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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DOUGLAS PROENCIO FLUXO DE CAIXA PARA O RESTAURANTE E PIZZARIA LA NONNA LTDA ME. Biguaçu 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

DOUGLAS PROENCIO

FLUXO DE CAIXA PARA O RESTAURANTE E PIZZARIA LA NONNA LTDA ME.

Biguaçu

2010

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DOUGLAS PROENCIO

FLUXO DE CAIXA PARA O RESTAURANTE E PIZZARIA LA NONNA LTDA ME.

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado aocurso de Administração do Centro de Educação daUNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção doTítulo de Bacharel em Administração.

Professora Orientadora: M.Sc. Cláudia CatarinaPereira

Biguaçu

2010

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DOUGLAS PROENCIO

FLUXO DE CAIXA PARA O RESTAURANTE E PIZZARIA LA NONNA LTDA ME.

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtençãodo título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, daUniversidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração:

Biguaçu, 24 de maio de 2010.

Prof. M.Sc. ...............................................Cláudia Catarina Pereira

UNIVALI – CE de BiguaçuOrientadora

Prof. M.Sc. ...............................................Maria Albertina Schmitz Bonin

UNIVALI – CE de Biguaçu

Prof. M.Sc. ...............................................Crisanto Soares Ribeiro

UNIVALI – CE de Biguaçu

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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio à

minha esposa e minha família, que sempre me

apoiaram e que de certa forma se sacrificaram para

proporcionar mais esta vitória em minha vida.

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AGRADECIMENTOS

À Deus primeiramente, o autor da minha vida que desde ontem, hoje e

amanhã sempre estará comigo.

Agradeço aos meus maravilhosos pais, que me apoiaram, que sempre

incentivaram ao longo desta caminhada, para o cumprimento de mais um objetivo

pessoal.

Minha eterna gratidão, a minha linda e maravilhosa esposa, que de maneira

igual me apoiou, incentivou e dedicou sua paciência na conclusão desta conquista.

Agradeço a minha orientadora e professora Cláudia Catarina Pereira, sem o

qual este relatório não estaria concluído.

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Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, àsombra do Onipotente descansará. Direi do Senhor:Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza,e nEle confiarei. Porque tu, ó Senhor, és o meurefúgio, o Altíssimo é a tua habitação.

Salmos 91: 1-3, 9.

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RESUMO

PROENCIO, Douglas. Fluxo de Caixa Para o Restaurante e Pizzaria La NonnaLtda ME. 2010. 61 f. Trabalho de Conclusão de Estágio – Universidade do Vale doItajaí, Biguaçu, 2010.

O presente trabalho tem por objetivo propor um fluxo de caixa para o Restaurante ePizzaria La Nonna, para dar suporte no processo de decisões proporcionando umamelhor visualização dos recursos, para melhor controle financeiro. O procedimentometodológico foi feito através da pesquisa bibliografia, documental e análise dosdados. Foram analisados aspectos fundamentais para a elaboração do modeloproposto, como caracterizar o atual método de controle financeiro, identificar asrotinas financeiras, definir itens importantes para estruturação do fluxo de caixa,estruturar os instrumentos de coleta de dados e levantar os dados mensais. Aestruturação do fluxo de caixa fornece o atual diagnóstico para projetar as atividadesfuturas. Com a elaboração do fluxo de caixa a empresa pode verificar a utilização deuma ferramenta que a auxiliara no planejamento de suas futuras ações. Destaca-seainda a importância da realização deste estudo tanto para a empresa quanto para oacadêmico.

Palavras-Chave: Planejamento; Controle Financeiro; Fluxo de Caixa.

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ABSTRACT

PROENCIO, Douglas. Fluxo de Caixa Para o Restaurante e Pizzaria La NonnaLtda ME. 2010. 61 f. Trabalho de Conclusão de Estágio – Universidade do Vale doItajaí, Biguaçu, 2010.

The work hás as its main objecive to propose a model of cash flow for the restaurantand, providing a beter view of resouces, for a better financial control. We analyzed thefundamental aspets for the development of the proposed model, and characterize thecurrent method of financial control, setting itens for determining the structure of the ofthe model of cash flows, identify the financial routines, build the instruments for datacolletion andraise the monthly data. The structuring of cash flow provides the currentdiagnosis for designing future activities. The methodological procedure was donethrough the literature search, document and analyze the data. With the developmentof cash flow the company will have a tool that help plan their future actions. It is alsothe importance of this study for both the company and for the academic.

Key Words: Planning, Financial Control, Cash Flow.

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LISTAS DE TABELAS

Tabela 1 – Modelo de Fluxo de Caixa de Zdanowicz.................................................27

Tabela 2 – Modelo de Fluxo de Caixa de Longo........................................................28

Tabela 3 – Tabela das Alíquotas do Simples Nacional..............................................43

Tabela 4 – Tabela das Alíquotas do ICMS.................................................................43

Tabela 5 – Fluxo de Caixa Projetado.........................................................................50

Tabela 6 – Diferença Orçado X Realizado.................................................................52

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Objetivos do Fluxo de Caixa.....................................................................21

Quadro 2 – Fatores que afetam o fluxo de caixa.........................................................25

Figura 1 – Composição dos Ingressos........................................................................34

Figura 2 – Desempenho dos Ingressos Realizados....................................................35

Figura 3 – Composição dos Desembolsos Administrativos........................................36

Figura 4 – Desempenho dos Desembolsos Administrativos.......................................37

Figura 5 – Composição dos Desembolsos com Pessoal............................................38

Figura 6 – Desempenho dos Desembolsos com Pessoal...........................................39

Figura 7 – Composição dos Desembolsos com Fornecedores...................................40

Figura 8 – Desempenho dos Desembolsos com Fornecedores.................................41

Figura 9 – Composição dos Desembolsos Tributários...............................................42

Figura 10 – Desempenho dos Desembolsos Tributários............................................46

Figura 11 – Composição dos Desembolsos Financeiros............................................45

Figura 12 – Desempenho dos Desembolsos Financeiros...........................................46

Figura 13 – Composição dos desembolsos realizados...............................................47

Figura 14 – Desempenho dos desembolsos realizados..............................................48

Figura 15 – Ingressos X Desembolsos........................................................................49

Figura 16 – Ingressos X Desembolsos com Projeção.................................................51

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................13

1.1 OBJETIVOS......................................................................................................14

1.1.1 OBJETIVO GERAL.............................................. ................................ ........14

1.1.2 Objetivos específicos...................................................................................14

1.2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................15

2.1 FINANÇAS........................................................................................................15

2.1.1 Administração financeira................ ...........................................................16

2.1.2 Funções do administrador financeiro........................................................17

2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO......................................................................17

2.2.1 Planejamento financeiro a longo prazo.............................. ......................18

2.2.2 Planejamento financeiro a curto prazo............................. ........................19

2.3 FLUXO DE CAIXA.................................................................... .......................20

2.3.1 Objetivos do fluxo de caixa........................................................................20

2.3.2 Elaboração do fluxo de caixa.....................................................................22

2.3.3 Requisitos para implantação do Fluxo de Caixa......................................23

2.3.4 Fatores que afetam o fluxo de caixa..........................................................24

2.3.5 Modelos de fluxo de caixa..........................................................................26

2.4 ANÁLISE HORIZONTAL..................................................................................29

2.5 ANÁLISE VERTICAL........................................................................................30

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO................................................................31

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS...................................................32

4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO.................................................... ................32

4.2 INGRESSOS....................................................................................................33

4.3 DESEMBOLSOS..............................................................................................35

4.3.1 Desembolsos administrativos....................................................................35

4.3.2 Desembolsos com pessoal.........................................................................37

4.3.3 Desembolsos com fornecedores................................................................39

4.3.4 Desembolsos tributários..............................................................................41

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4.3.5 Desembolsos financeiros.............................................................................44

4.3.6 Composição e desempenho dos desembolsos realizados.......................47

4.4 INGRESSOS E DESEMBOLSOS......................................................................49

4.5 PROJEÇÃO DO FLUXO DE CAIXA...................................................................49

4.6 ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O ORÇADO E REALIZADO....................52

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................54

REFERÊNCIAS........................................................................................................56

APÊNDICES.............................................................................................................58

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1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, as empresas, para se manterem competitivas, buscam

estratégias para que possam apresentar ao mercado suas vantagens.

Com isso, o fluxo de caixa desempenha um papel importantíssimo dentro da

organização, que determina como a mesma deve agir em relação a metas de

motivação, a avaliações de seus desempenhos, suas decisões de investimento,

orçamento de caixa, entre outros papéis.

O Restaurante e Pizzaria La Nonna.LTDA ME. atua no mercado alimentício há

onze anos, na região de São José-SC. é administrada pelo proprietário e pela sócia-

proprietária.

A empresa possue um controle muito simples, fazendo suas anotações

apenas no papel e caneta, sobre as entradas e saídas diárias, diferente de um fluxo

de caixa, necessitando assim, aperfeiçoar seus controles financeiros através do

estudo realizado.

A proposta do fluxo de caixa irá permitir à empresa uma análise geral de todas

as decisões financeiras com mais entendimento, pois a construção do fluxo de caixa

é justamente para total registro das entradas, saídas, desembolsos.

Assim, nota-se a importância do fluxo de caixa para a organização. Dessa

forma, o presente estudo procura responder a seguinte questão problema: Qual a

estrutura adequada de caixa para a Pizzaria La Nonna LTDA ME?

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Propor ou desenvolver um fluxo de caixa para o Restaurante e Pizzaria La

Nonna.LTDA ME, para dar suporte no processo de decisões, para o período de

janeiro a dezembro de 2009.

1.1.2 Objetivos específicos

• Investigar itens relevantes para a elaboração do fluxo de caixa, entradas

e saídas do Restaurante e Pizzaria La Nonna LTDA ME.;

• Elaborar o de fluxo de caixa para o Restaurante e Pizzaria La Nonna

LTDA ME.;

• Desenvolver a análise horizontal e vertical do fluxo de caixa;

• Elaborar um fluxo de caixa projetado;

• Analisar as variações entre o orçado e o realizado;

1.2 JUSTIFICATIVA

No Brasil, nota-se que o número de empreendedores cresce a cada dia, pois

buscam ter seu próprio negócio, alguns por necessidades, outros por nascerem com

o “dom” de ser empreendedor.

Mas nem todos estão preparados para assumir essa responsabilidade, com

isso, as empresas acabam abrindo falência rapidamente e na maioria das vezes, a

causa disso são problemas financeiros.

A importância do presente estudo está em propor um fluxo de caixa para suprir

as necessidades da organização, para que se conheçam melhor suas receitas, seus

custos, entradas e saídas, visando minimizar seus problemas.

O momento é oportuno, pois o proprietário e a sócia-proprietária visam um

melhoramento em suas receitas, seus custos, buscando um crescimento e a

necessidade de se ter um fluxo de caixa adequado.

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O estudo é viável, pois o proprietário e a sócia-proprietária sentem a

necessidade de renovação visando um crescimento na organização. O acesso às

informações foi concedido, facilitando o estudo, pelo fato dos proprietários terem o

interesse de implantar o projeto do fluxo de caixa, duração que vai do período de

janeiro a dezembro de 2009.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na fundamentação teórica buscou-se analisar os conceitos de finanças;

administração; financeira; as funções do administrador financeiro; planejamento

financeiro, incluindo a longo e a curto prazo; abordando os conceitos de fluxo de

caixa; objetivos do fluxo de caixa; a elaboração do fluxo de caixa; considerando os

requisitos para implantação do fluxo de caixa; fatores que afetam e os modelos da

análise horizontal e vertical.

2.1 FINANÇAS

Para Gitman (2002, p. 4), “finanças é a arte e a ciência de administrar fundos.

De acordo com o autor o ramo das finanças está envolvido nas transferências de

fundos entre pessoas, empresas e governo. Mais especificamente, maximizar a

riqueza obtendo lucro elevado com o menor risco”.

