto (m);
n’d – número de dutos por m2 de seção transversal no leito (m2).
)1()1(
4
4'
2
2'
bL
dhd
bLC
dhCd
SH
LDn
HD
LDDn
a
Regime laminar – Koseny
Leito Porosos
18
Equação de Carman – Koseny (1937)
Correlação da velocidade através do duto (vd) com a
velocidade do fluido percolando o leito livre de partículas (vS)
2'
22'22
4
4444
hd
sd
dhCddhsC
ddSs
Dn
vv
vDDnvDnvD
vAvA
(20)
Ad – área de um duto (m2);
Regime laminar – Koseny
Leito Porosos
19
Equação de Carman – Koseny (1937)
Regime laminar – Koseny
(21) bL
dsd
H
Lvv
Número de Reynolds equivalente para o duto (NReeq):
hdeq
DvN Re
(22)
Substituindo n’d da equação (19) e Dh da equação (18) em (20) tem-se:
Velocidade do duto (vd) em função da velocidade do fluido (vS)
Leito Porosos
20
Equação de Carman – Koseny (1937)
Regime laminar – equação de Hagen-Poiseuille para cada
duto pode ser aplicada:
(23)
h
dd
eq D
vL
N
P
2
)(64 2
Re
Substituindo as equações (18) (21) (22) em (23):
(24)
Lb
bdS
H
LavP
3
222
)(
)1(2
∆P depende do comprimento de cada duto e das características do leito
Leito Porosos
21
Equação de Carman – Koseny (1937)
Comprimento do duto é superior ao comprimento do leito;
Supondo que distintos comprimentos sejam proporcionais a altura do leito: Ld = τHL;
Definindo uma constante K” = 2(τ)2 a equação (24) torna-se a
conhecida equação de Koseny-Carman:
(25)
22''
3
3
22''
3
2222
)1(
)1(
)(
)1(2
bS
b
L
s
b
bSS
L
Lb
bLSS
aKH
Pv
ouavKH
P
HHavP
τ – é a tortuosidade (adimensional); K” constante de Koseny (adimensional).
Leito Porosos
22
Equação de Carman – Koseny (1937)
Substituindo a expressão (-ΔP/HL) da equação (25) na Lei de
Darcy (12) obtém-se a expressão para a constante K” em
função da permeabilidade específica:
(26)
22
3''
22
3
22
3''
3
22''
)1(
1
)1()1(
1
)1(
bS
b
S
bS
b
SbS
b
p
b
bSsp
L
ps
aPK
aPaKK
avKKH
PKv
Leito Porosos
23
Equação de Carman – Koseny (1937)
Carman demonstrou que:
(27) Ld HLKK 0
''
A relação τ=Ld/HL recebe o nome de tortuosidade;
K0 é um fator que depende da seção transversal do duto.
A tortuosidade será sempre maior que a unidade (Ld > HL) e
quanto maior seu valor, mais tortuoso serão os dutos no
interior do leito.
Leito Porosos
24
Equação de Burke – Plumer
Equação de Koseny-Carman foi derivada para escoamento
em regime laminar.
Se o regime é turbulento a equação de Hagen-Poiseuille pode
ser aplicada para escoamento de fluido através de duto;
Para regime turbulento:
(28)
h
dd
D
vLf
P
24
2
f – fator de atrito de Fanning (adimensional)
Substituindo Dh e vd na equação 28:
b
bSd
Lb
dS aL
H
Lvf
P
1
2
14
2
2
(29)
Leito Porosos
25
Equação de Burke – Plumer
Supondo que Ld= τ HL e que a área superficial específica da
partícula está relacionada com seu diâmetro, sabendo que
aS=6/Desf:
(30) 3
23 1
3besf
bS
L Df
H
P
Definindo o fator de atrito modificado f’=f(τ)3:
(31)
2
3
' 13 S
besf
b
L
vD
fH
P
Equação (31): Burke-Plumer – fator de atrito obtido
experimentalmente e depende do NRe,p
Leito Porosos
26
Equação de Ergun
Equação única que considera Regime Laminar e Turbulento;
Das equações de Koseny-Carman e Burke Plumer, é possível
descrever a perda de carga por unidade de altura do leito em:
(32)
2
33
21
'1
' S
b
bS
b
b
L
vvH
P
α’ e β’ são coeficientes experimentais
(33)
bS
besf
L v
D
H
Pf
13
2
3
'
Equação (31): se obtém a equação para o fator de atrito
modificado:
Velocidade do fluido
Leito Porosos
27
Equação de Ergun
Multiplicando a equação (33) pela expressão :
(34)
b
b
S
esf
b
b
esf
S
b
b
S
esf
b
b
esf
S
b
b
S
esf
L v
D
D
vb
v
D
D
va
v
D
H
P
1
1
1
1
1
3
23
23
23
2
2
3
2
bvD
af b
sesf
13 '
)1(
3
2
b
b
S
esf
v
D
b
Naf
p
b
Re,
' 13
Na equação (34) em que aparece o NRe,p, deve-se
considerar que o diâmetro da partícula é uma esfera.
