97
Página | 1 Universidade Estadual de Goiás – UEG Unidade de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas de Anápolis/GO UnUCSEH VII Seminário de Estágio Supervisionado do Curso de Pedagogia Tela “Imaginação”, 2011 Nilton Lima Estágio em Docência na Educação Infantil 3º Ano/Pedagogia Estágio em Docência na Educação Infantil 4º Ano/Pedagogia 9 a 11 de novembro de 2011 Horário: 7:30 às 11:00 horas Local: UnUCSEH Anápolis/GO

Universidade Estadual de Goiás – UEG Unidade de Ciências ... · Informações sobre a Instituição: ... confecção da tartaruga com garrafa pet; ... Foram trabalhadas ao longo

Embed Size (px)

Citation preview

P á g i n a | 1

Universidade Estadual de Goiás – UEG

Unidade de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas de Anápolis/GO UnUCSEH

VII Seminário de Estágio Supervisionado do Curso de Pedagogia

Tela “Imaginação”, 2011 Nilton Lima

Estágio em Docência na Educação Infantil 3º Ano/Pedagogia

Estágio em Docência na Educação Infantil 4º Ano/Pedagogia

9 a 11 de novembro de 2011 Horário: 7:30 às 11:00 horas

Local: UnUCSEH Anápolis/GO

P á g i n a | 2

Dados institucionais

Universidade Estadual de Goiás – UEG Unidade de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas de Anápolis/GO

Informações sobre a Instituição:

Universidade Estadual de Goiás – UEG

Reitor: Prof. Luiz Antônio Arantes Endereço: Campus BR 153, Km 98 Cidade: Anápolis – GO Fone: (62) 3328-1178 Site: www.ueg.br CEP: 75001-970 Caixa Postal: 459

Unidade Universitária de Ciências Socioeconômicas e Humanas

Direção: Professor Marcelo José Moreira Endereço: Av. Juscelino Kubitschek, n. 146 – Bairro Jundiaí Cidade: Anápolis- GO Fone: (62) 3328-1128 Site: www.unucseh.ueg.br

S471 Seminário de estágio Supervisionado do curso de Pedagogia (7:2011:Anápolis,GO)

Anais do 7º Seminário de Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia, 9 a 11 de novembro de 2011, Anápolis: Fundação Universidade Estadual de Goiás, 2011, 80 p. V.5, 2011 ISSN 1982-3711 1. Educação 2. Ensino Fundamental 3. Educação Básica.

I. Título.

CDU 373.32

P á g i n a | 3

REALIZAÇÃO

DIREÇÃO DA UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS Prof. Marcelo José Moreira COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Profª. Marilza L. Montagnini COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA Profª. Nelson Abreu Jr. COMISSÃO CIENTÍFICA Profª. Daniela da Costa Britto Pereira Lima Profª Ivana Alves Monnerat de Azevedo Prof. Lázaro Moreira de Magalhães Profª. Maria Terezinha Souto Carvalho

COMISSÃO ORGANIZADORA

Ana Catarina Leonardo da c. Anastácio – LAPE

Profª. Daniela da Costa Britto Pereira Lima Profª Ivana Alves Monnerat de Azevedo

Prof. Lázaro Moreira de Magalhães Profª. Maria Terezinha Souto Carvalho

P á g i n a | 4

SUMÁRIO

1 Apresentação............................................................................................................................ 05

2 Resumos Turma Professora Daniela da Costa Britto Pereira Lima.......................................... 06

3 Resumos Turma Professora Ivana Alves Monnerat de Azevedo............................................. 21

4 Resumos Turma Professor Lázaro Moreira de Magalhães ................................................... 36

5 Resumos Turma Professora Maria Terezinha Souto Carvalho............................................... 59

6 RESUMO DOCENTE – O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE AUTONOMIA DO

CONSELHO MUNICIPAL DE ANÁPOLIS – Professor Lázaro Moreira de Magalhães ................

78

7 ARTIGO DOCENTE 1 – ENSINO SUPERIOR E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES A

DISTÂNCIA ON LINE – Professora Ivana Alves Monnerat de Azevedo .....................................

80

8 ARTIGO DOCENTE E DISCENTE 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL: A ASSOCIAÇÃO ENTRE

CUIDAR-EDUCAR-BRINCAR – Elisângela Gomes Fernandes e Professora Daniela da Costa

Britto Pereira Lima ........................................................................................................................

85

P á g i n a | 5

APRESENTAÇÃO

O curso de Pedagogia da Unidade Universitária de Ciências Sócio-Econômicas e

Humanas da UEG/Anápolis está oferecendo, pela sétima vez, o seu Seminário de Estágio

Supervisionado em Docência.

Inovamos nesse ano ao realizar o Seminário de Estágio em um evento coletivo,

multidisciplinar, promovido pelo curso de Pedagogia e Letras da Unidade de Ciências

Sócio-Econômicas e Humanas de Anápolis/GO: Seminário de Educação, Linguagem e

Tecnologias.

O evento foi realizado de 09 a 11 de novembro de 2011 e sua proposta teve como base o

princípio de que os campos científicos da Educação e da Linguagem se articulam de

maneira interdisciplinar, transversalizados pela Comunicação e pelas Tecnologias. Nesse

enfoque, abriu-se um espaço de apresentação de resultados de pesquisa por meio de

Comunicações Orais e Relatos de Experiência que envolveram essas áreas em conexão,

fomentando, nessa intersecção, novas e amplas possibilidades de intervenção nos

processos de ensinar e aprender. O foco de discussão desse evento foi, portanto,

constituído das experiências educativas, mediadas pelo fenômeno da linguagem como

prática social. Essa mediação se dá através das tecnologias, enquanto veículos de

produção cultural, o que inclui não apenas os aparatos tecnológicos, mas também os

processos linguísticos e educativos fundamentais à formação humana.

P á g i n a | 6 RESUMOS Professora – Daniela da Costa Britto Pereira Lima

Título/ Projetos

Acadêmicos

RECICLANDO PARA A VIDA

Ludiane Pereira Arantes e Paula da Cunha Barbosa Pacheco

BRINCANDO E APRENDENDO: UMA RELAÇÃO

CONSTRUTIVA

Elisângela Gomes Fernandes e Gércia Cristina Rodrigues

A RELAÇÃO ENTRE BRINCAR E EDUCAR: A MÚSICA E SEUS MOVIMENTOS

Daniely Castro Barbosa e Wanessa Soares Trindade

A RELAÇÃO ENTRE BRINCAR E EDUCAR:

BRINCATIVAS – BRINCADEIRAS DIVERTIDAS

Leonardo Gonçalves Holanda

RELAÇÃO ENTRE BRINCAR E EDUCAR: NO

MUNDO DO FAZ DE CONTA

Leidiane Melo Queiroz, Nádia Rodrigues Samra e Thaysa Brandão Alves

A RELAÇÃO ENTRE O BRINCAR E O EDUCAR:

MEIO AMBIENTE MUSICAL

Luana da Paixão Mariano, Roseny da Silva Magalhães e Thúria Natália Rosa de Pina

PRIMAVERA: PEÇA TEATRAL Maria Conceição dos Santos Jesus

P á g i n a | 7

RECICLANDO PARA A VIDA

Ludiane Pereira Arantes1 – [email protected]

Paula da Cunha Barbosa Pacheco2 – [email protected]

Daniela da Costa Britto Pereira Lima³ -- [email protected]

Introdução

Esse projeto desenvolveu-se em forma de pesquisa-ação em um CMEI de Anápolis, em uma sala de

maternal II, durante o estágio supervisionado em educação infantil do curso de pedagogia. O

objetivo do projeto foi desenvolver o conhecimento das crianças juntamente com a imaginação e

criatividade, levando ao entendimento de sociedade e cultura. A escolha do tema foi realizada para

contribuir com a prática do CMEI, devido ao projeto que estava sendo desenvolvido, o qual era o

meio ambiente, e com isso, poder mostrar a importância da reciclagem e trabalhar a disciplina.

Relato de experiência

O projeto foi executado em 8 aulas, sendo a:

- 1ª aula: construção dos combinados e quadro índice;

- 2ª aula: a importância da reciclagem para o meio ambiente, a divisão das caixas com as cores da

coleta seletiva;

- 3ª aula: vídeos educativos de como vamos preservar/ reciclar e salvar/ jogue lixo no lugar certo;

- 4ª aula: jogo de trilha

- 5ª aula: confecção da tartaruga com garrafa pet;

- 6ª aula: confecção do polvo com garrafa pet;

- 7ª aula: confecção do aquário e dos peixinhos de tubos de creme dental.

- 8ª aula: culminância

Comentários

As aulas mais significativas foram: a primeira aula em que foi trabalhado o quadro índice e os

combinados. Com os combinados foi possível analisar o que já sabiam e o que gostariam de saber,

facilitando a aplicação, a partir da valorização do conhecimento prévio e conhecimento dos

interesses pessoais das crianças. As convidamos para brincar de “Batatinha Frita 1, 2, 3” para 1 graduando(a), em pedagogia, UnUCSEH- Anápolis (GO) 2 Professor(a) do curso de pedagogia, UnUCSEH-Anápolis (GO)

P á g i n a | 8 trabalhar regras de forma divertida, e além de gostarem da brincadeira, ficaram bastante atentos às

regras, sabendo dizer na hora da explicação o que podiam ou não fazer. Já a oitava aula,

culminância, durante a exposição dos projetos, as crianças brincaram com os objetos

confeccionados, ganharam doces, adoraram o teatro de fantoche, e durante toda essa diversão, se

interagiram com outras crianças, tendo esse momento de socialização.

Conclusões

O projeto de intervenção contribuiu para que os alunos mantivessem sua disciplina, já trabalhada

pelas professoras. Percebemos que as crianças sentiram-se a vontade e motivadas a participar e

realizar atividades direcionadas, desenvolvendo o conhecimento sobre o tema. Foi satisfatório o

resultado comparado da aprendizagem das crianças, mostrando a importância da reciclagem,

classificação do lixo, colaborando com a conscientização da responsabilidade social.

Referências

MARANHÃO, Diva Nereida Marques Machado. Ensinar brincando: a aprendizagem pode ser uma grande brincadeira. 4. ed. Rio de Janeiro: WAK, 2007, p. 28 – 36.

P á g i n a | 9

BRINCANDO E APRENDENDO: UMA RELAÇÃO CONSTRUTIVA

Elisângela Gomes Fernandes1 – [email protected]

Gércia Cristina Rodrigues2 - [email protected] Daniela da Costa Britto Pereira Lima3 - [email protected]

Introdução

Este projeto de intervenção foi desenvolvido na sala do jardim I em um CMEI de Anápolis levando

em consideração o que foi levantado no diagnóstico, como a falta de tempo destinado a atividades

lúdicas. Com isso, optamos em desenvolver o projeto de intervenção “Brincando e aprendendo:

uma relação construtiva” que teve como objetivo geral proporcionar momentos de brincadeiras

voltados para o desenvolvimento da aprendizagem e socialização das crianças. O projeto foi

realizado numa abordagem dialética por meio de uma pesquisa ação, com a utilização de vários

instrumentos de coleta de dados, tais como: registros diários dos resultados, observação, registros

fotográficos e as produções artísticas dos alunos.

Relato da experiência

O projeto foi desenvolvido em oito etapas. Na primeira etapa fizemos o nosso mural dos

combinados e o quadro índice; na segunda etapa confeccionamos o brinquedo vai e vem que foi

feito com garrafa pet; na terceira brincamos de caça ao tesouro; para a quarta etapa utilizamos o

jogo da memória com animais; na quinta etapa realizamos o jogo da trilha do polvo maluco e

confeccionamos o brinquedo polvo maluco com garrafa pet; na sexta etapa brincamos de

amarelinha com as crianças; na sétima etapa realizamos uma gincana com as seguintes brincadeiras:

corrida da bolinha na colher, dança da bolinha na testa e a dança das cadeiras; na oitava etapa foi

realizada a nossa culminância.

Comentários

As etapas mais significativas foram a segunda, a terceira e a quinta.

Na segunda etapa realizamos a brincadeira da caça ao tesouro, durante sua realização houve muito

interesse das crianças, essa etapa foi muito significativa, pois proporcionou momentos em que as

crianças puderam fazer uso da imaginação imitando os animais. Na terceira etapa percebemos a

1 Graduanda, em Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás-Anápolis (GO) 2 Graduanda, em Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás-Anápolis (GO) 3 Professora Doutoranda do curso de Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás-Anápolis (GO)

P á g i n a | 10 importância da participação das crianças nos momentos de preparação das atividades e do seu

próprio brinquedo, no momento da brincadeira houve muita interação entre as crianças. Com a

realização da quinta etapa percebemos o interesse das crianças por jogos. Neste jogo as crianças

tiveram dificuldade em relação à quantidade de casinhas que deveriam seguir.

Conclusões

O projeto obteve êxito, uma vez que a utilização de jogos, brinquedos e brincadeiras despertou a

atenção das crianças bem como o cumprimento de suas regras e normas, além de proporcionarem

um ensino prazeroso e significativo, promoveu desenvolvimento cognitivo, emocional e social nos

alunos e ao mesmo tempo despertou na classe o interesse por jogos, brinquedos e brincadeiras. O

projeto mostrou que é possível associar o educar e o brincar.

Referência bibliográfica

MARANHÃO, Diva Nereida Marques Machado. Ensinar brincando: a aprendizagem pode ser

uma grande brincadeira. 4.ed. Rio de Janeiro: WAK, 2007, p. 28 – 36.

P á g i n a | 11

A RELAÇÃO ENTRE BRINCAR E EDUCAR: A MÚSICA E SEUS MOVIMENTOS

Daniely Castro Barbosa1 – [email protected] Wanessa Soares Trindade2 – [email protected]

Daniela Costa Britto Pereira Lima3– [email protected]

Introdução

O presente trabalho foi realizado para trazer a prática juntamente com a teoria na disciplina de

estágio supervisionado do curso de Pedagogia. A sala na qual estagiamos foi uma agrupamento de 1

a 2 anos denominado berçário “B”, de um Centro de Educação Infantil da rede de Anápolis.

Encontramos no diagnóstico a presença do cuidar mais do que educar, e apesar de ser uma sala de

aula com crianças muito novas é necessário um trabalho pedagógico, do ensinar. A Educação

Infantil não se faz mais só no cuidar desde a Constituição de 1988, quando é retratado o direito do

cidadão e dever do Estado em relação à criança, as creches passam a fazer parte do âmbito

educacional nas leis, prevendo assim mais que o cuidar nas instituições de Educação Infantil.

Procuramos por meio da música um enfoque voltado à linguagem oral, no qual trabalhamos o

ensino/aprendizagem buscando reviver a necessidade de ensinar pelo brincar.

Relato da experiência

Foram trabalhadas ao longo do projeto sete etapas, que configuravam-se com o uso de instrumentos

musicais e o esquema corporal, trabalhando a fala, movimentos, lateralidade, cores e concentração

dos alunos.Na primeira etapa procuramos evidenciar o esquema corporal, estimulando assim a fala

por meio da música e das partes do corpo. Na segunda utilizamos a ciranda para trabalhar a atenção

e concentração, na qual foi repetido nas outras etapas em forma de regras. Utilizamos como

instrumento nessa segunda etapa o tambor que foi confeccionado pelas crianças, o mapeamento

corporal de cada aluno trabalhando assim a coordenação motora, linguagem oral, reconhecimento

das cores e das partes do corpo humano. Na terceira etapa trabalhamos as percepções: corporal

visual e tátil com a confecção do chocalho utilizando bolinhas de papel crepom. Na quarta etapa

utilizamos o pandeiro e seu som, evidenciando assim a função tátil, já que também foi decorado

com tinta e usando as mãos. Na quinta etapa trabalhamos com a flauta, buscando perpetuar as

atividades proprioceptivas que trabalhavam lateralidade, motricidade, esquema corporal;

autonomia, respeito ao outro, nessa etapa utilizamos outro material para a decoração do

instrumento, a cola com glitter. Na sexta etapa o instrumento utilizado foi o violão no qual

1Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás(UnUCSEH) 2 Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás(UnUCSEH) 3Professora doutoranda do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás(UnUCSEH)

P á g i n a | 12 conseguimos trabalhar indícios do conceito de dentro e fora, quando instigávamos as crianças a

pregar os adesivos no violão. Na última etapa trabalhamos a junção de todos os instrumentos em

busca de reforçar os conhecimentos já trabalhados, tanto em relação a esquema corporal, tanto para

reconhecimento dos sons e a forma que são tocados.

Comentários

Uma das etapas significativas foi a do tambor, pois conseguimos a atenção dos alunos, pois era algo

novo. Em contato com a tinta eles pintaram os tambores, o que antes era coordenado pela professora

de forma restrita em relação a utilização dos dedos na hora de pintar. Outra etapa significativa foi a

terceira que utilizamos o chocalho, no momento em que as crianças foram decorar o instrumento

com bolinhas de papel crepom que eles mesmos construíram, conseguimos que as crianças

desenvolvessem uma concentração que até então não havíamos nos deparado dentro daquela sala

quando as crianças foram decorar o instrumento.

Conclusões

Percebemos no findar do projeto que as crianças estavam mais participativas, reconhecendo os

instrumentos e seus sons, as cores que foram trabalhadas e as partes do corpo humano. O objetivo

principal que visávamos foi alcançado no desenvolver dessas atividades, pois os alunos passaram a

comunicar-se com os colegas e com as professoras, a dizer o que queriam, cantar as músicas. O

trabalho realizado no CMEI foi satisfatório porque fizemos a relação teoria-prática, educar e o

cuidar, adquirimos novas experiências e principalmente conhecimento pratico. Foi interessante

conhecer a realidade de uma sala, buscar caminhos para resolver as dificuldades, e por meio de

estratégias conseguimos desenvolver o que havíamos colocado como objetivo.

Referência

MARANHÃO, Diva Nereida Marques Machado. Ensinar Brincando: a aprendizagem pode ser uma

grande brincadeira. 4 ed. Rio de Janeiro:WAK,2007 p.28-36.

P á g i n a | 13

A RELAÇÃO ENTRE BRINCAR E EDUCAR:

BRINCATIVAS – BRINCADEIRAS DIVERTIDAS

Leonardo Gonçalves Holanda1 – [email protected]

Daniela Costa Britto Pereira Lima2 – [email protected]

Introdução

O presente trabalho Brincativas – brincadeiras divertidas apresenta o projeto de pesquisa-ação que

foi desenvolvido com um grupo do Jardim II de um Centro Municipal de Educação Infantil de

Anápolis-GO, durante o estágio supervisionado em educação infantil pela UEG e procura entender

de que forma o brinquedo e as brincadeiras contribuem no progresso e desenvolvimento de crianças

na primeira infância, que segundo Vygotsky (apud MARANHÃO, 2007), a integração social se

torna decisiva para o desenvolvimento do pensamento. Teve como objetivo geral ampliar o

conhecimento de mundo das crianças, desenvolvendo a criatividade e a imaginação e, com isso,

aprender a valorizar e respeitar a riqueza de cada cultura e de cada sociedade, na diversidade que a

identifica.

Relato da experiência

Para o desenvolvimento do trabalho seguimos as etapas previstas no projeto de intervenção

elaborado, voltado para brinquedos que seriam construídos com as crianças e brincadeiras. Cada

etapa foi realizada num dia de aula, visando o desenvolvimento de brincadeiras com as crianças:

1-Construção do quadro-índice e combinados: construímos um quadro para estabelecer o que as

crianças já sabiam sobre brinquedos e brincadeiras, o que queriam saber e como poderíamos saber.

2- Brincadeira da Barra manteiga

3-Brincadeira do Bolboquê

4-Brincadeira de Cabo de guerra

5-Brincadeira com Vai e vem

6-Brincadeira da Dança das cadeiras

7-Brincadeira da Cabeça pega rabo

8-Culminância do projeto: Apresentação de coreografia com adereços e exposição de brinquedos

Comentários

1Graduando em Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás(UnUCSEH) 2 Doutoranda em Políticas Públicas e Professora de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás(UnUCSEH)

P á g i n a | 14 Temos como verdadeiro que os brinquedos e brincadeiras devem ser entendidos não somente como

um espaço lúdico, colocado à margem do contexto geral do ensino, mas como uma ação

imprescindível na formação da criança. As duas etapas mais significativas foram o Vai e vem e

Cabeça pega o rabo pois foram momentos muito gratificantes que tivemos a oportunidade de

observar a carência que as crianças sentiam em realizar atividades lúdicas fora do espaço tradicional

da sala de aula, proporcionando-as “elemento imprescindível para a construção de sua

personalidade e para compreender a realidade da qual faz parte.” (MARANHÃO,2007, p.30). A

criança que aprende pela experiência conhece o prazer de compreender uma coisa. Ela jamais será

carente de motivação. Conforme comprovamos nos dias das nossas atividades, era notório nos

rostos das crianças a alegria, entusiasmo e disposição para participarem das brincadeiras. E quase

todas queriam verbalizar e expor suas opiniões e conhecimentos prévios sobre tais atividades.

