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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA CAMPUS DE PATOS ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE Mycobacterium spp. EM BOVINOS POSITIVOS NO TESTE DE TUBERCULINIZAÇÃO Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre. JOELSON MARCOLINO RAMOS PATOS PB JUNHO 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA … órgão com lesões sugestivas de tuberculose, e nos casos em que não foram observadas lesões sugestivas foram colhidas amostras de linfonodos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

CAMPUS DE PATOS

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE

Mycobacterium spp. EM BOVINOS POSITIVOS NO TESTE DE

TUBERCULINIZAÇÃO

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Medicina Veterinária

do Centro de Saúde e Tecnologia Rural

da Universidade Federal de Campina

Grande, como parte dos requisitos para

obtenção do título de Mestre.

JOELSON MARCOLINO RAMOS

PATOS – PB

JUNHO – 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

CAMPUS DE PATOS

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE

Mycobacterium spp. EM BOVINOS POSITIVOS NO TESTE DE

TUBERCULINIZAÇÃO

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Medicina Veterinária

do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da

Universidade Federal de Campina

Grande, como parte dos requisitos para

obtenção do título de Mestre.

Mestrando: Joelson Marcolino Ramos

Orientador: Prof. Dr. Sérgio Santos de Azevedo

PATOS – PB

JUNHO – 2016

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG

R175i

Ramos, Joelson Marcolino

Isolamento e identificação de Mycobacterium spp. em bovinos

positivos no teste de tuberculinização / Joelson Marcolino Ramos. –

Patos, 2016.

52f.: il. color.

Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) – Universidade

Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2016.

"Orientação: Prof. Dr. Sergio Santos de Azevedo”

“Coorientação: Prof. Dr. Albério Antônio de Barros Gomes”

Referências.

1. Isolamento micobacteriano. 2. Identificação molecular. 3. Leite. 4.

Mycobacterium bovis. 5. Tuberculose. I. Título.

CDU 614: 619

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JOELSON MARCOLINO RAMOS

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE

Mycobacterium spp. EM BOVINOS POSITIVOS NO TESTE DE

TUBERCULINIZAÇÃO

Dissertação aprovada em: ____/____/____

Comissão Examinadora:

________________________________________

Prof. Dr. Sérgio Santos Azevedo

Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária/CSTR/UFCG

_________________________________________

Prof. Dr. Severino Silvano dos Santos Higino

Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária/CSTR/UFCG

_________________________________________

Prof.ª Dr.ª Vivianne Cambuí Figueiredo Rocha

Instituto Federal da Paraíba

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente á Deus por me permitir realizar mais uma conquista em minha

vida, pois sem ele nada seria possível, amigo verdadeiro e companhia de todas as horas

e situações.

Agradeço aos meus amados pais, Albenor e Maria Nazareth, por terem me

apoiado sempre em toda a caminhada da minha vida.

As minhas irmãs, Jacksciene, Jaciara e Janayna pela amizade, companheirismo,

carinho, briga, e atenção uns com os outros. Amo muito vocês.

A minha querida companheira Janaina por sempre estar me suportando e

mostrando o que é amar sem questionar, nestes 8 anos, mesmo antes de iniciar esta

caminhada, sempre esteve ao meu lado me ajudando a superar todas dificuldades

impostas pela vida. Te amo.

A todos os professores pelos ensinamentos que me foram dados durante o trabalho

para a minha formação, em especial para as professoras Maria das Graças e Márcia

Melo, e para os professores Almir, Pedro Isidro, Eldinê Miranda, Clebert Alves e

Albério entre outros.

Ao orientador Prof. Sérgio Santos de Azevedo, pela atenção, e compromisso,

pelos conhecimentos imprescindíveis que me passou, sendo extremamente importante

para meu crescimento profissional, por ter acreditado desde o primeiro dia de trabalho.

Só tenho a agradecer a oportunidade e os conhecimentos adquiridos nesse período de

trabalho.

À toda equipe do Laboratório de Patologia Animal por toda ajuda prestada e pela

amizade em especial ao Prof. Antônio Flavio pela disposição em todos os momentos do

trabalho.

A todos que trabalham no Laboratório de Doenças Transmissíveis do

CSTR/UFCG que deram sua contribuição para minha formação.

Ao apoio que os funcionários da SEDAP de cada ULSAV, Carpejane, Aluizio,

Sóstenes, Petrônio e Aricélio. Que me ofereceram todo o suporte técnico para a

realização da pesquisa a campo.

Aos que contribuíram direta e indiretamente para a conclusão deste trabalho,

como Samara amiga de todas as horas.

Muito obrigado!

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RESUMO

Em áreas onde a tuberculose humana e a tuberculose bovina coexistem, a diferenciação

entre M. bovis e M. tuberculosis é importante para monitorar a disseminação de M.

bovis entre bovinos e destes para os seres humanos, de maneira que o objetivo deste

estudo foi isolar e identificar M. bovis em bovinos com diagnóstico positivo pelo teste

de tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram utilizados 32

bovinos positivos ao teste de tuberculinização, dos quais foram colhidas amostras de

qualquer órgão com lesões sugestivas de tuberculose, e nos casos em que não foram

observadas lesões sugestivas foram colhidas amostras de linfonodos parotídeo,

sublingual, retrofaríngeo, mediastínico e mesentérico. Amostras de leite foram coletadas

de 16 animais de sete propriedades. Foram realizados exames histopatológicos, cultivo

micobacteriológico, coloração de Ziehl Neelsen e diagnóstico molecular. Vinte e um

(65,6%) animais apresentaram lesões sugestivas de tuberculose. Macroscopicamente,

foram observadas lesões granulomatosas nodulares, de aspecto caseoso e/ou calcificado,

focal e disseminadas, de tamanho e forma variados. Microscopicamente, foi

evidenciado processo inflamatório do tipo granulomatoso em diferentes estágios de

evolução, com extenso granuloma caracterizado por área central de necrose de

coagulação, material eosinofílico homogêneo, núcleos fragmentados, restos nucleares e

focos de mineralização, circundado por infiltrado inflamatório predominantemente de

macrófagos e células epitelioides encapsulado por abundante tecido conjuntivo fibroso

associado a várias camadas de células mononucleares. Com relação à distribuição das

lesões de acordo com a região corporal, 77,7% localizavam-se na cavidade torácica,

12,4% na cabeça e 9,9% na cavidade abdominal. De 55 amostras de tecido submetidas

ao cultivo de micobactérias, em 31 (56,4%) foram isoladas micobactérias, sendo que em

13 (41,9%) foi identificado M. bovis e nas demais 18 (58,1%) foi identificado

Mycobacterium spp. Foram isoladas micobactérias de cinco (31,25%) das 16 amostras

de leite, sendo três amostras classificadas como M. bovis, e duas como Mycobacterium

spp. Conclui-se que o isolamento e a identificação de M. bovis e Mycobacterium spp.

em bovinos positivos na tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil,

sugere que os seres humanos estão expostos ao risco de infecção. Isso reforça a

necessidade de intensificação e otimização de medidas de prevenção e controle

previstas no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose

Bovina (PNCEBT), como o incentivo à certificação de propriedades rurais controladas e

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livres para tuberculose e medidas de controle de trânsito e feiras de animais. Particular

atenção deve ser dada à importância da inspeção sanitária de animais de abate na

identificação de focos de tuberculose, bem como sugere-se a realização de estudos de

isolamento e identificação de micobactérias em outros Estados do Nordeste.

Palavras-chave: Isolamento micobacteriano, identificação molecular, leite,

Mycobacterium bovis, tuberculose.

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ABSTRACT

In areas where human and bovine tuberculosis coexist, the differentiation between M.

bovis and M. tuberculosis is important for monitoring the spread of M. bovis among

cattle and from cattle to humans, so that the objective of this study was to isolate and

identify M. bovis from cattle with a positive diagnosis identified using tuberculin test in

the State of Paraíba, Northeastern Brazil. It were used 32 bovines positive at the

tuberculin test, from which samples of any organ with tuberculosis suggestive lesions

were collected, or samples of parotid, sublingual, retropharyngeal, mediastinal or

mesenteric lymph nodes were collected when no gross lesions were observed. Milk

samples were collected from 16 cows from seven herds. Histopathological exams,

mycobacteriological culture, Ziehl Neelsen staining and molecular diagnosis were

performed. Twenty-one (65.6%) animals presented tuberculosis suggestive lesions.

Macroscopically, it were observed caseous and/or calcified nodular granulomatous

lesions, focal and disseminated, of varying size and shape. Microscopically, it were

evidenced inflammation of granulomatous type at different stages, with extensive

granuloma characterized by central area of coagulation necrosis, homogeneous

eosinophilic material, fragmented nuclei, nuclear debris and mineralization foci

surrounded by inflammatory infiltrate predominantly macrophages and epithelioid cells

encapsulated by abundant fibrous connective tissue associated with several layers of

mononuclear cells. Related to distribution of lesions according to body region 77.7%

were from thoracic cavity, 12.4% from head and 9.9% from abdominal cavity. Of 55

samples submitted to mycobacterial culture in 31 (56.4%) mycobacteria were isolated,

being 13 (41.9%) identified as M. bovis and 18 (58.1%) as Mycobacterium spp.

Mycobacteria were isolated from five (31.25%) of the 16 milk samples; three samples

were classified as M. bovis, and two as belonging to the Mycobacterium genus. It is

concluded that the isolation and identification of M. bovis and Mycobacterium spp. in

bovines positive at tuberculin test in the State of Paraiba, Northeastern Brazil suggests

that humans are exposed to the risk of infection. This reinforces the need for

intensification and optimization of prevention and control measures foreseen in the

Bovine Brucellosis and Tuberculosis National Control and Eradication Program

(PNCEBT) as encouraging certification of tuberculosis-controlled and free rural

properties and control of animal movement and fairs. Particular attention should be

given to the importance of sanitary inspection of slaughtered animals in the

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identification of tuberculosis foci, and it is suggested to carry out mycobacteria isolation

and identification surveys in other Northeastern states.