Leito Porosos
28
Equação de Ergun
Grande número de resultados experimentais sobre leitos
de sólidos granulares mostraram que a = 150 e b = 1,75:
(35)
2
33
2
2
175,1
1150 S
b
b
esf
S
b
b
esfL
vD
vDH
P
Equação (35) pode ser utilizada para o cálculo da perda de
carga do fluido que percola um leito de partículas esféricas
independente do regime de escoamento.
Baixos valores de Re da partícula: equação de Ergum se
reduz à equação de Koseny-Carman e Burke-Plumer;
Altos valores de Re da partícula: equação de Ergum se
reduz à equação de Burke-Plumer.
Leito Porosos
29
Equação de Kuni e Levenspiel (1991)
Partículas do leito apresentam formas variadas;
Kuni e Levenspiel expressaram a equação (35) em termos
de esfericidade e diâmetro da partícula:
(36)
2
33
2
2
175,1
1150 S
b
b
eq
S
b
b
eqL
vD
vDH
P
O primeiro termo da equação de Ergun é predominante
para o regime laminar,
O segundo termo tem maior importância para valores mais
elevados de Reynolds, devido ao termo quadrático de
velocidade.
Leito Porosos
30
Exemplo 1:
As propriedades físicas de sementes de maça, secas a 30ºC
com teor de umidade de 0,442 kg água/kg, foram obtidas
experimentalmente em laboratório. A densidade do leito de
sementes foi de 706,9 kg/m3, com densidade aparente de
1232,7 kg/m3 e altura de 0,4 m. O diâmetro médio da
partícula foi determinado experimentalmente a partir de
dados obtidos pela passagem das sementes entre 2 peneiras
de aberturas consecutivas sendo seu valor igual a 7,253 mm.
A densidade do ar de secagem a 30ºC é de 1,167 kg/m3 e a
viscosidade é 1,988 x 10-5 Pa.s. As condições estudadas
foram: (i) perda de carga = 998,8 Pa exercida com
velocidade = 0,922 m/s; (ii) perda de carga = 1217,8 Pa
exercida com velocidade = 1,027 m/s. Determine a
esfericidade efetiva das sementes de maça.
Tipos de leito
31
Leitos tem princípios semelhantes, mas apresentam
diferenças em seu funcionamento.
Escolha do leito depende do tipo de material e da OP
envolvida no processo.
Leitos mais utilizados: fixo, fluidizado, vibrofluidizado e
jorro.
Fixo Vibro Jorro Fuidizado
Aumento da TC e TM;
Maior v de reação
(uniformidade do leito);
Fácil escoamento em
dutos;
Estrutura simples;
Compactos e baixo
custo
Dificuldade em manter
T;
Aglomerados
Baixo
consu
mo de
energi
a;
Não
forma
aglom
erados
Facilitar a fluidização;
Redução do t
processo;
Redução da qqtdade
de ar;
Uniformidade de
aglomerantes;
Eliminação de zonas
mortas;
Maior custo
equipamento.
Movimento cíclico
do leito;
Contato efetivo
entre fluido e
partícula;
Altas taxas de TC e
TM;
Bom controle de T
no interior;
Difícil estabelecer
regime
fluidodinâmico larga
escala.
Leito fixo
Fluido escoa através de uma fase sólida particulada
estacionária.
Velocidade do fluido (v) é menor que a velocidade mínima
necessária para o leito expandir (vmf);
v < vmf (velocidade mínima de fluidização);
Leito não fluidiza – partículas permanecem estáticas.
Exemplos de leito fixo: colunas de destilação, secagem,
extração s-l.
Leito fixo
Perda de carga
ΔP em leito fixo é proveniente: tubulações, placa de orifícios,
ciclone etc e pelo leito de partículas;
ΔP em leito fixo é determinada:
Regime laminar – NRe,p < 10 Regime turbulento – NRe,p > 100
S
b
b
esfL
vDH
P3
2
2
1150
2
3
175,1 S
b
b
esfL
vDH
P
Regime de escoamento desconhecido
2
33
2
2
175,1
1150 S
b
b
esf
S
b
b
esfL
vD
vDH
P
Ergun
Koseny-Carman Burke-Plumer
Leito fixo
Potência de bombeamento
A potência de bombeamento do fluido através do leito é determinada pela equação (37):
QPQP
mP
Po
(37)
Po = potência (W);
m = vazão mássica (kg/s);
Q = vazão volumétrica (m3/s).
