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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RICARDO FRANCISCO LEBARBENCHON ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO DE UMA FILIAL DA JUNGLE JUICE São José 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

RICARDO FRANCISCO LEBARBENCHON

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO

DE UMA FILIAL DA JUNGLE JUICE

São José

2007

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RICARDO FRANCISCO LEBARBENCHON

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO

DE UMA FILIAL DA JUNGLE JUICE

Trabalho de Conclusão de Curso – projeto de

aplicação – apresentado como requisito parcial

para obtenção do grau de Bacharel em

Administração da Universidade do Vale do Itajaí.

Prof. Orientador: Prof. Daniel Augusto de Souza.

São José

2007

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RICARDO FRANCISCO LEBARBENCHON

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO

DE UMA FILIAL DA JUNGLE JUICE

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em [dia, mês

e ano – constante da ata de aprovação]

Prof(a) MSc. Luciana Merlin Bervian Univali – Campus São José Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof(a) MSc. Daniel Augusto de Souza Univali – Campus

São José Professor Orientador

Prof(a) Crisanto Soares Ribeiro Univali – Campus São José

Membro

Prof(a) Osvaldo Faria de Oliveira

Univali – Campus São José Membro

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é proporcionar ao empreendedor uma visão global de viabilidade econômica, para a implantação de uma filial da Jungle Juice em Jurerê Internacional. Uma das etapas deste estudo foi apurar a sensibilidade dos clientes em potencial ao produto principal (smoothies) a ser comercializado pela empresa em questão, e verificar o valor máximo que os clientes em potencial estão dispostos a pagar por este produto. Para se obter esses dados, foi realizada uma pesquisa de campo a qual 02 vendedores ambulantes percorreram as areias da praia de Jurerê Internacional em frente do local onde a empresa pretende se fixar, e se estipulou um valor de R$ 7,50 reais por smoothies vendidos em 4 sabores. Foi constatado que em 03 horas de trabalho foram vendidos 57 smoothies. Foi observado que o fluxo de clientes em potencial que transitam pelo ponto pretendido é muito grande, isso se deve em função que o ponto fica ao lado de um dos bares mais freqüentados por jovens e pessoas de alto poder aquisitivo dessa praia. Pelo local onde se pretende abrir o empreendimento apresentar um tamanho físico pequeno, o cardápio será feito com base nos produtos que apresentam o maior giro na matriz da empresa que se localiza na Lagoa da Conceição. Muitos dos produtos não serão produzidos no local e sim encomendados à matriz a qual ficará responsável pela produção de produtos mais elaborados (sanduíches, pães de queijos e sobremesas) ficando assim a serem produzidos nas dependências da empresa em questão apenas os pratos feitos de açaí, os sucos e smoothies.

Palavras-chave: Viabilidade, econômica.

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ABSTRACT

The objective of this work is to provide the enterprise an overview of economic viability, for the establishment of a subsidiary of Jungle Juice in Jurerê Internacional. One of the steps of this study was to determine sensitivity of potential customers in the main product (smoothies) to be marketed by the company in question, and check the maximum amount of potential customers are willing to pay for this product. To obtain such data, a search was conducted of field which 02 street vendors traveled the sands of the beach Jurerê Internacional In front of where the company wants to be set, and that set a value of $ 7.50 real per smoothies sold in 4 flavors. It was found that in 03 hours of work were sold 57 smoothies. It was observed that the flow of potential customers who cross the desired point is very large, it should be according to that point is next to one of the most bars frequented by young people with high purchasing power of this beach. For the place where you want to open the facilities present a small physical size, the menu will be based on the products that have the greatest spin in the matrix of the company that is located in Lagoa da Conceição. Many of the products will not be produced on site, but ordered the matrix which will be responsible for the production of more elaborate (sandwiches, breads, cheeses and desserts) thus to be produced at the company concerned only the dishes made of açaí, the juices and smoothies.

Key-words: Viability, economic.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 – As 5 forças competitivas.................................................................................... 13

Representação Gráfica – Diagrama de fluxo de caixa............................................................ 16

Gráfico da TIR......................................................................................................................... 21

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Fluxo de caixa – analitica....................................................................................... 15

Tabela 2 – Calculo do Payback simples................................................................................... 17

Tabela 3 –Calculo do Payback descontado............................................................................. 18

Tabela 4 - Resolução do exercício de Payback descontado.................................................... 19

Tabela 5 –Depreciação Linear.................................................................................................. 26

Tabela 6 – Depreciação pelas soma dos digitos...................................................................... 27

Tabela 7 – Depreciação exponencial........................................................................................ 28

Tabela 8 – Calculo de VPL ......................................................................................................30

Tabela 9 – Mão de obra indireta (Custo fixo).......................................................................... 37

Tabela 10 – Depreciação (Custo fixo)..................................................................................... 38

Tabela 11 – Seguros (Custo fixo)............................................................................................. 38

Tabela 12 – Manutenção (Custo fixo)...................................................................................... 38

Tabela 13 – Mão de obra direta (custo variável)...................................................................... 39

Tabela 14 – Custo semanal de matéria prima (custo variável)................................................. 39

Tabela 15 – Custo de material secundário (custo variável)...................................................... 40

Tabela 16 – Custos globais....................................................................................................... 40

Tabela 17 – Receita do projeto................................................................................................. 41

Tabela 18 – Cardápio............................................................................................................... 42

Tabela 19 – Fluxo de caixa do projeto..................................................................................... 43

Tabela 20 – Fluxo de caixa do projeto com 5% de queda de faturamento ............................. 45

Tabela 21 – Fluxo de caixa do projeto com 10% de queda de faturamento ........................... 45

Tabela 22 – Fluxo de caixa do projeto com 15% de queda de faturamento ........................... 46

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 9 1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .................................................................. 10

1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 10

1.2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................. 10

1.2.2. Objetivos Específicos ...................................................................................................... 11

1.3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 11

1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO ................................................................ 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TERICA ...................................................................................... 13 2.1 FLUXOS DE CAIXA ........................................................................................................ 15

2.2 MODELOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO ........................................................... 17

GRÁFICO DA TIR ....................................................................................................................... 22

FONTE: MATHIAS, W. F., 1996. ................................................................................................. 22

2.3 CÁLCULO DE RETORNO DO INVESTIMENTO QUANDO EXISTEM MÚLTIPLAS

TIR 22

2.4 PROJEÇÕES DE RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS .................................................. 23

2.5 PROJEÇÕES DE RESULTADOS .................................................................................... 24

2.6 PROJEÇÕES DE FLUXO DE CAIXA ............................................................................. 25

2.7 DEPRECIAÇÃO ............................................................................................................... 26

2.8 ANÁLISE DE CENÁRIO E SENSIBILIDADE ............................................................... 30

2.9 ESTUDO DE MERCADO ................................................................................................ 32

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO .......................................................................................... 33 3.1 TIPO DE PESQUISA, COLETA DE DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS MESMOS. . 33

3.2 PROCEDIMENTOS DA PESQUISA ............................................................................... 35

3.3 IDENTIFICAÇÃO DO CONSUMIDOR .......................................................................... 35

4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO ................................................................................. 36 4.1 CARACTERÍSTICAS DO PROJETO .............................................................................. 36

4.2 ESTRUTURA DE MERCADO ......................................................................................... 36

4.3 ESTRUTURA DE CUSTOS ............................................................................................. 37

4.4 ESTIMATIVA DAS RECEITAS ...................................................................................... 42

4.5 CARDÁPIO ....................................................................................................................... 43

4.6 FLUXO DE CAIXA .......................................................................................................... 44

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4.7 ANÀSILE DE SENSIBILIDADE DO PROJETO ............................................................. 45

4.8 CÁLCULO DOS INDICADORES DE VIABILIDADE ECONÔMICA .......................... 46

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 48

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1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor) encomendou estudos

que investigaram as condições dos alimentos comercializados no varejo nacional. Na média,

foram encontrados problemas em 20% das amostras de alimentos analisadas. São azeites de

oliva fraudados, biscoitos sem a quantidade de vitaminas mostrada no rótulo, alimentos

dietéticos com problemas na composição, balas importadas com corantes proibidos. A isso

soma-se o fato de que, cerca de 40% dos litros de leite e 70% das carnes vendidos no varejo

não passaram por nenhuma inspeção sanitária (BRUNS NETO, 2000).

Dieta composta de proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, cálcio e outros minerais,

como também, rica em vitaminas. Para isto há necessidade de uma dieta variada, que tenha

todos os tipos de alimentos, sem abusos e também sem exclusões.

