110
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle Silva Araújo IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS PROTEÍNAS DA PAREDE CELULAR EM Paracoccidioides sp. Goiânia 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO

PARASITO-HOSPEDEIRO

Danielle Silva Araújo

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS PROTEÍNAS DA PAREDE

CELULAR EM Paracoccidioides sp.

Goiânia

2014

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle
Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

i

Danielle Silva Araújo

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS PROTEÍNAS DA PAREDE

CELULAR EM Paracoccidioides sp.

Dissertação de Mestrado apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em Biologia

da Relação Parasito-Hospedeiro da

Universidade Federal de Goiás para

obtenção do Título de Mestre.

Orientadora: Célia Maria de Almeida

Soares

Co-orientadora: Ana Flávia Alves

Parente

Goiânia

2014

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

Ficha catalográfica elaborada automaticamente com os dados fornecidos pelo(a) autor(a), sob orientação do Sibi/UFG.

Silva Araujo, Danielle IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS PROTEÍNAS DAPAREDE CELULAR EM Paracoccidioides sp. [manuscrito] / DanielleSilva Araujo. - 2014. xii, 95 f.

Orientador: Profa. Dra. Célia Maria de Almeida Soares; coorientador Ana Flávia Alves Parente.Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Goiás, Instituto dePatologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) , Programa de PósGraduação em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro, Goiânia, 2014. Bibliografia. Inclui siglas, abreviaturas, gráfico, tabelas, lista de figuras, lista detabelas.

1. Cell Wall. 2. Paracoccidioides. 3. Proteoma . 4. Micélio. 5.Levedura. I. Maria de Almeida Soares, Célia , orient. II. Alves Parente,Ana Flávia , co-orient. III. Título.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

ii

Programa de Pós-Graduação em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro da

Universidade Federal de Goiás

BANCA EXAMINADORA DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Aluno (a): Danielle Silva Araújo

Orientador (a): Célia Maria de Almeida Soares

Co-orientador (a): Ana Flávia Alves Parente

Membros:

1. Célia Maria de Almeida Soares

2. Alexandre Melo Bailão

3. Lilian Cristiane Baeza

Data: 24/02/2014

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

iii

À Deus, ofereço.

Aos meus pais e irmã, dedico.

“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor,

mas lutei para que o melhor fosse feito.

Não sou o que deveria ser,

mas graças a Deus, não sou o que era antes”.

Martin Luther King

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

iv

AGRADECIMENTOS

À Deus, porque tem sido tudo em minha vida. Por todas as bênçãos concedidas, por

todos os milagres realizados. Por iluminar o meu caminho. Por sempre estar comigo, me

ajudando a subir cada degrau da vida. Por ser minha inspiração ao prosseguir.

Aos meus pais, Ivani e Joaquim, a vocês que me fizeram acreditar na realização dos

meus sonhos e trabalharam muito para que eu pudesse realizá-los.

A minha irmã, Helen, pelo apoio, amizade e companheirismo. Por sempre me ajudar

quando eu mais preciso.

À minha Vó Ana e Margarida, pois sei que se estivessem aqui estariam muito felizes

por essa minha conquista.

Reconheço que sem o apoio e investimento afetivo da família que tanto amo, em

especial da tia Nilda e tio Oswaldo e das amigas Lucy e Luiza não teria chegado até

aqui.

À Profa. Dra. Célia Maria de Almeida Soares, pela orientação, paciência e confiança.

Admiro sua competência e profissionalismo.

À Dra. Ana Flávia Alves Parente, pela co-orientação e ajuda durante esse trabalho

realizado.

Aos professores, Alexandre, Clayton, Juliana, Maristela e Silvia, por todos os auxílios e

preciosos ensinamentos, que foram muito valiosos.

Aos professores Milton, Alexandre e Clayton pela contribuição no exame de

qualificação. Por expandirem meu conhecimento, importante ferramenta para a minha

formação acadêmica e científica.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

v

Aos Professores, Alexandre e Lilian por aceitarem participar da banca de defesa da

dissertação de mestrado.

Ao programa de Pós-graduação em Biologia da Relação-Parasito Hospedeiro,

coordenação, secretaria e corpo docente.

Ao auxílio financeiro, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES), pela concessão da bolsa de estudo.

Ao Paulo Herinque, pela sua amizade, por sempre ter me entendido e me aceitado. Por

sempre estar ao meu lado.

Às amigas, Sara, Roberta, Késsia e Mirella, por fazerem presentes na minha vida

mesmo eu sendo tão ausente.

Aos meus amigos, Alessandro, Edilania, Vanessa, Amanda, Igor, Dienny, Fabiana,

Lucas Nojosa, Hanna, Lele, Laura, pela infinita ajuda, amizade, companheirismo e

incentivo em todos os momentos.

Agradeço à Cristina, Laura, Lilian, Patrícia, Mirelle, Sheyla pela disponibilidade e

atenção em me ajudar.

Aos colegas do laboratório, pelo convívio, experiências compartilhadas, por

participarem direta ou indiretamente para o desenvolvimento deste trabalho.

Aos funcionários da limpeza, pela dedicação de todos os dias.

À todos que fizeram desses dois anos, anos mais alegres.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

vi

SUMÁRIO

SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS .................................................................. ix RESUMO ........................................................................................................................ xi

ABSTRACT ................................................................................................................... xii 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

1.1. Aspectos Gerais .................................................................................................... 1

1.2. Parede Celular em Fungos .................................................................................. 4

1.3. Parede Celular de Paracoccidioides spp. ........................................................... 6

1.4. Proteínas da Parede Celular de Fungos ............................................................ 8

2. JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 13 3. OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................... 14

3.1. Geral ................................................................................................................... 14

3.2. Específicos .......................................................................................................... 14

4. MÉTODOS ................................................................................................................. 15

4.1. Manutenção do fungo ........................................................................................ 15

4.2. Isolamento e purificação das proteínas da parede celular de

Paracoccidioides sp. .................................................................................................. 15

4.2.1 Extração de proteínas por tratamento com SDS/DTT: Obtenção da fração

F1 ................................................................................................................................ 16

4.2.2. Extração de proteínas por tratamento com NaOH: Obtenção da Fração F2

.................................................................................................................................... 16

4.3. Deglicosilação das proteínas da fração F2 ....................................................... 17

4.4. Digestão tríptica e preparação de amostras para análises por LC-MS ........ 17

4.5. Aquisição de dados por nanoUPLC-MSE ........................................................ 18

4.6. Análises in silico ................................................................................................. 19

5. RESULTADOS .......................................................................................................... 22

5.1. Enriquecimento das proteínas da parede celular/ validação dos extratos ... 22

5.2. Perfil qualitativo das frações de proteínas da parede celular ....................... 22

5.3. Análise das proteínas da parede celular nas formas miceliana e

leveduriforme ............................................................................................................ 23

5.3.1. Proteínas localizadas na fração F1 da fase leveduriforme de

Paracoccidioides sp. .................................................................................................. 24

5.3.2. Proteínas localizadas na fração F2 da fase leveduriforme de

Paracoccidioides sp. .................................................................................................. 25

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

vii

5.3.3. Proteínas expressas nas frações F1 a F2 na fase miceliana de

Paracoccidioides sp. .................................................................................................. 25

5.4 Análises in silico das proteínas da parede de Paracoccidioides sp. ................ 26

6. DISCUSSÃO .............................................................................................................. 29

6.1. Considerações gerais ......................................................................................... 29

6.2. Identificação de proteínas covalentemente ligadas à parede ......................... 30

6.3. Proteínas que utilizam vias de secreção não clássicas para alcançar a

superfície celular ....................................................................................................... 30

6.4. Identificação de proteínas com funções intracelulares estabelecidas ........... 32

6.5. Proteínas identificadas nas frações de proteínas da parede celular na fase

miceliana .................................................................................................................... 36

7. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 75 8. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 76

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

viii

TABELAS E FIGURAS

Figura 1. Parede celular de Paracoccidioides sp............................................................. 7

Figura 2. Fluxograma das estratégias experimentais realizadas no presente estudo ..... 21

Figura 3. Analise da qualidade da fração da parede celular. ......................................... 22

Figura 4. Perfil qualitativo das proteínas da parede celular nas fases miceliana e

leveduriforme de Paracoccidioides sp. .......................................................................... 23 Figura 5. Proteínas identificadas nas fases leveduriforme e miceliana ......................... 24 Figura 6. Número de proteínas da parede celular identificadas secretadas por vias

clássicas e não clássicas. ................................................................................................. 27

Figura 7. Número de proteínas identificadas que apresentam sítios de N e O-

glicosilação nas frações 1 e 2 das fases de levedura e micélio. ...................................... 28

Tabela 1. Proteínas identificadas na fração de proteínas associadas à parede tratadas com

SDS/DTT de Paracoccidioides sp. expressas na fase de levedura ...............................37

Tabela 2. Proteínas identificadas na fração álcali sensível tratada com NaOH 30mM de

Paracoccidioides sp. expressas na fase de levedura....................................................... 48

Tabela 3. Proteínas identificadas na fração álcali sensível tratadas com NaOH 30mM e

N-glicosidase F de Paracoccidioides sp. expressas na fase de levedura........................ 65

Tabela 4. Proteínas identificadas na fração de proteínas associadas à parede tratadas

com SDS/DTT de Paracoccidioides sp. expressas na fase de micélio .......................... 69

Tabela 5. Proteínas identificadas na fração álcali sensível tratadas com NaOH 30mM e

N-glicosidase F de Paracoccidioides sp. expressas na fase de micélio ......................... 71

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

ix

SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS

ACN: acetonitrila

ASL-PPCs: proteínas da parede celular sensíveis a álcali

Cacl2: cloreto de cálcio

DTT: ditiotreitol

EDTA: ácido etilenodiamino tetra-acético

EtNP: fosfoetanolamina

F1: proteínas associadas à parede, extraídas por SDS e agentes redutores

F2: proteínas covalentemente ligadas à parede, extraídas em meio álcali

FMD: formamidase

GAPDH: gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase

GAS: glicofosfolipídeo ancorado à superfície

GEL: beta-1,3-glicanosiltransferase

GPI: glicosilfofatidilinositol

GPI-PPCs: proteína da parede celular GPI ancorada

HF-piridina: fluoreto hidrogenado de piridina

IFNγ: interferon gama

MEC: matriz extracelular

NaCl : cloreto de sódio

nanoUPLC-MSE: nano cromatografia líquida de ultra desempenho- espectrômetro de

massas

NaOH: hidróxido de sódio

NO: óxido nítrico

PAMP: padrões moleculares associados ao patógeno

PbDfg5p: proteína Dfg5 de Paracoccidioides sp.

PbGel3p: proteína Gel3 de Paracoccidioides sp.

PCM: paracoccidioidomicose

PPC: proteínas da parede celular

Pir: proteínas com repetições internas

Pir-PPCs: proteínas da parede celular com repetições internas

PMSF: fluoreto de fenil-metil-sulfonil

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

x

RE: retículo endoplasmático

SDS: dodecil sulfato de sódio

SOD: superóxido dismutase

TFA: ácido trifluoroacético

TNF-α: fator de necrose tumoral alfa

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

xi

RESUMO

Paracoccidioidomicose é uma importante micose sistêmica na América latina, com alta

incidência no Brasil, Argentina, Colômbia e Venezuela. A doença é atribuída ao fungo

termodimórfico Paracoccidioides spp.. Durante o processo infecioso podemos destacar

o papel desempenhado pela parede celular, estrutura esta, vital para o crescimento,

sobrevivência, e morfogênese do fungo, a qual está em constante mudança em resposta

a sinais do ambiente. O interesse no estudo da parede celular de fungos ocorre

principalmente pela ausência dessa estrutura nas células de mamíferos; por esse motivo

os componentes da parede são alvos promissores para o desenvolvimento de novas

drogas. Para descrever o perfil das proteínas constituintes da parede celular (PPCs) de

Paracoccidioides sp. nas formas leveduriforme e miceliana, foi utilizada uma

abordagem proteômica combinando cromatografia líquida em nanoescala com

espectrometria de massas multiplexada (nanoUPLC-MSE). Entre as proteínas

identificadas foi encontrada uma transglicosidase, homologa a Crh1p, correspondendo a

uma proteína GPI ancorada, conhecida por estar envolvida em ligar quitina à β-glucana.

Adesinas anteriormente descritas em Paracoccidioides sp. como enolase, gliceraldeído-

3-fosfato desidrogenase, álcool desidrogenase, frutose-1,6-bifosfato aldolase e algumas

chaperonas também foram identificadas. Além disso, nós identificamos a formamidase

que tem sido descrita como localizada na parede celular e pode estar envolvida no

metabolismo de nitrogênio, além de contribuir com propriedades antigênicas.

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

xii

ABSTRACT

Paracoccidioidomycosis (PCM) is the important systemic mycosis in Latin America,

with high incidence in Brazil, Argentina, Colombia and Venezuela. The disease has

been attributed to the thermodimorphic fungus Paracoccidioides sp.. During the

infective process, we can highlight the role of the cell wall, which is a dynamic

structure, vital for growth, survival and morphogenesis of the fungus. In addition, this

structure is constantly changing in response to environmental signals and different

stages of the cycle of the fungus. The interest in the fungal cell wall occurs primarily by

lack of this structure in mammalian cells; for this reason cell wall components are

promising targets for antifungal drug design. In order to describe the profile of cell

wall proteins (CWPs) of Paracoccidioides sp., it was used a proteomic approach

coupling nanoscale liquid chromatography to multiplexed mass spectrometry

(nanoUPLC-MSE) to identify the CWPs isolated from Paracoccidioides sp. yeast cells

and mycelia. Among the identified proteins, it was found a transglycosylase orthologue

to the Crh1p, which is a GPI anchored protein, known to be involved in attaching chitin

to β-glucan. Adhesins previously described in Paracoccidioides sp. such as enolase,

glyceraldehyde-3-phosphate, alcohol dehydrogenase, fructose-1,6-biphosphate aldose

and some chaperones were also identified. Moreover, we identified formamidase that

was previously described as localized in the fungus cell wall and may be involved in

nitrogen metabolism besides contributing with antigenic properties.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

1

1. INTRODUÇÃO

1.1. Aspectos Gerais

Paracoccidioides spp. é um fungo termodimórfico, agente etiológico da

paracoccidioidomicose (PCM), doença granulomatosa crônica, endêmica na América

Latina, com alta incidência no Brasil, Argentina, Colômbia e Venezuela (Franco et al.

1993; Lacaz, 1994; McEwen et al., 1995; Restrepo et al. 2000 a; Bellisimo et al., 2011).

Paracoccidioides spp. pertence ao filo Ascomycota, ordem Onygenales e família

Ajellomycetaceae (Leclerc et al., 1994; James et al., 1996; Bialek et al., 2000;

Untereiner et al., 2004; Sturme et al., 2011) grupo no qual se incluem também,

Blastomyces dermatitidis, Histoplasma capsulatum, Emmosia parva e E. crescens. Em

estudos recentes o fungo patogênico Lacazia loboi foi incluído também neste grupo,

como uma espécie próxima ao Paracoccidioides spp. (Theodoro et al., 2012). Em sua

maioria os membros dessa família compartilham características comuns como,

apresentarem uma fase saprobiótica e uma patogênica e apresentarem um envolvimento

com o hospedeiro vertebrado (Untereiner et al., 2004).

Inicialmente o complexo Paracoccidioides brasiliensis era considerado

espécie única de seu gênero. Nesse sentido em abordagens moleculares realizadas por

Matute e colaboradores (2006), foram descritas três espécies filogenéticas pertencentes

ao complexo Paracoccidioides: S1 (espécie 1), compreendendo 38 isolados,

encontrados no Brasil, Argentina, Peru, Paraguai e Venezuela; PS2 (espécie filogenética

2) contendo 6 isolados, presentes no Brasil e Venezuela, PS3 (espécie filogenética 3)

incluindo 21 isolados da Colômbia. Estudos posteriores propuseram a existência de uma

nova espécie do complexo Paracoccidioides sp. compreendida por isolados

pertencentes a um grupo filogenético que apresentava alta divergência com as outras

três espécies filogenéticas identificadas, denominado como Paracoccidioides lutzii, que

representa o isolado Pb01-like (Carrero et al., 2008). Recentemente tem sido proposto

dentro do grupo Paracoccidioides brasiliensis a espécie filogenética 4 (PS4) o qual

inclui isolados recuperados da Venezuela, porém ainda é pouco caracterizada (Salgado-

Salazar et al., 2010; Theodoro et al.,2012; Bocca et al., 2013). Neste contexto o

complexo Paracoccidioides sp. é composto por quatro linhagens filogenéticas distintas

(S1, PS2, PS3 e Pb01-like).

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

2

Aspectos como a ecologia do Paracoccidioides spp. ainda não são

completamente entendidas, porém várias evidências têm sugerido o solo como principal

habitat da fase saprofítica do fungo, uma vez que ele tem sido isolado esporadicamente

deste local (Terçarioli et al., 2007). O fungo tem sido frequentemente encontrado em

diferentes espécies de tatus, como o Dasypus novemcintus e Cabassus centralis já sendo

isolado em uma frequência entre 75-100% dos animais capturados nas áreas endêmicas

da PCM (Corredor et al. 1999; Bagagli et. al., 2003; Bagagli et. al., 2009; Richini-

Pereira el al. 2009). Esse aspecto pode estar associado ao fato desses animais estarem

frequentemente em contato com o solo. Além disso, uma característica importante que

contribui para a dispersão dos esporos do fungo está ligada ao hábito desses animais em

escavar tuneis e viver sobre tocas (Theodoro et al., 2005; Bagagli et al., 2006; Boca et

al., 2013). O fungo tem sido isolado também em cães, animais domésticos, primatas e

em fezes de morcego e pinguins (Shome & Batista, 1963; Grose & Tamsitt, 1965;

Negroni 1966; Assis et al., 1990; Camargo et al., 1992; Corte et al. 2007; Fontana et al.,

2010; Farias et al. 2011). Estudos têm mostrado que o Paracoccidioides spp. ocorre

preferencialmente em locais de solo com alto índice de chuvas, umidade relativamente

alta, abundância de vegetação e a presença de curso de água (Barrozo et al., 2009;

Barrozo 2010).

Paracoccidioides spp. é um fungo que apresenta dimorfismo térmico,

desenvolvendo-se como micélio na condição saprobiótica ou quando cultivado em

temperaturas entre 18-25oC, com hifas finas e septadas, com clamidosporos terminais

ou intercalares e com vários núcleos (Brummer et al., 1993). A forma leveduriforme se

manifesta quando do cultivo em temperatura a 37oC ou nos tecidos do hospedeiro,

apresentando morfologia oval ou alongada (San-Blas,1993; Brummer et al., 1993), com

múltiplos brotamentos, assemelhando-se a uma “roda-de-leme” (Furtado et al., 1967). A

infecção ocorre pela inalação de propágulos infectantes, produzidos pelo micélio, os

quais ao atingirem os pulmões se diferenciam em células leveduriformes devido ao

aumento da temperatura corporal (36-37oC), e assim estabelecendo a infecção (McEwen

et al. 1987; San-Blas et al., 2002).

A incidência da PCM em zonas endêmicas varia de 1 a 3 novos casos por

100 mil habitantes ao ano. Estudos apontam, a PCM como a oitava causa de

mortalidade por doença infecciosa crônica entre as doenças infecciosas e parasitárias.

Dados isolados mostraram que a paracoccidioidomicose é a principal doença

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

3

responsável em causar mortes entre as micoses sistêmicas, seguido pela criptococose,

candidíase e histoplasmose (Prado et al. 2009). No Brasil, a doença tem distribuição

mais frequente nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e

Goiás (Shikanai-Yasuda et al., 2006). Contudo, nas últimas décadas a doença tem

atingido a região Norte do país, sendo relatados casos da doença na Amazônia

(Marques-da Silva et al., 2012).

A doença afeta principalmente indivíduos que exercem atividades

relacionadas com a agricultura, onde através da manipulação do solo, os esporos do

fungo são inalados (Franco et al. 2000). A PCM acomete preferencialmente homens de

idade entre 30 e 50 anos (Londero & Ramos, 1990; Valle et al., 1992). A incidência da

doença até a puberdade é a mesma em ambos os sexos, porém na fase adulta, mais de

80% dos pacientes são do sexo masculino (Martinez, 1997; Colombo et al., 2011).

Acredita-se que a menor incidência no sexo feminino seja devido à ação protetora do

hormônio 17-β-estradiol, visto que este hormônio possui a capacidade de inibir a

transição de micélio ou conídio para a fase leveduriforme (Loose et al., 1983; Salazar et

al., 1988). Dados de transmissão da micose de uma pessoa para outra não tem sido

reportado. Por outro lado, o uso de tabaco, ingestão de álcool aumentam o risco para o

desenvolvimento da PCM (dos Santos et al., 2003).

A PCM apresenta duas formas clínicas principais: forma aguda ou subaguda

e a forma crônica. O espectro da doença vária de um curso assintomático, para uma

doença severa ou até mesmo a uma doença fatal (Franco et al., 1987). Essas

manifestações dependem de diversos fatores como, por exemplo, idade, resposta

imunológica do hospedeiro, carga fúngica inalada. A forma juvenil, aguda (subaguda)

inclui de 3 a 5% dos casos, apresentando um curso rápido, acometendo o sistema

reticuloendotelial, sendo predominante em crianças e adolescentes. A forma crônica da

doença ocorre em 90% dos pacientes, sendo de curso lento, no qual os sintomas podem

ser manifestados anos após a infecção, apresentando em 80% dos casos manifestações

pulmonares (Brummer et al.,1993; Morejón et al., 2009).

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

4

1.2. Parede Celular em Fungos

A parede celular é uma estrutura dinâmica e complexa, que está em contínua

mudança em resposta às alterações na condição de cultivo e estresse ambiental (Latgé,

2007). Por estar localizada na interface entre o micro-organismo e o meio ambiente, a

parede celular participa diretamente da interação parasito-hospedeiro, sendo um

componente essencial para a sobrevivência do patógeno, uma vez que seus componentes

favorecem a instalação do fungo e o ajudam a resistir às agressões vindas do hospedeiro

(San-Blas & San-Blas, 1977; Gow & Hube, 2012). Suas funções estão relacionadas à

proteção contra uma ampla variedade de condições ambientais como estresse osmótico

e mecânico. Outro fator importante está relacionado ao requerimento da parede celular

para o estabelecimento e manutenção da forma da célula fúngica, além de fornecer

rigidez à célula.

Em fungos patogênicos a parede celular é crítica para virulência e

patogenicidade, além de fornecer propriedades adesivas importantes para a invasão ao

tecido do hospedeiro bem como proteção contra os mecanismos de defesa (De Groot et

al., 2005; Levin, 2011; Goodwin et al., 2013). Sendo assim, seu papel biológico

essencial, bioquímica única, organização estrutural e sua ausência nas células dos

mamíferos, tem tornado à parede celular um alvo promissor para o desenvolvimento de

drogas antifúngicas (Groll et al., 1998; Latgé, 2007). Corroborando com essa

propriedade da parede celular dos fungos, dados tem mostrado que drogas fungicidas e

fungistáticas cujo alvo é interferir na biogênese da parede celular estão entre os agentes

mais efetivos para o tratamento de infecções fúngicas (Goodwin et al., 2013).

Em fungos dimórficos, mudanças extensivas na composição e organização

da parede celular podem ocorrer durante o crescimento e desenvolvimento das células

fúngicas. A composição da parede celular pode variar entre diferentes espécies de

fungos, porém, ela é composta basicamente de proteínas, manoproteínas,

polissacarídeos e lipídeos, que são ligados por diferentes maneiras, a fim de formar esta

estrutura vital aos fungos patogênicos. (De Groot et al., 2005; Xie & Lipke, 2010;

Orlean, 2012).

Dentre os componentes da parede celular estão os polissacarídeos, os quais

são formados por glucanas e quitinas. As glucanas são sintetizadas por glucanas sintases

associadas à membrana celular, um complexo de proteínas que utiliza UDP-glicose

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

5

intracelular como substrato e catalisa a síntese do polímero linear de glucana. Uma vez

formados, os polímeros lineares de glucanas são então deslocados para o meio externo

(Lesage & Bussey, 2006). De uma maneira semelhante, a quitina é sintetizada por

quitina sintases, enzimas que possuem múltiplos domínios transmembrana, os quais

formam canais onde os polímeros de quitina passam para alcançar o meio externo. É

reconhecido que proteínas que se ligam covalentemente aos componentes da parede,

como as glicoproteínas, apresentam um peptídeo sinal que as direcionam a síntese nos

ribossomos ligados ao reticulo endoplasmático. Neste compartimento, essas proteínas

sofrem modificações pós-traducionais podendo ser ligadas à sua estrutura oligossarídeos

N-ligados e uma âncora de glicosilfosfatidilinositol (GPI). Posteriormente algumas

proteínas são O-glicosiladas no complexo de Golgi. Assim as proteínas agora

modificadas podem então ser transportadas para a parede celular. Uma vez que as

glucanas, quitina e glicoproteínas são liberadas na parede celular, enzimas

especializadas as reconhecem e ligam covalentemente esses componentes da parede

celular uns aos outros, gerando uma estrutura tridimensional de glucanas, quitina e

glicoproteínas. Essas enzimas possuem funções de glicosil hidrolase cortando os

polímeros da parede celular, assim como uma função de glicosil transferase criando

uma nova ligação que une um polímero a outro (Goodwin et al., 2013).

