UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL Portal ... · Geografia e aprovada em sua forma final pelo Curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 08 de dezembro

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

CENTRO DE CIEcircNCIAS EXATAS

DEPARTAMENTO DE GEOCIEcircNCIAS

MARCELO GONCcedilALVES

ANAacuteLISE AMBIENTAL ATRAVEacuteS DO MAPEAMENTO DOS

BIOacuteTOPOS URBANOS DE ARAPONGAS - PR

LONDRINA - PARANAacute

2005

1


ANAacuteLISE AMBIENTAL ATRAVEacuteS DO MAPEAMENTO DOS BIOacuteTOPOS

URBANOS DE ARAPONGAS - PR

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado como exigecircncia para conclusatildeo do curso de Bacharelado em Geografia

Orientador Profordm Drordm Omar Neto Fernandes Barros

LONDRINA - PARANAacute 2005

2




Esta dissertaccedilatildeo foi julgada adequada agrave obtenccedilatildeo do grau de Bacharel em

Geografia e aprovada em sua forma final pelo Curso de Geografia da

Universidade Estadual de Londrina

Londrina 08 de dezembro de 2005

Profordm Drordm Omar Neto Fernandes Barros (orientador)

Profordf Drordf Mirian Vizintim Fernandes Barros

Profordm Msordm Oswaldo Coelho


3

Agradecimentos

Agradeccedilo primeiramente a Deus por tudo

aos meus pais pelo apoio que sempre me deram nos estudos e na vida sem eles nada

aconteceria

minha namorada pelo apoio amor e carinho

meus amigos e colegas de classe pelo companheirismo (ldquoateacute as oitavardquo sempre)

ao Palmeiras eacute claro

aos professores que tiveram vontade de nos ensinar algo

e ao meu orientador pela ajuda

4

RESUMO

GONCcedilALVES M Anaacutelise ambiental atraveacutes do mapeamento dos bioacutetopos urbanos de Arapongas - PR Trabalho de conclusatildeo de curso UEL Departamento de Geociecircncias Londrina Ediccedilatildeo do Autor 2005

Esse estudo eacute uma proposta de realizaccedilatildeo de anaacutelise ambiental atraveacutes do diagnoacutestico das unidades da paisagem urbana do municiacutepio de Arapongas - PR - Brasil utilizando para isto a metodologia de mapeamento de bioacutetopos Arapongas pode ser considerada uma cidade bem planejada e com poucos problemas estruturais poreacutem o crescimento populacional e uma consequumlente expansatildeo urbana podem gerar problemas nesta estrutura e no meio ambiente urbano e rural Estudos de diagnoses ambientais como este nas aacutereas de planejamento urbano e ambiental satildeo premissas baacutesicas na tomada de decisotildees para que o crescimento urbano minimize a agressatildeo ao meio ambiente natural Para a realizaccedilatildeo do mapeamento dos bioacutetopos urbanos foram utilizados dados orbitais SPOT 5 Atraveacutes de teacutecnicas de geoprocessamento e de sensoriamento remoto empregando o programa SPRINGINPE obtiveram-se cartas de diferentes tipos de bioacutetopos que serviram de base para a anaacutelise ambiental da aacuterea urbana Nesta anaacutelise constatou-se a existecircncia de algumas aacutereas verdes passiveis de proteccedilatildeo e que precisam de uma atenccedilatildeo especial principalmente as aacutereas de nascentes e aacutereas de mata natural o mapeamento de aacutereas industriais tambeacutem forneceu bases para um melhor planejamento na instalaccedilatildeo de tais unidades Este estudo tambeacutem forneceu de forma geneacuterica um diagnoacutestico do grau de impermeabilizaccedilatildeo da aacuterea urbana

PALAVRAS-CHAVES Diagnoacutestico ambiental mapeamento de bioacutetopos geoprocessamento sensoriamento remoto

5

ABSTRACT

GONCcedilALVES M Ambient analysis through the mapping of the urban biotops of Arapongas - PR Trabalho de conclusatildeo de curso UEL Departamento de Geociecircncias Londrina Ediccedilatildeo do Autor 2005

This study is a proposal of accomplishment of ambient analysis through the diagnosis of the units of the urban landscape of the city of Arapongas - PR - Brazil using the methodology of mapping of biotops Arapongas can be considered a well planned city and with few structural problems however the population growth and one consequent urban expansion can generate problems in this structure and in the urban and agricultural environment Ambient studies of diagnoses as this in the urban and ambient planning areas are basic premises in the taking of decisions so that the urban growth does not attack of abrupt form the natural environment For the accomplishment of the mapping of the urban biotopos we had been used orbital datas of the SPOT 5 Through techniques of geoprocesing and remote sensing using the software SPRINGINPE letters of different types of biotops had been gotten that had served of base for the ambient analysis of the urban area In this analysis it was evidenced existence of some green areas subjected of protection and that they need a special attention mainly the areas of springs and areas of natural bush the mapping of industrial areas also supplied bases one better planning in the installation of such units This study also it supplied of generic form a diagnosis of the degree of waterproofing of the urban aacuterea

KEY-WORDS Ambient diagnosis Mapping of biotops geoprocesing remote sensing

6

RELACcedilAtildeO DE QUADROS

QUADRO 1 ndash AacuteREA DAS CLASSES DE DECLIVIDADE 20

QUADRO 2 ndash AacuteREA DAS CLASSES HIPSOMEacuteTRICAS 20

QUADRO 3 ndash POPULACcedilAtildeO RESIDENTE POR SITUACcedilAtildeO DO

DOMICIacuteLIO E POR SEXO - 1940-1996

27

QUADRO 4 ndash AacuteREA DAS CLASSES DE USO DO SOLO 51

QUADRO 5 ndash PIB DE ARAPONGAS - 2002 54

QUADRO 6 ndash AacuteREA DOS BIOacuteTOPOS DE EXPLORACcedilAtildeO ECONOcircMICA

55

QUADRO 7 ndash AacuteREA DOS BIOacuteTOPOS DE AacuteREAS RESIDENCIAIS 58

QUADRO 8 ndash AacuteREA DOS BIOacuteTOPOS DE AacuteREAS VERDES

62

7

RELACcedilAtildeO DE FIGURAS

FIGURA 1 ndash

LOCALIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO E DA AacuteREA URBANA DE

ARAPONGAS - PR

14

FIGURA 2 ndash

CARTA DE DECLIVIDADE DA CIDADE DE ARAPONGAS 21

FIGURA 3 ndash

CARTA HIPSOMEacuteTRICA DA CIDADE DE ARAPONGAS

22

FIGURA 4 ndash

CARTA DE USO DO SOLO URBANO DE ARAPONGAS 52

FIGURA 5 ndash

BIOacuteTOacutePOS DE AacuteREAS DE EXPLORACcedilAtildeO ECONOcircMICA

56

FIGURA 6 ndash

BIOacuteTOPOS DE AacuteREAS RESIDENCIAIS 59

FIGURA 7 ndash

BIOacuteTOPOS DE AacuteREAS VERDES

63

8

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO

10

2 AacuteREA DE ESTUDO

12

21 Breve Histoacuterico de Arapongas e Regiatildeo

12

52 Aspectos do meio fiacutesico

15

521 Clima

15

522 Hidrografia 16

523 Embasamento fiacutesico 17

53 Aspectos do meio bioacutetico

23

531 Aspectos da vegetaccedilatildeo nativa

23

3 ASPECTOS TEOacuteRICOS

24

31 O contexto urbano brasileiro

26

32 A questatildeo ambiental urbana

28

33 O mapeamento de bioacutetopos do meio ambiente urbano

31

34 As ldquoGeotecnologiasrdquo aplicadas ao mapeamento de bioacutetopos

37

341 Sensoriamento Remoto

37

342 Geoprocessamento

40

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

42

41 Uso de imagens orbitais e geoprocessamento no mapeamento dos

bioacutetopos urbanos 43

411 Processamento digital de imagens

44

9


45

42 Aspectos metodoloacutegicos do mapeamento de bioacutetopos 46

5 DIAGNOacuteSTICO AMBIENTAL E MAPEAMENTO DOS BIOacuteTOPOS 50

51 Aspectos soacutecio-econocircmicos 50

511 Anaacutelise soacutecio-econocircmica atraveacutes do mapeamento dos bioacutetopos

industriais comerciais e agriacutecolas

53


residenciais

57

52 Diagnoacutestico da vegetaccedilatildeo atual 60

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 64

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 66

10

INTRODUCcedilAtildeO

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem vem

transformando o ambiente em que vive Com o passar do tempo estas

transformaccedilotildees aumentaram tanto na escala espacial quanto na temporal

surgindo assim os problemas ambientais Devido a estas transformaccedilotildees a

questatildeo ambiental tem se tornado uma das principais preocupaccedilotildees poliacuteticas e

cientificas em todo o mundo Com isso tem-se desenvolvido e a criado de

ferramentas e meacutetodos para os estudos ambientais

Muito jaacute foi discutido e feito no Brasil a respeito do meio

ambiente inclusive em ambientes muito urbanizados Poreacutem parece que a

qualidade ambiental nas aacutereas urbanas natildeo melhora no mesmo grau que os

estudos aumentam ao contraacuterio os deacuteficits ambientais parecem cada vez mais

alarmantes especialmente nas cidades

A expansatildeo urbana brasileira tatildeo crescente nas trecircs uacuteltimas

deacutecadas trouxe-nos muitos impactos sobre o meio ambiente o aumento da

superfiacutecie impermeabilizada o comprometimento das aacutereas puacuteblicas de lazer e

reservas naturais ecologicamente relevantes satildeo alguns exemplos

Na regiatildeo norte do Paranaacute esta expansatildeo se deu

particularmente apoacutes a deacutecada de 70 com o aumento da industrializaccedilatildeo e

principalmente pelo ecircxodo rural motivado pela modernizaccedilatildeo no campo Como

exemplo o municiacutepio de Arapongas fundado em 1947 desenvolveu-se em

funccedilatildeo da agricultura e atualmente eacute o setor industrial a principal fonte do PIB

da cidade

11

Arapongas eacute considerada uma cidade bem planejada e com

poucos problemas estruturais Poreacutem o crescimento populacional e sua

consequumlente expansatildeo urbana podem gerar problemas nesta estrutura e no

meio ambiente urbano e rural

Eacute preciso portanto realizar estudos e diagnoacutesticos ambientais

nas aacutereas de planejamento urbano e ambiental pois o conhecimento e a

compreensatildeo do espaccedilo urbano satildeo primordiais na tomada de decisotildees para

que a agressatildeo no meio ambiente natural gerado pelo crescimento

demograacutefico seja minimizada

Este estudo tem por objetivos a realizaccedilatildeo de uma anaacutelise

ambiental urbana definindo os bioacutetopos da paisagem de Arapongas e com isso

mapear algumas variaacuteveis ambientais como aacutereas verdes passiacuteveis de

preservaccedilatildeo ou tratamento especial e aacutereas com potencial de vivencia da

natureza Fornece tambeacutem bases para o planejamento ambiental urbano

analisando os procedimentos utilizados e sua aplicabilidade no estudo urbano

12


O municiacutepio de Arapongas foi emancipado em 10 de outubro

de 1947 sendo desmembrado do municiacutepio de Rolacircndia Estaacute localizado no

Terceiro Planalto Paranaense a uma altitude de 81636 metros acima do niacutevel

do mar distante 376 quilocircmetro da capital do Estado Curitiba Faz divisa com

os municiacutepios de Rolacircndia ao norte Londrina a leste Apucarana ao sul e

Sabaacuteudia a oeste O Entroncamento rodo-ferroviaacuterio existente no municiacutepio eacute

importante em termos estrateacutegicos e eacute composto pela estrada de ferro da

Ameacuterica Latina Logiacutestica e pelas rodovias BR-369 PR-444 PR-218


Situado na regiatildeo Norte do Paranaacute o municiacutepio de Arapongas

eacute uma resultante da Companhia de Terras Norte do Paranaacute (CTNP) cuja

matriz localizava-se em Londres e era representada aqui pela Brazil Plantations

Syndicat Ltd posteriormente transformada em Paranaacute Plantatios Ltd

Estudos voltados agrave ocupaccedilatildeo da regiatildeo Norte do Paranaacute jaacute

foram feitos por vaacuterios autores como MUumlLLER (1956) FRANCcedilA (1960) PADIS

(1976) COMPANHIA MELHORAMENTOS NORTE DO PARANAacute (1975)

ASARI (1978) MOMBEIG (1984) entre outros Estes estudos trouxeram

subsiacutedios para a compreensatildeo da estruturaccedilatildeo do espaccedilo urbano de

13

Arapongas que surgiu pouco tempo depois da colonizaccedilatildeo da regiatildeo norte do

Paranaacute

Cerca de 1318941 ha de oacutetimas terras do Estado do Paranaacute

recobertas por uma densa floresta pluvial tropical riquiacutessima em espeacutecies e

madeira de lei foram concedidas pelo Governo do Estado agrave CTNP

Frente a crescente valorizaccedilatildeo das terras a companhia

inglesa que inicialmente adquiriu as terras para desenvolver a cultura

algodoeira visando o abastecimento das induacutestrias inglesas de mateacuteria prima

tropicais passou a realizar uma atividade economicamente mais rentaacutevel

baseada no processo de loteamento

Os lotes agriacutecolas eram divididos de maneira que todos os

proprietaacuterios possuiacutessem uma parte de fundo de vale e outra de espigatildeo

divisatildeo essa feita para que todos os proprietaacuterios tivessem acesso agrave aacutegua e agrave

estrada Nas partes mais elevadas dos lotes menos atingidas pelo frio e

geadas plantava-se o cafeacute cultura que durante as deacutecadas de 30 ateacute 70 foi o

fator da unidade paisagiacutestica da regiatildeo CMNP (1975)

