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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA LORENA FERREIRA CÔRTES SCHWANNOMA VESTIBULAR E EXPOSIÇÃO A NÍVEIS ELEVADOS DE RUÍDO: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E PLAUSIBILIDADE BIOLÓGICA Salvador 2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA · 2018-10-08 · o Schwannoma Vestibular, bem como investigar a plausibilidade biológica deste fator de risco para o desenvolvimento do tumor. Métodos:

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA

LORENA FERREIRA CÔRTES

SCHWANNOMA VESTIBULAR E EXPOSIÇÃO A NÍVEIS

ELEVADOS DE RUÍDO: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E

PLAUSIBILIDADE BIOLÓGICA

Salvador

2018

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LORENA FERREIRA CÕRTES

SCHWANNOMA VESTIBULAR E EXPOSIÇÃO A NÍVEIS

ELEVADOS DE RUÍDO: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E

PLAUSIBILIDADE BIOLÓGICA

Orientadora: Prof.ª Ana Paula Corona

Salvador

2018

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Colegiado do

Curso de Graduação em

Fonoaudiologia da Universidade

Federal da Bahia, como requisito

para a obtenção do grau de

Bacharel em Fonoaudiologia.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 6

2. MÉTODO .................................................................................................................... 7

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 7

3.1. Evidências científicas do ruído como fator de risco associado ao

Schwannoma

Vestibular.........................................................................................................................9

3.2. Plausibilidade biológica do ruído como fator de risco para o desenvolvimento

do Schwannoma Vestibular..........................................................................................10

4. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 12

QUADROS, TABELAS E FIGURAS ......................................................................... 14

ANEXO...........................................................................................................................29

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SCHWANNOMA VESTIBULAR E EXPOSIÇÃO A NÍVEIS

ELEVADOS DE RUÍDO: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E

PLAUSIBILIDADE BIOLÓGICA

VESTIBULAR SCHWANNOMA AND EXPOSURE TO HIGH LEVELS

OF NOISE: SCIENTIFIC EVIDENCE AND BIOLOGICAL

PLAUSIBILITY

Lorena Ferreira Côrtes1*, Ana Paula Corona2 ¹ Estudante de Graduação em Fonoaudiologia, Universidade Federal da Bahia

² Professora do Departamento de Fonoaudiologia, Instituto de Ciências da Saúde, UFBA

Universidade Federal da Bahia, Bahia, BA, Brasil – Instituição: UFBA, Campos

Canela. Correspondência: 1376 Av. Reitor Miguel Calmon, 1272 - Canela,

Salvador/BA – Brasil- CEP: 40231-300.

*Autor para correspondência.

Endereço: Rua 1, Quadra 1, primeira etapa, Castelo Branco, Salvador, BA, Brasil.

Tel: +55 (71) 987512392

E-mail: [email protected] (CÔRTES L.F.)

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RESUMO

Introdução: O Schwannoma do nervo Vestibular é um tumor benigno que se origina a

partir das células de Schwann. É considerado o mais frequente dos tumores

intracranianos e sua apresentação bilateral é associada à Neurofibromatose do tipo II. A

apresentação unilateral responde por 95% dos casos e apresenta etiologia obscura.

Assim, estudos têm sido conduzidos para investigar fatores de risco associados.

Observam-se controvérsias na literatura em relação à associação da exposição a

elevados níveis de ruído e o Schwannoma Vestibular. Objetivo: Apresentar as

evidências científicas referentes à associação da exposição a elevados níveis de ruído e

o Schwannoma Vestibular, bem como investigar a plausibilidade biológica deste fator

de risco para o desenvolvimento do tumor. Métodos: Foi realizada uma revisão de

literatura nas bases de dados LILACS, MEDLINE, PubMed, SciELO, Cochrane e

Periódicos CAPES através dos descritores acoustic neuroma, noise e risk factors.

Resultados: Foram incluídos nove estudos, todos do tipo caso-controle, sendo somente

um publicado no Brasil. Dentre estes estudos, cinco investigações revelaram associação

positiva estatisticamente significante com o Schwannoma Vestibular. Os autores

apresentam diferentes hipóteses para os mecanismos envolvidos no desenvolvimento do

tumor decorrente da exposição ao ruído de impacto e ao ruído contínuo. Conclusão: As

evidências científicas são controversas em relação à associação do Schwannoma

Vestibular e a exposição a elevados níveis de ruído. As hipóteses formuladas para a

plausibilidade do tumor decorrente da exposição a elevados níveis de ruído ainda devem

ser comprovadas. Novos estudos devem ser conduzidos com o intuito de esclarecer o

papel da exposição a elevados níveis de ruído no desenvolvimento do Schwannoma

Vestibular.

Palavras-Chave: Neuroma acústico; Ruído; Fatores de Risco; Causalidade

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ABSTRACT

Introduction: Schwannoma of the Vestibular Nerve is a benign tumor that originates

from the Schwann cells. It is considered the most frequent of intracranial tumors and its

bilateral presentation is associated with type II Neurofibromatosis. The unilateral

presentation accounts for 95% of the cases and presents obscure etiology. Thus, studies

have been conducted to investigate associated risk factors. There are controversies in

the literature regarding the association of exposure to high noise levels and Vestibular

Schwannoma. Objective: To present the scientific evidence regarding the association of

exposure to high noise levels and Vestibular Schwannoma, as well as to investigate the

biological plausibility of this risk factor for tumor development. Methods: A literature

review was performed in the LILACS, MEDLINE, PubMed, SciELO, Cochrane and

CAPES Periodicals databases using the descriptors acoustic neuroma, noise and risk

factors. Results: Nine studies were included, all of which were case-control. only one

published in Brazil. Among these studies, five investigations revealed a statistically

significant positive association with Vestibular Schwannoma. The authors present

different hypotheses for the mechanisms involved in tumor development due to

exposure to impact noise and to continuous noise. Conclusion: The scientific evidence

is controversial regarding the association of Vestibular Schwannoma and exposure to

high levels of noise. The hypotheses formulated to the plausibility of the tumor due to

exposure to high levels of noise have yet to be proven. Further studies should be

conducted to clarify the role of exposure to high noise levels in the development of

Vestibular Schwannoma.

Keywords: Acoustic neuroma; Noise; Risk Factors; Causality

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INTRODUÇÃO

O Schwannoma Vestibular (SV), também conhecido como neuroma ou

neurinoma do acústico, é um tumor benigno que cresce a partir das células de Schwann.

Ele se desenvolve de forma lenta e progressiva em direção ao ângulo ponto cerebelar,

comprimindo o VIII nervo craniano e alargando o meato acústico interno1. É o tumor

mais frequente do ângulo ponto cerebelar correspondendo aproximadamente de 8 a 10%

de todos os tumores intracranianos2,3. O SV tem como principal sintoma a perda

auditiva, geralmente associada a zumbido e vertigem, em consequência da compressão

do nervo vestíbulo-coclear e de perturbações da vascularização da cóclea4.

O diagnóstico precoce do SV é essencial para seu prognóstico, sendo os exames

de imagem os principais meios de identificação do tumor3. Classicamente, são

diagnosticados com mais frequência por volta da quinta década de vida e o tratamento

indicado envolve a extirpação cirúrgica do tumor, com raras chances de recidiva5,

porém, sua retirada pode causar sequelas como a paralisia facial e perda auditiva

profunda6.

O SV pode se manifestar tanto na forma bilateral, geralmente associado a

Neurofibromatose do tipo II, quanto unilateralmente3. A apresentação unilateral

responde por 95% dos casos e apresenta etiologia obscura4. Dessa forma, estudos têm

sido conduzidos com o intuito de investigar os fatores de risco associados a

apresentação unilateral deste tumor. O uso de telefones celulares, exposição à radiação

ionizante (Raio X), febre do feno, exposição a agentes químicos e a exposição a níveis

elevados de ruído são alguns dos fatores investigados6. Entretanto, ainda se observa

controvérsias na literatura em relação à associação da exposição a elevados níveis de

ruído e o SV, bem como não é claramente estabelecido o mecanismo envolvido no

desenvolvimento do tumor.

Considerando que o ruído está presente na maioria dos processos laborais, bem

como em atividades de lazer, estudos que sumarizem as informações de investigações já

conduzidas e apresentem as hipóteses já formuladas para a plausibilidade biológica da

associação da exposição a elevados níveis de ruído e o tumor, podem gerar maior

compreensão da natureza do SV e contribuir para o estabelecimento de medidas

preventivas. Assim, o presente estudo tem como objetivo apresentar as evidências

científicas referentes à associação da exposição a elevados níveis de ruído e o SV, bem

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como investigar a plausibilidade biológica deste fator de risco para o desenvolvimento

do tumor.

MÉTODO

Foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados Latin

American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS), MEDLINE, PubMed,

SciELO, Cochrane e Periódicos CAPES. Na busca foram utilizados os termos MeSH

‘‘acoustic neuroma’’ AND ‘‘noise’’ AND ‘‘risk factors’’ como descritores e seus

correspondentes em espanhol e em português. A última consulta às bases de dados foi

realizada em 03 de maio de 2018.

Foram incluídos todos os estudos primários conduzidos com o intuito de

investigar a associação entre o ruído e o Schwannoma Vestibular, publicados em

português, inglês ou espanhol, a partir do ano de 1984, considerando que neste ano foi

identificada a primeira publicação que abordava o tema do presente estudo.

Na fase de pré-seleção, foi realizada a leitura dos títulos e dos resumos dos

artigos localizados. Os artigos selecionados, considerando os critérios de inclusão

definidos para o estudo, foram lidos na íntegra para a compilação de informações a

respeito das evidências científicas do ruído como fator de risco para o SV.

Adicionalmente, foram relacionadas as hipóteses dos autores consultados em relação

aos mecanismos envolvidos no desenvolvimento deste tumor, bem como discutiu-se a

plausibilidade biológica do ruído como fator de risco para o SV.

Os artigos que não se encontravam disponíveis na íntegra nas bases de dados

foram excluídos do estudo. As referências bibliográficas dos artigos incluídos na

presente revisão também foram consultadas a fim de identificar outros estudos

potencialmente relevantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram identificados nas bases de dados consultadas um total de 598 estudos,

sendo 557 no Periódicos CAPES, 15 na base de dados PubMed, 24 na MEDLINE e um

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na LILACS e na SciELO. Na base de dados Cochrane não foi identificado nenhum

estudo através da busca com os termos definidos para o presente estudo.

Em seguida, foi realizada a leitura do título e resumo dos artigos identificados e

retirados os que se encontravam em duplicata nas bases de dados (20), bem como foram

excluídos aqueles que não atendiam aos critérios de inclusão pré-estabelecidos para o

estudo (561). Nesta etapa, foram excluídas revisões (3), cartas ao editor (3), relatos

clínicos (3), artigos não disponíveis na íntegra (3), artigos publicados em língua distinta

das definidas nos critérios de inclusão (1) e os estudos que não foram conduzidos com o

intuito de investigar o ruído como fator de risco para o desenvolvimento do

Schwannoma Vestibular (548).

