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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOÁREA INTERUNIDADES EM"
"CIENCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS"Escola de Engenharia de São Carlos
Instituto de Física de São Carlos
Instituto de Química de São Carlos
ESTUDO DAS PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS VIDROSFLUOROINDATOS DOPADOS COM
E.-3+ e P.-3+
ANCIZAR FLÓREZ LONDONO t
,lI
Tese apresent'ada à Área Interunidades em Ciê~ciae Engenharia de Materiais, da EESC, IFSC, IQSC,da Universidade de São Paulo, como parte dosrequisitos para obtenção do Titulo de Doutor emCiências e Engenharia de Materiais,
ORIENT ADOR: Prof. Dr. Youoés Messaddeq
SÃOCARLOS
1996
" \.
Flórez Londoõo. AncizarF634e Estudo das propriedades ópticas dos vidros fluoroindatos
dopados com E~+ e pTJ+/ Ancizar Flórez Londoõo. -- SãoCarlos, 1996.
169p.
Tese (Doutorado) --Instituto de Física de São CarlosUniversidade de São Paulo, 1996.
Orientador: Prof. Or. Younés Messaddeq
1. Vidros de fluoretos. 2. Espectros de absorção. 3.Parâmetros de Judd - Ofelt. 4. Caraterísticas Espectroscópicasde E~+ e pTJ+. 5. Nova aproximação para o P~+. I. Titulo
CAIXA POSTAL - 369CEP 13560-970 - São Carlos/SP - Brasil
TellFax: (016) 274-9285
'\
I
Área lnterunidades
Ciência e Engenharia de MateriaisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOEscola de Engenharia de São CarlosInstituto de Física de São Carlos
Instituto de Química de São Carlos
MEMBROS DA COMISSÃO JULGADORA DA TESE DE DOUTORADO DE ANCIZARFLOREZ LONDONO, APRESENTADA A ÁREA INTERUNIDADES EM CIÊNCIA E
ENGENHARIA DE MATERIAIS DA EESC-IFSC-IQSC, UNIVERSIDADE DE SÃOPAULO, EM 03/06/1996.
COMISSÃO JULGADORA:
--------------~~-----------------------------------------------
:~~~:L~l:2L:~~:--------Prof. Dr. LtJs Antonio de Oliveira Nunes (FFI-IFSCIUSP)
~GT'~~------=-----------------~-----------------------------------------------------
Prof. Dr. Máximo Siu Li (FCM-IFSCIUSP)
W~D~;;~~~·-~~~.·-r.--~:-.~,-:---;-~~~~~~-(;~-:~~~;-:-~~Q~~i(íJ ~-Cc)/l .jtCJ:"~------~--~--------------------------------------------------------------------
Prof. Dr. Oscar Malta (DQF - UFPE)
C.IWINWORDISCM\DEFESASIDANCIZARDOC
A minha esposa Alba Lucía
minhas filhas Cátheryn e Monica
e a meus pais e innãos.
~II,
I
..11
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me destinado e assistido para fazer este trabalho.
Ao CNPq e CAPES, pela bolsa de doutoramento.
Ao Prof. Dr. Michel A. Aegerter por sua orientação e pela permissão em
realizar este trabalho em seu laboratório.
Ao Prof. Dr. Younés Messaddeq por sua orientação, amizade, entusiasmo
e apoio na realização deste trabalho.
Agradeço de modo especial ao Dr. Oscar L. Malta da UFPE, pela amizade,
apoio constante, seus ensinamentos e orientadoras discusões. Sem sua ajuda
e boa vontade, dificilmente teria realizado este trabalho.
Ao Dr. Luis A. Nunes de Oliveira por sua amizade, as medidas de
luminescência, tempos de vida e proveitosa discussão. Também por ter
permitido trabalhar em seu laboratório.
À Dra. Ana Massabini da UNESP de Araraquara por seu apoio com o
empréstimo do Planímetro para calcular as áreas dos espectros de absorção.
Aos técnicos do laboratorio: Marcos José Semanzato e Geraldo M Frigo,
pelo apoio e amizade.
A Isabel Rosani por sua amizade e disposição na correção do portugues da
tese.
Aos colegas do grupo de materiais: Dorotéia F. Bozano, Claudio
Carvalho, Elizabeth Rubo, Mauricio Boscolo, etc pelo apOiO e
companherismo.
A Jonas G.F.Junior pelas medidas de absorção no IV feitas no Bomen do
Instituto de Química.,
As funcionárias da biblioteca do DFCM pelo seu bom trabalho que
contribuiu ao sucesso desta pesquisa.
A Wladeres, Sandra e Ivanní, da seção de alunos por seus bons oficioso
1ll
Ao Zé Carlos chefe da oficina mecânica do DFCM e seu pessoal pela
construção de algumas peças utilizadas neste trabalho.
A Celso X. Cardoso pelas discusões e sugestões.
A todas aquelas pessoas que involuntariamente pude ter esquecido e que de
alguma forma contribuiram à realização deste trabalho.
Muito Obrigado
IV
ESTUDO DAS PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS VIDROSFLUOROINDA TOS DOP ADOS COM E.-3+ e P.-3+
Ancizar Flórez Londofto
RESUMO
Neste trabalho apresentamos os resultados obtidos no estudo das
propriedades ópticas dos vidros de fluoretos dopados com E~+ e Pi3+ , de
composições: 20ZnF2-20SrF2-2NaF - 6GaF3 - 16BaF2 -(36 - x)InF3 -xErF3
e 20ZnF2 - 20SrF2 -2NaF - 6GaF3 -34InF3 -(18 - x)BaF2 - xPrF3' com x =
1,2,3 e 4 mol%. As propriedades ópticas são discutidas a partir das
informações obtidas dos espectros de absorção, a 300K para os vidros
dopados com E?+ e, a 300 e 77K para os vidros dopados com W+ . A teoria
de Judd-Ofelt é usada nos cálculos dos parâmetros de intensidades º À O.
= 2,46). As forças do oscilador são calculadas através das áreas das bandas
de absorção. São calculados os parâmetros espectroscópicos característicos:
a probabilidade de transição de dipolo elétrico forçado, os canais de
relaxação dos diferentes níveis, o tempo de vida radiativo e a seção
transversal de emissão estimulada. O efeito da concentração sobre os
parâmetros de intensidade é também discutido. Os resultados obtidos
concordam bem com os reportados em diferentes classes de vidros para
concentrações similares. Entretanto, a qualidade dos ajustes atingidos neste
trabalho é melhor que a encontrada na literatura em estudos semelhantes. Os
vidros apresentam boa homogeneidade e apenas pequenas variações no
índice de refração e densidade, com a concentração dos dopantes Ef+ e
Pi'+.
Visando obter uma melhor coerência entre os resultados teóricos e
v
experimentais para o caso do Pi'+ , uma nova aproximação é discutida à luz
da teoria de Judd-Ofelt. Considerando contribuições superiores de segunda
ordem na teoria padrão, os parâmetros de intensidade ímpares são tomados
em conta. Uma consistente e boa qualidade do conjunto de parâmetros é
obtida somente com a inclusão das contribuições dos termos da ordem
superior e, se a banda em 21470 cm-1 é atribui da à transição 3H4-+3PI ' e a
componente 116sendo incorporada à transição 3H4 -+3P2 em 22700cm-1 .
Com os parâmetros de intensidade Q Â (1= 3,4,5,6) obtidos da teoria padrão
modificada, são calculados os parâmetros espectroscópicos característicos
nos vidros dopados com p~+ .
VI
STUDY OF THE OPTICAL PROPERTIES OF FLUORIDEGLASSES DOPED WITH Er3+ AND P~+
Ancizar F1órez Londofio
ABSTRACT
ln this work we present the resu1ts obtained in the study of the optical
properties of fluoride glasses doped with Ey3+ and ~+ of compositions:
20ZnF2 -20SrF2-2NaF - 6GaF3 - 16BaF2-(36 - x)InF3 -xErF3 and 20ZnF2
20SrF2 -2NaF - 6GaF3 -341nF3 -(18 - x)BaF2 - xPrF3 ' with x = 1,2,3 e 4
mol%. The optica1 properties are discussed from the information obtained
from absorption spectra at 300K for glasses doped with Ey3+ and at 300 and
77K for glasses doped with ~+. The Judd-Ofelt theory is used in the
calculation of the intensity parameters º À (Á = 2,4,6). The oscillator
strengths are obtained from the areas under the absorption curves. The
characteristic spectroscopic parameters calculated are: electric dipole
transition probabilities, radiative lifetimes, branching ratios and peak cross
sections of stimulated emission. The concentration effect on the intensity
parameters is allalyzed. The results obtained are in good agreement with
those reported for other glasses described for similar concentrations.
Nevertheless the fit quality reached in this work is better than the ones
reported in similar studies. The glasses present good homogeneity and only
little variations in the refractive index and density with the concentration of
EiHand pf+ are observbed.
1n order to obtain better coherence between theoretical and
experimental results in the pf+ case, a new approximation is discussed under
the light of the Judd-Ofelt theory. Considering higher order contributions to
..VII
the standard theory, the odd intensity parameters are taken into account. A
consistent and good quality set of parameters is obtained only with the
inclusion ofthese higher order contributions and ifthe band at 21470 crn-l
is assigned to the 3H4 --+3p 1 transition, the component 116 being incorporated
in the 3H4 --+3P2 transition at 22700crn-1 . With the intensity parameters Q A
(1= 3,4,5,6) obtained from the modified standard theory, the characteristic
spectroscopic parameters are calculated in the glasses doped with Pi'+ .
."
Ir-----------~. ---.-
,INDICE
VIU
IX
ESTUDO DAS PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS VIDROSFLUOROINDATOS DOPADOS COM E~+ E P~
CAPITULO 1
1.1 Introdução
1.2 Vidros de tluoretos
1.2.1 Vidros tluoroindatos
1.2.2 Propriedades térmicas
1.2.3 Propriedades ópticas
1.3 As terras raras
1.3.1 Introdução
1.3.2 Configuração eletrônica
1.4 Objetivo do trabalho
1.5 Fundamentos teóricos
1.5.1 Níveis de energia da configuração 4f
1.5.2 Hamiltoniano de repulsão intereletrônica
1.5.3 Hamiltoniano de interação spin-órbita
1.5.4 Campo cristalino
1.5.5 Intensidades das transições f-f
1.5.6 Teoria de Judd-Ofelt
1.5.7 Regras de seleção derivadas da teoria de Judd-Ofelt
1.5.8 Transições de dipolo magnético
1.5.9 Transições hipersensitivas
1.5.10 Mecanismo de acoplamento dinâmico
3
35789910121313151618212129
29
30
32
x
CAPITULO 2
2.] Preparação dos vidros fluoretos 36
2.1.] A câmara seca
37
2.1.2 Sintese de vidros fluoretos
38
2. ] .3 Fusão dos vidros fluoretos
39
2.1.3.1 Preparação das amostras
40
2.2 Propriedades fisicas
40
2.2.] Densidade (p)
40
2.2.2 Indice de refração (n)
41
2.2.3 Viscosidade (11)
4]
2.3 Propriedades ópticas
42
2.3.] Espectroscopia de absorção
42
2.3.2 Espectroscopia de emissão
44
2.3.3 Espectroscopia resolvida no tempo
46
CAPITULO 3
3.] Vidros fluoroindatos dopados com E~+
3.2 Espectros de absorção
3.3 Forças do oscilador
3.3.] Forças do Oscilador Experimentais
3.3.2 Prámetros de Intensidade O A
50
50
53
53
54
3.4 CARACTE.RISTICAS ESPECTROSCOPICAS DO Er3+ NOS
VIDROS FLUOROINQATOS 58
3.4.1 Requerimentos para um vidro Laser 70
Xl
3.5 ESPECTROS DE EMISSÃO 72
3.6 MEDIDAS DE TEMPOS DE VIDA RADIATIVOS 75
3.7 CONCLUSÃO 83
CAPITULO 4
4.1 VIDROS FLUOROINDATOS DOPADOS COM Pr* 87
4.2 ESPECTROS DE ABSORÇÃO 87
4.3.1 Forças do Oscilador Experimentais
4.3.2 Parâmetros de Intensidade Q À
4.3 FORÇA DE
INTENSIDADES
OSCILADOR E PARÂMETROS DE
92
92
93
4--4 CARACTERÍSTICAS ESPECTROSCÓPICAS DO P.-3+ NOS
VIDROS FLUOROINDA TOS 99
4.5 ESPECTROS DE EMISSÃO
4.6 CONCLUSÃO
101
104
CAPITULO 5
UMA MELHOR APROXIMAÇÃO PARA O CASO DOPRASEODÍMJO
..Xll
5.1 TEORIA DE JUDD-OFEL T. O CASO DO PRASEODÍMIO 108
5.2 A APROXIMAÇÃO PELO "MÉTODO DO DENOMINADOR DE
ENERGIA MÉDIA" (AEDM) 109
5.3 PARÂMETROS Q}. DE ORDEM ÍMPAR NA TEORIA DE JUDD-
OFEL T (J-O) 110
5.3.1 Força do Oscilador Modificada 11O
5.4 ELEMENTOS DE MATRIZ UO.) NA TEORIA PADRÃO
MODIFICADA 113
5.5 NA BUSCA DO MELHOR AJUSTE PARA Pr3+ NOS VIDROS
FLUOROINDA TOS 117
5.6 CONTRIBUIÇÕES DOS PARÂMETROS DE ORDEM ÍMPAR À
FORÇA DO OSCILADOR 122
5.7 PROPRIEDADES ESPECTROSCÓPICAS DO P~NOS VIDROS
FLUOROINDA TOS À LUZ DA TEORIA PADRÃO MODIFICADA
125
5.8 UM FATO EXPERIMENTAL QUE REFORÇA A
REDESIGNAÇÃO DA BANDA CENTRADA EM 22562 Cl\1-1 EM
P.-3+ NOS VIDROS FLUOROINDATOS 135
5.9 DISCUSSÃO 136
5.10 CONCLUSÃO
CAPITULO 6
CONCLUSÕES GERAIS DA TESE
ANEXOS
"REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
X1l1
139
143
148
153
XIV
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 . Evolução da atenuação em diferentes vidros.
FIGURA 2 . Área da formação vítrea em sistema multicomponente baseadoem fluoreto de índio, Messaddeq (1995).
FIGURA 3 . Capacidade de transmissão óptica nos vidros de Sílica,ZBLAN, BIZYbT e IZBSC com 5 mm de espessura,
FIGURA 4 .Estrutura dos níveis de energia Ln3+ : LaF3 ' W.T. Camall(1989).FIGURA 5. Sistema de câmaras secas, com atmosfera controlada, utilizadona fabricação dos vidros fluoretos.
FIGURA 6 . Sistema óptico do Espectrofotômetro Cary 17.
FIGURA 7. Diagrama de níveis de energia de um material hipotéticomostrando um processo de excitação e emissão envolvendo transições nãoradiativas
FIGURA 8. Equipamento para medidas de luminescência
FIGURA 9. Equipamento para medidas de tempo de vida
FIGURA 10. Espectro de absorção de E~+ em vidros fluoroindatos atemperatura ambiente, para x = 1,2,3 e 4 mol% de E~+ . A) desde 300 a 700nrn, B) desde 700 a 1600 nrn.
FIGURA 11. Diagrama de níveis de energia do E~+ em vidros fluoroindatos,a temperatura ambiente, obtidos dos espectros de absorção, figs 10A e B,comparados com os reportados por DIEKE(1968), para o íon livre.
FIGURA 13. Espectros de emissão de E~+ em vidros fluoroindatos na faixade 0.7 a 1.711m, nas amostras de 1,3 e 4 moI%. Excitação laser, linha de
488nm. A) 300 K e B) 77 K.
FIGURA 14. Decaimento radiativo da transição 4S3/z, ~4I15/2 do E~+ emvidros fluoroindatos, na amostra com 1.0 moI% de Er'+ . A) T = 300K, B)T = 77K.
FIGURA 15. Decaimento radiativo da transição 4Ill/2~4I15/2 do Er'+ em
xv
vidros fluoroindatos, na amostra com 1.0 mol% de Ei'+ . A) T = 300K, B)T = 77K.
FIGURA 16. Decaimento radiativo da transição 4S3/Z,~4II5/2 do Ei'+ emvidros fluoroindatos, na amostra com 3.0 mol% de Er'+ . A) T = 300K, B)T=77K.
FIGURA 17. Decaimento radiativo da transição 4111/~ 4115/2do Er'+ emvidros fluoroindatos, na amostra com 3.0 mol% de E~+ . A) T = 300K, B)T= 77K.
FIGURA 18. Decaimento radiativo da transição 4S3/ ~4II5/2 do Er'+ emvidros tluoroindatos, na amostra com 4.0 mol% de E~+ . A) T = 300K, B)T = 77K.
FIGURA 19. Decaimento radiativo da transição 4I11/~~4I15/2 do Er'+ emvidros fluoroindatos, na amostra com 4.0 mol% de Er'+ . A) T = 300K, B)T= 77K.
FIGURA 21. Espectro de absorção de Pi'+ em vidros fluoroindatos a300K , para x = 1,2,3 e 4 mol% de Pi'+ . A) de 400 a 700nm, B) de 700 a2500nm.
FIGURA 22. Espectros de absorção de Pi'+ em vidros fluoroindatos na faixaespectral de 1988.9 a 9729.4nm a temperatura ambiente. Amostras com x= 1,2,3,4 mol%.de Pi'+.
FIGURA 23. Espectros de absorção do Pi'+ em vidros tluoroindatos norango espectral de 400 a 2500nm, na amostra com 4 mol% de Pi'+ . A) T =77K e B) T = 300K
FIGURA 24. Diagrama de níveis de energia do Pi'+ em vidros tluoroindatos,obtidos dos espectros de absorção, comparados com os reportados porDIEKE(l968) para o íon livre.
FIGURA 25. Espectro de emissão do Pi'+ em vidros tluoroindatos comdiferentes concentrações de Pr'+, x = 1,2,3 e 4 mol%. Excitação em 457nm.A) T = 300K, B)T = 77K.
FIGURA 26. Espectro de absorção de Pr'+ em vidros fluoroindatos. Amostracom 3.0 mol% de Pi'+ a 300 e 77K.
XVI
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 . Composição optimizada dos vidros à base de InF3' Messaddeq(1995).
TABELA 2 . Propriedades térmicas dos vidros baseados em InF3,Messaddeq (1995).
T~ELA 3.Transições hipersensitivas de algumas IR ....•
Tj l-QELA 4 . Reagentes químicos, grau de pureza e fornecedores utilizadosna ~bricação dos vidros fluoretos dopados com Ey-3+e py-3+.
TABELA 5. Propriedades físicas dos vidros fluoroindatos dopados com Er'+
TABELA 6.Forças do oscilador experimentais fexp (x 106), para absorção,apartir do estado base 4115/2 do Er3+ , em vidros fluoroindatos paradiferentes concentrações, a temperatura ambiente.
TABELA 7. Parâmetros de intensidades 02.4.6 (x 1020 cm2) do íon Ey-3+emvidros fluoroindatos, para x = 1,2,3 e 4mol% de Ey-3+.
TABELA 8. Valores, no acoplamento intennediario, dos elementos dematriz [U(À)f = < tN J'IIU(À)IltN J >2 com À = 2,4 e 6, reportados por
Camall et a1.(1977), para Er'+. Com o estado base [cxSL]J = 4115/2,
TABELA 9. Valores da força do oscilador experimental fExp,e cálculada fcal
(xl 06) para absorção a 300K, desde o estado base 4115/2 de Er3+ , nos vidrosfluoroindatos com x = 1,2,3 e 4moI% de Er3+. Também são incluídos osvalores correspondentes dos Lm.S..
TABELA 10. Valores dos parámetros espectroscópicos: Ade(1,J'), Adm(J,1')
, P JJ' , 't R e p p(x1020 cm2 ) do íon Er'+ em \~dros fluoroindatos, amostracom 1.0 moI% de Ei'+ .
TABELA 11. Valores dos parâmetros espectroscópicos: Ade(1,J'), Adm(J,J'),
P JJ' , 'tR e pp(xl 020 cm2 ) do íon Ei'+ em vidros fluoroindatos, amostra com2.0 mol% de Ei'+ .
.,XVII
TABELA 12. Valores dos parâmetros espectroscópicos: Ade (1,J') , Adro
(J,J'), ~JJ" 'tR e pp(xl02o cm2) do íon EiH em vidros fluoroindatos, amostracom 3.0 mol% de Ei'+ .
TABELA 13. Valores dos parâmetros espectroscópicos: Ade(J,J'), Adm(1,1'),
P JJ', 1"R e pp(xl 020 cm2 ) do íon Ei'+ em vidros tluoroindatos, amostra com4.0 mol% de Ei'+ .
TABELA 14. Transições, e os valores de seus parâmetros espectroscópicoscaracterísticos, segeridos para serem utilizados em aplicações laser, usandovidros tluoroindatos como matriz.
TABELA 15. Valores dos tempos de vida radiativos 'tR [ms], calculados eexperimentais, de algumas transições do Er'+ em vidros tluoroindatos, atemperatura ambiente, nos vidros com 1,2,3 e 4 mol°1Óde Er'+ .
TABELA 16. Propriedades fisicas dos vidros tluoroindatos dopados comPi'+
TABELA 17. Valores da força do oscilador experimental fExp (x 106 ), dePr3+ em vidros tluoroindatos a 300K e 77K. Com X = 1,2,3 e 4 mol% dePi'+
TABELA 18. Valores, no acoplamento intermediário, dos elementos dematriz [U(À) f = < tN J'IIUo.·) IltNJ >2 com À = 2,4 e 6, reportados porWEBER (1968), para Pi'+. Com o estado base [aSL]J = 3H4 .
TABELA 19. Comparação dos parâmetros de íntensidade do íon W+ nosvidros fluoroindatos com diferentes concentrações de Pi'+, a 300K e 77K.
(x 102ocm2)
TABELA 20. Comparação da força do oscilador experimental fExp' ecalculadas feal, (xI06), das transições ópticas do íon pf+ nos vídrosfluoroindatos dopados com diferentes concentrações de pf+. São incluídos
também os valores r.m.s. Temperatura 300K
TABELA 21. Comparação da força do oscilador experimental fExp' ecalculadas feal (xl 06), das transições ópticas do íon pf+ nos vídrosfluoroindatos com diferentes concentrações de pf+. São também incluídos
os valores dos r.m.s .. Temperatura 77K.
XV1ll
TABELA 22. Comparação dos parâmetros de íntensidades para o íon Pr'+nos vidros tluoroindatos com diferentes concentrações, a 300 K e 77K
excluindo a transição 3H4~3P2' (x 102ocm2).
TABELA 23. Comparação da força do oscilador experimental fExp eteóricas fCal (xI06), das transições ópticas do íon py3+ nos vídrostluoroindatos dopados com diferentes concentrações de py3+, excluindo atransição 3H4~3P2' São também incluídos os valores r.m.s .. Temperatura300K
TABELA 24. Comparação da força do oscilador experimental fExp e teóricafCal (x 106 ), das transições ópticas do íon W+ nos vidros tluoroindatosdopados com diferentes concentrações de py3+, excluindo a transição3H4~3P2 . São também incluídos os valores r.m.s .. Temperatura 77K.
TABELA 25. Valores dos parâmetros espectroscópicos: Ade(J,J'), Adm(J,J'),
P JJ', t R e Pp (xl 020cm2) do íon W+ em vidros tluoroindatos a temperaturaambiente, na amostra com 3 moI % de py3+.
TABELA 26. Valores dos º2 46 (x 1020cm2) para algums compostos.Os r. m.s. (x 106) nas forças do oscilador também são incluídos, (dadostomados de PEACOCK (1975).
TABELA 27. Funções de onda (íon livre) no acoplamento intennediário,para o íon py3+. As três componentes mais importantes. Energias médiascorrespondentes ao baricentro.
TABELA 28. Valores no acoplamento intermediário de [U(À)]2 =
<tN [a'S'L']YIIU(À)lltN[aSL]J>2comÀ=1,2,3,4,5, 6 para Pr'+. [aSL]J= 3H4'
Assumindo a atribuição 3Pl + 116 e 3P2 para as bandas centradas em 21372e 22562 cm-1 respectivamente.
TABELA 29. Valores no acoplamento intennediário de [U(Â)]2 =<~[ a'S'L']J'IIU(Â)lltN[a SL]J>2com À=1,2,3,4,5,6 para pf+. [cxSL]J= 3H4'
Assumindo a designação 3p I e 116+ 3p 2 para as bandas de energia média de
21372 e 22562 cm-1 respectivamente, e incluindo o fator y2.
TABELA 30. Valores da força do oscilador experimental f, (x 106) das
transições ópticas do íon pf+ nos vidros fluoroindatos, dopados com
diferentes concentrações de p?+. T = 300K
XIX
TABELA 31. Para comparação são dados os valores de Q À (x 102Gcm2)À=2,4,6 do ~+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentrações de~+. T=300K.
TABELA 32. Para comparação são dados os valores de QÀ(x l02Gcm2)À=1,4,5,6 para o Pi3+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde ~+. T = 300K.
TABELA 33. Para comparação são dados os valores de Q À (x 102°cm2)À=2,4,5,6 do ~+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde ~+. T = 300K.
TABELA 34. Para comparação são dados os valores de Q À (x 1020 cm2)À=3,4,5,6 do ~+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde ~+. T = 300K.
TABELA 35. Para comparação são dados os valores de Q À (x 102°cm2)
À=1,3,4,5,6 do Pf3+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde ~+. T = 300K.
TABELA 36. Para comparação são dados os valores de QÀ(x 102ocm2)À=2,3,4,5,6 do Pf3+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde ~+. T = 300K.
TABELA 37. Para comparação são dados os valores de QÀ(x 102ocm2)
À=1,2,3,4,5,6 do Pf3+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde W+. T = 300K.
TABELA 38. Contribuições dos tennos pares e ímpares da tabela 34
(designação B) de Q À (por ter todos seus valores positivos), para a força dooscilador do W+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentrações de
Pi'+. T = 300K. (fx 106)
TABELA 39. Valores percentuais das contribuções dos tennos pares e
ímpares de Q À' À = 3, 4, 5, 6, à força do oscilador do py3+ nos vidros
tluoroindatos com diferentes concentrações de py3+. T =300K.
TABELA 40. Probabilidades de transições radiativas, razão de ramificação
da luminescência, tempos de vida radiativos, e a seção transversal de
emissão estimulada do íon py3+ em vidros tluoroindatos, à temperatura
xx
ambiente, x = 1.0 moI%.
TABELA 41. Probabilidades de transições radiativas, razão de ramificaçãoda luminescência, tempos de vida radiativos, e a seção transversal deemissão estimulada do Íon J>i1+ em vidros fluoroindatos, à temperaturaambiente, x = 2.0 mol%.
TABELA 42. Probabilidades de transições radiativas, razão de ramificaçãoda luminescência, tempos de vida radiativos, e a seção transversal deemissão estimulada do Íon J>i1+ em vidros fluoroindatos, à temperaturaambiente, x = 3.0 mol%.
TABELA 43. Probabilidades de transições radiativas, razão de ramificaçãoda luminescência, tempos de vida radiativos, e a seção transversal deemissão estimulada do Íon py3+ em vidros fluoroindatos, à temperaturaambiente, x = 4.0 mol%.
TABELA 44. Transições e valores de seus parâmetros espectroscópicoscaracterísticos no J>i1+, sugeridos para serem utilizados em aplicações laser,usando vidros fluoroindatos como matriz.
XXI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
IV
UV
ZBLAN
CVD
BIZYbT
IZBSC
TR
IFSC-USP
InSBZGdN
InSBZGdNM
ou
4f - 4f
J - O
DO
ZBLA
AEDM
R-S
r.m.s.
À
cx
Infravermelho
Ultravioleta
Zircônio, Bário, Lantânio, Alumínio, Sódio
Chemical Vapour Deposition
Bário, Índio, Zinco, Ytérbio, Tálio
Índio, Zinco, Bário, Estrôncio, Cálcio
Terras Raras
Instituto de Física de São Carlos - Universidade de
São Paulo
Índio, Estrôncio, Bário, Zinco, Gadolínio, Sódio
Índio, Estrôncio, Bário, Zinco, Gadolínio, Sódio, Érbio
Praseodímio
Transições dentro da câmada 4f
Judd - Ofelt
Densidade Óptica
Zircônio, Bário, Lantânio, Alumínio
Método do Denominador de Energia Média
Russell - Saunders
Desvío Quadrático Médio
Posto dos elementos de matriz e parâmetros
de intensidades
Números quânticos adicionais·que definem um estado
quântico
..XXll
LISTA DE SÍMBOLOS Z
Número Atômico
A
Probabilidade de transição
p
Razão de ramificação da luminescência
1;
Tempo de vída radiativo
Q
Parâmetro de intensidade
Pp
Seção transversal de emissão
H
Hamiltoniano
C (1)
Operador tensorial de Racahq
Cp
Capacidade calorifica~ ~HCalor de cristalização
G
Estabilidade
fForça de oscilador
SJJ"
Intensidade de linha entre multipletos
U(À)
Elemento de matriz de posto Â
WDC
Operador de acoplamento dinâmico
J
Momento angular total
IMomento angular orbital
wnr
Taxa de relaxação multifónon
(X.