Conclusões

O projeto conseguiu atingir os resultados esperados, como por exemplo, aumentar, recuperar e

reconhecer a importância das brincadeiras, como elementos da cultura local e participar de situações

de socialização, interação e compartilhamento, incentivando a vivência de valores e de

comunicação oral. Assim, inferimos que com um simples jogo o professor poderá proporcionar

apreensão de conhecimento de maneira agradável e o aluno nem perceberá que está aprendendo,

que foi justamente o que percebemos nas crianças durante o desenvolvimento do presente trabalho.

Referência

MARANHÃO, Diva Nereida Marques Machado. Ensinar brincando: a aprendizagem pode ser uma grande brincadeira. 4. ed. Rio de Janeiro: WAK, 2007, p. 28 – 36.

P á g i n a | 15 RELAÇÃO ENTRE BRINCAR E EDUCAR: NO MUNDO DO FAZ DE CONTA

Leidiane Melo Queiroz 1 – [email protected]

Nádia Rodrigues Samra 2 – [email protected] Thaysa Brandão Alves 3 - [email protected]

Daniela da Costa Britto Pereira Lima 4 – [email protected]

Introdução

O desenvolvimento do projeto “A Relação entre o brincar e Educar: No mundo do faz de conta”

surgiu após a observação e docência compartilhada na turma do Maternal I de um CMEI da cidade

de Anápolis, durante o estágio supervisionado em educação infantil. Depois desse período de

observação percebemos a necessidade de um projeto em que levasse as crianças a desenvolverem

habilidades como brincar e brincar em grupo, bem como o brincar de faz de conta. Através da

brincadeira, as crianças se desenvolvem socialmente, conhecem atividades e habilidades para viver

em grupo, além de antever os seus papéis e valores futuros. Usando a brincadeira, ela estimula o seu

desenvolvimento e aprende as regras.

Relato da experiência

O projeto foi realizado numa abordagem dialética por meio de pesquisa ação, com a utilização de

vários instrumentos de coleta de dados, tais como: registro diário das atividades, observação,

preenchimento de check-list e registros fotográficos. O projeto se desenvolveu em sete etapas e uma

culminância sendo as seguintes: Combinados e passeio na floresta; A fazenda; Passeando com

diferentes meios de transportes; Brincando de Piquenique; Brincando de imitar os animais; Festa de

aniversário; Brincando com fantoches e Culminância.

Comentários

As aprendizagens construídas ao longo do projeto para muitos podem não parecer significativa,

porém para quem vivenciou a turma no inicio do ano letivo e agora no desenvolvimento do projeto,

observa o grande avanço apresentado no desenvolvimento e comportamento das crianças. As etapas

mais significativas do projeto foram às aulas: Passeando com diferentes meios de transportes;

Brincando de Piquenique; e Festa de aniversário. Observamos que as crianças sentiram maior prazer

no brincar e no desenvolver das atividades propostas. Na aula sobre os meios de transportes

conversamos sobre alguns deles onde as crianças interagiram e contaram suas experiências em

1 Graduando (a), em Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás (UEG - Anápolis) 2 Graduando (a), em Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás (UEG - Anápolis) 3 Graduando (a), em Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás (UEG - Anápolis) 4 Professora Doutoranda Daniela da Costa Britto Pereira Lima ,Pedagogia, (UEG - Anápolis)

P á g i n a | 16 relação a eles. As brincadeiras realizadas nesta aula tiveram grande envolvimento por parte das

crianças. A etapa Brincando de Piquenique foi significativa, pois as crianças obedeceram às regras,

compartilharam os brinquedos e se concentraram na brincadeira. A etapa Festa de Aniversario foi

interessante, pois cada criança se envolveu com a brincadeira como se estivesse realmente em sua

festa de aniversário.

Conclusões

O projeto obteve êxito, uma vez que a utilização de histórias, músicas e brincadeiras despertou a

atenção das crianças, a concentração para o brincar, o brincar em grupo e a saber utilizar os

brinquedos, além de proporcionar um ensino significativo e prazeroso. As crianças foram

estimuladas à oralidade através das histórias, desenvolveram a imaginação e a criatividade.

Referência

MARANHÃO, Diva Nereida Marques Machado. Ensinar brincando: a aprendizagem pode ser uma

grande brincadeira. 4. Ed. Rio de Janeiro: WAK, 2007, p. 28-36.

P á g i n a | 17

A RELAÇÃO ENTRE O BRINCAR E O EDUCAR: MEIO AMBIENTE MUSICAL

Luana da Paixão Mariano1 – [email protected]

Roseny da Silva Magalhães2 – [email protected] Thúria Natália Rosa de Pina3– [email protected]

Daniela da Costa Britto Pereira Lima4– [email protected]

Introdução

Este projeto de intervenção ação foi desenvolvido no berçário A em um CMEI de Anápolis. O tema

foi escolhido levando em consideração o eixo temático que o CMEI estava trabalhando no

momento, meio ambiente. E por perceber a falta de musicalidade no ambiente, visto que nessa fase

as crianças estão desenvolvendo a linguagem oral, a música neste contexto se torna fundamental no

desenvolvimento da mesma. O objetivo central desse projeto foi desenvolver a musicalidade, a

criatividade e a linguagem oral.

Relato da experiência

O projeto foi desenvolvido em oito etapas significativas:

Etapa 1 momento de identificação- cantamos uma música de boas vindas, e para a identificação

usamos o espelho e um cartaz com foto das crianças, ao se identificarem carimbamos o cartaz com

as mãos e os pés das crianças. Etapa 2 Apresentamos o instrumento (chocalho), levando a imagem

do mesmo no cartaz; deixamos as crianças enfeitarem o cartaz com tinta comestível; construímos o

chocalho com as crianças. Etapa 3 Mostramos o chocalho que confeccionamos na aula anterior e

instruímos a pegar e manusear o mesmo; Apresentamos a música chove chuvinha; Cantamos a

música em roda; Tocamos e cantamos com o chocalho. Etapa 4 Apresentamos o instrumento

(tambor), levando a imagem do mesmo no cartaz; deixamos as crianças pintarem com cartaz com

giz de cera; Construímos com as crianças o tambor. Etapa 5 Mostramos o tambor e o cartaz que

fizemos na aula anterior e instruímos a tocar o mesmo. Etapa 6 Levamos o cartaz com a imagem do

pandeiro; construímos com as crianças o pandeiro. Etapa 7 Mostramos o pandeiro e o cartaz que

fizemos na aula anterior e instruí-los a tocar o mesmo; apresentamos a música Desfile dos animais.

Etapa 8 Formamos uma bandinha com todos os instrumentos e cantamos a música o desfile dos

animais.

1 Graduanda, em pedagogia, Universidade estadual de Goiás- Anápolis-(GO) 2 Graduanda, em pedagogia, Universidade estadual de Goiás- Anápolis-(GO) 3 Graduanda, em pedagogia, Universidade estadual de Goiás- Anápolis-(GO) 4 Professora doutoranda do curso de pedagogia, Universidade estadual de Goiás- Anápolis-(GO)

P á g i n a | 18 Comentários

As etapas mais significativas foram a 2º e a 8º.

Na segunda etapa apresentamos para os bebês a imagem do chocalho e colamos no cartaz e em

seguida demonstramos como era para ser feita a atividade. No inicio todos ficaram com receio de

colocar a mão na tinta, mas logo todos participaram da atividade proposta. As crianças brincaram,

interagiram com os colegas, se lambuzaram de tinta, pintaram o cartaz, pintaram os colegas,

passaram tinta no cabelo, comeram tinta... foi uma etapa muito significativa, pois as crianças

desenvolveram sua autonomia.

Na oitava etapa apresentamos os cartazes construídos durante o desenvolvimento do projeto e

sentamos em círculo no chão com as crianças e cada uma pegou um instrumento que mais lhe

agradava e juntos cantamos a música desfile dos animais e tocamos os instrumentos, foi muito legal

todos participaram se interagiram e trocaram os instrumentos tocando um pouco cada um.

Conclusões

Foi um projeto no qual nos surpreendemos com cada etapa desenvolvida, pois as crianças

interagiram de forma autônoma e significativa. Nossos objetivos, sem dúvida, foram alcançados.

Percebemos que as crianças estão na fase oral, pois tudo que elas pegavam colocavam na boca, foi o

momento que as crianças desenvolveram sua autonomia, a música proporcionou esse

desenvolvimento. Ao desenvolver cada etapa era notório o envolvimento, a interação e a

participação de cada um.

Referência

MARANHÃO, Diva Nereida Marques Machado. Ensinar brincando: a aprendizagem pode ser uma grande brincadeira. 4. ed. Rio de Janeiro: WAK, 2007, p. 28 – 36.

P á g i n a | 19

PRIMAVERA: PEÇA TEATRAL¹

Maria Conceição dos Santos Jesus² - [email protected] Daniela da Costa Britto Pereira Lima³ - [email protected]

Introdução

Este trabalho foi fruto do processo de estágio supervisionado em docência na Educação Infantil, e está organizado em quatro etapas bem distintas. Teve seu desenvolvimento num Centro Municipal de Educação Infantil, em uma sala de Berçário I, uma turma de 12 crianças freqüentes.

Falar de primavera é falar da estação mais bela e colorida, sendo aqui representada pelos movimentos multicores por meio da peça teatral assim, intitulada “Primavera”.

A primavera é a estação do ano tipicamente associada ao reflorescimento da flora e da fauna terrestres, porém, aqui foi trabalhado o tema “Primavera” a nível da turma trabalhada, uma sala de Berçário I, de forma amena, mais sucinta. Esclarecendo sua época no Brasil. É uma época em que ocorre o florescimento de várias espécies de plantas, portanto, a natureza fica bela, presenteando o ser humano com flores coloridas e perfumadas. Porém, as atividades foram desenvolvidas de forma bastante concreta! Relato da experiência

Logo no primeiro semestre em observação com essa turma, foi diagnosticada a resistência e dificuldade que algumas crianças apresentavam para lidar com algumas atividades, por serem muito pequenas /ou por não lhes oferecerem e proporcionarem certas oportunidades de compreensão e produção de tais atividades.

Foi desenvolvido um projeto com o tema “Primavera”, o qual proporcionou contatos diretamente com a natureza para terem liberdade de expressão e escolha, para observar, apreciar e confeccionar o próprio material para uma atividade significativa. Tais atividades se caracterizaram pela distribuição de pequenos pedaços de cartolinas no tamanho de aproximadamente 15 x 20 cm, terra com três cores diferentes, areia de duas cores diferentes, folhas secas verdes, vários tipos de flores e cores diferentes, sementes, casca de pau, pedras, cola para colagem, esponja de espuma para espalhar a cola, caixa de sapato para fazer peça teatral. A maioria do material foi confeccionado pelas crianças que demonstraram total interesse pelo trabalho, atingindo assim o campo visual, a admiração do belo, o tato, o pegar, o sentir, realizaram o fazer, compararam diferentes tipos de cores, flores e, conheceram o conjunto de regras sobre o funcionamento das estações, por meio da uma linguagem que através de realizações concretas e permanente, conscientizando-os para um melhor desempenho e compreensão em relação à natureza, desenvolvendo a oralidade da criança, e preparando-os para a melhoria da auto-estima e a interação com o meio ambiente, sociocultural que o espera.

O que isso significa? Quando pesquisamos com as crianças, mais importante que aprender é aguçar sua curiosidade sobre o ambiente natural e sobre os conhecimentos científicos, incorporando assim atitudes de conservação da natureza, aprender a trabalhar de forma cooperativa, reconhecer que se pode saber mais nos livros, na internet ou no diálogo com outras pessoas. Comentários

Observou-se resultado satisfatório, pois, mediante a avaliação processual, percebeu-se o avanço das hipóteses de interesse partindo das crianças, o envolvimento e desempenho nas atividades propostas de produção coletivas e nas atividades individuais. Tais resultados reforçam a relevância do estágio supervisionado na formação do professor, visto que o coloca em situações reais e o possibilita compreender a importância da intervenção no processo ensino-aprendizagem.

A criança deseja e necessita ser amada, aceita, acolhida e ouvida para que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado. E o professor é quem prepara e organiza esse universo da busca e do interesse das crianças. De acordo com Jean Piaget, no desenvolvimento intelectual é considerando o cognitivo e o afetivo, que em concordância com La Taille (1992, p. 76), Vygotsky

P á g i n a | 20 explica que o pensamento tem sua origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades, interesses, impulsos, afeto e emoção. No âmbito da educação oferecida ao Berçário I, a interrelação da professora com o grupo de alunos e com cada um em particular é constante, dá-se o tempo todo, na sala, no pátio ou nos passeios, e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente. Foi o observado nesta etapa do estágio.

Conclusões Trabalhar o tema “Primavera” por meio de atividades concretas diversificadas e de peça

teatral foi muito gratificante uma vez que, pude proporcionar aos alunos, oportunidades concretas de se vivenciar momentos de alegria da estação multicolorida das flores, levando-as a contemplar as suas maravilhas e o bem-estar que a convivência da natureza proporciona: a percepção tátil, a coordenação motora fina e grossa, despertando nestes alunos o interesse pela preservação do meio ambiente, assim como as formas de vida e sua sobrevivência, desenvolvendo a curiosidade e a prática investigativa de cada criança.

REFERÊNCIAS

DICIONÁRIO AURÉLIO. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Editora Nova Fronteira, 1994. ORTOGRÁFICO, Acordo. Lisboa, 25 de Setembro de 1945. LA TAILLE, Yves de et al. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.

P á g i n a | 21 RESUMOS Professora – Ivana Alves Monnerat de Azevedo

Título/ Projetos

Acadêmicas

LITERATURA INFANTIL: Um Mundo de Sonhos e Fantasias

Alline Ferreira Rosa e Érica Alexandre Rocha

MÚSICA: Aprendizagem e Socialização Adriana Pires Sidião e Sarah Martins dos Santos

MATEMATICANDO COM JOGOS E HISTÓRIAS

Dayane de Fátima dos Santos e Simony Bernardo Oliveira

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE HISTÓRIAS INFANTIS NO JARDIM I

Élida Ferreira da Silva e Janyelly Maria S. Becker

BOCA SADIA, CORPO SAUDÁVEL

Jackeline Carla Silva e Maria Madalena de Oliveira

DESENVOLVENDO O PRAZER PELA LEITURA INTEGRANDO MEIO AMBIENTE E LITERATURA INFANTIL

Letícia Prado Silva e Nívia Lopes da Luz

LITERATURA INFANTIL: Um Mundo de Imaginação, Sonhos e Fantasias

Susam Waiard de A. Alves e Tairine Vieira Barros Monteiro.

P á g i n a | 22

LITERATURA INFANTIL: Um Mundo de Sonhos e Fantasias

Alline Ferreira Rosa1 - [email protected]

Érica Alexandre Rocha2- [email protected] Profª Ms. Ivana Alves Monnerat de Azevedo3- [email protected]

Introdução

O trabalho apresenta resultados do projeto de Intervenção Do Estágio Supervisionado em

Docência na Educação Infantil II, do curso de pedagogia/UEG da UnUCSEH - Anápolis –GO, este

projeto foi desenvolvido e aplicado na sala do jardim I no Centro de Educação Infantil Pioneira,

com o objetivo de incentivar o gosto pela leitura e o prazer de ouvir histórias, proporcionando

momentos que levem a criança a um envolvimento maior com o livro literário, de forma criativa e

contextual.

Relato da experiência

Com a primeira etapa do estágio, a observação, foi diagnosticado o pouco uso da literatura,

sabendo da importância da literatura infantil no cotidiano das crianças, buscaremos com esse

projeto proporcionar momentos que levem a criança a um envolvimento maior com o livro literário

de forma criativa e contextual. Percebendo assim essa dificuldade o projeto “Literatura Infantil: um

mundo de sonhos e fantasias” foi elaborado, com intuito de colaborar com o processo de

aprendizagem dos alunos. A literatura é um meio para desenvolver nas crianças a imaginação, os

sonhos, emoções e sentimentos de forma significativa. Através da literatura as crianças também

desenvolvem habilidades cognitivas de forma ampla. De acordo com Cademartori (2006),

adquirindo o hábito da leitura, a criança passa a escrever melhor e a dispor de um repertório mais

amplo de informações, a principal função que a literatura cumpre junto ao seu leitor é a

apresentação de novas possibilidades existenciais, sociais, políticas e educacionais.

Para desenvolver o projeto de uma forma em que os alunos gostassem e se adequassem, as

aulas foram desenvolvidas por meio de aulas expositivas dialogadas, com apresentação de histórias

infantis, utilizando recursos variados – Fantoches, filmes e livros variados.

1Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG. 2 Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia - UnUCSEH/UEG. 3Professora das disciplinas de Orientação em Docência na Educação Infantil e Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil (UnUCSEH/UEG). Graduada em Pedagogia (UniEvangélica). Especialista em Planejamento Educacional e Administração (UNIVERSO). Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UNB).

P á g i n a | 23 Comentário

Durante a execução do projeto foi possível perceber que as crianças da Turma do Jardim I já

gostavam de literatura, porém, faltava estímulo e convivência com o meio literário. O projeto foi de

grande importância, pois colaboraram com o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, como

também aspectos afetivos e sociais. A literatura infantil é um veiculo muito importante que

contribui para a formação intelectual da criança, tanto na escola como na sociedade, pois:

“Desenvolver, desde cedo, a capacidade de pensar crítica e autonomamente, desenvolver a

capacidade de cada um tomar suas decisões é papel fundamental da educação para a cidadania”.

(OLIVEIRE e PAIVA apud GADOTTI 2004, p. 30).

Conclusões

Com o desenvolver do projeto percebemos o quanto a literatura infantil pode contribuir com

o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Pois a literatura é um meio para desenvolver nas

crianças a imaginação, os sonhos, emoções e sentimentos de forma significativa. Através da

literatura as crianças também desenvolvem habilidades cognitivas, de forma ampla, pois, esta se

constitui em uma atividade rica em informações e que oferece, de uma forma divertida e prazerosa.

Foi observado que os alunos começaram a questionar mais, a serem mais participativos e

criativos no decorrer do projeto. Abramovich (1997) afirma que, a partir do contato com um texto

literário de qualidade, a criança é capaz de pensar, perguntar, questionar, ouvir outras opiniões,

debater e reformular seu pensamento.

Referências Bibliográficas

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil Gostosuras e Bobices. São Paulo: Spicione Ltda, 1997. CADERMATORI, Lígia. O que é Literatura Infantil. São Paulo: Brasiliense, 2006 (Coleção Primeiros Passos). GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Práxis. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2004.

P á g i n a | 24

MÚSICA: APRENDIZAGEM E SOCIALIZAÇÃO

Adriana Pires Sidião 1 – [email protected]

Sarah Martins dos Santos2- [email protected] Profª Ms. Ivana Alves Monnerat de Azevedo3 - [email protected]

Introdução

O Projeto de Intervenção realizado em um Centro Municipal de Educação Infantil, na cidade

de Anápolis-GO teve como objetivo de subsidiar a construção do conhecimento e a socialização das

crianças por meio da música que se constitui em um recurso didático significativo para o processo

ensino-aprendizagem.

O Projeto foi elaborado, a partir das teorias de Bréscia (2003) que caracteriza que o

aprendizado de música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade

cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o

indivíduo. Rizzo (1989) utiliza a música como uma atividade mediadora, para desenvolver a

socialização, a expressão corporal, a ampliação do vocabulário, o desenvolvimento do ritmo e da

autodisciplina. Snyders (1992) defende que a música é um recurso que proporciona um ambiente

mais alegre e favorável à aprendizagem.

Relato da experiência

A música enquanto uma manifestação cultural universal contribui para a efetivação de

trabalho pedagógico abrangente e surpreendente, haja vista que amplia as relações sociais entre os

povos, se constituído em um recurso importante que estimula a aprendizagem, em diversos

contextos culturais e sociais. Assim, partindo do pressuposto de que a construção do conhecimento

em sala de aula se faz por meio de um trabalho constante de síntese é possível destacar que esse

processo leva à compreensão concreta do objeto e apreensão de novos conceitos por parte do aluno

que é capaz de interagir com os demais alunos e com o mundo.

A música pode ser considerada o eixo condutor de diversas áreas curriculares, dando às

aulas um caráter mais alegre, descontraído e favorável à aprendizagem significativa. Desse modo, o

1Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG.

2Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG. 3Professora das disciplinas de Orientação em Docência na Educação Infantil e Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil (UnUCSEH/UEG). Graduada em Pedagogia (UniEvangélica). Especialista em Planejamento Educacional e Administração (UNIVERSO). Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UNB).

P á g i n a | 25 tema foi desenvolvido com intenção de incentivar o gosto pela música, tornando-a prazerosa,

contribuindo para a construção de novos conhecimentos, bem como, para socialização entre os

alunos e a realização de uma prática pedagógica multidisciplinar.

Comentários

As atividades com músicas realizadas pelos alunos contemplaram a construção de caminhos

que os conduzem a exercitar as habilidades necessárias para a obtenção e fixação dos

conhecimentos e nesse ínterim assume a tarefa ímpar de orientar de modo prazeroso a prática

educativa consciente, intencional, sistemática, para finalidades sociais e políticas cunhadas a partir

de interesses concretos no seio da práxis social.

