41
Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NÍVEL E BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO INSERIDOS EM UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS ORIENTADOS RENATO SANTILLI TÁRTARO LONDRINA PARANÁ 2010

Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

Universidade

Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

NÍVEL E BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO INSERIDOS EM UM

PROGRAMA DE EXERCÍCIOS ORIENTADOS

RENATO SANTILLI TÁRTARO

LONDRINA – PARANÁ

2010

Page 2: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

RENATO SANTILLI TÁRTARO

NÍVEL E BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO INSERIDOS EM UM

PROGRAMA DE EXERCÍCIOS ORIENTADOS

Trabalho apresentado como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.

Londrina, 16 de novembro de 2010

Page 3: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

ii

TÁRTARO, Renato Santilli. Nível e benefícios da atividade física em idosos com hipertensão inseridos em um programa de exercícios orientados. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2010.

RESUMO

O aumento na procura por exercícios físicos orientados para a população idosa gera necessidade de maiores investigações sobre as patologias que essa população possui como a hipertensão. A mensuração do nível de atividade física cotidiana pode ser um bom instrumento para avaliar o impacto dos programas orientados de atividades físicas, ressaltando os possíveis benefícios. O objetivo deste estudo foi identificar os benefícios e o nível de atividade física de idosos com hipertensão, inseridos em programas de exercícios físicos orientados. Para isso foi utilizada uma amostra de 80 idosos participantes de um programa de atividade física para hipertensos da Unimed Londrina Cooperativa de Trabalho Médico na Unidade de Medicina Preventiva, com aulas de 45 minutos com frequência de três vezes por semana, execução de exercícios predominantemente aeróbicos e algumas adaptações a exercício de força. Para análise estatística foi utilizado o programa Biostat 5.0 com análise descritiva da amostra. Como média e desvio-padrão e o Coeficiente de Correlação de Pearson para verificar a correlação entre o nível de atividade física e seus benefícios. Os resultados mostraram que 22,5% possuem um gasto energético, semanal, regular e 73,75% um gasto energético ótimo para diminuir os riscos de problemas cardíacos. Observou-se que o maior responsável pelo gasto energético semanal do idoso é o trabalho doméstico, que representa 50,08% do gasto total. Em relação aos benefícios da atividade física, 70% tiveram melhora na saúde comparado há um ano. Considerando um escore entre 10 e 30, a amostra teve média de 25,3. A associação entre as variáveis, nível de atividade física e benefícios da atividade física não identificou correlação, R=0,25, confirmando que as atividades aeróbicas melhoram a saúde em geral de idosos hipertensos e o nível de atividade física não tem influência significante nesses benefícios. Concluímos que a prática regular de atividade física melhora a saúde de maneira geral de idosos hipertensos e o maior gasto energético semanal não necessariamente resultará em maiores benefícios para saúde de idosos hipertensos por causa da possível sobrecarga sobre alguma articulação ou musculatura Palavras-Chaves: Idosos, Hipertensão, Benefícios e Nível de Atividade Física.

Page 4: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

iii

ABSTRACT

The increase in demand for exercise geared to the elderly population creates a need for more research on the diseases that this population has as hypertension. Measuring the level of daily physical activity can be a good tool to evaluate the impact of programs targeting physical activity, highlighting the possible benefits. The aim of this study was to identify the benefits and level of physical activity in elderly patients with hypertension, embedded in physical exercise programs oriented. For this we used a sample of 80 elderly participants of a physical activity program for hypertensives Unimed Londrina Cooperative Medical Work in the Unit of Preventive Medicine, with classes of 45 minutes with a frequency of three times a week, running predominantly aerobic exercises and Certain amendments to exercise. Statistical analysis was carried out using Biostat 5.0 with descriptive analysis. As mean and standard deviation and correlation coefficient of Pearson correlation was found between level of physical activity and its benefits. The results showed that 22.5% have an energetic, weekly, regular and 73.75% a great energy expenditure to reduce the risk of heart problems. It was observed that the most responsible for the energy expenditures of the elderly is domestic work, which represents 50.08% of total expenditure. Regarding the benefits of physical activity, 70% had an improvement in health compared with a year ago. Whereas a score between 10 and 30, the sample averaged 25.3. The association between variables, level of physical activity and physical activity benefits not identified correlation, R = 0.25, confirming that aerobic activity improves health in general hypertensive and level of physical activity has no significant influence on these benefits. We conclude that regular physical activity improves health in general hypertensive and higher energy expenditures did not necessarily result in greater health benefits for the elderly hypertensives because of possible overload on any joint or muscle. Key Words: Elderly, Hypertension, Benefits and Level of Physical Activity.

Page 5: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

iv

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Gasto energético semanal de acordo com as recomendações de

Paffenbarger et. al. (1986).............................................................

21

Tabela 2 - Distribuição, em porcentagem, das atividades de acordo com o

nível de atividade física semanal no Questionário de Atividade

Física para Idosos de Yale..............................................................

22

Tabela 3 - Resposta da primeira questão do questionário de benefícios da

atividade física, segundo o Questionário SF-36: Comparada há

1 ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral agora?

22

Tabela 4 - Média e desvio-padrão da segunda questão do questionário de

benefícios da atividade física, segundo o Questionário SF-36, o

escore máximo da escala dos benefícios é 30 e o mínimo é

10.....................................................................................................

22

Tabela 5 - Correlação entre as variáveis: nível de atividade física e

benefícios desta.............................................................................

23

Page 6: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

v

LISTA DE ANEXOS

Anexo I - Questionário de Atividade Física para Idosos de Yale –

questões e cotação......................................................................

30

Anexo II - Questionário SF-36 ..................................................................... 37

Anexo III - Terno de Consentimento de Participação................................... 39

Page 7: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

SUMÁRIO

RESUMO ii

ABSTRACT iii

LISTA DE TABELAS iv

LISTA DE ANEXOS v

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 08

2 OBJETIVOS............................................................................................... 10

2.1 Objetivo geral............................................................................................ 10

2.2 Objetivos específicos................................................................................. 10

3 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 11

3.1 Envelhecimento e atividade física.............................................................. 11

3.2 Hipertensão e nível de atividade física...................................................... 13

3.3 Benefícios e programas de exercícios físicos para idosos........................ 15

4 MÉTODOS................................................................................................. 18

4.1 Amostra...................................................................................................... 18

4.2 Local........................................................................................................... 18

4.3 Instrumentos............................................................................................... 18

4.4 Programa de exercício físico.................................................................... 19

4.5 Análise estatística...................................................................................... 19

5 RESULTADOS........................................................................................... 20

5.1 Resultados em tabelas............................................................................. 21

6 DISCUSSÃO.............................................................................................. 24

7 CONCLUSÃO............................................................................................. 26

REFERÊNCIAS 27

Page 8: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

2

ANEXO I 30

ANEXO II 37

ANEXO III 39

Page 9: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

8

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento acarreta vários efeitos sobre as variáveis

metabólicas, sendo a diminuição da potência aeróbia o mais agravante. Essa queda

provoca aumento da morbidade e mortalidade da população idosa por doenças

crônicas e degenerativas associadas à hipertensão arterial (SAFONS e PEREIRA,

2007).

