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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS COLEGIADO DE ADMINISTRAÇÃO MILENA ANJOS GOMES RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ANÁLISE DA RESISTÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DO AUTO- ATENDIMENTO PELOS CLIENTES DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - AGÊNCIA JORGE AMADO ILHÉUS 2008

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS

COLEGIADO DE ADMINISTRAÇÃO

MILENA ANJOS GOMES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ANÁLISE DA RESISTÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DO AUTO-ATENDIMENTO PELOS CLIENTES DA CAIXA ECONÔMICA

FEDERAL - AGÊNCIA JORGE AMADO

ILHÉUS 2008

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MILENA ANJOS GOMES

ANÁLISE DA RESISTÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DO AUTO-ATENDIMENTO PELOS CLIENTES DA CAIXA ECONÔMICA

FEDERAL - AGÊNCIA JORGE AMADO Relatório de Estágio Supervisionado apresentado ao Colegiado de Administração, para obtenção do último crédito da Disciplina Estágio Supervisionado II. Orientador: Prof. Amarildo José Morett Área de Concentração: Marketing

ILHÉUS/BA 31 DE OUTUBRO DE 2008

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS

COLEGIADO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Este Relatório de Estágio Supervisionado elaborado pela acadêmica Milena Anjos

Gomes, foi por mim acompanhado como professor Orientador, e por, no papel de

Supervisor da organização, estando o mesmo em condições de ser apresentado ao

Colegiado de Administração e posteriormente julgado pela Banca Examinadora.

Professor Orientador

Supervisor da Organização

Encaminhado em: ____/____/____

Este Relatório de Estágio Supervisionado foi apresentado mediante banca

Examinadora, que lhe atribuiu a nota ____ como último crédito, à aluna Milena Anjos

Gomes, na Disciplina Estágio Supervisionado II.

BANCA EXAMINADORA Aprovado em: ____/____/____

_________________________________

Prof. Amarildo José Morett Professor Orientador

_________________________________

Prof. Rozilton Sales Ribeiro Professor da Disciplina/Membro da Banca

________________________________

Prof. Lino Arnulfo Vieira Cintra

Membro da Banca

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS COLEGIADO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO

a. tipo de Estágio: Estágio Curricular

b. título do estágio: Análise da Resistência na Utilização do Auto-Atendimento pelos clientes da Caixa Econômica Federal - Agência Jorge Amado c. palavras-chave: automação, auto – atendimento, caixas eletrônicos.

d. nome do estagiário: Milena Anjos Gomes

e. nome do orientador: Amarildo José Morett

f. nome do gerente geral da empresa: Gilberto Dias de Souza

g. local do estágio:

o Empresa Caixa Econômica Federal – Agência Jorge Amado - Ilhéus/BA o Setor: Auto - atendimento o Fone: (73) 3234-4800 o Endereço: Praça Eustáquio Bastos, 170, Centro, Ilhéus/BA.

h. duração prevista: março de 2008 à novembro de 2008

i. local e data: Ilhéus/BA, 12 de novembro de 2008

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Estadual de Santa Cruz.

A Deus por permitir a realização de mais um sonho em minha vida.

Aos meus pais, Antonio e Suely, pelo carinho.

Ao meu marido Filipe e minha filha Beatriz pelo apoio e incentivo.

Ao professor Rozilton pelas orientações e atenção dispensada.

Ao professor Morett pelos ensinamentos.

Ao professor Lino pela disponibilidade e esclarecimentos.

Aos demais professores por terem contribuído com a minha formação acadêmica.

Aos colegas do curso, em especial a Débora, por ter sido minha grande parceira e ter me incentivado a chegar ao final desta etapa. À Caixa Econômica Federal por permitir a realização dos estudos e pesquisas.

A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho

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RESUMO

O presente trabalho mostra um estudo realizado na agência Jorge Amado da Caixa Econômica Federal, com o objetivo de identificar os principais motivos que levam os clientes da agência a resistirem ao auto-atendimento, preferindo o atendimento pessoal. Para isso, utilizou-se de uma abordagem descritiva e exploratória. Para coleta dos dados, empregou-se os instrumentos de análise documental, questionários (fechado) destinados aos clientes e entrevista com a recepcionista da agência. Os dados foram analisados e os resultados encontrados por esta pesquisa, revelam que os clientes da agência Jorge Amado, na sua maioria, prefere o atendimento humano ao atendimento automatizado, provocando o aumento de filas nos caixas e custos mais altos pelos atendimentos. Sendo necessário, portanto, o banco buscar estratégias para incentivar o uso dos caixas-eletrônicos pelos clientes. Para que isso ocorra, no final do presente relatório da pesquisa algumas sugestões são apresentadas, tais como treinamento de funcionários, contratação de mais uma recepcionista, segurança na sala de auto-atendimento e adaptação dos caixas eletrônicos às necessidades dos usuários.

Palavras-chave: automação, auto – atendimento, caixas eletrônicos.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................ 08

1.1 Caracterização da Organização e seu Ambiente.................................... 09

1.1.1 Descrição da empresa............................................................................ 09

Missão..................................................................................................... 09

Visão....................................................................................................... 09

Valores.................................................................................................... 10

1.1.2 Histórico da Empresa.............................................................................. 10

1.1.3 Estrutura Organizacional......................................................................... 12

1.1.4 Pontos Fortes.......................................................................................... 12

1.1.5 Pontos Fracos......................................................................................... 12

1.2 Definição do problema............................................................................ 12

1.3 Objetivo................................................................................................... 13

1.3.1 Objetivo Geral......................................................................................... 13

1.3.2 Objetivos Específicos.............................................................................. 13

JUSTIFICATIVA................................................................................................ 14

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................... 15

2.1 Automação bancária............................................................................... 15

2.1.1 Auto-atendimento.................................................................................... 16

2.1.1.1 Serviços disponíveis nos caixas eletrônicos........................................... 17

2.1.1.2 Serviços e operações disponíveis no internet banking........................... 18

2.2 Qualidade no auto-atendimento.............................................................. 18

2.3 A satisfação do cliente............................................................................ 19

2.4 Relação cliente x auto-atendimento........................................................ 20

2.5 Marketing e serviços............................................................................... 21

2.5.1 Marketing bancário.................................................................................. 22

3 METODOLOGIA..................................................................................... 23

3.1 Definição da população........................................................................... 23

3.2 Instrumento de coleta de dados.............................................................. 24

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...................... 25

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES................................................. 35

REFERÊNCIAS................................................................................................ 37

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ANEXOS............................................................................................................ 38

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1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento tecnológico estimula cada vez mais as empresas a

inovarem e a desenvolverem mecanismos para se manterem ou se tornarem mais

competitivas no mercado. Para a indústria bancária isso não seria diferente, pois a

tecnologia tornou-se fundamental para a manutenção e o desenvolvimento dos seus

serviços. Antes da automação bancária o processamento de informações era muito

lento e devido á necessidade da agilidade e precisão, o sistema bancário foi um dos

mais receptivos às novas tecnologias.