Durante o desenvolvimento de cada etapa do projeto foi possível observar o progresso dos

alunos, no que se refere principalmente ao gosto pela a música, promovendo um enfrentamento do

‘novo’ e o aprimorando do aprendizado.

Conclusões

A música como elemento de socialização desperta a necessidade de movimentos, facilita a

expressão de sentimentos e conduz à comunicação entre as pessoas. Nesse sentido, as atividades de

música foram organizadas, com vista à efetivação do método de ensino socializado e

multidisciplinar, baseado no trabalho de grupo, promovendo a interação e a socialização de

experiências significativas em níveis cognitivos e afetivos das crianças enriquecidos pela utilização

de materiais didáticos variados, como: fantoches, instrumentos musicais e livros de literatura

infantil.

A inserção da música como atividade constitutiva da rotina da Turma Jardim I promoveu a

vivência de situações lúdicas, fazendo parte do contexto global das atividades ali desenvolvidas

conduzindo ao alcance de resultados expressivamente satisfatórios.

Referências Bibliográficas

BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São

Paulo: Átomo, 2003.

RIZZO. Gilda. Educação Pré – Escolar. São Paulo- SP: Ática, 1989.

SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da músic

P á g i n a | 26

MATEMATICANDO COM JOGOS E HISTÓRIAS

Dayane de Fátima dos Santos1– [email protected]

Simony Bernardo Oliveira2 – [email protected] Profª Ms. Ivana Alves Monnert de Azevedo3 - [email protected]

Introdução

O Projeto de Intervenção realizado na Turma Maternal II de um Centro Municipal de Educação

Infantil situado na cidade de Anápolis – Goiás teve como foco proporcionar a interação e a

socialização do aluno, por meio de histórias, do lúdico; de atividades realizadas em grupos; de

jogos; fazendo com que os alunos identificassem como a matemática está presente no dia-a-dia e

também nas brincadeiras, ensinando o conteúdo de uma forma atraente e descontraída, tendo como

subsídios teóricos de diversos autores, dentre esses: KISHIMOTO (1994) e ROMERO (2007),

destacando que a utilização de concreto, aulas diferenciadas e jogos em sala de aula contribuem

para a aprendizagem dos alunos, principalmente no conteúdo de matemática.

Relato da experiência

Sabemos que o Construtivismo esclareceu diversos elementos do processo de aprendizagem,

mostrando que fórmulas, regras, exercícios repetitivos e treino de algoritmos feitos mecanicamente,

raramente produzem compreensão, a qual provém essencialmente da razão e reflexão.

Nesse sentido, as atividades foram desenvolvidas, a partir do ensino de Matemática histórias

infantis: Cachinhos Dourados e A Branca de Neve e os Sete Anões para que as crianças pudessem

identificar os conteúdos matemáticos contidos nessas, bem como a importância do trabalho

cooperativo, a sequência numérica.

Essas atividades foram enriquecidas pela da confecção de materiais concretos - jogos

matemáticos, pintura nas gravuras contidas nas atividades impressas media da pelo reconhecimento

das cores.

1Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG. 2 Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG. 3Professora das disciplinas de Orientação em Docência na Educação Infantil e Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil (UnUCSEH/UEG). Graduada em Pedagogia (UniEvangélica). Especialista em Planejamento Educacional e Administração (UNIVERSO). Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UNB).

P á g i n a | 27 Comentários

O ponto de partida para a realização do Projeto foi o conhecimento prévio dos alunos que

possibilitou identificar que alguns já conheciam os números e outros não. Dessa forma, todas as

atividades propostas se direcionaram a intensificar que a Matemática consiste em uma área do

conhecimento que contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico, da coerência e que

transcende os aspectos práticos.

Nesse sentido, as etapas do Projeto tiveram como objetivo principal estimular o gosto pela

Matemática, mostrando aos alunos que essa disciplina pode ser apreendida de forma lúdica,

propiciando uma maior interação e socialização.

Conclusões

O projeto em questão encontra-se em fase final. Desta forma, vislumbra-se pelo já

trabalhado que as crianças mostraram interesses pelas aulas. Houve certa inquietação no início, pelo

fato de serem aulas diferenciadas.

Durante as aulas verificamos também que eles souberam expressar o sentimento de ajuda,

coleguismo, a adrenalina de competir, saber ganhar e perder, respeitando os próximos. Mesmo que

de forma parcial é possível destacar que estamos conseguindo realizar o que propomos que é

chamar a atenção das crianças para o ensino de Matemática, de maneira diversificada, qual seja,

aprender brincando por meio de jogos, ouvindo e recontando histórias.

Referências Bibliográficas

ISHIMOTO, Tizuko. (Org.). O direito de brincar. 4 ed. São Paulo: Scritta, 1998.

ROMERO, Daniel L. Jogos Matemáticos – brincar de aprender. Universidade de Guarulhos – São Paulo, 2007.

P á g i n a | 28

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE HISTÓRIAS INFANTIS NO JARDIM I

Élida Ferreira da Silva 1 – [email protected]

Janyelly Maria Silva Becker 2 –[email protected] Profª Ms. Ivana Alves Monnerat de Azevedo3- [email protected]

Introdução

O Projeto de Intervenção consiste em proposições relativas à leitura e interpretação de

histórias infantis na turma do Jardim I, em um Centro de Educação Infantil (CMEI) na cidade de

Anápolis-GO, como práticas preponderantes ao processo ensino-aprendizagem na educação infantil,

haja vista que proporcionam momentos de prazer, ampliam e enriquecem o vocabulário infantil e

contribui para a organização do pensamento e linguagem.

Nesse sentido, o projeto teve como finalidade proporcionar momentos de prazer por meio da

leitura e interpretação de histórias infantis, ampliando vocabulário e a organização do pensamento

das crianças, despertando o interesse individual e coletivo, de forma prazerosa, contribuindo para a

ampliação da linguagem oral e escrita, bem como o desenvolvimento da criatividade, da imaginação

e da criticidade.

Relato da experiência

Contar histórias é a mais antiga das artes. Elas são fontes maravilhosas de experiências. São

meios de ampliar o horizonte para a criança ampliar o seu conhecimento em relação ao mundo que

a cerca. As diferenças que mostram os personagens bons e maus, feios e bonitos, poderosos e

fracos, além de animais falantes, de fadas princesas, príncipes, magia e transformações que tem uma

importância muito grande para a criança, já que é através das histórias que aprende diversas lições.

Com vista ao alcance desses processos, as atividades foram desenvolvidas por meio de

metodologias de ensino variadas, dentre essas: conversas informais, aulas expositivas dialogadas,

aulas de vídeo imagem enriquecidas por recursos audiovisuais variados, dentre esses, atividades

xerocopiadas e livros de Literatura Infantil. Dessa forma: “A Literatura Infantil, nas escolas, deve

despertar o gosto pela leitura. [....]. Além disso, ela pode desenvolver a imaginação, os sentimentos, 1Aluna do 8º Período ( 4º Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG. 2Aluna do 8º Período ( 4º Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG. 3 Professora das disciplinas de Orientação em Docência na Educação Infantil e Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil (UnUCSEH/UEG). Graduada em Pedagogia(UniEvangélica). Especialista em Planejamento Educacional e Administração (UNIVERSO). Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UNB).

P á g i n a | 29 a emoção, a expressão e o movimento através de uma aprendizagem prazerosa". (SAWULSKI,

2002, p.34).

É importante, pois, que a aprendizagem seja concretizada a partir de estímulos para

participar, interagir havendo trocas verbais. Além disso, a aprendizagem é um processo que envolve

uma multiplicidade de fatores – cognitivos, físicos, psíquicos e sociais.

Comentários

Os alunos puderam conhecer a História: Palavras, Muitas Palavras, escrita por Ruth Rocha

lida, contada e interpretada de forma variada desenvolver habilidades de oralidade e despertando o

interesse pela leitura e escrita, além de desenvolver a aptidão artística, criatividade e imaginação das

crianças e aprenderam a interagir uns com os outros, trabalharem em grupo, compartilhar opiniões,

ideias e preferências, ampliando a linguagem oral e escrita, como também, a disposição para a

busca de novos conhecimentos.

Segundo Radino (2003) a escola não está preparada para acolher a criança em sua totalidade,

nem para aceitar suas emoções e suas fantasias como componentes do seu processo de

conhecimento. As histórias infantis devem, pois, chamar a atenção do leitor e ter componentes que

despertem, principalmente, a curiosidade, a imaginação, o intelecto, os sentimentos e as emoções de

modo simples e divertido.

Conclusões

A literatura infantil coloca as crianças diante de práticas de leitura e de escrita empregadas

socialmente. Desse modo, é necessário que as histórias infantis sejam compreendidas, não apenas

atividades lúdicas destacadas do contexto geral do ensino, mas sim, como um conhecimento e uma

prática necessária para a formação intelectual do aluno

Referências Bibliográficas

SAWULSKI, Verena Terezinha. Fruição e ou aprendizagem através da literatura infantil na escola. Mimeo, 2002. RADINO, Glória. Contos de Fadas e Realidade Psíquica: a importância da fantasia no desenvolvimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

P á g i n a | 30

BOCA SADIA, CORPO SAUDÁVEL

Jackeline Carla Silva1- Maria Madalena de Oliveira2 -

Profª Ms. Ivana Alves Monnerat de Azevedo3- [email protected]

Introdução

O Projeto de Intervenção realizado na Turma de Jardim II em um Centro Municipal de

Educação Infantil situado na cidade de Anápolis – Goiás teve como objetivo principal estimular as

crianças a realizarem, de forma, a higiene bucal e corporal, por meio de orientações básicas de

autoconhecimento, garantindo a preservação da saúde e da boa aparência. Para a elaboração do

Projeto foram utilizadas as obras dos autores: FALK (2004) e LIBÂNEO (2005). Todas as

atividades efetivadas tiveram como finalidade enfatizar que as atitudes e hábitos adquiridos na

infância relativos à higiene corporal e bucal são ações que contribuem para uma boa saúde, no

decorrer da vida.

Relato da Experiência

Em se tratando de higiene bucal e pessoal as pessoas em nossa sociedade são de maneira

geral desligada quanto a esse assunto. Muitas pessoas não sabem como cuidar, pois acha que é

apenas fazer a escovação, tomar banho várias vezes ao dia e pronto.

Deve-se ressaltar, que muita crianças e até mesmo os adultos esquecem de fazer uso do fio

dental, porque algumas não sabem como utilizá-lo. Tendo em vista essa dificuldade, o projeto teve

como meta mudar essa realidade pelas crianças. Desse modo há necessidade de um maior

esclarecimento por parte dos pais e das crianças.

O processo de conscientização foi realizado por meio da identificação, pelas crianças sobre a

importância da higiene bucal e corporal, principalmente no que se refere à importância de

realizarem a escovação após as refeições e antes de dormir e se levantar. Dentro do projeto será

trabalhada a compreensão das crianças para a prevenção de cáries, placas bacterianas e piolhos.

1 Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia. 2 Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia. 3Professora das disciplinas de Orientação em Docência na Educação Infantil e Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil (UnUCSEH/UEG). Graduada em Pedagogia(UniEvangélica). Especialista em Planejamento Educacional e Administração (UNIVERSO). Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UNB).

P á g i n a | 31

As atividades propostas se direcionaram, pois, a esclarecer as crianças sobre essas temáticas,

que se apresentam como aspectos centrais à manutenção e cuidados com a da saúde bucal e

corporal, aos quais estão associadas, diretamente, a uma boa qualidade de vida.

Comentários

Durante o desenvolvimento dos conteúdos relativos à higiene bucal e corporal integrados

aos outros eixos de aprendizagem – Linguagem Oral e Escrita, Matemática, Movimento, Música

foram utilizadas metodologias de ensino variadas, dentre essas: leitura de histórias, apresentação de

histórias com uso de fantoches e brincadeiras dirigidas, com vista à suscitar nas crianças o interesse

e a compreensão da importância da realização de uma escovação correta e os cuidados com o

corpo.

Conclusões

Tivemos alguns resultados satisfatórios quanto ao desenvolvimento do projeto, pois as

crianças entenderam e aprenderam a cuidar tanto do corpo quanto de sua boca. Muitas falaram em

casa sobre a importância da escovação e cuidados com a higiene corporal e bucal.

Ouvimos relatos das crianças referentes aos resultados obtidos em casa, a partir da

explicação dessas junto aos pais sobre como cuidar, escovar e usar o fio dental, como também a

importância de uma higiene corporal. Nessa perspectiva, o Projeto gerou frutos e conscientização

das crianças sobre a importância de cuidar da higiene bucal e corporal.

Referências Bibliográficas

FALK, John (org.). Educar os três primeiros anos: a experiência de Lóczy. Araraquara: JM Editora, 2004. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão escolar:teoria e prática.6.ed. Goiânia: Alternativa, 2005.

P á g i n a | 32

DESENVOLVENDO O PRAZER PELA LEITURA INTEGRANDO MEIO AMBIENTE E LITERATURA INFANTIL

Letícia Prado Silva1 – [email protected] Nívia Lopes da Luz2 – [email protected]

Profª Ms. Ivana Alves Monnerat de Azevedo3 – [email protected]

Introdução

O Projeto de Intervenção realizado na Turma do Jardim II de um Centro Municipal de

Educação Infantil na cidade de Anápolis-GO teve como objetivo despertar nos alunos o interesse

pela leitura por meio de obras literárias variadas integradas ao meio ambiente se constituindo em

um instrumento valioso para a apropriação de conhecimento, suscitando nos alunos o prazer de

ouvir e de ler histórias, como também, identificar a leitura como uma prática preponderante à

realização de um aprendizado criativo e interativo. Para a elaboração do referido projeto foram

utilizadas as proposições teóricas de diversos autores, dentre esses: ABRAMOVICH (1989);

CADEMARTORI (2006); SOARES (1998); FERREIRO e TEBEROSKY (1986), entre outros.

Relato da experiência

Durante a realização do projeto tivemos a oportunidade de colocarmos em prática as teorias

aprendidas e percebemos o quanto essa atitude nos trouxe resultados positivos. Ressaltamos ainda,

que o projeto possibilitou de forma significativa uma grande interação entre nós e o CEMEI.

Comentários

Para alcançar os objetivos propostos estabelecemos algumas estratégias, como não

identificamos atividades em que o aluno estivesse em contato com livros instituímos momentos

prazerosos para que os mesmos pudessem manuseá-los a partir da contação de histórias, rodas de

conversa, criação de textos coletivos. Para tanto utilizamos como recurso didático; livros, gibis,

vídeos, entre outros.

1Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG. 2 Aluna do 8º Período (4ª Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG. 3 Professora das disciplinas de Orientação em Docência na Educação Infantil e Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil (UnUCSEH/UEG). Graduada em Pedagogia (UniEvangélica). Especialista em Planejamento Educacional e Administração (UNIVERSO). Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UNB).

P á g i n a | 33

A professora se mostrou disposta, flexível, interessada a contribuir com o nosso trabalho e

da mesma forma esperamos ter acrescentado no intuito de buscar sempre o melhorar.

Ressaltamos ainda, que o projeto possibilitou de forma significativa uma grande interação

entre nós e os profissionais que atuam no CMEI – Diretora, professores, auxiliares e funcionários.

Conclusões

O trabalho desenvolvido foi de grande valor, pois tivemos a oportunidade de aplicarmos na

prática os conhecimentos adquiridos, além de termos contribuído com a formação intelectual dos

alunos. Ressaltamos ainda que obtivemos uma excelente resposta dos alunos, pois se mostraram

bem mais interessados em livros, uma vez que eles nos pediam para trazermos e contarmos histórias

percebemos também que o projeto possibilitou uma maior integração entre os alunos e o Meio

Ambiente, pois tiveram a oportunidade de pela primeira vez, por exemplo de plantar uma árvore.

Além das atividades elaboradas terem sido trabalhadas de forma a garantir a livre expressão dos

alunos.

Referências Bibliográficas

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1989.

CADEMARTORI, Lígia. O que é literatura infantil? São Paulo: Brasiliense, 2006.

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

P á g i n a | 34

LITERATURA INFANTIL: Um Mundo de Imaginação, Sonhos e Fantasias

Susam Waiard de A. Alves1 – [email protected] Tairine Vieira Barros Monteiro2– [email protected]

Profª Ms. Ivana Alves Monnerat de Azevedo3 – [email protected]

Introdução

O Projeto de Intervenção desenvolvido nas turmas do Maternal I- A e B em um Centro de

Municipal de Educação Infantil, na cidade de Anápolis-GO teve como objetivo principal estimular a

criatividade, a imaginação e a fantasia infantil, oportunizando às crianças o desenvolvimento da

linguagem oral, corporal, gestual e interagir com os personagens.

Para a elaboração do projeto utilizamos as teorias de alguns autores, dentre esses:

ABRAMOVICH (1989) que afirma que ler histórias para as crianças é sorrir, gargalhar com as

situações vividas pelas personagens. CADEMARTORI (2006), diz que o hábito de leitura faz com

que a criança disponha de um repertório mais amplo de informação.

Durante as nossas observações no primeiro semestre do presente ano percebemos que talvez

por falta de uma biblioteca, os livros de literaturas infantis não eram usados na sala de aula,

consequentemente, as crianças tinham pouco contato com a literatura.

Relato da experiência

As histórias infantis fazem com que a rotina das aulas se torne mais atraentes, pois é uma

atividade repleta de fantasias. Através das histórias, a criança aprende e, ainda desenvolve a

linguagem e o seu processo de socialização.

Nesse sentido, as propostas das atividades de leitura foram organizadas, de forma interdisciplinar,

pois, desenvolver as atividades pedagógicas por meio de histórias na educação infantil permite a ampliação

do processo de comunicação entre as crianças, promovendo a apropriação do conhecimento, para a conquista

e melhoria na qualidade de vida, de maneira expressiva e interativa

Para o desenvolvimento do projeto foram apresentados diferentes tipos de histórias infantis:

A Sementinha da Laranja, Um Passeio com a Nuvem Sofia, A Fazendinha, O Dinossauro Dino e os

1 Aluna do 8º Período ( 4º Ano) do Curso de Pedagogia- UnUCSEH/UEG. 2 Aluna do 8º Período (4º Ano) do Curso de Pedagogia - UnUCSEH/UEG. 3 Professora das disciplinas de Orientação em Docência na Educação Infantil e Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil (UnUCSEH/UEG). Graduada em Pedagogia(UniEvangélica). Especialista em Planejamento Educacional e Administração (UNIVERSO). Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UNB)

P á g i n a | 35 Amigos, O patinho feio, A girafinha flor faz uma descoberta. Essas histórias foram trabalhadas de

acordo com os vários temas, dentre esses como: A importância das frutas na alimentação e da

natureza para a vida dos indivíduos, a amizade e a vida dos animais.

Comentários

Nas aulas em que desenvolvemos o projeto sobre contação de histórias, percebemos o

interesse em que as crianças nos demonstravam ao interagir com variadas perguntas. Sempre

levávamos livros interessantes, na sua maioria com ilustrações grandes, coloridos e com pouca

escrita. Após contar as histórias, fazíamos com que as crianças se interagissem por meio do reconto

da história para nós como também para seus colegas de sala.

As atividades de leitura foram bastante úteis, pois propiciaram as crianças a conhecerem

novas histórias e se apropriarem de um mundo de fantasia e imaginação. É necessário, pois, que

desde pequena a criança tenha contato com a literatura infantil, contribuindo para que ela possa se

tornar um adulto leitor.

Conclusões

A prática de contação de histórias na educação infantil permite a ampliação do processo de

comunicação entre as crianças, promovendo a apropriação do conhecimento, para a conquista e

melhoria na qualidade de vida, de forma expressiva e interativa.

A realização desse trabalho contribuiu, de forma significativa para a intensificação de que

ler e ouvir histórias não são atos passivos, mas sim indícios à busca de estratégias variadas para

serem trabalhadas com as crianças da educação infantil.

Referências Bibliográficas

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1989.

CADEMARTORI, Lígia. O que é literatura infantil? São Paulo: Brasiliense, 2006.

P á g i n a | 36

RESUMOS Professor – Lázaro Moreira de Magalhães

Título/ Projetos

Acadêmicas

O Uso do Conto de fadas como Forma de Trabalhar Valores

Adriana Inácia da Silva Araújo e Levi José Moreira

Como as Plantas Nascem?

Luciana Marques R Rezende

PROJETO PEQUENOS AUTORES

Kamylla Laís Melott

Projeto Como as Plantas Crescem

Denise Cristine

A Transmissão de valores na Educação Infantil

Agatha Vivian Bazi Curado

CONSTRUÇÃO DE VALORES POR MEIO DO

CONTO DE FADAS

Ludmila Nedina Lobato Oliveira

PROJETO CONTANDO E ENCANTANDO

Martina Fernão Potenciano Castro

COMO NASCEM AS PLANTAS?

Mariella Emilia Gonçalves de Jesus

O Meio Ambiente nas Histórias em Quadrinhos – Chico Bento

Rosângela da Silva Vieira e Gislaine Rodrigues Martins

PROJETO PEQUENOS AUTORES Patrícia Cristina Nogueira

CONTANDO E ENCANTANDO: O CONTO E O

RECONTO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO

INFANTIL.