Como uma forma de retardar as consequências do envelhecimento e o

aumento da pressão arterial, a população idosa passou, nos últimos anos, a

procurar exercícios físicos orientados. Por isso, surgiu a necessidade de maiores

investigações dessa patologia para que o profissional de Educação Física possa

criar formas de controle dos programas de exercícios direcionados a essa

população, que garantam benefícios para a saúde dessa população.

Assim, a identificação desses benefícios e do nível de atividade física

adequados à população idosa pode ser um ótimo instrumento para se prescreverem

exercícios que mantenham ou melhorarem as capacidades físicas, utilizando

informações sobre o impacto das atividades físicas cotidianas dos clientes.

A prática regular de atividade física tem influência na prevenção e

tratamento de várias doenças crônico-degenerativas como a hipertensão arterial, a

qual, segundo Whelton et. al. (2002), é a doença cardiovascular que possui a maior

taxa de morbidade, ou seja, possibilidade de desencadear outras doenças.

De acordo com Rondon e Brum (2003), como tratamento da

hipertensão arterial o exercício aeróbico provoca redução da pressão arterial,

revelando-se um importante componente de modificação do estilo de vida e ressalta

a eficiência do exercício sobre o comportamento crônico e subagudo da pressão

arterial.

Essa mudança de estilo de vida inativo fisicamente para ativo produz

um aumento na quantidade de atividade física dos idosos hipertensos, obrigando o

profissional de Educação Física a ajustar a intervenção segundo o nível de atividade

física cotidiana, com o objetivo de alcançar e manter os benefícios do exercício

sobre a pressão arterial (RONDON e BRUM, 2003).

Tendo como base as afirmações citadas, surge o seguinte

questionamento: qual é o nível de atividade física de idosos hipertensos

Page 10: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

9

participantes de programas orientados de exercícios físicos e se há benefícios para

as capacidades físicas voltadas para saúde?

Page 11: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

10

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Identificar o nível de atividade física e os benefícios para as

capacidades físicas de idosos com hipertensão, inseridos em um programa de

exercícios físicos orientados.

2.2 Objetivos específicos

Descrever o nível de atividade física da amostra investigada de idosos

com hipertensão;

Identificar se há benefícios na prática de atividade física dos idosos

hipertensos;

Correlacionar o nível de atividade física com os benefícios

proporcionados aos idosos;

Page 12: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

11

3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Envelhecimento e atividade física

O aumento da expectativa de vida, conquistado pelo avanço da

medicina, revela, com grande evidência, os comprometimentos envolvidos no

envelhecimento. Este é um processo natural que consiste de vários termos

biológicos e funcionais como a somação de danos do aparelho genético ou o

processo geneticamente programado, de acordo com Nadai (1995).

Dessa forma, o idoso tornou-se foco de investigação de diversos

pesquisadores de países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, como estudo de

Oliveira (2004) que mostra a representação de 8,5% do total da população, com

projeções para 2025 de uma população nacional de 15% (cerca de 34 milhões) de

pessoas acima de 60 anos.

Os comprometimentos no envelhecimento associados a um estilo de

vida menos saudável e com menor prática de atividades físicas produzem um efeito

deletério, motivam maior desaceleração da taxa metabólica, modificam a

composição da massa corporal dos idosos por causa do aumento da gordura

corporal (LINS e CORBUCCI, 2007).

Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis

antropométricos e neuromotores capazes de comprometer seriamente a qualidade

de vida do idoso.

Os efeitos dessas perdas começam a partir dos 50 anos de idade com

um decréscimo de aproximadamente 1% ao ano para a maior parte das variáveis da

aptidão física como aumento do peso corporal, diminuição da estatura, aumento da

gordura corporal, detrimento da massa muscular e da massa óssea e diminuição no

desempenho neuromotor, causada pela diminuição no número e no tamanho das

fibras musculares, acarretando a perda gradativa da força muscular (MATSUDO, S.;

MATSUDO, V. e BARROS NETO; 2000).

Evitando ou diminuindo essas perdas, a prática regular de atividades

físicas traz benefícios para o envelhecimento; pois promovem, no mínimo, a

manutenção da resistência aeróbica, da flexibilidade, da resistência muscular

Page 13: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

12

localizada e das habilidades motoras dos idosos (NADAI, 1995).

Consequentemente, esses indivíduos poderão executar as tarefas

diárias com economia energética, sem sobrecargas; retardar as alterações físicas

provenientes do processo de envelhecimento, melhorar a qualidade de vida,

prevenir doenças e garantir o próprio bem-estar.

Os exercícios regulares, a alimentação adequada e o equilíbrio afetivo-

social desempenham importante papel em relação aos benefícios sociais,

psicológicos e físicos da atividade física para os indivíduos idosos (NETZ, 2005). É

importante lembrar que há necessidade de orientação médica antes de se iniciar um

programa de atividades físicas, pois o exame médico pode avaliar, com segurança,

as condições adequadas de saúde para a prática de exercícios físicos.

O profissional de Educação Física deve adequar os objetivos do

programa às necessidades e interesses do indivíduo (SAFONS e PEREIRA, 2007).

A atividade física deve ajudar no tratamento de diversos problemas de

saúde, associados às alterações sistemáticas dos hábitos de vida da população,

principalmente dos idosos, como a redução dos níveis de atividade física que

conduzem a um estilo de vida cada vez mais sedentário.

A prática de atividades físicas além de evitar o sedentarismo,

proporciona ao idoso um momento de convivência com um grupo que busca os

mesmos propósitos, favorecendo o desenvolvimento de relações interpessoais

(LINS e CORBUCCI, 2007).

Além do caráter social, a atividade física pode prevenir o aparecimento

de algumas doenças como cardiopatias, desvios posturais e encurtamentos

musculares, contribui para a manutenção das funções físico-cognitivas e,

consequentemente, promove maior independência na velhice com um estilo de vida

fisicamente ativo, reduzindo os riscos de doenças crônicas, incluindo hipertensão

(CORNELISSEN et. al., 2009).

Page 14: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

13

3.2 Hipertensão e nível de atividade física

Doença Cardiovascular é a designação genérica para diversas

doenças que acometem o coração e os vasos sangüíneos. Dentre as doenças

cardiovasculares, deve ser dado cuidado especial à hipertensão arterial devido à sua

morbidade (SAFONS e PEREIRA, 2007).

Há maior incidência de hipertensão arterial de acordo com o passar

dos anos, seu desenvolvimento é lento e não apresenta sinais ou sintomas

definidos, portanto há necessidade de acompanhamento periódico dos valores de

pressão arterial para estabelecer estratégias voltadas à prevenção ou ao tratamento.