Variar os tipos de cereais de carnes, de verduras, legumes e frutas, alternando as

cores dos alimentos. As vitaminas e minerais é que dão as diversas colorações.

A Jungle Juice tem como foco no seu marketing, a promoção da saúde, portanto,

tudo que faz é baseado no objetivo de oferecer uma alimentação saudável. Toda a estrutura de

decoração da Jungle Juice foi criada com o intuito de se construir uma selva no meio da

cidade.

A empresa acredita que a montagem de uma estrutura localizada em Jurerê

Internacional, por ser uma praia freqüentada por um público jovem e preocupado com a

alimentação, pode ser um ótimo investimento.

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1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

Observando a própria Jungle Juice percebeu-se que o mercado de produtos naturais

cresce a cada dia, pois as novas gerações estão tomando ciência que é importante manter o

corpo saudável. Com o crescimento deste mercado também cresce o número de concorrentes.

As rápidas transformações que vem ocorrendo no mundo têm introduzido nações e

organizações a buscarem novos padrões de concorrência, abandonando o modelo fordista-

keynesiano, no qual a estratégia predominante era a eficiência produtiva através da produção

em escala.

Segundo Ansoff (1999, p.99) “isto pode ser causado pela saturação dos mercados

tradicionais, descobertas tecnológicas, dentro ou fora da empresa, ou o repentino surgimento

de novos concorrentes.”

Com o objetivo de ter sua marca mais conhecida neste mercado e de se fortalecer

perante a concorrência, a Jungle Juice estuda a possibilidade de expandir seus negócios, e

para isto pretende realizar um estudo de viabilidade econômica para a implantação de uma

outra unidade.

Ao se realizar um estudo de viabilidade econômica é possível prever futuros

contratempos que podem ocorrer durante a vida da empresa e estruturar ações empresariais

para atingir o maior número de clientes em potencial. Um planejamento bem estruturado pode

auxiliar o empresário nas tomadas de decisões.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1. Objetivo Geral

Identificar a viabilidade econômica para implantação de uma unidade da empresa

Jungle Juice a ser localizada em Jurerê Internacional.

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1.2.2. Objetivos Específicos

Ao realizar o estudo de viabilidade econômica e financeira para a implantação, são

necessários os seguintes procedimentos de pesquisa:

a) Verificar os concorrentes no local onde se pretende instalar o negócio;

b) Levantar custos e estimar as receitas futuras do negócio;

c) Aplicar modelos de análise de viabilidade econômico-financeira; e,

d) Elaborar análise de sensibilidade sobre as receitas do empreendimento.

É necessário verificar a aceitação dos clientes em potenciais que estão abertos a

proposta de se ter uma alimentação saudável fazendo assim um levantamento do fluxo de

pessoas que circulam pelo local e suas características (se são atletas, estado civil, idade, etc).

Estimar a lucratividade e a rentabilidade do empreendimento e realizar projeções de receita e

custos para vários níveis de utilização da capacidade.

1.3 JUSTIFICATIVA

Pode – se observar que o ramo de produtos naturais cresce a cada dia, hoje é comum

se encontrar uma casa de sucos ou lanches naturais espalhados pela cidade. Isso quer dizer

que as pessoas estão mais cientes que é preciso ter uma alimentação saudável para se levar

uma vida saudável. As novas gerações são as que mais estão preocupadas com o corpo.

Porém, a montagem de uma estrutura empresarial dessa, sem a realização de um

estudo de viabilidade é um risco muito grande, pois segundo dados fornecidos pelo SEBRAE

(2006), 58,9% das empresas encerraram as atividades em até 2 anos de existência. Tal estudo

apontou que isso se deve aos juros e impostos altos, falta de preparo dos empreendedores e

falta de conhecimento de mercado.

Visto isso este trabalho está realizando um estudo de viabilidade econômica para a

implantação de uma unidade situada em Jurerê Internacional. Com a realização deste estudo

será possível se ter uma idéia do volume de pessoas que estão dispostas a consumir seus

produtos, levantar o custo de montagem de toda a estrutura necessária para este

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empreendimento, avaliar a rentabilidade e a lucratividade e ainda estimar projeções de

receitas, custos esperado para vários níveis de utilização de capacidade.

1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO

Este trabalho está estruturado em cinco capítulos que estão descritos abaixo:

No primeiro capítulo será descrito a introdução deste trabalho que fala sobre a

importância de se ter uma filial nesta cidade e se apresenta o objetivo deste trabalho.

O segundo capítulo refere – se às informações sobre o mercado de alimentos, as

forças competitivas, indicadores econômicos e as fundamentações teóricas.

O terceiro capítulo fala sobre os tipos de pesquisa para levantamento de dados e o

resultado da pesquisa do produto a ser comercializado pela empresa em questão, com seus

consumidores potenciais.

No quarto capítulo temos o levantamento de dados do projeto como indicadores

econômicos deste projeto, historia da empresa, estrutura da empresa e levantamento de custos

e receitas deste projeto.

No quinto capitulo é a conclusão deste trabalho.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TERICA

O perfil das despesas com alimentação segundo dados dos resultados de Pesquisa de

Orçamentos Familiares – POF realizado pelo IBGE em 2002, indica mudanças no

comportamento das famílias brasileiras em relação ao local de realização das principais

refeições.

Quase um quarto (24%) da despesa média mensal familiar com alimentação é

destinado a refeições fora de casa. Este percentual na área urbana (26%) é o dobro do

encontrado na área rural (13%). Cabe observar que o item de maior peso na alimentação fora

do domicílio é o almoço e o jantar, responsável por 10% do total da despesa familiar com

alimentação no Brasil, chegando a 37% entre as classes de rendimento mais alto. Tais

resultados confirmam a tendência do brasileiro em fazer suas refeições fora de casa, o que

ressalta a importância da promoção da alimentação saudável.

Investir dinheiro em determinado segmento que de certa forma ainda é novo neste

pais é algo arriscado.

Antes de qualquer implantação de um negócio é necessário a realização de um estudo

e definir as suas estratégias empresariais para que se possa estar preparado para enfrentar um

mercado com um número de concorrentes em expansão. Para Montgomery e Porter (1998, p.

05), a “Estratégia é a busca deliberada de um plano de ação para desenvolver e ajustar a

vantagem competitiva de uma empresa“.

Pode-se ainda dizer que a essência estratégica consiste em criar as vantagens

competitivas de amanhã antes que seus concorrentes imitem as que você tem hoje.

Para que a empresa possa alcançar os seus objetivos é preciso estabelecer os seus

pontos fortes: produtos diferenciados, local atrativo para os clientes, onde os clientes estejam

à vontade para realizar suas refeições e que ao mesmo tempo seja um ambiente divertido para

jovens, crianças e adultos, tendo em vista que as novas gerações são as que estão mais aptas a

mudar sua forma de alimentação, preço atrativo (custo x benefício).

Porter (1986) afirma que uma vez diagnosticada as forças a concorrência de uma

indústria a empresa está preparada para identificar os seus pontos fortes e fracos para que

assim se possam estabelecer estratégias defensivas contra as cinco forças de competitivas:

entrantes em potencial, ameaça de substituição, poder de negociação dos compradores, poder

de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os atuais concorrentes.

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De posse do conhecimento dos seus pontos fortes e fracos e fazendo uma análise

juntamente com as cinco forças competitivas a empresa em questão será capaz de formular

suas ações estratégicas perante as suas concorrentes e consequentemente acabará por

maximizar os seus pontos fortes e minimizar os seus pontos fracos.

Ilustração 1: As 5 forças competitivas.

Fonte: Porter, M. E., 1986.

A indústria sofre influência direta de todos os lados, sempre tem a possibilidade de

novos entrantes e até os próprios fornecedores de certo modo também representam uma

ameaça, pois eles podem se tornar seus concorrentes, a indústria tem que estar bem

estabelecida para que possa amenizar a pressão dos compradores e criar barreira para a

entrada de produtos substitutos.

À medida que a concorrência, tanto interna como externa, aumenta o planejamento

estratégico torna se cada vez mais um fator indispensável nas empresas contemporâneas.

Desta forma, o planejamento para Stoner (1985, p. 70) pode ser definido como “A

determinação das políticas e dos programas estratégicos necessários para se atingir os

objetivos específicos e estabelecidos dos métodos necessários para assegurar a execução das

políticas e dos programas.”.