Groppelli e Nikbakht (2001, p. 3) destacam que finanças são aplicações de

uma série de princípios econômicos e financeiros objetivando a maximização da

riqueza da empresa e do valor de suas ações.

No entanto, Brigham (1999, p. 3) mostra que as principais áreas de finanças

podem ser visualizadas por meio de uma revisão das oportunidades de carreira,

essas revisões resultam em uma divisão da área financeira em duas partes: serviços

financeiros e administração financeira.

Os serviços financeiros, para Groppelli e Nikbakht (2001, p. 4), são áreas de

finanças voltadas à percepção e à prestação de assessoria, tanto quanto a entrega

de produtos financeiros a indivíduos, empresas e governo. A área de administração

financeira será detalhada na próxima seção.

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2.1.1 Administração Financeira

Os estudos sobre administração financeira estão crescendo a cada dia,

tornando-se uma área muito importante para as empresas.

Para Gitman (2002, p.10), a administração financeira relaciona-se

estreitamente com economia e contabilidade, mas difere bastante dessas áreas; a

maioria das decisões empresariais são medidas em termos financeiros, e o

administrador financeiro desempenha um papel crucial na operação da empresa.

Longenecker, Morre e Petty (1997, p.420) salientam que administrar os

recursos financeiros de uma empresa é uma das mais importantes atividades que o

empresário tem no seu dia-a-dia. O objetivo dessa função é a obtenção de lucro nas

atividades das empresas, pois se isso não ocorrer todas as outras funções estarão

comprometidas.

Para Brigham (1999, p.4), a administração financeira é importante em todos os

tipos de negócios sejam públicos ou privados.

Groppelli e Nikbakht (2001, p. 4) comentam que nos últimos anos, as

mudanças no ambiente econômico elevaram a importância e a complexidade das

responsabilidades do administrador financeiro; essas mudanças criaram

necessidades de administradores capazes de administrar fluxos de caixa apoiados

em diferentes moedas, além de protegê-los dos riscos políticos e cambiais que

naturalmente emergem das transações internacionais.

Em linha distinta, destaca-se que:

A administração financeira tem por finalidade não somente manter aempresa em permanente situação de liquidez, como também propiciarcondições para a obtenção de lucros que compensem os riscos dosinvestimentos e a capacidade empresarial, a fim de evitar prejuízo nocaixa da organização (HOJI, 1999, p.24).

Dessa forma, pode-se inferir que os administradores financeiros são de suma

importância para o crescimento e desenvolvimento de uma organização, uma vez

que as decisões de investimentos, planejamento financeiro, dentre outras atividades,

são de sua responsabilidade.

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2.1.2 Funções do administrador financeiro

As funções do administrador financeiro são amplas e relacionam-se com

diversas áreas. Veremos um resumo das funções básicas do administrador financeiro

segundo concepção de alguns autores da literatura financeira.

Para Hoji (2000, p. 23), as funções do administrador financeiro se baseiam

em: análise, planejamentos, controle financeiro, tomada de decisões e investimentos

e tomada de decisões de investimentos.

Na mesma concepção, Zdanowicz (2004, p. 29) sustenta que o administrador

financeiro deve manter a empresa em uma permanente situação de liquidez,

maximizar o retorno sobre o capital investido, administrar o capital de giro, avaliar

investimentos feitos sobre itens do ativo permanente, estimar o custo da captação de

recursos de terceiros, analisar as aplicações financeiras melhores para a empresa,

informar as condições atuais e futuras econômico-financeiras da empresa e manter-

se sempre atualizado em relação as linhas de crédito oferecidas e ao mercado.

Sanvicente (1987, p. 17-19) afirma que o administrador financeiro preocupa-se

com a obtenção de recursos financeiros monetários, analisa a eficiência com a qual

os recursos obtidos serão utilizados nos diversos setores da empresa, faz análise de

registro e informações contábeis, realiza uma projeção sobre o movimento de fundos,

aplica os fundos excedentes, fornece à alta administração informações sobre as

perspectivas financeiras futuras da empresa e realiza uma elaboração de planos para

fontes e uso de fundos, a curto e a longo prazo.

Essas são as funções básicas do administrador financeiro. Sabe-se que

existem muitas outras, porém as citadas anteriormente são de extrema importância

para o administrador desenvolver suas funções, seu plano de ação na organização.

2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

O processo de planejamento começa com projeções das receitas de vendas e

dos custos de produção. Em um término padrão de negócios, o orçamento é um

plano que estabelece os gastos para certa atividade e mostra de onde virão os

recursos (BRIGHAM e WESTON, 2000, p. 344).

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Frezatti (2000, p.128) mostra que o planejamento financeiro sustenta o

planejamento operacional, tático e estratégico, pois estes são dependentes para dar

andamento a seus processos. Que o planejamento financeiro corresponde ao

processo de elaboração do orçamento onde todas as decisões são traduzidas para a

linguagem monetária, gerando assim demonstrações de fluxo de caixa e balanço

patrimonial.

Figueiredo e Caggiano (1997, p.27) argumentam que o planejamento não é

apenas uma técnica, o planejamento financeiro tem por objetivo manter o plano

integrado para operações consistentes como os objetivos e metas da companhia a

curto e a longo prazo, que devem ser analisados e revisados constantemente.

Contudo, Groppelli e Nikbaht (2001, p.365) defendem e asseguram que

planejamento financeiro é o processo de avaliar a quantia, estimar as necessidades

de financiamento e como os fundos anteriores foram financiados e por quais

propósitos eles foram gastos.

Pode-se entender que através do planejamento financeiro, a administração da

empresa pode identificar se seus padrões de financiamento e os fundos gastos se

estão de acordo com suas metas, tanto em seus prazos como nas quantias de

recursos lhe exigirá técnicas de planejamento.

2.2.1 Planejamento financeiro a longo prazo

O planejamento financeiro a longo prazo procura entender o impacto das

ações projetadas sobre a situação financeira da empresa, indicando se haverá

excesso ou falta de recursos.

Segundo Zdanowicz (2004, p. 128) tem por objetivo demonstrar à

possibilidade de serem geradas as disponibilidades de caixa, ou obtidos os recursos

financeiros necessários à manutenção das atividades planejadas para um dado

período.

Para Sanvicente (1987, p. 208), o planejamento de longo prazo implica em

previsões sobre o comportamento esperado do meio em que a empresa, fixação de

objetivos amplos, a elaboração dos documentos que formalizam o processo de

planejamento.

Gitman (2002, p. 588), assegura que a elaboração dos planos financeiros à

longo prazo são os que ditam os parâmetros gerais refletidos nos planos e

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orçamentos a curto prazo. Os planos financeiros à longo prazo de maneira geral,

refletem antecipadamente o impacto da implementação de ações planejadas sobre a

situação financeira da empresa.

Hoji (2000, p. 360), define o planejamento de longo prazo como

responsabilidade dos níveis mais altos da administração, que se antecipam os

fatores externos e internos da empresa, isso implica em tomadas de decisões

complexas, pois envolve um grande volume de recursos.

Assim, conclui-se que o planejamento financeiro à longo prazo busca conhecer

antecipadamente o impacto das ações projetadas sobre a situação financeira da

empresa, além de indicar as fontes e aplicações de recursos para concretização das

metas de longo prazo.

2.2.2 Planejamento financeiro a curto prazo

Nesta secção será abordado o planejamento a curto prazo, entendendo seus

indicadores de controle e suas disponibilidades, com objetivo de melhorias nos

processos financeiros da empresa.

Para Gitman (2002, p. 588), planejamento financeiro a curto prazo, são ações

planejadas para um curto período, acompanhadas da previsão de seus reflexos

financeiros.

No entanto, para Ross, Westerfild e Jaffe (1995, p. 534) salientam que o

planejamento financeiro a curto prazo envolve uma análise de decisões que afetam

os ativos e passivos circulantes exercendo na empresa um impacto a curto prazo.

Hoji (2000, p. 361), destaca que o planejamento a curto prazo tem por objetivo

aperfeiçoar o que foi planejado a longo prazo.

Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 426) afirmam que o planejamento

financeiro a curto prazo como plano de ações que governam as atividades na

produção, marketing e outras áreas em momento específico por um período de

tempo.

Para Ross et al. (1998, p. 336), “as decisões financeiras em curto prazo

tipicamente envolvem entradas e saídas de caixa que ocorrem no prazo de um ano,

ou menos”.

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Então, desse modo o planejamento financeiro a curto prazo reflete a

preocupação de estimar detalhadamente as entradas e saídas de capital geradas

pela própria atividade da empresa.

2.3 FLUXO DE CAIXA

De acordo com as citações dos autores abaixo, vemos que é de extrema

importância que a empresa mantenha seu fluxo de caixa atualizado, pois com isso a

empresa poderá estimar com facilidade sua quantidade de ingressos e desembolsos

financeiros.

Para Gitman (2002, p.81), o fluxo de caixa possibilita ao gestor programar e

acompanhar as entradas e as saídas de recursos financeiros, onde a empresa

poderá operar com objetivo as suas metas, a curto e à longo prazo.

Fluxo de caixa é um instrumento que relaciona os ingressos e saídas(desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa emdeterminado intervalo de tempo. A partir da elaboração do fluxo decaixa é possível prognosticar eventuais excedentes ou escassez decaixa, determinando-se mediadas saneadoras a serem tomadas(ASSAF NETO, 1997, p. 39).

Zdanowicz (2004, p.19), afirma que “o fluxo de caixa é o instrumento que

permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar

os recursos financeiros de sua empresa para um determinado período”.

Para Frezatti (1997, p.27), o fluxo de caixa é fundamental na organização em

seu estágio inicial, no desenvolvimento e na sua extinção.

Longenecker, Moore e Petty (1997, p.528) afirmam que o fluxo de caixa é o

demonstrativo que apresenta variações ocorridas na posição de caixa da empresa ao

longo de um determinado período. Na mesma perspectiva Ross, Westerfild e Jaffe

(1995, p.46) o fluxo de caixa ajuda a explicar a variação ocorrida nas contas de

disponibilidade.

2.3.1 Objetivos do fluxo de caixa

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De acordo com Zdanowicz (2004, p.41), “o principal objetivo do fluxo de caixa

é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras

que são realizadas na empresa”.

Na mesma linha, Assaf Neto (1997, p. 123) sustenta que “um dos principais

objetivos do fluxo de caixa é aperfeiçoar a aplicação de recursos próprios e de

terceiros nas atividades mais rentáveis pela empresa”.

O fluxo de caixa tem como objetivo avaliar as alternativas de investimento e

controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa,

que tenham reflexos monetários. Usando também como instrumento de verificação

das situações presentes e futuras do fluxo de caixa na empresa, posicionando-a para

que não chegue a situações de não-liquidez, com a precisão de que não haja

excessos monetários de caixa, e, se houver serão devidamente aplicados. (SILVA,

2000, p.8).

No quadro 1 é apresentado os principais objetivos do fluxo de caixa.

Zdanowicz Matarazzo• Facilitar à análise e cálculo na seleção

das linhas de crédito a serem obtidasjuntas as instituições financeiras;

• Proporcionar o intercâmbio dos diversosdepartamentos da empresa com a áreafinanceira;

• Desenvolver o uso eficiente e racional dodisponível;

• Financiar as necessidades sazonais oucíclicas da empresa;

• Providenciar os recursos para atenderaos projetos de implantação, expansão,modernização ou relocalização industrialou comercial.

• Fixar o nível de caixa, e termos decapital de giro;

• Auxiliar na análise dos valores a recebere estoques, para que se possa julgar aconveniência em aplicar nesses itens ounão;

• Verificar a possibilidade de aplicarpossíveis excedentes de caixa;

• Estudar um programa saudável deempréstimo ou financiamentos;

• Projetar um plano efetivo de pagamentode débitos;

• Analisar a viabilidade de seremcomprometidos os recursos pelaempresa;

• Participar e integrar todas as atividadesda empresa, facilitando assim oscontroles financeiros.