Key words: Mycobacterial isolation, molecular identification, milk, Mycobacterium

bovis, tuberculosis.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................................... 12

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 13

CAPÍTULO I .................................................................................................................. 14

Isolamento e identificação de Mycobacterium bovis no leite de vacas no Nordeste do

Brasil ............................................................................................................................... 14

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 19

CAPÍTULO II ................................................................................................................. 22

Isolamento e identificação de Mycobacterium bovis em bovinos positivos no teste de

tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil ........................................... 22

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 25

MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 26

RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 27

CONCLUSÕES .......................................................................................................... 30

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 30

CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 36

ANEXO I ........................................................................................................................ 37

ANEXO II ...................................................................................................................... 44

ANEXO III ..................................................................................................................... 49

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LISTA DE QUADRO E TABELAS

CAPÍTULO II

Quadro 1- Resultados da análise de cultivo e identificação de amostras realizadas por

meio de TB Multiplex PCR com amplificação para complexo M. tuberculosis e primers

RD-4 para identificação de M. bovis no Estado da Paraíba.............................................34

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LISTA DE FIGURAS

CAPÍTULO II

Figura 1. (A) Linfonodo mediastino apresentando nódulos de aspecto caseoso. (B)

Pulmão com nódulos de aspecto caseoso disseminados, de tamanho e formas

variadas............................................................................................................................35

Figura 2. (A) Linfonodo mediastínico com área central de necrose, com material

eosinofílico homogêneo, núcleos fragmentados, restos nucleares e focos de

mineralização. Adjacente à área de necrose há inflamação granulomatosa constituída

por macrófagos, células epitelioides e linfócitos abundantes. Observa-se também

proliferação discreta de tecido conjuntivo fibroso. Obj. 10X, HE. Escala de barra =

100µm; (B) Pulmão com extenso granuloma caracterizado por área central de necrose

de coagulação, circundado por infiltrado inflamatório predominantemente de

macrófagos e células epitelioides encasulado por abundante tecido conjuntivo fibroso

associado a várias camadas de células mononucleares. Obj. 5X, HE. Escala de barra =

200µm..............................................................................................................................35

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

% Por cento

°C Graus Celsius

μL Microlitro

AFB Acid Fast Bacilli

BAAR Bacilos Álcool-Ácido Resistentes

Bp Pares de bases

DNA Ácido Desoxirribonucleico

dNTP DesoxinucleotídeoTrifosfasto

HIV Vírus da Imunodeficiência Adquirida

HPC 1 - hexadecilpiridínio Cloreto

KCl Cloreto de Potássio

M. avium Micobacterium avium

M. bovis Micobacterium bovis

M. intracellulare Micobacterium intracellulare

M. tuberculosis Micobacterium Tuberculosis

MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

MgCl2 Cloreto de Magnésio

mL Mililitro

mM Milímetros

NTM Micobactérias não tuberculosas

PCR Reação em cadeia de polimerase

pH Potencial Hidrogeniônico

Pmol Picomoles

PNCEBT Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e

Tuberculose

Rpm Rotação por minuto

S Sul

W Oeste

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12

INTRODUÇÃO GERAL

A tuberculose bovina é uma zoonose de evolução crônica causada pelo

Mycobacterium bovis, que pertence ao Complexo Mycobacterium tuberculosis. A

doença é responsável por perdas econômicas relacionadas à reduzida eficiência

reprodutiva, diminuição da produção de leite e menor ganho de peso, condenação de

carcaças, e restrições ao comércio internacional de animais e produtos de origem animal

(BRASIL, 2006).

O diagnóstico presuntivo pode ser efetuado por métodos diretos e indiretos. Os

diretos envolvem detecção e identificação do agente etiológico em material biológico,

sendo que a combinação do isolamento em meio de cultura e a identificação e

genotipagem molecular tem contribuído para melhor compreensão da epidemiologia das

infecções por M. bovis, o que proporciona aumento na eficiência dos programas de

controle (CAZOLA et al., 2015).

Enquanto a maioria dos casos de tuberculose em humanos é causada por M.

tuberculosis, estima-se que cerca de 3,1% dos casos de tuberculose humana no mundo

são causados por M. bovis (EL SAYED et al., 2015). A distinção dos vários membros

do complexo M. tuberculosis é essencial para a investigação epidemiológica de casos

bovinos (OCEPEK et al., 2005), de maneira que a diferenciação entre M. bovis e M.

tuberculosis é importante para a identificação da possível fonte de infecção e das vias de

transmissão da doença, que são fundamentais para melhor controle e erradicação

(ZANINI et al. 2001, RODRIGUEZ et al., 2004).

A presente Dissertação é composta por dois capítulos. No primeiro capítulo é

apresentado um artigo submetido ao periódico Ciência Rural acerca do isolamento e

identificação de micobactérias em leite de bovinos positivos no teste de

tuberculinização, e o segundo capítulo contempla outro artigo científico submetido ao

periódico Pesquisa Veterinária Brasileira, cujo objetivo foi o isolamento e identificação

de micobactérias a partir de tecidos de bovinos positivos no teste de tuberculinização no

Estado da Paraíba.

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13

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Programa Nacional de

Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) - Brasília:

MAPA/SDA/DSA, 2006.188p.

CAZOLA, D.O.; JORGE, K.S.G.; ZUMÁRRAGA, M.J.; SOUZA-FILHO, A.F.;

FLÁBIO R. ARAÚJO, F.R.; ANA LUIZA A.R. OSÓRIO, A.R.O. Identificação e

genotipagem de Mycobacterium bovis em bovinos positivos no teste intradérmico para

tuberculose em Mato Grosso do Sul. Pesq. Vet. Bras. v.35, n.2, p.141-147, 2015.

EL-SAYED, A.; EL-SHANNAT, S.; KAMEL, M.; CASTAÑEDA-VAZQUEZ,

M.A.; CASTAÑEDA-VAZQUEZ, H. Molecular epidemiology of Mycobacterium bovis

in humans and cattle. Zoonoses Public Health.v.63, n.4, p.251-264, 2015.

OCEPEK, M.; PATE, M.; ZOLNIR-DOVC, M.; POLJAK, M. Transmission of

Mycobacterium tuberculosis from human to cattle. J. Clin. Microbiol. v.43, n.7, p.3555–

3557, 2005.

RODRIGUEZ, C.A.R.; ZUMÁRRAGA, M.J.; OLIVEIRA, E.M.D.; CATALDI, A.A.,

ROMANO, M.I.; OTTO, H.H.; BONAFÉ, V.L.; FERREIRA NETO, J.S.

Caracterização molecular de isolados de Mycobacterium bovis do Estado de São Paulo

Brasil, utilizando a técnica de spoligotyping. Arq. Inst. Biol. v.71, n.3, p.277-282, 2004.

ZANINI, M.S.; MOREIRA, E.C.; LOPES, M.T.P.; OLIVEIRA, R.S.; LEÃO, S.C.

FIORAVANTI, R.I.; R OXO, E.; ZUMÁRRAGA, M.;ROMANO, M.I.; CATALDI, A.;

SALAS, C.E. Mycobacterium bovis: Polymerase Chain Reaction identification in

bovine lymphonode biopsies and genotyping in isolates from Southeast Brazil by

Spolygotyping and Restriction Fragment Length Polymorphism. Mem. Inst.

OswaldoCruz, v.96, p.809-813, 2001.

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CAPÍTULO I

Isolamento e identificação de Mycobacterium bovis no leite de vacas no Nordeste do

Brasil

(Artigo científico submetido ao periódico Ciência Rural)

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Isolamento e identificação de Mycobacterium bovis no leite de vacas no Nordeste do

Brasil

Isolation and identification of Mycobacterium bovis in milk from cows in Northeastern

Brazil

Joelson Marcolino RamosI Marcos Bryan HeinemannII José Soares Ferreira NetoII Antônio

Francisco de Souza FilhoII Nicolás Céspedes CárdenasII Clebert José AlvesI Sérgio Santos de

AzevedoI*1

RESUMO

Amostras de leite de 16 vacas positivas no teste de tuberculinização no Estado da

Paraíba, Nordeste do Brasil, foram utilizadas para o isolamento e identificação de

micobactérias. Foram isoladas micobactériasa em cinco (31,25%) amostras de leite; três

amostras foram classificadas como M. bovis, e duas como pertencentes ao gênero

Mycobacterium. Para nosso conhecimento, este é o primeiro estudo de isolamento e

identificação de M. bovis no leite de vacas no Nordeste do Brasil, o que sugere que os seres

humanos estão expostos ao risco de contaminação por ingestão.

Palavras-chave: Mycobacterium bovis; isolamento; leite

ABSTRACT

Milk samples from 16 cows that tested positive on the tuberculin test in the State of

Paraíba, Northeastern Brazil, were used for mycobacteria isolation and identification.

Mycobacteria were isolated from five (31.25%) of the 16 milk samples; three samples were

classified as M. bovis, and two as belonging to the Mycobacterium genus. To our knowledge,

this is the first study of isolation and identification of M. bovis in milk from cows in

Northeastern Brazil, which suggests that humans are at risk of contamination by ingestion.

Key words: Mycobacterium bovis; isolation; milk

ILaboratório de Doenças Transmissíveis, Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Centro de Saúde e

Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB, Brasil. E-mail:[email protected].

* Autor para correspondência. IILaboratório de Zoonoses Bacterianas, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal,

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, SP, Brasil.

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A tuberculose bovina é uma zoonose de evolução crônica causada pelo

Mycobacterium bovis, que pertence ao complexo Mycobacterium tuberculosis. A doença é

responsável por perdas econômicas relacionadas à redução da eficiência reprodutiva, queda na

produção de leite e no ganho de peso, condenação de carcaças e restrições ao comércio

internacional de animais e produtos de origem animal (BRASIL, 2006).

Enquanto a maioria dos casos de tuberculose em humanos é causada por M.

tuberculosis, estima-se que cerca de 3,1% dos casos de tuberculose humana no mundo são

causados por M. bovis (EL SAYED et al., 2015). No entanto, a infecção em seres humanos

geralmente não é confirmada por isolamento e identificação do agente, o que torna impossível

identificar a possível fonte de infecção. Além disso, as doenças humanas causadas por M.

tuberculosis e M. bovis são indistinguíveis usando métodos clínicos, radiológicos e

patológicos (ROCHA et al., 2011). A transmissão de M. bovis para os seres humanos ocorre

através do consumo de leite cru e produtos lácteos, consumo de carne de animais infectados

ou através do contato com secreções de abscessos fistulados.

No Estado da Paraíba, dados oficiais indicam a ocorrência de 1.015 casos de

tuberculose humana em 2014 (BRASIL, 2015). Em áreas onde a tuberculose humana e bovina

coexistem, a diferenciação entre M. bovis e M. tuberculosis é importante para monitorar a

disseminação de M. bovis nos rebanhos e de bovinos para os seres humanos. Assim, o

objetivo deste estudo foi isolar e identificar M. bovis no leite de vacas com diagnóstico

positivo identificado por meio do teste da tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do

Brasil.

Foram utilizadas amostras de leite de 16 vacas que apresentaram resultado positivo no

teste de tuberculinização de sete propriedades diferentes, localizadas nos municípios de

Cacimba de Areia, Patos, Piancó e São Mamede. As propriedades foram denominadas: A

(Coordenadas: 07º13'28,9"S 37º56'21,7"W), B (07º08'41,7"S 37º07'16,7"W), C (06º56'41,7"S

37º10'22,6"W), D (06º58'37,3"S 37º16'38,7"W), E (06º57'53,5"S 37º20'32,2"W), F

(06º58'36,0"S 37º17'21,9"W) e G (07º00'24,3"S 37º16'15,6"W). O leite foi coletado

diretamente das tetas dos animais antes da ordenha, seguindo todos os métodos de antissepsia.

Uma média de 15 ml de leite por animal foi recolhido, utilizando frascos estéreis e

previamente identificados. Estes foram enviados para o laboratório em caixas isotérmicas com

gelo.

Para o isolamento de Mycobacterium spp. utilizou-se uma alíquota de 5 ml de leite,

centrifugou-se a 3000 rpm durante 20 minutos. Deste modo, foram obtidas duas fases de leite,

gordura e sedimentos, que foram acondicionadas em frascos diferentes e descontaminadas

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17

pelo método de Petroff (KANTOR, 1979), inoculadas em duplicata nos meios de Stonebrink-

Leslie e Lowenstein-Jensen, e incubadas posteriormente a 37 °C durante 90 dias. Colônias

sugestivas de micobactérias foram coradas pelo método de Ziehl Neelsen; As amostras

identificadas como Bacilos Álcool-Ácido Resistentes (BAAR) foram submetidos à

identificação molecular. O DNA foi extraído usando termólise (MAZARS et al., 2001).