A CTNP garantia a valorizaccedilatildeo das terras construindo estradas

e fundando cidades destinadas a tornarem-se nuacutecleos econocircmicos e sedes de

apoio agrave populaccedilatildeo casos de Londrina e Arapongas

Arapongas fez parte do territoacuterio do municiacutepio de Londrina ateacute

o ano de 1943 apoacutes este ano passou a ser distrito judiciaacuterio do municiacutepio de

Rolacircndia criado pela Lei nordm 199 de 30 de dezembro de 1943 Ateacute o ano de

1945 a sede distrital possuiacutea aproximadamente 600 casas e era servida pela

entatildeo Estrada de Ferro Satildeo Paulo-Paranaacute que logo depois foi incorporado

passando a integrar o patrimocircnio da Rede de Viaccedilatildeo Paranaacute - Santa Catarina

14

Em 10 de outubro de 1947 o Governo Estadual do Paranaacute pela

Lei nordm2 criava o municiacutepio de Arapongas desmembrando-o de Rolacircndia e

elevando a sua sede agrave categoria de cidade

Aquela eacutepoca o municiacutepio possuiacutea aacuterea total de 2007

quilocircmetros quadrados e compunha-se dos distritos administrativos de Astorga

e Sabaacuteudia Em 1952 Arapongas perdeu o territoacuterio do distrito de Astorga que

foi desmembrado e transformado em municiacutepio autocircnomo Em 1954 o

municiacutepio de Arapongas (FIGURA 1) sofreu novo desmembramento com a

criaccedilatildeo do municiacutepio de Sabaacuteudia territoacuterio do antigo distrito de mesmo nome

FIGURA 1 ndash LOCALIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO E DA AacuteREA URBANA DE

ARAPONGAS - PR

Org GONCcedilALVES M

15


O sistema fiacutesico compotildee um conjunto definido pela interaccedilatildeo

de vaacuterios elementos predominantemente abioacuteticos (solos rochas aacutegua ar) e

tipos naturais de energia (gravitacional solar energia endoacutegena etc) incluindo

suas modificaccedilotildees decorrentes de atividades antroacutepicas

221 Clima

A aacuterea urbana de Arapongas pertence a uma zona de transiccedilatildeo

climaacutetica entre os climas tropical e subtropical

O clima da regiatildeo do municiacutepio apresenta temperaturas meacutedias

anuais entre 195ordmC e 205ordmC o mecircs mais chuvoso eacute janeiro e o menos

chuvoso eacute o de julho possui os 12 meses uacutemidos e uma precipitaccedilatildeo anual

proacuteximo a 1509 miliacutemetros A classificaccedilatildeo segundo C Troll eacute V-1 clima

pluvial-tropical Segundo H v Wissmann eacute I-Fa sempre uacutemido quente no

veratildeo clima mata pluvial-tropical Segundo W Koumlppen eacute CfaCfb (h) (sendo

considerada uma aacuterea de transiccedilatildeo entre estes dois tipos) sempre uacutemido

clima pluvial quente-temperado alternando em alguns anos com Cwa seco no

inverno MAACK (2002)

Os coacutedigos das letras e nuacutemeros do meacutetodo de Koumlppen

utilizados nesta classificaccedilatildeo climaacutetica satildeo as seguintes (Ayoade 1986

16

Dourado Neto et al 1991 Iapar 1994) apud DE FRANCcedilA (2002) Cfa clima

sub-tropical temperatura meacutedia no mecircs mais frio inferior a 18ordmC (mesoteacutermico)

e temperatura meacutedia no mecircs mais quente acima de 22ordmC com verotildees quentes

geadas pouco frequumlentes e tendecircncia de concentraccedilatildeo das chuvas nos meses

de veratildeo sem estaccedilatildeo seca definida

222 Hidrografia

O municiacutepio de Arapongas em especial a aacuterea urbana estaacute

localizada no divisor de aacuteguas das Bacias Hidrograacuteficas do rio Tibagi e do rio

Pirapoacute estando ali localizadas as principais nascentes dos rios essenciais para

o abastecimento dos municiacutepios da regiatildeo inclusive Londrina e Maringaacute os

dois poacutelos urbanos regionais

Estas duas bacias estatildeo localizadas no complexo hidrograacutefico

de rios que correm para o interior do continente com 186321 Km2 e

pertencem agrave regiatildeo de captaccedilatildeo do grande sistema do Rio Paranaacute MAACK

(2002)

A bacia do rio Tibagi localiza-se entre as coordenadas

geograacuteficas 22ordm47rsquo22 ldquoe 25ordm36rsquo25rdquo de latitude sul e 46ordm36rsquo00 ldquoe 51ordm27rsquo36rdquo de

longitude oeste abrangendo o primeiro o segundo e o terceiro planalto

paranaense Limita-se ao norte com a bacia do rio Paranapanema a leste com

as bacias dos rios Cinzas e Itarareacute a sudeste com a bacia do rio Ribeira ao sul

com a bacia do rio Iguaccedilu a oeste com a do Ivaiacute a noroeste com a bacia do rio

17

Pirapoacute eacute nesta regiatildeo que se localiza o municiacutepio de Arapongas DE FRANCcedilA

(2002)

A bacia do rio Pirapoacute possui suas principais nascentes nos

municiacutepios de Apucarana e Arapongas onde se localizam as nascentes dos

rios Pirapoacute e do rio Bandeirante do Norte respectivamente O rio Pirapoacute desde

sua origem ateacute o Paranapanema abrange uma extensatildeo de 168 quilocircmetros

enquanto o rio Bandeirante do Norte seu maior afluente possuiacute um percurso

de 106 quilocircmetros ateacute a confluecircncia com o Pirapoacute MAACK (2002)

223 Embasamento fiacutesico

O embasamento fiacutesico compreende paracircmetros geoloacutegicos

morfoloacutegicostopograacuteficos e pedoloacutegicos e foram obtidas atraveacutes de pesquisas

bibliograacuteficas ou obtidas por levantamentos feitos em campo e atraveacutes de

teacutecnicas de geoprocessamento

A aacuterea urbana do municiacutepio de Arapongas estaacute localizado na

formaccedilatildeo geoloacutegica denominada Serra Geral que faz parte do Grupo Satildeo

Bento Esta formaccedilatildeo de origem magmaacutetica ocorreu no final da Era Mesozoacuteica

por derrames do Trapp Predominante no municiacutepio eacute composta principalmente

por rochas baacutesicas com intrusotildees alcalinas e pequenas lentes de arenito

MINEROPAR (1990)

De acordo com NORTHFLEET et al (1969) SCHNEIDER et al

(1974) e PETRI amp FULFARO (1983) o magmatismo mesozoacuteico recobre mais

18

de 1 200 000 Kmsup2 nos estados do sul e centro sul do paiacutes igualmente o

noroeste do Uruguai nordeste da Argentina e sudeste do Paraguai

O contato inferior da Formaccedilatildeo Serra Geral com os arenitos da

Formaccedilatildeo Botucatu eacute discordante e com as unidades mais antigas marca-se

por discordacircncia erosiva jazendo a formaccedilatildeo de certos locais diretamente

sobre as rochas do embasamento O contato superior eacute discordante com os

sedimentos do Grupo Bauru SCHNEIDER et al(1974) e PETRI amp FULFARO

(1983)

A aacuterea urbana do municiacutepio de Arapongas possui dois grandes

grupos de solos ferraliacuteticos diferenciados pela classificaccedilatildeo brasileira de solos

os latossolos roxos e as terras roxas estruturadas Poreacutem eles natildeo repetem

por inteiro a diversidade da cobertura pedoloacutegica que natildeo pode ser resumida

por uma sucessatildeo de tipos de solo jaacute que eacute composta de diferentes volumes

que evoluem de maneira dinacircmica ao longo da vertente BOSQUET amp

HOLVECK (1999)

Os latossolos roxos satildeo solos desenvolvidos a partir da

degradaccedilatildeo de rochas eruptivas baacutesicas satildeo encontrados em relevos

suavemente ondulados no alto das vertentes Satildeo solos vermelho escuro com

profundidade superior a 3m bastante uniformes ao longo do perfil muito

argilosos (em geral mais de 70 de argila) com estrutura micro-agregada

caracterizados por uma sucessatildeo de horizontes A B latossoacutelico C e R Satildeo

solos que oferecem um grande volume exploraacutevel pelas raiacutezes e natildeo apresenta

nenhum problema de drenagem Satildeo encontrados em relevos planos com

pouco risco de erosatildeo e muito favoraacuteveis agrave mecanizaccedilatildeo Geralmente satildeo

19

aacutecidos com fertilidade natural necessitando de correccedilotildees com calcaacuterio

BOSQUET amp HOLVECK (1999)

As terras roxas estruturadas atualmente denominados de

nitossolos tambeacutem satildeo solos de origem basaacutelticas encontradas em baixo nas

vertentes normalmente em relevos bastante acentuados Satildeo de coloraccedilatildeo

bastante uniforme tipo bruno-vermelho agrave vermelho escuro com profundidades

que podem chegar a 25m satildeo ferraliacuteticos muito argilosos (mais de 70 de

argila) Eacute a melhor terra que se pode encontrar na regiatildeo tendo grande

fertilidade natural e capaz de se manter produtiva por vaacuterios anos Satildeo

geralmente encontrados em declives fortes em relevos pouco aptos a

mecanizaccedilatildeo e propiacutecios a erosatildeo BOSQUET amp HOLVECK (1999)

O relevo da aacuterea urbana apresenta uniformidade litoloacutegica um

relevo do tipo suave ondulado com vertentes pouco inclinadas e estaacute localizada

no divisor de aacuteguas das bacias hidrograacuteficas dos rios Tibagi e Pirapoacute Em sua

maior parte se distribuem por locais planos com declividades entre 0 e 10

embora alguns locais com declividades maiores que 10 sejam ocupadas

(FIGURA 2 e QUADRO 1) As cotas altimeacutetricas do siacutetio urbano variam pouco

de 800 a 740 metros de altitude (FIGURA 3 e QUADRO 2) ou seja o siacutetio

urbano estaacute localizado em uma regiatildeo privilegiadamente plana que contribui

juntamente com a formaccedilatildeo pedoloacutegica para um baixo iacutendice de erosatildeo

laminar

As declividades mais acentuadas estatildeo localizadas nas

proximidades dos cursos hiacutedricos e chegam a atingir iacutendices em torno de 30

poreacutem a parte mais urbanizada estaacute locada no divisor de aacuteguas onde a

declividade natildeo passa de 10

20

QUADRO 1 ndash AacuteREA DAS CLASSES DE DECLIVIDADE

CLASSE DE DECLIVIDADE AacuteREA (HAacute)

00 - 03 2173220

03 - 05 499670

05 - 10 1230810

10 - 15 703870

15 - 20 343130

20 - 30 159370

30 - 40 25980

40 - 50 4430

ACIMA DE 50 2500


QUADRO 2 ndash AacuteREA DAS CLASSES HIPSOMEacuteTRICAS

CLASSE HIPSOMEacuteTRICAS AacuteREA (HAacute)

660m a 680m 51990

680m a 700m 174510

700m a 720m 366010

720m a 740m 622300

740m a 760m 959060

760m a 780m 1528880

780m a 800m 1439680


FIGURA 2 ndash CARTA DE DECLIVIDADE DA CIDADE DE ARAPONGAS

FIGURA 3 ndash CARTA HIPSOMEacuteTRICA DA CIDADE DE ARAPONGAS

23


O meio bioacutetico da regiatildeo norte do Paranaacute possuiacutea uma grande

diversidade bioloacutegica Haacute 65 anos atraacutes esta zona de estudos estava ainda

coberta pela floresta tropical Esta paisagem florestal era abrigo de um elevado

nuacutemero de espeacutecies da fauna e flora do Estado do Paranaacute Atualmente existem

apenas alguns fragmentos desta mata quase toda substituiacuteda por aacutereas

agriacutecolas


A vegetaccedilatildeo original dominante na regiatildeo era a floresta

estacional semidecidual que formava um contiacutenuo com a floresta ombroacutefila

densa (floresta atlacircntica) desde a costa atlacircntica brasileira sendo assim

considerado parte do bioma das florestas tropicais Esta floresta sofreu um

processo intenso de fragmentaccedilatildeo que resultou em uma paisagem composta

por inuacutemeros pequenos fragmentos TOREZAN (2002)

Nas aacutereas com solo profundo e bem drenado observa-se uma

fisionomia com sub-bosque menos denso e dossel mais alto com poucas

interrupccedilotildees e emergentes acima dos 35m como a peroba-rosa

(Aspidosperma polyneuron) e o pau drsquoalho (Gallesia integrifoacutelia)

24

Nas aacutereas de encosta com solo raso as clareiras satildeo mais

frequumlentes e maiores com um dossel frequumlentemente interrompido

Em aacutereas mal drenadas satildeo comuns agrupamentos de baixa

estatura (ateacute 6-8m)