Com a estratégia de redução de custos e dar maior velocidade em suas

operações, o banco adotou, na década de 80, os terminais de auto-atendimento, que

faziam com que o cliente interagisse diretamente com a máquina, sem a

dependência de um funcionário. Os clientes descobriram nos terminais maior

conveniência que os caixas físicos, por sua disponibilidade 24 horas por dia, o que

levou a sua progressiva utilização.

Com o advento dos avanços tecnológicos é possível observar que existe uma

tendência mundial de informatização e os seus benefícios são indiscutíveis. Porém,

os bancos devem estar atentos em atender às necessidades dos seus usuários,

percebendo as suas limitações e a necessidade de adaptação das tecnologias para

que o progresso seja válido.

Este trabalho está inserido no campo de variáveis que envolvem o serviço de

atendimento ao público e que utilizam ou podem utilizar os aparatos tecnológicos

para promover a interação do homem com a instituição. No caso desse estudo, o

foco é o usuário do sistema do auto-atendimento.

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1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SEU AMBIENTE

1.1.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A Caixa Econômica Federal é uma instituição bancária 100% pública e a

principal agente das políticas públicas do Governo Federal, atendendo não só a

serviços bancários, mas também programas sociais, como bolsa-família;

trabalhadores formais, através do FGTS, PIS e seguro desemprego.

Sua rede de atendimento abrange 5.561 municípios brasileiros e está

composto por mais de 17 mil pontos de atendimento entre agências, lotéricas e

correspondentes CAIXA AQUI, além de terminais eletrônicos, Banco 24h, CAIXA

Rápido, débito automático, atendimento telefônico e o Internet Banking CAIXA.

MISSÃO

Promover a melhoria contínua da qualidade de vida da sociedade,

intermediando recursos e negócios financeiros de qualquer natureza, atuando

prioritariamente, no fomento ao desenvolvimento urbano e nos segmentos de

habitação, saneamento e infra-estrutura, e na administração de fundos, programas e

serviços de caráter social.

VISÃO

Ser referência mundial como banco público integrado, rentável, socialmente

responsável, eficiente, ágil e com permanente capacidade de renovação.

□ Manterá a liderança na implementação de políticas públicas e será parceira

estratégica dos governos estaduais e municipais.

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□ Consolidará sua posição como o banco da maioria da população brasileira, com

relevante presença no segmento de pessoa jurídica e excelente relacionamento

com seus clientes.

□ Será detentora de alta tecnologia da informação em todos os canais de

atendimento e se destacará na gestão de pessoas, reconhecidas em seu mérito,

capacitadas e com desenvolvido espírito público.

□ Manterá relacionamentos sólidos, coesos e inovadores com parceiros

competentes e de forte compromisso social.

VALORES

□ Direcionamento de ações para o atendimento das expectativas da sociedade e

dos clientes;

□ Busca permanente de excelência na qualidade de serviços;

□ Equilíbrio financeiro em todos os negócios;

□ Conduta ética pautada exclusivamente nos valores da sociedade;

□ Respeito e valorização do ser humano

1.1.2 HISTÓRICO DA EMPRESA

A Caixa foi criada em 12 de janeiro de 1861, quando Dom Pedro II assinou o

Decreto nº 2.723, dando origem à Caixa Econômica e Monte Socorro. Sua fundação

fez surgir uma alternativa de poupança e crédito, com garantia da Corte, para

pessoas de baixa renda que não tinham condições de contrair emprétimos em

bancos ou que sofriam com os juros abusivos praticados pelas casas particulares de

pregos.

A Caixa está presente na vida dos brasileiros há quase um século e meio,

presenciando transformações que marcaram a história do Brasil. Acompanhou

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mudanças de regimes políticos e participou ativamente do processo de urbanização

e industrialização do país.

Em 1931, além de ter a carteira de empréstimo sob consignação inaugurada,

começou a operar a carteira hipotecária para a aquisição de bens imóveis.

Cinqüenta e cinco anos mais tarde, incorporou o Banco Nacional de Habitação

(BNH), assumindo definitivamente a condição de maior agente nacional de

financiamento da casa própria e de importante financiadora do desenvolvimento

urbano, especialmente do saneamento básico.

Em 1986, a CAIXA incorporou o papel de agente operador do Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), antes gerido pelo BNH. Três anos depois,

passou a centralizar todas as contas recolhedoras do FGTS existentes na rede

bancária e a administrar a arrecadação desse fundo e o pagamento dos valores aos

trabalhadores.

Desde sua criação, a CAIXA estabeleceu estreitas relações com a população,

assistindo suas necessidades imediatas por meio de poupança, empréstimos,

FGTS, PIS, seguro-desemprego, crédito educativo, financiamento habitacional e

transferência de benefícios sociais. Também alimentou sonhos de riqueza e de uma

vida melhor com as Loterias Federais, das quais detém o monopólio desde 1961.

Ao longo de sua história, a CAIXA cresceu e se desenvolveu, diversificando

sua missão e ampliando sua área de atuação. Hoje, ela atende correntistas,

trabalhadores, beneficiários de programas sociais e apostadores. Também apóia

iniciativas artístico-culturais, educacionais e desportivas em todo o Brasil. Como

principal agente das políticas públicas do governo federal, a CAIXA infiltra-se pelo

País e promove aproximações geográficas e sociais. Já são mais de 28 milhões de

clientes e 23 milhões de cadernetas de poupança, o que corresponde a 31% de todo

o mercado de poupança nacional. Passados 147 anos, a CAIXA consolidou-se como

um banco de grande porte, sólido e moderno, e uma empresa pública que é

sinônimo de responsabilidade social.

