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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO BIOMÉDICO FACULDADE DE ODONTOLOGIA RAFAEL SEABRA LOURO AVALIAÇÃO DA FIDELIDADE DO POSICIONAMENTO MAXILAR NAS CIRURGIAS COMBINADAS DA MAXILA E DA MANDÍBULA Rio de Janeiro 2005

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO …livros01.livrosgratis.com.br/cp077835.pdf · Ramos Mandibulares para o ... ELLIS e GALLO18 descreveram o uso de um fio de aço adaptado

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO BIOMÉDICO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

RAFAEL SEABRA LOURO

AVALIAÇÃO DA FIDELIDADE DO POSICIONAMENTO MAXILAR NAS CIRURGIAS

COMBINADAS DA MAXILA E DA MANDÍBULA

Rio de Janeiro

2005

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO BIOMÉDICO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

RAFAEL SEABRA LOURO

AVALIAÇÃO DA FIDELIDADE DO POSICIONAMENTO MAXILAR NAS CIRURGIAS

COMBINADAS DA MAXILA E DA MANDÍBULA

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como um dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Odontologia área de concentração Periodontia. Orientador: Prof. Paulo José d’Albuquerque Medeiros

Rio de Janeiro

2005

FOLHA DE APROVAÇÃO

RAFAEL SEABRA LOURO

AVALIAÇÃO DA FIDELIDADE DO POSICIONAMENTO MAXILAR NAS CIRURGIAS

COMBINADAS DA MAXILA E DA MANDÍBULA

Rio de Janeiro, 01 de Dezembro de 2005

Professor:___________________________________________________________________

Eduardo Hochuli Vieira

Professor:___________________________________________________________________

Márcio Sayão de Miranda

Professor:___________________________________________________________________

Renato Kobler Sampaio

DEDICO

A Deus, pai de todos, por sempre estar ao meu lado e fazer parte da minha vida.

À Flávia, minha esposa e amiga, pelos quase doze anos de amor e companheirismo.

À Nicole, minha filha, meu amor, minha vida, minha princesa e minha razão de viver.

Ao meu pai, José Lauro, pela amizade, amor, carinho, e pelo exemplo de honestidade e profissionalismo.

À minha mãe, Maria Vilma, pelo amor e dedicação dispensados na minha educação, e acima de tudo, por me transmitir o gosto pelo saber.

À minha irmã pelo carinho dispensado a mim ao longo de todos esses anos de convivência.

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Paulo José Medeiros, mestre dos mestres, por todo saber transmitido ao longo

de minha formação profissional, pelo privilégio de compartilhar de sua verdadeira amizade, e

pela oportunidade de mais uma vez receber sua orientação.

Ao Prof. Márcio Sayão de Miranda, parte imprescindível na minha formação humana

e profissional exemplo de caráter, dedicação e amor à profissão.

Ao Prof. Danilo Passeado, pela amizade verdadeira e conhecimentos compartilhados.

Ao Prof. Maurício Andrade pelos conselhos, ensinamentos e pela oportunidade de

estreitarmos nossa amizade ao longo do curso de mestrado.

Aos Drs. Ramiro Beato e Rodrigo Alvitos, ex-alunos e hoje colegas de disciplina, pela

amizade, disposição e dedicação ao HUPE/UERJ.

Aos residentes pela amizade e horas maravilhosas que passamos juntos no Hospital

Universitário Pedro Ernesto.

Aos colegas do Serviço de Cirurgia Oral e Maxilofacial do HEAL, especialmente aos

Drs Luis Antônio Micheli e Leandro Martins Garcia, pela grande amizade e lealdade

creditadas a mim.

Aos alunos e professores da Faculdade de Odontologia da Pestalozzi pela

compreensão durante os meus períodos de ausência, especialmente ao Diretor Dr. Nelson

Graça e ao Prof. Antonio Carlos de Azeredo Coutinho.

Ao Prof. Assis que com toda sua inteligência e saber me ensinou como estudar.

A todos que participaram da minha formação humana e profissional.

RESUMO

Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a precisão do posicionamento maxilar nas

osteotomias combinadas maxilomandibulares. Foram utilizados dezesseis pacientes

portadores de deformidades dentofaciais diversas. Em dez indivíduos a maxila foi avançada,

em oito houve intrusão, em um a maxila foi retraída e em cinco houve rebaixamento da

mesma. As cirurgias de modelo foram realizadas, utilizando-se a plataforma de Erickson,

procurando reproduzir o planejamento com base no exame clínico, na cefalometria e no

traçado predictivo. Os pacientes foram moldados no pós-operatório, os modelos montados no

mesmo articulador utilizado durante a cirurgia de modelo e levados à plataforma de Erickson

para a mensuração da posição obtida. Os valores observados na cirurgia de modelo e no pós-

operatório foram comparados e analisados estatisticamente. Foi observada constância nos

parâmetros antero-posterior e transverso, tendo sido constatada variação estatisticamente

significativa no aspecto vertical do incisivo central direito e do canino esquerdo onde P <

0,05. A diferença entre a média aritmética ou mediana dos dois momentos estudados em cada

dente nos três planos não ultrapassou 0,89 milímetros. O resultado clínico final foi

considerado satisfatório, não tendo havido comprometimento estético, a despeito das discretas

variações encontradas entre a cirurgia de modelo e o pós-operatório.

Palavra-chaves: cirurgia ortognática; fidelidade; posicionamento maxilar; articulador semi-

ajustável

SUMMARY

The purpose of this investigation was to assess the accuracy of maxillary position in double

jaw surgery. Sixteen patients with differents dentofacial deformities were evaluated. The

maxilla was moved forward in ten patients, upward in eight, backward in one and downward

in five. The model surgery was done utilizing the Erickson’s plataform to reproduce the

treatment plan which was based on the clinical exam, the cephalometric parameters and

prediction tracing. The plaster models were taken after surgery and mounted on the same

articulator in which the model surgery were done. Measurements were taken using the

Erickson’s plataform in order to compare the values of the model surgery with those obtained

from the final position of the maxilla. The maxillary position was statistically constant in

transverse and horizontal axis. On vertical position of the right central incisor and left cuspid

the values was statistical differents with P > 0.05. The difference in the average or median of

the two moments in each tooth of the three axis were not superior to 0.89 millimeters. The

clinical and esthetic results were satisfactory despite the variations that were found between

the model surgery and the final result.

Key words: orthognathic surgery; accuracy; maxillary position; semiadjustable articulator

SUMÁRIO

1. Introdução 9

2. Revisão da literatura 11

3. Proposição 27

3. Materiais e métodos 28

4. Resultados 32

5. Discussão 39

6. Conclusões 47

Referências bibliográficas 48

Apêndice 1 54

Apêndice 2 55

Anexo 71

LISTA DE TABELAS

Tabela1) Modelo da tabela utilizada durante a cirurgia de modelo.

Tabela 2) Modelo da tabela utilizada dois meses após o ato operatório.

Tabela 3) Médias aritméticas, desvios padrões e medianas dos dois momentos, teste t

pareado e teste não paramétrico de Wilcoxon e sua significância.

Tabela 4) Diferença entre pós-cirurgia de modelo e final no eixo vertical.

Tabela 5) Diferença entre pós-cirurgia de modelo e final no eixo transverso.

Tabela 6) Diferença entre pós-cirurgia de modelo e final no eixo antero-posterior.

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1) Médias aritméticas, nos momentos pós-cirurgia de modelo e final na

posição vertical.

Gráfico 2) Valores medianos nos momentos pós-cirurgia de modelo e final na posição

transversa.

Gráfico 3) Médias aritméticas, nos momentos pós-cirurgia de modelo e final na

posição antero-posterior.

1. INTRODUÇÃO

A Cirurgia Ortognática é a área da Cirurgia Bucomaxilofacial que tem como objetivo

a melhora estético-funcional dos pacientes portadores de deformidade dentofacial. O resultado

final está diretamente relacionado com a elaboração de um plano de tratamento correto e um

procedimento cirúrgico adequado. A reprodução precisa do plano de tratamento é o objetivo

principal da fase laboratorial, permitindo que o plano cirúrgico idealizado seja transportado

para o trans-operatório.

Embora a cirurgia ortognática venha sendo utilizada por muitos anos, apenas na

década de 70 com os trabalhos de BELL et al4 surgiram as bases biológicas para a cirurgia

maxilar. Concomitantemente, surgiram novas opções de tratamento mas também novas

questões a serem resolvidas. Dentre elas: Como posicionar a maxila tridimensionalmente para

a mesma servir de base para o novo posicionamento mandibular? Que cirurgia de modelo é a

mais indicada para esta finalidade?

O posicionamento maxilar final está diretamente relacionado ao resultado da cirurgia

ortognática. Quando a maxila é corretamente posicionada, a mandíbula e o mento serão

adaptados à posição planejada e, conseqüentemente, o paciente terá o resultado estético

programado. Referências internas foram largamente utilizadas com esta finalidade, mas

caíram em desuso desde a idealização da goteira intermediária e da plataforma de Erickson.

Estes avanços, obtidos no início da década de 90, tornaram mais previsível o resultado

cirúrgico final. Um dos objetivos da fase laboratorial é a confecção de guias cirúrgicos que

transportem o posicionamento maxilar estabelecido durante a cirurgia de modelo para a sala

operatória. Com isto, o resultado satisfatório estaria assegurado desde que não ocorressem

variantes durante a cirurgia, como o posicionamento condilar errado ou a não remoção de

interferências ósseas.

Este trabalho tem como objetivo avaliar o posicionamento maxilar dos pacientes

submetidos a cirurgia ortognática combinada da maxila e da mandíbula.

2. REVISÃO DA LITERATURA

Em 1954, CADWELL e LETTERMAN10 descreveram a técnica de Osteotomia

Vertical dos Ramos Mandibulares idealizada para recuo de mandíbula em pacientes

portadores de deformidade dentofacial. O acesso de escolha para a técnica descrita era o

submandibular.

TRAUNER e OBWEGESER64 descreveram a técnica de Osteotomia Sagital dos

Ramos Mandibulares para o tratamento de pacientes prognatas e retrognatas. Esta técnica era

realizada por acesso intra-oral.