• Avaliar alternativas de investimentos;• Avaliar e controlar ao longo do tempo as

decisões importantes que são tomadas naempresa, com reflexos monetários;

• Avaliar as situações presente e futura docaixa na empresa, posicionando-a paraque não chegue à situação de liquidez;

• Certificar que os excessos momentâneosde caixa estão sendo devidamenteaplicados.

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Quadro 1 – Objetivos do Fluxo de Caixa

Fonte: Zdanowicz (2004, p. 41) e Matarazzo (2007, p. 364).

A partir do quadro 1, constata-se que o fluxo de caixa tem por objetivo principal

fornecer uma ferramenta para o diagnóstico da empresa, através do

acompanhamento dos fluxos monetários em um determinado período, bem como

através do planejamento e controle de seus recursos, o que capacita a empresa a

saudar suas obrigações e manter o equilíbrio das suas contas (ZDANOWICZ, 2004,

p. 41)

2.3.2 Elaboração do fluxo de caixa

Segundo Assef (1999, p. 1-2) na elaboração do fluxo de caixa é necessário ter

duas contas básicas: contas a receber, que são os direitos da empresa, provenientes

da venda de mercadorias, prestação de serviços ou venda de itens do ativo

permanente. E as contas a pagar, que são as obrigações assumidas pela empresa,

derivadas de compras de mercadorias para revenda ou industrialização, impostos e

outros custos, despesas e investimentos.

O fluxo de caixa de uma organização deve conter um detalhamentoque permitam a adequada análise das informações contidas. Um fluxode caixa não adequadamente estruturado leva a empresa a nãoentender, não alisar e não decidir adequadamente sobre a sua liquidez(FREZATTI, 1997, p. 35)

Zdanowicz (2004, p. 132) menciona que “a empresa precisa ter alguns

cuidados para obter um resultado positivo através do fluxo de caixa”, para isso, é

necessário que o administrador financeiro saiba alguns itens para elaboração do

fluxo de caixa, que são os relacionados a seguir:

• Buscar a maximização do lucro, possuindo certos padrões de segurança,

previamente fixados;

• Assegurar ao caixa um nível desejado, a partir da constituição de reservas

necessárias à empresa;

• Obter maior liquidez nas aplicações dos excedentes de caixa no mercado

financeiro;

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• Determinar o nível desejado de caixa, a partir das contas que compõem o

disponível da empresa;

• Fixar limites mínimos, mediante as experiências adquiridas pela empresa,

permitindo realizar os ajustes quando for necessário;

Na elaboração de um fluxo de caixa os dados deverão ser os mais corretos

possíveis, onde os seus responsáveis estejam conscientes da rigorosidade, clareza e

garantia dos dados prestados.

2.3.3 Requisitos para implantação do Fluxo de Caixa

Segundo Zdanowicz (2004, p. 132), os principais requisitos para implantação

do fluxo de caixa são:

• Apoio de cúpula diretiva da empresa;

• Organização da estrutura funcional da empresa com definição clara dos

níveis de responsabilidades de cada área;

• Integração dos diversos setores e/ou departamento da empresa ao sistema

do fluxo de caixa;

• Definição do sistema de informações quanto á qualidade e aos funcionários

a serem utilizados, calendário de entrega dos dados (periodicidade) e os

responsáveis pela elaboração das diversas projeções;

• Treinamento do pessoal envolvido para implantar o fluxo de caixa na

empresa;

• Criação de um manual de operações financeiras;

• Comprometimento dos responsáveis pelas diversas áreas, no sentido de

alcançar os objetivos e as metas propostas no fluxo de caixa;

• Utilização do fluxo de caixa para avaliar com antecedência os efeitos da

tomada de decisões que tenham impacto financeiro na empresa;

• Fluxograma das atividades na empresa, ou seja, definir as atividades meio

e as atividades fins.

Estes requisitos são de grande importância para a elaboração do fluxo de

caixa, pois os dados coletados serão utilizados pelo administrador financeiro, por

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isso, os dados deverão ser mais corretos possível, adaptados no plano de operações

da empresa.

Em complemento, Frezatti (1997, p. 66) ressalta que antes de iniciar o

processo de montagem do fluxo de caixa é necessário que o gestor, tenha uma visão

geral do que espera. Nesse sentido, a primeira coisa a ser definida é o enfoque, uma

vez definido, pode se discutir o plano de contas.

• Enfoque: é de grande utilidade, pois ajudará no processo de tomada de

decisões, ele deve trazer benefícios, para facilitar, agilizar e suportar todo o

processo decisório;

• Plano de contas: é um importante motivo para os desvios encontrados nas

empresas.

Zdanowicz (2004, p.133) afirma que implantar o fluxo de caixa consiste em

apropriar os valores fornecidos pelas varias áreas da empresa segundo regime de

caixa, isto é de acordo com os períodos que efetivamente deverão acontecer as

entradas e as saídas do caixa.

Para implantação do fluxo de caixa deve ser considerado a apropriação dos

valores, conforme o período em que irá acontecer às entradas e às saídas da

empresa, o importante é considerar todos os itens que alterará a posição do caixa da

empresa.

Frezatti (1997, p. 118) argumenta que algo que foi aprovado significa que foi

discutido e comprometido em termos de metas a ser alcançada de maneira

transparente, no momento em que se analisa o desempenho e avaliam as metas

estabelecidas o diálogo se transforma em maneira profissional.

Zdanowicz (2004, p. 55) descreve que “a implantação do fluxo de caixa

consiste em aproximar os valores fornecidos pelas diversas áreas da empresa.” A

empresa deve planejar os ingressos e os desembolsos.

2.3.4 Fatores que afetam o fluxo de caixa

Segundo Marion (1997, p. 382), as transações que afetam o fluxo de caixa

estão divididas em dois grupos: transações que aumentam o fluxo de caixa e

transações que diminuem o fluxo de caixa.

No quadro 2 é apresentado as transações que afetam o fluxo de caixa.

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Transações que aumentam o fluxode caixa

Transações que diminuem o fluxo decaixa

• Integralização do capital pelossócios ou acionistas;

• Empréstimos bancários efinanciamentos;

• Venda de itens do ativopermanente;

• Venda à vista e recebimento deduplicatas a receber;

• Outras entradas (juros, dividendos,indenizações).

• Pagamentos de dividendos aosacionistas;

• Pagamentos de juros, correçãomonetária da divida e amortização dadívida;

• Aquisição de itens do ativo permanente;• Compra à vista e pagamentos de

fornecedores;• Pagamentos de despesas (custos,

contas a pagar).

Quadro 2 – Fatores que afetam o fluxo de caixa

Fonte: Marion (1997, p.382).

Quando a empresa pretende honrar uma obrigação com terceiros, ela precisa

saber, se na data do vencimento terá o dinheiro disponível para saldar o

compromisso. Nestes termos, o centro de interesse estará voltado para o disponível,

ou seja, os saldos de caixa, bancos e aplicações financeiras da empresa.

(ZDANOWICZ, 2004, p. 35).

Silva (2000, p. 27) descreve o que poderá acarretar as principais faltas de

caixa nas empresas, são os fatores que mais preocupam os gestores financeiros. E,

dentre eles, pode-se exemplificar os seguintes:

• Expansão descontrolada das vendas, acima de sua capacidade de

comercialização;

• Insuficiência de capital próprio e utilização do capital de terceiros em

proporção excessiva;

• Aumento exagerado do prazo de faturamento;

• Necessidade de compras em grande volume;

• Aumento da inadimplência;

• Aumento da necessidade de capital de giro em proporção maior do que o

aumento do capital circulante líquido;

• Aumento exagerado do ciclo financeiro;

• Baixa velocidade da rotação dos estoques;

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• Excessiva distribuição de dividendos.

Todos os fatores apontados pelos autores podem interferir nas decisões na

maioria dos setores da empresa, podendo ocasionar um impacto no fluxo de caixa,

obrigando o administrador financeiro a reconhecer as consequências dessas

alterações nas políticas de produção, vendas, distribuição, compras, pessoal, entre

outras.

2.3.5 Modelos de fluxo de caixa

Frezatti (1997, p. 77) observa que “quando se fala em modelo de fluxo de

caixa, uma maneira de facilitar o entendimento é separar o fluxo de caixa dos

quadros auxiliares que o compõem, e detalham as informações”. O autor ainda

menciona que só é possível entender e gerenciar o fluxo de caixa de uma empresa

se ela dispuser do fluxo de caixa propriamente dito e dos saldos que estão ligados ao

fluxo financeiro.

O modelo de fluxo de caixa adotado por uma empresa mostra todo o dinheiro

que flui para dentro e fora da empresa em determinado período. É um suplemento útil

para a demonstração de resultado, uma vez que focaliza a atenção a atenção para o

que está acontecendo com a posição de caixa da empresa ao longo de um

determinado período, e também porque evita julgamentos sobre o recolhimento de

receitas e despesas que fazem parte da demonstração do resultado (BODIE e

MERTON, 1999, p. 84).

Os modelos de fluxo de caixa podem variar segundo alguns autores. Serão

apresentados aqui os modelos de Zdanowicz (2004) e Longo (2001).

Para Zdanowicz (2004), é de extrema importância que o fluxo de caixa

demonstre as entradas e saídas ou os ingressos e desembolsos financeiros,

ocorridos num determinado período.

O modelo proposto por Zdanowicz (2004) é apresentado na tabela 1.

Tabela 1 – Modelo de Fluxo de Caixa

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Modelo de Fluxo de Caixa

Períodos Jan ... Total

Itens P R D P R D P R D

1. INGRESSOS

Vendas a vista

Cobranças em carteira

Desconto de duplicatas

Vendas ativo permanente

Aluguéis recebidos

Aumentos do capital social

Receitas financeiras

Outros

SOMA

2. DESEMBOLSOS

Compras a vista

Fornecedores

Salários

Compras ativo permanente

Energia elétrica

Telefone

Manutenção de máquinas

Despesas administrativas

Despesas com vendas

Despesas tributárias

Despesas financeiras

Outros

SOMA

3. DIFERENÇA PERÍODO (1-2)

4. SALDO INICIAL DE CAIXA

5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (-+3+4)

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6. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA PROJETADO

7. EMPRÉSTIMOS Á CAPTAR

8. APLICAÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO

9. AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS

10. RESGATE DE APLICAÇÕES DE FINANCEIRAS

11. SALDO FINAL DE CAIXA PROJETADO

Legenda: P = Projetado R = Realizado D = Defasagem

Fonte: Zdanowicz (2004, p. 145).

Já o modelo proposto por Longo (2001), tem uma apresentação diferente.

Esse autor também enfatiza a importância da empresa manter controles financeiros

básicos tanto para controle administrativo quanto para servirem como base nos

instrumentos de planejamento.

O modelo de fluxo de caixa proposto por Longo (2001) está descrito na tabela

2.

Tabela 2 – Modelo de Fluxo de Caixa

FLUXO DE CAIXA REALIZADO ‘‘N’’ PERÍODOSPROJETADOS

1. ENTRADAS

1.1 Recebimento de vendas/serviços á vista

1.2 Duplicatas á receber

1.3 Resgate aplicações

1.4 Empréstimos

1.5 Outros: venda de imobilizado

1.6 Seguro recebidos

A- Total dos Recebimentos

2. SAÍDAS

2.1 Pagamento de fornecedores

2.2 Outros gastos com mercadoria

2. 3 Pagamento de tributos

2.4 Despesas com vendas

2.5 Despesas administrativas

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2.6 Despesas com pessoal e encargos

2.7 Outros impostos e taxas

2.8 Despesas financeiras

B - Total dos Pagamentos

C – VARIAÇÃO (A-B)

D - SALDO ANTERIOR

E – SALDO ANTERIOR (C+/-D)

Fonte: Longo (2001, p. 48).