No Brasil, estima-se que a hipertensão arterial é responsável por 80%

dos casos de acidente cérebro vascular, 60% dos casos de infarto agudo do

miocárdio e 40% das aposentadorias precoces, além de significar um custo de 475

milhões de reais. A hipertensão arterial acomete quase 60% dos idosos, conferindo

a esse grupo alto risco cardiovascular. No Estado do Paraná são 531.997 idosos

com hipertensão, em Londrina são 28.361 idosos (VILA-NOVA, 2010).

De acordo com o estudo de Oliveira et. al. (2008), a identificação da

hipertensão na população representa uma tarefa difícil, por causa da exigência da

mensuração da pressão arterial e da aquisição de informações a respeito do uso

recente de medicação.

Nessas patologias, a intervenção farmacológica é imprescindível para o

tratamento, no entanto, há procedimentos não farmacológicos que proporcionam

resultados satisfatórios no hipertenso como: o controle alimentar; redução do peso

corporal e exercício físico.

Entre os fatores de risco para hipertensão arterial, são citados na

literatura: hereditariedade, idade avançada, sexo feminino, grupo étnico, menor nível

de escolaridade, condição socioeconômica desfavorável, obesidade, etilismo,

sedentarismo, tabagismo e o uso de anticoncepcionais orais (ZAITUNE et. al., 2006).

A atividade física pode ser utilizada pelo profissional de Educação

Física como um fator de prevenção e de tratamento da hipertensão arterial; pois,

segundo Rondon e Brum (2003), o exercício tem a característica de intervir no

comportamento pressórico de forma crônica (efeito do treinamento em longo prazo)

Page 15: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

14

e de forma subaguda (redução da pressão arterial nas horas subsequentes ao

esforço).

A mensuração da atividade física cotidiana dos idosos pode ser um

bom instrumento para adaptar a intensidade e o volume do exercício físico orientado

e manter os benefícios sobre a pressão arterial.

Assim, a prática de exercício físico como tratamento para hipertensos

mais recomendado é a aeróbica, pois provoca adaptações autonômicas e

hemodinâmicas que melhoram, de forma expressiva, o funcionamento do sistema

cardiovascular, apresentando implicações clínicas importantes (LATERZA,

RONDON e NEGRÃO, 2007).

Essa prática é incluída, para melhorar o atendimento da população

idosa, em planos de saúde e programas governamentais. Esses últimos organizam

Programas de Atividades Físicas para a Terceira Idade, supervisionados por

profissionais de Educação Física que devem atender aos interesses e ás

necessidades dos idosos no aspecto fisiológico, dinâmico e comunicativo (NADAI,

1995).

A quantidade ideal de atividades físicas representa um importante

instrumento nos programas de intervenção em tratamento de idosos hipertensos,

pois garantem orientação coerente em relação à quantidade, intensidade e

frequência dessas atividades.

A inserção de hipertensos nesses programas promove a realização de

atividades que garantem um esforço entre as intensidades baixa e moderada e

diminuem o risco de outros males com consequências negativas provocadas pelo

envelhecimento e pela hipertensão (SAFONS e PEREIRA, 2007).

Assim, Paffenbarger et. al. (1986) observaram que a relação dose-

resposta do risco de doenças crônico-degenerativas diminui quando o gasto

energético total em atividade física semanal aumenta, sendo considerado regular

entre 1.500 e 3.500 kcal e ótimo acima disso.

No entanto, verifica-se um declínio no nível de atividade física com o

aumento da idade, por isso é necessário mais atenção à influência dos programas

de exercício moderado nos padrões da atividade física diária de idosos hipertensos,

já que o aumento do nível de atividade gera um forte impacto positivo na diminuição

da morbidade e eventualmente da mortalidade da população idosa, com efeitos

saudáveis do exercício no nível cognitivo e de qualidade de vida.

Page 16: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

15

Além disso, a adoção da atividade física contribui para reduzir os

custos no tratamento da hipertensão, auxilia na prevenção de outras doenças

crônicas e diminui o impacto de substâncias químicas no organismo, provocado pela

intervenção farmacológica (CORNELISSEN et. al., 2009).

3.3 Benefícios e programas de exercícios físicos para idosos

Existe ampla evidência de que o exercício regular e moderado tem

benefícios inquestionáveis para a saúde física, podendo contribuir de forma

significativa para o bem-estar geral do sujeito em todas as idades (MOTA,

CARVALHO e MATOS, 2006).

Essa prática regular traz vários benefícios sob todos os aspectos do

organismo. Do ponto de vista da saúde física, podem prevenir os declínios cognitivos

vistos no processo de envelhecimento com benefícios como: a prevenção de

doenças coronarianas; tratamento de doenças cardíacas; prevenção do derrame;

melhoria da função cardíaca e pulmonar; melhoria da força e manutenção da massa

muscular; diminuição do colesterol total do sangue; diminuição dos triglicerídeos;

prevenção e tratamento da hipertensão arterial; auxílio a dietas no controle do peso;

tratamento da obesidade; contribuição ao bem-estar psicológico; redução da

ansiedade e aumento da auto-estima (NIEMAN, 1999).

Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de

doenças, pois reduzem a mortalidade associada a elas. Isso mostra que uma

pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na

saúde e na qualidade de vida (MATSUDO, S.; MATSUDO, V. e BARROS NETO;

2000).

Já no campo da saúde mental, a prática de exercícios ajuda a regular

as substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue no

cérebro, de acordo com pesquisas que demonstram a prática de exercícios

regulares traz benefícios psicológicos, como: melhor sensação de bem estar, humor

e auto-estima, assim como redução da ansiedade, tensão e depressão (MIRANDA

et. al., 2002).

Page 17: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

16

Portanto, quanto maior o gasto de energia em atividades físicas

habituais, maiores serão os benefícios para a saúde geral do indivíduo.

Pensando nisso, os Programas de atividade física que oferecem

exercícios físicos de intensidade moderada a intensa produzem no corpo uma carga

maior que a da vida diária, focando o treinamento para aquisição, recuperação de

incrementos para a aptidão física. Tal treinamento é planejado para ajudar o idoso a

atingir e a manter acessível o máximo de suas capacidades funcionais, provocando

alterações positivas na fisiologia do idoso (SAFONS e PEREIRA, 2007).

Com o planejamento coerente desses programas, a Educação Física

tem a oportunidade de aperfeiçoar e ampliar o conhecimento científico sobre o

impacto da atividade física na população idosa, para construção de uma maior

bibliografia científica, expandindo as informações sobre o processo de

envelhecimento humano e programas de atividade física para essa população.

Esses programas promovem a melhoria da qualidade de vida, evitando

a atrofia muscular, favorecendo a mobilidade articular, evitando a descalcificação

óssea e melhorando a contração cardíaca, de acordo com Nadai (1995).

