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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI Centro de Ciências Sociais Aplicadas CECIESA Gestão Estágio Supervisionado Suzana Teodoro TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Plano de Negócio para Implantação de uma Pousada em Penha SC Administração Geral ITAJAÍ/2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI

Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA – Gestão

Estágio Supervisionado

Suzana Teodoro

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Plano de Negócio para Implantação de uma Pousada em

Penha – SC

Administração Geral

ITAJAÍ/2009

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SUZANA TEODORO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

ESTÁGIO

PLANO DE NEGÓCIO PARA

IMPLANTAÇÃO DE UMA POUSADA

EM PENHA - SC

Trabalho de Conclusão de Estágio do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas –Gestão, da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2009.

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Ao meu Deus todo meu

agradecimento, a minha filha pela

compreensão devida minha

ausência, meus pais, aos

professores e em especial

orientador; Profº Edemir, meu muito

obrigada!

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EPÍGRAFE

“Porque a sabedoria serve de

sombra, como de sombra serve o

dinheiro; mas a excelência do

conhecimento é que dá vida ao seu

possuidor” Ecl.7:12

“No Senhor faremos proezas” Sl

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Suzana Teodoro

b) Área de estágio

Administração Geral

c) Supervisor de campo

Antônio Carlos de Novaes, M.Sc

d) Orientador de estágio

Edemir Manoel dos Santos, M.Eng.

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof Eduardo Krieger da Silva, M.Sc

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Pré-Incubadora de Empresas Univali

b) Endereço

Rua Uruguai, 458. Centro Itajaí - SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Gerência de Projetos

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Antônio Carlos de Novaes, M.Sc

f) Carimbo e visto da empresa

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RESUMO

Um plano de negócio bem estruturado é fundamental para o sucesso do novo empreendimento. Venho estudar mais profundamente um plano de negócio, que será para um micro e pequena empresa iniciando no mercado de prestação de serviços. Tendo uma edificação residencial familiar instalada em um ponto estratégico, onde a cidade. Que está em pleno crescimento, seus governantes estão com bons projetos de desenvolvimento para as praias e lazer. A cidade lota em alta temporada, por isso surgiu a idéia de transformar a casa em uma pousada. Aproveitando a oportunidade de estar bem próxima ao maior parque da América Latina. Através da Pré-Incubadora de Empresas Univali que disponibilizou um software para plano de negócios SEBRAE – MG foram coletados dados e inseridos no programa que trouxe um resultado final do plano de negócio. Consultando fontes durante a preparação como; prefeituras, secretaria de turismo, profissionais; contadores e Internet dispondo de inúmeras informações. A coleta de dados deu-se por meio de um roteiro de entrevista com concorrentes e documentos já existente com o proprietário. O trabalho foi considerado positivo para os empreendedores, pelo resultado final melhor ainda por ter a chance de conversar com os proprietários dos outros estabelecimentos. Mostraram animo e incentivo a permanência da pousada no local.

PALAVRAS – CHAVE: Plano de Negócios, Pousada. Turismo.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 - Sofware SPPlan SP..................................................................... 39

Figura 02 - Sofware Negócio Certo................................................................ 40

Figura 03 - Sofware Plano de Negócio MG.................................................... 42

Figura 04 - Sofware Empreenda.................................................................... 43

Figura 05 - Sofware Make Money.................................................................. 44

Figura 06 - Imagem cidade de Penha............................................................ 49

Figura 07 - Vista aérea da cidade.................................................................. 50

Figura 08 - Parque Beto Carrero World.......................................................... 51

Figura 09 - Site Premio Santader de Empreendedorismo.............................. 61

Figura 10 - Ficha de Inscrição SEBRAE........................................................ 62

Figura 11 - Sinapse da Inovação.................................................................... 64

Figura 12 - Layout da Pousada...................................................................... 67

Figura 13 - Foto quarto simples sem sacada................................................. 70

Figura 14 - Foto quarto simples com sacada................................................. 70

Figura 15 - Foto quarto semi luxo com hidromassagem................................ 71

Figura 16 - Foto banheiro com hidromassagem............................................. 71

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Características das Organizações 27

Quadro 02 - Fatores que Influenciam o Comportamento do cliente 31

Quadro 03 - Movimento Estimado de Turista 52

Quadro 04 - Taxa de Ocupação Hoteleira 52

Quadro 05 - Permanência Média dos meios de Hospedagem 52

Quadro 06 - Principais Mercados Emissores - Nacionais 52

Quadro 07 - Meios de Hospedagem Utilizados 52

Quadro 08 - Serviços Oferecido pela Pousada 72

Quadro 09 - Estimativa dos Investimentos Fixos 73

Quadro 10 - Estimativa dos Investimentos Financeiros 74

Quadro 11 - Estimativa dos Investimentos Pré-Operacionais 75

Quadro 12 - Estimativa dos Custos Fixos 75

Quadro 13 - Estimativa do Faturamento (mensal) do software 76

Quadro 14 - DRE 76

Quadro15 - Estimativa do Faturamento Sazonal e Saídas (despesas) 77

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 12

1.1 Problema de Pesquisa e Justificativa...................................................... 14

1.2 Objetivos:Geral e Específico.................................................................... 15

1.3 Aspecto metodológico.............................................................................. 15

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio........................................................ 16

1.3.2 Contexto e participante da pesquisa........................................................... 16

1.3.3 Procedimentos e instrumentos da coleta de dados..................................... 18

1.3.4 Tratamento e análise dos dados................................................................. 18

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................... 19

2.1 Administração Conceitos e Teorias......................................................... 19

2.1.1 Áreas Funcionais da Administração............................................................ 25

2.2 Empreendedorismo................................................................................... 31

2.3 Plano de Negócios..................................................................................... 35

2.3.1 Software - Auxiliar na Elaboração de Plano De Negócios........................... 38

2.4 Turismo................................................................................................. 44

2.4.1 O Turismo e o Município de Penha............................................................. 46

2.4.2 Parque Temático Beto Carrero world.......................................................... 50

2.5 Pousada / Hotéis........................................................................................ 52

3 PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA POUSADA EM

PENHA.........................................................................................................

56

3.1 Caracterização da Organização.................................................................. 56

3.1.1 Movimento Empreendedor Univali – MEU................................................... 58

3.2 Elaboração do Plano de Negócios para a Unidade – Caso................... 66

3.2.1 Regime e enquadramento tributário............................................................ 66

3.2.2 Layout da Pousada...................................................................................... 66

3.2.3 Elaboração do plano de marketing.............................................................. 67

3.2.4 Composto de produto........................................................................................... 69

3.2.5 Composto de preço............................................................................... 71

3.2.6 Composto promocional.............................................................................. 71

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3.2.7 Plano Financeiro...................................................................................................... 72

3.2.8 Controle de Caixa.................................................................................................... 76

3.3 Considerações Acerca do Plano de Negócios............................................. 76

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................... 78

5 APÊNDICES............................................................................... 82

6 ANEXOS.....................................................................................

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1 INTRODUÇÃO

Como atividade econômica mundial o turismo apresenta números que por si

só servem como um estímulo ao seu desenvolvimento. Compreende uma série de

serviços que são oferecidos aos viajantes, que se deslocam de sua cidade de

origem e permanecem em outro destino por motivos profissionais, férias, negócios,

atividades esportivas, de saúde, assuntos familiares, culturais, ou por qualquer outra

razão.

Santa Catarina Estado com uma diversidade humana e de paisagens

exuberantes, por isso, a Secretaria de Turismo do Governo do Estado de Santa

Catarina (2008) destaca suas características; onde a ocupação do território uniu

povos de diversas origens, em que os principais grupos são os pescadores

açorianos, os agricultores italianos e os industriais alemães. Este encontro trouxe

riqueza cultural ao Estado que se reflete nos cenários urbanos e rurais. Assim,

serras, praias, matas e a arquitetura européia criam clima para o encontro com um

Brasil que une tradição e modernismo para receber turistas de todas as origens.

Neste sentido, Penha (município do litoral norte catarinense), cidade local da

pousada (objeto de estudo da presente pesquisa), está dentro desta beleza, sendo

uma cidade que oferece lazer, diversão e lindas praias.

Assim, o mercado de turismo é atrativo para o empreendedor, o qual deve

reconhecer suas limitações e saber montar um time de gestão que leve a empresa

em direção a sua visão e valores, envolvendo-se, mais com questões estratégicas e

menos com questões operacionais. Diz Dornelas (2001, p.99) ―O início do negócio

depende totalmente do empreendedor e de suas atitudes dentro da empresa e

demonstradas em um plano de negócio‖.

Ainda o autor afirma que o plano de negócio é uma ferramenta que se aplica

tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de

empresas existentes, cada vez mais na área de Administração se descreve o plano

de negócio mostra-se a importância para as organizações empresariais, o qual

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permite tomar decisões mais seguras e realizar ações mais acertadas na condução

destas organizações.

O trabalho acadêmico foi realizado nas instalações da Pré-Incubadora de

Empresas UNIVALI, onde elaborou-se um plano de negócio para uma empresa

prestadora de serviços de hospedagem inerente a uma pousada, na rua Timóteo

Perfeito Flores n 1672, no município de Penha, bairro Armação no litoral norte de

Santa Catarina, prestará serviços no período da temporada e feriados nacionais.

Uma pousada; de acordo com o inciso IV, do artigo 11 da Deliberação

Normativa 387/98 considera-se, todo o meio de hospedagem de aspectos

arquitetônicos e construtivos, instalações, equipamentos e serviços simplificados,

normalmente limitados, apenas, ao necessário à hospedagem do turista para

aproveitamento do atrativo turístico junto ao qual o estabelecimento se situa, que

nesse caso é o parque temático.

Sua instalação próxima ao maior centro de Lazer da América Latina e das

praias do município. Sua construção atual é uma residência em estilo colonial,

confortável com privacidade e sossego.

O turismo é sazonal, concentrado na alta estação e diferenciado no mês de

julho. No mês de janeiro há um fluxo bem maior de visitantes, número múltiplo maior

que o da população do município. O município de Penha tem o número de 20.868

habitantes, segundo IBGE (2008). Devido essa concentração tem aumentado cada

vez mais o número de pousadas.Consciente desta situação e com uma obra pronta

e sem ocupação alguma, surgiu a idéia de transformá-la em pousada. Por isso,

tornou-se necessário elaborar um plano de negócio para identificar a viabilidade do

empreendimento, pois o turismo transformou um dos principais fatores econômicos

do município.

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1.1 Problema e Justificativa da Pesquisa

Problema de pesquisa são questões não resolvidas, um caminho pelo qual

se vai buscar resposta com ajuda do estudo. VERGARA,( 2003).

Um administrador precisa estar constantemente analisando seu

empreendimento para perceber as reais necessidades e as diferentes oportunidades

que apareçam no dia-a-dia em seu mercado de atuação.

Para a abertura de qualquer negócio é essencial realizar uma pesquisa de

mercado para analisar o futuro investimento financeiro. Todo negócio novo requer

planos bem estabelecidos e para isso, neste trabalho o problema consiste em:

Quais etapas de um plano de negócios permitem estudar

a viabilidade de implantação de uma pousada no município de

Penha/Sc?

A necessidade desse estudo se dá pela aglomeração no mesmo seguimento

na cidade. Sendo assim a organização poderá ser mais competitiva, enfrentando a

concorrência dia a dia.

Com o plano é possível analisar os concorrentes mais próximos, seu ponto

forte e fraco. Analisar as exigências dos clientes, suas preferências. Procurar saber

o máximo de informações que venha ser utilizado no trabalho. Ele deve mostrar não

apenas aonde a empresa quer chegar, uma viabilidade futura, ou melhor, a situação

futura como chegar lá. Então, precisa-se de um plano de negócio servindo de guia,

sendo útil e revisado periodicamente.

A pesquisa é importante para acadêmica permitindo agregar novos

conhecimentos e uma possibilidade de empreender. O acadêmico aumentará seu

conhecimento de forma didática, objetiva e prática. Buscando conceitos do mundo

dos negócios e estudo de casos reais como a pesquisa de campo. Para a Pré-

incubadora que poderá perceber o esforço e trabalho incentivando o estagiário.

Também à universidade, agregando conhecimento no meio científico aumentando

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as fontes de estudo. Seus métodos de ensino estão levando o aluno a contribuir

para empresa se destacar no mercado de turismo, hoje muito competitivo.

1.2 Objetivos: Geral e Específicos

A definição dos objetivos da pesquisa deve-se indicar o que se pretende

com o desenvolvimento do estágio e quais os resultados que se procura alcançar.

Conforme Roesch (2007, p. 96) ―objetivo geral define o propósito do trabalho.

Objetivo específico operacionaliza, especifica o modo como se pretende atingir um

objetivo geral‖.

Objetivo geral da pesquisa é elaborar um plano de negócio para uma

Pousada, com o auxílio das instalações da Pré-Incubadora de Empresas da

UNIVALI. Os objetivos específicos descrevem abaixo:

Realizar entrevistas para conhecer as pousadas no entorno;

Conceituar o empreendimento;

Definir as ações de marketing;

Fazer um plano financeiro;

Apresentar Plano de Negócio para a pousada

1.3 Aspectos metodológicos

Nesse tópico estão expostos os aspectos metodológicos que delinearam a

elaboração do trabalho, sendo eles recursos que auxiliaram na elaboração desse

estudo para que se possa ter um direcionamento a ser seguido.

A metodologia consiste em descrever os métodos e técnicas de pesquisa

utilizada na coleta de dados, justificando a escolha da organização e dos

participantes, relatando as etapas, configurações e estruturação da analise de

conteúdos.

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Metodologia é a definição do tipo de projeto a serem realizados visando o

mais apropriado para a obtenção do sucesso quanto à viabilização do mesmo, o

capítulo da metodologia descreve como o trabalho será realizado. (Roesch, 1999)

1.3.1Caracterização do trabalho de estágio

O projeto teve como tipologia a proposição de planos, na qual buscou

através de uma ferramenta o auxilio aos administradores na tomada de decisões. De

acordo com Roesch (1999,23)

―há vários tipos de projetos em que o propósito é apresentar propostas e

planos ou sistemas para solucionar problemas organizacionais. Alguns

visam burocratizar e controlar sistemas; outros buscam maior flexibilidade‖.

Para elaboração do plano de negócio é preciso realizar uma pesquisa

exploratória, buscar o máximo de informações possíveis por intermédio do

pesquisador, e isso requer um grande interesse por parte do mesmo a fim de

executar o trabalho. Segundo Roesch (1999) a pesquisa-diagnóstico visa explorar o

ambiente; levantar e definir problemas, com a finalidade de solucionar os problemas

apresentados na organização.

A metodologia a ser adotada é a pesquisa qualitativa, a qual é descrita por

Lakatos (1991) como sendo um tipo de pesquisa que tem como vantagem à

possibilidade de aprofundamento de questões peculiares à temática inicial que por

acaso surjam ao longo de sua realização.

O método qualitativo foi usado nesse trabalho, pois dentro do contexto da

organização as técnicas existentes nesse método, usadas como base para o

desenvolvimento do estudo a ser feito.