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1.1.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A estrutura organizacional da Caixa Econômica Federal, agência Jorge

Amado, é constituída por 01 gerente geral, 02 gerentes de relacionamento, sendo 01

para pessoa física e outro para pessoa jurídica, 01 gerente de retaguarda, 01 agente

de atendimento, 03 caixas executivos e 07 técnicos bancários.

1.1.4 PONTOS FORTES

□ Solidez e transparência

□ Liderança no segmento da habitação e poupança

□ Confiança e credibilidade da marca Caixa

□ Ampla rede de atendimento

1.1.5 PONTOS FRACOS

□ Filas de espera

□ Burocracia

□ Quadro de funcionários

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

A evolução da tecnologia e da informação faz com que os bancos pensem de

forma mais estratégica em relação aos seus clientes, buscando oferecer produtos e

serviços com mais qualidade e a preços competitivos. Dessa forma, a Caixa

Econômica Federal, cada vez mais, vem mordenizando sua estrutura. O seu objetivo

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é que os clientes utilizem mais os canais alternativos, tendo em vista a comodidade

e o baixo custo, Porém, percebe-se uma grande resistência dos clientes na

utilização do auto-atendimento, o que implica para o banco filas enormes e agências

lotadas, além de custos altos pelo atendimento convencional.

O auto-atendimento tem a proposta de substituir o esforço humano de

funcionários por máquinas. A grande vantagem é a redução de custos, tendo em

vista que a manutenção de um funcionário, com todos encargos trabalhistas, é muito

mais dispendioso para um banco frente a uma máquina.

A partir dessas constatações, formulou-se o seguinte problema de pesquisa:

por que a maioria dos clientes da Caixa Econômica Federal - Agência Jorge

Amado(3203) – preferem o atendimento pessoal, resistindo ao atendimento

eletrônico? Quais características poderiam e deveriam ser aperfeiçoadas para

melhorar o grau de utilidade do auto-atendimento bancário? Os sitemas de auto-

atendimento atendem as necessidades do usuário de forma satisfatória?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 OBJETIVO GERAL

Conhecer os motivos que geram a resistência do cliente quanto à utilização

do auto-atendimento, visando propor ações que melhorem o desempenho da

agência.

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

□ Identificar as dificuldades dos clientes na utilização do auto-atendimento

□ Descrever o perfil dos clientes usuários do auto-atendimento.

□ Identificar o grau de satisfação dos clientes da agência Jorge Amado.

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JUSTIFICATIVA

Para que os bancos possam competir melhor é necessário focar a atenção

nos clientes, visto que o que diferencia um banco de outro é o seu compromisso

com a excelência no atendimento. Os clientes, cada vez mais exigentes, necessitam

de atendimentos rápidos, com qualidade e que satisfaçam as suas expectativas.

Na proposta de excelência, têm-se disponível para o cliente o auto-

atendimento, que é de suma importância, pois oferece os principais serviços de

forma rápida e precisa. Ele permite que os clientes, ao entrar no Banco, dirija-se

diretamente à execução do serviço na sala reservada para tal fim, sem ter que

esperar em longas filas pelo atendimento do funcionário. É uma relação em que os

dois lados são beneficiados. O cliente ganha pela agilidade e economia com tarifas

bancárias e os Bancos, pela redução dos custos e aumento das vendas. Um serviço

feito no caixa eletrônico pode custar duas vezes mais barato para o cliente e até 10

vezes mais para o banco.

Para incentivar essa utilização, a Caixa diferencia as tarifas para os clientes,

conforme o canal utilizado. A transferência eletrônica disponível (TED), por exemplo,

custa para o cliente R$7,50, quando feito pelo auto-atendimento, e R$13,50 quando

emitidas no guichê.

Diante desta realidade percebe-se que a tendência das agências bancárias é,

de forma lenta e gradativa, reduzir o efetivo de capital humano, com a introdução da

tecnologia da informação, pois tornou-se fundamental para essas empresas um

maior controle dos custos, melhoria na qualidade dos produtos ou serviços e melhor

qualidade no atendimento ao cliente. Portanto, faz-se necessário criar uma

estratégia de incentivo à utilização desses canais de atendimento. Nesse sentido, a

presente pesquisa planeja desenvolver ações que possibitem à agência adotar

medidas práticas, que resultem na melhoria do atendimento e concretização de

negócios com resultados sustentáveis.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O setor bancário passou por diversas transformações nos últimos anos em

função do avanço tecnológico, proporcionado pela sua alta lucratividade e pela

necessidade de acelerar e aumentar o volume de tratamento de informações.

Os bancos começaram a sentir a necessidade de reestruturar suas atividades

e processos, de forma a garantir uma melhoria na produtividade e lucratividade,

então começou o processo maciço de automação que tinha o propósito de substituir

os funcionários por máquinas, maximizando a produção e reduzindo custos, o que

provocou uma redução do número de bancários no Brasil.

A tendência das agência bancárias é ter uma estrutura organizacional mais

enxuta, com menos funcionários, prontos para atender a serviços não disponíveis

nos canais alternativos. Estão se transformando em verdadeiros centros de

negócios, utilizando etratégias de segmentação, selecionando clientes que sejam

lucrativos para a empresa e direcionando-os para os lugares e tempo certos.

2.1 AUTOMAÇÃO BANCÁRIA

Segundo Arnold e White (1963), A automação é definida como um meio

mecânico de fazer um trabalho ou, então pode-se usar o termo como fazem os

teóricos do controle e limitar-se aos sistemas de adaptação, isto é, sistemas

sensíveis ao ambiente e auto-reguláveis. Em qualquer definição, o trabalho árduo é,

cada vez mais, realizado por um engenho e cada vez menos pelo homem.

A automação bancária no Brasil iniciou-se na década de 50, com o uso de

computadores para apoio aos serviços. Nessa época os papéis eram processados

em D+1 devido à necessidade de envio da contabilização das agências à matriz. Os

clientes reclamavam da demora de atualização das contas.