Natasha Ferreira dos Reis

P á g i n a | 37

O Uso do Conto de fadas como Forma de Trabalhar Valores

Adriana Inácia da Silva Araújo1 - [email protected]

Levi José Moreira2 - [email protected] Lázaro Moreira de Magalhães3 - [email protected]

Introdução

O presente trabalho surgiu durante o estágio, por meio da observação diária em sala de aula, onde

foi possível verificar que muitas crianças não possuíam o hábito de solicitar algo, de esperar sua

vez, de agradecer e de reconhecer seus erros para com os outros e tem como objetivo geral utilizar-

se da literatura e da música infantil, conto de fadas, para desenvolver na educação infantil os valores

sociais, reconhecendo a importância das palavras que expressam e indicam formas de uma boa

relação social.

Relato da experiência

As atividades tiveram como objetivos específicos demonstrar a importância das expressões por

favor, com licença, obrigado e desculpa e seus significados, ilustrar, por meio de desenho, cenas ou

personagens da história, investigar e refletir qual a importância e em quais situações deverão ser

utilizadas cada “palavrinha mágica” nas conversas coletivas, estimular o uso da criatividade para

colorir as cenas das situações que se usa cada palavra e a estrela para confecção da lembrancinha,

bem como, identificar na música as “Palavrinhas mágicas” e as situações em que são usadas cada

uma delas. Utilizando-se de técnicas artísticas, como da música, espera-se o envolvimento das

crianças no projeto e bom relacionamento, porque através dela o aluno é também capaz de

desenvolver a criatividade e a sensibilidade, além de lhes propiciar melhoria da expressão e da

comunicação (PCN, 1997). Na prática do estágio, seguindo Paulo Freire (2002), a reflexão crítica

sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria/prática, além de implicar no pensar certo

com uma desenvoltura dinâmica, dialética, entre o fazer e o pensar sobre o fazer.

Comentários

A metodologia escolhida para a construção do conhecimento em sala de aula, conforme ensina

Celso Vasconcelos (1993), proporcionou motivar para o conhecimento do todo e através da ação do

professor provocar o interesse para o aprendizado; conhecer esse todo pela análise das partes, pela

1 Acadêmica do 6º período do curso de Pedagogia - UEG-Anápolis (GO). 2 Acadêmico do 6º período do curso de Pedagogia - UEG-Anápolis (GO). 2 Professor do curso de Pedagogia (UCSEH-UEG - Anápolis), especialização em Psicopedagogia, Didática e Metodologia do Ensino Superior, e mestre em Educação pela UNB.

P á g i n a | 38 ação do professor e do aprendiz; e uma visão rica, do todo detalhado, da elaboração de relações, no

qual envolve professor, aluno, professor e aluno. Assim, o método (re)construir o conhecimento é

importante em todas as faixas etárias, inclusive nas classes de educação infantil. Ao utilizar os

procedimentos, as técnicas e estratégias, os objetivos serão alcançados se mediados e as crianças

aprenderão a relacionar-se melhor umas com as outras no Centro de Educação infantil e no seu

cotidiano.

Conclusões

O projeto foi organizado em seis encontros com as crianças em sala de aula, tempo suficiente para

despertar o interesse das crianças, bem como, para apresentar alguns resultados imediatos, em que

todas as crianças internalizaram as quatro palavrinhas mágicas, compreenderam seus significados

ao ponto de praticá-las durante as aulas e nas relações interpessoais cotidianas.

Referência Bibliográfica FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil, fundamentos e métodos. 6. Ed. São Paulo: Cortez, 2010. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 4ª séries). Artes. Secretaria de Educação Fundamental. Ministério da Educação e do Desporto. Brasília. Brasil, 1997. p. 39. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf. Acesso em: 17 out 2011. RAMOS, Vânia Moraes e FERREIRA, Maria José H. Atividades: Coleção Maternal. Belo Horizonte: Fapi, 2002.VASCONCELOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento: em sala de aula. São Paulo: Salesiana Dom Bosco, 1983.

P á g i n a | 39

Como as Plantas Nascem?

Luciana Marques R Rezende1 – [email protected]

Lázaro Moreira de Magalhaes2 – [email protected]

Introdução

O projeto foi desenvolvido na Turma Jardim II do Centro de Educação Infantil Pelicano. Brincar,

mexer com a terra, observar e pegar flores, folhas e plantas são atividades muito apreciadas na

Educação Infantil. As crianças apresentam curiosidades sobre como as plantas nascem, por que

algumas florescem e outras não, e deste modo, conceitos intuitivos transformam-se em objetos de

investigação científica. O objetivo principal desse projeto é conhecer o processo de nascimento e

desenvolvimento das plantas e, consequentemente, conhecer as suas partes e suas funções.

Relato da experiência

Na realização deste projeto, utilizamos como instrumentos de coleta de dados a observação direta e

conversas informais com alunos e professora. O método utilizado foi observação da natureza e a

comparação com o conhecimento prévio dos alunos. Eles puderam tocar as plantas, observar e tirar

suas próprias conclusões sobre a função de cada uma das partes que compõem as plantas. Para a

realização das atividades foram utilizados os seguintes materiais: folhas de árvores, flores, garrafas

pet, tinta guache, tesoura, cola, terra, “pingo de ouro” e outros materiais de uso constante dos

alunos. Verificamos que muitos alunos não sabiam todas as partes de uma planta. A brincadeira e

uma forma privilegiada de aprendizagem. Na medida em que vão crescendo, as crianças trazem

para suas brincadeiras o que veem, escutam, observam e experimentam. PORTO, (2008).

Comentários

Foi importante observar que é necessário despertar a criatividade dos alunos, por meio de

estratégias diferenciadas, como as atividades artísticas, músicas e brincadeiras, para que o projeto

se torne interessante para eles.

Conclusões

Os alunos ficaram encantados ao descobrir, por exemplo, que é através da raiz que a planta bebe

água. As crianças atentas e curiosas passaram a ser mais observadoras e cuidadosas com as plantas

1 Luciana Marques R Rezende, graduanda em Pedagogia, UEG-Anápolis(GO) 2 Lázaro Magalhaes, Professor do curso de Pedagogia (UCSEH-UEG-Anápolis), especialização em Psicopedagogia, Didática e Metodologia do Ensino Superior, e Mestre em Educação pela UNB.

P á g i n a | 40 da escola. Com a realização do projeto os alunos aprenderam sobre todas as partes das plantas e

respectivamente, suas funções.

Referência Bibliográfica

PORTO,  Cristina  Laclette.  Jogos e Brincadeiras: Desafios e Descobertas. Proposta Pedagógica.

2 ed. Rio de Janeiro: TV Brasil. 2008.

http://www.uff.br/creche/projetos_plantas.htm

P á g i n a | 41

PROJETO PEQUENOS AUTORES

Kamylla Laís Melott1 – [email protected] Lázaro Moreira de Magalhães2 – [email protected]

Introdução

Este tema surgiu durante o Estagio Supervisionado ao observar que as crianças possuem

um grande potencial para imaginar histórias, criando assim este tema. Sawulski (2002) afirma que a

literatura infantil, nas escolas, deve despertar o gosto pela leitura, desenvolvendo assim imaginação,

os sentimentos, a emoção. Este trabalho tem por objetivo apresentar o projeto de intervenção que

possui suma importância realizada no Estagio curricular supervisionado. A técnica de intervenção é

normalmente feita, portanto por alguém que não faz parte do grupo que precisa ser alterado, o

projeto tem por objetivo aperfeiçoar a leitura coletiva. Pretende-se estimular nos alunos a habilidade

que eles já possuem, ou seja, a imaginação.

Relato da experiência

A Literatura Infantil tem um grande significado no desenvolvimento de crianças de

diversas idades, onde se refletem situações emocionais, fantasias, curiosidades e enriquecimento do

desenvolvimento perceptivo. Para Rufino, (1999), a leitura de histórias influi em todos os aspectos

da educação da criança: na afetividade: desperta a sensibilidade e o amor à leitura; na compreensão:

desenvolve o automatismo da leitura rápida e a compreensão do texto; na inteligência: desenvolve a

aprendizagem de termos e conceitos e a aprendizagem intelectual’’ Foram usadas figuras impressas,

com o tema Turma da Mônica crianças, de Mauricio de Souza, abordando coletividade, soluções de

problemas cotidianos, estímulos a atividade física.

Comentários

A observação precisou ser direta, com a necessidade de anotações, com a intenção de

montar o projeto para essa turma, pois para elaborar o projeto era preciso saber a necessidade da

turma, e criar estratégias para que desperte o interesse da turma e mantenha-a motivada.

Conclusões

De uma forma coletiva criaram o livro e montaram todo o livro, desde o titulo, a ordem

das figuras, e cada parte da historia. Sempre que a criança ouve uma história e possível ela explanar,

1 Graduanda, em Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás-Anápolis (GO) 2 Professor, do curso de Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás-Anápolis (GO)

P á g i n a | 42 oscilar ou discutir sobre ela, realizando assim uma influência mútua com o meio em que ela vive. A

leitura e a imaginação caminham juntas: é um momento totalmente necessário, inseparável do

pensamento realista. Vygotsky (1992)

Referência Bibliográfica SAWULSKI, V. Fruição e / ou aprendizagem através da Literatura Infantil na escola, São Paulo: Petrópolis, Ed. Abril: 2000. 159p VIGOTSKI, Lev. S.: O desenvolvimento psicológico na infância. São Paulo: Martins Fontes, 1999. RUFINO, C.; GOMES, W. A importância da literatura infantil para o desenvolvimento da criança na fase da pré-escola. São José dos Campos: Univap, 1999.

P á g i n a | 43

Projeto Como as Plantas Crescem

Denise Cristine 1 – [email protected] Lázaro Moreira de Magalhães2 – [email protected]

Introdução

O projeto ”Como crescem as plantas`` surgiu ,durante o Estágio Supervisionado na

Educação Infantil, a partir do interesse em compartilhar com as crianças conhecimentos ainda não

adquiridos por elas, em parceria com o CMEI que já estava com um projeto sobre a natureza.

Relato da experiência

Proporcionamos as crianças a oportunidades de ampliar seus conhecimentos sobre a

natureza através da prática. Aproximamos as crianças da natureza. Incentivamos a preservar o meio

ambiente, as atividades realizadas no projeto são atividades que despertam o interesse das crianças.

Pintura, recorte e colagem, utilização de gravetos e folhas secas para atividades. Apresentamos aos

alunos as plantas no geral, principalmente arvores, apresentamos a raiz, o caule, e as folhas. As

crianças farão um passeio ao redor da creche para observar as várias plantas que existem lá,

aplicaremos atividades sobre flores e frutos. Ao termino do estudo das partes da planta com as

crianças faremos uma atividade pratica, plantaremos na creche algumas plantas, com a ajuda das

crianças. Em nossa pratica pedagógica é preciso buscar um método de trabalho que nos oriente na

superação de suas contradições, em direção a uma formação crítica e transformadora

(VASCONCELLOS, 2002, P.200). A síncrese corresponde à visão global indeterminada, confusa,

fragmentada da realidade; a análise consiste no desdobramento da realidade em seus elementos, a

parte como parte do todo; a síntese é o resultado da integração de todos os conhecimentos parciais

num todo orgânico e lógico, resultando em novas formas de ação. (VASCONCELLOS, 2000, P.47).

Comentários

Ao adotar a concepção de Vygotsky, onde a construção do pensamento e da

subjetividade é um processo cultural, e não uma formação natural e universal da espécie humana,

buscamos utilizar de signos e o emprego de instrumentos elaborados através da historia humana em

um contexto social determinado, portanto com significação para a criança. (VYGOTSKY, 1984).

Conclusões

1 Graduanda em Pedagogia, UEG- Anápolis. GO 2 Professor do curso de Pedagogia, Uncseh-GO

P á g i n a | 44

Para mim esse trabalho é importante para meu aprendizado em uma experiência de

intervenção, onde vejo que as crianças precisam de educadores que estejam dispostos a ensinar e

abertos para aprender.

Referência Bibliográfica

VYGOTSKY, Lev Seminovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

VASCONCELLOS, Celso. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad,

2002.

P á g i n a | 45

A Transmissão de valores na Educação Infantil

Agatha Vivian Bazi Curado1 – [email protected] Lázaro Moreira de Magalhães2 – [email protected]

Introdução

A escola e a família são as primeiras instâncias socializadoras da criança. Assim, é fundamental a

transmissão de valores para a formação moral e social na Educação Infantil. São pequenos gestos

diários que favorecem nosso convívio, por isso as palavras que usamos são instrumentos

facilitadores nesse processo. Os projetos estimulam a criança à investigação de um tema gerador de

questões, para isso HELM e BENEKE (2005) afirmam que “Os projetos bem administrados

sustentam o desenvolvimento do conhecimento, habilidades e aptidões a serem aprendidos nas

escolas e dão oportunidades para que as crianças desenvolvam uma resiliência e uma auto-estima

positiva.

Relato da experiência

O projeto foi desenvolvido no CMEI Maria Capuzzo Cremonez (Anápolis – GO) na turma do

Maternal II com duração de seis encontros. A história de fada, a música e rodas de conversa foram

essenciais para a reflexão, investigação e o uso da imaginação e criatividade das crianças O projeto

teve como objetivo reconhecer a importância de usar as palavras que expressam valores e as

situações que usamos as palavras: por favor, com licença, obrigado e desculpa.

Comentários

As crianças foram motivadas não apenas no desenvolvimento das atividades propostas, mas em

colocar o conhecimento na prática cotidiana concordando com Vasconcellos (1993) que afirma:

“Para aprender, a pessoa precisa querer, ou mais precisamente, deve sentir necessidade”. Segundo

Vasconcellos (1993) a construção do conhecimento percorre a síncrese, a análise e a síntese, o

aluno é sujeito construtor do seu conhecimento e o professor deve ser como articulador do processo

de aprendizagem. As teorias de Selma Garrido Pimenta e Maria Socorro Lucena Lima (Estágio e

docência- 2004) e Zilma Ramos de Oliveira (Educação Infantil: fundamentos e métodos)

fundamentaram todo o trabalho de docência no estágio. Os alunos trabalharam ativamente no

1 Graduando(a), em Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás- Anápolis (GO) 2 Professor(a) do curso de Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás- Anápolis (GO)

P á g i n a | 46 desenvolvimento do projeto, construindo um portifólio coletivo com as atividades realizadas e na

construção da lembrancinha entregue na culminância do projeto.

Conclusões

Este projeto auxiliou na transmissão de valores e melhor socialização na sala de aula. E me

proporcionou a experiência de trabalhar o tema com crianças de Educação Infantil, sendo muito

importante para enriquecer e aprimorar as teorias já estudadas. O método usado no projeto foi o da

ação-reflexão-ação, sempre atuando e refletindo a experiência vivia colocando em prática a teoria e

teorizando a prática. O planejamento norteou todo o desenvolvimento do Trabalho de intervenção

evidenciando assim, a importância do mesmo na prática pedagógica.

Referência Bibliográfica

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula, São Paulo:

Salesiana Dom Bosco, 1993.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil, fundamentos e métodos. 6. Ed. São

Paulo: Cortez. 2010.

PIMENTA, Selma Garrido, LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência, São Paulo: Cortez,

2004.

HELM, Judy Harris & BENEKE, Sallee (orgs.). O poder dos projetos: novas estratégias e

soluções para a Educação Infantil. Porto Alegre, Artmed, 2005.

P á g i n a | 47

CONSTRUÇÃO DE VALORES POR MEIO DO CONTO DE FADAS

Ludmila Nedina Lobato Oliveira1 – [email protected]

Lazaro Moreira de Magalhães2 - [email protected]

Introdução

Este projeto tem como objetivo mostrar aos alunos algo novo e que faça sentido com a

realidade deles e ao mesmo tempo em que aprendam e se divirtam ao mesmo tempo. Este projeto

surgiu através de observações dos alunos da educação infantil a partir a indisciplina que os alunos

vêm apresentando em sala de aula tanto umas com as outras e com as professoras.

Relato da experiência

O projeto foi desenvolvido no SESC – Anápolis na turma do jardim I com duração de seis

encontros. O projeto tem intuito de desenvolver valores sociais através do uso da literatura e da

musica infantil, também tem o intuito de que as crianças reconheçam a importância das palavras

para uma boa relação social tendo como objetivo principal as palavras “Desculpa”, “Por favor”,

“Com licença” e “Obrigado”, onde cada criança deverá distinguir o significado de cada palavra e

como ela pode ser utilizada no dia a dia. Cada criança devera ilustrar por meio de desenhos livres a

historia contada e das situações onde cada palavra e utilizada, e no fim do projeto estimular as

crianças para que cada uma possa confeccionar sua estrela magica para a confecção das

lembrancinhas. A metodologia inovadora a ser utilizada e da de Jean Piaget (1921), onde este

método busca formar cidadãos criativos e críticos. Segundo Piaget, o professor não deve apenas

ensinar mais sim antes de tudo, orientar os educandos no caminho da aprendizagem autônoma.

Vygotsky também fala sobre a construção de pensamentos. Segundo Vygotsky (1896 – 1934) a

construção do pensamento e da subjetividade é um processo cultural, e não uma formação natural e

universal da espécie humana. Ela se dá graças a uso de signos e ao emprego de instrumentos

elaboradas através da historia humana em um contexto social determinado. Em cada encontro foi

dialogado uma palavra por vez, para que não canse as crianças e também não as confunda com

tantas palavras novas e com significados diferentes.

Comentários

1 Graduando em pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás / UEG. [email protected] 2 Professor especialista em mestre em – Universidade de Brasília [email protected]

P á g i n a | 48

Ao termino do projeto as crianças já reconheciam cada palavra e seus significados e pelo

menos dentro de sala estão fazendo resultados, pois onde antes não se ouvia dizer as palavras

“Desculpa, Por favor, Com licença e Obrigado” hoje já se pode ouvir.

Conclusões

Creio que o projeto teve os resultados esperados e também fez com que as crianças

reconhecessem o quanto e importante usar as palavras certas para que haja harmonia entre todos.

Referência Bibliográfica

http://www.suapesquisa.com/piaget/ acesso em 19 de outubro de 2011 as 20:58.

Música: Palavrinhas mágicas, Intérprete: Xuxa

Atividades: Coleção Maternal, Autoras: Vânia Moraes Ramos - Maria José H. Ferreira, Editora:

Fapi

Oliveira, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil, fundamentos e métodos. 6. Ed. São

Paulo: Cortez.2010

P á g i n a | 49

PROJETO CONTANDO E ENCANTANDO

Martina Fernão Potenciano Castro1 – [email protected]

Lázaro Moreira de Magalhães2 – [email protected]

Introdução

O presente projeto foi desenvolvido durante o estágio em educação infantil e tem como

objetivo, resgatar a importância da história na sala de aula. Aprimorar as diversas formas que se

pode contar e recontá-las dentro do ambiente educacional.

Relato da experiência

No presente projeto utilizamos como método a observação em primeiro lugar, depois

demos voz às crianças para podermos perceber o que queriam e como queriam. No desenvolver do

projeto utilizamos de pequenas histórias escolhidas pelas crianças. Criamos os personagens e o

avental de histórias juntos, lemos a história, recriamos e colocamos a história em ordem, logo em

seguida criamos um momento de culminância onde apresentamos a história para toda a instituição.

Comentários

Durante o processo de desenvolvimento do projeto pude perceber que a instituição

trabalhava sempre o tema histórias com as crianças, mas não trabalhavam isso de forma inovadora e

que envolvessem todas as crianças e o projeto veio ao encontro de uma temática que já era proposta

da escola e envolveu as crianças de uma forma ativa no processo de contar, recontar e criar novas

histórias partindo de uma história já conhecida ou não.

Conclusões

Concluímos que não basta contar histórias para as crianças, é necessário criar estratégias

que desperte o interesse e prenda a atenção das crianças.

Referência Bibliográfica

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula, São Paulo:

Salesiana Dom Bosco, 1993.

1 Aluna do 6º período de Pedagogia, UEG-Anápolis(GO) 2 Professor do curso de Pedagogia (UCSEH-UEG – Anápolis), especialização em Psicopedagogia, Didática e Metodologia do Ensino Superior, e mestre em Educação pela UNB.

P á g i n a | 50 OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil, fundamentos e métodos. 6. Ed. São

Paulo: Cortez.2010

P á g i n a | 51

COMO NASCEM AS PLANTAS?

Mariella Emilia Gonçalves de Jesus1 – [email protected]

Lázaro Moreira de Magalhães2 – [email protected]

Introdução

O presente projeto de intervenção tem como objetivo desenvolver nas crianças a

capacidade de investigação através da observação das plantas. Fazer com quem as crianças

conheçam as partes que a compõem, suas funções, o que se pode comer da planta, o que não se

pode. O projeto para Helm e Beneke, (2005) é importante para que ocorra a aproximação das

crianças com a natureza, para incentivar a preservação do meio ambiente.