BELL et al.4 fizeram um estudo em macacos rhesus sobre a revascularização da

maxila após osteotomia Le Fort I. Este procedimento era realizado através de acesso intra-oral

na junção muco-gengival, de tuberosidade a tuberosidade. Os autores concluíram que a

maxila poderia ser mobilizada sem comprometimento vascular significativo, estabelecendo

assim, as bases biológicas para a osteotomia Le Fort I em humanos.

HALL, CHASE e PAYOR28 relataram 42 pacientes tratados com osteotomia vertical

dos ramos mandibulares através de acesso intra-oral, descrevendo a técnica e instrumentais

específicos.

BELL3 relatou 15 casos de pacientes adultos tratados através de osteotomia Le Forte I,

descrevendo a técnica cirúrgica empregada e suas modificações. Houve perda de resultado

esquelético em apenas um caso de um paciente fissurado labio-palatino submetido a um

avanço maxilar de 12mm, sem enxerto ósseo e fixação interna rígida.

BELL e KENNEDY5 realizaram um estudo, em macacos rhesus, sobre a

revascularização do segmento proximal durante o uso da técnica de osteotomia vertical dos

ramos mandibulares. Os autores concluíram que a vitalidade deste segmento está diretamente

relacionada ao mínimo descolamento do músculo pterigóide medial e à manutenção integra da

cápsula articular.

EPKER20 descreveu modificações na técnica de osteotomia sagital dos ramos

mandibulares, dentre elas, descolamento mínimo do tecido mole adjacente, visualização direta

das estruturas nobres e posicionamento condilar criterioso. Com isto, o autor observou

redução em complicações associadas à técnica original, como: edema e sangramento

excessivo, injúria ao nervo alveolar inferior, necrose avascular, infecção e perda de resultado.

TURVEY et al.66 salientaram a importância de um plano de tratamento criterioso para

os casos de cirurgia combinada. Uma técnica para elaboração do plano de tratamento foi

apresentada, ressaltando a importância do traçado predictivo, da cirurgia de viabilidade e da

seqüência ortocirúrgica para o sucesso deste plano.

PERETTA e CARUSO51 apresentaram uma fase laboratorial em que se utiliza goteiras

de acrílico, a fim de garantir um guia permanente para os modelos de trabalho, antes e após a

cirurgia de modelo.

ELLIS e GALLO18 descreveram o uso de um fio de aço adaptado ao pino incisal do

articulador semi-ajustável para servir como um parâmetro comparativo do posicionamento do

incisivo pré e pós-cirurgia de modelo.

BENNETT e WOLFORD6 acreditam que o desenho inclinado da osteotomia Le Fort I

tradicional possa afetar o posicionamento maxilar final ou a estabilidade cirúrgica pós-

operatória. Estes autores preconizaram o uso de uma osteotomia maxilar em degrau que tem

um formato linear, o que evitaria tais complicações.

REKOW et al.57 afirmaram que a oclusão pós-cirurgia freqüentemente difere da

estipulada no plano de tratamento. Os autores indicam como principal causa desta diferença a

reprodução inadequada do centro de rotação mandibular do paciente para o articulador semi-

ajustável. O trabalho indica que estas diferenças oclusais podem ser diminuídas pelo uso de

goteiras finas que permaneçam pelo menor tempo possível. O uso de goteiras espessas por um

longo tempo dificulta os ajustes oclusais e, nestes casos, a reprodução precisa do centro de

rotação mandibular é imprescindível.

JOHNSON31 relatou que o uso de traçado predictivo, da cirurgia de modelo e de um

articulador semi-ajustável montado com arco facial, usualmente, leva a uma precisão de

movimento, com margem de erro da ordem de um milímetro. Quanto à estética facial, a

relação do incisivo superior com o lábio superior é muito importante, assim o autor utiliza um

ponto de referência externa, o tecido mole da região do násio, para certificar que o

posicionamento vertical do incisivo esteja correto.

VAN SICKELS, LARSEN e TRIPLETT69 avaliaram a fidelidade da cirurgia de

maxila comparando referências internas e externas. Os autores encontraram melhor

posicionamento do incisivo superior no grupo que utilizou referências externas do que nos

casos em que se usou marcações no própio sítio operatório.

MARKO37 discutiu as indicações do uso de articuladores anatômicos do tipo “Galetti”

e semi-ajustáveis. O autor concluiu que o articulador do tipo “Galetti” pode ser usado em

cirurgia mandibular, subapical anterior e cirurgia maxilar transversa; nos demais casos deve

ser utilizado o articulador do tipo semi-ajustável. Foi ressaltada a importância do arco facial

para estabelecer a correta inclinação do plano oclusal em relação ao plano de Frankfurt.

FRIEDE23 estudou o traçado predictivo de 30 pacientes submetidos a seis tipos de

cirurgia ortognática: subapical anterior mandibular, subapical anterior maxilar, recuo de

mandíbula, avanço de mandíbula, Le Fort I e a associação de Le Fort I com recuo de

mandíbula. Observou que nas cirurgias alveolares o resultado é mais previsível do que nas

cirurgias em que a mandíbula é mobilizada como um todo. Nos casos de cirurgia maxilar,

associada ou não a recuo de mandíbula, a fidelidade entre traçado predictivo e o resultado

pós-operatório é realmente difícil de ser obtida, especialmente nos casos de alteração vertical

do posicionamento maxilar.

ANWAR e HARRIS1 idealizaram modificações na cirurgia de modelo tradicional

visando fidelidade entre o plano de tratamento e o resultado cirúrgico final. Os autores

afirmam que qualquer falha durante a fase laboratorial resultará em um resultado pós-

operatório diferente do objetivo estético funcional idealizado.

POLIDO, ELLIS e SINN54 realizaram um estudo prospectivo em 100 pacientes

submetidos a osteotomia Le Fort I isolada. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso da

mandíbula e de marcadores na parede lateral da maxila como guias do posicionamento

maxilar no sentido antero-posterior, lateral e vertical, sendo as marcações internas as

referências utilizadas para se estabelecer a posição vertical da maxila. O método comparativo

utilizado foi a cefalometria manual e diferenças estatísticas foram encontradas principalmente

na posição vertical da maxila. Os autores concluíram que as referências internas não

representam um parâmetro confiável no posicionamento maxilar vertical.

ELLIS15 avaliou a técnica clássica de cirurgia de modelo comparando-a com uma nova

técnica preconizada pelo autor. Foram analisadas 20 cirurgias de modelo realizadas para

osteotomias combinadas dos maxilares. A técnica clássica se mostrou estatisticamente

imprecisa em relação à nova técnica, em que se utiliza uma plataforma digital de Erickson.

Segundo o autor, nesta técnica, a maxila é mensurada e mobilizada tridimensionalmente com

grande fidelidade entre pré e pós-operatório. Concluiu que a plataforma de Erickson elimina o

posicionamento incorreto da maxila no pós-operatório, fato este comum na técnica clássica

em que se utiliza o pino incisal e linhas de referências confeccionadas no modelo como

parâmetros de mensuração.

VAN SICKELS68 comparou o uso de parafusos bicorticais com a utilização de

parafusos bicorticais associados à fixação esquelética em casos de grandes avanços

mandibulares. O autor concluiu que os pacientes que receberam parafusos bicorticais

conjuntamente à fixação esquelética tiveram resultados mais estáveis. Estes bons resultados

foram creditados à capacidade da fixação esquelética neutralizar forças musculares que se

opõem ao sentido do movimento esquelético.

SCHWESTKA et al.59 afirmaram que uma das etapas mais importantes da cirurgia

ortognática é relacionar e estabilizar os incisivos superiores em harmonia com o lábio superior

e a base do crânio. Assim sendo, os autores preconizam o uso de goteira intermediária para a

adaptação tridimensional da maxila, associada à mensuração da dimensão vertical trans-

operatória com o auxílio de um paquímetro.

McCANCE, MOSS e JAMES39 avaliaram o posicionamento maxilar pré e pós-

operatório de 56 pacientes submetidos a osteotomia Le Fort I. Os autores afirmaram, após

análise dos resultados, que não existe fidelidade entre o posicionamento maxilar desejado no

pré-operatório com o conseguido após a cirurgia maxilar. Assim sendo, indicaram a

necessidade de novos estudos para idealização de um método que auxilie o posicionamento

tridimensional da maxila de maneira adequada no trans-operatório.

BOWLEY et al.7 demonstraram existir uma margem de erro de aproximadamente

meio milímetro quando se transfere o arco facial para o articulador semi-ajustável.

ELLIS, THARANON e GAMBRELL19 afirmaram que um dos erros mais comuns nas

cirurgias combinadas dos maxilares ocorre na montagem dos modelos de trabalho em

articulador semi-ajustável. Os autores compararam o plano oclusal dos modelos montados em

articulador semi-ajustável com o plano oclusal evidenciado em radiografia cefalométrica de

perfil. Foi concluído que a fidelidade do registro do arco facial está diretamente relacionada

com a correta montagem dos modelos no articulador. Assim sendo, idealizaram uma técnica

que possibilita identificar e corrigir eventuais erros no registro do arco facial. Esta técnica tem

como princípio estabelecer uma relação correta entre o plano oclusal dos modelos e o plano

horizontal de Frankfurt.

POLLEY, FIGUEROA e COHEN55 ratificaram a importância de se nivelar o plano

oclusal para o sucesso estético e funcional dos casos de cirurgia combinada dos maxilares.

BRYAN e HUNT9 realizaram um estudo retrospectivo em 62 pacientes submetidos à

cirurgia ortognática. Este trabalho avaliou a fidelidade do plano de tratamento em relação ao

resultado cirúrgico, utilizando como parâmetro comparativo o traçado predictivo e o

cefalométrico final. Não foi encontrada diferença estatística significante.

NATTESTAD e VEDTOFTE46 utilizaram o método clássico para realizar cirurgia de

modelo e observaram diferenças clínicas significantes entre o planejamento pré-operatório e o

resultado cirúrgico. Os autores creditaram estas diferenças à dificuldade na transferência da

cirurgia de modelo obtida para o ato operatório.

COPE12 idealizou um aparelho para mensurar a distância entre incisivo superior e o

nasio, para através do valor encontrado obter-se um parâmetro para atestar o posicionamento

vertical da maxila.