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A automação do atendimento ao público deu-se apenas nos anos 70, com a

instalação das primeiras agências on-line. O projeto inicialmente não deu certo em

algumas agências, devido ao alto custo de implantação de sistemas a cabo e à

política de proibição de importação de equipamentos, decretada pelo Governo.

Nessa mesma época o Brasil passou por algumas intervenções governamentais,

que incentivaram a indústria de informática.

Algumas empresas e órgãos foram criados, como a CAPRE, COBRA e SEI

participando ativamente do processo tecnológico do país. A automação do

atendimento ao cliente teve um grande impulso na década de 80. As agências

passaram a ser interligadas, proporcionando ao cliente a utilização de outras

agências do mesmo banco. Surgiram os ATM´s (automated teller machine),

conhecidos também como caixa automático ou caixa eletrôncico. Ainda na década

de 80 houve o surgimento da URA (unidades de respostas audíveis),

disponibilizando serviços aos clientes através de atendimentos telefônicos.

Esse cenário de mudanças permanece até hoje, fazendo com que os Bancos

estejam sempre inovando e buscando melhorias na área tecnológica para fornecer

aos clientes os melhores serviços, tornando-se competitivo no mercado.

2.1.1 AUTO-ATENDIMENTO

O auto-atendimento é oferecido aos clientes nas póprias agências, chamadas

salas de auto-atendimento (SAA), através de cash dispenser, máquinas para

saques; terminais de extratos e saldos; máquinas dispensadoras de talão ou fora do

ambiente da agência, através do PAE – Posto de Atendimento Eletrônico-

localizados em aeroportos, estabelecimentos comerciais, postos de gasolina,

shoppings, supermercados e terminais rodoviários. Além de atendimentos via

telefones (homebanking) e pela internet (internetbanking).

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2.1.1.1 SERVIÇOS DISPONÍVEIS NOS CAIXAS ELETRÔNICOS

A sala de auto-atendimento da agência Jorge Amado é composta por 6

terminais. Através deles, o cliente pode realizar diversas operações, com a

vantagem de horário estendido de funcionamento. Na Caixa, há mais de 2.300 SAA

em todo o Brasil. Os principais serviços são:

□ Depósitos em dinheiro (limitado a 30 cédulas por envelope) e cheque, em

contas correntes e poupanças, limitados a R$3.000,00;

□ Saques em contas com cartão magnético

□ Consulta de saldos e extratos de contas da CAIXA, do FGTS e do PIS;

□ Pagamento de tributos municipais, estaduais e federais até R$1.500,00;

□ Pagamento de contas de concessionárias públicas (água e telefone) até

R$1.500,00

□ Pagamento de bloquetos de cobrança bancária até R$3.000,00 (prestação

de financiamento imobiliário sem valor mínimo e máximo)

□ Pagamento de INSS-GPS e Contribuição Sindical com código de barras

até R$1.500,00

□ Saque benefícios sociais, como Bolsa Família, INSS (com cartão

magnético e para beneficiários que recebam na CAIXA), FGTS (até

R$600,00), Seguro-Desemprego (com cartão cidadão) e PIS (valor

integral, com cartão do cidadão e respeitado o calendário do PIS);

□ Solicitação e desbloqueio de talão de cheques;

□ Impressão de folhas de cheques;

□ Bloqueio de cartões;

□ Agendamento de pagamento de contas;

□ Consulta de saldo e extrato de aplicações e efetuar resgates;

□ Cadastramento de contas no débito automático;

□ Contratação de cestas de serviços;

□ Contratação de cartão de crédito;

□ Contratação de CDC (Crédito Direto Caixa – Emprétimo para pessoa

física)

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□ Manutenção dos contratos de Penhor;

□ Participação em leilão de jóias do Penhor

2.1.1.2 SERVIÇOS E OPERAÇÕES DISPONÍVEIS NO INTERNET BANKING

CAIXA

□ Saldo e extrato.

□ Investimentos.

□ Pagamentos de boletos.

□ Recarga de celular.

□ Transferências (DOC e TED).

□ Doação Fome Zero.

□ Empréstimos.

□ Inclusão, consulta e cancelamento de débito automático.

□ Consultas e pagamentos de faturas de cartão de crédito.

□ Solicitação e desbloqueio de talão de cheques.

2.2 QUALIDADE NO ATENDIMENTO

A qualidade no atendimento prestado permite que as empresas construam

vínculos fortes e lucrativos com os seus clientes-alvo, que é essencial para garantir

fidelização do cliente e vantagem competitiva à empresa.

Cobra e Zwarg (1986, p.54), afirmam que:

O cliente de um banco, por exemplo, não busca apenas uma conta corrente ou um cheque especial, ele busca segurança, conveniência, prestígio, amizade e diversas outras satisfações que devam estar agregadas aos serviços prestados pelo banco.

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O cliente atual é, cada vez mais, exigente, informado sobre seus direitos e

deveres, possui maior acesso a uma infinidade e variedade de produtos e serviços,

tem forte poder de decisão e é consciente do que quer e do que não quer. Portanto

ele não quer somente o serviço, ele quer ser ouvido, bem tratado, perceber que a

empresa o valoriza.

O cliente necessita encontrar valor na sua relação com a empresa, perceber

que os benefícios que ele recebe em um determinado serviço são superiores ao

custo associados a sua obtenção.

Para os bancos, essa relação é muito importante, pois a tecnologia permite,

cada vez mais a similaridade entre produtos e serviços oferecidos po eles. Isso faz

com que os clientes escolham pelo banco que oferece um melhor atendimento.

2.3 A SATISFAÇÃO DO CLIENTE

Segundo Kotler (1998, p.53), a satisfação é o sentimento de prazer ou de

desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto

(ou resultado) em relação às expectativas.

Os clientes, ao comprar um produto ou utilizar um serviço, têm expectativas,

que devem ser atendidas ou excedidas para que fiquem altamente satisfeitos.

Quanto maior a satisfação do cliente, maior sua lealdade à marca ou à

Instituição. A relação com cliente pode se tornar vulnerável caso ele não esteja

muito satisfeito.

Ainda, segundo Kotler, as expectativas são influenciadas pela experiência

anterior de compra, recomendação de amigos e colegas e informações e promessas

das empresas concorrentes.