Após, foi realizada a leitura na íntegra dos 17 artigos selecionados, sendo que,

oito estudos foram excluídos após a leitura completa. Destes, um foi excluído por se

tratar de uma carta ao editor e os demais por não investigarem o ruído como um fator de

risco para o SV. A partir das referências bibliográficas destes artigos também foram

identificados mais seis manuscritos. Entretanto, todos eles foram excluídos após a etapa

de leitura completa; pois em um deles foi investigado a associação do SV com

diferentes grupos ocupacionais, em outro a exposição a diversos químicos presentes no

ambiente ocupacional como um fator de risco para o SV e os demais eram estudos de

relatos de caso (4). Desta forma, foram incluídos nove artigos para revisão no presente

estudo (Figura 1).

Observa-se que dos 578 artigos identificados para esta revisão, somente 1,5%

(nove artigos) correspondem à investigação de um dos fatores de risco para o tumor, a

exposição a elevados níveis de ruído. Este cenário revela a condução de um número

reduzido de estudos sobre o tema, considerando que a etiologia do SV unilateral é

desconhecida e o ruído se constitui como uma causa modificável e passível de

prevenção.

A partir da análise dos estudos, constituíram-se duas categorias temáticas para

apresentação da síntese das informações: Evidências Científicas do ruído como fator de

risco associado ao Schwannoma Vestibular, na qual são apresentadas as características e

resultados dos estudos desenvolvidos com o intuito de investigar a associação da

exposição a elevados níveis de ruído e o desenvolvimento do tumor; e Plausibilidade

biológica do ruído como fator de risco para o desenvolvimento do Schwannoma

Vestibular, na qual são descritas as hipóteses apresentadas pelos investigadores para

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esclarecer como a exposição a elevados níveis de ruído poderia provocar o

desenvolvimento do tumor.

Evidências Científicas do ruído como fator de risco associado ao Schwannoma

Vestibular

Todos os estudos incluídos nesta revisão foram estudos do tipo caso controle,

sendo a maioria (6) de base populacional. A primeira publicação identificada foi no ano

de 1989 e a última no ano de 2017, sendo que no ano de 2007 houve duas publicações.

Os artigos foram publicados em revistas científicas com fator de impacto que variou de

1,924 a 7,191, os quais atualmente correspondem a periódicos com maior prestígio

acadêmico, bem como podem refletir maior qualidade da revista.

A maioria das investigações sobre a associação da exposição ao ruído e o

Schwannoma Vestibular foi desenvolvida nos Estados Unidos (3), seguida da Suécia

(2). Observa-se que somente um dos estudos foi realizado no Brasil (Tabela 1). Apesar

da recomendação do desenvolvimento de estudo do tipo caso-controle para a

investigação de doenças raras, como o SV, devem-se ponderar os achados destas

investigações considerando os vieses inerentes a este tipo de estudo, como o de

memória, já que a maioria das aferições das exposições nos estudos que foram incluídos

nesta revisão foram realizadas através do auto relato.

O objetivo principal em todos os estudos incluídos foi de verificar a associação

entre o ruído ocupacional e o SV, sendo que em cinco estudos também foi investigada a

exposição a ruído não ocupacional (de lazer) como um fator de risco para o tumor. O

número de casos e controles incluídos nos estudos variou de 44 a 1454 e 86 a 101756,

respectivamente, e em todos os estudos foram observados critérios bem estabelecidos

para a definição de casos e controles. Observou-se que os estudos mensuraram a

exposição ao ruído elevado de forma distinta e naqueles em que foi investigada a

mesma dimensão de exposição, a estratificação das variáveis foi realizada de forma não

comparável com as demais investigações.

Os achados de quatro estudos incluídos nesta revisão revelam associação

negativa da exposição a elevados níveis de ruído e o SV.7,8,9,10 Entretanto, em cinco das

investigações realizadas foi identificada associação positiva estatisticamente

significante entre a exposição a elevados níveis de pressão sonora e o tumor.11,12,13,14,15

Dentre estes estudos foi identificada associação positiva entre o SV e a exposição a

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elevados níveis de ruído ocupacional e não ocupacional (de lazer), a exposição a ruído

de impacto e contínuo, a participação em Programa de Conservação Auditiva, o trabalho

em fundição e o período de latência maior que 13 anos (Figura 2).

Nos estudos que revelam associação positiva da exposição a elevados níveis de

ruído e o tumor, a medida de associação variou de 1,55 a 13,2, sendo que somente em

uma delas o intervalo de confiança apresentou-se impreciso, variando de 2,01 a 86,98.

Sabe-se que o intervalo de confiança mais restrito fornece maior confiabilidade para a

associação investigada. Os estudos que integraram a presente revisão e que

identificaram associação negativa entre à exposição a níveis elevados de ruído e o SV,

estabeleceram uma relação do ruído como um fator protetor para o desenvolvimento do

tumor. Porém não abordam como se dá essa relação, nem trazem respaldo aprofundado

para explicar e justificar esta hipótese.

Plausibilidade biológica do ruído como fator de risco para o desenvolvimento do

Schwannoma Vestibular

Dos nove estudos incluídos nesta revisão, cincoapresentaram a plausibilidade

biológica da exposição ao ruído de impacto para o desenvolvimento do tumor11,12,,13,14,7e

apenas um deles aborda o mecanismo da exposição a níveis elevados de ruído

contínuono processo de desenvolvimento do SV.15Nos demais estudos, os autores

apenas citam que o mecanismo biológico do trauma acústico que leva a formação do

tumor ainda não está claro9ou não discutem como a exposição ao ruído elevado pode

estar relacionada ao desenvolvimento do SV.8,10No Quadro 1 são apresentados os

diferentes mecanismos propostos para explicar de que maneira o ruído interfere no

sistema auditivo e vestibular, ocasionando o desenvolvimento do tumor.

Os estudos conduzidos para investigar a plausibilidade biológica entre o ruído e

o desenvolvimento do SV apontam o trauma acústico, decorrente da exposição ao ruído

de impacto, como potencial desencadeador da tumorigênese. Estudos experimentais em

roedores têm demonstrado que ocorrem danos mecânicos tanto no oitavo par craniano

como no tecido circundante, além disso, os autores relatam que o ruído de impacto pode

destruir 60% da cóclea instantaneamente.16A regeneração após o trauma tem sido

demonstrada em estudos experimentais com frangos e codornas, entretanto ainda não se

conhece sobre a regeneração das células de Schwann.17

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O dano causado às células ciliadas devido ao trauma acústico estimula a

replicação mitótica de células pós-mitóticas, o que não aconteceria na ausência do

trauma.17Desta forma, a proliferação celular desordenada pode resultar em erros na

replicação do ácido desoxirribonucléico (DNA) conduzindo a alterações cromossômicas

essenciais para a transformação neoplásica18(Figura 3).

O trauma crônico do ouvido interno, decorrente da exposição a ruído contínuo,

atinge a base da cóclea gradualmente e pode causar 60% de destruição somente após a

exposição ao longo de um período de vários anos.16,19 O ruído pode danificar a estria

vascular do sistema, pela alteração da estreita junção de células da lâmina reticular e

levar a comunicação de fluidos cocleares, que possuem diferentes composições de

eletrólitos. Desta forma, uma agressão crônica devido ao desequilíbrio de eletrólitos

pode ser responsável pela degeneração da fibra nervosa, e poderia conduzir a uma

alteração das células de Schwann, as quais protegem a fibra e ajudam a regenerá-la.15

Supõe-se que, durante este processo de regeneração celular, possam ocorrer erros na

replicação do DNA, como já mencionado anteriormente.18

Outro possível mecanismo estaria relacionado à imunorreatividade para induzir a

síntese do óxido nítrico, encontrada nas células de suporte e sensoriais do epitélio

sensorial, bem como nas células da substância cinzenta e em células ganglionares

vestibulares em animais expostos a uma estimulação acústica elevada, o que sugere que

radicais livres são gerados. Esses radicais livres podem estar na origem de danos no

DNA, não só em células cocleares, mas também em outros tecidos, como observado em

um estudo experimental com roedores, e poderia ser responsável pelo desenvolvimento

do SV15(Figura 4).

Os achados em estudos experimentais com animais demonstram mecanismos

plausíveis para o desenvolvimento do tumor decorrente da exposição a elevados níveis

de ruído, seja ele de impacto ou do tipo contínuo. No entanto, não há comprovação

destes mesmos mecanismos em humanos e a identificação do Schwannoma Vestibular

em trabalhadores expostos ao ruído frequentemente, pode ainda ser explicada pelo

monitoramento audiológico periódico nestes indivíduos, em função dos impactos já

conhecidos do ruído na audição.

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CONCLUSÃO

As evidências científicas são controversas em relação à associação à exposição a

elevados níveis de ruído e o Schwannoma Vestibular. Embora tenham sido identificadas

publicações sobre os possíveis mecanismos envolvidos no desenvolvimento do tumor, o

assunto ainda é bastante escasso e controverso. Algumas explicações são plausíveis,

entretanto novos estudos devem ser conduzidos a fim de possibilitar maior compreensão

referente à natureza deste tumor, contribuindo para o estabelecimento de medidas

preventivas e diagnóstico precoce.

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QUADROS, TABELAS E FIGURAS

Figura 1. Fluxograma da seleção de artigos para a revisão integrativa da literatura

Artigos identificados nas bases de dados

(598)

Artigos selecionados para leitura de título e resumo

(578)

Artigos selecionados para leitura do texto na íntegra

(17)

Artigos identificados a partir das referências bibliográficas

(6)

Artigos icluídos na revisão

(9)

Artigos excluídos na fase de leitura completa do

texto

(6)

Artigos excluídos na etapa de leitura na íntegra

(8)

Artigos excluídos na etapa de leitura de título e

resumo

(561)

Artigos em duplicata

(20)

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Tabela 1. Caracterização e resultados dos estudos que analisaram o ruído como fator de risco associado ao Schwannoma Vestibular

Autor/ano Local e período do

estudo

Objetivo

População do

estudo/base de

estudo

Fatores de inclusão e

exclusão

Variáveis

investigadas

referentes à

exposição ao ruído

Resultados

S. Preston

Martin et al.,

1989

Los Angeles, EUA

1978-1985

Investigar os

fatores de risco

relacionados ao

desenvolvimento

de SV em homens

86 casos e 86

controles/base

populacional

Caso: homens negros e

brancos, residentes em Los

Angeles, com idade de 25 a

69 anos no primeiro

diagnóstico de neuroma

acústico (confirmado

microscopicamente)

Controle: o primeiro homem

residente na vizinhança de

cada caso identificado,

sendo pareado por idade e

raça

Exposição a elevado

nível de ruído no

trabalho, tipo de

ruído e tempo de

exposição (em anos)

Aumento no risco

relacionado ao

número de anos

de exposição ao

trabalho em

ambientes

extremamente

ruidosos (P para

tendência=0,02)

com OR de 13,2;

(lC: 2,01 - 86,98)

para exposição

por 20 anos ou

mais durante o

período de até 10

anos antes do

diagnóstico;

Associação

positiva entre o

SV e a exposição

à ruído de

impacto

(OR=2,1) e ruído

contínuo

(OR=1,5)

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA · 2018-10-08 · o Schwannoma Vestibular, bem como investigar a plausibilidade biológica deste fator de risco para o desenvolvimento do tumor. Métodos:

16

Colin G.