O autor na ilustração acima cita as 5 forças competitivas que serão descritas em

seguida:

Entrantes potenciais: é o que as empresas chamam de barreiras de entrada (escala

de produção, diferenciação de produtos ou serviços, baixo custo, preço, canais de vendas,

tecnologia, localização, experiência de mercado, disponibilidades de capital de giro);

Produtos substitutos: pesquisa de produto, possibilidades de diminuição de custos e

preços;

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Relação com clientes: como esta o atual leque de clientes em relação a:

concentração de compras, importância do insumo para o cliente, importância do produto,

lucratividade e se existem boas alianças com clientes;

Relação com fornecedores: como está o atual leque de fornecedores em relação à

concentração das vendas, importância do cliente, importância do produto para o fornecedor,

diferenciação do produto e se existem boas alianças com os fornecedores;

Relação com concorrentes: vantagens e desvantagens da empresa com relação a

seus concorrentes (produtos diferenciados, curva de experiência, custos fixos, barreiras de

saída, alianças ou redes de operações com os concorrentes).

Ao estabelecer a estratégia a ser utilizada pela empresa para competir neste ambiente

competitivo é necessário também levantar alguns dados econômicos para que se possa avaliar

e comparar dados financeiros, dados como fluxo de caixa, Taxa mínima de atratividade

(TMA), Valor presente líquido (VPL), Payback e Taxa interna de retorno (TIR) que iram

compor o estudo de viabilidade econômica do empreendimento em questão.

2.1 FLUXOS DE CAIXA

Os métodos quantitativos são aplicados com base em fluxos operacionais líquidos de

caixa e seu dimensionamento é considerado como o aspecto mais importante da decisão. A

representatividade dos resultados de um investimento depende bastante do rigor e da

confiabilidade com que são gerados os fluxos de caixas.

Segundo HOJI (2004), os fluxos de caixas podem se apresentar em diversas formas:

a) Fluxos de caixas nominais: encontram-se expressos em valores correntes da época

de sua realização.

b) Fluxos de caixa constantes: os valores são apresentados no mesmo padrão

monetário.

c) Fluxos de caixa descontados: os valores encontram-se todos descontados para a

data presente por meio da taxa de retorno de investimento.

d) Fluxos de caixas convencionais: consistem numa saída inicial de caixa seguida

por uma série de entradas.

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e) Fluxos de caixas não convencionais: ocorre quando uma saída inicial não é

seguida por uma série de entradas, mais de forma alternada e não uniforme, com

várias entradas e saídas.

HOJI (2004) exemplifica da seguinte forma:

Um investidor fez um investimento no valor de R$11.000 no instante inicial zero e

teve os seguintes retornos: R$4.000 no mês 2, $ 5.000 no mês 3 e R$ 6.000 no mês 6. Porem,

ele teve que desembolsar mais R$ 1.000 no mês 3 e R$ 2.144 no mês 5.

O fluxo de caixa descrito acima pode ser representado de duas formas: a analítica e a

gráfica.

Representação analítica do fluxo de caixa:

Tabela 1: Fluxo de caixa – analítica

MESES

ENTRADAS SAÍDAS ENTRADAS / SAÍDAS

0 R$ 11.000 R$ (11.000)

1

2 R$ 4.000 R$ 4.000

3 R$ 5.000 R$ 1.000 R$ 4.000

4

5 R$ 2.144 R$ (2.144)

6 R$ 6.000 R$ 6.000

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(entradas) 4.000 4.000 6.000

0 0

0 1 2 3 4 5 6

11.000 2.144

(saídas)

Representação gráfica (diagrama de fluxo de caixa): Fonte: Hoji. Masakazu. 2004.

A partir do fluxo de caixa, é possível verificar outra variável que possibilitam a

comparação de dados qualitativos e quantitativos de uma analise de investimento.

2.2 MODELOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO

Lapponi (2000) diz que um projeto de viabilidade econômica consiste na união de

informações quantitativas e qualitativas. Para a análise de projetos é necessário à definição de

alguns parâmetros de comparabilidade:

Taxa mínima de atratividade (TMA): é a taxa utilizada para descontar os fluxos de

caixa quando se usa o método do valor presente líquido (VPL).

Valor presente líquido (VPL): reflete a riqueza em valores monetários do

investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor

presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto. É um dos instrumentos

mais utilizados para se avaliar as propostas de investimento, pode ser obtida pela fórmula:

nn

iFC

iFC

iFC

iFC

VPL)1(

...)1()1()1( 22

11

00

+++

++

++

+=

Onde: FC = Fluxo de caixa esperado (positivo ou negativo)

i = Taxa de atratividade (desconto)

É considerado atraente se o resultado obtido for igual ou superior à zero.

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Payback: este indicador mede o tempo de retorno do investimento, a partir do fluxo

de caixa estimado do projeto de investimento.

Existem duas formas de se medir o tempo de retorno do investimento:

Payback simples: compara o tempo necessário para recuperar o investimento PBS

com o máximo tempo tolerado pela empresa para recuperar o tipo de investimento.

Lapponi (2000) exemplifica por meio da tabela abaixo um caso onde será calculado

o payback simples. O autor propõe um fluxo de caixa anual de um projeto de investimento

com duração de cinco anos que visa determinar o tempo necessário para recuperar o capital

investido.

Tabela 2: Cálculo do Payback simples

Anos Capitais Saldo do Projeto

0 (R$2.500,00) (R$2.500,00)

1 R$800,00 (R$1.700,00)

2 R$890,00 (R$810,00)

3 R$940,00 R$130,00

4 R$980,00 R$1.110,00

5 R$1.050,00 R$2.160,00

Fonte: Lapponi, Juan Carlos: Projetos de investimento. Construção e avaliação do fluxo de caixa (2000).

Resolução:

Para que se possa calcular o tempo necessário para se recuperar este capital

investido, foi construída a coluna saldo de projeto. No final do primeiro ano o projeto terá

gerado o retorno líquido de R$800,00 e o saldo do projeto será de (R$1.700,00) resultado da

diferença entre o investimento inicial de (R$ 2.500,00) e o retorno de R$800,00. Isto se repete

ate o fim do quinto ano, assim completando a terceira coluna. A coluna saldo de projeto

mostra que o capital investido será recuperado durante o terceiro ano, próximo do final deste

ano.

Payback descontado: se incluir o fator tempo no payback simples elimina-se um de

seus pontos fracos, pois o dinheiro tem valor no tempo obtendo assim o payback descontado.

A idéia é incluir o custo de oportunidade do capital da empresa; o valor da melhor alternativa

abandonada em favor da alternativa escolhida. O valor da melhor alternativa abandonada é

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medido pela taxa mínima requerida de juros ou custo de capital, e pode ser obtida de duas

maneiras diferentes:

a) Valor presente: em cada ano do fluxo de caixa do projeto acumulamos o valor

presente dos capitais do fluxo de caixa do ano zero até o ano do calculo.

b) Saldo do projeto: a cada ano, ao saldo do projeto do ano anterior adicionamos os

juros de um ano e o retorno desse ano.

Lapponi (2000) propõe um exemplo utilizando a tabela anterior aplicando o método

do payback descontado considerando a taxa mínima requerida K igual a 12% ao ano.

Tabela 3: Cálculo do Payback descontado.

Anos Capitais Valor Presente Valor Presente

Acumulado

0 (R$2.500,00) (R$2.500,00) (R$2.500,00)

1 R$800,00 R$714,00 (R$1.786,00)

2 R$890,00 R$710,00 (R$1.076,00)

3 R$940,00 R$669,00 (R$407,00)

4 R$980,00 R$623,00 R$216,00

5 R$1.050,00 R$596,00 R$811,00

Fonte: Lapponi, Juan Carlos: Projetos de investimento. Construção e avaliação do fluxo de caixa, 2000.

Resolução:

O valor presente do investimento inicial na data zero é o próprio valor do

investimento R$2.500,00. O valor presente do retorno no final do primeiro ano é igual a

R$714,00 obtido com a formula VP= R$800 x 1,12-1=R$714, 00, considerando a taxa mínima

requerida 12% ao ano. VP Acumulado no ano é igual a (R$1.786,00) = (R$2.500,00) +

R$714,00. Procedendo desta maneira até o quinto ano.

O tempo de recuperação do capital investido encontra-se entre o terceiro e o quarto

ano. Realizando uma interpolação linear obtemos PBD=3,65 anos, valor obtido com a

expressão:

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20

216407407

343

+=

−−PBD

65,33)34(216407

407=+−

+=PBD

O resultado PBD = 3,65 anos informa que o investimento será recuperado e

remunerado em 3,65 anos, ou três anos e oito meses aproximadamente.

