Upload
vukhuong
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP
RELATÓRIO FINAL
PROJETO GOTA LEGAL – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Escola de Artes, Ciências e Humanidade – USPSão Paulo
Fevereiro, 2008
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP
RELATÓRIO FINAL
PROJETO GOTA LEGAL – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Este trabalho foi financiado pelo
Programa Ensinar Com Pesquisa da pro Reitoria de Graduação da USP
Autor: Hermom Reis SilvaOrientadora: Profa. Dra. Rita Yuri Ynoue
São Paulo, fevereiro de 2009.
Escola de Artes, Ciências e Humanidade – USPSão Paulo
Fevereiro, 2008
2
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
SUMÁRIO
RESUMO 41. Introdução 52. Revisão |Bibliográfica 7
2.1. Os teóricos e suas contribuições: bibliografias principais 72.2. Os teóricos e suas contribuições: bibliografias complementares 112.3. Teorias de Aprendizagem e Educação Ambiental 112.3.1 Educação Ambiental 12
3. Análise do Pré-teste e seleção dos alunos 13 3.1 Pré-teste da primeira Turma de 5ª e 6ª séries 15 3.2 Pré-teste da segunda Turma de 7ª e 8ª séries 184. Projeto Gota Legal – Educação Ambiental 21
4.1 Introdução 23 4.2 Justificativa e Problema 23 4.3 Objetivo 23 4.4 Metodologia 24 4.5 Resultados 25 4.6 Discussão de Resultados 26 4.7 Conclusão 27
4.7 Considerações Finais 285. Agradecimentos 296. Bibliografia 29Anexo 1 32Anexo 2 33Anexo 3 34Anexo 4 50Anexo 5 51
RESUMO
Ao promover o ensinar com pesquisa o presente projeto, Gota Legal Educação
Ambiental, fez o uso do conhecimento da importância da água para a vida da Terra a fim de
inserir o aluno no estudo do meio ambiente. Com o objetivo de introduzir princípios em
educação ambiental seu ensino esta voltado ao uso dos recursos naturais. A partir de uma
metodologia baseada em uma aprendizagem significativa (MOREIRA,1997), participativa e
reflexiva, (SCHON,1997) além dos conhecimento interdisciplinares teóricos e práticos. Não
3
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
obstante à ausência de políticas que visem à racionalidade e o uso consciente dos diversos
recursos naturais e ambientais, este trabalho assume a sua responsabilidade socioambiental.
Levando ao aluno o paradigma de que interagimos com o meio ambiente, portanto somos
indissociáveis. Colaborar com o ensino á prática da sustentabilidade foi uma meta, onde,
tornar o aluno um “agente” da natureza, de maneira que este venha preservá-la, para esta e
futuras gerações foi, e é o maior desafio de ensino deste e de outros projetos em educação
ambiental. Para isso nota-se a importância de se começar na Educação Fundamental, de tal
forma a poder alcançar a mais tenra idade. Possibilitando que o aluno, através do saber
aprendido, possa alcançar uma grande parcela da sociedade, uma vez que o processo
aprendizado/conscientização dos alunos pode ser transmitido aos seus pais, parentes,
comunidade etc.
1. INTRODUÇÃO
“O advento da água encanada e das garrafas de água nos fizeram esquecer que, antes de fluir
através de canos e de ser vendido para os consumidores em garrafas de plástico, esse recurso
é uma dádiva da natureza” (SHIVA, 153, 2006).
Segundo Vandana Shiva, uma cientista e socialista indiana, a Índia vive um grande
período de escassez e privatização de fontes de águas subterrâneas. Fontes estas que eram
utilizadas pelo povo de maneira coletiva nos mais diversos meios sociais tais como agrários,
sanitários, lazer etc. A água potável é um bem limitado e se encontra disponível apenas 4
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
quando há possibilidade de renovação de sua fonte, seja ela subterrânea(aqüíferos) seja ela
superficial(corpos d´agua). O que aconteceu com a Índia foi uma apropriação indevida de
suas mais ricas e abundantes fontes de água potável como relata Shiva em seu livro Guerras
Por Água. Multinacionais vêm explorando e esgotando este recurso visando apenas à
produção e o lucro, dentre elas a agrícola geneticamente modificada que por sua vez necessita
de uma grande quantidade de água.
No Brasil a escassez acontece de forma diferente, mesmo contendo 1,18% de toda a
água doce da Terra (ANA, 2005), devida a distribuição geográfica desta água não acontecer
de forma regular. Mais da metade de toda nossa água doce se encontra na Amazonas,
aproximadamente 75%, onde temos apenas 6% da população brasileira (REBOUÇAS, 2006).
Hoje o Brasil, assim como a Índia, porém em escalas menores, vive períodos de escassez em
grandes cidades com praticamente 100% de urbanização como a Região Metropolitana de
São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro onde temos pouca água potável para uma grande
quantidade de pessoas. Além da reduzida disponibilidade per capita de água nestas regiões
urbanas encontramos outros fatores que comprometem, além de encerarem reservatórios
hídricos tais como a poluição, contaminação provocada por indústrias e pela agricultura,
ocupação desordenada e loteamentos irregulares entorno de áreas de mananciais etc. Fatores
assim tornam o bem hídrico (água) caro e em algumas cidades do país escasso.
Necessitamos da água para viver, logo este bem não é opcional e sim necessário, mas
tanto na Índia como no Brasil freqüentemente constatamos a comercialização deste recurso,
antes concedido de forma “gratuita” pela natureza, seja pela sua degradação através do uso
irracional como forma de tentar “frear” o desperdício através da cobrança pelo uso, seja
através da privatização que visa apenas o lucro. Diversos povos na índia percorrem grandes
distâncias para a aquisição da água potável, enquanto que aglomerados urbanos como São
Paulo têm suas fontes hídricas cada vez mais distantes e raras.
Podemos concluir que a água ao se tornar escassa tende a ficar cada vez mais cara. No
Brasil ainda podemos contar com alguns artifícios que visem à preservação de nossas
reservas, dentre estes a educação ambiental. Preservar, conscientizar e utilizar de maneira
racional é um dos objetivos principais da educação ambiental.
5
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Através da água podemos falar sobre a preservação dos recursos minerais, da poluição
e da preservação da natureza. Sendo assim utilizaremos a água para mostrar as conseqüências
da má utilização de nossas reservas naturais. Em sua primeira versão o projeto Gota Legal
tratou do uso racional da água e princípios de interferência na cultura de desperdício, nesta
versão utilizaremos a água para tratar de seus fatores limitantes tais como a poluição, o lixo e
a preservação de áreas de mananciais. Devido à magnitude do problema utilizaremos
exemplos de outros países, entretanto nos limitaremos a Região Metropolitana de São Paulo
(RMSP). Além de ser objetivo do projeto o ensino de princípios de educação ambiental que
visem à preservação do meio ambiente e a utilização racional dos recursos nele disponíveis.
Seja ela a sala de aula, seja ele o planeta, a conscientização de que se não preservar o meio
ambiente em que vivemos sentiremos conseqüências drásticas, além de limitarmos cada vez
mais os recursos naturais, como exemplo a reduzida disponibilidade de água potável na
RMSP devido a ausência de seu uso racional, é indispensavelmente necessária (SILVA;
YONE, 2007).
Por fim este projeto visou o enriquecimento da formação acadêmica do professor.
Tratou-se ainda de um aprofundamento do projeto “A importância da Educação nas Escolas
do Uso Racional da Água” desenvolvido durante o ano de 2007 na Escola Estadual Duglas
Teixeira Monteiro, que teve grande aceitabilidade por parte de seus alunos, professores e
direção. A primeira fase se deu com uma revisão do projeto anterior, bem como a pesquisa
bibliográfica complementar, constatando seus erros e acertos. A partir de então foram re-
elaboradas aulas específicas do conteúdo de ciências como interdisciplinares, focando, então,
a Educação Ambiental. Sendo o seu público alvo: 20 alunos da 5ª, 10 da 6ª séries e 10 alunos
da 7ª do Ensino Fundamental da Escola Estadual Douglas Teixeira Monteiro. Localizada na
Rua Oscar Campiglia, 529, São Paulo – SP. Como fase conclusiva os resultados foram
apresentados no 1o Simpósio de Educação Ambiental de Suzano, além da apresentação
prevista para o mês de maio/2009 no Primeiro Simpósio de Iniciação Cientifica da Escola de
Artes, Ciências e Humanidade – USP.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A presente pesquisa apresentará, a fim de validar a importância do projeto, o
arcabouço dos teóricos, bem como os temas interdisciplinares, relacionando-os com a
6
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
educação ambiental. Além de uma breve síntese sobre a pesquisa em aprendizagem utilizada
como apoio pedagógico para a arquitetura da metodologia de aulas do projeto. Para tanto
foram escolhidos alguns teóricos e suas contribuições como bibliografia principal além de
algumas citações e leituras de apoio como bibliografia complementar.
2.1 Os teóricos e suas contribuições: bibliografias principais
Tendo a água como tema principal deste projeto, onde a mesma se tornou um viés para
a inserção do estudo ao meio ambiente bem como os recursos nele disponíveis, uma das
bibliografias principais deste projeto foi o livro “Águas doces do Brasil” sob a organização e
coordenação científica de Aldo Rebouças, Benedito Braga e José Galizia Tundisi, 2006. Bem
como o estudo realizado por Rebouças como a “Água doce no Brasil e no Mundo” e “Os
recursos hídricos e o futuro: síntese” de Tundisi, Braga e Rebouças. Daqui extraímos
assuntos como o ciclo da água, a disponibilidade de água doce no Brasil e no Mundo. Além
da importância de se preservar a água potável, uma vez que segundo estes teóricos ela é finita
e deve ser preservada através de diversas ações dentre elas a educação que vise seu uso
racional e a interferência na cultura de desperdício.
Para discutir sobre a água e suas relações com a área verde, além de sua escassez em
diversas partes do mundo, destacou-se a presença da pesquisadora Indiana Vandana Shiva e
seu livro “Guerra Por Água: privatização, poluição e lucro”. Onde obtivemos dados
técnicos sobre a escassez de água na Índia, México e Bolívia. A cobrança pelo seu uso e a
posse de grandes multinacionais que visam apenas o lucro, em contra partida poluem a fontes
de água superficiais e subterrâneas. Além da possibilidade de fazer uma analogia dos
impactos ambientais ocorrentes nos reservatórios naturais de água e área de mananciais da
Índia com as represas, rios e áreas de mananciais da RMSP.
“A destruição de reservas de águas e de bacias florestais e aqüíferos é uma forma de
terrorismo. Negar às populações pobres acesso à água, ao privatizar sua distribuição ou poluir
nascentes e rios, também é terrorismo”. (SHIVA, 14, 2006).
Represas como Billings, Guarapiranga e Cantadeiras são reservatórios hídricos que
por sua vez dependem de uma determinada região arbórea e de toda vegetação, (região de
manancial) que garante, parcialmente, a renovação da carga hídrica destes reservatórios.
7
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Entretanto o que percebemos ao longo dos tempos é uma ocupação de loteamentos
desordenada e sem planejamento cada vez maior (VIERA, 2007).
“As florestas nativas cumprem a função estratégica de funcionar como barreiras
naturais à desertificação, a erosão genética, á perda de recursos biológicos, à fragmentação de
ecossistemas e às catástrofes naturais” (AGNDA 21, 2000, pg, 43).