Polarizabilidade do j-esimo liganteJ
GÀ
Fator de blindagem de posto À
a
Energia correspondente ao baricentro
n
Índice de refração
p
Densidade
11
Viscosidade
K
Coeficiente de absorção
d
Espessura da amostra
XXl1l
E
Energia
I
Intensidade de emissão
ppm
Partes por milhão
p
Número de fónons
y
Fator de correção
S
Soma de termos (quando aplicada a teoria de
perturbacões)Cn
Grupo de simetria
P
Operador de dipolo elétrico
v
Frequência
T
Temperatura
Vd
Número de Abbé
c
Velocidade da luz
h
Constante de Planck
3-j
Simbolos 3-j
6-j
Simbolos 6-j
,CAPITULO 1
1
INTRODUÇÃOOBJETIVOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
2
CAPÍTULO 1
1.1 Introdução
A descoberta de vidros de fluoretos de metais pesados gerou grande
interesse em todo o mundo pelo fato de apresentarem uma janela de
transmissão óptica maior que a da silica ( até ;::;7J.1m) e, também pelo fato
de sua atenuação teórica estar bem abaixo do valor da silica, permitindo
projetar um grande número de aplicações no infravermelho médio.
Atualmente, dentre das famílias dos vidros fluoretos, a família do
fluorozirconato ZrF4' tem sido bastante estudado. Esses vidros possuem
uma boa transparência no IV médio e uma boa estabilidade térmica frente
à cristalização. Outra classe de vidros que está surgindo agora como de
grande importância é o sistema baseado no InF} como maior componente,
associado com fluoretos divalentes. Estes vidros apresentam uma janela de
transmissão maior que a dos fluorozirconatos.
Alguns dispositivos ópticos como fibra laser, amplificadores e
conversores de energia vêm sendo investigados em sistemas que empregam
vidros de fluoretos dopados com terras raras, por grupos ligados às
telecomunicações. Grande parte das aplicações de vidros de fluoretos se faz
na forma de fibras.
1.2 Vidros de Fluoretos
O termo "vidros de haleto" refere-se a vidros cujos ânions são
elementos do grupo VIlA da tabela periódica (fiuor, cloro, bromo e iodo).
3
'ir fI; j" t' ••••••• 'll'l I'
4
i'lJ 1q' '''I,!lhlljl 'I U,'III' IUlhrt111j1.1"llt.J.'lllIt ~'II" I" 11'1' II"MH~ 1111UI' I '11I"'1111"IIII'IHI 1,1'1 1!1IIl'lj·"'llflltfl "'l '111'I t HI'1II1 ".' I I 1"1*1' Iitlll;11"lI'I~"1 t I' hll
Ao contrário dos vidros de óxido, particularmente de silício, que
existem como minerais naturais, os materiais VÍtreos baseados inteiramente
em halogenetos inorgânicos são puramente sintéticos.
Em 1974 M. POULAIN, na Universidade de Rennes, França,
descobriu acidentalmente as propriedades vitrificantes do ZrF4 ' em mistura
com outros tluoretos. Este fato motivou vários pesquisadores a estudar esta
nova classe de materiais vítreos.
De modo geral os vidros de tluoretos podem ser classificados em duas
categorias: os que contêm BeF2, chamados tluoroberilatos e aqueles que não
contêm BeF 2 ' conhecidos como vidros de tluoretos de metais pesados.
Apesar, dos tluoroberilatos apresentarem baixos índices de refração
linear e não linear, baixa dispersão e notável estabilidade frente à
desvitrificação, seu aproveitamento é bastante limitado pela extrema
toxicidade e higroscopia dos materiais.
Esse fato fez com que diversos grupos de pesquisa interessados no
desenvolvimento de fibras ópticas se direcionassem para os vidros de
tluoretos de metais pesados. Nesta categoria encontra-se o vidro ZBLAN,
composto de ZrF4' BaF2 ' LaF3 ' AlF3 e NaF que apresenta uma atenuação
numa ordem de grandeza abaixo da silica( 0,2 dB!Km em ~ 1,5 ,um).
O método de preparação é um fator limitante na redução das perdas.
Atualmente os vidros de tluoretos são obtidos por fusão de matérias
primas cristalinas, com alto grau de pureza, e derrame em moldes. Esse
processo pode provocar problemas, como contaminação e formação de
bolhas, que provocam dispersões indesejáveis no infravermelho.
O grande impulso para a redução da atenuação óptica dos vidros de
silica foi o surgimento da técnica da deposição química a partir de vapor,
CVD (Chemical Vapour Deposition), que possibilitou a obtenção de vidros
5
extremamente puros. Este fato associado ao desenvolvimento das técnicas
do puxamento de fibras propiciou a dramática redução das perdas para os
vidros de óxido de silício até o limite intrínseco de ~ 0,2 dBIKm, em 1,55
fim. Nos últimos anos, os vidros de fluoretos tiveram redução de perdas de
aproximadamente sete ordens de grandeza , com alguns grupos obtendo
perdas abaixo de 1.0 dBlKm na região próxima de 2,5 fim. A evolução da
atenuação neste tipo de vidro, bem como nos de silica, está representada na
figura 1.
1.2.1 Vidros Fluoroindatos
Os vidros de fluoretos divalentes associados com InF3, em maior
quantidade foram reportados por N. POULAIN, M. POULAIN E G. MAZE
(1980), surgindo como um novo grupo de vidros, importante por suas
potenciais aplicações em fibras ópticas e laser de CO, o qual emite em 5 fim.
Estes apresentam melhores propriedades fisicas e químicas que os vidros
fluorozirconatos (ZBLAN), primeiros vidros de fluoretos descobertos por
M. POULAIN (1974). Recentemente, muita atenção tem sido dada aos
amplificadores ópticos em 1,3 fim, para os quais os vidros baseados em InF3
dopados com ~+ oferecem resultados promissorios, Y. OHISHI et
al.(1992) e Y. NISHIDA et al.(1993). A. SOUFIANE, Y. MESSADDEQ
& M. POULAIN (1994). A. SOUFIANE (1992) encontraram uma melhor
composição usando GaF3 em pequenas quantidades « 4% molar). Na
busca de composições com maior estabilidade, foi estudado o sistema InF3
- ZnF2 - BaF2 - SrF2 - GdF3 - NaF - GaF3 . A figura 2, representa o
diagrama da formação vítrea, notando-se na área mais escura a região de
IlIi'I"'!"!IIIIII~~61I.I~I~ 'I~~I~"I'IH;;II"~~I,111!'I''I'I'!1'1I1n'lIl''111'1I1m"1I1"11'1'I I"II~IIII~ll~'~1"'I'I'llll'l 0'111 I~I'II~ IUI~'li~~lj."'.~.IIHIUj "111" .I~I '. 1I I 'I'III~HI'II"I~''11~'111IjHII~"1"1111.' 'III'~I "1"llllln ,tIIl i, , 'I~ m I ~jH l'llHI" ~I'~ IIIII'''U IÜIII.";'I"II"II""irlllill"t~1nlll'"I' "1" " l I
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810
E
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o 102 Fibral<t u.~::> 10°z lLJ•••• IÕ2<X:
IIÕ4
I. AC:OC
-3000
'10001900'so '70 '80 '86'90ANOFIGURA 1 . Evolução da atenuação em diferentes vidros.
composição mais estável frente à cristalização. MESSADDEQ (1992) fez
lUTI estudo sistemático de várias composições vítreas a fim de obter a região
de fase vítrea de maior estabilidade e encontrou a relação (40 - x)In - 20Sr
16Ba - 20Zn - 2Gd - 2Na - xM, onde M é um terra rara usado como
dopante. Na tabela 1 são apresentadas as composições otimizadas dos
vidros fluoroindatos.
TABELA 1 . Composição optimizada dos vidros à base de InF3,
MESSADDEQ (1995).InF]ZnF2BaF2SrF2GdF]NaFGaF]Outros
34201520226 lCaF2
34201520226 lYF]
34181620226 2CdF2
34201520226 lLaF]
34201620225.50.5PbF2
7
GdF3
20 30
20%ZnF2
16 % BaF2
20 % SrF22%NaF
40
GaF3
\
FIGURA 2 . Área da fonnação vítrea em sistema multicomponente baseadoem fluoreto de índio, MESSADDEQ (1995).
1.2.2 Propriedades Térmicas
Na tabela 2 são incluídas as temperaturas caraterísticas T g' T x e T p e
os parâmetros de estabilidade ( Tx - Tg) e S = (Tx - Tg)(T p - T x)/ Tg ,
segundo M. SAAD & M. POULAIN (1989). Entretanto, 1. MALEK & L.
TICHY (1992) sugeriram outro critério de estabilidade, G = (Tx
Tg)C/ d!\ ' onde d!\ [J/g] é o calor de cristalização e Cpa capacidade
calorífica, sendo que o maior valor de G corresponderá a uma maior
estabilidade do vidro. Os valores obtidos com este critério são
particulannente interessantes quando comparados aos de outros sistemas
fonnadores de vidros.
8
TABELA 2 . Propriedades térmicas dos vidros baseados em InF3,MESSADDEQ (1995).TgCOC)
TxCOC)Tp(OC) (Tx - Tg) COC)S (OC)mZN
30138839787 2.6
mZGd
30939241083 5.11
mZSCd
292383 .402.91 5.92
mZSCa
29538540090 4.58
mzsp
27836637288 1.9
mZSGd
300405414105 3.15
mZGdAl
31040043790 10.84
mZSGaCaPb 296
38240386 6.1
Tg = temperatura de transição vítrea, Tx = temperatura de início dacristalização e Tp = máxima temperatura exotérmica.
1.2.3 Propriedades Ópticas
Dependendo da espessura da amostra e da composição, os vidros de
tluoretos são transparentes no infravermelho (IV) (> 7 ,um), . Para grandes
comprimentos de onda, a transparência óptica de um material é caracterizada
pela existência do limite vibracional IV ou multifonon. Este limite resulta
das combinações e sobretons (2v, 3v, ... ) das frequências de vibrações
fundamentais (bandas de absorção no infravermelho) das ligações entre
ânions e cations. Baseados num modelo simplificado para as vibrações de
estiramento de pares individuais cátion-ânion, a frequência vibracional
fundamental Vo destes pares diatômicos lineares, é dada pela equação de
SZIGETI (1950),Vo = (l/2n)(KI,u)1/2,sendo que 1C é a constante de força
entre
9
•• SILICA..
100
80
60
40
20
o2
......
....
3 4 5
• =5mm
6 7 8 9 10 12
Comprimento de onda (,um)
FIGURA 3 . Capacidade de transmissão óptica nos vidros de Silica,ZBLAN, BIZYbT e IZBSC com 5 mm de espessura
dois íons de massas m} e m2 e,u (= m}m/m} + m2), a massa reduzida.
Como regra geral, a margem de absorção no IV é deslocada para maiores
comprimentos de onda, de acordo com a seqüência : AlF3 < ZrF4 < RfF 4 <
GaF3 < InF3' A figura 3 mostra a capacidade de transmissão dos vidros de:
Silica, ZBLAN, BIZYb T e IZBSC em amostras com 5 mm de espessura.
O maior interesse nos vidros fluoroindatos é a alta transparência no IV, o
que permite o acoplamento ao laser CO que emite a 5,um.
1.3. Os Íons Terras Raras
1.3.1. Introdução
Os íons terras raras (TR) são caracterizados pelo progressivo
preenchimento das sub-camadas 4f ou 5f de sua configuração eletrônica.
Dividem-se em dois grupos de quatorze elementos cada um, conhecidos
como os lantanídios e os actinínios. Os lantanídios, que são de nosso
interesse, estão associados com o preenchimento da sub-camada 4f,
10
começando com o cério (Ce) (Z = 58), e terminando com o lutécio (Lu) (Z
= 71).
1.3.2. Configuração Eletrônica
Os lantanídios neutros têm a estrutura eletrônica carateristica do
Xenônio (Xe)
com dois ou três elétrons mais externos (6s2 ou 5d6s2). A configuração
eletrônica dos lantanídios pode ser escrita como
[Xe]4fN
onde N varia entre O para Lantânio (La) e 15 para Lutécio (Lu), valendo 2
para Praseodímio (Pr), e 11 para Érbio (Er).
O estado de oxidação mais comum das TR é (+3) quando incorporadas
substitucionalmente numa matriz.
11
12
1. 4 Objetivo do Trabalho
O trabalho desenvolvido até o momento nos diferentes laboratórios, tem
mostrado que os vidros fluoroindatos apresentam vantagens em relação aos
fluorozirconatos, particularmente no que tem a ver com a resistência
química, mecânica e a alta transmissão no infravermelho (IV).
Neste trabalho, as amostras de : InSBZGdN e InSBZGdNM, onde In =
InF3, S = SrF2, B = BaF2, Z = ZnF2, Gd = GaF3, N = NaF eM = ErF3 e
PrF3, estes nas concentrações de 1,2,3 e 4 mol%, são preparados pelo
método tradicional de fusão.
Os vidros obtidos são cortados em forma de paralelepípedo, medindo
se sua densidade, índice de refração, espectros de absorção, emissões e
tempos de vida de algumas transições de interesse, para todas as amostras
preparadas.
Dos· espectros de absorção é calculada as força do oscilador, a partir
das áreas integradas de cada banda. As técnicas experimentais utilizadas
neste trabalho são descritas no capítulo 2.
À luz do modelo de intensidades 4f - 4f, discutido neste capítulo, são
calculados os parâmetros espectroscópicos: probabilidade de transição por
dipolo elétrico Ade (J,J'), dipolo magnético Adm(J,1') entre multipletos, a
razão de ramificação da luminescência PJJ' , os tempos de vida radiativos 't R,
e a seção transversal de emissão pp' para E~+ e W+ nos vidros
fluoroindatos.
Quando o modelo de intensidades 4f-4f é usado em W+, surgem
importantes inconsistências, refletidas em valores negativos dos
parâmetros de intensidade Q 2 (o que não tem significado fisico neste
modelo), além de valores relativamente grandes dos r.m.s., quando
comparados com outros terras raras. Uma tentativa de obter uma melhor
13
aproximação para o caso do Pr'+ nos vidros fluoroindatos será o assunto do
capítulo 5.
1.5. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
1.5.1 Níveis de Energia das Configurações 4f
Nos terras raras, os elétrons 4fnão são os elétrons mais externos. Eles
recebem uma blindagem das duas sub-camadas eletrônicas fechadas com
maior extensão radial, 5s25p6, o que explica a natureza "atômica" de seu
espectro. Assim, os elétrons 4f são só levemente perturbados pelas cargas
dos ligantes vizinhos. Os níveis de energia do íon livre são, geralmente,
interpretados considerando unicamente interações entre os elétrons 4f.
A interpretação teórica dos espectros das transições eletrônicas dos
terras raras trivalentes, começa com os trabalhos de BETHE(1929), VAN
VLECK(1937), RACAH(1942,43,49,52) até os trabalhos de JUDD e
OFEL T(1962), partindo da solução da equação de Schrõdinger
H'P = E'P (1.1)
que deve satisfazer os estados do sistema.
O hamiltoniano do íon livre que determina os níveis de energia 4f N
pode ser escrito na forma
N N N N
H = - 112/2m ". \7.2 - ". Z*e2Ir· + " e2Ir·· + ". T(r·) s· (. (1 2).L.1 1 . .L.I 1.L. IJ.L.I ~ 1 I' 1 .i<j
com N = 1, .., , 14 ; Z* é o nO atômico efetivo, ((ri) é a função de
acoplamento spin-órbita. Chamando de Hc os três primeiros termos da eq.
1'~I~II"I"'liII'~ll"'I'IIIIIIII'~"II~1~"ml"~11'111~"11I1I11"111;1'11~1I!~i'ill;!~I'tll~1'1,1'I dllMl Im.'hl"~.I~~tllj.".J.IIMll'j'j l'ljfllb 1 "I'lIII'I"~1 'I'II'"I!""II~I~IIIU~!I;."11'11.' tlllh1' " 1"
14
(1.2) e Hso o último, o hamiltoniano H pode ser escrito
H =Hc + Hso (1.3)
N
A parte de Hc, ( L e2!rii) que representa a repulsão eletrostática,i<:i
define os termos 2S + 1L. Hso, decompõe os termos 2S + 1L nos níveis
2S + ILJ'
Quando o íon é introduzido em uma matriz aparece o hamiltoniano de
interação do campo cristalino, Hcc, que introduz uma quebra de
degenerescência no máximo de (2J + 1) sub-níveis (níveis Stark).
Soluções exatas da equação de Shrôdinger, para átomos com mais de
um elétron, não são possíveis. A aproximação mais comum usada em átomos
complexos é a "aproximação do campo central". Nesta aproximação, o
elétron é considerado movimentando-se independentemente no campo do
núcleo.
Em relação à grandeza das interações Hcc e Hso, podem ser
considerados dois casos: o primeiro, quando Hcc » Hso ' é o chamado
"Acoplamento Russell-Saunders" ; o segundo, quando Hcc < Hso, é o
chamado "Acoplamento j-j". Nos íons terras raras, Hcc '" Hso, e temos o
chamado" acoplamento intermediário"que mistura os números quânticos S
eL.
A configuração 4f N dos íons trivalentes é razoavelmente bem definida
e separada das configurações excitadas por diferenças de energia bem
maiores do que os desdobramentos provocados pelos hamiltonianos Hc ' Hso
e Hcc'
Na mesma aproximação do campo central, os níveis de energia
atômicos são obtidos dependendo unicamente dos números quânticos n e Q
15
que caraterizam uma configuração. Dado o grande valor que Q pode assumir
nos íons terras raras, a degenerescência da configuração 4f N é muito alta,
no caso, Pr = 91 e Er = 364.
Os níveis de energia de um íon terra rara em uma matriz, são obtidos
diagonalizando o hamiltoniano
H=Hso+Hcc (1.4)
É comum usar como base para a diagonalização o conjunto de funções
próprias no acoplamento Russell-Saunders.
1.5.2. Hamiltoniano de Repulsão Inter-eletrônica
No cálculo dos níveis de energia do átomo ou íon é normal considerar
o potencial da perturbação eletrostática. Na eq. (1.2) temos para a energia
potencial:
N N
V = L [-Ze2/ri - U(rDl + L e2/riji i<j
(1.5)
••,
onde o primeiro termo é puramente radial e não afeta a estrutura da
configuração dada. O segundo termo será diferente para os diferentes
estados da mesma configuração. Se considerarmos a estrutura dos níveis de
energia, a somatória no último termo ocorrerá unicamente sobre os elétrons
das camadas incompletas, que em nosso caso é a 4f N. Devemos então
calcular elementos de matriz da forma
< a'S'L'j'M' I L e2/rij I aSLJM >i<j
I~llt ~ l'II.I~I.~i'~ljtf!III'IIHIUj 'I~I -".'" I "I'. 111'111m t~I'H"'~'II~;~1II8~~~"."II"U.' til'" I " I' I"~~III"I ijll' 1"'1 ~,~U I ~. t I! 'I!II"IH' -HM l'IIIIU<1I~ I j IIIII"II'HIII'I"'IIIil'III."11'.1"11I'111'
16
Uma vez que o hamiltoniano eletrostático comuta com L 2 , S2 , J2 e
Jz, o elemento de matriz será diagonal em L e S, não em ex, e independente
de J e M. A expansão de e2/rij produz
2/ _ 2 ~ k/ k + 1P ( )e rij - e L r< r> k cos Ú)ijk
(1. 6 )
onde r< é a distância do núcleo (como origem) ao elétron que está mais
perto e r> a distância ao elétron mais afastado. Usando o teorema de adição
dos harmônicos esféricos e o operador tensorial Cq (k) definido por RACAH
(1942), Cq (k) = (4TI/(2k + 1»112 Yqk , onde Yqk é um hannônico esférico,
temos para Pk
Pk.(cos ú) .. ) = (C.<k) C.(k)lJ l' J
e o elemento de matriz ficaria como
L e2< ex'S'L' I L r{/r} + 1(C/k) . cj(k) I exSL >k i<j
(1. 7 )
o cálculo destes elementos de matriz pode ser feito usando o método
detenninal de Slater (1960), ou o método dos operadores tensoriais de
RACAH (1942).
1.5.3. Hamiltoniano de Interação Spin-Órbita
O efeito da interação eletrostática entre pares de elétrons é o de
remover a degenerescência dos diferentes tennos LS de uma dada
configuração. A diagonalização das matrizes de energia eletrostática, leva
a um conjunto de níveis de energia, cada um caraterizado pelos números
quânticos L e S.
"'.
17
No cálculo mais realista dos níveis de energia de um átomo ou íon terra
'\) rara, devem ser incluídos além das interações eletrostáticas as interações
magnéticas. De todas as interações magnéticas, a mais importante, ao tratar
os íons terras raras, é a interação spin-órbita.
No hamiltoniano inicial eq.(l.2), o termo referente à interação de spin
órbita é dado por:
N
Hso = L (ri) Si • li (1. 8 )
onde ri é a coordenada radial, Sio spin, e li o momento angular orbital do i
ésimo elétron, e (ri) é
(ri) = ['})2/2m2c2ri] dU( ri )/dri (1. 9 )
onde U(ri) é o potencial esferossimétrico que aparece na eq.(1.5). O
operador de interação spin-órbita é diagonal em Q, mas não em n . Na
interpretação de resultados experimentais é comum tomar (ri) como um
parâmetro ajustável e único para todos os estados de uma configuração,
assim Hso pode ser escrito como
~o = (L i Si" ~ (1.10)
O hamiltoniano Hso comuta com j2 e lz ' e seus elementos de matriz na
base 14fNaSLJM > são diagonais em J e independentes de M. No caso dos
íons terras raras, como a interação spin-órbita é comparável à interação
coulombiana, é usual fazer cálculos no acoplamento intermediário. Os
elementos de matriz podem ser calculados através da relação
mil' 111';~llIllIIl'l~lItl~I~I~I! liI"I'I'I'",!,W'1" 'i'''I''I~'11111'11m'II'!II' 1111~1!lIf~'I~wl'1*1'11 Idil~1 IIHI ~ !il!tl~I.I'II'~I~."I't~.I.I~1111~ '111'".'''1 "1 11,1"llllj~I'H'I;1"lttlltll'I'1 "I'II~IIII ti'11. 'Ij! IUI ~w'I!II '111,1'1j/IHIII~+III~l'IUIIII~III'III'I'I"lIjH~liII;~'*;j~IM'III' '1' '"
18
<4fNexSLJM I Li (Si· li ) 14fNex'S'L'J'M' > =
(_l)J+L+S' [Q(Q + 1)(2Q + 1)]1/2{L L'l} XS' S J
X < 4f Nex 'S'L'J'M' I y(11) I 4f NexLJM> (1.11)
onde chaves, { ], são os símbolos 6-j associados com as transformações
entre esquemas de acoplamento com três momentos angulares,
WYBOURNE (1965).
Os elementos de matriz de Y (11) podem ser encontrados nas tabelas de
NIELSON & KOSTER (1963), para todas as configurações 4f N e os
símbolos 6-j são obtidos das tabelas de ROTEMBERG et al.( 1959).
1.5.4. Campo Cristalino
A sub-camada 4f dos íons terras raras é uma sub-camada não fechada.
Os espectros ópticos dos íons terras raras trivalentes consistem de grupos de
linhas e têm sua origem nas transições dentro das configurações 4fN. As
linhas espectrais dentro de um grupo podem ter separações da ordem de 100
em-I, enquanto que entre os grupos pode ser de 1000 em-I. O
posicionamento dos grupos é relativamente pouco afetado pelo ambiente no
qual se encontra o íon (TR) e pode ser correlacionado com a posição dos
níveis de energia da confibTUração 4fN do íon livre.
O íon lívre apresenta simetria esférica e cada nível J é (2J + 1)
degenerado. Quando o íon é introduzido em uma matriz (um cristal, mn
vidro ou em solução), a simetria esférica é quebrada. Assim, a
degenerescência de cada nível J é removida pela influência do campo
eletrostático não unifonne (campo cristalino) produzido no sítio do íon pela
distribuição de carga na matriz. Esta quebra de simetria é a responsável pela
maior modificação no esquema dos níveis de energia do íon.
Dada a pequena influência que a vizinhança química tem sobre o íon
19
terra rara, o potencial do campo cristalino pode ser considerado como uma
perturbação sobre o hamiltoniano do íon livre.
Para um íon colocado em um campo cristalino, o hamiltoniano pode ser
escrito como
H =14+ Hcc (1.12 )
onde Hf é o hamiltoniano do íon livre e Hcc o hamiltoniano do campo
cristalino. Assumiremos que os valores próprios e funções próprias de Hf
são conhecidas. As funções próprias não perturbadas têm simetria esférica
e a expansão de Hcc pode ser expressa em termos dos operadores de Racah
definidos na secção 1.5.2. Para qualquer distribuição de carga ao redor do
íon, Hcc pode ser expandido na forma
Hcc = L Btq ( Cq (t) )it,q,i
(1.13 )
Os parâmetros Btq' contêm as integrais radiais que são dificeis de se
obter exatamente, sendo frequentemente tratados como parâmetros
ajustáveis. Estes podem ser determinados a partir de dados experimentais.
Os parâmetros Btq podem também ser calculados em função dos valores
médios de rt , < rt >, para os elétrons 4f, e dos parâmetros cristalinos ~q
B =11 <rt>tq ~ 'tq (1.14 )
Os elementos de matriz do hamiltoniano Hcc podem ser calculados usando
técnica de operadores tensoriais, utilizando autofunções na base I
4f NaSLJM>. Inicialmente aplicando o teorema de Wigner-Eckart,
I" i "" 'I '.1 til 'I t ' ••••• 11'1111!Ill tI" I ,. .1-,ttl1hlt I:h 'IUllt. IUII~lltt,lth"'.lII •• I"t'lltI"III··1-111111' ", It'l~lIIl' Ildll"" ,I' '~I,1IlH!i',U1111111'11'1'· 1 HIlI'~III'~lht'h,.tl<'Ii'lt'jj!lj·.t.tlt~-q' 1 Itl -11 ' t j l' ·H1"llHlIlIlIl'~.tt'll"'IjotH' ~",~'11' ~;t" I ~
20
COW AN. D.R (1981), teremos
< 4fNex'S'L'l'M' I L Btq Cq(t) (i) 14fNexSLJM > =t,q,i
L ~tq (_I)J - M (1 t 1',)< 4fNex'S'L'1' II C(t)(i) 114fNexSLl > (1.15)Lq,l -M q M
onde os parênteses, ( ), são os símbolos 3-j os quais estão relacionados com
os coeficientes de Clebsch-Gordon, CONDON & SHORTLEY (1935).
Posto que o potencial é uma interação elétrica, Hcc não atua sobre o
spin, assim S = S', e os elementos de matriz são diagonais em S.
Os elementos de matriz reduzidos em 1 podem ser novamente
reduzidos a partir do acoplamento LS, como
< 4fN ex SLl II C(t)(i) 114fN ex'S'L'l' > = (_l)s + L' + J + t [(21 + 1)(21' + 1)] 112x
{J J' t }<4fNcx'S'L'11 C(t)(i) 114fNcxSL>L' L S(1.16 )
Os elementos de matriz de C(t) podem ser calculados em tennos do
operador tensorial irredutível unitário U(t), definido por
u(t) = L j ( u(t) )j
< li II (u(t) )j Illj' > = ôij ÔlI'
Os elementos de matriz de C(t) podem ser escritos como
( 1.17)
< 4fNex'S'L' 1I C(t) 114fNexSL > = < 4fNex'S'L' II U(t) 114fNexSL > x
< f II C(t) II f> (1.18)
onde< f \I C(t) 11 f> = (-ll (2f + 1) (f t f)O O O
21
Pela condição de triangu1aridade para a avaliação dos elementos de
matriz, mostra-se que para elétrons f, sempre t :::;6.
1.5.5. Intensidades das transições C-C
Pode-se dizer que o interesse pelas intensidades f-f nos íons terras
raras, surgiu com o trabalho publicado por VAN VLECK em 1937. A
questão levantada foi se as linhas agudas no espectro dos íons lantanídios
trivalentes eram devido às transições dentro da configuração 4f N, ou às
transições entre essa configuração e uma de energia superior, por exemplo
a 4fN -lSd.
As transições 4f - 4f dos íons trivalentes das terras raras são
suficientemente intensas para serem atribuídas aos mecanismos de dipolo
magnético ou quadrupolo elétrico. As transições por dipolo elétrico dentro
de uma configuração são proibidas (Regra de Laporte).
Segundo HÜFNER (1978), as fontes da radiação óptica nos íons
terras raras, quando introduzi das em uma matriz são:
1.- Radiação de dipolo elétrico forçado induzi da por termos ímpares do
campo çristalin?~
2.- Radiação de dipolo magnético permitida~
3.- Acoplamento dinâmico.
1.5.6. Teoria de Judd-OCelt
Judd e independentemente Ofelt em 1962, derivaram expressões para
a força do oscilador das transições de dipolo elétrico induzidas dentro da
configuràção 4f N. Já que os resultados são similares e foram publicados
1-I ~I'!'l 1ft' ! t I'~ l!tt'"U""!l"! "''t "Im" "yjl •• llt~ '1llfttl Itlll:jhtll.,lth•••• ,I't'I,~,'llt' 1111'111 I' 'o, I"jtottllt'tI'MIIII'''''1<111111111'1'11111-11111'1',1'''1 tHII"jlll'j.~lh,tWIII'lt"'I•• lilltll' I," wt:r-11 , I l,~""lIilllHllltl"t~t1I,t.' '''~n t'" ,", lU Il!t~1
22
simultaneamente, hoje são conhecidos como a Teoria de Judd-Ofelt (l-O).