Os modelos apresentados por Zdanowicz (2004) e Longo (2001), demonstram

que não é difícil elaborar um fluxo de caixa para uma empresa. Os modelos são

simples, necessitando, no entanto, que as informações que alimentam o fluxo de

caixa sejam as mais corretas possíveis e que retratem muito bem a realidade da

empresa, pois será com base nestas informações que serão tomadas as decisões

futuras. As mesmas informações também ajudarão a identificar o ponto de equilíbrio

financeiro da empresa e será através dele poderá ser avaliada a lucratividade da

empresa.

2.4 ANÁLISE HORIZONTAL

A Análise horizontal consiste na comparação entre os valores de uma mesma

conta ou grupo de contas, em diversos exercícios sociais. Na qual, representa um

processo de análise temporal, desenvolvida, através de número-índice. (ASSAF,

Neto, 2002, p. 100).

Hoji (1999, p. 273) menciona que “a análise horizontal tem a finalidade de

evidenciar a evolução dos itens das demonstrações contábeis, por períodos”.

De forma mais abrangente Matarazzo (2007, p. 245) destaca que “a análise

horizontal baseia-se na evolução de cada conta e uma série de demonstrações

financeiras em relação à demonstração anterior”.

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2.5 ANÁLISE VERTICAL

Hoji (1999, p. 273) mostra que “a análise vertical facilita a avaliação da

estrutura do ativo e do passivo, bem como a participação de cada item da

demonstração de resultado na formação do lucro ou prejuízo”.

Para Matarazzo (2007, p. 243) afirma que “a análise vertical baseia-se em

valores percentuais das demonstrações financeiras, sendo que o percentual de cada

conta mostra sua real importância no conjunto”.

Segundo Assaf Neto (2002, p. 108) a análise vertical é um processo

comparativo, demonstrando em porcentagem, que se aplica ao se relacionar com

uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificando no

mesmo demonstrativo.

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31

3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

O estudo foi realizado na empresa Restaurante e Pizzaria La Nonna, atua no

mercado alimentício, na região de São José-SC, bairro Barreiros, durante o período

de janeiro de 2009 a dezembro de 2009.

Este capítulo tem por função descrever os procedimentos metodológicos

necessários para construção do Trabalho de Conclusão de Estágio (TCE). Sendo

estes procedimentos distribuídos em duas partes: pesquisa bibliográfica e

documental.

A coleta de dados foi desenvolvida através de pesquisa documental e

histórica, ou seja, através de controles já existentes na empresa e que nunca foram

analisados, tais como: contas a pagar, vendas, movimento do caixa, custos fixos e

variáveis, contas bancárias, livro caixa e outras operações financeiras. A pesquisa

bibliográfica dos dados foi alicerçada pela consulta às fontes pertinentes para o

desenvolvimento deste trabalho, o que permitiu a elaboração de uma estrutura de

controle financeiro.

Para Gil (1999, p. 65), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de

material já elaborado, consistindo principalmente em livros e artigos científicos.

Após essas informações, foram elaborados relatórios que mostraram de forma

evolutiva os resultados financeiros obtidos pela empresa através de fluxos

informativos que permitiu a elaboração do fluxo de caixa proposto.

Posteriormente, para a análise dos demais dados obtidos foram elaboradas

planilhas e gráficos desenvolvidos no software Excel. A análise envolveu também a

comparação das informações sobre os ingressos e desembolsos identificados no

presente estudo, sendo assim, desenvolveu-se a estrutura de um fluxo de caixa para

o Restaurante e Pizzaria La Nonna. Como premissas para elaboração do fluxo de

caixa foram utilizados a analise horizontal e a sazonalidade incidente sobre o ramo

de negócio da empresa estudada.

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32

4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Para a realização deste trabalho identificou-se a necessidade da utilização de

um instrumento que facilitasse a administração dos ingressos e desembolsos da

empresa, otimizando a administração financeira. Esta necessidade deu-se ao fato de

que apesar de a empresa registrar todos seus ingressos e desembolsos, não possuía

um instrumento que pudesse identificar todos os seus grupos de contas bem como

seus componentes formando o plano de contas.

O plano de contas elaborado para o Restaurante e Pizzaria La Nonna é

composto da seguinte forma: ingressos, desembolsos administrativos, desembolsos

com pessoal, parcelamento de dívidas, desembolsos com fornecedores,

desembolsos tributários e desembolsos financeiros, os quais serão apresentados de

forma detalhada no decorrer deste trabalho.

A seguir nas próximas seções, serão apresentados os seguintes temas: um

breve histórico da empresa, as análises de cada grupo de contas, dos ingressos e

desembolsos, bem como seus componentes e seu desempenho nos períodos, além

de um comparativo entre os mesmos ingressos e desembolsos realizados e os

projetados.

4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO

O Restaurante e Pizzaria La Nonna vive hoje, dentro dos parâmetros normais

de uma empresa que zela pelo seu nome no mercado. A organização tem um fundo

de reserva e suas contas em dia e um bom crédito, possui um considerável estoque

de mercadorias.

A organização situa-se na região de São José-SC, na Avenida Leoberto Leal,

número 1235, bairro Barreiros. É uma organização familiar (pai, mãe e uma filha),

contando também com funcionários para serviços de garçom, copeiro, cozinheiro e

limpeza em geral, formando o quadro da organização com total de doze

colaboradores.

Atuando no mercado há onze anos, sempre com os mesmos fornecedores,

dentre eles destacam-se: Supermercado Copal, Makro, Imperatriz, Big, Direto do

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Campo. Os principais concorrentes são: Restaurante Grillos Pizzaria, Espetinho de

Ouro, Cantina Zabot, Tropical Lanches e Porções.

Há onze anos no mercado, com principal atividade no ramo alimentício (alimentos e

bebidas), comprando e vendendo produtos com qualidade, com preços acessíveis

devido à concorrência do mercado. A empresa possui um controle muito simples,

fazendo suas anotações apenas no papel, sobre as entradas e saídas diárias. Dessa

forma, as entradas e saídas são controladas por uma assistente administrativa de

fato, este controle está diferente de um fluxo de caixa, necessitando assim,

aperfeiçoar seus controles financeiros.

4.2. INGRESSOS

Os ingressos da empresa são compostos por vendas à vista e vendas à prazo.

Os recebimentos de vendas são compostos por pagamentos efetuados com dinheiro,

cheques à vista e à prazo e cartões de crédito e débito. Devido à falta de um registro

mais eficiente destes ingressos, não foi possível identificar qual a participação de

cada forma de recebimento. Sendo assim, os ingressos foram classificados apenas

em vendas à vista e à prazo. Na figura 1, é apresentado a composição dos ingressos

da empresa.

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Composição dos Ingressos

39%

61%

Vendas A Vista Vendas A Prazo

Figura 1 – Composição dos IngressosFonte: Dados primários

Os ingressos vindos das vendas à vista são formados apenas pelos

recebimentos efetuados em dinheiro, e as vendas a prazo, por todas as outras

formas de recebimentos que a empresa trabalha, são elas: cheques e cartões de

crédito ou débito e convênio com empresas da região. Nota-se que do total dos

ingressos da empresa no período, a parte mais significativa refere-se às vendas a

prazo, constituindo 61% do total. Situação que pode ser explicada pelo número de

empresas que tem convênio de alimentação que é pago no final de todo mês. Apesar

deste contexto, as vendas à vista participam dos ingressos da empresa de forma

significativa, 39% do total, fato ainda mais ressaltado, pois esta se constitui apenas

de pagamentos feitos em dinheiro.

Na figura 2 é apresentado o desempenho dos ingressos realizados no período

em análise.

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35

0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

35.000,00

40.000,00

45.000,00

jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09

Desempenho dos Ingressos Realizados

Vendas A Vista Vendas A Prazo

Figura 2 – Desempenho dos Ingressos RealizadosFonte: Dados primários

Nota-se que durante o intervalo entre os meses de fevereiro, março, abril, julho

agosto, setembro e outubro de 2009, houve sequências de pequenas oscilações no

volume dos ingressos da empresa, variando entre altas e baixas nos limites entre R$

29.948,19 e R$ 32.030,09. A partir deste período, nos meses de janeiro, maio junho,

novembro e dezembro de 2009, houve um crescimento significativo devido as datas

comemorativas como no mês de maio, o dia das mães e junho dia dos namorados.

4.3. DESEMBOLSOS

Os desembolsos da empresa foram divididos da seguinte forma: desembolsos

administrativos, desembolsos com pessoal, parcelamento de dívidas, desembolsos

com fornecedores, desembolsos tributários, e por fim, os desembolsos financeiros.

As próximas seções apresentam de forma mais especificada as composições

e os desempenhos de cada uma das formas de desembolsos ocorridos na empresa.

4.3.1 Desembolsos administrativos

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Os desembolsos administrativos são compostos pelos seguintes itens: aluguel;

contas de telefone; contas de luz, água e gás; Sindicato de bares e restaurantes,

contabilidade; e diversos.

Na figura 3, é representado de forma gráfica a composição dos desembolsos

administrativos.

Composição dos Desembolsos Administrativos

42%

8%20%

23%

7%

Aluquel Contas De Telefone Contas De Luz / Água / Gás Contabilidade Diversos

Figura 3 – Composição dos Desembolsos AdministrativosFonte: Dados primários

Das contas que compõem os desembolsos administrativos, a que teve maior

participação foi o aluguel estabelecimento, com 42% do total, seguida pela conta

contabilidade com 23% e com grande significância as contas de luz água e gás com

20% do total que equivale, ao valor de R$ 523,55 mensais. Todas as outras contas

tiveram participações não muito significativas no montante dos desembolsos

administrativos. As contas de telefone participaram com 8% e finalmente a conta

diversos que constitui-se de desembolsos esporádicos que a empresa obteve, como

por exemplo, pagamento para manutenção dos sanitários, participando com 7%.

Na figura 4 pode-se observar o desempenho dos desembolsos administrativos

no período em análise.

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37

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09

Desempenho dos Desembolsos Administrativos

Aluquel Contas De Telefone Contas De Luz / Água / Gás Contabilidade Diversos

Figura 4 – Desempenho dos Desembolsos AdministrativosFonte: Dados primários

No que se refere ao desempenho dos desembolsos administrativos, a conta

mais significativa, e que mais influência diretamente nas variações no desempenho

dos desembolsos administrativos, é a do aluguel. Esta situação deve-se ao fato da

localidade do estabelecimento, que fica num dos grandes e movimentados bairros de

São José, que é Barreiros causando desequilíbrio nas contas da empresa e

prejudicando o andamento financeiro da mesma. A conta contabilidade que possui

um valor fixo contratado de R$ 600,00 é outra conta tem valor significativo no

desempenho dos desembolsos administrativos. As outras contas mantiveram-se

equilibradas no período, não sofrendo significantes alterações.

4.3.2 Desembolsos com pessoal

Os desembolsos com pessoal são formados pelas contas a seguir

relacionadas: salário dos funcionários; férias; décimo terceiro salário; e encargos

trabalhistas como INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), FGTS (Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço) e sindicatos (Sindicato dos Empregados no Comércio

de Florianópolis).

Na figura 5 é apresentado a composição dos desembolsos com pessoal da

empresa Criativa.

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38

81%

5%6% 2% 5% 1%

Salários Férias 13. Salário Inss Fgts Sindicatos

Figura 5 – Composição dos Desembolsos com PessoalFonte: Dados primários

Pode-se perceber que a conta mais significativa é a dos salários, participando

com 81% do total. Seguida pelas contas do décimo terceiro salário, com 6% de

participação, FGTS e férias com 5%, INSS com 2% e finalmente a conta dos

sindicatos com 1% na formação dos desembolsos com pessoal no período

examinado.

Na figura 6, a seguir, é representado o desempenho dos desembolsos com

pessoal no período em análise.