A identificação de micobactérias e diferenciação do complexo M. tuberculosis,

complexo M. avium, complexo M. intracellurare e Mycobacterium spp. foram feitas usando o

TB Multiplex PCR (WILTON & COUSINS, 1992). Para isso, os primers utilizados foram:

MYCGEN-F (G1) (5'-AGAGTTTGATCCTGGCTCAG-3') e MYCGEN-R (G2) (5'-

TGCACACAGGCCACAAGGGA-3') – relacionados ao gênero; TB-1F (5'-

GAACAATCCGGAGTTGACAA-3') e TB-1R (5'-AGCACGCTGTCAATCATGTA-3') -

relacionados ao complexo M. tuberculosis; MYCAV-R (5'-

ACCAGAAGACATGCGTCTTG-3') - relacionado com o complexo M. avium; e MYCINT-F

(5'-CCTTTAGGCGCATGTCTTTA-3') - relacionado ao complexo M. intracellulare. Foram

utilizadas como controles positivos as estirpes AN5 para M. bovis e H37Rv para M.

tuberculosis. Reações com 50µL foram realizadas contendo o tampão de reação dNTP

(1,25mM cada), 20pmol de cada oligonucleótido, 50 mM de KCl, 10 mM de Tris-HCl (pH

8,3), 1,5 mM MgCl2, 10pmol/µL de primers, 1,25 unidades de Taq polimerase (1,0μL ) e 5µL

do DNA em estudo. Os ciclos de amplificação utilizados foram: uma vez a 94°C durante 10

minutos, a 61°C durante 2 minutos, e 72°C durante 3 minutos; 33 vezes a 94°C durante 30

segundos, 61°C durante 2 minutos, e 72°C durante 3 minutos; uma vez a 94°C durante 30

segundos, 61°C durante 2 minutos, e 72°C durante 10 minutos. Amostras com amplificação

de 1030pb foram identificadas como pertencendo ao gênero Mycobacterium, e amostras com

fragmentos de 372pb foram consideradas membros do complexo M. tuberculosis (WILTON

& COUSINS, 1992).

Todas as amostras de DNA com amplificação consistente para M. tuberculosis

utilizando o TB Multiplex PCR foram amplificadas com os iniciadores RD4 (RD4-1 5'-ATG

TGCGAGCTGAGCGATG-3'; RD4-2 5'-TGTACTATGCTGACCCATGCG-3'; e RD4-3 5'-

AAAGGAGCACCATCGTCCAC-3') para identificação de M. bovis (WARREN et al., 2006).

Reações com 25µL foram realizadas contendo o tampão de reação de dNTP (1,25 mM cada),

20pmol de cada oligonucleótido, 50 mM de KCl, 10 mM de Tris-HCl (pH 8,3), 1,5 mM

MgCl2, primers, 1,25 unidades de Taq polimerase, e 5µL do DNA genômico estudado. Os

controles positivos utilizados foram a estirpe AN5 para M. bovis e H37Rv para M.

tuberculosis. Os ciclos de PCR utilizados foram: uma vez a 95°C durante 15 minutos, 45

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18

vezes a 94°C durante 1 minuto, 62°C durante 1 minuto, e 72°C durante 1 minuto, e uma vez a

72°C durante 10 minutos. Amostras com produtos amplificados de 268pb foram identificadas

como M. bovis, e de 172pb como outras micobactérias do complexo M. tuberculosis.

Foram isoladas micobactérias em cinco (31,25%) das 16 amostras de leite; três

amostras foram classificadas como M. bovis, e duas como pertencentes ao gênero

Mycobacterium. Para nosso conhecimento, este é o primeiro estudo de isolamento e

identificação de M. bovis no leite de vacas no Nordeste do Brasil. Vários estudos foram

realizados em outros Estados a fim de isolar e identificar micobactérias no leite das vacas. Em

São Paulo, PARDO et al. (2001) isolaram M. bovis em uma amostra de leite cru; LEITE et al.

(2003), utilizando amostras de leite dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás e

Pará, isolaram M. bovis em uma amostra de leite cru. FRANCO et al. (2013), na região

sudeste de São Paulo, isolaram M. bovis a partir de uma amostra de leite de tanque de

resfriamento individual.

O leite e os seus derivados, quando contaminados e não pasteurizados, apresentam

risco significativo de transmissão da tuberculose para os seres humanos. Estima-se que cerca

de 50% ou mais do leite produzido no Brasil não é pasteurizado (LEITE et al., 2003),

atribuindo sérios riscos de transmissão de várias doenças para os seres humanos, incluindo a

tuberculose causada por M. bovis. Vale destacar que é comum no Nordeste do Brasil o

consumo de leite cru.

Um aspecto importante foi o isolamento e identificação de Mycobacterium spp. em

duas amostras, provavelmente micobactérias não tuberculosas ambientais (NTM), que estão

presentes no meio ambiente e podem ser transmitidas aos animais e seres humanos (FRANCO

et al., 2013) através de inalação ou ingestão, resultando na colonização permanente ou

temporária do trato respiratório e digestivo (PRIMM et al., 2004). O número crescente de

indivíduos infectados com HIV predispõe ao aumento no número de casos de doenças

emergentes e reemergentes, especialmente as causadas por agentes oportunistas, tais como

Mycobacterium spp. Neste contexto, o leite não pasteurizado contaminado com micobactérias

representa sério risco para indivíduos com HIV (FRANCO et al., 2013).

A presença de M. bovis e Mycobacterium spp. no leite de vacas no Estado da Paraíba,

Nordeste do Brasil sugere que os seres humanos estão em risco de contaminação por ingestão.

Isso reforça a necessidade de implementar medidas preventivas para evitar a contaminação do

leite com NTM e M. bovis durante e após a ordenha, otimização dos programas de leite e de

produtos lácteos de qualidade, melhorar inspeções sanitárias desses produtos, e realizar

estudos para isolar e identificar micobactérias no leite de outros Estados do Nordeste.

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19

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo

suporte financeiro (processo no. 302131/2012-4).

COMITÊ DE ÉTICA

Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (Universidade

Federal de Campina Grande – UFCG) (protocolo 25-2012).

REFERÊNCIAS

BRASIL – MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal

(PNCEBT). Brasília: MAPA/SDA/DAS, 2006. 188p.

BRASIL - MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETÁRIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE.

DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Sistema de Informação de

Agravos de Notificação – Sinan, 2015. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/imag

es/pdf/2015/setembro/24/Casos-novos-tuberculose-1990-2014-base-jun-2015.pdf.

EL-SAYED, A. et al. Molecular epidemiology of Mycobacterium bovis in humans and cattle.

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LEITE, C.Q.F. et al. Isolation and identification of mycobacteria from livestock specimens

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n. 4, p.269-273, 1992. Disponível em:<http://genome.cshlp.org/content/1/4/269.long>.

Acesso em 20 jan. 2016.

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22

CAPÍTULO II

Isolamento e identificação de Mycobacterium bovis em bovinos positivos no teste de

tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil

(Artigo científico submetido ao periódico Pesquisa Veterinária Brasileira)

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Isolamento e identificação de Mycobacterium bovis em bovinos positivos no teste de

tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil

Joelson M. Ramos2, Marcos B. Heinemann3, José S. Ferreira Neto3, Antonio F. Souza Filho2,

Nicolás C. Cárdenas3, Antônio F. M. Dantas2, Clebert J. Alves2, Sérgio S. Azevedo2*

ABSTRACT. -Ramos J.M., Heinemann M.B., Ferreira Neto J.S., Souza Filho A.F., Cárdenas N.C.,

Dantas A.F.M., Alves C.J. and Azevedo S.S. 2016. [Isolation and identification of

Mycobacterium bovis from bovines positive catthe tuberculin test in the State of Paraíba,

Northeastern Brazil] Isolamento e identificação de Mycobacterium bovis em bovinos positivos no

teste de tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Pesquisa Veterinária Brasileira

00(0):000-000. Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural,

Universidade Federal de Campina Grande, Av. Universitária s/n, Caixa Postal 61, Santa Cecília,

Patos, PB 58700-970, Brasil. E-mail: [email protected]

In areas where human and bovine tuberculosis coexist, the differentiation between M. bovis

and M. tuberculosis is important for monitoring the spread of M. bovis among cattle and from cattle

to humans, so that the objective of this study was to isolate and identify M. bovis from cattle with a

positive diagnosis identified using tuberculin test in the State of Paraíba, Northeastern Brazil. It

were used 32 bovines positive at the tuberculin test, from which samples of any organ with

tuberculosis suggestive lesions were collected, or samples of parotid, sublingual, retropharyngeal,

mediastinal or mesenteric lymph nodes were collected when no gross lesions were observed.

Samples were submitted to histopathological exam, mycobacteriological culture, Ziehl Neelsen

staining and molecular diagnosis. Twenty-one (65.6%) animals presented tuberculosis suggestive

lesions. Macroscopically, it were observed caseous and/or calcified nodular granulomatous lesions,

focal and disseminated, of varying size and shape. Microscopically, it were evidenced inflammation

of granulomatous type at different stages, with extensive granuloma characterized by central area of

coagulation necrosis, homogeneous eosinophilic material, fragmented nuclei, nuclear debris and

mineralization foci surrounded by inflammatory infiltrate predominantly macrophages and

epithelioid cells encapsulated by abundant fibrous connective tissue associated with several layers

Recebido em.........

Aceito para publicação em XXXXX 2 Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária (UAMV), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Av.

Universitária s/n, Caixa Postal 61, Santa Cecília, Patos, PB 58700-970, Brasil. *Autor para correspondência:

[email protected] 3Laboratório de Zoonoses Bacterianas (LZB), Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal

(VPS), Universidade de São Paulo (USP), Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva 87, Butantã, São Paulo, SP 05508-

270, Brasil.

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24

of mononuclear cells. Related to distribution of lesions according to body region 77.7% were from

thoracic cavity, 12.4% from head and 9.9% from abdominal cavity. Of 55 samples submitted to

mycobacterial culture in 31 (56.4%) mycobacteria were isolated, being 13 (41.9%) identified as M.

bovis and 18 (58.1%) as Mycobacterium spp. It is concluded that the isolation and identification of

M. bovis and Mycobacterium spp. in bovines positive at tuberculin test in the State of Paraiba,

Northeastern Brazil suggests that humans are exposed to the risk of infection. This reinforces the

need for intensification and optimization of prevention and control measures foreseen in the Bovine

Brucellosis and Tuberculosis National Control and Eradication Program (PNCEBT) as encouraging

certification of tuberculosis-controlled and free rural properties and control of animal movement

and fairs. Particular attention should be given to the importance of sanitary inspection of

slaughtered animals in the identification of tuberculosis foci, and it is suggested to carry out

mycobacteria isolation and identification surveys in other Northeastern states.

INDEX TERMS: Mycobacteria, bovine, immunodiagnosis, isolation and molecular identification,

Northeastern Brazil.