Tabela 4 – Resolução do exercício de Payback descontado

K = 12 %

anos capitais juros s. do projeto detecção do pbs

0 (R$2.500,00) R$0 (R$2.500,00)

1 R$800,00 (R$300,00) (R$2.000,00)

2 R$890,00 (R$240,00) (R$1.350,00)

3 R$940,00 (R$162,00) (R$572,00)

4 R$980,00 (R$69,00) R$339,00 3,628

5 R$1.050,00 R$41,00 R$1.430,00

PBD = 3,63

Fonte: Lapponi, Juan Carlos. Projetos de Investimento: construção e avaliação do fluxo de caixa, 2000.

Taxa interna de retorno (TIR): representa a taxa de desconto que iguala, num único

momento, os fluxos de entrada com os de saída de caixa. Ela produz um VPL igual à zero.

nn

IRRFC

IRRFC

IRRFC

IRRFC

ZERO)1(

...)1()1()1( 2

21

10

0

+++

++

++

+=

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21

Onde: FC = fluxo de caixa esperado (positivo ou negativo)

É considerado economicamente atraente todo investimento que apresente TIR maior

ou igual à TMA.

Exemplo:

Considerando-se que o fluxo de caixa é composto apenas de uma saída no período 0

de R$ 100,00 e uma entrada no período 1 de R$120,00, onde i corresponde à taxa de juros:

Para VPL = 0 temos i = TIR = 0,2 = 20%

A TIR pode ser interpretada da seguinte forma:

a) Maior do que a Taxa Mínima de Atratividade: significa que o investimento é economicamente atrativo.

b) Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento está economicamente numa situação de indiferença.

c) Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento não é economicamente atrativo pois seu retorno é superado pelo retorno de um investimento sem risco.

Como uma ferramenta de decisão, a TIR é utilizada para avaliar investimentos

alternativos.

Representação gráfica da TIR

Suponha-se um projeto com os seguintes dados:

Investimento Inicial: R$ 90.000,00

Retornos Anuais: 5 x R$ 25.000,00

Calcula-se o VPL com as taxas abaixo e obtem-se os seguintes valores:

Taxa anual VPL 5% 18.236,00

10% 4.769,00 12% 119,00 13% - 2.069,00

15% - 6.196,00

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22

Interpolando as taxas de 12% e 13% (taxas positiva e negativa) ter-se-á:

1%→2.188

x%→2.069

x = 1 x 2069 = 0,9454

2.188

TIR = 13 - 0,9454 ou 12,0546% a.a.

Pode-se representar graficamente da seguinte maneira:

Gráfico da TIR Fonte: Mathias, W. F., 1996.

2.3 CÁLCULO DE RETORNO DO INVESTIMENTO QUANDO EXISTEM MÚLTIPLAS TIR

Para o cálculo de retorno do investimento, Casarotto (2002) utiliza a taxa interna de

retorno modificado (TIRM), que considera a existência de duas taxas de análise: taxa de

reaplicação (IR) e a taxa de segurança (IS).

“A taxa IR representa uma oportunidade factível de reaplicação dos saldos e a taxa

de segurança assume a não-existência de risco para aplicar os recursos (TMA)”.

(CASAROTTO, 2002, p. 169).

1

4

-1

TIR =

1

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23

De acordo com o mesmo autor deve-se analisar a possibilidades de reaplicação:

a) Reaplicação das parcelas na TIR do empreendimento: é a reaplicação de todos os

saldos do empresário no empreendimento sem levantar novos financiamentos.

b) Reaplicação das parcelas na TIR do empresário: é a reaplicação de todos os saldos

no próprio empreendimento, porém podendo levantar financiamentos nas mesmas

condições do financiamento original.

c) Reaplicação das parcelas à TMA: utiliza o mesmo critério de reaplicação dos

métodos do Valor Presente ou do Valor Anual Uniforme Equivalente.

d) Reaplicação das parcelas a taxas variadas: desconto específico para cada período.

Serve para testar a taxa de retorno sobre diversas situações de evolução de taxas.

Visto isto pode se dizer que a TIRM é um método que engloba a análise de

sensibilidade em relação à taxa, tendo desta maneira maiores possibilidades de análise.

2.4 PROJEÇÕES DE RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS

As receitas do projeto são segundo Buarque (1984, p. 105), o fluxo de recursos

financeiros (monetários) que o mesmo recebe em cada ano da sua vida útil, direta ou

indiretamente, graças às suas operações.

O cálculo para se determinar a receita é simples, consiste em multiplicar a

quantidade esperada de vendas de cada produto, pelo preço correspondente.

Portanto: RT = P x Q, onde:

RT = Receita total

P = Preço do produto

Q = Quantidade produzida no período

Estima se uma quantidade de venda de 35 smooting, 70 sucos e 40 lanches por dia,

conforme teste de aceitação desses produtos realizado na localidade onde o empreendimento

será estruturado.

Segundo Casarotto (2002, p. 162) “As receitas são o programa de produção

multiplicado pelo preço de mercado dos produtos, obtidos no estudo de mercado”.

Casarotto (2002) explica que para a análise de custos, eles podem assumir duas

abordagens: Indústrias de produtos com propriedades, que é quando possuem um ou mais

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24

produtos derivados do mesmo processo e indústria de produtos com forma, que em especial

nos sistemas de seções ou por grupos, com maior número de produtos, as estimativas podem

basear-se nos diagramas de fluxo de processo de cada produto, utilizando-se de coeficientes

para a atribuição de custos indiretos.

O custo de capital é denominado a partir da taxa mínima requerida ao se avaliar o

fluxo de caixa de um projeto de investimento.

Algumas premissas estabelecidas na determinação do custo de capital:

a) A empresa opera com custo de capital adequado ao nível de risco do seu negocio.

O custo de capital obtido a partir dos custos dos fundos da empresa na data da

avaliação do projeto de investimento reflete o risco médio de todos os ativos da

empresa.

b) A escolha do custo de capital utilizado na avaliação de um investimento é função

do risco do projeto de investimento. Isto pode se apresentar de duas formas:

- O custo de capital depende do destino que será dado ao capital da empresa.

- O custo de capital não depende das fontes do capital, divididas em capital

próprio e capital de terceiros.

Segundo Lapponi (2000), destas premissas apresentadas, pode-se concluir que se “o

nível de um novo projeto de investimento for comparável com o nível de risco da empresa, o

custo de capital a ser aplicado na avaliação do novo projeto será o mesmo que a empresa

opera” Desta mesma maneira, se diz que o nível de risco de um novo projeto de investimento

for diferente do nível de risco da empresa, o custo de capital a ser aplicado ao novo projeto

será diferente do custo de capital a que a empresa opera.

Visto isto deve se estar preparado para definir o nível de risco de cada projeto de

investimento e obter o custo de capital adequado para cada projeto.

Ao determinar as receitas e os custos de um novo projeto tomando por base dados do

fluxo de caixa, é possível realizar projeção de resultado para o investimento em questão.

2.5 PROJEÇÕES DE RESULTADOS

As projeções de resultados refletem o resultado final das operações é nela que se

verificam os lucros ou prejuízos de um empreendimento.

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25

Para podermos realizar as projeções de resultados é importante entendermos o que é

custo.

Definimos custo como sendo um fluxo de saída de fundos durante certo período, mas

representam à quantidade total de despesas necessárias para produzir certo produto ou serviço.

Para Holanda (1977, p. 225) “podemos considerar como custo todo e qualquer

sacrifício feito para produzir um determinado bem, desde que seja possível atribuir um valor

monetário a esse sacrifício”.

Em um processo produtivo pode se constatar que a dois tipos de custo:

a) Custo correspondente à instalação da unidade de produção;

b) Custo do processo de produção em si.

A diferença está na origem dos recursos para financia los, segundo Buarque (1984, p.

107), [...] os gastos iniciais de instalação originam se basicamente de recursos disponíveis

antes da existência da empresa, enquanto que os custos que correspondem ao processo de

produção normal podem ser financiados pela própria empresa, através do seu funcionamento e

das vendas.

“As projeções de receitas, custos, despesas gerais, depreciações e amortização de

despesas pré-operacionais possibilitarão projetar o demonstrativo de resultados, apurando-se o

resultado líquido anual”. (CASAROTTO, 2002).

2.6 PROJEÇÕES DE FLUXO DE CAIXA

Usando das projeções de resultado e das projeções de amortizações de financiamento

é possível projetar o fluxo de caixa para o empreendimento.