Componentes da parede celular têm sido caracterizados como importantes

fatores de virulência e patogenicidade. Os polissacarídeos de parede desempenham

importantes funções como padrões moleculares associados ao patógeno (PAMP) sendo

importantes imunomoduladores, além de desempenharem funções relacionadas à

virulência e evasão do sistema imune do hospedeiro (San-Blas & San-Blas, 1977;

Hallak et al.,1982; Restrepo-Moreno, 1993; Silva et al., 1997). A β-glucana é um

importante imunomodulador na resposta contra infecções fúngicas, induzindo a

secreção de TNF-α que potencializa a resposta inflamatória e eliminação do patógeno

(Brow et al., 2002; Steele et al., 2003; Brown et al., 2003; Steele et al., 2005; Rubin-

Bejerano et al., 2007). Já a α-1,3-glucana está associada com a virulência em diversos

fungos entre eles Paracoccidioides spp., contribuindo para latência do fungo,

protegendo a β-glucana do reconhecimento das células do sistema imune inato,

consequentemente reduzindo a produção de TNF-α pelas células infectadas (San-Blas

&San-Blas, 1977; Rappelye et al., 2006; Lemus et al., 2013).

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

6

1.3. Parede Celular de Paracoccidioides spp.

A parede celular do fungo patogênico Paracoccidioides spp. contém

polissacarídeos, proteínas e lipídios, sendo que sua composição e organização estrutural

estão em constantes mudanças em resposta a condições ambientais e estresse, bem

como durante o ciclo celular (San-Blas & San-Blas, 1977; San-Blas & Niño-Veja,

2008). Em Paracoccidioides spp. foi demonstrado diferenças estruturais nos

carboidratos das formas miceliana e leveduriforme. Em micélio além de glicose e

glicosamina, também são encontradas pequenas quantidades de galactose e manose

(Kanetsuna et al., 1969; San-Blas & San-Blas, 1977). O complexo de polissacarídeos

inclui α-1,3-glucana, presente nas células leveduriformes, que decresce drasticamente

quando o fungo assume a morfologia miceliana, a qual apresenta predominantemente β-

glucana (Kanetsuna et al., 1972; San-Blas, 1982). Análises transcricionais revelaram

que vários genes relacionados com a síntese de carboidratos da parede são induzidos

durante a transição. Entre eles a indução de genes codificantes das enzimas

fosfoglicomutase, UDP-glicose pirofosforilase e α-1,3-glucana sintetase, permitindo o

aumento da síntese de α-1,3-glucana na forma leveduriforme (San-Blas, 1982; Bastos et

al., 2007; San-Blas & Ninõ-Vega, 2008).

A quitina é um componente que está presente nas formas miceliana e

leveduriforme de Paracoccidioides spp., sendo, entretanto encontrada em proporções

distintas dependendo da morfologia. A fase patogênica da levedura possui uma

quantidade maior de quitina comparada com a miceliana. Não foram observadas

diferenças significativas na quantidade de lipídeos e hexoses em ambas as formas, mas

comparando o teor proteico, a forma miceliana apresenta um maior conteúdo, além

disso, as proteínas são mais rígidas, por possuírem maiores quantidades de pontes

dissulfeto (Kanetsuna et al.,1969; San-Blas & San-Blas, 1977).

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

7

Estruturalmente, os componentes da parede celular de Paracoccidioides

spp. são dispostos em camadas (Figura 1). Estudos mostraram, através de microscopia

eletrônica, que a parede celular da fase miceliana possui uma única camada com 80 a

150 nm de espessura, o qual compreende uma rede microfibrilar de β-1,3-glucana e em

menor quantidade β-1,6-glucana que se interconectam com a quitina (polímeros de N-

acetilglicosamina unidas por ligações β-1,4), localizada na parte interna da parede

(Carbonell & Rodriguez, 1968; San-Blas & San-Blas, 1977; San-Blas,1982). Na forma

de levedura a parede possui três camadas, com 200 a 600 nm de espessura, sendo que a

camada interna é formada por quitina e β-glucana e a camada externa por α-glucana

(Carbonell, 1972; San-Blas, 1982).

Figura 1. Parede celular de Paracoccidioides sp. (A) Parede celular de levedura x 40.000 mostrando três camadas

distintas, duas eletrodensas alternadas por uma camada translúcida. A camada externa é formada por α-1,3-glucana,

enquanto a interna por uma rede de filamento de quitina e β-glucana. (B) Parede celular da forma miceliana x 38.000

mostrando uma única camada, onde quitina, proteínas e β-glucanas se interconectam. Adaptado de San-Blas & San-Blas

(1977).

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

8

1.4. Proteínas da Parede Celular de Fungos

Na complexa estrutura da parede celular, conjuntos de diferentes proteínas

se ligam por diferentes maneiras à rede microfibrilar de polissacarídeos que cerca a

membrana plasmática (Klis et al., 2001). Acredita-se que as proteínas de parede

possuem funções estruturais e atividades catalíticas relacionadas à: montagem de

macromoléculas, remodelamento da parede durante o crescimento celular e

morfogênese. Além disso, as proteínas da parede celular têm função na absorção de

nutrientes, na adaptação da célula a diferentes condições de estresse, patogênese,

detoxificação de radicais de oxigênio, bem como na relação patógeno-hospedeiro

(Hoyer et al., 1998; Staab el al. 1999; Schaller et al, 2005; Almeida et al., 2008;

Castilho et al., 2008; Fronhner et al., 2009; Goodwin et al., 2013).

Essas proteínas são frequentemente decoradas com cadeias de carboidratos

consistindo de resíduos de manose em sua maioria, denominadas manoproteínas. As

proteínas da parede celular são usualmente encontradas na camada externa, mascarando

o esqueleto interno formado por polissacarídeos. A localização das proteínas na camada

externa contribui para porosidade limitada da parede celular, sendo que esta função é

conferida pelas cadeias de carboidratos que são ligadas a essas proteínas. A porosidade

limitada fornece proteção contra enzimas do hospedeiro que degradam a parede, bem

como proteção contra o sistema imune do hospedeiro (de Groot et al., 2005; Klis et al.,

2011; Teparic & Mrsa 2013).

O modelo molecular proposto para a parede celular de Saccharomyces

cerevisiae e Candida albicans descreve diferentes tipos de ligações nas quais as

proteínas podem ser retidas na parede celular, com ligações covalentes e não covalentes,

levando assim a uma alta complexidade estrutural (de Groot et al., 2004; Pitarch et al.,

2008). Um modelo molecular semelhante é também aplicável para outros fungos

ascomicetos, incluindo Paraoccidioides spp.. Através do tipo de ligação que é

estabelecido com os componentes da parede estas proteínas podem ser agrupadas em

três classes:

1) as proteínas associadas à parede por ligações não covalentes ou pontes de

dissulfeto (fração F1): incluem proteínas relacionadas com a biossíntese e modulação

dos constituintes da parede, proteínas exportadas por vias de secreção clássicas e

proteínas que usam uma rota alternativa para alcançar a superfície celular. Essas

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

9

proteínas estão localizadas principalmente na superfície celular, mas podem ser

encontradas em menor proporção nas camadas internas da parede celular, sendo

solubilizadas pelo uso de detergentes e agentes redutores (de Groot et al., 2004; Chaffin,

2008; Pitarch et al. 2008).

2) Proteínas ligadas à parede por ligações álcali sensíveis ASL-PPCs (fração

F2): Inicialmente acreditava-se que esta classe era composta apenas por Pir-PPCs

(proteínas da parede celular com repetições internas); posteriormente estudos

demostraram que havia outras proteínas que não apresentavam homologia com as Pir,

mas eram ligadas covalentemente à β-1,3-glucana sem serem conectadas a uma β-1,6-

glucana e sem possuírem uma âncora de GPI. Assim esta classe inclui as proteínas da

família Pir e proteínas sensíveis ao tratamento álcali, ligadas diretamente a β-1,3-

glucana. (de Groot et al., 2004; Yin et al., 2005). As ASL-PPCs estão localizadas na

camada mais interna da parede celular de C. albicans. Esse grupo de proteínas pode ser

solubilizado com tratamento com álcali ou com tratamento enzimático com β-1,3-

glucanase (Mrsa et al., 1997; Kapteny et al., 1999a; Kapteny et al., 2000).

Na classe da ASL-PPCs, é bem caracterizada a família de proteínas com

repetições internas conservadas (Pir-PPCs). Essas proteínas compartilham

características comuns: um peptídeo sinal N-terminal; um sítio de clivagem Kex2p; um

domínio central com repetições características, consistindo de uma sequência consenso

rica em resíduos de glutamina (Q-I/V-X-D-G-Q-I/V-/P-Q); uma região C-terminal

compreendida por quatro resíduos de cisteínas (Toh-e et al., 1993; Mrsa et al., 1997;

Yin et al., 2005). Foi proposto que as Pir desempenham uma importante função no

fortalecimento da rede de β-1,3-glucana, uma vez que se encontram ligadas a esse

polissacarídeo.

Corroborando com esta função, foi demonstrado que essas proteínas são

induzidas durante enfraquecimento da parede causado pelos níveis reduzidos de β-1,6-

glucana, desencadeando importante mecanismo compensatório utilizado para fortalecer

essa organela extracelular (Kapteyn et al. 1999). Tem sido abordado que as Pir podem

ser incorporadas na parede celular por diferentes e complexas maneiras (de Groot et al.,

2004). Estudos mostraram que uma proteína designada ScPir4p/Cis3p necessita de uma

sequência repetitiva rica em glutamina para ser covalentemente ligada aos

polissacarídeos da parede (Castilho et al., 2003; de Groot et al,. 2004). Além disso, por

serem altamente O-glicosiladas acredita-se que sua interação com a β-1,3-glucana

ocorra através de uma ligação O-glicosídica que as mantém na parede. Especula-se

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

10

também que as Pir são ligadas à parede celular por pontes dissulfeto uma vez que estas

podem ser liberadas por agentes redutores tais como β-mercaptoetanol ou ditiotretiol

(Moukadiri et al., 2001; Jaafar et al.2003; de Groot et al. 2005, Orlean et al., 2006).

Contudo o mecanismo exato de como as ASL-PPCs são ligadas a parede celular ainda

não é completamente entendido.

3) Proteínas ligadas indiretamente a β-1,3-glucana através de uma β-1,6-

glucana (fração F3): Este grupo inclui proteínas que sofreram a adição de uma âncora de

GPI como modificação pós-traducional, que permite o ancoramento dessas proteínas à

parede (Pitarch et al., 2008).

Essa modificação ocorre no retículo endoplasmático (RE), onde uma âncora

de GPI, por ação de uma GPI transamidase é ligada a extremidade C-terminal de uma

proteína (Mayor & Riezman, 2004). As proteínas que serão ancoradas à GPI possuem

características comuns: um peptídeo sinal na extremidade N- terminal que as direciona

para o RE; um segundo domínio hidrofóbico na extremidade C-terminal para ligação

transitória na membrana do RE; e o sítio ômega (∞) composto por aminoácidos

pequenos (∞+1 e ∞+2) que se ajustam ao sítio catalítico da GPI transamidase

(Eisenbaher et al., 2004); esse sítio ∞ se encontra próximo à porção C-terminal da

proteína e será clivado por uma GPI transamidase e substituído por uma âncora de GPI

que se ligará a proteína (Orlean, 1997; Hamada et al., 1988b; Mayor & Riezman, 2004;

Mathias & Plaine, 2007). O grupo GPI consiste de um grupo lipídico, que serve como

âncora para ligação à membrana, um grupo inositol, um grupo N-acetilglicosamina, três

grupos de manose e fosfoetanolamina; este último conectará a âncora de GPI à região

C-terminal de uma proteína através de uma ligação amida (Tiede et al., 1999).

Posteriormente as proteínas contendo o grupo GPI serão transportadas para

o complexo de Golgi, seguindo destinos possíveis: ou são incorporadas

permanentemente à membrana plasmática ou são direcionadas à parede (Lu et al.,

1994). Em alguns fungos as GPI-PPCs são ligadas na parede celular após serem

clivadas entre o grupo glicosamina e o primeiro grupo de manose da âncora. A proteína

com o remanescente da âncora será então covalentemente ligada a β-1,6-glucana que,

por sua vez será ligada a β-1,3-glucana ou quitina (Kapteyn et al., 1996,1997; Kollár et

al., 1997; de Groot et at., 2004).

As proteínas ancoradas à GPI exercem diversas funções, como antígenos de

superfície, moléculas de adesão, receptores de superfície, biossíntese e remodelamento

da parede celular (Hartland et al., 1996; Mouyna et al., 2000; Chatterjee & Mayor,

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

11

2001; Hoyer et. al., 2001; Sundstrom, 2002; Hung et al., 2002; McGwire et al., 2002;

Castro et al., 2005). Essas proteínas podem ser extraídas pela adição de HF-piridina

(Fluoreto hidrogenado de piridina), o qual cliva a ligação fosfodiéster entre a âncora

remanescente de GPI e a β-1,6-glucana. Outra forma de extração consiste no tratamento

enzimático: GPI ligadas a β-1,3-glucana (utilizando β-1,3 ou β-1,6-glucanase) ou GPI

ligadas à quitina utilizando (quitinase ou β-1,6- glucanase) (de Groot et al., 2004;

Pitarch et al., 2008; Castilho et al. 2008).

Diversas proteínas têm sido caracterizadas na parede celular de

Paracoccidiodes spp. desempenhando papel importante na virulência e biogênese da

parede celular, sendo algumas caracterizadas como antígenos de superfície e moléculas

de adesão (Barbosa et al., 2006; Pereira et al., 2007; Castro et al., 2009; Nogueira el al.,

2010; Lima et al., 2012; Bailão et al., 2012). Castro e colaboradores (2005), utilizando

um banco de cDNAs que codificam para proteínas associadas à parede celular de

Paracoccidiodes sp., identificaram a sequência deduzida de aminoácidos para PbGel3p,

enzima esta responsável pelo alongamento das cadeias de β-1,3-glucana (Mouyna et al.,

2000). A PbGel3p apresentou níveis de expressão mais abundantes na fase miceliana,

concordando com altos níveis de β-1,3-glucana encontrada na fase infectiva do fungo

(San-Blas & San Blas, 1994). Evidências têm mostrado que o provável papel ativo

dessa enzima esteja relacionado na biossíntese e morfologia da parede celular em

Paracoccidioides sp., especialmente em micélio (Castro et al., 2009; Lima et al., 2012).

Além disso, dois outros membros da família das glicanosiltransferases têm sido

caracterizados em Paracoccidioides sp., Gel1p e Gel2p, encontradas

predominantemente associadas com a superfície celular do fungo. Estudos de

complementação genética têm mostrado que a Gel2p participa da manutenção da

integridade da parede celular, uma vez que ela foi capaz de restaurar a atividade da

Gas1p em mutantes de S. cerevisiae (Lima et al., 2012).

Paracoccidiodes spp. tem múltiplos mecanismos de patogenicidade,

incluindo aderência, colonização, disseminação, sobrevivência em ambientes hostis e

evasão do sistema imune, o que permite o estabelecimento da doença (Franco, 1987;

Kurokawa et al., 1998; Van De et al., 2011). A aderência de micro-organismos

patogênicos a tecidos do hospedeiro é um evento indispensável para o inicio da

colonização e disseminação (Sohn et al., 2006; Bhavsar et al., 2010). O processo de

adesão, mediada por proteínas denominadas adesinas, implica no reconhecimento do

patógeno a carboidratos, proteínas ligantes na superfície do hospedeiro ou proteínas da

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

12

matriz extracelular (ECM) (Patti et al. 1994; Latgé 2010; Frases et al., 2011). O fungo

utiliza uma variedade de moléculas de superfície para ligar à matriz extracelular do

hospedeiro (Lengeler et al., 2000). Entre elas inclui-se uma glicoproteína

imunodominante de 43 kDa (gp43) identificada como ligante para a laminina (Vicentini

et al., 1994). Estudos mostraram que em ensaios de afinidade, a gp43 foi capaz de se

ligar a fibronectina e a laminina (Mendes-Giannini et al., 2006). Outra molécula

encontrada na parede celular que tem capacidade de aderir às proteínas da ECM, como

laminina, fibronectina, colágeno tipo I e tipo IV, é a PbDfg5p (proteína deficiente para

o crescimento filamentoso 5). Esta proteína pertence à família das glicosil hidrolases,

desempenhando função relacionada à formação e manutenção da parede celular de

Paracoccidioides sp. (Castro et al., 2008).

Em Paracoccidioides spp. outras adesinas que desempenham função na

patogênese tem sido descritas; gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase, (Barbosa et al.,

2006); triose-fosfato isomerase (TPI), o qual se liga a componentes da matriz como a

laminina e fibronectina (Pereira et al., 2007). Além disso, a enolase localizada na parede

celular contribui para a virulência de Paracoccidioides sp. (Donofrio et al., 2009;

Nogueira et al., 2010; Bailão et al., 2012). Adicionalmente uma proteína 14-3-3 de 30

kDa, foi caracterizada em Paracoccidioides sp.. Esta é uma adesina ligante de laminina,

localiza-se na parede celular das leveduras, podendo desempenhar papel na relação

fungo-hospedeiro (Silva et al., 2013). Paracoccidioides sp. apresenta também na sua

superfície duas proteínas de 32 e 19 kDa, envolvidas na interação com várias proteínas

da ECM, tais como laminina, fibronectina e fibrinogênio (Gonzalez et al., 2005;

Hernández et al., 2010).

Estudos in silico tem permitido a predição de proteínas de superfície. Castro

et al. (2005) descreveram 20 proteínas com possíveis âncoras de GPI. Dentre as

proteínas, destaca-se a sod3, uma superóxido dismutase Cu, Zn, envolvida na proteção

contra os radicais livres de oxigênio. Devido a sua localização pode-se atribuir sua

atividade a uma melhor acessibilidade aos ânions superóxido do hospedeiro (Castro et

al. 2005).

Como elucidado nas considerações acima, a análise proteômica das

proteínas da parede celular de Paracoccidioides sp. irá ampliar o entendimento da

relação patógeno-hospedeiro, além de fornecer bases moleculares de conhecimento para

o desenvolvimento de novas estratégias no tratamento desta micose sistêmica.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

13

2. JUSTIFICATIVA

A parede celular é uma estrutura complexa e dinâmica, vital para o

crescimento, sobrevivência e morfogênese do fungo. Por estar localizada na interface

entra a célula fúngica e o hospedeiro participa diretamente da relação parasito-

hospedeiro, favorecendo assim, a instalação do patógeno e o ajudando a resistir às

agressões vindas do hospedeiro (Heilmann et al., 2011; Goodwin et al., 2013). Os

fungos patogênicos compartilham uma biologia comum com o seu hospedeiro, porém a

parede celular é uma estrutura única para o patógeno, uma vez que esta se encontra

ausente nas células dos mamíferos. Portanto, a parede celular tem se tornado um alvo

promissor para o desenvolvimento de novas drogas.

As proteínas que compõem a parede celular são o primeiro ponto de contato

com as células do hospedeiro sendo importantes em mediarem à resposta imune,

processo de adesão, aquisição de nutrientes, virulência, danos ao tecido do hospedeiro,

bem como na morfogênese da célula fúngica. Nesse sentido essas proteínas permitem

que os fungos avaliem e respondam a mudanças impostas pelo ambiente (Chaffin, 2008;

Pitarch et al., 2008; Goodwin et al., 2013).

Apesar da sua importância, até o momento não tem sido descrito estudos

proteômicos com a parede celular de Paracoccidioides sp., limitando assim a

compreensão da patogênese da doença. Em função de seu papel biológico, bioquímica

única, organização estrutural e a ausência da maioria de seus constituintes em células de

mamífero (Latgé et al., 2007), entendimento da estrutura e composição da parede

celular visa compreender a patogênese de Paracoccidioides sp..

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

14

3. OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3.1. Geral

O objetivo geral desse estudo é a identificação e caracterização de proteínas de

parede celular de Paracoccidioides sp. nas fases miceliana e leveduriforme.

3.2. Específicos

Obter proteínas de parede celular em Paracoccidioides sp. nas formas miceliana

e leveduriforme;

Realizar analise em bancos de dados, visando identificar proteínas ligadas a

parede celular;

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

15

4. MÉTODOS

4.1. Manutenção do fungo

O isolado Pb01 (ATCC-MYA-826) de Paracoccidioides sp., foi utilizado

em todos os experimentos deste estudo. As fases miceliana e leveduriforme foram

mantidas in vitro em meio Fava-Netto sólido contendo: [1% (p/v) peptona, 0,3% (p/v)

protease peptona, 0,5% (p/v) extrato de levedura, 0,5% (p/v) extrato de carne, 4% (p/v)

glicose, 0,5% (p/v) NaCl, 1,0% (p/v) ágar, pH 7,2] a 22ºC e 36ºC, durante 15 e 7 dias,

respectivamente (Fava-Netto 1955). As formas miceliana e leveduriforme foram a

seguir inoculadas em meio Fava-Netto líquido e cultivadas a 22ºC e 36ºC,

respectivamente por 72 h sob agitação (150 rpm).

4.2. Isolamento e purificação das proteínas da parede celular de Paracoccidioides

sp.

A metodologia padronizada para extração PPCs foi baseada nos dados da

literatura para os modelos S. cerevisiae e C. albicans métodos os quais são aplicáveis

para outros fungos como Paracoccidioides sp.. Foi utilizado o protocolo estabelecido

por Pitarch e colaboradores (2008), com algumas modificações.

Após 72 h de inoculação as células foram coletadas por centrifugação a

1200g por 10 min a 4oC. O sedimento foi lavado 5 vezes com Tris HCl 10mM , CaCl2

2mM , pH 8,5 PMSF 1mM (fenil-metil-sulfonil-fluoreto) a 1200g por 10min a 4oC. As

células foram ressuspendidas em Tris HCl 10mM pH 8,0, contendo PMSF 1 mM. Em

seguida as células foram rompidas por maceração com gral e pistilo na presença de

nitrogênio líquido até a completa pulverização. O material foi ressuspendido em solução

de Tris HCl 10mM , Cacl2 2mM, pH 8,5, PMSF 1mM na presença de pérolas de vidro;

a mistura foi agitada por 1h a 4oC e a seguir centrifugada a 1200g por 10min a 4oC.

Este procedimento foi realizado até a completa ruptura da célula fúngica. O

sobrenadante obtido contém proteínas citoplasmáticas que foram descartadas. Após

retirada das pérolas de vidro foi acrescentado ao sedimento Tris HCl 10mM, Cacl2 2mM

pH 8,5 e o material foi transferido para um novo tubo de 50 mL. Com o intuito de

reduzir contaminantes citoplasmáticos que poderiam aderir à parede celular através de

interações iônicas não especificas, procederam-se as lavagens do sedimento da seguinte

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

16

maneira: 5 lavagens com água gelada; 5 vezes com NaCl 5% (p/v); 5 vezes com NaCl

2% (p/v); 5 vezes com NaCl 1% (p/v). As dosagens das concentrações proteicas de

todos os extratos foram determinadas pelo método de Bradford (Bradford 1976). Após a

extração de cada fração as proteínas foram precipitadas pelo uso de 2D-Clean-up Kit

(GE Healthcare).

4.2.1 Extração de proteínas por tratamento com SDS/DTT: Obtenção da fração F1

Para otimizar a identificação das PPCs foram adotadas estratégias de

extração de acordo com o tipo de ligação que a proteína é retida na parede celular. Para

obter proteínas que são retidas na parede por ligações não covalentes ou pontes de

dissulfeto (fração 1), o sedimento obtido na etapa de purificação das PPCs foi

submetido a uma etapa de extração por fervura por 10 min com Tris HCl 50mM, pH7,8,

SDS (p/v) 2%, EDTA 100mM , DTT 10mM, sendo o material centrifugado a 1200g por

10 min; essa etapa foi realizada duas vezes. O sobrenadante da centrifugação constitui a

primeira fração denominada Fração 1 (F1). O extrato obtido na F1 foi lavado na

seguinte sequência: 3 vezes com água ultrapura; 3 vezes com solução de bicarbonato de

amônio NH4HCO3 50 mM , pH 8,5. Subsequentemente o material foi concentrado

utilizando-se filtros de 10 kDa (Amicon Ultra centrifugal filter, Millipore).