Leito fixo Exemplo 2
Sementes de maracujá dispostas em um secador semi-industrial de leito
fixo são submetidas ás seguintes condições: velocidade do ar 0,7 m/s e
temperatura de 50ºC (ρar=1,095 kg/m3; µar = 2,05 x 10-5 Pa.s). A altura do
leito fixo é de 20 cm e as dimensões da bandeja do secador são 70 x 80
cm. A variação das dimensões das sementes, bem como da porosidade do
leito para diferentes unidades, foram obtidas em laboratório, com valores
representados na Tabela abaixo.
Adote a esfericidade das sementes constantes ao longo do processo e
igual a 0,76. Determine a potencia do ventilador para atender as condições
desejadas do secador.
Xw (kg/kg total) Dp (mm) εb (adimensional)
0,493 5,034 0,357
0,408 4,967 0,366
0,295 4,922 0,372
0,211 4,894 0,374
Leito fluidizado
Estado de fluidização no leito: equilíbrio entre a força de
atrito das partículas sólidas e o fluxo ascendente.
Sólidos suspensos ou fluidizados: aumento da velocidade do
fluido, aumento da resistência até se igualar ao peso dos
sólidos;
Fluidização: circulação dos sólidos junto com o fluido;
Não há existência de regiões estagnadas;
Não há diferenças significativas de temperatura;
Velocidade de escoamento necessária fluidizar sólidos – vmf
– velocidade mínima de fluidização;
Sólidos suspensos no fluido – v=vmf;
Expansão do leito: mantém as características do leito fixo,
mas com maior porosidade;
Sistemas G-S, quando v>vmf: instabilidade do leito, formação
de bolhas ou canais;
Elutriação: arraste de partículas mais leves para o fluido.
Leito fluidizado
Hf
v>vmf
Comportamento do leito
fluidizado, com formação de
bolhas ou canais, qdo leito
atinge a altura de
fluidização na condição de
v>vmf.
HL
Hmf
Hf
Hf
v<vmf v=vmf v>vmf v>vmf
Leito fluidizado
Perda de carga
Força de arraste causa a dissipação da energia mecânica,
essa dissipação deve incluir a energia para converter o
empuxo estático original da partícula em um estado não fluidizado para o empuxo dinâmico no estado fluidizado.
No instante que a fluidização começa a queda de pressão
por atrito deve ser dada pelo peso específico da suspensão
corrigida pela coluna hidroestática:
gH
P
dz
dPpb
L
))(1(
(44)
Igualando a ΔP por atrito da eq. (44) considerando a
porosidade do leito (εb= εmf):
gH
P
dz
dPpmf
mf
))(1(
(45) gHP pmfmf ))(1( (46)
Leito fluidizado
Velocidade mínima de fluidização (vmf)
vmf – parâmetro fundamental mais importante na fluidização;
vmf – representa a transição entre o leito fixo e o fluidizado;
vmf – determinada experimentalmente, obtendo dados de ΔP
x v.
Assim como a ΔP, a vmf pode ser calculada de acordo com o
regime de escoamento.
(47)
Fluidização incipiente, a ΔP da eq (45), para fluido
newtoniano, pode ser igualada a eq de Ergun (36) (Kuni).
2
33
2
2
175,1
1150))(1( mf
mf
mf
eq
mf
mf
mf
eq
pmf
mf
vD
vD
gH
P
Considerando:
2
3
Re
)(;
gDN
DvN
pp
Ar
pmf
mf
Leito fluidizado
Velocidade mínima de fluidização (vmf)
Rearranjando a equação (47) e introduzindo a definição de
Deq, tem-se:
(48)
Conhecimento dos parâmetros: Deq, ρp, ρ e µ e de NRemf e
da esfericidade, para resolver a equação (47), para obter
NRemf e então a vmf.
Regime laminar
– NRe,mf < 20
Regime turbulento
– NRe,mf > 1000
32
75,1
)(mf
peq
mf
gDv
)1(150
)( 32
mf
mfpeq
mf
gDv
(49)
Leito fluidizado
Exercício 1 Deseja-se desidratar sementes de maracujá em um secador semi-industrial
de leito fluidizado de seção transversal de 70 cm x 80 cm, utilizando ar a
temperatura de 50 ºC (ρar = 1,095 kg/m3; µar = 2,025 x 10-5 Pa.s). A altura
do leito no seu estado fixo equivale a 20 cm e as propriedades físicas das
sementes de maracujá, em diferentes umidades, estão apresentadas na
tabela. Adote a esfericidade das sementes constante ao longo de todo
processo e igual a 0,76. Determine a velocidade mínima de fluidização e a
potência (equação 37) do ventilador do secador semi-industrial de leito
fluidizado.