Nas elevaccedilotildees acima de 700m haacute ocorrecircncias isoladas de

araucaacuteria (Araucaacuteria aorgustifolia) e algumas espeacutecies associadas


O intenso processo de urbanizaccedilatildeo ocorrido na segunda

metade do seacuteculo passado no Brasil gerou um quadro preocupante de

ocupaccedilatildeo desordenada do meio urbano contribuindo para o desequiliacutebrio

social e ambiental

Com a piora em alguns aspectos na qualidade de vida da

populaccedilatildeo consequumlecircncia de uma falta de equiliacutebrio e de sustentabilidade nas

accedilotildees humanas o homem aumentou sua preocupaccedilatildeo com as questotildees

ambientais

O crescimento destas preocupaccedilotildees gerou medidas como a

criaccedilatildeo da Agenda 21 elaborada na Conferencia das Naccedilotildees Unidas sobre o

Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992 a chamada Rio-92 que prevecirc

uma seacuterie de medidas para a instauraccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento

sustentaacutevel

De acordo com a Agenda 21 (2001 p7)

25

Para fazer frente aos desafios do meio ambiente e do desenvolvimento os Estados decidiram estabelecer uma nova parceria mundial Essa parceria compromete todos os Estados a estabelecer um diaacutelogo permanente e construtivo inspirado na necessidade de atingir uma economia em niacutevel mundial mais eficiente e equumlitativa sem perder de vista a interdependecircncia crescente da comunidade das naccedilotildees e o fato de que o desenvolvimento sustentaacutevel deve se tornar um item prioritaacuterio na agenda da comunidade internacional

Para uma abordagem integrada do processo de tomada de

decisotildees talvez seja necessaacuterio aperfeiccediloar os sistemas de dados e os

meacutetodos analiacuteticos usados para fundamentar tais processos Os Governos

devem fazer um diagnoacutestico de seus sistemas de planejamento e manejo

modificando e fortalecendo os procedimentos para facilitar a consideraccedilatildeo

integrada das questotildees sociais econocircmicas e ambientais AGENDA 21 (2001)

Portanto fazem-se importante as pesquisas ambientais de

cunho multidisciplinar que abordem de uma forma integrada os dados

ambientais sociais e econocircmicos

Ratificando a preocupaccedilatildeo desta pesquisa estaacute em fornecer

bases para estudos e accedilotildees sobre o ecossistema da aacuterea urbana de

Arapongas ndash PR uma vez que ldquoo ecossistema eacute a unidade bioloacutegica

fundamental objeto de qualquer poliacutetica de gestatildeo da biodiversidaderdquo GARAY

amp DIAS (2002 p296)

Para isto seraacute utilizada a metodologia de mapeamento de

bioacutetopos proposta por BEDEcirc et al E utilizando ferramentas de

geoprocessamento para a obtenccedilatildeo e sistematizaccedilatildeo dos resultados

De acordo com Xavier da Silva et al (2001 p299)

a interface informaacuteticapesquisa ambiental torna-se verdadeiramente estrateacutegia onde a vasta extensatildeo territorial a variedade de ambientes e a gravidade de muitas situaccedilotildees de desequiliacutebrio ambiental demandam tratamentos eficientes como os

26

proporcionados pelo uso de geoprocessamento e de Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees (SGI)

A busca deste estudo eacute justamente integrar informaacutetica e

pesquisa ambiental fornecendo uma base para futuros planos de manejo

sustentaacutevel do meio ambiente principalmente do meio ambiente urbano


Devido ao intenso processo de urbanizaccedilatildeo ocorrido no Brasil

o meio ambiente urbano vem sofrendo alteraccedilotildees que pioram a qualidade de

vida da populaccedilatildeo Esse fenocircmeno ocorre tanto nas grandes e meacutedias cidades

quanto nas pequenas cidades e nuacutecleos rurais Neste ultimo caso o processo

de urbanizaccedilatildeo teraacute a possibilidade de contar com uma melhor estruturaccedilatildeo

dos dados ambientais quando diagnoacutesticos deste tipo preceder e integrar o

planejamento

O processo de urbanizaccedilatildeo brasileiro ocorreu principalmente

no seacuteculo passado e se intensificou apoacutes a deacutecada de 1950 devido a um

ecircxodo rural A partir de 1970 a populaccedilatildeo brasileira jaacute se encontrava em maior

nuacutemero nas cidades em 20 anos de 1970 a 1990 a populaccedilatildeo de citadinos

dobrou A populaccedilatildeo urbana cresceu paralelamente ao crescimento total da

populaccedilatildeo enquanto que a populaccedilatildeo rural manteve-se estaacutevel Eacute notaacutevel

tambeacutem o processo de ecircxodo rural ocorrido entre as deacutecadas de 1970 e 1980

com continuaccedilatildeo ateacute os dias atuais onde a populaccedilatildeo rural jaacute foi reduzida em

27

mais de 10 milhotildees de habitantes com relaccedilatildeo ao aacutepice populacional na zona

rural ocorrido na deacutecada de 1970 (QUADRO 3)

QUADRO 3 - POPULACcedilAtildeO RESIDENTE POR SITUACcedilAtildeO DO DOMICIacuteLIO E

POR SEXO - 1940-1996

Total Urbana Rural Anos

Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres

1940

20614088

20622227

6164473

6715709

14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

9811728

16913838

16247668

1960 35055457

35015000

15120390

16182644

19935067

18832356

1970 46331343

46807694

25227825

26857159

21103518

19950535

1980 59123361

59879345

39228040

41208369

19895321

18670976

1991 72485122

74340353

53854256

57136734

18630866

17203619

1996 77442865

79627298

59716389

63360442

17726476

16266856

Fonte IBGE (2005) ndash Dados histoacuterico dos censos disponiacutevel em ltwwwibgegovbrgt

No caso do ecircxodo rural Alves (1992 p11) coloca que

A transferecircncia da populaccedilatildeo rural para a cidade no caso brasileiro natildeo eacute consequumlecircncia somente do crescimento do setor industrial tal como aconteceu nos paiacuteses ricos mas se deve tambeacutem a uma verdadeira fuga do lavrador devido agraves peacutessimas condiccedilotildees de trabalho no campo

Segundo Barros (1998 p17) ldquoas perdas mais importantes de

populaccedilatildeo rural no Brasil entre 70 e 80 verificam-se no Estado do Paranaacute

cuja diminuiccedilatildeo foi de 1268659 SANTOS (199333) sendo grande parte

oriunda do Norte Paranaenserdquo

O processo de urbanizaccedilatildeo brasileiro pode ser dividido em

duas fases uma com forte ascensatildeo do poder estatal com a propagaccedilatildeo de

um modelo nacional com imperativo a expansatildeo capitalista e tendo a induacutestria

28

como motor da economia e o desenvolvimento de uma base urbano-industrial

a outra fase ocorreu mais acentuadamente nas deacutecadas de 1980 e 1990 com

a preocupaccedilatildeo de uma estruturaccedilatildeo de um meio teacutecnico cientiacutefico

DAVIDIVICH (1995)

A segunda fase do processo de urbanizaccedilatildeo gerou grandes

transformaccedilotildees no espaccedilo urbanizado aumento da metropolizaccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo de centros urbanos e efeitos mais intensos das crises de

recessatildeo sobre o ambiente construiacutedo envolvendo o segmento metropolitano

a infra-estrutura viaacuteria e de consumo coletivo DAVIDOVICH (1995)

Estas transformaccedilotildees ocorreram justamente onde o

empobrecimento da paisagem natural atraveacutes de sua artificializaccedilatildeo eacute mais

acentuado Isto causa tambeacutem um decliacutenio na qualidade ambiental urbana que

se constitui num dos indicadores da qualidade de vida


O artigo 225 da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil

diz que ldquotodos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem

de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vidardquo poreacutem a

degradaccedilatildeo do meio ambiente urbano fere este direito constitucional a

peacutessima qualidade de vida da maioria da populaccedilatildeo se torna algo cada vez

mais comum e difiacutecil de controlar

As chances de uma vida saudaacutevel com oportunidades de lazer e de vivencia do ambiente natural satildeo dentre outros fatores muito

29

restritas na cidade A negligecircncia com o planejamento ou o exerciacutecio de arbitrariedades na administraccedilatildeo urbana geram em muitas cidades situaccedilotildees dramaacuteticas que aos poucos vecircm agrave tona BEDEcirc (1997)

De acordo com a Agenda 21 (2001 p27) ldquonos paiacuteses de baixa

renda sobre os quais a dados recentes apenas 56 por cento do orccedilamento do

governo central em meacutedia foram dedicados agrave habitaccedilatildeo lazer seguridade

social e bem-estar socialrdquo

A negligencia nas poliacuteticas urbanas tem gerado um

crescimento desordenado dos grandes centros urbanos e ateacute mesmo nas

cidades de meacutedio porte afetando negativamente o meio fiacutesico e bioacutetico

Com o crescimento acelerado das cidades o meio ambiente

urbano se tornou uma grande aacuterea de conflitos ambientais e soacutecio-econocircmicos

pois satildeo muitas as alteraccedilotildees causadas pelo homem no espaccedilo natural

De acordo com Odum (1988 p47) ldquoa raacutepida urbanizaccedilatildeo e

crescimento das cidades durante o uacuteltimo meio-seacuteculo mudou a fisionomia da

Terra mais do que provavelmente qualquer outro resultado da atividade

humana em toda histoacuteriardquo

Em meados do seacuteculo XIX apenas 17 da populaccedilatildeo mundial

viviam nas cidades em 1950 essa proporccedilatildeo era de 21 e em 1980 era de

415 SANTOS (1991) Atualmente mais da metade da populaccedilatildeo mundial

vive concentrada em apenas 5 da paisagem terrestre LOMBARDO (1995)

Porem esta populaccedilatildeo concentrada em 5 da paisagem altera

a natureza dos rios florestas e campos naturais e cultivados a atmosfera e os

oceanos Isso ocorre por causa do grande impacto das cidades sobre os

extensos ambientes de entrada e saiacuteda ODUM (1988)

30

Para Troppmair (1989 p138) ldquoo sistema urbano apresenta

condiccedilotildees geoecoloacutegicas especiacuteficas que alteram de forma profunda as

condiccedilotildees naturais baacutesicas com reflexos decisivos sobre a biosferardquo

A cidade difere de um ecossistema heterotroacutefico natural uma

vez que apresenta um metabolismo muito mais intenso por unidade de aacuterea

exigindo um influxo maior de energia concentrada com uma grande

necessidade de entrada de materiais e uma saiacuteda maior e mais venosa de

resiacuteduos ODUM (1988)

Devido a esta complexidade as cidades precisam de um

manejo cuidadoso e um planejamento eficaz para suprir as deficiecircncias do

ambiente

A maioria das cidades mesmo as regiotildees metropolitanas

possui um substancial cinturatildeo verde ou componente autotroacutefico composto de

aacutervores arbustos gramados e em muitos casos lagos mas a produccedilatildeo

orgacircnica destes componentes natildeo sustenta de maneira eficaz as necessidades

das aacutereas urbanas ODUM (1988)

Mendonccedila (apud Barros 1998 p18)

[] aponta linhas gerais do desenvolvimento das cidades dos paiacuteses desenvolvidos e destaca a relevacircncia do verde urbano como elemento da paisagem natural que esteve atrelado agraves cidades desde o seacuteculo XIX [] a criaccedilatildeo de aacutereas verdes urbanas era meramente de embelezamento poreacutem a precariedade da qualidade de vida instigou a criaccedilatildeo de parques intra-urbanos como funccedilotildees natildeo apenas paisagiacutesticas

As aacutereas verdes nas cidades constituem o uacuteltimo refugio de

paisagem natural Mesmo em aacutereas intensivamente manejadas onde o

potencial de vivencia da natureza natildeo eacute grande como praccedilas e jardins que

segundo Troppmair (1989 p153) ldquorepresentam ecossistemas simplificados

31

pobre em espeacuteciesrdquo eacute relevante a importacircncia para a populaccedilatildeo E nas aacutereas

onde haacute ocorrecircncia espontacircnea de espeacutecies ou em aacutereas de fragmentos

florestais a importacircncia bioloacutegica eacute muito grande

As aacutereas verdes desempenham um papel importante no mosaico urbano porque constituem um espaccedilo encravado no sistema urbano cujas condiccedilotildees ecoloacutegicas mais se aproximam das condiccedilotildees normais da natureza TROPPMAIR (1989 p152)

Por isso a necessidade de intervenccedilotildees no manejo ambiental

urbano se torna algo imprescindiacutevel para a sustentaccedilatildeo da cidade e da vida da

populaccedilatildeo Surge assim a necessidade de estudos diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees que contribuam para amenizar os problemas ambientais e ajudem

a vivencia da natureza proporcionando um local ecologicamente mais

equilibrado para a populaccedilatildeo


O mapeamento de variaacuteveis tais como capacidade de

armazenamento de aacutegua no solo que depende do tipo de textura do solo da

profundidade do enraizamento da vegetaccedilatildeo e no grau de impermeabilizaccedilatildeo

de aacutereas construiacutedas e o potencial de escoamento que recebe influencia

relacionada agraves caracteriacutesticas das superfiacutecies dos solos torna-se importante no

fornecimento de bases para a indicaccedilatildeo de medidas de intervenccedilatildeo para a

melhoria da qualidade ambiental

Nas aacutereas urbanas estas variaacuteveis satildeo de fundamental

importacircncia para o planejamento e tomada de decisotildees de poliacuteticas ambientais