ELLIS16 realizou uma extensa revisão de literatura sobre posicionadores condilares em

cirurgia ortognática. Estes dispositivos teriam como principal objetivo o posicionamento

condilar adequado. O autor questiona a necessidade do uso de posicionadores em cirurgia

combinada dos maxilares, pois eles manteriam a posição pré-operatória do segmento

proximal. O segmento proximal nesta posição pode comprometer o resultado final do paciente

por questões técnicas, biomecânicas, biológicas e estéticas.

MERKX e VAN DAMME43 estudaram um grupo de 329 pacientes com diferentes

deformidades dentofaciais submetidos à osteotomia sagital dos ramos mandibulares. Foi

constatado que oito pacientes tiveram reabsorção condilar no período pós-operatório e destes,

quatro foram tratados com novo procedimento cirúrgico, e a outra metade com reabilitação

oral apenas. Neste grupo de oito pacientes do sexo feminino sete eram portadoras de

maloclusão do tipo classe II de Angle com plano mandibular aberto, e cinco tinham disfunção

de articulação temporomandibular prévia.

BRYAN8 avaliou a fidelidade de três pontos cefalométricos na avaliação da auto-

rotação da mandíbula em cirurgia ortognática. A posição correta da mandíbula após a sua

auto-rotação é importante pois a partir dela será posicionada a maxila no traçado predictivo,

propiciando assim as características estético funcionais finais do paciente. Os pontos

avaliados foram: o côndilico, o centro do côndilo e o sperry. Estes três pontos se mostraram

fidedignos do ponto de vista estatístico.

COTTRELL e WOLFORD13 introduziram uma nova seqüência cirúrgica para os casos

de cirurgia combinada dos maxilares. A cirurgia é iniciada pela mandíbula e após a mesma

receber fixação interna rígida a maxila será segmentada e fixada, tendo como referência a

mandíbula já operada. Os autores acreditam que a técnica convencional é menos precisa, pois

nos casos de grandes avanços de mandíbula associado a uma maxila segmentada ou com

paredes finas pode ocorrer alteração do posicionamento maxilar durante o bloqueio

maxilomandibular trans-operatório. Assim sendo, se iniciando o procedimento pela mandíbula

se estabelece uma base sólida e confiável para o posicionamento da maxila.

MORI, SUGAHARA e HIRAKI44 acreditam que o posicionamento condilar errado

seja o principal responsável pela perda do resultado cirúrgico ou por desordens

temporomandibulares associadas. Foi idealizado um posicionador condilar produzido com o

auxílio de um arco extra-oral ortodôntico e um a placa de titânio em “T”, assim o

posicionamento condilar correto estaria assegurado.

BAMBER e HARRIS2 avaliaram a importância da espessura da goteira intermediária

em cirurgias combinadas. Os autores estudaram 25 pacientes submetidos a cirurgia

combinada com quantidade variável de impacção maxilar; durante a cirurgia de modelo eram

confeccionadas duas goteiras intermediárias, uma fina, após a rotação da mandíbula e uma

espessa, sem o giro mandibular. No trans-operatório eram feitas linhas verticais na parede

maxilar antes de se realizar a osteotomia Le Fort I; após a osteotomia ambas as goteiras eram

posicionadas e diferença entre as marcações de ambas eram anotadas. Não houve diferença

estatisticamente relevante entre a goteira intermediária fina e espessa quanto ao

posicionamento maxilar trans-operatório.

PROFFIT, TURVEY e PHILLIPS56 realizaram um estudo para avaliar a estabilidade

dos movimentos realizados em cirurgia ortognática. Uma hierarquia foi proposta e descrita em

ordem decrescente de estabilidade, sendo ela: reposição superior de maxila, avanço de

mandíbula, avanço de maxila, reposição superior de maxila associado a avanço de mandíbula,

avanço de maxila associado a recuo de mandíbula, recuo de mandíbula, reposição inferior de

maxila e expansão de maxila.

OMURA, GLICKMAN e SUPER49 idealizaram um método para avaliar a fidelidade

da cirurgia de modelo e do traçado predictivo, que consiste em superpor o cefalograma do

paciente com o dos modelos montados em articulador semi-ajustável. Os autores acreditam

que a chance de imprecisões trans e pós-operatórias diminuiria significativamente.

HIBI, SAWAKI e UEDA29 realizaram estereolitografias de pacientes portadores de

deformidade dentofacial que seriam submetidos a cirurgia combinada dos maxilares. Os

autores simularam a osteotomia maxilar e mandibular planejada, e pré-modelaram as placas a

serem utilizadas. Os cefalogramas finais dos pacientes eram comparados com as radiografias

finais dos modelos operados, tendo sido encontrado diferenças estatísticas significantes.

GERBO et al.26 digitalizaram radiografias pré e pós-operatórias de 35 pacientes

submetidos a cirurgia ortognática. Foram observadas diferenças que variaram em até 1,8 mm

ou 3,1 graus entre as medidas das radiografias, o que não afetou o resultado clínico obtido.

MASUI, HONDA e UJI38 afirmaram que o uso de goteira intermediaria em casos de

grande alteração da dimensão vertical pode levar a uma incidência significativa de erro pela

falha em se estabelecer a relação cêntrica trans-operatória. Os autores indicam o uso do arco

facial trans-operatório para se evitar o posicionamento condilar errado, o que não ocorreria

com o uso da goteira intermediária. O arco facial, obtido no articulador semi-ajustável pós-

cirurgia de modelo, era usado como guia para o posicionamento da maxila; após a mesma

estar fixada rígidamente era inserido um dispositivo que avaliava a inclinação do plano

oclusal comparado-o clinicamente, com o plano horizontal de Frankfurt.

STEFANOVA e STELLA61 afirmaram que o planejamento de mentoplastia em

paciente assimétricos é um desafio ao cirurgião maxilofacial, especialmente quando este

procedimento está associado a cirurgia combinada dos maxilares. Os autores fizeram

considerações geométricas sobre o ato operatório e elaboraram um protocolo de coleta de

dados, cirurgia de modelo, diagnóstico e plano de tratamento. Com isso, acreditam aumentar o

índice de sucesso deste complexo procedimento.

O’MALLEY e MILOSEVIC48 analisaram três tipos de arcos faciais e articuladores

semi-ajustáveis com o objetivo de identificar possíveis falhas de mensuração para casos de

cirurgia ortognática. Os autores concluíram que o arco facial e o articulador do tipo Whipmix

tiveram o melhor resultado com erro na angulação do plano oclusal de até dois graus, se

comparado com o plano horizontal de Frankfurt. Os articuladores Denar e Dentatus diferiram

em cinco e sete graus em relação ao plano de Frankfurt.

STEFANOVA e STELLA62 avaliaram 10 pacientes submetidos a cirurgia combinada

dos maxilares quanto à fidelidade do posicionamento maxilomandibular pós-operatório.

Todos os pacientes era portadores de deformidade dentofacial do tipo classe II de Angle com

mordida aberta anterior e nenhum apresentou discrepância maior do que dois milímetros entre

o planejado e o pós-operatório. Os autores concluíram que a goteira intermediária do tipo

“sanduiche” é fiel para se obter o posicionamento maxilar adequado.

CSASZAR e NIEDERDELLMANN14 afirmaram que a cirurgia ortognática necessita

de um plano de tratamento adequado e de uma técnica cirúrgica precisa. Enfatizam a

importância de programas de computador que simulam os resultados obtidos. Este trabalho

avaliou a fidelidade do simulador 3-D OSS na reprodução do resultado cirúrgico de 18

pacientes classe III de Angle submetidos a cirurgia combinada dos maxilares. O programa se

mostrou estatisticamente preciso pois a posição pós-operatória da maxila foi fiel ao plano de

tratamento.

MEDEIROS et al.41 relataram o caso de uma paciente com mordida aberta anterior

associada à macroglossia verdadeira, salientando a importância do correto diagnóstico e plano

de tratamento. Após dois anos de fonoterapia miofuncional e preparo ortodôntico a paciente

foi submetida a dois procedimentos cirúrgicos. Inicialmente foi realizada a glossectomia e,

após quatro semanas, a paciente foi submetida à cirurgia ortognática, obtendo um bom

resultado estético funcional.

WOLFORD, KARRAS e MEHRA71 concluíram que praticamente todo o crescimento

facial se completa no sexo feminino por volta de 15 anos de idade, e no sexo masculino com

17 ou 18 anos. Alguns tipos de deformidades dentofaciais mandibulares podem ser operadas

com estabilidade antes desta faixa etária, desde que o crescimento entre a maxila e a

mandíbula seja harmônico. Esta característica é mais observada nos pacientes classe II de

Angle do que nos classe III. Assim sendo, o tratamento cirúrgico precoce é mais indicado nos

pacientes classe II.

WOLFORD, KARRAS e MEHRA72 afirmaram que por volta dos 14 anos de idade o

crescimento maxilar transverso já se completou mas o crescimento vertical maxilar continua

até a fase adulta. A osteotomia precoce da maxila inibe o crescimento anterior residual mas

não o crescimento vertical que continua estável e harmônico. Por este motivo, consideram que

o tratamento precoce dos pacientes portadores de deformidade dentofacial maxilar esteja mais

indicado nos pacientes com excesso vertical da maxila, pela estabilidade dos seus resultados.

GATENO, FORREST e CAMP24 realizaram um estudo comparando três diferentes

tipos de arco facial e avaliaram a capacidade destes dispositivos em reproduzir

adequadamente a angulação do plano oclusal do cefalograma. Os tipos estudados foram o

SAM, o Erickson e um novo arco facial desenvolvido pelos autores. O novo dispositivo se

mostrou mais eficaz do que o Erickson e o SAM para reproduzir o plano oclusal maxilar.

JACOBSON e SARVER30 avaliaram, através da digitalização de radiografias pré e

pós-operatórias, a fidelidade do posicionamento maxilar em cirurgia isolada e combinada dos

maxilares. Diferenças estatísticas foram encontradas, especialmente no posicionamento

vertical da região posterior maxilar. As diferenças lineares foram de dois milímetros em 80%

dos casos e de um milímetro em 43% da amostra.