Para essas pessoas hipertensas, a adesão ao programa de

intervenção é um elemento essencial para alcançar e manter os benefícios do

exercício sobre a pressão arterial, segundo achados de Whelton et. al. (2002).

Programas para hipertensos buscam o auxílio da atividade física para

aumentar a rede de capilares em seus músculos. Com isso o sangue consegue

difundir-se com maior facilidade reduzindo a pressão e mantendo oxigenação

tecidual elevada, ou seja, o exercício físico melhora o fluxo sanguíneo levando mais

oxigênio e nutrientes para todas as regiões do corpo (LATERZA, RONDON e

NEGRÃO, 2007).

Assim, esses programas de exercícios orientados para idosos

hipertensos costumam seguir as recomendações do American College the Medicine

of Sports, o qual considera a duração da aula entre 45 e 60 minutos, com frequência

mínima de três vezes por semana, para obtenção de resultados satisfatórios na

resistência cardiovascular e força muscular (NELSON et. al., 2007).

Para realização de Atividades aeróbicas é recomendado,

preferencialmente, uma intensidade moderada, com duração de 30 a 60 minutos,

podendo ser cumulativa. Já para exercício resistido recomenda-se, pelo menos,

duas vezes por semana, junto com atividade aeróbica, de oito a dez exercícios que

Page 18: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

17

envolvam os maiores grupos musculares, realizando uma série de oito a 15

repetições (NELSON et. al., 2007).

Mesmo com todas essas informações, o conceito sobre a necessidade

da prática de atividade física está em constante mutação, devido às mudanças da

expectativa de vida populacional, do aumento do sedentarismo, do pouco

conhecimento sobre prevenção de doenças crônico-degenerativas e da baixa

qualidade de vida (LENDZION et. al., 2002).

Page 19: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

18

4 MÉTODOS

4.1 Amostra

Para realização do estudo, foi selecionada uma amostra de 80 idosos,

com média de idade de 68,5 anos, praticantes de um programa de atividade física

para hipertensos da Unimed Londrina Cooperativa de Trabalho Médico na Unidade

de Medicina Preventiva. Como critério de inclusão os participantes deveriam estar

incluídos no programa por um ano, no mínimo, sem período de faltas maior que dois

meses seguidos e possuírem o diagnóstico de hipertensão confirmado por um

cardiologista acompanhado de um atestado médico autorizando a prática de

atividade física. Para selecioná-los, foi utilizada a lista de presença da Unimed de

Londrina obtida e controlada pelo programa e-PrimeCare. Os idosos assinaram um

termo de consentimento livre e esclarecido com todas as informações sobre os

motivos do estudo, todas suas implicações como: objetivos, benefícios,

procedimentos do estudo e garantia de sigilo e privacidade.

4.2 Local

A pesquisa foi realizada na cidade de Londrina – PR na Unimed

Londrina Cooperativa de Trabalho Médico na Unidade de Medicina Preventiva.

4.3 Instrumentos

Os idosos selecionados responderam a dois questionários: um de nível

de atividade física e outro de benefícios da prática de atividade física. Ambos os

questionários foram aplicados na forma de entrevista pelo pesquisador. Para

identificar o nível de atividade física foi utilizado o Questionário de Atividade Física

Page 20: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

19

para idosos de Yale (FARINATTI, 2008). Para analisar os benefícios da atividade

física foi utilizado o questionário SF-36 (FERREIRA, 2000a e 2000b) adequado para

a atividade física, aplicando apenas as questões 2 e 3 do questionário. Após esse

período de aplicação do questionário, foram identificados os benefícios da atividade

física e os níveis desta atividade dos idosos. Para comparação do nível de atividade

física com o recomendado para população foi adotado o critério de Paffenbarger et.

al. (1986) (gasto energético total com atividade física semanal entre 1.500 e

3.500kcal é regularmente bom para diminuição do risco de futuros problemas

cardíaco em pessoas com hipertensão arterial; qualquer gasto superior é

considerado ótimo).

4.4 Programa de exercício físico

As atividades tiveram duração de 45 minutos por aula e freqüência de

três vezes por semana (segundas, quartas e sextas-feiras, ou terças, quintas-feiras e

sábados), com exercícios predominantemente aeróbicos como caminhada em

esteira, bicicleta, elíptico, simulador de caminhada, step e algumas adaptações a

exercícios resistidos como bíceps concentrado sentado, tríceps sentado, supino,

tríceps pulley no elástico, elevação frontal de barra e outros. Esses últimos são

adequados à intensidade para cada indivíduo, respeitando as limitações de cada um

na execução correta dos exercícios.

4.5 Análise estatística

Na análise dos dados, foi utilizado o programa estatístico BioStat 5.0

para obtenção da estatística descritiva dos dados em médias e desvios-padrão,

permitindo a tabulação dos dados de nível de atividade física e benefícios com os

escores dos questionários. Para achar o coeficiente de correlação entre as variáveis

nível de atividade física e benefícios da atividade física foi utilizada a estatística de

correção de Pearson. Para o nível de significância será adotado p<0,05.

Page 21: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

20

5 RESULTADOS

Os 80 idosos hipertensos entrevistados demoraram em torno de 10 e

25 minutos cada um para responder aos dois questionários propostos. Desses

idosos apenas três tiveram um gasto energético semanal, de acordo com o

questionário aplicado, abaixo das 1.500 kcal recomendados por Paffenbarger et. al.

(1986), representando apenas 3,75% da população estudada. Outros 18 idosos

tiveram gasto energético entre os valores estimados de 1.500 e 3.500 kcal, 22,5%

da amostra, sendo considerado regular para diminuir o risco de problemas

cardíacos em pessoas hipertensas. A grande maioria dos entrevistados, 59 idosos,

tiveram gasto energético maior que 3.500 kcal, considerado ótimo para diminuir o

risco de problemas cardíacos em pessoas hipertensas o que representa 73,75% da

amostra. A média do gasto energético dos idosos foi de 4.313,51kcal, com desvio-

padrão de ±2.035,53 kcal com valor mínimo de 978 kcal e valor máximo de 10.901

kcal (Tabela 1).

A distribuição de acordo com o nível de atividade física no

Questionário de Atividade Física para Idosos de Yale, separadas em porcentagem,

considerando o gasto energético em cada tipo de atividade física cotidiana ficou de

50,08% para atividades de trabalho doméstico, 8,15% para atividades de

manutenção doméstica externa, 6,32% para cuidados de terceiro, 17,59% para

exercícios físicos, 10,79% para atividades recreativas e 7,07% para outras

atividades (Tabela 2).

Na primeira pergunta do questionário de benefícios da atividade física,

2 idosos, representando 2,5% da amostra, responderam que a saúde deles piorou

em relação ao ano anterior; 7 idosos, 8,75% da amostra, responderam que a saúde

piorou um pouco comparada há um ano. Já 15 idosos, 18,75% da população

estudada, responderam que a saúde não mudou, permaneceu a mesma coisa de

um ano atrás. Outros 14 idosos, 17,5% da amostra, disseram que a saúde melhorou

um pouco comparada há um ano. Porém os 42 idosos restantes, 52,5% da amostra,

responderam que a saúde deles está muito melhor comparada há um ano (Tabela

3).