32

Para isto eacute fundamental a elaboraccedilatildeo de um diagnoacutestico ambiental integrando

os mais diversos paracircmetros ecoloacutegicos Segundo Troppmair (1989 p125)

rdquoNatildeo podemos estudar o solo o clima a aacutegua a vegetaccedilatildeo de forma isolada e

sim deve prevalecer agrave visatildeo integrada e sistecircmicardquo

Para facilitar a compreensatildeo humana deste tipo de anaacutelise

ambiental de trechos de uma paisagem ou superfiacutecies topograacuteficas passou-se

a adotar o estudo de parcelas das mesmas classificando-as conforme as

caracteriacutesticas que as diferenciam Alguns autores denominam estas parcelas

de unidades da paisagem ou zonas homogecircneas caracterizadas de acordo

com seus componentes fiacutesicos bioloacutegicos e antroacutepicos TURNER (1989)

FORESTI amp HAMBURGER (1995)

A complexidade de dividir-se a paisagem em unidades eacute

grande pois esta natildeo eacute apenas uma adiccedilatildeo de elementos geograacuteficos e sim

uma porccedilatildeo do espaccedilo resultado da combinaccedilatildeo dinacircmica portanto instaacutevel

de elementos fiacutesicos bioloacutegicos e antroacutepicos que reagindo dialeticamente uns

sobre os outros fazem da paisagem um conjunto de elementos uacutenico e

indissociaacutevel em constante evoluccedilatildeo BERTRAND (1972)

Nos ambientes urbanos extremamente modificados a

caracteriacutestica das unidades da paisagem segundo Ross (1995 p72) ldquorevela-

se pelos diferentes niacuteveis de intervenccedilotildees da sociedade humana na natureza

com sentido de apropriaccedilatildeo dos recursos naturais e geraccedilatildeo das chamadas

riquezas ou recursos econocircmicosrdquo

De acordo com Sukopp amp Werner (apud Lombardo 1995

p144)

As unidades de paisagem urbana devem ser estruturadas de maneira a reduzir a tensatildeo ambiental na aacuterea urbana Esta formaccedilatildeo da

33

paisagem urbana deve considerar uma ampla interconexatildeo entre a cidade e os seus arredores reduccedilatildeo dos gradientes entre periferia e centro urbano e oacutetima distribuiccedilatildeo de espaccedilos verdes na totalidade da aacuterea urbana

Quanto agrave delimitaccedilatildeo dos diferentes tipos de unidades da

paisagem Ross (1995) cita a metodologia conhecida como ldquoLand Systemsrdquo

que segundo ele ldquotoma como referencial os padrotildees de fisionomias do terreno

ou padrotildees de paisagens ou Unidades de Paisagens que individualizadas e

cartografadas satildeo referencial baacutesico para o inicio da pesquisardquo

Dentro desta proposta de parcelamento de unidades da

paisagem encontramos a metodologia do mapeamento de bioacutetopos que seraacute

empregado neste estudo

A definiccedilatildeo do termo bioacutetopo pode ser considerada anaacuteloga ao

de ecossistema Poreacutem percebem-se algumas diferenccedilas de escala espacial

geralmente o bioacutetopo eacute uma unidade homogecircnea menor do que o ecossistema

Um ecossistema eacute definido como uma unidade espacialmente

expliacutecita que inclui todos os componentes bioacuteticos e abioacuteticos dentro de suas

fronteiras LIKENS (apud SCHIAVETTI amp CAMARGO 2002)

A definiccedilatildeo exposta por Odum (1988 p9) eacute muito precisa

segundo ele um ecossistema eacute constituiacutedo por

Qualquer unidade (biossistema) que abranja todos os organismos que funcionam em conjunto (a comunidade bioacutetica) numa dada aacuterea interagindo com o ambiente fiacutesico de tal forma que o fluxo de energia produza estruturas bioacuteticas claramente definidas e uma ciclagem de materiais entre as partes vivas e natildeo vivas

O ecossistema na ecologia eacute considerado a unidade funcional

baacutesica pois incluiacute tanto os organismos vivos quanto o meio abioacutetico sendo que

34

cada um destes fatores influencia a propriedade do outro sendo estes fatores

importantes para a manutenccedilatildeo da vida em nosso planeta ODUM (1988)

Segundo Christofoletti (1999 p35) ldquoa noccedilatildeo de ecossistema

como sendo um sistema interativo e dinacircmico relacionando conjuntamente

plantas animais e materiais inorgacircnicos em determinada aacuterea foi exposta com

clareza por STODDART (1967)rdquo

Quando conceituamos determinados fenocircmenos como

sistemas a dificuldade estaacute na identificaccedilatildeo dos elementos seus atributos e

suas relaccedilotildees a fim de delimitar com clareza a extensatildeo abrangida pelo

sistema em foco CHRISTOFOLETTI (1999)

Este tipo de identificaccedilatildeo se assemelha muito com a proposta

de Geossistema de Sotschava CHRISTOFOLETTI (1999)

Segundo Christofoletti (1999)

SOTCHAVA (1962 p42) introduziu o termo geossistema na literatura sovieacutetica com a preocupaccedilatildeo de estabelecer uma tipologia aplicaacutevel aos fenocircmenos geograacuteficos enfocando aspectos integrados dos elementos naturais numa entidade espacial em substituiccedilatildeo aos aspectos da dinacircmica bioloacutegica dos ecossistemas

Troppmair (1989 p125) diz que

O geossistema compreende um espaccedilo que se caracteriza pela homogeneidade dos seus componentes suas estruturas fluxos e relaccedilotildees que integrados formam o sistema do ambiente fiacutesico e onde haacute exploraccedilatildeo bioloacutegica

Este tipo de sistematizaccedilatildeo ambiental estaacute expliacutecito na

metodologia de mapeamento de bioacutetopos

Os primeiros mapeamentos de bioacutetopos foram feitos no ano de

1974 em aacutereas rurais na Alemanha posteriormente este tipo de levantamento

35

sistemaacutetico foi aplicado tambeacutem em cidades e vilarejos SCHULTE et al (apud

BEDEcirc 1997)

Este tipo de metodologia de mapeamento foi adaptada para o

Brasil com a ajuda de oacutergatildeos governamentais e fundaccedilotildees privadas que

realizaram um projeto piloto em Belo Horizonte Posteriormente outras cidades

serviram para o aperfeiccediloamento da metodologia

O termo bioacutetopo possui alguns conceitos fundamentais para o

entendimento desta metodologia de mapeamento O conceito claacutessico de

bioacutetopo estaacute referido no Glossaacuterio de Ecologia (1987) como uma ldquoaacuterea ocupada

por uma biocenoserdquo Segundo Dahl (1908) o termo eacute definido como ldquotodo

espaccedilo finito no qual podem viver plantas e animaisrdquo

Poreacutem no mapeamento de bioacutetopos a conotaccedilatildeo restrita

somente a biologia natildeo eacute ideal uma vez que paracircmetros de ordem fiacutesica e uso

antroacutepico tambeacutem fazem parte das unidades amostradas BUCHWALD amp

ENGELHARD (apud BEDEcirc 1997)

Outra possibilidade eacute denominar as unidades de ldquoecoacutetoposrdquo ou

ldquogeoacutetoposrdquo

Ecoacutetopo eacute definido como uma unidade da paisagem de

caracteriacutesticas homogecircneas espacialmente bem definida e internamente

coerente com respeito agraves relaccedilotildees entre aspectos fiacutesicos e bioacuteticos

SCHMITTHUSEN (apud BEDEcirc 1997)

Os geoacutetopos constituem a menor unidade homogecircnea

diretamente visualizada no terreno por vezes relictuais ou endecircmicas

Correspondem ao uacuteltimo niacutevel de escala temporo-espacial de Bertrand

CHRISTOFOLETTI (1999)

36

Poreacutem o termo bioacutetopo acabou se popularizando

internacionalmente BUCHWALD amp ENGELHARD (apud BEDEcirc 1997)

Justificando sua adoccedilatildeo no presente estudo

O mapeamento das unidades da paisagem do espaccedilo urbano

sob a oacutetica apresentada acima encontra fundamentaccedilatildeo no fato de que

mesmo em ambientes drasticamente modificados por accedilotildees antroacutepicas

conjuntos caracteriacutesticos de organismos podem ser encontrados em aacutereas que

apresentam condiccedilotildees de uso e estrutura semelhantes SUKKOP amp HENKE

(apud BEDEcirc 1997)

Eacute inegaacutevel a grande heterogeneidade do espaccedilo urbano

segundo Foresti amp Pereira (1987 p225) os espaccedilos urbanos

definem-se por uma organizaccedilatildeo espacial muito complexa constituiacuteda de alvos distintos (concreto pavimentos solo nu edificaccedilotildees com diferentes tipos de cobertura vegetaccedilatildeo aacutereas livres etc) em diferentes proporccedilotildees agrave medida que esses espaccedilos respondem por funccedilotildees que satildeo definidas em termos de sua ocupaccedilatildeo

Portanto embora a menccedilatildeo do termo ldquobioacutetopo urbanordquo possa

causar estranheza fica claro a riqueza de elementos contidos na paisagem

urbana

Em uma uacutenica cidade pode-se observar zonas com caracteriacutesticas distintas quanto ao tipo de edificaccedilotildees predominante seu grau de adensamento e verticalizaccedilatildeo tipo e intensidade de uso a que satildeo submetidas grau de impermeabilizaccedilatildeo das aacutereas livres etc A cada uma delas associam-se caracteriacutesticas tiacutepicas da condiccedilatildeo atmosfeacuterica clima e biota que dentre outros fatores contribuem para a definiccedilatildeo da sua identidade ou status ecoloacutegico BEDE (1997 p3)

Com tais caracteriacutesticas ambientais tatildeo heterogecircneas o meio

ambiente urbano pode ser considerado como um tipo de ecossistema segundo

Odum (1988 p45) ldquoum ecossistema incompleto ou heterotroacuteficordquo

37

No mapeamento de bioacutetopos a utilizaccedilatildeo de meacutetodos

ecoloacutegicos para a delimitaccedilatildeo dos componentes existentes acontece da mesma

forma que em outros ramos da ecologia SUKOPP amp HENKE (apud BEDEcirc

1997)

Portanto a paisagem urbana pode ser representada por um

conjunto de bioacutetopos de acordo com suas caracteriacutesticas de cobertura e uso

sendo que todos estes conjuntos assumem funccedilotildees ambientais especiacuteficas na

mesma

34 As ldquoGeotecnologiasrdquo aplicados ao mapeamento de bioacutetopos

As novas tecnologias principalmente as geotecnologias estatildeo

se tornando cada vez mais uma ferramenta de auxiacutelio no estudo do meio

ambiente Com o avanccedilo das teacutecnicas computacionais estas ferramentas

estatildeo cada vez mais proacuteximas do cotidiano do pesquisador


Uma teacutecnica que tem ganhado relevacircncia nos uacuteltimos tempos

devido a sua aplicabilidade em estudos ambientais seja no meio rural ou no

urbano eacute o sensoriamento remoto ou teledetecccedilatildeo Desde o princiacutepio do uso

38

das teacutecnicas de Sensoriamento Remoto os estudos ambientais tecircm sido um

dos principais focos de interesse Os sateacutelites de recursos naturais trouxeram

substancial incremento agraves aplicaccedilotildees na analise ambiental

Segundo Lamparelli Rocha e Borghi (2001 p56)

O sensoriamento remoto pode ser definido como a ciecircncia de se obter informaccedilotildees sobre determinado alvo atraveacutes da anaacutelise de dados coletados por sensores sem entrar em contato direto com o alvo em questatildeo As plataformas mais comuns de sensoriamento remoto satildeo aviotildees e sateacutelites

Segundo Garcia (apud Lamparelli Rocha e Borghi 2001 p56)

ldquoO termo sensoriamento remoto eacute restrito aos meacutetodos que se utilizam de

energia eletromagneacutetica na detecccedilatildeo e medida das caracteriacutesticas de objetos

incluindo-se aqui as energias relativas agrave luz calor e ondas de raacutediosrdquo

Segundo Novo (1992 p7) ldquonoacutes podemos definir

Sensoriamento Remoto como sendo a tecnologia que permite a aquisiccedilatildeo de

informaccedilotildees sobre objetos sem contato fiacutesico com elesrdquo Poreacutem segundo a

autora essa definiccedilatildeo eacute muito ldquoamplardquo entatildeo propotildee uma nova definiccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de sensores para a aquisiccedilatildeo de informaccedilotildees para objetos ou fenocircmenos sem que haja contato direto entre eles Os sensores seriam os equipamentos capazes de coletar energia proveniente do objeto convertecirc-la em sinal passiacutevel de ser registrado e apresentaacute-lo em forma adequada agrave extraccedilatildeo de informaccedilotildees

A respeito dos sistemas sensores Novo (1992 p101) diz que

Um sistema sensor pode ser definido como qualquer equipamento capaz de transformar alguma forma de energia em um sinal passiacutevel de ser convertido em informaccedilatildeo sobre o ambiente No caso especiacutefico do Sensoriamento Remoto a energia utilizada eacute a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica

A energia captada pelos sateacutelites eacute transformada em imagens

Pode-se representar uma imagem por uma matriz de dados onde as linhas e

39

colunas definem as coordenadas espaciais do ldquopixelrdquo Para isto utiliza-se um

nuacutemero finito de bits para representar a radiacircncia da cena para cada ldquopixelrdquo

Segundo Lazzarotto (2002)

As imagens de Sensoriamento Remoto satildeo constituiacutedas por um arranjo de elementos sob a forma de uma malha ldquogridrdquo ou matriz Cada elemento (cela) desta matriz tem sua localizaccedilatildeo definida com um sistema de coordenadas do tipo ldquocoluna e linhardquo representados por ldquoxrdquo e ldquoyrdquo respectivamente O nome dado a esses elementos eacute ldquopixelrdquo derivado do inglecircs ldquopicture elementrdquo Para um mesmo sensor remoto cada pixel corresponde sempre a uma aacuterea com as mesmas dimensotildees na superfiacutecie da Terra Cada pixel possui tambeacutem um atributo numeacuterico ldquozrdquo que indica o niacutevel de cinza representando a intensidade da energia eletromagneacutetica medida pelo sensor para a aacuterea da superfiacutecie terrestre correspondente