Referindo-se ao delineamento da pesquisa, utiliza a técnica de estudo de

caso, o qual é caracterizado por Lakatos (1991) como sendo uma técnica de poucos

objetos de estudo de forma singular, retratando sua realidade de forma completa e

profunda.

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1.3.2 Contexto e participante da pesquisa

As amostras foram realizadas com os concorrentes por meio de entrevistas,

entregue um a um, cerca de nove concorrentes; 4 pousadas e 5 hotéis todos com

uma distancia mínima de 50m e máxima 800m.

Os questionários podem ter como objetivo levantar informações sobre

crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc. (GIL,

2007).

Quanto aos procedimentos para aplicação do questionário, Gil (2007) explica

que são denominados ―auto-aplicados‖ aqueles que são propostos por escrito aos

respondentes (entregue em mãos ou por e-mail.).

O questionário da pesquisa aplicada tem como variáveis as dimensões do

planejamento estratégico competitivo. O resultado da pesquisa possibilitará os

pontos fracos e fortes dos concorrentes.

A pesquisa aos clientes indica a satisfação ou insatisfação quanto a

hospedagem e o atendimento.

Levantar um orçamento indicando os gastos que o aluno tem com;

locomoção, telefone e fotocópias.

Para atingir os objetivos propostos, é necessário estudar os concorrentes, cuja

quantidade foi citada, que estão em volta, os clientes que através de amostras vai

dizer a quantidade e a administração da empresa que é a dona com sua filha sendo

responsável pela área administrativa. A pesquisa com o gestor da empresa

possibilitou o resgate de informações pertinentes a elaboração do plano de negócio.

A pesquisa é completada com dados de caráter quantitativo que segundo

Lakatos (1991), este tipo de pesquisa busca quantificar os dados e generalizar os

resultados para a população alvo que normalmente envolve um grande número de

casos representativos. Trata-se de pesquisa estruturada com analise de dados feita

por meio de estatísticas.

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Adotada uma pesquisa de aspecto quali-quanti, para elaboração do plano

de negócio, fazendo assim analise do mercado como perfil dos concorrentes,

clientes, fornecedores outros aspectos julgados necessários.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos da coleta de dados

É utilizado no trabalho, dado primário e secundário. Para Richardson (1999,

p.23) ―dados primários são coletados pelo próprio pesquisador, e enquanto os

secundários são informações já existentes que servirão de apoio para a pesquisa‖.

A coleta de dados primários é efetuada por meio de roteiro de entrevista e

questionário. O roteiro de entrevista é caracterizado por Roesch (1999), como

propicia para ser feita a qualquer tipo e pessoa, cotando que seja elaborada e

aplicada de forma clara e objetiva. Assim os entrevistados que são os concorrentes,

podem dar uma explicação convincente, e mesmo as pessoas de um nível

educacional mais baixo não tem dificuldades em expor suas respostas, impedindo

equívocos.

Já o questionário é, descrito por Richardson (1999) como ―um meio que

permite observar as características de um individuo ou grupo‖, nesse caso o

questionário é aplicado aos concorrentes.

Assim, possibilita estudar de uma maneira bem clara e objetiva todas as

pessoas envolvidas nesse trabalho e com isso, reunir uma quantidade expressiva de

informação, que possibilitou delinear planos de ação.

Os dados secundários foram obtidos por meio de documentos da empresa,

meios eletrônicos, livros, jornais e todo material que possa servir a elaboração do

estudo.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

O objetivo do tratamento e analise de dados é classificar, organizar e

interpretar os dados coletados, de maneira a facilitar a obtenção de respostas

requerida pelas pesquisas. Considerando o nível de satisfação definido pelos

participantes entrevistados.

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Os dados analisados em tabulação por meio de ferramentas do plano de

negócio, utilizando-se os textos explicativos, tabelas e gráficos e principalmente o

software COMO ELABORAR PLANO DE NEGÓCIOS do Serviço Brasileiro de Apoio

às Micro e Pequenas Empresas SEBRAE/MG.

2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Conforme afirma Vergara (2003), o referencial teórico é o capítulo do projeto

ou trabalho de conclusão de estágio que tem por objetivo apresentar os estudos

sobre o tema, ou especificamente sobre o problema, que já foram realizados por

outros autores. Faz-se, nessa seção uma revisão das literaturas existente, como;

livros, revistas científicos e periódicos. Construindo a seção, adota o tema mais

amplo até chegar ao específico do trabalho.

2.1 Administração Conceitos e Teorias

Administração com suas concepções vêm sendo consideradas uma das

principais chaves para resolução dos problemas que afligem o mundo moderno.

―Administração significa, em primeiro lugar, a ação. A administração é um processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos principais interligados: Planejamento, organização, execução e controle‖. Maximiano (2000, p. 26)

Para desempenhar de forma eficiente tais funções o administrador necessita

de três habilidades básicas. Daft (2005) define como:

Habilidades técnicas: é o entendimento e a proficiência no

desempenho de tarefas específicas que é saber utilizarem princípios,

técnicas e ferramentas administrativas, saber decidir e solucionar

problemas.

Habilidades humanas: saber lidar com as pessoas, comunicando-se

eficientemente, negociando, conduzindo mudanças, obtendo

cooperação e solucionando conflitos.

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Habilidades conceituais: ter visão sistêmica como a habilidade

cognitiva de ver a organização como um todo e o relacionamento

entre as suas partes.

Conforme Chiavenato (2000) nessa época de grandes mudanças e

incertezas a administração tornou-se uma área de vital importância para a atividade

humana. A tarefa básica da administração é a de obter as coisas através das

pessoas de forma eficiente e eficaz. Seja nas indústrias, comércio, organizações de

serviços públicos, hospitais, universidades, instituições militares ou de outra forma

qualquer de empreendimento humano.

Administração, portanto aplica-se a qualquer tipo ou tamanho de

organização, tendo em vista que toda organização precisa ser bem administrada

para alcançar seus objetivos com maior eficiência e economia de ação e recursos.

Teorias da Administração

As teorias da administração podem ser divididas em várias correntes ou

abordagens. Cada abordagem representa uma maneira específica de encarar a

tarefa e as características do trabalho de administração.

Antes de comentar cito o que o autor Sobral (2008) escreveu sobre as

teorias da administração:

―...em termos práticos, o ´consumo´ de teorias administrativas e

organizacionais justifica-se pela necessidade de adotar as melhores

praticas que possam contribuir para a melhoria do desempenho da dada

organização, considerando-se as características únicas de sua inserção no

mercado‖.

Afinal, a administração é uma disciplina aplicada na busca de resultados

concretos que visem à melhoria de gestão. No entanto, é necessário compreender o

que constitui uma boa teoria de administração para uma adaptação seletiva às

condições reais da empresa.

Segue abaixo as teorias da administração:

Administração Científica do Trabalho

A preocupação central da administração científica está voltada para a

organização do trabalho de forma eficiente. Segundo Masiero (2007, p.9) ―ser

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eficiente é realizar uma tarefa na forma, no tempo e com a qualidade

predeterminados‖. E se toda tarefa estiver errada? Masiero ainda continua dizendo

que ser eficaz significa realizar a atividade necessária e prioritária para a

continuidade dos negócios. Percebe-se que o conceito da eficácia se relaciona com

os objetivos que se quer atingir já o conceito da eficiência nem sempre.

Em função do crescimento das empresas e, conseqüentemente da

necessidade de um administrador profissional, é que surgiu a preocupação de

estudar a administração de forma científica. Era necessário ter alguém para planejar,

organizar, dirigir, coordenar e controlar as pessoas e os recursos materiais

utilizados, a fim de buscar maiores ganhos de produtividade. A partir dessas

preocupações, Taylor (1987), um engenheiro norte-americano conhecido como ―pai

da administração‖, desenvolveu conceitos e experimentos que, uma vez difundidos,

tiveram grande aceitação.

Como a administração era considerada uma arte, comenta Masiero(2007),

sua ênfase foi transformá-la em uma ciência, procurando constituir uma clara

diferença em relação à forma tradicional de estudá-la. Os princípios fundamentais

considerados por Taylor para uma abordagem cientifica da administração podem ser

sumarizados da seguinte maneira:

―Desenvolver uma ciência para cada etapa do trabalho, de maneira a substituir velhos métodos baseados na prática; Selecionar, treinar, ensinar e desenvolver o trabalhador com base em métodos científicos. Antes dos estudos de Taylor, os empregados escolhiam seu próprio trabalho e o desenvolviam da forma que melhor lhes conviesse; Cooperar sinceramente com os trabalhadores de maneira a se assegurar que todo trabalho seja feito de acordo com os princípios da ciência desenvolvida Dividir o trabalho e a responsabilidade entre os administradores e os trabalhadores, ficando a administração com todo o trabalho de gestão e os trabalhadores com o de execução‖.( MASIERO ,2007, pág.112)

Como é possível observar, proponentes da administração cientifica

buscavam maior cooperação entre os supervisores e os trabalhadores. Os

supervisores deveriam planejar, preparar e controlar o trabalho; os operários,

executá-lo como previamente determinado.

Os estudos de Taylor, afirma Masiero (2007), causaram grande repercussão

no meio industrial. Seus princípios, técnicas de estudo e medição de tempo de

trabalho foram, e ainda são, amplamente utilizados pelas empresas em todo o

mundo.

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A administração científica, de modo genérico, é elogiada por uns e criticada

por outros. As principais críticas diz Masiero (2007), referem-se ―à excessiva divisão

do trabalho e a crença exagerada em considerar o dinheiro como o principal

motivador das pessoas‖. É criticado também por considerar o indivíduo um mero

apêndice da máquina, acreditar que os interesses dos trabalhadores e dos

empregadores são os mesmos e levar em consideração somente os aspectos

operacionais internos das empresas. O contexto externo de atuação da empresa

não era abordado pelos estudiosos da administração do inicio do século passado.

Discutiu-se muito, na primeira metade do século passado, sobre alienação do

trabalhador, que realizava somente tarefas fragmentadas e repetitivas e não tinha

sequer a noção do resultado de seu esforço. A partir disso muita polemica sobre as

proposições ―científicas‖ da administração, principalmente sobre a excessiva

exploração dos trabalhadores, foi gerada por profissionais da área de ciências

sociais, como os sociólogos e os psicólogos.

Teoria das Relações Humanas

Em 1927, Elton Mayo coordenou uma experiência numa empresa de

equipamentos e componentes telefônicos, chamada Westen Eletric Company, onde

percebeu que os trabalhadores eram conduzidos pela fadiga, excesso de trabalho,

acidentes no trabalho, rotatividade do pessoal, causas da má condição do local de

trabalho. A experiência foi dividida em fases, a saber: Na primeira fase, os

pesquisadores observavam dois grupos de trabalhadores que executavam o mesmo

serviço, porém em iluminações diferentes. Um grupo trabalhava sob iluminação

constante enquanto outro trabalhava sob iluminação variável. Perceberam que o

fator psicológico influenciava na produção, quando a iluminação aumentava

produziam mais e quando a iluminação diminuía produziam menos. Na segunda

fase, os pesquisadores mudaram o local de trabalho, a forma de pagamento,

estabeleceram pequenos intervalos de descanso e distribuíam lanches leves nesses

intervalos. Perceberam então que, os trabalhadores apresentaram maior rendimento

na produção, pois trabalhavam satisfeitos. Na terceira fase, os pesquisadores se

preocuparam com as relações entre funcionários e os entrevistaram para conhecer

suas opiniões, pensamentos e atitudes acerca de punições aplicadas pelos

superiores e pagamentos, descobriram uma espécie de organização informal dentro

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da organização que se manifestava por padrões formados pelos próprios

trabalhadores. Na quarta fase, os pesquisadores analisaram a organização informal,

fizeram pagamentos de acordo com a produção do grupo e não mais

individualmente. Perceberam que os trabalhadores tornaram-se mais solidários. As

fases desse experimento foram sistematizadas por Chiavenato (2000).

As conclusões obtidas, não somente com esse experimento, mas também a

partir de outros, originaram a abordagem de relações humanas. Para Mayo, a

formação de grupos informais era uma resposta contra toda a sociedade, que tratava

os seres humanos como máquinas preocupadas, única e exclusivamente, com o

interesse econômico. Esse autor procurou mostrar também que um dos fatores mais

influentes na produtividade eram as relações sociais desenvolvidas no trabalho,

tanto formais como informais, e não simplesmente recompensas econômicas ou

diferentes condições ambientais.

Muitas críticas foram e são feitas aos estudiosos da abordagem das

Relações Humanas, comenta Masiero (2007) por sua pouca cientificidade e

excessiva demagogia. A maior parte dos estudiosos das relações humanas não

reconhece a divisão da sociedade em diferentes classes e categoria e também as

condições econômicas, políticas e sociais em que as empresas estão inseridas não

dão importância à organização formal e exageram ao acreditar que fatores

psicológicos são suficientes para aumentar a produtividade no trabalho.

Teoria Clássica

Conforme Chiavenato (2000. p. 52) a Teoria Clássica foi idealizada por Henri

Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem

Econômico e pela busca da máxima eficiência. Heinri Fayo sofreu críticas como a

manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a

excessiva unidade de comando e responsabilidade.

A Teoria Clássica de Fayol caracteriza-se basicamente pelo seu enfoque,

sobretudo prescritivo e normativo: como o administrador deva conduzir-se em todas

as situações através do processo administrativo e quais os princípios gerais que

deve seguir para obter a máxima eficiência. A preocupação com as regras do jogo é

fundamental. Chiavenato ( 2000, p. 18).

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Teoria Burocrática

A partir da década de 1940, segundo Chiavenato (2001,p.5) as críticas feitas

tanto à Teoria Clássica – pelo seu mecanicismo – como à Teoria das Relações

Humanas – pelo seu romantismo ingênuo – revelaram a falta de uma teoria na

organização para o trabalho do administrador. Alguns estudiosos foram buscar nas

obras de um economista e sociólogo alemão, Max Weber (1864-1920), a inspiração

para essa nova teoria da organização. Surgiu, assim, a Teoria da Burocracia na

Administração.

Segundo o conceito popular, a burocracia é entendida erroneamente como

uma empresa ou organização na qual a rotina é intensa e o papelório se multiplica e

se avoluma, impedindo soluções rápidas ou eficientes. Chiavenato (2000, p.11)

comenta do termo também ser empregado com o sentido de apego dos funcionários

aos regulamentos e procedimentos, causando ineficiência à organização. O leigo

passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema e não ao sistema em si.

O conceito de burocracia para Max Weber é exatamente ao contrario. Para ele a

burocracia é a organização eficiente por excelência.

Teoria da Estruturalista

A teoria estruturalista segundo Masiero (2007. p.19), surgiu em função das

lacunas deixadas pela administração científica e pela abordagem de relações

humanas. Para Chiavenato (2000, p.222), surgiu por volta da década de 50, como

um desdobramento da teoria da burocracia e uma leve aproximação à teoria das

relações humanas representando uma visão crítica da organização formal.

Para os estudiosos da teoria estruturalista, a administração científica visava

cegamente à eficiência e possuía uma visão mecanicista do trabalho. O operário era

visto como parte integrante da maquina, em uma estrutura rígida e formal, afirma

Masiero (2007,p.19).