Ainda no questionário de benefícios da atividade física, no segundo

Page 22: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

21

item, ao qual foram determinados valores de um a três em 10 perguntas sobre

dificuldades em realizar certos tipos de atividade, atribui-se a nota máxima três a

nenhuma dificuldade para realização da atividade; a nota dois foi atribuída a pouca

dificuldade para realizar a atividade e a nota mínima um a muita dificuldade para

realização da atividade descrita. Foram determinados valores totais de 10 a 30 após

a soma das respostas. A média da amostra foi de 25,3, com desvio-padrão de ±4,2,

com valor mínimo de 13 e máximo de 30 segundo as atribuições propostas pelo

questionário (Tabela 4).

A correlação entre as duas variáveis, nível de atividade física e

benefícios, não foi alta. Esse resultado foi identificado através do coeficiente de

correlação de Pearson com o valor de R=0,25, em uma escala de 0 a 1, com erro-

padrão de 0,012. Assim, o tratamento estatístico não identificou correlação entre as

variáveis do estudo (Tabela 5).

5.1 Resultado em tabela

Tabela 1: Gasto energético semanal de acordo com as recomendações de

Paffenbarger et. al. (1986).

Gasto Energético Semanal Idosos

Hipertensos

% Média (Desvio-padrão)

< 1.500 kcal

(Ruim)

3 3,75 1344,5 kcal (±40,30)

> 1.500 e < 3.500 kcal

(Regular)

18 22,5 2638,1 kcal (±569,65)

> 3.500

(Ótimo)

59 73,75 4975,6 kcal (±1753,5)

Total 80 100 4.313,5 kcal (±2.035,53)

Page 23: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

22

Tabela 2: Distribuição, em porcentagem, das atividades de acordo com o nível de

atividade física semanal no Questionário de Atividade Física para Idosos de Yale.

Trabalho

Doméstico

Manutenção

Doméstica

Externa

Cuidado

de

terceiro

Exercício

Físico

Atividades

Recreativa

Outras

Atividades

Total

50,08% 8,15% 6,32% 17,59% 10,79% 7,07% 100%

Tabela 3: Resposta da primeira questão do questionário de benefícios da atividade

física, segundo o Questionário SF-36: Comparada há 1 ano, como você

classificaria sua saúde em geral agora?

Respostas Idosos Hipertensos %

1 (Muito pior agora do que há um ano) 2 2,5

2 (Um pouco pior agora do que há um ano) 7 8,75

3 (Quase a mesma de um ano atrás) 15 18,75

4 (Um pouco melhor do que há um ano) 14 17,5

5 (Muito melhor agora do que há um ano) 42 52,5

Total 80 100

Tabela 4: Média e desvio-padrão da segunda questão do questionário de benefícios

da atividade física, segundo o Questionário SF-36, cujo valor máximo da escala dos

benefícios é 30 e o mínimo é 10.

Valor da soma das escalas de

benefícios (30 a 10) dos idosos

Média Desvio-padrão

2.024

25,3

±4,2

Page 24: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

23

Tabela 5: Correlação entre as variáveis nível de atividade física e benefícios desta.

Matriz de Coeficiente de Correlação entre Nível de Atividade Física e Benefícios da Atividade Física. Valores de 0 a 1.

Coeficiente de correlação de Pearson

0,25

Erro-padrão R

0,012

H0 (5%) Rejeitado

Page 25: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

24

6 DISCUSSÃO

Apenas três idosos entrevistados tiveram um nível de atividade física

semanal abaixo do recomendado por Paffenbarger et. al. (1986) e mais de 70%

tiveram um nível de atividade física semanal ótimo para diminuir o risco de futuros

problemas cardíacos, considerando que a adesão às atividades que aumentem o

gasto energético representam uma melhora nos aspectos psicológicos, sociais e

físicos dos idosos (SAFONS e PEREIRA, 2007).

Neste nível de atividade física, a principal atividade cotidiana

responsável pelo gasto energético semanal foi o trabalho doméstico, representando

pouco mais que a metade do gasto semanal total. Uma possível explicação para

isso pode ser a composição da amostra, pois esta possuía maior quantidade de

mulheres em comparação aos homens. O sexo feminino representou 77,5% (62

idosas), o qual costuma assumir as obrigações domésticas com maior freqüência

que os homens e o questionário proposto ressalta esse tipo de atividade.

A principal influência do profissional de Educação Física no nível de

atividade física no cotidiano dos entrevistados foi no exercício físico orientado,

sendo o segundo maior responsável pelo gasto energético semanal, confirmando a

importância da atuação dos programas de exercícios físicos orientados para essa

população.

A atividade recreativa, outra área de atuação do profissional de

Educação Física, foi a terceira responsável pelo gasto energético semanal,

ressaltando a necessidade de maiores intervenções nestas duas áreas de atuação

para incentivar a adesão a uma vida fisicamente ativa, tanto na prática de exercícios

orientados como nos tempos de lazer e atividades recreativas (LINS, 2007).

Já no questionário de benefícios da atividade física aplicado nos

idosos, a grande maioria (70%) relatou uma melhora na saúde em geral comparada

há um ano. Assim, a adesão às atividades físicas para melhoria das capacidades

fisiológicas relacionadas à saúde teve bastante influência sobre os entrevistados, os

quais citaram a atividade física como um dos principais fatores para essa melhoria,

confirmando achados de Mota et. al. (2006).

Ainda sobre a resposta deste questionário, 18,75% responderam que

Page 26: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

25

não perceberam mudanças em sua saúde comparada há um ano, demonstrando

que o programa de exercício físico necessita aumentar a carga e/ou a intensidade

das atividades para esses participantes, pois o treinamento físico destes encontra-

se estagnado e precisa de uma sobrecarga para voltar a ter benefícios físicos

significantes e não desestimular o idoso (NADAI, 1995). O restante (11,25%) citou

que houve uma piora em sua saúde comparada há um ano, mas não relacionou

esse decréscimo com a atividade física, sendo as patologias já existentes antes da

adesão ao exercício orientado como as maiores responsáveis por essa queda,

como artroses e artrites nos joelhos e ombro.

Levando em consideração o último questionário citado, na atribuição

de escores para salientar a dificuldade em realizar certos tipos de atividades, a

média da amostra, considerando o escore mínimo de 10 e máximo de 30, foi de

25,3, sendo considerado um valor alto para a população estudada e confirmando

que o exercício físico mantém a independência do idoso em relação a suas

atividades físicas diárias (REBELATTO, 2006).