Percebemos aqui diferentes problemas que corroboram para a degradação da natureza,
pois, a remoção da área verde que além de comprometer as reservas hídricas compromete o
solo, podendo até ser erodido, condiciona o surgimento de enchentes devido a
impermeabilidade do solo, etc. Na Índia, cidade Cherapunji, foi registrada, segundo SHIVA,
a região com a maior taxa de precipitação atmosférica do mundo, hoje devido ao
desmatamento diversos riachos desapareceram da região (SHIVA, 2006).
A poluição lançada ano após ano em rios e mananciais são fatores assustadores, pois,
São Paulo tem registrado em sua historia a “morte” de um trecho de seu rio mais importante,
o Rio Tietê, devido à poluição urbano-industrial e de esgoto doméstico (DESCOBRINDO O
TIETÊ, 2007). Sem dúvida estes efluentes são um dos fatores que limitantes de a água para
fins potáveis.
Sobre a questão do lixo, suas conseqüências e ações sustentáveis para o seu fim, o
autor escolhido foi Sabetai Calderoni e seu livro “Os Bilhões Perdidos No Lixo”. Devido ao
fato deste teórico discutir em sua obra literária a importância de se utilizar a reciclagem e a
coleta seletiva a fim de preservar os recursos naturais. Ao falar da limitação de que a RMSP
tem para destinar as toneladas diárias de resíduos sólidos produzidas por dia, o autor ressalta
que esta ação, reciclar, é uma media indiscutivelmente viável quando se trata da preservação
de água, matéria primas, energia e a proteção ambiental.
“Os fatores que tornam a reciclagem do lixo economicamente viável convergem, todos
eles, para a proteção ambiental e a sustentabilidade do desenvolvimento, pois referem-se à
economia de energia, à economia de matérias-prima, à economia de água e à redução da
poluição do subsolo, do solo, da água e do ar.” (CALDERONI, 2003, pg 321).
Para a elaboração das aulas, bem como a utilização de conceitos sobre
8
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
desenvolvimento sustentáveis, utilizou-se como embasamento teórico a Agenda 21. Bem
como suas propostas e definições de sustentabilidades:
“O conceito de desenvolvimento sustentável ganhou múltiplas dimensões, na medida em que
os estudiosos passaram a incorporar outros aspectos das relações sociais e dos indivíduos com
a natureza:
Sustentabilidade ecológica: refere-se à base física do processo de crescimento e tem
como objetivo a manutenção de estoques de capital natural incorporados às atividades
produtivas.
Sustentabilidade ambiental: refere-se à manutenção da capacidade de sustentação dos
ecossistemas, o que implica a capacidade de absorção e recomposição dos
ecossistemas em face das interferências antrópicas” (AGENDA 21, 200, pg 28).
O ensino à sustentabilidade foi constantemente abordado no projeto, onde se esperou do
aluno um entendimento relacionando os fatores sociais e ambientais como temas
indissociáveis. Justificando assim a utilização do termo socioambiental.
Para a abordagem dos temas Noção de Natureza, definição de Ambiente e Meio
Ambiente Especifico, Recursos Naturais e Ambientais, foram utilizados diversos autores,
entretanto de grande embasamento teórico para a metodologia do projeto, bem como a
abordagem de diversos tópicos, fez-se o uso do artigo “Noção De Natureza, Ambiente, Meio
Ambiente, Recursos Ambientais e Recursos Naturais” de Richard Domingues Dulley.
DULLEY infere que o homem ao modificar a natureza, que segundo ele é o mundo
natural, transforma-a em natureza modificada construindo assim um ambiente especifico.
Neste o homem encontra “conjunto de diferentes elementos inter-relacionados indispensáveis
para sobreviver”. O autor ainda define ambiente, como sinônimo de natureza, sendo o
conjunto de todos meios ambientes (DULLEY, 2004).
O autor ao apresenta definições de outros autores de recursos naturais como uma
componente do meio ambiente “(relacionada com freqüência à energia) que é utilizada por
um organismo”, ou ainda, como algo disponível na natureza para suprir as necessidades do
homem, ou de um organismo qualquer (DULLEY, 2004). Quando encontrados disponíveis,
9
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
ou passíveis de serem utilizados, em um ambiente especifico estes recursos são denominados
de recursos ambientais, exemplo: ar, solo, vegetação, água, fauna, flora etc. Na relação entre o
homem e seu meio ambiente específico e a natureza deve haver equilíbrio ecológico
constante. Garantindo não só a sua espécie qualidade de vida, mas há outras espécies o
mesmo direito. Logo, a utilização de seus recursos ambientais deve gerar o mínimo de
impacto ambiental.
A definição de impacto ambiental adotada neste projeto foi segundo o Conselho Nacional do
Meio Ambiente:
“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetam:
I. a saude, a segurança o bem-estar da população;
II. as atividades sociais e econômicas;
III. a biota;
IV. as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V. a qualidade dos recursos ambientais” ( CONAMA n. 001, de 23 de janeiro de 986, art.
1º.)
Na abordagem de temas sobre impactos ambientais foram destacados os tópicos acima.
Diversas políticas, informações e a educação se empenham em amenizar estas ocorrências
antropocêntricas. De maneira que o homem não se “gradue” senhor da natureza.
2.2 Os teóricos e suas contribuições: bibliografias complementares
Para introduzir o aluno no estudo do meio ambiente foi abordado o tema sobre o
surgimento do universo, bem como suas teorias. O projeto contou com a participação do
colega Zaqueu Vieira de Oliveira, aluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza 6º
semestre EACH/USP, o qual ministrou a segunda aula do projeto abordando o presente tema:
“O nosso objetivo nesse projeto foi mostrar a cronologia desde origem do universo e de sua
composição até o momento atual, focando na origem da água e a importância dessa substância
para a vida na Terra” (OLIVEIRA, 2008).
10
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Sendo as bibliografias deste tema o filme: “Terra Um planeta Fascinante”, “O Universo:
Teorias sobre sua Origem e Evolução”, de Roberto de Andrade Martins e Experimentos de
Astronomia para o Ensino Fundamental de Roberto Boczko Ortiz.
Alem destas bibliografias, fez-se o uso de relatórios como o de Mônica Porto, “Série
Água Brasil 3 Recursos Hídricos e Saneamento na Região Metropolitana de São Paulo Um
Desafio do Tamanho da Cidade” que disponibilizassem dados técnicos e estatísticos sobre a
disponibilidade hídrica da RMSP, além das consultas nos sites Prefeitura de São Paulo,
Agencia Nacional da Água, Ministério Do Meio Ambiente, Plano Nacional de Recursos
Hídricos etc.
2.3 Teorias de Aprendizagem e Educação Ambiental
Para o desenvolvimento da metodologia das aulas, bem como a escolha dos
mecanismos de avaliação, fez-se o uso de teóricos como Donald A. Schon e seu artigo
“Formar professores e a sua formação.” Onde se discute sobre a importância de o docente
refletir sobre a sua profissão: ou seja, sobre a aula, o aluno, o aprendizado idiossincrático,
coletivo, o ensino ensinado e o aprendido, o saber figurativo e o saber formal. Daí se pôde
adotar mecanismos como a produção dos relatórios pelos alunos e subseqüente a leitura deste
pelo professor. Esta relação corroborou para as revisões, bem como possíveis reparos na
linguagem adotada nas aulas, e a constante preocupação de tornar acessível e interativo ao
aluno o conhecimento ministrado.
Também se fez o uso da Teoria da aprendizagem significativa de Ausubel. Quando
confirmamos a nossa hipótese de que o aluno possuía um conhecimento prévio sobre a
importância da água, supostamente oferecido pela mídia, revistas e internet, denominado por
Saber Figurativo segundo SCHON, a preocupação então foi a de tornar este saber formal. Na
Teoria da Aprendizagem esta informação prévia sérvio, supostamente, de ancora para a
introdução de novos conceitos.
“Para Ausubel, aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma nova
informação relaciona-se com um aspecto especificamente relevante da estrutura de
conhecimento do individuo, ou seja, este processo envolve a interação da nova informação
com uma estrutura de conhecimento específica, a qual Ausubel define como conceito
subsunçor, ou simplesmente subsunçor” (MOREIRA, 199, pg,153).
Uma vez que o intuito do projeto, bem como a meta principal, foi o oferecimento de
11
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
um ensino de qualidade, por esta razão partimos de uma informação preexistente a fim de
refiná-la e ao longo das aulas, através do subsunçor, introduzir novos conceitos. Um exemplo
foi a noção de que o aluno tem de que cuidar da natureza não incluir cuidar da sua escola, o
fato de não jogar lixo na rua e a ação de desperdiçar água. Entretanto, reconhece a
importância de que precisamos cuidar da natureza (Resultados da aplicação do pré-teste). Ao
utilizar mecanismos como reconciliação integrativa, procurou-se ampliar e recombinar os
conceitos previamente existentes na estrutura cognitiva dos alunos. A fim de organizar os
diversos conteúdos oferecidos construímos, durante as aulas, o seguinte mapa conceitual
(figura 1).
Figura1: Mapa conceitual utilizado para resumir as aulas do projeto
2.3.1 Educação Ambiental
Segundo a Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de
Janeiro em 1992, o conceito de Educação Ambiental se refere à:
“A Educação Ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões socioeconômicas,
política, cultural e histórica, não podendo se basear em pautas rígidas e de aplicação
universal, devendo considerar as condições e estágio de cada país, região e comunidade, sob
uma perspectiva histórica. Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão
da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos
elementos que conformam o ambiente, com vista a utilizar racionalmente os recursos no
presente e no futuro” (BRASIL, 1996)
12
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Ou seja, um tipo de educação voltada para a preservação do meio ambiente, bem como
o uso racional de seus recursos para esta e futura geração. Sendo o objetivo de este ensino
alcançar modelos de desenvolvimento sustentáveis e sustentabilidade, ambos, adaptados às
necessidades ambientais de uma região, cidade, estado ou pais.
Sobre a importância da relação entre o homem e a natureza, os diversos fatores éticos,
políticos, históricos e sociais, com o objetivo de utilizar modelos de uma educação especifica,
fez-se o uso do artigo “EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL: Direito Constitucional ou
Necessidade Social?” dos autores Matheus de Souza Lima-Ribeiro e Eveline Borges e o livro
“EDUCAÇÃO AMBIENTAL Uma Abordagem Pedagógica Dos Temas Da Atualidade” do
Programa Nacional Biblioteca do Professor do MEC. Destes extraímos a importância e a
necessidade, cada vez mais constante, de uma educação que acompanhe o desenvolvimento
econômico de maneira a reduzir os impactos ambientais, e otimizar o uso da água, solo, ar etc.
Além de apresentarem um diagnóstico dos Ecossistemas Brasileiros e seus impactos
ambientais locais:
“Amazônia: Com uma área de aproximadamente 5 milhões de Km2, cerca de 57% do
território nacional, e abrigo de 40% das reservas de florestas tropicais úmidas remanescentes
no planeta, esta região sofre constantemente com o desmatamento e queimadas. Esta ação
além de contribuir com a emissão de gases responsáveis por alterações climáticas, corroboram
com o aumento da extinção de diversas espécies;
Cerrados e Pantanais : Com uma área de aproximadamente 2 milhões de Km2, ambos os
ecossistemas apresentam uma diversidade de animais e vegetais. Entretanto, estima-se que
um terço destas regiões já sofreram alterações humanas por: garimpo, onde ocorre
contaminação do solos, rios e cursos de água através do uso de metais como mercúrio,
atividades agropecuárias, onde há remoção da vegetação nativa e uso intensivo de agrotóxico,
e por fim o crescimento urbano, onde o avanço populacional traz consigo o desmatamento e a
poluição de rios, solos, ar etc.