Os estruturalistas procuram estudar as empresas e seus múltiplos

departamentos, e também a sociedade com suas variadas organizações. Assim,

para eles, se a sociedade é composta de organizações, é também composta por

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homens organizacionais. Chiavenato (2000,p.55) ―para os estruturalistas, a

sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações, das quais o

homem passa a depender para nascer, viver e morrer‖.

Teoria da Contingência

Para Chiavenato (2000, p.381) não há nada de absoluto nas organizações

ou na teoria administrativa, tudo é relativo, tudo depende.

O termo contingência significa eventualidade, dúvida, incerteza de que uma

ação aconteça. Em linhas gerais, é o que postulam os contingencialistas; ou seja,

não existe uma única maneira de administrar. As idéias e ações que norteiam a

tomada de decisão dependem do ambiente no qual a empresa esta inserida. As

circunstancia definem as medidas a serem tomadas. Afirma Masiero (2007, p.34)

―em última análise pode-se dizer que tudo é relativo, não existe um modelo perfeito,

a administração não é uma receita que se possa seguir passo a passo‖.

2.1.1 Áreas Funcionais da Administração

A administração desenvolveu potencialidades vitais à manutenção das

empresas no mercado, especialmente as empresas de médio e grande porte. Para

compreender e otimizar as diversas funções assumidas pelos administradores, a

administração passou a ser vistas sob enfoque de distintas áreas, sendo elas:

Operação, Financeira, Marketing e Recursos Humanos.

Administração de Operações

A administração de Operações é uma das principais áreas funcionais da

organização, uma vez que é responsável pela transformação das necessidades,

insumos e dos desejos dos clientes em produtos e serviços concretos.

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A administração de Operações segundo Sobral (2007) engloba os processos

presentes em todas as organizações, sejam de serviços ou de produção. Na

verdade, o denominador comum de todas as organizações é o processo de

transformação de operações. A natureza dos bens produzidos pode diferenciar uma

organização de outra.

As diferenças entre as organizações de manufatura e de serviços não se

reduzem apenas à natureza dos bens produzidos, e têm importantes implicações em

seu sistemas de administração de operações. Nas organizações de manufatura, o

processo de transformação é fácil de ser analisado porque é visível, e os bens

produzidos podem ser armazenados e consumidos posteriormente. Por outro lado,

nas organizações de serviço, o processo de transformação é difícil de visualizar, os

serviços produzidos não podem ser armazenados e demandam a participação do

consumidor. Daft (2005, p.518) conceitua organização de manufatura como uma

organização que produz bens físicos e a organização de serviços que produz

produtos não físicos que exigem o envolvimento do cliente e não podem ser

armazenados em estoque.

No QUADRO 01 – CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES a seguir

mostra que diferenciam as organizações de manufatura e de serviços:

Organizações de Manufatura Organizações de Serviços

Produzem bens tangíveis e duráveis Produzem bens intangíveis

Bens podem ser armazenados para consumo posterior

O consumo e a produção dos serviços são simultâneos

A quantidade e a qualidade dos bens produzidos são facilmente mensuráveis

A qualidade dos serviços é percebida, mas muito difícil de ser medida.

O resultado é padronizado O resultado é customizado

Pouca participação e pouco contato com o consumidor

Amplo contato e participação do consumidor durante o processo de transformação

A localização é menos importante para o sucesso da organização

A localização é crucial para o sucesso da organização

Emprego intensivo de capital Emprego intensivo de trabalho

Quadro 01 – Características das Organizações Fonte: Sobral (2007, p. 358).

Apesar das diferenças apontadas, ambos os tipos de organizações podem

produzir uma combinação de bens e de serviços. Da mesma forma, ambos

enfrentam problemas operacionais e preocupações similares, o que torna os

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conceitos e instrumentos relativos à administração de operações igualmente válidas

nos dois tipos de organização.

Segundo informa o site www.agenciabrasil.gov.br, acesso 25/05/09;

tendências atuais apontam para um aumento do peso do setor de serviços e,

conseqüentemente, para uma diminuição do peso dos setores produtivos nas

principais economias mundiais. Essa tendência é conhecida como

desindustrialização. Por exemplo, nos Estados Unidos, mais de metade das

organizações são de serviços, e estas empregam dois terços da força de trabalho.

Essa tendência também se faz presente no Brasil. De acordo com os cálculos do

IBGE, o peso do setor de serviços é maior que o da indústria e da agropecuária na

economia brasileira. Em 2005, o setor de serviços já era o principal setor de

atividade da economia brasileira, com uma participação de 64% no Produto Interno

Bruto (PIB). Por outro lado, a indústria e a agropecuária viram sua participação no

PIB, respectivamente.

Ao longo do processo de prestação de serviços é que surge sua avaliação.

Os clientes podem avaliar a qualidade dos serviços pela comparação de percepção

e com a expectativa dos serviços pela comparação de percepção e coma

expectativa sobre a qualidade são avaliadas em longo prazo sobre a entrega do

serviço, deixando a satisfação como uma reação emocional de curto prazo

decorrente de uma experiência especifica do produto. (LOVELOCK, 2001).

Administração Financeira

Tem sido de importância crescente para as empresas de pequeno e médio

porte. O sucesso empresarial demanda cada vez mais o uso de práticas financeiras

apropriadas. Conforme cita Sobral (2007, p.359) ― área da organização responsável

pela gestão do fluxo de recursos financeiros, sem os quais é impossível desenvolver

qualquer atividade econômica‖.

Durante anos, a Administração Financeira da pequena e média empresa foi

meramente executiva, consistindo basicamente em perceber e pagar e, por isso, era

considerada uma simples extensão da administração geral. Esse quadro mudou,

surgindo maiores exigências para as funções financeiras em virtude da crescente

complexidade da economia brasileira e da expansão e sofisticação de nosso

mercado financeiro.

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O ensino tradicional de Administração Financeira enfatiza a maximização da

riqueza do acionista, o gerenciamento da estrutura de capital da empresa e o

processo de fusões e incorporações. Esse enfoque é aplicável primordialmente às

empresas de capital aberto, que atuam num mercado de capitais desenvolvido e,

assim, não atende as efetivas necessidades da pequena e média empresa

brasileira. Além disso, a abordagem usual do ensino de Administração Financeira só

cobre as funções financeiras vinculadas à tesouraria, não tratando das funções de

controladoria (custos, preços e administração do lucro), em que se localizam as

maiores carências da pequena e média empresa. Sobral (2007, p. 11).

A Administração Financeira consiste na tomada de decisões de

investimento; alocação de recursos, e de financiamento; captação de recursos diz

Sobral (2007, p.386). Ambos têm como objetivo a maximização da riqueza dos

proprietários, principal meta da empresa na ótica da administração financeira. A

geração de riqueza pode ser verificada a partir das decisões de investimentos pela

seleção de ativos que produzam os melhores fluxos de caixa no futuro; e a partir das

decisões de financiamento pela redução dos riscos empresariais e dos custos das

fontes de capital.

Por meio da análise de rentabilidade, do equilíbrio financeiro e da eficiência

da atividade, os administradores monitoram o desempenho da organização e

coletam informação essencial para fundamentar decisões presentes e futuras que

agregam valor à empresa. Sobral (2007, p.386).

Marketing

O marketing é uma prática cuja importância para a vida das organizações é

amplamente reconhecida. Como refere Peter Drucker (1998, p.56), ―o marketing é

tão básico que não pode ser considerado uma função separada. Ele é todo negocio

visto do ponto de vista de seu resultado final, ou seja, do ponto de vista do

consumidor‖. O auto kotler (2006, p. 30) conceitua o marketing como ―um processo

social por meio do quais pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam

com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros‖.

De fato, o marketing é uma atividade que permeia todos os domínios de uma

organização, e não apenas uma função que pode ser delegada a especialistas,

Independentemente d tipo e da dimensão da organização, qualquer um que esteja

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envolvido com a definição e a execução da estratégia necessita de competências e

conhecimentos de marketing.

Essa área da administração tem um impacto direto no desempenho da

organização. A importância do foco no cliente é enfatizada e importante. O processo

de administração do marketing começa com a coleta e o tratamento de informação

sobre consumidores, concorrentes, organização e contexto. Atualmente o gerente de

marketing lida com um volume de informações muito grande, visto que a qualidade e

a eficácia na escolha e análise dessas informações são muito importantes. Nesse

contexto destaca-se o papel do sistema de informações de marketing (SIM) no

auxilio à tomada de decisões e da pesquisa de marketing como uma fonte de novas

informações.

Depois de selecionar o mercado e definir o posicionamento pretendido, os

gerentes de marketing devem tomar decisões quanto a políticas de produto,

distribuição, comunicação e preço – o mix de marketing. Essas decisões devem criar

valor para os consumidores, de forma que a organização consiga alcançar seus

objetivos.

Situação atual do marketing – apresenta dados históricos de grande

importância sobre o mercado, o produto, a concorrência, a distribuição e o macro

ambiente. Permite, contudo uma avaliação do mercado, as vendas e as margens de

contribuição auxiliam na estruturação dos preços, a identificação consiste nos canis

utilizados para atingir os consumidores e o macro ambiente relacionado aos fatores

que podem influenciar no desenvolvimento da empresa. (AMBRÓSIO, 1999;

WESTWOOD, 1996)

Análise SWOT - após analisar a atual situação, a organização deve identificar

as principais ameaças/oportunidades, forças/fraquezas que referem-se à

organização, seus produtos ou serviços, sendo que as oportunidades e ameaças

são tomadas como fatores externos sobre os quais a empresa não exerce controle.

Administrar um negócio requer conhecimento dos ambientes internos e externos da

organização. A administração do meio ambiente envolve quais os caminhos para a

criação de oportunidades para a empresa e a perspectiva de quais procedimentos

são necessários para monitorar essas alterações ambientais que possam afetar os

serviços e produtos da empresa, bem como criar novas oportunidades de mercado.

(WESTWOOD, 1996; COBRA, 1992)

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Estratégia de Marketing – são os meios pelos quais os objetivos de marketing

serão alcançados. Os objetivos definem para onde se pretende ir, e as estratégias

devem descrever os caminhos para se chegar lá, devendo ser consistente com os

recursos disponíveis. É importante a interação com outras áreas da empresa, de

modo que haja coordenação das atividades requeridas. (COBRA, 1992; Mcdonald

2004).

Comportamento do Consumidor - Para kotler (2006), sendo o propósito do

marketing centrar-se em atender e satisfazer às necessidades e aos desejos do

consumidor torna-se fundamental conhecer o seu comportamento de compra. Que

compreende todas as decisões e atividades de consumidor ligadas à escolha

compra uso e descarte dos bens e serviços. As empresas devem estar atentas ao

comportamento do consumidor que ocorre antes da compra e que continua há muito

tempo depois do produto ou serviço consumido, indo até o descarte do produto após

o seu uso. A tecnologia da informação serve de apoio as empresas na coleta e

analise dos dados obtidos a respeito dos consumidores. (NICKELS, WOOD, 1999).

As empresas têm o dever de levar em consideração algumas características

que influenciam a compra dos consumidores. O quadro 2 ilustra essa idéia:

Quadro 02: Fatores que influenciam o comportamento do consumidor Fonte: Kotler (1999), p.452

Administração de Recursos Humanos

As pessoas são elemento essencial à existência das organizações; para

muitos autores, é considerada sua principal fonte de vantagem competitiva. Segundo

Daft (2005, p. 293) ―administração de recursos humanos é a atividade realizada para

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atrair, desenvolver e manter uma força de trabalho eficaz dentro de uma

organização‖. Como a organização é um grupo estruturado de pessoas que se

juntam para alcançar objetivos em comum, inerente a seu funcionamento está a

necessidade de gerir os esforços e as atividades das pessoas que a compõem. Essa

é a função da administração de recursos humanos. Sobral (2007).

Na última década, a administração de recursos humanos aparou sua antiga

imagem de ―departamento de pessoal‖ e ganhou reconhecimento vital como

participante na estratégia corporativa. Pesquisas descobriram que a administração

eficaz dos recursos humanos tem um impacto positivo no desempenho

organizacional, incluindo maior produtividade do funcionário e desempenho

financeiro mais sólido. O pessoal do RH é considerado participativo importante na

equipe administrativa. Alem disso, as organizações mais achatadas de hoje

requerem que os gerentes, em toda a organização, tenham um papel ativo na

administração de RH. As atividades e tarefas que antes eram da responsabilidade

dos profissionais da ARH – como recrutamento e seleção do pessoal correto,

desenvolvimento de um programa de treinamento eficaz, ou criação de sistemas

apropriados de avaliação do desempenho – poderão ser passadas para os gerentes

em toda a organização. Assim sendo, os gerentes precisam ser habilidosos no

básico sobre a administração de recursos humanos. Daft (2005, p.293)

2.2 Empreendedorismo (Empreendedor-Administrador)

Essa enorme palavra ouve-se na universidade, ou para aqueles que se

interessam em ler, buscar informações em revistas de negócio, jornais e outros. A

decisão de tornar-se um empreendedor pode ser ao acaso. Empreendedorismo seria

aquela pessoa que perdia o emprego e para ficar sem comer, sairia nas ruas

vendendo qualquer coisa que estivesse em seu alcance. Acontece também com

funcionário demitido e com as economias e o fundo de garantia, acaba criando

novos negócios, antes que eram funcionários, são patrões. Conforme escreve

Dornelas (2005, p; 17) ―muitos ficam na economia informal, motivados pela falta de

crédito, pelo excesso de impostos e pelas altas de juros‖.

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Em empreendedorismo um dos principais ensinamentos que podemos ter é

o fato de que nada se constrói sozinho, sempre há a necessidade de trabalho em

equipe. Qualquer projeto empreendedor sempre terá maiores chances de sucesso

se a equipe envolvida for comprometida à agregar valor, trazendo complemento

necessário para a conclusão do trabalho. Segundo Dornelas (2005, p 13) ―

empreender tem a ver com fazer diferente, antecipar-se aos fatos, implementar

idéias, buscar oportunidades e assumir riscos calculados‖. Percebe-se que muitos

tem buscado no empreendedorismo o caminho para o sucesso, tendo a certeza que

o empreendedorismo apresenta correr risco, mas o que importa é fazer diferente e

ganhar dinheiro com essa diferença.

Para vários autores, o empreendedorismo não é possível ser ensinado, trata

de uma característica inata na personalidade dos indivíduos. Esta visão está

ultrapassada e Dolabela (2001) discutiu bastante o assunto mostrando que ensinar

empreendedorismo é uma tarefa difícil por ser quase individualizada, no entanto

pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa, e que o sucesso é decorrente

de uma gama fatores internos e externos ao negócio.

As habilidades requeridas de um empreeendedor podem ser classificadas

em três áreas, segundo Dornelas (2001, p.39). A primeira é a técnica no qual

envolvem saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser um bom

orador, ser organizado, saber liderar, trabalhar em equipe e possuir um certo

conhecimento na sua área de atuação. A segunda são as habilidades gerenciais,

onde incluem áreas de criação, desenvolvimento e gerenciamento de uma nova

empresa. E por último às características pessoais no qual é preciso ser um líder de

coragem e persistente.