Portanto para Lazzarotto (2002)

Uma imagem digital pode entatildeo ser vista como uma matriz de dimensotildees ldquoxrdquo colunas por ldquoyrdquo linhas com cada elemento possuindo um atributo ldquozrdquo (niacutevel de cinza) O sistema Landsat por exemplo gera imagens de 6550 x 6550 elementos o que significa mais de 42 milhotildees de pixels para cada imagem

Cada ponto imageado pelos sensores corresponde a uma aacuterea

miacutenima denominada ldquopixelrdquo (picture cell) que deve estar geograficamente

identificado e para o qual satildeo registrados valores digitais relacionados agrave

intensidade de energia refletida em faixas (bandas) bem definidas do espectro

eletromagneacutetico

O desenvolvimento dos sensores orbitais multiespectrais trouxe

um grande avanccedilo nos estudos ambientais porem o estudo da questatildeo

ambiental urbana ainda era limitado Segundo Barros (1998 p 42)

Os primeiros sensores orbitais desenvolvidos como por exemplo o MSSLANDSAT apresentavam grandes limitaccedilotildees no estudo urbano devido a sua baixa resoluccedilatildeo espacial (80 m) incompatiacutevel com as dimensotildees dos elementos que compotildeem o espaccedilo urbano

40

No meio urbano a variaccedilatildeo dos elementos que o constitui eacute

muito grande Para interpretar corretamente as formas urbanas a resoluccedilatildeo do

sensor a ser utilizado eacute de grande importacircncia pois os vaacuterios tipos de

coberturas satildeo muitas vezes menores do que o menor elemento de resoluccedilatildeo

(pixel)

Segundo Foresti amp Hamburger (1995 p144)

as maiores dificuldades para a utilizaccedilatildeo de dados orbitais na obtenccedilatildeo de informaccedilotildees sobre o ambiente intra-urbano envolvem a complexidade do ambiente que pode apresentar uma grande heterogeneidade de alvos mesmo em se tratando de tipos semelhantes de ocupaccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos sensores

Devido a estas limitaccedilotildees nos sensores eacute que se optou pela

utilizaccedilatildeo de imagens do sateacutelite SPOT 5 com resoluccedilatildeo espacial de 10 metros

nas bandas multiespectrais e de 25 metros na banda pancromaacutetica realizando

a fusatildeo desta bandas deixando as bandas multiespectrais com 25 metros de

resoluccedilatildeo espacial


As imagens de sateacutelite satildeo uma rica fonte de dados para

aplicaccedilatildeo em mapeamentos de bioacutetopos de uso do solo e recursos naturais

Este tipo de trabalho pode ser desenvolvido com apoio de teacutecnicas de

geoprocessamento

41

Segundo Assad (1998 p3) ldquoO geoprocessamento denota uma

disciplina do conhecimento que utiliza teacutecnicas matemaacuteticas e computacionais

para o tratamento de informaccedilotildees geograacuteficasrdquo

Os instrumentos computacionais pertencentes ao

geoprocessamento os Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIGs) permitem

a realizaccedilatildeo de anaacutelises complexas ao integrar dados de diversas fontes e ao

criar banco de dados georreferenciados (ASSAD 1998)

SIG pode ser definido como ldquoum sistema que processa dados

graacuteficos e natildeo graacuteficos (alfanumeacutericos) com ecircnfase a anaacutelises espaciais e

modelagens de superfiacuteciesrdquo definido no manual do SPRING Para Burrough

(1986) o SIG eacute um conjunto poderoso de ferramentas para coletar armazenar

recuperar transformar e visualizar dados sobre o mundo real


SIG eacute um sistema que engloba programas procedimentos e moacutedulos ou subsistemas integrados e projetados para dar suporte ao armazenamento processamento anaacutelise modelagem e exibiccedilatildeo de dados eou informaccedilotildees espacialmente referenciadas constituiacutedas numa uacutenica base de dados

Um dos sistemas que integram os SIGrsquos eacute o processamento

digital de imagens As teacutecnicas voltadas para a anaacutelise de dados

multidimensionais adquiridos por diversos tipos de sensores recebem o nome

de processamento digital de imagens ou seja eacute a manipulaccedilatildeo de uma

imagem por computador de modo que a entrada e a saiacuteda do processo satildeo

imagens

O uso de imagens multiespectrais registradas por sateacutelites tais

como Landsat SPOT ou similares eacute uma valiosa teacutecnica para a extraccedilatildeo dos

dados destinados agraves vaacuterias aplicaccedilotildees de pesquisa de recursos naturais A

42

obtenccedilatildeo das informaccedilotildees espectrais registradas pelos sistemas nas diferentes

partes do espectro eletromagneacutetico visando agrave identificaccedilatildeo e discriminaccedilatildeo

dos alvos de interesse depende principalmente da qualidade da representaccedilatildeo

dos dados contidos nas imagens SPRING (2004)


Os procedimentos utilizados nesta anaacutelise ambiental urbana

foram fundamentados na metodologia de mapeamento de bioacutetopos

Para o mapeamento das variaacuteveis ambientais foram utilizados

dados orbitais do SPOT 5 do ano de 2003 apoiado por estudos de campo para

a verificaccedilatildeo da veracidade da interpretaccedilatildeo visual das imagens

O limite da aacuterea de estudo utilizado neste caso foi criado

respeitando a localizaccedilatildeo das nascentes de rios proacuteximas agrave aacuterea urbana que

recebem interferecircncia direta do tipo de uso do solo bem como a zona de

potencial de expansatildeo da cidade

Eacute importante ressaltar que o ideal para este trabalho eacute a

criaccedilatildeo de uma equipe multidisciplinar poreacutem por se tratar de um trabalho

individual onde a atuaccedilatildeo de uma equipe natildeo eacute permitida este trabalho se

torna previamente limitado principalmente nos aspectos bioloacutegicos do

diagnoacutestico

43


bioacutetopos urbanos

O sateacutelite SPOT 5 lanccedilado em maio de 2002 pela Spot Image

coleta imagens com resoluccedilatildeo de ateacute 25 metros em diferentes modalidades

espectrais atraveacutes de uma ampla varredura de 60 km x 60 km oferecendo

assim balanceamento entre a definiccedilatildeoresoluccedilatildeo e a cobertura XAVIER

(2003)

O Spot 5 se apresenta como uma das melhores alternativas ao

sensoriamento remoto comercial Detalhes de 25 metros de resoluccedilatildeo espacial

obtidos com os sensores HRG (sigla em inglecircs para Alta Resoluccedilatildeo

Geomeacutetrica) no modulo pancromaacutetico em preto e branco permitem o

processamento de imagens coloridas multiespectrais atraveacutes de teacutecnicas de

fusatildeo de bandas As combinaccedilotildees das bandas espectrais (verde vermelho

infravermelho proacuteximo e o infravermelho meacutedio) satildeo perfeitas para aplicaccedilotildees

em mapeamentos urbanos de solos ambientais agriacutecola e florestal XAVIER

(2003)

Com a ampla capacidade teacutecnica do Spot 5 a aquisiccedilatildeo e o

processamento de dados geograacuteficos garantem precisatildeo e rapidez nos

trabalhos de mapeamento XAVIER (2003)

O tratamento das imagens e os trabalhos cartograacuteficos foram

feitos no programa SPRINGINPE

De acordo com o sistema de ajuda on-line o SPRING (Sistema

para Processamento de Informaccedilotildees Georeferenciadas) eacute um banco de dados

44

geograacutefico de 2ordm geraccedilatildeo desenvolvido pelo INPE (Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais) O SPRING estaacute baseado em um modelo de dados

orientado-a-objetos que combina as ideacuteias de ldquocamposrdquo e ldquoobjetos

geograacuteficosrdquo SPRING (2004)


O processamento digital de imagens consiste basicamente na

manipulaccedilatildeo de uma imagem por computador de modo onde a entrada e a

saiacuteda do processo satildeo imagens Este procedimento eacute utilizado para melhorar o

aspecto visual de certas feiccedilotildees estruturais para o analista humano e para

fornecer outros subsiacutedios para a sua interpretaccedilatildeo inclusive gerando produtos

que possam ser posteriormente submetidos a outros processamentos SPRING

(2004)

No inicio do processo foi gerado uma composiccedilatildeo colorida

onde se utilizaram 3 bandas aplicando a elas as cores primaacuterias vermelho

verde e azul Esta composiccedilatildeo RGB (red green e blue) foi aplicada

respectivamente agraves bandas 1 2 e 3 do SPOT 5

Posteriormente foi feita a transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo RGB

em IHS Esta transformaccedilatildeo serviu para aumentar a resoluccedilatildeo espacial da

imagem Este tipo de procedimento chamado fusatildeo de imagens envolveu o

calculo dos componentes H I e S a partir das trecircs bandas multiespectrais

selecionadas do SPOT 5 com resoluccedilatildeo espacial de 10 m aplicando contraste

45

nos componentes H e S sendo que o componente I foi substituiacutedo pela imagem

pancromaacutetica do SPOT 5 com resoluccedilatildeo espacial de 25 m depois aplicou-se

a transformaccedilatildeo inversa (IHS- RGB) Com este processo as bandas

multiespectrais do SPOT 5 ficaram com uma resoluccedilatildeo espacial de 25 m

Com a resoluccedilatildeo espacial da imagem alterada atraveacutes deste

procedimento a anaacutelise visual da imagem foi melhorada facilitando a

discriminaccedilatildeo dos alvos mapeados


Todos os trabalhos temaacuteticos realizados neste estudo foram

feitos utilizando teacutecnicas de geoprocessamento

Uma base topograacutefica digital com cotas altimeacutetricas de 20

metros foi utilizada para anaacutelises geomorfoloacutegicas e hidroloacutegicas Nas anaacutelises

geomorfoloacutegicas foram geradas uma carta hipsomeacutetrica e uma carta de

declividade

A base da malha urbana do municiacutepio foi georreferenciada e

atualizada atraveacutes das imagens orbitais Serviu tambeacutem de apoio para o

mapeamento dos bioacutetopos

46

42 Aspectos metodoloacutegicos do mapeamento de bioacutetopos

Os trabalhos preliminares se resumiram agrave coleta de dados e

fundamentaccedilotildees preacute-existentes e a delimitaccedilatildeo da aacuterea de estudo

A escolha da aacuterea urbana de Arapongas ndash PR se deu pela

importacircncia desta aacuterea para a dinacircmica de duas bacias importantes para a

regiatildeo norte do Paranaacute a bacia do Rio Pirapoacute e a bacia do baixo Tibagi sendo

que o municiacutepio de Arapongas eacute a regiatildeo de importantes nascentes para estas

bacias

A delimitaccedilatildeo foi feita utilizando uma base topograacutefica

sobreposta agrave imagem orbital tendo como aacutereas limiacutetrofes as regiotildees das

nascentes e a aacuterea de potencial expansatildeo do municiacutepio

Apoacutes esta fase foram feitos levantamentos de dados sobre a

evoluccedilatildeo histoacuterica da paisagem natural e do municiacutepio

O levantamento dos tipos de bioacutetopos foi o passo decisivo para

a realizaccedilatildeo da diagnose ambiental da aacuterea de estudo

A metodologia utilizada neste levantamento foi o mapeamento

representativo onde satildeo analisadas superfiacutecies amostrais consideradas

representativas de cada tipo de bioacutetopo Os resultados satildeo extrapolados para

superfiacutecies com estruturas semelhantes SUKKOP amp WEILER (apud BEDEcirc

1997)

Primeiro a aacuterea foi desmembrada em tipos de bioacutetopos sendo

que este desmembramento foi feito baseado na estrutura fiacutesica e tipo de uso

47

incidente na aacuterea Os levantamentos foram realizados em uma escala de

110000

O passo seguinte foi adaptar para a realidade local a chave de

bioacutetopos elaborada com base em BEDEcirc et al(1997) Assim os bioacutetopos

levantados foram

Construccedilotildees residenciais subdivididas em

bull residencial 1 composto de residecircncias localizadas na

regiatildeo central da cidade

bull residencial 2 conjuntos habitacionais ou aacutereas de

expansatildeo do centro urbano

bull residencial 3 aacutereas receacutem loteadas ou loteamentos com

poucas construccedilotildees

bull residencial 4 residecircncias de alto padratildeo construiacutedas em

ldquoaacutereas nobresrdquo da cidade

bull residencial 5 preacutedios com mais de 5 pavimentos

Construccedilotildees comerciais subdivididas em

bull comercial central aacutereas comerciais eou mistas

localizadas na aacuterea central

bull comercial e de serviccedilos construccedilotildees comerciais eou

prestadoras de serviccedilos localizadas em aacutereas

comerciais especializadas

bull posto de combustiacutevel aacutereas de postos de abastecimento

de combustiacuteveis para veiacuteculos subdivisatildeo feita devido a

periculosidade ambiental destes estabelecimentos

48

bull comercial de lazer aacutereas comerciais destinadas ao lazer

como clubes e outros

Preacutedios puacuteblicos subdivididas em

bull preacutedios puacuteblicos 1 preacutedios puacuteblicos com grau de

impermeabilizaccedilatildeo alto


impermeabilizaccedilatildeo de meacutedio a baixo

Construccedilotildees industriais subdivididas em

bull industrialatacadista aacutereas com construccedilotildees industriais

eou atacadistas

bull tratamentoabastecimento aacutereas de tratamento eou

abastecimento de aacutegua

Aacutereas de exploraccedilatildeo ou depoacutesito

bull mineraccedilatildeodepoacutesito de lixo aacutereas de exploraccedilatildeo mineral

eou grandes depoacutesitos de lixo (aterro sanitaacuterio

municipal)