Em sua essência, é uma quantificação das idéias formuladas por VAN
VLECK em 1937. A teoria está baseada nas seguintes premissas:
1.- Os termos ímpares do campo cristalino promovem uma mistura entre
configurações eletrônicas de paridades opostas. A regra de Laporte é,
portanto, relaxada;
2.- Diferenças de energias interconfiguracionais são aproximadamente iguais
à diferença de energia entre os baricentros das respectivas configurações
eletrônicas envolvidas;
3.- Todos os níveis MJ do estado fundamental são assumidos igualmente
populados.
A expressão para a força do oscilador f de uma linha espectral
correspondente à transição de dipolo elétrico da componente I a > do estado
base de um ion à componente I b > do estado excitado, é dada por
f= X [8rr2mca/h] I < fi Pq(l) I i > 12(1.19)
onde m é a massa do elétron, h é a constante de Planck, c a velocidade da
luz, a a energia da transição em cm-1, e X o fator de correção de Lorentz
devido a refratividade do meio.
Quando o íon é introduzido em um meio de índice de refração n, o
campo efetivo, Eef, no sítio do íon é dado em uma aproximação "tight
binding" pela expressão
Eer/Eo ;::;1 + n2 - 1/3 + ...
de onde surge o fator de correção X = (n2 + 2? /9n para o dipolo elétrico,
e onde Eo é o campo médio no meio hospedeiro.
23
Pela forma da eq.(l.19), ela pode ser diretamente relacionada com a
força do oscilador obtida experimentalmente do espectro de absorção, a
temperatura ambiente e, portanto, serve de ligação entre os resultados
experimentais e as predições teóricas.
Os estados I i> e I f> na eq.(1.19), por serem da mesma configuração,
têm a mesma paridade. Dado que o operador P, de dipolo elétrico tem
paridade ímpar, o elemento de matriz é zero. Para ter elementos de matriz
diferente de zero, é necessário misturar dentro da configuração 4fN estados
construídos de configurações que tenham paridade oposta a 4tN. Para isto
recorre-se às configurações excitadas do tipo 4fN - lnd e 4fN - lng. São
utilizados os termos ímpares da expansão do campo cristalino, Hcc (t ímpar),
na forma introduzi da na eq.(1.13), sendo considerados como uma
perturbação de primeira ordem. O operador de dipolo elétrico, P, expresso
em termos de operadores tensoriais irredutíveis, tem a forma:
P = e L i ri ( C(l) )i (1. 20 )
Segundo a teoria de Judd-Ofelt, os elementos de matriz da transição de
dipolo elétrico forçado podem ser calculados utilizando-se autofunções
na forma
(teoria de perturbações em primeira ordem)
I i > = 14fNcx[SL]JM > + L I V" >< V" I Hcc 14fNcx[SL]JM I > x'1'''
(E(4fNJ) - E(V" )yl (1.21)
I f> = 14fNcx'[S'L']J'M' > + L I V" > < V" I Hcc 14fNcx'[S'L']J'M' > x'1'''
(E(4fNJ') - E(V" )r1 (1.22)
....-::'1':".3--.' '"
, ~-. " • < '"~ r ~'.,',.,# ~'. ~ '
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•. ",;\ ..1 .'
t' '1'1*1 111'1 'I' ti" •••• III'! ~'1I1 1111t f' "11"""""1.'11'~ 'I IIU1" Itllll~l~hlllhllillll'''''IItHltl "11' I'I! '1111'r'~ 'l'!~III" "MIIII'" 'j 'llll1Ijlll""~i11t1"1'1Ij"'1 11'1II·111~'~.lth"1';'llHt'.'I,t4.1ft~'
24
"I I1 • I I "'U"'II"IIiI'I'~IH'I'"t~It,·t"I'~~'II1'111 f'
onde ex representa os nÚmeros quânticos adicionais que sejam necessários
para definir univocamente um estado e, dado que no acoplamento
intennediário os nÚmeros quânticos S e L enquanto convenientes para fins
de classificação, não são bons números quânticos, são incluídos em
colchetes.
Substituindo os operadores Hcc e P , pelas eqs.(1.13) e (1.20) e
desprezando o tenno cruzado de ordem superior, o elemento de matriz para
f pode ser escrito na forma:
< i I Pq(1) I f> = eL L ~p {< 4fNex[SL]JM I L (Cq(1»)i I 'P" > X
~"k~p i
< 'P" I L (Cp(t»)i 14fNex'[S'L']J'M' ><4f1 r I nQ ><nQ I rt 14f> (dErl +
< 4fNex[SL]JM I L (Cp(t»)i I 'P" >< 'P" I L (Cq(1»)i 14fNex'[S'L']J'M' > x..I 1
<4f I rt I nQ ><nQ I r 14f> (dE' rI (1.23)
onde dE = E(4fNJ) - E('P") ; dE' = E(4fNJ') - E('P") e < nQ I rt 14f> são
as integrais radiais definidas por foco R(nQ) rt R(4f) dr.
A eq.(1.23) é dificil de ser calculada por envolver somas infinitas com
diferenças de energia entre termos diferentes no denominador. Para fazer a
equação mais manejável, pode-se usar aproximações.
A forma I 'P" >< 'P" I na eq.(1.23) sugere a possibilidade de usar a
relação de fechamento, GRIFFITH (1960), a fim de unir os operadores Cq (1)
e Cp(t) em um só, para que opere entre os estados da mesma
configuração 4f N. Para isto Judd e Ofelt assumem que dE = dE' ; que
podem ser entendidos como diferença de energia entre os baricentros das
25
configurações 4fN e 4fN - lnl (E4f - Enl) . Assim, pode-se mostrar que o
primeiro termo do lado direito da eq.(l.23) pode ser escrito como
e L ~ (-l)P + q + f + 1(2À+ 1)(2f + 1)(2Q +1) (1 À t) {I t À} XÀ,t,p q -q-p P f f Q
nJ
< 4fl r I nQ><nQ 1 rt 14f>< 4fNa'[S'L']J'M'1 U_p_q(À)14fNa[SL]JM >(âErl
A diferença deste termo em relação ao segundo termo (eq.( 1.21)) está
na fase dos símbolos 3-j
( 1 À t ) = (_1)1+ À + t (t À 1)'q -q-p P P -p-q q(1.24)
A partir da fase (_1)1+ À + t podemos perceber que:
pelas propriedades de simetria dos símbolos 3-j, tem-se que À e t devem ter
paridades contrárias, ou os dois termos na eq (1.23) cancelam-se em sua
maior parte. Dado que os tennos ímpares do campo cristalino correspondem
a valores ímpares de t, então À deve ser par e, assim, os dois termos na
eq.(1.23) se somam. Além disso, pelos símbolos 6-j, tem-se que À ~ 6 e,
portanto, À = 2,4,6.
Esta suposição simplifica os cálculos e introduz maior fragilidade
à teoria, particularmente no caso de alguns íons onde o âE é pequeno,
como no caso do íon W+.
Dessa forma, a força do oscilador pode ser escrita como
", !tl U," -!, t I·••••• ti +1'1~'III'" ll'l t I' 111.~",,·,,"1"11 jll II 'f.1I1I l"I~I~.lttlh".'IIlI'.1II11 "'llt", 111''111r'I'~'I"f.II\l~lll!jll~" 'I' ~II'~lltli,,,U Iltl"11,~,I,,·, tl'1II11111~ftlth"t"1""~lIrl •• IIt~' '~I I I • \ ~ l' 'I,al l"IlIIIH~11~11'lr '!t~IP' t' ~,'. til 1,'j'll
26
onde 3(t,À) = 2 L (_1)f+I(2Q + 1)(2f+ 1) {I À t} < fll C(l) II Q > xfi.C Q f Q
x < Q II C(t) 11f><nll rt 14f>< 4f I r I nl >(âEyl
Esta equação permite que a teoria possa ser aplicada às transições entre
níveis Stark individuais, cujas funções de onda sejam combinações lineares
de estados 14fNa[SL]JM >. No entanto, tais transições não são usualmente
distingüíveis quando o íon está em solução, então é conveniente somar sobre
todos os níveis Stark do estado fundamental, assumindo que estão
ib'1lalmente populados. Isto faz com que o símbolo 3-j na força do oscilador,
seja substituído pelo fator [(2J + 1)(2t + 1)3 rI, e a fonna da equação será:
f= L o 'tA < 4fNa'[S'L']J'11 U(A) 114fNa[SL]J >2 (21 + 1)-1),,=2.4.6
onde 1:)" = X[81t2mc/3h] (2À + 1) L I ~ 12 32(t,À )(2t + 1)-1p.t
os ~pjá foram definidos na eq.(1.14), PEACOCK.R.D (1975).
(1.26 )
Estes parâmetros, 1: A ' podem ser avaliados dos dados experimentais
e envolvem as partes radiais das funções de onda 4fN, 4fN - I(nl) e
a interação entre o íon central e sua vizinhança imediata.
Dado que o fator de correção X varia com o comprimento de
onda, PEACOCK (1975), a força do oscilador pode assumir a forma:
f= x[8rc2mc/3h]oLºA< 4fNa'[S'L']J'1I U(A) 114fNa[SL]1 >2 (21 + 1)-1),,=2.4.6
(1.27a )
onde ºÀ = (2À + 1) L I Aq, 12 32(t,À)(2t + 1)-1p,t
27
(1.27b)
o método dos mínimos quadrados é geralmente usado para otimizar o
conjunto de parâmetros ºÀ' Isto é feito através de um programa
computacional (ver Apêndice B) . O desvio quadrático médio (Lm.s.) da
força do oscilador calculado (fCal) e a força do oscilador experimental (fExp)
é definida por CARNALL, FIELDS, WYBOURNE (1965)
soma dos quadrados dos desviosr. m. S. = [ ----------------------------------------------------------]1/2 ( 1.28)
número de bandas - número de parâmetros
É conveniente mencionar outras definições fortemente ligadas a estes
parâmetros e à força do oscilador, que são particularmente úteis quando
se trata de estudar as propriedades espectroscópicas de íons TR em
alguma matriz . Uma vez obtidos os parâmetros 1;À ou ºÀ' pode ser
calculada a intensidade de linha de uma transição de dipolo elétrico
forçado entre os multipletos J e J', HÜFNER (1978), por
SJJ,de= e2 LºÀ 1<4fNa'[S'L']J' II U(À) 114fNa[SL]J >12À= 2,4.6
(1.29 )
onde e é a carga do elétron.
A probabilidade de emissão espontânea entre os multipletos J e J', no
caso do dipolo elétrico, segundo REISFELD & JORGENSEN (1977), é
AJJ,de= [64n 03/3hc3] [n(n2 + 2? /9] e2 x
LºÀI< 4fNa'[S'L']J' IIU(À) 114fNa[SL]J >12
À = 2.4.6
( 1.30 )
r 'I' rll jll"! ti""'''' Il!': riU rI" I ''I "1 "I",,"lllt 11h Illiltltt 1'1iI~llltIt.ltllllill".IIII'I'<1l'III" 111l'IIII""~I'ilt1ttw, 1'111:11'1''1'11111~HI",u11t1.1·'ltj"'1 111l11'~1II'14Ith'.II'III1'lf'.pt"4.)"~' "1 f I
28
, I •. >1'.1 IItllllll·'~"llIl'I.' "'rlt t, I' '. !II !H 1
onde n é o índice de refração do meio hospedeiro.
Já que os processos de relaxação dos estados excitados geralmente
envolvem transições para vários estados terminais mais baixos, a
probabillidade de relaxação radiativa total, A11'T, é defmida por:
AJJ'T = L AJJ'J'
onde a soma é feita sobre todos os estados terminais.
( 1.31 )
Os canais de relaxação dos diferentes níveis P JJ' , desde um multipleto
J a um estado terminal J' , é dado por
P 11' = AJJ'dc/ AJJ,T
O tempo de vida radiativo de um estado é
'IR = [ AJJ,T rI
( 1.32 )
( 1.33 )
Para uma dada largura de linha dada, a secção transversal de
emissão estimulada pp' para emissão estimulada, está relacionada com a
probabilidade de transição radiativa por:
Pp = [À.4/8ncn2dÀ] AJJ'
onde Do À é a largura média da banda.
( 1.34 )
29
1.5.7. Regras de seleção derivadas da teoria de Judd-Ofelt
Dos símbolos 3-j e 6-j, as seguintes regras de seleção podem serobtidas:
Símbolo 6-j
À~6t ~ 7dI = ± 1
~À=246 , ,~ t = 1,3, 5, 7~ I = d, g
Analogamente dS = O, dL ~ À, dJ ~ À
Símbolo 3-jpara À = 2
À = 4À = 6
~t=1 3,~t=3 5,~t=5 7,
1.5.8 Transições de dipolo magnético
Dentro da configuração 4fN, as transições de dipolo magnético
são permitidas. A força do oscilador para a transição de dipolo magnético,
fdm,calculada a partir das funções 14fNa[SL]JM >, CARNALL, FIELDS,
WYBOURNE (1965), é dada por:
fdm= [2n2o n/3hmc(2J + 1)]< 4fNa'[S'L']J' II L + 28 114fNa[SL]J >2
(1.35 )
sendo que a intensidade de linha é dada por:
SJJ'dm= [e2/4m2c2] < 4fNa'[S'L']J' II L + 28 114fNa[SL]J >2 (1.36 )
Os elementos de matriz diferentes de zero serão aqueles diagonais
nos números quânticos a, S, e L. As regras de seleção sobre J, dJ = O,
± 1 restringem o cálculo a três casos:
'I' '.1 tll·1 "I ti" ••••.• ft 'lI' I '111' ., 't!~j r "I ".,1 ",,!~r!4I.'11 li! 1I ,UIII! IUlI!t~'IiI." •• J•.mtl. '11'1-" I'" '11' II'I'~'!llh~"I'~' lIt1tll~I" . t ~lll Plu-Il'·,11"IIt'itl'''II''!1 ·ll'IlI·I~ttl"~lllt'.I"II'~"tl"I' •• ~I"'1 ' '" I I , , "" ,•• , 1"11I111lijil dl~'l' t<i~H'" I "t '11~lt11
30
1.- J' = J
< 4fNa'[S'L']J'11 L + 2S 114fNa[SL]J > = gNJ(J + 1)(2.1+ 1)]1/2
onde g = 1 + {[J(J + 1) + S(S + 1) - L(L + 1)]/2J(J + I)}
2.- .1' = .1 - 1
< 4fNa'[S'L']J'11 L + 2S 114fNa[SL]J >=
1'1 {[(S + L + .1+ 1)(S + L + 1 - J)(J + S - L)(J + L - S)]/4J}1/2
3.- .1' = .1 + 1
< 4fNa'[S'L']J'11 L + 2S 114fNa[SL]J > =
1'1 {[(5 + L + J + 2)(5 + .1+ 1 - L)(L + J + 1 - 5)(5 + L - J)]/4(J + I)} 1/2
A probabilidade de emissão espontânea de radiação de dipolo
magnético entre multipletos J e J' no acoplamento intennediário é dado por:
AJJ'dm = [64n4 03 /3hc3(2J + 1)] X 5dm (1.37 )
onde X = n3 para dipolo magnético.
As transições de dipolo magnético, além de serem pouco comuns
nos espectros de algums terras raras, são de pequena intensidade
quando comparadas com as de dipolo elétrico e podem ser negligenciadas
na explicação da maioria das transições.
1.5.9. Transições hipersensitivas
A maioria das transições 4f - 4f dos íons lantanídios trivalentes
tem intensidades que são pouco afetadas pela vizinhança química do íon .
Algumas, entretanto, são muito sensíveis ao meio no qual se encontram e,
v-I\,
31
frequentemente, são mais intensas quando o meio aquoso em que se
encontra inicialmente o íon, é substitui do por outro meio. Tais transições,
JUDD & JORGENSEN (1964)as designaram "Hipersensitivas".
A tabela 3 mostra algumas transições hipersensitivas nos lantanídios,
PEACOCK (1975).
12700
21300
26400
5900
16300
18700
17300
21500
a [cm-1]
5200
Tm3+
TABELA 3.Transições hipersensitivasde algumas TRTransição
3H -+ 3p4 2
419/2 -+ 4G 5/2
5D -+ 7p1 1
7p -+ 5Do 2
5D -+ 7po 2
6H15/2 -+6p 11/2 7700
4115/2-+ 2H11/2 19200
4115/2-+ 4G11/2
3H -+ 3p6 4
3H -+ 3H6 4
3H -+ lG6 4
DI+
E~+
10n
Nd3+
Eu3+
Pi'+
Judd e Jorgensen notaram que as transições hipersensitivas
conhecidas obedeciam aproximadamente as regras de seleção I ~J I ~ 2,
I ~L I ~ 2 e ~ S = O, que são justamente as regras de seleção sobre
U(2). Isto sugeriu que a hipersensitividade podia ser associada com a
sensibilidade de º2 ao meio hospedeiro. Pode-se dizer que toda transição
na região espectral acessível, com intensidade dominada pelo valor de U(2),
são hipersensitivas.
Vários mecanismos têm sido propostos para explicar o fenômeno.
'I··!t! til 11' t 1' •••••• 11 'lI" "111' ti" f I" .'1' ",t111I'lttl 111 '11*1111I l"I~;j~I~.tItlh ••• ,J.I'111''t!IIII'· lil t"IIII"!'!"I~!I"IIl'~ li!!IIII'I' 't, 1111~ljtll"I~t 114'111"'11"'1tl'llI·l'llll~~ltll'.W'I1'~~I'I.~.11t11 ",' ,I I ' , " •• ,,'.1 Ilfllllll,••"jj1I,I'I' • 't~~1t' "It 'li 11'lil f'
32
JORGENSEN & JUDD em 1964, depois de discutir o assunto, concluíram
que a hípersensitívidade de certas linhas no espectro dos íons terras raras
tinham sua origem na não-homogeneidade do dielétrico. MASON,
PEACOCK, STEWART (1975) e STEWART (1975), no mesmo sentido
propuseram um novo mecanismo, é o chamado Mecanismo de Acoplamento
Dinâmico e que hoje representa a explicação mais aceita sobre o fenômeno.
Pouco depois, JUDD (1979) mostrou que este mecanismo era justamente
uma alternativa daquele anteriormente, proposto com JORGENSEN em
1964.
1.5.10 Mecanismo de Acoplamento Dinâmico
Este mecanismo que deve ser agregado ao de dipolo elétrico da teoria
padrão de Judd-Ofelt, MALTA et a1.(1991), tem sua origem nos altos
gradientes do campo de oscilação produzido pelos dipolos induzidos sobre
os ligantes pelo campo de radiação incidente. O elemento de matriz
apropriado da q-ésima componente esférica do operador de acoplamento
dinâmico WDe, MALTA (1981), é dado por
< 4f N q>' I WDe I 4f N q> > = LA . (-1)P + q [4Te (À + 1)(2À + 1)]1/2 cx· x~J J
(1 À À+1)Y A + 1 * (Q. )/R. A + 2 < 4firA I 4f > ,q -p - q p xP J J
< f I1 C(A) " f >< 4f N q> I I Up+q (A) I 4f N q> > (1.38)
onde cxj é a polarizabilidade do j-ésimo ligante situado em Rj' À = 2,4,6, e
(J A são os fatores de blindagem, JUDD (1979). Nesta expressão os ligantes
33
são vistos como dipolos pontuais. O operador WDe, que depende da
geometria de coordenação e da natureza dos ligantes, através de cxj , tem
sido usado para explicar a alta sensitividade ao ambiente químico de certas
transições 4f- 4f , sendo que dos três º J.= 2,4,6 ' º2 é o mais sensível.
Exceto para o íon Pf3+, MALTA & SÃ (1980), estas transições obedecem
as regras de seleção compatível com o termo À = 2 e que é, por sua vez, o
termo dominante na eq.(l.38).
,CAPITULO 2
34
TÉCNICAS EXPERIMENTAIS
35
36
2.1 Preparação dos Vidros Fluoretos
A preparaçào dos vidros de fluoretos de boa qualidade exige cuidados
especiais, desde o processo de pesagem até o de polimento. Nào obstante
todos os passos exibriremo máximo cuidado, o de tratamento ténnico, fusão,
choque ténnico e o de verter nos moldes, são considerados os mais críticos
e, portanto, devem ser feitos em atmosfera controlada.
Cada um dos passos envolvidos na fabricação do vidro deve ser
dado com muito cuidado, pois existem parâmetros que são difíceis de serem
controlados. Para facilitar o controle de um bom nÚmero destes parâmetros,
são constnlÍdas câmaras hennéticas. com atmosfera controlada. São as
chamadas "Câmaras Secas". (Fig 6). Estas câmaras pennitem especialmente
o controle da umidade e da atmosfera no tratamento ténnico. além de tomar
possível o manuseio dos reagentes de partida. desde a parte extema. Os
reagentes devem ser da mais alta pureza para minimizar as contaminaçàes
devido a alguns elementos químicos.
Para evitar outras fonnas de contaminação são utilizados cadinhos de
platina, ouro ou carbono vítreo. Cadinhos de cerâmica não podem ser
usados. uma vez que reagem com os fluoretos. Os cadinhos de carbono
\·itreo, por serem porosos, podem alojar água ou oxigênio. havendo
necesidade de aquecimento em vácuo, para a sua eliminação.
37
FIGURA 5. Sistema de câmaras secas, com atmosfera controlada, utilizado
na fabricação dos vidros fluoretos.
2.1.1 As Câmaras Secas
São duas câmaras secas interligadas a um sistema de purificação.
Através deste sistema, da Vacuum Atmosphere Company, Modelo M040
2V (Fig 5), a atmosfera é purificada e a pressão é controlada dentro das
camaras.
A contaminação da atmosfera é evitada pelo uso de uma ante-câmara,
para entrada ou saída de materiais, com vácuo, a fim de se eliminar gases do
local de procedência dos mesmos.
A pressão no interior é mantida ihTua1ou superior à do exterior para
evitar entrada de umidade, esforços do material acIilico de seus visares e das
luvas de neoprene. O controle da pressão é feito automaticamente por um
dispositivo, o "Pedatrol", que controla a válntla através da qual é regulada
a entrada ou saída de uás. Também conta-se com sistemas mecânicos'-
38
adicionais de proteção, em cada câmara, que complementam a função do
pedatrol.
A purificação da atmosfera é feita por dois agentes que fazem parte do
sistema Vacuum Atmosphere. São eles:
a) Peneiras Moleculares, que além de removerem a água, também removem:
dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, ácido sulfúrico, monóxido de
carbono e diversos compostos orgânicos.
b) Ridox (Dow Coming Company), que remove oxigênio.
Estes dois agentes funcionam à temperatura ambiente e após a
saturação podem ser regenerados. No interior das câmaras o grau de
umidade normalmente situa-se abaixo de 0.1 ppm.
2.1.2 Síntese de Vidros Fluoretos
De fundamental importância na preparação dos vidros fluoretos, é o
grau de pureza dos materiais de partida. Os níveis toleráveis de impurezas
dependem da aplicação final do vidro. Por exemplo, em fibras ópticas, para
uso em telecomunicações de longo alcance, a perda óptica total deverá
aproximar- se à atenuação teórica prevista, de 10-2 - 10-3 dB/Km. Isto exige
que os níveis de contaminantes, como metais de transição e terras raras,
devam ser inferior aI ppb, OHISHI, MITACHI, KANAMORI (1981). Para
aplicação óptica com vidros espessos, como os precursores ópticos, o nível
de impurezas poderá ir de 1 a 5 ppm. A tabela 4 relaciona os reagentes
químicos, o grau de pureza e os fornecedores utilizados na fabricação dos
vidros deste trabalho.
1"1' "-'11'
39
••••••• '1 ,: I I' '. 'P! 1 I1 ~'I *, I"" 1·1, 1 11I111"' 1"1 litlliltIIIU.'ltl I 11"1' 11" 111'HII 'Irtlllll'~ I'II~ 1111'1'i '1,1-h'ilinl' 1I1 111,,1' I t· 'I" tllj''ilIlt,jj!IIll,'','!';jl j ''''~Iiftjt-II 'I i ,I , I r '.1 ~i,.jlll,.t~ ". 11U"1F I· 1ft-I'-I' It '
TABELA 4 . Reagentes químicos, grau de pureza e fornecedores utilizadosna fabricação dos vidros tluoretos dopados com E~+ e P~+.
Reagente Grau de pureza Fornecedor
1n203 99.9999%>Preussag
ZnF2
990/0Aldrich Chem
BaF2
99.9990/0Fluortran
SrF2
99.990/0Merch
Ga203
99.999%Aldrich Chem
NaF
99.99%Aldrich Chem
Er203
99.90/0Fluka
Pr409
99.99%Reacton
NH5F2
---------Prolabo
2.1.3 Fusão dos Vidros de Fluoretos
Ao relizannos uma fusão devemos ter em mente que para cada
composição existe uma temperatura, um tempo e uma atmosfera adequados,
com o objetivo de se evitar a presença de partículas não fundidas e a perda
de componentes que podem altera a composição final e, eventualmente,
impedir a vitrificação.
O material para a fusão é colocado num forno a temperatura de 820°C
em mn cadinho de platina, por uma hora, e a 850°C por mais uma hora, para
garantir a completa homogeneização dos componentes. O produto fundido
é vertido em um molde pré-aquecido a 260°C (ligeiramente abaixo de Tg)'
para evitar o choque térmico, a cristalizaçào e/ou aderência do material
fundido.
Finalmente o vidro é submetido ao recozimento num forno, também a
40
260°C, e resfriado lentamente, para eliminar tensões internas que dependem
das dimensões e geometria da amostra. Os vidros obtidos para este trabalho
têm as seguintes composições:
(35 - X)InF3- 20ZnF2 - 16BaF2 - 20SrF2 - 6GaF3 - 2NaF - xErF3
34InF3 - 20ZnF2 - (17 - x)BaF2 - 20SrF2 - 6GaF3 - 2NaF - xPrF3
com x = 1, 2, 3 e 4 moI %.
2.1.3.1 Preparação das Amostras
Após o processo de fusão as amostras obtidas, foram cortadas na forma
de paralelepípedo e polidas apresentando duas faces paralelas e planas. O
polimento foi feito com uma Politriz Panambra, Modelo DP9V, usando lixas
180, 320, 600 e 1000; o fluido de polimento foi lubrificante DP azul,
fornecido pela mesma Panambra.
2.2 PROPRIEDADES FÍSICAS
2.2.1 Densidade (p )
A densidade relaciona-se diretamente com a fração de volume ocupado
e com a massa dos íons presentes. É uma propriedade fisica que pode dar
infonnação estrutural importante, ainda que indireta. Os vidros fluoroindatos
têm densidades cujos valores são comparáveis aos dos vidros
fluorozirconatos (4.0 - 6.5 glcm3), os quais, por sua vez, são mais densos
que os silicatos (2.5 glcm3). Nos vidros fluoroindatos e os fluorozirconatos
os elevados pesos atômicos são em parte responsáveis por essas densidades,
mas as elevadas frações de empacotamento para os íons ( de 0.57) são
detenninantes.
As densidades foram calculadas usando-se o Picnômetro de He,
t,
41
I , •••••• U.,, I'''l "1'" ~I" 1,j.'I*' I IUI'!I I,,,! Ht IIII'''"M ~.'l.lllllll' 'I" ~j! tlll '1Itnl'I'~1'1'1.'111'1' 11,~"H~I'li I 11tH I t '11- IIlt"III~'l.lllIllt"!'~1i""I~'11 -, '-I Mil ~·toIll1·H~ -t· III~'~'I' ,-" -'-I l'
Micromeretics, para determinar o volume. As massas foram medidas
usando-se uma balança Sartonls.
2.2.2 Índice de Refração (n)
Uma onda eletromagnética ao propagar-se é perturbada pelo campo
elétrico do meio, o que causa variações na velocidade e na intensidade da
onda eletromagnética. O índice de refração (n) mede a razão entre a
velocidade da radiação no vácuo, c, e a velocidade da radiação no material,
cm (n = c/cm).
O índice de refração e a sua variação com À. (dispersão) são bastante
importantes, tanto do ponto de vista de aplicações, quer em componentes
ópticos quer em fibras ópticas, como do ponto de vista estrutural.
A dispersão do índice de refração pode expressar-se pelo número de
Abbé (Vd) dado por
Vd = (nD - 1)/(nF - nc) (2.1 )
onde J1F e nc se referem ao índice de refração nas linhas espectrais do azul
e do vermelho, 486,1 nm e 656.3 nm, respectivamente.
Nos vidros fluoroindatos como também nos fluorozirconados, o Índice
de refração situa-se no intervalo de 1.47 - 1.54.
Neste trabalho os Índices de refração foram medidos com o
Refratômetro Pulfrich PR2- Carl Zeiss.
2.2.3 Viscosidade (11 )
É uma das propriedades fisicas mais importantes dos sistemas
formadores de vidro. Informa sobre a capacidade formadora vítrea e sobre
a estabilidade térmica de um dado sistema. A viscosidade é governada pela
estrutura do vidro, pela composição química e pelo tipo de ligações
42
envolvidas.
2.3 PROPRIEDADES ÓPTICAS
2.3.1 Espectroscopia de Absorção
Os espectros de absorção óptica são o meio mais simples e interessante
de se verificar as transições e vibrações nos sólidos. A partir dos espectros
de absorção obtemos a posição e a forma das bandas de absorção
determinando as energias dos diferentes níveis eletrônicos.
Nmna transição eletrônica, ocorre a absorção de um fóton com energia
igual à diferença de energia entre o estado inicial EI do elétron e seu estado
final E2:
hv = E2 - EI (2.2)
onde h é a constante de Planck e v a frequência do fóton incidente.