Edwards et al.,

2005

Suécia,1999-2002 Investigar o papel

da exposição a

níveis elevados de

ruído na etiologia

do neuroma

acústico

146 casos e 564

controles/base

populacional

Casos: indivíduos

diagnosticados com

neuroma acústico e

identificados através do

registro nacional de câncer

no período de 1º de

setembro de 1999 a 31 de

agosto de 2002 nas regiões

de Lund e Goteborg e no

período de 1º de Janeiro de

2000 a 31 de Agosto de

2002 em Estocolmo

Controles: indivíduos

selecionados de forma

randômica a partir do

Registro Populacional da

Suécia, sendo pareados por

sexo, área de residência e

idade

Exposição a níveis

elevados de ruído

ocupacional e não

ocupacional, tempo

de exposição em

anos, período de

latência, tipo de

ruído e uso de

equipamento de

proteção individual

(EPI).

Associação

positiva entre

exposição

ocupacional e

não ocupacional

regular a elevado

nível de ruído e

neuroma acústico

(OR=1,55; IC:

1,04 - 2,30).

Associação

positiva entre

exposição ao

ruído elevado

proveniente de

máquinas,

ferramentas e/ou

construção e o

neuroma acústico

(OR= 1,79; IC

1,11 - 2,89),

assim como para

a exposição

à música alta

(OR=2,25; IC=

1,20 - 4,23);

Associação

positiva entre

período de

latência de 13 ou

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17

mais anos desde

a primeira

exposição a

níveis elevados

de ruído

ocupacional e

não ocupacional

(OR=2,12; IC:

1,40 - 3,20)

Schlehofer, B et

al., 2007

Alemanha, 2000-2003 Investigar a

associação entre a

exposição à

radiação ionizante

de alta dose,

campos

eletromagnéticos

de radiofrequência,

exposição ao ruído

e o SV esporádico

97 casos e 194

controles/base

populacional

Casos: indivíduos residentes

na área de estudo com

diagnóstico histopatológico

do SV, no período de

outubro de 2000 a outubro

de 2003, com idade de 30 a

69 anos, e que apresentavam

conhecimento da língua

alemã

Controles: indivíduos

residentes na área de estudo,

selecionados

randomicamente a partir do

registro populacional, e que

apresentavam compreensão

da língua alemã. Foram

pareados por idade, gênero e

área de estudo

Exposição ao ruído

auto-referida,

exposição ao ruído

não ocupacional e

ocupacional (tipo de

ruído: contínuo,

intermitente e de

impacto)

Associação

positiva entre a

exposição ao

ruído contínuo

(OR= 2,31; IC:

1,15 - 4,66) e o

SV

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA · 2018-10-08 · o Schwannoma Vestibular, bem como investigar a plausibilidade biológica deste fator de risco para o desenvolvimento do tumor. Métodos:

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Colin G.

Edwards et

al.,2007

Suécia,1987-1999

Investigar a

associação entre

exposição ao ruído

e neuroma acústico

utilizando uma

medida objetiva de

exposição (matriz

de exposição

ocupacional)

793 casos e

101.756controle

s/base

populacional

Casos: todos os indivíduos

diagnosticados com

neuroma acústico, com

idade entre 21 e 84 anos,

identificados a partir do

Registro de Câncer Sueco

no período de 1987 a 1999

Controles: indivíduos

selecionados aleatoriamente

a partir do Registro da

População Sueca que nunca

foram diagnosticados com

neuroma acústico ou outros

tumores intracranianos.

Foram pareados por idade e

sexo

Duração do tempo

de latência (anos),

intensidade do ruído

no ambiente

ocupacional,

incidência do SV de

acordo com número

de censos

Não há

associação

positiva entre a

exposição a ruído

e o SV (OR=

0,89; IC: 0,64 -

1,23). Também

não foi observado

aumento do risco

de neuroma

acústico com a

exposição ao

ruído

ocupacional,

mesmo após um

longo período de

latência

M. Hours et al.,

2009

França, 2000-2003

Investigar possíveis

associações entre

risco de neuroma

do acústico e a

exposição a ruído

elevado em

ambientes de lazer

e ocupacionais

108 casos e 212

controles/base

populacional

Casos: indivíduos com

diagnóstico recente de

neuroma do acústico (casos

incidentes) e que foram

avaliados entre o período de

1 de Junho de 2000 a 31 de

Agosto de 2003

nosdepartamentos de

neurologia e

otorrinolaringologia de

hospitais de Lyon e Paris

Exposição ao ruído

ocupacional e não

ocupacional tempo

de exposição (em

anos), tipo do ruído

(contínuo

intermitente ou de

impacto no

ambiente de

trabalho)

Associação

positiva entre a

exposição ao

ruído elevado e o

SV (OR=2,55;

IC: 1,35 - 4,82),

tanto em relação

a exposição ao

ruído não

ocupacional (OR

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA · 2018-10-08 · o Schwannoma Vestibular, bem como investigar a plausibilidade biológica deste fator de risco para o desenvolvimento do tumor. Métodos:

19

Controles: indivíduos

selecionados aleatoriamente

a partir do Registro

Eleitoral; pareados por sexo,

idade e local de residência

no momento do diagnóstico

do caso

=3,88; IC:1,48-

10,17) quanto ao

ruído

ocupacional

(OR= 2,26; IC:

1,08 - 4,72). Este

risco aumentou

com a duração da

exposição (OR =

3,15; IC: 1,07 -

9,24 para

exposição a ruído

em atividades de

lazer maior do

que 6 anos). O

risco variou de

acordo com o

tipo de ruído

(contínuo

[OR=3,27; IC:

1,24 - 8,61] e de

impacto

[OR=2,39; IC:

1,17 - 4,92])

Corona A.P. et

al.,2012

Brasil, 2006-2010 Identificar os

fatores de risco

associados ao

nervo Schwannoma

Vestibular

44 casos e 104

controles/base

hospitalar

Casos: indivíduos com SV

unilateral diagnosticado

através da ressonância

magnética e/ou tomografia

computadorizada, entre

janeiro de 2000 e dezembro

Exposição ao ruído

(ocupacional e não

ocupacional) e

tempo de exposição

(em anos)

Não foi

identificada

associação

positiva entre a

exposição ao

ruído e o SV

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20

de 2010

Controles: indivíduos

selecionados no mesmo

local de identificação dos

casos, com sintomas de

hipoacusia e/ou zumbido

unilaterais, e que realizaram

RNM e/ou TC e tiveram o

diagnóstico de SV

descartado

(OR=0,62; IC:

0,29 - 1,32)

Oyebode Taiwo

et al., 2014

EUA,1996-2009 Investigar a

associação entre

SV e participação

em programa de

conservação

auditiva, bem como

com fatores de

risco ocupacionais

na indústria de

alumínio

97 casos e 388

controles/base

populacional

Casos: indivíduos que

solicitaram seguro saúde

com diagnóstico de SV, no

período de 1996 e 2009

Controles: trabalhadores de

empresas de alumínio locais

(EUA) que trabalharam pelo

menos um dia entre 1996 e

2009, e que não

apresentaram solicitação de

seguro de saúde por

diagnóstico de SV. Pareados

por ano de nascimento, ano

de contratação, tipo de

empregado (salário/hora) e

sexo

Exposição ao ruído

ocupacional, função

e participação no

programa de

conservação

auditiva

Associação

positiva entre

participação no

programa de

conservação

auditiva (OR=

1,72; IC:1,9 -

2,69) e o trabalho

de fundição

(OR= 1,88; IC:

1,6 - 3,36)

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21

Oren Berkowitz

et al.,2015

EUA, 1997-2007

Investigar

potenciais fatores

de risco ambientais

associados ao

SchwannomaVesti

bular

353 casos e 353

controles/base

hospitalar

Casos: individuos norte-

americanosselecionados

através da base de dados do

serviço deRadiocirurgia da

Universidade de Pittsburgh

eque foram tratados para SV

no período de 1997-2007.

Excluídos do estudo

pacientes com

neurofibromatose tipo 2

Controles: indivíduos

selecionados do

departamento de

Neurocirurgia da

Universidade de Pittsburg,

pareados por idade e sexo.

Excluídos se

diagnosticados com um

tumor cerebral ou se

apresentassem perda

auditiva unilateral, zumbido,

desequilíbrio/vertigem/tontu

ra

Exposição ao ruído

ocupacional e não

ocupacional

A exposição ao

ruído

ocupacional

apresenta

associação

negativa com SV

(OR=0,42; IC:

0,30 - 0, 59) e a

exposição a ruído

em ambiente de

lazer não está

associado ao

tumor

Nina Roswall et

al., 2017

Dinamarca, 1990-

2007

Investigar a

associação do ruído

de tráfego

residencial com o

Schwannoma

Vestibular

1454 casos e

2550

controles/base

hospitalar

Casos: indivíduos com SV

tratados no Hospital

universitário de Copenhagen

e indivíduos que não

realizaram tratamento neste

local, mas apresentavam

Exposição ao ruído

de tráfego

residencial

ferroviário e

rodoviário, tempo e

intensidade de

Não foi

identificada

associação entre

a exposição ao

ruído de tráfego

residencial e o

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SVde acordo com o registro

do banco nacional de câncer

da Dinamarca. Foram

elegíveis os indivíduos

nascidos na Dinamarca, sem

histórico prévio de câncer

(exceto câncer de pele não

melanoma), com idade

acima de 30 anos na época

do diagnóstico do SV e que

residiam em endereço

geocodificável na

Dinamarca no momento do

diagnóstico

Controles: indivíduos

residentes na Dinamarca

sem diagnóstico prévio de

câncer foram selecionados

de forma randômica a partir

do sistema de Registro

Civil. Foram pareados por

sexo e ano de nascimento.

Os controles deveriam, na

época do diagnóstico do SV

dos casos pareados, residir

em endereço geocodificável

na Dinamarca

exposição SV (OR=0,92;

IC: 0,82 - 1,03)

SV: Schwannoma Vestibular

EPI: Equipamento de proteção individual

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OR: Odds Ratio

IC: Intervalo de Confiança

RNM: Ressonância Nuclear Magnética

TC: Tomografia Computadorizada

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Quadro 1. Hipóteses elencadas pelos autores para explicar a relação causal entre exposição a elevados níveis de ruído e o SV

Autor, ano Hipótese

S. Preston Martin et al.,1989 O trauma mecânico consequente do ruído pode contribuir para a tumorigênese. Estudos experimentais

realizados em roedores demonstraram claramente que o trauma decorrente do ruído de impacto causa danos

mecânicos no oitavo nervo e ao tecido circundante. Os achados apresentados no estudo coincidem com os

resultados de experimentos com animais, sugestivos de que o ruído de impacto é mais destrutivo para nervo e

o tecido circundante. Estudos recentes em galinhas e em codornas confirmaram que as células ciliadas

sensoriais são destruídas e subsequentemente se regeneram após o trauma acústico. O mecanismo que

relaciona o trauma acústico ao desenvolvimento do tumor envolve o aumento da proliferação celular que

ocorre durante o processo de reparação. Durante o processo da reparação acontece um aumento da

proliferação celular que ocorre devido a erros de cópia de DNA ocasionando a replicação no curso da divisão

celular.Podendo levar a alterações cromossômicas e como consequência a transformação neoplásica.