Tendo a taxa de retorno como indicador como parâmetro de análise, segundo

Casarotto (2002), isso quer dizer que se pode ter até três taxas num projeto:

a) Taxa de retorno do empreendimento ou do projeto: é a taxa que engloba todos os

recursos envolvidos. É mais utilizada como indicador de capacidade de

pagamento.

b) Taxa de retorno do empresário ou acionista: é a taxa de recursos próprios alocados

no projeto.

c) Taxa do financiamento: é a taxa de juros de financiamento em longo prazo.

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26

Segundo Casaroto (2002) existem dois tipos de TIR: A TIR do empreendimento

ocorre quando confrontamos o saldo do empreendimento com o investimento do

empreendimento, de uma forma análoga é possível se obter a TIR do empresário.

Após obterem dados que nos mostram as formas de se calcular à rentabilidade da

empresa e interpretação dos mesmos no auxilio em tomadas de decisões é necessário verificar

a depreciação de seus bens.

2.7 DEPRECIAÇÃO

Segundo Carvalho (2002), depreciação é o valor correspondente ao desgaste, à

exaustão ou à obsolescência de um bem devido ao seu uso na atividade empresarial e a

mesma é inclusa no custo dos produtos. O valor anual da depreciação, amortização ou

exaustão é determinada com base no valor de cada bem proporcionalmente ao grau de

utilização e a vida útil em anos especificada pela legislação.

Existem alguns métodos de cálculo de depreciação:

Depreciação linear:

Calcula-se o valor anual da depreciação dividindo-se o valor total depreciável pelo

número de anos de vida útil do bem.

Carvalho (2002) cita o exemplo de um equipamento adquirido por R$12.000,00 (Vo),

prescrito para utilização em 5 anos (n), tenha ao final deste período um valor residual (Vr) de

R$ 2.000,00. Sua depreciação anual (d) para utilizar em 1 turno será:

00,000.2$5

00,000.2$00,000.12$ RRRn

VrVod =−

=−

=

E responde a 20% do valor depreciável.

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Assim obtemos a tabela abaixo

Tabela 5: Depreciação Linear

Ano (n) Saldo (V) Depreciação (d) Reserva

0 R$ 12.000,00

1 R$10.000,00 R$2.000,00 (20%) R$2.000,00

2 R$8.000,00 R$2.000,00 R$4.000,00

3 R$6.000,00 R$2.000,00 R$6.000,00

4 R$4.000,00 R$2.000,00 R$8.000,00

5 R$2.000,00 =

Vr %)100(00,000.10%)20(00,000.2

R$10.000,0

0

Fonte: Carvalho, Juracy Vieira. Análise Econômica de Investimentos, 2002.

Depreciação pela soma dos dígitos (de cole):

Atribui-se a cada ano de vida útil do bem uma fração de um inteiro. Como

numerador cada fração tem o numero de anos que restam para terminar a vida útil do bem:

n.n-1, n-2, ... 1.

O valor da depreciação anual (d) será assim obtido, sendo Vo o valor do bem e Vr o

valor residual:

d1 = (Vo – Vr ) x Nn

d2 = ( Vo – Vr) x N

n 1−

dn = (Vo – VR) x N1

Seguindo o exemplo dado por Carvalho anteriormente, obtemos:

d1 = (12.000 – 2.000) 155 = R$ 3.333

d2 = (12.000 – 2.000) 154 = R$ 2.667 ...

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28

Para os 5 anos do equipamento teremos:

Tabela 6: Depreciação pelas somas dos dígitos

Ano (n) Saldo (V) Depreciação (d) Reserva

0 R$ 12.000,00

1 R$8.667 R$3.333 (33,3%) R$3.333

2 R$6.000 R$2.667 R$6.000

3 R$4.000 R$2.000 R$8.000

4 R$2.667 R$1.333 R$9.333

5 R$2.000 = Vr

%)100(000.10%)7,6(667

R$10.00

0

Fonte: Carvalho, Juracy Vieira. Análise Econômica de Investimentos, 2002.

Depreciação exponencial ( taxa constante):

Segundo Carvalho (2002) a depreciação exponencial consiste em calcular a

depreciação anual aplicando uma taxa constante sobre o saldo anual do valor do bem. Sendo

Vo o valor de aquisição do bem e n o número de anos de vida útil, o calculo da depreciação

anual (d) pode ser obtido a partir do calculo da taxa de depreciação (j).

No final do primeiro ano o saldo do valor do bem será:

V1 = Vo – jVo = Vo (1-j)

No final do segundo ano o saldo será:

V2 = V1 (1 – j) = Vo (1 – j) (1 – j) = Vo (1 – j)2

No ultimo ano o saldo será:

Vn = Vo (1 – j)n = Vr ou valor residual

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Utilizando ainda o mesmo exemplo anterior formamos a seguinte tabela:

Tabela 7: Depreciação exponencial

Ano (n) Saldo (V) Depreciação (d) Reserva

0 R$ 12.000,00

1 R$8.386,00 R$3.614 (36,1%) R$3.614,00

2 R$5.860,00 R$2.526,00 R$6.140,00

3 R$4.095,00 R$1.765,00 R$7.905,00

4 R$2.862,00 R$1.233,00 R$9.138,00

5 R$2.000,00 = Vr

%)100(000.10%)6,8(862

R$10.000,00

Fonte: Carvalho, Juracy Vieira. Análise Econômica de Investimentos, 2002.

Carvalho (2002) explica que algumas contas de despesas merecem tratamento

especial. As depreciações e amortizações de despesas pré – operacionais, como projetos,

treinamentos e custos de posta em marcha, representarão despesas, mas não desembolsos. Já

as amortizações de financiamentos representarão desembolsos, sem constituírem-se em

despesas. Os juros dos financiamentos, apesar de representarem despesas e desembolsos

simultâneos, serão considerados nesta seção, pois é papel fundamental de diferenciação do

fluxo de caixa do projeto para o fluxo de caixa do acionista.

Neste trabalho será utilizada a depreciação linear (que é a mesma adotada pela

Receita Federal) ela é o resultado da divisão do valor do ativo dividido pelo prazo de vida útil

do mesmo.

Após reunir dados quantitativos que possibilitam analisar economicamente o

investimento em questão, é necessário realizar uma pesquisa junto a clientes em potencial

para levantar informações que possam contribuir para a tomada de decisão na abertura ou não

de uma outra filial da empresa estudada.

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30

2.8 ANÁLISE DE CENÁRIO E SENSIBILIDADE

Pode-se conceituar análise de cenário como sendo um planejamento estratégico o

qual se simula situações otimistas e pessimistas para uma determinada empresa.

Para Stephen, Randolph e Bradford (2002, pág 248) análise de cenário seria a

resposta para a pergunta “E se tal coisa acontecer?”.

Já a análise de sensibilidade é uma derivação da análise de cenário, cujo sua

utilização é de apenas mostrar as áreas que são mais sensíveis à mudança de valores, qual

variável é mais instável a alterações de valores e situações.

Stephen, Randolph e Bradford (2002, pág 248) definem análise de sensibilidade

como sendo uma “Investigação sobre o que acontece ao VPL quando apenas uma das

variáveis é alterada”.

Casarotto (2002, pág. 171) salienta que a “Análise do retorno a diferentes taxas de

reaplicação, por meio do cálculo da TIRM, é o primeiro ponto importante da análise de

sensibilidade”.

A análise de sensibilidade permite traçar diversos cenários na análise da viabilidade

de um projeto e verificar até que ponto a viabilidade do projeto se mantém em face de

alterações, com diversos graus de intensidade, nas suas variáveis mais importantes.

Lapponi ( 2000, pág 324 ) define sensibilidade como sendo “um procedimento que

mostra quanto mudará o VPL frente à variação de uma estimativa relevante do investiment”.

O autor acima citado demonstra o calculo da sensibilidade atravez do seguinte

exemplo:

Na análise do lançamento de colônias em embalagem spray, a gerencia de

investimentos definiu as seguintes estimativas:

a) Prazo de análise do projeto de dez anos;

b) Receita líquida anuais a R$ 28.000,00;

c) Custos anuais totais iguais a R$ 10.000,00;

d) Investimento de capital na data zero igual a R$ 60.00,00; totalmente depreciado

de forma linear durante os dez anos do prazo de análise do projeto. Verificar se

este investimento deve ser aceito aplicando o método do VPL, considerando a

taxa mínima requerida de 15% ao ano e a alíquota do IR igual a 35%, e realizar a

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análise de sensibilidade do VPL do investimento em função da taxa mínima

requerida k.