Relato da experiência

Inicialmente realizamos a observação das árvores em torno do Centro Municipal de

Educação Infantil - CMEI e também várias imagens apresentadas através do Power Point, para

conhecer as diversas formas, cores e tamanhos das plantas, as crianças ficaram maravilhadas diante

das imagens, conhecendo plantas novas, das quais elas jamais imaginavam que existiam, a cada

aula, foi analisado uma parte diferente da planta. Na observação da planta, deixamos a criança tocar

o caule e perguntamos como se chamava aquela parte da árvore. Foi surpreendente, pois nenhuma

criança soube responder. Tivemos que falar que aquela parte se chamava ‘caule’. Mais adiante,

perguntamos qual era a diferença entre o pé de mexerica e o pé de goiaba (plantas existentes no

espaço do CMEI), apenas uma criança respondeu. Ela disse que não tinha nenhuma diferença. Foi

nesse momento então que começamos a fazer com que as crianças percebessem as diferentes

texturas, cores, tamanhos das plantas. Depois desse primeiro exemplo, por iniciativa própria elas

falavam as diferenças entre os outros tipos de plantas que tem lá. Foi um trabalho bastante

prazeroso, pois as crianças estavam bastante envolvidas. Logo após a explicação, mostramos

diversas imagens de plantas, todas diferentes, para que as crianças pudessem perceber que existem

outros tipos de plantas, e não apenas os tipos que elas estão acostumas a ver no CMEI. Mostrando

árvores inteiras e depois explicando por parte, para melhor interpretação e ao solicitar uma ação

autônoma da criança para que desenhassem uma planta e que a colorissem mediamos para que

passem por “...três grandes momentos: a Síncrese, a Análise e a Síntese” (VASCONCELOS, 1993,

p. 41). 1 Aluna do 6º período de Pedagogia, UEG-Anápolis(GO) 2 Professor do curso de Pedagogia (UCSEH-UEG – Anápolis), especialização em Psicopedagogia, Didática e Metodologia do Ensino Superior, e mestre em Educação pela UNB.

P á g i n a | 52 Comentários

O resultado foi satisfatório, pois grande parte das plantas desenhadas não foram as

tradicionais. Algumas crianças desenharam as plantas que tinham acabado de conhecer nas

imagens, pois as incentivamos a desenhar não só as árvores que elas vêem todo dia, mas também, as

que acabaram de conhecer pelo Power Point, desenharam mais que árvores, fizeram paisagens,

flores. O projeto ainda está sendo aplicado. E em cada parte da planta as crianças deverão fazer

atividades artísticas para representar aquilo que aprenderam, serão utilizados também métodos

diversos que de acordo com Oliveira, (2010) atividades como colagem, recortes, dobraduras,

música, jogos e brincadeiras, entre outros fazem parte do universo infantil. No final as crianças

plantaram feijões, e acompanharam sua germinação, para que elas se sintam parte do processo.

Esperamos que com o projeto, as crianças aprendam mais sobre as plantas e que passem a observar

e valorizar mais o meio ambiente.

Conclusões

A importância desse trabalho para minha formação, além da experiência de fazer um

projeto de intervenção, é aprender que também aprendemos com as crianças, é saber que elas

precisam de nós assim como precisamos delas.

Referência Bibliográfica

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula, São Paulo:

Salesiana Dom Bosco, 1993.

HELM, Judy Harris e BENEKE, Sallee. O poder dos projetos. Tradução: Vinícius Figueira. São

Paulo: Artmed, 2005.

OLIVEIRA, Zilda Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 6. Ed. São Paulo:

Cortez, 2010.

P á g i n a | 53

O Meio Ambiente nas Histórias em Quadrinhos – Chico Bento

Rosângela da Silva Vieira e Gislaine Rodrigues Martins1 - [email protected] Lázaro Moreira de Magalhães2 – [email protected]

Introdução

O presente trabalho realizado no estagio supervisionado e Educação Infantil II no Centro de

Educação Infantil Pioneira, com os alunos do Jardim II, na cidade de Anápolis GO, surgiu da

intenção de articular o nosso projeto ao da Instituição e por acreditar ser de extrema importância o

tema meio ambiente como forma de desenvolver a consciência pela preservação desde cedo. Os

projetos possibilitam trabalhar os conteúdos de forma prazerosa e significativa com as crianças ao

criar estratégias que exija sua atividade e apresenta o decorrer do processo do projeto Historias em

Quadrinhos e meio ambiente, segundo SAMPAIO (2002), que fala a força da natureza sensibiliza a

criança de acordo com sua personalidade, percepção de mundo e sua curiosidade. Por meio das

historias em quadrinhos, As histórias em quadrinhos fascina, principalmente as da Turma da

Mônica que tem bastante significação para o universo infantil, com o objetivo de desenvolver o

habito da leitura e propiciar aos alunos identificar as características do meio ambiente e seus

habitantes.

Relato da experiência

Durante a execução do projeto procuramos, onde em um primeiro momento procuramos motivar os

alunos, chamando sua atenção para o conteúdo que pretendíamos trabalhar, na sequência propomos

atividade onde os alunos analisaram, perguntaram foram questionados e por último eles

expressaram o que aprenderam por meio de desenhos e ou oralmente, Buscou-se utilizar de

diferentes estratégias de ensino como as atividades artísticas, a música, as brincadeiras para que os

alunos interagissem com o conteúdo que pretendíamos ensinar,

Comentários

Os projetos proporcionam um trabalho que vai ao encontro das idéias de Vasconcellos (1993), que

concebe o homem e de conhecimento onde se entende o homem como um ser atuante e de relações.

1 Alunas do 6º período do curso de Pedagogia- UEG-Anápolis (GO) 2 Professor do curso de Pedagogia (UCSEH-UEG – Anápolis), especialização em Psicopedagogia, Didática e Metodologia do Ensino Superior, e mestre em Educação pela UNB.

P á g i n a | 54

Conclusões

Os objetivos de identificar e descrever oralmente os ambientes das historias tem sido alcançado. O

projeto nos propicia relacionar teoria e prática em um processo de interação, reflexão e construção

da identidade profissional.

Referência Bibliográfica

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula, São Paulo:

Salesiana Dom Bosco, 1993. OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil,

fundamentos e métodos. 6. Ed. São Paulo: Cortez. 2010

P á g i n a | 55

PROJETO PEQUENOS AUTORES

Patrícia Cristina Nogueira1 – [email protected]

Lázaro Moreira de Magalhães2 – [email protected]

Introdução

Este tema surgiu a partir da observação feita de que as crianças possuem um grande

potencial para imaginar histórias. Sabendo que a leitura contribui no desenvolvimento emocional e

cognitivo da criança, ela é fundamental para aquisição de conhecimento e interação da criança com

o mundo baseado nisso, esse trabalho de intervenção por meio de projetos, se torna tão importante,

pois foi a partir da observação do potencial que as crianças possuem que determinamos os

problemas, objetivos e hipóteses para solução do problema. Este projeto tem como objetivo

estimular o gosto pela leitura mesmo que ainda não sejam leitores convencionais.

Relato da experiência

Baseado no estudo de Freinet que introduziu o texto livre infantil viu a habilidade que

as crianças possuem de imaginar de criar algo, seguindo nesta visão foi projetado que as crianças

construam um livro, de acordo com a imaginação deles. Segundo Kramer (2000) o professor exerce

o papel de desafiador do educando e a pré-escola passa a ser um espaço criativo, ao invés de ser

vista como passatempo, valoriza a iniciativa, a inventividade e a curiosidade da criança, e promove

a sua autonomia. Para execução deste projeto foi necessário o estudo de alguns autores: Oliveira

apud Vygotsky (2010) fala sobre os avanços no desenvolvimento infantil não decorrem

simplesmente de processos biológicos, mas compreendem um processo dialético marcado por

mudanças qualitativas e quantitativas, ele enfatiza ainda que a aprendizagem por si só, não é

desenvolvimento, mas se ela for organizada corretamente, poderá conduzir ao mesmo. É importante

ressaltar que deve-se possibilitar o confronto entre sujeito e objeto, onde o sujeito deve construir,

pela sua ação, conhecer é estabelecer relações Vasconcelos (1993).

Comentários

Observamos que as crianças tiveram um pouco de dificuldade de construir o livro, a

principal dificuldade foi de se expressarem, pois ao falarmos que a história era para ser escrita por

eles, houve um pouco de receio por não terem feito algo assim. Mediávamos, falando um pouco

sobre as figuras, quem era, o que estavam fazendo e eles tinham as idéias e anotava tudo. Na

1 Graduanda, em Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás-Anápolis (GO) 2 Professor, do curso de Pedagogia, Universidade Estadual de Goiás-Anápolis (GO)

P á g i n a | 56 medida em que o projeto desenvolveu-se percebi o quão importante é para criança poder fazer algo

que seja de sua autoria que tenha as suas idéias, o desenvolvimento humano é um processo de

construção, Oliveira (2010) diz que o educador deve conhecer não só teorias sobre como cada

criança reage e modifica sua forma de sentir, pensar, falar e construir coisas, mas o potencial de

aprendizagem presente em cada atividade realizada em uma instituição de educação infantil.

Conclusões

A leitura e a imaginação caminham juntas, quando a criança adquire o gosto pela leitura

ela consegue se imaginar vivendo aquela situação, mesmo que seja de faz de conta, quando lemos é

possível viajar no tempo trazer lembranças que estavam esquecidas, e criar novos elementos.

Acredito que esse projeto contribuiu para formar pequenos leitores e grandes escritores.

Referência Bibliográfica

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento: em sala de aula, São Paulo:

Salesiana Dom Bosco, 1993.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil, fundamentos e métodos. São Paulo:

6. Ed. Cortez.2010.

P á g i n a | 57

CONTANDO E ENCANTANDO: O CONTO E O RECONTO DE HISTÓRIAS NA

EDUCAÇÃO INFANTIL.

Natasha Ferreira dos Reis1 – [email protected]

Lázaro Moreira de Magalhães2 – [email protected]

Introdução

Este projeto visa estimular a leitura e o interesse das crianças pela leitura, estimular a

criatividade despertando a curiosidade. O projeto busca desenvolver a capacidade de leitura e sua

importância para a construção de autonomia e senso critico buscando inovar a forma de contos

literários, analisando qual a forma mais desperta o interesse das crianças, possibilitando-as e

respeitando suas próprias formas de contar e entenderem histórias, tendo elas autonomia na escolha

e construção das histórias.

Relato da experiência

Partimos do pressuposto de que a leitura do seu mundo foi sempre fundamental para a

compreensão da importância do ato de ler, de escrever ou de reescrevê-lo, e transformá-lo através

de uma prática consciente. (FREIRE 1988) Na construção deste projeto, utilizamos como

instrumentos de coleta de dados observação direta e conversas informais com alunos e professora, o

que possibilitou diagnosticar que uma das possíveis dificuldades das crianças em relação ao

interesse pela leitura de histórias estava na forma como eram contadas, a partir disso, devido à

importância da leitura buscamos incentivar e aprimorar a forma de contá-las solicitamos a

colaboração de todo o corpo docente no sentido de envolver as crianças na hora de contar as

histórias, possibilitando atividades que proporcionassem às crianças contar suas próprias histórias,

ou recontar histórias já conhecidas por elas atribuindo-lhes significação reconhecendo-se como

autoras.

Comentários

Para o alcance do objetivo foi importante considerar os alunos como sujeitos

participativo e ativo do próprio aprendizado e, também conceber que para que haja envolvimento

com o objeto da aprendizagem é indispensável ao professor motivar o aluno apresentar-lhe

1 Graduanda, em Pedagogia, UEG-Anápolis(GO) 2 Professor do curso de Pedagogia (UCSEH-UEG – Anápolis), especialização em Psicopedagogia, Didática e Metodologia do Ensino Superior, e mestre em Educação pela UNB.

P á g i n a | 58 atividades significativas auxiliar na compreensão e possibilitar atividades que demonstre ter

apropriado do conteúdo.

Conclusões

Com o desenvolver do projeto concluímos que, as crianças não se interessam, pela

leitura, da forma como são oferecidas nas salas de aula, foi importante observar que é necessário

despertar a criatividade, A brinquedoteca em funcionamento numa creche, escola ou hospital pode

contribuir para a formação de um olhar mais sensível para a criança, o brinquedo e a brincadeira.

[...] tem como objetivo o desenvolvimento da atividade lúdica e, mais amplamente, o acolhimento

da autonomia e da liberdade. (PORTO, 2008) É necessário respeitar os interesses das crianças,

conhecer e respeitar seu histórico social. O projeto mostrou que ao respeitar cada criança na sua

realidade é possível integrar estas crianças, no processo de leitura tornando-a parte de suas vidas.

Referência Bibliográfica

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 ed. São

Paulo: Cortez, 1988. 80 p.

PORTO,  Cristina  Laclette.  Jogos e Brincadeiras: Desafios e Descobertas. Proposta Pedagógica.

2 ed. Rio de Janeiro: TV Brasil. 2008.

P á g i n a | 59 RESUMOS Professora– Maria Terezinha Souto Carvalho

Título/ Projetos

Acadêmicas

Histórias Infantis Caroline Iná Barbosa e Flávia Mendes CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS INFANTIS Claudiane de Fátima Agra Silva e Débora

Pereira dos Santos PROJETO PEQUENOS AUTORES

Kamylla Laís Melott

DESCOBRINDO E APRENDENDO COM O DIVERTIDO MUNDO DAS ARTES

Elizabete Ferreira de Almeida e Francielli dos Santos

PRESERVANDO OS ANIMAIS NO MEIO AMBIENTE

Floriza Alves dos Santos

CONHECENDO HISTÓRIAS BRASILEIRAS -

FOLCLORE

Kelyta Rodrigues de Alcântara

MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Luciana Mata Silva Como trabalhar Artes na Educação Infantil Raylanne Paula Araújo Manzam BRINCADEIRAS E CANTIGAS DE RODA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Sandra Helena Guimarães

CONHECENDO HISTÓRIAS BRASILEIRAS -

FOLCLORE

Tatiane de Lacerda Rodrigues

CONTANDO E ENCANTANDO: O CONTO E O

RECONTO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO

INFANTIL.

Natasha Ferreira dos Reis

P á g i n a | 60

Histórias Infantis1

Caroline Iná Barbosa2 – [email protected]

Flávia Mendes3 – [email protected] Prof. Ms. Maria Terezinha Souto Carvalho4 – [email protected]

Introdução

O projeto foi realizado em um Centro Municipal de Educação Infantil na cidade de

Anápolis-GO e teve como objetivo central promover a inserção dos alunos ao mundo da leitura

contribuindo para o desenvolvimento da linguagem oral e socialização dos mesmos.

As atividades realizadas pretenderam produzir conhecimentos sobre temas relacionados ao

trabalho realizado pela professora regente, buscando intervir de maneira positiva no trabalho

pedagógico realizado em sala de aula.

Revisão Bibliográfica

Tendo como ponto de partida as teorias de Bettelheim (1996) e Paulo Freire, procurou-se

levar em consideração a realidade vivida pelos alunos. Pretendendo suprir a necessidade observada

de falta de atividades voltadas para a melhoria da compreensão textual e oralidade. Partindo do

conceito que a contação de historias infantis podem ser utilizada como uma forma de mediação do

conhecimento, procuramos demonstrar as várias formas de se contar uma história e seus benefícios.

Para Bettelheim (1996),’’Oferece significado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência

da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de

contribuições que esses contos dão à vida da criança’’ (p.20), alem de favorecer o desenvolvimento

de sua personalidade. Utilizando deste meio podemos contribuir com o crescimento social e

cognitivo dos alunos.

O tema foi desenvolvido com a intenção de incentivar o gosto pela leitura, contribuindo

para a construção de novos conhecimentos onde se buscou valorizar e incentivar a opinião dos

alunos procurando desenvolver o senso crítico e a criação de opiniões sobre a atitude de

personagens e as emoções geradas por cada história.

Cademartori (1994, p.23), afirma que ‘‘...a literatura surge como um meio de superação da

dependência e da carência por possibilitar a reformulação de conceitos e a autonomia do

pensamento’’, também segundo o autor a criança poderá utilizar da literatura como um instrumento

1Resumo do processo do Projeto de Intervenção do Estagio Supervisionado em Docência na Educação Infantil do curso de Pedagogia da UEG-UnUCSEH 2Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG, Anápolis -GO. 3Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG Anápolis -GO. 4Profª. Especialista em Gestão Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar; Mestre em Ciência da Educação Superior - Universidade de Havana-Cuba/Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO

P á g i n a | 61 para se desprender da manipulação social. Partindo destes conceitos podemos perceber a importante

contribuição da literatura na vida da criança. Pretendemos apresentar a literatura como forma

agradável de lazer e método eficaz de mediação de aprendizagens, alem de incentivar a autonomia

de cada aluno respeitando-o como ser pensante.

Material e Métodos

A apresentação das histórias foi feita de maneira bem diversificada utilizando de várias

metodologias procurando sempre a melhor compreensão das crianças. Entre os materiais e

metodologias estão: A utilização de fantoches; imagens; músicas contadas; utilização de livros

infantis; utilização de efeitos sonoros; representação corporal da história.

Conclusões

Durante a aplicação do projeto pode-se perceber o progresso dos alunos no que se refere á

demonstração de emoções e opiniões alem da ampliação de vocabulário e maior socialização entre

toda a turma. Podemos concluir que as crianças reagiram bem a aplicação do projeto, atingindo

todos os objetivos propostos, demonstrando maior interação entre elas mesmas e com as

professoras, expressando de maneira mais clara suas opiniões, também foi notada melhora no

raciocínio lógico dos alunos que demonstraram maior facilidade na compreensão da sequência

lógica de cada história.Podendo ser feito assim um balanço positivo e desenvolvimento do projeto

aqui apresentado.

Referência Bibliográfica

AGUIAR, V.T. & BORDINI, M.G. Literatura: a formação do leitor: alternativas

metodológicas. 2.ed. Porto Alegre : Mercado Aberto, 1993.

BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. 11.ed. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1996.

p. 11-43.

CADEMARTORI, L. O que é literatura infantil? 6.ed. São Paulo : Brasiliense, 1994.

P á g i n a | 62

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS INFANTIS1

Claudiane de Fátima Agra Silva2- [email protected] Débora Pereira dos Santos3- [email protected]

Profª Ms Maria Terezinha Souto Carvalho4- [email protected]

Introdução

O projeto de intervenção pedagógico multidisciplinar foi realizado no Centro de

Educação Infantil Hipoderme, na cidade de Anápolis- GO. Teve como objetivo familiarizar as

crianças ao universo das histórias, ampliando seu repertório, sendo que isso só é possível por meio

do contato regular dos pequenos com os livros.

Revisão Bibliográfica

Fundamentado nas idéias de Sandroni e Machado, a criança percebe desde muito cedo,

que livro é uma coisa boa e que dá prazer (2000, p.12). Considerando assim a extrema importância

do estimulo a leitura na infância. Partindo do pressuposto da importância do incentivo à leitura,

desenvolvemos o nosso projeto de intervenção com o propósito de incentivar as crianças a leitura.

O ato de ler histórias para as crianças que ainda não o sabe fazer sozinhas, nos torna

futuras educadoras mais comprometidas com o universo da leitura.

Paulo Freire (1981) “No esforço de re-tomar a infância distante, buscando a

compreensão do meu ato de ler o mundo particular me que me movia, re-crio, re-vivo no texto que

escrevo a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra”.

Material e Métodos

Usou-se como metodologia a contação de histórias infantis através de livros ilustrados e

figuras, os quais propiciaram as crianças o gosto pela leitura. Assim como também o reconto das

histórias através de desenhos e a confecção de livros ilustrados produzidos pelas próprias crianças.

Conclusões

1 Resumo do processo do Projeto de Intervenção do Estagio Supervisionado em Docência na Educação Infantil do curso de Pedagogia da UEG-UnUCSEH. 2 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 3 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 4 Profª. Especialista em Gestão Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar; Mestre em Ciência da Educação Superior - Universidade de Havana-Cuba/Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO.

P á g i n a | 63

Percebe-se que as crianças do Jardim II, inicialmente se mostraram gostar de ouvirem

histórias, mas ao término do projeto mostravam-se mais motivadas e mais interessadas pelo

universo das mesmas, elas participavam ativamente como se fossem personagens das histórias.

Referência Bibliográfica

CRAMER, Eugene H. e CASTLE Marrieta. Incentivando o Amor Pela Leitura. ISBN: Artimed,

2001.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 29º edição. São

Paulo: Cortez, 1994.

Disponível em < http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-importancia-literatura-infantil-para-

desenvolvimento.htm acesso em 15/10/2011 às 09h59min>

P á g i n a | 64

DESCOBRINDO E APRENDENDO COM O DIVERTIDO MUNDO DAS ARTES1

Elizabete Ferreira de Almeida2 - [email protected]

Francielli dos Santos3 - [email protected]

Profª Ms. Maria Terezinha Souto Carvalho4 – [email protected]

Introdução

O projeto de intervenção pedagógico multidisciplinar realizado em um Espaço Social

mantido por uma empresa privada, na cidade de Anápolis-GO teve como objetivo incentivar a

aquisição do conhecimento e desenvolvimento da consciência da criança através das artes visuais e

plásticas que também são utilizadas como recursos pedagógicos significativos para o processo de

ensino-aprendizagem.