RESUMO. – Em áreas onde a tuberculose humana e a tuberculose bovina coexistem, a

diferenciação entre M. bovis e M. tuberculosis é importante para monitorar a disseminação de M.

bovis entre bovinos e destes para os seres humanos, de maneira que o objetivo deste estudo foi

isolar e identificar M. bovis em bovinos com diagnóstico positivo pelo teste de tuberculinização no

Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram utilizados 32 bovinos positivos ao teste de

tuberculinização, dos quais foram colhidas amostras de qualquer órgão com lesões sugestivas de

tuberculose, e nos casos em que não foram observadas lesões sugestivas foram colhidas amostras de

linfonodos parotídeo, sublingual, retrofaríngeo, mediastínico e mesentérico. As amostras foram

submetidas a exame histopatológico, cultivo micobacteriológico, coloração de Ziehl Neelsen e

diagnóstico molecular. Vinte e um (65,6%) animais apresentaram lesões sugestivas de tuberculose.

Macroscopicamente, foram observadas lesões granulomatosas nodulares, de aspecto caseoso e/ou

calcificado, focal e disseminadas, de tamanho e forma variados. Microscopicamente, foi

evidenciado processo inflamatório do tipo granulomatoso em diferentes estágios de evolução, com

extenso granuloma caracterizado por área central de necrose de coagulação, material eosinofílico

homogêneo, núcleos fragmentados, restos nucleares e focos de mineralização, circundado por

infiltrado inflamatório predominantemente de macrófagos e células epitelioides encapsulado por

abundante tecido conjuntivo fibroso associado a várias camadas de células mononucleares. Com

relação à distribuição das lesões de acordo com a região corporal, 77,7% localizavam-se na

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25

cavidade torácica, 12,4% na cabeça e 9,9% na cavidade abdominal. De 55 amostras submetidas ao

cultivo de micobactérias, em 31 (56,4%) foram isoladas micobactérias, sendo que em 13 (41,9%)

foi identificado M. bovis e nas demais 18 (58,1%) foi identificado Mycobacterium spp. Conclui-se

que o isolamento e a identificação de M. bovis e Mycobacterium spp. em bovinos positivos na

tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, sugere que os seres humanos estão

expostos ao risco de infecção. Isso reforça a necessidade de intensificação e otimização de medidas

de prevenção e controle previstas no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e

Tuberculose Bovina (PNCEBT), como o incentivo à certificação de propriedades rurais controladas

e livres para tuberculose e medidas de controle de trânsito e feiras de animais. Particular atenção

deve ser dada à importância da inspeção sanitária de animais de abate na identificação de focos de

tuberculose, bem como sugere-se a realização de estudos de isolamento e identificação de

micobactérias em outros Estados do Nordeste.

TERMOS DE INDEXAÇÃO: Micobactérias, bovino, imunodiagnóstico, isolamento e identificação

molecular, Nordeste do Brasil.

INTRODUÇÃO

A tuberculose bovina é uma zoonose de evolução crônica causada pelo Mycobacterium bovis, que

pertence ao Complexo Mycobacterium tuberculosis (Brasil 2006). O diagnóstico pode ser efetuado

por métodos diretos e indiretos. Os diretos envolvem detecção e identificação do agente etiológico

em material biológico, sendo que a combinação do isolamento em meio de cultura e a identificação

e genotipagem molecular tem contribuído para melhor compreensão da epidemiologia das infecções

por M. bovis, o que proporciona aumento na eficiência dos programas de controle (Cazola et al.

2015).

Enquanto a maioria dos casos de tuberculose em humanos são causados por M. tuberculosis,

estima-se que cerca de 3,1% dos casos de tuberculose humana no mundo são causados por M. bovis

(El Sayed et al. 2015). No entanto, a infecção em seres humanos geralmente não é confirmada por

isolamento e identificação do agente, o que torna impossível identificar a possível fonte de infecção.

Além disso, as doenças humanas causadas por M. tuberculosis e M. bovis são indistinguíveis

usando métodos clínicos, radiológicos e patológicos (Rocha et al. 2011). A distinção dos vários

membros do complexo M. tuberculosis é essencial para a investigação epidemiológica de casos

bovinos (Ocepek et al. 2005), de maneira que a diferenciação entre M. bovis e M. tuberculosis é

importante para a identificação da possível fonte de infecção e das vias de transmissão da doença,

que são fundamentais para um melhor controle e erradicação da doença (Zanini et al. 2001,

Rodriguez et al. 2004). A transmissão de M. bovis para seres humanos ocorre através do consumo

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26

de leite cru e produtos lácteos, consumo de carne de bovinos infectados ou do contato com

secreções de abscessos fistulados e aerossóis.

No Estado da Paraíba, dados oficiais indicam a ocorrência de 1.015 casos de tuberculose

humana em 2014 (Brasil 2015). Em áreas onde a tuberculose humana e a tuberculose bovina

coexistem, a diferenciação entre M. bovis e M. tuberculosis é importante para monitorar a

disseminação de M. bovis entre bovinos e destes para os seres humanos. Dessa maneira, o objetivo

deste estudo foi isolar e identificar M. bovis em bovinos com diagnóstico positivo pelo teste de

tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados 32 bovinos de dois a 10 anos de idade, positivos ao teste de tuberculinização,

procedentes de oito propriedades rurais com características de exploração pecuária mista, sem

histórico de tuberculose, localizadas nos municípios de Cacimba de Areia, Patos e São Mamede, na

mesorregião do Sertão do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. As propriedades foram

denominadas A (Coordenadas: 07o08'41.7"S 37o07'16.7"O), B (07o08'39.1"S 37o06'42.6"O), C

(06o56'41.7"S 37o10'22.6"O), D (06o58'37.3"S 37o16'38.7"O), E (06o58'36.0"S 37o17'21.9"O), F

(07o00'24.3"S 37o16'15.6"O), G (07o01'46.5"S 37o16'26.4"O) e H (06o57'53.5"S 37o20'32.2"O). O

sacrifício e necropsia dos animais seguiram as normas do Programa Nacional de Controle e

Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) com colaboração com o Serviço de Defesa

Agropecuária do Estado da Paraíba.

Foram colhidas amostras de qualquer órgão com lesões sugestivas de tuberculose. Nos casos

em que não foram observadas lesões sugestivas foram colhidas amostras de linfonodos parotídeo,

sublingual, retrofaríngeo, mediastínico e mesentérico. Uma parte de cada amostra foi congelada

para posterior utilização no isolamento e identificação de micobactérias; a outra parte foi fixada em

formol a 10% para exame histopatológico.

As amostras fixadas em formol a 10% foram clivadas e processadas rotineiramente para

confecção de lâminas histopatológicas coradas com Hematoxilina e Eosina (HE), seguindo-se a

técnica de Behmer et al. (1976). Para isolamento de micobactérias, os fragmentos de tecidos foram

submetidos à descontaminação pelo método de HPC (Ambrosio et al. 2008) com posterior

inoculação em duplicata nos meios de Stonebrink-Leslie e Lowenstein-Jensen e incubação a 37 °C

durante 90 dias. Colônias sugestivas de micobactérias foram extraídas para preparação de lâmina

para coloração de Ziehl Neelsen e extração de DNA, por meio de termólise (Mazars et al. 2001).

Foram submetidas à identificação molecular apenas amostras identificadas como Bacilos Álcool-

Ácido Resistentes (BAAR), na coloração de Ziehl Neelsen.

A identificação de micobactérias e diferenciação do complexo M. tuberculosis, complexo

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27

M. avium, complexo M. intracellurare e Mycobacterium spp. foram feitas usando o TB Multiplex

PCR (Wilton & Cousins 1992). Para isso, os primers utilizados foram: MYCGEN-F (G1) (5'-

AGAGTTTGATCCTGGCTCAG-3 ') e MYCGEN-R (G2) (5'-TGCACACAGGCCACAAGGGA-

3') – relacionados ao género; TB-1F (5'-GAACAATCCGGAGTTGACAA-3 ') e TB-1R (5'-

AGCACGCTGTCAATCATGTA-3') - relacionados ao complexo M. tuberculosis; MYCAV-R (5'-

ACCAGAAGACATGCGTCTTG-3 ') - relacionado com o complexo M. avium; e MYCINT-F (5'-

CCTTTAGGCGCATGTCTTTA-3 ') - relacionado ao complexo M. intracellulare. Foram utilizadas

como controles positivos as estirpes AN5 para M. bovis e H37Rv para M. tuberculosis. Reações

com 50µL foram realizadas contendo o tampão de reação dNTP (1,25mM cada), 20pmol de cada

oligonucleótido, 50 mM de KCl, 10 mM de Tris-HCl (pH 8,3), 1,5 mM MgCl2, 10pmol/µL de

primers, 1,25 unidades de Taq polimerase (1,0μL ) e 5µL do DNA em estudo. Os ciclos de

amplificação utilizados foram: uma vez a 94°C durante 10 minutos, a 61°C durante 2 minutos, e

72°C durante 3 minutos; 33 vezes a 94°C durante 30 segundos, 61°C durante 2 minutos, e 72°C

durante 3 minutos; uma vez a 94°C durante 30 segundos, 61°C durante 2 minutos, e 72°C durante

10 minutos. Amostras com amplificação de 1030pb foram identificadas como pertencendo ao

gênero Mycobacterium, e amostras com fragmentos de 372pb foram considerados membros do

complexo M. tuberculosis (Wilton & Cousins 1992).

Todas as amostras de DNA com amplificação consistente para o complexo M. tuberculosis

utilizando o TB Multiplex PCR, foram amplificadas com os iniciadores RD4 (RD4-1 5'-ATG TGC

GAGCTGAGCGATG-3 '; RD4-2 5'-TGTACTATGCTGACCCATGCG-3 '; e RD4-3 5'-AAAGGA

GCACCATCGTCCAC-3') para identificação de M. bovis (Warren et al. 2006). Reações com 25µL

foram realizadas contendo o tampão de reação de dNTP (1,25 mM cada), 20pmol de cada

oligonucleótido, 50 mM de KCl, 10 mM de Tris-HCl (pH 8,3), 1,5 mM MgCl2, primers, 1,25

unidades de Taq polimerase, e 5µL do DNA genômico estudado. Os controles positivos utilizados

foram a estirpe AN5 para M. bovis e H37Rv para M. tuberculosis. Os ciclos de PCR utilizados

foram: uma vez a 95°C durante 15 minutos, 45 vezes a 94°C durante 1 minuto, 62°C durante 1

minuto, e 72°C durante 1 minuto, e uma vez a 72°C durante 10 minutos. Amostras com produtos

amplificados de 268pb foram identificadas como M. bovis, e de 172pb como outras micobactérias

do complexo M. tuberculosis.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos 32 bovinos utilizados no estudo, apenas dois (6,3%) apresentaram linfonodos submandibulares

edemaciados, sinais clínicos sugestivos de tuberculose. A infecção de bovinos por M. bovis é de

evolução lenta e os sinais clínicos são pouco frequentes. Em estágios avançados, e dependendo da

localização das lesões, os bovinos podem apresentar caquexia progressiva, hiperplasia de

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linfonodos superficiais e/ou profundos, dispneia, tosse, mastite e infertilidade, entre outros

(Heinemann et al. 2008). Portanto, para uma vigilância ante mortem eficaz para tuberculose bovina

deve assentar-se principalmente na detecção de animais infectadas em fase inicial através da

utilização de testes de imunodiagnóstico sensíveis (Rua-Domenech et al. 2006). Por outro lado, na

necropsia, 21 (65,6%) animais apresentaram lesões sugestivas de tuberculose. De fato, o

reconhecimento das lesões macroscópicas associadas à tuberculose, principalmente durante a

inspeção sanitária de rotina nos abatedouros, é uma importante ferramenta no diagnóstico da

infecção, contribui para a identificação de focos nos rebanhos (Cazola et al. 2015) ademais, é uma

das estratégias de ação do PNCEBT em colaboração com o serviço de inspeção sanitária oficial, o

que é fundamental para a garantia da oferta de produtos de baixo risco para a saúde pública e,

consequentemente, proteção do consumidor (Biffa et al. 2010, Cazola et al. 2015). Em países como

EUA, Reino Unido e Espanha, que possuem satisfatório desempenho nos seus serviços de inspeção

nos abatedouros e programa de erradicação de tuberculose consolidado, a prevalência da doença foi

reduzida (Rua-Domenech 2006, Kantor & Ritacco 2006).