Os clientes gostam de se sentir valorizados. Com a avanço da tecnologia e a

globalização, eles estão cada vez mais exigentes. A preocupação das empresas não

é mais atraí-los, mas retê-los, pois produtos e serviços são facilmente copiados e a

expectativa dos clientes vai aumentando, influenciada pela inovação em serviços,

propaganda, “guerra de preços” e novas tecnologias.

Segundo Kotler (1998, p.62), estima-se que o custo de atrair novos

consumidores é cinco vezes o custo de mantê-lo satisfeito. A Empresa deve

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preocupar-se cada vez mais com a retenção do cliente e não apenas com a

prospecção.

A retenção é o estágio do relacionamento de fidelidade dos clientes à marca.

Esses clientes em geral são muito assediados pela concorrência. Por isso, a

Empresa deve atuar fortemente, não deixando haver o desgaste no relacionamento.

2.4 RELAÇÃO CLIENTE X AUTO-ATENDIMENTO

O auto-atendimento oferece ao cliente a comodidade do serviço 24 horas por

dia, 7 dias por semana. O cliente participa ativamente do processo, assumindo a

posição do funcionário na obtenção do serviço.

Segundo Lovelock e Wirtz (2006, p.46), quanto maior for o trabalho que se

espera que os clientes realizem na qualidade de co-produtores, maior a necessidade

que eles têm de informações sobre como agir para conseguir os melhores

resultados. Ainda segundo o autor, durante um encontro de serviço, é mais provável

que os clientes utilizem o auto-serviço quando as máquinas automáticas oferecerem

instruções operacionais de auto-atendimento.

É necessário que o cliente esteja altamente envolvido no processo e tenha

motivação em utilizar o canal. A propensão em aceitar o auto-atendimento vai

depender também da aceitabilidade da tecnologia pelo usuário, atitudes e crenças.

Alguns clientes possuem receios por serem mais conservadores e não gostarem de

inovação.

O contato pessoal tem algumas vantagens não presentes no atendimento

eletrônico como o relacionamento, a atenção, confiança pessoal e a segurança

psicológica, porém o custo é muito alto para uma agência bancária. Enquanto que a

automação traz a praticidade, disponibilidade, comodidade, além do baixo custo.

Segundo Lovelock e Wirtz (2006, p.47), os clientes normalmente confiam em

funcionários para obter conselhos e assistência e ficam frustados se não puderem

obtê-los.

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2.5 MARKETING DE SERVIÇOS

Segundo Christopher e Wright (2006, p.5), há duas definições de serviço que

capturam a sua essência:

Serviço é um ato ou desempenho oferecido por uma parte a outra . Embora o processo possa estar ligado a um produto físico, o desempenho é essencialmente intangível e normalmente resulta em propriedade de nenhum dos fatores de produção. Serviços são propriedades econômicas que criam valor e fornecem benefícios para os clientes em tempos e lugares específicos, como decorrência da realização de uma mudança desejada no – ou em nome do – destinatário do serviço.

O marketing de serviços é uma ferramenta essencial para o setor bancário,

pois é necessário que se saiba levar em conta o potencial dos clientes como co-

produtores dos serviços, saber identificar os serviços e administrá-los conforme o

nível de contato com os clientes e reconhecer a importância da sua satisfação.

O cliente, ao procurar um serviço bancário, está tendo um encontro de

serviço, que segundo Lovelock e Wright (2006, p.54) é um período de tempo durante

o qual os clientes interagem diretamente com um serviço. Em alguns casos, a

experiência do serviço como um todo pode ser reduzida a um único encontro, com o

pedido, o pagamento e a execução da entrega do serviço, ocorrendo no mesmo

lugar. Em outros casos, a experiência do cliente abrange uma sucessão de

encontros que pode distribuir-se por um determinado período de tempo, enovolver

vários funcionários e até acontecer em locais diferentes. Esse encontro de serviços

obedece três níveis de contato: alto, médio e baixo.

Os serviços de alto contato referem-se àqueles processados pessoalmente,

como o cliente ir a uma agência bancária e lá permanecer até que o funcionário

conclua o serviço. Os serviços de médio contato estabelecem uma relação limitada

entre o fornecedor e o cliente, já os de baixo contato envolvem pouco ou nenhum

contato direto com os fornecedores, como o serviço do auto-atendimento, onde o

cliente obtem o serviço sem a presença direta do funcionário.

O serviço de entrega é de suma importância para a empresa, pois irá definir o

nível de relacionamento que ela terá com o cliente. Os Bancos devem seber

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identificar o serviço certo a ser entregue no momento e local certo a seus clientes de

forma que eles se sintam satisfeitos.

2.5.1 MARKETING BANCÁRIO

Anos atrás, os banqueiros possuiam pouco conhecimento ou consideração

por marketing. Não estavam preocupados em checar contas, poupanças,

empréstimos ou caixas de depósito noturno. Os bancos eram criados à imagem de

um templo grego, planejado para impressionar o público pela importância e solidez.

O interior era austero e os caixas raramente sorriam. Um encarregado de

empréstimo arrumava sua sala de maneira que um futuro cliente se sentasse em

uma cadeira mais baixa, frente a uma mesa imponente.(KOTLER, 1998)

A concorrência cada vez mais acirrada e a nova era do marketing fizeram

com que os bancos mudassem sua postura. Eles perceberam que atrair pessoas

para suas agências era fácil, o difícil era convertê-los em clientes leais. As

instituiçoes financeiras começaram a investir em propaganda e promoção de vendas

e formular programas que atraíssem e agradassem os clientes. As agências foram

redesenhadas para proporcionar uma atmosfera agradável aos clientes e buscar

posicionamento no mercado.

Uma das ferramentas utilizadas para canalizar o marketing dentro da

organização foi a segmentação. Os bancos começaram a segmentar seus mercados

e criar novos produtos destinados a cada segmento-alvo, permitindo criar também

estratégias de posicionamento genérico ou específico para cada segmento de

mercado.

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3 METODOLOGIA

A metodologia adotada foi baseada na classificação de Vergara (2000) que

qualifica a pesquisa quanto aos fins e meios.