Com as artes visuais e plásticas as crianças têm a oportunidade de desenvolvimento

físico-motor, mental e emocional seja a arte de forma lúdica ou concreta, o que pode ser realizado

ainda na educação infantil.

Revisão Bibliográfica

Esse projeto fundamentou-se nas artes como forma de auxiliar o desenvolvimento do

indivíduo, iniciando o autoconhecimento, mas que somente se completa com a socialização,

buscando a formação plena do ser humano.

Durante o desenvolvimento desse projeto as crianças conheceram um pouco mais sobre as

artes. Tivemos como principal fonte de orientação os princípios de Froebel quanto a realização do

mesmo, em que ele afirma que o auto-desenvolvimento da criança, e ainda, acima disso a

aprendizagem precisa ser incentivada de forma prazerosa, principalmente para a criança.

Tivemos como intenção nesse projeto levar às crianças o acesso a diferenciados tipos de

artes, contribuindo não somente com o contato a elas, mas também com o novo.

1 Resumo do processo do Projeto de Intervenção do Estagio Supervisionado em Docência na Educação Infantil do curso de Pedagogia da UEG-UnUCSEH. 2 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 3 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 4 Profª. Especialista em Gestão Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar; Mestre em Ciência da Educação Superior - Universidade de Havana-Cuba/Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO.

P á g i n a | 65 Material e Métodos

As atividades artísticas foram preparadas de forma interdisciplinar onde os alunos

construíram seus trabalhos coletivamente. Auxiliando a aprendizagem por meio da socialização e

compartilhamento de material e ajuda coletiva. Utilizamos de vários recursos, entre eles: grãos,

palha de aço, cola colorida, barbante e músicas.

Conclusões

Durante o desenvolvimento do projeto observamos que a turma do jardim I e II tiveram um

rendimento significativo. No contato com as artes elas expressaram habilidades motoras e

cognitivas, surpreendendo seus professores e colegas. Observamos também a solidariedade entre

os colegas, a disponibilidade em poder ajudar. No final do nosso projeto tivemos rendimentos

positivos e todos objetivos proposto foram alcançados.

Referências Bibliográficas

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo:

Cortez, 2010.

Disponível em: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/henri-wallon-307886.shtml

Acessado 26/08/11

Disponível em: < http://pedagogia.tripod.com/infantil/froebel.htm> Acessado 26/08/11

P á g i n a | 66

PRESERVANDO OS ANIMAIS NO MEIO AMBIENTE1

Floriza Alves dos Santos2- [email protected] Profª Ms Maria Terezinha Souto Carvalho3- [email protected]

Introdução

O presente trabalho teve como objetivo de levantar dados, realizando um projeto que teve

como campo de atuação o Centro Municipal de Educação Infantil, na cidade de Anápolis-GO.

O tema fundamentou-se na realização do projeto, Preservando os Animais no Meio

Ambiente, resgatando que a Educação Ambiental se constitui num “novo ramo” de educação, que

se propõe atingir a todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente

que procura despertar no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental,

compreendendo-se como uma crítica à capacidade de captar a origem e a evolução de problemas

ambientais e a extinção dos animais.

Revisão Bibliográfica

A proposta do assunto animais tem uma importante presença no mundo cotidiano da criança,

e, além disso, possuem um importante caráter de identificação de suas vivências pessoais e sociais.

Ao iniciar o projeto, foi levado em conta o afeto com as crianças. Segundo Piaget (1976, p.258) diz

que ‘’o intelecto e a afetividade estão indissoluvelmente unidos no funcionamento da pessoa’’.

Onde o ensinar veio através do interesse de realizar um trabalho que leve uma aprendizagem que

contenha uma inter-relação entre a música, trabalho manual e histórias.

Portanto a intenção de se trabalhar estes eixos veio com crianças para desenvolvimento

cognitivo das mesmas que se encontram no estágio Sensório-motor (0 – 2 anos), onde elas

assimilam um objeto permitindo o reconhecimento e a percepção do que está na frente delas. As

atividades propostas efetivou o reconhecimento das crianças por cada atividade aplicada sobre os

animais, havendo novas construções do conhecimento e a socialização.

Segundo Reigota (2004, p.9-10) diz que ''não se trata de garantir a preservação de

determinadas espécies animais e vegetais e dos recursos naturais, embora essas questões sejam

importantes. O que deve ser considerado prioritariamente são as relações econômicas e culturais

entre a humanidade e natureza e entre os homens.´´.

1 Resumo do processo do Projeto de Intervenção do Estagio Supervisionado em Docência na Educação Infantil do curso de Pedagogia da UEG-UnUCSEH. 2 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 3 Profª. Especialista em Gestão Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar; Mestre em Ciência da Educação Superior - Universidade de Havana-Cuba/Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO.

P á g i n a | 67

A Educação Ambiental é muito importante porque ensina-nos, a ser conscientes, a ser

conscientes com relação ao meio ambiente, desenvolvendo o interesse sobre as questões ambientais.

Neste sentido, possibilita a conscientização sobre a necessidade de cuidar do meio ambiente e dos

animais que vivem nele, como um bem precioso que tende a se esgotar. Dessa forma, a Educação

Ambiental reinserirá o individuo no que se refere a sua história, em seu meio, só que agora num

ambiente absolutamente interligado; uma inserção socioambiental. Confirmando essa idéia Reigota

(2004, p.27) diz que “não devemos esquecer que estamos procurando desenvolver a consciência e a

participação como cidadão brasileiro, mas também como cidadão planetário.”.

Materiais e Métodos

A interação entre as crianças e os animais trabalhados, trouxe a experiência do carinho,

confiança e cuidados com a preservação do Meio Ambiente em geral. Com o auxílio de diferentes

materiais, como: Fantoches, Tinta Guache, Papeis, Músicas como forma de desenvolver também o

lúdico.

Conclusões

O principal objetivo de trabalhar essa temática dentro do Centro Municipal de Educação Infantil

com a Turma do Maternal B, é contribuir para a formação de cidadãos conscientes para preservarem

não só os animais, mais sim toda uma natureza numa realidade socioambiental de um modo

comprometido com a vida.

Referências Bibliográficas

REIGOTA, Marcos. O que é Educação. São Paulo: Brasiliense, 2004. 64 p.

PIAGET, J. O juízo moral da criança. E. Leonardon, Trad. (2ª Ed.). São Paulo: Summus.

P á g i n a | 68

CONHECENDO HISTÓRIAS BRASILEIRAS - FOLCLORE1

Kelyta Rodrigues de Alcâ[email protected] Profª Ms Maria Terezinha Souto Carvalho3- [email protected]

Introdução

Quando se trata de valorização cultural, o que se percebe é que não são poucas as vezes

em que, mesmo na escola, a cultura brasileira é deixada de lado e o que se evidencia são aspectos de

culturas estrangeiras. Visto a necessidade de se resgatar o orgulho e o próprio conhecimento da

cultura nacional, o presente projeto apresentou aos alunos do Centro de Educação Infantil

Hipoderme, da turma de Jardim II, histórias que fazem parte de sua identidade cultural, com o

objetivo de desenvolver a interpretação de textos orais abstraídos do cotidiano popular de diversos

estados brasileiros.

Revisão Bibliográfica

Nas palavras de Nogueira (2007, p 76) “um projeto na verdade é, a princípio, uma

irrealidade que vai se tornando real, conforme começa a ganhar corpo a partir da realização de

ações e, consequentemente, as articulações destas”. Tal afirmação se justifica ao perceber que o

presente projeto foi, em primeiro momento, concebido e planejado no campo das idéias e só ganhou

forma ao se realizar por meio das ações docentes e participação ativa dos educandos.

Um dos princípios considerados e aplicados no projeto foi o de proporcionar às crianças

liberdade e autonomia de, após ou durante a contação de histórias, expressarem suas opiniões, pois,

como Freire (2003, p 59) afirma “O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo

ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros.”.

O tema do projeto “Conhecendo histórias brasileiras – Folclore”, envolve questões como

a valorização cultural. Percebe-se que as histórias contadas nas rodinhas, em educação infantil, se

limitam a contos como os da Cinderela, Branca de Neve, entre outros, todos fora do contexto

cultural de nossas crianças, por que não trabalhar histórias oriundas do folclore brasileiro? Sobre

isso Morais disserta: Acusamo-nos, nós brasileiros, de uma excessiva facilidade para imitar, de uma

inquietante facilidade para assimilar as modas sociais e os modelos intelectuais mais extravagantes

1 Resumo do processo do Projeto de Intervenção do Estagio Supervisionado em Docência na Educação Infantil do curso de Pedagogia da UEG-UnUCSEH. 2 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 3 Profª. Especialista em Gestão Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar; Mestre em Ciência da Educação Superior - Universidade de Havana-Cuba/Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO.

P á g i n a | 69 que nos chegam do estrangeiro. E temos consciência de que nessa acusação há verdade. (MORAIS,

Regis de. 1989, p.35)

Material e Métodos

Os recursos didáticos utilizados foram simples como livros, folhas em branco, lápis de

cor, giz, entre outros. A questão foi abordada de forma lúdica, por meio da contação de histórias

folclóricas e em seguida as crianças tiveram a possibilidade de expressarem livremente suas

opiniões, seja oralmente, por meio de desenhos ou através da escrita.

Conclusões

O Estágio Supervisionado em Docência possibilita ao graduando relacionar teoria e

prática, no exercício da docência, ainda estando na Universidade, o que é uma excelente

oportunidade. Por meio da aplicação do Projeto de intervenção, foi possível sair do nível do

discurso e atuar de modo reflexivo. Afinal, a reflexão crítica sobre a prática é uma exigência da

relação Teoria / Prática sem a qual a teoria pode ir virando mero discurso.

A avaliação foi contínua, por meio da qual observou-se que as crianças demonstraram

interesse pelas histórias, e ao recontá-las, por meio de desenhos ou mesmo aos colegas, verificou-se

que elas realizaram a interpretação das mesmas.

Referências

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 16ª ed. São

Paulo: Paz e Terra, 1996.

MORAIS, Regis de. Cultura Brasileira e Educação. Campinas, SP: Papirus, 1989.

NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos Projetos: uma jornada interdisciplinar rumo ao

desenvolvimento das múltiplas inteligências. 7ª ed. São Paulo: Érica, 2007.

P á g i n a | 70

MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL1

Luciana Mata Silva2- [email protected] Profª Ms Maria Terezinha Souto Carvalho3- [email protected]

INTRODUÇÃO

Este projeto tem como objetivo geral possibilitar á criança o contato com diferentes gêneros

musicais, estimular a expressão e o desenvolvimento cultural. Esta arte faz com que o ambiente

escolar e a aprendizagem se tornem muito mais prazerosos e significativos. Estimula o

desenvolvimento corporal, a interação, além de ampliar as experiências sensoriais, afetivas e

intelectuais. Por isso é importante para a formação de qualquer criança ouvir, apreciar, cantar e

criar sons. No dizer de Nildo (2007, p 76) “Um projeto na verdade é, a princípio, uma irrealidade

que vai se tonando real, conforme começa ganhar corpo a partir da realização de ações”.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Trabalhar com música é importante pelo fato de fazer parte da nossa cultura, por possibilitar

resultados positivos na aprendizagem e de forma prazerosa, além desenvolver os aspectos físico,

psíquico e mental. Como afirma Teca Alencar Brito (1989p.243)“A música desperta a

necessidadede movimentos e facilita expressão de sentimentos, com o que conduz á

comunicação entre pessoas”.

MATERIAL E MÉTODOS

O projeto foi desenvolvido no berçário A de uma creche municipal na cidade de Anápolis de

forma a promover a interação entre as crianças e gosto pela música. A metodologia utilizada foi o

uso de diferentes instrumentos musicais, tais com a escaleta e a gaita, utilizou-se também CDs de

músicas infantis e posteriormente, canto e dança.

CONCLUSÕES

Evidenciou-se que este projeto possibilitou às crianças do berçário A o contato com

diferentes gêneros musicais,ao mesmo tempo as mesmas expressaram suas alegrias e curiosidades

no decorrer da aplicação do trabalho, além de terem ampliado sua cultura musical. 1 Resumo do processo do Projeto de Intervenção do Estagio Supervisionado em Docência na Educação Infantil do curso de Pedagogia da UEG-UnUCSEH. 2 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 3 Profª. Especialista em Gestão Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar; Mestre em Ciência da Educação Superior - Universidade de Havana-Cuba/Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO.

P á g i n a | 71 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

RIZZO, Gilda. Educação pré-escolar. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.

NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: uma jornada interdisciplinar rumo ao

desenvolvimento das múltiplas inteligências. 7° ed. São Paulo, 2007.

P á g i n a | 72

Como trabalhar Artes na Educação Infantil1

Raylanne Paula Araújo Manzam – [email protected] Profª. Ms. Maria Terezinha Souto Carvalho – [email protected]

Introdução

O presente projeto de intervenção pedagógico multidisciplinar desenvolveu-se no período de

setembro á outubro no Centro Municipal de Educação Infantil Arnaldo Steckelberg, situado em

Anápolis/GO, com crianças de cinco anos do Jardim II. Percebeu-se que nas aulas observadas havia

falta de atividades artísticas, assim, foi aplicado no projeto atividades de colagens, pinturas, recorte,

e montagem de figuras, em geral, atividades manuais, porém além dessas artes, foram aplicadas

também a música, estimulando canto, dança, e movimentos corporais.O objetivo desse projeto foi

de através de atividades artísticas, estimular o desenvolvimento motor e expressividade livre

artística das crianças, sempre inserindo o tema do projeto já em andamento pela professora da

turma, ‘’Conhecendo os insetos’’.

Revisão Bibliográfica

O mundo das crianças está repleto de ilusões e fantasias, assim nada melhor do que se

aplique um projeto em que a criança possa expressar seu faz-de-conta, sua arte em si, onde tenha a

liberdade de produzir seus desenhos e formas através de simples atividades relacionadas á arte.

Segundo Vasconcelos e Rosseti (2007) a Arte é uma forma da criança entrar em contato

consigo e com o universo, e sem ela não seria possível o sucesso intencional no processo de

desenvolvimento motor, e a relação da criança entre a arte e o mundo não faria sentido.Para

Barbosa (1997), a arte é um dos elementos fundamentais para a formação pessoal e social da

criança em seu desenvolvimento e seu conhecimento de mundo.

Material e Métodos

As atividades realizadas foram elaboradas para um fácil entendimento e execução, onde o

aluno se sinta confortável e livre em realizá-las. Sempre com uma pequena introdução sobre o

assunto e a atividade a ser trabalhada, com a utilização de histórias infantis, pode-se assim inserir o

tema nas atividades artísticas como cartazes, pinturas, dobraduras, dança e colagens.

1 Resumo do processo do Projeto de Intervenção do Estagio Supervisionado em Docência na Educação Infantil do curso de Pedagogia da UEG-UnUCSEH. 2 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 3 Profª. Especialista em Gestão Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar; Mestre em Ciência da Educação Superior - Universidade de Havana-Cuba/Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO.

P á g i n a | 73

Estimulou-se a participação de todas as crianças, desenvolvimento motor, e livre expressão

tanto de idéias quanto de desenhos.A utilização da música foi importante no projeto de artes, pois

todos sabemos que a música é uma espécie de arte, e ajuda no movimento corporal, no processo

auditivo e compreensivo da criança.

Conclusões

Percebe-se que após a aplicação desse projeto as crianças tomam parte de uma grande

satisfação corporal, com a exposição de suas produções artísticas e idéias, e dos movimentos

artísticos corporais, orais e manuais.Concretizando uma aula saudável e prazerosa de acordo com

cada arte e idéia apresentada.

Referência Bibliográfica

MEC.Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – Formação pessoal e social, V. 2,

Brasília, 1998.

MEC.Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – Conhecimento de mundo, V. 3,

Brasília, 1998.

CLOTILDE, Maria e outros (Orgs).Os Fazeres na Educação Infantil (Org), 9º edição, Cortez, São

Paulo, 2007.

P á g i n a | 74

BRINCADEIRAS E CANTIGAS DE RODA NA EDUCAÇÃO INFANTIL1

Sandra Helena Guimarães [email protected]

Profª Ms. Maria Terezinha Souto Carvalho [email protected]

Introdução

O projeto de intervenção pedagógica multidisciplinar ilustra o processo de brincadeiras e

cantigas de Roda na Educação Infantil, realizado no Centro Municipal de Educação Infantil

(CMEI), Dona Iris Rezende em Anápolis-Go. O trabalho teve como objetivo resgatar a memória e

as características culturais vividas por uma comunidade de antigamente. A intenção de desenvolver

esse projeto buscou-se incentivar a criança compartilhar os valores, tais como: cooperação, respeito,

justiça, solidariedade. A importância dos brinquedos e brincadeiras de roda é explorar o movimento

corporal, promovendo o desenvolvimento da motricidade e o equilíbrio, bem como a interação com

a música.

Revisão Bibliográfica

Ao acompanhar a turma do maternal I observou-se que, a prática de ensino da creche tem

uma relação com as teorias estudadas no curso de pedagogia. De acordo com VYGOTSKY, “O

lúdico tem uma influência no desenvolvimento da criança, pois, adquire iniciativa, autoconfiança,

proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração”.

Percebe-se que no momento da aplicação do projeto, o desenvolvimento infantil está em

processo acelerado de mudança, porque a criança de hoje, não é passiva e não é inocente como

aquelas de alguns anos atrás que permanecia sentada o tempo todo, sem questionar nada, o aluno

encontra-se agitado e desatento ao escutar o professor dentro da sala de aula. A capacidade de

concentração da criança é bem curta não dura mais que dez minutos, com isso, o professor enfrenta

várias dificuldades para acompanhar a turma.

A criança quando brinca expressa sua fantasia, produz desenho, dança e inventa estórias,

mas é nos momentos das brincadeiras que as crianças se manifestam a sua alegria de estar junto

com outros colegas, segundo o autor FRITZEN, “muitas vezes nossa simples vivência com outras

pessoas nos constrangem e cria bloqueios. É nos momentos de maior desinibição, de relax de

desconcentração oferecidos pelos jogos e brincadeiras que as pessoas se desbloqueiam, e se realiza

uma maior, uma melhor interação”.

1 Resumo do processo do Projeto de Intervenção do Estagio Supervisionado em Docência na Educação Infantil do curso de Pedagogia da UEG-UnUCSEH. 2 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 3 Profª. Especialista em Gestão Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar; Mestre em Ciência da Educação Superior - Universidade de Havana-Cuba/Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO.

P á g i n a | 75 Material e Métodos

O método proposto é a ação praticada pelos alunos por meio de brincadeiras que promove a

socialização, interação e expressão corporal. Para realizar as atividades com as crianças do maternal

I foram utilizados vários materiais como: CD de música infantil, cartaz, papel chamex, giz de cera,

tinta guache, jogo da memória, brinquedos de montagem e outros. A metodologia utilizada foi o

diálogo.

Conclusões

Dentro do contexto escolar da Educação é sempre bom aplicar atividades lúdicas porque

através das brincadeiras a criança se diverte e aprende. Os jogos e as brincadeiras na Educação

Infantil são de grande importância porque desperta a curiosidade, estimula o pensamento, auxilia a

concentração e contribui na preparação da vida adulta. A cantiga de roda contribui com a expressão

corporal, trabalha o gesto e os órgãos dos sentidos, sendo assim, a criança se diverte e socializa no

grupo em que vive.

Referências

VYGOTSKY, Lev S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984

FRITZEN Silvino José. Jogos Dirigidos para grupos, recreação e aulas de Educação Física.

Petrópolis, vozes, 1983

P á g i n a | 76

CONHECENDO HISTÓRIAS BRASILEIRAS - FOLCLORE1

Tatiane de Lacerda Rodrigues2- [email protected] Profª Ms Maria Terezinha Souto Carvalho3- [email protected]

Introdução

O projeto de intervenção pedagógico foi realizado no Centro de Educação Infantil

Hipoderme, com a turma do Jardim I, na cidade de Anápolis – GO. O objetivo principal do trabalho

era resgatar, vivenciar e valorizar as manifestações da cultura popular brasileira, mostrando para as

crianças as lendas e histórias do nosso país além de estimular o interesse pela leitura.

Revisão Bibliográfica

Contar histórias para as crianças é uma forma prazerosa de fazer com que elas assimilem

melhor o conteúdo, e criem o hábito de ler desde pequenos, além de estimulas a criatividade e

ampliar seu vocabulário. “Sonhadora e imaginativa por natureza, a criança aceita sem hesitação o

ilogismo das narrativas mágicas presentes nas histórias”(Alberton,1980). Escutar e ilustrar as

histórias do folclore brasileiro é um incentivo a formação de bons leitores.

Segundo VYGOTSKY ( 1984) “ A interação social é origem e motor da aprendizagem e do

desenvolvimento intelectual.” Por isso a importancia da interação das crianças entre si e com o

professor, ao recontarem, ilustrarem e comentarem as histórias que foram contadas.

Material e Métodos

As atividades foram realizadas de forma individual e coletiva, com a interação professor

aluno. O projeto foi aplicado através de aula expositiva, utilização de livros de histórias do folclore

e por fim os alunos recontaram e ilustraram as histórias contadas.