Os espectros relacionam a densidade óptica (DO) em função do
comprimento de onda (nrn). A densidade óptica é definida como:
D.O = log CIo/I) e Vlo é a transmitância (2.3)
onde 10, é a intensidade do feixe de referência.
O decréscimo da intensidade da luz ao atravessar a amostra é dado pela
lei de Lambert-Beer
1= 10exp(-Kd) (2.4 )
onde Ké o coeficiente de absorção da amostra em cm-le d é a espessura da
amostra em em. A constante K é, na realidade, a energia absorvida pela
amostra e é dada por:
1',t'ljI· ;.""1 i'''1 'I,'·j 'l'll'l lt~·;''''~, 1111111fllll' il.I·ll41.'1t1lll1i •••• l I 1,,<j, I!' 111f ".1 1~1111'~1'1'1"1111'i lI'lInIIIIIlIIll-HII"lIlt':'IrlH.IUfl';""llt'q'~lil'n ,I 11II1 1111II1111"~" 'I 111'''1' ,. I" '! 'I ' If '
43
K = 2.303 DO/d (2.5)
Os espectros de absorção óptica foram medidos utilizando um
Espectrofotômetro Cary 17, usando como meio de referência o ar na faixa
espectral entre 300 e 1600 um, nos vidros dopados com E~+, e de 400 a
2500 nm nas amostras dopadas com P~+. Também foi utilizado um
Espectrofotômetro Bomen na faixa de 2000 a 10000 um para as amostras
com~+.
A figura 6. mostra o sistema óptico do Espectrofotômetro Cary 17
usado para obter os espectros de absorção.
13~ ...
~,
.~~ .. \
~~~~,o ~ ~18
"~10 ~AUi~/12flFIGURA 6 . Sistema óptico do Espectrofotômetro Cary 17. Conformemanual do equipamento ..
Na fig.6 temos: 1.- Lâmpada halogena de tungstênio, 2.- Lâmpada de
44
deutério, 3.- Choper, 4.- Fenda de entrada do feixe, 5.- Prisma, 6.- Grade,
7.- Fenda intermediária, 8.- Referência, 9.- Separador do feixe, 10.
Amostra, 11.- Fenda de saída do feixe, 12.- Fototubo e 13.- Detetor de
sulfeto de chumbo.
2.3.2 Espectroscopia de Emissão
O processo de luminescência envolve transições, entre níveis de
energia eletrônicos de um material com a emissão radiativa, caraterística do
material. Uma transição se origina em algum nível eletrônico excitado no
qual o elétron se encontra e, pela emissão de um fáton, ocupa um nível de
mais baixa energia. Na fig.7 é considerado um processo de excitação e
luminescência em um material hipotético, M.D. LUMB (1978).
Por algum mecanismo de excitação, o material é levado desde o estado
fundamental ao estado E4' Os "gaps" de energia entre os níveis adjacentes
entre E4 e E2 são considerados pequenos e entre E2 e El grandes. Assim,
quando o "gap" entre o estado excitado e um nível adjacente mais baixo é
pequeno, o material nesse estado excitado tende a decair não radiativamente
pela emissão de fônons, elevando a temperatura do material pelos fônons
absorvidos.
Os decaimentos radiativos, desde os níveis eletrônicos mais altos até
mais baixos, estão acompanhados da emissão de um fóton e ocorrem quando
o gap, ao nível adjacente mais baixo, é maior que um determinado valor
crítico. Quando o material é levado ao nível E4 (excitação), e os gaps entre
os níveis E4 e E3, E3 e E2 são menores que o valor crítico, a energia até E2
é levada por fônons (decaimento não radiativo) aumentando a temperatura
do material e finalmente decaindo radiativamente, emitindo um fóton até El
ou Eo. Se o decaimento é para EJ, então decairá não radiativamente ao
, .'\l1 <, i"•• t ~"I ! t'''l I" I; Kf.' ~,<11I"I' I. I iMfltll' tIIIlt lit<.'liI~'U"'ltl" 1"'llt 111"111I' HI liI'!l!ll'1 !-li I 11'111t ;~I'"'Kllljltllll ',,11111111 1'1lI! "ltl1ll.l111I"" q,,~~'I""i''*'''II' 'I" I ' I '1""1 t<IlI!oJ.'H' <I' 11Ill'I"!' I~ 11'11 I' I
45
estado fundamental Eo. Assim, as duas possíveis transições luminescentes
que ocorrerem terão as frequências:
hv 1 = E2 - El ou hvo = E2 - Eo
Es
E4
E3
E2
Excitaça
E1
Eo
~I
,o
,
iProcesso não
radiativo
Emissão radiativa
Não radiativo
FIGURA 7. Diagrama de níveis de energia de um material hipotético
mostrando um processo de excitação e emissão envolvendo transições nãoradiativas
Na figura 7 Eo é a energia do estado fundamental e E1, ... ,.Es são as
energias dos estados excitados.
O espectro de emissão luminescente será então um gráfico da
intensidade da emissão I(v), que depende do nÚmero de estados excitados,
os quais são populados em função do comprimento de onda ou energia para
uma dada intensidade de excitação.
Neste trabalho, para obtermos os espectros de emissão dos vidros
tluoroindatos dopados com E?+ , a 300K, foi usada corno fonte de excitação
a linha 488mn do laser de Argônio 60/70 da Innova. A tluorescência é
focalizada por um sistema áptico sobre um monocromador de 0.60m da
46
Jarrell-Ash. O feixe que emerge do monocromador é direcionado a um
detetor apropriado. Um detetor de luAs a 77K foi utilizado na região do
infravermelho. O sinal obtido é amplificado com um eletrômetro Keithley,
e processado num computador. A fig.8 mostra um diagrama de blocos do
sistema utilizado para obter os espectros de luminescência.
2.3.3 Espectroscopia resolvida no tempo
A medida do tempo de vida de um estado excitado para o caso ideal
dos terras raras, isto é, quando um íon ocupa um só tipo de sítio no material
hospedeiro, o decréscimo da intensidade da luminescência em função do
tempo de um nível excitado, segue a lei de Beer - Lambert
1= 10exp(-t h) (2.6)
onde't é o tempo de vida do nível emissor.
Entretanto, no caso dos materiais hospedeiros não cristalinos, como
acontece nos vidros, este decréscimo não segue esta lei porque os íons
impurezas (dopantes) ocupam um grande número de sítios diferentes.
Estudos de tempos de vida feitos em vidros de fluoretos por M. D. SHINN
et al.(l983) e K. TANIMURA et al.(1984), mostram uma pluralidade nas
curvas de declínio.
Para obtennos os tempos de vida radiativos nos vidros tluoroindatos
dopados com E~+, foi utilizada a linha 488nm do laser de Argônio 60/70 da
Innova. A frequência dos pulsos que incidem sobre cada uma das amostras
de 1,3 e 4 mol% de E~+ , é regulada por um choper sintonizável.
Um sistema óptico é usado para direcionar o feixe sobre a amostra e,
logo depois, para o monocromador de O.60m da Jarrell-Ash. O sinal que
47
, •••• ~•• I 1 1-; "I~' "f'llI" I· I I~I~III1'111IIttllillt~"'l.~l.' I 11' 'Ir 'I til ri'1 11111'1'1 I". 1I ~"Hllllil Ohlll "II",·tolj'IIIl+' "1Il""11"1If11 ,I 11I1 11,till", "r' 'I IlI' I' j 'I~
emerge do monocromador se faz incidir sobre um detetor de Germânio
resfriado. Um osciloscópio digital de 100MHz da Hewlet Packard o qual
acopla os sinais do choper e do detetor. Do osciloscópio, o sinal é
levado a um microcomputador que processa os dados. As medidas foram
feitas a duas temperaturas, 300 e 77K. Um diagrama de blocos do
equipamento normalmente utilizado na espectroscopia resolvida no tempo
é mostrado na fig.9.
Lente
~AmostraFonte de luz
Monocromador
Eletrômetro
Sistema de aquisiçãode dados
FIGURA 8. Equiparrento para rredidas de lurrinescência
FartedeI;Choper
Monocromador
Detetor •Aquisição de dados
FIGURA 9. Equiparrento para rredidas de terrpo de \Ãda.
,CAPITULO 3
48
RESULTADOS PARA E~+ EM VIDROSFLUOROINDA TOS
49
50
3.1.Vidros tluoroindatos dopados com Er3+
Os vidros fluoroindatos dopados com Er'+ foram preparados como
descrito no capítulo 2. As propriedades fisicas (índice de rafração n,
densidade p e caminho óptico Q) das amostras obtidas são apresentadas na
tabela 5. Nota-se que o índice de refração experimenta leves variações
crescentes com o aumento da concentração de Er'+ e observamos que na
densidade as variações são pequenas.
TABELA 5. Propriedades fisicas dos vidros fluoroindatos dopados com Er'+Concentração n p(g/cm3) Q(cm)
1.0 1.48989 4.86 0.207
2.0
3.0
4.0
1.49238
1.49444
1.49540
4.95
4.98
5.00
0.177
0.201
0.143
3.2.Espectros de absorção
Medidas dos espectros de absorção óptica a temperatura ambiente
foram realizadas nos vidros fluoroindatos dopados com E?+, nas
composições (36 - x)InF3 - 20ZnF2 - 20SrF2 - 16BaF2 - 6GaF3 - 2NaF - xEr2
03 com x = 1,2,3 e 4 mol%, na faixa espectral entre 300 e 700nrn, fig.l OA,
e entre 700 e 1600nrn, figo 10B. Identificamos as transições eletrônicas, a
partir do nível fundamental 4115/2' atribuindo a cada banda de absorção o
1,"'III"lli"IIII!'II"'t'III'!'I·!IIIII'1 ""'~"H"IIIII~lilUiIllIlIIIÜl~lm"I! 111"'111"'1"1"'11'1''i ',"II!'ill'l'11I I"
100
1" "lh'lll" I~~.'"' ~Ifl~1~.lIijl.'~'ilj,jllll 'lil 1111',1-1 1111I" 11H "'IIIItI'~'" IIIIII'II'IIII'II'~ ~ f'" 'I' I,'k' II~~'II~I'1111'11Idl~ jlllt"jl 11'I 'I 1"'tlllll'~I,,,dtJIl'I'.i"111I'1i'II~"tl"II'"'I~'I~b"lllll'!""I"liI' "" '11'I,' ,"IIH 11'11~11'I'~III""I'III'·'''''I'"'
51
~ooE~o
,eu
e-ooo.2eu
Q)"040Q)-cQ)·u
~2)
1%o
:fi)
100
4~2
481112
2~1/2
400 500 00)
Comprimento de O1da [nm]
A
"F9'2
B
700
•........•80
'7E
~o'8. 605CJ).oeu
~4OQ)
~
~20
\112
o800 1(0) 1200 1400
Comprimento de Onda [nm]
1600
FIGURA 10. Espectro de absorção de E?+ em vidros tluoroindatos atemperatura ambiente, para x = 1,2,3 e 4 mol% de Ef+ . A) desde 300 a 700mn, B) desde 700 a 1600 nm.
52
respectivo nível de energia. Os resultados foram comparados com os
reportados por DIEKE (1968), para o íon livre de E~+, fig.ll, e uma
boa concordância foi obtida. Para as distintas concentrações, as
características dos espectros são idênticas, exceto pelos alterações de
intensidade das diferentes bandas. As transições hipersensitivas
Absorção
27451
2634224729
~
22733
•
22292
fi
2058719168
~
18559
ai
15393
.Q bI12565
&! I10280
66866539
11'4f
Íon livre
4
4 ~G 1512
9,, 4o2 1lt2
____ 04 4 tn,;===='
SI1 3f.l
2 4,H 7/JI~ =======~4•
3f.l
4•9/%
4----I4 911
JIIIJ
41---1311
4I-
FIGURA 11. Diagrama de níveis de energia do Ef+ em vidros fluoroindatos,
a temperatura ambiente, obtidos dos espectros de absorção, figs.10A e B,
4115/2 -t 2Hll!2 comparados com os reportados por DIEKE(l968), para o íonlivre.
53
e 4115/2 -+ 4Gll/2 são notáveis por sua intensa absorção. Na figura 10B,
pode-se destacar o aspecto complexo da banda corr~spondente à transição
4115/2-+ 4113/2, É importante ressaltar um pequeno deslocamento das bandas
no espectro da amostra com 3mol% de Er'+ para menores comprimentos de
onda, sendo mais acentuado no ultravioleta (UV).
3.3. Forças do Oscilador
3.3.1. Forças do Oscilador Experimental
As áreas integradas de cada banda de absorção foram medidas usando
o PlaníInetro. Algmnas bandas foram medidas como bandas complexas, dada
a dificuldade de se obter bandas individuais, devido à superposição das
bandas componentes. Destas áreas medidas, depois de fazer a transformação
a uma escala conveniente, DE SOUZA DA GAMA (1981), a força do
oscilador de cada banda é obtida através da equação
fexp = [4.318 X 10-9 /CQÀ] f K(À)dÀ (3.1)
onde K(À) é o coeficiente de absorção e À [nrn], C[m/l] e Q [cm], são,
respetivamente, o comprimento de onda, a concentração e o caminho óptico.
Os resultados são incluídos na tabela 6.
54
TABELA 6. Forças do oscilador experimental fexp (x 106), para absorção,a partir do estado base 4115/2 do Er'+ , em vidros fluoroindatos paradiferentes concentrações, a temperatura ambiente.
Estado Excitado
1 moI 0/02 moI 0/03 moI 0/04 moI 0/0
4G9/2
2.131.531.311.13
4G1112
8.148.037.527.83
2G9/2
0.560.640.620.59
4F3/2,4F 5/2
0.761.050.810.86
4F7/2
1.561.951.731.89
2H11/2
4.153.983.583.86
4S3/2
0.400.230.270.32
4F9/2
2.051.912.031.99
419/2
0.320.260.300.34
411112
0.400.550.520.54
4113/2
1.001.071.101.17
3.3.2. Parâmetros de Intensidades º À
No modelo para intensidades 4f - 4f, capitulo 1, (teoria de Judd-Ofelt),
os parâmetros de intensidades, Q À' com À = 2,4 e 6 e a força de oscilador
fcal' estão relacionados pela eq.(1.27a). Os melhores valores para estes
parâmetros são ajustados utilizando o método dos mínimos quadrados. Este
ajuste é feito usando-se um programa de computador (ver anexo A). Os
resultados para as diferentes concentrações de E~+ são incluídos na tabela
7. No ajuste foram usados os elementos de matriz [U(À)]2 , reportados por
CARNALL et al.(l977), (tabela 8), e energias correspondentes ao
baricentro de cada banda.
, "; I' t, ''11' ". ;·••••••• 1 J' I . I'" ,', 'I~; f ,,jI' 1'It' 1 IMillll' l'f" lU IIiU'~1It.iltl· I 11'11, II I ttl ~rl'll'''t1I'I,11 1'1'.''lilt 1I ~111~1'II1 1~1tI1I t 1IIj''iI'lI ,j.1111I'•.. f""~I"'ttll'l -.1 ~'Illll" ,r ~ t, 111"I' I' I~ 11
55
TABELA 7. Parâmetros de intensidade º 2 4 6 (x 1020cm2 ) do íon EiH emvidros fluoroindatos, para x = 1,2,3 e 4mol% de E?+ .
Concentração (mol%) º2º4º61.0
2.172.310.892.0
2.461.631.233.0
2.181.681.104.0
2.451.471.22
TABELA 8. Valores, no acoplamento intermediario, dos elementos dematriz [U(A)]2 = < tN JIIU(A) IltN J' >2 com À. = 2,4 e 6, reportados porCamall et al.(l977), para E?+ . Com o estado base [cxSL]J = 4115/2 .
[U2J 2
[U4J 2[U6J 2
4G9/2
0.00.23370.1368
4
0.91560.52630.1167Gll/2
2G9/2
0.00.02430.2147
4F3/2' 4F5/2
0.00.00.3476
4F7/2
0.00.14650.6272
2Hll12
0.71580.41380.0927
4S
0.00.00.2225312
4F9/2
0.00.55110.4621
41912
0.00.15870.0072
411112
0.02760.00020.3942
411312
0.01950.11721.4325
Em º 2 pode-se notar uma tendência à insensitividade com a
concentração. Entretanto, em º4 e º6 também existe a mesma tendência,
nas amostras com 2,3 e 4 mol% de E?+, entretanto, na amostra com 1 mol%
estes parâmetros apresentam valores bem diferentes. A similaridade nos
56
valores dos ºÀ' nas amostras com concentrações de 2,3 e 4 mol%, pode ser
explicada pela similaridade do meio que rodeia o íon E~+ nestes vidros. Os
valores relativamente pequenos de º2 (~2.0 x 10-2ocm2), podem indicar um
alto grau de homogeneidade micro-estrutural nestas matrizes.
Para comparação, são apresentados na tabela 9 os valores da força do
oscilador experimental fexp (tabela 6), e calculado fcal' definida na teoria de
Judd-Ofelt, eq.(1.19), de todas as amostras com E~+. Os r.m.s.,eq.(1.28),
que avaliam a qualidade do ajuste, são também incluídos.
Tabela 9. Valores da força do oscilador experimental íxp e calculada fcal
(x 106 ) para absorção a 300K, desde o estado base Il~/2 de E~+ , nosvidros tluoroindatos com x = 1, 2, 3 e 4 molo;() de Er'+. Também sãoincluídos os valores correspondentes dos r.m.s ..
Estado Excitado 1 moI % 2 moI %3 moI 0/04 moI %
exp
calcexpcalcexpcaleexpcale
4G
2.131.651.53 1.361.311.351.131.279/2
4G1l/2
8.147.928.03 7.777.527.227.837.58
2G9/2
0.560.550.64 0.680.620.620.59 ~ 0.66
4F3/2,4Fs/2 0.76
0.631.05 0.860.810.770.860.86
4F7/2
1.561.671.95 1.871.731.751.891.83
2H11/2
4.154.523.984.433.584.093.864.31
4S3/2
0.400.330.230.460.270.410.320.46
4F9/2
2.052.351.912.032.031.991.991.91
419/2
0.320.430.260.300.300.310.340.27
41
0.400.380.550.510.520.460.540.5111/2
41
1.000.951.071.191.101.091.171.1813/2
r.m.s. =
0.26xl060.23 X 1060.22 x 1060.20 x 106
57
As forças do oscilador experimentais fexp , e calculadas fCal' tabela 9,
estão em razoável acordo para todas as transições. Pela pequena variação
que a força do oscilador tem com a concentração, pode ser inferido que para
as concentrações estudadas, o efeito da dopagem sobre a intensidade, é
também pequeno. Entretanto, os valores de f obtidos para as transições
h· .. 41 2H 41 4G -lpersensItlvas, 15/2 ---+ 11/2 e 15/2 ---+ 11/2 sao menores que os
reportados por RE1SFELD et al.(1982), para vidros fluorozirconatos e
outros fluoretos, em concentrações equivalentes. Este fato justifica os
valores menores dos Lm.S. obtidos em nossos vidros quando comparados
com os fluorozirconatos.
Na tabela 9 pode-se notar que na amostra com 4 mol% o Lm.S. tem seu
menor valor (0.20 x 1020 cm2). Percebe-se uma variação decrescente com
o aumento da concentração. Assim, as predições do modelo de intensidade
4f - 4f nestes vidros fluoroindatos melhoram com o aumento da
concentração. À medida que os valores dos Lm.S. são menores, a qualidade
do ajuste é melhoL
As transições hipersensitivas nestes vidros são menos afetadas pela não
homogeneidade do meio do que em outros vidros, TANABE et al.(l992). As
contribuções de dipolo magnético, as quais são substraídas na determinação
dos Q À, apresentan uma contribuição pequena nas intensidades das
tr . - . - 41 41 41 41anslçoes, exceto para as translçoes, 15/2 ---+ 13/2' 13/2 ---+ 11/2 e
411112 ---+ 4~12 . Nestes casos, as contribuções de dipolo magnético concordam
com aquelas reportadas por SHINN et al.(l983), para Er'+ nos vidros
ZBLA.
58
3.4. Características espectroscópicas do Er3+ nos vidros fluorindatos
A partir dos parâmetros de intensidade Q). com À = 2, 4 e 6 obtidos,
tab. 7, são calculados para todas as amostras os parâmetros
espectroscópicos: probabilidades de transições radiativas por dipolo
elétrico, Ade(1,1'), eq.(1.30), e dipolo magnético, Adm(1,1'),eq.(1.37), entre
multipletos; a razão de ramificação da luminescência, P JJ' , dos diferentes
níveis, eq.(l.32); o tempo de vida radiativo tR ' eq.(l.33), e a seção
transversal de emissão estimulada Pp' eq.(1.34). Os resultados são
apresentados nas tabelas 10-13. Também são incluídas as energias das
possíveis transições J ~ J' , envolvendo os 11(onze) níveis J obtidos dos
espectros de absorção, figs.lOA e B.
TABELA 10. Valores dos parâmetros espectroscópicos: Ade(J,1'), Adm(1,1'),
P JJ' , t R e p p (x 1020 cm2 ) do íon Er'+ em vidros fluoroindatos, amostracom 1.Omol% de Er'+ .-Transição EAdeCJ,J')Adm(J,J')Pn,tRPp
(cm-1 )(sec-1 )(sec-1 ) (ms)
41 13/2 ~ 4115/2 6602
696435.171.00009.540.4500
41 11/2 ~ 4115/2 10279
79.370.859310.830.2493
4113/2 3677
3.639.370.1407 2.4998
419/2 ~ 4115/2 12612
159.570.89065.580.2039
4113/2 6010
17.270.09640.4291
4111/2 2333
1.012.160.0177 3.4750
4F9/2~4115/2 15379
1307.20.81420.6231.1473
4113/2 8777
2430.15142.0109
411112 5100
47.670.02973.4591
419/2 2767
7.6] 0.00476.3830
4 4
674.060.75711.090.7201S3/2~ 115/218552
59
TABELA 10 4113/211950
180.140.19171.1136
411/2 8273
59.770.06361.6109
419/2 5940
22.130.02362.2472
4F9/2 3173
3.370.00364.2048
H11/2~4115/2
192673295.5 0.69680.2112.1642
4113/21665
936.060.19793.2835
4111/28988
334.560.07074.6304
419/2
6655135.81 0.02876.25654
27.080.005710.726F9/2 3888
4S3/2 615
0.17 0.000058.877
4F7/2 --+ 4115/2
205922088.1 0.66010.3161.2998
4113/2 13990
654.810.20701.9146
4111/210313
262.310.08292.60184
7980121.52 0.03843.36991912
4F9/2 5213
33.880.01075.1583
4S3/2 2040
2.030.000613.176
2H11/21325
0.560.000220.439
4F3/24F5/2~ 4115/222362
1230.50.61380.500.6655
4113/215760
430.750.21490.9428
41111212083
194.120.09681.2300
419/2
9750101.99 0.05091.5250
4F9/2 6983
37.470.01872.1344
4S3/2 3810
6.090.00303.9111
2H11/23095
3.260.00164.8127
4F7/2 1770
0.610.00038.4148
2G9/2 ~41 15/2 24692
794.630.55730.700.3251
60
TABELA 104113/2
18090 312 .47 0.21920.4455
4111/2
14413 158.03 0.11080.5597
419/2
12080 93.05 0.06530.6684
4F9/2
931342.64 0.02990.86804
614012.22 0.00861.3182S3/2
2H1112
54258.43 0.00591.4936
4F7/2
41003.64 0.00251.9781
4F 5/2
23300.67 0.00053.4884
4G11/2 ~4115/2
26457 108860.51820.0482.9324
4113/2
19855 4601.4 0.21903.9278
411112
16178 2489.1 0.11854.8415
419/2
138451560.1 0.07435.6531
4F9/2
1078799.22 0.03807.0548
4S3/2
7905290.39 0.01389.9159
2H11/2
7190218.51 0.010410.877
4F7/2
5865118.6 0.005613.365
4F5/2
409540.37 0.001919.144
2G9/2
17643.23 0.000244.4544 4
27451 2919.30.49760.171.1821G9/2 ~ 115/2
4113/2
208491278.9 0.21801.5529
4} 1112
17172 714.61 0.12181.8911
419/2
14839 461.13 0.07862.1819
4F9/2
12072 248.28 0.04232.6917
4S3/2
889999.46 0.01693.6487
2Hll/2 8184
77.360.01323.9659
4F7/2
685945.54 0.00784.7337
4F 5/2
508918.60 0.00326.3963
2G9/2
27582.96 0.000511.789
4Gll/2 994
0.140.000033.074
1"""j,II'IIII;;IIII!'II'!'.:II""I'II~IIII'!'III"I'"I'i''II'''IlIIIlNIIIlIIIII.II~"I!'III'''III'i'II'I'lI'i'''':''I''III'I'II'II'' 1I ~I ~~"1111 "~II!'''' I til, l~tl.III~."II!I~!j.I!'1 '1"'IfII .~ ~ 11'1'1"1'~11lI1'"l'lll'HI"~IIIIIK'l I I' , 11'II'~11'll'lll' 111'11'111II 1'.,llIIl'lI",jl'lIl 'I" IIIIIII'lilll"'~~If III li'.' '!I'" 1";lll'I~I"'I'II'I~II'II~H'~II"'~"l I 1I
61
TABELA 11. Valores dos parâmetros espeetroseópieos: Ade (J,1'), Adm(1,J'), PJJ', 1:R e Pp (x 1020 em2 ) do íon EiH em vidros fluoroindatos,amostra em 2.0 mol% de Er'+ .
Transição
-AdC<J,J')Adm(J,J')PJJ'E 1:RPp
(em-I)(see-1 )(see-1) (ms)
411312 --* 4115/2 6592
87.6435.161.00008.140.5090
411112 --* 4115/2 10270
106.850.95618.950.3461
4113/2 3678
4.919.420.1282 2.8264
41912 --* 4115/2 12563
113.480.88777.820.1700
4113/2 5971
12.180.09530.3588
4111/2 2293
0.112.060.0170 2.9445
4F912 --* 4115/2 15329
130.90.81500.7200.9846
4113/2 8737
209.390.15091.7278
4111/2 5059
40.650.02932.9357
419/2
27666.64 0.00485.4632
4S3/2 -4 4115/2 18511
928.250.73290.7890.8589
4113/2 11919
247.790.19571.3297
41112
824181.91 0.06471.9296
41912
594830.80 0.02432.6762
4F9/2 3182
4.710.00374.9950
2H1l/2-4411512 19193
3215.70.69790.2172.1809
4113/2 12601
910.040.19753.3126
411112 8923
323.130.07014.6803
41
6630132.55 0.02886.30979/2
4F9/2 3864
26.240.005710.8184
0.140.0000S3/2 682 59.556
4F7/2--*4115/2 20510
2332.80.66120.2831.2767
62
TABELA 114113/2
13918728.98 0.20661.8850
411112
10240290.32 0.08232.5631
419/2
7947135.7 0.03853.3067
4F9/2
518137.60 0.01075.0759
4S3/2
19992.16 0.000613.156
2Hll12 1317
0.620.000220.051
4F3/2 4F 512 -).4115/222296
1690.60.61420.3630.8619
4113/2
15704590.75 0.21461.2233
4111/2
12026265.3 0.09641.6012
419/2
9733140.64 0.05111.9802
4F9/2
696751.58 0.01872.7683
4S3/2
37858.27 0.00305.0999
2Hll12 3103
4.560.00176.2200
4F7/2
17860.87 0.000310.821
2G9/2-). 4115/2 24629
971.70.55740.5730.3711
4113/2
18037381.66 0.21890.5053
4111/2
14359192.55 0.11050.6351
419/2
12066114.25 0.06550.7548
4F9/2
930052.32 0.03000.9822
4S3/2
611814.89 0.00851.4920
2H11/2 5436
10.450.00601.6800
4F7/2
41194.54 0.00262.2141
4F 5/2
23330.83 0.00053.9370
4G 11/2 -t4115/2 26402
106830.51780.0482.7605
4113/2
198104518.8 0.21903.6904
4111/2
161322437 0.11814.5284
63
TABELA 11 419/2
138391538.5 0.07465.2914
4F9/2
11073788.12 0.03826.6324
4S3/2
7891285.23 0.01389.3031
2H1l/2 7209
217.480.010510.187
4F7/2
5892118.73 0.005812.462
4F5/2
410640.18 0.001917.878
2G9/2
17733.23 0.000241.366
4G9/2-+ 4115/2 27451
2431.40.49620.2041.1383
4113/2
208591066.7 0.21771.4976
4111/2
17181596.11 0.12171.8240
419/2 14888
387.870.07922.0970
4F9/2
12122209.36 0.04272.5740
4S3/2
894083.98 0.01713.4991
2H11/2 8258
66.190.01353.7840
4F7/2
694139.31 0.00804.5079
4F5/2
515516.10 0.00336.0695
2G9/2 2822
2.640.000511.094
4Gll/2 1049
0.140.000030.823
64
TABELA 12. Valores dos parâmetros espeetroseópieos: Ade(J,J'), Adm (1,1'),P JJ' , 't R e Pp (x 1020 em2 ) do íon Er'+ em vidros fluoroindatos, amostraeom 3.0 moI% de Er'+ .