4.2.2. Extração de proteínas por tratamento com NaOH: Obtenção da Fração F2

O sedimento obtido na etapa anterior, descrito no item 4.2.1, foi submetido

a tratamento em condições alcalinas, a fim de se obter as proteínas de parede álcali

sensíveis (fração 2- F2). O sedimento foi submetido a etapas de lavagens

discriminadas: 5 vezes com água gelada e 10 vezes com acetato de sódio 0,1M, pH 5,5,

contendo PMSF 1 mM. O sedimento foi tratado com NaOH 30mM, sob agitação leve

por 17 h a 4oC. A reação foi interrompida pela adição de ácido acético. Posteriormente o

extrato tratado com NaOH foi centrifugado a 1200g por 10min a 4oC e o sobrenadante

foi então coletado e submetido à diálise por 16 h em água ultrapura gelada. A fração F2,

a qual resultou desse tratamento, foi lavada na seguinte sequência: 3 vezes com solução

de bicarbonato de amônio NH4HCO3 50mM, pH 8,5, subsequentemente sendo

concentrada utilizando filtros de 10 kDa (Amicon Ultra centrifugal filter, Millipore).

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

17

4.3. Deglicosilação das proteínas da fração F2

Uma vez que as proteínas de parede são altamente glicosiladas, estratégias

foram adotadas no intuito de remover carboidratos ligados à estrutura dessas proteínas.

As amostras da fração F2 foram deglicosiladas para posteriormente serem submetidas à

digestão com tripsina. A deglicosilação foi realizada com a enzima N-glicosidase F

recombinante (Roche Applied Science), a qual cliva as ligações N-glicosídicas dos

resíduos de asparagina. O total de 3 unidades da enzima foi adicionado a 300µg do

extrato das frações F2, juntamente com solução de incubação (fosfato de sódio 125mM,

EDTA 25mM, nonidet P40 1% (p/v), β-mercaptoetanol 1% (v/v), SDS 1% (p/v)). A

mistura foi incubada a 37oC por 16 h e a reação foi interrompida por fervura da mistura

durante 5 min. À amostra foi lavada na seguinte sequência: 3 vezes com água ultrapura;

2 vezes com solução de bicarbonato de amônio NH4HCO3 50 mM, pH 8,5.

Subsequentemente sendo concentrada utilizando filtros de 10 kDa (Amicon Ultra

centrifugal filter, Millipore).

4.4. Digestão tríptica e preparação de amostras para análises por LC-MS

De cada extrato obtido pelos diferentes procedimentos descritos acima, 300

µg foram concentrados até volume final de 50µL e submetidos à digestão com tripsina

de acordo com Murad e colaboradores (2011) com algumas modificações. Em 300 µg

do extrato solúvel foi adicionado surfactante Rapigest SF 0,2% (v/v) (Waters, USA),

sendo a mistura incubada a 80oC por 15 min. Posteriormente foi realizada uma etapa de

redução pela adição de DTT 100 mM e o material foi incubado por 30 min à 60oC.

Após o termino da incubação adicionou-se iodoacetamida 300 mM e o material foi

mantido a temperatura ambiente por 30 min ao abrigo da luz. A seguir procedeu-se a

digestão pela adição de tripsina na proporção de 1:100 (Promega) e incubação 37oC por

16 h. A precipitação do surfactante foi realizada pela adição de ácido trifluoroacético

5% (v/v), sendo o material incubado por 90 min à 37oC. Após, a amostra foi

centrifugada a 10.000g por 30 min a 6oC e o sobrenadante contendo peptídeos trípticos

foi então secado a vácuo.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

18

4.5. Aquisição de dados por nanoUPLC-MSE

A fim de permitir a quantificação dos peptídeos a fosforilase B (Waters) foi

adicionada em uma concentração final de 200 fmol.µL-1 . Os peptídeos trípticos foram

separados por cromatografia líquida em nano escala utilizando o cromatógrafo

nanoAcquity UPLC com tecnologia 2D (Waters) de acordo com protocolo descrito por

Schenauer e colaboradores (2012), com modificações. A primeira dimensão da

cromatografia foi realizada em uma coluna XBridge BEH 130 C 18 Nanoease (5µm,

300 µm x 50 mm; Waters, USA) que permitiu o fracionamento dos peptídeos. O sistema

foi mantido em fluxo de 2 µL/min-1 com uma condição inicial de acetonitrila (ACN) de

3%. Os peptídeos foram fracionados-5 vezes (F1-F5) utilizando diferentes gradientes

lineares de concentrações de ACN (-F1-10,8%; F2-14%; F3-16,7%; F4-20,4% e F5-

65%). A segunda dimensão foi realizada pela eluição de cada fração a partir da coluna

de aprisionamento de peptídeos e separadas em uma coluna NanoAcquity UPLC BEH

130 C18 (1,7 µM, 100 µM x 100 mm; Waters, USA). A coluna foi operada em fluxo de

0,9 µL/min-1 à 35o C. O sistema de cromatografia 2D é acoplado a um espectrômetro de

massas Q-TOF-MS Synapt (Waters, Manchester, UK) onde ocorrerá a aquisição dos

dados de espectrometria de massas, o que permitirá a identificação e quantificação dos

peptídeos. Os espectros foram processados e examinados utilizando o ProteinLynx

Global Server (PLGS) versão 2.4. A largura do pico cromatográfico e a resolução MS

TOF foram configuradas em um modo automático. Os parâmetros de busca foram:

taxonomia [Fungi (Paracoccidioides sp. lutzii Pb01) ] com no máximo uma clivagem

perdida. Foram adicionadas à busca modificações de carbamidometilação das cisteínas,

acetilação N-terminal e oxidação de metioninas. A busca foi realizada usando banco de

dados do genoma de Paracoccidioides brasiliensis

(http://www.broadinstitute.org/annotation/genome/paracoccidioides_brasiliensis/MultiH

ome.html).

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

19

4.6. Análises in silico

Devido às características das proteínas da parede celular como:

apresentarem um peptídeo sinal, ou utilizarem uma rota não clássica para alcançarem a

parede; serem altamente glicosiladas; apresentarem uma âncora de GPI; foram

utilizadas ferramentas de bioinformática que permitem analisarem essas características.

O programa Signal P 4.0 (http://www.cbs.dtu.dk/services/SignalP/) foi utilizado para

predição de peptídeo sinal, onde para discriminar se a proteína apresentava peptídeo

sinal predito foi avaliado o valor de significância (score) correspondente ao D-score. O

D-score (score de discriminação) é usado parar discriminar peptídeo sinal nas proteínas;

foram consideradas possuírem peptídeo sinal predito aquelas proteínas que

apresentaram um D-score ≥ 0,34. Para predição de proteínas secretadas por vias não

clássicas foi utilizado o programa Secretome P 2.0

(http://www.cbs.dtu.dk/services/SecretomeP/). Para a entrada da proteína quatro scores

são gerados, o score determinante é o SecP-score. Foram consideradas secretadas por

vias não clássicas aquelas proteínas que apresentavam um SecP-score ≥0,5.

Para avaliar modificações pós traducionais do tipo glicosilação, dois

programas foram utilizados (NetNGlyc 1.0, NetOGlyc 3.1). O programa NetNGlyc 1.0

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetNGlyc/) foi utilizado para predizer sítios de N-

glicosilação, sendo consideradas preditas aquelas que apresentaram um valor de score

≥0,5 e com no mínimo dois ++. Para sítios O-glicosilação o programa NetOglyc 3.1

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetOGlyc/) foi utilizado e as proteínas com um G-

score (score discriminante) ≥ 0,5, foram preditas com O-glicosilação. Para identificar

proteínas putativas com âncoras de GPI o programa big-PI fungal

(http://mendel.imp.ac.at/gpi/fungi_server.html) foi utilizado para reconhecer motivos C-

terminal capazes de ancorar a GPI.

As proteínas identificadas foram agrupadas em categorias funcionais de

acordo MIPS Functional Catalogue Database (FunCatDB), disponível no banco de

dados do Pedant

(http://pedant.gsf.de/pedant3htmlview/pedant3view?Method=analysis&Db=p3_r48325_

Par_brasi_Pb01).

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

20

A figura 2 apresenta o fluxograma das etapas experimentais desenvolvidas

no presente trabalho.

Sobrenadante

Proteínas com ligações não

covalentes/pontes de dissulfeto

(Fração 1)

Sedimento

Proteínas resistentes ao

tratamento com SDS/DTT

(Fração F2)

Extração com NaOH 30mM ( 17 horas,

4oC)

Deglicosilação com N-glicosidase F

(16 horas, 37oC)

Sobrenadante

Proteínas ligadas à parede por

ligações álcali sensíveis

(Fração 2)

Componentes da parede celular ligados entre si. Representando a fração

a fração 1 e fração 2, e o tratamento químico utilizados para liberar as

PPCs. Adaptado de Orlean (2012).

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

21

Figura 2. Fluxograma das estratégias experimentais realizadas no presente estudo. O isolamento das proteínas de

parede foi realizado segundo o tipo de ligação que essas moléculas estabelecem com os componentes da parede.

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

22

5. RESULTADOS

5.1. Enriquecimento das proteínas da parede celular/ validação dos extratos

Com objetivo de verificar se a extração das amostras obtidas continha preferencialmente

proteínas da superfície celular e que as medidas tomadas para reduzir a presença de

contaminantes citoplasmáticos foram efetivas, o sobrenadante da última lavagem com

NaCl 1% foi coletado e submetido à eletroforese unidimensional (SDS-PAGE).

Conforme mostra na Figura 3, a última lavagem não continha proteínas solúveis em

NaCl 1%, sugerindo que o sedimento continha preferencialmente proteínas da fração da

parede celular.

5.2. Perfil qualitativo das frações de proteínas da parede celular

Para avaliar a qualidade dos extratos, as amostras das frações de proteínas

das fases de micélio e levedura foram submetidas à eletroforese unidimensional (SDS-

PAGE). Na Figura 4 é apresentado o gel unidimensional realizado para os extratos de

micélio e levedura fração 1 (A) e fração 2 (B). Foi possível observar um padrão de

Figura 3. Analise da qualidade da fração da parede celular. SDS-PAGE do sobrenadante

da última lavagem com NaCl 1% corado com prata. O marcador do peso molecular é mostrado à esquerda.

Linha 1 micélio; Linha 2 levedura.

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

23

“arraste” nas amostras apresentadas, possivelmente porque essas proteínas são

altamente glicosiladas. Em adição a presença de arraste pode também estar relacionada

ao uso de agentes desnaturantes como o SDS, para solubilizar as proteínas associadas à

parede por ligações não covalentes ou pontes de dissulfeto.

Figura 4. Perfil qualitativo das proteínas da parede celular nas fases miceliana e leveduriforme de

Paracoccidioides sp. SDS-PAGE das frações: a) F1- proteínas extraídas com SDS/DTT em micélio (linha

1) e levedura (linha 2); b) F2- proteínas extraídas com NaOH 30mM em micélio (linha 3) e levedura

(linha 4). O marcador do peso molecular é mostrado à esquerda.

5.3. Análise das proteínas da parede celular nas formas miceliana e leveduriforme

Os extratos das diferentes frações foram digeridos com tripsina, onde o

sistema de cromatografia 2D acoplado a um espectrômetro de massa Q-TOF-MS,

permitiu a identificação e quantificação dos peptídeos. As tabelas-1-5 mostram a relação

de todas as proteínas identificadas nas fases miceliana e leveduriforme nas diferentes

frações analisadas. São apresentados o valor de significância (score) da proteína, o

número de peptídeos encontrados, a cobertura da sequência. Também são evidenciados

a predição para secreção de acordo com os programas Signal P 4.0 e Secretome P 2.0,

possíveis sítios de glicosilação, podendo ser N-glicosilação ou O-glicosilação utilizando

os respectivos programas: NetNGlyc 1.0, NetOGlyc 3.1 e proteínas preditas com âncora

de GPI onde o preditor Big-PI foi utilizado.

Na fase leveduriforme foram identificadas 110 proteínas na fração F1

(Tabela 1), 194 proteínas na fração F2 (Tabela 2). O total de 30 proteínas foram

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

24

identificadas nos extratos da fração F2 submetida a tratamento com a enzima N-

glicosidase F (Tabela 3). Na fase miceliana foram identificadas 11 proteínas na fração

F1 (Tabela 4), 33 proteínas foram identificadas na F2 (Tabela 5). Pode-se observar um

menor número de proteínas identificadas na fase miceliana sugerindo que a extração

dessas proteínas foi menos eficiente quando comparada à levedura; por esse motivo têm

sido buscadas novas técnicas para otimizar a extração. A Figura 5 apresenta o total das

proteínas identificadas nas fases leveduriforme e miceliana nas diferentes frações.

Figura 5. Proteínas identificadas nas fases leveduriforme (diagramas em cinza escuro) e miceliana

(diagramas em cinza claro) nas frações F1-F2.

5.3.1. Proteínas localizadas na fração F1 da fase leveduriforme de Paracoccidioides

sp.

As proteínas identificadas na fração F1 da fase leveduriforme compreendem

em grande número (38,2% do total) em proteínas relacionadas com a síntese proteica,

na qual se incluem proteínas ribossomais, fatores de elongação ou proteínas

relacionadas com o processo de tradução. Proteínas de resposta ao estresse (8,2%),

proteínas de resgate celular, defesa e virulência (2,7%), proteínas/enzimas relacionadas

ao metabolismo e energia (27,3%), proteínas de transporte (4,5%), histonas (5,4%),

proteínas relacionadas com o ciclo celular e processamento de DNA (3,6%), proteínas

envolvidas no dobramento, modificações e destinação (3,6%), proteínas relacionadas

com a biogênese de compostos celulares (1,8%), proteínas envolvidas na comunicação

celular (1,8%), proteínas de transcrição (2,7%) e proteínas não classificadas (0,90%) são

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

25

representadas na fração F1 da fase leveduriforme de Paracoccidioides sp. como

demostrado na (Tabela 1).

5.3.2. Proteínas localizadas na fração F2 da fase leveduriforme de Paracoccidioides

sp.

As proteínas identificadas na fração 2 da fase leveduriforme incluem

proteínas de resposta ao estresse (4,6%), proteínas de resgate celular, defesa e virulência

(1,5%), proteínas/enzimas relacionadas ao metabolismo e energia (35,6%), proteínas

relacionadas com a síntese proteica que incluem proteínas ribossomais e fatores de

elongação (23,2%). Proteínas de transporte (5,1%), histonas (2,1%), proteínas

relacionadas à comunicação celular (2,1%), proteínas relacionas com a biogênese de

componentes celulares (2,6%), proteínas envolvidas com o ciclo celular e

processamento de DNA (5,7%). Proteínas relacionadas com o dobramento,

modificações e destinação (8%), proteínas envolvidas na transcrição (3,6%,) e proteínas

não classificadas (6,2%) foram identificadas na fração F2 da fase leveduriforme de

Paracoccidioides sp. (Tabela 2).

Na fração 2 tratada com N-glicosidase F, foram identificadas proteínas de

resposta ao estresse (16,6%), proteínas/enzimas envolvidas no metabolismo e energia

(40%), proteínas relacionadas na com a síntese proteica (13,3%). Proteínas envolvidas

no dobramento, modificações e destinação (13,3%), proteínas relacionadas com a

biogênese de componentes celulares (10%), proteínas de transporte (3,3%), e proteínas

não classificadas (3,3%) foram representadas na fração F2 tratada com NaOH e N-

glicosidase F (Tabela 3).

5.3.3. Proteínas expressas nas frações F1 a F2 na fase miceliana de Paracoccidioides

sp.

As proteínas identificadas na fração F1 da fase miceliana compreendem em

grande número (45,4% do total) aquelas relacionadas com a síntese proteica, na qual se

incluem proteínas ribossomais, fatores de elongação ou proteínas relacionadas com o

processo de tradução. Proteínas de resposta ao estresse (9,1%), proteínas/enzimas

relacionadas com o metabolismo e energia (27,2%), proteínas relacionadas com a

biogênese de compostos celulares (9,1%) e (9,1%) proteínas não classificadas são

representadas na fração F1 da fase miceliana de Paracoccidioides sp., como mostra a

(Tabela 4).

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

26

As proteínas identificadas na fração 2 incluem proteínas de resposta ao

estresse (15,1%), proteínas/enzimas relacionadas com metabolismo e energia (15,1%),

proteínas envolvidas na síntese proteica compreendendo proteínas ribossomais e fatores

de elongação (42,4%). Proteínas de transporte (9,1%), histonas (9,1%), proteínas

envolvidas no ciclo celular e processamento de DNA (3%), proteínas relacionadas com

transcrição (3%) e proteínas envolvidas na comunicação celular (3%) são demonstradas

na fração F2 da fase miceliana de Paracoccidiodes sp. como mostrado na (Tabela 5).

5.4 Análises in silico das proteínas da parede de Paracoccidioides sp.

Várias proteínas são transportadas para a superfície celular dos organismos

para serem integradas na parede celular ou serem exportadas para o meio extracelular

(Nombela el al., 2006). Com o intuito de identificar proteínas secretadas foram

utilizados os programas signal P 4.0 para predizer peptídeo sinal e o Secretome P 2.0

para secreção por vias não clássicas.

Foi possível observar que das proteínas identificadas na fração 1 da parede

celular da forma leveduriforme de Paracoccidioides sp., (44,7%) apresentaram secreção

predita de acordo com os programas signal P 4.0 e secretome P 2.0 Figura 6 (A). O

total de (2,7%) das proteínas encontradas em F1 apresentavam sequência compatível

com peptídeo sinal e (42%) são secretadas por vias alternativas. Em relação às proteínas

extraídas na fração 2 (53,6%) apresentaram secreção predita: o total de (3,1%)

apresentavam peptídeo sinal e (50,5%) foram preditas serem secretadas por vias não

clássicas. Para a fração 2 tratada com N-glicosidase F, o percentual de secreção predita

foi de (56,6%), sendo que desse total (10%) apresentaram sequência compatível com

peptídeo sinal e (46,6%) foram proteínas preditas para secreção por vias não clássicas.

As análises da predição de secreção em proteínas extraídas da parede

celular de micélio mostraram que apenas a F2 apresenta proteínas com secreção predita

por vias clássicas correspondendo a um percentual de (3%) Figura 6 (B). Em

contrapartida todas as frações analisadas contêm proteínas com secreção predita por

vias não clássicas, correspondendo à (45,4%) das proteínas identificadas em F1, (36,3%

do total) na F2.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

27

A B

Figura 6. Número de proteínas da parede celular identificadas secretadas por vias clássicas e não

Também foram realizadas análises in silico com o intuito de se identificar

possíveis sítios de glicosilação nas proteínas identificadas nas formas leveduriforme e

miceliana. Essas análises foram realizadas utilizando os programas NetNglyc 1.0 e

NetOglyc 3.1. As análises revelaram que na fração 1 da fase de levedura o total de

(32,7%) das proteínas identificadas apresentam sítios de N-glicosilação. Esta mesma

fração mostrou um percentual (85,4%) de proteínas com possíveis sítios de O-

glicosilação. Na fração 2 obteve-se o total de (42%) das proteínas com sítios preditos de

N-glicosilação e (91,2%) para sítios de O-glicosilação. Na fração F2 tratada com N-

glicosidase F um percentual de (46,6%) das proteínas identificadas apresentaram sítios

de N-glicosilação e um total de (86,6%) para sítios de O-glicosilação Figura 7 (A).

Em micélio pode-se observar que (63,6%) das proteínas identificadas na

fração 1 apresentam sítio de N-glicosilação, além disso um percentual de (100%) foram

preditas apresentarem sítios de O-glicosilação. Na fração 2 o total de proteínas com

possíveis sítios de N-glicosilação foi de (39,4%), já o total para sítios de O-glicosilação

foi de (87,8%) na fase miceliana de Paracoccidioides sp. Figura 7 (B). Estes resultados

corroboram com estudos anteriores que mostram que as proteínas da parede celular de

fungos são altamente glicosiladas.

Figura 6. Número de proteínas da parede celular identificadas secretadas por vias clássicas e não clássicas. (A), (B), em

levedura e micélio, respectivamente. O número de proteínas preditas com peptídeo sinal (em cinza escuro) utilizando o programa

Signal P 4.0 e aquelas que apresentavam secreção por uma via não clássica utilizando o programa Secretome P 2.0 (em cinza claro)

em cada fração de levedura e micélio respectivamente.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

28

A B

Figura 7. Número de proteínas identificadas que apresentam sítios de N e O-glicosilação nas frações

1 e 2 das fases de levedura e micélio. (A),(B), fases leveduriforme e miceliana, respectivamente. O

número de proteínas preditas com sítios de N-glicosilação (em cinza escuro) utilizando o programa

NetNglyc 1.0, e aquelas que apresentavam sítios de O-glicosilação utilizando o programa NetOglyc 3.1

(em cinza claro) em cada fração de levedura e micélio respectivamente.

Com o intuito de se identificar proteínas associadas a uma âncora de GPI o

programa big-PI foi utilizado. Observou-se que na fração 2 tratada com N-glicosidase F

(tabela 3) na fase de levedura, uma proteína denominada glucanase da parede celular

apresentou uma região C-terminal predita, com características de proteínas GPI

ancoradas.

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

29

6. DISCUSSÃO

6.1. Considerações gerais

A identificação das proteínas da parede celular é um procedimento difícil

devido à sua baixa abundância. Além disso, as proteínas que constituem a parede celular

apresentam baixa solubilidade, natureza hidrofóbica, são altamente glicosiladas como

também ligam-se covalentemente a polissacarídeos da parede (Pitarch et al., 2008).

Todos esses fatores em conjunto tornam a identificação dessas proteínas complicada.

Outro fator importante é que diferentes proteínas da parede celular são sintetizadas sob

diferentes condições de crescimento, condições ambientais e estágio de

desenvolvimento, sendo assim incorporadas preferencialmente na parede durante

condições específicas, demonstrando que o proteoma das proteínas da parede fúngica é

rigorosamente controlado e continuamente ajustado para condições ambientais e

estresses encontrados pela célula fúngica (Ruiz-Herrera et al., 2002; de Groot et al.,

2005; Castilho et al., 2008; de Groot et al., 2008; Butler et al., 2009; Backhaus et al.,

2010; Klis et al., 2011; Moran et al., 2011; Klis et al., 2013).

Sabe-se que proteínas que se ligam covalentemente à parede celular, como

as Pirs e GPIs, são caracterizadas por possuírem um peptídeo sinal e sítios de O e N-

glicosilação. Dessa forma a identificação de proteínas covalentemente ligadas à parede

torna-se complicada principalmente pela presença de interferentes que podem dificultar

a identificação por espectrometria de massas como: o alto número de resíduos N ou O-

glicosilados faz com que os peptídeos trípticos apresentem massa diferencial,

interferindo assim na sua correta análise.

Outro fator relevante é o fato que alguns peptídeos são mais difíceis de

serem ionizados do que outros devido ao fato de que os carboidratos são responsáveis

por conferirem cargas negativas a proteínas da superfície celular dificultando a sua

ionização (Deshpande et al., 2008; Frandin et al., 2008; Castilho et al., 2008). Neste

sentido a deglicosilação enzimática pode ajudar a solucionar em partes este problema.

Com esse intuito foi realizado um tratamento adicional utilizando uma enzima que

promove a deglicosilação dos resíduos de asparagina N-ligados a carboidratos,

denominada N-glicosidase F. Esse tratamento permitiu a identificação de proteínas

ligadas à parede celular por ligação álcali sensível, principalmente em micélio. Ressalte-

se que inicialmente, antes do tratamento com a enzima, nenhuma proteína havia sido

identificada na fração 2 de micélio e que após o tratamento enzimático um total de 33

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

30

proteínas foram identificadas (Tabela 5). Além disso, esse tratamento enzimático

permitiu a identificação de uma proteína GPI ancorada (Tabela 3).

6.2. Identificação de proteínas covalentemente ligadas à parede

No presente estudo foi possível identificar na fração 2, após o tratamento

com N-glicosidase F, uma glucanase da parede celular de Paracoccidioides sp. (tabela

3) da família glicosil hidrolases 16, a qual desempenha uma função na organização da

parede celular, onde possui atividade de transglicosidase (Rodriguez-Pena et al., 2002;

Martinez-Lopez et al.,2004; Cabib et al., 2007). Sua função está relacionada à

transferência de quitina sintetizada para a β-glucana (Cabib et al., 2007, 2009; Mazáñ et

al., 2013). A glucanase identificada no presente estudo apresenta alta identidade com a

proteína Crh1 de S. cerevisiae, a qual é uma proteína ancorada por GPI (Hamada et al.,

1998; Yin et al., 2005). Além disso, tem sido proposto que GPI-PPCs como a Cwp1p de

S. cerevisiae, podem ser alternativamente ligadas à parede celular por uma ligação álcali

sensível (Kapteny, 2001; de Groot et al., 2004). Sabe-se que a Crh1 é ligada a quitina

por uma β-1,6-glucana, porém sua detecção na fração 2 sugere que talvez Crh1 possa

também ser ligada diretamente a quitina por ligação álcali sensível.