Colin G. Edwards et al., 2005 Foi hipotetizado que o trauma acústico, decorrente da exposição a ruído elevado, contribui para a

tumorigênese.Estudos experimentais com animais comprovam que danos ao órgão de Corti e ao tecido

adjacente, incluindo o oitavo nervo craniano, podem ser provenientes do trauma acústico levando a

replicação mitótica das células do DNA. Durante o processo de reparo celular, a divisão celular resulta na

replicação do DNA, o que consequentemente pode resultar em alterações cromossômicas essenciais para a

transformação neoplásica. Se o risco de câncer é proporcional ao número de células em proliferação, então é

plausível que um tumor benigno como o Schwannoma Vestibular possa surgir como resultado do trauma das

células ciliadas da cóclea.

Schlehofer, B.et al., 2007 Estudos experimentais com animais mostraram que o trauma acústico grave consequente da exposição a

ruído de impacto causa danos mecânicos ao oitavo nervo e ao tecido adjacente. Acredita-se que fatores de

crescimento do nervo que atuam localmente e por tempo limitado também podem induzir o tumor após

lesões. De acordo com um estudo publicado em 1989, os mecanismos pelos quais o trauma pode estar

relacionado com o desenvolvimento do tumor envolvem o crescimento da proliferação celular decorrente da

replicação do DNA, que ocorre durante o processo de reparação celular. Colin G. Edwards et al.,2007 Não apresenta. M. Hours et al., 2009 O trauma acústico crônico do ouvido interno, decorrente da exposição contínua ao ruído elevado, pode afetar

ambos os tipos de células ciliadas, órgão de Corti e labirinto vestibular. Seus receptores compartilham o

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SV:Schwannoma Vestibular

DNA: Ácido Desoxirribonucleico

mesmo labirinto membranoso, assim como o suprimento sanguíneo arterialda cóclea e dos órgãos

vestibularesatravés da mesma artéria terminal. No trauma crônico, o ruído pode danificar a estria vascular do

sistema e ocasionar uma mistura de fluidos cocleares e a alteração da junção apertada da lâmina reticular.

Esses fluidos banham as células pilosas de ambos os órgãos, possuem uma alta concentração e diferentes

composições de eletrólitos, que são significativos para a neurotransmissão das fibras nervosas do oitavo

nervo craniano.Um trauma crônico pelo desequilíbrio eletrolítico poderia causar a degeneração da fibra

nervosa, podendo provocar uma alteração nas células de Schwann, protegendo a fibra e possibilitando sua

regeneração. Outro possível mecanismo estaria relacionado à imunorreatividade para induzir a síntese do

óxido nítrico, encontrada nas células de suporte e sensoriais do epitélio sensorial, bem como nas células da

substância cinzenta e em células ganglionares vestibulares em animais expostos a uma estimulação acústica

elevada, o que sugere que radicais livres são gerados. Esses radicais livres podem estar na origem de danos

no DNA, não só em células cocleares, mas também em outros tecidos (tais como cérebro), como observado

em um estudo experimental com roedores, e poderia ser responsável pelo desenvolvimento do SV.

Corona A.P. et al.,2012 Os efeitos mecânicos do ruído elevado podem danificar o órgão de Corti e tecidos adjacentes, incluindo o

oitavo nervo e as células de Schwann. Após um trauma acústico, as células sensoriais do ouvido são

destruídas e subsequentemente regeneradas. No decorrer do processo de reparo celular, é possível haver uma

replicação dos erros de cópia de DNA durante a divisão celular, levando a consequente desordem na

proliferação de células.

Oyebode Taiwo et al., 2014 Experimentos com animais mostram que o ruído pode causar danos mecânicos ao VIII nervo craniano. As

células nervosas podem causar mutação celular e subsequente proliferação de células anormais. Oren Berkowitzet al.,2015 O mecanismo biológico do trauma acústico que leva a formação do tumor ainda não está claro.

Nina Roswall et al., 2017 Não apresenta.

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Figura 2. Medidas de associação da exposição a elevados níveis de ruído e o SV

Ruído ocupacional> 20 anos

Ruído ocupacionalRuído não

ocupacionalRuído contínuo Ruído de impacto

Trabalho defundição

Participação noPCA

Latência > 13anos

Ruído de tráfegoresidencial

IC máximo 86,98 0,59 1,32 8,61 4,92 3,36 2,69 3,2 1,03

IC mínimo 2,01 0,3 0,29 1,24 1,17 1,6 1,9 1,4 0,82

OR 13,2 0,42 0,62 3,27 2,39 1,88 1,72 2,12 0,92

-2147

101316192225283134374043464952555861646770737679828588

Medidas de associação: Ruído e Schwannoma VestibularIC máximo IC mínimo OR

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Figura 3. Plausibilidade biológica da exposição a ruído de impacto para o desenvolvimento do SV

Exposição ao ruído de impacto

Trauma acústico

Destruição das células de Schwann

Processo de regeneração/

reparação celular

Erros de replicação do DNA

Consequentes alterações

cromossômicas

Desordem na proliferação celular

Densenvolvimento do Schwannoma

Vestibular

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Figura 4. Plausibilidade biológica da exposição a ruído contínuo para o desenvolvimento do SV

Exposição ao ruído contínuo

Trauma acústico crônico

Dano na estria

vascular

Junção dos fluidos

cocleares

Alteração de eletrólitos

(desequiíibrio eletrolítico)

Degeneração da fibra

nervosa e células de Schwann

Processo de regeneração/

reparação celular

Erros de replicação do DNA

Consequentes alterações

cromossomicas

Desordem na proliferação

celular

Desenvolvimento do Schwannoma

VestibularImunorreatividade

da síntese do óxido nítrico nas

células

Liberação de radicais livres

Danos no DNA células

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ANEXO

ISSN 1808-8694 versão impressa

ISSN 1808-8686 versão online

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Guia para autores

Tipos de manuscrito Preparação

Guia para autores

BJORL é uma revista científica internacional revisada por

pares e dedicada ao avanço da assistência ao paciente no

campo da Otorrinolaringologia Cirurgia de Cabeça e

Pescoço. BJORL publica artigos originais relativos tanto

aos aspectos de ciências clínicas e básicas da

Otorrinolaringologia. BJORL reserva-se o direito de

publicação exclusiva de todos os manuscritos aceitos.

Manuscritos publicados anteriormente ou em análise por

outra publicação não serão de forma alguma levados em

conta. Uma vez aceito para revisão, o manuscrito não

deve ser apresentado em outros veículos e locais. Ficam

vedados: publicação antiética (p.ex., plágio), conflitos de

interesses não revelados, autoria inadequada e publicação

em duplicata. Isso inclui a publicação em periódico não

voltado para a otorrinolaringologia, ou em outro idioma.

Em caso de dúvida, é essencial a divulgação do ocorrido,

e o Editor está disponível para qualquer consulta. A

transferência dos direitos autorais para BJORL é pré-

requisito para a publicação do manuscrito. Todos os

autores devem assinar um termo de Acordo de Transferência de Direitos Autorais.

No momento da apresentação do manuscrito, os autores

devem informar qualquer elo financeiro porventura

existente. Devem ser reveladas quaisquer informações

que possam ser entendidas como potencial conflito de

interesses, tais como subsídios ou financiamentos, vínculo

empregatício, afiliações, patentes, invenções, honorários,

consultorias, royalties, opções de compra/posse de ações, ou testemunhos de perito.

BJORL aceitará artigos referentes à otologia,

otoneurologia, audiologia, rinologia, alergia, laringologia,

ciências da fala, broncoesofagologia, cirurgia de cabeça e

pescoço, plástica facial e cirurgia reconstrutiva, cirurgia

maxilofacial, medicina do sono, faringologia/patologia

oral, cirurgia da base do crânio e otorrinolaringologia

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pediátrica.

Não há taxas para submissão e avaliação de artigos.

A Revista adota o sistema Ithenticate para identificação

de plagiarismo.

Tipos de manuscrito

A Revista Brasileira de Otorrinolaringologia publica investigações originais,

revisões, cartas ao editor e relatos de casos. Os tópicos de interesse são todos os

assuntos que se relacionam com a prática da medicina e com o progresso da saúde pública no mundo.

Investigação Original

Artigos originais são (1) relatos concisos de dados clínicos, (2) relatos de dados de

ciências básicas, ou (3) estudos de meta-análise, representativos de informações

avançadas e que, portanto, têm sua apresentação incentivada pela equipe

editorial da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. Caracteristicamente, estes

relatos consistem de estudos clínicos randomizados, estudos de intervenção,

estudos de coorte, estudos de casocontrole, avaliações epidemiológicas, outros

estudos observacionais, pesquisas com altas taxas de resposta, análises de custo-

benefício e análises de decisão, e estudos de triagem e de exames diagnósticos.

Cada manuscrito deve indicar claramente um objetivo ou hipótese; a concepção e

métodos (incluindo a configuração do estudo e as datas, os pacientes ou

participantes com critérios de inclusão e exclusão e/ou percentuais de participação

ou resposta, ou fontes dos dados, e como foi realizada a sua seleção para o

estudo); as características essenciais de quaisquer intervenções efetuadas; as

principais medidas de desfecho; os principais resultados do estudo; uma seção de

discussão colocando os resultados no contexto com a literatura publicada e

abordando as limitações do estudo; e as conclusões e implicações relevantes para

a prática clínica ou para a política de saúde. Os dados incluídos nos relatos

investigativos devem ser originais e, além disso, devem ser tão oportunos e atuais

quanto possível. Exige-se a presença de um resumo estruturado. As páginas do

manuscrito devem ser consecutivamente numeradas, começando com a folha de

rosto (i.é, a página do título) como página 1. No caso de artigos completos

(originais), em geral o texto não deve exceder 8-10 páginas datilografadas com

espaço simples. Antes da apresentação do manuscrito, o texto deve ser submetido

a um corretor ortográfico, além de passar por uma cuidadosa revisão/edição. Não

há necessidade de fazer numeração de linhas, pois esse procedimento é

automaticamente adicionado pelo Sistema Editorial Elsevier.

Revisões

Revisões Sistemáticas

A apresentação de Revisões Sistemáticas é vivamente incentivada pelos editores

da BJORL. Tais manuscritos abordam uma questão ou problema específico que é

relevante para a prática clínica, oferecendo uma revisão sobre um tópico

específico baseada em evidências, equilibrada e orientada para o paciente. Tais

revisões devem conter a questão ou problema clínico, sendo declarada a sua

importância para a prática médica geral, para a prática da especialidade, ou para

a saúde pública; a descrição de como os elementos de evidência pertinentes

foram identificados, avaliados quanto à sua qualidade e selecionados para

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31

inclusão; a síntese das evidências disponíveis, tais como: as evidências de melhor

qualidade (p. ex., estudos clínicos bem conduzidos, meta-análises e estudos

prospectivos de coorte) devem ter o maior destaque; e a discussão de aspectos

controversos e questões não resolvidas. As revisões sistemáticas devem conter

um resumo estruturado.