Cemiteacuterio aacuterea especial devido a implicaccedilotildees ambientais

Superfiacutecies de transito subdivididas em

bull rodoviaacuterios superfiacutecies para transito de veiacuteculos

automotores e terminais rodoviaacuterias etc

bull ferroviaacuterias superfiacutecies com trilhos e terminais

ferroviaacuterios

Aacutereas uacutemidas subdivididas em lagos e rios ou corpos daacutegua

Aacutereas agriacutecolas subdivididas em

bull agricultura aacutereas com plantaccedilotildees de culturas agriacutecolas

49

bull pecuaacuteria aacutereas destinadas a atividades pecuaacuterias

bull chaacutecarassiacutetiosvilas rurais pequenas propriedades

destinadas a atividades agropecuaacuterias

Aacutereas Verdes divididas em

bull Parques e Praccedilas subdivididas em praccedilasparques

aacutereas verdes com manejo intensivo destinado ao lazer

da populaccedilatildeo campos de futebol aacutereas gramadas

intensivamente manejadas para praacutetica de futebol e

outros esportes

bull Superfiacutecies vegetadas subdivididas em

o mata ciliar vegetaccedilatildeo arboacutereaarbustiva de

regiotildees ripaacuterias

o fundos de vale com vegetaccedilatildeo rasteira aacutereas

ripaacuterias sem vegetaccedilatildeo ou com vegetaccedilatildeo

rasteira

o aacutereas baldias locais ldquoabandonadosrdquo com

vegetaccedilatildeo espontacircnea e sem manejo intensivo

o reflorestamento de eucaliptopinus aacutereas

reflorestadas com eucalipto eou pinus

o matas ou aacutereas com vegetaccedilatildeo arboacutereaarbustiva

locais com existecircncia de mata natural nativa eou

secundaacuteria

Apoacutes a realizaccedilatildeo do chaveamento dos bioacutetopos foram feitos

os levantamentos e o mapeamento das aacutereas amostrais

50

Foram analisados os aspectos floriacutesticos e vegetacionais que

deram origem a um diagnoacutestico da vegetaccedilatildeo grau de impermeabilizaccedilatildeo

potencial para vivencia da natureza aleacutem dos aspectos geoloacutegicos

pedoloacutegicos e geomorfoloacutegicos

Atraveacutes deste diagnoacutestico foram elaboradas cartas temaacuteticas

especiacuteficas sobre o meio fiacutesico e antroacutepico

5 DIAGNOacuteSTICO AMBIENTAL E MAPEAMENTO DOS BIOacuteTOPOS

O diagnoacutestico ambiental atraveacutes do mapeamento dos bioacutetopos

foi baseado na identificaccedilatildeo mapeamento e caracterizaccedilatildeo das unidades que

formam a paisagem urbana identificadas atraveacutes das caracteriacutesticas bioacuteticas

estruturas fiacutesicas e atividades incidentes Este estudo forneceu uma base

soacutecio-economica fiacutesica e bioacutetica

51 Aspectos soacutecio-econocircmicos

O levantamento dos aspectos soacutecio-econocircmicos eacute premissa

baacutesica para o entendimento da disposiccedilatildeo dos vaacuterios elementos da paisagem

Atraveacutes destes levantamentos aliados ao mapeamento dos bioacutetopos urbanos

51

relacionados ao uso e ocupaccedilatildeo do solo (FIGURA 4 e QUADRO4) foi possiacutevel

entender alguns aspectos da dinacircmica do meio ambiente urbano

QUADRO 4 ndashAacuteREA DAS CLASSES DE USO DO SOLO

CLASSE DE USO DO SOLO AacuteREA (HAacute)

INDUSTRIALATACADISTA 387422908

RESIDENCIAL 1388492359

COMERCIAL E SERVICcedilOS 118519515

AacuteREA BALDIA 274045353

AGRIacuteCOLA 1872383753

MATA CILIAR 199420009

PRACcedilAS E PARQUES 58823014

CEMITERIO 9767606

VEGETACcedilAtildeO ARBOREA E ARBUSTIVA 68815875

PREacuteDIOS PUBLICOS 38583304

RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472

REFLORESTAMENTO DE EUCLIPTOPINUS 81819965

MINERACcedilAtildeO 69349225

FUNDO DE VALE C VEGETACcedilAtildeO RASTEIRA 52668751

ESTACcedilAtildeO ABASTECIMENTOTRATAMENTO 10694121

LAGOSRIOS 2886093


FIGURA 4 ndash CARTA DE USO DO SOLO URBANO DE ARAPONGAS

53

511 Analise soacutecio-economica atraveacutes do mapeamento dos bioacutetopos


O mapeamento dos bioacutetopos industriais comerciais e agriacutecolas

(FIGURA 5) relacionados ao uso e ocupaccedilatildeo do solo eacute um importante

instrumento para a anaacutelise soacutecio-econocircmica de uma regiatildeo pois fornece uma

base das atividades realizadas que influenciam na dinacircmica da cidade e do

meio ambiental local

Apesar da regiatildeo norte do Paranaacute ser predominantemente

agriacutecola o municiacutepio de Arapongas possui um importante parque industrial

Aliando dados estatiacutesticos com os dados do mapeamento de uso do solo

urbano de Arapongas foi possiacutevel constatar o potencial industrial do municiacutepio

considerado um dos maiores poacutelos da induacutestria moveleira do sul do Brasil

Do valor adicionado total do PIB de Arapongas do ano de 2002

mais de 51 foi gerado pela induacutestria (QUADRO 5) que possui um parque

industrial com uma aacuterea de mais de 387 ha (QUADRO 6)

O setor de comeacutercio e serviccedilos tambeacutem eacute representativo cerca

de 38 do PIB proveacutem do setor de serviccedilos (QUADRO 6) que possui uma

aacuterea representado pela regiatildeo comercial com aproximadamente 118 ha

(QUADRO 6)

O restante do PIB proveacutem do setor agropecuaacuterio que foi

mensurado apenas na aacuterea de expansatildeo urbana do municiacutepio com cerca de

1872 ha (QUADRO 5)

54

QUADRO 5 ndash PIB DE ARAPONGAS - 2002

Produto Interno Bruto 2002 ndash Arapongas - PR

Valor adicionado da agropecuaacuteria

72346

Mil Reais

Valor adicionado da induacutestria

382787

Mil Reais

Valor adicionado dos serviccedilos

288863

Mil Reais

Valor adicionado total

743997

Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

52297

Mil Reais PIB a preccedilo de mercado corrente

768812

Mil Reais Populaccedilatildeo

91417

Habitantes

PIB per capita

8410

Reais Fonte IBGE Produto Interno Bruto dos Municiacutepios 1999-2002

Aleacutem da importacircncia econocircmica esses setores principalmente

o industrial satildeo tambeacutem de grande importacircncia na questatildeo ambiental uma vez

que as induacutestrias produzem uma grande quantidade de resiacuteduos que precisam

ser destinados corretamente para locais especiacuteficos de beneficiamento

A localizaccedilatildeo destas induacutestrias tambeacutem deve ter uma poliacutetica

especial uma vez que podem causar danos quando instaladas proacuteximas agrave

cursos drsquoaacutegua aleacutem de trazer problemas para a sauacutede da populaccedilatildeo com a

emissatildeo de resiacuteduos poluentes prejudiciais aleacutem de casos de poluiccedilatildeo sonora

Foi possiacutevel encontrar induacutestrias localizadas em aacutereas

improacuteprias O caso mais grave eacute do Frigoriacutefico Frigomax localizado em uma

aacuterea de nascente e no meio da aacuterea urbana poluindo o corpo drsquoaacutegua com a

geraccedilatildeo e despejo de resiacuteduos no rio e poluindo o ar tornando a aacuterea de

entorno desvalorizada por causa da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica

Com relaccedilatildeo aos bioacutetopos referentes a estas estruturas foi

possiacutevel diagnosticar que possuem uma aacuterea impermeabilizada entre 70 a

90 Alguns locais possuem aacutereas de lazer na parte de traacutes do lote ocupado

por algumas espeacutecies frutiacuteferas

55

Jaacute as estruturas comerciais possuem quase 100 de aacutereas

impermeaacuteveis possuem apenas jardins ornamentais com espeacutecies exoacuteticas

As estruturas agriacutecolas apresentam-se quase totalmente

permeaacuteveis poreacutem estas aacutereas satildeo intensivamente manejadas e apresentam

uma vegetaccedilatildeo temporaacuteria sendo que em poucos casos principalmente em

pequenos siacutetios e chaacutecaras eacute possiacutevel encontrar espeacutecies arboacutereas e

arbustivas As principais atividades agriacutecolas satildeo produccedilatildeo de gratildeos e

pecuaacuteria

O municiacutepio tambeacutem possui uma aacuterea de exploraccedilatildeo mineral

situada ao sul Esta aacuterea eacute considerada criacutetica do ponto de vista ambiental

aleacutem de representar um risco para a populaccedilatildeo residente nas proximidades O

manejo desta aacuterea deve ser fiscalizado com rigor pelos oacutergatildeos puacuteblicos O

bioacutetopo representado por esta aacuterea eacute em grande parte muito alterado com

superfiacutecies drsquoaacutegua em meio a mineraccedilatildeo com pouca vegetaccedilatildeo nas aacutereas de

lavras O material explorado no local eacute a brita

A aacuterea referente agrave estaccedilatildeo de abastecimento e tratamento de

aacutegua foi adicionada a estes setores por desempenhar atividades com potencial

industrial

QUADRO 6 ndashAacuteREA DOS BIOacuteTOPOS DE EXPLORACcedilAtildeO ECONOcircMICA

BIOacuteTOPO DE EXPLORACcedilAtildeO ECONOcircMICA AacuteREA (HAacute)



AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225

EST_ABASTCMNTOTRATMNTO 10694121


FIGURA 5 ndash BIOacuteTOPOS DE AacuteREAS DE EXPLORACcedilAtildeO ECONOcircMICA

57


residenciais

A estrutura e disposiccedilatildeo dos bioacutetopos residenciais de

Arapongas (FIGURA 6 e QUADRO 7) eacute relativamente simples por isso foram

dividas em apenas 5 categorias ou zonas de acordo com o grau de

impermeabilizaccedilatildeo tamanho dos lotes localizaccedilatildeo grau de ocupaccedilatildeo do

loteamento e adensamento populacional

Zona residencial 1 casas geralmente unifamiliares

localizadas na regiatildeo central da cidade com lotes variando de 250 m2 a 500 m2

com grau de impermeabilizaccedilatildeo entre 70 e 90 A maioria das casas possui

recuo frontal ocupado por jardins intensivamente manejados na parte de traacutes

do lote algumas casas possuem uma aacuterea geralmente destinada ao plantio de

espeacutecies vegetais frutiacuteferas e hortaliccedilas A maioria das construccedilotildees eacute de

alvenaria com cobertura de ceracircmica A populaccedilatildeo residente nesta aacuterea da

cidade eacute em geral de classe meacutedia e meacutedia alta

Zona residencial 2 casas da aacuterea de expansatildeo do centro

urbano e conjuntos habitacionais compostos em geral de construccedilotildees

populares com tamanho variado e arquitetura simples Os lotes geralmente satildeo

de 250 m2 ou menores com grau de impermeabilizaccedilatildeo entre 80 a 90

podendo em alguns casos chegar a 100 possuem uma pequena aacuterea de

recuo frontal ocupada com jardins A populaccedilatildeo residente eacute em geral de classe

meacutedia meacutedia baixa ou baixa A populaccedilatildeo mais carente se encontra nas

periferias do extremo sul e nordeste da cidade ou seja proacuteximo a aacuterea do

58

aterro sanitaacuterio e proacuteximo agraves industrias o que desvaloriza o local Populaccedilotildees

de classe meacutedia se encontram na regiatildeo sudoeste proacuteximas ao centro

Zona residencial 3 loteamentos recentes com construccedilotildees

esparsas e grande aacuterea composta de lotes vazios com espeacutecies invasoras e

gramiacuteneas

Zona residencial 4 casas unifamiliares localizadas em aacutereas

nobres da cidade construccedilotildees sofisticadas geralmente com 2 pavimentos

lotes geralmente de 500 m2 ou maiores presenccedila de condomiacutenio exclusivo

Possuem grandes aacutereas de jardim intensivamente manejado possuem grau de

impermeabilizaccedilatildeo variando entre 70 a 90 A populaccedilatildeo residente nesta

aacuterea eacute de classe meacutedia alta e alta Esta zona eacute privilegiada ambientalmente ela

estaacute proacutexima a uma reserva bioloacutegica constituiacuteda de mata arboacuterea densa

proacutexima a uma aacuterea de nascente e com presenccedila de um lago artificial

Zona residencial 5 construccedilotildees isoladas de grande volume

constituiacuteda de preacutedios residenciais com muitos andares alguns possuem aacutereas

verdes comunitaacuterias grau de impermeabilizaccedilatildeo varia de 80 a 100 A

populaccedilatildeo residente nestas construccedilotildees eacute de classe meacutedia alta e alta