Conclusão

Durante o desenvolvimento do projeto, percebemos o interesse e o desenvolvimento das

crianças que participaram de forma ativa de todas as atividades. Além de estimular o hábito de ler e

1 Resumo do processo do Projeto de Intervenção do Estagio Supervisionado em Docência na Educação Infantil do curso de Pedagogia da UEG-UnUCSEH. 2 Graduanda do 3º ano do curso de Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás/UEG. 3 Profª. Especialista em Gestão Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar; Mestre em Ciência da Educação Superior - Universidade de Havana-Cuba/Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO.

P á g i n a | 77 ouvir histórias, além de estimular sua criatividade, contar histórias folclóricas para as crianças foi

uma forma de mostrar um pouco mais da cultura do nosso país.

Referências Bibliográficas

ALBERTON, Carmem Regina e outros. Uma dieta para crianças: livros – Orientação a pais e

educadores. Porto Alegre, Redacta/Prodil, 1980.

VYGOTSKY,L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1984

P á g i n a | 78 Resumo Docente

O Processo de construção de autonomia do Conselho Municipal de Anápolis.

Lázaro Moreira de Magalhães RESUMO

Este estudo é resultado da dissertação de mestrado em educação pela Universidade de Brasília e

reflete sobre as lutas que a sociedade civil desenvolve para ocupar espaços de participação nas

políticas públicas educacionais para o município. Tem como objeto de análise o processo de

construção da autonomia pelo Conselho Municipal de Educação de Anápolis, no período de 2001 a

2008, e, como campo empírico a análise das ações autônomas, realizadas nesse período, em relação

à ampliação da duração do ensino fundamental de oito para nove anos, ampliação do atendimento à

educação infantil e a aplicação dos recursos da educação. Elegeu como categorias fundantes;

sociedade civil- Gramsci (2007) movimentos sociais – Gohn (2010) e participação – Bordenave

(1994) a autonomia – Castoriadis (2007) como categoria analítica compreendida como um processo

social histórico, de construção, tenso, que une o instituído ao instituinte, é a história fazendo-se e

refazendo, em que o sujeito percebe, nega, reelabora, legitima e apropria-se do discurso do outro e

das regras sociais. Na metodologia analisou atas de reuniões plenárias e realizou entrevistas semi

estruturadas a dez ex-conselheiros. O Conselho Municipal de Educação de Anápolis-CMEA,

instituído formalmente, como um órgão político de Estado, por um lado e, de representação da

sociedade civil, instituído legalmente como resultado de lutas sociais e como campo de disputa, de

outro. A criação do CMEA foi resultado de lutas da sociedade, mas foi instituído por decreto/Lei e

devido à relevância social de sua existência tornou-o consagrado. Em sua trajetória enfrentou as

tensões e posicionou frente ao poder municipal, resistiu à tentativa de tutela e processos de

cooptação por parte do governo municipal ao mesmo tempo em que, em meio a dissensos,

posicionou como parceiro da Secretaria Municipal de Educação, como elemento de construção da

hegemonia, na construção de normatizações do sistema municipal de ensino. E, nesse sentido, pode-

se apontar como resultado em relação à sua autonomia: a) a construção de estratégias para assegurar

os direitos educacionais via normatização, b) foi insistente em cobrar, do Executivo Municipal,

transparência na aplicação dos recursos destinados à educação, c) Em relação à ampliação do ensino

fundamental de oito para nove anos contribuiu no sentido de reivindicar e auxiliar na construção de

um projeto pedagógico para essa etapa do ensino, cobrar a ampliação de mais salas e escolas, além

P á g i n a | 79 de definir o número de alunos em ralação ao professor, d) em relação à educação infantil contribuiu

para elevar o número de crianças matriculadas, contribuiu para elevar o número de professor e

auxiliar de educação por sala. Após esse estudo, pode-se afirmar que o Conselho Municipal de

Educação é atuante na medida em que: a) participa e contribui de forma decisiva na tomada de

decisões nas políticas públicas para o município; b) sua composição marcada por múltiplos

interesses corporativos permite em alguns momentos fazer concessões e realizar mediações para

legitimar determinadas políticas públicas conformistas e manter o status quo; c) foi instituído num

contexto das relações patrimonialistas e clientelísticas e que essas relações são permeadas pelo

esforço para superar essa herança; d) atua como instrumento de regulação via burocracia e d) pela

forma de sua composição e, aproximação com diferentes frações da sociedade supera a pobreza

política por meio do aprendizado da participação.

Referência Bibliográfica

BORDENAVE, Dias Juan E. O que é participação? 8 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção

Primeiros passos, 95).

CASTORIADIS, C. A Instituição imaginária da sociedade. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

2007.

GOHN, M. da G. Teorias dos movimentos sociais – Paradigmas clássicos e contemporâneos. 9ª

Ed. São Paulo: Edições Loyola, 2010.

GRAMSCI, Cadernos do cárcere - Maquiavel. Notas sobre o Estado e a política. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2007. v. 3

P á g i n a | 80 ARTIGO DOCENTE 1

ENSINO SUPERIOR E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES A DISTÂNCIA ON LINE

Ivana Alves Monnerat de Azevedo1 - [email protected]

RESUMO

O estudo, de natureza bibliográfica visa incitar uma tomada de consciência da realidade educacional, em conformidade com as perspectivas históricas e as proposições legais concernentes à Formação de Professores a Distância On line, em consonância com o contexto de globalização econômica, a partir da década de 1990 que conduziu à implantação de novas políticas públicas que incidem no destaque de algumas reflexões que podem contribuir para a identificação e para o enfrentamento dos problemas existentes para que seja possível redimensionar, transformar e/ou enriquecer os aspectos constitutivos da prática pedagógicos nas instituições de ensino superior e oferecer subsídios ao aperfeiçoamento das propostas neste campo. Palavras-chave: Neoliberalismo. Ensino Superior. Educação a Distância. Formação de Professores.

Introdução

A discussão e as pesquisas alusivas à formação de professores, em nível superior - Curso de

Graduação no Brasil não é tão recente, mas ganha novos contornos ao ser associada Às novas

Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) modalidade a distância on line, consistindo em

um dos principais desafios da sociedade contemporânea.

O perfil do ensino superior contextualizado no cenário nacional ao longo dos anos de 1990 e

que perduram nas propostas educativas atuais descortina-se por meio de mudanças ocorridas na

gestão do trabalho face à evolução da política econômica do capitalismo mundial que se

consolidam, por meio das políticas públicas, pelas reformas educacionais e pela redefinição do

processo de governança do Estado, associado às manifestações globais de inserção de novos

padrões de produção, de consumo e de formação profissional que correspondam ao avanço do

neoliberalismo.

Nesse direcionamento, a reestruturação do capitalismo empreendida em meados de 1970 e

intensificada na década de 1990 conduziu às modificações significativas, tanto nos planos

1Professora do Curso de Pedagogia da Unidade de Ciências Sócio-econômicas e Humanas (UnUCSEH) de Anápolis/UEG. Graduada em Pedagogia (UniEvangelica). (Universo). Mestre em Educação (UNB).

P á g i n a | 81 produtivos, nos novos padrões de gestão e de organização de trabalho, como nos planos político-

econômico e educacional.

Revisão Bibliográfica

A discussão e as pesquisas alusivas à formação de professores, em nível superior - Curso de

Graduação no Brasil não é tão recente, mas ganha novos contornos ao ser associada Às novas

tecnologias de informação e comunicação (TIC) modalidade a distância on line, consistindo em um

dos principais desafios da sociedade contemporânea.

O perfil do ensino superior contextualizado no cenário nacional ao longo dos anos de 1990 e

que perduram nas propostas educativas atuais descortina-se por meio de mudanças ocorridas na

gestão do trabalho face à evolução da política econômica do capitalismo mundial que se

consolidam, por meio das políticas públicas, pelas reformas educacionais e pela redefinição do

processo de governança do Estado, associado às manifestações globais de inserção de novos

padrões de produção, de consumo e de formação profissional que correspondam ao avanço do

neoliberalismo.

As mudanças ocorridas no mundo ocasionadas pela globalização da economia, pelo

desenvolvimento das tecnologias da comunicação e da informação provocaram transformações nos

diferentes campos - econômicos, sociais, políticos e culturais trazendo novos desafios para o

mercado de trabalho. Segundo Batista (1998, p.126), a globalização consiste em um: “[...] processo

de internacionalização das práticas capitalistas, com forte tendência à diminuição ou, o

desaparecimento das barreiras alfandegárias [...]. Consiste, pois, na liberdade total para a absorção

de Capital no mundo.

No Brasil, o Neoliberalismo iniciou-se na década de 1990, após a adesão do país ao Consenso

de Washington, em 1989. Devido a sua significante dívida externa capitulou e se sujeitou às

políticas de liberalização financeira, comercial e de desregulamentação cambial, cujo principal

objetivo foi a atração de recursos externos e a redução do intervencionismo estatal, cuja inserção no

novo quadro financeiro se deu de forma subordinada. (FIORI, 1995).

Assim, em um contexto marcado pela globalização, por uma produção e disseminação

acelerada de informação que passaram a condicionar a liberação de recursos para o Brasil conduziu

para uma dinâmica macroeconômica extremamente instável e estruturada, por meio de profundas

mudanças capitaneadas por sucessivos governos.

Essa conjectura acarretou na necessidade de mudança no papel do Estado Nacional, não a sua

extinção, mas a sua reconfiguração e suas relações no cenário internacional, impulsionando,

P á g i n a | 82 portanto, a discussão sobre os novos meios e padrões de articulação entre indivíduos, organizações,

empresas e o próprio Estado.

Para Chauí (2001), a Reforma do Estado brasileiro tem por finalidade modernizar e

racionalizar os serviços estatais. Trata-se de repensá-los e distribuí-los em setores, sendo que um

desses seja designado “Setor de Serviços Não-Exclusivos do Estado”, o qual pode ser desenvolvido

por instituições não estatais, na qualidade de prestadoras de serviços.

Nesse cenário de globalização, a educação, enquanto fenômeno social, não ficou de fora das

mudanças do contexto social e econômico e passou a ser vista como elemento fundamental para

ampliar a inserção dos países diante à nova conjuntura produtiva.

Uma das principais recomendações dos organismos multilaterais, referente ao ensino superior

está diretamente relacionada à redução da contribuição direta do Estado no seu financiamento, ou

seja, parte do princípio o que é gratuito deve se tornar serviço pago pelos estudantes que, para tanto,

recebem empréstimos do Estado ou Bolsas de Estudo.

Em suas recomendações e investimentos, essas organizações enfatizam a observância

referente aos aspectos relativos à reorganização do tempo escolar; ênfase na expressão operativa do

currículo, como também, na necessidade precípua da melhoria dos conhecimentos dos professores,

privilegiando-se a formação continuada e estimulando os sistemas de educação a distância.

Com a promulgação da nova LDB 9.394/96, as políticas em relação à EAD passaram a ser

definidas e organizadas pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Educação a Distância

(SEED), intensificando o uso de recursos tecnológicos variados, por meio da educação a distância

on line de maneira abrangente, perdendo sua condição de simples recurso suplementar da educação

formal ou de modalidade experimental, para se tornar uma modalidade efetiva.

No Título VIII, Das Disposições Gerais, Artigo 80 da referida Lei prevê que “[...] o poder

público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos

os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. Posteriormente, os Decretos

publicados no Diário Oficial da União – nºs 2.561 (27/04/1998) e 5.622 (20/12/2005) detalharam o

funcionamento desta modalidade de Ensino e a caracterizam como um processo no qual o ensino e a

aprendizagem são construídos, a partir da utilização das novas tecnologias de informação e de

comunicação, dentre essas, o computador.

P á g i n a | 83

As diretrizes inerentes a essas novas propostas oriundas do foram configuradas também, no

Plano Decenal de Educação (1993-2003), no Planejamento Político Estratégico (1995-1998) e no

Plano Nacional de Educação (2001).

Com vistas à expansão do ensino superior a distância o MEC criou em 2005 a Universidade

Aberta do Brasil (UAB) visando, dentre outras ações, a criação de políticas de Gestão da Educação

a Distância, a expansão da oferta do ensino superior público e gratuito tendo como prioridade a

formação de professores para a Educação Básica. (MOTA, CHAVES SILVA E CASSIANO, 2006).

Dessa forma, o Estado aprimora, gradualmente, o processo de ensino, proporcionando o

atendimento a um número expressivo de pessoas, em menor tempo e com menores custos ao

governo, bem como ampliar as estatísticas educacionais do país, apresentando a educação a

distância como solução para os problemas do sistema educacional e da formação profissional de

professores da educação básica e a busca de elementos contundentes à averiguação da qualidade do

ensino ali ministrado.

Conclusões

Atualmente muitas são as discussões em torno da questão da formação do professor, de forma

específica, por meio da EaD On line, pois, é incentivada, de forma intensa pelos organismos

multilaterais. Essas discussões apontam para um futuro pleno de perspectiva, como também coloca

esses futuros docentes e as instituições formadoras frente a frente com os conflitos, problemas e

inovações do mundo contemporâneo. Nessa perspectiva, o ápice da abertura de cursos de graduação

a distância on line em todo o país na atualidade consiste no resultado dos incentivos promovidos por

parte dos órgãos responsáveis pelas políticas públicas, que realizam um grande movimento, pela

instauração de um novo modelo de formação superior.

A formação de professores, em nível de graduação on line apresenta-se hoje como uma

modalidade de educação repleta de potencialidades e de desafios, capaz de ultrapassar os limites de

espaço e tempo na medida em que, ao envolver diferentes meios de comunicação, torna possível o

acesso a diversas fontes de informação, promovendo a autonomia do aprendiz, por meio do estudo

flexível e independente.

Entretanto, também é uma modalidade de ensino que requer um projeto educacional que,

além de atender as peculiaridades existentes intensifique uma reflexão refletir acerca dos

processos de formação, considerando como os docentes constroem seus conhecimentos e sua

prática educativa privilegie a comunicação, a aprendizagem, a aquisição de competência e

P á g i n a | 84

habilidades profissionais e não somente, a localização do processo de educação, de formação e de

atuação profissional.

Referências Bibliográficas

BATISTA JÚNIOR, Paulo Nogueira. Mitos da Globalização: Estudos Avançados. São Paulo: Ática, 1998. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Imprensa Oficial. Diário Oficial da União. (D.O.U), 23 de dezembro de 1996. CHAUÍ, Marilena de Souza. A Universidade Operacional. In: Folha On Line. São Paulo, 2001. Disponível em: htpp//www.uol.scielo.php?pid. Acesso em: 12/07/2011. FIORI, J.L. Em busca do dissenso perdido: ensaios críticos sobre a festejada crise do Estado. Rio de Janeiro: Insight, 1995.

MOTA, R.; CHAVES FILHO, H. CASSIANO, W. S. Universidade Aberta do Brasil: democratização do acesso à educação superior pela rede pública de educação a distância. In: Desafios da educação a distância na formação de professores. Brasília: Secretaria de Educação a Distância, 2006.

P á g i n a | 85 ARTIGO DOCENTE E DISCENTE 01

EDUCAÇÃO INFANTIL: A ASSOCIAÇÃO ENTRE CUIDAR-EDUCAR-

BRINCAR

Elisângela Gomes Fernandes1

Daniela da Costa Britto Pereira Lima2

RESUMO:

Este artigo tem por objetivo fazer uma reflexão sobre a legislação da educação infantil para compreender um pouco a sua trajetória no Brasil e a importância dos jogos e das brincadeiras nessa primeira etapa da educação básica. O foco do estudo se deu em função da experiência do estágio em educação infantil em forma de um projeto maior baseado em “Brinquedos e Brincadeiras”, em que cada estagiário construiu um sub-projeto a partir do tema. Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental em livros, revistas científicas e internet. Concluímos, demonstrando o quão se faz importante, para quem atua nessa etapa, conhecer os caminhos que a educação infantil está enfrentando na atualidade e contribui na reflexão das possibilidades e importância dos jogos e das brincadeiras na formação de crianças pequenas.

Palavras-chave: Educação Infantil, Brinquedos e Brincadeiras.

O currículo do curso de pedagogia da UEG, Unidade de Ciências Sócio-Econômicas e

Humanas de Anápolis, prevê durante um ano, em dois semestres, o desenvolvimento do estágio em

Educação Infantil.

O estágio em educação infantil tem como foco a compreensão do espaço e da realidade

desse campo, fazendo a relação da teoria da disciplina e das outras disciplinas vivenciadas durante o

curso com a prática desenvolvida nos CMEIs. As etapas desenvolvidas ao longo do ano foram:

compreensão do espaço, da proposta político-pedagógica do CMEI, sua realidade e prática, através

do diagnóstico do mesmo; observação e docência compartilhada nas turmas de estágio para

compreensão da realidade e das necessidades ou interesses da turma; estudos teóricos sobre a

educação infantil, políticas públicas, concepções de infância, propostas pedagógicas para educação

infantil; diferentes linguagens na educação infantil e projetos de trabalho na educação infantil;

elaboração de projeto de trabalho; visita técnica à Brasília-DF, junto ao Ministério da Educação,

para palestra e diálogo sobre as políticas, documentos e ações na educação infantil; culminância do

1 Graduanda em pedagogia pela UnUCSEH/UEG. 2 Professora orientadora de estágio em educação infantil e de TCC, cujo tema foi a reflexão sobre a importância dos jogos e das brincadeiras na educação infantil.

P á g i n a | 86 projeto; elaboração do relato de experiência e relatório de estágio; por fim, participação em

Seminário de Estágio do Curso de Pedagogia, promovido pela nossa Unidade.

Uma experiência que tem dado certo é a definição de um tema geral ou guarda-chuva para o

desenvolvimento dos projetos de trabalho pelas alunas estagiárias, considerando a realidade e o

diagnóstico realizado do CMEI. Com isso, em 2010 o tema foi “A arte na educação infantil” (em

que cada dupla de estagiárias desenvolveu um projeto utilizando a proposta triangular e um artista

específico, considerando a realidade e o interesse da turma, com o objetivo em desenvolver a

apreciação e gosto artístico, além de ampliar o repertório imagético e cultural dos alunos). Nesse

ano de 2011 desenvolvemos o projeto guarda-chuva “O brincar na educação infantil” (sendo que

cada dupla de estagiárias desenvolveu um tema específico a partir dos interesses e necessidades da

turma estagiada).

Para que se possa analisar e avaliar que tipo de contribuição os jogos e brincadeiras trazem

para o desenvolvimento das crianças na educação infantil, dividimos o artigo em dois itens:

apresentação de uma abordagem sobre a educação infantil nos dias atuais utilizando a legislação

que diz respeito ao assunto e uma reflexão sobre o conceito de jogos e brincadeiras.

1.1 A educação infantil nos dias atuais: legislação

Apresentamos a trajetória da educação Infantil de forma cronológica, iniciando com a

Constituição Federal (CF) de 1988 até os dias atuais, para que o entendimento acerca do assunto

seja mais amplo e melhor compreendido. Em alguns momentos, recorremos a dados anteriores a

1988 com o objetivo de contextualizar melhor o tema.

Antes da CF de 1988, o atendimento às crianças era tido como um direito dos pais que

trabalhavam. As instituições que atendiam essas crianças seguiam alguns critérios de

funcionamento que eram regidos por órgãos que não tinham ligação com a educação e isso fazia

com que o atendimento fosse mais de assistência do que educacional propriamente dito. A CF de

1988 foi a primeira legislação que fala de direitos próprios à criança, portanto, ela contribuiu muito

para que a educação infantil tomasse um novo rumo, pois, ela passou a ser um direito da criança,

conforme o que diz no Artigo 208 inciso IV da CF 1988 “ O dever do Estado com a educação será

efetivado mediante garantia de: IV- educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5

(cinco) anos de idade”.

O direito a educação infantil precisa ser disponibilizado a criança independente dos pais, na

lei não diz que pai ou mãe necessitam estar trabalhando ou exercendo alguma função que não os

possibilite cuidar da criança para que a criança tenha seu direito resguardado, portanto esse direito

necessita ser cumprido (ARANTES, 2009).

P á g i n a | 87

A partir da Constituição da República de 1988, não há margens para dúvida: a educação infantil deve ser vista do ponto de vista educacional (e não assistencial) e como direito da criança, antes que de seus pais ou responsáveis (ARANTES, 2009, p.29).

Outro documento que teve grande relevância em relação às crianças foi a Declaração dos

Direitos da Criança (1959). Ela é dividida em dez princípios e em todos eles a criança é sempre

reconhecida como um sujeito que possui direitos sem que haja distinções, inclusive nela são citados

os direitos que a mãe possui durante o período de gestação e amamentação, ou seja, antes e depois

do parto.

1º principio - Todas as crianças são credoras de direitos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, condição social ou nacionalidade, quer sua ou de sua família. 2º principio – A criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidade para o seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual, social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. As leis devem levar em conta os melhores interesses da criança (Direitos da criança (1959, http://www.portaldafamilia.org/datas/criancas/direitosdacrianca.shtml, 2011).