Revisão da Literatura

BJORL oferece oportunidade limitada para revisões de literatura. A maioria se dará

por convite. Preferencialmente, a revisão de literatura deve estar focada em

revisões das evidências em favor de técnica, procedimento, terapia, ou

abordagem diagnóstica e clínica contemporânea.

Relatos de Casos

Relatos de casos descrevem interações com um ou de vários pacientes com

situações clínicas singulares ou incomuns. A chave para um Relato de Caso

aceitável é a identificação de uma pérola ou sabedoria médica que possa

beneficiar futuros pacientes. O documento deve conter: Resumo (100

palavras); Introdução; Relato de Caso; Discussão; Conclusão; e

Referências. Contagem de palavras: 1.100- 1.500 palavras (introdução-

conclusão); Referências: 5-10; Figuras/Tabelas: não mais do que um total de 5

figuras e tabelas; Figuras formando multipainéis serão contadas como várias figuras; Tabelas com >6 colunas serão contadas como várias tabelas.

Cartas ao Editor

As cartas apresentadas para publicação, discutindo artigo recente da Revista

Brasileira de Otorrinolaringologia, não devem exceder 400 palavras de texto e 5

referências, uma das quais deverá ser um artigo recente publicado na Revista

Brasileira de Otorrinolaringologia. Tais cartas devem ser redigidas em espaço

duplo, e seu autor fornecerá a contagem das palavras. As cartas não podem ter

mais de 3 autores. No texto, devem ser expressamente citados: nome completo,

titulação acadêmica e uma única afiliação institucional para cada autor; e o

endereço de e-mail do autor correspondente. A carta não deve duplicar qualquer

outro material publicado ou apresentado para publicação e nem deve conter dados

não publicados. Em geral, cartas que não atendam a estas especificações não

serão consideradas. As cartas serão publicadas a critério dos editores, estando sujeitas a um processo de redução e de edição de estilo e conteúdo.

Carta em Resposta

As respostas dos autores não devem ultrapassar 500 palavras de texto e 65 referências. Tais respostas não devem ter mais de 3 autores.

Editoriais

Os Editoriais proporcionam um fórum para opiniões interpretativas, analíticas, ou

reflexivas relacionadas aos manuscritos do BJORL, ou declarações sobre questões

clínicas, científicas, ou socioeconômicas. O Editorial, aberto apenas a convidados,

deve ser objetivo e desapaixonado, mas com a probabilidade de oferecer pontos

de vista alternativos e algum tipo de viés. Os Editoriais não devem exceder 1.200

palavras, com não mais do que 5 referências. Os Editoriais não devem vir acompanhados de um resumo.

ANTES DE COMEÇAR…

Devem ser citados como autores somente aqueles que participaram efetivamente

do trabalho. Um trabalho com mais de 7 autores só deverá ser aceito se o tema for de abrangência multidisciplinar ou de ciências básicas.

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As referências devem ser pertinentes e atualizadas, serão aceitas no máximo 50

referências para artigos originais e de revisão e 10 referências para artigos de

relatos de casos.

Ética na publicação

Para informações sobre Ética na Publicação e sobre orientações éticas para

publicação em revistas científicas,

visite http://www.elsevier.com/publishingethics e http://www.elsevier.com/journal-authors/ethics.

Direitos humanos e dos animais

No caso do manuscrito envolver o uso de animais ou seres humanos, o autor deve

certificar-se de que o estudo descrito foi realizado em conformidade com o Código

de Ética da Associação Médica Mundial (Declaração de Helsinque) para

experimentos envolvendo seres

humanos: http://www.wma.net/en/30publications/10policies/b3/index.html;

Diretiva EU 2010/63/EU para experimentos envolvendo

animais: http://ec.europa.eu/environment/chemicals/lab_animals/legislation_en.h

tm; Requisitos Uniformes para manuscritos apresentados a revistas

biomédicas: http://www.icmje.org. Os autores devem inserir, no manuscrito, uma

declaração expressa de que foi obtido consentimento informado para

experimentação com seres humanos. Sempre deverão ser observados os direitos

de privacidade dos participantes humanos.

Identificação dos Pacientes (Descrições, Fotografias, Genealogias)

Deve ser obtida uma declaração assinada de consentimento livre e esclarecido

para publicação (em versão impressa e on-line) de descrições, fotografias e

genealogias de pacientes e de todas as pessoas (pais ou responsáveis legais de

menores) que possam ser identificadas (inclusive pelos próprios pacientes) em

tais descrições escritas, fotografias, ou genealogias. Tal declaração deve ser

apresentada juntamente com o manuscrito. Deve ser oferecida a oportunidade, às

pessoas envolvidas, de examinar o manuscrito antes de sua apresentação. É

aceitável a omissão de dados ou a prática de procedimentos que tornem os dados

menos específicos com o fim de manter o anonimato dos pacientes; mas não é

aceitável qualquer alteração de tais dados. Devem ser divulgados apenas aqueles

detalhes essenciais para a compreensão e interpretação de uma série de casos ou

relato de caso específico. Embora o grau de especificidade necessário vá depender

do contexto do que está sendo relatado, idades específicas, raça/etnia e outros

detalhes sociodemográficos apenas deverão ser apresentados se forem clínica ou

cientificamente relevantes e importantes. Permite-se o recorte de fotografias com

o objetivo de remover características pessoais identificáveis que não sejam

essenciais para a mensagem clínica, desde que as fotografias não sofram

alterações relevantes. Não apresentar fotografias com o paciente mascarado.

Iniciais dos pacientes ou outros identificadores pessoais não devem ser visualizados nas imagens.

Experimentação com animais

No caso de investigações experimentais envolvendo animais, especifique na seção

“Métodos” do manuscrito quais foram os protocolos adotados para o manuseio dos

animais, por exemplo, “Foram seguidas as normas da Instituição para

experimentação com animais.” Para os investigadores que não contam com

comissões formais (institucionais ou regionais) de avaliação ética, devem ser

seguidos os princípios enunciados na Declaração de Helsinque.

Comunicações pessoais e dados não publicados

Os autores devem incluir uma declaração de permissão assinada por cada

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indivíduo identificado como fonte de informação em uma comunicação pessoal ou

como fonte de dados não publicados, devendo ser especificada a data da

comunicação e também se a comunicação foi transmitida por escrito ou por via oral. As comunicações pessoais não devem ser incluídas na lista de referências.

Apresentação prévia de informações

BJORL pode considerar para publicação um manuscrito completo em seguida à sua

apresentação em uma reunião, ou depois da publicação de resultados preliminares

em outros formatos (p. ex., um resumo). Aqueles autores que estão considerando

ou que pretendem apresentar seu trabalho em uma futura reunião científica

devem indicar o nome e data de realização da reunião no formulário de

apresentação do manuscrito. Para os trabalhos aceitos, há a possibilidade de os

editores coordenarem a publicação com a apresentação na reunião. Aos autores

que venham a divulgar, em reuniões científicas ou clínicas, informações contidas

em um manuscrito que esteja sob consideração pela Elsevier, fica vedada a

distribuição de relatos completos (isto é, cópias de manuscrito) ou dados

completos apresentados na forma de tabelas e figuras para os participantes da

conferência ou jornalistas. É aceitável a publicação de resumos em anais de

congressos (impressos em papel e on-line), bem como a publicação de slides ou

vídeos da apresentação científica no site do encontro. Por outro lado, no caso de

manuscritos em exame pela Elsevier, a publicação dos relatos completos em anais

ou on-line, em comunicados de imprensa detalhando os resultados do estudo, ou

a participação em conferências formais da imprensa irá comprometer as chances

de publicação do manuscrito apresentado pela Elsevier. A cobertura da mídia para

apresentações em reuniões científicas não comprometerá tal consideração para

publicação, mas o fornecimento direto de informações através de comunicados de

imprensa ou de comunicados da mídia noticiosa pode fazer com que a Elsevier desconsidere sua publicação.

Conflitos de interesse

Todos os autores devem divulgar quaisquer relações financeiras e pessoais com

outras pessoas ou organizações que possam influenciar de forma inadequada

(tendenciosidade) seu trabalho. São exemplos de possíveis conflitos de interesse:

vínculo empregatício, consultorias, posse de ações, honorários, testemunho de

perito remunerado, solicitações/registros de patentes e subvenções ou qualquer

outro tipo de financiamento. Caso inexistam conflitos de interesse, os autores

devem indicar: “Conflitos de interesse: nenhum”. Ver

também http://www.elsevier.com/conflictsofinterest. Outras informações e um

exemplo de formulário para Conflitos de Interesse podem ser obtidos em: http://help.elsevier.com/app/answers/detail/a_id/286/p/7923.

Autor correspondente

O autor correspondente será o representante de todos os coautores como o

correspondente principal junto ao escritório editorial durante o processo de

apresentação e de revisão. Se o manuscrito for aceito, o autor correspondente

revisará um texto datilografado editado e corrigido, tomará decisões sobre a

divulgação de informações no manuscrito para a mídia e/ou agências federais e

será identificado como o autor correspondente no artigo publicado. O autor

correspondente tem a responsabilidade de garantir que o conflito de interesses

relatado está correto, atualizado e de acordo com as informações fornecidas por

cada autor.

Declaração de apresentação e de verificação do manuscrito

A apresentação de um artigo para publicação implica que o trabalho descrito não

foi publicado anteriormente (exceto na forma de resumo, ou como parte de uma

palestra ou tese acadêmica publicada, ou ainda como uma pré-impressão

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eletrônica; ver http://www.elsevier.com/postingpolicy), que não está sob

consideração para publicação em outros locais, que a sua publicação foi aprovada

por todos os autores e, tácita ou explicitamente, pelas autoridades responsáveis

no local onde o estudo foi realizado e que, se aceita, não vai ser publicada em

outro local no mesmo formato, em Inglês ou em qualquer outra língua, inclusive

por via eletrônica, sem o consentimento por escrito do titular dos direitos autorais.

Para verificar a originalidade, o seu artigo pode ser verificado por meio do

CrossCheck, um serviço de detecção de originalidade: http://www.elsevier.com/editors/plagdetect.

Autoria

Todos os autores devem ter participado com contribuições substanciais para todas

as fases a seguir: (1) concepção e projeto do estudo, ou a aquisição de dados, ou

análise e interpretação dos dados, (2) elaboração do artigo ou revisão crítica para

conteúdo intelectual relevante, (3) aprovação final da versão a ser apresentada para publicação.

Mudanças com relação à autoria

Esta política diz respeito à adição, exclusão ou rearranjo de nomes dos autores na

autoria de manuscritos aceitos:

Antes de o manuscrito aceito ser publicado em uma edição on-line: Os pedidos

para adicionar ou remover um autor, ou para reorganizar os nomes de autores,

devem ser enviados para o Diretor da Revista pelo autor correspondente do

manuscrito aceito, devendo incluir: (a) razão pela qual o nome deve ser

adicionado ou removido, ou os nomes dos autores reorganizados e (b)

confirmação por escrito (e-mail, fax, carta) de todos os autores concordando com

a adição, remoção ou rearranjo. No caso de adição ou remoção de autores, haverá

necessidade da confirmação do autor que está sendo adicionado ou removido.