Transição
-Ade(1,J') Adm(J,J')PJJ,E 'tRPp
(em-I)(see-1) (see-1) (ms)
4113/2 --+ 4115/2 6596
80.1935.081.00008.670.4783
411112 --+ 4115/2 10258
95.760.87559.140.3054
4113/2 3662
4.369.260.1245 2.6806
41912 --+ 4115/2 12545
116.720.88487.580.1570
411312 5949
12.450.09440.3306
4111/2 2287
0.712.040.0208 3.3495
4F9/2 --+ 4115/2 15337
11150.81470.7311.0983
4113/2 8741
206.410.15081.9270
4111/2 5079
40.490.02963.3106
419/2
27926.73 0.00496.0324
4S3/2 --+ 4115/2 18511
836.620.71740.8560.7215
411312 11915
223.110.19131.1213
411/2 8253
74.140.06461.6172
419/2 5966
28.010.02402.2416
4F9/2 3174
4.220.00364.2141
2Hll12 ~4115/2 19181
2988.20.69800.2341.9929
411312 12585
844.030.19723.0364
4111/2 8923
300.830.07034.2846
419/2
6636123.74 0.02895.7615
4F9/2 3844
24.0540.00569.9632
4S3/2 670
0.130.000058.388
4F712 ~ 4115/2 20558
2191.40.6597OJOl1.2400
t I ti' t' t. "11! I ',r"~"'.;1 f' I '1"" I' "" .1 ~'I 1 ". l4I' I ,11 I IMiliI" 1'1' 11'I1~'''"''~ •• I.l' 1I1 '11' ,I', IIj 11,111II.tll'I'1 11"11I'1111'1 '11 ~lltlNII'11 111"1' I t 'I" II'j';III,"'jjlllil,." ''1'~l' "I".ltlttll ti t,j '.1 ~,!IIIlll"'t!!t 'I 1II11"!" ," 111' !f
65
TABELA 12 4113/2
13962686.47 0.20661.8299
4111/2
10300275.6 0.08302.4746
419/2
8013129.76 0.03913.1824
4F9/2
522135.90 0.01084.8969
4S3/2
20472.16 0.000612.475
2Hll/2 1377
0.660.000218.617
4F3/24F 5/2-~.4115/222282 1519.5
0.61430.4041.1913
4113/2
15686530.12 0.21431.6989
4111/2
12024238.77 0.09652.2162
419/2
9737126.80 0.05132.7455
4F9/2
694546.01 0.01863.8400
4S",)
37717.37 0.00307.0850j/~
2H1112 3101
4.100.00178.6218
4F 7/2
17140.69 0.000315.557
2G912 -+ 4115/2 24624
891.080.55730.6260.3064
4113/2
18028349.69 0.21870.4169
4111/2
14366176.94 0.11070.5255
419/2
12079105.18 0.06580.6227
4F9/2
928747.80 0.02990.8110
4S3/2
611313.63 0.00851.2328
2H1112 5443
9.620.00601.3865
4F7/2
40664.01 0.00251.8556
4F 5/2
23420.77 0.00053.2368
4G 4
100710.51550.0512.39711112 -+ 115/2 26513
4113/2 19917
4269.40.21853.1948
411112
162552320.9 0.11883.9121
..... "T
66
TABELA 12419/2
139681472.6 0.07544.5349
4F9/2
11176754.32 0.03865.6776
4S3/2
8002276.88 0.01427.9396
2H11/2 7332
212.990.01098.6617
4F7/2
5945113.54 0.005810.708
4F5/2
423140.93 0.002115.036
2G9/2
18893.64 0.000233.664
4G9/2 -+ 4115/2 27457
24320.49600.2040.9848
4113/2 20861
1066.60.21751.2951
4111/2 17199
597.750.12191.5710
419/2
14912389.59 0.07941.8108
4F9/2 12120
209.170.04272.2350
4S3/2 8946
84.120.01723.0205
2H11/2 8276
66.600.01363.2712
4F7/2 6899
38.580.00793.9228
4F5/2 5175
16.280.00335.2318
2G9/2 2833
2.670.00059.5518
4G1l/2 944
0.10 0.000029.043
!1 f •• 111 , •••• 1. 'i 't"'l 11' j' lIt1"1 *1 MI"", I~'I IIIfll~; til- Htl.'MlfI:'f •• ltl t 1''''1. 11>' tlt ~~!'I "!IIIlIIII'~ tN' 11~11" l~j'"nt!lnl '111111fI1·I't', "t~H'I""jtll!l·'t"",11."T""tI!'11 tI I '1 I "!'''I~!lih'''~lI 'I' I'."!' II'r~ II't' '"
67
TABELA 13. Valores dos parâmetros espectroscópicos: Adc (J,1'), Adm(J ,J'), P JJ' , 't R e Pp (x 1020 cm2 ) do íon E?+ em vidros fluoroindatos,amostra com 4.0 mol% de E?+ .
Transição
i AdeCJ,J')Adm(J,1')PJJ''tRPp(cm-I) (sec-1)
(sec-1)(ms)
4113/2 -* 4115/2 6594
86.8635.051.00008.200.4992
4111/2 -* 4115/2 10252
106.170.88318.320.3304
4113/2
36584.829.230.1169 2.6990
419/2 -* 4115/2 12533
102.750.88338.600.1399
4113/2
593910.93 0.09400.2960
4111/2
22810.622.020.0227 3.2914
4F9/2 -* 4115/2 15335
1067.60.81450.7630.9040
4113/2 8741
197.430.15091.5868
411112 5083
38.880.02972.7271
419/2
28026.51 0.00504.9435
4S312 -* 4115/2 18507
926.500.71730.7740.6647
4113/2
11913247.11 0.19131.0331
4
825582.22 0.06371.492011/2
41912
597431.16 0.02412.0597
4F912
31724.66 0.00366.2591
2Hl112 -+4115/2 19233
3162.80.69620.2202.1091
4
12639897.59 0.19763.2295113/2
411112
8991322.04 0.07094.5420
41912
6700133.71 0.02946.0897
4F9/2
389826.33 0.005810.475
4S
7260.17 0.000056.2403/2
4F 7/2 -* 4115/2 20562
2296.30.65930.2871.3789
68
TABELA 134113/2
13968719.86 0.20672.0251
4111/2
10310289.48 0.08312.7472
419/2
8029136.71 0.03923.5355
4P9/2
522737.72 0.01085.4376
4S3/2
20552.29 0.000714.656
2H11/2 1329
0.620.000221.387
4p 3/24F5/2~41 15/222296
1688.20.61380.5001.3771
4113/2
15702589.69 0.21441.9538
4111/2
12044266.11 0.09672.5575
419/2
9763141.74 0.05153.1560
4P9/2
696151.38 0.01874.4244
4S3/2
37898.29 0.00308.1425
2H11/2 3063
4.380.001610.067
4F7/2
17340.79 0.000317.696
2G9/2~ 4115/2 24658
962.090.55640.5780.3744
4113/2
18064378.25 0.21880.5117
4111/2
14406191.85 0.11100.6437
419/2
12125114.39 0.06620.7628
4F9/2
932352.00 0.03010.9933
4S3/2
615114.93 0.00861.5058
2Hl1/2 5425
10.250.00591.7105
4F7/2
40964.41 0.00252.2648
4F 5/2
23620.85 0.00053.9475
4Gll/2 -t4115/2 26493
105510.51580.0493.2648
4113/2
198994471 0.21864.3493
4}11/2
162412430.8 0.11885.3266
I' ." "."'''_11 I"l t' til~' I~' liI' ',I' I IUlill l,.t IU'II'H"If~ •• I."1 11',lI 'I' 111>,til IltlHI'!-1 1'1'.''t'H' '11 ~:IHIII;'I1 IlItII!1 1111"11'"U!11Il'. l '·;~!~1.1! .1 ,'lIIlllilllllll 'ro!I IIIII"! 'I "If' I!
69
TABELA 13 419/2
139601543.7 0.07556.2147
4F9/2
11158788.26 0.03857.7822
4S3/2
7986289 0.014110.877
2H11/2 7260
217.130.010611.958
4F7/2
5931118.38 0.005814.652
4F5/2
419741.95 0.002020.687
2G9/2
18353.51 0.000247.400
4G9/2 ~ 4115/2 27514
2298.80.49420.2151.0103
4113/2 20950
1011.50.21741.3255
4111/2 17292
568.800.12231.6070
419/2
15011372.09 0.08001.8531
4F9/2
12209200.20 0.04302.2801
4S3/2
903781.19 0.01743.0752
2Hll12 8311
63.150.01363.3480
4F7/2
698237.44 0.00803.9853
4F-n
524815.90 0.00345.3007.) -
2G9/2 2886
2.640.00069.6333
4Gll12 1051
0.130.000026.962
70
3.4.1. Requerimentos para um vidro laser
Segundo REISFELD & JORGENSEN (1977,1987), os requerimentos
para um vidro laser são:
a)- Alta absorção da luz de excitação~
b)- Inversão de população do nível de emissão;
c)- Alta eficiência quântica da emissão de luz;
d)- Alta seção transversal de emissão laser estimulada;
e)- Longos tempos de vida radiativos;
f)- Relaxação não radiativa desde o nívellaser mas baixo.
Baseados nos resultados obtidos para os parâmetros espectroscópicos
A(J,J'), P 11', 1;R e P p , do E~+ em vidros fluoroindatos, incluídos nas tabelas
10-13, pode-se notar que existem várias transições que satisfazem os
requerimentos acima assinalados. Podem ser utilizadas em aplicações laser.
A tabela 14 inclui aquelas transições que pelos valores dos parâmetros
que as caracterizam, melhor satisfazem tais requerimentos.
Nota-se também que o efeito da concentração sobre estes parâmetros,
nas concentrações estudadas, é pequeno, porém a amostra com 1.0 mol%
de E~+ apresenta as melhores características espectroscópicas,(tabela.l O).
,t' 1t" " t, "H I 'I t.~~"1 't"'. ,t' I j.1 lt ~., '1 "'l4I' "11t "11111" 141 IltI* •••••••• ftt, I <11'111' 'I" 81,~ rlll 'l'tItl'I'~ III'~'IIII'I I' "1+' ~'IIIIII'111 Ilhll, H 'li' Illt'lllit'jt'IIi"""'W;i t"'''III''''''I' ti j II '., ~'."I !~~ I· 11.""" """ <"I" fl"
71
TABELA 14. Transições e valores de seus parâmetros espectroscópicoscaracterísticos do E?+, sugeridos para serem utilizados em aplicações laser,
usando vidros fluoroindatos como matriz. Pp (x 102ocm2)
Transição i Ade(J,J')Adm(J,J')PJJ'1"RPp(em-I) (sec-1)
(sec-1)(ms)
4}13/2~ 4115/2 6602
69.6435.171.00009.540.4500
4111/2~ 4115/2 10279
79.370.859310.830.2493
419/2 ~ 4115/2 12612
159.570.89065.580.2039
4F9/2 ~ 4115/2 15379
1307.20.81420.6231.1473
4113/2 8777
2430.15142.0109
4S3/2 ~ 4115/2 18552
674.060.75711.090.7201
4113/2 11950
180.140.19171.1136
2Hl112 ~411512 19267
3295.50.69680.2112.1642
4113/2 1665
936.060.19793.2835
4111/2 8988
334.560.07074.6304
4F7/2 ~ 4115/2 20592
2088.10.66010.3161.2998
4
654.810.20701.9146113/2 13990
4111/2 10313
262.310.08292.6018
2Hll/21325
0.56 0.000220.439
4F3/24F5/2-+4115/222362
1230.50.61380.500.6655
4113/2 15760
430.750.21490.9428
4111/2 12083
194.120.09681.2300
2 4
24692794.63 0.55730.700.3251G9/2-+ 115/2
4113/2 18090
312.470.21920.4455
4111/2 14413
158.030.11080.5597
4 4
2645710886 0.51820.0482.9324G1l/2 ~ 115/2
'_flII_''''~'1 '_'11_ 1 1111 I~" 'u 'L~1-"1_I_U."",_
72
TABELA 144113/2 19855
4601.40.21903.9278
411112 16178
2489.10.11854.8415
419/2 13845
1560.10.07435.6531
4F9/2 1078
799.220.03807.0548
4G9/2 ~ 4115/2
274512919.3 0.49760.171.1821
4113/2 20849
1278.90.21801.5529
411112 17172
714.610.12181.8911
419/2 14839
461.130.07862.1819
4F9/2 12072
248.280.04232.6917
3.5. Espectros de Emissão
Para obtennos os espectros de luminescência dos vidros fluoroindatos
dopados com 1,3 e 4 mol% de Ei'+ , foi excitado o nível 4F7/2 (linha
488nm), como descrito no capitulo 2 (2.3.2). As intensidades de emissão
medidas a 300K e 77K, são apresentadas nas figuras 13A e B. Nestas figs;
nota-se em todas as amostras fortes emissões identificadas com as
transições 4111/2 ~ 4115/2 a 300K e 4S3/2 ~4115/2 a 77K. Também pode-se
perceber que a 300K a forte intensidade corresponde à transição 411112
41 . ·dad ,. - 4S 41 41 41~ 15/2' e mtensl es menores as translçoes 3/2 ~ 15/2 e 13/2 ~ 15/2.
Entretanto, a 77K, a forte intensidade corresponde à transição 4S3/2 -+4113/2
e as intensidades menores correspondem às transições 4111/2 -+4115/2 e 4113/2
-+4115/2 . Este fato pode ser causado pela maior relaxação não radiativa a
300K que popula o nível 4111/2 . A 77K, ao diminuir a relaxação não
radiativa para o nível 4111/2 ' a população maior será no nível 4S3/2 .
Nas duas figuras, nota-se que as maiores intensidades correspondem
'f tI 'l!!l .l!<I'· •••• 1.·'I·iI1'~I·'lri~'1' I." 'I ltl·lt>I"f' '11It1111ll'+1I.ll.I.,ltllM ••••• 'II,!I.,.lll 1111"111'I<W!IIII'~1'1'''111'1'' ·'~1"'ltll!fl'.ill'·!I •• f'1'I.I'rl,I~I'.'llIt1hl!11ll"•.,,·.Il'-.l.I11lfi"U"'I'" "'1"1 • , t ".,11I1 ~l.!I!'I" "t, 1111;1"" 1"rlt 11'1'1 Itl
73
à amostra com 3 mol% de E?+ .
Este comportamento do E?+ nestes vidros, pode estar associado aos
seguintes argumentos: segundo ZOU & IZUMITANI (1993), as eficiências
de emissão de um dado nível são controladas básicamente por dois fatores.
Um é a diferença de energia entre o nível de emissão e o próximo nível mais
baixo. Outro, a energia de fônon da matriz, sendo que esta é menor para
baixas temperaturas. Assim, quanto menor a energia de fônon do vidro e
maior a energia do "gap", maior será a eficiência da luminescência.
Outros fatores importantes são: a relaxação não radiativa e o processo
de tennalização. O primeiro, a taxa de relaxação multifônon entre dois níveis
J em vidros, pode ser adequadamente descrito, segundo REISFELD &
JORGENSEN(l982), pela equação
Wm = [B exp(-a dE)][n( w,T) + 1]P (3.2)
onde B e a, são constantes características do material hospedeiro; dE, é o
gap de energia entre o nível de emissão e o próximo nível eletrônico mais
baixo; p = ÔE/hw), é o nÚmero de fônons a serem emitidos para conservar
a energia na transição. Sendo que, w é a frequência do fônon da matriz, que
pode ser avaliada usando Espectroscopia Raman .
A dependência explícita de wnr com a temperatura n(w,T), (número de
ocupação de Bose-Einstein), fornece a fonna de detenninar o número e
energia dos fônons envolvidos no processo de decaimento.
Ao utilizar a equação (3.2) em nosso caso, consideramos os valores tJw
~ 450 em-I, B = 4 x 109s-1, a = 0.007cm, e dE = 670 cm-1 ,(tabela 12).
O resultado obtido para a amostra com 3 moI% foi WNR = 4.41 x 107
sec-1,
74
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0,81,01,21,41,6
Comprimento de onda Ú!m]
FIGURA 13. Espectros de emissão de Er'+ em vidros fluoroindatos na faixade 0.7 a 1.7,um, nas amostras de 1,3 e 4 mol%. Excitação laser, linha de
488run. A) 300 K e B) 77 K.
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75
Em razão da termalização que se dá no Er'+ entre os níveis 2H 11/2
e 4S3/2 ' dado o pequeno gap de energia entre eles a probabilidade efetivade transição radiativa pode ser calculada com a equação,
12 Exp(-LlE/kT) I.AeH11/2) + 4I.A(4S3/2)
~f == --------------------------------------------------------
12 Exp(-LlE/kT) + 4(3.3)
onde kT == 209 cm-1 . Nosso resultado foi Aef == 1350.32 S-1 .
Nenhuma variação das posições dos picos de emissão é observada com
o aumento da concentrção de Er'+. Todos os espectros apresentam os
mesmos picos na faixa de 0.7 a 1.7,um nas duas temperaturas.
3.6. Medidas de tempo de vida radiativo
O tempo de decaimento radiativo dos níveis 4S3/2 e 4111/2 do E~+, nos
vidros fluoroindatos, foi medido por espectroscopia resolvida no tempo nas
temperaturas de 300 e 77K. O procedimento e equipamento utilizados
foram descritos 110 capitulo 2 (2.3.3) e ilustrados na figura 8.
As medidas foram realizadas com os vidros fluoroindatos dopados com
1, 3 e 4 mol%) de Er'+ . Ilustramos nas figuras 14A e B-19A e B os
decaimentos das transições 4S3/2 ~ 4115/2 e 4111/2 ~ 4115/2, para todos os
vidros nas duas temperaturas.
A tabela 15 inclui, para comparação, os valores calculados (tabelas 10
13) e experimentais para algumas transições a 300K.
76
TABELA 15. Valores dos tempos de vida radiativos 1"R [ms], calculados eexperimentais, 1"-1,(ms) de algumas transições do Er'+ em vidrosfluoroindatos, a temperatura ambiente, nos vidros com 1,2,3 e 4 mol% deEr'+ .
Transição 1.0 2.0 3.0 4.0
Cal Exp Cal Exp Cal Exp Cal Exp
4113/2--~.4115/2 9.54----8.14----8.67----8.20
411112~4115/2
10.83 9.08.95----9.149.08.329.0
419/2 ~4115/2
5.58----7.82----7.58----8.60
4F9/2 ~4115/2
0.62----0.72----0.73----0.86
4S3/2 ~ 4115/2
1.060.430.79----0.860.170.770.16
Pode-se notar na tab.15 que na transição 4S3/2 ~41 15/2' os valores
decrescentes dos tempos de vida radiativos a 300K, com o aumento da
concentração, tendem à estabilização. A mesma tendência é observada a
77K.
Na transição 4111/2 ~4115/2 os valores experimentais têm um valor
constante a 300 e 77K e os calculados têm uma variação decrescente com
o aumento da concentração. Isto indica que este nível não é afetado pela
extinção radiativa, devido à concentração.
É importante ressaltar que o vidro com 3 mol% de E2+ apresenta valores de
tempos de vida radiativos que quebram qualquer tendência seguida pelos
vidros com 1, 2 e 4 mol% de Ef+ .
Das figs. 14 a 19, os tempos de vida radiativos em todas as amostras
são maiores a T = 77K que a 300K. Isto é devido ao maior efeito da
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77
contribuição multifônica a 300K.
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FIGURA 14. Decaimento radiativo da transiçaõ 4S3/2, -+4115/2 do E~+ emvidros fluoroindatos, na amostra com 1.0 mol% de Er'+ . A) T = 300K, B)T = 77K.
78
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FIGURA 15. Decaimento radiativo da transiçaõ 4Il1/')-t411512 do Er'+ em~
vidros fluoroindatos, na amostra com 1.0 mol% de Er'+ . A) T = 300K, B)T = 77K.
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3
3
FIGURA 16. Decaimento radiativo da transiçaã 4S3/2 -+4115/2 do E?+ em
vidros fluoroindatos, na amostra com 3.Omol% de Er'- . A) T = 300K, B)T = 77K.
80
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FIGURA 17. Decaimento radiativo da transiçaõ 41 1l/~ -+ 4115/2 do Ef+ emvidros tluoroindatos, na amostra com 3.0 mol% de Er'+ . A) T = 300K, B)T = 77K.
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FIGURA 18. Decaimento radiativo da transiçaõ 4S3/~ -t411512do Ef+ emvidros fluoroindatos, na amostra com 4.0 mol% de Ef+ . A) T = 300K, B)T = 77K.
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60
F!GURA 19: Decaimento radiativo da transiçaõ 4Illl~4-~4115/2 do E?+ emVIdrOS fluoromdatos, na amostra com 4.0 maI% de Er" . A) T = 300K, B)T = 77K.
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83
3.7 Conclusão
Os vidros apresentam um índice de refração da ordem de 1.49, similar
ao encontrado por MESSAODEQ(1992) e SOUFIANE(1992), também em
vidros tluoroindatos. Os índices só mudam levemente com o aumento da
concentração de EiH (tabela 5).
Este trabalho corrobora muito bem o modelo de intensidades 4f - 4fnos
vidros fluoroindatos, dopados com diferentes concentrações de E~+ (x =
1,2,3 e 4 mol%), a temperatura ambiente. Este sucesso está refletido nos
pequenos valores dos desvios Lm.S. atingidos, quando comparados com os
resultados similares reportados em outros vidros.
As propriedades espectroscópicas obtidas dos espectros de absorção
de E~+ em vidros tluoroindatos são similares às de outros vidros dopados
com E~+ , RE}SFELD et aI. (1982,1983), SHINN et aI. (1983).
Alguma diferença nos parâmetros espectroscópicos, entre nossos
resultados e os reportados na literatura para outros sistemas, pode ser
devido ao fato de que, em nossos cálculos, as transições foram assumidas
como de natureza dipolar elétrica, exceto as transições 4} 15/2 --+ 4} 13/2 '
4} 13/2 --+4} 11/2 e 4}9/2 --+4} 11/2 (tabelas 10-13), A. FLÓREZ, et aI (1995a), por
terem uma contribuição significativa de dipolo magnético.
A pequena variaçào de º 2 com a concentraçào pode estar associada
com a homogeneidade micro-estrutural em torno dos íons E~+ .
Os dados reportados por REISFELD & JORGENSEN (1987), sobre º4
e 06 para Er'H em diferentes materiais, apresentam maior sensitividade que
02' Em nossos vidros esta sensitividade é pequena, exceto na amostra com
1 mol% de E~+.
Os resultados apresentados evidenciam que os vidros fluoroindatos
84
dopados com E?+ têm um alto grau de homogeneidade quando comparados
com outros vidros dopados com E~+, TANABE et aI. (1992). Este fato
acoplado com a baixa frequência fonônica do vidro, REISFELD &
JORGENSEN (1992), na extendida faixa de transmisão no infravervelho, e
melhores propriedades químicas, MESSADDEQ & POULAIN (1989), faz
destes vidros um dos candidados em potencial para uso em fibras laser e
amplificadores.
,CAPITULO 4
85
~., ...,...".,,,",~.,,,~ ••.••. "'f
" G !\ \\I
.:....~ -'
86
RESUL TADOS PARA P~+ EM VIDROSFLUOROINDA TOS
87
4.1.Vidros fluoroindatos dopados com Pr3+
Os vidros fluoroindatos dopados com p?+ foram preparados como
descrito no capítulo 2. As propriedades fisicas: índice de refracção n,
densidade p e caminho ótico Q, das amostras obtidas, são apresentadas na
tabela' 16. Pode-se notar que o índice de refracção apresenta pequenas
variações com a concentração de ~+, e a densidade sofre pequenas
variações no sentido decrescente com o aumento da concentração.
0.168
0.175
0.197
Q(cm)0.186
4.88
4.85
4.80
p(g/cm3)4.92
1.49100
n1.49183
1.49016
1.49224
2.0
3.0
4.0
TABELA 16. Propriedades fisicas dos vidros fluoroindatos dopados comP~+
Concentração1.0
4.2. Espectros de absorção
As medidas dos espectros de absorção ótica a 300 e 77K foram
realizadas nos vidros tluoroindatos dopados com pf3+, nas composições
34InF3- 20ZnF2 - 20SrF2 - (18 - x)BaF2 - 6GaF3 - 2NaF - xPr F3 com x = 1,
2,3 e 4 mol%.
A figura 21(A e B) mostra os espectros de absorção medidos na faixa
espectral entre 400 e 2500nm a 300K, para todas as amostas (A, entre 400
11t~ "11T 'I" , .•• _~ "'1'1''"4 "'11 lIt .'! ·1 "'1fI1 1,,1'1 I~ftl~' +1,·14tll.lidf·,.'ltl' I 1'1"111'11" 111 ~ '111'1i"1111'~111'k'1111'. ,~ "'I't' "'11m!''11I' 11111,1'1''I" 111ll'11.'ljlltll,"" "','" t,""lIllitltll- ti ""1"1't '''1 ~'1tl111l~'t- Ittll!~j'l "I;'" I' ".
88
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A2
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4D~ffi)EmEHliU)
Comprimento de onda [nm]
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u~ :D 1G
.~ ~44
'ffi:D 3 oÜ 10
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8lJ1CID1:m14ll161118lJAIDzm24ll
Comprimento de onda [nm]
FIGURA 21. Espectro de absorção de Pr3+ em vidros fluoroindatos a
300K , para x = 1,2,3 e 4 mol% de pi3+ . A) de 400 a 700nrn, B) de 700 a2500nrn.
T
89
1.00
0.80
~.-U 0.60
~Ofll.o 0.40-<
0.00
5028.1988.9
4028.2482.7
3028.3302.7
Comprimento de Onda
FIGURA 22. Espectros de absorção de ~+ em vidros tluoroindatos na faixaespectral de 1988.9 a 9729.4nm a temperatura ambiente. Amostras com x= 1,2,3,4 mol% de }>i'+.
A:;s
~ .[~o~o Z3~~.sa 22c:Q)'0~ ~
:4)
~!iD
1an 1!iD ~
Comprimento de Olda [nm]
90
I I
B
!D..r-'
I
.Q.o «)'ê-oti)~ :DQ)
"OJlá5 :D'0~ 10
o~ ~ ~ ~ ~ ~ m m ~ ~ ~Comprimento de O1da [nm]
FIGURA 23. Espectros de absorção de ~+ em vidros fluoroindatos nafaixa espectral de 400 a 2500nrn, na amostra de 4 mol% de ~+ . A) T =77K e B) T = 300K
e 700 nrn e B, entre 700 e 2500 nrn). Na figura 22 são incluídos os
espectros para as mesmas amostras, também a 300K, entre 1988.9 e 9729.5
nm. Identificamos as transições eletrônicas, a partir do nível fundamental
3H4 ' atribuindo a cada banda de absorção o respectivo nível de energia. A
banda correspondente a cada transição dada é idêntica em todos os
espectros, mas a sua intensidade depende da concentração de dopante.
Pode-se perceber que as bandas a 77K são mais estreitas e apresentam maior
intensidade que a 300K. A figura 23(A e B) ilustra este fato na amostra com
4 mol% de ~+. Comportamentos similares foram obtidos para as outras
amostras. Nota-se que acima de 700nrn, figura 23A, as bandas são melhor
definidas, quando comparada com a figura 23B, enquanto que na região do
91
AbsorçãoIon livre22535
3p
1\
2621388 3p20796
3p1o
17014
102
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f
9938 1G4Q)
3F
c:W
465393F
3F3 2
35083H6
2336
3H5
~4
FIGURA 24. Diagrama de níveis de energia do py3+ em vidros fluoroindatos,obtidos dos espectros de absorção, comparados com os reportados porDIEKE(1968) para o íon livre.
visível, a diferença é mínima.
A largura das bandas resulta da variação, de sítio à sítio, da intensidade
do campo cristalino. Nenhuma mudança significativa no comprimento de
onda máximo é observada. Esta insensibilidade aparente no comptWento de
onda máximo, segundo DE ARAUJO et al.(1994a), deve-se ao fato de que
as bandas de absorção são devido a transições eletrônicas dentro da camada
4f, a qual é pouco sensível ao campo cristalino.
A figura 24 mostra os níveis de energia atribuídos ao p?+ neste
trabalho (nos vidros fluoroindatos) a partir dos espectros de absorção, e os
reportados por DIEKE (1968), para o íon livre. Uma boa concordância é
obtida neste caso~ também o é com os resultados reportados por ADAM &
._ ,..• "., ",,"11'1 "!.' 'rlll.llltl~i~~ 1;11'-1~'1 "I tI,H11~~.lr'IIII.!lII_j. !,I ,I ll-iI'i"fH Hllj'I~IIh'~I'i'IF'II~IIlI.~,~"t~~'I!I1"i"""lb."l.t, 11 I \ '11\1t tIt''*t11.1tHiHt .,. "11I'1' I'''''!ir It I 1.
92
SIBLEY(1985), em vidros ZBLA.
4.3 Forças do Oscilador e Parâmetros de Intensidades
4.3.1. Forças do Oscilador (Experimentais)
Experimentalmente, as forças do oscilador são calculadas a partir da
equação (3.1) das áreas integradas de cada banda, a 300 e 77K. As áreas
são medidas utilizando um planímetro. Devido ao fato de que algumas
bandas aparecem superpostas e perante a dificuldade de se obter bandas
individuais, estas foram medidas assumindo-as como bandas complexas.
Esta superposição pode ser conseqüência da similaridade dos sítios
ocupados pelo J>i3+ . A tabela 17 inclui os valores da força do oscilador
obtidos experimentalmente, a partir dos espectros de absorção a 300 e 77K.