Dolabela mostra os principais passos e problemas associados à abertura de

um novo negócio. Apoiado na aventura de Luísa e de seu negócio – a Goiabadas

Maria Amália Ltda. -, o autor aborda questões típicas do empreendedor emergente

brasileiro que, sem recursos para contratar pesquisa de mercado, sem levantar

financiamento nem contar com o apoio de capitalistas de risco, vai superando

barreiras relativas a criação do novo negócio. É o que acontece com muitos

empreendedores, vão abrindo negócios com suas próprias economias.

Empreendedor e o Administrador

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Como já visto anteriormente a abordagem clássica ou processual, com foco

na impessoalidade, na organização e na hierarquia, propõe que o trabalho do

administrador ou a arte de administrar concentra-se nos atos de planejar, organizar,

dirigir e controlar. O principal divulgador desse princípio foi Henry Ford, no século

XX, e vários outros autores reformularam ou complementaram seus conceitos com o

passar dos anos. Dornelas (2005) faz uma lista de vários autores que conceituaram

o administrador e o empreendedor.

Outra abordagem sobre o trabalho do administrador foi feita por Rosemary

Stewart (1982), do Oxford Center Management Studies, que acreditava que o

trabalho dos administradores é semelhante ao dos empreendedores, já que

compartilham de três características principais: demandas, restrições e alternativas.

Nesse método Stewart não há preocupação de estudar o conteúdo do trabalho do

administrador. As demandas – o que tem de ser feito. Restrições – fatores interno e

externo da organização. Alternativas – são as opções que o responsável tem na

determinação do que e de como fazer.

Hampton (1991) diz ainda que os administradores diferem em dois aspectos:

o nível que eles ocupam na hierarquia, que define como os processos

administrativos são alcançados, e o conhecimento que têm, segundo o qual são

funcionais ou gerais.

Outro autor refere-se ao Kotter (1980) que refere-se das características dos

gerentes gerais, que procuram mostrar o que eficientes realmente fazem. Segundo

Kotter, esses administradores criam, modificam metas e planos para sua

organização. Eles são ambiciosos, buscam o poder, são especializados, tem

temperamento imparcial e muito otimismo.

Mistzberg (1986) dispôs uma abordagem que trata da atividade do trabalho

gerencial, focando os papeis dos gerentes: interpessoais (representante, líder e

ligação), informacionais (monitor, disseminador e interlocutor) e decisórios

(solucionador de distúrbios, alocador de recursos e negociador).

Quando se analisam os estudos sobre o papel e as funções do

administrador, efetuadas pelos autores citados acima, pode-se dizer que existem

muitos pontos em comum entre o administrador e o empreendedor. Dornelas

ressalta que o empreendedor é um administrador, mas com diferenças consideráveis

em relação aos gerentes ou executivos de organizações tradicionais, pois os

empreendedores são mais visionários que os gerentes.

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Abaixo segue as características dos empreendedores de sucesso abordadas

por Dornelas (2005):

Visionários – Têm a visão de como será o futuro para o seu negócio e sua

vida, eles também têm a habilidade de implementar seus sonhos.

Decisivos – Não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na

hora certa, principalmente nos momentos de adversidade. Além de

implementarem suas ações rapidamente.

Fazem a diferença – Eles transformam algo de difícil definição, uma idéia

abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando o que é possível em

realidade. Sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no

mercado.

Exploram as oportunidades – Para a maioria das pessoas, as boas idéias são

daqueles que as vêem primeiro, por sorte ou acaso. Para os

empreendedores, as boas idéias são geradas daquilo que todos conseguem

ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em oportunidade,

por meio de dados e informação.

Determinados e dinâmicos – Implementam as ações com total

comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassam obstáculos, com

uma vontade de ―fazer acontecer‖. Mantêm-se dinâmicos e cultivam um certo

inconformismo diante da rotina.

Dedicação – Dedicam-se 24 h por dia, sete dias por semana, ao seu negócio.

Otimistas – adoram o trabalho que realizam. O otimismo faz com que sempre

enxerguem o sucesso, em vez de imaginar o fracasso.

Independentes – querem estar a frente das mudanças e ser donos do próprio

destino. Querem ser independentes em vez de empregados.

Ricos – ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Acreditam

que o dinheiro é conseqüência do sucesso dos negócios.

Líderes e formadores de equipe – tem um senso de liderança incomum. E são

respeitados e adorados por seus funcionários. Sabem que para obter êxito e

sucesso, dependem de uma equipe de profissionais competentes.

São bem relacionados (networking) e são organizados

Planejam – cada passo de seu negócio desde o primeiro rascunho do plano

de negócio, até apresentação do plano a investidores.

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Conhecimento – são sedentos pelo saber e aprendem continuamente

Assume riscos calculados

Criam valor para a sociedade

Uma comparação feita por Dornelas (2001) entre administradores e

empreendedores em alguns temas relevantes observa que o administrador é voltado

para a organização de recursos, enquanto que o empreendedor é voltado para a

definição de contextos.

Outro fator que diferencia o empreendedor de sucesso do administrador

comum é o constante planejamento a partir de uma visão de futuro. Esse é um

paradoxo a se analisado já que o ato de planeja é considerado uma das funções

básicas do administrador desde os tempos de Fayol, como já foi visto

anteriormente pelos autores citados que falaram das atividades do administrador.

Então segundo Dornelas seria o empreendedor aquele que assume as funções,

os papéis e as atividades do administrador de forma complementar a ponto de

saber utilizá-los no momento adequado para atingir seus objetivos. Nesse caso o

empreendedor estaria sendo um administrador completo, que incorpora

abordagens existentes, interagindo com seu ambiente para tomar as melhores

decisões.

2.3 Plano de Negócios

Ter um negócio constitui o sonho de muita gente. Conhecer a realidade do

mercado e organizar cuidadosamente um plano de negócio é essencial para

alcançar o sucesso. Todo negócio deverá passar antecipadamente pela elaboração

de um projeto, onde contém a idéia básica e todas as informações relacionadas ao

início do novo negócio. O empreendedor não pode deixar de passar pelo projeto do

planejamento formal de um novo negócio, assim irá minimizar os erros que

certamente virão a surgir. Conforme Dornelas (2005, p.93) ―o plano de negócios é a

parte fundamental do processo empreendedor. Empreendedores precisam planejar

suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento‖.

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Em mercado altamente competitivo um plano de negócio bem elaborado é

fundamental para o sucesso do negócio. Segundo Dornelas (2005, p.93) ― um

negócio bem planejado terá mais chances de sucesso que aquele sem

planejamento, na mesma igualdade de condição‖.

Para viabilizar um empreendimento, faz-se necessário elaborar um plano de

negócios. Um plano deve reunir informações sobre as características, condições e

necessidades do futuro empreendimento, com o objetivo de analisar ações e

necessidades do futuro empreendimento, como objetivo de analisar sua

potencialidade e sua viabilidade. Serve também par orientar e facilitar a tomada de

decisões estratégicas antes de iniciar um empeendimento. Segundo Dornelas

(2001), o plano de negócios é um documento utilizado para descrever um

empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Willians (2001) e

Stone (2001) apresentam vários princípios e orientações, comuns na literatura

administrativa, para se elaborar um plano de negócios.

A elaboração de um plano com uma visão sistêmica de seu negócio,

incorporando informações das diversas dimensões que compõem uma empresa,

como o mercado, a concorrência, tecnologia, os aspectos financeiros e

organizacionais, dá ao empreendedor uma noção prévia do funcionamento da

empresa. As informações sobre as características atuais e sobre as potencialidades

do empreendimento podem configurar-se como instrumento de apoio à tomada de

decisões e ao planejamento de curto, médio e longo prazo. (Masiero, 2007)

Algumas idéias simples ou bem-sucedidas em dado setor podem

transformar-se em excelentes negócios em outro setor. Nem sempre uma idéia bem

–sucedida é sinônimo de perpetuidade do negócio. Conforme Masiero (2007, p. 424)

― um bom negócio pode atrair novos concorrentes que forçam o aperfeiçoamento dos

produtos e dos processos de comercialização levando o empreendedor a inovar

continuamente para não ser expulsos do mercado‖. Idéias inovadoras devem ser

discutidas, com indivíduos de forte espírito critico e diferentes perfis de risco. O

sucesso dos projetos depende de uma correta identificação dos fatores que podem

inviabilizar os negócios, fundamentalmente a identificação do mercado-alvo, as

características do produto/serviço, a logística e os serviços pós-venda.

Em mercados de prestação de serviços como hotéis e pousadas são

competitivos. Sem um plano de contingência consistente o destino é o fechamento

da empresa. Esse triste fato não se aplica apenas para empresas pequenas, mas

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para empresas grande e de prestígio. Apesar dos grandes benefícios do plano de

negócio muitos empreendedores não tomam o devido cuidado na sua elaboração:

ou por falta de conhecimento da sua importância ou por falta de experiência para a

elaboração de um plano consistente. (SEBRAE SC 2009)

É importante que o plano de negócio possa demonstrar a habilidade de se

atingir uma situação futura, mostrando como a empresa pretende chegar lá. Então, o

que o empresário precisa é de um plano de negócios que serva de guia, que venha

ser revisado periodicamente e que permita alterações visando vender a idéia ao

leitor do seu plano de negócio.

Várias agências de fomento ou de apoio às atividades emprendedoras como

o Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) fornecem

orientação e modelos para confecção de planos de negócios. Vários autores de

livros com assunto de emprendedorismo. Conforme Dornelas (2005, p.100) ― não

existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios‖.

Difícil é definir um modelo padrão, sabendo que para uma empresa de serviço é

diferente de uma empresa que fabrica produtos ou bens de consumo.

Dornelas (2001) apresenta a estrutura de um plano de negócio sugeridas

para pequenas empresas prestadoras de serviço, e cada uma das seções

apresentadas dever ser abordada sempre visando à objetividade, sem perder a

essência e os aspectos mais relevantes de cada item:

1. Capa

2. Sumário

3. Sumário Executivo

4. O negócio

Descrição do Negócio

Descrição dos Serviços

Mercado

Localização

Competidores (concorrência)

Equipe Gerencial

Estrutura Funcional

5. Dados Financeiros

Fontes dos Recursos Financeiros

Investimentos Necessários

Balanço Patrimonial (projeto para três anos)

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Análise do Ponto de Equilíbrio

Demonstrativo de Resultados (projetado para três anos)

Projeção de Fluxo de Caixa (horizonte de três anos)

Análises de Rentabilidade

6. Anexos

O que Dornelas recomenda e ressalta é a estratégia e a quantidade de páginas

do plano de negócios, dependerão de qual será o seu público-alvo.

Planejar é a alma do negócio. Ter objetivos definidos e estratégias de ação

para todas as situações evitam ambigüidades e hesitações nas horas mais difíceis.

Além disso, um bom plano de negócios contém uma avaliação do mercado, da

concorrência, dos clientes potenciais e do capital disponível para ser investido.

Enfim, é um verdadeiro mapa para guiar a ação dos empreendedores.

2.3.1 Software – Auxiliar na Elaboração de Plano de Negócios

O Sebrae criou software para criar um plano de negócio, há vários desses os

quais são o softwate SPPlan do Sebrae de São Paulo, Negócio Certo do Sebrae

Santa Catarina,Como Elaborar um Plano de Negócio do sebrae de Minas Gerais,

Empreenda e Makemoney.

SPPlan SP

Figura 01 : SPPlan SP Fonte: www.sebraeshop.com.br. Acesso em 24/05/2009

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Além de o programa compor as estruturas citados anteriormente em Plano de

Negócio, essas estruturas são associadas aos seguintes elementos:

Permite a utilização por diversos usuários, cadastrados por um

administrador, que irão colaborar na elaboração do plano. Campos exclusivos de

descrição dos tópicos, que definem e esclarecem o Plano. Disponibilizados também

links de ajuda, que orientam o entendimento dos tópicos, e de um link para um texto

típico de exemplo sobre o mesmo tópico. Campo para identificação do arquivo

quando necessário para anexar informações complementares ou demonstrativas

sobre o tópico. Todas as planilhas necessárias para a composição dos custos dos

produtos/serviços objetos do Plano. Escolha da opção do regime tributário: simples,

lucro presumindo e lucro real. Mapa geral sobre o estado de preenchimento e anexo

dos tópicos. Geração de relatórios financeiros, em Acrobat REader (software livre):.

Demonstrativo de Resultados, Fluxo de Caixa, Balanço Patrimonial, Indicadores

Financeiros. Impressão do relatório do Plano de Negócio, incluindo os quadros

financeiros, de forma organizada e pronta para encadernação, através do simples

comando de impressão.

Negócio Certo

O NEGÓCIO CERTO é um Programa de Auto-Atendimento oferecido pelo

SEBRAE/SC, gratuitamente, destinado a apoiar as pessoas que buscam orientações

práticas na abertura de novos negócios, bem como auxiliar os empresários que

possuem um pequeno negócio a avaliar suas estratégias e melhorar a sua

administração.

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Figura 02 : sofware Negócio Certo Fonte: www.sebrae-sc.com.br/. Acesso em 22/05/2009

O Programa se estrutura nas seguintes etapas:

Etapa 0: O objetivo desta etapa é orientá-lo em relação ao Programa Negócio Certo.

Assim, nesta etapa você tem todas as orientações passo a passo, para realizar com

tranqüilidade seu auto-atendimento.

Etapa 1: O objetivo principal desta etapa é ajudá-lo a definir sua idéia de negócio a

partir de sua realidade. Para apoiar sua escolha, serão disponibilizadas 650 fichas

técnicas de negócios que estarão em formato de fichas informativas em meio digital

(Banco de Idéias Digital).

Etapa 2: O objetivo principal da segunda etapa do Programa de Auto-Atendimento

Negócio Certo é auxiliá-lo na verificação da viabilidade mercadológica e econômico-

financeira da idéia de negócio escolhida.

Etapa 3: Esta etapa tem por objetivo principal orientá-lo na formalização do negócio.

A elaboração do conteúdo considerará desde a definição da forma jurídica mais

adequada, até o passo a passo do registro do futuro negócio nas esferas estadual,

municipal e federal. Além disso, ainda serão consideradas informações e

orientações referentes ao processo de registro, conforme o tipo de negócio

escolhido.

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Etapa 4: Esta etapa tem por objetivo principal apoiá-lo na administração da sua

empresa, agora já registrada. Nela são oferecidas ferramentas relacionadas à

gestão de negócios.

Etapa 5: Esta é a etapa final do Programa de Auto-Atendimento Negócio Certo. O

objetivo principal desta etapa é lhe apresentar dicas básicas para o relacionamento

de sua empresa com o mercado. Nela você terá importantes informações sobre

marketing para entender e definir qual a melhor maneira de atender as demandas e

as necessidades dos seus clientes.

Como Elaborar Um Plano de Negócio MG

Empresários e interessados em montar um negócio contam com mais uma

ferramenta do Sebrae Minas, o software gerencial ‗Como Elaborar um Plano de

Negócio‘. O produto está disponível para download (gratuito) no site

www.sebraeminas.com.br e tem o objetivo de contribuir para o aprimoramento da

gestão dos pequenos negócios. Após preencher o plano de negócio, o cliente tem

ainda a possibilidade de enviar o documento para ser avaliado por um consultor do

Sebrae Minas.