6.3. Proteínas que utilizam vias de secreção não clássicas para alcançar a superfície

celular

Diversos estudos têm demonstrado a presença de proteínas citosólicas e

proteínas secretadas para o meio extracelular associadas com a parede celular. Nesses

estudos tem sido proposta hipóteses para a integração dessas proteínas à parede celular,

assim como funções que essas proteínas desempenham na estrutura da parede celular

(Nombela et al., 2008; Chaffin, 2008). Nesse sentido tem sido inferido, por alguns

autores, que essas proteínas podem simplesmente associar-se à parede celular como

resultado de sua liberação para meio externo devido ao processo de lise celular (Eroles

et al., 1997, Phillips et al., 2003; Madinger et al., 2009).

Outra explicação alternativa se relaciona ao fato de que como a parede

celular é uma estrutura elástica, esta pode se estender e se encolher rapidamente em

resposta a mudanças osmóticas do ambiente e consequentemente proteínas em transito

para o meio extracelular podem tornar-se presas à parede celular (Klis et al., 2011). As

cadeias de carboidratos que se associam às proteínas da parede contêm ligações

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

31

fosfodiester, que são responsáveis pela carga negativa da superfície celular em pH

fisiológico. Assim essas proteínas podem funcionar como sítio de ligação para que

proteínas carregadas positivamente associem-se à parede (Cutler, 2001; Fradin et al.,

2008; Deshpande et al., 2008; Klis et al., 2011).

Várias proteínas sem peptídeo sinal podem alcançar a superfície celular ou se

associarem à parede como resultado de um processo de secreção alternativa. Estudos

têm utilizado diferentes protocolos para isolar as proteínas da parede, e em quase todos

tem se detectado proteínas intracelulares conhecidas associadas à parede celular

(Castilho et al., 2008). Como exemplo, tem sido observado que enzimas glicolíticas

podem ser extraídas de células intactas pelo uso de agentes redutores, indicando assim

que sua presença na superfície celular não é um processo resultante de lise celular.

Desta forma alguns autores têm sugerido que essas proteínas realizam duplas ou

múltiplas funções dependendo da sua localização.

A multifuncionalidade de algumas proteínas tem sido demonstrada em vários

organismos. Neste contexto várias dessas enzimas glicolíticas tem sido classificadas

como componentes da parede celular de C. albicans (Pardo et al., 2000; Jeffery et al.,

2003), o mesmo ocorrendo com Paracoccidioides sp. (Nogueira et al., 2010; Barbosa et

al. 2006; Pereira et al., 2007). Acredita-se que essas proteínas sem peptídeo sinal

possam estar envolvidas em vários processos, incluindo dinâmica da parede celular e

interação com componentes do hospedeiro, assim como com virulência dos patógenos

(Nombela et al., 2006). A via de secreção que algumas dessas proteínas utilizam para

alcançar a superfície não é completamente elucidada, porém sabe-se que para algumas

enzimas com a enolase, que tem sido identificada na parede celular, essa secreção é

baseada em vias não convencionais, visto que essa enzima não tem um sinal de secreção

conhecido. Além disso, várias vias de secreções não convencionais têm sido descobertas

e sugeridas, podendo explicar como essas proteínas alcançam então a superfície celular

(Nickel, 2010; Miura et al., 2012).

Nesse sentido, no presente estudo das proteínas da parede celular de

Paracoccidioides sp. foi possível observar um alto índice de proteínas que apresentam

sinais de secreção por uma via não convencional (Figura 6) tanto em micélio como em

levedura. Corroborando com esses dados, Weber e colaboradores (2012), observaram

que 52,5% do total das proteínas extracelulares identificadas em micélio e levedura em

Paracoccidioides sp. foram preditas ser secretadas por vias não clássicas, enquanto

12,5% mostraram ser secretadas por uma via clássica. Este resultado também está de

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

32

acordo com análises do banco de dados do Secretome Fungal (FSD), que descreveu

58% das 9.136 proteínas expressas no genoma do Pb01 são preditas como secretadas

por uma via de secreção não convencional, enquanto que 14% apresentariam secreção

por uma via clássica.

6.4. Identificação de proteínas com funções intracelulares estabelecidas

No presente estudo foi detectado em todas as frações analisadas um número

grande de proteínas que estão localizadas também em outros compartimentos celulares

desempenhando funções conhecidas. Tem sido caracterizada diversas adesinas que se

ligam aos componentes da matriz extracelular. Em Neisseria meningitidis existem

indícios de que a frutose-1,6-bifosfato aldolase possa desempenhar função relacionada à

adesão a células do hospedeiro (Tunio et al., 2010 a). Em C. albicans foram descritas

oito proteínas ligantes de plasminogênio entre elas álcool desidrogenase, fosfoglicerato

quinase e frutose-1,6-bifosfato aldolase (Crowe et al., 2003). Estudos realizados em

Paracoccidiodes sp. tem reconhecido algumas adesinas como gliceraldeído-3-fosfato

desidrogenase (Barbosa et al., 2006), triose-fosfato isomerase (Pereira et al., 2007),

malato sintase (Neto et al., 2009), enolase (Nogueira et al., 2010). Adicionalmente, uma

chaperona DnaJ mitocondrial foi descrita localizada na superfície celular de

Paracoccidioides sp. (Batista et al., 2006) e sua função pode ser inferida ao processo de

adesão (Tabela 2).

A gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (GAPDH) é uma proteína presente

na superfície de vários patógenos, facilitando a colonização e invasão nos tecidos do

hospedeiro pela direta interação com as proteínas do hospedeiro (Tunio, 2010 b). Em

Paracoccidioides sp. a GAPDH localiza-se também na parede celular, sendo capaz de

se ligar à laminina, colágeno I e fibronectina, desempenhando um importante papel no

estabelecimento da doença (Barbosa et al., 2006). No presente estudo foi possível

identificar a GAPDH em diversas frações representadas nas (Tabelas 1, 2, 3, 5) nas

formas leveduriforme e miceliana.

A enolase está presente em quase todas as frações analisadas (Tabelas 1, 2,

3, 4). Estudos recentes têm mostrado que a enolase localizada na superfície celular é

capaz de recrutar plasminogênio e ativar o sistema fibrinolítico da plasmina, que por sua

vez degrada a matriz extracelular do hospedeiro, promovendo a disseminação do

patógeno (Nogueira et al., 2010). Além disso, a enolase foi anteriormente caracterizada

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

33

como uma proteína de ligação a fibronectina (Donofrio et al., 2009). Outro dado

importante foi observado através de ensaios de imunofluorescência, que demonstraram

que a enolase é capaz de aderir à superfície de macrófagos, reforçando o papel da

proteína na interação com células do hospedeiro, promovendo a adesão de

Paracoccidioides sp.. Neste sentido a enolase da parede celular desempenha um papel

crucial na virulência de Paracoccidioides sp. (Bailão et al., 2012). Esta enzima tem sido

encontrada tanto na camada mais externa quanto na camada mais interna da parede

celular, sendo associada com a rede de glucana e quitina (Pitarch et al., 2002). Em

concordância com a sua localização, a enolase tem sido identificada como um

componente associado à glucana da parede celular de C. albicans (Angiolella et al.,

1996, 2002).

Adicionalmente tem sido descrito que enzimas glicolíticas podem ser

fortemente retidas dentro da rede de β-1,3-glucana e quitina, podendo ser liberadas após

tratamento com glucanase e quitinase, sugerindo que estas enzimas possam estar

distribuídas em toda a parede celular (Pitarch et al., 2002). Corroborando com esses

dados estudos anteriores demonstraram através de imunolocalização que proteínas como

a fosfoglicerato quinase (Alloush et al.1997), e gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase

(Gozalbo et al., 1998), enolase (Edwards et al., 1999), fosfoglicerato mutase

(Motshwene et al., 2003), foram localizadas tanto na superfície celular quanto nas

camadas internas da parede. Nas frações analisadas até o momento no presente estudo

foram identificadas enzimas como: gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase, frutose-1,6-

bifosfato aldolase, enolase, fosfoglicerato quinase como demonstrado nas (tabelas 1, 2,

3, 4, 5).

Formamidase tem sido localizada tanto no citoplasma quanto na parede

celular de Paracoccidioides sp.. A formamidase promove a conversão de formamida em

formato e amônia. A amônia pode ser usada como fonte de nitrogênio por alguns micro-

organismos, como tem sido descrito em Aspergillus nidulans, demonstrando assim a

importância da formamidase no metabolismo do nitrogênio (Fraser et al., 2001). Porém

sua localização na superfície celular pode estar relacionada à destruição celular e

resistência a ambientes ácidos (Borges et al., 2010). Nesse sentido, em Helicobacter

pylori, onde um dos produtos finais da catálise enzimática da formamidase, é a amônia,

esta desempenha um papel importante na patogênese auxiliando na destruição tecidual

bem como na resistência ao pH ácido encontrado no estômago (Bury-Moné et al.,

2004). Outro aspecto no que tange à formamidase foi demonstrado em estudos

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

34

realizados por Borges e colaboradores (2005), onde a proteína foi capaz de reagir com

anticorpos presentes no soro de pacientes com PCM, especulando-se então associação

da proteína na patogênese do fungo. A formamidase foi presente na fração 2 da fase de

levedura (Tabela 2).

Adicionalmente, a superóxido dismutase (SOD) foi expressa na fase de

levedura de Paracoccidioides sp. (Tabela 2). A SOD3 tem sido identificada em

Paracoccidioides sp., onde devido a sua localização na superfície celular, poderia

atribuir-se sua atividade à proteção contra aníons superóxidos extracelulares (Castro et.

al, 2005). Dados semelhantes a este tem sido descrito em Histoplasma capsulatum onde

a SOD3 promove a detoxificação de espécies reativas de oxigênio (ROS) derivados do

hospedeiro (Youseff et al., 2012).

Estudos mostraram que o fator de elongação-1α tem sido localizado na

parede celular de C. abicans e S. cerevisiae (Pitarch et al., 2002; Nombela et al., 2006;

Castilho et al., 2008). Além disso, fatores de elongação têm sido descritos em diversos

organismos associados à superfície celular (Maneu et al., 1996; Lim et al., 2001; Singh

et al., 2001; Chivasa et al., 2002). Na tentativa de explicar sua localização na superfície

celular, foi proposto que os fatores de elongação poderiam estar relacionados com o

processo de adesão de patógenos. Foi relatado também que esses fatores de elongação

podem desenvolver funções de chaperona, promover a translocação de proteínas, como

também podem estar envolvidos no processamento dos componentes da parede celular

(Pitach et al., 2002). Adicionalmente tem sido descrito em Leishmania, que o fator de

elongação-1 α é capaz de ativar múltiplas proteínas tirosina fosfatases do hospedeiro, o

que irá regular negativamente a sinalização de interferon-γ (INF-γ), impedindo a efetiva

expressão da atividade microbicida desempenhada pelos macrófagos, incluindo a

produção de TNF-α e óxido nítrico (NO) (Silverman et al., 2010; Silverman et al.,

2012). O fator de elongação-1α tem sido identificado também em proteínas secretadas

em Paracoccidioides sp. (Weber et al., 2012). O fator de elongação-1 α também foi

identificado nas frações de proteínas da parede do presente estudo (Tabelas 1, 2, 3, 4, 5).

Foram identificadas também um grande número de proteínas relacionadas com a síntese

proteica que incluem proteínas ribossomais e fatores de elongação (Tabelas 1, 2, 3, 4,

5).

As proteínas relacionadas com o dobramento, modificação e destinação,

identificadas no presente trabalho, incluem a dissulfito isomerase (Tabelas 1, 2, 3). Sua

função está relacionada com dobramento de proteínas que contém pontes de dissulfeto.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

35

Esta proteína tem sido imunolocalizada no envelope celular de Giardia lambia (Reiner

et al., 2001), Trichoderma reesi (Lim et al., 2001) e Arabidopsis thaliana (Chivasa et

al., 2002). Uma vez que ela tem sido imunolocalizada com PPCs na superfície celular,

foi sugerido que esta proteína participa do amadurecimento das proteínas da parede na

superfície celular (Knodler et al., 1999; Reiner et al., 2001).

Foram identificadas também diversas proteínas relacionadas com a resposta

ao estresse e virulência (Tabelas 1, 2, 3, 4, 5). Dentro desse grupo incluem-se as

proteínas de choque térmico (Hsps); essa classe de proteínas pode contribuir com a

proteção ao dano celular bem como reparo celular causado pelo estresse que ocorre

durante a infecção (Bailão et al., 2006). Assim, a resposta ao estresse provavelmente

seja um atributo de grande importância para a virulência em fungos patogênicos. As

proteínas identificadas relacionadas com a resposta ao estresse incluem as proteínas

membro das famílias HSP70 e HSP90 (Tabelas 1, 2, 3, 4, 5). A presença dessas

proteínas na parede foi anteriormente descrita em C. albicans através de técnica de

imunolocalização (Matthews et al., 1988; Lopez-Ribot et al., 1996). As proteínas

membros das famílias HSP70 e HSP90 tem sido demostradas também na superfície

celular de diversos organismos (Ardeshir et al., 1987; Danilition et al., 1990; Gomez et

al., 1992; Macellaro et al, 1998; Pardo et al., 1999). Essas chaperonas estão envolvidas

no dobramento e translocação de proteínas (Georgopouls & Welch 1993; Bukau &

Horwich 1998), podendo desempenhar também funções relacionadas com a:

biossíntese, secreção, montagem de componentes na parede, bem como na estrutura da

parede celular (Lopez-Ribot & Chaffin, 1996). Além disso, devido a sua localização na

superfície celular foi proposto que essas proteínas podem exibir propriedades

antigênicas (Martínez et al., 1998; Pitarch et al., 2002).

As histonas foram identificadas nas frações analisadas (Tabelas 1, 2 e 5).

Apesar das histonas serem comumente associadas com DNA, tem sido descrito a

presença dessas proteínas na superfície celular (Nosanchuk et al., 2003). Em

Mycobacterium leprae, um patógeno intracelular obrigatório, algumas histonas podem

se ligar à laminina nos nervos periféricos, facilitando a invasão nas células de Schwann

(Pessolani et al., 1993; Shimoji et al., 1999; Marques et al., 2000, 2001). Em H.

capsulatum foi demonstrado uma histona H2B, localizada na parede celular. Neste

estudo observou-se que a imunização em camundongos contra essa proteína reduziu a

carga fúngica, diminui a inflamação pulmonar e prolongou a sobrevivência contra a

histoplasmose em modelos murinos infectados (Nosanchuk et al., 2003).

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

36

As proteínas identificadas relacionadas à sinalização celular incluem a Rho

1 GTPase, identificada na fração 1 da fase leveduriforme de Paracoccidioides sp.

(tabela 1). A proteína Rho 1 GTPase foi descrita em vesículas extracelulares de

leveduras de fungos patogênicos (Vallejo et al., 2012), e sua função está relacionada à

via da integridade da parede celular como regulador de β-1,3-glucana sintase em

Paracoccidioides sp. (Sorais et al., 2010), com também em S. cerevisiae (Hirano et al.,

1996) e Cryptococcus neoformans (Fuchs et al., 2007).

Corroborando com os resultados do presente estudo, tem sido demonstrado

que proteínas intracelulares conhecidas tem sido encontradas na parede (Ebanks et al.

2008) como, endo-β-1,3-glucanase (Hartland et al., 1991), HSP60 (Lopez-Ribot et al.

1996), álcool desidrogenase (Klotz et al. 1994, 2001), fosfoglicerato quinase (Alloush et

al., 1997), fatores de elongação 1e 2, actina, proteína transportadora de ADP/ATP,

porina da membrana externa mitocondrial (Castilho et al. 2008) entre outras. Com

exceção da endo- β-1,3-glucanase e fosfoglicerato mutase, todas foram identificadas no

presente estudo (Tabelas 1, 2, 3, 4, 5).

6.5. Proteínas identificadas nas frações de proteínas da parede celular na fase

miceliana

Um número restrito de proteínas foi identificado em micélio em comparação

com o número de proteínas identificadas na fase leveduriforme. Em estudos realizados

em C. albicans que é possível que as proteínas de parede celular na fase miceliana

possam ser retidas no esqueleto da parede por meio de ligações diferentes daquelas

observadas na fase leveduriforme (Pitarch et al., 2002). Esse mesmo estudo mostrou que

as GPI-PPC de micélio são ligadas em quitina em uma maior proporção daquela

observada em levedura. Acredita-se que a quitina presente na hifa possa estabelecer

mais conexões com outros componentes de parede e reter maiores quantidades de

manoproteínas (Pitarch et al., 2002). Esse dado talvez possa justificar o número

reduzido de proteínas encontradas nas frações da parede celular de micélio. Abordagens

para melhorar as extrações na fase miceliana estão sendo realizadas, na tentativa de

detectar um maior número de proteínas da parede celular de micélio em

Paracoccidioides sp.

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

37

37

Tabela 1. Proteínas identificadas na fração de proteínas associadas à parede tratadas com SDS/DTT de Paracoccidioides sp. expressas na

fase de levedura

Número de

acessoa

Descrição da

Proteínab

Score

Proteínac

Número de

peptídeos

encontradosd

Cobertura

de sequencia

(%)e

Signal P

Score

≥0,34f

Secretome P

Score ≥0,5g

NetNglyc

Score ≥0,5 h

NetOglyc

Score

≥0,5 i

Big-PI j

RESPOSTA AO ESTRESSE

PAAG_05142 Proteína de choque

térmico mitocondrial

10 kDa

11918,36 6

53,4

-

-

- - -

PAAG_05679

HSP90 8880,164 21 25,18 - - 5 sítios 13 sítios -

PAAG_08003

HSP70 6092,981 17 31,65

- - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_08059

HSP60 4316,16 23 45,1

- - 1 sítio 14 sítios -

PAAG_01339

Proteína de choque

térmico SSC1

3470,543 12 18,09

- - 1 sítio 18 sítios -

PAAG_00871 Proteína de choque

térmico 30 kDa

2943,868 9 32,95 - 0,8925 - 25 sítios -

PAAG_01262

HSP70 1803,437 13 24,84 0,864 - - 1 sítio -

PAAG_09083

Proteína da família

TCTP

2669,875 2 14,29 - 0,9067

- - -

PAAG_07775

Proteína de choque

térmico SSB1

1025,759 10

23,16 - 0,8618

- 4 sítios -

METABOLISMO E ENERGIA

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

38

38

PAAG_00771

Enolase 10973,91 9 27,23

- - - 1 sítio -

PAAG_08468

Gliceraldeído-3-

fosfato

desidrogenase

8475,858 7

30,18 - 0,9120

1 sítio 1 sítio -

PAAG_00053 Malato

desidrogenase

34448,071 9 32,35 - 0,8163 1 sítio 4 sítios -

PAAG_01534

Piruvato

desidrogenase,

componente E1,

subunidade beta

1004,258

5

16,45

-

- - 7 sítios -

PAAG_05249

Aldeído

desidrogenase

817,5178 9 18,35 - - 2 sítios 3 sítios -

PAAG_01995

Frutose-1,6-

bifosfato aldolase

1199,503 3

11,39

- 0,6628

1 sítio - -

PAAG_00850

Glicosamina frutose-

6- fosfato

aminotransferase

800,3458 5 9,84 - - - 1 sítio -

PAAG_02869

Fosfoglicerato

quinase

761,352 7 21,1 - 0,6626

1 sítio 1 sítio -

PAAG_00403

Álcool

desidrogenase

318,5437 4 10,17 - - - - -

PAAG_01463

Succinil-CoaA

ligase, subunidade

beta

591,1973 6 16,89 - - 1 sítio 4 sítios -

PAAG_07729

Isocitrato

desidrogenase,

subunidade beta

368,0217 4 10,56 - - 1 sítio 6 sítios -

PAAG_04166 Transaldolase 362,9621 1 5,58 - - 1 sítio 3 sítios -

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

39

39

PAAG_02664

3-cetoacil-CoA

tiolase

483,0092 5 14,39 - 0,8279

1 sítio 8 sítios -

PAAG_05048

3-isopropilmalato

desidratase,

subunidade maior

296,034 11

9,9 - 0,6667

1 sítio 8 sítios -

PAAG_01321

2-nitropropano

dioxigenase

2789,323 8 39,44 - - - 3 sítios -

PAAG_04401

Aminotransferase de

aminoácidos de

cadeia ramificada

657,3777 6 17,80

- - 2 sítios 7 sítios -

PAAG_06996

Complexo da

proteína G,

subunidade beta

CpcB

517,3622 7 22,47 - 0,9009

2 sítios - -

PAAG_07114

Argininosuccinato

sintase

694,9622 6 16,46 - - - - -

PAAG_08163

Fumaril acetoacetase 296,6448 5 9,11 - 0,7491

- 4 sítios -

PAAG_07672

Ubiquinol citocromo

c redutase

2797,48 2 21,31 - - - - -

PAAG_04838

ATP sintase,

subunidade 4

411,1718 6 22,13 -

- - 15 sítios -

PAAG_06796

Citocromo c,

subunidade Vb

364,5266 1 5,58 - 0,7597

- 6 sítios -

PAAG_02603

Aspartato

aminotransferase

642,9378

9 24,71

- - 1 sítio 7 sítios -

PAAG_02265

ATP sintase

mitocondrial,

1538,543

4 38,61 - - - 3 sítios -

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

40

40

subunidade F1F0

PAAG_07786 Acetil-CoA

acetiltransferase

280,1454 1 4,26 - 0,8393 - 2 sítios -

PAAG_05576

ATP sintase, cadeia

gama

411,1624 3 13,13 -

- - 1 sítio -

PAAG_08082

ATPase de

membrana

plasmática

290,8544

5 8,4 - - - 2 sítios -

PAAG_08037

ATP sintase,

subunidade beta

1128,148

7 16,18 - - 1 sítio 10 sítios -

PAAG_08088

Complexo citocromo

bc1, subunidade 2

527,8231

4 9,94 - 0,9180

- 12 sítios -

PAAG_04820

ATPase, subunidade

alfa

4579,176

9 15,48 - - - 6 sítios -

SÍNTESE DE PROTEÍNAS

PAAG_02024 Fator de elongação 1

alfa

8826,426

9

24,57

-

0,6836

2 sítios 2 sítios -

PAAG_03556

Fator de elongação 1

gamma

2529,685

4

10,32 - 0,9067

- 4 sítios -

PAAG_00594

Fator de elongação 2 2425,76

20 25,99 - - - 5 sítios -

PAAG_02921

Fator de elongação 1

alfa

474,6803

7 9,3 - - 1 sítio - -

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

41

41

PAAG_03028

Fator de elongação 1

beta

420,258

1 7,33 - 0,9342

- 7 sítios -

PAAG_01785

Proteína ribosomal

40S

6092,981

17 31,65 - - - 4 sítios -

PAAG_04998

Proteína ribossomal

L8 B 60S

3339,399

6

20,69 - 0,8718

- 4 sítios -

PAAG_01939

Proteína ribossomal

L2 A 60S

2758,593 2 15,56 - 0,8279

3 sítios -

PAAG_02634

Proteína ribossomal

S6

2268,1

4

16,46

- 0,5410

1 sítio 11 sítios -

PAAG_08888

Proteína ribossomal

L4 60S

2014,625

9

30,38 - 0,9204

- 19 sítios -

PAAG_00724

Proteína ribossomal

11, subunidade

maior

1984,338 2 16 - - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_05590

Proteína ribossomal

L12 60S

1959,476

5 35,76 - - - 1 sítio -

PAAG_01433

Proteína ribossomal

S 14 40S

1933,933 4 16,56 - 0,7428

2 sítios 7 sítios -

PAAG_07847

Proteína ribossomal

S26 40S

1917,488 1 12,4 - 0,8297

- - -

PAAG_05017

Proteína ribossomal

S10 A 40S

1894,55

1 7,88 - 0,7241

- 3 sítios -

PAAG_01435

Proteína ribossomal

S16 40S

1725,604 4 30,07 - 0,7623

- - -

PAAG_04965

Proteína ribossomal

L31 60S

1665,748 8 49,59 - 0,5706

1 sítio 5 sítios -

PAAG_08497

Proteína ribossomal

L19

1591,624 4 25,13 - - - 5 sítios -

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

42

42

PAAG_00264

Proteína ribossomal

S8 B

1452,817 2 10,89 - 0,7054

- 7 sítios -

PAAG_07182

Proteína ribossomal

S7 40S

1448,197

2 9,95 - - - 7 sítios -

PAAG_00765

Proteína ribossomal

L36

1382,323

3 30,1 - 0,5076

1 sítio 8 sítios -

PAAG_06367

Proteína ribossomal

S17P 30S

1276,02 5 31,06 - 0,6969

- 4 sítios -

PAAG_03816

Proteína ribossomal

S4 40S

1212,652 5 20,23 - - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_06320 Proteína ribossomal