Semi-árido: Com uma área de aproximadamente 430 mil Km2 onde a caatinga é a vegetação
predominante. Esta região é marcada pela ação humana, onde sua paisagem natural já foi
quase que 100% substituída por pastagem e culturas diversas. Nesta região há impactos
ambientais tais como uso inadequado do solo, onde uma parte significativa dos solos
encontra-se esgotadas devido à má utilização. Seca e irrigação, a falta de água, contornada
pela irrigação, gerou a salinização das terras, além de fontes de água contaminadas por
13
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
agrotóxico;
Mata Atlântica: Ocupava uma área de 1,3 milhões de Km2, era o segundo maior ecossistema
brasileiro e hoje responde por apenas 4% de sua antiga extensão. Apesar disto ainda há áreas
remanescentes confinadas em reservas e parques. Os principais impactos desta região foram o
desmatamento, ao longo do período histórico a ocupação litorânea do Brasil levou à
exploração da Mata Atlântica até o limite da exaustão. E a poluição, em Cubatão, pólo
petroquímico de São Paulo, a poluição do ar gera diversas conseqüências que vão desde
problemas respiratórios à avalanches de terra;
Araucária e Pampa: Hoje este ecossistema esta reduzido a uma região de 210 mil Km2, o que
representa apenas 20% da extensão original. Os impactos ambientais registrados nesta região
foram o desmatamento, exploração do pinheiro brasileiro voltada para a exportação, além da
expansão da agricultura ter intensificado esta ação. E a erosão e desertificação, os campos
característicos dos pampas são geralmente utilizados para a produção de arroz, milho, trigo e
soja. O uso intensivo do solo e as queimadas levaram à perda da fertilidade natural, à erosão e
a formação de grandes áreas desertificadas” (MEC, 1994).
A revisão bibliográfica condicionou um aprofundamento sobre o tema da água, bem
como um conhecimento mais estrito do meio ambiente e seus recurso e sobre os diversos
tipos de impactos ambientais. Além da pesquisa sobre aprendizagem e avaliação que foram
utilizadas na arquitetura das aulas e avaliação dos alunos. Por fim, buscou-se realizar uma
relação entre a contribuição bibliográfica dos autores dos termos técnicos e os autores da área
pedagógica, a fim de produzir uma pesquisa significativa com a responsabilidade
socioambiental.
A partir desta etapa se deu inicio a segunda fase do projeto: aplicação do pré-teste, o
qual teve por objetivo a seleção dos alunos e aproveitamento na arquitetura final das aulas, e
subseqüente a ministração das aulas.
3 SELEÇÃO DOS ALUNOS E ANÁLISE DO PRÉ-TESTES – realizado em 29/08/2008
A seleção dos alunos de 5ª e 6ª séries que realizaram o questionário pré-teste teve
como objetivo a leitura e compreensão de um texto: a “Fábula do Sangue Azul (ANEXO 1),
além da realização de uma pesquisa que focou o desperdício de água e a produção de lixo
residencial. Os alunos de 7ª e 8ª responderam um questionário e um texto sobre a preservação
da água potável com base na leitura prévia: Lixo fator limitante de água potável (ANEXO 2).
A seguir a análise das tarefas realizadas por ambas turmas.
14
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
3.1 Pré-teste da primeira Turma de 5ª e 6ª séries
Com base no texto Fábula do Sangue Azul o qual abordou temas sobre o desperdício e a
escassez da água, foram propostas aos alunos as seguintes perguntas:
1. O que é o sangue azul e o que a humanidade tem feito de ruim com ele?
2. Qual a sua participação, ou ainda, o que você faria para preservá-lo?
E uma pesquisa:
3. Durante três dias em sua casa seja um fiscal da natureza e observe:
a) Quantas vezes por dia em sua casa seus familiares, incluindo você, desperdiça
água em suas atividades?
b) Há muita produção de lixo em sua casa?
Metodologia: Ao aluno interessado em participar do projeto foi proposto a leitura da Fábula
do Sangue Azul, um breve texto lúdico que destacou, dentre os planetas do sistema solar, a
Terra e a importância da água para a manutenção da vida, de seus fenômenos, etc. Com o
objetivo de chamar a atenção do aluno para tal importância, a água foi denominada por
“sangue” azul. Assim, associou-se o sucesso da biodiversidade a este sangue. Além de
observar que a ausência de vida em outros planetas do sistema solar se deve, também, a
ausência deste “sangue”. Ao fim do texto o aluno deveria realizar a tarefa de: responder as
questões e realizar uma pesquisa sobre desperdício de água e produção de lixo residencial.
Para tal realização o aluno teve um prazo de três dias. Os 30 alunos selecionados foram os que
responderam todas as questões e se empenharam em realizar a pesquisa durante os três dias
propostos.
Objetivo do teste: Analisar a compreensão dos alunos referente ao texto: A Fábula do
Sangue Azul. Avaliar o empenho da pesquisa realizada ao longo dos três dias proposto. Uma
vez que as resposta e a pesquisa foram utilizadas para a arquitetura das aulas. Por fim realizar
a seleção dos alunos.
Resultado do pré-teste
15
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Referente à questão 1: O que é o “sangue azul” e o que a humanidade tem feito de ruim
com ele?
• Todos os alunos selecionados compreenderam que o “sangue azul”, na fábula, era a água.
• Referente à questão 2: Qual a sua participação, ou ainda, o que você faria para
preservá-lo?
Todos os alunos reconhecerem que deveriam participar na preservação da água potável. E
quando a pergunta se referiu ao que o aluno faria para preservá-la as respostas foram:
• 73% dos alunos, 22, não jogariam lixo na rua, nos rios, praças etc. Ou seja,
reconheceram o lixo como o maior fator limitante de água potável;
• 90% dos alunos, 27, além de identificarem o lixo como um problema, economizariam
água não desperdiçando em banhos, lavando calçadas, com torneiras abertas, e usando
apenas o necessário. Estes reconhecem o lixo e o desperdício como dois dos maiores
fatores limitantes de água potável;
• 10% dos alunos, 3, preservariam as florestas, os rios e fariam mais represas.
Referente à pesquisa:
a) Quantas vezes por dia em sua casa seus familiares, incluindo você, desperdiçam água
em suas atividades?
• 97% dos alunos, 29, durante os três dias presenciaram o desperdício de água em
suas residências;
• 73%, 22 alunos, disseram ser o banho demorado a maior causa deste desperdício,
30% dos alunos, 9, disseram ser a lavagem de calçadas e quintais a maior causa
deste desperdício;
• Apenas um aluno respondeu não haver desperdício de água em sua casa, M. P.
Silva da 5B: “Em casa temos esta preocupação sempre, tentamos ao máximo
economizar, não demoramos no banho, minha mãe ao lavar as louças desliga a
torneira na hora de ensaboar, o quintal de casa é lavado com a sobra da água de
enxágüe das roupas, há sempre uma cobrança “economizar para nunca faltar”.
16
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
b) Há muita produção de lixo em sua casa?
• Dos 30 alunos, 87% responderam que havia muita produção de lixo;
• 4 alunos, 13%, disseram haver pouca produção de lixo, além de realizaram a
coleta seletiva.
Discussão dos resultados
Os alunos não encontraram nenhuma dificuldade em responder a questão um, além
de associar a idéia de sangue com a vida. Uma vez que a água, denominada pela fábula por
sangue azul, é a substância geradora e mais importante para que haja vida na Terra.
Sobre a segunda questão, percebe-se que mesmo reconhecendo o lixo e o
desperdício de água potável, como dois dos maiores fatores limitantes deste recurso, os alunos
presenciaram em suas residências estas ações: alta produção de lixo sem se preocupar com o
seu fim e a prática constante de banhos demorados, longas lavagens de calçadas, torneiras
abertas ao ensaboar as louças e ao escovar os dentes, etc.
Uma pequena minoria dos alunos, 3, porém de extrema importância, reconheceu
que a área verde é importante para a preservação dos corpos d´agua.
Resultados alcançados: A coleta de dados foi de extrema importância uma vez que se tornou
possível conhecer, ainda que parcialmente, a clientela a ser inserida no projeto, além de
colaborar com a arquitetura final das aulas.
Resultados não alcançados: A aplicação do teste não ocorreu de forma homogenia, pois em
algumas séries não foi possível a aplicação no mesmo dia por motivos de falta de aula.
Conclusão: Logo, justifica-se a importância, bem como a necessidade, do ensino de
Educação Ambiental no Ensino Fundamental. Pois, nota-se que os alunos têm um
conhecimento prévio de desperdício de água, poluição etc, mas todos exceto um, 97%,
presenciram e até participaram destas ações. As aulas do projeto levaram em consideração o
conhecimento prévio dos alunos, além de adequá-las a metodologia e ao ambiente escolar.
Aproximar o conhecimento teórico com à pratica da sustentabilidade foi um dos maiores
17
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
objetivos do projeto. Daí importância de tornar o aluno um “agente” da natureza que preserve
de maneira racional os recursos naturais através do ensino/aprendizagem e venha a disseminá-
los em sua família, escola sociedade etc.
3.2 Pré-teste da segunda Turma de 7ª e 8ª séries
Para os alunos da 7ª e 8ª foi proposto um questionário pré-teste e a dissertação de uma
redação sobre poluição e lixo como fatores limitantes de água potável. Os alunos tiveram
como leitura prévia o texto: Lixo fator limitante de água potável (ANEXO 2) sobre a
importância da água para a vida na Terra e, ainda, ações humanas como a produção de lixo
como um fator limitante de água potável.
Apenas 10 alunos da segunda turma permaneceram até o fim do projeto, sendo estes
da 7ª série. 10 alunos da 8ª série foram selecionados, mas só compareceram nas duas
primeiras aula. Segundo estes o não comparecimento no projeto se deu pela quantidade de
tarefas acumuladas durante o período de greve dos professores no segundo semestre de 2008.
A seguir as perguntas do pré-teste:
Recomendações: Para o presente teste, não gaste mais de 5 segundos em cada questão. Não
se preocupe com as suas respostas, apenas seja sincero (a). Não rasure a resposta e responda a
caneta.
1. Você desperdiça água durante o dia? Sim___ Não___
2. Você joga lixo na rua? Sim___ Não ____
3. Você cuida da natureza? Sim___ Não____
4. Quantas vezes você jogou lixo na rua semana passada? uma___ duas___
varias___ nenhuma____
5. Sobre a sua escola, você tem o habito de conservá-la? Sim___ Não ____
6. Você gosta de pisar na grama macia? Sim____ Não ____
7. Quantas vezes você escreveu em sua carteira na escola? uma___ duas vezes___
nenhuma__ varias____
18
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Metodologia: Foram aplicadas 7 perguntas sobre desperdício de água, lixo, natureza e
conservação do ambiente escolar. Estas perguntas serviram pra a realização de uma análise
prévia no que se referiu ao “conhecimento parcial” do aluno bem como suas ações referentes
aos temas: água e lixo. Também foi proposto ao aluno a produção de um texto referente a
conservação das fontes e reservatórios de água potável. Para a seleção do projeto o texto teve
maior peso seletivo.
Objetivo do teste: Analisar o conhecimento prévio dos alunos através das perguntas do pré-
teste. Analisar o empenho do aluno na produção de um texto sobre a sua idéia para acabar
com as ações humanas que limitam as fontes de água potável, bem como a escolha do título
individual, o desenvolvimento e a pesquisa sobre o tema.