Xw (kg/kg total) Deq (mm) ρp (kg/m3)
0,493 5,034 1108,0
0,408 4,967 1114,4
0,295 4,922 1110,9
0,211 4,894 1092,3
Resposta: vmf = 1,47 m/s e P0 = 1,9 HP
Leito vibrofluidizado Leito convencional com aplicação de vibração mecânica;
Aplicação da vibração mecânica: aumento da TC e TM;
Aplicações em materiais particulados de características adesivas e
pastosas;
Atenua zonas mortas de canais preferenciais e reduz bolhas.
Perda de carga
n
mvfmf PP (50)
ΔPmvf – perda de carga no leito vibrofluidizado (Pa);
ΔPmf – perda de carga no leito fluidizado (Pa);
Γ – intensidade da vibração (adm);
n – constante adimensional.
g
fou
g
vv
22 2
(51)
ppDn 241,015,0 (52)
λv – amplitude de vibração (m);
ω – veloc. Angular de vibração (rad. s)
f – frequencia de vibração (Hz)
Velocidade mínima de vibrofluidização
2/1
1
vf
mfmvf vv (53)
mg
AP smvfvf
1
1(54)
Γvf – intensidade de vibração na vmvf;
ΔPmvf – perda de carga de mínima vibração (Pa)
m – massa do leito (kg)
As – área de seção transversal do leito (m2)
Leito vibrofluidizado
Exercício 2 Com as informações referentes ao leito e as partículas do exemplo 1, cuja
massa é 80 kg, calcule a perda de carga, a velocidade mínima de
vibrofluidização e a potência necessária que um ventilador deverá exercer
para desidratar sementes de maracujá por meio de um secador semi-
industrial de leito vibrofluidizado sob as seguintes condições de vibração:
i) Amplitude de 2 cm e frequencia de vibração de 4 Hz;
ii) Amplitude de 2 cm e frequencia de vibração de 5 Hz;
iii) Amplitude de 2,5 cm e frequencia de vibração de 4 Hz.
Respostas:
i) ΔPmvf = 1,15 kPa, vmvf = 1,331 m/s, Po = 0,86 kW = 1,15 HP;
ii) ΔPmvf = 0,59 kPa, vmvf = 0,952 m/s, Po = 314 kW = 0,42 HP;
iii) ΔPmvf = 0,82 kPa, vmvf = 1,126 m/s, Po = 519 kW = 0,69 HP.
Fonte
Superfície do leito
Jorro
Espaço anular
Interface jorro-
espaço anular
Base cônica
Entrada do fluido
Di
HL HC
Leito de jorro
Aplicado na secagem, recobrimento de partículas, mistura de
sólidos etc;
Por meio de movimentos cíclicos promove contato efetivo
entre fluido e sólido particulado.
HL – altura total do leito;
HC – altura da coluna;
DC – diâmetro da coluna;
Di – diâmetro interno do tubo alimentador
Principais parâmetros ligados ao
projeto de equipamentos de leito
de jorro:
- Perda de carga em função da
vazão do fluido;
- Perda de carga no jorro estável;
- Velocidade mínima de jorro;
- Altura máxima do jorro estável.
Leito de jorro
HL – altura total do leito;
HC – altura da coluna;
DC – diâmetro da coluna;
Di – diâmetro interno do tubo alimentador;
fa – fator de atrito interno entre 1,25 e 3,2 (adm).
Perda de carga
Perda de carga no jorro é a queda de pressão que ocorre
durante o funcionamento estável do leito;
Estabilidade do leito: dimensões do leito e propriedades das
partículas;
Perda de carga máxima: ocorre um pouco antes do jorro ser
estabelecido.
L
p
C
i
abL
máx
H
D
D
D
fgH
P4,348,0
8,6
(54)
Condição inicial
do leito, redução
de ΔP
Início do jorro
Condições mínimas
de velocidade em que
ainda tem jorro.
Indica a vmf e
a ΔPmáx
Leito de jorro
Velocidade mínima de jorro (vmj)
Menor velocidade superficial do fluido na qual o jorro ainda
existe;
Parâmetro fluidodinâmico dependente das características do
geométricas do sistema e dos parâmetros físico químicos
dos fluidos e das partículas.
vmf aumenta com aumento da altura do leito e com a
diminuição do diâmetro da coluna.
2/13/1)(2
pL
C
i
C
p
mj
gH
D
D
D
Dv (55)
Altura máxima de jorro estável (HL)
3/1
3/4
)(
)(67,0
p
CL
D
DH (56)