L13 60S

1177,596

4 23,04 - 0,5188

1 sítio 4 sítios -

PAAG_02111

Proteína ribossomal

S0 40S

1048,887 3 17,29 - - 2 sítios 13 sítios -

PAAG_08955

Proteína ribossomal

S3aE 40S

1043,386

7 18,43 - - 1 sítio 5 sítios -

PAAG_05778

Proteína ribossomal

S19 40S

916,5134

4 29,45 - - - 4 sítios -

PAAG_07955

Proteína ribossomal

L18 60S

802,4984

3 14,29 - 0,5731

- 5 sítios -

PAAG_00548

Proteína ribossomal

L5 60S

784,9415

4 12,04 - - - 5 sítios -

PAAG_00430 Proteína ribossomal

L2 60S

836,5415

4 24,41 - 0,8823

- 7 sítios -

PAAG_04572

Proteína ribossomal

L14

825,0777 2 8,16 - - - 7 sítios -

PAAG_06487 Proteína ribossomal

L7 C 60S

822,2573

5 18,95 - - - 4 sítios -

PAAG_07385

Proteína ribossomal

L23a 60S

724,7755

2 15,03 - 0,9298 - 10 sítios -

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

43

43

PAAG_00385

Proteína ribossomal

S23 40S

533,4198

3 23,45 - 0,6139

- 2 sítios -

PAAG_03828

Proteína ribossomal

S9 40S

556,4899 5 14,14 - - - 7 sítios -

PAAG_09043

Proteína ribossomal

S2 40S

525,6276 2 6,92 - 0,7268

- 3 sítios -

PAAG_00952

Proteína ribossomal

L20 60S

427,4286

2 10,92 - - - 2 sítios -

PAAG_04690

Proteína ribossomal

S15 40S

427,4286

2 10,92 - - - 1 sítio -

PAAG_06743

Proteína ribossomal

L23

396,0694 3 18,57 - 0,6449

- - -

PAAG_03019

Proteína ribossomal

L6 60S B

350,0803

8 24,02 - 0,9072

- 9 sítios -

PAAG_00801 60S ARP P0 liase 265,7515

3 10,86 - - - 6 sítios -

PAAG_00689

RNA helicase eIF4A

dependente de ATP

1979,469 7 21,36 - - - 2 sítios -

TRANSPORTE

PAAG_08620

Proteína

transportadora de

ADP/ ATP

4976,334 6 19,42 - - - - -

PAAG_07564

Porina mitocondrial

da membrana

externa

1351,719

6 16,55 - 0,9516

- - -

PAAG_02458

Proteína de ligação

GTP ypt7

474,3975 7 9,3 - 0,5310

- - -

PAAG_04651

Proteína nuclear de

ligação ao GTP

2843,585 5 24,19 - - - 1 sítio -

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

44

44

GSP1 Ran

PAAG_01647 Alfa tubulina cadeia

1

585,1683 6 10,42 - - - 1 sítio -

HISTONAS

PAAG_08917 Histona H2a 4104,597

2

14,07 - 0,5473

- 12 sítios -

PAAG_07098

Histona H4 1 1230,269

4 32,92 - - - 1 sítio -

PAAG_08918

Histona H2B L4 1180,999

5 29,79 - 0,9505

- 4 sítios -

PAAG_00126

Histona H42 828,1799 9 28,16 - - - 1 sítio -

PAAG_07099

Histona H3 3 764,6865

2

9,56 - 0,6000

- 7 sítios -

PAAG_08471

Histona H2A Z 618,3201 3 21,74 - 0,9110

- 4 sítios -

TRANSCRIÇAO

PAAG_06891

Csx1 regulador pós

transcricional de

ligação ao mRNA

535,6835 3 9 - 0,9313

- 15 sítios -

PAAG_04511

RNA Helicase

dependente de ATP

SUB2

335,7571 6 13,06 - - - 11 sítios -

PAAG_07785

Componente de 116

kDa da

ribonucleoproteína

U5

277,602 7 3,94 - - - 11 sítios -

CICLO CELULAR E PROCESSAMENTO DE DNA

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

45

45

PAAG_01041

Proibitina 2 1029,772

4 13,23

- - 2 sítios 2 sítios -

PAAG_04458

Proibitina 1 755,5968 8 37,86 0,426

- 2 sítios 1 sítio -

PAAG_06751

Proteína de

checagem do dano

ao DNA rad24

1541,15

10 54,72 - - 1 sítio 10 sítios -

PAAG_00773

Proteína de

checagem do dano

ao DNA rad24

758,4174

7

21,58

- - 3 sítios 9 sítios -

DOBRAMENTO, MODIFICAÇÃO, DESTINAÇÃO PROTEICA

PAAG_00986 Disulfito isomerase

Pdi1

481,7226 7 19,33

0,772

-

- 17 sítios -

PAAG_03334

Peptidil-prolil-cis-

trans isomerase D

994,6697

3

8,85

- 0,8640

2 sítios 5 sítios -

PAAG_00797 Proteína

mitocondrial MAS5

221,9973 4 10 - 0,9516

- 6 sítios -

BIOGÊNESE DE COMPONENTES CELULARES

PAAG_03532

Actina 3390,721

9 27,2

- - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_08209

Peroxina 11 688,1796 6 25,21 - - - - -

RESGATE CELULAR, DEFESA E VIRULÊNCIA

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

46

46

PAAG_03292

Citocromo c

peroxidase

2372,334 7 19,52 - - - 24 sítios -

PAAG_06255

Chaperona

mitocondrial GrpE

585,1652 3 14,62 - - - 18 sítios -

PAAG_07750

Proteína de choque

térmico HSP88

879,8005 10 17,47 - - - 4 sítios -

COMUNICAÇÃO CELULAR

PAAG_07634

RhoA GTPase,

subunidade menor

1239,854 5 21,47 - - - 4 sítios -

PAAG_08028

Proteína de ligação ao

GTP ypt1

1355,245

5 28,36 - - - 3 sítios -

OUTROS

PAAG_12011

Citocromo c oxidase

mitocondrial, subunidade

2

478,8431 3 7,91 - - 1 sítio - -

A,b) Número de acesso/descrição da proteína de acordo com o banco de dados do P. brasiliensis;

(http://www,broadinstitute,org/annotation/genome/paracoccidioides_brasiliensis/MultiHome,html) c) Score da Proteína d) Número de peptídeos encontrados (MS/MS)- número de peptídeos correspondente às massas da proteína encontrada; e) Cobertura de sequência- porcentagem de cobertura de sequências do aminoácido em relação à proteína total identificada; f) Predição de secreção de acordo com Signal P 4,0 servidor, o número correspondente para o D-score deve ser igual ou exceder o valor de 0,340 (D-score ≥ 0,340)

(http://www,cbs,dtu,dk/services/SignalP/); g) Predição de secreção de acordo com Secretome P 2,0 servidor, o número correspondente para o SecP- score deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (SecP score≥0,50)

(http://www,cbs,dtu,dk/services/SecretomeP/); g) Predição de secreção de acordo com Secretome P 2,0, o número correspondente para o SecP- score deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (SecP score ≥0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/SecretomeP/). h) Predição de secreção de acordo com NetNglyc 1.0, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetNGlyc/ );

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

47

47

i) Predição de secreção de acordo com NetOglyc 3.1, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetOGlyc/ ); j) Predição de secreção de acordo com big-PI, sendo consideradas preditas aquelas que apresentarem uma região C-terminal positiva para modificações por âncora de GPI

(http://mendel.imp.ac.at/gpi/fungi_server.html);

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

48

48

Tabela 2. Proteínas identificadas na fração álcali sensível tratada com NaOH 30mM de Paracoccidioides sp. expressas na fase de

levedura

Numero de

acessoa

Descrição da Proteínab Score

Proteínac

Número de

peptídeos

encontradosd

Cobertura

da

sequencia

(%)e

Signal P

Score

≥0,34 f

Secretome

P

Score ≥0,5g

NetNglyc

Score ≥0,5 h

NetOglyc

Score

≥0,5 i

Big-

PI j

RESPOSTA AO ESTRESSE

PAAG_05142 Proteína de choque

térmico mitocondrial 10

kDa

21525,24 5

58,52

-

-

- - -

PAAG_05679

HSP90 2509,094 6 30,1 - - 5 sítios 13 sítios -

PAAG_08003

HSP70 9588,844 20 42,2

- - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_08059

HSP60 5672,206 12 24,32

- - 1 sítio 14 sítios -

PAAG_01339

Proteína de choque

térmico SSC1

7104,76 12 21,32

- - 1 sítio 18 sítios -

PAAG_01262

HSP70 1730,431 11

17,52 0,864 -

- 1 sítios -

PAAG_03735

Chaperona DNAJ 1641,456 4

5,83 - 0,9375

- 31 sítios -

PAAG_02686

Chaperona Hsp90 AHA1 684,8682 4

15,2 - 0,9412

- 21 sítios -

PAAG_02130

Proteína de choque

térmico HSP98

300,1422 15

14,04 - -

3 sítios 27 sítios -

METABOLISMO E ENERGIA

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

49

49

PAAG_00771

Enolase 15356,21 8 31,19

- -

- 1 sítio -

PAAG_08468

Gliceraldeído-3-fosfato

desidrogenase

7618,667 8

26,33 - 0,9120

1 sítio 1 sítio -

PAAG_00053

Malato desidrogenase 13268,37

15 52,94 -

0,8163 1 sítio 4 sítios -

PAAG_08449

Malato desidrogenase 3549,875 9 27,49 - - 1 sítio - -

PAAG_01995

Frutose-1,6- bifosfato

aldolase

1932,856 10

34,44

- 0,6628

1 sítio - -

PAAG_02869

Fosfoglicerato quinase 801,2019 9 18,71 - 0,6626 1 sítio 1 sítio -

PAAG_02664

3-cetoacil-CoA tiolase 2109,959 6 19,66 - 0,8279 1 sítio 1 sítio -

PAAG_05048

Aconitase 273,5587 2

19,92 - 0,6667

1 sítio 8 sítios -

PAAG_02630

Glicoproteína synaptic

SC2

4885,785 4 14,38

- - 1 sítio - -

PAAG_04931

Flavoproteína de

transporte de eléctrons,

subunidade beta

3833,899

2 13,57

- - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_00173 Flavoproteína de

transporte de elétrons,

subunidade alfa

449,4608

4

15 -

0,9103

- 3 sítios -

PAAG_02554

3-hidroxi-isobutiril CoA

hidrolase

3487,025

3

11,55

- - 2 sítios 20 sítios -

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

50

50

PAAG_00666

Componente PDX1 do

complexo piruvato

desidrogenase

2138,267

7 27,95

- - 1 sítio 31 sítios -

PAAG_00417

Succinil-CoA ligase,

subunidade alfa

2076,947

8 38,97

- - 1 sítios 4 sítios -

PAAG_00050

Componente X do

complexo piruvato

desidrogenase

1763,07

9

21,06 - 0,5717

- 15 sítios -

PAAG_04851

Proteína de crescimento

osmótico

1508,671

11

20,38

-

0,9046

2 sítios 12 sítios -

PAAG_04550

2-metilcitrato sintase 1293,437

8 18,76

- 0,5337

1 sítio 6 sítios -

PAAG_01974 Metilglutaconil-CoA

hidratase mitocondrial

1285,362

4

21,97

- - - 2 sítios -

PAAG_07786

Acetil-CoA

acetiltransferase

1223,407

4

13,53 - 0,8393

- 2 sítios -

PAAG_06473

Manitol-1-fosfato-5

desidrogenase

1185,34

7 23,45 - - - 1 sítio -

PAAG_00731

Proteína bifuncional da

biossíntese purina

ADE17

1172,607

13 31,13

- - - - -

PAAG_04549

2-metilisocitrato liase

mitocondrial

1056,94

7

11,07 - 0,9005

- 14 sítios -

PAAG_08701

D-3-fosfoglicerato

desidrogenase

981,0499

7 24,89

- - 1 sítio 9 sítios -

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

51

51

PAAG_02603

Aspartato

aminotransferase

833,1692

7 15,15

- - 1 sítio 7 sítios -

PAAG_04444

Transcetolase 836,9566

12 20,58

- - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_05392

Betaína aldeído

desidrogenase

809,2419

10 37,45

- - 1 sítio 4 sítios -

PAAG_05005

Componente da

antranilato sintase

770,2108

4 4,68 - - - 7 sítios -

PAAG_02769

Componente X do

complexo piruvato

desidrogenase

766,1917

5 6,46 0,387

- - 29 sítios -

PAAG_02050

Piruvato decarboxilase 693,5775

7 10,8 - - - 6 sítios -

PAAG_03978

3-hidroxi-isobutirato

desidrogenase

670,6199

7 23,26 - - - 8 sítios -

PAAG_05416

Leucotrieno B4 12-

hidroxi desidrogenase

dependente NADP

577,66

8

15,63 - 0,7898

- - -

PAAG_07605

Acetolactato sintase,

subunidade menor

573,3843

4 14,84 - - - 24 sítios -

PAAG_03659

Proteína quinase gsk3 520,5465

7 22,34

- - 1 sítio 9 sítios -

PAAG_06224

Carnitina-O

acetiltransferase

512,402 5

10,98

- 0,8922

1 sítio 7 sítios -

PAAG_01870

3-oxoacil-(proteína-

transportadora de acil)