Resultados do pré-teste
1. Ao responderem sobre o desperdício de água durante o dia obtivemos as seguintes
respostas: 60%, 6 alunos, responderam que sim e 40% responderam que não.
2. Ao responderam sobre jogar lixo na rua obtivemos as seguintes respostas: 60%
responderam que sim e 40% que não.
3. Ao responderem sobre cuidar ou não da natureza: 80% responderam que sim e 20%
que não, entretanto dos alunos que responderam sim: todos têm o habito de jogar lixos
ruas.
4. Quando a pergunta se refere quantas vezes o aluno jogou lixo na rua semana passada,
temos uma contradição de algumas respostas: Todos jogaram pelo menos uma vez,
inclusive os 40% que responderam não na questão 2. Os demais alunos, 60%: 40%
disseram ter jogado duas vezes e 20% ter jogado várias vezes.
5. Ao perguntamos se o aluno tem o habito de conservar a escola: 80% responderam que
sim e 20% que não.
6. Sobre pisar na grama macia: 100% dos alunos responderam que sim, aqui entendemos
que os alunos desconhecem a “fragilidade” da grama em se manter viva ao ser pisada.
Ou ainda não possuem o habito de ler as placas: Favor não pisar na grama, por fim a
pergunta pode ter sido “mal formulada”.
19
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
7. Quando perguntamos quantas vezes o aluno escreveu na carteira de sua escola: Todos
os alunos escreveram pelo menos uma vez: 30% uma vez, 40% várias vezes e 30%
duas vezes. Aqui também é observada a ação de depedração até pelos alunos, 80%,
que se declaram conservadores da escola.
Discussão do pré-teste
Mesmo simples, no presente teste foi possível notar que o aluno se “caracteriza como
um desperdiçador de água”, bem mais da metade. Conhece sobre da necessidade de não jogar
lixo rua, entretanto joga. 60% dos alunos na questão 2 disseram não jogar lixo na rua e logo
em seguida, na questão 4, afirmaram ter jogado pelo menos uma vez em uma semana. A
contradição das respostas sugere que há uma incoerência entre o saber e o fazer. Um
distanciamento entre a teoria e a prática. Segundo TUNDISI(2005) existe no país uma cultura
de desperdício de água e a educação ambiental é uma das ações que pode, e interfere, nesta
situação. Observou-se um ato de depedração escolar e o desconhecimento de se cuidar da
natureza. Tornar o aluno um “agente” da natureza que por vez venham cuidar de seu meio
ambiente, seja ele a escola, as ruas ou a sua residência, usar racionalmente os recursos
naturais nestes disponíveis, tais como a água, por fim preservá-los não poluindo com o lixo
foi uma tarefa pretendida pelo projeto e acreditamos que parcialmente alcançada.
Discussão dos textos dissertativos
Todos os alunos selecionados para o projeto fizeram bons textos. Os assuntos por
eles abordados foram os mais diversos, desde a inclusão de educação sobre o tema com
maiores freqüências nas escolas a inserção de maiores proteções nas fontes de água potável.
A seguir citações de alguns alunos:
Título: Acabando com a poluição. Aluna: E. V. da Silva, 7A “ Eu colocaria mais lixeiras de
reciclagem nas ruas para que as pessoas tenham consciência e não joguem lixo nas ruas e
calçadas”.
Título: Solução para a água. Aluna: L. Pereira, 7ªA “ Hoje em dia tudo que o homem
inventou está afetando a natureza. Para acabar com a contaminação das fontes de água potável
temos que economizar energia, não jogar lixo no chão e nos rios, e parar de contaminar o
20
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
pouco de água doce que nos resta no mundo”.
Título: Não há. Aluna: N. J. Rocha, 7a B “Poderia colocar mais reservatórios de águas, telas
de proteção nos rios e lagos mais importante para impedir a poluição e contaminação”.
Título: Não há. Aluna: J. M. da Silva, 7ª B “Colocaria aulas em todas as escolas (pelo menos
com mais freqüências) de como economizar água”.
Seleção dos alunos
Para a escolha dos alunos os textos foram avaliados referentes à escolha do título
como abordagem no tema oferecido, desenvolvimento do texto bem como a idéia individual
de cada aluno, a pesquisa realizada para o enriquecimento e justificativa de seu título, o prazo
de entrega e o empenho na realização deste. Dos alunos participantes apenas 10 e todos da 7ª
série cegaram até o fim do projeto.
A seleção dos alunos foi necessária devido a grande procura do projeto e um número
limite de vagas. Além da analise prévia do conhecimento destes sobre o tema, o projeto em
seu primeiro contato pretendeu conhecer e adaptar-se a sua futura clientela. Além de realizar
um ensino/aprendizagem de qualidade referente à educação ambiental ao seu público alvo.
4. PROJETO GOTA LEGAL – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
4.1 INTRODUÇÃO
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o ensino fundamental:
“A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de
cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo
comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global. Para
isso é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar
com atitudes, com formação de valores, com o ensino e aprendizagem de procedimentos. E
esse é um grande desafio para a educação” (PCN – MEIO AMBIENTE, 1998, pg, 187). Ou
seja, o trabalho pedagógico na educação ambiental deve centrar-se no desenvolvimento de
21
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
atitudes e posturas éticas, e no domínio de procedimentos, e não apenas na aprendizagem
estrita de conceitos.
O PCN – MEIO AMBIENTE ainda sugerem conteúdos reunidos em três blocos:
- A natureza “cíclica” da Natureza;
- Sociedade e meio ambiente;
- Manejo e conservação ambiental.
Com relação ao primeiro bloco, um dos ciclos mais importantes do ponto de vista
ambiental é o da água. É importante, por exemplo, que, ao observar a água de um riacho ou
a que sai de uma torneira, os alunos se perguntem de onde ela vem, por onde passou e
aonde chegará e reflitam sobre as conseqüências desse fluxo a curto e longo prazos, na sua
vida e na natureza, e, acima de tudo, saibam que a qualidade dessa água está diretamente
relacionada com as ações do ser humano.
A ação do homem e a conseqüente tendência de escassez de água em quantidade e
qualidade suficientes para os objetivos do uso humano merecem destaque. Estima-se que
até 2050 nosso planeta tenha entre 9 e 11 bilhões de habitantes; e mais de 20% da
humanidade poderá sofrer com a ausência de água potável (SHIKLOMNOV, 2005).
Outro tópico que merece atenção, e de certa forma afeta a qualidade das águas, é a
produção de lixo. Estima-se que na Região metropolitana de São Paulo (RMSP) esta
produção aproxima-se de 12 toneladas por dia. Parte deste lixo é jogada em vias públicas
tornando-se potencial poluidor de rios, e colaborando para a proliferação de doenças. Seu
acúmulo pode entupir bueiros gerando enchentes em zonas urbanas (SABESP, 2006).
Além disso, a ausência de áreas verdes em locais como a RMSP, bem como sua
verticalização, tem gerado diversos problemas ambientais urbanos que vão desde
problemas respiratórios, devido à poluição, até enchentes causadas pela impermeabilização
do solo devido à enorme concentração de asfalto e concreto (ALABI, 1997).
4. 2 JUSTIFICATIVAS E PROBLEMA
O presente trabalho teve a sua origem a partir da revisão bibliográfica, bem como
outras adaptações, do projeto “A importância da Educação nas Escolas do Uso Racional da 22
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Água”, desenvolvido no ano de 2007 na E.E. Duglas T. Monteiro. Nele podemos observar a
ausência de temas na proposta pedagógica da escola tais como o ciclo da água e seus
múltiplos usos, o uso racional de água potável, problemas ocasionados pelo lixo e o
desconhecimento de sua decomposição, o que, de certa forma, justifica para que o homem
torne a rua sua “grande lixeira”. Também se pôde notar o desconhecimento dos alunos sobre a
importância de áreas verdes para a preservação da água doce. Entretanto, o conhecimento da
importância da água para vida na Terra, muita das vezes através de um saber figurativo, é
presenciável. O então “conhecimento” tornou-se âncora para a inclusão do estudo dos
recursos naturais, bem como uma revisão detalhada sobre água, o solo, as florestas, o ar etc.
“O modo pelo qual se dá o uso de recursos naturais é determinante no processo de
desenvolvimento sustentável, em qualquer de suas dimensões. É fundamental e indispensável,
assim, que a sociedade incorpore a visão de que os recursos naturais só estarão disponíveis
para a atual e as futuras gerações se utilizados de modo racional, compatível com a
preservação e os tempos de regeneração e recuperação dos que foram utilizados” (AGENDA
21, 2000, pg, 30).
A conscientização se faz necessária. Uma vez que devemos ensinar nossos filhos,
alunos e pequenos cidadãos os valores sobre o meio ambiente, a água bem como os recursos
neles disponíveis. “No entanto, valores e compreensão só não bastam. É preciso que as
pessoas saibam como atuar, como adequar prática e valores, uma vez que o ambiente é
também uma construção humana, sujeito a determinações de ordem não apenas naturais, mas
também sociais” (PCN – MEIO AMBIENTE, 1998, PG, 201). Daí a importância de um
ensino que priorize uma correlação entre e o saber teórico e o prático (SILVA; YONE, 2007).
4.3 OBJETIVOS
Dar seguimento ao trabalho “A importância da Educação nas Escolas do Uso Racional
da Água”, bem como ampliá-lo visando o estudo da preservação do ambiente e os recursos
naturais. Ou seja, pretende-se ensinar princípios em educação ambiental. Os objetivos
específicos foram:
- Elaboração de um programa de educação ambiental para o estudo dos recursos
naturais, a partir da importância da água como tema chave;
- Tal programa deve ter uma abordagem interdisciplinar, contemplando as sugestões
dos PCN’s de meio ambiente.
23
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Tais objetivos culminaram em aulas que foram ministradas para 20alunos de 5a, 8 de
6ª e 10 de 7ª séries do Ensino Fundamental da Escola Estadual Duglas Teixeira Monteiro.
(ANEXO, 3)
4.4 METODOLOGIA
As aulas foram preparadas a partir de uma relação com a água e sua importância para a
vida. Tal alcance deverá a partir da revisão bibliográfica do projeto “A importância da
Educação nas Escolas do Uso Racional da Água”, bem como análise de seus resultados. Para
o conteúdo interdisciplinar, foram realizadas pesquisas complementares tanto de conteúdos
específicos quanto pedagógicos.
Os levantamentos de dados específicos, também, foram obtidos por meio de agências
ambientais, não-governamentais e estatais, como a SABESP, CETESB, visando o
conhecimento da atual situação de reservas de água doce no estado, país e planeta, bem como
o histórico e possíveis cenários futuros; os impactos ambientais tais como a importância de se
cuidar do lixo produzido; a preservação e a importância das áreas verdes para a preservação
de mananciais, etc. A pesquisa complementar visou o enriquecimento do tema meio ambiente
e recursos naturais descritos no item 2.1 e 2.2.
Conforme o PCN de meio ambiente, “grande parte dos assuntos significativos para os
alunos é relativa à realidade mais próxima, ou seja, sua comunidade, sua região. Por ser um
universo acessível e familiar, a localidade pode ser um campo de práticas, nas quais o
conhecimento adquire significado, o que é essencial para o exercício de participação”. Assim,
foi realizado uma pesquisa pelos alunos da 5ª e 6ª sobre assuntos como desperdício da água e
produção de lixo item 3. Na elaboração das aulas do projeto o conhecimento prévio dos
alunos foram considerados.