KWON et al.34 realizaram um estudo para analisar o posicionamento maxilar após a

cirurgia de modelo com o obtido após a cirurgia ortognática. Segundo os autores este estudo

avaliou o posicionamento maxilar , tridimensionalmente, com grande fidelidade estatística.

Foram selecionados 12 pacientes submetidos a cirurgia combinada dos maxilares. O

posicionamento da maxila no trans-operatório era obtido com a associação da goteira

intermediária com o arco facial e o método utilizado para comparar a maxila pós-cirurgia de

modelo com a pós-operatória foi o cefalograma tridimensional. A diferença média encontrada

foi de dois milímetros e dois décimos, porém em cerca de 45% dos casos esta diferença

superou os dois milímetros. Os autores concluíram que apesar dos bons resultados estético

funcionais o posicionamento maxilar ainda é uma etapa crítica da cirurgia ortognática.

LU, KO e HUANG35 avaliaram a fidelidade de se prever o perfil de 30 pacientes

submetidos a cirurgia ortognática através do uso de imagens de video trabalhadas no

programa Dolphin. Os autores concluíram que este recurso deve ser utilizado apenas para

comunicação e educação do paciente no pré-operatório, pois não apresenta fidelidade para

prever as alterações em tecido mole do perfil do paciente.

MURRAY, UPTON e ROTTMAN45 compararam o uso de duas ou quatro placas na

estabilidade pós-cirúrgica de osteotomias Le Fort I e observaram que não existiu diferença

estatística na amostra de 32 casos estudados.

WOLFORD, FISCHEL e MEHRA70 estudaram os efeitos da cirurgia combinada dos

maxilares em pacientes com disfunção da articulação temporomandibular portadores de

deformidade dentofacial. Os 25 pacientes da amostra foram avaliados por 2,2 anos através de

exame clínico e ressonância nuclear magnética regulares. Concluíram que a cirurgia

ortognática, principalmente em avanços de mandíbula, agrava a disfunção pré-existente destes

pacientes justificando a avaliação criteriosa dos mesmos e se necessário a patologia deve ser

tratada rapidamente para se evitar o agravamento do quadro.

GATENO et al.25 avaliaram a precisão dos goteiras cirúrgicas produzidas por

computador em relação as confeccionadas pelo método tradicional. Foi mensurado o espaço

existente entre estas goteiras e o dente dos sete pacientes estudados. Clinicamente não existiu

diferença entre a goteira tradicional e a produzida por computador, sendo a diferença

numérica de apenas 0,2 + 0,2 mm2. Concluíram que a nova goteira pode ser utilizada com

previsibilidade no paciente portador de deformidade dentofacial e sugerem que no futuro este

pode ser o método de escolha de confecção de guias cirúrgicos substituindo o método

tradicional.

THEODOSSY e BAMBER63 realizaram um estudo comparando a precisão da cirurgia

de modelo manual realizada pela técnica de Eastman com a cirurgia de modelo realizada por

um braço robô. A cirurgia de modelo realizada com o auxílio do braço robô demostrou ser

mais precisa nos planos vertical e antero posterior se comparado ao método tradicional, porém

os autores concordam que o seu uso clínico é desnecessário pois a margem de precisão se

restringe a segunda casa decimal. No plano antero-posterior, vertical e transverso a diferença

entre as médias encontradas pelo método tradicional e pelo braço robô foram 0,63 e -0,08; -

0,76 e 0,06; -0,071 e 0,01, respectivamente.

WOLFORD e STEVAO73 descreveram uma técnica para realizar a fratura da

osteotomia Le Fort I sem o uso de qualquer intrumental especifico. Nesta técnica o autor

posiciona uma rugina de freer em cada fossa nasal e o cinzel de septo no septo nasal, após isso

o cirurgião deve segurar estes três instrumentos juntos e aplicar uma força inferior suficiente

para fraturar a maxila. Segundo os autores, esta técnica promove uma distribuição de forças

proporcional propiciando uma segmentação previsível e segura.

PELED et al.50 compararam o movimento do lábio superior e suas modificações após

o avanço de maxila pela técnica Le Fort I utilizando-se o fechamento em V-Y e a sutura

continua simples. A pricipal diferença observada foi que nos pacientes submetidos ao

fechamento em V-Y o lábio superior se alongou em média 1,1 mm e na sutura contínua

simples o mesmo encurtou em média 0,79 mm.

PHILLIPS et al.53 avaliaram a percepção e a satisfação após a cirurgia ortognática

levando-se em consideração três fatores: contato prévio com simuladores visuais de

tratamento, expectativa com o ato operatório e aflições psicológicas prévias. O contato com

simuladores visuais não afetou negativamente a percepção do resultado final e pacientes com

aflições psicológicas prévias e elevada expectativa tiveram uma maior dificuldade de lidar

com os sintomas, a limitação social e a saúde geral no pós-operatório.

ROBIONY et al.58 descreveram o uso de um ultrassom com vibrações piezoelétricas

para realizar osteotomia em segmentações interdentárias. Os autores afirmam que este método

promove um corte preciso e seguro sem risco de osteonecrose por aquecimento ósseo.

TROULIS e KABAN65 utilizaram em 14 pacientes a osteotomia vertical por via

endoscopica através de acesso cutâneo de 1,5 cm no ângulo mandibular. Nove destes

pacientes eram portadores de deformidade dentofacial, três eram portadores de maloclusão

pós trauma e dois apresentavam outras patologias. Todos os pacientes foram submetidos a

fixação interna rígida e apresentaram bons resultados oclusais no pós-operatório, apenas um

paciente teve paralisia transitória do nervo marginal da mandíbula. Concluíram que a

osteotomia vertical com fixação interna rígida por via endoscópia é um procedimento

previsível para a correção de várias deformidades mandibulares.

ELLIS17 classifica como um dos erros mais comuns em cirurgia combinada a

montagem errada dos modelos no articulador semi-ajustável. O autor afirma que a montagem

imprecisa dos modelos leva ao posicionamento errado da maxila e da mandíbula

comprometendo o resultado estético final.

SONCUL e BAMBER60 avaliaram as mudanças no perfil de tecido moles de pacientes

portadores de Classe III esquelética submetidos a cirurgia ortognática através do uso de um

escâner óptico de superfície. Concluíram que as alterações em tecido mole são dependentes de

vários fatores e por isso são pouco previsíveis.

KOH e CHEW33 realizaram um estudo para avaliar a fidelidade do programa de

computador CASSOS em prever as modificações do perfil de tecido mole de chineses Classe

III submetidos a cirurgia combinada dos maxilares. Foram selecionados 32 pacientes e em

metade dos casos foram observados diferenças estatisticamente significantes onde P < 0,05.

As diferencas mais observadas foram nos lábios superior e inferior, pois o programa tende a

subestimar a posição vertical destas estruturas, além de superestimar a posição horizontal do

lábio inferior.

CILLO e STELLA11 preconizam o uso de um osteótomo diretamente no processo

alveolar quando se realiza segmentações interdentárias em osteotomias Le Fort I. O objetivo

desta técnica é preservar a saúde periodontal dos elementos vizinhos a área da osteotomia.

GOSSETT et al.27 compararam o uso do traçado predictivo com o programa Dolphin

quanto a fidelidade de se prever o resultado final nos pacientes submetidos a cirurgia

ortognática. Concluíram que ambos os métodos são fidedignos para se avaliar o resultado

final com precisão.

NKENKE et al.47 avaliaram a redução da hemoglobina e a freqüência de transfusões

sangüíneas durante cirurgia combinada dos maxilares. Concluíram que existe uma mínima

redução no valor da hemoglobina durante a cirurgia e a necessidade de transfusões trans-

operatórias são raras. Assim sendo, os autores não realizam autotransfusão nestes pacientes e

caso exista a necessidade de transfusão trans-operatória eles indicam o uso de sangue

homólogo, que é seguro e raramente se faz necessário.

YOON, REBELLATO e KELLER74 avaliaram o uso em osteotomias Le Fort I de

placas e/ou fio de aço fixados apenas na região anterior da maxila sem qualquer método de

fixação adicional no processo zigomático. Foram avaliados 60 pacientes submetidos a

osteotomia Le Fort I para reposição superior associada a avanço ou recuo da maxila. Em 22

pacientes foi realizado avanço de mandíbula concomitante. Na amostra estudada apenas 12

indivíduos foram monitorados através de radiografias cefalométricas em perfil, destes 11

receberam placas e um fio de aço no pilar canino. Os autores sugerem que a fixação apenas na

região anterior da maxila promove uma boa estabilidade pós-operatória.

PETERSON, HAUG e VAN SICKELS52 compararam quatro métodos de fixação da

osteotomia sagital dos ramos mandibulares através de estudo “in vitro”, são eles: três

parafusos bicorticais dispostos em “L” invertido, placa reta quatro furos com parafusos

monocorticais, placa curva seis furos com parafusos monocorticais e placa 4 furos ajustável

associada a parafusos monocorticais. Concluíram que em parâmetros funcionais apenas o uso

de parafusos bicorticais dispostos em “L” invertido possibilitam carga plena tanto em molar

quanto em incisivo.

UEKI et al.67 avaliaram alterações no longo eixo condilar e na estabilidade pós-

cirúrgica de pacientes Classe III submetidos a recuo mandibular pelas técnicas sagital e

vertical dos ramos mandibulares. Os autores observaram alterações significativas entre estas

duas técnicas pricipalmente na duração do período de mudanças da posição do segmento

proximal, mas afirmaram que a estabilidade oclusal e esquelética pode ser obtida por ambos

os métodos.

3. PROPOSIÇÃO

Os objetivos deste trabalho são:

1) Avaliar a fidelidade entre o posicionamento maxilar planejado e o resultado

final nos pacientes submetidos a cirurgia combinada no HUPE/UERJ.

2) Determinar a variação encontrada entre o plano de tratamento e o resultado

final nos planos vertical, transverso e antero-posterior.