Ao associar as duas variáveis, nível de atividade física e benefícios da

atividade física, a correlação entre elas não foi identificado (R=0,25). Uma possível

explicação para esse resultado é a quantidade elevada de atividades domésticas

que os idosos necessitam realizar no cotidiano, sobrecarregando algumas

articulações nas execuções inadequadas dos movimentos corporais durante as

atividades.

Assim, o profissional de Educação Física precisa enfatizar a postura

corporal durante qualquer tipo de atividade realizada pelos idosos, ressaltando a

necessidade de executar corretamente os movimentos, equilibrando o peso corporal

para não sobrecarregar nenhuma articulação ou musculatura durante a atividade

(NADAI, 1995).

Para futuros estudos, a aplicação de testes físicos, pré e pós inserção

no programa de atividade física, poderá ter mais eficácia na demonstração dos

benefícios sobre as variáveis fisiológicas que o questionário aplicado, o qual

representa uma das limitações do estudo.

Page 27: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

26

7 CONCLUSÃO

A prática regular de atividade física melhora a saúde de maneira geral

de idosos hipertensos. Assim, a participação de programas de exercício físico

orientado produz aumento dos benefícios na atividade física e, consequentemente,

mantém o nível de atividade física no recomendado para a população, com média

de 4.313,5 kcal para essa amostra.

A principal atividade física da amostra é atividades domésticas,

seguida pelos exercícios físicos e atividades recreativas, as quais trazem benefícios

físicos, psicológicos e sociais, mas a correlação entre o nível e os benefícios da

atividade física foi baixa.

Isso mostra que o profissional de Educação física ainda necessita

aprimorar sua intervenção, considerando aspectos relacionados também a

atividades domésticas de idosos, como melhorar a postura e o equilíbrio do peso

corporal na execução das atividades cotidianas e manter atividades aeróbicas para

hipertensos como tratamento da doença.

Assim, concluímos que o maior gasto energético semanal não

necessariamente resultará em maiores benefícios para saúde de idosos hipertensos

por causa da possível sobrecarga sobre alguma articulação ou musculatura.

Page 28: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

27

REFERÊNCIAS

CORNELISSEN, Véronique A.; ARNOUT, Jozef; HOLVOET, Paul e FAGARD,

Robert H. Influence of exercise at lower and higher intensity on blood pressure

and cardiovascular risk factors at older age. Journal of Hypertension, v.27, n.4,

abr. 2009.

FARINATTI, Paulo de Tarso V. Envelhecimento, promoção da saúde e

exercícios: bases teóricas e metodológicas. Volume 1. Barueri-SP: Manole,

2008.

FERREIRA, Pedro L. Criação da versão portuguesa do MOS SF-36: Parte I

Adaptação cultural e lingüística. Acta Médica Portuguesa, n.13, p. 55-63,

maio/jun. 2000ª.

FERREIRA, Pedro L. Criação da versão portuguesa do MOS SF-36: Parte II

Testes de validação. Acta Médica Portuguesa, n.13, p. 119-27, maio/jun. 2000b.

LATERZA, Mateus C.; RONDON, Maria Urbano P.B. e NEGRÃO, Carlos E.

Efeito anti-hipertensivo do exercício. Revista Brasileira de Hipertensão, v.14,

n.2, p.104-11, fev. 2007.

LENDZION, Célia R.; NANTES, Eliane C.; CIESLAK, Fabrício e ACORDI, Maria

E. Envelhecimento e qualidade de vida. Revista Pró-Saúde, v.1, n.1, p.1-5, fev.

2002.

LINS, Raquel G. e CORBUCCI, Paulo C. A importância da motivação na prática

de atividade física para idosos. Estação Científica Online, n.4, abr/mai. 2007.

MATSUDO, Sandra M.M.; MATSUDO, Victor K.R.; BARROS NETO, Turíbio L.

Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e

metabólicas da aptidão física. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.8,

n.4, p.21-32, set. 2000.

MIRANDA, Roberto D; PERROTTI, Tatiana C.; BELLINAZZI, Vera R.;

NÓBREGA, Thaísa M.; CENDOROGLO, Maysa S. e TONIOLO NETO João.

Page 29: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

28

Hipertensão arterial no idoso: peculiaridades na fisiopatologia, no diagnóstico e

no tratamento. Revista Brasileira de Hipertensão, v.9, n.3, jul/set. 2002.

MOTA, Jorge; RIBEIRO, José L.; CARVALHO, Joana e MATOS, Margarida G.

Atividade física e qualidade de vida associada à saúde em idosos participantes e

não participantes em programas regulares de atividade física. Revista Brasileira

Educação Física e Esporte, v.20, n.3, p.219-25, jul/set. 2006.

NADAI, Andréia. Programa de atividades físicas e terceira idade. Motriz, v.1, n.2,

p.120-3, dez. 1995.

NELSON, Miriam E.; REJESKI, Jack; BLAIR, Steven N.; DUNCAN, Pamela W.;

JUDGE, James O.; KING, Abby C; MACERA, Carol A.; CASTANEDA-SCEPPA,

Carmen. Physical Activity and Public Health in Older Adults: Recommendation

From the American College of Sports Medicine and the American Heart

Association. Circulation, v.116, p.1094-1105, ago. 2007.

NETZ, Yael. Physical activity and psychological well-being in advanced age: a

meta-analysis of intervention studies. Psychology and Aging, v.20, n.2, p.272-

84, jun. 2005.

NIEMAN, David. Exercício e saúde. Como se prevenir de doenças usando o

exercício como seu medicamento. 1. d. São Paulo: Manole, 1999.

OLIVEIRA, Juarez de C.; ALBUQUERQUE, Fernando R.P. e LINS, Ivan B.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Coordenação de população e

indicadores sociais. Gerência de estudo e análise dinâmica demográfica.

Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período de 1980-

2050. Revisão, Rio de Janeiro: IBGE, out. 2004.

OLIVEIRA, Sonia M.J.V.; SANTOS, Jair L.F.; LEBRÃO, Maria L.; DUARTE, Yeda

A.O. e PIERIN, Ângela M.G. Hipertensão arterial referida em mulheres idosas:

prevalência e fatores associados. Texto Contexto Enfermagem, Maringá v.17,

n.2, p.241-9, abr/jun. 2008.

Page 30: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

29

PAFFENBARGER, Ralph S.; HYDE, Robert T.; WING, Alvin L.M. e HSIEH,

George C. Physical activity, all-cause mortality, and longevity of college alumni.

The New England Journal of Medicine, v.314, p.605-13, jun. 1986.

RABACOW, Fabiana M.; GOMES, Marcius de A.; MARQUES, Priscilla;

BENEDETTI, Tânia R.B. Questionários de medidas de atividade física em idosos.

Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v.8, n.4,

p.99-106, 2006.

REBELATTO Jr., Cielito; CALVO, Julio e OREJUELA, Juliano R. Influência de um

programa de atividade física de longa duração sobre a força muscular manual e a

flexibilidade corporal de mulheres idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia,

v.10, n.1, p.127-32, jan/mar. 2006.