Resolução:

Com os dados determinamos o fluxo de caixa operacional anual FCO= R$ 13.800,00

durante os 10 anos do projeto, aplicando a fórmula:

FCO = ( r – c ) x ( 1 – t ) + DEP x t

FCO = ( 28.000,00 – 10.000,00 ) x ( 1 – 0,35 ) + 6.000,00 x 0,35 = R$ 13.800,00

Com o investimento i e o FCO calculamos VPL = R$ 9.259,00:

10

VPL = - 1 + ∑ FCO x ( 1 + k )-t

T=1

10

VPL = -60.000,00 + ∑ 13.800,00 x ( 1 + 0,15 )-t = R$ 9.259,00

T=1

Como VPL é maios que zero o projeto deverá ser aceito.

10

VPL= -60.000,00 + ∑ 13.800,00 x (1+k)-t

T=1

Calculando o VPL para diferentes valores de k temos os seguintes resultados:

Tabela 08: Cálculo de VPL

k VPL

14% R$ 11.982 15% R$ 9.259 16% R$ 6.699 17% R$ 4.289 18% R$ 2.018 19% (R$ 123) 20% (R$ 2.144) 21% (R$ 4.054)

Fonte: Lapponi, Juan Carlos: Projetos de investimento. Construção e avaliação do fluxo de caixa, 2000.

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A tabela acima é o perfil do VPL do projeto de investimento. Se a taxa requerida for

proxima de 19% o projeto não deverá ser aceito, pois seu VPL será negativo. Repare o leitor

que a taxa requerida k que anula o VPL é a propria TIR=18,94% ao ano do fluxo de caixa do

investimento. A t=TIR é um ponto de reversão da decisão, pois se a taxa requerida k for

maior que a TIR= 18,94% seu VPL será negativo e o projeto não deverá ser aceito.

2.9 ESTUDO DE MERCADO

Segundo Santon (1980.p 58), o mercado é definido como sendo:

[...] local onde compradores e vendedores se reúnem e transacionam, onde mercadorias e serviços são postos a venda, e onde ocorre a transferencia de posse. Pode-se definir um mercado como sendo uma procura conjunta, por parte de compradores em potencial, de um determinado produto ou serviço.

Já Buarque (1984, p. 40) “estudo de mercado é a parte do projeto em que é estudada

e determinada a necessidade que a sociedade tem em relação ao bem ou serviço a ser

produzido”.

Sendo assim o estudo de mercado é a primeira etapa de um projeto pois ele

basicamente vai informar se seu produto ou serviço será bem aceito perante a seus clientes em

potencia e tambem é possivem se prever a quantidade e o preço de venda a ser utilizada

durante o funcionamento da empresa.

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33

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO

A pesquisa tem como finalidade encontrar a resposta para o problema apresentado.

Neste caso a resposta em questão a ser encontrada é descobrir se é viável a abertura de uma

unidade da Jungle Juice. Para isso é necessário determinar o tipo de pesquisa a ser utilizada

como também a forma de obtenção dos dados.

Pádua (2002, p. 31) define pesquisa:

Pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimento, que nos auxilie na compreensão desta realidade e nos orienta em nossas ações.

Em resumo, pesquisa é toda obtenção de dados que visa o aumento de conhecimento

para que se possa responder a questionamentos apresentados. É basicamente um processo de

aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza, quanto da sociedade na qual esta se

desenvolve. A pesquisa como atividade regular também pode ser definida como o conjunto de

atividades orientadas e planejados pela busca de um conhecimento.

3.1 TIPO DE PESQUISA, COLETA DE DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS MESMOS.

Neste trabalho, está sendo estudada a viabilidade econômica de um empreendimento,

a pesquisa neste caso é importante, pois com ela pode-se determinar o sucesso ou o fracasso

do empreendimento. Abaixo Gil (1999) classifica alguns tipos de pesquisa:

a) Pesquisa bibliográfica:

A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros,

periódicos, textos legais, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos,

manuscritos etc. Tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis

sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez

que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na construção de

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34

hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório

final.

b) Pesquisa descritiva:

A pesquisa descritiva usa padrões textuais como, por exemplo, questionários para

identificação do conhecimento. Tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos

sem, entretanto, entrar no mérito de seu conteúdo. Na pesquisa descritiva não há interferência

do investigador, que apenas procura perceber, com o necessário cuidado, a freqüência com

que o fenômeno acontece.

c) Pesquisa laboratorial:

Ocorre em situações controladas, valendo-se de instrumental específico e preciso.

d) Pesquisa Experimental:

A pesquisa experimental se dá por tentativa e erro, e é realizada em qualquer

ambiente. São investigações de pesquisa empírica que têm como principal finalidade testar

hipóteses que dizem respeito a relações de causa e efeito. Envolvem: grupos de controle,

seleção aleatória e manipulação de variáveis independentes. Empregam rigorosas técnicas de

amostragem para aumentar a possibilidade de generalização das descobertas realizadas com a

experiência. Tipos: a pesquisa experimental pode ser realizada no laboratório e no campo.

e) Pesquisa de campo:

A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como

ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e

interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando

compreender e explicar o problema pesquisado.

A coleta dos dados tem como objetivo reunir os dados pertinentes ao problema a ser

investigado.

Neste trabalho será utilizada a pesquisa experimental e a pesquisa de campo para

avaliar a aceitação de clientes em potencial a os produtos oferecidos pela empresa em questão.

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3.2 PROCEDIMENTOS DA PESQUISA

Segundo dados fornecidos pela Habitasul, empresa que administra a região em

questão, Jurerê Internacional recebe, aproximadamente, 6.000 turistas "fixos", ou seja, que se

hospedam no local, a cada verão, além dos visitantes diários, dos quais não se têm estatísticas

precisas.

A faixa etária mais representativa é dos 21 a 49 anos (em torno de 50%), com uma

boa representatividade de crianças e adolescentes (algo como 20% até 16 anos). Em relação à

profissão dos habitantes de Jurerê Internacional, destacam-se os profissionais liberais,

empresários e profissionais em geral do comércio, serviços e indústria em nível gerencial.

Com base nestes dados, foi realizada uma pesquisa de campo na praia de Jurerê

Internacional, local onde a empresa em questão pretende se instalar.

Dois vendedores ambulantes passaram três horas percorrendo as areias desta praia

para divulgar o produto que é o “cargo chefe” desta empresa (smoothies – suco com mistura

de frutas a base de sorvete) e se fixou um valor de R$ 7,00 reais por smoothie.

Ao final das três horas de coleta de dados foi verificado o seguinte:

Quantidade Valor de venda Receita

57 R$ 7,00 R$ 399,00

Com isso se conclui que o produto foi muito bem aceito pelo público que freqüenta

está praia, uma vez que a faixa etária e a classe social deste público é o mesmo que a empresa

pretende atingir como cliente em potencial.

3.3 IDENTIFICAÇÃO DO CONSUMIDOR

Quanto à identificação do consumidor pode-se dizer que sendo um bem conhecido,

de acordo com Buarque (1984,p. 43), “quando o produto já é bem conhecido (a sua utilização,

as suas correlações, a sua vida útil)”, a determinação dos consumidores potenciais é

relativamente fácil, e isto ocorre quando há limites geográficos, níveis de rendimento, sexo

etc.

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4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO

A empresa Jungle Juice foi fundada há 10 anos por dois amigos que em uma

de suas viagens pelos Estados Unidos, no estado da Califórnia se depararam com um

bar que vendia umas bebidas feitas com misturas de frutas e que tinha como

ingrediente especial o sorvete. Dali surgiu a idéia de trazer para o Brasil essa mistura

de sabores que encantaram os dois amigos. A primeira Jungle Juice surgiu em

Curitiba, e hoje esta empresa tem franquias em Florianópolis, Maringa e Rio de

Janeiro.

4.1 CARACTERÍSTICAS DO PROJETO

Este estudo visa a viabilização economica de uma filial da Jungle Juice na praia de

Jurerê Internacional, mais precisamente pretende se estabelecer em um quiosque ja construido

em anexo ao El Divino Beach, um dos bares mais movimentados desta praia.

A estrutura para montagem desse projeto engloba a aquisição de:

a) 02 liquidificadores industriais;

b) 05 jarras de liguidificadores;

c) 1 freezer vertical;

d) 1 forno;

e) 1 computador com impressora fiscal;

f) 2 estufas para alimentos;

g) Material de uso diário (copos de isopor, guardanapos, etc).