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39

0,001.000,002.000,003.000,004.000,005.000,006.000,007.000,008.000,009.000,00

10.000,0011.000,0012.000,0013.000,0014.000,0015.000,0016.000,0017.000,0018.000,00

jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09

Desempenho dos Desembolsos com Pessoal

Salários Férias 13. Salário Inss Fgts Sindicatos

Figura 6 – Desempenho dos Desembolsos com Pessoal

Fonte: Dados primários

A partir figura 6 observou-se que os meses de novembro e dezembro de 2009

são os mais representativos e atípicos do período, bem como os que mais

contribuíram com as variações no desempenho dos desembolsos com pessoal. Este

fato ocorreu principalmente devido ao pagamento do décimo terceiro salário aos

funcionários. No período em análise a empresa possuía em seu quadro de pessoal,

doze funcionários.

As contas de férias e FGTS também contribuíram consideravelmente para as

variações no desempenho dos desembolsos com pessoal, tem seu valor mensal

formado pelo equivalente a 11% do valor dos salários. As contas de INSS e

Sindicatos mantiveram-se estáveis em todo o período e sua influência sobre o

desempenho dos desembolsos com pessoal não é significativa.

4.3.3 Desembolsos com fornecedores

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40

A empresa possue algumas obrigações com o supermercado que compõe

58% dos desembolsos, que é o parcelamento dos valores das compras efetuadas no

decorrer de cada mês, seguido pela conta do frigorífico com 34% e não menos

importante a conta da coleta especial de orgânicos com 8% de participação nos

fornecedores.

A figura 7 representa a seguir, apresenta a composição dos desembolsos com

fornecedores.

Composição dos Desembolsos com Fornecedores

58%

8%

34%

Supermercado Copal Coleta Especial de Organicos Frigorfico

Figura 7 – Composição dos Desembolsos com FornecedoresFonte: Dados primários

O parcelamento de dívidas tem seu montante total, R$ 109.158,57, composto

por três contas com o supermercado que compõe 58% dos desembolsos no

parcelamento de dívidas, seguido pela conta do frigorífico com 34% e não menos

importante a conta da coleta especial de orgânicos com 8% de participação com

fornecedores.

Na sequência, a figura 8 apresenta o desempenho dos desembolsos com

fornrcedores.

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41

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09

Desempenho dos Desembolsos com Fornecedores

Supermercado Copal Coleta Especial de Organicos Frigorfico

Figura 8 – Desempenho dos Desembolsos com FornecedoresFonte: Dados primários

De acordo com a figura 8, a maior discrepância do gráfico apresentado é a

conta com o supermercado Copal. Este fato ocorre, pois é o principal lugar utilizado

pelo restaurante na compra de matéria prima, e no decorrer do período analisado as

oscilações são mínimas. A conta com o frigorífico também apresentou poucas

oscilações em valores exceto, nos meses de janeiro e maio decorrentes de festas de

final de ano e dos dias das mães. E por fim, a conta com a coleta especial de

orgânicos que possue um valor contratado de R$ 700,00 reais e somente nos meses

de janeiro e dezembro tem um reajuste de R$ 100,00.

4.3.4 Desembolsos tributários

A empresa é participante do SIMPLES NACIONAL (Sistema Integrado de

Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de

Pequeno Porte) como empresa de pequeno porte, tanto em âmbito federal quanto

estadual. Em âmbito federal, este sistema permite a empresa pagar seus tributos de

forma unificada, IR (Imposto de Renda), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido), PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)

convertidos em um único tributo com uma alíquota que resulta em um menor valor

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monetário se comparados a soma de todos os valores desembolsados caso fossem

pagos todos os tributos citados de forma individual. Em âmbito estadual, o sistema

simples beneficia a empresa na forma da redução da alíquota tributária referente ao

ICMS (Imposto Sobre Mercadorias e Serviços). Portanto, a empresa possui na

composição dos desembolsos tributários a conta simples federal, ICMS e outros. Na

figura 9, é apresentado à composição dos desembolsos tributários.

Composição dos Desembolsos Tributários

41%

45%

14%

Icms Estadual Simples Federal Outros

Figura 9 – Composição dos Desembolsos com FornecedoresFonte: Dados primários

Com 45% do montante desembolsado com tributos, a conta Simples Federal é

a que mais participa da composição dos desembolsos tributários no período

estudado, em a conta ICMS estadual com 41% de participação sobre o total dos

desembolsos e por fim conta outros com 14%, esta que será melhor detalhada a

seguir.

As alíquotas tributárias para empresas optantes pelo Simples Nacional variam

conforme o porte da empresa (este definido pelo seu faturamento anual bruto) e seu

faturamento mensal bruto. Para o governo federal, empresas com faturamento anual

bruto entre R$ 0,00 e R$ 120.000,00 são consideradas microempresas, a partir daí,

empresas com faturamento anual bruto entre R$ 120.000,01 e R$ 1.200.000,00 são

consideradas EPP (Empresa de Pequeno Porte), e suas alíquotas variam conforme é

apresentado na tabela 3.

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43

Tabela 3 – Tabela das Alíquotas do Simples Nacional

MicroempresaFaturamento Bruto Anual Alíquota

De Até (sobre fat. bruto)R$ 0,00 R$ 60.000,00 2,00%R$ 60.000,01 R$ 90.000,00 3,00%R$ 90.000,01 R$ 120.000,00 4,00%

EPPFaturamento Bruto Anual Alíquota

De Até (sobre fat. bruto)R$ 120.000,01 R$ 240.000,00 5,47%R$ 240.000,01 R$ 360.000,00 6,84%R$ 360.000,01 R$ 480.000,00 7,54%R$ 480.000,01 R$ 600.000,00 7,60%R$ 600.000,01 R$ 720.000,00 8,28%R$ 720.000,01 R$ 840.000,00 8,36%R$ 840.000,01 R$ 960.000,01 8,45%R$ 960.000,01 R$ 1.080.000,00 9,03%R$ 1.080.000,01 R$ 1.200.000,00 9,12%

Fonte: Resolução CGSN nº 31, de 17 de março de 2008.

No presente estudo, observa-se que a empresa é considerada EPP por ter

ultrapassado o teto máximo de R$ 120,000,00 de faturamento anual bruto, passando

então a ser tarifada em 5,40% sobre o faturamento mensal bruto declarado. Já o

ICMS recolhido ao Estado de Santa Catarina, também possui sua alíquota atrelada

ao faturamento mensal bruto declarado, sendo calculado de acordo com o quadro

apresentado na tabela 4.

Tabela 4 – Tabela das Alíquotas do ICMS

MICROEMPRESA & EPPFaturamento Bruto Mensal Alíquota

De Até (sobre fat. bruto)R$ 1,00 R$ 5.000,00 Parc única R$25,00R$ 5.000,01 R$ 7.800,00 0,50%R$ 7.800,01 R$ 15.700,00 1,00%R$ 15.700,01 R$ 31.500,00 1,95%

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44

R$ 31.500,01 R$ 63.000,00 3,75%R$ 63.000,01 R$ 94.600,00 4,85%R$ 94.600,01 em diante 5,95%

Fonte: Lei nº 11.398, do ano 2000

Sendo assim, será apresentada e analisada a figura 12, relativa ao

desempenho dos desembolsos tributários.

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09

Desempenho dos Desembolsos Tributários

Icms Estadual Simples Federal Outros

Figura 10 – Desempenho dos Desembolsos TributáriosFonte: Dados primários

Nota-se na figura 10 que houve um aumento continuo e proporcional das

contas que compõem os desembolsos tributários no período em analise. Porém, de

todo o período em análise, os meses de maior destaque são os meses de janeiro,

maio e junho de 2009, pois nestes meses ocorreram consideráveis aumentos em

diversas contas de todo período estudado.

4.3.5 Desembolsos financeiros

As operações financeiras exercidas pelas empresas geram encargos

financeiros e estes, chamados de desembolsos financeiros. As contas que compõem

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45

estes desembolsos financeiros são: porcentagem sobre venda com cartão

(percentual cobrado pela operadora de cartão de crédito sobre cada venda efetuada

pela empresa); aluguel mensal do equipamento/maquina utilizada para efetuar

vendas com cartões de crédito; IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) mais

tarifas bancárias (tarifas de manutenção de conta corrente) e por fim a conta outras.

Na figura 11 é apresentada à composição dos desembolsos financeiros.

Composição dos Desembolsos Financeiros

47%

25%

17%

11%

% Sobre Venda C/ Cartão Aluguel Máq. Cartão IOF + Tarifas Bancárias Outras

Figura 11 – Composição dos Desembolsos FinanceirosFonte: Dados primários

Do total dos desembolsos financeiros, este no valor de R$ 7.357,50, 47%

refere-se à porcentagem sobre vendas com cartão, a qual é a mais representativa

das contas componentes dos desembolsos financeiros. Esta porcentagem varia de

acordo com o tipo da operação realizada, a vista ou a prazo, e também do tipo do

cartão (crédito ou débito), onde em operações com cartões de crédito à vista é

cobrado pela administradora 3,60% e a prazo 4,10% por operação e o prazo mínimo

para recebimento de capital pela empresa é de trinta dias. Para cartões tipo Electron

(débito), que são aqueles onde a empresa recebe o capital em um dia útil, a taxa é

de 2,45% por operação. Em seguida, com 25%, está é conta aluguel do

equipamento/maquina utilizada para efetuar vendas com cartões de crédito, sendo

este valor correspondente em média de R$ 154,27 mensais durante todo o período.

A conta IOF mais tarifas bancárias corresponde a 17% do total dos desembolsos

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46

financeiros. A IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide sobre toda

operação financeira onde é retirado o capital da conta corrente bancária e

corresponde a 0,38% (trinta e oito centésimos por cento) por cada retirada. A conta

outras representa 11% do total dos desembolsos financeiros, e refere-se a pequenas

e esporádicas taxas sobre operações financeiras. Na figura 12 está apresentado o

desempenho dos desembolsos financeiros.

-100,00200,00300,00400,00500,00600,00700,00800,00

jan/09 fev/09 mar/09abr/09mai/09 jun/09 jul/09 ago/09set/09 out/09 nov/09dez/09

Desempenho dos Desembolsos Financeiros

% Sobre Venda C/ Cartão Aluguel Máq. Cartão IOF + Tarifas Bancárias Outras

Figura 12 – Desempenho dos Desembolsos FinanceirosFonte: Dados primários

De acordo com a figura 12, a conta mais significante e também a que mais

influencia o desempenho dos desembolsos financeiros é a conta porcentagem sobre

venda com cartão. Esta conta tem seu desempenho totalmente atrelado ao volume

de vendas efetuadas pela empresa através de operações com cartões de crédito, ou

seja, os ingressos através de vendas à prazo, já comentado anteriormente, pois, se

não ocorressem estes tipos de operações está conta não existiria. Como pode ser

analisada a conta aluguel do equipamento/máquina utilizada para efetuar vendas

com cartões de crédito possui variações, pois a cobrança não tem um valor fixo. A

conta IOF mais tarifas bancárias também tem seu valor e seu desempenho atrelado a

um evento, a retirada de capital da conta corrente da empresa, o qual depende da

necessidade que a empresa possue naquele período em efetuar essas retiradas.

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47

4.3.6 Composição e desempenho dos desembolsos realizados

Através da análise, foi possível elaborar gráficos relativos à composição e ao

desempenho do total dos desembolsos da empresa no período de janeiro de 2009 a

dezembro de 2009, onde são detalhadas cada conta de desembolso. Sendo assim, é

demonstrada na figura 13 a composição do total dos desembolsos realizados no

período analisado.

Compoição dos Desembolsos Realizados

10%

52%

34%

2% 2%

DESPESAS ADMINISTRATIVAS DESPESA COM PESSOAL DESPESAS COM FORNECEDORES

DESPESAS TRIBUTÁRIAS DESPESAS FINANCEIRAS

Figura 13 – Composição dos desembolsos realizadosFonte: Dados primários

Nota-se que do total dos desembolsos realizados no período, R$ 338.116,83,

a conta que possui maior participação é a dos desembolsos com pessoal,

equivalente a 52% do total, o que demonstra a estabilidade financeira e operacional

da empresa, pois este fato relata que em sua grande maioria, os desembolsos são

convertidos em mão de obra na empresa, na forma de aquisição de mão obra

especializada. Em ordem decrescente pelas contas: despesas com fornecedores

34% do total; a conta despesas administrativas participa com 10%, do total dos

desembolsos realizados, desembolsos com despesas tributárias, equivalente a 2%

do total; e por fim a conta desembolsos financeiros, equivalente também a 2%.