RONDON, Maria Urbano B. e BRUM, Patrícia C. Exercício físico como

tratamento não farmacológico da hipertensão arterial. Revista Brasileira de

Hipertensão, v.10, p.134-9, abr/jun. 2003.

SAFONS, Marisete P.; PEREIRA, Márcio de M. Princípios Metodológicos da

Atividade Física para Idosos. BRASÍLIA: CREF/DF- FEF/UNB/GEPAFI, 2007.

VILA-NOVA, Regina S. Programa de Atenção à Hipertensão Arterial e ao

Diabetes Mellitus. Disponível em:<http://hiperdia.datasus.gov.br>. Acesso em: 23

de maio de 2010.

WHELTON, Seamus P.; CHIN, Ashley; XIN, Xue e HE, Jiang. Effect of aerobic

exercise on blood pressure: a meta-analysis of randomized, controlled trials.

Annals of Internal Medicine, v.136, n.7, p.493-503, abr. 2002.

ZAITUNE, Maria P.A.; BARROS, Marilisa B.A.; CÉSAR, Chester L.G.;

CARANDINA, Luana e GOLDBAUM, Moisés. Hipertensão arterial em idosos:

prevalência, fatores associados e práticas de controle no município de campinas,

São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v.22, n.2, p.285-94, fev. 2006.

Page 31: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

30

ANEXOS

ANEXO I:

Questionário de Atividade Física para Idosos de Yale – questões e cotação

Aqui está uma lista de atividades físicas. Por favor, diga quais delas você realizou durante

uma semana típica do último mês. Nosso interesse é conhecer os tipos de atividades que fazem parte

de sua rotina de trabalho e lazer.

Para cada atividade que você realiza, por favor, informe quanto tempo (horas) você gasta

durante uma semana típica.

Trabalho doméstico Código Intensidade

(kcal.min-1

)

Fazer Compras (mercado, roupas, etc.) 3,5

Subir escadas carregando pesos 8,5

Lavanderia (apenas transportar as roupas, descarregar, pendurar,

dobrar)

3,0

Tarefas domésticas leves: tirar o pó, polir, cuidar de plantas dentro

de casa, passar ferro

3,0

Tarefas domésticas pesadas: aspirar, varrer, esfregar chão e

paredes, deslocar móveis, caixas ou latas de lixo

4,5

Preparar refeições (duração > 10 min): colocar a mesa, carregar

pratos, servir a comida

2,5

Lavar louça (duração > 10 min): tirar a mesa, lavar/secar pratos,

guardar a louça

2,5

Reparos domésticos leves: reparos com utensílios pequenos,

manutenção leve

3,0

Reparos domésticos pesados: serviço de pintura, carpintaria,

lavar/polir automóveis

5,5

Outra atividade:_______________________________ _________

Page 32: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

31

Manutenção doméstica externa Código Intensidade

(kcal.min-1

)

Jardinagem: plantar, capinar, cavar, limpar 4,5

Cortar grama (somente andando) 4,5

Limpar calçadas/alamedas: varrer, cavar, juntar folhas 5,0

Outra atividade:_______________________________ _________

Cuidar de terceiros Código Intensidade

(kcal.min-1

)

Idosos ou pessoa portadora de deficiência: erguer, empurrar

cadeiras de rodas

5,5

Crianças: erguer, transportar, empurrar carrinho 4,0

Exercícios Código Intensidade

(kcal.min-1

)

Caminhada rápida (duração > 10 min) 6,0

Exercícios aquáticos, alongamento, ioga 3,0

Exercícios calistênicos vigorosos, ginástica aeróbia 6,0

Ciclismo (estacionário ou em deslocamento) 6,0

Natação (com viradas) 6,0

Outra atividade:_______________________________ _________

Page 33: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

32

Atividades recreativas Código Intensidade

(kcal.min-1

)

Passear a pé – caminhada de lazer (duração > 10 min) 3,5

Corte e costura: tricotar, serzir, bordar etc 1,5

Dançar (moderado/rápido): quadrilha, salão, sapateado etc 5,5

Boliche, bocha 3,0

Golfe (andar entre os buracos, apenas) 5,0

Esporte com raquete: tênis, racquet-ball 7,0

Bilhar 2,5

Outra atividade:_______________________________ _________

Eu gostaria de perguntar agora sobre certos tipos de atividades que você realizou no último mês. Eu

vou perguntar sobre atividades vigorosas, caminhadas de lazer, atividades sentadas ou em pé, entre

outras coisas que você faz habitualmente.

1) Quantas vezes durante o último mês você participou de atividades vigorosas, que duraram

pelo menos 10 minutos e causaram aumento importante de sua respiração, pulsação ou

cansaço nas pernas, ou que o fizeram transpirar?

0 = Nenhuma vez (vá para a questão 3)

1 = 1 a 3 vezes por mês

2 = 1 a 2 vezes por semana

3 = 3 a 4 vezes por semana

4 = 5 ou mais vezes por semana

7 = Recusou-se a responder

8 = Não sabe

Escore de freqüência (EF1) = ________

Page 34: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

33

2) Qual a duração aproximada com que você fazia esta(s) atividades(s) vigorosa(s) a cada vez?

0 = Não aplicável

1 = 10 a 30 minutos

2 = 31 a 60 minutos

3 = 60 ou mais minutos

7 = Recusou-se a responder

8 = Não sabe

Escore de duração (ED1) = ______(peso = 5)

ÍNDICE DE ATIVIDADES VIGOROSAS:

EF1_____x ED1_____x PESO _____=________

(respostas 7 e 8 são consideradas como faltando)

3) Pense nas caminhadas que você fez durante o último mês. Aproximadamente, quantas vezes

por mês você caminhou por ao menos 10 minutos, sem interrupção, mas num ritmo que não

foi intenso o suficiente para provocar grandes aumentos de respiração, pulsação ou cansaço

nas pernas, ou que não tenha feito você transpirar?

0 = Nenhuma vez (vá para a questão 5)

1 = 1 a 3 vezes por mês

2 = 1 a 2 vezes por semana

3 = 3 a 4 vezes por semana

4 = 5 ou mais vezes por semana

7 = Recusou-se a responder

8 = Não sabe

Escore de frequência (EF2) = _______

Page 35: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

34

4) Ao fazer esta(s) caminhada(s), aproximadamente quantos minutos elas duravam?

0 = Não aplicável

1 = 10 a 30 minutos

2 = 31 a 60 minutos

3 = 60 ou mais minutos

7 = Recusou-se a responder

8 = Não sabe

Escore de duração (ED2) = ______(peso = 4)

ÍNDICE DE CAMINHADAS DE LAZER:

EF2_____x ED2_____x PESO _____=________

(respostas 7 e 8 são consideradas como faltando)

5) Aproximadamente, quantas horas por dia você gasta deslocando-se a pé enquanto realiza

tarefas? Por favor, relate apenas o tempo em que você está realmente se movendo.