TABELA 17. Valores da força do oscilador experimental fExp (x 106), parao pf+ em vidros fluoroindatos a 300 e 77K, com concentrações(C) de x =1, 2, 3 e 4 mol% de Pr'+-
C(mol 01Ô) ~1.02.03.04.0
- Transiçào /T(K) 30077300773007730077
3H -t 3p
6.29 7.78 6.748.956.449.896.60 8.644 2
-t 3p 112.19 3.33 2.483.782.234.362.47 3.75l' 6
..,-t jp 0.96 1.49 1.091.791.012.091.08 1.73o
-t1D1.77 2.13 2.022.4]2.112.682.38 2.442
-tIG0.25 0.32 0.220.340.220.160.28 0.204
-t 3F 3F
6.49 7.16 7.136.678.216.437.16 7.044' 3-t 3F 3H
1.49 1.04 1.501.001.801.161.27 1.102 ' 6
-+ 3H_
1.43 -----1.51-----1.61-----1.53)
I ""'rtr" !III' I' I'" '~1"11I""""""'~111'"
93
Nesta tabela pode-se perceber que a 77K as forças de oscilador das
transições na região vísivel têm maiores valores que as mesmas transições
a 300K, sendo similares, ou menores, na região IV.
4.3.2 Parâmetros de Intensidades º À
Os parâmetros de intensidades º A ' com À = 2,4 e 6, a partir dos quais
são calculadas as características espectroscópicas do py3+ nos vidros
fluoroindatos, são obtidos da teoria de Judd-Ofelt. O procedimento é o
mesmo usado no capitulo 3 (3.3.2) para os vidros dopados com E~+. Neste
caso, utilizamos os elementos de matriz [u(A)f reportados por WEBER
(1968) para o py3+em LaF3.' Seus valores são incluídos na tabela 18. Nas
tabelas 19, 20 e 21 são apresentados os parâmetros de intensidade º 2 4 6' as, .
forças de oscilador experimentais fExp (tabela 16) e as teóricas·fTeo' obtidos
para as diferentes concentrações a 300 e 77K. Também são incluídos os
r.m.s., que são os parâmetros geralmente utilizados para avaliâr a qualidade
do ajuste.
TABELA 18. Valores, no acoplamento intermediário, dos elementos dematriz [U(A) f = < tN JI/U(A) I/tN J' >2 com À = 2,4 e 6, reportados porWEBER (1968), para o P~+. Com o estado base [aSL]J = 3H4'
[U(2)] 2[ U(4)]2[U(6)] 2
3H -+ 3p
0.00.03620.13734 2 -+ 3p 110.00810.21680.0203l' 6 -+ 3p0.00.17130.0o -+lD0.00200.01650.04932 -+lG0.00190.00440.01194 -+ 3F 3F0.08200.40151.19034' 3 -+ 3F 3H0.50800.43690.26032' . ·6 -+3H0.10950.20340.6106
5
1Hl'.lli! 1!1_."'lt'flHf
94
'I ",1 ""'Ii"""I'1 "U'I' -!II! tHlllilfilillli.htt;1 "11 111 lu 1 tJIII'IIIIIMI'I,*'H"fl'IIi~1,!. 'rl1' tllllill,.t I' It~tll'I~'I"I""';I" '.1111I'6'·,1>111'''''''.'" til 'I "-~'i ., ~,tlIIIHI'I' 1III'l1'1 "I tt, , I' ••
TABELA 19. Comparação dos parâmetros de intensidade do íon P?+ nosvidros tluoroindatos com diferentes concentrações de Py3+, a 300K e 77K.(xl02ocm2)
Concentração 300K 77K
moI %
º2º4º6º2º4º61.0
- 0.032.095.62- 2.503.406.192.0
- 0.412.406.16- 3.224.006.023.0
+ 0.512.096.83- 3.584.685.954.0
- 0.942.396.17- 2.913.176.12
Da tabela 19, é importante destacar basicamente dois aspectos de º 2
a 300K: os valores negativos nas amostras com x = 1,2 e 4 mol% e sua
variação oscilatória em tomo de zero com a concentração. Entretanto, a
77K todos os valores de º 2 são negativos. Estes fatos representam um
verdadeiro problema de interpretação à luz da teoria de ]-0, já que nesta
teoria, os sinais negativos não têm qualquer significado fisico. De outra
parte, uma estreita relação parece existir entre os valores de °2 e os
elementos de matriz que o definem. É observada uma grande sensibilidade
deste parâmetro quando seus elementos de matriz são pequenos ou zero.
Não obstante, isto não justifica os valores negativos.
N o caso do py3+, os elementos de matriz que definem °2 não são
desprezíveis quando comparados com outras IR, como por exemplo Er3+,
onde todos os 02 são positivos (tabela 8).
Outra possibilidade que tem sido proposta são os mecanismos
envolvidos nas transições. Neste caso, dois mecanismos têm sido associados
com 02, MALTA et al.(1991) . São eles: dipolo elétrico forçado e
acoplamento dinâmico, que contribuem com sinais contrários XIA &
REID(1993). Os sinais dos valores tomados por 02 na tabela 19, a 300K,
95
podem ser causados pelo fato de que as duas contribuições podem estar se
cancelando. No caso do mesmo parâmetro a 77K a situação pode estar
relacionada com a hipótese na que está baseada a teoria de J-O, quando
assume que todos os níveis Stark, estão igualmente populados, fato este que
a 77K não pode ser garantido. Em relação aos valores de º4 e º6. a 77K,
pode-se notar alguma insensibilidade com a concentração.
Com os valores negativos de º2 ' para comparação, faremos os
cálculos da força do oscilador a 300K e 77K. Os resultados para as
diferentes concentrações, com seus respectivos r.m.s., são incluídos nas
tabelas 20 e 21 .
TABELA 20. Comparação da força de oscilador experimental fExp' ecalculadas fCal' (x 106), das transições ópticas do íon Pr'+, nos vidrostluoroindatos dopados com diferentes concentrações de W+. São incluídostambém os valores r.m.s. (T = 300K).Concentração
(moI %) W1.02.03.04.0
Transição
ExpCaleExpCaleExpCaleExpCale
3H -+ 3p
6.293.076.743.376.443.676.603.384 2
-+ 3Pb1I6 2.19
1.952.482.202.232.042.472.18
-+ 3p
0.961.201.091.371.011.191.081.37o
-+lD1.770.852.020.932.111.012.380.932
-+lG
0.250.120.220.130.220.150.280.134
-+ 3F4,3F3 6.49
7.917.138.638.219.467.168.64
-+ 3F2 ,3H6 1.49
1.251.501.391.801.571.271.00
r.m.s. (x 106)
1.831.931.631.93
I' • I, '''''''IIIH t I' '!
96
I ", I" 1111' lU!' bt, 111'1I<'•• 'lIlj' •• l~l' I I1 '11 ", .'~Ili'1 11I1~1I 'I '" Il'NI I 'I ll'I'111 ," I 1111'11I I1 I' '1"'''1' UI!1tI'I 'Iil t t.,'*"tll ~ I1 ' '~ -'I ~'tll'l'n' I Im'll ,•• J
Nas tabelas 20 e 21 nota-se pequenas variações tanto nas forças do
oscilador
experimental como na teórica, a 300K . A 77K (tabela 21) as forças de
oscilador sào maiores, quando comparadas com a tabela 20, e também
apresentam pequenas variações com a concentração de W+.
Destas duas tabelas, dois aspectos merecem destaque especial:
1- a diferença entre os valores experimentais e teóricos na força de
oscilador da transição hipersensitiva 3H4 ~3p 2' nas diferentes concentrações
e nas duas temperaturas;
2- a qualidade do ajuste a 300 e 77K, de onde pode-se notar que as
predições do modelo intensidades 4f - 4f, sào mais consistentes a 300K.
TABELA 21. Comparação da força de oscilador experimental fExp' ecalculada fCal' (x 106), das transições ópticas do íon W+ nos vídrosfluoroindatos com diferentes concentrações de P~+.,São também incluídosos valores dos r.m.s ..(T = 77K).Concentraçào
(moI %) 1&
1.02.03.04.0
Transição
ExpCaleExpCaleExpCaleExpCalc
3H ~ 3p
7.783.538.953.539.893.588.643.564 2 ,~ 3Pl,II6 3.33
2.903.783.304.363.793.753.26
~3p
1.491.941.792.272.092.671.732.23o
~ID2.130.982.410.972.680.992.440.982
~IG0.320.140.340.130.160.140.200.144
~ 3F4,3F3 7.16
9.026.678.996.439.137.049.23
~ 3F2,3H6 1.04
0.701.000.571.160.651.100.70
r.m.s. (x 106)
2.423.023.572.89
97
Diante da dificuldade apresentada com o modelo para o caso do p?+
nos vidros tluoroindatos e em outras matrizes, CARNALL, FIELDS,
RAJNAK (1968), PEACOCK (1971), algumas transições têm sido excluídas
para enfrentar o problema. Neste sentido, EYAL et al.(l985), HIRAO,
HIGUCHI, SOGA(l994), têm reportado cálculos em vidros, obtendo
melhores ajustes com a exclusão da transição hipersensitiva. Nessa mesma
direção foram feitos cálculos neste trabalho. As tabelas 22, 23 e 24 mostram
os resultados obtidos.
TABELA 22. Comparação dos parâmetros de íntensidades para o íon p?+nos vidros tluoroindatos com diferentes concentrações, a 300K e 77Kexcluindo a transição 3H4-+3P2.(x 102Ocm2).
Concentração
300K77K
moi %
°2°4°6 °2°4°6
1.0
0.812.184.50 - 1.423.524.73
2.0
0.472.494.98 - 1.894.144.22
3.0
1.242.165.87 - 1.984.853.79
4.0
- 0.102.495.06 - 1.654.044.43
Da tabela 22 nota-se que, apesar de se ter excluído a transição 3H4
-+3p2 , que produz a maior variação na força de oscilador, tabelas 20 e 21 ,
em 02 continua aparecendo sinais negativos, na amostra com 4 mol% de
p~+ , a 300K e 77K. A sensibilidade de °2 com a concentração é também
apreciável. A insensibilidade em 04 é mais clara, inclusive tomando valores
iguais nas amostras com 2 e 4 mol% de W+ (2.49). Entretanto, 06
apresenta maior sensitividade análogamente à da tabela 19. Os mesmos
parâmetros, 02.4.6 a 77K, não apresentam diferenças importantes em
"I'! t, --,i! I dl""III"""','! 1"'1 '1-' "I~" I,,!f' '11 tIIil'l' !IIIIHIIIII",.~,.'li'I!I"IIIII' '11'ell'IHI '1.1~'I"III'"'1jIHI "Il tll~lill"!I'!I~flll'i'~'lllljl'M.'Uljlll" '1IIjt-'II~'1! til "I "~ iIlII,~'tll!I'~I' I 1IIlI"!" "~'
98
relação a tabela 19~a não ser os valores menores em Q 2,6 . Estes resultados
mostram o efeito que determinadas transições, como por exemplo a
hipersensitiva, têm sobre os parâmetros Q À em W+ nos vidros tluoroindatos,
à luz do modelo padrão. Também pode ser inferido, no caso do py3+ , que
pelas inconsistências apresentadas, uma revisão ou reformulação no modelo
é importante.
TABELA 23. Comparação da força de oscilador experimental fExp e teóricafCal (x 106), das transições ópticas do íon prl+ nos vidros tluoroindatosdopados com diferentes concentrações de Py3+, excluindo a transição a3H4-).3P2. São também incluídos os valores Lm.S.. (T = 300K)Concentração
(moI 0/0)1&'
1.02.03.04.0
Transição
ExpCaleExpCaleExpCaleExpCale
3 '" I
1.962.482.212.232.052.472.20H4 -). -'p 1>16 2.19
-). 3p
0.961.251.091.431.011.241.081.42o
-).ID
1.770.712.020.782.110.892.380.792
-).IG
0.250.100.220.110.220.130.280.114
-). 3F4,3F3 6.49
6.617.137.288.218.357.167.35
-). 3F2' 3H6 1.49
1.491.501.501.801.801.271.27
Lm.S. x 106
0.660.770.730.96
Nas tabelas 23 e 24, pode-se notar que continuam persistindo as
pequenas variações para a força de oscilador com a concentração de py3+,
a 300 e 77K. Existem duas transições, 3H4 -).ID2 e 3H4 -).IG4 ' que
apresentam variações significativas entre os valores experimentais e
teóricos. Pela pequena intensidade que apresentam nos espectros de
absorção, particularmente a última, parecem não ter muita importância.
99
Apesar de ter obtido um melhor ajuste, medido pelos valores dos Lm.S.,
quando comparados com os análogos nas tabelas 20 e 21, continua
prevalecendo a inconsistência entre os resultados experimentais e teóricos,
pois os sinais negativos continuam aparecendo para Q 2 ' tabela 22. Isso
pode ser um indicativo importante da inconsistência do modelo padrão.
TABELA 24. Comparação da força de oscilador experimental fExp e teóricafeal (x 106), das transições óticas do íon Pr3+ nos vidros fluoroindatosdopados com diferentes concentrações (C) de P~+, excluindo a transição a3H4~ 3P2 . São também incluídos os valores Lm.S. (T = 77K).
C (moI 0/0) I@' 1.02.03.04.0
Transição
ExpCaleExpCaleExpCaleExpCale
3H4 ~ 3PI,116 3.33
2.923.783.324.363.813.753.28
~3p
1.492.011.792.362.092.771.732.31o
~ID2.130.792.410.742.680.722.440.772
~IG0.320.110.340.100.160.100.200.114
~ 3F4,3F3 7.16
7.336.676.876.436.677.047.24
~ 3F 2,3H6 1.04
1.051.001.011.161.171.101.11
Lm.S. x 106
0.881.071.251.06
4.4. Características espectroscópicas de Pr3+ nos vidros fluoroindatos
Dada a dificuldade encontrada pela ausência de significado fisico dos
sinais negativos de Q2 no contexto da teoria de J-O, os cálculos das
características espectroscópicas do pf+ nos vidros fluoroindatos são
realizados com os Q À positivos obtidos na amostra com 3 mol% de Pf+
quando é incluída a transição 3H4 ~3P2' (tabela 19). A partir dos valores
100
destes parâmetros de intensidades, foram calculados os parâmetros
espectroscópicos: probabilidades de transição radiativa por dipolo elétrico
Ade (J,J'), eq. (1.30), e dipolo magnético Adm(J,J'), eq. (1.37), entre
multipletos; a razão de ramificação da luminescência P JJ' , dos diferentes
níveis, eq. (1.32); o tempo de vida radiativo 'tR , eq. (1.33) e a secção
transversal de emissão estimulada Pp' eq. (1.34). Os resultados são
apresentados na tabela 25.
Também são incluídas as energias das possíveis transições J -+ J',
envolvendo os sete níveis J, obtidos a partir dos espectros de absorção,
figura 21(A e B).
TABELA25. Valores dos parâmetros espectroscópicos: Ade(J,J'),Adm(J,J'),P JJ' , 'tR e Pp (x 102ocm2 ) do íon ~+ em vidros fluoroindatos atemperatura ambiente, na amostra com 3 moI % de ~+ .
Transição Energia média AdeCJ,J') ~(J,J')
PJJ''tRPp(cm-1) (sec-1) (sec·1)
(ms)
3F -+ 3H
5083108.09 1.00009.250.67362 43F 3F -+ 3H 6547
773.430.98861.282.30244' 3 4
-+ 3F2 14648.650.230.0113 10.580
lG -+ 3H
993421.35 0.818338.330.02344 4
-+ 3F2 48512.490.09540.0482
-+ 3F 3F 3387
0.851.400.0862 0.18314' 3lD -+ 3H
16990781.97 0.6042O. 7730.25592 4
-+ 3F11907269.162.400.2098 0.36522
-+ 3F4,3F3 10443181.583.200.1428 0.4243
-+iG
705656.01 0.04330.618243p -+ 3H
208056894.8 0.52570.0766.1419o 4-+ 3F
157222975.4 0.22698.16942
101
TABELA 25-+ 3F4,3F3 14258
2219.20.16928.9926
-+ lG4
10871983.62 0.075011.773
-+lD
381542.51 0.003233.66523p Ir -+ 3H 21372
956.580.51550.5380.3275l' 6 4-+ 3F
16289423.510.300.2282 0.43072
-+ 3F4,3F3 14825
319.280.17200.4742
-+lG
11438146.63 0.07900.61584-+lD
43828.241.1380.0051 1.83042
-+ 3po
5670.0180.00650.0000 17.059
3p -+ 3H
225624983.6 0.49650.0991.20822 4-+ 3F
174792317.10.050.2309 1.56142
-+ 3F4,3F3 16015
1782.30.400.1776 1.7014
-+lG
12628873.8 0.08712.15334-+lD
557275.071.670.0076 5.00392-+ 3p
17572.35 0.000215.517o
-+ 3p 11 11900.730.080.0001 25.422b 6
4.5 Espectros de Emissão
Para obtennos os espetros de luminescência dos vidros tluoroindatos
dopados com 1,2,3 e 4 mol% de Pr'+ , foi excitado o nível ep 1 + 116 ) (linha
457mn), como descrito no capitulo 2 (2.3.2). As intensidades de emissão
medidas a 300 e 77K em todas as concentrações em estudo são apresentadas
na figura 25(A e B).
Nestas figuras pode-se notar que existe uma transição com uma forte
intensidade,3po -+3H4 ' tanto a 300 como a 77K. São também destacadas
outras transições menos intensas e bem definidas nas duas temperaturas.
Int'.~ ::j! I-, •••••• -tfll j"t'H<1" 1W'<I'I','/IItII'H '.11'1 ,111, 111111'•• '.'.1•••• 1111"11111 h!HI-":llItIt'I'I''II''lIqt~I'I-- I-"~ tll~fÍll·tl-lltHI1:Fi'IIIIIIIUII1ll1"III!I'I''''''fl''ti'-'1I1 'I ,-,~,t
102
.1~'tilll"'lItl--I' II"'H' "11t'''' t-'
Estas são provenientes, em princípio, da relaxação transversal entre os níveis
ep 1 + 116) e 3po· As posições dos picos das bandas, na faixa espectral
estudada, são idênticas, mas as suas intensidades dependem da concentração
de W+ . Há um fato a ser destacado: a 300K, a maior intensidade
corresponde à amostra com 1 mol°1cJde p?+, enquanto que a 77K,
corresponde à amostra com 3 mol% de p?+. A 300K parece existir uma
relação inversa entre a intensidade e a concentração. Isto pode estar
significando que existem importantes processos não radiativos de extinção
a 300K, como por exemplo, transferência de energia entre os íons W+.
Nossos resultados, para a mesma concentração, são similares aos
reportados por BuNuEL et al.(1992), para W+ em vidros ZnF2 -CdF2 e por
ARAUZO, CASES, ALCALÁ (1994), para W+, também em vidros
tluoroindatos.
O pequeno "gap" que existe entre as bandas que aparecem na faixa
entre 440 e 480 nm, 3P2 +-+eP1 + 116 )(1l90cm-1 ) e ep1 + 116) +-+3po
(567cm-I),fazem com que os espectros de emissão gerados por excitações
em qualquer uma destas bandas, as linhas em ~443, ~467, ~480nm, sejam
similares. Isto tem a ver com os processos de população dos níveis de onde
provêm as emissões correspondentes a estas bandas. Os processos que
populam estes níveis devem ser basicamente: a relaxação não radiativa e a
termalização.
É importante destacar que, entre todas as possíveis transições obtidas
dos espectros de absorção na faixa estudada, figuras 21-22, só existem 4
103
30I ;F.~ At
251 I\~o•.....•
~ 20::J•.......•
(1)'0C 15,O)
j 10i1~ }1. ~ 1:t~~ r\ f\
~o
-~~~~%o ..
20000180001600014000
Energia [cm-1)
140 -I'f 8
1201
n~o~100
2.Jt-N
.~ 80
tu rfc cO)
~ 60 f~c ~o'E ::J 40
.....J
20o
2000018000160001400012000
Energia [cm-1)
FIGURA 25. Espectro de emissão do pyJ+ em vidros tluoroindatos comdiferentes concentrações de W+, x = 1,2,3 e 4 moloío. Excitação em 457nm.A) T = 300K, B) T = 77K.
Ip!'.' '11 1",."",t, I I"!
104
11'" t"IJIt"'11 IIII!' 11.:III'ltfli~.il1.'ltl'tl""I'!I 'li' t1!llt'l,t.I~'I·'1II'II'ltll'j I "l '1Il'~I"!I'II~tlll+II"I'~I'lltl.I!M't '1'1I'11'.'",1I1"1<1 ,.,~ "llttllil'r1' I It'lt"!"1 ~
"gaps" (1464,567,1757 e 1190 cm-1) que são bem menores que o valor
crítico, 3000cm-] , geralmente assumido com a mais alta probabilidade de
ser prenchido por fônons nos vidros fluoretos. Este fato faz com que os
espectros de fluorescência sejam constituídos basicamente por relaxações
radiativas.
Uma tentativa direcionada a fazer o modelo das intensidades 4f - 4f
maIS coerente para ser utilizado no w+ nos vidros fluoroindatos, será
discutida no capítulo 5 deste trabalho. Coerência baseada na obtenção de um
melhor ajuste e fundamentalmente na eliminação dos sinais negativos de Q 2.
4.6 Conclusão
o índice de refração apresenta leves variações com a concentração,
permanecendo em tomo de 1.49. A densidade também apresenta pequenas
variações, diminuindo desde 4.92g/cm3 na amostra com 1 mol% até 4.80
" n.__1+g/cm-' na amostra com 4 mol% de rr . Estes resultados são semelhantes
aos encontrados por MESSADDEQ (1992) e SOUFIANE(l992) em vidros
fluoroindatos.
Problemas de inconsistência foram encontrados no modelo de
intensidades 4f - 4fpara W+ nos vidros fluoroindatos. A qualidade de nosso
ajuste é melhor que o reportado por ADAM & SIBLEY(1985) para W+ em
vidros ZBLA, e ARAUZO, CASES, ALCALÁ(1994) para W+, também em
vidros fluoroindatos. Esta afinnação baseia-se no fato de que encontrannos
valores de Lm.S.menores A. FLÓREZ et al.(1995b), do que os apresentados
nos trabalhos acima citados.
A exclusão da transição hipersensitiva nos cálculos dos parâmetros de
intensidades visando a eliminação dos sinais negativos e a obtenção de um
melhor ajuste não foi possível em todas as amostras estudadas. No entanto,
105
a qualidade do ajuste foi melhor.
Também no p~+ se fez notar o comportamento anômalo na
concentração de 3 moI%, como já foi advertido com E~+(capitulo 3).
Existem algumas transições, 3H4 ~3P2 ' lD2 ' lG4 , que produzem
desvios significativos a 300 e 77K nos cálculos da força de oscilador à luz
da teoria de J-O. Este fato, incide diretamente nos valores dos Lm.S.que
medem a qualidade dos ajustes. Neste estudo, nenhuma dependência
explícita foi encontrada entre a força de oscilador e a concentração de W+,
nas duas temperaturas.
Da variação dos valores dos parâmetros de intensidades °2 4 6 com a, .•
concentração de W+ e a exclusão da transição hipersensitiva nos cálculos
da força de oscilador, dois aspectos merecem ser destacados: 1- o que tem
a ver com a contribuição dos mecanismos de dipolo elétrico e acoplamento
dinâmico associados a °2' com a variação da concentração de W+. Isto,
pela aparição da variação oscilatória nos valores de °2, em torno de zero;
2- a insensibilidade de °4, com a concentração de W+, tanto a 300 como
a 77K. Este fato, pode estar fortemente relacionado com os valores dos
elementos de matriz que definem 04 e também com a homogeneidade
apresentada pelos vidros fluoroindatos como materiais hospedeiros para os
íons IR.
Dos valores obtidos para os parâmetros espectroscópicos, na amostra
com 3 maI% de P?+, tabela 25, é possível sugerir algumas transições que
satisfazem as características que deve ter um vidro laser, capitulo 3 (3.4.1),
para serem utilizadas como transições laser.
,CAPITULO 5
106
107
UMA MELHOR APROXIMAÇÃO PARA OCASO DO P~+ EM VIDROS
FLUOROINDA TOS
108
5.1 Teoria de Judd-Ofelt. O caso do Praseodímio
A teoria de J-O aplicada à maioria dos íons TR funciona bem, mas
quando é aplicada ao praseodímio os resultados não são bons. Essa falta de
sucesso da teoria é percebida nos valores relativamente grandes dos r.m.s.
eq.( 1.28), quando comparado com os r.m.s. em outras TR. KRUPKE
(1966), reporta um r.m.s. de 1.3 x 10-6 para P?+ em LaF3; CARNALL et
a1.(1968) encontraram r.m.S. de 3.7 x 10-6para py3+ em solução aquosa;
ADAM e SIBLEY (1985) calcularam 2.21 x 10-6 para py3+ em vidros
ZBLA e A. FLÓREZ et a1.(l995b) reportam um r.m.s de 2.42 x ] 0-6 para
py3+ em vidros fluoroindatos. Por outro lado, os espectros de absorção do
Pr3+ apresentam bandas complexas como o caso das bandas 3H4 -+3F 3.4 e
3H4 -+( 3p 2.1.0 ' 116), que pela estreita proximidade entre seus componentes,
são dificilmente separadas em bandas individuais bem resolvidas. Esta
dificuldade afeta o valor do r.m.s., uma vez que ao se ter bandas complexas
o nÚmero de parâmetros utilizado nos cálculos diminui, incidindo
diretamente na qualidade dos ajustes obtidos. Além deste fato, é importante
observar que em muitos casos os parâmetros Q 2 são negativos, o que não
tem significado fisico na teoria de J-O. A tabela 26 mostra alguns destes
valores.
De todos os questionamentos levantados acerca do insucesso da teoria
para o W-'-,o mais relevante é o relacionado à hipótese sobre a diferença de
energia ÂE entre as configurações 4fN e 4fN -lSd, em que se baseia a teoria
de J-O. Aceita-se uma grande diferença de energia na maioria dos Íons IR
I' ".1111I!11111!"~III'! iH"III 'I r I' '1'1111'1~;;;~';III~III~IIII"'i I'" Ii ' I'II"II!" ~:IIII' I ',111'1'1, "I, '11111~ 1I!"IIII" 11M" '11111~ I" lnl! 'li'! l'I'li'II ~U' l~lll~i~I."""d!jlllll'lll' 111'I' '111' ~II 111i'II"I'!'I~II'II" 1111'" l'I"Ili'lllll ~ 1!l1~" 'II~~' ItMI'I11111I 1I !~*IIIIII 1"11111'I 'I dlll: l~ill",UII ~H.I""I1' 11111~'111'11I1I"~~~IllII'iI1ll1'll'n~l'i"l' I'"
109
(configurações muito separadas), porém no caso do py3+ esta diferença é
pequena. As energias das transições 4f - 4f são, portanto, comparáveis a dE
e as aproximações que são feitas na simplificação da eq. 1.23 que levam ao
desaparecimento dos termos com À ímpar, são menos válidas.
TABELA 26. Valores dos º2 46 (x 1020cm2) para algums compostos. OsL m.s.(x 10-6)nas forças do oscilador também são incluídos, (dados tomadosde PEACOCK (1975)).
Composto º2 º4 º6 Lm.S.
py3+ aquosoExcluindo 3H4--+3F3 4
32.85.832.11.3
py3+ aquoso . Incluindo 3H --+3F
-241.513.525.13.74 3.4[PrW 16035f-
-27.25.137.31.1
[Pr(PrW II039hJ 11--79.97.872.53.3
Pr(N03)3
1.88.513.73.7em etil acetato Pr(N03h
8.76.46.51.4
em LiNOiKN03
5.2 A aproximação pelo "Método de denominador de energiamédia" (AEDM)
Na teoria das perturbações aparecem frequentemente somas da fonua:
S = L x < a I T I x >< x I P I b > (d Ex ri (5.1)
onde T e P sào operadores hennitianos e d Ex sào as diferenças de energia
envolvendo i a > ou I b > e estados intennediários I x > .
A idéia do AEOM, de BEBB & GOLO (1966), é substituir as
diferenças de energia dEx por uma energia média LlE Única. Pela
completeza do conjunto {! x>L Lx I x >< x I = I, e a eq. (5.1) fica
s = (~Er 1 < a I TP I b >
110
(5.2)
de forma tal que se ~E é conhecida a soma pode ser calculada exatamente.
MALTA & GOUVEIA (1983), (ver apêndice A), mostraram que para
situações nas quais I a > ou I b > é o estado base, e as diferenças de energia,
~Ex' são tais que ~El < ~E2 ~E3 ' ... , com ~Ex real, a primeira
aproximação para ~E é dada pela menor energia ~Ex (= ~El ), para a qual
os elementos de matriz na eq.( 5.1) são diferentes de zero.
5.3 Parâmetros Q À. com À ímpar na teoria de Judd-Ofelt (J-O)
5.3.1 Força de oscilador modificada
Já no capítulo 1 foi discutida a teoria de J-O e analisada a força do
oscilador ali definida, eqs.(1.19) e (1.23). Neste item faremos uma pequena
discussão das relações e conceitos que levam a uma força do oscilador
modificada.
No começo deste capítulo foi dito que era preciso recorrer às
aproximações para facilitar a manipulação matemática da eq.(5.4). Porém,
as dificuldades no modelo de intensidades 4f - 4f parecem surgir desta
equação, ao se explicar o comportamento do Íon W+, especialmente em
compostos complexos.