Quanto aos fins foi exploratória e descritiva. Descritiva porque buscou

descrever percepções e pensamentos, sem que o pesquisador emita um julgamento

explícito. Exploratória porque visa prover o pesquisador de maior conhecimento

sobre o problema de pesquisa em perspectiva, tendo em vista que há pouco

conhecimento acumulado e sistematizado sobre este tema.

Quanto aos meios configura-se como bibliográfica e de campo. Bibliográfica,

porque tem como base livros e periódicos; de campo porque levanta dados através

de entrevistas e aplicação de questionários com os clientes que utilizam os serviços

do auto-atendimento.

3.1 DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO

Foram selecionados 30 clientes que utilizam o auto-atendimento da Caixa

Econômica Federal, Agência Jorge Amado – Ilhéus/BA, de ambos os sexos e idade

entre 16 a 70 anos.

A funcionária responsável pela triagem e orientações da agência também foi

sujeito dessa pesquisa.

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3.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

A pesquisa foi dividida em duas etapas, sendo a primeira realizada com os

clientes que utilizam o auto-atendimento e a segunda etapa com a funcionária

responsável pela recepção dos clientes e orientação.

Para a realização da pesquisa optou-se, na primeira etapa, pela utilização do

questionário com questões fechadas, que consiste num mecanismo de

aplicabilidade significativa entre os pesquisados; na segunda etapa, optou-se pela

entrevista.

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4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A importância da pesquisa está na análise que ela permite que seja realizada

da tomada de decisão buscando a realização de melhorias nos serviços. Sendo

assim, pode-se concluir que as pesquisas podem ser vitais para o bom

funcionamento das organizações. A apresentação dos resultados propõe relatar os

resultados do presente estudo, cujo objetivo foi conhecer os motivos que geram a

resistência do cliente quanto à utilização do auto-atendimento.

Para definir o perfil dos usuários do auto-atendimento da agência Jorge

Amado foram consideradas as seguintes categorias de dados:

Figura 1: Faixa etária

De acordo com a figura 1, dos clientes entrevistados 27% tem entre 41 e 50

anos, 26% entre 22 e 30 anos, 17% entre 41 e 40, 13% entre 22 e 30 anos, 10%

entre 16 e 21 anos, 7% entre 51 e 60 e não houve entrevistado com mais de 70

anos.

10%

26%

17%

27%

7%

13% 0%

16 A 21 22 A 30 31 A 40 41 A 50 51 A 60 61 A 70 ACIMA DE 70 ANOS

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23%

7%

10%40%

7%10% 3%0%0%

1º GRAU INCOMPLETO 1º GRAU COMPLETO 2º GRAU INCOMPLETO

2º GRAU COMPLETO 3º GRAU INCOMPLETO 3º GRAU COMPLETO

PÓS GRADUAÇÃO MESTRADO DOUTORADO

Figura 2: Grau de Instrução

Em relação ao nível de escolaridade formal, o maior índice apurado (40%),

aponta para clientes com 2ºgrau completo, aparecem ainda, com grande

representatividade os clientes com 1ºgrau incompleto (23%), seguido daqueles que

possuem 3º grau completo (10%) e 2º grau incompleto (10%). Apenas 7% têm

3ºgrau incompleto e 1ºgrau incompleto, 3% têm pós-graduação e nenhum dos

pesquisados tem mestrado ou doutorado. (Figura 2)

90%

10%

SIM NÃO

Figura 3: Possui conta bancária

Dos entrevistados, 90% afirmam ser titular de conta bancária, seja corrente ou

poupança e apenas 10% não possuem. A parcela de não-correntistas são

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beneficiários do INSS e participantes de programas sociais como o bolsa-família e

bolsa escola. (Figura 3)

90%

10%

SIM NÃO

Figura 4: Utiliza cartão magnético e senha

De acordo com a Figura 4, a ampla maioria dos pesquisados (90%) utiliza

cartão magnético e senha. Dentre os que não utilizam (10%), alguns alegaram não

ter recebido o cartão ainda.

53%

47%

SIM NÃO

Figura 5: Conhece os serviços disponíveis no auto-atendimento

Dos entrevistados, 53% afirmam conhecer os serviços disponíveis no auto-

atendimento, enquanto 47% não conhecem. (Figura 5)

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27%

73%

AUTO-ATENDIMENTO FUNCIONÁRIOS

Figura 6: Tem preferência por qual tipo de atendimento

De acordo com a Figura 6, a maioria dos entrevistados (73%) prefere o

atendimento dos funcionários, enquanto que 27% prefere a utilização do auto-

atendimento. Percebe-se que as respostas desta conflitam com as respostas da

questão anterior, isto se deve ao fato de que os serviços utilizados pela grande

massa de clientes são saque e depósito, os demais serviços disponíveis são

ignorados pela maioria, sendo feitos nas agências por funcionários.

83%

17%

FÁCIL DIFÍCIL

Figura 7: Como considera a utilização do sistema dos caixas eletrônicos

Dos entrevistados, 83% consideram a utilização dos caixas eletrônicos fácil,

enquanto que 17% acham difícil. (Figura 7).

O conhecimento que os entrevistados afirmam ter, na grande maioria, refere-

se a transações mais simples, como saques, depósitos e pagamento de boletos com

código de barras.

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20%

80%

SIM NÃO

Figura 8: Encontra dificuldades para utilizar o auto-atendimento

O não conhecimento dos serviços disponíveis foi a principal causa apontada

pelos clientes que não utilizam o auto-atendimento (20%), enquanto que 80%

afirmam não ter dificuldades. (Figura 8)

53%

47%

SIM NÃO

Figura 9: Recebe orientações quando utiliza o equipamento

Como mostra a Figura 9, dos entrevistados, 53% solicitam o auxílio de

funcionários para utilizar os caixas-eletrônicos, enquanto que 47% não solicitam.

A orientação faz com que os clientes sintam-se mais confortáveis e seguros,

além de atenuar possíveis resistências culturais.

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33%

39%

28%

REGULAR BOA ÓTIMA

Figura 10: Qualidade da orientação dos funcionários

Como mostra a Figura 10, a orientação prestada pela funcionária do auto-

atendimento é considerada pela maioria (39%) boa, 28% considera ótima, enquanto

que 33% acha ruim.