0 = Nenhuma hora (vá para questão 6)

1 = Menos de 1 hora por dia

2 = de 1 a menos de 3 horas por dia

3 = de 3 até menos de 5 horas por dia

4 = de 5 até menos de 7 horas por dia

5 = 7 ou mais horas por dia

7 = Recusou-se a responder

8 = Não sabe

Escore de deslocamento (EDL1) = _______ (peso 3)

ÍNDICE DE DESLOCAMENTO:

EDL1_____x PESO_____=________

(respostas 7 ou 8 são consideradas como faltando)

Page 36: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

35

6) Pense em quanto tempo você tem gastado ficando em pé ou deslocando-se a pé em um dia

típico durante o último mês. Aproximadamente, quantas horas por dia você fica de pé?

0 = Nenhuma vez (vá para a questão 7)

1 = Menos de 1 hora por dia

2 = De 1 a menos de 3 horas por dia

3 = De 3 até menos de 5 horas por dia

4 = De 5 até menos de 7 horas por dia

5 = 7 ou mais horas por dia

7 = Recusou-se a responder

8 = Não sabe

Escore de posição em pé (EPP1) = ________ (peso 2)

ÍNDICE DE POSIÇÃO EM PÉ:

EPP1_____x PESO_____=________

(respostas 7 ou 8 são consideradas como faltando)

7) Aproximadamente, quantas horas por dia você tem gastado sentado em um dia típico durante

o último mês?

0 = Nenhuma vez (vá para a questão 8)

1 = Menos de 3 horas

2 = De 3 a menos de 6 horas

3 = De 6 a menos de 8 horas

4 = 8 ou mais horas

7 = Recusou-se a responder

8 = Não sabe

Escore de posição sentada (EPS1) = ______ (peso 1)

ÍNDICE DE POSIÇÃO SENTADA:

EPS1_____x PESO_____=________

(respostas 7 ou 8 são consideradas como faltando)

Page 37: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

36

8) Por favor, compare a quantidade de atividade física que você realiza em outras épocas

(estações) do ano com as atividades que você relatou nesta entrevista, referentes a uma

semana típica do último mês. Por exemplo, no verão você faz mais ou menos atividades do

que o que você relatou para o último mês?

Muito mais

Pouco mais

Mesma coisa

Pouco menos

Muito menos

Não sabe

Primavera 1,30 1,15 1,00 0,85 0,70 *

Verão 1,30 1,15 1,00 0,85 0,70 *

Outono 1,30 1,15 1,00 0,85 0,70 *

Inverno 1,30 1,15 1,00 0,85 0,70 *

Fonte: Farinatti, 2008.

Page 38: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

37

ANEXO II:

Questionário SF-36

Comparada há 1 ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral agora?

(Circule uma)

Muito pior agora do que há um ano atrás ............................................................. 1

Um pouco pior agora do que há um ano atrás ..................................................... 2

Quase a mesma de um ano atrás ........................................................................ 3

Um pouco melhor do que há um ano atrás ........................................................... 4

Muito melhor agora do que há um ano atrás ........................................................ 5

1- Os seguintes itens referem-se a atividades que você poderia fazer atualmente durante um

dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer essas atividades? Neste

caso, quanto? (Circule um número em cada linha)

Atividades Sim dificulta

muito

Sim dificulta

um pouco

Não. Não

dificulta de

modo algum

a- Atividades vigorosas, que exigem

muito esforço, como tais: correr,

levantar objetos pesados, participar em

esportes árduos.

1 2 3

b- Atividades moderadas, tais como:

mover uma mesa, passar aspirador de

pó, jogar bola, varrer a casa.

1 2 3

c- Levantar ou carregar mantimentos

1 2 3

d- Subir vários lances de escadas 1

2 3

Page 39: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

38

Atividades Sim dificulta

muito

Sim dificulta

um pouco

Não. Não

dificulta de

modo algum

e- Subir um lance de escada

1 2 3

f- Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se

1 2 3

g- Andar mais de 1 quilômetro

1 2 3

h- Andar vários quarteirões

1 2 3

i- Andar um quarteirão

1 2 3

j- Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

Fonte: Ferreira, 2000a e 2000b.

Page 40: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

39

ANEXO III:

TERMO DE CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO

Responsáveis: RENATO SANTILLI TÁRTARO

MÁRCIA MARQUES DIB

Este é um convite especial para você participar voluntariamente do estudo:

“BENEFÍCIOS E NÍVEL DA ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO

INSERIDOS EM UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS ORIENTADOS” Por favor, leia

com atenção as informações abaixo antes de dar seu consentimento para participar

do estudo. Qualquer dúvida pode ser esclarecida diretamente com o pesquisador

RENATO SANTILLI TÁRTARO, Fone: (43) 3367-0547.

OBJETIVO E BENEFÍCIOS DO ESTUDO

O estudo tem como objetivo: Identificar o nível de atividade física de idosos com

hipertensão, inseridos em um programa de exercícios físicos orientados e associá-lo

aos benefícios da atividade física.

PROCEDIMENTOS

Para coleta dos dados serão aplicados dois questionários: um para mensurar

o nível de atividade física e outro para identificar os benefícios desta. Esses

questionários serão aplicados na forma de entrevista com duração de vinte minutos

no máximo.

DESPESAS/ RESSARCIMENTO DE DESPESAS DO VOLUNTÁRIO

Todos os sujeitos envolvidos nesta pesquisa são isentos de custos.

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA

A sua participação neste estudo é voluntária e terá plena e total liberdade

para desistir do estudo a qualquer momento, sem que isso acarrete qualquer

prejuízo.

Page 41: Universidade Estadual de Londrina (LINS e CORBUCCI, 2007). Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis antropométricos e neuromotores capazes de comprometer

40

GARANTIA DE SIGILO E PRIVACIDADE

As informações relacionadas ao estudo são confidenciais e qualquer

informação divulgada em relatório ou publicação será feita sob forma codificada,

para que a confidencialidade seja mantida. O pesquisador garante que seu nome

não será divulgado sob hipótese alguma.

Diante do exposto acima eu, ___________________________________________,

declaro que fui esclarecido sobre os objetivos, procedimentos e benefícios do

presente estudo. Participo de livre e espontânea vontade do estudo em questão. Foi-

me assegurado o direito de abandonar o estudo a qualquer momento, se eu assim o

desejasse. Declaro também não possuir nenhum grau de dependência profissional

ou educacional dos pesquisadores envolvidos nesse projeto (ou seja, os

pesquisadores desse projeto não podem me prejudicar de modo algum no trabalho

ou nos estudos), portanto não me senti pressionado de nenhum modo a participar

dessa pesquisa.

Londrina, 27 de Setembro de 2010.

_____________________________

_______________________________

Renato Santilli Tártaro Márcia Marques Dib