redutase

498,2003

2

11,19

- 0,8025

1 sítio 5 sítios -

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

52

52

PAAG_07412

Serina

hidroximetiltransferase

482,0086

4 8,07

- - 3 sítios - -

PAAG_06329

3-hidroxibutiril-CoA

desidrogenase

447,8461

7 22,12

- - 2 sítios 7 sítios -

PAAG_03333

Formamidase 430,5747

7 18,07 - - - 2 sítios -

PAAG_05151

ATP citrato liase 389,5834

9 12,76

- - 1 sítio 10 sítios -

PAAG_07760

Treonina sintase 418,5964

10 21,46

- - 1 sítio 4 sítios -

PAAG_05929

Sulfato adeniltransferase 382,4107

7 18,85 - - - 3 sítios -

PAAG_08915

Dihidrolipoamida

succiniltransferase

379,6206

4

8,19 - 0,7542

- 2 sítios -

PAAG_03116

Acil-CoA oxidase 377,7757

5 6,6

- - 1 sítio 8 sítios -

PAAG_08164

Homogentisato 1,2

dioxigenase

310,4226

5

13,22 - 0,9083

- 11 sítios -

PAAG_00435

R benzilsuccinil CoA

desidrogenase

301,3124

6 15,32 - - - 8 sítios -

PAAG_01002

Glutamato desidrogenase

NAD específica

300,7159

6 3,35

- - 1 sítio 21 sítios -

PAAG_08203

Fosfoenolpiruvato

carboxiquinase

281,3573

3

2,08 - 0,5873

- 6 sítios -

PAAG_02732

2-oxoglutarato

desidrogenase E1

266,885

15 8,3

- - 3 sítios 21 sítios -

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

53

53

PAAG_01833

2-succinilbenzoato-CoA

ligase

258,9445

3 2,75

- - 1 sítio 8 sítios -

PAAG_04291

Nucleosídeo difosfato

quinase

8847,635

2 17,11 - - - 1 sítio -

PAAG_05091 Ubiquinona

oxidoredutase,

Subunidade 213 kDa

NADH

1510,975

3

16,08 - 0,5137

- 2 sítios -

PAAG_01078

Oxidase 1436,363

5 21,88 - - - 2 sítios -

PAAG_05735

Ubiquinona

oxidoredutase,

subunidade 49 kDa

NADH

293,5617

5

10,23 - - - 3 sítios -

PAAG_06252

Citocromo c oxidase,

polipeptídio VIb

7560,263

3

39,13

- 0,8581

1 sítio 3 sítios -

PAAG_04570

Mitocondrial ATP

sintase, cadeia D

5645,292

8 56,9 - - - 12 sítios -

PAAG_02266

Ubiquinona

oxidoredutase NADH 21

kDa

1010,831

5

32

- 0,9355

1 sítio 18 sítios -

PAAG_02653

Acetil-CoA sintetase 710,3576

6 15,1

- - 1 sítio 5 sítios -

PAAG_03631 Oxofitodienoato redutase 4468,336

6

16,71

- 0,7398

1 sítio 9 sítios -

PAAG_07321

Proteína da biossíntese

piridoxina PDX1

1107,222 2 5,56 - - - 6 sítios -

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

54

54

PAAG_05107 AAA ATPase

1982,711

5

53,4

- 0,5297 1 sítio 28 sítios -

PAAG_08019

Adenilato quinase

citosolica 2

858,6353

6 25,72 - - - 2 sítios -

PAAG_02265

ATP sintase

mitocondrial, subunidade

F1F0

6296,381

3 35,64 - - - 3 sítio -

PAAG_04820 ATPase, subunidade alfa 6106,426

10 21,94 - - - 6 sítios -

PAAG_08037

ATP sintase, subunidade

beta

4211,933

9 27,1 - - 1

sítio

10 sítios -

PAAG_08088

Complexo citocromo

bc1, subunidade 2

373,6864

7 14,69 - 0,9180 - 12 sítios -

PAAG_08082

ATPase de membrana

plasmática

531,6011

5 8,72 - - - 4 sítios -

PAAG_02019

ATP sintase mitocondrial

F1F0, subunidade Atp14

2398,232

1

15,87 - 0,9112

- 7 sítios -

PAAG_06155

ATP sintase vacuolar,

subunidade E

720,8109

3 11,72 - - - 7 sítios -

PAAG_06206

ATP sintase, subunidade

5

604,9119

6 21,74 - - - 14 sítios -

SÍNTESE PROTEICA

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

55

55

PAAG_02024 Fator de elongação 1 alfa 13601,02

10

30,43

-

0,6836

2 sítios 2 sítios -

PAAG_03556

Fator de elongação 1

gamma

735,5676

5

12,04 - 0,9067

- 4 sítios -

PAAG_00594

Fator de elongação 2 1020,818

10 11,31 - - - 5 sítios -

PAAG_02921

Fator de elongação 1 alfa 577,6839

10 22,45 - - 1 sítio - -

PAAG_03028

Fator de elongação 1 beta 14675,21

4 43,1 - 0,9342 - 7 sítios -

PAAG_01785

Proteína ribossomal 40S 6192,729

8 38,89 - - - 4 sítios -

PAAG_04998

Proteína ribossomal L8 B

60S

4724,041

7

22,22 - 0,8718

- 4 sítios -

PAAG_02634

Proteína ribossomal S6 1749,818

8

29,11

- 0,5410

1 sítio 11 sítios -

PAAG_08888

Proteína ribossomal L4

60S

7576,587

11

30,65 - 0,9204

- 19 sítios -

PAAG_05590

Proteína ribossomal L12

60S

3383,873

3 22,42 - - - 1 sítio -

PAAG_01433

Proteína ribossomal S14

40S

1479,611

4

33,77

- 0,7428

2 sítios 7 sítios -

PAAG_05017

Proteína ribossomal S10

A 40S

2180,968

2 17,58 - 0,7241 - 3 sítios -

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

56

56

PAAG_07182

Proteína ribossomal S7

40S

9979,46

3 20,4 - - - 7 sítios -

PAAG_00765

Proteína ribossomal L36

6220,854

6 41,75 - 0,5076 1 sítio 8 sítios -

PAAG_06367

Proteína ribossomal S17P

30S

1207,773 5 33,54 - 0,6969 - 4 sítios -

PAAG_06320 Proteína ribossomal L13

60S

5049,785

7

35,94 - 0,5188

1 sítio 4 sítios -

PAAG_08955

Proteína ribossomal S3aE

40S

2032,168

6 26,27 - - 1 sítio 5 sítios -

PAAG_05778

Proteína ribossomal S19

40S

2557,597

4 17,81 - - - 4 sítios -

PAAG_07955

Proteína ribossomal L18

60S

1948,537

4 17,46 - 0,5731 - 5 sítios -

PAAG_00548

Proteína ribossomal L5

60S

3858,295

7 28,76 - - - 5 sítios -

PAAG_00430

Proteína ribossomal L2

60S

3580,26

5 44,46 - 0,8823 - 7 sítios -

PAAG_06487

Proteína ribossomal 60S 1016,449

5 27,02 - - - 10 sítios -

PAAG_07385

Proteína ribossomal L23a

60S

2917,367

2 21,57 - 0,9298 - 10 sítios -

PAAG_00385

Proteína ribossomal S23

40S

1292,228

2 18,62 - 0,6139 - 2 sítios -

PAAG_00952

Proteína ribossomal L20

60S

1765,818

3 13,22 - - - 2 sítios -

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

57

57

PAAG_04690

Proteína ribossomal S15

40S

4685,958

1 10,46 - - - 1 sítio -

PAAG_03019

Proteína ribossomal L6

60S B

884,5244

4 21,08 - 0,9072 - 9 sítios -

PAAG_00801 60S ARP P0 liase 361,8257

3 8,63 - - - 6 sítios -

PAAG_04691

60S ARP P2 8857,591

4 53,98 0,386

- - 1 sítio -

PAAG_06627

Proteína ribossomal L32

60S

7636,002

2

18,32

- 0,8123

1 sítio 6 sítios -

PAAG_01413

Proteína ribossomal S17

40S

4403,99

1 11,27 - - - - -

PAAG_05805

Proteína ribossomal S21

40S

3846,095

2 26,14 - - - - -

PAAG_05484

Proteína ribossomal S5

40S

1791,419

2 11,68 - - - 2 sítios -

PAAG_06882

Proteína ribossomal S24

40S

1187,413

5

29,1

- 0,6412

1 sítio 4 sítios -

PAAG_02110

Proteína ribossomal S15 1057,565

4

21,71

- 0,6965

3 sítios 26 sítios -

PAAG_00088

Proteína ribossomal L3

60S

845,5701

4

10,46 - 0,8106

- 10 sítios -

PAAG_08634

Proteína ribossomal S12

40S

776,1919

2 13,25 - - - 8 sítios -

PAAG_08847

Proteína ribossomal L28

60S

768,1138

7

44,3 - 0,9207

- 6 sítios -

PAAG_02789

Proteína ribossomal L2

50S

697,4224

4

9,3 - 0,9190

- 7 sítios -

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

58

58

PAAG_02394

Proteína ribossomal S5

37S

487,9358

4 11,95 -

- - 16 sítios -

PAAG_00244

Proteína ligação ao

poliadenilato

387,9247

9

9,61

- 0,9502

5 sítios 20 sítios -

PAAG_07028

Histidil tRNA sintetase 347,0626

6 12,81 - - - 15 sítios -

PAAG_00815

Fator de iniciação em

Eucarioto 3

283,1691

11 10,08

- - 2 sítios 4 sítios -

PAAG_05103 Treonil tRNA sintetase 263,5384

9 6,94

- - 2 sítios 15 sítios -

PAAG_06623

Fator iniciação da

tradução 4B

3434,049

11

26,27

- 0,9283

1 sítio 47 sítios -

TRANSPORTE

PAAG_07564

Porina mitocondrial da

membrana externa

5152,032

6 30,28 - 0,9516 - - -

PAAG_07185

Subunidade do complexo

Arp2/3

845,3303

3

28,5 - 0,8877

- 13 sítios -

PAAG_05960

Proteína da família

NIPSNAP

423,6351

3 8,56 -

- - 36 sítios -

PAAG_06228 Proteína de translocação

SEC 62

301,4547

2

3,4

- 0,9412

- 24 sítios -

PAAG_06249 Proteína de translocação

SEC 31

300,5972

13

8,17

-

0,9321

1 sítio 90 sítios -

PAAG_07039

Nexina de

endereçamento 3

358,6393

5

12,11 - 0,9455 - 35 sítios -

PAAG_01647

Alfa tubulina cadeia 1 894,3934 7 13,53

- - - 1 sítio -

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

59

59

PAAG_08103 Proteína com domínio EF 526,1804

15

17,7

- 0,8985

4 sítios 213 sítios -

PAAG_08697 Miosina 2 1698,131

13 9,21 - - 2 sítios 78 sítios -

PAAG_03054

Proteína de controle da

checagem da fase G2/M

456,587

7

17,86

- 0,7363

2 sítios 60 sítios -

HISTONA

PAAG_08917 Histona H2a 41315,43

6

58,52 - 0,5473

- 12 sítios -

PAAG_07098

Histona H4 1 4333,104

2 19,42 - - - 1 sítio -

PAAG_08918

Histona H2B L4 9653,564

2 13,48 - 0,9505 - 4 sítios -

PAAG_07099

Histona H3 3 372,7343

1

6,62 - 0,6000

- 7 sítios -

COMUNICAÇÃO CELULAR

PAAG_02817 Proteína da família

estomatina

5862,986

5 12,08

- -

PAAG_08028

Proteína de ligação ao

GTP ypt1

3004,69

3 25,37 - - - 3 sítios -

PAAG_04591

Proteína sec16 de

montagem do complexo

de revestimento COPII

279,6222

14

4,53

- 0,8588

3 sítios 299 sítios -

PAAG_01764

Proteína de ligação a

actina

1992,791

12

22,81

- 0,8836

1 sítio 98 sítios -

BIOGÊNESE DE COMPONENTES CELULARES

PAAG_02994

Proteína da biogênese da

parede celular fosfatase

SSD1

910,5494

6

4,77

- 0,9462

3 sítios 93 sítios -

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

60

60

PAAG_01415

Proteína com dominio

SH3

474,2371

8 6,5 - 0,8448

PAAG_03898

Proteína de síntese do

cofator miolibdopterina

1140,437

6

13,9

- 0,8957

1 sítio 13 sítios -

PAAG_03532

Actina 349,3648

4 9,33

- - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_00004

Proteína de ligação a

actina

10384,49

4

13,77

- 0,9281

1 sítio 200 sítios -

RESGATE CELULAR, DEFESA E VIRULÊNCIA

PAAG_07750

Proteína de choque

térmico HSP88

1683,205 11 17,74 - - - 4 sítios -

PAAG_02725

Superóxido dismutase 9525,718 6

48,02 - 0,8823

- 6 sítios -

PAAG_03216

Peroxiredoxina

mitocondrial PRX1

1999,772

5 21,17 - - - 3 sítios -

CICLO CELULAR E PROCESSAMENTO DE DNA

PAAG_02230

Proteína do controle da

divisão celular

1841,691

2

9,9 - 0,5481

- 151 sítios -

PAAG_05518

Proteína de ciclo celular 505,0283

9 14,02

- - 1 sítio 5 sítios -

PAAG_01041

Proibitina 2 4546,234

8 30

- - 2 sítios 2 sítios -

PAAG_07296

Proteína de ligação

ssDNA

3256,021

3

26,63 - 0,5421

- 3 sítios

PAAG_03188

Proteína de movimento

nuclear nudC

2140,304

3

29,29 - 0,7668

- 6 sítios -

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

61

61

PAAG_02186

Proteína de segregação

nuclear BFR1

430,907

8

13,69 - 0,8541

- 30 sítios -

PAAG_07192 Proteína RP, membro da

família EB, associada

com microtúbulo

8151,502 3 19,84 - - 1 sítio 12 sítios -

PAAG_06143 Proteína Wsp1 associada

a actina

724,0607

6

15,44 - 0,7604

- 81 sítios -

PAAG_01325

Proteína ativadora de

GTPase ARF

668,3336

4

9,84 - 0,9411

- 51 sítios -

PAAG_06751

Proteína de checagem do

dano ao DNA rad24

2707,374

7 31,32 - - 1 sítio 10 sítios -

PAAG_00773

Proteína de checagem do

dano ao DNA rad24

2392,273

6

24,32

- - 3 sítios 9 sítios -

DOBRAMENTO, MODIFICAÇÃO, DESTINAÇÃO PROTEICA

PAAG_07037

Calnexina 1056,599

11

31,39

0,826

-

PAAG_00986

Disulfito isomerase PDI1 2660,437

13

33,09

0,772 - - 17 sítios -

PAAG_00478

Proteína PSI com

domínio DNAJ

989,7959

3

16,08

- 0,9001

PAAG_06255

Chaperona mitocondrial

GrpE

10867,69

4

18,18

- - - 18 sítios -

PAAG_02907 Proteína com repetição

de anquirina

2058,952

2 12,08 - -

PAAG_03334

Peptidil-prolil-cis-trans

isomerase D

1383,248

3

12,6

- 0,8640 2 sítios 5 sítios -

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

62

62

PAAG_00739

Peptidil-prolil-cis-trans

isomerase B

5598,1

4 24,29 0,641

- - 1 sítio -

PAAG_06738

Translocase subunidade

tim 50 importe

membrana interna

684,5787 10 29,93 - 0,8222

1 sítio 48 sítios -

PAAG_05509

ATPase do complexo

proteassoma 26S,

subunidade 11 não

regulatória

604,8031

9

17,69

- - - 11 sítios -

PAAG_01896

Peroxina 872,4768

5

18,7 -

0,9426

2 sítios 46 sítios -

PAAG_00797 Proteína mitocondrial

MAS5

3856,714 6 16,83 - 0,9516

- 6 sítios -

PAAG_08260

Chaperona Hsp90 Cdc37 600,4196 7

24,26

- 0,6028

2 sítios 17 sítios -

PAAG_03027

Chaperona CLPB 497,7903 9 15,57 - - - 13 sítios -

PAAG_05643

Proteína Npl4 de

membrana nuclear e

reticulo endoplasmático

9119,638 13 25,39 - 0,9361

1 sítio 39 sítios -

PAAG_04282

Proteína com dominio

UBX

670,2841

4

15,31 - 0,9367

- 30 sítios -

TRANSCRIÇÃO

PAAG_08117

Regulador transcricional 494,931 5 7,48 - - - 3 sítios -

PAAG_02840

Helicase prp5 de

processamento de pré-

mRNA ATP dependente

269,8375 4 8,65 - - - 14 sítios -

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

63

63

PAAG_05711

Subunidade 50 kDa

U2AF fator de splicing

268,0169 5 6,17 - 0,8111

1 sítio 41 sítios -

PAAG_00672

Proteína da família

MRS7

794,9688

4

10 - 0,5347

- 14 sítios -

PAAG_01097 Proteína de ligação Poly

rC

360,6784

4

3,84

- 0,9159

1 sítio 36 sítios -

PAAG_04571

Complexo associado

polipeptídio nascente,

subunidade alfa

14209,44

6

49,76 - 0,5360

- 13 sítios -

PAAG_02379 Fator transcricional

APSES

1447,345

4 23,36 - 0,9143

2 sítios 11 sítios -

OUTROS

PAAG_05230

CCCH finger de ligação

ao DNA

899,5995 4 13,61 - 0,9509

1 sítio 17 sítios -

PAAG_00957 Proteína contendo HMG

box

7641,071

2 26,72 - 0,9395 - - -

PAAG_03489

Proteína de lise celular

CWL1

955,2409

3 14,29 - - - 9 sítios -

PAAG_04913

Proteína com domínio

RNP

7210,115

7 36,34 - 0,9061

- 19 sítios -

PAAG_01280 Proteína serina/ treonina

fosfatase

2601,225

10

27,1 - 0,9307

- 61 sítios -

PAAG_01347

Proteína de citoesqueleto

actina VIP1

2096,143

9 40,23 - 0,9088

- 17 sítios -

PAAG_03701 Proteína com dominio

BAR

1992,791

12

22,81

- 0,5458

- 13 sítios -

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

64

64

PAAG_00627

Proteína com dominio

GYF

278,6811

16

8,8

- 0,8965

4 sítios 250 sítios -

PAAG_06869

Proteína de ligação ran 740,6178

4

1,25 - 0,8939

2 sítios 138 sítios -

PAAG_09108

Proteína com repetição

de RPEL

4069,938

3

28,99

- 0,8939

- 10 sítios -

PAAG_05720 Proteína com domínio

SAP

2509,094

6

30,1 - 0,9422

- 40 sítios -

PAAG_00367

Proteína com domínio

CUE

1683,791

7

37,28 - 0,8362

- 33 sítios -

A,b) Número de acesso/descrição da proteína de acordo com o banco de dados do P.brasiliensis;

(http://www,broadinstitute,org/annotation/genome/paracoccidioides_brasiliensis/MultiHome,html) c) Score da Proteína d) Número de peptídeos encontrados (MS/MS)- número de peptídeos correspondente às massas da proteína encontrada; e) Cobertura de sequência- porcentagem de cobertura de sequências do aminoácido em relação à proteína total identificada; f) Predição de secreção de acordo com Signal P 4,0 servidor, o número correspondente para o D-score deve ser igual ou exceder o valor de 0,340 (D-score ≥ 0,340)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/SignalP/); g) Predição de secreção de acordo com Secretome P 2,0 servidor, o número correspondente para o SecP- score deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (SecP score≥0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/SecretomeP/); h) Predição de secreção de acordo com NetNglyc 1.0, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetNGlyc/ ); i) Predição de secreção de acordo com NetOglyc 3.1, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetOGlyc/ ); j) Predição de secreção de acordo com big-PI, sendo consideradas preditas aquelas que apresentarem uma região C-terminal positiva para modificações por âncora de GPI

(http://mendel.imp.ac.at/gpi/fungi_server.html);

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

65

65

Tabela 3. Proteínas identificadas na fração álcali sensível tratadas com NaOH 30mM e N-glicosidase F de Paracoccidioides sp. expressas

na fase de levedura

Número de

acessoa

Descrição b Score

Proteínac

Número de

peptídeos

encontradosd

Cobertura

de

sequencia

(%)e

Signal

P

Score

≥0,34f

Secretome P

Score ≥0,5g

NetNglyc

Score ≥0.5 h

NetOglyc

Score

≥0.5 i

Big-PI j

RESPOSTA AO ESTRESSE

PAAG_05142 Proteína de choque

térmico mitocondrial 10

kDa

8656,394 8 67,96 -

-

- - -

PAAG_05679

Proteína de choque

térmico 90

297,1502 7 11,08 - - 5 sítios 13 sítios -

PAAG_08003

HSP70 2909,914 21 48,17 - - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_08059

Proteína de choque

térmico 60

2331,569 19 44,76 - - 1 sítio 14 sítios -

PAAG_01339

Proteína de choque

térmico SSC1

361,5818 13 15,44 - - 1 sítio 18 sítios -

PAAG_01262

HSP70 12,2215 1 1,43 0,864 -

- 1 sítio -

PAAG_06811

Proteína do choque

térmico STI1

218,6675

11 16,61 - - 1 sítio 3 sítios

METABOLISMO E ENERGIA

PAAG_00771

Enolase 810,6396 5 15,1 - -

- 1 sítio -

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

66

66

PAAG_08468

Gliceraldeído-3-fosfato

desidrogenase

867,1328 7 40,24 - 0,9120

1 sítio 1 sítio -

PAAG_00403

Álcool desidrogenase 591,5544 5 16,38 - - - - -

PAAG_08313

Proteína da família Hmf1

endoribonuclease LPSP

533,0194 3 21,56 - - - - -

PAAG_07246

Citocromo c oxidase,

subunidade Va

2812,154 7 46,2 - - - 14 sítios -

PAAG_03309

Suaprga1 413,4066 5 16,67 - 0,6627

- 23 sítios -

PAAG_01995

Frutose-1,6-bifosfato-

aldolase

271,2023 9 27,5 - 0,6628

1 sítio - -

PAAG_02869

Fosfoglicerato quinase 290,4629 3 7,43 - 0,6626 1 sítio 1 sítio -

PAAG_06329

3-hidroxibutiril-CoA

desidrogenase

234,9206 7 8,72 - - 2 sítios 7 sítios -

PAAG_04820

ATPase, subunidade alfa 528,6951 9 19,35 - - - 6 sítios -

PAAG_08037

ATP sintase, subunidade

beta

324,5255 7 22,42 - - 1 sítio 10 sítios -

PAAG_05367

Álcool desidrogenase

234,6676

5 17,46 - 0,7212 - 5 sítios -

SÍNTESE PROTEICA

PAAG_02024 Fator de elongação 1 alfa 618,2094 6 20,43 -

0,6836

2 sítios 2 sítios -

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

67

67

PAAG_07841

60S ARP P1

6745,977

2

45,05

- 0,6534 - - -

PAAG_03028

Fator de elongação 1 beta

1424,036

2 10,78 - 0,9342 - 7 sítios -

PAAG_03664

Proteína ribossomal L28e 573,1142 3 26,62 - 0,9541

- 10 sítios -

TRANSPORTE

PAAG_08252

Clatrina cadeia leve 389,5535 4 25 - 0,9112

- 28 sítios -

DOBRAMENTO, MODIFICAÇÃO, DESTINAÇÃO PROTEICA

PAAG_00986

Disulfito isomerase Pdi1 225,9247 5 10,41 0,772 - - 17 sítios -

PAAG_07509

Peptidil-prolil-cis-trans

isomerase ssp1

242,8321 3 18,45 - 0,6854

1 sítio 7 sítios -

PAAG_03334

Peptidil-prolil-cis-trans

isomerase D

358,134 2 3,75 - 0,8640 2 sítios 5 sítios -

PAAG_06536

Ubiquitina 392,8655

3 22,08 - 0,7186 - 3 sítios -

BIOGÊNESE DE COMPONENTES CELULARES

PAAG_01139

Glucanase de parede

celular

195,5835 4 9,51 0,858 - - 51 sítios Positivo

PAAG_03532

Actina 353,859 6 20,53 - - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_08973

Tropomiosina

450,0906

5 28,57 - - - - -

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

68

68

OUTROS

PAAG_01347

Proteína actina VIP1 do

citoesqueleto

295,7978 3 14,29 - 0,9088

- 17 sítios -

A,b) Número de acesso/descrição da proteína de acordo com o banco de dados do P. brasiliensis;

(http://www,broadinstitute,org/annotation/genome/paracoccidioides_brasiliensis/MultiHome,html) c) Score da Proteína d) Número de peptídeos encontrados (MS/MS)- número de peptídeos correspondente às massas da proteína encontrada; e) Cobertura de sequência- porcentagem de cobertura de sequências do aminoácido em relação à proteína total identificada; f) Predição de secreção de acordo com Signal P 4,0 servidor, o número correspondente para o D-score deve ser igual ou exceder o valor de 0,340 (D-score ≥ 0,340)

(http://www,cbs,dtu,dk/services/SignalP/); g) Predição de secreção de acordo com Secretome P 2,0, o número correspondente para o SecP- score deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (SecP score ≥0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/SecretomeP/); h) Predição de secreção de acordo com NetNglyc 1.0, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetNGlyc/ ); i) Predição de secreção de acordo com NetOglyc 3.1, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetOGlyc/ ); j) Predição de secreção de acordo com big-PI, sendo consideradas preditas aquelas que apresentarem uma região C-terminal positiva para modificações por âncora de GPI

(http://mendel.imp.ac.at/gpi/fungi_server.html);

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

69

69

Tabela 4. Proteínas identificadas na fração de proteínas associadas à parede tratadas com SDS/DTT de Paracoccidioides sp. expressas na

fase de micélio

Número de

acessoa

Descrição da proteínab Score

Proteínac

Número de

peptídeos

encontradosd

Cobertura de

sequencia

(%)e

Signal P

Score

≥0,34f

Secretome

P

Score ≥0,5g

NetNglyc

Score

≥0.5h

NetOglyc

Score

≥0.5i

Big-PI j

RESPOSTA AO ESTRESSE

PAAG_08003

HSP70 955,6063 12 33,94 - - 1 sítio 3 sítios -

METABOLISMO E ENERGIA

PAAG_05392

Betaína aldeído

desidrogenase

1049,8663 5 15,9 - - 1 sítio 4 sítios -

PAAG_08037

ATP sintase,

subunidade beta

763,5012 8 24,37 - - 1 sítio 10 sítios -

PAAG_00771

Enolase 192,3795

2 7,67 - -

- 1 sítio -

SÍNTESE PROTEICA

PAAG_01785

Proteína ribosomal S3

40S

2983,528 6 31,11 - - - 4 sítios -

PAAG_04965

Proteína ribossomal

L31 60S

4731,078 1 8,13 - 0,9197

1 sítio 5 sítios -

PAAG_03827

Proteína ribossomal

L21 A 60S

4506,85 1 13,13 - - 1 sítio 7 sítios -

PAAG_04425

Proteína ribossomal

L22 60S

3926,994 4 45,08 - 0,5706

- 2 sítios -

PAAG_02024 Fator de elongação 1

alfa

1192,016 9 25,22 -

0,6836 2 sítios 2 sítios -

BIOGÊNESE DE COMPONENTES CELULARES

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

70

70

PAAG_03532 Actina 1490,045 6 26,67 - 0,5649

1 sítio 3 sítios -

OUTROS

PAAG_06886

Proteína dedo de zinco

GIS2

770,8409 2 24,77 - 0,6514

- 24 sítios -

A,b) Número de acesso/descrição da proteína de acordo com o banco de dados do P.brasiliensis;

(http://www,broadinstitute,org/annotation/genome/paracoccidioides_brasiliensis/MultiHome,html) c) Score da Proteína d) Número de peptídeos encontrados (MS/MS)- número de peptídeos correspondente às massas da proteína encontrada; e) Cobertura de sequência- porcentagem de cobertura de sequências do aminoácido em relação à proteína total identificada; f) Predição de secreção de acordo com Signal P 4,0, o número correspondente para o D-score deve ser igual ou exceder o valor de 0,340 (D-score ≥ 0,340)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/SignalP/) g) Predição de secreção de acordo com Secretome P 2,0, o número correspondente para o SecP- score deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (SecP score ≥0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/SecretomeP/). h) Predição de secreção de acordo com NetNglyc 1.0, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetNGlyc/ ). i) Predição de secreção de acordo com NetOglyc 3.1, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetOGlyc/ ). j) Predição de secreção de acordo com big-PI, sendo consideradas preditas aquelas que apresentarem uma região C-terminal positiva para modificações por âncora de GPI

(http://mendel.imp.ac.at/gpi/fungi_server.html).

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

71

71

Tabela 5. Proteínas identificadas na fração álcali sensível tratadas com NaOH 30mM e N-glicosidase F de Paracoccidioides sp. expressas

na fase de micélio

Número de

acessoa

Descrição b Score

Proteínac

Número de

peptídeos

encontradosd

Cobertura

de

sequencia

(%)e

Signal P

Score

≥0,34f

Secretome

P

Score ≥0,5g

NetNglyc

Score

≥0.5h

NetOglyc

Score

≥0.5 i

Big-PI j

RESPOSTA AO ESTRESSE

PAAG_05142 Proteína de choque

térmico mitocondrial 10

kDa

351,6537 3 31,07 -

-

- - -

PAAG_08003

HSP70 249,2091 10 19,27 - - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_08059

Proteína de choque

térmico

276,3557 7 16,39 - - 1 sítio 14 sítios -

PAAG_01339

Proteína de choque

térmico SSC1

518,575 12 16,76 - - 1 sítio 18 sítios -

PAAG_07775

Proteína de choque

térmico SSB1

193,2841 11

16,85 - 0,8618

- 4 sítios -

METABOLISMO E ENERGIA

PAAG_08468

Gliceraldeído-3-fosfato

desidrogenase

325,2322 8 27,51 - 0,9120

1 sítio 1 sítio -

PAAG_05249

Aldeído desidrogenase

1258,311

14

35,48

- - 2 sítios 3 sítios -

PAAG_07246

Citocromo-c oxidase,

cadeia VI

350,2753

3

39,18

- - - 15 sítios -

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

72

72

PAAG_04820

ATPase, subunidade alfa 466,5501 7 17,63 - - - 6 sítios -

PAAG_08037

ATP sintase, subunidade

beta

996,9396 9 27,68 - - 1 sítio 10 sítios -

TRANSPORTE

PAAG_07564

Porina da membrana

externa da mitocôndria

1312,075 6 17,96 - 0,9516 - - -

PAAG_04651

Proteína nuclear de

ligação ao GTP GSP1

Ran

699,5951

3 21,4 - - 1 sítio - -

PAAG_08620

Proteína transportadora

de ADP/ ATP

534,660 6 24,6 - - - - -

SÍNTESE PROTEICA

PAAG_04425

Proteína ribossomal L22

60S

710,4438 3 31,15 - 0,5649

- 2 sítios -

PAAG_03827

Proteína ribossomal L21

A 60S

318,0048

3

13,13

1 sítio 7 sítios -

PAAG_02024

Fator de elongação 1 alfa 375,1037 4 16,96 -

0,6836 2 sítios 2 sítios -

PAAG_04089

Proteína principal dos

corpos de woronin

957,3892

8

43,98

- - - 3 sítios -

PAAG_03828

Proteína ribossomal S9

40S

889,7404

7 37,17

- - - 7 sítios -

PAAG_04965

Proteína ribossomal L31

60S

831,8064

4 33,33

- 0,5706 1 sítio 5 sítios -

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

73

73

PAAG_05484

Proteína ribossomal S5

40S

747,7584

7 30,84 - - - 2 sítios -

PAAG_08888

Proteína ribossomal L4 A

60 S

708,372

11 35,22 - 0.9204 - 19 sítios -

PAAG_01785

Proteína ribossomal S3

40S

553,8762

8 28,89 - - - 4 sítios -

PAAG_00689

RNA helicase eIF4A

dependente de ATP

502,128 10 22,36 - - - 2 sítios -

PAAG_03816

Proteína ribossomal S4

40S

460,554 8 30,53 - - 1 sítio 3 sítios -

PAAG_00952

Proteína ribossomal L20

60S

361,343 2 12,07 - - - 2 sítios -

PAAG_05379

Proteína ribossomal L17

60S

314,9333

3 22,28 - 0,8477 - 6 sítios -

PAAG_00594

Fator de elongação 2 197,505

11 16,85 - - - 5 sítios -

HISTONA

PAAG_08918

Histona H2B L4 399,7065 2 14,18 - 0,6514

- 4 sítios -

PAAG_08917

Histona H2a

3962,407

2

28,15

- 0,5473 - 12 sítios -

PAAG_07099

Histona H3 3 480,677

2

11,76 - 0,6000

- 7 sítios -

TRANSCRIÇÃO

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

74

74

PAAG_04814

Proteína de ligação ao

ácido nucleico

395,3721 4 14,65 - 0,9505 1 sítio 21 sítios -

CICLO CELULAR E PROCESSAMENTO DE DNA

PAAG_04458

Proibitina 1 211,9912 8 7,5 0,426

- 2 sítios 1 sítio -

COMUNICAÇÃO CELULAR

PAAG_07634

RhoA GTPase,

subunidade menor

1239,854 5 21,47 - - - 4 sítios -

A,b) Número de acesso/descrição da proteína de acordo com o banco de dados do P.brasiliensis;

(http://www,broadinstitute,org/annotation/genome/paracoccidioides_brasiliensis/MultiHome,html) c) Score da Proteína d) Número de peptídeos encontrados (MS/MS)- número de peptídeos correspondente às massas da proteína encontrada; e) Cobertura de sequência- porcentagem de cobertura de sequências do aminoácido em relação à proteína total identificada; f) Predição de secreção de acordo com Signal P 4,0 servidor, o número correspondente para o D-score deve ser igual ou exceder o valor de 0,340 (D-score ≥ 0,340)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/SignalP/); g) Predição de secreção de acordo com Secretome P 2,0 servidor, o número correspondente para o SecP- score deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (SecP score≥0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/SecretomeP/); h) Predição de secreção de acordo com NetNglyc 1.0, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor de 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetNGlyc/ ); i) Predição de secreção de acordo com NetOglyc 3.1, o número correspondente para o score discriminante deve ser igual ou exceder o valor 0,5 (score ≥ 0,50)

(http://www.cbs.dtu.dk/services/NetOGlyc/ ); j) Predição de secreção de acordo com big-PI, sendo consideradas preditas aquelas que apresentarem uma região C-terminal positiva para modificações por âncora de GPI

(http://mendel.imp.ac.at/gpi/fungi_server.html)

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

75

75

7. CONCLUSÃO

Paracoccidioides sp. apresenta diversas proteínas retidas por diferentes

ligações a parede celular expressas na fase de micélio e levedura. Devido o número

reduzido de proteínas identificadas na fase de micélio, não foi possível ainda realizar

uma análise comparativa entre as duas fases de Paracoccidioides sp. Com esse intuito

técnicas para otimizar a extração de proteínas da parede de micélio têm sido buscadas.

Foi possível detectar-se uma proteína ancorada a GPI na fração 2 sugerindo que essa

possa ser retida por uma ligação álcali sensível entre os polímeros da parede de

levedura. Além disso, várias proteínas com conhecidas funções intracelulares foram

detectadas em todas as frações, estando de acordo com vários estudos que tem

localizado essas proteínas na parede celular. Este é um trabalho inicial que pode vir

contribuir para o conhecimento sobre a relação patógeno-hospedeiro, ampliando o

entendimento do desenvolvimento da PCM.