87%

13%

SIM NÃO

Figura 11: Considera que os serviços feitos nos caixas – eletrônicos são seguros?

Dos entrevistados, 87% confiam nos procedimentos dos caixas-eletrônicos.

Dentre aqueles que não consideram (13%), alguns alegam já ter tido problemas

como diferença entre o valor depositado e o efetivado e um entrevistado afirmou ter

tirado um extrato da conta e no dia seguinte ter constado um saque que ele não fez.

(Figura 11)

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70%

30%

SIM NÃO

Figura 12: O Banco precisa ensinar melhor os seus clientes Como mostra a Figura 12, 70% dos entrevistados indicam que uma das

formas da Caixa melhorar os serviços dos caixas eletrônicos, é ensinando melhor os

seus clientes, ou seja, prestando informações básicas e orientando melhor na

utilização das máquinas.

67%

33%

SIM NÃO

Figura 13: O Banco deve oferecer mais segurança nas SAA A maioria dos entrevistados (67%) apontam para a necessidade da CAIXA

oferecer mais segurança nas salas de auto-atendimento, enquanto que 33% não

acha necessário.

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40%

60%

SIM NÃO

Figura 14: Deve-se utilizar uma linguagem mais adequada nos aparelhos

Como mostra a figura 14, 60% considera que não é necessário alterar a

linguagem dos caixas eletrônicos, enquanto que 40% afirma que é necessário

utilizar uma linguagem mais adequada nos aparelhos.

57%

43%

SIM NÃO

Figura 15: Deve-se treinar melhor seus funcionários

Dos entrevistados, 57% afirma que a CAIXA deve treinar melhor seus

funcionários, enquanto que 43% não optaram por não.

O treinamento é fundamental para que os funcionários repassem informações

acertadas sobre os caixas automáticos e suas operações.

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47%

53%

SIM NÃO

Figura 16: O tempo para digitação nos terminais deveria ser mais longo Fonte: autora A maioria considera que o tempo para digitação nos terminais é suficiente

(53), enquanto que 47% afirma que o tempo deveria ser mais longo.

A utilização de programas mais lentos facilita a utilização das pessoas que

têm dificuldade com as máquinas, principalmente os idosos, que normalmente são

os que mais apresentam resistências às tecnologias.

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4.1 Entrevista com a recepcionista

A empregada X, responsável pela orientação e pela triagem no auto-

atendimento, contratada pela empresa Y, que presta serviços à CAIXA, teve o

contrato iniciado em 20.06.2008 para o cargo de recepcionista.

Em entrevista, ela afirma que teve dificuldades no início do trabalho, pela

quantidade de informações que deve ser absorvida devido à variedade de produtos

e serviços que a CAIXA tem disponível. As primeiras atividades desenvolvidas foram

a triagem nas filas e no auto-atendimento, distribuições de senhas e orientações nos

caixas eletrônicos.

A Empresa Y e a CAIXA não ofereceram curso de capacitação. O único

curso feito pela funcionária foi o de informática, por iniciativa própria. O gerente de

atendimento da agência forneceu um material de estudo, a cartilha de atendimento

ao cliente, que descreve os serviços e produtos disponíveis na CAIXA e quais são

aqueles que podem ser feitos no auto-atendimento, porém a cartinha não dá um

passo a passo de como o procedimento é feito nos caixas eletrônicos.

O estudo foi concluído por ela, porém ela afirma que o material oferecido não

é suficiente para o aprendizado, sendo necessário buscar outras informações, que,

na maioria das vezes, é o funcionário da agência, que está realizando outras

atividades. Ela relata que a principal dificuldade dela é falta de domínio nos

assuntos/serviços e a indisponibilidade de funcionários para prestar informações.

A funcionária também afirma que o banco poderia melhorar os serviços do

auto-atendimento se houvesse mais funcionários para dar suporte no atendimento e

disponibilizasse um computador na sala de auto-atendimento para que ela fizesse

consultas, o que auxiliaria a dar informações mais precisas.

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5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

De acordo com a análise dos dados obtidos, constatou-se que a maioria dos

clientes da agência Jorge Amado não dispensa o atendimento humano, mesmo

aqueles que optam pelo auto-atendimento solicitam auxílio de funcionários no

momento de fazer alguma transação.

A pesquisa mostrou ainda que a maioria acha a utilização fácil e não encontra

dificuldades em realizar operações, além de conhecer os serviços disponíveis.

Porém, a facilidade relatada pelos entrevistados refere-se a transações simples

como saques e depósitos. Os demais serviços são ignorados por alguns, sendo

realizados por funcionários na agência. Percebe-se também que o nível de

dificuldade, entre a parcela de clientes que a possui, está relacionado ao grau de

instrução e idade dos usuários. Dentre os entrevistados, verificou-se que aqueles

que têm facilidade com a máquina e prefere a utilização do auto-atendimento frente

a funcionários, pela comodidade e outros benefícios, são pessoas com idade até 40

anos e/ou grau de escolaridade entre médio completo e doutorado.

A maioria dos clientes sente-se inseguro na utilização das máquinas,

solicitando a ajuda de funcionários para concluir operações. Esse comportamento

pode estar ligado a costumes e tradições da população local que gera medos e

bloqueios nesse relacionamento com o auto-atendimento. A proximidade de

funcionários da CAIXA, no momento da utilização dos serviços das SAA é um fator

de segurança para eles.

Percebe-se que o número de funcionários para triagem e orientações é

insuficiente: a agência só tem uma funcionária disponível no auto-atendimento,

ainda com certas limitações por não ter passado por treinamentos e não ter domínio

dos serviços e informações de produtos do banco, o que acaba não tornando a

triagem efetiva, causando até problemas e desconfortos a clientes quando são

passadas informações incorretas.

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Além disso, a falta de segurança oferecida pela agência, citada por 67% dos

entrevistados, inibe a utilização do auto-atendimento. Eles sentem que dentro da

agência estão mais seguros, pois além das câmeras, tem os vigilantes que impedem

abordagem de estranhos, já no auto-atendimento a vulnerabilidade é maior, pois não

há vigilância, somente as câmeras.