Macroscopicamente, foram observadas lesões granulomatosas nodulares, de aspecto caseoso

e/ou calcificado, focal e disseminadas, de tamanho e formas variados (Fig. 1A e 1B).

Microscopicamente, foi evidenciado processo inflamatório do tipo granulomatoso em diferentes

estágios de evolução, com extenso granuloma caracterizado por área central de necrose de

coagulação, material eosinofílico homogêneo, núcleos fragmentados, restos nucleares e focos de

mineralização, circundado por infiltrado inflamatório predominantemente de macrófagos e células

epitelioides encasulado por abundante tecido conjuntivo fibroso associado a várias camadas de

células mononucleares (Fig. 2A e 2B). Achados similares foram observados por Mendes et al.

(2013), que utilizaram bovinos abatidos em estabelecimento com Serviço de Inspeção Federal (SIF)

no Estado de Santa Catarina e verificaram lesões microscópicas caracterizadas por necrose de

caseificação central composta por material eosinofílico homogêneo, debris celulares e quantidade

variável de mineralização circundado por grande quantidade de macrófagos e células gigantes

multinucleadas de Langhans, neutrófilos em alguns casos e tecido conjuntivo. Da mesma forma,

França et al. (2013) utilizaram bovinos abatidos na Bahia e descreveram lesões tuberculosas com

estrutura discretamente diferente do tecido adjacente e nódulos com massa amorfa repleta de

material caseoso encapsulado, por vezes sendo observadas áreas multifocais coalescentes.

No total, foram colhidas 121 amostras com lesões macroscópicas sugestivas de tuberculose,

distribuídas da seguinte forma: 80 (66,1%) amostras de linfonodos (41 mediastínicos, nove

mesentéricos, sete submandibulares, 13 traqueobrônquicos, oito retrofaríngeos, e dois mamários),

37 (30,6%) de pulmão, uma (0,83%) de fígado e três (2,5%) de lesão miliar em musculo. Com

relação à distribuição das lesões de acordo com a região corporal, 94 (77,7%) lesões foram da

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29

cavidade torácica, 15 (12,4%) da cabeça e 12 (9,9%) da cavidade abdominal. Proaño-Pérez et al.

(2011) avaliaram a distribuição de lesões em órgãos a partir de bovinos abatidos no Equador, como

um indicativo da possível via de transmissão, e verificaram lesões macroscópicas em linfonodos

mediastínicos (51,3%), linfonodos traqueobrônquicos (23,7%), linfonodos retrofaríngeos (9,2%),

fígado (11,8%) e em outros sítios (3,9%). Na Etiópia, 84% das lesões visíveis foram encontradas

nos pulmões e nódulos linfáticos torácicos (Teklul et al. 2004); já Biffa et al. (2012) avaliaram 337

carcaças com lesões sugestivas de tuberculose e observaram que as lesões mais frequentes estavam

nos pulmões e linfonodos respiratórios (50,9%), seguidos por linfonodos mesentéricos e intestinais

(16,5%). No Brasil, Alzamora Filho et al. (2014) constataram a ocorrência de lesões sugestivas de

tuberculose no parênquima pulmonar e nos linfonodos da cabeça e mediastínicos em 75% (135/180)

dos achados na inspeção sanitária. Cazola et al. (2015) verificaram que dos 13 bovinos positivos na

tuberculinização, sete (53,8%) apresentaram pelo menos uma lesão sugestiva de tuberculose em

linfonodos retrofaríngeos, parotídeos e pulmonares ou no pulmão, e em seis (46,2%) não foram

encontradas lesões sugestivas da doença. Esses resultados corroboram os achados do presente

estudo e reforçam a importância da via respiratória na transmissão de micobactérias. A menor

frequência de lesões sugestivas na cavidade abdominal pode ser atribuída ao fato da via oral ser

uma porta de entrada secundária à respiratória, justificando maior frequência de lesões nos

linfonodos da cavidade torácica (Palmer & Walters 2006, Taylor et al. 2007).

Para isolamento e identificação de micobactérias foram utilizadas 55 amostras, sendo destas

31 (56,4%) com lesões sugestivas de tuberculose e 24 (43,6%) sem lesões macroscópicas. No total,

foram isoladas micobactérias em 31 (56,4%) amostras, sendo que em 13 (41,9%) foi identificado M.

bovis e nas demais 18 (58,1%) foi identificado Mycobacterium spp. (Quadro 1). Do ponto de vista

epidemiológico é muito importante a identificação da espécie de micobactéria e da possível fonte de

infecção para o ser humano, uma vez que a doença em humanos, causada por M. tuberculosis e M.

bovis, é indistinguível usando métodos clínicos, radiológicos e patológicos (Rocha et al. 2011,

Wedlock et al. 2002). No entanto, são escassas as informações acerca da prevalência da infecção

por M. bovis em seres humanos, uma vez que na maioria dos casos não são procedidos o isolamento

e a identificação do agente, o que torna impossível a identificação da fonte de infecção. Por outro

lado, estima-se que cerca de 3,1% dos casos de tuberculose humana no mundo são causados por M.

bovis (El Sayed et al. 2015). Dessa maneira, a combinação do isolamento micobacteriano a partir de

tecidos bovinos e a identificação molecular contribui para melhor compreensão da epidemiologia

das infecções por M. bovis, o que contribui para o aumento da eficiência dos programas de controle

da doença (Cazola et al. 2015).

Um importante aspecto no presente trabalho foi a identificação de Mycobacterium spp. em

18 (58,1%) amostras com isolamento positivo, sendo a maioria dos isolamentos a partir de

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linfonodos mediastínicos (seis; 33,3%) e mesentéricos (quatro; 22,2%). Esses isolados

provavelmente tratam-se de micobactérias não tuberculosas (MNT), que estão presentes no meio

ambiente e podem ser transmitidas aos animais e seres humanos (Franco et al. 2013) através de

inalação ou ingestão, resultando na colonização permanente ou temporária dos tratos respiratório e

digestivo (Primm et al. 2004). Atualmente, o aumento no número de casos de indivíduos infectados

pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) predispõe à elevação do número de casos de

doenças emergentes e reemergentes, especialmente aquelas causadas por agentes etiológicos

oportunistas, como é o caso de Mycobacterium spp. Neste contexto, o contato direto com fontes de

infecção e o consumo de carne, leite e produtos lácteos contaminados representam sério risco de

transmissão do agente para indivíduos com HIV ou outras condições imunossupressoras.

CONCLUSÕES

Conclui-se que o isolamento e a identificação de M. bovis e Mycobacterium spp. em bovinos

positivos na tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, sugere que os seres

humanos estão expostos ao risco de infecção. Isso reforça a necessidade de intensificação e

otimização de medidas de prevenção e controle previstas no PNCEBT, como o incentivo à

certificação de propriedades rurais controladas e livres para tuberculose e medidas de controle de

trânsito e feiras de animais. Particular atenção deve ser dada à importância da inspeção sanitária de

animais de abate na identificação de focos da doença, bem como sugere-se a realização de estudos

de isolamento e identificação de micobactérias em outros Estados do Nordeste.

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Legenda das Figuras

Fig. 1. (A) Linfonodo mediastino apresentando nódulos de aspecto caseoso. (B) Pulmão com

nódulos de aspecto caseoso disseminados, de tamanho e formas variadas.

Fig. 2. (A) Linfonodo mediastínico com área central de necrose, com material eosinofílico

homogêneo, núcleos fragmentados, restos nucleares e focos de mineralização. Adjacente à área de

necrose há inflamação granulomatosa constituída por macrófagos, células epitelioides e linfócitos

abundantes. Observa-se também proliferação discreta de tecido conjuntivo fibroso. Obj. 10X, HE.

Escala de barra = 100µm; (B) Pulmão com extenso granuloma caracterizado por área central de

necrose de coagulação, circundado por infiltrado inflamatório predominantemente de macrófagos e

células epitelioides encasulado por abundante tecido conjuntivo fibroso associado a várias camadas

de células mononucleares. Obj. 5X, HE. Escala de barra = 200µm.

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O Quadro

Quadro 1. Resultados da análise de cultivo e identificação de amostras realizadas por meio de

TB Multiplex PCR com amplificação para complexo M. tuberculosis e primers RD-4 para

identificação de M. bovis no Estado da Paraíba.

Bovino Município Propriedade Tecido Cultivo Identificação

molecular

03 Cacimba de Areia A Linfonodo (L.) mesentérico

Positivo Mycobacterium spp.

L. mediastínico M. bovis

04 Cacimba de Areia A L. mesentérico Positivo Mycobacterium spp.

06 Cacimba de Areia B L. submandibular Positivo Mycobacterium spp.

07 São Mamede C Pulmão Positivo M. bovis

08 São Mamede C L. mesentérico Positivo Mycobacterium spp.

09 São Mamede C Pulmão Positivo Mycobacterium spp.

11 Patos D Lesão no pescoço Positivo Mycobacterium spp.

12 Patos D Pulmão Positivo M. bovis

13 Patos D L. submandibular

Positivo Mycobacterium spp.

L. mediastínico Mycobacterium spp.

14 Patos D Lesão no pescoço Positivo Mycobacterium spp.

15 Patos D L. traqueobrônquico

Positivo M. bovis

L. mediastínico Mycobacterium spp.

16 Patos D L. mediastínico Positivo Mycobacterium spp.

17 Patos D Pulmão Positivo M. bovis

18 Patos E Pulmão

Positivo M. bovis

L. retrofaríngeo M. bovis

19 Patos E L. mediastínico Positivo Mycobacterium spp.

20 Patos E L. traqueobrônquico Positivo M. bovis

21 Patos E Pulmão Positivo Mycobacterium spp.

23 Patos F L. mamário Positivo Mycobacterium spp.

24 Patos G Lesão miliar (Toráx) Positivo M. bovis

25 Patos G L. mediastínico

Positivo M. bovis

L. traqueobrônquico Mycobacterium spp.

26 Patos G Pulmão Positivo M. bovis

28 Patos H Pulmão Positivo M. bovis

29 Patos H L. mediastínico Positivo Mycobacterium spp.

31 Patos H L. mesentérico Positivo Mycobacterium spp.

32 Patos H L. mediastínico

Positivo Mycobacterium spp.