Após a coleta e análise dos materiais citados foi dado início à arquitetura da
metodologia de ensino sobre o tema. Como resultado, elaborou-se um material metodológico
sobre importância da água para a vida na Terra e um programa de educação sobre recursos
naturais. A aplicação se realizou em 10 aulas no ensino de ciências na Escola Estadual de
Ensino Fundamental e Médio Duglas Teixeira Monteiro. O presente material também poderá
ser utilizado tanto na disciplina de Ciências da Natureza quanto na disciplina de Metodologia
de Ensino em Ciências da Natureza – Educação Ambiental.
24
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
4.5 RESULTADOS
Resultados alcançados: Os resultados alcançados no projeto se deram através de
mecanismos de avaliação (ANEXO 4) que medissem a aprendizagem significativa, individual
e coletiva. Por fim através destes mecanismos alcançamos os seguintes resultados:
A maioria dos alunos (~85%) obtiveram aproveitamento na avaliação do projeto igual
ou maior que 50%.
Atividades como relatórios, trabalhos e provas durante e após a aula foram essenciais
para o desenvolvimento do aprendizado do aluno;
As aulas de campo que enriquecem o tema se tornando artifícios pedagógicos que
além de elevar a auto-estima do aluno o introduziu no estudo e compreensão da ação
humana como forma modificadora da natureza (figura 2);
Figura 2: Aula no parque da Ciências e Tecnologia 31/10/08.
A interdisciplinaridade presente nas aulas corroborou com a consolidação sobre a
importância da sustentabilidade para a preservação dos recursos naturais, tais como às
fontes de água potáveis e o incentivo a coleta seletiva;
A inovação na metodologia de ensino de ciências, de 5ª a 8ª foi essencial para o
sucesso do objetivo principal do projeto: o ensino de Educação Ambiental e os
recursos naturais a partir da importância da água.
Resultados não alcançados: Para uma melhor avaliação do projeto notamos a ausência
de mecanismos que avaliassem a prática dos alunos, tais como pesquisas individuais, etc.
Entretanto devido ao curto período de aplicabilidade do projeto a presente ação se torna
difícil e até impossível em alguns dos casos.
4.6 DISCUSSÃO DOS RESUTADOS
A fim de obter a análise para medir o conhecimento aprendido e o ensinado buscou-
25
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
se avaliar o aluno com os relatórios, sua participação nas aula teóricas e de campo, trabalhos
em grupos sobre os temas das aulas e por fim a realização de uma prova que abordasse todos
os temas (ANEZXO 4). Os resultados favoráveis foram em virtude da seriedade e da
responsabilidade socioambiental assumida pelo projeto, uma vez que a educação deve ser um
dos mecanismos que ofereça um ensino de qualidade para a preservação do meio ambiente e
seus recursos. Mesmo sendo uma educação complementar e de curto período percebemos que
projetos assim são de grande valia e aceitabilidade pelo seu público alvo, ou seja, pequenos
cidadãos. Pequenos, porém conscientes em plena fase de construção do conhecimento. Uma
fase louvável de investimento em cultura, lazer e como foco deste projeto em educação
ambiental.
O ensino de educação ambiental tornou-se possível graças ao apoio financeiro da Pró-
reitoria da USP, a direção e coordenadoria da Escola Estadual Duglas Teixeira Monteiro que
permitiu a aplicabilidade do projeto e a presença dos colegas do Curso de licenciatura em
Ciências da Natureza, em especial, Igor Ferreira Batista, Marcos Henrique da Costa e Zaqueu
de Oliveira. Por fim a presença dos alunos, como fator primordial, foi indispensável para o
sucesso do projeto. Pois, mais de 85% dos alunos obtiveram um aproveitamento igual ou
superior a 50% na avaliação do projeto (figura 3)
Figura 3: Gráfico de avaliação do Projeto Gota Legal – Educação Ambiental
4.7 CONCLUSÃO
O projeto teve seu início acreditando que os alunos, certamente reconheceriam a água
como fator primordial para vida. A hipótese foi confirmada no início na aplicação do
26
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
questionário pré-teste quando os alunos da Tuma 2, 7ª série, fizeram o texto sobre o tema:
Lixo como fator limitante de água. Todos eles em suas idéias reconheceram a importância da
água. Entretanto, percebemos que este saber se distância da prática quando 67% dos alunos
responderam que desperdiçavam água em suas atividades. Além dos 97% dos alunos da 5ª e
6ª séries terem participado e presenciado o desperdício de água durante a pesquisa realizada
por eles em três dias. O lixo também foi uma problemática tratada ao longo do projeto como
uma ação humana limitante de recursos naturais como a água, alem de seu destino como ruas,
locais públicos, rios etc. não serem destinos corretos para os resíduos sólidos.
O aluno também teve o contato com uma APA (Área de Proteção Ambiental) onde
ele pode ver o recurso florestal e saber sobre a sua importância ( 2 aula de campo, Parque da
Ciência e Tecnologia). Por fim os alunos tiveram aulas sobre a poluição do ar, solo, água e
suas conseqüências denominadas: Impactos Ambientais.
Percebeu-se que o aluno tinha um saber figurativo, segundo SCHON, é quando há
uma contextualização e agrupamentos situacionais que vão implicar em conceitos e opiniões.
Temas como a água, mudanças climáticas lixo e desmatamentos são divulgados com uma alta
freqüência pela televisão ou ainda pela internet. Supostamente o aluno obtém estas
informações nestes mecanismos de informação. Entretanto, muitas das vezes não há uma
relação entre este saber e o saber formal (escolar) (SCHON, 1997). Correlacionar o saber
figurativo com o formal a fim de atingir o prático foi o maior empenho do projeto. Ao ensinar
o aluno a interferir na cultura de desperdício praticando o uso racional da água e a preservar o
seu meio ambiente, como a prática à coleta seletiva e a reciclagem, foi uma meta que a
principio acreditamos ter alcançado. Porém sabemos que diversos fatores podem corroborar
para seu esquecimento, uma vez que vivemos em uma cultura de desperdício (TUNDISI,
2005) e que tem apenas 28% de seu lixo destinado a locais corretos (AGENDA 21). Ou
ainda, para seu enriquecimento devido a existência de diversos projetos em educação
ambiental e a existências de profissionais que visem o ensino da sustentabilidade. Uma vez
que a sua garantia é concedida por lei:
“Artigo 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e a
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente” ( CONSTITUIÇÃO FEDERATIVA, 1988)
27
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Entretanto, o presente direito só tem validade quando devidamente cobrado e exercido
por todas a instância, familiar, governamental, sociedade e escolar. por fim não seria uma
redundância, ou ainda meras repetições, lembrar que este projeto exerceu a sua
responsabilidade socioambiental ao ministrar um ensino de Educação Ambiental aos alunos
do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries.
“O trabalho pedagógico com a questão ambiental centra-se no desenvolvimento de atitudes e posturas
éticas, e no domínio de procedimentos, mais do que na aprendizagem estrita de conceitos.”
4.8 CONSIDERAÇÃO FINAIS
Na ultima aula levamos o aluno a um possível entendimento de que “ao degradar o
meio ambiente e os seus recursos colaboramos para o surgimento da fome, miséria, doenças
etc. Ou seja, a questão ambiental abrangendo as diversas esferas. Daí a importância do
investimento na Educação Ambiental. Visto que vivemos em um mundo onde o conceito de
meio ambiente e sustentabilidade é dinâmico e se encontra em construção, meio às
desigualdades diversas surge uma pergunta: Educação Ambiental par quem e por quê ?
“A natureza não tem preferência e o homem, apesar de todo seu gênio, não vale mais para ela do que qualquer um dos milhões de espécies que a vida produziu” (LENOBLE, 1969)
Assim o homem ao modificar a natureza produziu, e produz, diversos impactos
ambientais degradando e limitando á água, ao ar, as florestas, o solo e diversos outros
recursos naturais e ambientais sem precedentes desde o advento da revolução industrial.
Tornar-se crucial e de extrema importância o uso de medidas preventivas, de maneira que
evitem a exaustão dos recursos ainda disponíveis.
Educar um cidadão a viver em seu ambiente, além de preservá-lo, e entender que
ambos interagem no espaço e no tempo; que suas ações, quando não premeditadas põe em
risco a sua espécie, além de extinguir diversas outras; que o uso racional da água, de outros
recursos naturais, além de uma necessidade, é uma maneira harmônica e passiva de viver em
pleno equilíbrio ecológico; é a missão de educadores que visem a Educação Ambiental como
um mecanismo promotor da cidadania. Sétimos gratos pela mera oportunidade de interferir
na formação de conhecimento dos alunos que participaram do projeto. E entendendo que o
processo do conhecimento e dinâmico acreditamos que nosso público alvo entendeu a
28
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
necessidade de conhecer, preservar e interferir no meio ambiente, vendo a relação homem e
natureza como algo indissociável.
5. AGRADECIMENTOS
Meus meros agradecimentos são destinados a Jesus por tudo; pela dedicação, ajuda e
apóio à pesquisa concedida pela minha orientadora Profa. Dra. Rita Yuri, Ynoue; aos colegas
Igor Batista, Marcos Henrique e Zaqueu Oliveira pela inestimável ajuda nas aulas teóricas e
de campo; à E.E. Duglas Teixeira Monteiro por conceder o espaço e os alunos; à Pró-Reitoria
de Graduação da USP a qual financio este trabalho através do programa “Ensinar com
Pesquisa”.
6. BIBLIOGRAFIA
AGENDA 21 BRASILEIRA. Junho de 2000, pg, 86. Ano III.
ALABI, Elian, Lucci. Geografia: O Homem No Espaço Global 1 ed, Saraiva. São Paulo, SP,
1997.
BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, 1988.
DAEE. 2001. Plano de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê. Consórcio ENGER. São
Paulo.
MIKO, P. Descobrindo o Tietê. Horizonte. São Paulo, 2007.
MOREIRA, M. A. O Ensino: Mapas Conceituais E Aprendizagem Significativa. Revista
Galáico Portuguesa de Sócio-Pedagogia e Sócio-Linguistica, Pontevedra/Galácia/Espanha e
Braga/Portugal, No 23 a 28: 87-95, 1988.
NOVAES, W. A Terra Pede Água. Secretaria do Meio Ambiente, Ciências E Tecnologia –
SEMATEC. Governo do Distrito Federal – GDF. Brasília, 1992.
OLIVEIRA, Z. V. Demonstração da Teoria do Big Bang para alunos do Ensino Fundamental.
Escola de Artes, Ciências e Humanidade. São Paulo, 2008.
PARÂMETRO CURRICUARES NACIONAIS Ciências Naturais eixo Meio Ambiente.
PCNs. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998.
29
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS. Ministério do Meio Ambiente,
Secretaria de Recursos Hídricos. – Brasília, DF: MMA, 2006.
PORTO, M. Série Água Brasil 3 Recursos Hídricos e Saneamento na Região Metropolitana
de São Paulo: Um Desafio do Tamanho da Cidade, Banco Mundial, Brasília, DF, 2003.
PURA. Programa de Uso Racional da Água, SABESP. São Paulo, SP, 2006.
REBOUÇAS, A. de C. Águas doces no Brasil: Água doce no Mundo e no Brasil, Escrituras.
São Paulo, SP, 2006.
RIBEIRO-LIMA, M. S. de.; VILELA. E. B. EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL:
Direito Constitucional ou Necessidade Social . Revista Didática Sistêmica. Rio Grande, RG,
2007.