QUADRO 7 ndashAacuteREA DOS BIOacuteTOPOS DE AacuteREAS RESIDENCIAIS

BIOacuteTOPO DE AacuteREAS RESIDENCIAIS AacuteREA (HAacute)

RESIDENCIAL 1 148426401






FIGURA 6 ndash BIOacuteTOPOS DE AacuteREAS RESIDENCIAIS

60

52 Diagnoacutestico da vegetaccedilatildeo atual

Atualmente o municiacutepio de Arapongas conta com pouquiacutessimos

fragmentos de vegetaccedilatildeo nativa Na aacuterea urbana a situaccedilatildeo natildeo eacute diferente

(FIGURA 7 e QUADRO 8)

Na aacuterea urbana a vegetaccedilatildeo arboacuterea se encontram

principalmente nas regiotildees ripaacuterias satildeo as matas ciliares que seguem os

cursos drsquoaacutegua protegendo os rios dos sedimentos escoados pelas chuvas

evitando assoreamento e outros tipos de impactos

As aacutereas baldias muitas vezes apresentam uma

recomposiccedilatildeo vegetal que pode ser estudada para programas de

reflorestamento ou estudos de evoluccedilatildeo da vegetaccedilatildeo

A importacircncia das aacutereas de reflorestamento de eucalipto e

pinus satildeo mais econocircmicas do que ambientais

As aacutereas de parques e praccedilas satildeo importantes para o lazer da

populaccedilatildeo aleacutem de representarem aacutereas verdes dentro das regiotildees mais

urbanizadas

Mata ciliar a situaccedilatildeo da mata ciliar nas numerosas aacutereas de

nascentes do municiacutepio nem sempre atendem as exigecircncias da legislaccedilatildeo

ambiental poreacutem a situaccedilatildeo natildeo eacute grave A maioria dos rios possui uma aacuterea

miacutenima de 30 metros de mata ciliar de cada lado do rio

Estas aacutereas merecem manejo especial e total proteccedilatildeo pois

satildeo aacutereas que aleacutem de protegerem os cursos drsquoaacutegua tambeacutem apresentam

resquiacutecios de presenccedila de mata nativa essenciais para estudos ambientais

61

Existem tambeacutem algumas aacutereas ripaacuterias com vegetaccedilotildees

rasteiras decorrentes da retirada da vegetaccedilatildeo arboacuterea estas aacutereas

necessitam de um manejo especial Programas de recomposiccedilatildeo da mata ciliar

seriam uacuteteis e poderiam ser feitos concomitantemente aos programas de

educaccedilatildeo ambiental

Mata vegetaccedilatildeo arboacuterea e arbustiva A aacutereas de mata com

presenccedila de vegetaccedilatildeo arboacuterea e arbustiva satildeo poucas dentro do siacutetio urbano

A mais importante eacute a Reserva Bioloacutegica de Arapongas um fragmento de mata

bem conservado com uma aacuterea de 35 hectares situado em uma regiatildeo nobre

da cidade Este fragmento eacute de suma importacircncia para projetos de pesquisa

bioloacutegica e educaccedilatildeo ambiental

Outras aacutereas de mata se encontram na regiatildeo de expansatildeo

nas aacutereas agriacutecolas proacuteximas agraves matas ciliares Estas aacutereas tambeacutem satildeo

importantes para projetos ambientais

Estas aacutereas junto com as aacutereas de mata ciliar representam um

refuacutegio para espeacutecies da fauna da regiatildeo principalmente a avifauna

Aacutereas baldias as aacutereas baldias de maior importacircncia na

regiatildeo urbana se encontram proacuteximas agraves matas ciliares ou seja satildeo aacutereas que

podem ser utilizadas para programas de reflorestamento e aumento da aacuterea de

mata ciliar Satildeo geralmente aacutereas de retirada da vegetaccedilatildeo para fins de

povoamento ou exploraccedilatildeo agriacutecola satildeo povoadas com vegetaccedilatildeo invasora

rasteira ou arbustiva Muitas aacutereas classificadas neste estudo como baldias satildeo

aacutereas de especulaccedilatildeo imobiliaacuteria ou seja aacutereas sem ocupaccedilatildeo esperando uma

valorizaccedilatildeo para um posterior processo de loteamento

62

Praccedilas e parques os parques e praccedilas representam uma das

poucas possibilidades de lazer da populaccedilatildeo principalmente a populaccedilatildeo

menos abastada As praccedilas existentes na regiatildeo central representam um local

de descanso e ponto de encontro para a populaccedilatildeo por esse motivo os

aspectos urbaniacutesticos satildeo mais priorizados dos que os ambientais Dos

parques existentes na cidade dois se destacam pela sua importacircncia no que

diz respeito agrave programas de educaccedilatildeo ambiental satildeo os parques localizados

em aacutereas de nascentes construiacutedos como forma de conter a erosatildeo existentes

nestas duas aacutereas localizadas agrave sudoeste denominados Parque dos Paacutessaros

e Parque das Naccedilotildees Nestas aacutereas satildeo encontrados exemplares de

vegetaccedilatildeo arboacuterea nativa e de espeacutecies exoacuteticas

Nas aacutereas mais carentes (Regiotildees norte e sul) existem locais

com vegetaccedilatildeo que podem gerar parques e praccedilas para melhoria da qualidade

de vida da populaccedilatildeo mais carente


BIOacuteTOPOS DE AacuteREAS VERDES AacuteREA (HAacute)

AREA BALDIA 274045353


PRACcedilAS E PARQUESPRACcedilAS DE ESPORTE 58823014

VEG_ARBOREA E ARBUSTIVA 68815875

REFL_EUCLPTPINUS 81819965

FDO_VALE_CVEG_RASTEIRA 52668751


FIGURA 7 ndash BIOacuteTOPOS DE AacuteREAS VERDES

64

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As imagens do sateacutelite SPOT 5 se mostraram eficientes para

este tipo de estudo principalmente com a realizaccedilatildeo da fusatildeo das imagens

gerando uma composiccedilatildeo colorida com resoluccedilatildeo de 25 metros

Com a composiccedilatildeo colorida obtida apoacutes a fusatildeo foi possiacutevel

distinguir as aacutereas verdes das aacutereas construiacutedas possibilitando com ajuda de

verificaccedilotildees de campo a mensuraccedilatildeo aproximada do grau de

impermeabilizaccedilatildeo dos bioacutetopos o mapeamento dos tipos de usos do solo e a

delimitaccedilatildeo dos bioacutetopos

Apoacutes a delimitaccedilatildeo dos bioacutetopos e o mapeamento das aacutereas

representativas foi possiacutevel com a ajuda de estudos anteriores feitos por

outros autores fazer um breve diagnoacutestico ambiental da aacuterea urbana de

Arapongas

Neste estudo foi possiacutevel diagnosticar os aspectos ambientais

atraveacutes de dados obtidos sobre as aacutereas de atividades de exploraccedilatildeo

econocircmica aacutereas residenciais e aacutereas verdes

A respeito das aacutereas de atividades de exploraccedilatildeo econocircmicas

constatou-se a importacircncia do setor industrial para a receita do municiacutepio A

respeito da questatildeo ambiental neste acircmbito pudemos constatar que algumas

induacutestrias estatildeo impropriamente localizadas em aacutereas proacuteximas a nascentes

O mapeamento dos bioacutetopos referentes agraves zonas residenciais

mostrou a diferenccedila de condiccedilotildees de moradia e infra-estrutura da populaccedilatildeo

rica para a populaccedilatildeo de classe mais baixa

65

As aacutereas de residecircncias de alto padratildeo satildeo em geral mais

arborizadas e com presenccedila de aacutereas verdes aleacutem de serem mais permeaacuteveis

Jaacute as aacutereas de residecircncias populares satildeo em geral pouco

arborizadas e com grau de impermeabilizaccedilatildeo alto interferindo diretamente no

microclima local e no escoamento superficial das aacuteguas pluviais

No mapeamento dos bioacutetopos de aacutereas verdes pode-se

observar uma razoaacutevel conservaccedilatildeo das matas ciliares da aacuterea urbana poreacutem

em alguns lugares foi possiacutevel observar a falta de mata ciliar neste caso seria

preciso um reflorestamento desta aacuterea

As aacutereas de vegetaccedilatildeo arboacuterea tambeacutem estatildeo presentes em

quantidade razoaacutevel mas a maioria se encontra na zona de expansatildeo do

municiacutepio portanto seria preciso transformar estes locais em aacutereas de

preservaccedilatildeo

Por fim com relaccedilatildeo aos parques e praccedilas alguns satildeo muito

importantes para programas de educaccedilatildeo ambiental principalmente os

localizados nas aacutereas de nascentes As praccedilas de bairros populares deveriam

ser melhoradas se faz necessaacuterio tambeacutem a criaccedilatildeo de mais parques e

praccedilas principalmente nas zonas sul e nordeste aacutereas em crescente expansatildeo

e mais afastadas do centro

66

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado como exigecircncia para conclusatildeo do curso de Bacharelado em Geografia

Orientador Profordm Drordm Omar Neto Fernandes Barros


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Agradecimentos



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RESUMO




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ABSTRACT




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521 Clima

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MINEROPAR (1990)



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laminar





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00 - 03 2173220

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20 - 30 159370

30 - 40 25980

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ACIMA DE 50 2500




660m a 680m 51990

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740m a 760m 959060

760m a 780m 1528880

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social e ambiental




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20614088

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25885001

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8971163

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16247668

1960 35055457

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

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Dummy Financeiro

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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Dummy Financeiro

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PIB per capita

8410



















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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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25885001

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18670976

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rasteira







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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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(QUADRO 6)



1872 ha (QUADRO 5)

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72346

Mil Reais


382787

Mil Reais


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Mil Reais


743997

Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

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Habitantes

PIB per capita

8410



















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pecuaacuteria










industrial





AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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ARAPONGAS - PR

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521 Clima

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221 Clima














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222 Hidrografia









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MINEROPAR (1990)



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(1983)







HOLVECK (1999)










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00 - 03 2173220

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POR SEXO - 1940-1996



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20614088

20622227

6164473

6715709

14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

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16913838

16247668

1960 35055457

35015000

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16182644

19935067

18832356

1970 46331343

46807694

25227825

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1980 59123361

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18670976

1991 72485122

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secundaacuteria



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51












CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



53



















(QUADRO 6)



1872 ha (QUADRO 5)

54




72346

Mil Reais


382787

Mil Reais


288863

Mil Reais


743997

Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

52297


768812


91417

Habitantes

PIB per capita

8410



















55








pecuaacuteria










industrial





AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




57


residenciais






















58





gramiacuteneas






















60
















urbanizadas








61

























62

























64













Arapongas











65




















66














67















68









julago 2003


5

ABSTRACT




6






27




55



62

7


FIGURA 1 ndash


ARAPONGAS - PR

14

FIGURA 2 ndash


FIGURA 3 ndash


22

FIGURA 4 ndash


FIGURA 5 ndash


56

FIGURA 6 ndash


FIGURA 7 ndash


63

8

SUMAacuteRIO


10


12


12


15

521 Clima

15

522 Hidrografia 16



23


23


24


26


28


31


37


37


40


42




44

9


45






53


residenciais

57




10























da cidade

11
















12




















13


Paranaacute
























14











ARAPONGAS - PR


15






221 Clima














16






222 Hidrografia









(2002)







17


(2002)

















MINEROPAR (1990)



18








(1983)







HOLVECK (1999)










19





















laminar





20



00 - 03 2173220

03 - 05 499670

05 - 10 1230810

10 - 15 703870

15 - 20 343130

20 - 30 159370

30 - 40 25980

40 - 50 4430

ACIMA DE 50 2500




660m a 680m 51990

680m a 700m 174510

700m a 720m 366010

720m a 740m 622300

740m a 760m 959060

760m a 780m 1528880

780m a 800m 1439680




23







agriacutecolas












24











social e ambiental




ambientais





sustentaacutevel


25





















26












planejamento









27




POR SEXO - 1940-1996



1940

20614088

20622227

6164473

6715709

14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

9811728

16913838

16247668

1960 35055457

35015000

15120390

16182644

19935067

18832356

1970 46331343

46807694

25227825

26857159

21103518

19950535

1980 59123361

59879345

39228040

41208369

19895321

18670976

1991 72485122

74340353

53854256

57136734

18630866

17203619

1996 77442865

79627298

59716389

63360442

17726476

16266856











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DAVIDIVICH (1995)


















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ambiente












31





















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p144)


33





















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BEDEcirc 1997)
























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urbana





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1997)




mesma










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(pixel)












geoprocessamento

41




















imagens




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diagnoacutestico

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(2003)









(2003)








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(2004)










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declividade




46








bacias












1997)



47


110000



levantados foram




















48










eou atacadistas






municipal)






ferroviaacuterios




49









outros esportes






rasteira







secundaacuteria



50

















51












CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



53



















(QUADRO 6)



1872 ha (QUADRO 5)

54




72346

Mil Reais


382787

Mil Reais


288863

Mil Reais


743997

Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

52297


768812


91417

Habitantes

PIB per capita

8410



















55








pecuaacuteria










industrial





AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




57


residenciais






















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gramiacuteneas






















60
















urbanizadas








61

























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Arapongas











65




















66














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julago 2003


6






27




55



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ARAPONGAS - PR

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FIGURA 2 ndash


FIGURA 3 ndash


22

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63

8

SUMAacuteRIO


10


12


12


15

521 Clima

15

522 Hidrografia 16



23


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37


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40


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9


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residenciais

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da cidade

11
















12




















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Paranaacute
























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ARAPONGAS - PR


15






221 Clima














16






222 Hidrografia









(2002)