3) Avaliar se a cirurgia de modelo com o uso da plataforma de Erickson é um

método fidedigno no planejamento das cirurgias combinadas.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Foram selecionados de maneira consecutiva dezesseis pacientes submetidos a cirurgia

combinada dos maxilares, associada ou não, à osteotomia basilar do mento. Os pacientes

foram operados durante o período de maio a dezembro de 2004 no Hospital Universitário

Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O Comitê de Ética em Pesquisa

desta unidade avaliou a metodologia empregada e autorizou a realização do estudo, vide

anexo. Os pacientes recebiam um formulário de consentimento livre e esclarecido

previamente aprovado pelo mesmo comitê, vide apêndice 1.

Os pacientes tinham idade entre 17 e 30 anos, com média de 20 anos e oito meses.

Nove indivíduos eram do sexo masculino e sete do sexo feminino, sendo todos portadores de

deformidade dentofacial que requeriam movimentação maxilar e apresentavam os dentes 11,

13, 16, 23 e 26 íntegros e em função satisfatória.

Os pacientes foram avaliados e o plano de tratamento estabelecido de acordo com

critérios consagrados na literatura21,42,56,71,72. Foram confeccionados um modelo da arcada

superior e dois modelos da arcada inferior, os quais foram montados em articulador semi-

ajustável37*. A montagem foi conferida com base na metodologia de Ellis19. Todos os

pacientes foram submetidos a tratamento ortodôntico pré e pós-operatório, e operados sob

anestesia geral pela equipe de Cirurgia Bucomaxilofacial do HUPE/UERJ.

Foi realizada a cirurgia planejada nos modelos previamente montados15,22para a

correção da deformidade dentoesquelética, e visando a confecção de guias cirúrgicos. As

medidas maxilares iniciais e pós-cirurgia dos modelos foram obtidas com o auxílio da

plataforma de Erickson**. Estas medidas pós-cirurgia de modelo, realizadas por apenas um

examinador, foram utilizadas para fins de comparação e anotadas na tabela 1.

______________________________

* Whipmix - Bio-art ** Great Lakes Orthodonthic Ltda

Tabela 1) Modelo da tabela utilizada durante a cirurgia de modelo

A) Medidas verticais dos incisivos centrais, caninos e primeiros molares da arcada

maxilar.

DENTES INICIAIS PÓS-CIRURGIA DE

MODELO

16

13

11

23

26

B) Medidas transversas dos incisivos centrais e primeiros molares da arcada maxilar.

DENTES INICIAIS PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

16

11

26

C) Medidas antero-posteriores dos incisivos centrais e caninos da arcada maxilar.

DENTES INICIAIS PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

13

11

23

Foram realizadas radiografias panorâmica dos maxilares, cefalométrica em perfil e

cefalométrica em P.A., esta última somente nos pacientes portadores de assimetria

As técnicas cirúrgicas utilizadas foram a osteotomia do tipo Le Fort I na maxila3,4 e as

Osteotomias Vertical ou Sagital na mandíbula5,10,20,28,64. A maxila foi fixada com quatro

placas, ou duas placas e duas suspensões, todas aplicadas na região de pilar canino e da crista

zigomático-maxilar bilateralmente. Quando foi utilizada suspensão, a mesma foi aplicada na

crista zigomático-maxilar. As osteotomias sagitais foram fixadas com placas e parafusos

monocorticais, ou com parafusos bicorticais. Os segmentos das osteotomias verticais não

foram fixados, permanecendo o paciente sob bloqueio maxilomandibular rígido por duas ou

quatro semanas, seguidas de mais quatro semanas com elásticos ortodônticos intermaxilares.

Após o ato operatório foram realizadas novas radiografias para controle da intervenção

realizada.

Cerca de dois meses após as cirurgias foi obtido novo modelo maxilar, o qual foi

montado em articulador semi-ajustável, sendo esta montagem feita com base no plano

horizontal de Frankfurt à semelhança do que foi feito com o modelo pré-cirurgico19. A nova

posição da maxila foi mensurada na plataforma de Erickson e anotada na tabela 2. Este

procedimento foi realizado pelo mesmo examinador que realizou a primeira montagem.

Os dados referentes ao posicionamento maxilar nas posições vertical, transversa e

antero-posterior foram analisados utilizando-se:

a) Gráficos

b) Médias aritiméticas, desvios padrões e medianas

c) Teste t pareado para comparação das médias aritméticas, nos momentos pós-

cirurgia de modelo e final, segundo o tipo de dente, nas posições vertical e antero-posterior.

d) Teste não paramétrico de Wilcoxon para comparação dos valores nos momentos

pós-cirurgia de modelo e final, segundo o tipo de dente, na posição transversa. Foi utilizado

teste não paramétrico nesta posição devido a grande variação existente nos valores

encontrados. Adotou-se o nível de significância de 5% de probabilidade (P<0,05) e os

resultados encontrados constam nas tabelas 3, 4, 5 e 6 e nos gráficos 1, 2 e 3.

Tabela 2) Modelo da tabela utilizada dois meses após o ato operatório

A) Medidas verticais dos incisivos centrais, caninos e primeiros molares da arcada

maxilar no pós-operatório.

DENTES FINAL

16

13

11

23

26

B) Medidas transversas dos incisivos centrais e primeiros molares da arcada maxilar

no pós-operatório.

DENTES FINAL

16

11

26

C) Medidas antero-posteriores dos incisivos centrais e caninos da arcada maxilar no

pós-operatório.

DENTES FINAL

13

11

23

5. RESULTADOS

Os dados relacionados com os dezesseis pacientes do estudo foram devidamente

anotados, vide apêndice 2, e analisados estatisticamente. Em dez indivíduos a maxila foi

avançada, em oito houve intrusão, em um a maxila foi retraída e em cinco houve

rebaixamento da mesma. Os resultados encontrados são descritos nas tabelas 3, 4, 5 e 6 e nos

gráficos 1, 2 e 3.

Tabela 3) Médias aritméticas, desvios padrões e medianas dos dois momentos, teste t

pareado e teste não paramétrico de Wilcoxon e sua significância.

POSIÇÃO TIPO

DE

DENTE

X/s ou Me

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

X/s ou Me

FINAL

T PAREADO

WILCOXON

P

VERTICAL

16

13

11

23

26

84,76/4,88

89,48/4,77

90,54/5,04

89,01/5,09

84,43/4,54

85,05/4,15

90,01/4,63

91,43/5,00

89,85/4,78

85,25/3,18

T= - 0,84

T= - 1,82

T= - 2,66

T= - 2,49

T= - 1,85

P=0,409 n.s.

P=0,087 n.s.

P=0,017 **

P=0,024 *

P=0,082 n.s.

TRANSVERSO 16

11

26

41,97

39,73

41,56

41,60

40,76

42,59

W=60

W=67

W=48

P=0,679 n.s.

P=0,938 n.s.

P=0,301 n.s.

ANTERO-

POSTERIOR

13

11

23

61,57/6,85

70,46/6,37

61,69/7,43

61,61/6,20

70,59/5,38

61,94/6,60

T= - 0,07

T= - 0,30

T= - 0,52

P=0,944 n.s.

P=0,763 n.s.

P=0,606 n.s.

Legenda: X: média aritmética; s: desvio padrão e Me: mediana

Fonte: Pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Tabela 4) Diferença entre pós cirurgia de modelo e final no eixo vertical.

PACIENTE 16 13 11 23 26

1 0.04 1.75 2.52 2.79 1.28

2 0.71 -0.57 -1.06 0.14 1.19

3 0.12 -0.09 -0.05 -0.53 -0.78

4 -0.01 1.49 1.65 1.26 0.17

5 -0.61 0.57 1.20 0.86 -0.58

6 -1.94 -1.41 -1.10 -0.47 -0.44

7 -0.40 -1.43 -1.50 -1.49 -0.01

8 1.18 0.98 1.40 2.88 3.51

9 2.03 0.34 1.06 2.05 4.48

10 1.82 2.24 2.71 1.22 1.89

11 -1.90 -0.22 1.38 0.40 0.29

12 2.08 2.09 2.02 2.37 2.22

13 -0.41 0.07 -0.52 -0.20 -0.29

14 2.29 1.62 2.04 2.06 2.71

15 -1.07 -0.23 0.73 -0.88 -1.95

16 0.64 1.31 1.82 1.02 -0.64

Média Aritmética 0.29 0.53 0.89 0.84 0.82

Desvio Padrão 1.35 1.16 1.34 1.35 1.75

Minimo -1.94 -1.43 -1.50 -1.49 -1.95

Máximo 2.29 2.24 2.71 2.88 4.48

Fonte: Pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Tabela 5) Diferença entre pós cirurgia de modelo e final no eixo transverso.

PACIENTE 16 11 26

APOIO

1 0.19 0.42 0.91 Esquerdo

2 0.55 -0.04 0.52 Direito

3 -0.12 -0.62 0.18 Esquerdo

4 -2.45 -1.16 -1.81 Esquerdo

5 -1.66 -0.62 -1.50 Direito

6 1.43 2.17 2.08 Direito

7 -1.43 -2.57 -1.09 Esquerdo

8 -0.10 0.06 -0.64 Direito

9 0.33 1.19 -1.16 Direito

10 -1.07 -0.73 -0.80 Direito

11 -1.36 -1.19 -2.40 Esquerdo

12 1.60 1.31 1.55 Esquerdo

13 -0.05 -0.35 -2.50 Esquerdo

14 0.92 1.11 1.12 Esquerdo

15 -0.21 0.63 -0.82 Direito

16 0.34 -0.20 0.19 Direito

Mediana -0.08 -0.12 -0.72

Minimo -2.45 -2.57 -2.50

Máximo 1.60 2.17 2.08

Fonte: Pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Tabela 6) Diferença entre pós cirurgia de modelo e final no eixo antero posterior.

PACIENTE 13 11 23

1 -4.35 -2.57 -1.45

2 -0.25 -0.19 -0.01

3 2.41 1.45 2.81

4 -3.36 -2.93 -3.19

5 -2.26 -1.97 -2.13

6 -0.23 -0.01 -0.48

7 1.24 1.70 1.41

8 0.43 1.25 -0.33

9 3.03 1.18 1.69

10 0 -0.11 0.93

11 3.09 2.35 3.28

12 1.04 2.13 2.06

13 -1.10 -1.25 -2.18

14 0.43 0.69 0.75

15 -1.46 -1.40 -1.10

16 1.95 1.78 1.98

Média Aritmética 0.04 0.13 0.25

Desvio Padrão 2.16 1.71 1.92

Minimo -4.35 -2.93 -3.19

Máximo 3.09 2.35 3.28

Fonte: Pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Gráfico 1) Médias aritméticas, nos momentos pós-cirurgia de modelo e final na

posição vertical.