SALITI, E; LEMOS, H. M in: Águas doces no Brasil: Água e desenvolvimento sustentável,
Escrituras. São Paulo, SP, 2006.
SCHON, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, Antonio
(Coord.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicação Don Quixote/ Instituto de
Inovações Educacionais, 1997.
SHIKLOMNOV, I. “Word Fresh Water Resources”. In: TUNDISI, J. G; TUNDISI, T. M. A
Água, PUBLIFOLHA, São Paulo, SP, 2005.
SILVA, R. T; PORTO, M. F. do A. Gestão urbana e gestão das águas: caminhos da
integração, ESTUDOS AVANÇADOS Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 17 (47),
2003.
SHIVA, V. Guerra Por Água, privatização, poluição e lucro. Radical Livros. São Paulo, SP,
2006.
VIANNA, A.; MENEZES, L.; IÓRIO, A. C.; RIBEIRO. V. M. (org). EDUCAÇÃO
AMBIENTAL – Uma Abordagem Pedagógica Dos Temas Da Atualidade. MEC – FAE.
Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Rio de Janeiro, RJ,1994.
30
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
VIEIRA, C. & MOURA, C. Mãe Terra. Minuano. São Paulo, SP, 2007.
Secretaria da Educação de São Paulo (SEE. SP). ÁGUA, Hoje e Sempre: Consumo
Sustentável. SEE. SP. São Paulo, 2004.
Consulta em sites:
Ministério do Meio Ambientehttp://www.mma.gov.br. Consulta em, 15 de abril de 2007.
Plano Nacional de Recursos Hídricoshttp://pnrh.cnrh-srh.gov.br. Consulta em, 20 de abril de 2007.
World Water Development Report – UNESCO /Nações Unidashttp://www.unesco.org/water/wwap Consulta em, 10 de abril de 2007.
IBGE. 2006. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. http://www.ibge.gov.br.
Filmes:
TERRA UM PLANETA FASCINANTE. Discovery Channel. Edição Especial.
ORIGENS CÓSMICAS DO BIG BANG À HUMANIDADE. Projeto ver Ciências. SNCT,
2007.
31
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
ANEXO 1 FÁBULA DO SANGUE AZUL
32
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
ANEXO 2 ( TEXTO: LIXO FATOR LIMITANTE DE ÁGUA POTÁVEL).
33
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
7 (ANEXO 3) ANÁLISE DAS AULAS TEÓRICAS E PRÁTICAS
A presente análise se refere às aulas teóricas de ensino/aprendizagem de Educação
ambiental do Projeto Gota Legal a partir da importância da água para a vida na Terra. Em
uma visão panorâmica foram abordados assuntos como a produção de lixo, desmatamento,
poluição como fatores de ações humanas que tendem a exaurir os recursos naturais. A
primeira etapa teve como objetivo ensinar o conceito de Recursos Naturais, Natureza,
Ambiente, Meio Ambiente, Natureza Modificada além do Equilíbrio Natural Da Terra.
Concluindo com o conhecimento da importância de se preservar os Recursos Naturais, a
começar da água. Os alunos foram divididos em duas turmas: 1ª Turma 5ª e 6ª séries dás
08h00min as 09h40min. 2ª Turma 7ª e 8ª séries das 09h40min às 10h30min e das 10h50min
às 11h40min. A seguir a seleção dos alunos e análise do pré-teste, das aulas bem como os
resultados alcançados e não alcançados de cada turma.
7.1 1ª Aula de introdução: UNIVERSO, TERRA, ÁGUA E VIDA – ministrada em
05/09/2008
Na presente aula ocorreu a socialização das turmas e apresentação do projeto. Bem como
o seu objetivo principal: preservar os recursos naturais a partir da importância da água para
vida na Terra. Como leitura prévia a aula teve a exibição de um trecho do filme: Terra um
Planeta Fascinante. Em seguida ocorreu o comentário do filme e a apresentação do projeto
destacando os seguintes tópicos:
34
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
1 A participação será de extrema importância uma vez que a avaliação de seu
desempenho ocorrera constantemente;
2 As aulas do projeto farão divididas em três partes: teóricas, práticas (aulas de campo) e
a avaliação;
3 O aluno terá como tarefa ao término de todas as aulas a produção de um relatório que
visa avaliar o aluno, com o ensino aprendido, e o professor, com o ensino ensinado.
O projeto pretende explorar uma aprendizagem além de conceitos que vise notas, elogios,
recompensas etc. Nosso principal objetivo, como educadores ambientais, é o de formar
cidadãos conscientes que preservem o meio ambiente, os recursos naturais nestes disponíveis.
Crianças e adolescentes que reflitam em suas práticas cotidianas e saibam aplicar nelas o
saber escolar. Segundo Donald Schon este seria o esforço do professor em ir de encontro ao
conhecimento prévio do aluno, denominado por ele de “reflexão-na-ação”, articulando-o com
o saber formal. Além de revê constantemente o saber ensinado com a finalidade de torná-lo
coerente ao saber aprendido (SCHON, 1997).
Objetivo: Apresentar aos alunos a importância do projeto como uma educação complementar
na qual não visa simplesmente notas ou conceito, antes pretende ensinar o aluno a participar e
zelar pelos recursos naturais, a partir da importância da água potável para qualidade de vida.
Conteúdo pragmático:
1. A importância do projeto como educação complementar que visa a otimização dos
recursos naturais, além do conhecimento sobre a disponibilidade de água potável na
Terra, no Brasil e na RMSP.
2. A importância dos recursos naturais, a partir do hídrico, para a qualidade de vida;
3. O método de avaliar do projeto, individual e coletivo.
Metodologia: Dividida em duas turmas: primeira com os alunos da 5ª e 6ª séries, no período
das 08h00min às 09h50min e a segunda com os alunos da 7ª série. A aula teve seu início com
a apresentação do projeto e a importância de se preservar a água doce destinada para o
consumo humano. Pois segundo Rebouças, 2006, sua disponibilidade se encontra em torno
de 0,3%, o que nos desperta uma tenção especial para sua preservação. Em seguida ocorreu a
35
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
exibição parcial do filme: Terra Um Planeta Fascinante. Logo após foram discutidos temas
como aquecimento global, poluição das águas, a remoção da área verde e a produção de lixo
como ações humanas que modificam a natureza e limitam a utilização dos recursos naturais.
Por fim foi apresentado a educação ambiental como uma medida preventiva que visa a e a
inclusão do aluno na pratica sustentabilidade.
Resultados da aula
Resultados alcançados: A aula de apresentação foi realizada a partir de uma socialização
com as turmas. Os alunos se mostraram ansiosos, além de terem criado diversas dúvidas e
questões que serão elaboradas o longo do projeto.
Resultados não alcançados: Por questões de reuniões pedagógicas o projeto sofreu um
atraso de duas semanas. Infelizmente estes atrasos não são bons.
Discussão dos resultados
Esta aula norteou questões sobre o surgimento do universo, de onde veio a água e qual
a sua função para o surgimento da vida. Os alunos compreenderam bem os trechos exibidos
pelo filme Terra um Planeta Fascinante.
7.2 Aula 2: BIG BANG - Ministrada em 12/09/2008 por Zaqueu de Oliveira,
convidado e colaborador do projeto.
Nesta aula discutiu-se a origem do universo, bem como mitos e teorias a fim de
compreender alguns fenômenos e leis físicas. Além de adotar a teoria mais aceita, o Big
Bang, para dar inicio ao estudo. Com o objetivo de introduzir o conceito de meio ambiente a
partir de uma visão macro espacial, ou seja, entender o surgimento do universo, a Terra
Primitiva, e por fim as condições ambientais que condicionaram o surgimento da vida. Por
fim destacar neste primeiro momento a importância da água como um dos recursos naturais
de maior importância para o surgimento da vida na Terra.
Objetivo: Introduzir o aluno no estudo do meio ambiente a partir da origem do universo, a
importância da água como fator primordial para existência da vida na Terra, além de
conceituar o homem no tempo como um agente modificador da natureza em seu favor.36
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Conteúdo pragmático
1. Origem do universo e do sistema solar e do Planeta Terra – mitos e teorias;
2. A importância da água para o surgimento da vida.
Metodologia: A aula foi ministrada pelo colega e colaborador do projeto Zaqueu de Oliveira.
Dividida em duas turmas: primeira com os alunos da 5ª e 6ª séries, no período das 08h00min
às 09h50min e a segunda aula com alunos da 7ª e 8ª séries. Parte da aula foi expositivas e
parte interativas utilizando vídeos e outras atividades dinâmicas. No primeiro módulo da aula
foram abordados os temas: A Origem do Universo na Mitologia e na Religião. A aula
expositiva mostrou três formas diferentes de se ver a origem do universo. Nesse módulo
pedimos para os alunos pensarem nos fatos que são semelhantes e diferentes em cada mito.
No segundo módulo os temas: O Big Bang e a Expansão do Universo fizemos, com o
objetivo de mostrar como foi idealizada essa Teoria e como ela explica a origem do universo,
em seguida foi exibido um vídeo “Origens Cósmicas Do Big Bang À Humnidade” que
mostrou a evolução do Universo, Sistema Solar e do Planeta Terra à humanidade e seus
impactos ambientais. Depois fizemos uma atividade em grupos de 5 alunos, mas que foi
entregue individualmente. Essa atividade consistia em um texto que deveria ser completado
com palavras-chave relacionadas ao vídeo mostrado anteriormente e depois uma cruzadinha
que deveria ser respondida comas mesmas palavras do texto. Na atividade foram distribuídos
uma cópia para cada aluno. Cada módulo foi muito dinâmico e interativo, pois os alunos
tiveram a oportunidade de tirar suas dúvidas e esclarecer diversos conceitos relacionados ao
assunto.
Resultados da aula
Resultados alcançados: Tanto na primeira turma quanto na segunda houve muito mais
alunos do que o projeto pôde comportar, mas nos apitamos e a aula fluiu. Os alunos
participaram argumentando e realizando atividades durante a aula.
Resultados não alcançados: Entretanto, não foi possível continuar com mais de 30 alunos
que participaram apenas da primeira aula, uma vez que capacidade máxima do projeto foi de
40 alunos, quando havia 72.
37
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Discussão dos resultados
O conteúdo da aula foi muito extenso, entretanto alguns temas foram apresentados na
aula 1 e serão revistos constantemente, alem da visita a estação Ciência e o tópico Vida
Primitiva, servirem de parte complementar e ilustrativa para esta aula. Foi de extrema
importância a presença do Colega Zaqueu que através de sua didática simples e dinâmica
realizou a tarefa de introduzir o aluno no estudo do meio ambiente através do surgimento do
universo.
7.3 3ª AULA: TERRA PLANETA ÁGUA – Ministrada em 19/07/2008
A presente aula teve seu inicio com a revisão da aula anterior, além de ensinar a
importância do ciclo da água para o equilíbrio homeostático da Terra e os principais corpos d
´agua. Destacou-se também a vegetação como agente natural de reposição de águas nos rios,
aqüíferos, atmosferas etc. Além do homem e suas ações limitando um recurso natural.