L. mesentérico M. bovis

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Fig. 1

Fig. 2

A B

A B

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente trabalho, foi constatado pela primeira vez o isolamento de

micobactérias no leite, com destaque para M. bovis, o que sugere que a população está

exposta ao risco de infecção pela ingestão deste produto de origem animal e reforça a

necessidade de intensificação do controle da tuberculose no rebanho bovino do

Nordeste do Brasil, onde é comum o consumo de leite cru.

Da mesma forma, o isolamento e a identificação de M. bovis em tecidos de

bovinos positivos na tuberculinização no Estado da Paraíba sugere a importância de

intensificação e otimização de medidas de prevenção e controle previstas no PNCEBT,

como o incentivo à certificação de propriedades rurais controladas e livres para

tuberculose e medidas de controle de trânsito, feiras de animais e medidas compulsórias

de saneamento de focos de tuberculose bovina. Deve ser intensificada a inspeção

sanitária de animais de abate na identificação de focos da doença, bem como sugere-se a

realização de estudos de isolamento e identificação de micobactérias em outros estados

do Nordeste do Brasil.

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ANEXO I

Isolation and identification of Mycobacterium bovis in milk from cows in Northeastern

Brazil

Isolamento e identificação de Mycobacterium bovis em leite de vacas no Nordeste do

Brasil

Joelson Marcolino RamosI Marcos Bryan HeinemannIIJosé Soares Ferreira NetoII Antônio

Francisco de Souza FilhoII Nicolás Céspedes CárdenasIIClebert José AlvesISérgio Santos de

AzevedoI*3

ABSTRACT:

Milk samples from 16 cows that tested positive on the tuberculin test in the State of

Paraíba, Northeastern Brazil, were used for mycobacteria isolation and identification.

Mycobacteria were isolated from five (31.25%) of the 16 milk samples; three samples were

classified as M. bovis, and two as belonging to the Mycobacterium genus. To our knowledge,

this is the first study of isolation and identification of M. bovis in milk from cows in

Northeastern Brazil, which suggests that humans are at risk of contamination by ingestion.

Key words: Mycobacterium bovis; isolation; milk.

RESUMO:

Amostras de leite de 16 vacas positivas no teste da tuberculinização no Estado da

Paraíba, Nordeste do Brasil, foram utilizadas para isolamento e identificação de

micobactérias. Foram isoladas micobactérias em cinco (31,25%) das 16 amostras de leite; três

amostras foram classificadas como M. bovis, e duas como pertencentes ao género

Mycobacterium. De acordo com nosso conhecimento este é o primeiro estudo de isolamento e

identificação de M. bovis em leite de vacas no Nordeste do Brasil, o que sugere que os seres

humanos estão em risco de contaminação por ingestão.

I Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (PPGMV), Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária

(UAMV), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Patos, PB, Brasil. E-mail:

[email protected]. * Correspondingauthor. II Laboratório de Zoonoses Bacterianas (LZB), Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde

Animal (VPS), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), Universidade de São Paulo (USP), São

Paulo, SP, Brasil.

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Palavras-chave: Mycobacterium bovis; isolamento; leite.

Bovine tuberculosis is a chronic, zoonotic disease caused by Mycobacterium bovis,

which belongs to the Mycobacterium tuberculosis complex. The disease is responsible for

economic losses due to reduced reproductive efficiency, decreased milk production and

decreased weight gain, carcass condemnation, and restrictions on international trade of

animals and animal products (BRASIL, 2006).

While most cases of tuberculosis in humans are caused by M. tuberculosis, it is

estimated that about 3.1% of the cases of human tuberculosis in the world are caused by M.

bovis (EL SAYED et al., 2015). However, infection in humans is generally not confirmed by

isolation and identification of the agent, making it impossible to identify the possible source

of infection. In addition, the human diseases caused by M. tuberculosis and M. bovis are

indistinguishable using clinical, radiological and pathological methods (ROCHA et al., 2011).

Transmission of M. bovis to humans occurs through consumption of raw milk and dairy

products, consumption of meat from infected animals, or through contact with secretions from

fistulated abscesses.

In the state of Paraíba, official data indicate the occurrence of 1,015 cases of human

tuberculosis in 2014 (BRASIL, 2015). In areas where human and bovine tuberculosis coexist,

the differentiation between M. bovis and M. tuberculosis is important for monitoring the

spread of M. bovis among cattle and from cattle to humans. Thus, the objective of this study

was to isolate and identify M. bovis in milk from cows with a positive diagnosis identified

using tuberculin test in the state of Paraíba, Northeastern Brazil.

Milk samples from 16 cows that tested positive on the tuberculin test from seven

different properties located in the municipalities of Cacimba de Areia, Patos, Piancó and São

Mamede were used. The properties were labeled A (Coordinates: 07º13’28.9”S

37º56’21.7”W), B (07º08’41.7”S 37º07’16.7”W), C (06º56’41.7”S 37º10’22.6”W), D

(06º58’37.3”S 37º16’38.7”W), E (06º57’53.5”S 37º20’32.2”W), F (06º58’36.0”S

37º17’21.9”W) and G (07º00’24.3”S 37º16’15.6”W). The milk was collected directly from

the teats of the animals before milking, following all methods of antisepsis. An average of 15

mL of milk per animal was collected, utilizing sterile and previously identified vials. These

were sent to the laboratory in isothermal boxes with ice.

For the isolation of Mycobacterium spp., a 5 mL aliquot of milk was used, centrifuged

at 3000 rpm for 20 minutes. In this way, two phases of milk were obtained, fat and sediment,

which were packaged in different vials and both decontaminated using the Petroff method

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39

(KANTOR, 1979), inoculated in duplicate in Stonebrink and Lowenstein-Jensen mediums,

and incubated at 37 °C for 90 days. Colonies suggestive of mycobacteria were stained using

the Ziehl Neelsen method; DNA was extracted using thermolysis (MAZARS et al., 2001).

Samples identified as Acid Fast Bacilli (AFB) in Ziehl Neelsen were subjected to molecular

identification.

Identification of Mycobacterium species and differentiation of the M. tuberculosis

complex, M. avium complex, M. intracellurare complex, and other Mycobacterium spp. was

done using the TB Multiplex PCR (WILTON & COUSINS, 1992). For this, the primers used

were: MYCGEN-F (G1) (5'-AGAGTTTGATCCTGGCTCAG-3') and MYCGEN-R (G2) (5'-

TGCACACAGGCCACAAGGGA-3') – associated with genus; TB-1F (5'-

GAACAATCCGGAGTTGACAA-3') and TB-1R (5'-AGCACGCTGTCAATCATGTA-3') -

related to the M. tuberculosis complex; MYCAV-R (5'-ACCAGAAGACATGCGTCTTG-3')

– related to M. avium; and MYCINT-F (5'-CCTTTAGGCGCATGTCTTTA-3') – related to

M. intracellulare. Positive controls used were the M. bovis strain AN5 and M. tuberculosis

strain H37Rv for the M. tuberculosis complex. 50μL reactions were performed containing the

reaction buffer dNTP (1.25mM each), 20pmol of each oligonucleotide, 50mM KCl, 10mM

Tris-HCl (pH 8.3), 1.5mM MgCl2, 10pmol/ μL of primers, 1.25 units of TAQ polymerase

(1.0μL) and 5μL of the DNA under study. The amplification cycles used were the following:

once at 94 °C for 10 minutes, 61 °C for 2 minutes, and 72 °C for 3 minutes; 33 times at 94 °C

for 30 seconds, 61 °C for 2 minutes, and 72 °C for 3 minutes; once at 94 °C for 30 seconds,

61 °C for 2 minutes, and 72 °C for 10 minutes. Samples containing an amplification of

1030bp were identified as belonging to the Mycobacterium genus, and samples with 372bp

fragments were considered members of the M. tuberculosis complex (WILTON &

COUSINS, 1992).

All DNA samples with consistent amplification for M. tuberculosis using the TB

Multiplex PCR were amplified with the following primers: RD4 (RD4-1 5’-

ATGTGCGAGCTGAGCGATG-3’; RD4-2 5’-TGTACTATGCTGACCCATGCG-3’; and

RD4-3 5’-AAAGGAGCACCATCGTCCAC-3’) for identification of M. bovis (WARREN et

al., 2006). 25μL reactions were conducted containing the reaction buffer dNTPs (1.25mM

each), 20pmol of each oligonucleotide, 50mM KCl, 10mM Tris-HCl (pH 8.3), 1.5mM MgCl2,

primers, 1.25 units of TAQ polymerase, and 5μL of the genomic DNA being studied. The

positive controls used were the M. bovis AN5 strain and M. tuberculosis strain H37Rv. PCR

cycles used were: once at 95 °C for 15 minutes, 45 times at 94 °C for 1 minute, 62 °C for 1

minute, and 72 °C for 1 min, and once at 72 °C for 10 minutes. The sizes of the PCR products

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indicate that the region studied is absent or present in the respective members of the M.

tuberculosis complex. Thus, the 268bp fragment resulting from amplification is consistent

with the RD4 absent in the sample, characteristic of the M. bovis species.

Mycobacteria were isolated from five (31.25%) of the 16 milk samples; three samples

were classified as M. bovis, and two as belonging to the Mycobacterium genus. To our

knowledge, this is the first study of isolation and identification of M. bovis in milk from cows

in Northeastern Brazil. Several studies have been conducted in other states in order to isolate

and identify mycobacteria in milk from cows. In São Paulo, PARDO et al. (2001) isolated M.

bovis in one sample of raw milk; LEITE et al. (2003), using milk samples from the states of

São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás and Pará, isolated M. bovis in one sample of raw

milk. FRANCO et al. (2013), in the southeast region of São Paulo, isolated M. bovis from one

milk sample from an individual cooling tank.

Milk and its derivatives, when contaminated and unpasteurized, present a significant

risk of tuberculosis transmission to humans. It is estimated that around 50% or more of milk

produced in Brazil is unpasteurized (LEITE et al., 2003), attributing serious risks of

transmission of various diseases to humans, including tuberculosis caused by M. bovis. It is

worth highlighting that it is common in northeastern Brazil to consume raw milk.

An important aspect was the isolation and identification of Mycobacterium spp. in two

samples, probably nontuberculous environmental mycobacteria (NTM), which are present in

the environment and can be transmitted to animals and humans (FRANCO et al., 2013)

through inhalation or ingestion, resulting in permanent or temporary colonization of the

respiratory and digestive tracts (PRIMM et al., 2004). The increasing number of individuals

infected with HIV predisposes an increase in the number of cases of emerging and re-

emerging diseases, especially those caused by opportunistic agents, such as Mycobacterium

spp. In this context, non-pasteurized milk infected with mycobacteria poses a serious risk to

individuals with HIV (FRANCO et al., 2013).

The presence of M. bovis and Mycobacterium spp. in milk from cows in the state of

Paraíba in Northeastern Brazil suggests that humans are at risk of contamination by ingestion.

This reinforces the need to implement preventative measures against the contamination of

milk during and after milking with NTM, optimization of milk and dairy products quality

programs, enhancing sanitary inspections of these products, and conducting studies for

isolating and identifying mycobacteria in milk from other Northeastern states.

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41

ACKNOWLEDGMENTS

The authors would like to thank Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientífico e

Tecnológico (CNPq) by financial support under the code 302131/2012-4.