Recomenda-se que o banco ofereça, além das cartilhas já disponíveis,

treinamento e cursos de capacitação aos funcionários do auto-atendimento para que

eles saibam orientar e estimular os clientes nesse ambiente. Há a necessidade

também da contratação de mais dois funcionários para atender a quantidade de

clientes do auto-atendimento e fazer a triagem.

A rotatividade de pessoal é um fator limitante da qualidade dos serviços,

tendo em vista que se trata de contratação de funcionários terceirizados por período

determinado, o que prejudica a continuidade da aplicação do aprendizado. Torna-se

necessário a alocação de funcionários concursados para trabalhar nas salas de

auto-atendimento.

Além disso, é recomendável que o banco disponibilize vigilantes, em escala

de revezamento, para que fique um, exclusivamente no auto-atendimento, no

período de seu funcionamento (07h às 22h). Dessa forma, os clientes sentir-se-iam

mais seguros e estimularia a utilização dos caixas eletrônicos.

Para que os sistemas atendam às necessidades dos usuários, a CAIXA, de

forma ampla, deverá levar em consideração aspectos culturais e restrições físicas de

uma grande parcela da população e adequar os terminais de auto-atendimento,

sabendo trabalhar esses aspectos arraigados nas mentes dos consumidores, de

modo a neutralizar ou amenizar as resistências geradas na utilização das máquinas.

É importante que as estratégias sejam direcionadas às necessidades dos

consumidores.

Para que o cliente possa realizar suas próprias operações ele precisa estar

bem informado. Um estudo realizado pela Federação Brasileira de Associação de

Bancos (FEBRABAN), através do Instituto Brasileiro da Ciência Bancária mostrou

que muitas implantações de Caixas Automáticos não obtiveram sucesso devido à

falta de informação ao cliente. Isto mostra a importância da CAIXA no processo de

aprendizado do cliente em relação ao consumo dos produtos e serviços oferecidos

para que as agências cheguem aos resultados esperados em utilizações de caixas

eletrônicos.

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REFERÊNCIAS

ARNOLD, Pauline; WHITE, Percival. A era da automação. Tradução: Hersílio Soares.

Direção editorial: Ruy Carvalho. Rio de Janeiro: Lidador, 1963.

CAIXA. História e Missão. Disponível em:

<http://www.caixa.gov.br/acaixa/historia_missao.asp> Acesso: 19 abril. 2008.

COBRA, M. H. N.; ZWARG, F.A. Marketing de serviços: conceitos e estratégias. São Paulo: McGraw-Hill, 1986. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação e Controle. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998. LOVELOCK, Christopher; WIRTZ, Jochen. Marketing de Serviços: Pessoas, Tecnologia e Resultados. Tradução: Arlete Smille Marques. Revisão Técnica: Edson Crescitelli. 5 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LOVELOCK, Christopher; WRIGHT, Lauren. Serviços: marketing e gestão. Tradução: Cid Knipel Moreira. Revisão Técnica: Mauro Neves Garcia. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

MENEZES, W. J. Atendimento presencial em auto-atendimento bancário: um paradoxo à luz da lógica dos clientes, dos atendentes e dos gestores. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2003.

SILVA, Sebastião Lopes. Automação Bancária: Despersonalização do Atendimento. Trabalho

de conclusão de curso. Brasília – DF: FGV, 2002.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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ANEXO I

Parte I

QUESTIONÁRIO

1. Qual a sua faixa etária?

( ) Entre 16 e 21 anos ( ) Entre 22 e 30 anos ( ) Entre 31 e 40 anos ( ) Entre 41 e 50 anos ( ) Entre 51 e 60 anos ( ) Entre 61 e 70 anos ( ) acima de 70 anos 2. Qual o seu grau de instrução? ( ) Primário incompleto ( ) Primário completo ( ) Primeiro grau incompleto ( ) Primeiro grau completo ( ) Segundo grau incompleto ( ) Segundo grau completo ( ) Terceiro grau incompleto ( ) Terceiro grau completo ( ) Pós graduação ( ) Mestrado

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( ) Doutorado 3. Possui conta bancária? ( ) Sim ( ) Não 4. Utiliza cartão magnético e senha?

( ) Sim ( ) Não

5. Conhece os serviços disponíveis no auto-atendimento? ( ) Sim ( ) Não 6. Tem preferência por qual tipo de atendimento?

( ) auto-atendimento ( ) funcionários 7. Você considera que a utilização do sistema dos caixas eletrônicos do banco é:

( ) fácil ( ) difícil 8. Encontra dificuldades para utilizar o auto-atendimento?

( ) Sim ( ) Não 9. Em caso afirmativo, cite duas dificuldades:

( ) Não conheço os serviços disponíveis ( ) Informações prestadas de forma errada ( ) Não considero o equipamento seguro ( ) Tenho medo da abordagem de terceiros ( ) Não consigo digitar a senha

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10. Você recebe orientações quando utiliza o equipamento?

( ) Sim ( ) Não 11. Caso receba, considera que a qualidade dessa orientação é:

( ) regular ( ) boa ( ) ótima

12. Considera que os serviços feitos nos caixas eletrônicos são seguros? ( ) sim ( ) não

13. Como você acha que a CAIXA pode melhorar o serviço dos Caixas eletrônicos?

( ) O banco precisa ensinar melhor os seus clientes ( ) O banco deve oferecer mais segurança nas salas de auto-atendimento ( ) Deve ser utilizada uma linguagem mais adequada nos aparelhos ( ) Deve-se treinar melhor seus funcionários ( ) O tempo para a digitação nos terminais eletrônicos deveria ser mais longo

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ANEXO II

Parte II

MODELO DE QUESTIONÁRIO UTILIZADO EM ENTREVISTA COM A RECEPCIONISTA

1. Há quanto tempo está na empresa?

2. Quando foi contratada, quais foram as primeiras atividades desenvolvidas?

3. A empresa ofereceu algum curso?

4. Fez cursos por iniciativa própria?

5. Foram fornecidos materiais de estudo pela CAIXA?

6. Você concluiu o estudo?

7. O material fornecido foi suficiente para o aprendizado?

8. Quais as dificuldades que possui ao orientar o cliente?

9. Como você acha que a CAIXA pode melhorar os serviços do auto-atendimento e o seu serviço em particular?