4.2 ESTRUTURA DE MERCADO

Ao observar o local onde a empresa pretende de instalar, pode-se perceber que os

bares e restaurantes deste praia estão bem distantes uns dos outros e que cada estabelecimento

ja tem seu público fidelizado. Verificando a estrutura e os produtos comercializados pelos

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dois estabelecimentos mais próximos (Taikô e El Divino Beach) do local onde se pretende

abrir a empresa, foi observado que a forma e os produtos comercializados por ambos possuem

muita diferença em relalção aos que a filial da Jungle Juice pretende comercializar e que

nenhum dos estabeledimentos citados comercializam o smoothies, produto este que vem a ser

a grande aposta de vendas desta empresa em estudo.

4.3 ESTRUTURA DE CUSTOS

Os custos desse projeto estão estruturados da seguinte forma:

Custos fixos:

a) Mão de obra indireta: são os gastos com pessoal;

b) Depreciação: são as perdas de valores sofridos pelos ativos fixo renováveis

(máquinas e equipamentos, edificações, etc) ao longo do tempo. Os componentes

da imobilização fixa são depreciados conforme a legislação fiscal e, portanto não

são iguais para todos.

c) Aluguel: é o valor pago por temporada, pela locação do imóvel onde se dará a

produção e comercialização dos sucos naturais

d) Seguros: será feito seguro contra incêndio, roubo ou acidentes com a empresa

Porto Seguro;

e) Manutenção: são gastos com reformas, reparos, etc. e se dá em forma de um

percentual do valor das instalações;

f) Imprevistos: tem por objetivo cobrir riscos falhas de planejamento e imprevistos.

Segundo dados da própria Jungle Juice adotou se como sendo 5% dos custos

totais.

Custos variáveis:

a) Mão de obra direta: refere se aos gastos com pessoal da produção (funcionários)

b) Matéria prima: são custos calculados em função da quantidade física exigida, dos

preços unitários de fábrica

c) Material secundário: são também calculados em função das quantidades e preços

unitários

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d) Energia elétrica: pagamento de energia com base no uso de máquinas, número de

horas de funcionamento, ou seja, do consumo e da tarifa

e) Conta telefônica: despesas com telefone

f) Despesa com vendas e propaganda: esses gastos dependem das condições do

mercado, podendo até ser desprezíveis conforme for o ambiente geral e sua

localização

g) Impostos: são aqueles que se referem a circulação, venda, etc., ou seja Imposto

sobre circulação de mercadorias e prestação de serviço (ICMS), Programa de

integração social (PIS), Contribuição para o financiamento da seguridade social

(COFINS), mas que serão agrupados pela adoção do simples

h) Frete: relaciona se aos dispêndios com transporte de matérias primas e secundarias

e produtos

i) Imprevistos: são possíveis gastos em função de riscos do projeto. Estimado entre

2% a 10% sobre os custos variáveis. Será adotado 2%

Pode-se observar melhor essa estrutura de custo nas tabelas a seguir:

Custos fixos:

Tabela 09: Mão de obra indireta (Custo fixo)

DESCRICAO QUANTIDADE SALÁRIO

MÉDIO

MENSAL (R$)

ENCARGOS

SOCIAIS (%)

SALÁRIO

ANUAL (R$)

Gerente geral 1 600,00 10 7.920,00

Gerente de

produção

1 600,00 10 7.920,00

Total 2 1.200,00 15.840,00

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Tabela 10: Depreciação (Custo fixo)

DESCRICAO IMOBILIZADO (R$) TAXA (%) VALOR A

DEPRECIAR (R$)

Máquinas e

equipamentos

6.550,00 10 655,00

Móveis e utensílios 950,00 10 95,00

Total 7.500,00 750,00

Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 11: Seguros (Custo fixo)

DESCRICAO IMOBILIZADO A

SEGURAR (R$)

TAXA (%) VALOR ANUAL (R$)

Máquinas e

equipamentos

6.550,00 01 65,50

Móveis e Utensílios 950,00 01 9,50

Total 7.500,00 75,00

Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 12: Manutenção (Custo fixo)

DESCRICAO IMOBILIZADO (R$) TAXA (%) CUSTO MANUTENCAO (R$)

Máquinas e

equipamentos

6.550,00 02 131,00

Móveis e utensílios 950,00 04 38,00

Total 7.500,00 169,00

Fonte: elaborado pelo autor

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O aluguel será pago em cota única no inicio da temporada de verão, cujo o valor

ficou acordado em R$ 2.000,00 reais por temporada.

Instalações e reformas: gastos com reforma e instalações será de R$ 900,00 reais

Conta telefônica estima se um gasto em torno de R$ 500,00 reais

Tabela 13: Mão de obra direta (Custo Variável)

DESCRICAO QUANTIDADE SALARIOS

MENSAIS (R$)

ENCARGOS

SOCIAIS (%)

Funcionários 05 600,00 105

Total 05 3.000,00

Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 14: Custo semanal de matéria prima

Fonte: Elaborado pelo autor

Matéria prima Descrição Quantidade Unidade de medida

Valor Un Valor total

Abacaxi Fruta e poupa 06 Kg 2,98 17,88

Hortelã Condimento 03 Un 1,79 5,37

Laranja Poupa 04 Kg 2,98 11,92

Morango Fruta 02 Kg 5,70 11,40

Cenoura Fruta 01 Kg 2,59 2,59

Manga Poupa 03 Kg 2,69 8,07

Maça Poupa 02 Kg 3,23 6,46

Uva Fruta 04 Kg 3,41 13,64

Açaí Fruta 08 Kg 2,89 23,12

Banana Fruta 04 Kg 1,42 5,68

Tangerina Poupa 04 Kg 2,39 9,56

Sorvete de coco Pote 10 Litros 10,85 108,50

Sorvete de maracujá

Pote 08 Litros 10,85 86,80

Iogurte de morango

Pote 05 Litros 1,99 9,95

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Tabela 15: Custo de material secundário

MATERIAL

SECUNDÁRIO

UNIDADE QUANTIDADE R$ VALOR

Açúcar KG 185 166,50

Adoçante UN 5 7,50

Água LITRO 500 XXX

Canudos descartáveis CX 1 4,00

Copos de isopor CX 1 7,00

Total 185,00

Fonte: Elaborado pelo autor

Energia elétrica: estima se que o consumo de energia elétrica durante a temporada de

verão seja aproximadamente de R$ 500,00 reais.

Água: estima se que o consumo de água para a preparação dos sucos e demais

produtos comercializados pelo empreendimento seja de aproximadamente R$ 1300,00.

Tabela 16: Custos Globais

DESCRIÇÃO TOTAL DE CUSTOS (R$) CUSTOS FIXOS 20.234,00

MAO DE OBRA INDIRETA E ENCARGOS 15.840,00 DEPRECIACAO 750,00

SEGUROS 75,00 MANUTENCAO 169,00

TELEFONE 500,00 ALUGUEL 2.000,00

INSTALACAO E REFORMA 900,00

CUSTOS VARIAVEIS 5.305,94 MAO DE OBRA DIRETA E ENCARGOS 3.000,00

MATERIA PRIMA E MATERIAL SECUNDARIO

505,94

ENERGIA 500,00 AGUA 1.300,00

CUSTO TOTAL 25.539,94

Fonte: Elaborado pelo autor

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4.4 ESTIMATIVA DAS RECEITAS

As receitas do projeto segundo Buarque (1984, pág. 105) são, o fluxo de recursos

financeiros (monetarios) que o mesmo recebe em cada ano da sua vida útil, direta ou

indiretamente, graças às suas operações.

O cálculo para se determinar a receita consiste em multiplicar a quantidade esperada

de vendas de cada produto, pelo preço correspondente.