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

76

76

8. REFERÊNCIAS

Alloush HM, López-Ribot JL, Masten BJ, Chaffin WL. 3-Phophoglycerate kinase: a

glycolytic enzyme presented in the cell wall of Candida albicans. Microbiology 143:

321-330, 1997.

Almeida RS, Brunke S, Albrecht A, Thewes S, Laue M, Edwards JE, Filler SG, Hube

B. The hypal-associated adhesin and invasion Als3 of Candida albicans mediates iron

acquisition from host ferritin. PLoS Pathog 4: e1000217, 2008.

Angiolella L, Facchin M, Stringaro A, Maras B, Simonetti N, Cassone A. Identification

of a glucan-associated enolase as a main cell wall protein of Candida albicans and an

indirect target of lipopeptide antimycotics. J infect Dis 173: 684-690, 1996.

Angiolella L, Micocci MM, D’Alessio S, Girolamo A, Maras B, Cassone A.

Identification of major glucan-associated cell wall proteins of Candida albicans and

their role in fluconazole resistance. Antimicrob. Agents Chemother 46: 1688-1694,

2002.

Ardeshir F, Flint JE, Richman SJ, Reese RT. A 75 kd merozoite surface protein of

Plasmodium falciparum which is related to the 70 kd heat-shock proteins. EMBO J 6:

493-499, 1987.

Ariizumi K, Shen GL, Shikano S, Xu S, Ritter R et al. Identification of novel, dendritic

cell-associated molecule, dectin-1, by subtractive cDNA cloning. J Biol Chem 275:

20157-20167, 2000.

Backhaus K, Heilmann CJ, Sorgo AG, Purschke G, de Koster CG, Klis FM, Heinisch

JJ. A systematic study of the cell wall composition of Kluyveromyces lactis. Yeast 27:

647–660, 2010.

Bagagli E, Franco M, Bosco SM, Hebeler-Barbosa F, Trinca LA, Montenegro MR.

High frequency of Paracoccidioides brasiliensis infection in armadillos (Dasypus

novemcinctus): an ecological study. Med Mycol 41: 217–223, 2003.

Bagagli E, Bosco SMG, Theodoro RC, Franco M. Phylogenetic and evolutionary

aspects of Paracoccidioides brasiliensis reveal a long coexistence with animal hosts

that explain several biological features of the pathogen. Elsevier infection, Genetics and

Evolution 6 : 344-35, 2006.

Bailão AM, Nogueira SV, Bonfim SMRC, de Castro KP, da Silva JF, Mendes-Giannini

MJS, Pereira M, Soares CMA. Comparative transcriptome analysis of Paracoccidioides

brasiliensis during in vitro adhesion to type I collagen and fibronectin: identification of

potential adhesins. Elsevier Research in Microbiol 163: 182-191, 2012.

Bailão AM, Schrank A, Borges CL, Dutra V, Molinari-Madlum I, Walquíria EE, Felipe

MSS, Gianni- Mendes MJS, Martins WS, Pereira M, Soares CMA. Differential gene

expression by Paracoccidioides brasiliensis in host interaction conditions:

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

77

77

Representational differential gene associated with fungal pathogenesis. Microbes and

Infection 8: 2686-2697, 2006.

Bangs JD, Hereld D, Krakow JL, Hart GW, Englund PT. Rapid processing of the

carboxyl terminus of a trypanosome variant surface glycoprotein. Proc Natl Acad Sci

USA 82: 3207-11, 1985.

Bartinick GS, Bartinick DD, Gierz G. Determinants of fungal cell wall morphology: the

vesicle supply center. Can J Bot 73: 372-8, 1995.

Bastos KP, Bailão AM, Borges CL, Faria FP, Felipe MSS, Silva MG, Martins W S,

Fiúza RB, Pereira M, Soares CAM. The transcriptome analysis of early morphogenesis

in Paracoccidioides brasiliensis mycelium reveals novel and induced genes potentially

associated to the dimorphic process. BMC Microbiology 7: 29, 2007.

Barbosa MS, Martins NF, Fachin AL, Cardoso RS, Passos GA, Almeida NF, Walter

ME, Soares CM, Carvalho MJ, Brígido MM; PbGenome Network. Transcriptional

profiles of the human pathogenic fungus Paracoccidioides brasiliensis in mycelium and

yeast cells. J Biol Chem 280: 24706-14, 2005.

Barbosa MS, Báo SN, Adreotti PF, de Faria FP, Felipe MS, dos Santos Feitosa L,

Mendes-Giannini MJ, Soares CM. Glyceraldehyde-3-phosphate dehydrogenase of

Paracoccidioides brasiliensis is a cell surface protein involved in fungal adhesion to

extracellular matrix proteins and interaction with cells. Infect Immun 74: 382-9, 2006.

Barrozo LV, Mendes RP, Marques SA, Benard G, Silva ME, Bagagli E. Climate and

acute/ subacute paracoccidioidomycosis in a hyperendemic area in Brazil. Int J

Epidemiol 38: 1642–1649, 2009.

Barrozo LV, Benard G, Silva ME, Bagagli E, Marques SA, Mendes RP. First

description of a cluster of acute/subacute paracoccidioidomycosis cases and its

association with a climatic anomaly. PLoS Neg. Trop Dis 4: e643, 2010.

Batista WL, Matsuo AL, Ganiko L, Barros TF, Veiga TR, Freymüller E, Puccia R. The

PbMDJI gene belongs to a conserved MDJI/LON locus in thermodimorphic pathogenic

fungi and encodes a heat shocks protein that localizes to both the mitochondria and cell

wall of Paracoccidioides brasiliensis. Eukaryot cell 5: 379-90, 2006.

Bellissimo-Rodrigues F, Machado AA, Martinez R. Paracoccidioidomycosis

epidemiological features of a 1,000- cases series from a hyperendemic area on the

Southeast of Brazil. Am J Trop Med Hyg 85: 546–550, 2011.

Bhavsar AP, Auweter SD, Finlay BB. Proteomics as a probe of microbial pathogenesis

and its molecular boundaries. Future Microbiol 5: 253–265, 2010.

Bialek R, Ibricevic A, Aepinus C, Najvar LK, Fothergill AW, Knobloch J, Graybill JR.

Detection of Paracoccidioides brasiliensis in tissue samples by a nested PCR assay. J

Clin Microbiol 38(8): 2940-2, 2000.

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

78

78

Bocca AL, Amaral AC, Teixeira MM, Sato PK, Shikanai-Yasuda MA, Felipe MSS.

Paracoccidioidomycosis: eco-epidemiology, taxonomy and clinical and therapeutic

issues. Future Microbiol 8: 1177-1191, 2013.

Borges CL, Parente JA, Barbosa MS, Santana JM, Báo SN, Sousa MV, Soares CMA.

Detection of a homotetrameric structure and protein-protein interactions of

Paracoccidioides brasiliensis formamidase lead to new functional insights. FEMS Yeast

Res 10: 104-113, 2009.

Bradford, MM. A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram

quantities of protein utilizing the of protein-dye binding. Analytical Biochemistry 72:

248-254, 1976.

Brown AJ, Gow NA. Regulatory networks controlling Candida albicans

morphogenesis. Trends Microbiol 7: 333-8,1999.

Brown GD, Gordon S. Fungal beta-glucans and mammalian immunity. Immunity 19:

311-5, 2003.

Brown GD, Herre J, Willians DL, Willment JA, Marshall AS. Dectin-1 mediates the

biological effects of beta-glucan. J Exp Med 197: 1119-1124, 2003.

Brow GD, Taylor PR, Reid DM, Willment JA, Willians DL, et al. Dectin-1 is a major

beta-glucan receptor on macrophages. J Exp Med 196: 407-412, 2002.

Brummer E, Castaneda E, Restrepo A. Paracoccidioidomycosis: an Update. Clinical

Microbiology Reviews 6: 89-117, 1993.

Bukau B & Horwich AL. The Hsp70 e Hsp60 chaperone machines. Cell 92: 351-366,

1998.

Bury-Mon S, Thiberge JM, Contreras M, Maitournam A, Labigne A, De Reuse H.

Responsiveness to acidity via metal ion regulators mediates virulence in the gastric

pathogen Helicobacter pylori. Mol Microbiol 53: 623–638, 2004.

Butler G, Rasmussen MD, Lin MF et al. Evolution of pathogenicity and sexual

reproduction in eight Candida genomes. Nature 459: 657–662, 2009.

Cabib E, Blanco Noelia, Grau C, Penã-Rodriguez JM, Arroyo J. Crh1p anda Crh2p are

required for the cross-linking of chitin to beta(1-6) glucana in Saccharomyces

cerevisiae. Mol Microbiol 63: 921-935, 2007.

Cabib E. Two novel techniques for determination of polysaccharide cross-links show

that Crh1p and Crh2p attach chitin to both β(1-6)-and β(1-3) glucan in Saccharomyces

cerevisiae cell wall. Eukar Cell 8: 1626-1623, 2009.

Caldore RA. Recognition between Candida albicans and cell host. Trends Microbiol 1:

55-58, 1993.

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

79

79

Camargo ZP, Taborda CP, Rodrigues EG, Unterkircherer C. Paracoccidioides sp.

Isolado das fezes de pinguin da Antártica pertence à espécie brasilienses?. Rev Argent

Micol 15: 32, 1992.

Carbonell LM, Rodriguez J. Transformation of mycelial and yeast forms of

Paracoccidioides brasiliensis in cultures and in experimental Inoculations. J Bacteriol

90: 504–510, 1965.

Carbonell LM & Rodriguez J. Mycelial phase of Paracoccidioides brasiliensis and

Blastomyces dermatitidis: an electron microscopes study. J Bacteriol 96: 533-543,

1968.

Carbonell LM. Ultrastructure of dimorphic transformation in Paracoccidioides

brasiliensis. J Bacteriol 100: 1076-82, 1969.

Carvalho MJ, Jesuina RSA, Daher BS, Silva-Pereira I, Freitas SM, Soares CMA, Felipe

MSS. Functional and genetic characterization of calmodulin from the dimorphic and

pathogenic fungus Paracoccidioides brasiliensis. Fungal Gent Biol 39: 204-10, 2003.

Carrero LL, Niño-Veja G, Teixeira MM, Carvalho MJ, Soares CM, Pereira M, Jesuino

RS, McEwen JG, Mendoza L, Taylor JW, Felipe MS, San-Blas G. New

Paracoccidioides brasiliensis isolate reveals unexpected genomic variability in this

human pathogen. Fungal Genet Biol 45: 605-12, 2008.

Castillo L, Martinez A I, Garcera A, Elorza M V, Valentin E, Sentandreu R. Functional

analysis of the cysteine residues and the repetitive sequence of Saccharomyces

cerevisiae Pir4/Cis3: the repetitive sequence is needed for binding to the cell wall β-1,3-

glucan. Yeast 20: 973–983, 2003.

Castilho L, Calvo E, Martínez AI, Herrera- Ruiz J, Valentín, Lopoez JÁ, Sentandreu R.

A study of the Candida albicans cell wall proteome. Proteomics 8: 3871-3881, 2008.

Castro NS, Maia ZA, Pereira M & Soares CMA. Screening for

glycosylphosphatidylinositol-anchored proteins in the Paracoccidioides brasiliensis

transcriptome. Genet Mol Res 4: 326–345, 2005.

Castro NS. Proteínas de superfície de Paracoccidioides brasiliensis. Goiânia. [Tese de

Doutorado em Patologia Molecular- Faculdade de Medicina /UNB], 2008.

Castro NS, de Castro KP, Orlandi I, Feitosa LS, Rosa e Silva LK, Vainstein MH, Báo

SN, Vai M, Soares CMA. Characterization and functional analysis of the beta-1,3-

glucanosyltransferase 3 of the human pathogenic fungus Paracoccidioides brasiliensis.

FEMS Yeast Res 9: 103-114, 2009.

Chaffin WL. Candida albicans cell wall proteins. Microbiol Mol Biol Rev 72: 495–544,

2008.

Chatterjee S, Mayor S.The GPI- anchor and protein sorting. Cell Mol Life Sci 58: 1969-

87, 2001.

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

80

80

Chen D, Janganan TK, Chen G, Marques ER, Kress MR, Goldman GH, Walmsley AR,

Borges-Walmsley MI. The cAMP pathway is important for controlling the

morphological switch to the pathogenic yeast form of Paracoccidioides brasiliensis.

Mol Microbiol 65: 761-79, 2007.

Chivasa S, Ndimba BK, Simon WJ, Robertson D, Yu XL, Knox JP, Bolwell P, Slabas

AR. Proteomics analysis of the Arabidopsis thaliana cell wall. Electrophoresis 23:

1754-1765, 2002.

Colombo AL, Tobón A, Restrepo A, Queiroz-Telles F, Nucci M. Epidemiology of

endemic systemic fungal infections in Latin America. Med Mycol 8: 785-98, 2011.

Conti-Diaz IA, Alvarez BJ, Gezuele E, González Marini H, Duarte J, Falcón J.

Intradermal reaction survey with paracoccidioidin and histoplasmin in horses. Rev. Inst.

Med. Trop. Sao Paulo. 14: 372–376, 1972.

Corredor GG, Castaño JH, Peralta LA et al. Isolation of Paracoccidioides brasiliensis

from the nine-banded armadillo Dasypusnovemcinctus, in an endemic area for

paracoccidioidomycosis in Colombia. Rev. Iberoam. Micol. 16: 216–220, 1999.

Corte AC, Svoboda WK, Navarro IT et al. Paracoccidioidomycosis in wild monkeys

from Paraná State, Brazil. Mycopathologia 164, 225–228, 2007.

Crowe JD, Sievwright IK, Auld GC, Moore NR, Gow NAR, Booth NA. Candida

albicans binds human plasminogen identification of eight plasminogen-binding

proteins. Molecular Micro. 47: 1637-1651, 2003.

Cutler JE. N-glycosylation of yeast, with emphasis on Candida albicans. Med Mycol

39: 75–86, 2001.

Danilition SL, Maclean IW, Peeling R, Winston S, Brunham RC. The 75-kilodalton

protein of Chamydia trachomatis: a member of the heat shock protein 70 family? Infect

Immun 58: 189-196, 1990.

Davila T, San-Blas G, San-Blas F. Effect of papulocandin B on glucan synthesis in

Paracoccidioides brasiliensis. J Med Vet Mycol 24: 193-202, 1986.

da Silva Castro N, Barbosa MS, Maia ZA, Báo SN, Felipe MS, Santana JM, Mendes-

Giannini MJS, Soares CMA. Characterization of Paracoccidoides brasiliensis

PbDfg5p, a cell-wall protein implicated in filamentous growth. Yeast 25: 141–154,

2008.

De Groot PW, Ram AF, Klis FM. Features and functions of covalently proteins in

fungal cell walls. Fungal Genet Biol 42: 657-75, 2005.

De Groot PWJ, Boer AD, Cunningham J, Dekker HL, de Jong L, Hellingwerf KJ,

Koster C, Klis FM. Proteomic Analysis of Candida albicans Cell Walls Reveals

Covalently Bound Carbohydrate-Active Enzymes and Adhesins. Eukaryotic Cell 3:

955-965, 2004.

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

81

81

de Groot PW, Kraneveld EA, Yin QY, Dekker HL, Gross U, Crielaard W, de koster

CG, Bader O, Klis FM, Weig M. The cell wall of the human pathogen Candida

glabrata: differential incorporation of novel adhesin-like wall proteins. Eukaryot Cell 7:

1951–1964, 2008.

Deshpande N, Wilkins MR, Packer N. Protein glycosylation pathways in filamentous

fungi. Glycobiology 18: 626–637, 2008.

Desjardins CA, Champion MD, Holder JW, Muszewska A, Goldberg J, Bailão AM,

Brigido MM, Ferreira MES, Garcia AM, Grynberg M, Gujja S, Heiman DI, Henn RM,

Kodira CD, Narváez-León Henry, Longo LVG, Li-Jun M, Malavazi I, Matsuo AL,

Morais FV, Pereira M, Brito-Rodríguez S, Sharadha S, Izacc-Salem SM, Sykes SM,

Teixeira MM, Vallejo MC, Walter MEMT, Yandava C, Young S, Zeng Q, Zucker J,

Felipe MS, Goldman GH, Haas BJ, McEwen JG, Nino-Veg G, Puccia R, San-Blas G,

Soares CMA, Birren BW, Cuomo CA. Comparative genomic analysis of human fungal

pathogens causing Paracoccidioidomycosis. PLoS Genet 7: e1002345, 2011.

De Moraes Borba C, Schäffer GM. Paracoccidioides brasiliensis: virulence and an

attempt to induce the dimorphic process with fetal calf sérum. Mycoses 45:174-9, 2002.

dos Santos WA, da Silva BM, Passos ED, Zandonade E, Falqueto A. Association

between smoking and paracoccidioidomycosis: a case control study in the state of

Espirito Santo, Brazil. Cad. Saúde Publica 19: 245–253, 2003.

Eisenhaber B, Scheneider G, Wildpaner M, Eisenhaber F. A sensitive predictor for

potential GPI lipid modification sites in fungal protein sequences and its application to

genome-wide studies for Aspergillus nidulans, Candida albicans, Neurospora crassa,

Saccharomyces cerevisiae and Schizosaccharomyces pombe. J Mol Biol 337: 243-53,

2004.

Ebanks RO, Chisholm K, Mckinnon S, Malcolm Whiteway, Pinto DM. Proteomic

analysis of Candida albicans yeast and hypal cell wall and associated proteins.

Proteomics 6: 2147-2156, 2006.

Edge ASB. Deglycosilation of glycoproteins with trifluoromethanesulphonic acid:

elucidation of molecular structure and function. Biochem J 376: 339-350, 2003.

Edwards SR, Braley R, Chaffin WL. Enolase is present in the cell wall of Sacchromyces

cerevisiae. FEMS Microbiol Lett 177: 211-216, 1999.

Eroles P, Sentandreu M, Elorza MV, Sentandreu R. The highly immunogenic enolase

and Hsp70p are adventitious Candida albicans cell wall proteins. Microbiology 143:

313-320, 1997.

Farias MR, Condas LA, Ribeiro MG, Bosco SM, Muro MD, Werner J, Theodoro RC,

Bagagli E, Marques SA, Franco M. Paracoccidioidomycosis in a dog: case report of

generalized lymphadenomegaly. Mycopathologia 172: 147–152, 2011.

Fava-Netto C. Estudos quantitativos sobre a fixação do complemento na blastomicose

sul-americana com antígeno polissacarídeo. Arq Cir Clin Exp 18: 197-253, 1955.

Page 97: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

82

82

Franco M. Host-parasite relationships in paracoccidioidomycosis. J Med Vet Mycol. 25:

5-18, 1987.

Felipe MSS, Torres FA, Maranhão AQ, Silva-Pereira I, Poças-Fonseca MJ, Campos

EG, Moraes LM, Arraes FB, Carvalho MJ, Andrade RV, Nicola AM, Teixeira MM,

Jesuíno RS, Pereira M, Soares CMA, Brígido MM. Functional genome of the human

pathogenic fungus Paracoccidioides brasiliensis. FEMS Immunol Med Microbiol 45:

369-81, 2005.

Felipe MS, Andrade RV, Arraes FB, Nicola AM, Maranhão AQ, Torres FA, Silva-

Pereira I, Poças-Fonseca MJ, Campos EG, Moraes LM, Andrade PA, Tavares AH, Silva

SS, Kyaw CM, Souza DP, Pereira M, Jesuíno RS, Andrade EV, Parente JA Oliveira GS,

Barbosa MS, Martins NF, Fachin AL, Cardoso RS, Passos GA, Almeida NF, Walter

ME, Soares CM, Carvalho MJ, Brígido MM; PbGenome Network. Transcriptional

profiles of the human pathogenic fungus Paracoccidioides brasiliensis in mycelium and

yeast cells. J Biol. Chem. 280: 24706-14, 2005.

Ferguson MA, Duszenko M, Lamont GS, Overath P, Cross GA. Biosynthesis of

Trypanosoma brucei variant surface glycoproteins. N-glycosylation and addition of a

phosphatidylinositol membrane anchor. J Biol Chem 261: 356-62, 1986.

Ferreira MS, Freitas LS, Lacaz CS, Del Negro GM, Aielo NT, Garcia NM, Assis CM,

Salebian A, Heris-Vaccari EM. Isolation and characterization of a Paracoccidioides

brasiliensis strain in dog food probably contaminated with soil in Uberlândia, Brazil. J

Med Vet Mycol 28: 253-256, 1990.

Fontana FF, dos Santos CT, Esteves FM, Rocha A, Fernandes GF, do Amaral CC,

Domingues MA, De Camargo ZP, Silva-Vergara ML. Seroepidemiological survey of

paracoccidioidomycosis infection among urban and rural dogs from Uberaba, Minas

Gerais, Brazil. Mycopathologia 169: 159–165, 2010.

Fradin C, Slomianny MC, Mille C, Masset A, Robert R, Sendid B, Ernst JF, Michalski

JC, Poulain D. Beta-1,2 oligomannose adhesin epitopes are widely distributed over the

different families of Candida albicans cell wall mannoproteins and are associated

through both N- and O-glycosylation processes. Infect Immun 76: 4509–4517, 2008.

Franco M. Host-parasite relationships in paracoccidioidomycosis. J Med Vet Mycol 25:

5–18, 1987.

Franco M, Peracoli MT, Soares A, Montenegro R, Mendes RP, Meira DA. Host-

parasite relationship in paracoccidioidomycosis. Curr Top Med Mycol 5: 115- 49, 1993.

Franco M, Bagagli E, Scapolio S, Lacaz CS. A critical analysis of Paracoccidioides

brasiliensis from soil. Med Mycol 38: 185–191, 2000.

Frases S, Viana NB, Casadevall A. Biophysical methods for the study of microbial

surfaces. Front Microbiol 2: 207, 2011.

Page 98: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

83

83

Fraser JA, Davis MA, Hynes MJ. The formamidase gene of Aspergillus nidulans:

regulation by nitrogen metabolite repression and transcriptional interference by an

overlapping upstream gene. Genetics 157: 119–131, 2001.

Frohner IE, Bourgeois C, Yatsyk K, Majer O, Kuchler K. Candida albicans cell surface

superoxide dismutase degrade host-derived reactive oxygen species to escape innate

immune surveillance. Mol Microbiol 71: 240-252, 2009.

Fuchs BB, Tegos GP, Hamblin MR, Mylonakis E. Susceptibility of Cryptococcus

neoformans to photodynamic inactivation is associated with cell wall integrity.

Antimicrob Agents Chemother 51: 2929–2936, 2007.

Furtado JS, de Brito T, Freymuller E. The structure and reproduction of

Paracoccidioides brasiliensis in human tissue. Sabourandia 5: 226-9, 1967.

Georgopoulos C & Welch WJ. Role of the major heat shock proteins as molecular

chaperones. Annu Rev Cell Biol 9: 601-634, 1993.

Gomez FJ, Gomez AM, Deepe GS. A 80-kilodalton antigen from Histoplasma

capsulatum that has homology to heat shock protein 70 induces cell-mediated imune

response and protection in mice. Infect Immun 60: 2565-2571, 1992.

Gozalbo D, Gil-Navarro I, Azorin I, Renau-Piqueras J, Martinez JP, Gil ML. The cell

wall-associated glyceraldehyde-3-phospate dehydrogenase of Candida albicans is also a

fibronectin and laminin binding protein. Infect Immun 66: 2052-2059, 1998.

Groll AH, De Lucca AJ, Walsh TJ. Emerging targets for the development of novel

antifungal therapeutics. Trends Microbiol 6: 117-124, 1998.

Gonzalez A, Gomez BL, Diez S, Hernandez O, Restrepo A, Hamilton A J, Cano LE.

Purification and partial characterization of a Paracoccidioides brasiliensis protein with

capacity to bind to extracellular matrix proteins. Infect Immun 73: 2486–2495, 2005.

Grose E, Tamsitt JR. Paracoccidioides brasiliensis recovered from the intestinal tract of

three bats (Artibeus lituratus) in Colombia. SA Sabouraudia 4:124-125, 1965.

Goodwin SF, Dunlap JC, Friedman T. Fungal cell wall organization and biosynthesis.

Advances in Genetics 81: 33-82, 2013.

Gow NA, Hube B. Importance of the Candida albicans cell wall during commensalism

and infection. Curr Opin Microbiol 15: 406–412, 2012.

Hallak J, San-Blas F, San-Blas G. Isolation and wall analysis of dimorphic mutants of

Paracoccidioides brasiliensis. Sabourandia 20: 51-62, 1982.

Hamada K, Terashima H, Arisawa M, Kitada K. Amino acid sequence requirement for

efficient incorporation of glycosyphosphatidynositol-associated proteins into the cell

wall of Saccharomyces cerevisiae. J Biol Chem 273: 2694653, 1998.