Fonte: Pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

80

85

90

95

16 13 11 23 26

MO

TIPO DE DENTE (P=0.409) (P=0.087) (P=0.017) (P=0.024) (P=0.082)

Gráfico 2) Valores medianos nos momentos pós-cirurgia de modelo e final na posição

transversa.

Fonte: Pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Gráfico 3) Médias aritméticas, nos momentos pós-cirurgia de modelo e final na

posição antero-posterior.

Fonte: Pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

35 40 45

16 11 26 M

TIPO DE DENTE (P=0.944) (P=0.763) (P=0.606)

(P=0.679) (P=0.938) (P=0.301)

A análise estatística demonstrou que as médias aritméticas nos dois momentos quando

comparadas, segundo tipo de dente nas posições vertical e antero-posterior, apresentaram

valores do teste t pareado estatisticamente não significativos, exceto na vertical dos dentes 11

e 23. Na posição transversa, através de teste não paramétrico, pode-se verificar que também

não existe diferença estatisticamente significativa entre estes dois momentos. A diferença

entre a média aritmética ou mediana dos dois momentos estudados em cada dente nos três

planos nunca não ultrapassou 0,89 milímetros. Foi observada fidelidade estatística entre o

plano de tratamento proposto e o resultado final obtido, exceto na vertical dos dentes 11 e 23,

como mostram as tabelas 3, 4, 5 e 6 e gráficos 1, 2 e 3.

6. DISCUSSÃO

O posicionamento maxilar correto é imprescindível para se obter o resultado final

desejado. Com a maxila corretamente posicionada, a mandíbula e o mento serão adaptados à

posição planejada e, conseqüentemente, o paciente terá um resultado estético satisfatório.

As bases científicas para a cirurgia maxilar foram estabelecidas em 1975 por Bell,

Fonseca, Kennedy e Levy4. Após este trabalho, a osteotomia do tipo Le Fort I entrou na rotina

do cirurgião maxilofacial possibilitando a completa reabilitação morfofuncional do paciente

portador de deformidade dentofacial. Os autores estudaram como ocorria a revascularização

da maxila após a osteotomia, estabelecendo assim princípios biológicos para o uso da técnica.

Com isso, a cirurgia combinada dos maxilares se difundiu e produziu dois importantes

questionamentos: 1) Como posicionar tridimensionalmente a maxila se o parâmetro oclusal

iria se alterar com a osteotomia de mandíbula? e 2) Como tornar este posicionamento maxilar

o mais previsível possível?

Estas preocupações são freqüentes na literatura mundial e vários métodos foram

descritos2,3,8,9,12,13,15,18,19,24,30,31,34,38,46,48,49,51,54,55,59,62,66,69. As referências internas nas paredes

maxilares foram inicialmente utilizadas e o posicionamento maxilar era obtido através de

mensurações realizadas no trans-operatório69, aumentando o tempo cirúrgico e diminuindo a

precisão obtida. Referências externas são muito utilizadas, principalmente para se atestar o

posicionamento vertical do incisivo superior, sendo um parâmetro confiável da posição

maxilar obtida sem alongar o tempo operatório12,31. Compartilham desta filosofia Van Sickels,

Larsen e Triplett69 que estudaram a fidelidade do posicionamento maxilar comparando o uso

de referências internas e externas. Estes autores concluíram que quando usadas referências

internas a média de erro era de 2,5 milímetros e, se usadas as externas, de apenas 0,7

milímetros, possibilitando um posicionamento fiel do incisivo central superior.

Ellis15 avaliou a técnica convencional de cirurgia de modelo que se utilizava de apenas

um guia cirúrgico oclusal e a posição maxilar era obtida com a associação de referências

internas e externas. O autor encontrou resultados discrepantes entre o planejado e o obtido, o

que demonstrou a imprecisão da técnica. A introdução da plataforma de Erickson para

posicionar a maxila durante a cirurgia de modelo trouxe precisão à mesma15,22. O uso de

goteira intermediária como guia da posição maxilar no trans-operatório, por outro lado,

diminuiu o tempo cirúrgico. Assim sendo, a cirurgia de modelo realizada para cirurgia

combinada tornou-se tecnicamente mais fácil, rápida e previsível. O uso de computador para a

confecção das goteiras cirúrgicas25 ou de um braço robô na cirurgia de modelo63 vem sendo

indicado na literatura mas sem resultados clínicos superiores ao método utilizado por Ellis15.

Esta técnica é criticada por Cottrell e Wolford13 que iniciam a cirurgia combinada dos

maxilares pela cirurgia mandibular e não utilizam a plataforma de Erickson. Estes autores

creditam a esta técnica um tempo laboratorial elevado e menor estabilidade em grandes

avanços do arco superior, maxilas segmentadas ou com paredes ósseas finas. Cottrell e

Wolford13 utilizam linhas verticais e horizontais nos modelos de trabalho para posicionar

corretamente a mandíbula, contudo Ellis15 demostrou graficamente que é impreciso utilizar a

base dos modelos como referência para o movimento a nível oclusal. Ellis15 indica o uso da

plataforma digital que atesta tridimensionalmente o posicionamento dentário utilizando

referências externas, sendo este um método estatísticamente confiável. O tempo utilizado para

se posicionar a maxila na plataforma de Erickson varia de uma hora a até duas horas,

dependendo da complexidade do caso e da experiência individual. O tempo gasto durante a

fase laboratorial diminui o tempo operatório40, e em nenhum dos casos deste trabalho houve

redução da estabilidade pós-operatória por problemas de adaptação da fixação interna rígida

durante a cirurgia, mesmo em casos de grandes avanços, segmentações e paredes ósseas

maxilares finas. A cirurgia combinada dos maxilares é iniciada por Cottrell e Wolford13 pela

mandíbula, entretanto vários outros autores iniciam este procedimento pela

maxila1,2,3,15,18,22,30,31,34,38,39,42,46,54,55,59,62,66,69. Em concordância com a maioria da literatura

mundial iniciamos a cirurgia proposta pela osteotomia maxilar, assim a mandíbula não

operada serviu como guia do posicionamento maxilar final.

Alguns outros fatores estão relacionados com possíveis erros no posicionamento

maxilar como: o posicionamento condilar errado16,32, a remoção insuficiente de interferências

ósseas32, a técnica cirúrgica inadequada32, dentre outras. Portanto, mesmo com uma correta

cirurgia de modelo, a fidelidade entre planejamento e resultado final pode não ser obtida,

comprometendo assim a estética facial do paciente. Alguns autores indicam técnicas

cirúrgicas específicas visando aumentar a estabilidade ou diminuir a incidência de

complicações trans e pós-operatórias, o que poderia afetar o resultado final

planejado11,41,52,58,65,68,73.

O posicionamento condilar durante a cirurgia é considerado uma etapa fundamental

para o sucesso clínico da mesma16,44. O posicionamento da maxila antes da segmentação da

mandíbula é critico e difícil de ser obtido16. Nos pacientes desta amostra foi realizada pressão

na região da sínfise e dos ângulos mandibulares permitindo a correta rotação do bloco maxila

segmentada/mandíbula não operada, permanecendo os côndilos situados nas cavidades

glenóides. Com o posicionamento manual descrito, a goteira intermediária, produzida na

cirurgia de modelo leva a maxila para a posição correta, e qualquer interferência constatada

no trans-operatório deve ser removida permitindo a rotação passiva do bloco supracitado.

Após o posicionamento correto da maxila, esta deve ser fixada para se evitar o

aparecimento de complicações como a pseudoartrose e a perda de resultado precoce. Os

recursos disponíveis são basicamente três: suspensões, quatro placas ou duas placas anteriores

associadas a duas suspensões posteriores. A literatura mundial aponta estes dois últimos

métodos como os mais estáveis21,36,42. O uso de quatro placas, ou de duas placas e duas

suspensões, parecem produzir resultados clínicos semelhantes. Assim sendo, o uso de quatro

placas seria imprescindível apenas em casos com grande instabilidade, como reposição

inferior ou grandes avanços maxilares. Esta opinião é compartilhada por Medeiros e

Medeiros42, salientando que o uso da técnica de osteotomia Le Fort I em degrau possibilita a

ancoragem das placas posteriores em um osso de melhor qualidade, mais compacto. A técnica

Le Fort I em degrau permite ainda a fácil adaptação de enxertos em grandes avanços o que

aumenta a estabilidade final6. Marcantonio, Gabrielli e Coleta36 afirmam que a reposição

inferior de maxila é um dos procedimentos mais instáveis em cirurgia ortognática, sendo

necessário o uso de quatro placas e algum material de interposição entre os fragmentos.

Trabalhos recentes45,74 utilizam apenas duas placas na região anterior da maxila para fixação

da osteotomia maxilar, porém existe a necessidade de mais estudos longitudinais para se

formar um consenso quanto a estabilidade deste método de fixação.

Na literatura mundial existem vários trabalhos comparando o plano de tratamento

proposto e o resultado final obtido9,14,23,26,27,29,30,33,34,35,39,49,54,60,62, demonstrando assim a

preocupação dos autores em se obter fidelidade absoluta. Vários métodos são utilizados para

este fim, dentre eles: a cefalometria9,23,27,29,30,39,49,54,62, os programas de computador14,26,33,35, o

escâner óptico60 e o cefalograma tridimensional34. Os métodos utilizados podem gerar

discrepâncias de resultado de acordo com o indivíduo que faz o registro, ou seja, um mesmo

paciente pode gerar dois resultados distintos se aferidos por dois diferentes examinadores. Por

este motivo foi utilizado como método comparativo medidas lineares aferidas em plataforma

de Erickson de alta precisão e realizadas por um mesmo examinador, eliminando uma

possível variável de erro durante a aferição.