Pedidos que não forem enviados pelo autor correspondente serão encaminhados

pelo Diretor da Revista para o autor correspondente, que deverá seguir o

procedimento descrito acima. Note-se que: (1) Os Diretores da Revista informarão

os Editores da Revista sobre qualquer solicitação desse tipo e (2) a publicação do

manuscrito aceito em uma edição on-line ficará suspensa até que se tenha

chegado a um acordo sobre a autoria.

Depois que o manuscrito aceito foi publicado em uma edição on-line: Todos os

pedidos para adicionar, excluir ou reorganizar os nomes dos autores em um artigo

publicado em uma edição on-line seguirão as mesmas políticas mencionadas acima e resultarão em retificação.

Resultados de estudo clínico

Em consonância com a posição do International Committee of Medical Journal

Editors (Comissão Internacional de Editores de Revistas Médicas), a Revista não

levará em consideração os resultados postados no mesmo registro de estudos

clínicos no qual o registo principal demonstra ser publicação prévia, se os

resultados publicados estiverem apresentados em forma de resumo estruturado

breve (menos de 500 palavras) ou de tabela. No entanto, desencorajamos a

divulgação dos resultados em outras circunstâncias (p. ex., reuniões de

investidores), pois tal ação pode por em risco a consideração do manuscrito para

publicação. É importante que os autores divulguem plenamente todas as

postagens do mesmo estudo, ou de estudo estreitamente relacionado, em registros de resultados.

Protocolos

Os autores de manuscritos relatando estudos clínicos são incentivados a

apresentar os protocolos do estudo (inclusive o plano completo da análise

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estatística), juntamente com seus manuscritos.

Registro de estudos clínicos

A inscrição num registo público de estudos é condição para a publicação de

estudos clínicos nesta Revista, em conformidade com as recomendações da

Comissão Internacional de Editores de Revistas Médicas

(ICMJE, http://www.icmje.org). Os estudos devem estar registrados no início do

recrutamento dos pacientes, ou mesmo antes. O número de registro de estudo

clínico deve ser incluído ao final do resumo do artigo. Estudo clínico é definido

como qualquer estudo investigativo que prospectivamente designa participantes

humanos ou grupos de seres humanos para uma ou mais intervenções

relacionadas com a saúde, com o objetivo de avaliar os efeitos de desfechos na

saúde. Intervenções relacionadas à saúde consistem em qualquer intervenção

usada com o objetivo de modificar um desfecho biomédico ou relacionado com a

saúde (p. ex., medicamentos, procedimentos cirúrgicos,

dispositivos/equipamentos, tratamentos comportamentais, intervenções dietéticas

e mudanças no processo de atendimento ao paciente). Desfechos de saúde

consistem de quaisquer medidas biomédicas ou relacionadas com a saúde, obtidas

em pacientes ou demais participantes, por exemplo, determinações

farmacocinéticas e eventos adversos. Estudos puramente observacionais (aqueles

em que a atribuição da intervenção médica não fica a critério do investigador) dispensam registro.

Direitos autorais

Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher um

“Acordo de Publicação em Periódico” (para mais informações sobre este tópico e

sobre direitos autorais, visite http://www.elsevier.com/copyright). A aceitação do

acordo irá garantir a mais ampla divulgação possível das informações. O autor

correspondente receberá um e-mail confirmando o recebimento do manuscrito,

juntamente com um formulário de “Acordo de Publicação em Periódico” ou um link

para a versão on-line deste Acordo. Os assinantes podem reproduzir os índices de

matéria ou preparar listas de artigos, incluindo resumos para circulação interna,

dentro de suas instituições. É necessária a permissão do Editor para revenda ou

distribuição fora da instituição e para todos os demais trabalhos derivados,

inclusive coletâneas e traduções (consulte http://www.elsevier.com/permissions).

Se foram incluídos excertos de outras obras protegidas por direitos autorais, o

autor (ou autores) deve obter autorização por escrito dos proprietários dos

direitos autorais, citando a fonte (ou fontes) no artigo. Nesses casos, a Elsevier

oferece formulários pré-impressos para uso pelos autores; consulte http://www.elsevier.com/permissions.

Preservação de direitos autorais

Como autor, você (ou seu empregador ou instituição) retém certos direitos; para

mais detalhes, consulte http://www.elsevier.com/authorsrights.

Papel da fonte financiadora

Há necessidade de identificar quem forneceu apoio financeiro para a realização da

pesquisa e/ou preparação do artigo, com uma breve descrição do papel do

patrocinador (ou patrocinadores), se for o caso, no planejamento e modelo do

estudo; na coleta, análise e interpretação dos dados; na redação do manuscrito; e

na decisão de enviar o artigo para publicação. No caso de a fonte (ou fontes) de

financiamento não ter tido esse tipo de envolvimento, então tal fato deve ser

indicado.

Acordos e políticas dos organismos financiadores

A Elsevier estabeleceu acordos e desenvolveu políticas com o objetivo de permitir

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que autores cujos artigos apareçam em revistas publicadas pela Elsevier cumpram

com os possíveis requisitos de arquivamento de manuscritos, conforme o

especificado como condição para a concessão de subvenções e bolsas. Para maior

aprofundamento sobre acordos e políticas existentes,

visite http://www.elsevier.com/fundingbodies.

Acesso aberto

Todo artigo revisado por pares aprovado pela editorial desta revista será

publicado em acesso aberto, o que significa que o artigo estará disponível

gratuitamente no mundo via Internet de maneira perpétua. Não há cobrança aos

autores. A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

(Brazilian Association of E.N.T. and Cervicofacial Surgery) pagará para que o artigo seja de acesso aberto.

Uma licença Creative Commons

(veja http://www.elsevier.com/openaccesslicenses) orienta sobre a reutilização do artigo. Todos os artigos serão publicados sobre a seguinte licença:

Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Permite aos usuários

copiar, criar pequenos textos, resumos e novos trabalhos a partir do Artigo,

alterar e revisar o Artigo, e fazer uso comercial do Artigo (incluindo reutilização

e/ou revenda do Artigo por entidades comerciais), desde que o usuário dê crédito

a quem é devido (com um link para a publicação formal com o DOI pertinente),

forneça um link para a licença, indique se alterações foram feitas e o licenciante

não seja mencionado como endossando o uso feito do trabalho.

Política de embargo

Todas as informações concernentes ao conteúdo e data de publicação de artigos

aceitos são estritamente confidenciais. A liberação não autorizada de manuscritos

para pré-publicação pode resultar em rescisão da aceitação e em rejeição do

artigo. Esta política se aplica a todas as categorias de artigos, incluindo

Investigações Originais, Revisões, Editoriais, Comentários, Cartas, etc. Não é

permitido que informações contidas em artigos aceitos ou sobre tais artigos

apareçam na mídia impressa, em formato digital, de áudio ou de vídeo, ou que

sejam publicadas pela mídia de notícias até as 15:00 h (horário central) na

terceira quinta-feira do mês (ou outra data de embargo de liberação especificada, para os casos em que os artigos sejam liberados mais cedo).

Uso não autorizado

Os manuscritos publicados tornam-se propriedade permanente da Elsevier e não

podem ser publicados em outro local sem permissão por escrito. Fica vedado o

uso não autorizado do nome, logotipo ou de qualquer conteúdo da Elsevier para

fins comerciais ou para a promoção de bens e serviços comerciais (em qualquer

formato, inclusive impressão, vídeo, áudio e digital).

Idioma (uso e serviços de edição)

Escreva seu texto em bom português. Se o texto for escrito em inglês, aceita-se

tanto o uso do inglês americano quando do britânico, mas não uma mistura

destes. Se você sentir que seu manuscrito em inglês pode depender de uma

revisão para eliminar possíveis erros gramaticais ou ortográficos e para se

conformar ao inglês científico correto, poderá usar o serviço English Language

Editing, disponível na Loja Virtual da

Elsevier (http://webshop.elsevier.com/languageediting/); ou visite o nosso site de

suporte ao cliente (http://support.elsevier.com) para obter mais informações.

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Consentimento informado e detalhes dos pacientes

Estudos com pacientes ou voluntários necessitam de aprovação da Comissão de

Ética e de consentimento informado, que deve ser documentado em papel. Os

consentimentos, permissões e liberações apropriados devem ser obtidos sempre

que um autor deseje incluir detalhes de casos ou outras informações pessoais, ou

imagens de pacientes e de quaisquer outros indivíduos em uma publicação da

Elsevier. Os consentimentos por escrito devem ser guardados pelo autor; e,

mediante pedido, cópias dos consentimentos, ou evidência de que tais

consentimentos foram obtidos, devem ser fornecidas à Elsevier. Para mais

informações, releia a Política da Elsevier sobre o Uso de Imagens ou de

Informações Pessoais dos Pacientes ou de outros

Indivíduos em http://www.elsevier.com/patient-consent-policy. A menos que se

tenha autorização por escrito do paciente (ou, quando aplicável, do parente mais

próximo), os detalhes pessoais de qualquer paciente incluído em qualquer parte

do artigo e em qualquer material complementar (incluindo todas as ilustrações e

vídeos) devem ser removidos antes da apresentação do manuscrito.

Apresentação

Nosso sistema on-line de apresentação de manuscritos orienta o autor num

esquema passo-a-passo através da digitação dos detalhes do seu artigo e do

envio (upload) de seus arquivos. O sistema converte seus arquivos do artigo em

um único arquivo PDF, que será utilizado no processo de revisão do texto por

pares (peer-review). É imprescindível que os arquivos sejam editáveis (p. ex.,

Word, LaTeX), possibilitando a composição do artigo para a publicação final. Toda

a correspondência, inclusive a notificação da decisão do Editor e pedidos de revisão, será enviada por e-mail.

Apresente seu artigo para publicação Apresente seu artigo via http://ees.elsevier.com/bjorl/.

Editorial

Todos os artigos apresentados para publicação são inicialmente revisados por um

editor da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. Os manuscritos são avaliados

em conformidade com os seguintes critérios: o material é original e oportuno, a

redação é clara, os métodos de estudo são adequados, os dados são válidos, as

conclusões são razoáveis e apoiadas pelos dados e a informação é importante. A

partir destes critérios básicos, os editores avaliam a qualificação do artigo para

publicação. Manuscritos com prioridade insuficiente para publicação serão

imediatamente rejeitados.

Preparação

Revisão do tipo duplo-cego

Esta Revista pratica a avaliação do tipo duplo-cego; isso significa que, para

determinado manuscrito em análise, não é permitido que o nome tanto do revisor,

como do autor (ou autores) seja revelado um ao outro. Os revisores desconhecem

as identidades dos autores e vice-versa. Para mais informações,

consulte http://www.elsevier.com/reviewers/peer-review. Para facilitar este

processo, inclua os seguintes dados em separado:

Folha de rosto (página do título, com detalhes do autor): Nela, devem constar o

título, nomes e afiliações dos autores e um endereço completo do autor correspondente, inclusive telefone e e-mail.

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Manuscrito “cego” (sem detalhes do autor): O corpo principal do artigo (inclusive

referências, figuras, tabelas e qualquer tipo de Agradecimentos) não deve conter

nenhuma informação de identificação, por exemplo, nomes ou afiliações dos autores.