No plano de negócio, o empreendedor descreve quais os objetivos do

empreendimento e quais passos devem ser dados para que eles sejam alcançados,

diminuindo os riscos e as incertezas. No ano passado, o Sebrae Minas lançou o

manual ‗Como Elaborar um Plano de Negócio‘, primeiro de uma série composta por

quatro publicações que também estão disponíveis para download no site da

instituição. A versão impressa custa R$ 10,00 e pode ser adquirida em um dos

pontos de atendimento do Sebrae no Estado.

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Figura 03: Sofware Como Elaborar um Plano de Negócio MG Fonte: www.sebraemg.com.b. Acesso 25/05/2009

Empreenda

De uma lanchonete a uma pequena fábrica de PCs, o Empreenda, da B2ML,

permite que o usuário escolha que tipo de empresa pretende abrir antes de iniciar

seu plano de negócio. Há módulos diferentes para comércio, indústria e serviços. O

destaque do software é a facilidade de operação. As explicações para cada tópico

vêm no corpo da tela e a interface é bastante intuitiva. O programa permite que o

usuário personalize seu projeto por meio da criação de novos tópicos. Previsões

otimistas e pessimistas podem ser incluídas entre os gráficos financeiros.O aplicativo

tem versões para Windows e Linux e exporta o plano final ou parcial em múltiplos

formatos. Apesar de o Empreenda ser fácil de usar, sua interface tem algumas

falhas. Um exemplo: para salvar em formatos diferentes de HTML, é preciso clicar

em Visualizar Impressão, e, depois, em Salvar — um caminho tão tortuoso quanto

inusitado.

O Empreenda! é um software de plano de negócios desenvolvido com a

finalidade de auxiliar você na tarefa de elaboração e planejamento do seu negócio.

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Através de um modelo de plano de negócio que engloba um plano de marketing,

um plano financeiro e um plano de ação exclusivo você terá um negócio bem

planejado.

Figura 04: Software EMPREENDA Fonte: www.empreendacomsucesso.com.br, acesso em 04/05/2009.

Com uma interface amigável e simples, o Empreenda! é uma ferramenta que

permite ao empreendedor o planejamento e a avaliação do empreendimento sob

vários pontos de vista, tornando mais segura a tarefa de iniciar um novo negócio.

Assim, qualquer empreendimento poderá se tornar um sucesso.

Make Money

O MakeMoney é um software que avalia a viabilidade de um futuro

empreendimento e seus produtos através da elaboração de Planos de Negócios.

Foi criado para construir, gerenciar e orientar o processo de elaboração de

Planos de Negócios de forma fácil, rápida e consistente. Através da separação em

tópicos contendo orientações bem detalhadas, é possível criar um Plano de

Negócios em tempo reduzido.

Teste a viabilidade de seu projeto antes mesmo de iniciá-lo. O MakeMoney ajuda

novos empreendedores a responder as dúvidas mais comuns: "É o negócio que

sonhei?" ou "Vale a pena investir?"

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Figura 05: Sofware Make Money Fonte: www.starta.com.br. Acesso em 01/05/2009

Não precisa ser especialista em marketing, finanças ou informática: basta querer

abrir um negócio ou planejar uma empresa já existente.

O makemoney não é gratuito, tem um valor a ser pago.

2.4 Turismo

O turismo em todo o mundo está fazendo parte da economia, em alguns

lugares mais fortes e outro mais fraco. Tornando importante para sobrevivência de

algumas famílias. De acordo com Andrade (1999); turismo

:― é o movimento temporário de pessoas para locais externos ao da moradia e trabalho, caracterizado por atividades de entretenimento, práticas esportivas, negócios, atividades culturais, compras, tratamento de saúde, etc....‖

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Turismo é fluxo de pessoas, integração e alteração de costumes e modos

de vida. É consumo responsável da paisagem. O turismo é multidisciplinar e envolve

geografia, economia, ecologia, é história é sociologia (costumes e qualidade de

vida). Pode ser considerado como um verdadeiro fenômeno da sociedade atual.

Dentro de um ponto de vista descritivo, Andrade (1999, p.139) considera o

turismo como sendo ―... o conjunto das relações e fenômenos produzidos pelo

deslocamento e permanência de pessoas fora do seu lugar de domicílio, desde que

tais deslocamentos e permanência não estejam motivados por uma atividade

lucrativa...‖.

Conforme os autores, podemos definir e resumir turismo como atividade que

induz pessoas a ausentar-se de seu local de residência ou trabalho, com o intuito de

participar de novas emoções com o objetivo de satisfazer suas necessidades sejam

elas: culturas, pessoais ou outras mais diversificadas.

Contudo, os conceitos vão se modificando e se adequando e, até hoje, ainda

se busca a definição exata para o fenômeno de turismo. Essa dificuldade está em

como classificá-lo, ou tentar defini-lo pelo aspecto social ou apenas se considera as

reações econômicas produzidas pelo efeito da prática do turismo.

O turismo pode ser considerado uma fonte de renda, isto é, movimenta

dinheiro em várias direções, durante toda a estada do turista. Ocorre desta forma,

um efeito multiplicador que se caracteriza pela entrada de dinheiro nacional ou

estrangeiro num país ou região, produzindo riqueza, aumentando consumo e

produção devido às novas necessidades de produtos e serviços criadas pelo

turismo.

O turismo apresenta as várias vantagens; é um eficiente meio para integrar

socialmente e incrementar em determinados casos a consciência nacional. Promove

o sentimento de liberdade mediante a abertura ao mundo, estabelecendo ou

estendendo os contatos culturais e estimulando o interesse pelas viagens turísticas.

Traz informações sobre uma determinada região ou localidade, seus valores

culturais, naturais e sociais.

As desvantagens apresentadas pelo turismo devido a invasão e descuido do

homem como a degradação e destruição dos recursos naturais como por exemplo

construção de prédios para hotéis bem próximos a praia, invadindo o espaço.

A saturação de pessoas em cidades litorâneas provoca falta de água

potável, um dos problemas mais falados na alta temporada, pelos moradores.

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O turismo no Sul do Brasil, principalmente no Estado de Santa Catarina, tem

seu crescimento agregado às belezas naturais de suas praias que norteiam todo o

litoral, aos encantos da natureza presentes com intensidade no turismo rural e

religioso predominante explorado nos dias de hoje, além de fatores econômicos e

sociais que impulsionam o Estado e servem de contexto para as empresas

prestadoras de serviços de hospedagem surgirem no mercado.

Ética no Comércio – Turístico

Têm-se nas empresas que atuam diretamente nas atividades turísticas a

forma mais contemporânea de incidência ética e moral. ANDRADE,(1999:p38) ao

alegar que o turismo não é mais do que um produto composto ou uma combinação

de bens e serviços, cuja funcionalidade depende de uma série de conhecimentos

opcionais interligados.

―Turismo é o complexo de atividades e serviços relacionados aos

deslocamentos, transportes, alojamentos, alimentação, circulação de produtos

típicos, atividades relacionadas a movimentos culturais, visitas, lazer e

entretenimento‖ (ANDRADE,1999:p39).

Pensando na complexa relação empresarial e social que é a atividade

turística, e sua constante passagem pelo limiar da quebra dos princípios éticos pelos

seus agentes é que a Organização Mundial do Turismo (OMT,2001), reunida em

assembléia geral, em Santiago no Chile, no dia 1o. de outubro de 1999 instituiu um

documento denominado Código Mundial de Ética do Turismo.Tal documento é

composto por 10 artigos, sendo que cada um destes artigos retratam um princípio

ético a ser seguido pelos profissionais do comércio turístico no mundo inteiro, quais

sejam:

“Artigo 1o.- Primeiro Princípio:

Contribuição do Turismo para a compreensão e respeito mútuo entre homens e sociedades. Artigo 2

o. – Segundo Princípio:

O turismo, instrumento de desenvolvimento individual e coletivo. Artigo 3

o. – Terceiro Princípio:

O turismo, fator de desenvolvimento sustentável. Artigo 4

o. – Quarto Princípio:

O turismo, fator de aproveitamento e enriquecimento do Patrimônio Cultural da Humanidade. Artigo 5

o. – Quinto Princípio:

O turismo, atividade benéfica para os países e para as comunidades de destino. Artigo 6

o. – Sexto Princípio:

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Obrigações dos Agentes do desenvolvimento turístico. Artigo 7

o. – Sétimo Princípio:

Direito ao Turismo. Artigo 8

o. – Oitavo Princípio:

Liberdade do Deslocamento Turístico. Artigo 9

o. – Nono Princípio:

Direito dos trabalhadores e dos empresários da indústria turística. Artigo 10

o. – Décimo Princípio

Aplicação dos princípios do Código Mundial de Ética do Turismo “.

Nota-se a preocupação da OMT em cercar de princípios éticos todos os

envolvidos na relação turística, abrangendo deste as comunidades de destino, os

empregados e empresários do setor até o próprio turista. Vale lembrar que este

documento desmembra cada um dos princípios atingindo um nível de detalhamento

compatível as atividades que deve ser realizada para o atendimento pleno do

princípio ético previamente estabelecido.

2.4.1 O Turismo e o Município de Penha

Berço nativo dos índios Carijós, o marco inicial do povoado foi à construção

da Capela de São João Batista, em 1.759 no local denominado Itapocorói (derivado

do guarani "Itapocorá", cujo sentido define como sendo "parecido com um muro de

pedra"). A região de Penha foi colonizada a partir do século XVIII com a invasão

pelos espanhóis da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis), por pescadores

portugueses - na maioria açoriana - fugindo dos invasores e que procuravam novos

locais para a caça e beneficiamento de baleias. A Armação do Itapocorói tornou-se

então sede, na época, de uma das maiores armações baleeiras do sul do Brasil.

Segundo informação retirada do site (www.penha-sc.com.br).

A comunidade de Itapocorói, por ter ―status‖ de armação baleeira e sendo,

portanto, um empreendimento particular, não pode ser elevado à freguesia durante o

período em funcionamento como empreendimento empresarial.

Uma nova comunidade, criada a seis quilômetros da Armação por

moradores deslocados de núcleos de Itapocorói, teve progresso suficiente para ser

elevada à categoria de freguesia em 23 de março de 1839, com o nome de

Freguesia de Nossa Senhora da Penha do Itapocorói. No século XIX a caça da

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baleia entrou em crise e foi substituída pela pesca artesanal e comércio rudimentar

como subsistência.

Penha assume em definitivo a liderança como a sede da comunidade. No

dia 21 de junho de 1958 foi elevada à categoria de município, efetivamente instalado

em 19 de Julho do mesmo ano. Os primeiros dados populacionais são de 1840,

quando tinha 1.640 habitantes e no século atual, em 1920 tinha 4.830 habitantes.

Seu desenvolvimento turístico teve início na década de 70 e hoje sua população gira

em torno de 20 mil habitantes segundo IBGE 2007, chegando a passar dos 100 mil

durante a temporada de verão. Uma nova fase do Município começou a ser vivida

em 1991 com a instalação do Beto Carrero World - maior parque temático da

América Latina e quinto do mundo. Penha, em expansão, vê surgir uma infra-

estrutura na parte de hotelaria. Por isso a região virou foco do turismo de

entretenimentos, passando a receber um número maior de turista, não mais apenas

no verão, vindos de várias partes do Brasil e do mundo. Veja no I e II folder da

cidade.

Sua data festiva, maio que também é a festa do Divino Espírito Santo. Tem

como principais atividades econômicas além do turismo, a pesca e a maricultura são

o forte da economia do município, que ocupa o primeiro lugar no Brasil no cultivo de

marisco. A produção chega a 3.500 toneladas anuais. Sua localização no litoral

norte do Estado e a 120 km de Florianópolis SC, uma área de 59 km², seu clima

mesotérmico úmido. A temperatura média vaia entre 18°C e 30°C. Altitude 20m

acima do nível do mar. Cidades próximas: Itajaí, Porto Belo, Bombinhas, Blumenau,

Navegantes, Joinville, Piçarras Barra Velha. Segundo informa secretaria de turismo

e o site do município.

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Figura 06: Imagem de Penha e o que a cidade tem para oferecer Fonte: Folder da cidade cedido pela secretaria de turismo

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Figura 07: tirada do mapa da cidade Fonte: Folder com foto aérea da cidade, cedido pela secretaria do turismo

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2.4.2 Parque Temático Beto Carrero world

A grande atração da região é sem dúvida o Beto Carrero World, que fica nas

imediações da Praia da Armação. Diariamente visitado por turistas do Brasil e outras

partes do mundo, o parque oferece mais de 85 atrações entre brinquedos, shows e

ainda um dos maiores zôológicos da América Latina. O parque é um dos roteiros

turísticos mais procurados no Brasil e na América do Sul, movimentando todo o

comércio e rede hoteleira da região. Mais de quatro milhões de pessoas já o

visitaram desde 1991, com uma média de sete mil pessoas por dia, chegando a 25

mil durante a temporada de verão. O Beto Carrero World fica na margem da estrada

de acesso à Penha, via BR 101.

Abertura das bilheterias às 8h30. Os brinquedos funcionam das 10h às 18h.

Fora de temporada o parque abre de quinta a domingo: Veja figura abaixo:

Figura08: Parque Beto Carrero World Fonte:Revista Costa Verde Mar

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Uma pesquisa feita pela SANTUR da demanda de turistas que freqüentaram o

município de Penha em 2006, 2007 e 2008 nos meses de janeiro e fevereiro, mostra

a quantidade de turista que vieram a cidade, o tipo de hospedagem, meio de

locomoção, etc. Veja no quadro 03 abaixo tabelas comparativas;

Origem 2006 2007 2008

Nacionais 54.258 56.647 61.207

Estrangeiros 1.271 792 209

Total 55.529 57.439 61.416

Quadro 03 - Movimento estimado de Turista Fonte – SANTUR / Gerencia de Planejamento

Ano 2006 2007 2008

Taxa (%) 81,40 61,42 62,76

Quadro 04 – Taxa de ocupação hoteleira Fonte: SANTUR / Gerencia de Planejamento

Origem 2006 2007 2008

Nacionais 11,26 dias 8,86 dias 9,71 dias

Estrangeiros 13,08 dias 8 dias 11 dias

Média 11,30 dias 8,85 dias 9,72 dias

Quadro 05 – Permanência média em todos meios de hospedagem Fonte: SANTUR / Gerencia de Planejamento

ESTADO 2006 2007 2008

Paraná 37,84% 43,88% 18,39%

Santa Catarina 23,78% 12,24% 58,54%

São Paulo 16,94% 13,99% 9,20%

Rio Grande do Sul 9,37% 20,10% 8,17%

Minas Gerais 0,36% 2,45% 0,73%

Quadro 06 – Principais Mercados Emissores – Nacionais Fonte: SANTUR / Gerencia de Planejamento

Meio de hospedagem 2006 2007 2008

Casa própria 36,10% 26,30% 36,59%

Hotel 21,77% 25,43% 23,33%

Casa ou apto. de alug. 13,27%% 12,28% 9,96%

Hosp. Pensão, dormit. 4,25% O,52% 8,02%

Pousada 3,01% 5,88% 3,36%

Camping 1,24% 1,22% 2,07%

Albergues alojamento 0,18% 0,77%

Total 100% 100% 100%

Quadro 07 – Meios de hospedagem utilizados Fonte: SANTUR / Gerencia de Planejamento

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2.5 Pousada / Hotéis

O negócio de pousadas representa opção de hospedagem para quem

procura preços mais acessíveis, fora dos grandes centros. As instalações,

equipamentos e serviços mais simples fazem da pousada uma ótima opção para

quem procura o aconchego do ambiente familiar, alimentação e lazer. Segundo

(Andrade et al 2000) ―Pousadas de pequeno porte caracterizam-se por uma

acomodação mais simples e informal‖. Hoje já há uma tendência de pousadas que

apresentam elementos arquitetônicos caracterizados, tais como: ambientes para

aumentar a comodidade dos clientes.