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48

Sendo assim, foi elaborado em forma gráfica o desempenho dos desembolsos

realizados período a período, a seguir apresentado na figura 14.

0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

35.000,00

jan/09 fev/09mar/09abr/09mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09dez/09

Desempenho dos Desembolsos Realizados

DESPESAS ADMINISTRATIVAS DESPESA COM PESSOAL DESPESAS COM FORNECEDORES

DESPESAS TRIBUTÁRIAS DESPESAS FINANCEIRAS

Figura 14 – Desempenho dos desembolsos realizadosFonte: Dados primários

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49

O desempenho dos desembolsos realizados foi influenciado principalmente

pela conta desembolsos com pessoal, como já mencionado anteriormente, a conta

desembolsos com pessoal varia, principalmente em meses que funcionários entram

de férias e nos meses novembro e dezembro, onde a empresa efetua pagamento das

parcelas do décimo terceiro salário, fato considerado normal, mais que contém um

aspecto considerável. Outro fator relevante no que se refere ao desempenho dos

desembolsos é a conta.

4.4 INGRESSOS E DESEMBOLSOS

Uma questão altamente relevante consiste no fato de que após serem feitas

as análises de composição e de totais de todos os ingressos e desembolsos

individualmente, é necessário que seja feita à comparação entre elas. Esta

comparação é apresentada de forma gráfica na figura 15.

Ingressos X Desembolsos

0,005.000,00

10.000,0015.000,0020.000,0025.000,0030.000,0035.000,0040.000,0045.000,00

jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09

TOTAL DE INGRESSOS TOTAL DOS DESEMBOLSOS

Figura 15 – Ingressos X DesembolsosFonte: Dados primários

Em se comparando os ingressos e os desembolsos realizados no período e

apresentados na figura 15, nota-se que o fator positivo da empresa é dos ingressos

serem maiores do que os desembolsos e a quase total estabilidade dos

desembolsos, permanecendo estável na maioria dos períodos.

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50

Os desembolsos da empresa têm seus maiores volumes nos meses de

janeiro com R$ 30.537,70, maio com R$ 29.506,75, novembro com R$ 31.282,84 e

dezembro com R$ 31.774,90, tendo uma média anual de R$ 28.176,40.

Os ingressos se portaram igualmente aos desembolsos no decorrer do

período analisado, com uma estabilidade considerável tenho oscilações nos meses

de janeiro, maio, junho, novembro e dezembro, com seus respectivos valores de R$

40.885,92, R$ 42.227,85, R$ 36.268,25, R$ 36.377,04 e R$ 40.475,84.

4.5 PROJEÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

A partir da análise horizontal e comparação do desempenho dos ingressos e

dos desembolsos no período em questão (sazonalidade), foi elaborada também de

forma gráfica a projeção dos ingressos e desembolsos no fluxo de caixa para os

meses janeiro, fevereiro e março do ano de 2010, como se pode visualizar na tabela

4 a seguir:

Tabela 4 – Fluxo de Caixa ProjetadoFLUXO DE CAIXA - PIZZARIA LA

NONNA Proj-jan/10 Proj-fev/10 Proj-mar/10

INGRESSOS

Vendas A Vista 12.711,46 8.823,39 8.162,90

Vendas A Prazo 21.576,52 17.822,07 17.825,45

TOTAL DE INGRESSOS 34.287,98 26.645,46 25.988,36

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Aluquel 1.125,00 1.125,00 1.125,00

Contas De Telefone 214,61 174,10 197,01

Contas De Luz / Água / Gás 563,65 497,01 539,67

Contabilidade 600,00 600,00 600,00

Diversos 174,37 144,60 153,69

TOTAL 2.677,63 2.540,71 2.615,37

DESPESA COM PESSOAL

Salários 10.789,42 10.751,82 10.790,54

Férias 336,93 164,22 166,40 13. Salário 0,00 0,00 0,00

INSS 289,44 257,19 247,76

FGTS 701,74 681,22 708,64

Sindicatos 187,76 138,15 157,80

TOTAL 12.305,29 11.992,61 12.071,13

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51

DESPESAS COM FORNECEDORES

Supermercado Copal 5.307,99 4.641,39 4.813,95

Coleta Especial de Orgânicos 720,00 630,00 630,00

Frigorfico 3.051,96 2.383,15 2.591,32

TOTAL 9.079,95 7.654,54 8.035,27

DESPESAS TRIBUTÁRIAS

Icms Estadual 237,48 198,38 234,80

Simples Federal 257,18 230,46 216,38

Outros 79,13 50,06 66,17

TOTAL 573,79 478,90 517,34

DESPESAS FINANCEIRAS

% Sobre Venda C/ Cartão 273,32 188,94 234,31

Aluguel Máq. Cartão 153,88 115,91 126,12

IOF + Tarifas Bancárias 120,40 106,28 108,15

Outras 69,80 41,24 63,91

TOTAL 617,41 452,36 532,49

TOTAL DOS DESEMBOLSOS 28.094,68 24.407,54 25.304,73

FLUXO DE CAIXA 6.312,41 3.170,43 2.086,65

Fonte: Dados Primários (2010).

A figura 16, demonstra a projeção efetuada através da analise horizontal para

os três meses do período do ano de 2010.

Ingressos X Desembolsos com Projeção

0,005.000,00

10.000,0015.000,0020.000,0025.000,0030.000,0035.000,0040.000,0045.000,00

jan/09

fev/09

mar/09

abr/0

9

mai/09

jun/09

jul/09

ago/09

set/0

9out/

09

nov/09

dez/0

9

Proj-ja

n/10

Proj-fe

v/10

Proj-m

ar/10

TOTAL DE INGRESSOS TOTAL DOS DESEMBOLSOS

Realizado Projetado

Figura 16: Ingressos X Desembolsos com ProjeçãoFonte: Dados primários

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52

Conforme a figura 16, o desempenho dos ingressos e desembolsos no período

antes da projeção, ou seja, de janeiro 2009 a dezembro de 2009, é bastante estável,

na maioria do período, ocorrendo algumas oscilações significativas em alguns meses

destacado na análise anterior. Para estabelecer uma continuidade na estabilidade da

empresa foi elaborada uma projeção para os três próximos meses do ano de 2010,

Sua projeção foi feita com base nas médias e porcentagens da analise

horizontal, verificando também a sazonalidade do período. A média obtida dos

ingressos conforme análise horizontal do período foi de 78%, sendo assim foi

considerado que a projeção de crescimento no mês de janeiro e nos meses

seguintes um considerável declínio, no caso dos ingressos é em média de 13% ao

mês. Foi com essa média dos ingressos no período em análise que foram orçados os

novos valores para os meses de janeiro, fevereiro e março, sendo os respectivos

valores de R$ 34.287,98, R$ 26.645,46 e R$ 25.988,36.

No caso dos desembolsos foi estabelecido na projeção, os mesmos valores do

período analisado, a média obtida dos desembolsos foi de 92%, sendo considerado

que a projeção de declínio nos meses de janeiro com valor de R$ 28.094,68,

fevereiro com R$ 24.407,54 e o mês de março com um aumento significativo R$

25.304,73, respectivamente.

4.6 ANÁLISE DAS DIFERENÇAS ENTRE O ORÇADO E O REALIZADO

As projeções dos meses de janeiro, fevereiro e março de 2010, foram

comparadas com o realizado, ou seja, com os atuais resultados de caixa da empresa,

nos mesmos meses de projeção, para que fossem estabelecidas as diferenças entre

as projeções e os realizados conforme tabela 5 a seguir:

Tabela 5 – Diferença de Orçado X realizadoFLUXO DE CAIXA -

PIZZARIA LA NONNAOrç-

jan/10Proj-

jan/10 Diferença Orç-fev/10

Proj-fev/10 Diferença Orç-

mar/10 Proj-

mar/10 Diferença

INGRESSOS Vendas A Vista 10.790,91 12.711,46 (1.920,55) 9.820,75 8.823,39 997,36 9.130,00 8.162,90 967,10

Vendas A Prazo 19.847,00 21.576,52 (1.729,52) 18.308,49 17.822,07 486,42 17.900,30 17.825,45 74,85

TOTAL DEINGRESSOS 30.637,91 34.287,98 (3.650,07) 28.129,24 26.645,46 1.483,78 27.030,30

25.988,36 1.041,94

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DESPESASADMINISTRATIVAS

Aluquel 1.125,00 1.125,00 0,00 1.125,00 1.125,00 0,00 1.125,00 1.125,00 0,00

Contas De Telefone 220,34 214,61 5,73 189,61 174,10 15,51 180,30 197,01 (16,71)Contas De Luz / Água /Gás 483,09 563,65 (80,56) 490,77 497,01 (6,24) 488,00

539,67 (51,67)

Contabilidade 600,00 600,00 0,00 600,00 600,00 0,00 600,00 600,00 0,00

Diversos 185,98 174,37 11,61 170,02 144,60 25,42 155,54 153,69 1,85

TOTAL 2.614,41 2.677,63 (63,22) 2.575,40 2.540,71 34,69 2.548,84 2.615,37 (66,53)DESPESAS C/PESSOAL

Salários 10.750,80 10.789,42 (38,62) 10.759,45 10.751,82 7,63 10.783,00 10.790,54 (7,54)

Férias 821,10 336,93 484,17 833,68 164,22 669,46 827,19 166,40 660,79 13. Salário 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

INSS 250,70 289,44 (38,74) 245,06 257,19 (12,13) 240,54 247,76 (7,22)

FGTS 630,00 701,74 (71,74) 638,98 681,22 (42,24) 647,02 708,64 (61,62)

Sindicatos 170,30 187,76 (17,46) 172,48 138,15 34,33 188,05 157,80 30,25

TOTAL12.622,90 12.305,29 317,61 12.649,65 11.992,61 657,04 12.685,80 12.071,13 614,67

DESPESAS C/FORNECEDORES

Supermercado Copal 5.050,37 5.307,99 (257,62) 4.900,00 4.641,39 258,61 4.670,90 4.813,95 (143,05)Coleta Especial deOrgânicos 700,00 720,00 (20,00) 700,00 630,00 70,00 700,00

630,00 70,00

Frigorfico 3.109,10 3.051,96 57,14 2.904,90 2.383,15 521,75 3.008,00 2.591,32 416,68

TOTAL 8.859,47 9.079,95 (220,48) 8.504,90 7.654,54 850,36 8.378,90 8.035,27 343,63 DESPESASTIBUTÁRIAS

Icms Estadual 240,00 237,48 2,52 209,48 198,38 11,10 198,36 234,80 (36,44)

Simples Federal 221,82 257,18 (35,36) 195,45 230,46 (35,01) 187,25 216,38 (29,13)

Outros 99,02 79,13 19,89 88,34 50,06 38,28 71,29 66,17 5,12

TOTAL 560,84 573,79 (12,95) 493,27 478,90 14,37 456,90 517,34 (60,44)DESPESASFINANCEIRAS % Sobre Venda C/Cartão 310,00 273,32 36,68 256,01 188,94 67,07 222,90 234,31 (11,41)

Aluguel POS 151,00 153,88 (2,88) 112,41 115,91 (3,50) 102,63 126,12 (23,49)CPMF + TarifasBancárias 122,54 120,40 2,14 117,00 106,28 10,72 109,23 108,15 1,08

Outras 72,10 69,80 2,30 53,76 41,24 12,52 50,00 63,91 (13,91)

TOTAL 655,64 617,41 38,23 539,18 452,36 86,82 484,76 532,49 (47,73)

TOTAL DOSDESEMBOLSOS

27.462,54 28.094,68(632,14)

26.351,85 24.407,541.944,31

25875.20 25.304,73 570,47

FLUXO DECAIXA 3.175,37 6.312,41

(3.137,04)1.777,39 3.170,43

(1.393,04)1.155,10

2.086,65 (931,55)

Fonte: Dados primários (2009/2010)

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Na tabela 5, nota-se que os ingressos da empresa tiveram uma diminuição

considerável de (R$ 3.650,07) no mês de janeiro, mas nos meses de fevereiro e

março já pode se reabilitar novamente com um aumento significativo de R$ 1.483,78

e R$ 1.041,94 para o período analisado.