Uso de software de processamento de texto

É importante que o arquivo seja salvo no formato nativo do processador de texto

utilizado. O texto deve estar digitado em formato de coluna única. Mantenha o

layout do texto o mais simples possível. A maioria dos códigos de formatação será

removida e substituída durante o processamento do artigo. Em particular, não use

as opções do processador de texto para justificar o texto ou hifenizar palavras.

Mas não deixe de usar formatações de negrito, itálico, subscrito, sobrescrito, etc.

Ao preparar tabelas, se estiver usando uma grade de tabela, use apenas uma

grade para cada tabela individualmente, e não uma grade para cada linha. Se

nenhuma grade for utilizada, use tabulações, não espaços, para alinhar colunas. O

texto eletrônico deve ser preparado de uma forma muito semelhante àquela usada

em manuscritos convencionais (ver também o Guia para Publicação com

Elsevier: http://www.elsevier.com/guidepublication). Atenção: Haverá

necessidade dos arquivos de origem de figuras, tabelas e gráficos do texto, não

importando se as suas figuras foram ou não incorporadas ao texto. Veja também

a seção sobre arte eletrônica. Para evitar que sejam cometidos erros

desnecessários, aconselhamos enfaticamente o uso das funções “verificação ortográfica” e “verificação gramatical” de seu processador de texto.

Estrutura do artigo

Introdução

Declare os objetivos do trabalho e forneça um cenário de experiência adequado; evite citar pesquisa detalhada da literatura ou um resumo dos resultados.

Método

Forneça detalhes suficientes que possibilitem a reprodução do trabalho. Métodos

já publicados devem ser indicados por uma referência: apenas serão descritas as

modificações relevantes.

Resultados Os resultados devem ser claros e concisos.

Discussão

Nessa parte, deve ser explorada a significância dos resultados do trabalho, e não

sua repetição. Com frequência, é apropriado o uso de uma seção combinada de

Resultados e Discussão. Evite citações extensas e a discussão da literatura publicada.

Conclusões

As principais conclusões do estudo podem ser apresentadas em uma breve seção

de Conclusões, que pode ser apresentada isoladamente, ou formar uma subseção

da seção de Discussão (ou de Resultados e Discussão).

Informações essenciais da folha de rosto

Título. Conciso e informativo. Títulos são frequentemente utilizados em

sistemas de recuperação de informação. Sempre que possível, evite

abreviaturas e fórmulas.

Nomes e afiliações dos autores. Nos casos em que o sobrenome pode

apresentar ambiguidade (p. ex., um nome duplo), indique claramente essa

situação. Apresente os endereços de afiliação dos autores (onde o estudo

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tenha sido feito) abaixo dos nomes. Indique todas as afiliações com uma

letra minúscula sobrescrita imediatamente após o nome do autor e à frente

ao endereço apropriado. Forneça o endereço completo de cada afiliação,

incluindo o nome do país e, se disponível, o e-mail de cada autor.

Autor correspondente. Indique com clareza quem irá cuidar da

correspondência em todos os estágios decisórios e de publicação e também

após a publicação. Certifique-se da disponibilização dos números de

telefone (com código de área e código do país), além do e-mail e do

endereço postal completo. Os detalhes do contato devem ser

mantidos atualizados pelo autor correspondente.

Endereço atual/permanente. Se algum autor se mudou desde a

realização do trabalho descrito no artigo, ou se estava em visita na

ocasião, um “Endereço Atual” (ou “Endereço Permanente”) pode ser

indicado, como uma nota de rodapé ao nome desse autor. O endereço no

qual o autor efetivamente realizou o trabalho deve ser mantido como o

endereço de afiliação principal. Nessas notas de rodapé, use algarismos arábicos sobrescritos.

Resumo

É importante que o resumo seja conciso e factual. O resumo deve descrever

sucintamente o objetivo da pesquisa e os principais resultados e conclusões, com

não mais de 300 palavras. Com frequência, o resumo é apresentado em separado

do artigo; portanto, é preciso que tenha autonomia. Por esta razão, devem ser

evitadas referências; mas se isso for essencial, então o(s) autor(es) e ano(s)

devem ser citados. Além disso, devem ser evitadas abreviaturas não padronizadas

ou incomuns; mas se isso for essencial, devem ser definidas em sua primeira

menção no próprio corpo do resumo. No caso de artigos originais e de revisão, o

resumo deve ser estruturado em: Introdução, Objetivo(s), Métodos, Resultados e

Conclusão(ões).

Palavras-chave

Devem ser listadas três a cinco palavras-chave; podem ser encontradas no site MeSH (Medical Subject Headings,http://www.nlm.nih.gov/mesh/).

Abreviaturas

Não use abreviaturas no título ou no resumo e limite seu uso no texto. Expanda

todas as abreviaturas em sua primeira menção no texto.

Agradecimentos

Intercale seus agradecimentos em uma seção separada no final do artigo, antes

das referências; portanto, não inclua os agradecimentos na folha de rosto como

uma nota de rodapé para o título e nem por qualquer outra forma. Liste nessa

seção aqueles indivíduos que prestaram ajuda durante a pesquisa (por exemplo,

ajudando com o idioma, na redação do texto, ou na revisão/correção do manuscrito, etc.).

Nomenclatura e unidades

Unidades de medida

Os valores laboratoriais são expressos mediante o uso de unidades convencionais

de medida, com fatores de conversão relevantes do Système International (SI)

secundariamente expressos (entre parênteses) apenas na primeira menção. Em

artigos contendo vários fatores de conversão, os fatores podem ser listados juntos

em um parágrafo ao final da seção “Métodos”. Em tabelas e figuras, fatores de

conversão do SI devem ser apresentados na nota de rodapé ou na legenda. O

sistema métrico é o preferido para a expressão de comprimento, área, massa e

volume. Para mais detalhes, consulte a tabela de conversão das Unidades de

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Medida no site para o Manual de Estilos da AMA.

Nomes de medicamentos, dispositivos e outros produtos

Use nomes não proprietários para agentes farmacológicos, dispositivos e outros

produtos, a não ser que o nome comercial específico de um fármaco seja essencial para a discussão.

Nomes de genes, símbolos e números de acesso

Ao descreverem genes ou estruturas afins em um manuscrito, os autores devem

incluir os nomes e símbolos oficiais fornecidos pelo US National Center for

Biotechnology Information (NCBI) ou pela Comissão de Nomenclatura de

Genes/HUGO. Antes de apresentação de um manuscrito de pesquisa contendo

relato de grandes conjuntos de dados genômicos (p. ex., sequências de proteínas

ou de DNA), os conjuntos de dados devem ser depositados em um banco de

dados acessível ao público, tal como o GenBank do NCBI, devendo ser

providenciado um número de acesso completo (e o número de versão, se for o caso) na seção “Métodos” do manuscrito.

Fórmulas matemáticas

Sempre que possível, apresente fórmulas simples na linha de texto normal, e use

a barra oblíqua (/) em vez de uma linha horizontal para pequenas frações, por

exemplo, X/Y. Em princípio, as variáveis devem ser apresentadas em itálico. Em

muitos casos, as potências de e são mais convenientemente denotadas por “exp”.

Numere consecutivamente quaisquer equações que devam ser apresentadas separadamente do texto (se explicitamente referidas no texto).

Notas de rodapé

Notas de rodapé devem ser usadas com moderação. Numere-as consecutivamente

ao longo de todo o artigo, usando algarismos arábicos sobrescritos. Muitos

processadores de texto constroem notas de rodapé no texto; esse recurso pode

ser usado. Se não for este o caso, indique a posição de notas de rodapé no texto e

apresente as próprias notas de rodapé separadamente ao final do artigo. Não inclua notas de rodapé na lista de Referências.

Elementos artísticos

Arte eletrônica

Tópicos gerais

Certifique-se de usar letras e tamanhos uniformes em sua arte original.

Incorpore as fontes usadas, se o programa oferecer essa opção.

Procure utilizar as seguintes fontes em suas ilustrações: Arial, Courier,

Times New Roman, Simbol, ou use fontes assemelhadas.

Numere as ilustrações de acordo com sua sequência no texto.

se uma convenção de nomenclatura lógica para seus arquivos de arte.

Forneça em separado legendas para as ilustrações.

Dimensione as ilustrações perto das dimensões desejadas na versão

impressa. Envie cada ilustração como um arquivo separado.

Nosso site http://www.elsevier.com/artworkinstructions disponibiliza um guia

detalhado sobre arte eletrônica. Convidamos os autores a visitarem este site;

a seguir, alguns trechos das informações detalhadas. Formatos

Se a sua arte eletrônica foi criada em um aplicativo do Microsoft Office (Word,

PowerPoint, Excel), forneça a arte “tal como está” no formato de documento

nativo. Independentemente do programa usado (diferente do Microsoft Office), ao

terminar seu trabalho artístico eletrônico use a função “Salvar como” ou converta

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA · 2018-10-08 · o Schwannoma Vestibular, bem como investigar a plausibilidade biológica deste fator de risco para o desenvolvimento do tumor. Métodos:

41

as imagens para um dos seguintes formatos (observe os requisitos de resolução

para desenhos lineares, meios-tons e combinações de linha/meio-tom abaixo

indicados):

EPS (ou PDF): Desenhos vetoriais; inclua todas as fontes usadas.

TIFF (ou JPEG): Fotografias a cores ou em escala de cinza (meios-tons);

mantenha em um mínimo de

300 dpi.

TIFF (ou JPEG): Desenhos lineares bitmapeados (pixéis puramente em preto e

branco); mantenha em um mínimo de 1000 dpi.

TIFF (ou JPEG): Combinações de linhas/meios-tons bitmapeados (a cores ou em escala de cinza); mantenha em um mínimo de 500 dpi.O autor não deve:

Fornecer arquivos que estejam otimizados para uso em tela (p.ex., GIF,

BMP, PICT, WPG); caracteristicamente, esses arquivos têm baixo número

de pixéis e uma paleta de cores limitada;

Fornecer arquivos com resolução demasiadamente baixa; Apresentar gráficos desproporcionadamente grandes para o conteúdo.

Elementos de arte a cores

Certifique-se que os arquivos de elementos de arte estejam em formato aceitável

(TIFF [ou JPEG], EPS [ou PDF], ou arquivos do MS Office) e com a resolução

correta. Se, junto com o artigo já aceito, forem apresentadas figuras em cores

utilizáveis, a Elsevier garante, sem nenhum custo extra, que essas figuras

aparecerão a cores na Web (p.ex., ScienceDirect e outros sites),

independentemente de estas ilustrações terem sido, ou não, reproduzidas a cores

na versão impressa. Para reprodução a cores no material impresso, o autor

será informado acerca dos custos da Elsevier, após a recepção do seu

artigo aceito. Indique a sua preferência para a apresentação a cores: no material

impresso ou somente na Web. Para mais informações sobre a preparação de arte eletrônica, consulte http://www.elsevier.com/artworkinstructions.

Atenção: Devido a complicações técnicas que podem surgir em decorrência da

conversão de figuras a cores para a “escala de cinza” (para os casos em que o

autor não optou pela apresentação a cores na versão impressa), envie também versões utilizáveis em preto e branco de todas as ilustrações a cores.