Objetivo: Ensinar ao aluno a estrutura geológica da Terra, a importância do ciclo da água
para o seu equilíbrio homeostático. Bem como a formação das bacias hidrográficas. Situar o
homem como agente modificador, poluidor e degradado de seus recursos hídricos, quando
utilizados de maneira inadequada. Reforçar o conceito de sustentabilidade. Destacar a água
como um recurso natural de extrema importância pra a qualidade de vida. Reconhecer a
vegetação como agente natural de reposição de recursos hídricos, além de ressaltar que a sua
ausência tem sido um problema, pois as remoções de áreas verdes, como os mananciais,
resultam em alterações significativas na manutenção do ciclo da água. Entender os constantes
alagamentos, enchentes presenciadas nos grandes centros urbanos e parte do aquecimento
global como uma das conseqüências desta alteração. Por fim destacar algumas ações
humanas, como a produção de lixo, sendo um fator limitante dos recursos naturais.
Conteúdo pragmático:
1. Retomada do tema importância da água para vida na Terra;
2. Estrutura geológica da Terra e a distribuição da água no planeta;
38
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
3. Os estados da água e a importância de seu ciclo para o equilíbrio homeostático da
Terra;
4. A importância da vegetação para a reposição dos corpos da água e os reservatórios
naturais;
5. Ações humanas, como produção de lixo, limitando um tipo de o recurso natural: a
água.
Resultados da aula
• Resultados alcançados: O público alvo excedeu a capacidade em ambos os módulos,
uma vez que o projeto surge como uma novidade n escola. A experiência do Projeto
Gota Legal 1 foi de extrema importância, pois neste primeiro momento buscou-se
chamar a atenção dos alunos de maneira a envolvê-los no projeto, algo realizado
durante o projeto anterior.
• Resultados não alcançados: Devido o número mínimo de alunos que o projeto
comporta alguns alunos só puderam participar da primeira aula. Também nesta houve
um pequeno atraso devido ausência de matérias como cabos de áudio e vídeo.
Metodologia: Dividida em dois módulos: primeiro com as 5ª e 6ª séries, no período das
08h00min às 09h50min. Onde foram abordados
7.4 AULA 4: O HOMEM COMO AGENTE MODIFICADOR DA NATUREZA –
Ministrada em 26/07/2008.
Na presente aula foram retomados os temas anteriores a fim resumi-los, além de
ensinar o conceito de Natureza, Ambiente, Meio Ambiente e Meio Ambiente Humano. A
partir de métodos de aprendizagem significativa a fim de atribuir novos significados e
conceitos a novos conhecimentos.
Objetivo: Revisar as aulas anteriores, além de ensinar o conceito de meio ambiente, meio
ambiente urbano. Por fim atribuir ao homem a ação de modificar a natureza tornando-a
própria ao seu ambiente específico (DULLEY, 2004).
Conteúdo pragmático
39
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
1. Revisar os temas abordados nas aulas anteriores;
2. Conceito de natureza, ambiente, meio ambiente, ambiente humano e natureza
modificada segundo (DULLEY, 2004);
3. Ações humanas que geram impactos e reduzem a qualidade de vida de um meio
ambiente humano: a cidade.
Metodologia: No inicio da aula ocorreu uma revisão, destacando o ensino aprendido pelos
alunos tendo como referencia os relatórios por eles produzidos nas aulas. Como ilustração foi
utilizado um documentário, Origens Cósmicas: Do Big Bang à Humanidade. Seu conteúdo se
refere a dois tópicos: o Equilíbrio Natural da Terra (ENT) responsável pelos fenômenos
físicos, químicos e biológicos da Terra que deu origem a toda forma de vida hoje existente,
além das extintas, como os dinossauros; e a Natureza Modificada pelo Homem (NMH) que
por sua vez condicionou a existência de um ambiente especifico próprio para a espécie
humana e conjuntamente o surgimento dos impactos ambientais. Devido a magnitude de
conceitos a presente aula utilizou mapas conceituais a fim de promover a aprendizagem
significativa. Segundo MOREIRA, 1998, esta se da através da “Diferenciação progressiva”
onde o aluno tende a atribui significados diferentes a novos conhecimentos e a “Reconciliação
integrativa” que se refere a uma reorganização cognitiva de elementos como clareza,
estabilidade, diferenciação presentes no aluno.
Resultados alcançados: Tendo como método a leitura dos relatórios, bem como a
participação dos alunos na elaboração de questões, argumentações, opiniões entre outras
interferências, avaliamos a presente aula como satisfatória. Uma vez que, além de quase todos
os alunos terem feito, a linguagem, mesmo com as observações pessoais, foi bem próxima.
Resultados não alcançados: Ocorreu um atraso de 15minutos na aula devido a ausência de
uma sala. Além da dificuldade de ligar os aparelhos audiovisuais devido a precariedade dos
cabos de áudio e vídeo.
Discussão dos resultados
A utilização da ação reflexiva proposta por SCHON e a aprendizagem significativa,
MOREIRA, têm sido métodos de extrema importância para o enriquecimento da construção
40
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
de saber idiossincrático e coletivo referente ao conhecimento socioambiental ao longo do
projeto. Tendo em vista que é de suma importância que os alunos torneassem conhecedores e
praticantes deste saber.
7.5 AULA 5 – IMPACTOS AMBIENTAIS E A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO NA
PRSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E SEUS RECURSOS – Ministrada no dia
17/10/2008.
Esta segunda etapa do projeto pretendeu levar o aluno a preservar o meio ambiente e
os recursos nele disponíveis. Através do incentivo ao uso racional da água e a coleta seletiva.
Além de conceituar os impactos ambientais como uma conseqüência das ações humanas ao
modificarem a natureza ao seu favor. Após ter tido o contato com as aulas anteriores que se
empenharam em levar o aluno a conhecer os recursos naturais, a partir da importância da
água, pretendeu-se introduzir conceitos que interferissem na cultura de desperdício, termo
utilizado pelo professor Aldo Rebouças ao classificar a pratica constante de desperdício, e a
coleta seletiva, uma vez que o lixo pode vim a contaminar os recursos hídricos, o solo, o ar
etc.
Objetivos: Ensinar ao individuo que a poluição e a má utilização dos recursos ambientais,
além de degradá-los os tornam raros e caros. É o caso da água. Conceituar impactos
ambientais e ensinar sobre sua causa e conseqüência. Por fim fazer uso da Educação
Ambiental para conscientizar o aluno da importância de se preservar, além de corroborar com
a participação deste como protagonista na preservação e restauração do meio ambiente.
Conteúdo pragmático:
1. Reconhecimento dos fatores nocivos ao meio ambiente que reduzem a qualidade de
vida e geram os impactos ambientais;
2. Aprendendo a cuidar do meio ambiente seja ele a sua casa, escola ou planeta;
3. O aluno como protagonista na preservação do meio ambiente e seus recursos.
Metodologia
A aula teve seu inicio no segundo momento. De maneira expositiva e fazendo o uso de
41
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
materiais multimídias a aula levou o aluno ao conhecimento de impactos ambientais causados
por ações humanas tais como o desmatamento, a poluição dos rios, do ar, do solo e os
diversos problemas ocasionados pelo lixo. Em seguida se procurou mostrar aos alunos
práticas de degradações ao meio ambiente acionadas por eles. Por fim introduzimos o ensino
de praticas como o uso racional da água no dia a dia, como por exemplo ao escovar os dentes,
a coleta seletiva e a não jogar lixo na rua e sim nas lixeiras, além da produção desnecessária
de lixo, concluindo com a preservação do ambiente escolar ao preservarem seus cadernos,
carteiras etc, uma vez que foram presenciadas ações de degradação ao ambiente escolar na
realização do pré-teste.
Resultados alcançados: Os alunos participaram da aula ao argumentarem e discutirem os
diversos conceitos ensinados ao longo do projeto. Além da analise dos relatórios de aula
feito pelos alunos se mostraram satisfatório. No presente relatório, além das observações de
aula, os alunos responderam à seguinte questão: De que forma podemos contribuir para a
conservação preservação do meio ambiente ? Todas as repostas foram sobre o uso racional
da água, diminuição do desmatamento, redução do lixo e o encentivo à coleta seletiva.
De avaliação continua até a presente aula pôde se concluir que boa parte dos alunos estão
aprendendo, pelo menos, teoricamente sobre a importância de se preservar o meio ambiente e
os recursos naturais.
Resultados não alcançados: Para uma melhor avaliação do projeto se nota a ausência de
mecanismos que avaliassem a prática dos alunos, tais como pesquisas, visitas etc. Entretanto
devido ao curto período de aplicabilidade do projeto a presente ação se torna difícil e até
impossível em alguns dos casos.
Discussão dos resultados
Ensinar a preservar o meio ambiente não é tão simples assim. Por razões diversas, tais
como a ausência de mecanismo para avaliar se o saber prático sofreu alterações, bem como
melhorias. Entretanto, fez-se o uso de uma avaliação que permitisse a retroalimentação para
avaliar o aluno e o professor. Buscando constantemente objetividade, clareza, simplicidade e
coesão entre o saber ensinado e o saber aprendido. Durante todas as aulas buscou-se atingir
uma coerência pedagógica. 42
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
7.6 AULA 7 – O LIXO E SUAS CONSEQUÊNCIAS – ministrada por Marcos
Henrique da Costa no dia 31/10/2008
Sendo o aumento da produção de lixo doméstico uma constante que cresce de acordo
com o aumento da riqueza, além de sua composição dificultar o processo de reciclagem, nota-
se que seu fim a maioria das vezes é impróprio. “Do total dos resíduos sólidos coletados,
apenas 28% tem destinação adequada. Os 72% restantes são depositados em lixões a céu
aberto ou jogados em vales e rios” (AGENDA 21, 2000, pg 56).
Ver o lixo como um problema pode não ser a solução, entretanto segundo Sebati
Calderoni a coleta seletiva bem como a reciclagem são medidas acessíveis e soluções para
esta ação humana. Que por sua vez atinge diretamente os recursos naturais e ambientais
(CLDERONI, 2003).
Objetivo: Ensinar que o lixo, mal administrado, limita os recursos hídricos, contamina o solo
bem como prejudica o meio ambiente, devido o seu longo período de degradação, além de
gerar doenças e diversos impactos ambientais. Incentivar da administração sustentável do
lixo através da coleta seletiva e da reciclagem.
Conteúdo pragmático:
1. Produção de lixo e seu destino;
2. O tempo de decomposição do lixo;
3. Educação ambiental e sua importância na diminuição de lixo, incentivo à pratica de
coleta seletiva e reciclagem.
Metodologia: Com uma única apresentação, ou seja para ambas as turmas em uma primeiro
momento foram retomadas as questões do pré-testes pertinentes ao lixo. Em seguida se deu
início a aula com a apresentação de material multimídia. Nesta aula foram norteados assuntos
como o lixo poluindo rios e lagos, os diversos tipos de lixo e seus destinos, a importância da
coleta seletiva e da reciclagem. Por fim mostramos ao aluno que ele é o protagonista na luta
contra o fim impróprio do luxo e a ausência da coleta seletiva, quando ele exerce a ação de
não jogar lixo em ruas, lugares públicos, rios e separando este lixo ou ainda entregando em
alguma ONG, Cooperativas etc. 43
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
Resultado alcançados: O alunos, após a aula tiveram várias idéias para realizarem a coleta
seletiva. Ainda, demonstraram ter entendido a aula através dos relatórios.
Resultados não alcançados: A ausência de liberdade dos alunos em criar projetos na escola é
um problema quando estes gostariam de ter criado um programa de coleta seletiva na escola.
Certamente todos sairiam ganhando.