Hotel no conceito simplificado tem como função básica oferecer abrigo, para

quem está distante de sua casa e atender as suas necessidades básicas. Mediante

o pagamento de diárias, oferece alojamento à clientela indiscriminada, consiste

numa pessoa jurídica que explora ou administra o meio de hospedagem e que tem

em seus objetivos sociais o exercício de atividade hoteleira. Com o passar do tempo

e a evolução nos meios de hospedagem, os novos empreendimentos hoteleiros

procuravam oferecer além das necessidades básicas para as pessoas, atrair

também a população da microrregião para utilizar os produtos e serviços desses

hotéis. (DUARTE, 1996; CASTELLE,2000)

As pousadas, assim como os hotéis, estão se especializando em explorar as

possibilidades da região onde estão instaladas, tais como: elementos históricos,

esportes radicais, as frutas típicas, a culinária tradicional, lazer praia ou lazer

montanha, o ambiente de fazenda, clima de montanha, etc.

A definição do segmento de clientela a ser atendido é fundamental para o

sucesso do negócio. Pousadas voltadas para o público da terceira idade estão em

alta, essas pessoas tem renda mensal garantida e poucos gastos, além de dias de

semana livres e vontade de viajar e aproveitar a vida. Além disso, a população

brasileira está ficando mais velha. (SEBRAE SC 2009)

O setor de hotéis e pousadas apresentou sinais de recuperação em 2005,

após passar por um período de baixas taxas de ocupação e queda nas diárias

médias entre 2001 e 2004. Essa recuperação deve – se em parte a uma

desaceleração no investimento em novos empreendimentos e também ao

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encerramento da atividade de alguns hotéis antigos, somado ao crescimento da

demanda pelo turismo interno ocorrido no ano.

As pousadas e pequenos hotéis já representam 68% dos meios de

hospedagem, o que corresponde a 17.000 estabelecimentos, segundo a Embratur.

Segundo o jornal Valor Econômico, em 2005 a demanda hoteleira cresceu

9% e a diária aumentou 6% no ano. No último ano, com a crise do setor aeronáutico,

o segmento de hotelaria em geral sentiu a redução no índice de ocupação,

especialmente com o cancelamento de pacotes turísticos, por passageiros que

tiveram vôos atrasados. Por outro lado, direcionamento do turismo para as viagens

terrestres promoveu uma excelente oportunidade para as cidades de médio e

pequeno porte, o que possibilitou um crescimento espetacular na ocupação de

pousadas.

Segundo os dados da empresa Hotel Investment Advisor (HIA), consultoria

especializada no segmento hoteleiro, analisando os dados de 2004, os hotéis que

registraram as melhores taxas de ocupação são os econômicos (de valor menor das

diárias) e aí se incluem as pousadas. Em algumas regiões do país já existe um

excesso de oferta, pelo lançamento de vários empreedimentos voltados para um

mesmo segmento.

As possibilidades de crescimento do setor são altamente promissoras desde

que o empresário identifique novos segmentos, como por exemplo, uma das opções

poderia ser hospedagem para mochileiros, que ofereçam conforto aliado ao preço

acessível. O turismo de lazer ou de negócios também é uma atividade em expansão.

(Sebrae 2009)

O crescimento do turismo e da hotelaria em nível nacional motivou o

processo de desenvolvimento da gestão de produtos e do mercado hoteleiro,

fazendo com que os interessados, buscassem a profissionalização, fator

determinante nos dias de hoje.

As empresas hoteleiras podem ser classificadas, quanto ao seu tamanho,

em pequenas, médias e grandes. O parâmetro que fundamenta essa classificação

Poe ser o apartamento, o numero de leitos ou a receita anual. (CASTELI, 2000).

Ameaças e oportunidades:

As principais dificuldades vivenciadas no dia-a-dia do mercado; (segundo

Sebrae 2009).

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- mão – de – obra não qualificada dos funcionários, especialmente nos

pequenos centros;

- alto custo dos itens para mobiliar um apartamento;

- sazonalidade, período de baixa demanda, em que a ocupação dos

apartamentos é baixa;

- falta de capital de giro (compras, manutenção, publicidade etc);

- falta de profissionalismo;

- baixo poder aquisitivo dos consumidores;

- inadimplência de clientes;

- custos fixos elevados.

As ameaças, vistas como fatores externos que podem interferir

negativamente no negócio, são:

- concorrência das redes de hotéis;

- queda no poder aquisitivo dos consumidores;

- competição por preço;

- internacionalização das grandes redes de hotéis;

- interdependência da pousada como destino de turismo, ou seja, o hóspede

primeiro escolhe o destino, depois o meio de hospedagem;

- qualidade do serviço público da região;

- alteração no preço dos insumos;

- baixa disponibilidade de mão-de-obra qualificada;

Localização

Um dos aspectos mais importantes para o sucesso ou insucesso do negócio

é a localização, pois a partir daí é que se pode planejar a estrutura a ser montado, o

preço que será praticado e o perfil do cliente que será atendido.

A localização surge em função das características do público-alvo que pode

ser: viagens a negócios, lazer, participação em festas e eventos culturais, motivos de

saúde. Hoje as maiores quantidades de pousadas estão localizadas em cidades

turísticas.

Qualquer estudo para a instalação de uma pousada deve levar em

consideração a infra-estrutura – Acesso fácil e infra-estrutura da região são aspectos

que devem ser levados em consideração pelo empresário na hora de definir o local.

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Estradas sem sinalização, com dificuldades de acesso, podem influenciar

negativamente o cliente na decisão de escolher onde passar o fim de semana ou as

férias.

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3. PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA POUSADA

EM PENHA

Serão demonstrados os resultados do trabalho de campo, iniciando pela

caracterização da organização sendo UNIVALI. Sua estrutura multicampi e sua

política de atuação permitem atender a comunidade em toda a sua área de

abrangência, promovendo o crescimento local e global através da produção e

socialização do conhecimento pelo ensino, pela pesquisa e pela extensão. A

Organização disponibiliza o MEU – Movimento de Empreendedorismo Univali. A Pré

– incubadora; um espaço para incentivar as iniciativas empreendedoras dos

acadêmicos.

3.1 Caracterização da Organização

A Univali - Universidade do Vale do Itajaí é uma das maiores instituições de

ensino superior do Brasil. Localizada no litoral centro-norte de Santa Catarina, está

presente nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Biguaçu, Balneário Piçarras,

São José e Tijucas.

Seguindo a trajetória natural do ensino superior na região do Vale do Itajaí, a

história da Universidade teve início em 1964. O dia 16 de Setembro deste ano data o

primeiro documento oficial da Sociedade Itajaiense de Ensino Superior.

Em 25 de outubro de 1968 é publicada a Lei Municipal 892, que cria a

Autarquia Municipal de Educação e Cultura da cidade de Itajaí. Em 1970, a

Autarquia é transformada em Fundação de Ensino do Pólo Geoeducacional do Vale

do Itajaí (Fepevi). Em 1986, as Faculdades Isoladas de Ciências Jurídicas e Sociais,

de Filosofia, Ciências e Letras, e de Enfermagem e Obstetrícia são transformadas

em Faculdades Integradas do Litoral Catarinense (Filcat).

No dia 16 de fevereiro de 1989, a Filcat torna-se Universidade do Vale do Itajaí,

através da Portaria Ministerial 51/89, e em 21 de março é instalada oficialmente. Na

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condição de Universidade, a Univali passa a ter autonomia para a abertura de novos

cursos – um dos fatores que a impulsionaram a se transformar na maior instituição

de ensino superior do Estado.

Atualmente a Univali possui mais de 30 mil alunos, que contam com 170 mil m2

de área construída, 485 salas de aulas e 950 salas de apoio e laboratórios, todos

equipados com tecnologia de ponta e monitorados por profissionais altamente

capacitados. Além disso, os estudantes dispõem de espaços reservados às

atividades práticas, como clínicas, agências, escritórios, teatro, auditórios, ginásios

de esporte e quadras poliesportivas, piscina e oito bibliotecas, que reúnem um

acervo de 119,5 mil títulos de livros, 267,2 mil exemplares e cerca de 3,3 mil títulos

de periódicos, com 85,7 mil exemplares.

A Universidade do Vale do Itajaí possui mais de 50 cursos superiores, isso

somando os cursos de graduação e os cursos seqüenciais de formação específica.

Possui ainda cerca de 36 cursos de especialização/aperfeiçoamento, oito mestrados

e dois doutorados. Além disso, dedicam-se à Educação de Jovens e Adultos e à

Educação Básica com o Colégio de Aplicação da Univali (CAU) em Itajaí, Tijucas e

Balneário Camboriú, atendendo mais de mil crianças e adolescentes, da Educação

Infantil até o Ensino Médio.

A Universidade sensível às mudanças do mercado compreendeu a

importância do empreendedorismo para a formação dos seus alunos, introduzindo

assim no fim da década de 90 a disciplina Empreendedorismo no currículo dos

cursos de Administração e em 2000 no curso de Ciências Contábeis. No mesmo ano

criou o curso Gestão Empreendedora no Campus de Balneário Camboriú, seguindo

uma tendência que se delineava. No mesmo sentido, foram criadas Empresas

Juniores vinculadas aos cursos de Administração (Unijunior), de Comércio Exterior

(Trade Junior), de Turismo e Hortelaria (Acatur), de Oceanografia (Oceânica) e ao

curso de Design.

Tais iniciativas representaram mudanças importantes na formação dos

acadêmicos, dando-lhes a oportunidade de estreitar relações com o mercado de

trabalho e de vivenciar experiências voltadas para as respectivas áreas de atuação

profissional. Embora não se possa desprezar a atuação das Empresas Juniores

como instrumento de formação complementar dos acadêmicos, sua capacidade de

disseminação de uma cultura empreendedora se mostrou acanhada, na medida em

que as ações decorrentes da sua atuação ficam restritas aos respectivos cursos, no

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âmbito de uma ou mais disciplinas focadas muito mais em técnicas e instrumentos

do que em comportamento e atitude.

Noutra vertente, foram desenvolvidos esforços no sentido de implantar uma

incubadora de empresas. Diversos fatores contribuíram para que a iniciativa não

lograsse êxito. No início de 2004 um novo grupo de professores retoma a idéia e

obtém, da alta administração da Universidade, o endosso para a implementação de

uma incubadora de empresas.

Deste desafio nasce o MEU – Movimento Empreendedor Univali, um modelo

que incorpora um componente educacional que extrapola o empreendedor incubado,

como preconizam os teóricos do ramo, mas que visa difundir conceitos e criar uma

cultura empreendedora no ambiente acadêmico.

3.1.1 Movimento Empreendedor Univali – MEU

Assim, concebido como um ―movimento‖, o MEU tem suas atividades

orientadas por forças-tarefas, atuando decisivamente na expansão da idéia

empreendedora dentro da Universidade. O grupo vem desenvolvendo atividades,

oficinas, palestras e garantindo as iniciativas de incubadoras e pré-incubadoras nos

campi.

A formação do movimento foi o fruto de reflexões e experiências de um grupo

de professores de diversos Centros e dos vários Campi, inicialmente focados no

desenvolvimento de uma Pré-Incubadora na Universidade, apoiado pela Pró-Reitoria

de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura (Proppec) e Fundação de Apoio à

Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc). As

discussões iniciais levaram o grupo a expandir o conceito, contemplando três

processos básicos de sustentação operacional e um de articulação, a saber:

Processo de gestão da Pré-Incubadora desenvolve e opera atividades

encarregadas do provimento do espaço físico individualizado e de uso

compartilhado, de apoio e suporte à gestão das empresas incubadas como: recursos

humanos, inovação tecnológica, comercialização de produtos e serviços,

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contabilidade, marketing, serviços jurídicos, captação de recursos, contratos com

financiadores, processos de produção, marcas e propriedade industrial, entre outros.

Processo de Formação Empreendedora tem sua ação voltada para dois

públicos alvos: o público interno cujo escopo é a capacitação técnica, gerencial e

empreendedora do pré-incubado; e o público externo com o qual tem o compromisso

de disseminar o conceito de empreendedorismo e de prover o desenvolvimento da

cultura empreendedora desenvolvendo ações voltadas para os corpos docentes e

discentes da Universidade, voltadas precipuamente para o comportamento e

atitudes, conceito de si, análise de ambiente, formulação de visões, identificação de

oportunidades e desenvolvimento de conceitos de negócio.

Processo de Relacionamentos tem por missão estabelecer a rede de contatos

que dará suporte aos demais processos, devendo, para tanto, desenvolver e operar

trabalhos encarregados do estabelecimento de alianças e parcerias de apoio

institucional acesso a laboratórios, a agências de fomento e instituições de pesquisa

e inovação, articulação política e com o mercado, criando uma rede de

relacionamentos de suporte ao empreendedor.

Desta forma, o MEU procura criar um ambiente propício para a realização de

processos, produtos e serviços inovadores com potencial para o desenvolvimento de

novos negócios, colocando-se como elemento catalisador do processo, atendendo

ao desenvolvimento produtivo local, apoiando a economia da região de Itajaí e toda

a área de influência da Universidade.

Para auxiliar os incubados a buscarem recursos para seus projetos, o meu

incentiva a participação entre outros em:

Banco Santander: Oferece aos universitários que queiram revelar seus

talentos empreendedores beneficiando a sociedade brasileira com seus projetos

empreendedores e suas pesquisas científicas, um prêmio de R$ 50 mil para a

viabilização do projeto. A inscrição pode ser feita até 23 de agosto de 2009, pelo site

www.universia.com.br/premiosandander. O prêmio Santander de Empreendedorismo

é destinado a graduandos que desenvolverem o melhor plano de negócios, o prêmio

vai ser destinado para cada uma das quatro categorias: Indústria, cultura e

Educação, Tecnologia da Informação e Comunicação, e Bioteconologia.

Todos os planos que concorrerem ao Premio Empreendedorismo serão

avaliados pelos objetivos gerais e específicos, viabilidade financeira e de infra-

estrutura, valor criado para organização brasileira, indicadores dos resultados

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esperados (quantitativos e qualitativos), caráter inovador, potencia para a geração

de riqueza, e análise de impactos social e ambiental. A seleção e validação dos

projetos estão sob a responsabilidade do professor e consultor Fernando Dolabela e

do professor Afonso Cozzi, do Núcleo de Empreededorismo da Fundação Dom

Cabral.