Os ingressos da empresa na analise entre orçado e projetado, cresceram nos

meses de fevereiro e março, mas antes de uma queda devido o baixo movimento da

temporada, mas a tendência no decorrer do período de 2010, é do aumento no

movimento voltar e concequentemente os ingressos aumentarem devido a datas

comemorativas como dias das mães no mês de maio.

Os desembolsos da empresa na análise do período entre orçado e projetado,

tiveram uma diminuição no mês de janeiro, mas nos meses seguintes do período

analisado voltaram a aumentar significadamente, principalmente no mês de fevereiro,

seguindo os respectivos valores de (R$ 632,14), R$ 1.944,31 e R$ 570,47.

Estas informações comprovam que a projeção dos ingressos e desembolsos

revelam uma certa instabilidade no decorrer do período analisado, servindo como

referencial para controle do desempenho do fluxo de caixa do Restaurante e Pizzaria

La Nonna.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração deste trabalho de conclusão de estágio teve por objetivo

principal, proporcionar ao Restaurante e Pizzaria La Nonna Ltda., condições a nível

gerencial, de continuar suas atividades no mercado de maneira segura e competitiva,

pois diante do que foi analisado a empresa possue um equilíbrio em controlar suas

operações (ingressos e desembolsos).

Diante disto pode se concluir que todos os objetivos propostos foram atingidos

sendo que a realização deste trabalho serviu para identificar os problemas

financeiros da empresa e servirá também para que futuramente a empresa possa

fazer uma análise criteriosa dos pontos positivos e negativos, a qual trará uma visão

mais clara e sistemática do futuro financeiro da empresa.

Com as análises realizadas nas contas do Restaurante e Pizzaria La Nonna,

verificou-se que algumas decisões não estavam sendo tomadas com precisão, visto

que a mesma não possuía nenhum instrumento de análise financeira, em que apenas

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se baseava em suas anotações. O fluxo de caixa elaborado durante o período em

estudo, comprova que em alguns meses a instabilidade ocorre, mas na maioria do

período estudado, a estabilidade predomina e isso é importante para sua liquidez,

agilidade e confiança.

Com a implantação do modelo de projeção de caixa e fluxo de caixa proposto

por este trabalho, possivelmente haverá uma evolução na facilidade de análise das

finanças da empresa, pois demonstra de maneira mais simples e de fácil

entendimento os valores que a empresa dispõe, com isso, proporcionando ao

proprietário da empresa uma melhor visualização das contas, melhorando sua

tomada de decisão.

Como ferramenta necessária, o modelo de projeção de caixa proposto serve

como instrumento que diagnostica a capacidade que a empresa tem de pagar suas

contas, num determinado instante, e dos compromissos assumidos pela empresa.

O controle do fluxo de caixa torna-se uma ferramenta que auxilia o processo

administrativo e gerencial financeiro de uma empresa, por meio do conhecimento de

suas disponibilidades de recursos financeiros. Se torna de fundamental importância o

uso desse controle, pois a administração financeira das empresas tem como

premissa a necessidade de saber do destino de suas disponibilidades e através do

demonstrativo do fluxo de caixa o Restaurante e Pizzaria La Nonna obterá

informações que servirão de base para seu planejamento financeiro.

Este trabalho de conclusão de estágio descreveu a técnica de utilização do

planejamento de fluxo de caixa, a fim de demonstrar a necessidade de se manter o

controle de caixa da empresa do Restaurante e Pizzaria La Nonna Ltda., de acordo

com suas características, atendendo a seus objetivos e facilitando ao administrador

financeiro a tomada de decisões quanto aos possíveis investimentos de seus

recursos financeiros disponíveis. Com o presente estudo desenvolvido e com o fluxo

de caixa proporcionando suporte, poderia sugerir ao proprietário um novo estudo

visando o aprimoramento na área financeira.

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REFERÊNCIAS

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1999. BODIE, ZVI. ; MERTON, Robert C. Finanças. Tradução: James Sudelland Cook. PortoAlegre: Bookman, 1999.

BRIGHAM, E. F.; WESTON, J. F. Fundamentos da administração financeira. 10. ed.Tradução: Sidney Stancatti. São Paulo: Makron Books, 2000.

BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos da administração financeira. Trad. Maria EmildaCosta e Silva. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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FREZATTI, Fábio. Gestão do fluxo de caixa diário: como dispor de um instrumentofundamental para o gerenciamento do negócio. São Paulo: Atlas, 1997.

. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 2. ed. São Paulo:Atlas, 2000.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GITMAN, Lawrense, J. Princípios de administração financeira: Trad. Jean Jacques Salim,João Carlos Douat. 7. ed. São Paulo: Harbra, 2002.

GROPPELLI, A. A; NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira: um modo fácil dedominar os conceitos básicos. Trad. André Olimpio Mosselmam Du Chenoy Castro. 3. ed.São Paulo: Saraiva, 2001.

HOJI, Masahazu. Administração financeira: uma abordagem prática: matemática financeiraaplicada, estratégias financeiras, analise, planejamento e controle financeiro. 2. ed. SãoPaulo: Atlas, 2000.

. Administração financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 1999.

LONGENECKER, Justin G; MOORE, Carlos W; PETTY, J. Willian. Administração depequenas empresas: ênfase na gerência empresarial. Trad. Maria Lucia G. L. SidneyStancatti. São Paulo: Makron Books, 1997.

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MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

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ROSS, S.A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: CorporateFinance. Tradução: Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1995.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Fluxo de Caixa do Restaurante e Pizzaria La Nonna LTDA ME.

APÊNDICE B – Análise Vertical do Período de janeiro de 2009 a dezembro de 2009.

APÊNDICE C – Análise Horizontal do Período de janeiro de 2009 a dezembro de

2009.

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APÊNDICE A – Fluxo de Caixa do Restaurante e Pizzaria La Nonna LTDA ME.

FLUXO DE CAIXA - PIZZARIA LA NONNA jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09

1 1.001 Vendas A Vista 15.501,78 10.760,23 9.954,76 10.761,93 18.349,91

1.002 Vendas A Prazo 25.384,14 20.967,14 20.971,12 21.268,16 23.877,94

TOTAL DE INGRESSOS 40.885,92 31.727,37 30.925,88 32.030,09 42.227,85

2 DESPESAS ADMINISTRATIVAS2.001 Aluquel 1.125,00 1.125,00 1.125,00 1.125,00 1.125,00

2.002 Contas De Telefone 243,87 197,84 223,87 201,03 237,65

2.003 Contas De Luz / Água / Gás 569,34 502,03 545,12 505,76 545,96

2.004 Contabilidade 600,00 600,00 600,00 600,00 600,00

2.005 Diversos 212,65 176,34 187,43 173,98 194,00

TOTAL 2.750,86 2.601,21 2.681,42 2.605,77 2.702,61

3 DESPESA COM PESSOAL3.001 Salários 10.789,42 10.751,82 10.790,54 10.772,80 11.023,81

3.002 Férias 1.684,65 821,10 832,00 828,12 827,433.003 13. Salário 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003.004 INSS 281,01 249,70 240,54 267,51 264,593.005 FGTS 649,76 630,76 656,15 633,40 657,21

3.006 Sindicatos 231,80 170,56 194,81 176,04 220,00

TOTAL 13.636,64 12.623,94 12.714,04 12.677,87 12.993,04

4 PARCELAMENTO DE DÍVIDAS4.001 Supermercado Copal 5.832,96 5.100,43 5.290,06 5.400,06 5.800,00

4.002 Coleta Especial de Orgânicos 800,00 700,00 700,00 700,00 700,00

4.003 Frigorfico 3.590,54 2.803,71 3.048,61 3.039,09 3.820,00

TOTAL 10.223,50 8.604,14 9.038,67 9.139,15 10.320,00

5 DESPESAS COM FORNECEDORES5.001 Depósitos 1.854,71 1.239,87 1.390,00 1.248,95 1.570,02

5.002 Títulos Bancários 670,00 371,91 448,87 377,52 588,00

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62 TOTAL 2.524,71 1.611,78 1.838,87 1.626,47 2.158,02

6 DESPESAS TRIBUTÁRIAS6.001 Icms Estadual 260,97 218,00 258,02 225,84 255,32

6.002 Simples Federal 295,61 264,90 248,71 270,00 283,51

6.003 Outros 102,76 65,01 85,93 74,87 89,92

TOTAL 659,34 547,91 592,66 570,71 628,75

7 DESPESAS FINANCEIRAS7.001 % Sobre Venda C/ Cartão 345,98 239,16 296,60 244,04 298,54 30

7.002 Aluguel POS 185,40 139,65 151,95 147,60 180,00 18

7.003 CPMF + Tarifas Bancárias 128,08 113,06 115,05 115,00 133,79 11

7.004 Outras 83,10 49,09 76,08 55,83 92,00 75

TOTAL 742,56 540,96 639,68 562,47 704,33

TOTAL DOS DESEMBOLSOS 30.537,70 26.529,94 27.505,14 27.182,44 29.506,75

FLUXO DE CAIXA 10.348,22 5.197,43 3.420,74 4.847,65 12.721,10

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63APÊNDICE B – Análise Vertical do Período de janeiro de 2009 a dezembro de 2009.

FLUXO DE CAIXA - PIZZARIA LANONNA jan/09 A.V fev/09 A.V mar/09 A.V abr/09 A.V mai/09 A.V jun/09 A.V jul/09 A.V ago/09 A.V set/09 A.V o

1 1.001 Vendas A Vista 15.501,78 51% 10.760,23 41% 9.954,76 38% 10.761,93 41% 18.349,91 62% 14.218,88 51% 11.201,65 41% 10.330,19 40% 10.871,85 42% 11

1.002 Vendas A Prazo 25.384,14 83% 20.967,14 79% 20.971,12 79% 21.268,16 80% 23.877,94 81% 22.049,37 79% 20.687,09 76% 19.618,00 76% 19.987,00 77% 19

TOTAL DE INGRESSOS 40.885,92 134% 31.727,37 120% 30.925,88 117% 32.030,09 121% 42.227,85 143% 36.268,25 130% 31.888,74 118% 29.948,19 116% 30.858,85 119% 30

2 DESPESAS ADMINISTRATIVAS2.001 Aluquel 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1

2.002 Contas De Telefone 243,87 1% 197,84 1% 223,87 1% 201,03 1% 237,65 1% 229,23 1% 203,40 1% 198,41 1% 205,43 1%

2.003 Contas De Luz / Água / Gás 569,34 2% 502,03 2% 545,12 2% 505,76 2% 545,96 2% 515,90 2% 510,76 2% 507,92 2% 512,76 2%

2.004 Contabilidade 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2%

2.005 Diversos 212,65 1% 176,34 1% 187,43 1% 173,98 1% 194,00 1% 166,03 1% 170,98 1% 159,01 1% 159,98 1%

TOTAL 2.750,86 9% 2.601,21 10% 2.681,42 10% 2.605,77 10% 2.702,61 9% 2.636,16 9% 2.610,14 10% 2.590,34 10% 2.603,17 10% 2

3 DESPESA COM PESSOAL3.001 Salários 10.789,42 35% 10.751,82 41% 10.790,54 39% 10.772,80 40% 11.023,81 37% 10.775,45 39% 10.772,80 40% 10.790,00 42% 10.772,80 41% 10