Discussão dos resultados
O lixo é jogado pelos alunos em vias públicas torna-se potencial poluidor de rios, e
colabora para a proliferação de doenças. Seu acúmulo pode entupir bueiros gerando enchentes
em zonas urbanas (ALABI, 1997). Daí a importância da reciclagem e da coleta seletiva em
grandes centros urbanos como a RMSP.
7.7 RELATÓRIO DAS AULAS DE CAMPO
Nesta segunda etapa do projeto, pretendeu-se relacionar o conhecimento teórico
ensinado com o conhecimento as ilustrações e explicações das aulas de campo. visão de
mundo dos alunos, tais como O Big Bang, o surgimento da vida na Terra e a importância da
água para este evento, a evolução da Terra e por fim o conceito de Natureza modificada e o
ambiente humano. Aqui, notou-se a importância da relação teoria e prática para a
concretização do ensino/aprendizagem de Educação Ambiental onde o aluno pode
compreender a necessidade de se preservar os Recursos Naturais. Para tanto utilizamos a
visualização de alguns recursos. Os alunos puderam conhecer a nascente de um rio (rio
Ipiranga,) uma reserva remanescente de Mata Atlântica, etc.
7.8 AULA 4: ESTAÇÃO CIÊNCIA PESQUISA SOBRE O EQUILÍBRIO
NATURAL DA TERRA E A NATUREZA MODIFICADA PELO HOMEM –
ministrada em 10/10/2008
A presente aula teve por objetivo a ilustração das aulas 1,2 e 3. Bem como os seus
conteúdos pragmáticos: os fenômenos físicos, químicos e biológicos da Terra como Equilíbrio
Natural da Terra (ENT) e as ações humanas como Natureza Modificada pelo Homem 44
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
(NMH), sendo vivenciados através de exposições, experiências e explicações.
Objetivos: Ensinar ao aluno a estrutura geológica da Terra bem como seus diversos
fenômenos (ENT). A evolução do Big Bang à humanidade e suas ações (NMH). A
importância da água para o surgimento da vida na Terra. Por destacar a importância do
homem no equilíbrio das relações ecológicas e ambientais.
Conteúdo pragmático
1. Ciências da Terra e seus fenômenos;
2. Vida primitiva: do Big Bang a Humanidade;
3. Surgimento da vida a partir da água;
4. Os estados da água e a importância de seu ciclo para o equilíbrio homeostático da
Terra;
5. Os recursos naturais disponíveis no meio ambiente;
Resultados alcançados: Em sua primeira aula de campo o projeto obteve revoltados
plenamente satisfatórios. Os alunos se envolveram, participaram, argumentaram além terem
aprovado por unanimidade a proposta da aula. Quando estes obtiveram um contato visual com
boa parte dos temas visto nas aulas teóricas. Entendemos que até aqui as aulas tem
corroborado para a formação de um caráter socioambiental.
Resultados não alcançados: O horário disponibilizado pela Estação Ciências à escola, foi
parcialmente curto.
Metodologia: Nos primeiros 20minutos a presente aula teve por objetivo a retomada dos
conceitos ensinados sobre ENT e NMH bem como seus principais temas ensinados durante
as aulas teóricas. Em seguida o grupo de 38 alunos foi dividido em dois subgrupos a fim de
realizarem três visitas monitoradas. Sendo a primeira visita de duração de 40 minutos na área
destinada às Ciências Terra. Nesta foram abordados temas como a Terra primitiva, a estrutura
geológica da Terra, o ciclo hidrológico, o ciclo do carbono e nitrogênio, a água como
substancia primordial para a existência da vida na Terra e alguns exemplo de recursos
biológicos e minerais, sendo estes conceitos o ENT. Em seguida os dois subgrupos visitaram
45
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
a física, destacando a parte elétrica e seus benefícios para a humanidade, com duração de 40
minutos. Esta parte do conhecimento foi classificada por NMH. Ambas as visitas foram
monitoradas pelos monitores da Estação Ciências. A ultima visita de duração de 30 minutos
foi monitorada por mim, Hermom Reis Silva, professor do projeto e pelo colega e colaborador
Igor Ferreira Batista. Esta visita proporcionou ilustrações do Big Beng à humanidade. Foram
tratando temas como a primeira forma de vida, o aumento da complexidade biológica até o
surgimento dos seres humanos na Terra, os diversos fatores físicos como a atmosfera,
químicos como a respiração e biólogos como os alimentos que condicionaram o advento
desta evolução. A visita teve duração de 2h10min.
Discussão dos resultados
A metodologia adotada teve por objetivo a confecção de um conhecimento de qualidade.
Onde o uso de uma aprendizagem significativa que propôs aos alunos experimentos,
ilustrações cientificas além das explicações nas visitas realizadas, tornam-se indispensáveis.
Por fim a presente aula teve como meta a consolidação do ensino teórico.
7.9 AULA 8 – PARQUE DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA- ministrada em 31/10/08
A presente aula de campo apresentou aos alunos as diversas funções dos recursos, bem
como a sua importância para a humanidade. Além destacar que hoje boa parte do Ecossistema
Mata Atlântica esta confinada em parques e reservas conhecidas como Áreas de Proteção
Ambiental.
Objetivo: Ensinar os principais efeitos negativos causados no meio ambiente através da
remoção da vegetação. Além de associar esta ação com a sigla NMH (Natureza Modificada
pelo Homem) uma vez que boa parte nativa deste ecossistema foi removida, ocorrendo assim
o reflorestamento.
Conteúdo pragmático:
1. O desmatamento e seus efeitos no desequilíbrio do ciclo hidrológico;
2. As diversas funções dos recursos florestais;
3. A importância das APA.
Metodologia: A visita ocorreu no Parque da Ciência da Tecnologia, Av. Miguel Stéfano,
4200 – Água Funda, o qual encontra-se inserido no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga. A 46
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
aula ocorreu na trilha ecológica do parque, a qual teve a colaboração de um monitor. A
presente aula teve duração de 2 horas, nesta abordamos assuntos sobre o desmatamento e suas
conseqüências, além de mostrarmos a parte do parque reflorestada. Também foi abordado a
importância dos recursos florestais para o seqüestro natural de carbono, ou seja, a sua
importância para limpeza do ar e manutenção do equilíbrio climático; a importância de sua
presença para absorção e recomposição dos rios, aqüíferos etc; por fim a sua importância na
proteção do solo. Os alunos participaram de uma ultima atividade, com duração de 40
minutos, a visita à Nave Mario Schenberg. Onde simularam uma viagem espacial com a
missão de salvarem os habitantes de um planeta devido a explosão do Sol. No fim a
mensagem se refere a nossa missão de salvarmos a Terra das constantes ações humanas
geradoras de poluição. ( Lembrando aqui a história da Fábula do Sangue Azul).
Resultados alcançados: A interação com o meio ambiente “natural” foi de extrema
importância para consolidar o conhecimento ensinado. Ainda, a visita despertou nos alunos
um “espírito” de curiosidade sobre: por que o homem realiza o desmatamento
constantemente, a importância dos recursos florestais para a qualidade e o equilíbrio do ar,
solo e água etc. Na leitura dos relatórios e nos comentários pós aulas, pode-se notar que cada
aluno, bem como o conjunto, extraiu um aproveitamento inquestionável para o respeito ao
meio ambiente e o uso racional de seus recursos.
Resultados não alcançados: Novamente o tempo foi curto, talvez duas ou três aulas neste
parque seria um número razoável devido o seu tamanho e as atividades nele disponíveis.
Discussão dos resultados: Sem dúvida as aulas de campo ofereceram uma complementação
significativa no saber formal. Uma vez que tanto na Estação Ciências como no Parque da
Ciência e Tecnologia se tornou possível a visualização, através de exposições, demonstrações
e reservas, de diversos conteúdos abordados nos temas do projeto. Logo esta experiência foi
importantíssima para o alcance dos objetivos pretendidos neste projeto.
7.10 AULA 6 e 9 – PROVA DO PROJETO E AVALIAÇÃO
Como parte da avaliação e coleta de dados do projeto foi aplicada uma prova com
47
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
questões alternativas e dissertativas. Tornando-se parte do mecanismo de avaliação, a presente
prova visou a aprendizagem individual de cada aluno. Entretanto não se tratou aqui de um
juízo final, nem mesmo uma nota definitiva. Pois a nota final de cada aluno no projeto foi
uma somatória de resultados a seguir: análise dos relatórios individuais, atividades em grupo,
a participação do aluno durante as aulas teóricas e de campo e por fim o conceito da prova.
Por razoes de resultados “reais” a prova foi de caráter surpresa. (ANEXO 4)
8 AVALIAÇÃO FINAL E AULA FINAL
O objetivo da ultima aula, além de aplicar um questionário que o aluno avaliasse
individualmente o projeto, foi o de associar a fome, a miséria, a depedração escolar, etc, com
as agressões ambientais bem com a necessidade do equilíbrio ecológico.
1. Os alunos ao avaliarem o projeto com os conceitos A, B, C, D e E:
90% avaliaram o projetos como conceito A e os demais 10% com conceito B;
2. Sobre o que mais gostaram no projeto:
85% das aulas teóricas, tarefas e das aulas de campo. 15% disseram que gostaram das
aulas, mas não gostaram das tarefas. 100% das aulas de campo.
3. Sobre o que não gostaram:
90% não gostou do pouco tempo do projeto. 10% preferiam uma sala prórpria para o
projeto e 15% não gostaram das tarefas;
4. Sobre o que o aluno gostaria que melhorasse no projeto:
70% gostaria que o projeto se estendesse por mais tempo. 10% que houvesse uma
sala própria. 20% que houvesse mais aulas de campo (ANEXO 5).
9 CONCLUSÃO DAS AULAS
“A construção do conhecimento é tarefa decisiva, já que a economia é cada vez mais
informação sobre a realidade, sobre as formas competentes de transformá-la, sobre os
caminhos eficazes para a conservação dos recursos naturais e para a preservação da vida das
pessoas e do ambiente que as cerca. Isso significa transformar o sistema educacional, também
pra que seja capaz de qualificar a força nacional de trabalho; construir bases de dados
consistentes sobre a realidade e indicadores ambientais; implica investir em pesquisa e
desenvolvimento”(AGNEDA 21, p 13. 2000).
O projeto Gota Legal surge desta necessidade, de tornar a educação mais dinâmica e
48
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
participativa. Inserir o aluno na problemática ambiental a fim de lhe desperta a
responsabilidade socioambiental. Torná-lo um “agente” da natureza, um cidadão que utilize
de maneira racional a água potável, bem como todos os outros recursos naturais disponíveis
no meio ambiente.
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mesmo com uma abordagem panorâmica sobre o meio ambiente, lER PCN, o que se
vê é, constantemente em sala de aula, um ensino superficial e sensacionalista. Fala-se de
impermeabilização do solo e assoreamento dos rios quando há enchentes. Fala-se de
desmatamento geralmente quando a Amazônia é o foco. Fala-se de poluição do ar quando não
chove, em regiões como a RMSP geralmente no inverno, tornando-se visível a camada de
poluentes suspensa na atmosfera.
49
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
ANEXO 4 ( QUADRO DE AVALIAÇÃO E A PROVA DO PROJETO)
50
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
ANEXO 5 AVALIAÇÃO INDIVIDUAL DO PROJETO
Avaliação do projeto Gota Legal
Aluno_____________________________________________Série__________
1. Na sua opinião qual é o conceito do projeto:
A___ B____ C_____ D____ E______2. O que você mais gostou no projeto
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. O que você não gosto
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. O que você gostaria que melhorasse no projeto.
___________________________________________________________________________
51
Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
52