Serviços de ilustração

A loja virtual da Elsevier (http://webshop.elsevier.com/illustrationservices)

oferece serviços de ilustração para autores que estão se preparando para

apresentar um manuscrito para publicação, mas que estão preocupados com a

qualidade das imagens que acompanham o seu artigo. Ilustradores peritos da

Elsevier podem produzir imagens em estilo científico, técnico e médico, bem como

uma gama completa de diagramas, tabelas e gráficos. Os autores também podem

contar com um serviço de “polimento” da imagem, onde os nossos ilustradores

trabalham as imagens, melhorando-as até um nível profissional. Visite o site para

maiores informações.

Legendas das figuras

Certifique-se de que cada ilustração tenha a sua legenda. Forneça as legendas em

separado, não ligadas à figura. Uma legenda deve consistir de um breve título

(não na própria figura) e de uma descrição da ilustração. Mantenha ao mínimo o

texto nas ilustrações, mas explique todos os símbolos e abreviaturas utilizados.

Tabelas

Numere consecutivamente as tabelas, de acordo com o seu surgimento no texto.

Coloque notas de rodapé para tabelas abaixo do corpo da tabela e indique-as com

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letras minúsculas sobrescritas. Evite separadores verticais. Seja econômico no uso

de tabelas e certifique-se que os dados apresentados nas tabelas não estão duplicando resultados descritos em outras partes do artigo.

Referências

Citação no texto

Certifique-se que todas as referências citadas no texto também estão presentes

na lista de referências (e vice-versa). Qualquer referência citada no resumo deve

ser relatada na íntegra. Não é recomendável inserir resultados não publicados e

comunicações pessoais na lista de referências, mas podem ser mencionados no

texto. Se essas referências forem incluídas na lista de referências, deverão seguir

o estilo padronizado de referências da Revista; além disso, a data de publicação

deverá ser substituída por “Resultados não publicados” ou “Comunicação pessoal”.

A citação de uma referência como estando “no prelo” implica que o artigo foi aceito para publicação.

Links de referência

Maior facilidade de acesso aos estudos e revisões de alta qualidade por pares

(peer-reviews) ficam asseguradas por links on-line para as fontes citadas. A fim

de possibilitar à Elsevier a criação de links para serviços de indexação e de

resumos (p.ex., Scopus, CrossRef e PubMed), certifique-se que os dados

fornecidos nas referências estejam corretos. Deve-se ter em mente que

sobrenomes, títulos de revistas/livros, ano de publicação e paginação grafados

incorretamente poderão inviabilizar a criação de links. Ao copiar as referências,

deve-se ter o maior cuidado, pois elas já podem conter erros. Encorajamos o uso do DOI.

Referências na Web

No mínimo, deve ser fornecida a URL (i.é, o endereço na Web) completa, além da

data em que a referência foi acessada pela última vez. Também deve ser

fornecida qualquer informação adicional, se conhecida (DOI, nomes de autores,

datas, referência a uma publicação de origem, etc.). As referências na Web podem

ser listadas separadamente (p. ex., em seguida à lista de referências) sob um título diferente, se desejável; ou poderão ser incluídas na lista de referências.

Referências em uma edição especial

Certifique-se de que as palavras “esta edição” sejam adicionadas a qualquer

referência na lista (e a qualquer citação no texto) para outros artigos da mesma

Edição Especial.

Estilo de referência

Os autores são responsáveis pela exatidão e integridade das suas referências e

pela sua correta citação no texto. Numere as referências na ordem em que

aparecem no texto; não alfabetize. No texto e em tabelas e legendas, identifique

as referências com números arábicos sobrescritos. Ao listar as referências, siga o

estilo da AMA e abrevie nomes de periódicos de acordo com a lista de revistas em

PubMed. Liste todos os autores e/ou editores até seis nomes; se esse número for

ultrapassado, liste os primeiros seis, seguidos por et al. Atenção: Referências de

periódicos devem incluir o número da edição entre parênteses após o número do

volume. Qualquer artigo que não esteja em Inglês deve ser traduzido. Consulte o

Cumulative Index Medicus para abreviatura de títulos de periódicos.

Exemplos de estilo de referência:

1. Lee SL. Recognition of esophageal disc battery on roentgenogram. Arch

Otolaryngol Head Neck Surg.

2012;138:193-5.

2. Ishman SL, Benke JR, Johnson KE, Zur KB, Jacobs IN, Thorne MC, et al. Blinded

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evaluation of interrater reliability of an operative competency assessment tool for

direct laryngoscopy and rigid bronchoscopy [published online September 17, 2012]. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. doi: 10.1001/2013.jamaoto.115.

Revistas on-line

Friedman SA. Preeclampsia: a review of the role of prostaglandins. Obstet Gynecol

[serial online].

January 1988;71:22-37. Available from: BRS Information Technologies, McLean, VA. Accessed December 15, 1990.

Capítulo de livro

Todd VR. Visual information analysis: frame of reference for visual perception. In:

Kramer P, Hinojosa J, eds. Frames of Reference for Pediatric Occupational Therapy. Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins; 1999:205-56.

Livro inteiro

Webster NR, Galley HF. Anaesthesia Science. Oxford, UK: Blackwell Publishing, Ltd.; 2006.

Banco de dados

CANCERNET-PDQ [database online]. Bethesda, MD: National Cancer Institute; 1996. Updated March 29, 1996.

Software

Epi Info [computer program]. Version 6. Atlanta, GA: Centers for Disease Control and Prevention; 1994.

Websites

Gostin LO. Drug use and HIV/AIDS [JAMA HIV/AIDS Web site]. June 1, 1996.

Available at: http://www.ama-assn.org/special/hiv/ethics. Accessed June 26, 2012.

Referências na web

Mantenha uma cópia impressa de qualquer referência a informações existentes

apenas na Web. Se o URL mudar ou desaparecer, os leitores interessados terão a

possibilidade de entrar em contato com o autor correspondente para obter uma

cópia das informações. Os autores são responsáveis pela exatidão e

integridade das suas referências e pela correta citação do texto.

Lista de Verificação para Apresentação

A lista a seguir será útil durante a verificação final do artigo, antes de seu envio

para a Revista, para revisão. Consulte este Guia para Autores para mais detalhes

sobre qualquer item.

Certifique-se de que os seguintes itens estejam presentes: Um autor foi designado como autor correspondente, com indicações para contato:

Endereço de e-mail

Endereço postal completo Telefone

Todos os arquivos necessários foram enviados pela Web, e contêm:

Palavras-chave

Todas as legendas das figuras

Todas as tabelas (inclusive título, descrição, notas de rodapé) Outras

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considerações

O manuscrito passou por um corretor ortográfico e gramatical

Todas as referências citadas na Lista de Referências estão citadas no texto,

e vice-versa

Foi obtida permissão para uso de material protegido por direitos autorais

de outras fontes (inclusive a Web)

As figuras a cores estão claramente marcadas como sendo destinadas à

reprodução a cores na Web (gratuito) e no material impresso, ou para

serem reproduzidas a cores na Web (gratuito) e em preto-e -branco no

material impresso

Se for solicitado o uso de cores apenas na Web, também serão fornecidas

versões em branco e preto das figuras, para fins de impressão

Para mais informações, visite nosso site de suporte ao consumidor em http://support.elsevier.com

APÓS A ACEITAÇÃO DO MANUSCRITO

Uso do Identificador DOI

O Digital Object Identifier (DOI) pode ser usado para citações e lincagens a

documentos eletrônicos. O DOI consiste de uma sequência exclusiva de caracteres

alfanuméricos que é atribuída a um documento pelo editor, por ocasião da

publicação eletrônica inicial. O DOI atribuído nunca muda. Portanto, trata-se de

um meio ideal para citação de um documento, em particular “Artigos no prelo”,

porque tais documentos ainda não receberam sua informação bibliográfica

completa. Exemplo de um DOI corretamente atribuído (no formato de URL; no

caso, um artigo na revista Physics Letters B):

http://dx.doi.org/10.1016/j.physletb.2010.09.059

Quando um DOI é usado para criar links para documentos na Web, tem-se a garantia de que os DOIs jamais mudarão.

Provas para correção

Um conjunto de páginas (arquivos no formato PDF) para provas de correção será

enviado por e-mail para o autor correspondente (se a Elsevier não tiver o

endereço de e-mail, as provas em papel serão enviadas pelo correio); ou um link

será fornecido no e-mail para que os próprios autores possam baixar os arquivos.

Atualmente, a Elsevier fornece aos autores provas em formato PDF que permitem

anotações; para tanto, será preciso baixar o programa Adobe Reader versão 9 (ou

superior), disponível gratuitamente no site http://get.adobe.com/. Acompanham

as provas instruções (também fornecidas on-line) ensinando como fazer

anotações em arquivos PDF. Os requisitos exatos do sistema podem ser obtidos no site da Adobe: http://www.adobe.com/products/reader/tech-specs.html.

Se o autor não quiser utilizar a função de anotações no PDF, poderá listar as

correções (incluindo respostas ao Formulário de Consulta) e devolvê-las à Elsevier

via e-mail. As correções devem ser listadas citando o número da linha. Se por

qualquer motivo isso não for possível, assinale as correções e qualquer outro

comentário (incluindo respostas ao Formulário de Consulta) em uma cópia

impressa de sua prova e retorne o material via fax; ou então faça o escaneamento

das páginas e as envie por e-mail ou pelo correio. Utilize esta prova apenas para a

verificação da composição, edição, integralidade e exatidão do texto, tabelas e

figuras. Nessa fase, qualquer alteração significativa feita no artigo, quanto à

aceitação para publicação, só será considerada com a permissão do Editor.

Faremos todo o possível para que o seu artigo seja publicado com rapidez e

precisão. É importante assegurar que todas as correções sejam retornadas para

nós em uma comunicação: verifique o material cuidadosamente antes de seu

retorno, pois não podemos garantir a inclusão de eventuais futuras correções. A

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correção das provas é tarefa de sua exclusiva responsabilidade.

Cópias

Sem nenhum custo extra, será fornecido ao autor correspondente (via e-mail) um

arquivo PDF do artigo (esse arquivo PDF é uma versão do artigo publicado com

marca d’água, contendo uma folha de rosto com a imagem da capa da revista e

com um aviso definindo os termos e condições de uso). Por um custo extra,

separatas impressas em papel podem ser encomendadas através do formulário de

pedido de separatas que foi enviado assim que o artigo for aceito para publicação.

Tanto o autor correspondente como os coautores podem solicitar separatas a

qualquer momento na Loja Virtual da Elsevier

(http://webshop.elsevier.com/myarticleservices/offprints). Autores que

necessitem de cópias impressas de vários artigos podem usar o serviço Create

Your Own Book (Crie Seu Próprio Livro) da Loja Virtual da Elsevier, que reúne

vários artigos montados em um só volume (http://webshop.elsevier.com/myarticleservices/booklets).

Formato das figuras

DÚVIDAS/ACOMPANHAMENTO DOS AUTORES

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Os autores podem acompanhar o artigo apresentado para publicação no

site http://help.elsevier.com/app/ answers/detail/aid/89/p/8045/, podem

acompanhar o artigo já aceito em http://www.elsevier.com/trackarticle e podem

acessar o Suporte ao Cliente no site http://support.elsevier.com.

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