Utilizando a plataforma como método comparativo, a montagem do articulador semi-

ajustável deve ser ideal, pois qualquer alteração no plano oclusal maxilar acarretaria em

conseqüências desastrosas tanto para a cirurgia quanto para o resultado final7,17,24,55.

Utilizando como exemplo uma reposição superior de maxila de seis milímetros em um

articulador corretamente montado não levaria a qualquer avanço de maxila, diferente do

mesmo plano oclusal montado mais agudo. Neste caso, após a reposição superior ocorreria

um pequeno avanço maxilar que em alguns pacientes poderia ser ruim do ponto de vista

estético. Isto ocorreria pela confecção da goteira intermediária ter sido realizada numa posição

maxilar falsa transportando uma situação errada para o trans-operatório. O trabalho de Ellis,

Tharanon e Gambrell19 descreveu uma maneira de se aferir a posição da maxila através da

comparação do plano oclusal do modelo com o plano oclusal do cefalograma. Assim, para

considerarmos correta a montagem é necessário que o ângulo entre o plano oclusal do

cefalograma e Frankfurt coincida com o ângulo formado com o braço superior do articulador

e o plano oclusal do modelo. Se a montagem estiver errada novo arco facial deve ser realizado

até que ambos os planos se encontrem coincidentes. Após esta aferição pode-se iniciar a

cirurgia de modelo com a certeza da correta posição pré-operatória da maxila no articulador

semi-ajustável.

As cirurgias combinadas dos maxilares devem ser montadas em articulador semi-

ajustável, pois é o tipo que melhor transporta a situação do paciente para a cirurgia de modelo.

Existem alguns articuladores semi-ajustáveis: o Hanau, o Dentatus, o Denar e o Whipmix.

O’Malley e Milosevic48 avaliaram estes tipos de articuladores, exceto o Hanau, e observaram

que o mais fiel é o Whipmix demonstrando diferença de apenas dois graus entre o plano

oclusal transferido ao modelo e o plano oclusal do paciente. O Denar obteve diferença de

cinco graus e o Dentatus de sete graus. O articulador escolhido para a montagem dos modelos

foi o Whipmix da Bio-art por demonstrar bons resultados com a maior facilidade de manuseio

pelo operador.

Os pacientes estudados foram submetidos a dois diferentes tipos de osteotomias dos

ramos mandibulares, a sagital e a vertical. Estas técnicas diferem muito durante o período

pós-operatório67 e podem apresentar complicações distintas43,70. Na osteotomia sagital o

paciente não é submetido a bloqueio maxilo-mandibular rígido como na osteotomia vertical,

em que o paciente permanece duas a quatro semanas com os maxilares imobilizados. Assim

sendo, o período para montagem pós-operatória deste trabalho foi de dois meses pois, após

este período, os pacientes dos dois grupos já haviam restabelecido boa abertura bucal e função

mastigatória. Com isso, a nova moldagem maxilar foi mais facilmente obtida e o arco-facial

pôde ser aferido com um maior conforto ao paciente.

O posicionamento vertical dos dentes maxilares (Tabela 3, Tabela 4 e Gráfico 1) se

manteve dentro do planejado no pré-operatório, já que a diferença entre os valores nos dois

momentos variou de -1,95 a +4,48 e P foi superior a 0,05 na maioria da amostra, utilizando-se

teste t pareado. As exceções foram os elementos 11 e 23 onde P obteve valores de 0,017 e

0,024 respectivamente. Estes achados estão em concordância com os de Van Sickels, Larsen e

Triplett69 e Bryan e Hunt9, que também encontraram fidelidade entre plano de tratamento e

resultado final. Em contrapartida, Polido, Ellis e Sinn54, Van Sickels, Larsen e Triplett69,

MacCance, Moss e James39 encontraram diferenças estatisticamente significantes entre estes

dois momentos, o que pode ser creditado ao uso de referências internas para se avaliar o

posicionamento maxilar no trans-operatório, um método estatisticamente pouco confiável54,69.

Neste trabalho foram utilizadas referências externas para se atestar o posicionamento vertical

do incisivo superior conjuntamente ao uso de goteira intermediária, fato este indicado por

vários autores da literatura mundial12,31,69. O paciente do caso 10 ,L.F., obteve a maior

diferença entre planejado e pós-operatório, em relação ao elemento 11, apesar do bom

resultado clínico obtido. Este resultado estético foi satisfatório pois a exposição de incisivo no

pré-operatório era de zero milímetros e o planejamento seria terminar o paciente com dois

milímetros de exposição, mas após dois meses de pós-operatório a borda incisal do incisivo

superior se manteve a quatro milímetros do vermelhão do lábio superior. Este erro de quase

três milímetros poderia ser a causa de um resultado estético insatisfatório se o planejamento

fosse deixar o paciente com quatro milímetros no pós-operatório, pois a exposição de incisivo

ao final do tratamento iria para cerca de sete mílimetros. Neste paciente o fechamento da

ferida cirúrgica foi realizado com a técnica em V-Y, este método não tende a encurtar o lábio

superior como o fechamento tradicional50 o que inconscientemente também auxiliou na

exposição de incisivo satisfatória no pós-cirúrgico. Analisando a posição vertical da tabela 3,

pode-se observar que os elementos 13, 16 e 26 tiveram um P valor superior a 0,05. Entretanto

os dentes 13 e 26 obtiveram valores bem próximos a 0,05 que se somados aos elementos 11 e

23 comprovam a evidência clínica que a tendência ao erro em cirurgia combinada dos

maxilares ocorrer mais no plano vertical do que no transverso e antero-posterior do paciente.

Isto ocorre pois nestes dois últimos planos a goteira intermediária é um auxiliar confiável no

posicionamento maxilar final.

O posicionamento transverso dos dentes maxilares (Tabela 3, Tabela 5 e Gráfico 2) se

manteve dentro do planejado no pré-operatório, já que a diferença entre os valores nos dois

momentos variou de -2,57 a +2,17 e P nunca inferior a 0,05, utilizando-se teste não

paramétrico de Wilcoxon. Os métodos utilizados por vários autores foram a

cefalometria9,23,27,29,30,39,49,54,62, os programas de computador14,26,33,35 e o escâner óptico60 o que

possibilita apenas a mensuração de valores em dois planos: vertical e antero-posterior. A

avaliação da fidelidade do posicionamento transverso maxilar foi realizada por um autor na

literatura mundial34que encontrou diferenças entre o planejamento e resultado final maiores

do que dois milímetros em 45% dos casos. O método utilizado neste trabalho, articulador

semi-ajustável, permitiu a mensuração transversa da maxila e a comparação de valores nos

dois momentos. Os valores encontrados nos dois momentos se comparados entre pacientes

diferem muito, pois cada examinador tem preferência de utilizar um tipo de apoio para a base

da plataforma de Erickson, direito ou esquerdo. Se utilizarmos o apoio esquerdo o dente 26

ficará mais próximo da base de granito e o 16 mais afastado e o oposto é observado se

usarmos o apoio direito. Assim sendo, para a análise estatistica não foram utilizadas médias

aritméticas e teste t pareado, e sim medianas e teste não paramétrico de Wilcoxon.

O posicionamento ântero-posterior dos dentes maxilares (Tabela 3, Tabela 6 e Gráfico

3) se manteve dentro do planejado no pré-operatório, já que a diferença entre os valores nos

dois momentos variaram entre -4,35 a +3,28 e P nunca inferior a 0,05, utilizando-se teste t

pareado. Resultados semelhantes foram encontrados por Polido, Ellis e Sinn54 e por Van

Sickels, Larsen e Triplett69, cujos estudos mostraram diferenças de 1,77 mm e 1,10 mm em

incisivos superiores, respectivamente. Contudo Kwon, Mori, Minani e Lee34 detectaram

diferenças maiores do que dois milímetros em 45% dos casos estudados, na avaliação

tridimensional da posição maxilar. As variações encontradas no sentido antero-posterior

foram as maiores obtidas neste trabalho. Este fato é evidenciado na análise do desvio padrão

(Tabela 3), e pode ser creditado ao uso de elásticos ortodônticos no pós-operátorio na

tentativa de se obter a melhor oclusão possível após a remoção da goteira oclusal.

Os pacientes da amostra se encontraram satisfeitos com o resultado final obtido o que

colaborou com a recuperação pós-operatória e o rápido retorno dos mesmos as suas atividades

sociais53. O posicionamento maxilar estudado mostrou fidelidade entre planejamento pré-

operatório e resultado final, comprovando assim que os erros somados desde a montagem no

articulador até o ato operatório foram insignificantes do ponto de vista clínico, pois a

diferença entre a média aritmética ou mediana dos dois momentos estudados em cada dente

nos três planos não ultrapassou 0,89 milímetros.

7. CONCLUSÕES

1) Houve fidelidade estatística entre os dois momentos estudados nos planos

transverso e antero-posterior da maxila com P > 0,05. Foi observada variação estatisticamente

significante entre o planejado e o final na vertical dos dentes 11 e 23 onde P < 0,05; nos

demais dentes do plano vertical existiu fidelidade com P > 0,05.

2) A variação encontrada entre os dois momentos dos planos vertical, antero-posterior

e transverso da maxila foram: -1,95 a +4,48; -4,35 a +3,28 e -2,57 a +2,17 milímetros,

respectivamente. A diferença entre a média aritmética ou mediana dos dois momentos

estudados em cada dente nos três planos não ultrapassou 0,89 milímetros.

3) A cirurgia de modelo realizada utilizando-se a plataforma de Erickson mostrou-se

um método fidedigno no planejamento das osteotomias combinadas maxilomandibulares.

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skeletal stability following sagittal split ramus osteotomy and intraoral vertical ramus osteotomy for mandibular prognathia. J. Oral Maxillofac. Surg., v.63, n. 10, p.1494-1499, 2005.

68. VAN SICKELS, J.E. A comparative study of bicortical screws and suspension

wires versus bicortical screws in large mandibular advancements. J. Oral Maxillofac. Surg., v.49, n.12, p.1293-1296, 1991.

69. VAN SICKELS, J. E.; LARSEN, A.L.; TRIPLETT, R.G. Predictability of

maxillary surgery: A comparasion of internal and external reference marks. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol., v.61, n.6, p.542-545, 1986.