ETHICS COMMITTEE

This study was approved by the institutional Committee for Ethics in the Use of

Animals (Universidade Federal de Campina Grande – UFCG) (protocol 25-2012).

REFERENCES:

BRASIL – MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal

(PNCEBT). Brasília: MAPA/SDA/DAS, 2006. 188p.

BRASIL - MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETÁRIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE.

DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Sistema de Informação de

Agravos de Notificação – Sinan, 2015. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/imag

es/pdf/2015/setembro/24/Casos-novos-tuberculose-1990-2014-base-jun-2015.pdf.

EL-SAYED, A. et al. Molecular epidemiology of Mycobacterium bovis in humans and cattle.

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1/zph.12242/abstract;jsessionid=0BD56CCA865867B220F15F41ACCAA9AE.f02t01 doi:

10.1111/zph.12242>. Acesso em: 20 mar. 2016. doi: 10.1111/zph.12242.

FRANCO, M.M.J. et al. Occurrence of mycobacteria in bovine milk samples from both

individual and collective bulk tanks at farms and informal markets in the southeast region of

Sao Paulo, Brazil. BMC Veterinary Research, v. 9, p.746-6148, 2013. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3650655/>. Acesso em: 20 jan. 2016.

doi: 10.1186/1746-6148-9-85.

KANTOR, I.N. Bacteriológia de latuberculosis humana y animal. Buenos Aires: Centro

Panamericano de Zoonosis, Organización Panamericana de la Salud, 1979. 63p.

LEITE, C.Q.F. et al. Isolation and identification of mycobacteria from livestock specimens

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42

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02762003000300005>. Acesso em: 20 jan. 2016. doi: 10.1590/S0074-02762003000300005.

MAZARS, E. et al. High-resolution minisatellite-based typing as a portable approach to

global analysis of Mycobacterium tuberculosis molecular epidemiology. Proceedings of the

National Academy Sciences of the United States of America, v. 98, n. 4,p.1901-1906,

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20 jan. 2016. doi: 10.1073/pnas.98.4.1901.

PARDO, R.B. et al. Isolation of Mycobacterium spp. in milk from cows suspected or positive

to tuberculosis. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 38, n. 6,

p.284-287, 2001.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S

1413-95962001000600007>. Acesso em: 18 fev. 2016. doi: 10.1590/S1413-95962001000600007.

PRIMM, T. P. et al. Health impacts of environmental mycobacteria. Clinical Microbiology

Reviews, v. 17, n. 1, p. 98–106, 2004. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/

articles/PMC321467/>. Acesso em 12 jan. 2016. doi: 10.1128/CMR.17.1.98–106.2004.

ROCHA, A. et al. Genotyping did not evidence any contribution of Mycobacterium bovis to

human tuberculosis in Brazil. Tuberculosis (Edinburgh), v. 91, n. 1, p.14–21, 2011.

Disponível em: <http://www.tuberculosisjournal.com/article/S1472-9792(10)00129-

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WARREN, R.M. et al. Differentiation of Mycobacterium tuberculosis complex by PCR

amplification of genomic regions of difference. International Journal of Tuberculosis and

Lung Disease, v. 10, n. 7, p.818-822, 2006. Disponível em: <http://docserver.ingentaconnect

.com/deliver/connect/iuatld/10273719/v10n7/s19.pdf?expires=1461095505&id=86722049&ti

tleid=3764&accname=Guest+User&checksum=69A041568F1DEA686ED74EF48B6DE8B5

>. Acesso em 02 fev.

WILTON, S.; COUSINS, D. Detection and identification of multiple mycobacterial

pathogens by DNA amplification in a single tube. PCR Methods and Applications, v. 1,

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43

n. 4, p.269-273, 1992. Disponível em:<http://genome.cshlp.org/content/1/4/269.long>.

Acesso em 20 jan. 2016.

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ANEXO II

NORMAS DO PERIÓDICO CIÊNCIA RURAL

1. CIÊNCIA RURAL- Revista Científica do Centro de Ciências Rurais da

Universidade Federal de Santa Maria publica artigos científicos, revisões bibliográficas

e notas referentes à área de Ciências Agrárias, que deverão ser destinados com

exclusividade.

2. Os artigos científicos, revisões e notas devem ser encaminhados via eletrônica

e editados preferencialmente em idioma Inglês. Os encaminhados em Português

poderão ser traduzidos após a 1º rodada de avaliação para que ainda sejam revisados

pelos consultores ad hoc e editor associado em rodada subsequente. Entretanto, caso não

traduzidos nesta etapa e se aprovados para publicação, terão que ser obrigatoriamente

traduzidos para o Inglês por empresas credenciadas pela Ciência Rural e

obrigatoriamente terão que apresentar o certificado de tradução pelas mesmas para

seguir tramitação na CR. As despesas de tradução serão por conta dos autores. Todas as

linhas deverão ser numeradas e paginadas no lado inferior direito. O trabalho deverá ser

digitado em tamanho A4 210 x 297mm com, no máximo, 25 linhas por página em

espaço duplo, com margens superior, inferior, esquerda e direita em 2,5cm, fonte Times

New Roman e tamanho 12. O máximo de páginas será15 para artigo científico, 20 para

revisão bibliográfica e 8 para nota, incluindo tabelas, gráficos e figuras. Figuras,

gráficos e tabelas devem ser disponibilizados ao final do texto e individualmente por

página, sendo que não poderão ultrapassar as margens e nem estar com apresentação

paisagem.

3. O artigo científico (Modelo.doc,.pdf) deverá conter os seguintes tópicos:

Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução

com Revisão de Literatura; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão e

Referências; Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição; Informe Verbal;

Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa

envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de

aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. Alternativamente pode

ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo Humano, Declaração Modelo

Animal).

4. A revisão bibliográfica (Modelo.doc,.pdf) deverá conter os seguintes

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tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words;

Introdução; Desenvolvimento; Conclusão; e Referências. Agradecimento(s) e

Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança

devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais

obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética

institucional já na submissão. Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao

lado (Declaração Modelo Humano, Declaração Modelo Animal).

5. A nota (Modelodoc, pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português

e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Texto (sem subdivisão, porém

com introdução; metodologia; resultados e discussão e conclusão; podendo conter

tabelas ou figuras); Referências. Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição

e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das

referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem

apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão.

Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo

Humano, Declaração Modelo Animal).

6. O preenchimento do campo "cover letter" deve apresentar, obrigatoriamente,

as seguintes informações em inglês, exceto para artigos submetidos em português

(lembrando que preferencialmente os artigos devem ser submetidos em inglês).

a)What is the major scientific accomplishment of your study?

b)The question your research answers?

c)Your major experimental results and overall findings?

d)The most important conclusions that can be drawn from your research?

e)Any other details that will encourage the editor to send your manuscript for review?

Para maiores informações acesse o seguinte tutorial.

7. Não serão fornecidas separatas. Os artigos encontram-se disponíveis no

formato pdf no endereço eletrônico da revista www.scielo.br/cr.

8. Descrever o título em português e inglês (caso o artigo seja em português) -

inglês e português (caso o artigo seja em inglês). Somente a primeira letra do título do

artigo deve ser maiúscula exceto no caso de nomes próprios. Evitar abreviaturas e

nomes científicos no título. O nome científico só deve ser empregado quando

estritamente necessário. Esses devem aparecer nas palavras-chave, resumo e demais

seções quando necessários.

9. As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas com letras maiúsculas

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seguidas do ano de publicação, conforme exemplos: Esses resultados estão de acordo

com os reportados por MILLER & KIPLINGER (1966) e LEE et al. (1996), como uma

má formação congênita (MOULTON, 1978).

10. As Referências deverão ser efetuadas no estilo ABNT (NBR 6023/2000)

conforme normas próprias da revista.

10.1. Citação de livro:

JENNINGS, P.B. The practice of large animal surgery. Philadelphia : Saunders, 1985.

2v.

TOKARNIA, C.H. et al. (Mais de dois autores) Plantas tóxicas da Amazônia a bovinos

e outros herbívoros. Manaus: INPA, 1979. 95p.

10.2. Capítulo de livro com autoria:

GORBAMAN, A. A comparative pathology of thyroid. In: HAZARD, J.B.; SMITH,

D.E. The thyroid. Baltimore : Williams & Wilkins, 1964. Cap.2, p.32-48.

10.3.Capítulo de livro sem autoria:

COCHRAN, W.C. The estimation of sample size. In: ______.Sampling techniques.

3.ed. New York : John Willey, 1977. Cap.4, p.72-90.

TURNER, A.S.; McILWRAITH, C.W. Fluidoterapia. In: ______.Técnicas cirúrgicas

em animais de grande porte. São Paulo: Roca, 1985. p.29-40.

10.4. Artigo completo:

O autor deverá acrescentar a url para o artigo referenciado e o número de identificação

DOI (Digital Object Identifiers), conforme exemplos abaixo:

MEWIS, I.; ULRICHS, CH. Action of amorphous diatomaceous earth against different

stages of the stored product pests Tribolium confusum (Coleoptera: Tene brionidae),

Tene briomolitor (Coleoptera: Tenebrionidae), Sitophilus granarius ( Coleoptera:

Curculioni-dae) and Plodiainter punctella (Lepidoptera: Pyralidae). Journal of Stored

Product Research, Amsterdam (Cidade opcional), v.37, p.153-164, 2001. Disponível

em: <http://dx.doi.org/10.1016/S0022-474X(00)00016-3>. Acesso em: 20 nov. 2008.

doi: 10.1016/S0022-474X(00)00016-3.

PINTO JUNIOR, A.R. et al (Mais de 2 autores). Response of Sitophilus oryzae (L.),

Cryptolestes ferrugineus (Stephens) and Oryzaephilus surinamensis (L.) to different

concentrations of diatomaceous earth in bulk stored wheat. Ciência Rural, Santa Maria

(Cidade opcional), v. 38, n. 8, p.2103-2108, nov. 2008. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010384782008000800002&

lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 25 nov. 2008. doi: 10.1590/S0103-84782008000800002.

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47

10.5.Resumos:

RIZZARDI, M.A.; MILGIORANÇA, M.E. Avaliação de cultivares do ensaio nacional

de girassol, Passo Fundo, RS, 1991/92. In: JORNADA DE PESQUISA DA UFSM, 1.,

1992, Santa Maria, RS. Anais...Santa Maria :Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa,

1992. V.1. 420p. p.236.

10.6.Tese, dissertação:

COSTA, J.M.B.Estudo comparativo de algumas características digestivas entre bovinos

(Charolês) e bubalinos (Jafarabad). 1986. 132f. Monografia/Dissertação/Tese

(Especialização/ Mestrado/Doutorado em Zootecnia) - Curso de Pós-graduação em

Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria.

10.7.Boletim:

ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo: Departamento de Produção Animal, 1942.

20p. (Boletim Técnico, 20).

10.8.Informação verbal:

Identificada no próprio texto logo após a informação, através da expressão entre

parênteses. Exemplo: ... são achados descritos por Vieira (1991 - Informe verbal). Ao

final do texto, antes das Referências Bibliográficas, citar o endereço completo do autor

(incluir E-mail), e/ou local, evento, data e tipo de apresentação na qual foi emitida a

informação.

10.9.Documentos eletrônicos:

MATERA, J.M. Afecções cirúrgicas da coluna vertebral: análise sobre as possibilidades

do tratamento cirúrgico. São Paulo: Departamento de Cirurgia, FMVZ-USP, 1997. 1

CD.