Figura. 09: Prêmio Santader de Empreendedorismo Fonte: retirado do sitio banco Santander

Sebrae Santa Catarina: está oferecendo também o concurso Meu Sonho

Meu Negócio, é uma competição para empreendedores residentes e domiciliados no

Estado de Santa Catarina. Tem como objetivo principal incentivar a prática do

empreendedorismo responsável junto aos empreendedores, principalmente nas

classes D e E, contribuindo para a criação de empresas mais fortes e com maior

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probabilidade de sobrevivência, além da geração de emprego e renda nas

comunidades carentes de SC.

Nas inscrições poderão se inscrever:

Todos os empreendedores residentes e domiciliados no Estado de Santa

Catarina e que atendam ao seguinte perfil:

Ter verdadeiramente necessidade de montar um negócio próprio

Ter espírito empreendedor

Ter vontade de vencer

Ter uma idéia de negócio que seja viabilizada com no máximo R$ 5

mil.

Aceitar implantar as ferramentas de gestão do SEBRAE

Ter o envolvimento da família no negócio.

As inscrições serão realizada de 01/06/2009 a 31/08/09 e poderá ser feita no

site do SEBRAE/SC.

Figura.10 Ficha de Inscrição Fonte: site www.sebraesc.com.br

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Sinapse de Inovação: Operação SC – 2009 Programa Sinapse da Inovação.

Programa de incentivo à inovação e geração de empregos. Tem como objetivo

transformar boas idéias em negócios de sucesso. A operação estadual do programa

foi apresentada para a região da Grande Florianópolis, na Universidade Federal de

Santa Catarina (UFSC). As inscrições vão até dia 15 de junho e as 60 propostas

selecionadas receberão R$ 50 mil cada para aplicação na consolidação do

produto/processo inovador.

O Sinapse da Inovação foi desenvolvido para estabelecer uma ―

comunidade‖ de empreendedores, de modo que se viabilize a discussão

permanente de idéias inovadoras geradas em teses, dissertações, trabalhos

científicos e tecnológicos, desenvolvidos por estudantes, professores e outros

profissionais dos diferentes setores da economia. Estas idéias disponibilizadas em

blog aberto aos participantes, permitindo filtrar aquelas de maior potencial e, ao

mesmo tempo, propiciar a criação de uma cultura empreendedora e a cooperaçã

entre os diferentes atores do processo de inovação. ―As idéias geradas podem ser

transformada em negócios de novas empresas ou de empresas que queiram novos

produtos/processos‖, afirma o superintendente geral da Fundação CERTI, Carlos

Alberto Schneider. A meta é criar pelo menos 60 novas empresas no Estado e, com

isto, incrementar as incubadoras regionais, gerando novos empregos e novas fontes

de renda. Essas empresas nascentes receberão R$ 50 mil da FAPESC/FINEP a

título de subvenção para alavancagem de negócios. Segundo informações do site

sinapse da inovação.

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Figura 11: Sinapse da Inovação Fonte: Sitio www.inovasc.org.br

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Incubadora Social

A incubadora Universitária Solidária faz parte de um Programa Nacional de

incubadoras de Cooperativas Populares, aprovado em outubro de 2007.

Seu objetivo é implantar e desenvolver o empreendedorismo autogestionário para

sustentar o desenvolvimento econômico, social e ambiental destes

empreendimentos. A incubadora desenvolve atividades em diversas áreas de

trabalho, apresentadas a seguir.

· Projeto de assessoria ao planejamento estratégico e operacional da APAE: é

um projeto de atuação na área de gestão institucional e economia solidária. Seu

impacto social tem por objetivo a qualificação da gestão institucional para apoiar os

portadores de necessidades especiais em Itajaí. A ação do projeto se dá por meio

do levantamento de informações que oportunize a melhoria da gestão da entidade.

As principais diretrizes seguidas no projeto são a elaboração de planos financeiros e

de gestão da entidade, a fim de aprimorar receitas e os serviços prestados. As ações

para desenvolver o projeto são: revisão do posicionamento estratégico, análise

SWOT, redefinição do negócio social, missão e visão de futuro.

Assessoria de gestão ao CEPESI - Centro Público de Economia Solidária de

Itajaí: este projeto atua nos aspectos de gestão, contábeis, financeiros, jurídicos e

tem como impacto social a auto-sustentabilidade dos grupos empreendedores e o

fortalecimento do comércio de Itajaí e região. A ação do projeto consta de

levantamento de dados para melhoria na gestão e operação das atividades do

CEPESI. Para a realização do plano de ação, são elaborados planos de captação de

recursos, de contas gerenciais, e indicadores de desempenho.

Apoio a INCEVALE: projeto de atuação na área tecnológica e social. Tem

como impacto social a consolidação da incubadora, fortalecer a entidade

regionalmente e ampliar suas ações, além de prestar assessoria à nova direção

executiva da INCEVALE.

Gestão participativa e descentralizada da Incubadora Social Univali: este

projeto visa o estudo de estratégias de gestão descentralizada e participativa, além

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de implementar rotinas de gestão ajustadas pela auto-sustentabilidade. Os objetivos

apontados são a aprendizagem em trabalho cooperado, desenvolvimento de

lideranças e formação interdisciplinar empreendedora.

Roupas Descartáveis: este projeto visa a captação de financiamento para

pesquisa e produção de roupas descartáveis para Centro Cirúrgico e Unidades de

Saúde. Tem como impacto social a geração de recursos financeiros para a Univali e

utilização dos recursos humanos envolvidos no projeto do empreendimento. As

ações desenvolvidas são de identificação das possibilidades de negócio, instituição

de grupo de trabalho interdisciplinar nas áreas envolvidas no projeto e captação de

recursos financeiros com parcerias.

Projeto SARDA: Software auxiliar na reabilitação de distúrbios auditivos: tem

como objetivo disponibilizar um software para auxiliar no tratamento e processos de

aprendizagem em crianças e é destinado a fonoaudiólogos e professores. Sua ação

compreende estudar a possível aplicação do software no contexto comercial e

social.

Desenvolvimento de projetos do Programa de Pesquisa do Estado de Santa

Catarina do Artigo 170: projeto de atuação na área de administração para fomentar e

fortalecer a economia solidária no município e região. Para isso, foi criado um grupo

de pesquisa – Processos de incubação e Empreendedorismo - onde são trabalhados

temas ligados a área administrativa, educativa, jurídica, financeira e contábil,

voltados à Economia Solidária.

Projeto de Interface com a Unicidade: participação nas ações das

Promotoras Populares, Sala Verde, Cidadania Infanto-Juvenil e Terceiro Setor,

visam à consolidação da extensão, fortalecimento da Univali e tem como diretrizes, a

contribuição na formação de lideranças comunitárias e organizações da sociedade

civil, prestando assessoria contábil, jurídica e sócio-ambiental.

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3.2 Elaboração do Plano de Negócios para a Unidade – Caso

3.2.1 Regime e enquadramento tributário

O enquadramento e o regime tributário para uma micro empresa prestadora

de serviço, conforme informações recebida do escritório contábil, ficaram definidos:

forma de constituição ou natureza jurídica: Sociedade Simples Limitada e Regime

Tributário; Optante pelo Simples Nacional.

3.2.2 Layout da Pousada

A figura a seguir mostra o Layout da Pousada, foi desenvolvido pela

acadêmica e a proprietária do patrimônio.

Térreo e superior

Figura.12: Layout da Pousada Fonte: Elaborado pela Acadêmica usando sofware Paint.

Conforme Layout apresentado na figura, a pousada está instalada em um

terreno com 600m², sendo 300m² de área construída. Em área considerada urbana.

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3.2.3 Elaboração do plano de marketing

O passo inicial para a elaboração de um plano de marketing, segundo Kotler e

Armstrong (1999b), é a definição da missão, visão e valores de uma organização.

A missão representa a finalidade essencial, quer dizer, o que ela pretende realizar.

Determina a razão de sua existência e função na sociedade. A partir da missão pode-

se definir o que a empresa faz; onde a organização pretende ir, ou seja, qual o seu

negócio; qual a razão de sua existência; quais os ramos de atividade que deverão

ser focalizados no futuro; compreendendo assim os seus propósitos organizacionais

(OLIVEIRA, 2007). Então, para a pousada, definiu-se sua missão assim:

"Oferecer um serviço com qualidade para satisfação dos clientes prestando um

ótimo atendimento familiar, propondo soluções de conforto e proporcionando um

ambiente acolhedor e aconchegante."

Já, a visão identifica quais são as expectativas e os desejos futuros dos

sócios com relação ao que a empresa pretende ser no futuro e de acordo com

Scott; Jaffe e Tobe (1998), algumas perguntas pertinentes que nos ajudam a

esclarecer melhor e nos permite criar um conceito próprio de visão para uma

organização ―Se pudéssemos ser o que quiséssemos em cinco anos, o que

seriamos?; Que tipo de organização queremos ser?‖.

Com isso, a visão da pousada ficou da seguinte forma:

"Expandir negócios na área de turismo, oferecendo serviços diferenciados e de

qualidade ao clientes. Buscando sempre melhorias nas instalações, valorizando a

simplicidade conforto e respeitando ao meio ambiente.”

Para os autores Scott; Jaffe e Tobe (1998), para a definição dos valores

organizacionais, algumas perguntas pertinentes que nos ajudam a esclarecer

melhor e nos permite criar um conceito próprio de valores para uma organização é

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fazer esses tipos de perguntas: O que devemos defender?; Como trataremos nossos

empregados?; Como tratamos nossos clientes?; O que queremos dizer como

comportamento ético?; Quais os valores centrais que são mais importantes para

nós que os lucros?; Como queremos nos tratar no trabalho?; O que oferecemos aos

nossos empregados por seus esforços no trabalho?; Como queremos ser vistos

pela comunidade?.

Em outras palavras, os valores de uma organização são o conjunto de

crenças dominantes nas quais seus executivos e administradores acreditam e

baseando-se nisso, eles define suas prioridades como, por exemplo, atender as

necessidades dos clientes; buscar atualização e aprimoramento constantes dos

processos tecnológicos e científicos de gestão, a fim de garantir a excelência nos

serviços prestados pela empresa; promover o desenvolvimento e o crescimento

individual dos funcionários, qualificando-os e motivando-os para a execução de

suas funções e realizar as tarefas diárias com sinergia e respeito à comunidade.

Nesse sentido, os valores para a Su Pousada estabelecidos foram:

Atingir seus objetivos como empresa, com ética e responsabilidade;

Zelar pela qualidade e oferecidos e pela satisfação dos clientes;

Comprometer-se com sua missão e visão;

Excelência nos produtos;

Incentivar o estudo e crescimento;

Respeito ao meio ambiente, e

Responsabilidade social.

Entende-se, então, que os valores se referem a algo que tanto os

proprietários quanto os funcionários desejam para a empresa, os quais possuem

influência na vida da organização. Servindo também para orientar o comportamento de

indivíduos, impondo limites no que se pode ou não fazer.

Depois de definido a missão, visão e valores, o segundo passo recomendado por

Kotler e Armstrong (1999b), é apresentar a situação atual da empresa, sobre seus

produtos, preços, fornecedores, concorrentes, etc.

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3.2.4 Composto de produto

Todos apartamentos possui TV com antena parabólica com 30 canais

disponíveis. Ventiladores , Ar condicionado e frigobar. Tem disponível 37 lugares

sendo distribuidos em 8 quartos.

Quartos simples com uma cama de casal acompanhando uma bicama ou

biliche para dois lugares veja figura 13. Um banheiro simples. Totalizando seis

quartos simples.

É oferecido café da manhã e serviço de quarto.

Figura 13: Foto do quarto simples sem sacada. Térreo Fonte: Elaborada pela academica

Figura 14: Foto do quarto simples com sacada SUPERIOR Fonte: Elaborado pela academica

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Quarto semi luxo- Com ar condicionado, frigobar, cama box e banheira

hidromassagem veja na figura 15:

Quartos Luxo

Dois quartos luxo com hidromassagem.

Figura 15:Foto quarto 200, semi luxo Fonte elaborada pela academica

Figura 16: Foto de banheiro com hidromassagem Fonte: Elaborada pela acadêmica

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3.2.5 Composto de preço

O preço dos produtos é elaborado através de urna análise dos custos

envolvidos na produção dos produtos, a empresa realiza um levantamento dos custos

de materiais, custos de mão-de-obra, impostos, preços praticados pela concorrência e

outros custos que possam influenciar na composição de preço dos produtos. Ao final deste

levantamento é que o lucro pretendido é agregado, variando de acordo com cada suítes. A

empresa opta pelos descontos quando o cliente deseja mais de tres diárias, também um

pacote de uma semana. No quadro abaixo segue os produtos oferecidos e seus respectivos

valores:

Quartos simples Quartos luxo

6 2

Casal R$ 80,00 Casal R$ 150,00

Quadro 08: Serviços oferecido

Fonte: Elaborado pela acadêmica.

3.2.6 Composto promocional

O meio utilizado para que os clientes tomem conhecimento dos serviços da

empresa, inicialmente ocorre através de sites, cartão, revistas, folders. Também ocorre

através do cliente que já conhece os serviços, qualidade e preços, ao gostar

acabam indicando para outras pessoas que querem visitar o parque e as praias da

cidade.

A empresa oferece para clientes que queiram ficar mais de tres diárias, 10%

de desconto. Nas férias de fim de ano, pacotes promocionais. Não há nenhum tipo de

promoção ainda relacionada a datas comemorativas. Estando certo que o preço fica

10% a menos na baixa temporada.

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3.2.7 Plano Financeiro

No Apêndice C encontra-se o plano de negócios detalhado e completo da

pousada, por isso, neste tópico da pesquisa, são abordados alguns itens para discutir a

viabilidade do referido negócio.

Inicialmente, por meio do roteiro de entrevista com concorrentes,

fornecedores e o controle de caixa já existente, chegou-se à estimativa dos

investimentos fixos, constantes do item 5.1.1 do citado plano de negócios elaborado a

partir de conceitos e do software do SEBRAE-MG, os quais se encontram no

Quadro 09, a seguir

Estimativa dos Investimentos fixos

Descrição Quantidade Valor Total

Terreno 1 110.000,00 110.000,00

Edificações 1 220.000,00 220.000,00

Edificações 2 1 20.000,00 17.000,00

Total 347.000,00

Máquinas Descrição Quantidade Valor Total

Máquina de secar 1 850,00 850,00

Máquina de lavar 1 1.099,00 1.099,00

Cortador de grama 1 319,00 319,00

Total 2.268,00

Equipamentos Descrição Quantidade Valor Total

Aparelho wiriless (internet 1 250,00 250,00

Bomba para puxar água 1 185,00 185,00

Filtro para água 1 670 670,00

Total 1.105,00

Móveis e utensílios Descrição Quantidade Valor (R$) Total (R$)

Geladeira 1 1.599,00 1.599,00

Fogão 1 499,00 499,00

Balcão 5 220,00 1.100,00

Ferro a Vapor 1 140,00 140,00

Microondas 1 359,00 359,00

Forno Elétrico 1 389,00 389,00

Cama Box 8 890,00 7.120,00

Louças 60 5,00 300,00

Liquidificador 1 55,00 55,00

Batedeira 1 110,00 110,00

TOTAL (R$) 22.277,00

Veículos

Descrição Quantidade Valor (R$) Total (R$)

Automóvel 1 50.000,00 50.000,00

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Total 50.000,00

Computadores

Descrição Quantidade Valor (R$) Total (R$)

1 1.250,00 1.250,00

Total 1.250,00

TOTAL DOS INVESTIMENTOS FIXO 423.900,00

Quadro09: Estimativa dos Investimentos Fixos.