3.002 Férias 1.684,65 6% 821,10 3% 832,00 3% 828,12 3% 827,43 3% 833,28 3% 825,12 3% 0,00 0% 0,00 0%

3.003 13. Salário 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0%

3.004 INSS 281,01 1% 249,70 1% 240,54 1% 267,51 1% 264,59 1% 245,98 1% 271,51 1% 219,85 1% 271,51 1%

3.005 FGTS 649,76 2% 630,76 2% 656,15 2% 633,40 2% 657,21 2% 643,29 2% 647,19 2% 469,32 2% 395,00 2%

3.006 Sindicatos 231,80 1% 170,56 1% 194,81 1% 176,04 1% 220,00 1% 228,49 1% 176,04 1% 174,00 1% 168,04 1%

TOTAL 13.636,64 45% 12.623,94 48% 12.714,04 46% 12.677,87 47% 12.993,04 44% 12.726,49 46% 12.692,66 47% 11.653,17 45% 11.607,35 45% 12

4 PARCELAMENTO DE DÍVIDAS4.001 Supermercado Copal 5.832,96 19% 5.100,43 19% 5.290,06 19% 5.400,06 20% 5.800,00 20% 5.291,54 19% 5.390,06 20% 5.110,43 20% 5.412,06 21% 5

4.002 Coleta Especial de Organicos 800,00 3% 700,00 3% 700,00 3% 700,00 3% 700,00 2% 700,00 3% 700,00 3% 700,00 3% 700,00 3%

4.003 Frigorfico 3.590,54 12% 2.803,71 11% 3.048,61 11% 3.039,09 11% 3.820,00 13% 3.450,46 12% 2.830,10 10% 2.893,71 11% 2.870,10 11% 2

TOTAL 10.223,50 33% 8.604,14 32% 9.038,67 33% 9.139,15 34% 10.320,00 35% 9.442,00 34% 8.920,16 33% 8.704,14 34% 8.982,16 35% 8

5 DESPESAS COM FORNECEDORES5.001 Depósitos 1.854,71 6% 1.239,87 5% 1.390,00 5% 1.248,95 5% 1.570,02 5% 1.488,44 5% 1.376,89 5% 1.350,00 5% 1.220,50 5% 1

5.002 Títulos Bancários 670,00 2% 371,91 1% 448,87 2% 377,52 1% 588,00 2% 477,93 2% 390,50 1% 370,05 1% 367,00 1%

TOTAL 2.524,71 8% 1.611,78 6% 1.838,87 7% 1.626,47 6% 2.158,02 7% 1.966,37 7% 1.767,39 7% 1.720,05 7% 1.587,50 6% 1

6 DESPESAS TRIBUTÁRIAS

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646.001 Icms Estadual 260,97 1% 218,00 1% 258,02 1% 225,84 1% 255,32 1% 248,30 1% 220,80 1% 218,00 1% 247,02 1%

6.002 Simples Federal 295,61 1% 264,90 1% 248,71 1% 270,00 1% 283,51 1% 278,00 1% 270,00 1% 264,90 1% 228,71 1%

6.003 Outros 102,76 0% 65,01 0% 85,93 0% 74,87 0% 89,92 0% 99,50 0% 70,05 0% 65,01 0% 85,03 0%

TOTAL 659,34 2% 547,91 2% 592,66 2% 570,71 2% 628,75 2% 625,80 2% 560,85 2% 547,91 2% 560,76 2%

7 DESPESAS FINANCEIRAS7.001 % Sobre Venda C/ Cartão 345,98 1% 239,16 1% 296,60 1% 244,04 1% 298,54 1% 305,81 1% 235,04 1% 296,60 1% 308,54 1% 246

7.002 Aluguel POS 185,40 1% 139,65 1% 151,95 1% 147,60 1% 180,00 1% 180,60 1% 150,00 1% 151,95 1% 119,90 0% 162

7.003 CPMF + Tarifas Bancárias 128,08 0% 113,06 0% 115,05 0% 115,00 0% 133,79 0% 110,00 0% 121,55 0% 115,05 0% 123,79 0% 135

7.004 Outras 83,10 0% 49,09 0% 76,08 0% 55,83 0% 92,00 0% 75,95 0% 49,00 0% 76,00 0% 92,00 0% 69,9

TOTAL 742,56 2% 540,96 2% 639,68 2% 562,47 2% 704,33 2% 672,36 2% 555,59 2% 639,60 2% 644,23 2%

TOTAL DOS DESEMBOLSOS 30.537,70 100% 26.529,94 100% 27.505,14 100% 27.182,44 100% 29.506,75 100% 27.892,30 100% 27.106,79 100% 25.855,29 100% 25.985,17 100% 26

FLUXO DE CAIXA 10.348,22 34% 5.197,43 20% 3.420,74 12% 4.847,65 18% 12.721,10 43% 8.375,95 30% 4.781,95 18% 4.092,90 16% 4.873,68 19% 3

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65APÊNDICE B – Análise Horizontal do Período de janeiro de 2009 a dezembro de 2009.

FLUXO DE CAIXA - PIZZARIA LANONNA jan/09 A.H. fev/09 A.H. mar/09 A.H. abr/09 A.H. mai/09 A.H. jun/09 A.H. jul/09 A.H. ago/09 A.H. set/09 A.H. ou

1 1.001 Vendas A Vista 15.501,78 100% 10.760,23 69% 9.954,76 64% 10.761,93 69% 18.349,91 118% 14.218,88 92% 11.201,65 72% 10.330,19 67% 10.871,85 70% 11

1.002 Vendas A Prazo 25.384,14 100% 20.967,14 83% 20.971,12 83% 21.268,16 84% 23.877,94 94% 22.049,37 87% 20.687,09 81% 19.618,00 77% 19.987,00 79% 19

TOTAL DE INGRESSOS 40.885,92 100% 31.727,37 78% 30.925,88 76% 32.030,09 78% 42.227,85 103% 36.268,25 89% 31.888,74 78% 29.948,19 73% 30.858,85 75% 30

2 DESPESAS ADMINISTRATIVAS2.001 Aluquel 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1

2.002 Contas De Telefone 243,87 100% 197,84 81% 223,87 92% 201,03 82% 237,65 97% 229,23 94% 203,40 83% 198,41 81% 205,43 84%

2.003 Contas De Luz / Água / Gás 569,34 100% 502,03 88% 545,12 96% 505,76 89% 545,96 96% 515,90 91% 510,76 90% 507,92 89% 512,76 90%

2.004 Contabilidade 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100%

2.005 Diversos 212,65 100% 176,34 83% 187,43 88% 173,98 82% 194,00 91% 166,03 78% 170,98 80% 159,01 75% 159,98 75%

TOTAL 2.750,86 100% 2.601,21 95% 2.681,42 97% 2.605,77 95% 2.702,61 98% 2.636,16 96% 2.610,14 95% 2.590,34 94% 2.603,17 95% 2

3 DESPESA COM PESSOAL3.001 Salários 10.789,42 100% 10.751,82 100% 10.790,54 100% 10.772,80 100% 11.023,81 102% 10.775,45 100% 10.772,80 100% 10.790,00 100% 10.772,80 100% 10

3.002 Férias 1.684,65 100% 821,10 49% 832,00 49% 828,12 49% 827,43 49% 833,28 49% 825,12 49% 0,00 0% 0,00 0%

3.003 13. Salário 0,00 100% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0%

3.004 INSS 281,01 100% 249,70 89% 240,54 86% 267,51 95% 264,59 94% 245,98 88% 271,51 97% 219,85 78% 271,51 97%

3.005 FGTS 649,76 100% 630,76 97% 656,15 101% 633,40 97% 657,21 101% 643,29 99% 647,19 100% 469,32 72% 395,00 61%

3.006 Sindicatos 231,80 100% 170,56 74% 194,81 84% 176,04 76% 220,00 95% 228,49 99% 176,04 76% 174,00 75% 168,04 72%

TOTAL 13.636,64 100% 12.623,94 93% 12.714,04 93% 12.677,87 93% 12.993,04 95% 12.726,49 93% 12.692,66 93% 11.653,17 85% 11.607,35 85% 12

4 PARCELAMENTO DE DÍVIDAS4.001 Supermercado Copal 5.832,96 100% 5.100,43 87% 5.290,06 91% 5.400,06 93% 5.800,00 99% 5.291,54 91% 5.390,06 92% 5.110,43 88% 5.412,06 93% 5

4.002 Coleta Especial de Orgânicos 800,00 100% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88%

4.003 Frigorfico 3.590,54 100% 2.803,71 78% 3.048,61 85% 3.039,09 85% 3.820,00 106% 3.450,46 96% 2.830,10 79% 2.893,71 81% 2.870,10 80% 2

TOTAL 10.223,50 100% 8.604,14 84% 9.038,67 88% 9.139,15 89% 10.320,00 101% 9.442,00 92% 8.920,16 87% 8.704,14 85% 8.982,16 88% 8

5 DESPESAS COM FORNECEDORES5.001 Depósitos 1.854,71 100% 1.239,87 67% 1.390,00 75% 1.248,95 67% 1.570,02 85% 1.488,44 80% 1.376,89 74% 1.350,00 73% 1.220,50 66% 1

5.002 Títulos Bancários 670,00 100% 371,91 56% 448,87 67% 377,52 56% 588,00 88% 477,93 71% 390,50 58% 370,05 55% 367,00 55%

TOTAL 2.524,71 100% 1.611,78 64% 1.838,87 73% 1.626,47 64% 2.158,02 85% 1.966,37 78% 1.767,39 70% 1.720,05 68% 1.587,50 63% 1

6 DESPESAS TRIBUTÁRIAS

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666.001 Icms Estadual 260,97 100% 218,00 84% 258,02 99% 225,84 87% 255,32 98% 248,30 95% 220,80 85% 218,00 84% 247,02 95%

6.002 Simples Federal 295,61 100% 264,90 90% 248,71 84% 270,00 91% 283,51 96% 278,00 94% 270,00 91% 264,90 90% 228,71 77%

6.003 Outros 102,76 100% 65,01 63% 85,93 84% 74,87 73% 89,92 88% 99,50 97% 70,05 68% 65,01 63% 85,03 83%

TOTAL 659,34 100% 547,91 83% 592,66 90% 570,71 87% 628,75 95% 625,80 95% 560,85 85% 547,91 83% 560,76 85%

7 DESPESAS FINANCEIRAS7.001 % Sobre Venda C/ Cartão 345,98 100% 239,16 69% 296,60 86% 244,04 71% 298,54 86% 305,81 88% 235,04 68% 296,60 86% 308,54 89% 246,6

7.002 Aluguel POS 185,40 100% 139,65 75% 151,95 82% 147,60 80% 180,00 97% 180,60 97% 150,00 81% 151,95 82% 119,90 65% 162,9

7.003 CPMF + Tarifas Bancárias 128,08 100% 113,06 88% 115,05 90% 115,00 90% 133,79 104% 110,00 86% 121,55 95% 115,05 90% 123,79 97% 135,0

7.004 Outras 83,10 100% 49,09 59% 76,08 92% 55,83 67% 92,00 111% 75,95 91% 49,00 59% 76,00 91% 92,00 111% 69,96

TOTAL 742,56 100% 540,96 73% 639,68 86% 562,47 76% 704,33 95% 672,36 91% 555,59 75% 639,60 86% 644,23 87%

TOTAL DOS DESEMBOLSOS 30.537,70 100% 26.529,94 87% 27.505,14 90% 27.182,44 89% 29.506,75 97% 27.892,30 91% 27.106,79 89% 25.855,29 85% 25.985,17 85% 26

FLUXO DE CAIXA 10.348,22 100% 5.197,43 50% 3.420,74 33% 4.847,65 47% 12.721,10 123% 8.375,95 81% 4.781,95 46% 4.092,90 40% 4.873,68 47% 3