Em nossa tentativa de atingir uma melhor coerência na teoria de J-O,
para o caso do W+, utilizaremos a aproximação AEDM para abordar o
problema da simplificação da eq.(1.23), visando incluir os parâmetros de
intensidades com À Ímpar nos cálculos da força do oscilador. Tomando:
I'''' "1'11"111'111'lilll "'~I: IIII!! 1'1111I1''1 "I, ~''I'I; ;11"1~1;;1;;;II;~~~!lli '''I 11""111 1'11''111' ': "'~!'III'I '11'11"" III'~II' I'" 11i"';II~ 1I1111~""11 tlll '11' IUI"II'!I 1,1'11"" ~+Il' 1~11.lHil.,~t,.'ljjlll"llllIll' ,,11'1"" •• ~ " 1'11 'I',"ttl'I'''' Illl "" 1111~I'IIII! ~ ", I 'I'II~'" ~I'I~, 11"1"1111111I'II~I~ III"I'~I "11!I'II 'Illlllllilll",~ ~I f lll' 1'11"1111'11'11~"'II'IIIII'I'"~I!II'~IIII'1 "IIII"l ' 1'1 "
111
1'lIl1lhl""liljlll',,"li'lIillll' "'IIi"I";
E(4fNJ) - E('P" ) == E4f- E'P" + E'P == ~E + E'P (5.3)
e
E(4fNj' ) - E('P") == E4f - E'P" + E'P' == ~E + E'P' (5.4)
onde E'P e E'P' são, respectivamente, as energias do estado fundamental e
do estado excitado. Então os denominadores de energia podem ser escritos
como:
1I(~E + E'P) = [I I ~E][l I( 1 + E'PI ~E)] (5.5)
levando-se em conta, que em primeira aproximação, 1I(1 + x) ""(1 - x) para
x « 1, então:
1l/(~E + Elf,) "" li ~E - Elf,/(~E).c
[1/~E][I/(1 + Elf/~E)] "" l/~E - Elf/(~E)2
analogamente:
para IElf/~EI «1
(5.6)
(5.7)
A fim de tentar fazer mais clara a discussão, escreveremos o elemento
de matriz, eq.( 1.19), numa forma simplificada. Para isso faremos nas
autofunçães, eqs.(1.21) e (1.22) as seguintes substituçães, <4fNa[SL]JM I
= < A I e 14fNa'[S'L']J'M' > = I B >. Assim, com a inclusão das eqs.
(5.6) e (5.7), o elemento de matriz terá a forma
< i I P I f> = L'P" < A I Pq(l) I 'P" >< 'P" I "ee I B > {li LlE - E'P/(~E)2J
+ L'P" < A I "ee IlJI" >< lJI" I Pq(l) I B> fIl ~E - Elf,j(~E)2J (5.8)
112
e tomando termos de ordem superior ao segundo na teoria das
perturbações, a eq. (5.8) pode ser escrita na forma:
< i I P I f> = 1/ ~ E [ L 'P"< A I Pq(1) I 'P" ><'P" I "ee I B > +
+ L 'P"< A I "ee I 'P" ><'P" I P q(1) I B > ] -
- 1/(~E)2 L 'P"[E'P < A I Pq(1)I 'P" ><'P" I "ee I B > +
+ E'P' < A I Hcc I 'P" >< 'P" I Pq(1) I B > (5.9)
Aplicando à eq. (5.9) as propriedades de simetria dos símbolos 3-j,
eq.(1.24), temos que: quando À é par e t ímpar obtemos para a energia
a expressão - (E'P + E'P' )/( ~Ei, que pode ser negligenciada com relação
à contribuição padrão na teoria de J-O. Entretanto, quando À é ímpar, temos
- (E'P - E'P' )/(~E)2
com E'P - E'P' = a
De fonna que a eq. (5.9) pode ser escrita como:
"'par
< i I P I f> = 1/ ~ E [ 2L 'P"< A I P q(1) I 'P" ><'P" I "ee IB > -
",ímpar
- a/(~E)2[L'P,,<AIPq(1)1 'P"><'P"I"eeIB> (5.10)
Isto mostra que os termos ímpares não se cancelariam exatamente e
alguma contribuição fazem à força do oscilador, principalmente quando ~ E
"I' J' 'll'II"I~llitilllllllll~III~!I~' '11'11"'111';''~II' '11'1
113
111 1"':.1 !IIIII I,I~.'!I' ~ tl~ 1~~.iMjlll'~.'.'ljllll"lll' 1111' ,,11' 'j" " "11 'li I' II '1:'Ilf1il'II'" 1111;0'1 ~II'I! I'II~ ~ ! 'I ' 'I'I'I~ '" ~~~, 11~I'1I111111'11~1~III"HI '11'1' 'I I· Illlll "~I'",j ~I f 111;l'il"III1' II:M: ~1"IIII'IHII~IlH~'~lln'" "ljlH 'I' I'," "11
é relativamente pequena como no caso do íon P?+. Com estas
considerações, além de retomar à forma original dos elementos de matriz,
e levando adiante as devidas simplificações, já feitas anteriormente
(Capítulol.), a força do oscilador pode ser escrita na forma:
f= X[8rc2mc/3hUL 2A.6oQÀ<4fNa'[S'L']J' II U(À) 114fNa[SL]J >2 (2J + 1r1
-+- y2 L 1.3.5o Q À< 4fNa'[S'L']J' II u(À) 114fNa[SL]J >2 (2J + 1)-1] (5.11)
onde y = (o / L\E), é considerado como um fator de correção, gerado pela
inclusão dos termos ímpares em À. Desta fonua, a nova força do oscilador
será constituída pelas contribuições devido aos termos com À par, e às dos
termos com À ímpar
f = fpar + ~mpar
5.4 Elementos de matriz tIO.) na teoria padrão modificada
Os cálculos dos elementos de matriz reduzidos:
< 4fNa'[S'L']J' II U(À) 114fNa[SL]J >
(5.12)
para a componente ímpar, ~mpar ' da força do oscilador modificada, eq.
(5.11), no acoplamento intennediário, são obtidos dos vetores próprios:
14fN[SL]JM > = La.S.L C(aSL)14fNaSLJM >
através da relação,
114
< 4fNcx'[S'L']J' II U(À)114fNcx[SL]J > = (_I)J + À[(2] + 1)(2J' + 1)]1/2x
L (_I)S+L' C*a'S'L' caLS!-' J' S.}<4fNCX'S'L'11U(À)114fNcxSL > (5.13)a'S'L' b L Ã
aSL
onde os C( CXSL) são os coeficientes que transformam estados Russell
Saunders (R-S) em estados no acoplamento intermediário.
Usando as funções de onda fomecidas pelo Dr.P. PORCHER
(comunicação privada), tabela 27, os elementos de matriz < 4fNcxSLIIU(À)
I14f Ncx'S'L' > para à = 3,5 foram obtidos das tabelas de NIELSON &
KOSTER (1963). Os elementos de matriz para Ã=1 são obtidos da equação:
< 4fNcx'S'L' I1 U(I) 114fNcxSL > = [L'(L' + 1)(2L' + l)jQ(Q + 1)(2Q + 1)]1/2x
Ôa'.a ÔL'.L ôss' (5.14)
com Q = 3 para as TR.
Os símbolos 6-j, foram obtidos das tabelas de ROTEMBERG et aI.
(1959).
Os resultados destes cálculos e os elementos de matriz para à = 2, 4,
6 obtidos de WEBER (1968), são incluídos na tabela 28, considerando a
designação 3p 1+116 para a banda centrada em 21372 cm-I .
Assumindo a designação 3P2 + 116 para a banda centrada em 22562
cm-I, e tendo em conta o fator y2 da força do oscilador modificada, os
elementos de matriz são incluídos na tabela 29.
I'i lIHII'III' 1I111'''~'IIIIIII'II'II!I 'I "I j' WI"'I'I'I~I.I~llll~I~II~'IIII""'I!I" '1"1''11'1 "'''111'111'1'11'1'1'1''111''111"11"11j';'I~IIII'IItI~'I' "1'11t 111'11' 1lI'~I"'III" 1,1'11"1, ~h'I~11.iHlI1lt!~I".',j"lj"lll' 1111' "li IllII 'M I: 11'1"lItlll:I!"' r 111'j ~II'II I'II~ ~ ~'" 11'1'11'", jl~~: IIMI"IIIII 11 I'II~'~ jlll"l"jl"IIIIIII"ilMII "~I! "j ~I f 111,1'11"1111'II'II~ "tl'llIIl'llI~~IhI',~IIH" "'IIM"l' '1'1""
115
TABELA 27. Funções de onda (íon livre) no acoplamento intermediáriopara o íon W+ com as três componentes mais importantes, fornecidas peloDf. P. PORCHER(comunicação privada). As energias promedio são ascorrespondentes ao baricentro.
I eH4l > = - 0.98513H4 > - 0.170 11G4 > + 0.03213F4 >
I [3Hsl > = 1.0 13HS > + ... ( 0.00 )
I eH6l > = - 0.999 13H6 > + 0.055 1116 >
I eF2l > = - 0.98813F2 > - 0.15311D2 > + 0.014 3P2 >
I eF3l > "" 1.0 13F3 >
, eF4l > = - 0.79213F4 > + 0.59611G4 > - 0.128 j3H4 >
I [IG4l > = 0.78511G4 > + 0.60913F4 > - 0.116! 3H4 >
I [ID2l > = - 0.94311D2 > + 0.29613P2 > + 0.150 i 3F2 >
I [3Pol > = - 0.995 13po > - 0.1041 ISo >
I ep d > "" 1.O I 3p I >
1[116] > = 0.9991116 > + 0.05513H6 >
I ep2] > = - 0.955 13p2 > - 0.295 IID2 > + 0.032 j3F2 >
, [ISo] > = - 0.9951 ISo > + 0.10413Po >
Energia(em-I)
O
2100
4288
4737
6139
6556
9470
16495
20142
20786
21032
22021
45031
116
TABELA 28. Valores no acoplamento intermediário de [UO.) f =<tN[cx'S'L']YIIUO')lltN[cxSL]J>2com À=I,2,3,4,5, 6 para W+. [cxSL]J= 3H4'Assumindo a designação 3p1+ 116e 3p2 para as bandas centradas em 21372e 22562 cm-I, respectivamente.
[U(l)]2
[u(2)f[u(3)f[u(4)f[u(5)f[u(6)f
3H"i
0.12470.10960.00030.20340.65560.61063 -" 0.00000.50800.01420.43690.10290.2603"H6,:F2
-'F3;'F4
0.21740.08200.38250.40150.01091.1904IG
0.00100.00190.00100.00440.00210.01194 ID 0.00000.00200.00100.01650.11100.0493" 2-'Po
0.00000.00000.00000.17130.00000.0000" I 0.00000.00810.03340.21680.56380.0203-'P to' 16
-'P
0.00000.00000.00000.03620.25650.13732
TABELA 29. Valores no acoplamento intermediário de [u(À)f =<f'i[ cx'S'L']J'IIU(À)IIf'i[aSL]J>2 com À=1,2,3,4,5,6 para W+. [aSL]J= 3H4'Assumindo a designação 3p1e 116+ 3p2 para as bandas de energia média de21372 e 22562 crn-I, respectivamente, e incluíndo o fator y2.
[u(1)f
[u(2)f[U(3)]2[u(4)f[u(5)f[u(6)f
3H_
0.00020.10960.00000.20340.00130.6106" " - 3 0.00000.50800.00000.43690.00100.2603-'H6, F23 "
0.00430.08200.00770.40150.00001.1904F3,-'F4
IG0.00000.00190.00000.00440.00000.01194 ID 0.00000.00200.00000.01650.0133.0.0493" 2
-'PC)
O~OOOO0.00000.00000.17130.00000.00003p
0.00000.00000.00000.17210.09190.0000IlI6,3P2
0.00000.00810.00660.08090.06200.1576
I!"!;II"III'IIIIIIW '>~I' III!1'I'!lllIi 'I ,,'" ~"I'I"II"liilil*llililfilll~R~lIil "li 11""111"'1'111'lIi li '''"1'111'1'11 '11'1' 111'1111111111""1111"1IIIi, '11111" I" l'ij'tl"II'11 1,1,11'11'~ til, 1~~jliM~I.I'IloIIli'ljllll"111' 111'I' ,,11' H " Iilll 'n n' 11' '"'"1''1'11''' 1111 .., 1'1'In I'II'~ ~ " , 'I'I'~;,' ~,~ ~'1t1HI'1111111 Id,!III", t"111'11'I ,11"11l1""~'1 di f 111'1'11"1111'""I~ 'lll'i11I1'IHllhlill"~II~'I'ti1I"I' '1'1'"
1 1 7
5.5 Na busca do melhor ajuste para Pr3+ nos vidros fluoroindatos
A seguir usaremos com freqüência as designações A e B e os
parâmetros bem definidos. Porém é conveniente esclarecer o que eles
significam.
A designação A refere-se a atribuição das bandas em 21372 e 22562
cm-I às transições 3H4-+3pI + 116e 3H4-+3p2, respectivamente. A
designação B, refere-se à atribuição das transições 3H4-+3p 1e 3H4-+3p2 +
116para as mesmas bandas. Entende-se por parâmetros Q À bem definidos
aqueles CltiOS elementos de matriz que os definem têm os maiores valores.
Com o fim de testar a força do oscilador modificada, f , eq. (5.11),
foram utilizados vidros fluoroindatos dopados com W+, nas concentrações
1,2,3 e 4 mol%. Os valores das forças do oscilador obtidos dos espectros
de absorção a temperatura ambiente, são mostrados na tabela 30. Este
valores são utilizados na eq. (5.11) para obter o melhor ajuste dos º A'
usando um pro!:,>ramacomputacional para ajuste pelos mínimos quadrados,
de modo semelhante ao feito para E?+ e p?+ na teoria padrão.
Na busca do melhor ajuste, para comparação, são consideradas as duas
designações, A e B. De A. FLÓREZ et al.(l995c) são considerados, nos
dois casos, as seguintes combinações:º2,4.6 ;º 1,4.5.6;º2.4.5.6 ; º3.4,5.6 ;
º 1.3.4.5.6;º2.3.4.5.6e º 1.2.3.4.5.6'Os resultados são mostrados nas tabelas 31
a 37.
118
TABELA 30. Valores da força do oscilator experimental f, (x 106) dastransições ópticas do íon py3+ nos vidros fluoroindatos, dopados comdiferentes concentrações de Py3+. T = 300K
C(mol%)
1.02.03.04.0- Transição3H -+ 3p
6.296.746.446.604 1 PI,116
2.19 2.482.232.47
3po
0.961.091.011.08ID
1.772.022.112.382lG4
0.250.220.220.28
3F4,3F3
6.497.138.217.16
3F2,3H6
1.491.501.801.273H
1.431.511.611.535
TABELA 31. Para comparação são dados os valores de º À ( x 1020 cm2) ,
À=2,4,6 do py3+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentrações depy3+. T = 300K.
A B
C (moI %)
º2º4º6 º2º4º61.0
-1.792.115.71 -1.923.092.24
2.0
-2.352.426.25 -2.493.485.73
3.0
-1.612.126.92 -1.773.106.41
4.0
-2.882.426.27 -3.033.445.77
rI' hiI'~i' 'IIII! '1,1,"111' ~ lrI' 1~~.liIIjlli,~".ljlllj"111' 111,I"h, " II~ I~ ~'II ""i'tlil!~""t 111'1 ~llli 1'1~~ l "!' IIII'I~ 'I" jlri~' I.~I'IIIII 11 1'11~1~jll','HI '11'I' 'I p'lllll ~~I',!j ~I ~~l' 1'11'1111,11"I~,tI' '111II"IIh~IlMI"~IIII'i"MII"l' 1'1''''1
119
TABELA 32. Para comparação são dados os valores de º À ( x 1020 cm2) ,
).,=1,4,5,6 para o W+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde prH. T = 300K.
C A B(moI %) ºl
º4ºsº6 ºlº4º.º6j1.0 -1276.760.30 4.579.66-823.220.925.667.82
2.0 -1284.67
0.34 5.34 10.22-795.061.016.498.22
3.0 -11 09.0 1
0.54 4.00 10.36-614.821.175.228.36
4.0 -1218.75
0.21 5.63 10.03-739.590.866.748.09
TABELA 33. Para comparação são dados os valores de º)o ( x 1020 cm2) ,
),,=2,4,5,6 do p?+ nos vidros tluoroindatos com diferentes concentraçõesde W+. T = 300K.
C A B
(moI %) º2º4º5º6 º2º4ºsº6
1.0
0.48 -0.528.945.91 0.270.518.365.44
2.0
0.08 -0.389.566.46 -0.150.728.945.95
3.0
0.37 -0.167.787.09 0.120.877.216.59
4.0 -0.50 -0.33
9.406.49 -0.720.738.785.99
TABELA 34. Para comparação são dados os valores de ºÀ( x 1020 cm2),
),,=3,4,5,6 do p?+ nos vidros tluoroindatos com diferentes concentraçõesde p?+. T = 300K.
C A B
(moi %) º~º4º.º6 º3º4º.º(j-'
j j1.0 -247.85 1.39 16.75
6.0192.041.454.514.312.0 -256.27 1.49 17.80 6.55
90.781.555.304.823.0 -218.23 1.50 14.67
7.1962.901.504.595.824.0 -246.93 1.32 17.57
6.5679.951.315.824.97
120
TABELA 35. Para comparação são dados os valores de º)J x 1020 cm2),
À=1,3,4,5,6 do W+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde py3+. T = 300K.
A
C(moI %)
º1º3º4Os°6
1.0
287.47-289.361.5419.025.182.0
452.16-321.541.7121.385.243.0
313.54-363.511.6617.156.294.0
638.26-323.091.5921.755.03
B
C(moI %)
º1°3°40-°6)1.0
-539.1346.041.244.686.442.0
-520.8155.761.354.566.823.0
-478.5622.121.324.757.704.0
-520.2935.621.115.987.02
TABELA 36. Para comparação são dados os valores de ºÀ( x 1020 cm2),
À=2,3,4,5,6 do W+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde P?+. T = 300K.
A
C(mol%)
°2°3°4°5°61.0
-1.06-246.341.6116.445.89
2.0
-1.41-266.021.9117.536.60
3.0
-0.90-224.441.7714.507.22
4.0
-1.97-260.491.9017.216.63
I' rll!"lmlili~II!lllII~I!~:'~ '1111""I' lU~'li' +It',,~h, Hll~~III"'''I'iI~:jjllj 1'1 II ~II '11~11'''lll'H~;lllt 'IIIIHHI'II ~ ' , ~I'I~Itl'I'1111111Ij'~!~II"';1'~III'I '11"~llllwill,dfIIH.I'I"!'IIII~ '111'1IIIIInllf~n'''~II''''II!I''t,11 " , ' 'li 1I11~ihIn'''I~HI'!'''II',II"n''
121
B
C(mol%) º2º3º4º5º6
1.0
0.1491.851.424.574.322.0
-0.28 90.891.625.184.843.0
0.0362.831.504.615.824.0
-0.84 80.521.535.465.01
TABELA 37. Para comparação são dados os valores de º À ( x 1020cm2) ,À= 1,2,3,4,5,6 do W+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentraçõesde W+. T = 300K. A
C (mal %) ºI
º2º3º4º5º6
1.0
-891.63-1.9117.461.593.977.882.0
-950.98-2.4611.611.814.558.633.0
-820.58-1.86-5.581.664.069.094.0
-1170.80-3.53-17.061.764.679.67
BC(mol %)
º1º2º3º4º5º6
1.0
-31.98-1.01-250.151.6816.306.152.0
7.10-1.41-266.951.9117.606.583.0
58.08-0.81-232.181.7714.977.054.0
-208.87-2.30-232.611.9015.497 ')-.. _)
122
5.6 Contribuições dos parâmetros de ordem ímpar à força de oscilador
Para avaliar a contribução que o termo fimparfaz à força do oscilador
f, são calculadas as duas componentes para cada banda considerada em
todas as amostras. Estes valores são comparados com os correspondentes
valores experimentais. Além do desvio quadrático médio, Lm.s., também
são calculados os valores percentuais das duas contribuições para cada
amostra. Os resultados de A. FLÓREZ, et al.(1995c), são mostrados nas
tabelas 38 e 39.
TABELA 38. Contribuições dos termos pares e ímpares da tabela 34(designação B) de QÀ(por ter todos seus valores positivos), para a força dooscilador do W+ nos vidros fluoroindatos com diferentes concentrações dePy3+. T = 300K. (fx 106)
Transição C(moI %)W 1.0 2.0 3.0 4.0
fExp1.431.511.611.533H_
fpar1.101.231.451.24)f1mp
0.000.000.000.00
fExp
1.491.501.801.27~ 3 -'F2, H6 fpar1.441.581.781.53
frmp
0.0110.0120.0090.012
fExp
6.497.138.217.16~ 3 -'F4, F3 fpar6.036.687.946.79
f1mp
0.630.620.430.55
fExp
0.250.220.220.28
lGfpar0.090.100.120.104
f1mp0.00.00.00.0
'rrl' .11! I ·,·,t~tt"r 1"'I'li'I1" 1"'Il/iff"I'1 11111''1l1' IH1Ht"n.~I"ItrII'I'III!I 11'1'tt'lHI'I.I~I'III·IIIt1HI 1',11III'i1HI'ltlllli'l'l·'I'llllil'ltllW'I' IHli'"f'!lltt'lr '1111
123
TABELA 38
fExp
1.772.022.112.38ID
fpar0.650.720.850.732
f1mp
0.160.190.160.20
- fExp0.961.091.011.08
3pofpar
0.830.880.860.75
f1mp
0.00.00.00.0
fExp
2.192.482.232.473p
fpar0.860.920.890.781
f1mp
1.471.721.491.89
- fExp6.296.746.446.60
1 " 16;'P2 fpar2.903.223.773.23
f1mp
3.333.472.613.32
Lm.S.
0.530.600.570.78
4II'II'tIIl'III'I! t II'I'!!' "~to ,
TABELA 39. Valores percentuais das contribuições dos termos pares eímpares de Q À' ),,=3, 4, 5, 6, à força do oscilador do p~+ nos vidrostluoroindatos com diferentes concentrações de P~+. T = 300K.
Transição p~+ 1.0 moI %
3H
fExpfpar%f1mp%fTotal
1.4399.820.181.105
3F2,3H61.4999.240.761.45
3F4,3F3
6.4990.599.416.73
IG4
0.251000.00.09lD
1.7780.4919.510.813 2 0.96
1000.00.85Po3p
2.1937632.33I I " 6.2946.6153.396.23I(/P2
-Média 0/0 81.7218.28
I"" ,''''I I t I I~ I'" qll,!tI L•• 'J, ""
124
TABELA 39Pi'+ 2.0 moI %
fExp
fparf1mpfTotal3H_
1.5199.80.161.23" 3 - ~ 1.5099.250.751.59F2;'H6
3F4,3F3
7.1391.498.517.30
lG4
0.221000.00.10lD
2.0279.4420.560.902 3p1.091000.00.88
3 o 2.4834.7265.282.63PI
1 ~6.7448.1651.846.6916,-'P2
Média 0/0
78.3721.63
Pi'+ 3.0 moI %
fExpfParfImpfTotal
3H_
1.6199.860.141.45"3F;,3H6
1.8099.500.501.793 ..,
8.2194.845.168.35F4,-'F3lG
0.221000.00.124lD')
2.1179.4420.561.013 -
1.011000.00.86Po3p
2.2337.4862.522.38I 1 .., 6.4459.0940.916.3916,-'P2
Média %
84.3515.65
,t ~I t 'I t I't •••••• ' t' I 11'I
125
"jfl'I'I"1'1t' "I" IlIlj;l ,!tI'tHlltftUllilI.IMlII"'11'11 'H' ltI!ltj'l'llllrt'llll'iI'ljl~j'l II 1IIIIill"~I'llhll'I'!"I'III'l*'ltlllit'I""Hlt"'lfl."11"I!I rtIi,IHIII'lltt' .' It~'I!'" 11'" t
TABELA 39P?+ 4.0 moI %
fExp
fparf1mpfTotal3H_
1.5399.840.161.24,)
3F2,3H61.2799.220.781.54
3F 3F7.1692.557.457.354' 3 lG0.281000.00.104
ID22.3878.0621.940.93
3po
1.081000.00.75
3p2.4729.0670.942.661
lI6,3P26.6049.3150.696.54
Média %
81.0019.00
5.7 Propriedades espectroscópicas do Pr3+ nos vidros tluoroindatos àluz da teoria padrão modificada
Com a força do oscilador modificada pela inclusão dos termos ímpares
nos parâmetros de intensidades º À. foi possível obter para todos eles sinais
positivos nas amostras estudadas. Com a combinação, º3.4,5.6' (tabela 34),
desi!:-'11açãoB, um melhor ajuste para a força do oscilador é atingido. Os
parâmetros que definem as carateristicas espectroscópicas do íon p?+ nos
vidros tluoroindatos podem ser calculados com os dados da tabela 34B, na
mesma forma como foi feito para E?+no capítulo 3, e para p?+ no capítulo
4, à luz do modelo padrão, usando as fórmulas 1.29 a 1.34. Os resultados
são incluídos nas tabelas 40-43.
126
TABELA 40. Probabilidades de transições radiativas, razão de ramificaçãoda luminescência, tempos de vida radiativos e a seção transversal de emissãoestimulada do íon Pr'+ em vidros fluoroindatos, a temperatura ambiente, x
= 1.0 mol%.pp (x 102ocm2)
Transição Energia média(cm-l)
Aed(J, l') ~d(l ,1') P JJ' 1: R
(sec-I) (sec-I) (ms)Pp
3HS -+ 3H4 2336 7.27 1.0000 137.55 0.1491........ 3"'H6;'F2 -+ H45094 100.14 0.8630 8.62 0.6258
3HS 2758 15.89 0.1369 1.1547........ 3"'F4,"'F3-+ H46556 544.74 0.7823 1.43 1.6823
3H4 4220 145.28 0.2086 2.6128.... 3"'H6, F21462 6.04 0.23 0.0090 7.8323
lG4 -+ 3H4 10000 14.25 0.5859 41.12 0.0148
3H5 7664 6.41 0.2636 0.0192.... 3"'H6, F24906 1.68 0.0691 0.0300
3F4,3F3 3444 0.58 1.40 0.0814 0.1456
lD2 -+ 3H4 17014 620.53 0.4353 0.701 0.2012
.... 3"'H6, F2 11920 213.39 2.40
3F4,3F3 10458 144.11 3.20
lG4 7014 43.47
3H_) 14678 398.42 0.2795
0.1574
0.1033
0.0305
0.2341
0.2474
0.3179
0.4896
3po -+ 3H4 20867
3H5 18531
3H6,3F2 15773
3F4,3F3 14311
IG4 10867
lD2 3850
4829.10
3382.00
2085.50
1557.70
682.04
30.40
0.3843 0.079 4.2780
0.2691 4.8036
0.1659 5.6346
0.1239 6.2222
0.0543 8.2224
0.0024 23.19
;t~I<.1 .·'11 1 ,· •••••• lI.U t! I ·1111 'I ~I! 'I' "'li, ! "lI 1111'1 hl' 1'1'1'lIofl'*ilI.I,*'I"1 "li 111 '11' 111'1 tj·1 'lltl~' 1'1 11'11'1111'1 H'i fll~ I~I"~I' Itt11111' .~" I' 111' 11' ItllM '.,., !\'lJ j~"" •• 11' til I1",~,tli11'IN; i 11'1'.!i1 II~' I"
127
TABELA 403p -}JH
214694732.000.37760.0801.5981I 43H_
191333349.30 0.26731.7963,)
~ 32099.70 0.300.16762.1001-'H6, F2 16375
3F4,3F3
149131586.000.12652.3086
IG
11469721.420.05762.99934ID
4455 42.28 1.1380.00357.74442
3pO
602 0.10 0.00650.000054.998
II 3p ~ 3H )2633
8486.500.36560.0432.05306' 2 4 -3H_
202976120.700.26372.2939,)
3H 3F 175393949.30 0.050.17012.66656' 2
3F 3F
160773041.70 0.400.13112.91204' 3lG
126331475.700.06363.69514lD
5619129.86 1.670.00578.31962
3pO
1766 4.030.000226.491
3p
1164 1.15 0.080.000142.8551
128
TABELA 41. Probabilidades de transições radiativas, razão de ramificaçãoda luminescência, tempos de vida radiativos e a seção transversal de emissãoestimulada do íon p?+ em vidros fluoroindatos, a temperatura ambiente, x
= 2.0 mol%. Pp (x 1020cm2)
Transição Energia média ~iJ, JI) ~d(J,J') P JJ'
(cm-l) (sec-l) (sec-l)'t"R
(ms)Pp
3H -+ 3H 23365 4
3H 3F -+3H 50866' 2 4
3H5 2750
3F4,3F3 -+ 3H4 6520
3Hs 4184
3H6,3F2 1434
IG -+ 3H 99244 4
3H5 7588~ 3-'H6, F24838
3F4'3F3 3404
1D2 -+ 3H4 16956
8.25
109.65
17.33
589.93
155.89
6.28
14.93
6.68
1.73
0.60
691.21
0.23
1.40
1.0000 121.21 0.1612
0.8635 7.87 0.1061
0.1365 1.2557
0.7844 1.33 1.8179
0.2073 2.8380
0.0083 8.2840
0.5892 39.46 0.0163
0.2636 0.0213
0.0683 0.0334
0.0789 0.1575
0.4354 0.63 0.2300
3H5 14620 443.08 0.2791
3H6,3F211870 237.13 2.40 0.1509
3F4,3F3 10436 161.15 3.20 0.1035
IG4 7032 49.30 0.0311
3po -+ 3H4 20813 5126.70 0.3839 0.07
3H5 18477 3587.00~ 3-'H6, F2 15727 2211.90~ 3-'H4, F3 14293 1660.30
IG4 10889 734.18
ID2 3857 32.63
~ 3Hjp} -+ 421389 5346.10
0.2686
0.1657
0.1243
0.0550
0.0024
0.3775 0.07
0.2666
0.3328
0.3827
0.5573
4.5161
5.0990
5.9679
6.5775
8.6524
24.441
1.8062
<'~l" '11 I •••••• ·'.'1 11'1 Il~"" 'lfl'I'lltnt' 1111' Ill,t'lllllffllllill.'j~,t""llll1 "'1' 1tI!ltj'l'illl~'I"III'II'III~t'l I'" '11~11I1"~I'lj.III·I'I'I';I"lllljl·ltlllll'I"Hlll'''1tl•• 1l'fll·1 '~,~ ., ~,tI'li"n;I "'H!' Ijt' f
129
TABELA 413H
190533778.80 0.26682.02375
3H6,3F2 16303
2367.300.300.1672 2.3747
3F 3F 14869
1796.000.12682.60174' 3IG
11465823.36 0.05813.38164ID
443347.591.1380.0034 8.94972
3p576 0.100.0065 0.0000 68.726o
11 3p ~ 3H 225819065.800.36520.042.15106' 2 4
3H202456533.20 0.26322.39875
3 ~4216.100.050.1699 2.7861H6,-'F 2 17495
3F4,3F3 16061
3262.00OAO0.1314 3.0356
IG
126571596.50 0.06433.86564
ID5625140.131.670.0057 8.78962
3pO
17684.35 0.000227.674
3p
11921.330.080.0001 43 AlI1
130
TABELA 42. Probabilidades de transição radiativas, razão de ramificaçãoda luminescência, tempos de vida radiativos e a seção transversal de emissãoestimulada do íon Pr'+ em vidros fluoroindatos, a temperatura ambiente, x= 3.0 mol°,lo.Pp (x 102ocm2)Transição Energia média AdiJ, J') Adm(J,J')
~JJ''tRPp(cm-1) ( sec-1) (sec-l)
(ms)
3H --+ 3H
23369.59 1.0000104.270.18275 43H 3F --+ 3H 5083
122.660.86377.040.76446' 2 43H
2747 19.36 0.13631.41495
3F 3F --+ 3H 6547681.920.78291.452.02994' 3 4
3H_4211181.45 0.20833.1556)
3H6,3F2 14647.620.230.0087 9.0791
lG --+ 3H
993417.71 0.594533.570.01944 43H
75987.92 0.26590.02555
3H5,3F24851
2.060.06910.0398
3F4,3F3 3387
0.701.400.0705 0.1709
lD --+ 3H
16990777.40 0.43540.560.25442 43H
14654598.81 0.27930.29555
" 3267.592.400.1512 0.3662-'H6, F2 11907
3F4,3F3 10443
180.523.200.1029 0.4219
lG
705655.69 0.03120.614743p --+ 3H
208054953.50 0.38430.084.4126o 43H_
184693465.30 0.26894.9813)" 3
2137.600.16595.8691-'H6, F2 15722
3F4,3F3 14258
1594.300.12376.4604
lG4
10871706.67 0.05488.4586
lD
381530.54 0.002424.1852
3p --+ 3H
213724807.30 0.37800.081.64571 4
Itl:j.' 'I' I t""II*",."ttl'lj'" '1~'1" "j'l!t't";t! "11 '.11'1 '111'IH,ltlHU.iII.~HI'tl"ll til '11'1tI111!1'1*1li'1,'III,"'ltll'll H IIIHII"~1'11111111'1"Hnli.tltltM,."j'II;11'·"II"'I! til 'I ".~.~ .'Il'lillll'll"l' I il'I'H I'~; ,.