Fonte: Elaborado pela Acadêmica com o auxílio do software de Plano de Negócios

Para Rosa (2007), o Capital de Giro pode ser definido como:

[...] o montante de recursos necessário para o funcionamento normal da empresa, compreendendo a compra de matérias-primas ou mercadorias, financiamento das vendas e o pagamento das despesas. Ao estimar o capital de giro para o começo das atividades da empresa, você deverá apurar o estoque inicial e o caixa mínimo necessário. (ROSA, 2007, p.46).

Ainda para Rosa (2007), o estoque inicial são todos aqueles materiais

indispensáveis necessários à fabricação dos produtos, nesse caso para a prestação de

serviços. O caixa mínino é aquele capital de giro próprio necessário para movimentar o

negócio (uma reserva), quer dizer, é o dinheiro que a empresa precisa ter disponível para

cobrir os custos até que as contas a receber de clientes entrem no caixa da empresa. Assim,

na sequência da pesquisa estudaram-se os investimentos financeiros, os quais

resultaram nas informações conforme demonstrados no Quadro 10, e com isso, os

investimentos totais (fixos, financeiros e pré-operacionais) ficaram em torno de R$

431.573,90 (Quatrocentos e trinta e um mil e quinhentos e setenta e três reais e

noventa centavos).

Estoque Inicial

Descrição Valor (R$) Qtde Total (R$)

Manteiga 3,10 02 6,20

Leite 14,40 03 43,20

Café 6,80 04 27,20

Suco 0,85 10 8,50

Frutas 3,50 15 52,50

Doce geléia 2,85 02 5,70

Guardanapos 1,30 05 6,50

Detergente 0,95 03 2,85

Sabão em pó 4,85 5 24,25

Desinfetante 2,50 3 7,50

Total (R$) 213,94

Quadro 10: Estimativa dos Investimentos Financeiros. Fonte: Elaborado pela Acadêmica com o auxílio do software de Plano de Negócios SEBRAE-MG.

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Resumo Estoque Inicial – (R$) 213,94

Capital de Giro – (R$) 1.000.00

Total Investimento Financeiros – (R$)1.213,94

Investimentos Pré-Operacionais

Valor (R$)

Despesas de Legalização 480,00

Obras civis e/ou reformas 3.800,00

Divulgação 780,00

Cursos e Treinamentos 1.100,00

Outras Despesas 300,00

Total 6.460,00

Quadro 11: Estimativa dos Investimentos Pré-Operacionais. Fonte: Elaborado pela Acadêmica com o auxílio do software de Plano de Negócios SEBRAE-MG.

Feito os estudos dos investimentos fixos,

Após os estudos dos investimentos fixos, financeiros e pré-operacionais procedeu-

se aos cálculos para estimar os demais desembolsos, ou melhor: os custos, as

despesas operacionais (administrativas, comerciais e financeiras) e os tributos;

considerando o simples nacional por ter sido a atividade operacional da unidade-caso,

assunto fundamentado na revisão bibliográfica e discutido no item 3.2.1 Regime e

Enquadramento Tributário, deste capítulo. A Quadro 12, logo abaixo, apresenta resumo

da estimativa de custos, para melhor compreender.

Estimativa dos Custos Fixos Mensais

IPTU 55,00 Material de limpeza 150,00

Água 140,00 Material de escritório 55,00

Energia Elétrica 190,00 Combustível 350,00

Telefone 300,00 Taxas diversas 50,00

Honorários do Contador 180,00 Serviços de terceiros 500,00

Pró-labore 3.000,00 Outros 100,00

Salário+encargos 3.262,00 TOTAL 11.230,18

Quadro 12: Estimativa dos Custos Fixos (mensal). Fonte: Elaborado pela Acadêmica com auxílio do software de Plano de Negócios SEBRAE-MG.

Após os investimentos e gastos identificados procurou-se um faturamento

(mensal) que possibilitasse um retorno desses desembolsos em prazo adequado aos

propósitos a serem efetuados pelos sócios. O Quadro 13, abaixo, mostra este

faturamento:

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Estimativa do Faturamento Mensal da Empresa Produto Qtde Peço(R$) Total(R$)

Quarto semi luxo 2 0,00 0,00

Quarto simples 6 0,00 0,00

TOTAL 0,00

Quadro 13: Estimativa do Faturamento (mensal).

Fonte: Elaborado pela Acadêmica com auxílio do software de Plano de Negócios SEBRAE-MG.

Com os dados digitados no software pode-se gerar a Demonstração do

Resultado do Exercício com base na margem de contribuição. É um resumo ordenado

das receitas e despesas da empresa em determinado período, apresentada de forma

dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o

resultado (lucro ou prejuízo). Para a unidade-caso, adotou-se o modelo simples para micro ou

pequenas empresas, apenas para evidenciar o total de despesa deduzido da receita,

apurando-se, assim, o lucro, apenas com os principais grupos.

Logo após, apresenta-se alguns indicadores de avaliação, entre eles: Período de

Payback: tempo necessário para o futuro empreendedor recuperar o dinheiro aplicado em

um novo negócio - Ponto de Equilíbrio: nível em que as entradas operacionais geradas por

vendas igualam-se às saídas operacionais, decorrentes dos custos operacionais necessários

para produzir elas num determinado período, ou seja, neste momento o resultado é nulo e a

Taxa Interna de Retorno - taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de caixa

ao investimento inicial referente a um projeto. O Quadro 14 - Demonstrativo de Resultados e

Indicadores de Viabilidade abaixo demonstra os resultados encontrados:

Demonstrativo de Resultados Descrição Valor(R$) %

1. Receita Total com Vendas 26.120,00 100

2. Custos Variáveis Totais

2.1(-) Custos com materiais e ou CMV 1.260,00 4,82

2.2(-) Impostos sobre Vendas 2.481,40 9,50

2.3(-) Gastos com Vendas 1.306,00 5,00

Subtotal de 2 (2.1+2.2+2.3) 5.047,40 19,32

3. Margem de Contribuição(1-2) 21.072,60 80,68

4.Custos Fixos Totais 11.230,18 42,99

5.Lucro/Prejuízo Líquido (3-4) 9.842,42 37,68

Indicadores de Viabilidade

5.10.1- Ponto de Equilíbrio (R$) 13.920,08

5.10.2 – Lucratividade 37,68 %

5.10.3 – Rentabilidade 2,28%

5.10.4 – Prazo de Retorno 4 anos

Quadro 14: Demonstrativo de Resultados e Indicadores de Viabilidade.Fonte: Elaborado pelo Académico com o auxílio do software de Plano de Negócios SEBRAE-MG

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77

Dessa forma, os resultados demonstram que os investimentos dos sócios na

Teodoro e dos Santos hospedagem Ltda., irão retornar em 4 (quatro) anos para uma

rentabilidade de 2,28 pontos percentuais.

3.2.8 Controle de Caixa

Desde a primeira temporada foram registrado as entradas e saída. Escrito em

caderno e passado para uma planilha pela academica, veja abaixo as entradas de

2006(dezembro ), 2007 (jan,fev e dez ) , 2008 ( jan, fev, abr, mai, julh e dez) e 2009

(jan,fev, abr, mai, julh, set e out).

Data Entrada (R$)

2006 842,00

2007 9.613,00

2008 13.425,50

2009 20.530,70

TOTAL 44.410,20

Quadro 15: Estimativa do Faturamento das temporadas trabalhadas e saída (depesas) Fonte: Elaborado pela academica Os valores da saída são os custos de energia, água, telefone, produtos para

limpeza e café da manhã. O lucro obtido está sendo investido a cada temporada,

3.3 Considerações Acerca do Plano de Negócios

Sendo o plano de negócios uma ferramenta de gestão empresarial auxiliando os

empreendedores na constituição e formalização de empresas novas, também

servindo para auxiliar na ampliação de um empreendimento já existente, permitindo

fazer várias simulações a respeito da viabilidade do negócio pretendido. Dessa forma o

plano de negócios vem sendo importante a para a elaboração e implantação da SU

Pousada, permitindo principalmente, uma visão antecipada das condições do mercado

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em que as empresas atuam ou em que irão se estabelecer, para que possam tomar

decisões mais objetivas e com riscos calculados, demonstrando assim a

importância da elaboração do plano.

Podemos dizer também, que para o académico, através da elaboração do

plano de negócios, teve importância significativa. No decorrer da sua elaboração o

académico teve um aprendizado muito grande, onde este teve contato e adquiriu

conhecimentos direcionados e relacionados às práticas gerenciais de empresas do

ramo de hospedagem, permitindo assim que o acadêmico se pusesse no lugar do

empresário, onde teve a noção de como é o dia-a-dia desses empresários na prática.

Desta forma a busca pelas informações para compor o plano de negócios, permitiu que

o acadêmico e seu sócio tivessem visão de como é o ambiente em que pretende

atuar como empresários, podendo dessa forma estar mais preparado para criar e

manter seu empreendimento da melhor forma possível.

Um ponto crítico do software percebido pela acadêmica; o programa calcula

mensais os custos e vendas. O comercio tem maior procura no verão em alta temporada.

Por isso não se acreditam exatamente nos dados elaborados.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O problema de pesquisa do trabalho realizado buscou mostrar quais as etapas de um

plano de negócios para implantação de uma pousada. Em atendimento ao objetivo geral,

inicialmente foram definidos alguns objetivos específicos: Analisar o ambiente externo por

meio de um roteiro de entrevistas; Elaborar plano de negócio para uma pousada na cidade de

Penha - SC, e Conhecer a viabilidade a partir do Software para o Plano de Negócios do

SEBRAE-MG.

A pesquisa realizada se mostrou extremamente positiva em vários aspectos. Tanto para a

Universidade quanto para o académico, trabalhou-se um tema que é bastante atual nos dias

de hoje.

Para a empresa, pode-se considerar que ela foi positiva também, pois através do plano

mostrou-se a viabilidade do negócio de forma concreta, e possibilitou uma visão geral das

principais práticas gerenciais de uma empresa.

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5 APÊNDICES

APÊNDICE A – Foto SU Pousada

Foto elaborada pela acadêmica jan/ 2009

APÊNDICE B- Foto Recepção e sala de café da SU Pousada

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6 ANEXOS

Anexo A – SECHOBAR

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM HOTÉIS, SIMILARES, SERVIÇOS EM GERAL DE HOSPEDAGEM, BARES, RESTAURANTES, FAST FOODS E ASSEMELHADOS DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ E REGIÃO

Rua: Eugênio Krause, 569 Fone. (47) 3366-5970- CEP, 88.385-000 Penha -SC. www.sechobar.corn.br e-mail: [email protected]

2O Sindicato dos Empregados em Hotéis, Similares, Serviços em Geral, de Hospedagem,

Bares, Restaurantes, Fast Food e Assemelhados de Balneário Camboriú e Região, vem através

deste comunicar aos nossos associados de Penha, Balneário Piçarras e Barra Velha os nossos

novos benefícios ,mostrando com isso o quanto nos preocupamos com o bem estar de nossos

associados e seus familiares, além, de todas as conquistas que vem se realizando em cada ano nas

negociações das convenções coletiva de trabalho.

-ASSESSORIA JURÍDICA J J M Advogados associados

Endereço: Subsede do Sechobar

Penha Todas as quintas - feiras

das 09:00 as 12:00 Atendimento

gratuito

-PSICÓLOGOS E PSICOTERAPEUTA Dr. Saulo Henrique Ferreira

Endereço: Subsede do Sechobar

Penha Todas as terças - feiras das

09:00 as 12:00 Atendimento

gratuito

CONVÉNIOS-DENTISTA Dra. Ana Claudia de Amorim - C RO - SC 8241 Endereço: Av. António Joaquim Tavares,.1.23 Fone: 3398- 1249 Descontos de 20 a 40%

Dr. Marcelo Figueiredo Endereço: Av. Nereu Ramos. 469 - Balneário de Piçarras Fone: 3345-3575 Descontos 20 a 40% -FARMÁCIA Farmácia Center Farma Endereço: Av. Eugênio krause 495 Fone: 3345-9181 Descontos de 15 a 20% -MÉDICOS Endereço: Eugênio Krause 5 l 7 - Centro Penha Fone: 3345-8200 Clínica Cardio - Prev Especializações -Clinica Geral -Ginecologista -Ortopedista -Cardiologista -ultra-sons -Exames Laboratoriais

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85

Descontos de 30% em todas as consultas e exames

-CURSO Escola e Inglês Challenge Piçarras: Av. Emanuel Pinto. 312 Fone:

3347-0146 Penha: Av. Itapocoit 1457

Fone:3363-3553 Descontos de 10% Sede R: 600, 711 CEP 88330-632 Balneário Camboriú -

SC Fone: (47) 3367-4548 3363-2991 Sub-Sede: Rua

Lauro Muller 149, Edifício Sodegaura Center, Sala 05,

CEP. 88.301-270 Itajaí-SC. Fone (47) 344-0456

Anexo B

SINDICATO ABRE NOVA SUBESEDE

O Sechobar dá mais um importante passo na

ampliação de sua estrutura de atendimento aos associados. Já está funcionando a sub-sede de

Penha, onde os trabalhadores de Penha e Piçarras têm bem perto uma representação do Sindicato. Ali, o trabalhador associado ao SECHOBAR pode contar com atendimento médico e psicológico gratuitos, além de outros convénios com dentistas e laboratórios de exames

clínicos. O psicólogo Saulo Henrique, que atenderá também na subsede Itajaí, também estará à disposição dçs associados na subsede Penha. É o Sindicato ampliando seus serviços e se apro- ximando dos trabalhadores que estão dentro da área de abrangên-cia do SECHOBAR. Anote o

endereço: Av. Eugênio Krause, 569, bem no centro. Para contatar a sede, ligue 3366 5970, ou então use o endereço eletrônico [email protected].

Subsede em Penha atenderá trabalhadores da cidade e de Piçarras

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AnexoC Ficha de Registro de hóspede, preenchida

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Fonte:Revista TRI Sport n° 81 junho/2009

Anexo D Ironman Brasil ago/ 2009

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DECLARAÇÃO

A organização cedente pelo estágio Pré – Incubadora de Empresas Univali

declara, para os devidos fins, que a estagiária Suzana Teodoro, do curso de

Administração do Centro de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas –

CECIESA/ Gestão da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, de 17/03/2009 a

30/06/2009, cumpriu a carga horária de estágio prevista para o período, seguiu o

cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas

internas.

Itajaí 25 de junho de 2009

__________________________________

Antônio Carlos de Novaes, M.S.C

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

_________________________________

Estagiária -Suzana Teodoro

__________________________________

Supervisor de Campo-Antônio Carlos de Novaes, M.S.C

___________________________________

Orientador de Estágio - Edemir Manoel dos Santos, M.Eng.

___________________________________

Responsável pelo Estágio - Prof Eduardo Krieger da Silva, M.S.C