17


(2002)

















MINEROPAR (1990)



18








(1983)







HOLVECK (1999)










19





















laminar





20



00 - 03 2173220

03 - 05 499670

05 - 10 1230810

10 - 15 703870

15 - 20 343130

20 - 30 159370

30 - 40 25980

40 - 50 4430

ACIMA DE 50 2500




660m a 680m 51990

680m a 700m 174510

700m a 720m 366010

720m a 740m 622300

740m a 760m 959060

760m a 780m 1528880

780m a 800m 1439680




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agriacutecolas












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social e ambiental




ambientais





sustentaacutevel


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planejamento









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POR SEXO - 1940-1996



1940

20614088

20622227

6164473

6715709

14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

9811728

16913838

16247668

1960 35055457

35015000

15120390

16182644

19935067

18832356

1970 46331343

46807694

25227825

26857159

21103518

19950535

1980 59123361

59879345

39228040

41208369

19895321

18670976

1991 72485122

74340353

53854256

57136734

18630866

17203619

1996 77442865

79627298

59716389

63360442

17726476

16266856











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DAVIDIVICH (1995)


















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ambiente












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BEDEcirc 1997)
























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geoprocessamento

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diagnoacutestico

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(2003)









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45














declividade




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bacias












1997)



47


110000



levantados foram




















48










eou atacadistas






municipal)






ferroviaacuterios




49









outros esportes






rasteira







secundaacuteria



50

















51












CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



53



















(QUADRO 6)



1872 ha (QUADRO 5)

54




72346

Mil Reais


382787

Mil Reais


288863

Mil Reais


743997

Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

52297


768812


91417

Habitantes

PIB per capita

8410



















55








pecuaacuteria










industrial





AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




57


residenciais






















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gramiacuteneas






















60
















urbanizadas








61

























62

























64













Arapongas











65




















66














67















68









julago 2003


7


FIGURA 1 ndash


ARAPONGAS - PR

14

FIGURA 2 ndash


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22

FIGURA 4 ndash


FIGURA 5 ndash


56

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63

8

SUMAacuteRIO


10


12


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521 Clima

15

522 Hidrografia 16



23


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37


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9


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residenciais

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da cidade

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12




















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Paranaacute
























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ARAPONGAS - PR


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221 Clima














16






222 Hidrografia









(2002)







17


(2002)

















MINEROPAR (1990)



18








(1983)







HOLVECK (1999)










19





















laminar





20



00 - 03 2173220

03 - 05 499670

05 - 10 1230810

10 - 15 703870

15 - 20 343130

20 - 30 159370

30 - 40 25980

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ACIMA DE 50 2500




660m a 680m 51990

680m a 700m 174510

700m a 720m 366010

720m a 740m 622300

740m a 760m 959060

760m a 780m 1528880

780m a 800m 1439680




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agriacutecolas












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social e ambiental




ambientais





sustentaacutevel


25





















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planejamento









27




POR SEXO - 1940-1996



1940

20614088

20622227

6164473

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14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

9811728

16913838

16247668

1960 35055457

35015000

15120390

16182644

19935067

18832356

1970 46331343

46807694

25227825

26857159

21103518

19950535

1980 59123361

59879345

39228040

41208369

19895321

18670976

1991 72485122

74340353

53854256

57136734

18630866

17203619

1996 77442865

79627298

59716389

63360442

17726476

16266856











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DAVIDIVICH (1995)


















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ambiente












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BEDEcirc 1997)
























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urbana





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mesma










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geoprocessamento

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diagnoacutestico

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45














declividade




46








bacias












1997)



47


110000



levantados foram




















48










eou atacadistas






municipal)






ferroviaacuterios




49









outros esportes






rasteira







secundaacuteria



50

















51












CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



53



















(QUADRO 6)



1872 ha (QUADRO 5)

54




72346

Mil Reais


382787

Mil Reais


288863

Mil Reais


743997

Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

52297


768812


91417

Habitantes

PIB per capita

8410



















55








pecuaacuteria










industrial





AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




57


residenciais






















58





gramiacuteneas






















60
















urbanizadas








61

























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Arapongas











65




















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julago 2003


8

SUMAacuteRIO


10


12


12


15

521 Clima

15

522 Hidrografia 16



23


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37


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9


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residenciais

57




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da cidade

11
















12




















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Paranaacute
























14











ARAPONGAS - PR


15






221 Clima














16






222 Hidrografia









(2002)







17


(2002)

















MINEROPAR (1990)



18








(1983)







HOLVECK (1999)










19





















laminar





20



00 - 03 2173220

03 - 05 499670

05 - 10 1230810

10 - 15 703870

15 - 20 343130

20 - 30 159370

30 - 40 25980

40 - 50 4430

ACIMA DE 50 2500




660m a 680m 51990

680m a 700m 174510

700m a 720m 366010

720m a 740m 622300

740m a 760m 959060

760m a 780m 1528880

780m a 800m 1439680




23







agriacutecolas












24











social e ambiental




ambientais





sustentaacutevel


25





















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planejamento









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POR SEXO - 1940-1996



1940

20614088

20622227

6164473

6715709

14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

9811728

16913838

16247668

1960 35055457

35015000

15120390

16182644

19935067

18832356

1970 46331343

46807694

25227825

26857159

21103518

19950535

1980 59123361

59879345

39228040

41208369

19895321

18670976

1991 72485122

74340353

53854256

57136734

18630866

17203619

1996 77442865

79627298

59716389

63360442

17726476

16266856











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DAVIDIVICH (1995)


















29
























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ambiente












31





















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p144)


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BEDEcirc 1997)
























36















urbana





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1997)




mesma










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(pixel)












geoprocessamento

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imagens




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diagnoacutestico

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(2003)









(2003)








44












(2004)










45














declividade




46








bacias












1997)



47


110000



levantados foram




















48










eou atacadistas






municipal)






ferroviaacuterios




49









outros esportes






rasteira







secundaacuteria



50

















51












CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



53



















(QUADRO 6)



1872 ha (QUADRO 5)

54




72346

Mil Reais


382787

Mil Reais


288863

Mil Reais


743997

Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

52297


768812


91417

Habitantes

PIB per capita

8410



















55








pecuaacuteria










industrial





AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




57


residenciais






















58





gramiacuteneas






















60
















urbanizadas








61

























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Arapongas











65




















66














67















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julago 2003


9


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residenciais

57




10























da cidade

11
















12




















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Paranaacute
























14











ARAPONGAS - PR


15






221 Clima














16






222 Hidrografia









(2002)







17


(2002)

















MINEROPAR (1990)



18








(1983)







HOLVECK (1999)










19





















laminar





20



00 - 03 2173220

03 - 05 499670

05 - 10 1230810

10 - 15 703870

15 - 20 343130

20 - 30 159370

30 - 40 25980

40 - 50 4430

ACIMA DE 50 2500




660m a 680m 51990

680m a 700m 174510

700m a 720m 366010

720m a 740m 622300

740m a 760m 959060

760m a 780m 1528880

780m a 800m 1439680




23







agriacutecolas












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social e ambiental




ambientais





sustentaacutevel


25





















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planejamento









27




POR SEXO - 1940-1996



1940

20614088

20622227

6164473

6715709

14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

9811728

16913838

16247668

1960 35055457

35015000

15120390

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





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46807694

25227825

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19950535

1980 59123361

59879345

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18670976

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53854256

57136734

18630866

17203619

1996 77442865

79627298

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

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Dummy Financeiro

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AGRICOLA 1872383753

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1970 46331343

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Dummy Financeiro

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AGRICOLA 1872383753

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RODOVIAS 77328548

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

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LAGOSRIOS 2886093



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Dummy Financeiro

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Habitantes

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AGRICOLA 1872383753

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Dummy Financeiro

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AGRICOLA 1872383753

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18670976

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53854256

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RODOVIAS 77328548

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Dummy Financeiro

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PIB per capita

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AGRICOLA 1872383753

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

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LAGOSRIOS 2886093



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Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

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Habitantes

PIB per capita

8410



















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pecuaacuteria










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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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RODOVIAS 77328548

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Mil Reais Impostos

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PIB per capita

8410



















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AGRICOLA 1872383753

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

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Dummy Financeiro

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RODOVIAS 77328548

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Dummy Financeiro

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AGRICOLA 1872383753

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15 - 20 343130

20 - 30 159370

30 - 40 25980

40 - 50 4430

ACIMA DE 50 2500




660m a 680m 51990

680m a 700m 174510

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23







agriacutecolas












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social e ambiental




ambientais





sustentaacutevel


25





















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planejamento









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POR SEXO - 1940-1996



1940

20614088

20622227

6164473

6715709

14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

9811728

16913838

16247668

1960 35055457

35015000

15120390

16182644

19935067

18832356

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26857159

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19950535

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39228040

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19895321

18670976

1991 72485122

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79627298

59716389

63360442

17726476

16266856











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DAVIDIVICH (1995)


















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ambiente












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BEDEcirc 1997)
























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urbana





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mesma










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geoprocessamento

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imagens




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diagnoacutestico

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(2003)









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declividade




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bacias












1997)



47


110000



levantados foram




















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eou atacadistas






municipal)






ferroviaacuterios




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outros esportes






rasteira







secundaacuteria



50

















51












CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



53



















(QUADRO 6)



1872 ha (QUADRO 5)

54




72346

Mil Reais


382787

Mil Reais


288863

Mil Reais


743997

Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

52297


768812


91417

Habitantes

PIB per capita

8410



















55








pecuaacuteria










industrial





AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




57


residenciais






















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gramiacuteneas






















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urbanizadas








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Arapongas











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julago 2003




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POR SEXO - 1940-1996



1940

20614088

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6164473

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14449615

13906518

1950

25885001

26059396

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1960 35055457

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16182644

19935067

18832356

1970 46331343

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25227825

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21103518

19950535

1980 59123361

59879345

39228040

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19895321

18670976

1991 72485122

74340353

53854256

57136734

18630866

17203619

1996 77442865

79627298

59716389

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17726476

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DAVIDIVICH (1995)


















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rasteira







secundaacuteria



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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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(QUADRO 6)



1872 ha (QUADRO 5)

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Mil Reais


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Mil Reais


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Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

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Habitantes

PIB per capita

8410



















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pecuaacuteria










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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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20614088

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14449615

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1950

25885001

26059396

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1960 35055457

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16182644

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18832356

1970 46331343

46807694

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19950535

1980 59123361

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18670976

1991 72485122

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18630866

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1996 77442865

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Mil Reais


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Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

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Habitantes

PIB per capita

8410



















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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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25885001

26059396

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1960 35055457

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1980 59123361

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18670976

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Mil Reais


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Dummy Financeiro

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8410



















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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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25885001

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19950535

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18670976

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outros esportes






rasteira







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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Mil Reais


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Mil Reais

Dummy Financeiro

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Mil Reais Impostos

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Habitantes

PIB per capita

8410



















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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

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16913838

16247668

1960 35055457

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16182644

19935067

18832356

1970 46331343

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26857159

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19950535

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59879345

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18670976

1991 72485122

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rasteira







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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Mil Reais


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Dummy Financeiro

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Mil Reais Impostos

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AGRICOLA 1872383753

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1950

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26059396

8971163

9811728

16913838

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18832356

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RODOVIAS 77328548

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LAGOSRIOS 2886093



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Dummy Financeiro

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POR SEXO - 1940-1996



1940

20614088

20622227

6164473

6715709

14449615

13906518

1950

25885001

26059396

8971163

9811728

16913838

16247668

1960 35055457

35015000

15120390

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1970 46331343

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26857159

21103518

19950535

1980 59123361

59879345

39228040

41208369

19895321

18670976

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53854256

57136734

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1996 77442865

79627298

59716389

63360442

17726476

16266856











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DAVIDIVICH (1995)


















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ambiente












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BEDEcirc 1997)
























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outros esportes






rasteira







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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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(QUADRO 6)



1872 ha (QUADRO 5)

54




72346

Mil Reais


382787

Mil Reais


288863

Mil Reais


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Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

Mil Reais Impostos

52297


768812


91417

Habitantes

PIB per capita

8410



















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pecuaacuteria










industrial





AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Mil Reais


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Mil Reais


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Mil Reais

Dummy Financeiro

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Mil Reais Impostos

52297


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PIB per capita

8410



















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AGRICOLA 1872383753

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Dummy Financeiro

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Mil Reais Impostos

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8410



















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AGRICOLA 1872383753

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Dummy Financeiro

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Mil Reais Impostos

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8410



















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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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RODOVIAS 77328548

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RODOVIAS 77328548

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Dummy Financeiro

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8410



















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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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RODOVIAS 77328548

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AGRICOLA 1872383753

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RODOVIAS 77328548

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Dummy Financeiro

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PIB per capita

8410



















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AGRICOLA 1872383753

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RODOVIAS 77328548

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AGRICOLA 1872383753

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Mil Reais

Dummy Financeiro

27482

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AGRICOLA 1872383753

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RODOVIAS 77328548

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RODOVIAS 77328548

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RODOVIAS 77328548

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AGRICOLA 1872383753

MINERACAO 69349225




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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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1872 ha (QUADRO 5)

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Mil Reais


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Dummy Financeiro

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Mil Reais Impostos

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CEMITERIO 9767606



RODOVIAS 77328548

FERROVIA 48602472





LAGOSRIOS 2886093



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Dummy Financeiro

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL Portal ... · Geografia e aprovada em sua forma final pelo Curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 08 de dezembro