No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) criado em 13 de julho de 1990, com a lei de

nº 8.069, estão os direitos e os deveres que crianças e adolescentes precisam cumprir. Essa lei serve

para legitimar as ações que precisam ser tomadas para concretizar o atendimento as crianças, pois

firma ainda mais a concepção de criança como sendo um sujeito de direitos.

A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que se trata esta lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade (ECA, 1990, Artigo 3º).

O capítulo IV do ECA (1990) diz respeito a educação, cultura, esporte e ao lazer. Nele diz que a

criança e o adolescente devem ter a sua disposição uma preparação que possibilite o seu

desenvolvimento integral para que ele se torne um cidadão consciente e reflexivo. Em relação à

educação infantil, no artigo 54 inciso IV, ele deixa claro o direito que as crianças possuem em

relação à educação colocando como deve do Estado atender a esse direito “atendimento em creche e

pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade”.

Outra lei que é considerada como um ganho muito grande em relação à educação infantil é a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, pois ela também

se posiciona a respeito da educação infantil dando ainda mais subsídios para que os direitos das

crianças sejam respeitados, pois inclui esta etapa da educação no sistema educacional.

P á g i n a | 88

Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30º. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade. Art. 31º. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

A Lei nº 11.494 de 2007 regula a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB. Este foi criado em

substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização

do Magistério – FUNDEF. A aprovação deste fundo é entendida de modo favorável, pois trata dos

recursos que serão destinados a financiar toda a educação básica atendendo as necessidades,

conforme (BRASIL, 2007, apud, PALHARES, 2007) “O atual Fundo amplia a abrangência do

anterior, e passa a financiar toda a educação básica, contemplando creche, pré-escola, ensino

fundamental e médio, educação especial, educação de jovens e adultos”.

Rosemberg (2010) faz uma alerta em relação a algumas tentações que podem acontecer em

relação ao FUNDEB, é necessário ter o cuidado de não transformar a educação infantil em um

curso preparatório para o ensino fundamental, outro cuidado é com o tipo de atendimento que será

oferecido nas instituições de infantil é importante não deixar que ele siga um modelo de

assistencialismo tão utilizado tempos atrás, é necessário também que se fiscalize em que os recursos

estão sendo aplicados estes passos são importantes para que se tenha instituições com mais

qualidade.

O Ministério da Educação com a Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009 fixa as

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Estas são muito importantes, pois

expressa como as instituições de educação infantil devem pensar e desenvolver seu projeto político

pedagógico de modo que o atendimento às crianças seja desenvolvido atendendo aos direitos e às

necessidades que estes indivíduos possuem para que tenham realmente um desenvolvimento

integral.

De acordo com o artigo 2º das Diretrizes Curriculares para Educação Infantil (2009):

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil articulam-se com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e reúnem princípios, fundamentos e procedimentos definidos pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, para orientar as políticas públicas na área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares.

P á g i n a | 89

Ao pensar no currículo, as diretrizes fixam que este deve ser pautado visando a articulação

de conhecimento prévios que as crianças possuem com as experiências e saberes de áreas que o

educador possui. Vejamos no Artigo 3º das Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (2009):

O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, cientifico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

A proposta pedagógica e as práticas pedagógicas que as instituições de educação infantil vão

desenvolver é algo essencial, pois nela vão ser descritas as prioridades que o atendimento às

crianças necessita, sempre de acordo com a realidade de cada instituição, mas sem deixar de atender

ao que diz as diretrizes, que fixam que devem ser dadas as crianças a possibilidade de construírem

sua própria identidade, socializar-se com o outro proporcionando o respeito às diferenças,

desenvolvimento de habilidades e competências que são muito importantes para o individuo, deixá-

las viver um mundo repleto de fantasia para que desenvolvam a imaginação por meio do faz-de-

conta. Conforme fixa os artigos 8º e 9º das Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (2009):

Artigo 8º A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e a interação com outras crianças. Artigo 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo experiências que: I – promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança. II – favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical. VIII – incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza.

Outro aspecto muito importante que foi citado na LDB (1996) e fixado ainda mais pelas

diretrizes (2009) é a avaliação, pois nesta etapa ela deve ser diferente de todas as outras fases da

educação escolar. A avaliação na educação infantil não deve ser feita favorecendo a promoção e

nem a classificação das crianças, é importante que ela seja feita por meio de relatórios e registros.

P á g i n a | 90

Portanto, para que o trabalho obtenha o resultado e a qualidade que sejam adequados para o

desenvolvimento integral das crianças nas instituições de educação infantil se faz necessário um

maior conhecimento da legislação que diz respeito às crianças e também o compromisso por meio

dos que atuam nesta etapa da educação para que desenvolvam seu trabalho como ele deve ser, ou

seja, integrando o educar e o cuidar, acrescentando aqui o brincar.

Jogos e brincadeiras: conceitos e possibilidades

De acordo com Camargo e Carneiro (2008), o uso de jogos e brincadeiras como recurso

pedagógico para um melhor aprendizado no ambiente escolar é muito importante, pois além de

divertimento eles podem proporcionar um melhor desenvolvimento dos alunos, em todas as etapas

da educação.

O grande impasse encontrado para o desenvolvimento desta pesquisa se deu devido a uma

grande dificuldade que encontramos para conceituar e diferenciar jogos e brincadeiras ao buscarmos

material referente ao assunto.

Tentar definir jogos não é tarefa fácil. Quando se pronuncia a palavra jogo cada um pode entendê-la de modo diferente. Pode-se estar falando de jogos políticos, de adultos, crianças, animais ou amarelinhas, xadrez, adivinhas, contar estórias, brincar de “mamãe e filhinha”, futebol, dominó, quebra-cabeça, construir barquinho, brincar na areia e uma infinidade de outros. Tais jogos, embora recebam a mesma denominação, têm sua especificidade. Por exemplo, no faz-de-conta, há forte presença de situação imaginária; no jogo de xadrez, regras padronizadas permitem a movimentação das peças. Brincar na areia, sentir o prazer de fazê-la escorregar pelas mãos, encher e esvaziar copinhos com areias requer a satisfação da manipulação do objeto. Já a construção de um barquinho exige não só a representação mental do objeto a ser construído, mas também a habilidade manual de operacionalizá-lo (KISHIMOTO, 2001, p.13 apud CAMARGO e CARNEIRO, 2008, p. 120 – 121).

Devido à dificuldade que encontramos em definir jogos e brincadeiras, faremos o uso de

dicionários para que se tenhamos um conceito e uma definição mais clara sobre o significado destes

termos.

Brincadeira: divertir-se com jogos de crianças; divertir-se, distrair-se. Jogo: brincadeira; divertimento; passatempo; cada uma das partidas em que se divide um certame (torneio) (MELHORAMENTOS, 1997). Brincadeira: ato ou efeito de brincar; brinquedo; entretenimento; passatempo; divertimento. Jogo: atividade física ou mental fundada em sistema de regras que definem a perda ou o ganho; passatempo (FERREIRA, 2010).

P á g i n a | 91 Constata-se que os conceitos se confundem e ao mesmo tempo se completam. Com isso,

essa pesquisa não separa a brincadeira do jogo, pois tanto o jogo quanto a brincadeira proporcionam

à criança momentos de diversão.

De acordo com Kishimoto (2007), existem jogos variados, cada um com suas regras e

especificidades, pois, a cada cultura ele pode ser entendido de forma diferenciada e isso acaba

fazendo com que fique complicado dizer se é um jogo, um brinquedo ou uma brincadeira. Portanto,

para que se possa entender melhor se faz necessário um entendimento acerca destes.

O jogo pode ser percebido de várias maneiras como: resultado de um sistema lingüístico no

qual o individuo atribui significado a um determinado jogo; como um sistema de regras que servem

para diferenciar um jogo do outro; como um objeto, referindo ao tipo de material que ele é

constituído Kishimoto (2007).

Por um grande período de tempo os jogos ficaram limitados somente a recreação, mas ao

passar dos anos eles começaram a ser utilizados para divulgação de princípios de moral e ética e

tornou-se adequado para a aprendizagem de conteúdos escolares. O jogo em uma concepção

educativa passa ser destinado a ensinar, desenvolver e educar de modo prazeroso e espontâneo

auxiliando em situações de ensino-aprendizagem e favorecendo o desenvolvimento infantil

(KISHIMOTO, 2007).

De acordo com Vidal (2001), o jogo e a brincadeira fazem com que valores éticos sejam

repensados, pois, ao ouvir e cumprir as regras de determinados jogos os jogadores estão respeitando

um ao outro e sendo éticos ao mesmo tempo e isso contribui para a formação do ser humano.

A criança, por meio dos jogos e das brincadeiras, adquire conhecimentos que favorecem o

seu desenvolvimento social e cognitivo. Maranhão (2007) acredita que estes são estratégias que

desenvolvem a imaginação, estimulam a aprendizagem, a socialização e a criatividade das crianças,

além de auxiliar o desenvolvimento de regras comportamentais.

Os jogos e brincadeiras coletivas permitem a descoberta do “outro” e isso repercute sobre a descoberta de si mesmo. Em outras palavras, brincar contribui para a construção do sujeito e do conhecimento, permite o desenvolvimento de vínculos coletivos e a inserção na realidade (VIDAL, 2001, p. 46).

Para Maranhão (2007), a brincadeira possui uma conduta com regras, um conjunto de

brincadeiras revela aspectos da linguagem cultural de cada região. A criança, ao brincar, tem uma

ligação entre ela e o brinquedo e entre ela com os adultos favorecendo seu desenvolvimento

integral.

P á g i n a | 92

A brincadeira é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Desta forma, brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente com a criança e não se confundem com o jogo (KISHIMOTO, 2007, p.21).

“A brincadeira é um espaço de inovação para a criança que experimenta comportamentos novos

para ela, desenvolvendo a sua criatividade, que é essencial para a descoberta de suas competências”

(MEYER, 2004, p. 41).

Segundo Kishimoto (2007), jogos e brincadeiras são classificados em:

Brincadeiras tradicionais infantis: este tipo de brincadeira está ligada ao folclore e a cultura

popular, passada de geração em geração. Não se sabe a origem e nem quem são os criadores

destas brincadeiras. Algumas delas preservam suas características iniciais outras vão

passando por transformações a cada geração. O crescimento da industrialização de

brinquedos, também o crescimento desordenado das cidades, a redução de espaços físicos

destinados a crianças, a influência da escolha do brinquedo por meio da mídia fizeram com

que o desenvolvimento de nossas crianças tivesse um tempo menor reduzindo as atividades

lúdicas que tanto contribui para o desenvolvimento cognitivo.

A brincadeira tradicional tem a função de perpetuar a cultura infantil, desenvolver formas de convivência social e permitir o prazer de brincar. Por pertencer à categoria de experiências transmitidas espontaneamente conforme motivações internas da criança, a brincadeira tradicional infantil garante a presença do lúdico, da situação imaginária (KISHIMOTO, 2007, p.38-39).

Brincadeiras de faz-de-conta: conhecido também como jogo simbólico, pois a criança neste

tipo de brincadeira faz uso da imaginação e aprende a criar símbolos. “O faz-de-conta

permite não só a entrada no imaginário, mas a expressão de regras implícitas que se

materializam nos temas das brincadeiras” (KISHIMOTO, 2007, p.39). Por meio destas

brincadeiras as crianças podem inventar situações que podem refletir sua própria realidade e

durante a brincadeira eles podem buscar soluções para resolverem problemas de seu

cotidiano.

Brincadeiras de construção: estes tipos de jogos são extremamente importantes, pois a

criança faz o manuseio de tijolinhos, blocos e com eles constroem um mundo imaginário

estimulando a experiência sensorial e a criatividade. Estes jogos podem ser construídos com

materiais recicláveis transformando-os em recursos que estimulam o desenvolvimento

infantil dando lhes liberdade nos momentos de brincadeiras e de criação. O jogo de construção tem uma estreita relação com o faz-de-conta. Não se trata de manipular livremente tijolinhos de construção, mas de construir casas, móveis ou

P á g i n a | 93

cenários para as brincadeiras e evoluem em complexidade conforme o desenvolvimento da criança (KISHIMOTO, 2007, p. 40).

Com relação ao brinquedo, Kishimoto (2007, p. 18) afirma que, “diferindo do jogo, o

brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a

ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização”. Muitos brinquedos possuem uma

imagem que foi construída pela mídia, as crianças ao brincar fazem uso da imaginação criando um

mundo imaginário se tornando heróis, príncipes e princesas.

O brinquedo propõe um mundo imaginário da criança e do adulto criador do objeto lúdico. No caso da criança, o imaginário varia conforme a idade: para o pré-escolar de 3 anos, está carregado de animismo; de 5 a 6 anos, integra predominantemente elementos da realidade (KISHIMOTO,2007, p.19).

O brinquedo pode ser entendido como um suporte para a brincadeira e como o objeto que

permite que a imaginação aconteça, pois a criança atribui aos objetos significados que fazem

sentido ao mundo imaginário dela (MEYER, 2004).

O brinquedo coloca a criança na presença de reproduções: do o que existe no cotidiano na natureza e as construções humanas, o brinquedo acaba sendo um substituto dos objetos reais, podendo assim manipulá-los (MEYER, 2004, p. 39).

Ao fazer uso de alguns brinquedos, manipulando, reconhecendo cores e construindo

castelos com tijolinhos ou bloquinhos coloridos, elas fazem uso de sua criatividade e imaginação e

ao brincar desta forma, as funções lúdicas e educativas estão presentes (KISHIMOTO, 2007).

Ao assumir a função lúdica e educativa, o brinquedo educativo merece algumas considerações: 1.função lúdica: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente; 2.função educativa: o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o individuo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo (KISHIMOTO, 2007, p.37).

Sobre o brincar, Maranhão (2007) diz que a criança ao brincar assume papéis que as insere

no mundo dos adultos, e que por meio das brincadeiras ela se desenvolve melhor tanto socialmente

quanto intelectualmente.

Vidal (2001) afirma que o brincar é importante para a criança, pois ao brincar ela deixa

transparecer suas emoções, interage com os outros colegas, aumenta o desempenho físico-motor,

sua linguagem e consegue compreender melhor valores morais que fazem com a criança

compreenda como deve se comportar mediante algumas situações.

P á g i n a | 94

O jogo implica para a criança muito mais do que o simples ato de brincar. Através do jogo, ela está se comunicando com o mundo e também está se expressando. Para o adulto o jogo constitui um “espelho”, uma fonte de dados para compreender melhor como se dá o desenvolvimento infantil. Daí sua importância (FRIEDMANN, 1996, p.14 apud VIDAL, 2001, p.44).

Segundo Kishimoto (2007), brincando a criança se desloca do mundo real e desperta sua

criatividade, imaginação, fantasia em um mundo imaginário. Isso faz com que ela se torne uma

criança mais espontânea e mais comunicativa, ela começa a aprender como se trabalha em grupo e

compreende a importância de ajudar o outro. Por isso, as regras são essenciais para o

desenvolvimento da criança.

A existência de regras em todos os jogos é uma característica marcante. Há regras explícitas, como no jogo de xadrez ou amarelinha, regras implícitas como na brincadeira de faz-de-conta, em que a menina se faz passar pela mãe que cuida da filha. São regras internas, ocultas, que ordenam e conduzem a brincadeira (KISHIMOTO, 2007, p.24).

O ato de brincar faz com que a criança tenha a oportunidade de satisfazer suas vontades sem

ter preocupações exteriores e isso permite que ela viaje em um mundo de ilusão, imaginário, se

desligando da realidade. Mas, ela faz um alerta em relação a escolha dos jogos pois cada tipo de

jogo atende a uma clientela diferente e a escolha deve ser feita priorizando a faixa etária, pois,

algumas regras podem não servir para todos os jogadores devido a faixa etária (MARANHÃO,

2007).

As regras devem existir para que o jogo aconteça de modo que todos tenham a oportunidade

de jogar e brincar, mas de acordo com Meyer (2004, p.40), “Uma regra da brincadeira só tem valor

se for aceita por aqueles que brincam e só vale durante a brincadeira, além do mais, a regra pode ser

transformada por um acordo dos que brincam”.

Considerações finais

No Brasil, o processo de redemocratização da sociedade, na década de 1980, permitiu que

os reflexos do movimento internacional sobre os direitos da criança se traduzissem em significativo

avanço legal. A educação infantil, que até então era direito dos filhos de mães trabalhadoras, passa,

com a constituição de 1988, a ser direito das crianças. De acordo com a Constituição de 1988 e com

a LDB de 1996, as creches e pré-escolas são parte do sistema de ensino.

P á g i n a | 95

Segundo a Resolução N. 5, de 17 de dezembro de 2009, que fixa as Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil, as propostas pedagógicas deverão considerar que a criança é

um sujeito histórico e de direitos (conforme já citado anteriormente), que, nas interações, relações e

práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina,

fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza

e a sociedade, produzindo cultura.

Sendo assim, acreditamos que os brinquedos e as brincadeiras precisam ser compreendidos

não apenas como um espaço lúdico, destacado do contexto geral do ensino, mas sim como um

conhecimento e uma prática necessários para a formação da criança da primeira infância.

A presença do jogo na educação infantil é muito rica em relação ao processo de

aprendizagem, vários estudos a respeito do lúdico justificam a importância do jogar e do brincar

nessa fase de desenvolvimento das crianças. O momento lúdico deve ser explorado pelas crianças

em duas fases, a primeira fase está no jogar livremente, permitindo as crianças uma visualização do

jogo conforme suas experiências e vivencias, despertando a curiosidade e desejo no jogo. Já na

segunda fase o jogo deve ser explorado com a intervenção de um adulto, o qual auxilia nas regras e

reflexão, cabe ao adulto não descaracterizar o jogo, ou seja, retirar as características predominantes

no jogo, divertimento e repouso (OLIVEIRA, 1994).

Assim, conforme Meyer (2003) é preciso espaço e tempo para brincar, é preciso intervenção

do professor quando necessário é preciso planejamento para que a brincadeira não seja apenas uma

atividade para preencher um tempo ocioso durante a aula, perdendo suas características essenciais.

Referências: ARANTES, Paulo Henrique de Oliveira. Educação Infantil Direito, perspectivas e financiamento – o papel do Ministério Público. IN: ANGOTTI, Maristela (Org.). Educação Infantil: da condição de direito à condição de qualidade no atendimento. Campinas, SP: Alínea, 2009. P. 17-35. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> . Acesso em março de 2011.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12992:diretrizes-para-a-educacao-basica&catid=323:orgaos-vinculados> . Acesso em maio de 2011.

BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. São Paulo: Cortez, 1990. Disponível em< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em maio de 2011.

P á g i n a | 96 BRASIL. Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério - FUNDEB. Lei nº 11.494 de 2007. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12407> Acesso em maio de 2011.

BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/lei9394.pdf>. Acesso em abril de 2011. CAMARGO, Ricardo Leite. CARNEIRO, Kleber Tuxen. O jogo e a educação. In: ANGOTTI, Maristela (Org.). Educação infantil: para que, para quem e por quê?. 2. ed. Campinas, SP: Alínea, 2008, p. 117 – 138. Declaração dos Direitos da Criança (1959). Disponível em <http://www.portaldafamilia.org/datas/criancas/direitosdacrianca.shtml. Acesso em: set. 2011. DORNELLES, Leni Vieira. Na escola infantil todo mundo brinca se você brinca. In: CRAIDY, Carmem Maria e KAERCER, Gládis Elise P. da Silva (Org.). Educação Infantil: pra que te quero?. Porto Alegre: Artmed, 2001, p. 101 – 108. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. O dicionário da Língua Portuguesa. 8 ed. Curitiba: Positivo, 2010. FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 1997.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 10.ed.São Paulo: Cortez,2007. MARANHÃO, Diva Nereida Marques Machado. Ensinar brincando: a aprendizagem pode ser uma grande brincadeira. 4. ed. Rio de Janeiro: WAK, 2007. MELHORAMENTOS, Minidicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Companhia Melhoramentos, 1997. MEYER, Ivanise Corrêa Rezende. Brincar e Viver: projetos em educação infantil. 2.ed.Rio de Janeiro: WAK, 2004. OLIVEIRA, Paulo de Salles. O que é brinquedo. 2.ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.

PALHARES, Marina Silveira. Educação infantil: como ficam as crianças de 6 anos? IN: FARIA, Ana Lúcia Goulart de; PALHARES, Marina Silveira (Org.). Educação Infantil Pós LDB: rumos e desafios. 6. Ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2007. P. 121 -125. RIZZI, Leonor e HAYDT, Regina Célia Cazaux. Atividades Lúdicas na Educação da Criança. 7.ed. São Paulo: Ática, 2007.

ROSEMBERG, Fúlvia. Educação Infantil pós-fundeb: avanços e tensões. IN: SOUZA, Gisele. Educar na Infância: perspectivas histórico-sociais. São Paulo: Contexto, 2010. p. 171-186. VIDAL, Fernanda Fornari. Uma sala de aula em que se pode brincar. IN: ZEN, Maria Isabel Dalla (Org.). Projetos pedagógicos: cenas de salas de aula. Porto Alegre: Mediação, 2001. P. 35-61.

P á g i n a | 97 WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. 2.ed. São Paulo: Cortez,1997.