Portanto: RT = P x Q, onde:,

RT = Receita Total;

P = Preço do Produto

Q = Quantidade produzida no período

Com isso podemos estimar a receita do projeto da seguinte forma:

Tabela 17: Receita do projeto

Descrição Preço Unitário (R$) Quantidade esperada de vendas diária

Faturamento diário

Smoothies R$ 7,00 90 R$ 630,00 Suco simples (uma frutas)

R$ 3,00 45 R$ 135,00

Sucos mistos (duas frutas)

R$ 4,00 40 R$ 160,00

Açaí na tigela R$ 5,75 15 R$ 86,25 Açaí com granola R$ 5,00 10 R$ 50,00

Sanduiches R$ 6,00 10 R$ 60,00 Salada de frutas R$ 3,00 6 R$ 18,00

Salada de frutas com sorvete

R$ 4,00 6 R$ 24,00

Salada de frutas com iogurte

R$ 4,00 6 R$ 24,00

Pão de queijo R$ 2,00 10 R$ 20,00 Totais R$ 43,75 238 R$ 1.207,25

Fonte: Elaborado pelo autor

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4.5 CARDÁPIO

Pela estrutura da filial da empresa em questão ser menor que a matriz, o cardapio foi

feito por base nos produtos mais vendidos na matriz que se localiza na Lagoa da Conceilção,

como demonstrado abaixo:

Tabela 18: Cardápio

Produtos Descrição Preço unitário

Smoothies Pina colada (suco de abacaxi + banana + sorvete de coco)

R$ 7,00

Hurricane (suco de tangerina + manga + sorvete de maracujá)

R$ 7,00

Amazon (suco de maça + açaí + banana)

R$ 7,00

Tahiti (suco de uva + açaí + morango + banana)

R$ 7,00

Sucos Abacaxi R$ 3,00

Abacaxi + hortelã R$ 4,00

Laranja R$ 3,00

Laranja + morango R$ 4,00

Laranja + cenoura R$ 4,00

Laranja + manga R$ 4,00

Maça R$ 3,00

Uva R$ 3,00

Uva + açaí R$ 4,00

Açaí na tigela Amazon (suco de maça + açaí + banana)

R$ 5,75

Tahit (suco de uva + açaí + morango + banana)

R$ 5,75

Aloha ( iogurte de morango + açaí + morango + banana )

R$ 5,75

Açaí + granola R$ 5,75

Sanduíches Peru (pão de forma integral, peito de peru, alface, cenoura, pepino, broto de

alfafa, cottage e maionese light)

R$ 6,00

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Veggie (pão de forma integral, pasta de tomate seco, rúcula, mussarela de búfala, broto de alfafa, cottage e

maionese light)

R$ 6,00

Norvega (pão de forma integral, atum, alface americana, tomate cenoura,

conttage e maionese light)

R$ 6,00

Beirute (pão sírio, alface americana, tomate, presunto, queijo, mussarela,

cottage e maionese light)

R$ 6,00

Sobremesas Salada de frutas R$ 3,00

Salada de frutas com sorvete R$ 4,00

Salada de frutas com iogurte R$ 4,00

Pão de queijo R$ 2,00

Fonte: Elaborado pelo autor

4.6 FLUXO DE CAIXA

Abaixo segue descrito o fluxo de caixa do projeto tomando o numero de periodos

como sendo a quantidade de temporadas de verão:

Tabela 19: Fluxo de caixa do projeto

Temporadas (n) Custos Faturamento Imposto simples

(%)

Taxa de crescimento populacional

(%)

Lucro

0 R$ 10.000,00 - - -

1 R$ 76.619,82 R$ 108.652,50 4% - R$ 27.686,58

2 R$ 84.281,80 R$ 119.517,75 4% 10% R$ 30.455,24

3 R$ 92.709,98 R$ 131.469,53 4% 10% R$ 33.500,77

4 R$ 101.980,98 R$ 144.616,48 4% 10% R$ 36.850,84

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Em relação a tabela acima, a depreciação já está sendo considerada como custo para

reposição de máquinas, equipamentos e inatalações. Pelo fato da empresa ser tributada pelo

simples a referida depreciação não foi considerada como redutor da base de cálculo para o

imposto de renda.

Segundo dados obtidos do site da SANTUR, o crescimento populacional anual de

Florianópolis é de 10% ao ano.

4.7 ANÀSILE DE SENSIBILIDADE DO PROJETO

Tabela 20: Fluxo de caixa do projeto com 5% de queda de faturamento

Temporadas (n) Custos Faturamento Imposto simples

(%)

Taxa de crescimento populacional

(%)

Lucro

0 R$ 10.000,00 - - -

1 R$ 76.619,82 R$ 103.219,88 4% - R$ 22.471,26

2 R$ 84.281,80 R$ 113.541,86 4% 10% R$ 24.718,39

3 R$ 92.709,98 R$ 124.896,05 4% 10% R$ 27.190,23

4 R$ 101.980,98 R$ 137.385,66 4% 10% R$ 29.909,25

Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 21: Fluxo de caixa do projeto com 10% de queda de faturamento

Temporadas (n) Custos Faturamento Imposto simples

(%)

Taxa de crescimento populacional

(%)

Lucro

0 R$ 10.000,00 - - -

1 R$ 76.619,82 R$ 97.787,25 4% - R$ 17.255,94

2 R$ 84.281,80 R$ 107.565,98 4% 10% R$ 18.981,54

3 R$ 92.709,98 R$ 118.322,58 4% 10% R$ 20.879,70

4 R$ 101.980,98 R$ 130.154,83 4% 10% R$ 22.967,66 Fonte: Elaborado pelo autor

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Tabela 22: Fluxo de caixa do projeto com 15% de queda de faturamento

Temporadas (n) Custos Faturamento Imposto simples

(%)

Taxa de crescimento populacional

(%)

Lucro

0 R$ 10.000,00 - - -

1 R$ 76.619,82 R$ 92.354,63 4% - R$ 12.040,62

2 R$ 84.281,80 R$ 101.590,09 4% 10% R$ 13.244,69

3 R$ 92.709,98 R$ 111.749,10 4% 10% R$ 14.569,16

4 R$ 101.980,98 R$ 122.924,01 4% 10% R$ 16.026,07 Fonte: Elaborado pelo autor

4.8 CÁLCULO DOS INDICADORES DE VIABILIDADE ECONÔMICA

Conforme nos mostra a tabela do fluxo de caixa do projeto (item 4.6) podemos

calcular a TIR (Taxa Interna de Retorno), TMA (Taxa mínima de atratividade) e o Payback

(indicador de tempo de retorno do investimento) e obtemos assim os seguintes resultados:

TIR do projeto = 285,02% a.a.

TMA do projeto = 115% a.a.

Payback do projeto = o valor investido nesse projeto ja é recuperado na primeira

temporada, tendo um valor positivo de R$ 2.877,48.

Conforme solicitação do franqueador, os cálculos para a implantação de uma nova

filial da Jungle Juice em Jurerê Internacional tem que ter como base uma TMA de 115% a.a.

pois o mesmo entende que este projeto é de um risco alto pelo fato do mesmo só funcionar

nas temporadas de verão e ter um publico, em sua maioria, de turistas. Isto dificultaria a

fidelização de clientes e a cada temporada os clientes tem que ser trabalhados para que a

empresa em questão cresça e tenha lucro.

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5 CONCLUSÃO

Um estudo de viabilidade econômica bem elaborado pode ajudar o empresário a ter

uma visão mais clara de como irá se comportar a sua empresa nos próximos anos .

Neste estudo o qual a finalidade era de verificar a viabilidade econômica de uma

filial na praia de Jurerê Internacional, conforme os dados obtidos se mostrou economicamente

viável.

Quanto à verificação dos concorrentes estabelecidos no local onde a empresa em

questão pretende se instalar, foi verificado que existem 2 concorrentes (restaurante Taiko e o

El Divino Beach), porém nenhum dos concorrentes apresentados acima possui os mesmos

produtos os quais se pretende comercializar.

O estudo de aceitação do produto, feito diretamente em uma pesquisa de campo, foi

muito bem sucedido, uma vez que a grande parte das pessoas que costuma freqüentar essa

praia tem o perfil ideal para se tornar cliente desta empresa.

Quanto ao levantamento dos custos, despesas e receitas pôde-se observar que os

custos, mesmo no primeiro período de abertura da empresa são menores que as receitas no

mesmo período, levando os custos a serem cobertos em menos de um ano de

empreendimento.

Os indicadores econômicos e financeiros mostram que a TIR (Taxa interna de

retorno) é maior que a TMA (Taxa mínima de atratividade) com isso o projeto se mostra

economicamente viável e o investimento é recuperado ao final da primeira temporada. Mesmo

após analisar a sensibilidade sobre as receitas de uma queda de faturamento anual em torno

dos 15% a.a. e os custos não tendo nenhuma alteração a TIR se encontra em 123,32% a.a. e a

TMA em 115% a.a. o que ainda favorece a viabilidade deste projeto, que neste cenário o

Payback se recupera no final da quarta temporada com um valor de R$ 681,53.

Visto isto, pode-se afirmar que o projeto apresentado é economicamente viável,

desde que o faturamento anual não caia mais que 15% a.a. e os custos deste projeto não

aumentem.

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