70. WOLFORD, L.M.; FISCHEL, O.R.; MEHRA, P. Changes in temporomandibular

joint dysfunction after orthognathic surgery. J. Oral Maxillofac. Surg., v.61, n. 6, p. 655-660, 2003.

71. WOLFORD, L.M.; KARRAS, S.C.; MEHRA, P. Considerations for orthognathic

surgery during growth, Part I: Mandibular deformities. Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., v.119, n.2, p.95-101, 2001.

72. WOLFORD, L.M.; KARRAS, S.C.; MEHRA, P. Considerations for orthognathic

surgery during growth, Part II: Maxillary deformities. Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., v.119, n.2, p.102-105, 2001.

73. WOLFORD, L.M.; STEVAO, E.L.L. A modified leverage technique to simplify

the Le Fort I downfracture. J. Oral Maxillofac. Surg., v.62, n.1, p.112-114, 2004. 74. YOON, H.J.; REBELLATO, J.; KELLER, E.E. Stability of the Le Fort I

osteotomy with anterior internal fixation alone: a case series. J. Oral Maxillofac. Surg., v.63, n. 5, p.629-634, 2005.

ANEXO – Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa

APÊNDICE 1 – Formulário de Consentimento Livre e Esclarecido

Prezado responsável, Venho por meio deste documento informar que este é um trabalho de pesquisa para conclusão do Curso de Mestrado na Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro que tem como objetivo avaliar a fidelidade do posicionamento maxilar em cirurgia ortognática nos pacientes do HUPE/UERJ. O referido trabalho envolve a realização da cirurgia ortognática da qual você necessita para correção de problemas funcionais ou estéticos. Após dois meses da cirurgia serão obtidos novos modelos odontológicos que serão montados em articulador, esta etapa não faz parte do tratamento usual sendo uma etapa a mais com o objetivo de conclusão deste trabalho. Os riscos relacionados ao procedimento são inerentes a qualquer cirurgia ortognática da qual você optou no início do tratamento ortodôntico. Estes riscos já foram discutidos com você no inicio do tratamento e são eles: dormência nos tecidos periorais, injúrias dentárias, infecção, hematoma, sangramento, fratura errada, reabsorção óssea, malocusão, falha de consolidação, assimetria facial, perda de fragmento ósseo e ainda, insucesso no tratamento proposto. A sua participação neste estudo é voluntária e sua recusa não implicará em prejuízo algum. Caso aceite e durante o tratamento solicite a sua exclusão, a mesma será feita sem penalização. Toda informação poderá ser obtida por você sempre que existir necessidade e todos os dados anotados serão sigilosos, sendo manuseados pelos responsáveis pelo estudo e arquivados por um período de 7 anos.

Atenciosamente,

Dr. Rafael Seabra Louro Mestrando em Odontologia

Tel.: (21) 2621-6817/(21) 9635-4442

Eu,_________________________________________________ li todas as informações acima e concordo com o que foi exposto. Assim autorizo a minha participação nesta pesquisa.

Assinatura do paciente ou responsável legal

APÊNDICE 2 – Tabelas Individuais dos Pacientes

Caso 1) Tabela com os valores pré-operatório,pós cirurgia de modelo e final do paciente

M.O.N.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 90,40 87,36 87,40

13 92,83 93,58 95,33

11 92,91 94,98 97,50

23 92,76 93,34 96,13

26 89,67 85,15 86,43

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 69,30 70,19 70,38

11 42,86 43,53 43,95

26 11,30 11,30 12,21

C) Antero-posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

13 63,76 67,58 63,23

11 71,18 74,57 72,00

23 63,59 66,64 65,19

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 2) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

R.L.S.C.A.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 81,36 76,59 77,30

13 88,51 83,92 83,35

11 90,87 86,29 85,23

23 89,48 84,40 84,54

26 85,40 80,32 81,51

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 16,32 16,32 16,87

11 39,03 39,08 39,04

26 62,62 62,76 63,28

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

13 50,49 50,74 50,49

11 60,24 60,75 60,56

23 49,68 49,92 49,91

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 3) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

F.C.G.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 85,81 85,73 85,85

13 89,61 89,66 89,57

11 90,12 90,06 90,01

23 90,51 89,61 89,08

26 87,82 86,46 85,68

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 67,56 69,75 69,63

11 41,73 44,42 43,80

26 10,58 13,79 13,97

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 54,29 59,63 62,04

11 62,57 66,68 68,13

23 54,62 58,19 61,00

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 4) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

V.R.K.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 88,86 88,03 88,02

13 90,36 89,71 91,20

11 89,50 89,06 90,71

23 90,34 89,92 91,18

26 88,35 87,83 88,00

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 72,20 71,67 69,22

11 50,27 49,80 48,64

26 20,87 19,98 18,17

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 65,08 69,36 66,00

11 74,68 78,83 75,90

23 67,53 72,26 69,07

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 5) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

D.F.J.F.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 88,89 88,55 87,94

13 90,00 89,83 90,40

11 89,65 90,03 91,23

23 88,58 89,51 90,37

26 87,15 88,28 87,70

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 21,32 20,80 19,14

11 43,36 42,40 41,78

26 68,40 67,90 66,40

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 63,52 69,33 67,07

11 74,37 80,40 78,43

23 62,88 69,39 67,26

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 6) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

R.S.P.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 92,20 89,01 87,07

13 96,40 96,06 94,65

11 97,74 98,55 97,45

23 97,02 96,48 96,01

26 91,57 88,17 87,73

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 12,06 12,66 14,09

11 37,46 37,90 40,07

26 69,60 70,28 72,36

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 63,50 62,05 61,82

11 70,68 69,54 69,53

23 64,55 63,44 62,96

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 7) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

M.R.N.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 88,99 85,78 85,38

13 92,79 88,27 86,84

11 93,76 89,12 87,62

23 92,43 88,05 86,56

26 88,42 85,31 85,30

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 70,03 70,93 69,50

11 49,16 49,97 47,40

26 16,47 17,49 16,40

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 64,06 70,00 71,24

11 67,55 73,53 75,23

23 64,68 70,30 71,71

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 8) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente A.C.

A) Vertical

DENTES PRÉ- PÓS-CIRURGIA FINAL

OPERATÓRIO DE MODELO

16 78,77 78,53 79,71

13 81,79 81,96 82,94

11 82,60 83,24 84,64

23 81,09 81,66 84,54

26 77,56 77,85 81,36

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 19,49 18,18 18,08

11 40,82 38,81 38,87

26 67,03 65,87 65,23

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 53,14 58,90 59,33

11 61,27 67,57 68,82

23 53,33 60,20 59,87

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 9) Tabela com os valores pré-oeratório, pós cirurgia de modelo e final do paciente T.C.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 87,10 82,98 85,01

13 92,36 88,19 88,53

11 92,76 88,69 89,75

23 90,50 86,50 88,55

26 84,88 80,88 85,36

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 17,59 16,78 17,11

11 39,27 39,14 40,33

26 70,06 69,20 68,04

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 60,75 61,18 64,21

11 71,38 71,65 72,83

23 62,92 62,66 64,35

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 10) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

L.F.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 77,30 78,18 80,00

13 81,54 82,39 84,63

11 80,94 82,05 84,76

23 80,59 81,97 83,19

26 77,16 78,73 80,62

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 17,88 17,97 16,90

11 37,28 39,38 38,65

26 65,54 65,30 64,50

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 65,74 66,93 66,93

11 75,36 75,34 75,23

23 67,66 66,04 66,97

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 11) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

F.P.A.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 87,94 84,91 83,01

13 92,66 91,30 91,08

11 94,09 93,60 94,98

23 91,62 90,60 91,00

26 87,40 84,99 85,28

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 67,99 67,86 66,50

11 44,16 44,00 42,81

26 16,78 16,72 14,32

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 55,95 60,04 63,13

11 63,69 67,65 70,00

23 55,70 59,37 62,65

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 12) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

S.B.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 89,53 79,45 81,53

13 95,13 85,90 87,99

11 93,93 85,47 87,49

23 94,70 83,26 85,63

26 87,21 79,12 81,34

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 67,69 70,33 71,93

11 43,98 44,37 45,68

26 20,62 20,36 21,91

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 47,27 46,43 47,47

11 62,47 57,59 59,72

23 47,27 44,26 46,32

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 13) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

C.C.S.C.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 88,34 84,86 84,45

13 90,17 88,22 88,29

11 92,26 91,69 91,17

23 89,82 88,01 87,81

26 87,31 83,80 83,51

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 67,36 67,01 66,96

11 38,24 39,11 38,76

26 19,13 18,94 16,44

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 64,60 68,54 67,44

11 75,77 78,89 77,64

23 65,76 68,07 65,89

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 14) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

J.G.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 83,78 81,72 84,01

13 86,16 88,28 89,90

11 87,05 90,24 92,28

23 87,58 86,73 88,79

26 85,61 80,36 83,07

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 66,37 63,15 64,07

11 43,04 40,09 41,20

26 16,77 13,09 14,21

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 55,47 56,88 57,31

11 65,60 66,43 67,12

23 55,33 56,73 57,48

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 15) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

V.S.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 91,99 93,52 92,45

13 94,33 96,10 95,87

11 94,61 96,55 97,28

23 93,28 95,00 94,12

26 91,48 92,92 90,97

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 17,44 17,44 17,23

11 38,70 39,04 39,67

26 64,10 64,43 63,61

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 54,54 59,83 58,37

11 65,61 70,79 69,39

23 55,87 60,75 59,65

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Caso 16) Tabela com os valores pré-operatório, pós cirurgia de modelo e final do paciente

T.T.C.

A) Vertical

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 89,25 91,11 91,75

13 96,58 98,29 99,60

11 97,45 99,16 100,98

23 96,99 99,19 100,21

26 88,14 90,85 90,21

B) Transverso

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAL

16 15,07 14,88 15,22

11 37,10 38,08 37,88

26 68,96 68,77 68,96

C) Antero-Posterior

DENTES PRÉ-

OPERATÓRIO

PÓS-CIRURGIA

DE MODELO

FINAl

13 52,72 57,85 59,80

11 62,54 67,17 68,95

23 54,52 58,82 60,80

Fonte: Paciente do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

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