GRIFON, D.M. Artroscopic diagnosis of elbow displasia. In: WORLD SMALL

ANIMAL VETERINARY CONGRESS, 31., 2006, Prague, Czech Republic.

Proceedings…Prague: WSAVA, 2006. p.630-636. Acessado em 12 fev. 2007. Online.

Disponível em: http://www.ivis.org/proceedings/wsava/2006/lecture22/Griffon

1.pdf?LA=1

UFRGS. Transgênicos. Zero Hora Digital, Porto Alegre, 23 mar. 2000. Especiais.

Acessado em 23 mar. 2000. Online. Disponível em: http://www.zh.com.br/especial

/index.htm

ONGPHIPHADHANAKUL, B. Prevention of postmenopausal bone loss by low and

conventional doses of calcitriol or conjugated equine estrogen. Maturitas, (Ireland),

v.34,

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48

n.2, p.179-184, Feb 15, 2000.Obtido via base de dados MEDLINE. 1994-2000.

Acessado em 23 mar. 2000. Online. Disponível em: http://www. Medscape.com/server-

java/MedlineSearchForm

MARCHIONATTI, A.; PIPPI, N.L. Análise comparativa entre duas técnicas de

recuperação de úlcera de córnea não infectada em nível de estroma médio. In:

SEMINARIO LATINOAMERICANO DE CIRURGIA VETERINÁRIA, 3., 1997,

Corrientes, Argentina. Anais...Corrientes: Facultad de Ciências Veterinárias - UNNE,

1997. Disquete. 1 disquete de 31/2. Para uso em PC.

11. Desenhos, gráficos e fotografias serão denominados figuras e terão o número

de ordem em algarismos arábicos. A revista não usa a denominação quadro. As figuras

devem ser disponibilizadas individualmente por página. Os desenhos figuras e gráficos

(com largura de no máximo 16cm) devem ser feitos em editor gráfico sempre em

qualidade máxima com pelo menos 300 dpi em extensão .tiff. As tabelas devem conter a

palavra tabela, seguida do número de ordem em algarismo arábico e não devem exceder

uma lauda.

12. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos serão de inteira

responsabilidade do(s) autor(es).

14. Será obrigatório o cadastro de todos autores nos metada dos de submissão. O

artigo não tramitará enquanto o referido item não for atendido. Excepcionalmente,

mediante consulta prévia para a Comissão Editorial outro expediente poderá ser

utilizado.

15. Lista de verificação (Checklist .doc, .pdf).

16. Os artigos serão publicados em ordem de aprovação.

17. Os artigos não aprovados serão arquivados havendo, no entanto, o

encaminhamento de uma justificativa pelo indeferimento.

18. Em caso de dúvida, consultar artigos de fascículos já publicados antes de

dirigir-se à Comissão Editorial.

19. Todos os artigos encaminhados devem pagar a taxa de tramitação. Artigos

reencaminhados (com decisão de Reject and Ressubmit) deverão pagar a taxa de

tramitação novamente. Artigos arquivados por decurso de prazo não terão a taxa de

tramitação reembolsada.

20. Todos os artigos submetidos passarão por um processo de verificação de

plágio usando o programa “Cross Check”.

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49

ANEXO III

NORMAS DO PERIÓDICO PESQUISA VETERINÁRIA BRASILEIRA

Os artigos devem ser submetidos através do Sistema Scholar One, link , com os

arquivos de texto na versão mais recente do Word e formatados de acordo com o

modelo de apresentação disponíveis no ato de submissão e no site da revista (www.pvb.

com.br). Devem constituir-se de resultados de pesquisa ainda não publicados e não

considerados para publicação em outro periódico. Apesar de não serem aceitas

comunicações (Short communications) sob a forma de “Notas Científicas”, não há

limite mínimo do número de páginas do artigo enviado. Embora sejam de

responsabilidade dos autores as opiniões e conceitos emitidos nos artigos, o Conselho

Editorial, com a assistência da Assessoria Científica, reserva-se o direito de sugerir ou

solicitar modificações aconselháveis ou necessárias. Os artigos submetidos são aceitos

através da aprovação pelos pares (peer review). NOTE: Em complementação aos

recursos para edição da revista é cobrada taxa de publicação (paper charge) no valor de

R$ 1.500,00 por artigo editorado, na ocasião do envio da prova final, ao autor para

correspondência.

1. Os artigos devem ser organizados em Título, ABSTRACT, RESUMO,

INTRODUÇÃO, MATERIAL E MÉTODOS, RESULTADOS, DISCUSSÃO,

CONCLUSÕES, Agradecimentos e REFERÊNCIAS:

a) o Título deve ser conciso e indicar o conteúdo do artigo; pormenores de

identificação científica devem ser colocados em MATERIAL E MÉTODOS.

b) O(s) Autor(es) deve(m) sistematicamente abreviar seus nomes quando

compridos, mas mantendo o primeiro nome e o último sobrenome por extenso, como

por exemplo: Paulo Fernando de Vargas Peixoto escreve Paulo V. Peixoto (inverso,

Peixoto P.V.); Franklin Riet-Correa Amaral escreve Franklin Riet-Correa (inverso,

Riet-Correa F.). Os artigos devem ter no máximo 8 (oito) autores;

c) o ABSTRACT deve ser uma versão do RESUMO em português, podendo ser

mais explicativo, seguido de “INDEX TERMS” que incluem palavras do título;

d) o RESUMO deve conter o que foi feito e estudado, indicando a metodologia e

dando os mais importantes resultados e conclusões, seguido dos “TERMOS DE

INDEXAÇÃO” que incluem palavras do título;

e) a INTRODUÇÃO deve ser breve, com citação bibliográfica específica

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50

sem que a mesma assuma importância principal, e finalizar com a indicação do objetivo

do artigo;

f) em MATERIAL E MÉTODOS devem ser reunidos os dados que permitam a

repetição da experimentação por outros pesquisadores. Em experimentos com animais,

deve constar a aprovação do projeto pela Comissão de Ética local;

g) em RESULTADOS deve ser feita a apresentação concisa dos dados obtidos.

Quadros (em vez de Tabelas) devem ser preparados sem dados supérfluos,

apresentando, sempre que indicado, médias de várias repetições. É conveniente

expressar dados complexos, por gráficos (=Figuras), ao invés de apresentá-los em

Quadros extensos;

h) na DISCUSSÃO devem ser discutidos os resultados diante da literatura. Não

convém mencionar artigos em desenvolvimento ou planos futuros, de modo a evitar

uma obrigação do autor e da revista de publicá-los;

i) as CONCLUSÕES devem basear-se somente nos resultados apresentados;

j) Agradecimentos devem ser sucintos e não devem aparecer no texto ou em

notas de rodapé;

k) a Lista de REFERÊNCIAS, que só incluirá a bibliografia citada no artigo e a

que tenha servido como fonte para consulta indireta, deverá ser ordenada alfabética e

cronologicamente, pelo sobrenome do primeiro autor, seguido dos demais autores

(todos), em caixa alta e baixa, do ano, do título da publicação citada, e, abreviado (por

extenso em casos de dúvida), o nome do periódico ou obra, usando sempre como

exemplo os últimos fascículos da revista (www.pvb.com.br).

2. Na elaboração do texto devem ser atendidas as seguintes normas:

a) A digitação deve ser na fonte Cambria, corpo 10, entrelinha simples; a página

deve ser no formato A4, com 2cm de margens (superior, inferior, esquerda e direita), o

texto deve ser corrido e não deve ser formatado em duas colunas, com as legendas das

Figuras no final (logo após as REFERÊNCIAS). As Figuras e os Quadros devem ter

seus arquivos fornecidos separados do texto. Os nomes científicos devem ser escritos

por extenso no início de cada capítulo.

b) a redação dos artigos deve ser concisa, com a linguagem, tanto quanto

possível, no passado e impessoal; no texto, os sinais de chamada para notas de rodapé

serão números arábicos colocados em sobrescrito após a palavra ou frase que motivou a

nota. Essa numeração será contínua por todo o artigo; as notas deverão ser lançadas ao

pé da página em que estiver o respectivo número de chamada, sem o uso do “Inserir

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51

nota de fim”, do Word. Todos os Quadros e todas as Figuras têm que ser citados no

texto. Estas citações serão feitas pelos respectivos números e, sempre que possível, em

ordem crescente. ABSTRACT e RESUMO serão escritos corridamente em um só

parágrafo e não devem conter citações bibliográficas.

c) no rodapé da primeira página deverá constar endereço profissional completo

de todos os autores (na língua do país dos autores), o e-mail do autor para

correspondência e dos demais autores. Em sua redação deve-se usar vírgulas em vez de

traços horizontais;

d) siglas e abreviações dos nomes de instituições, ao aparecerem pela primeira

vez no artigo, serão colocadas entre parênteses, após o nome da instituição por extenso;

e) citações bibliográficas serão feitas pelo sistema “autor e ano”; artigos de até

dois autores serão citados pelos nomes dos dois, e com mais de dois, pelo nome do

primeiro, seguido de “et al.”, mais o ano; se dois artigos não se distinguirem por esses

elementos, a diferenciação será feita através do acréscimo de letras minúsculas ao ano.

Artigos não consultados na íntegra pelo(s) autor(es), devem ser diferenciados,

colocando-se no final da respectiva referência, “(Resumo)” ou “(Apud Fulano e o

ano.)”; a referência do artigo que serviu de fonte, será incluída na lista uma só vez. A

menção de comunicação pessoal e de dados não publicados é feita no texto somente

com citação de Nome e Ano, colocando-se na lista das Referências dados adicionais,

como a Instituição de origem do(s) autor(es). Nas citações de artigos colocados

cronologicamente entre parênteses, não se usará vírgula entre o nome do autor e o ano,

nem ponto-e-vírgula após cada ano, como por exemplo: (Priester & Haves 1974, Lemos

et al. 2004, Krametter-Froetcher et. al. 2007);

f) a Lista das REFERÊNCIAS deverá ser apresentada em caixa alta e baixa, com

os nomes científicos em itálico (grifo), e sempre em conformidade com o padrão

adotado nos últimos fascículos da revista, inclusive quanto à ordenação de seus vários

elementos.

3. Os gráficos (=Figuras) devem ser produzidos em 2D, com colunas em branco,

cinza e preto, sem fundo e sem linhas. A chave das convenções adotadas será incluída

preferentemente, na área do gráfico (=Figura); evitar-se-á o uso de título ao alto do

gráfico (=Figura).

4. As legendas explicativas das Figuras devem conter informações suficientes

para que estas sejam compreensíveis, (até certo ponto auto explicativas, independente

do texto).

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA … órgão com lesões sugestivas de tuberculose, e nos casos em que não foram observadas lesões sugestivas foram colhidas amostras de linfonodos

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5. Os Quadros devem ser explicativos por si mesmos. Entre o título (em negrito)

e as colunas deve vir o cabeçalho entre dois traços longos, um acima e outro abaixo.

Não há traços verticais, nem fundos cinzas. Os sinais de chamada serão alfabéticos,

recomeçando, se possível, com “a” em cada Quadro; as notas serão lançadas logo

abaixo do Quadro respectivo, do qual serão separadas por um traço curto à esquerda.