131
TABELA 42
3H_
]90363396.90 0.26711.8574)3H 3F 16289
2128.300.300.1674 2.16336' 2
3F 4,3F3 14825
1604.500.12622.3832
IG
11438736.91 0.05793.09494ID
438241.441.1380.0033 8.310723p
567 0.100.0065 0.0000 74.155o
II6,3P2-+3H4 22562
8747.700.36850.042.1208
3H_
202266227.30 0.2623! ""34-)•.....) .)
" 34019.000.050.1693 2.7083-'H6, F2 17479
" 3
160153091.400.40O.]302 2.9505-'F4, F3
IG
126281515.50 0.06383.73474ID
5572130.191.670.0055 8.59812
3pO
17574.080.000226.941
3p
11901.270.080.0001 42.3711
132
TABELA 43. Probabilidades de transições radiativas, razão de ramificaçãoda hnninescência, tempos de vida radiativos e a seção transversal de emissãoestimulada do íon ~+ em vidros fluoroindatos, a temperatura ambiente, x= 4.0 mol%. pp(x lO2ocm2)-
Transição Energia média AdiJ, l') Adm(J,l') PJJ''tRPp(cm-1) ( sec -1) (sec -1)
(ms)
3H ~3H
23368.21 1.0000121.800.15795 43H 3p ~ 3H 5083
105.720.86378.170.65656' 2 4
3H274716.69 0.13631.21535
3p 3p ~ 3H 6539596.030.78331.311.83784' 3 4
3H5
4203158.27 0.20802.8601
3P2,3H61456
6.580.230.0086 8.2596
lG ~ 3H
993815.01 0.587939.170.01514 43H
76026.76 0.26480.01995
3Pb3H64855
1.760.06890.0311
3p4,3P3 3399
0.601.400.0783 0.1472
lD ~ 3H
17014719.38 0.43480.600.23482 43H
14678461.89 0.27920.27315"" 3
248.062.400.1514 0.3396-'F2, H6 11931
3p4,3P3 10475
167.883.200.1034 0.3896
lG4
707651.75 0.03130.5671
3p ~ 3H
207964320.30 0.38440.094.4628o 4
3H184603021.80 0.26895.03715
3F2,3H6 15713
1863.600.16585.9335
3F4,3F3 14257
1392.000.12396.5409
lG
10858614.93 0.05478.57254
lD378225.99 0.002324.7162
3p ~ 3H
213885396.80 0.37980.071.85641 4
1t1'.'" '11 I"'."''''''''''' 111. 'I '1'~tII+"'I'l IIU'I '!I"(H'ltftU.III.I~'II"'lllll 'I'I! t1'1tH"l.(~'I"III""'ltI~t'l 1"1,11~1~1'·tl'li~III'I'I'!·'(·II"~lll.I!III"""HII+""'lIlt'I'!!lI II
133
.1 ~,tilll"~" I 11~"1~ 11"" t
TABELA 43
3H_
190523814.60 0.26702.0800)3Fb3H6 16305
2391.000.300.1674 2.4421
3F4,3F3 14850
1806.300.12642.6800
IG4
11450828.03 0.05803.4785
ID
437446.161.1380.0033 9.341923p
592 0.110.00650.0000 68.586o
1I 3p --+ 3H )25358831.900.36600.042.15036' 2 4 ~
3H_
201996360.20 0.26352.4139)3Fb3H6 17452
4102.200.050.1700 2.7956
3F4,3F3 15996
3158.700.400.1309 3.0473
IG
125971542.70 0.06393.85664
ID2
5521129.871.670.0054 8.9447
3po
17394.06 0.000228.056
3p
11471.160.080.0000 45.2821
134
TABELA 44. Transições e valores de seus parâmetros espectroscópicoscaracteristicos no W+, sugeridos para serem utilizados em aplicações laser,usando vidros fluoroindatos como matriz. pp(x 102ocm2)Transição Energia média Ade(J, J') Adm(J,J')
PJJ'"'(;RPp(em-I) (sec-I) (sec-I)
(ms)
3H5 ~ 3H4
23369.59 1.0000104.270.1827
3H 3F ~ 3H 5083
122.660.86377.040.76446' 2 43F 3F ~ 3H 6547
681.920.78291.452.02994' 3 43H_
4211181.45 0.20833.1556)IG ~ 3H
993417.71 0.594533.570.01944 4
ID ~ 3H
16990777.40 0.43540.560.25442 43H_
14654598.81 0.27930.2955)
3H6,3F 2 11907267.592.400.1512 0.3662
3p ~ 3H
208054953.50 0.38430.084.4126° 43H_
184693465.30 0.26894.9813)
3H6,3F 2 157222137.600.16595.8691
3F4,3F3 14258
1594.300.12376.4604
3p ~ 3H
213724807.30 0.37800.081.645I 43H_
190363396.90 0.26711.8574)3 ~
2128.300.300.1674 2.1633H6;'F 2162893 ~
1604.500.12622.3832F 4;'F 3 14825
II 3p ~ 3H 22562
8747.700.36850.042.12086' 2 43H_
202266227.30 0.26232.3345)3H6,3F2 17479
4019.000.050.1693 2.7083
" 3
160153091.400.400.1302 2.9505.jF4, F3
1f~1'.1 'I! 1"': •••••• t1'1'll'l '1'I"'I'IIt'It'I"11 1811'1''h.'IHlIIoIÜu*II1.AMI'II'lll,1I '1'1'1tI'!HI"4~!1'111";l'lj~tl' d fIIHII"tl'llIhll'I'I':I"11111IUI!lII'1 ·1'1I'1'l·"ItlIlt'I''1111 "~'. -alllltl'Ol"n t !Il'Q I'~' t'
135
5.8 Um fato experimental que reforça a re-atribuição da banda
centrada em 22562 cm-1 do Pr3+ em vidros fluoroindatos
Durante o obtenção dos espectros de absorção do p?+ nos vidros
tluoroindatos percebe-se que a banda nonnalmente atribuída à transição
3H4 ~3p 2 ' mostra um pico mais alargado que as outras duas bandas que
fazem parte da banda complexa, na faixa de 23000 e 20400 cm-1, ainda a
temperatura ambiente. Este fato levanta alguma dúvida sobre a existência de
uma outra componente em tomo de 22570 cm-1 ( transição 3H4 ~ 3P2 ).
Tentando obter tal componente, foram obtidos espectros a 77K, aparecendo
uma defonnação no pico em 22570 cm-1 em todas as amostras com W+ em
estudo, sendo mais clara na amostra com 3 mol%. Esta situação não
levantou, em princípio, maior interesse. Mas no momento de fazer as
combinações na busca do melhor ajuste para a força do oscilador
modificada, percebemos que os resultados ficaram melhores quando se
incluiu a componente 116 na banda centrada em 22570 cm-1 ( transição 3H4
~ 3P2). MALTA,GOUVEIA, SÁ (1984) haviam chamado a atenção
sobre o comportamento anômalo desta banda complexa, .
A figura 26. mostra o espectro de absorção do p?+ em vidros
fluoroindatos, com 3 mol% de p?+, na região de 430mn a 490nm, a 300 e
77K. Nota-se na figura o alargamento da banda em 444nm a 300K e a clara
tendência ao desdobramento a 77K .
Uma possível contra argumentação que pode surgir sobre o assunto
é a de que este fato pode ser causado por algum efeito de pares. Mas se
assim fosse, tal efeito estaria presente em todas as bandas da região
acessível do espectro o que não é observado na faixa considerada na figura
26 e tampouco na outra faixa que vai até 4000 cm-I em que foi obtido o
136
espectro. É bem possível que com um maior refinamento na forma de obter
o espectro, por exemplo, baixar mais a temperatura (hélio líquido) e com
amostras de menor concentração, se possa obter maior clareza sobre o
assunto.
70
•......•
"7E 60<.)-o
lro 50o.lo....o~ 40«Q)"OQ) 30CQ)
:º 20-Q)o
() 10430 440 450 460
T/= 300K
470 480 490
Comprimento de Onda [nm]
FIGURA 26. Espectro de absorção de W+ em vidros fluoroindatos.Amostra de 3 mol% de W+.
5.9 Discussão
Vamos considerar inicialmente o que nesta parte definiremos como
qualidade de um ajuste. A qualidade de um ajuste pode, em princípio, ser
avaliada de duas formas: a) através dos valores do desvio quadrático médio,
r.m.s .. Os melhores ajustes serão aqueles que têm os menores valores do
r.m.s.; b) pelos valores negativos que assumam os º;., já que estes valores
não têm significado fisico na teoria de 1-0. Os piores ajustes são aqueles nos
'~~l ~'Ij I·t •••• tt'l [111 'H,j' ·!'I"f.llttlt 11.1" 'lll·tlll'lt,oullilI"/IHI'I"1111I i1'lHt'.1IMI"III'IHt~I·1 I'." 1111'~I"~I'f.jlll"I'I'I·'I·'~ldll~!W'.'·'I'lli·'l"'ItI*,'11"1'1 .'11'.'111"1' t Ilft'I!' """ t'
137
quais os parâmetros mais bem definidos resultem em valores negativos.
Das tabelas 31 e 32, nota-se uma f:,>randesensibilidade de 04.6 '
quando é trocado 02 por ° I' e incluido 05 em A e B. A sensibilidade é
maior para 06 em A , enquanto que para 04 é mais ou menos a mesma,
tanto em A como em B. É importante observar os grandes valores assumidos
por °1em B, além de negativos.
Das tabelas 32 e 33, nota-se que a troca de °1por 0b produz para
°4 todos seus valores negativos em A, enquanto que em todas as outras
combinações analisadas é sempre positivo, em A e B, embora sua magnitude
varie pouco. Pelo fato de 04 ser o parâmetro melhor definido por seus
elementos de matriz, consideramos esta combinação como a que leva ao pior
ajuste. A sensibilidade de 06 continua sendo apreciável, assim como a de
°5 .
Com a combinação da tabela 34, o melhor ajuste em B é atingido
e percebe-se os f:,>randesvalores de °3 . Isto nos indica a importante
contribuição que este parâmetro pode fazer à força do oscilador.
Das tabelas 32 a 37, pode-se notar os grandes valores tomados pelos
parâmetros °1.3' além de negativos, o que pode ser consequência do fato
de que os elementos de matriz que os definem são bastante pequenos.
Também é importante destacar a total insensibilidade de 04' particularmente
em A, refletindo desta forma sua nula dependência com °12.3' Das tabelas
34 e 36, designação B , pode-se perceber a grande insensibilidade dos
parâmetros do melhor ajuste,03,4,5.6, à inclusão de 02 . Aliás, os valores de
°2 variam com a concentração, oscilando em torno de valores bem
pequenos. Este fato pode ser um indicativo de como as contribuições a 02,
por parte da componente de dipolo elétrico e de acoplamento dinâmico,
podem estar se somando ou cancelando e de sua dependência com a
138
concentração.
Através das tabelas 31 a 37, nota-se que sempre que O 1 foi excluído,
o ajuste teve um melhor resultado. Em todos os casos considerados na
designação B a qualidade do ajuste sempre foi melhor. Se temos em conta
os parâmetros melhor definidos 04,5,6, em todas as tabelas, os parâmetros
mais sensíveis foram 05 e 06 enquanto que o menos sensível foi 04, O
comportamento destes parâmetros pode estar fortemente ligado com os
elementos de matriz que os definem. Aliás, a variação observada nos valores
dos O J. com a concentração é bem pequena, independentemente de A e B,
sendo menor ainda nos O À melhor definidos.
A melhor qualidade do ajuste que é atingida quando 01 = O, leva
implícito o tipo de simetria que pode ser definido no sítio do íon. Já que
as simetrias Cn , C2v e C3v admitem valores diferentes de zero para O 1,
então vários sítios de simetria que eventualmente podem ser definidos
nestes vidros, devem possuir alguma simetria diferente destas. É bem
conhecida a má qualidade dos ajustes obtidos para o py3+, à luz da teoria
padrão. É notado também que uma das possíveis razões está na dificuldade
de ajustar as transições de maior força do oscilador, como a 3H4 -;. 3p 2 .
Com a força do oscilador modificada, a qualidade do ajuste é muito melhor,
pelos valores relativamente pequenos para o r.m.s. que foram obtidos (tabela
38). Este fato pode ser justificado pela importante contribuição dada aos
parâmetros 03,5 por parte das transições de maior força do oscilador. Da
tabela 13, nota-se que as contribuições a f , por parte de ~mpar' praticamente
não variam com a concentração e que as maiores contribuições são dadas às
transições 3H4 -;. 3Pl e 3H4 -;. 3P2 + 116 ' sendo esta última a mais
importante.
Na tabela 39 são mostradas as contribuições percentuais das partes
139
par e ímpar à forca do oscilador para todas as concentrações. Nota-se a
importante contribuição dada pela parte ímpar, variando com a concentração
de 18,41% para a amostra de 3 mol% a 22.29% para a de 4 mol%.
As tabelas 40 a 43 mostram os parâmetros espectroscópicos
~(J,r), Adm(J,J'), PJJ" 'tR e Pp , do Pi'+ nos vidros tluoroindatos obtidos
de maneira análoga aos da tabela 25 (capítulo 4), mas à luz da teoria padrão
modificada. Como era de se esperar, pelo exposto anteriormente, os maiores
efeitos estão nas possíveis transições 3H4 --+3p I e 3H4 --+ep 2' 116) , já que a
força do oscilador correspondente a estas bandas foi a que maior
contribução recebeu da componente ímpar de f.
5.10 Conclusão
A teoria de J-O é ainda o único modelo disponível para interpretar
os resultados experimentais que têm a ver com os íons TR em algum tipo de
matriz. Foi importante obter dentro do mesmo modelo, a força do oscilador
incluindo as contribuções dos termos ímpares em À. Com esta força do
oscilador modificada, complementada com a re-atribuição proposta para as
bandas centradas em'21370 e 22570 cm-I,uma melhor coerência para o caso
do ~-+- nos vidros tluoroindatos foi atingida. Esta melhora importante está
representada fundamentalmente nos menores valores obtidos para o Lm.s.
quando comparados com todos os reportados na literatura em matrizes
similares. Por sua vez, está justificada a grande contribuição que o termo
~mpar' através dos parâmetros 03,5 , faz à forçà do oscilador das
transições 3H --+ 3p e 3H --+ 3p + II, 4 I 4 2 6·
A análise feita dos resultados obtidos com o modelo modificado
permitiu notar aspectos interessantes envolvidos na estrutura da teoria.
Estes aspectos podem assim ser resumidos: a sensibilidade dos parâmetros
140
Q À está fortemente ligada aos valores que têm os elementos de matriz que
os definem, sendo que os menos sensíveis são os que estão melhor definidos,
independentemente da concentração. Desta forma, os º À que não estão bem
definidos aparecem só como parâmetros de ajuste, sendo bastante
susceptíveis de tomar valores muito grandes e/ou negativos. A pequena
variação nos valores tomados por º2 em torno de zero, quando a
concentração é mudada, tabelas 33(B) e 36(B), permite perceber a
importância que pode ter as contribuções de dipolo elétrico e acoplamento
dinâmico, associado a ele, por estar-se somando ou cancelando. A melhor
qualidade do ajuste atingida, fazendo º 1 = O, permite perceber os vários
sítios de simetria que eventualmente podem ser definidos para o íon Pr'+ nos
vidros fluoroindatos, que devem ser diferentes das simetrias Cn,C2v ,C3v . De
todos os casos considerados, o que produziu o melhor ajuste envolve os
parâmetros º 3 4 5 6 na atribuição proposta B ... ~ ,
,CAPITULO 6
141
CONCLUSÕES GERAIS DA TESE
142
143
Conclusões Gerais
* Os índices de refração dos vidros fluoroindatos se mantem constante, 1.49,
com a concentração dos dopantes E~+ e ~+ .
* Os vidros fluoroindatos são de boa qualidade óptica, apesar de aparecer
pequenos indícios da presença de outro composto em ~3500nrn,
possivelmente água.
* Um importante efeito de alargamento das bandas devido aos fônons é
observado na região IV, nos vidros dopados com ~+ .
* Em todos os vidros estudados neste trabalho, a partir dos espectros de
absorção, foram identificadas todas as bandas e associadas as respectivas
transições referenciadas na literatura. Tanto as bandas simples como as
complexas estão em boa concordância em seu posicionamento, com as
encontradas em outros vidros.
* A vizinhança química em torno dos íons E~+ , não afeta significativamente
as características espectroscópicas do íon, quando comparadas com as
reportadas em outros vidros fluoretos. Este fato pode estar ligado ao grau de
homogeneidade microestructural em torno dos íons E~+ .
.~
'~l' I .; 'I! I ••••• 1 t' I Il'tll' I 'I i '*, I' 11111 '111·IH '~I"n.~I.'ftI'l!i 1'11111 'I'" ti· 1111''11111'1I IIIH!II'1 I I',l 'IIHII'"~ IlllliI' 1·1i' H!I ~I' Ult~ ,I "111,I l"lll.'Ji' III 'I
144
.'lltlllln, 1 'I'tHi 111i" I
* Este trabalho concorda muito bem com o modelo de intensidades 4f - 4f
nos vidros fluoroindatos, nas concentrações estudadas, à temperatura
ambiente. Este sucesso está refletido nos pequenos valores dos desvios
Lm.S. atingidos, quando comparados com os resultados similares reportados
na literatura para ErH em vidros fluoretos ou similares, nas mesmas
concentrações.
* Como conseqüência do sucesso da teoria de J-O, no caso do E~+ , é
possível sugerir um bom nÚmero de transições que podem ser utilizadas
como transições laser. Estas transições e seus valores dos parâmetros
característicos, são incluídos na tabela 14.
* É evidente também nos vidros fluoroindatos, a inconsistência que a teoria
de J-O apresenta, ao ser utilizada para o W+. De runa parte, a inconsistência
se manifesta nos valores negativos que º2 assume, e de outra, nos valores
relativamente grandes dos Lm.S., quando comparados com os reportados
para outras TR.
* Uma nova aproximação foi obtida para o P~+, nos vidros fluoroindatos e
está baseada numa força de oscilador composta por: uma parte par, que
corresponde à força de oscilador do modelo padrão e uma parte ímpar, que
corresponde à contribuição que é introduzida pela inclusão de termos de
ordem superior na teoria das perturbações. Também é incluída uma re
atribuição das bandas centradas em 467nm e 443nm.
* A melhor aproximação à luz da teoria padrão modificada, foi atingida para
o py3+em vidros fluoroindatos, com os parâmetros de intensidades º3.4.5.6.
"1
145
* Com esta nova aproximação, um melhor ajuste foi atingido, incluindo
todas as bandas obtidas nos espectros de absorção, na faixa de 400 a 10000
um.
* A nova aproximação permitiu de um lado reforçar a idéia de que a
sensitividade dos parâmetros Q À está fortemente ligada aos valores que tem
os elementos de matriz que os defmem. De outro, permitiu perceber a
incidência que têm as contribuições de dipolo elétrico e acoplamento
dinâmico associados a Q2'
* Com base nesta nova aproximação, foi possível calcular os parâmetros
espectroscópicos característicos do W+ em todas as amostras estudadas, x
= 1, 2, 3 e 4 mol%. Destes resultados, é possível sugerir várias transições
que podem ser utilizadas como transições laser. Estas transições e seus
valores caracteristicos são incluídos na tabela 44.
* Nosso estudo mostra que os vidros fluoroindatos dopados com E?+ e p?+
apresentam um alto grau de homogeneidade quando comparados a outros
vidros. Este fato associado a sua baixa freqüência fonônica, faz destes novos
materiais, promissores candidatos para dispositivos laser.
ANEXO A
146
147
PROGRAMA DE COMPUTADORUTILIZADO PARA OBTER OS MELHORES
AJUSTES DA FORÇA DO OSCILADORUSANDO O MÉTODO DOS MÍNIMOS
QUADRADOS
148
ANEXO A
Programa base fornecido pelo Prof Dr. SERGIO LEITE (UNESP Araraquara) utilizado para obter o melhor ajustes nos cálculos dosparâmetros de intensidad Q Â (Â = 1,2,3,4,5,6) da teoria de JuddOfelt.
10 CLS20 PRINT : PRINT
30 PRINT "CALCULA PELOS MINIMOS QUADRADOS"40 PRINT : PRINT "OS PARAMETROS t ,t E t NA EQUACAO :"50 PRINT "2 4 6"60 PRINT : PRINT70 PRINT"
80 PRINT "P=_S_[t .U +t .U +t .U l"90 PRINT" 21 + 1 2 2 4 4 6 6"100 PRINT : PRINT110 PRINT "ONDE S=SIGMA"120 PRINT : PRINT
130 PRINT "QUER CONTINUAR? (SIN)"140 INPUT S$150 IF S$="S" aR S$="s" THEN 180160 IF S$="N" OR S$="n" THEN END170 IF S$ < > "N" OR S$ < > "n" THEN 130180 CLS
190 PRINT "NUMERO DE EQUACOES= ";200 INPUTN210 PRINT220 INPUT "21 + 1= "'CT,230 REM P=NUMERO DE PARAMETROS240 P=3250 IF N > =P THEN 310260 PRINT
270 PRINT "NUMERO DE EQUACOES MENOR QUE"280 PRINT "O NUMERO DE PARAMETROS"290 GOTa 120300 END310 PRINT
320 DIM X(N,P),SS(N)330 DIM B(P),Y(N),Q(P)
" 'tl'l tI :j t I '.""1 t!', 11"I t fl'l '1'1 flt, 11111' ·!tl· l,jl'It"~'h.'ftN'" 111 111 'I" li! I 11'1,i.I~·I"11I:';J'ljl~t'I I"t Illf,i1I"t"Iltlll '1'1'I" 1'1111111••,111I'. ""1'11 I ~Hll"'ll ••I 'I '1>"
149
ANEXO A
340 DIM H(P,P),HI(P,P)350 PRINT "ENTRE OS "~N;" VALORES DE p"360 PRINT "E DE SIGMA (S)"370 PRINT
375 PRINT "VALORES DE P SERAO MULTIPLICADOS POR 10(-6)"377 PRINT380 FOR 1=1 TO N
390 PRINT "P("·I·")= "., , ,400 INPUT Y(1)405 Y(1)=Y(I)*.OOOOOl410 PRINT "S("·I·")= "., " ,420 INPUT SS(1)440 PRINT450 NEXT I460 PRINT : PRINT465 PRINT"470 PRINT "ENTRE U U U", ,480 PRINT " 2 4 6"490 PRINT500 FOR 1=1 TO N
510 PRINT "EQUACAO ";}520 PRINT
530 1NPUT X(l,1 ),X(l,2),X(I,3)570 FOR ]=1 TO 3
580 X(1,J)=X(I,J)*SS(I)/CT590 NEXT]600 PRINT610 NEXT I620 FOR 1=1 TO P630 FOR ]=1 TO P
640 H(I,J)=O650 FOR K=1 TO N
660 H(I,J)=H(l,J)+ X(K,I)*X(K,])670 NEXT K680 NEXT ]690 NEXT I700 GOSUB 960710 FOR 1=1 TO P
720 Q(I)=O
~'lt;ill'l'n'l' 11'I,jt! 'I" ,
ANEXO A
730 FOR J=1 TO N
740 Q(I)=Q(I)+X(J,I)*Y(J)750 NEXT J760 NEXT I770 FOR 1=1 TO P
780 B(I)=O790 FOR J=1 TO P
800 B(I)=B(I)+HI(I,J)*Q(J)810 NEXT J820 NEXT I830 CLS840 PRINT "SOLUCAO"850 PRINT : PRINT
860 PRINT "t = ";B( 1)870 PRINT " 2"880 PRINT
890 PRINT "t = ";B(2)900 PRINT " 4"910 PRINT
920 PRINT "t = ";B(3)930 PRINT" 6"940 PRINT950 GOTO 1400
960 REM SUBROTINA PARA INVERTER H-INVERSA HI970 FOR 1=1 TO P980 FOR J=1 TO P
990 HI(I,J)=O1000 NEXT J
1O1OHI(I,I)= 11020 NEXT I
1030 FOR 1=1 TO P1040 FOR J=I TO P
1050 IF H(J,I) < > OTHEN 10901060 NEXT J
1070 PRINT "MATRIZ SINGULAR"1080 END1090 FOR K=1 TO P
1100 S=H(I,K)1110 H(I,K)=H(J,K)
150
't I' I' t, '11 I 'I."~"U .'1 li ,,' '~I"! 1 ""I '14' '*, 111t1' til.' 1'11'h.,,~.,t1.'lM'" 1'11 ,11 '"' *'~j 111' j.l~1"1 11''''III~I' 1 11 fll~'.""~:'Ijj!11 11' !" I' 111'li' tellM '.' ,1'11 I f.'1I1 •• I' "11 'I '~1 .' II,tlI1111't' t '1~' ·t!, , 1['" t
151
ANEXO A
1120 H(J,K)=S1130 S=HI(I,K)1140 HI(I,K)=HI(J,K)1150 HI(J,K)=S1160 NEXT K
1170 T= 1/H(I,I)1180 FOR K=l TO P
1190 H(I,K)=T*H(I,K)1200 HI(I,K)=T*HI(I,K)1210 NEXT K1220 FOR L=1 TO P1230 IF L=1 THEN 1290
1240 T=-H(L,I)1250 FOR K=1 TO P
1260 H(L,K )=H(L,K)+ T*H(I,K)1270 HI(L,K)=HI(L,K)+ T*HI(I,K)1280 NEXT K1290 NEXT L1300 NEXT I1310 RETURN
1400 REM SQ ERROS1405 SQ=O1410 FOR 1=1 TO N
1420 E=Y(I)-B(1 )*X(I, 1)-B(2)*X(I,2)-B(3)*X(I,3)1430 SQ=SQ+E*E1440 NEXT I1450 PRINT
1460 PRINT "S.Q. ERROS= ";SQ1470 END
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152
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