Page 99: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

84

84

Hamada K, Fukuchi S, Arisawa M, Baba M, kitada K. Screening for glycosytidilinositol

(GPI)-dependent cell wall proteins in Saccharomyces cerevisiae. Mol Gen Genet 258:

53-59, 1998.

Hanna SA, Silva JLM, Giannini MJM. Adherence and intracellular parasitism of

Paracoccidioides brasiliensis in Vero cells. Microbes Infect 2: 877-884, 2000.

Hartland RP, Fontaine T, Debeaupuis JP, Simenel C, Delepierre M, Latagé JP. A novel

beta-(1-3)-glucanoslytransferase from cell wall Aspergillus fumigatus. J Biol Chem 277:

26843-9, 1996.

Hartland RP, Emerson GW, Sullivan PA. A secreted β-glucan-branching enzyme form

Candida albicans. Proc R Soc Lond B Biol Sci 246: 155-160, 1991.

Heilmann CJ, Sorgo AG, Siliakus AR, Dekker HL, Stanley B, Koester CG, Koning LJ,

Klis FM. Hypahl induction in the human fungal pathogen Candida albicans reveals a

characteristic wall protein profile. Microbiol 157: 2297-2307, 2011.

Hernández O, Almeida AJ, Gonzaléz A, Garcia AM, Tamayo D, Cano LE, Restrepo A,

McEwen JG. A 32-kilodalton hydrolase plays an important role in Paracoccidioides

brasiliensis adherence to host cells and influences pathogenicity. Infect Immun 78:

5280-5286, 2010.

Hirano H, Tanaka K, Ozaki K, Imamura H, Kohno H, Hihara T, Kameyama T, Hotta K,

ArisawaM, Watanabe T, Qadota H, Ohya Y, Takai Y. ROM7/BEM4 encodes a novel

protein that interacts with the Rho1p small GTP-binding protein in Saccharomyces

cerevisiae. Mol Cell Biol 16: 4396–4403, 1996.

Hoyer LL, Payne TL, Bell M, Myers AM, Scherer S. Candida albicans ALS3 and

insights into the nature of the ALS gene family. Curr Genet 33: 451-459, 1998.

Hoyer LL, Fundyga R, Hecht JE, Kapteyn JC, Klis FM e Arnold J. Characterization of

Agglutinin- like sequence genes of non-albicans candida e phylogenetic analysis of the

ALS family. Genetics 157: 15 55 -15 67, 2001.

Hung CY, Yu JJ, Seshan KR, Reichard U, Cole GT. A parasitic phase-specific adhesion

of Coccidioides immitis contributes to the virulence of this respiratory fungal pathogen.

Infect Immun 70:3443-56, 2002.

Imlay JÁ. Pathways of oxidative damage. Annu Rev Microbiol 57: 395– 418, 2003.

Insenser MR, Hernáez ML, Nombela C, Molina M, Molero G, Gil C. Gel and gel-free

proteomics to identify Saccharomyces cerevisiae cell surface proteins. J proteomics 73:

1183-1195, 2010.

Jaafar L, Moukadiri I, Zueco J. Characterization of a disulphide-bound Pir-cell wall

protein (Pir-CWP) of Yarrowia lipolytica. Yeast 20: 417–426, 2003.

Page 100: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

85

85

James SA, Collins MD, Roberts IN. Use of an rRNA, internal transcribed spacer region

to distinguish phylogenetically closely related species of the genera Zygosacchromyces

and Torulaspora. Int J Syst Bacteriol 46: 189-94, 1996.

Jeffery CJ. Multifunctional proteins: examples of genes sharing. Ann Med 35: 28-35,

2003.

Kanetsuna F, Carbonell LM, Moreno RE, Rodriguez J. Cell wall composition of the

yeast and mycelial forms of Paracoccidioides brasiliensis. J Bacteriol 97: 1036–1041,

1969.

Kanetsuna F, Carbonell LM, Azuma I, Yamamura Y. Biochemical studies on the ther-

mal dimorphism of Paracoccidioides brasiliensis. J. Bacteriol: 110: 208–218, 1972.

Kapteyn JC, Egmond VP, Sievi E, Ende VD, Makarow M, Klis MF. The contribution of

the O-glycosylated proteins Pir2/Hsp150 to the construction of the yeast cell wall in

wild-Type cells and β-1,6glucan deficient mutants. Mol. Microbiol 31: 1835-1844,

1999a.

Kapteny JC, Van Den EH, Klis FM. The contribution of cell wall proteins to the

organization of the yeast cell wall. Biochim Biophys Acta 1426: 373-383, 1999b.

Kapteyn JC, Hoyer LL, Hecth JE, Müller WH, Andel A, Verkleij AJ, Makarow M, Den

Ende HV, Klis FM. The cell wall architecture of Candida albicans wild-type cells and

cell wall-defective mutants. Molecular microbiology 35: 601-611, 2000.

Kapteny JC. Low external pH induces HOG1-dependent changes in the organization of

the Saccharomyces cerevisiae cell wall. Mol Microbiol 39:469-479, 2001.

Klis FM, de Groot P, Hellingwerf K. Molecular organization of the cell wall of Candida

albicans. Med Mycol 39: 1-8, 2001.

Klis FM, de Koster CG, Brull S. A mass spectrometric view of the fungal wall

proteome. Future Microbiol 8: 941-951, 2011.

Klis FM, Sosinska GJ, de Groot PWJ, Brul S. Covalently linked cell wall proteins of

Candida albicans and their role in fitness and virulence. FEMS Yeast Res. 9: 1013-

1028, 2009.

Klis FM, Chris G de Koster, Stanley Brul. Cell Wall-Related Bionumbers and

Bioestimates of Saccharomyces cerevisiae and Candida albicans. Eukaryotic Cell

doi:10.1128/EC.00250-13, 2013.

Klotz SA, Pendrak ML, Hein RC. Antibodies to α5β1 and αvβ3 Integrins React With

Candida albicans alcohol dehydrogenase. Microbio 147: 3159-3164, 2001.

Klotz SA, Hein RC, Smith RL, Rouse JB. The fibronectin adhesin of Candida albicans.

Infect and Immunity 62: 4679-4681, 1994.

Page 101: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

86

86

Knodler LA, Noiva R, Mehta K, McCaffery JM, Aley SB, Svard SG, Nystul TG, Reiner

DS, Silberman JD, Gillin FD. Novel protein-disulfide isomerases from the early-

diverging protest Giardia lamblia. J Biol Chem 274: 29805-29811, 1999.

Kollár R, Petráková E, Ashwell G, Robbins PW, Cabib E. Architecture of the yeast cell

wall: the linkage between chitin and β(1,3)-glucan. J Biol Chem 270: 1170-1178, 1995.

Kollár R, Reinhold BB, Petráková E, Yeh HJ, Ashwell G, Drgonová J, Kapteyn JC, Klis

FM, Cabib E. Architecture of the yeast cell wall. Beta (1-- >6)- glucan interconnects

mannoprotein, beta (1-->)3- glucan, and Chitin. J Biol Chem 272: 17762-75, 1997.

Kurokawa CS, Sugizaki MF, Peraçoli MT. Virulence factors in fungi of systemic

mycoses. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 40: 125–135, 1998.

Lacaz C. Historical evolution of the knowledge on paracoccidioidomycosis and its

etiologic agent, Paracoccidioides brasiliensis. In: Franco M, Lacaz C, Restrepo A, Del

Negro G. (Eds), Paracoccidioidomycosis. CRC Press Boca Ratón 1-11, 1994.

Latgé JP. The cell wall: a carbohydrate amour for the fungal cell. Mol Microbiol 66:

279-90, 2007.

Latgé JP. Tasting the fungal cell wall. Cell Microbiol 12: 863–872, 2010.

Leclerc MC, Philippe H, Gueho E. Phylogeny of dermatophytes and dimorphic fungi

based on large subunit ribosomal RNA sequence comparisons. J Med Vet Mycol 32:

331-41, 1994.

Lemus RL, Vásquez NA, Zenteno E, Gorocica P. Effect of Histoplasma capsulatum

glucans on host innate immunity. Rev Iberoam Micol doi: 10.1016/j.riam.2013.10.005,

2013.

Lengeler KB, Davidson RC, D'souza C, Harashima T, Shen WC, Wang P, Pan X,

Waugh M, Heitman J. Signal transduction cascades regulating fungal development and

virulence. Microbiol Mol Biol Rev 64: 746-85, 2000.

Lesage G, Bussey H. Cell wall assembly in Saccharomyces cerevisiae. Microbiol Mol

Biol Rev 70: 317-43, 2006.

Levin DE. Regulation of cell wall biogenesis in Sacchromyces cerevisiae: The cell wall

integrity signaling pathway. Genetics 189: 1145-1175, 2011.

Lima PS, Bailão EFLC, Silva MG, Castro NS, Báo NS, Orlandi I, Vai M, Soares CMA.

Characterization of the Paracoccidioides beta-1,3-glucanosyltransferase family. FEMS

Yeast Res 12: 685-702, 2012.

Lim D, Hains P, Walsh B, Bergquist P, Nevalainen H. Proteins associated with the cell

envelope of Trichoderma reesei: a proteomic approach. Proteomics 1: 899-909, 2001.

Page 102: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

87

87

Londero AT & Ramos CD. Paracoccidioidomicose. Estudo clinico e micológico de 260

casos observados no interior do Estado do Rio Grande do Sul. J Pneumol 16: 129-32,

1990.

Lopez-Ribot JL, Alloush HM, Mastern BJ, Chaffin WL. Evidence for presence in the

cell wall of Candida albicans of a protein related to the hsp70 family. Infect Immun 64:

3333-3340, 1996.

Loose DS, Stover EP, Restrepo A, Stevens DA, Feldman D. Estradiol binds to a

receptor-like cytosol binding protein and initiates a biological response in P.

brasiliensis. Proc Natl Acad Sci 80: 7659-7663, 1983.

Lu CF, kurjan J, Lipke PN. A pathway for cell wall Anchorage of Saccharomyces

cerevisiae alpha-agglutinin. Mol Cell Biol 14: 4825-33, 1994.

Macellaro A, Tujulin E, Hjalmarsson K, Norlander L. Identification of a 71-kilodalton

surfasse- associated Hsp70 homologue in Coxiella burnetii. Infect Immun 66: 5882-

5888, 1998.

Maddi A, Bowman SM, Free SJ. Trifluoromethanesulfonic acid-based proteomic

analysis of cell wall anda secreted proteins of the ascomycetous fungi Neurospora

crassa and Candida albicans. Fungal Genet Biol doi:10.1016/j.fgb.2009.06.005, 2009.

Madinger CL, Sharma SS, Anton BP, Fields LG, Cushing ML, Canovas J, Taron CH,

Benner JS. The effect of carbon source on the secretome of Kluyveromyces lactis.

Proteomics 9: 4744–4754, 2009.

Maneu V, Cervera AM, Martinez JP, Gozalbo D. Molecular cloning and

characterization of a Candida albicans gene (EFB1) coding for the elongation EF-1β.

FEMS Microbiol Lett 145: 157-162.

Marques MAM, Mahapatra S, Nansan D, Dick T, Sarno EN, Brennan PJ, Pessolani

MCV. Bacterial and host-derived cationic proteins bind α2-laminins and enhance

Mycobacterium leprae attachment to human Schwann cells. Microbes Infect 2: 1407–

1417, 2000.

Marques MAM, Mahapatra S, Santos ENSS, Spencer JS, Brennan PJ, Pessolani MCV.

Further biochemical characterization of Mycobacterium leprae laminin-binding

proteins. J Med Biol Res 34 :463–470, 2001.

Marques-da-Silva, Rodrigues AM, Hoog GS, Silveira-Gomes F, Camargo ZP. Case

report: Occurrence of Paracoccidioides lutzii in the Amazon region: Description of two

cases. J Trop Med Hyg.87: 710-714, 2012.

Martínez JP, Gil ML, Lopez- Ribot JL, Chaffin WL. Serologic response to cell wall

mannoproteins and proteins of Candida albicans. Clin Microbiol Rev 11: 121-141,

1998.

Page 103: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

88

88

Martinez-Lopez R, Monteoliva L, Diez-Orejas R, Nombela C, Gil C. The GPI-anchored

protein CaEcm33p is required for cell wall integrity, morphogenesis and virulence in

Candida albicans. Microbiol 150: 3341-3354, 2004.

Matthews R, Wells C, Burnie JP. Characterization and cellular localization of the

immunodominant 47- kDa antigen of Candida albicans. J Med Microbiol 27: 227-232,

1988.

Matute DR, McEwen JG, Puccia R, Montes BA, San-Blas G, Bagagli E, Rauscher JT,

Restrepo A, Morais F, Ninõ-Veja G, Taylor JW. Cryptic speciation and recombination

in the fungus Paracoccidioides brasiliensis as revealed by gene genealogies. Mol Biol

Evol 23: 65-73, 2006.

Mayor S, Riezman H. Sorting GPI-Anchored Proteins. Nature doi: 10.1038/nrm 1309,

2004.

McEwen JG, Bedoya V, Patiño MM, Salazar ME, Restrepo A. Experimental murine

paracoccidioidomycosis induced by the inhalation of conidia. J Med Vet Mycol 25:165-

75, 1987

McEwen JG, Garcia AM, Ortiz BL, Botero S, Restrepo A. In search of the natural

habitat of Paracoccidioides brasiliensis. Arch Med Res Autumn 26: 305–306, 1995.

McGwire BS, O’Connell WA, Chang KP, Engman DM. Extracellular release of the

glycosylphosphatidylinositol (GPI)-linked Leishmania surface metalloprotease, gp63, is

independent of GPI phospholipolysis: implications for parasite virulence. J Biol Chem

277: 8802-9, 2002.

Mendes-Giannini MJ, Andreotti PF, Vicenzi LR, da Silva JL, Lenzi HL, Bernad G,

Zancopé-Oliveira R, de Matos Guedes HL, Soares CP. Binding of extracellular matrix

proteins to Paracoccidioides brasiliensis. Microbes Infect 8: 1550-1559, 2006.

Miura N, Kirino A, Endo S, Morisaka H, Kuroda K, Takagi M, Ueda M. Tracing

putative trafficking of the glycolytic enzyme enolase via SNARE-driven unconventional

secretion. Eukaryotic Cell 11: 1075-1082, 2012.

Morejón KM, Machado AA, Martinez R. Paracoccidioidomycosis in patients infected

with and not infected with human immunodeficiency virus: a case-control study. Am J

Trop Med Hyg 80: 359–366, 2009.

Motshwene P, Brand W. and Lindsey G. Significant quantities of the glycolytic enzyme

phosphoglycerato mutase are present in the cell wall of yeast, Saccharomyces

cerevisiae. Biochem J 15: 357-62, 2003.

Moukadiri I, Zueco J. Evidence for the attachment of Hsp150/ Pir2 to the cell wall of

Saccharomyces cerevisiae through disulfide bridges. FEMS Yeast Res. 1: 241–245,

2001.

Moran GP, Coleman DC, Sullivan DJ. Comparative genomics and the evolution of

pathogenicity in human pathogenic fungi. Eukaryot Cell 10: 34–42, 2011.

Page 104: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

89

89

Mouyna I, Fontaine T, Vai M, Monod M, Fonzi WA, Diaquin M, Popolo L, Hartland

RP, Latgé JP. Glycosylphosphatidylinositol-anchored glucanosyltransferase play an

active role in the biosynthesis of the fungal cell wall. J Biol Chem 275: 14882-9, 2000.

Mrsa VT, Seidl T, Gentzsch M, Tanner W. Specific labeling of cell wall proteins by

biotinylation. Identification of four covalently linked O-mannosylated proteins of

Saccharomyces cerevisiae. Yeast 13: 1145-1154, 1997.

Mouyna I, Fontaine T, Vai M, Monod M, Fonzi WA, Diaquin M, Popolo L, Hartland

RP, Latgé JP. Glycosylphosphatidylinositol-anchored glucanosytransferase play an

active role in the biosynthesis of the fungal cell wall. J Biol Chem 275: 14882-9, 2000.

Murad A, Souza G, Garcia J, Rech E. Characterization and quantitation expression

analysis of recombinant proteins in plant complex mixtures using nanoUPLC mass

spectrometry. Protocol exchange. doi:10.1038/protex.2011.216, 2011.

Negroni P. El Paracoccidioides brasiliensis vive saprotificamente en el suelo

Argentino. Prensa Med Argent 53: 2381-2382, 1966.

Nemecek JC, Wüthrich M, Bruce SK. Global control of dimorphism and virulence in

fungi. Science 312: 583-588, 2006.

Neto BRS, Silva JF, Mendes- Giannini MJS, Lenzi LH, Soares CMA, Pereira M. The

malate synthase de Paracoccidioides brasiliensis is a linked surface protein that

behaves as an anchorless adhesin. BMC Microbiol 9: 272, 2009.

Nickel W. Pathways of unconventional protein secretion. Current Opinion in

Biotechnology 21: 621-626, 2010.

Nogueira SV, Fonseca LF, Rodrigues ML, Mundodi V, Abil-Chacra EA, Winters MS,

Alderete JF, Soares CMA. Paracoccidioides brasiliensis enolase is a surface protein

that binds plasminogen and mediates interaction of yeast forms with host cell. Infec And

Immun 78: 4040-4050, 2010.

Nombela C, Gil C, Chaffin WL. Non-conventional protein secretion in yeast. Trends in

Micro doi: 10.1016/j.tim.2005.11.009, 2006.

Nosanchuk JD, Steenbergen JN, Shi L, Jr GSD, Casadevall A. Antibodies to a cell

surface histone-like protein protect against Histoplasma capsulatum. Journal of

Clinical Investigation 112: 1164-1175, 2003.

Nunes LR, Costa de Oliveira R, Leite DB, da Silva VS, dos Reis Marques E, da Silva

Ferreira ME, Ribeiro DC, de Souza Bernardes LA, Goldman MH, Puccia R, Travassos

LR, Batista WL, Nóbrega MP, Nobrega FG, Yang DY, de Bragança Pereira CA,

Goldman GH. Transcriptome analysis of Paracoccidioides brasiliensis cells undergoing

mycelium-to-yeast transition. Eukaryot Cell 4: 2115-28, 2005.

Orlean P, Ammer H, Watzele M, Tanner W. Synthesis of an O-glycosylated cell surface

protein induced in yeast by α-factor. Proc Natl Acad Sci 83:6263–6266, 1986.

Page 105: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

90

90

Pardo M, Monteoliva L, Pla J, Sanchez M, Gil C, Nombela C. Two-dimensional

analysis of proteins secreted by Saccharomyces cerevisiae regenerating protoplasts: a

novel approach to study the cell wall. Yeast 15: 459-472, 1999.

Pardo M, Ward M, Bains S, Molina M, Blackstock W, Gil C, Nombela C. A proteomic

approach for the study of Saccharomyces cerevisiae cell wall biogenesis. Eletrophoresis

21: 3396-3410, 2000.

Prado M, Silva MB, Laurenti R, Travassos LR, Taborda CP. Mortality due to systemic

mycoses as a primary cause of death or in association with AIDS in Brazil: a review

from 1996 to 2006. Mem Inst Oswaldo Cruz 104: 513-21, 2009.

Parente JA, Borges CL, Bailão AM, Felipe MSS, Pereira M, Soares CMA. Comparison

of transcription of multiple genes during mycelia transition to yeast cells of

Paracoccidioides brasiliensis reveals insights to fungal differentiation and

pathogenesis. Mycopathologia 165: 259 – 73, 2008.

Paris S, Duran-Gonzalez S, Mariat F. Nutritional studies on Paracoccidioides

brasiliensi: the role of organic sulfur in dimorphism. Saboraudia 23: 85-92, 1985a.

Paris S, Duran S. Cyclic adenosine 3’5’ monophosphate (cAMP) and dimorphism in the

pathogenic fungus Paracoccidioides brasiliensis. Mycopathologia 92:115-20, 1985b.

Patti JM, Allen BL, McGavin MJ, Höök M. MSCRAMM-mediated adherence of

microorganisms to host tissues. Annu Rev Microbiol 48: 585-617, 1994.

Pereira LAS, Báo SN, Barbosa MS, Silva JL, Felipe MS, Santana MJS, Giannini M,

Soares CMA. Analysis of the Paracoccidioides brasiliensis triosephospahte isomerase

suggests the potential for adhesion function. FEMS Yeast Res 7: 1381-1388, 2007.

Pessolani MC, Hunter SW, Brennan PJ. Relationship between host histones and

armadillo-derived Mycobacterium leprae. J Lepr Other Mycobact Dis 61: 381–388,

1993.

Phillips AJ, Sudbery I, Ramsdale M. Apoptosis induced by environmental stresses and

amphotericin B in Candida albicans. Proc Natl Acad Sci 100: 14327–14332, 2003.

Pitarch A, Diez-Oreja R, Molero G, Pardo M, Sanchez M, Gil C, Nombela C. Analysis

of the serologic response to systemic Candida albicans infection in a murine model.

Proteomics 1: 550-559, 2001.

Pitarch A, Sánchez M, Nombela C, Gil C. Sequential fractionation and two-dimensional

gel analysis unravels the complexity of the dimorphic fungus Candida albicans cell

wall proteome. Mol Cell Proteomics 1: 967-82, 2002.

Pitarch, A., Nombela, C., Gil, C. Cell Wall Fractionation for yeast and fungal

proteomics. Methods in Molecular Biology 425: 217-239, 2008.

Page 106: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

91

91

Puccia R, Vallejo MC, Matsuo AL, Longo LVG. The Paracoccidioides cell wall: past

and present layers towards understanding interaction with the host. Frontiers in

Microbiology 2: 257, 2011.

Rappleye CA, Groppe LE, Goldman WE. Histoplasma capsulatum α-(1,3)-glucan

blocks innate immune recognition by the β-glucana receptor. PNAS 104: 1366-1370,

2006.

Reiner DS, McCaffery JM, Gillin FD. Reversible interruption Giardia lamblia cyst wall

protein transport in a novel regulated secretory pathway. Cell Microbiol 3: 459-472,

2001.

Restrepo A, Baumgardner DJ, Bagagli E, Cooper CR Jr, Mcginnis MR, Lázera MS,

Barbosa FH, Bosco SM, Camargo ZP, Coelho KI, Fortes ST, Franco M, Montenegro

MR, SanoA, Wanke B. Clues to the presence of pathogenic fungi in certain

environments. Med Mycol 38: 67–77, 2000a.

Restrepo A. Morphological aspects of Paracoccidioides brasiliensis in lymph nodes:

implications for the prolonged latency of paracoccidioidomycosis?. Med Mycol 38: 317-

22, 2000b.

Restrepo-Moreno A. Paracoccidioidomycosis In: Murphy JW, Friedman H, Berdinelli

M (Eds.) Fungal infections and immune responses. Plenum 251-76, 1993.

Restrepo A, Salazar ME, Cano LE, Stover EP, Feldman D, Stevens DA. Estrogens

inhibit mycelium-to-yeast transformation in the fungus Paracoccidioides brasiliensis:

implications for resistance of females to paracoccidioidomycosis. Infect Immun 46: 346-

53, 1984.

Richard ML, Plaine A. Comprehensive analysis of glycosylphosphatidynositol-

anchored proteins in Candida albicans. Eukaryot Cell 6: 119-33, 2007.

Rodriguez-Pena JM, Rodriguez C, Alvarez A, Nombela C, Arroyo J. Mechanism for

targeting of the Saccharomyces cerevisiae GPI-anchored cell wall proteins Crh2p to

polarized growth sites. J Cell Sci 115: 2549-2558, 2002.

Rubin-Bejerano I, Abeijon C, Magnelli P, Grisafi P, Fink GR. Phagocytosis by human

neutrophils is stimulated by a unique fungal cell wall component. Cell Host Microbe 2:

55-67, 2007.

Ruiz-Herrera J, Martínez AI, Sentandreu R. Determination of the stability of protein

pools from the cell wall of fungi. Res Microbiol 153: 373–378, 2002.

Salazar ME, Restrepo A, Stevens DA. Inhibition by estrogens of conidium-to-yeast

conversion in the fungus Paracoccidoides brasiliensis. Infect Immun 56: 711-713, 1988.

Salgado-Salazar C, Jones LR, Restrepo A, McEwen JG. The human fungal pathogen

Paracoccidioides brasiliensis (Onygenales: Ajellomycetaceae) is a complex of two

species: phylogenetic evidence from five mitochondrial markers. Cladistics 26: 613–

624, 2010.

Page 107: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

92

92

San-Blas G, San-Blas F. Paracoccidioides brasiliensis: cell wall structure and

virulence. A review Mycopathologia 62: 77-86, 1977.

San-Blas: The cell wall of fungal human pathogens: its possible role in host-parasite

relationship. Rev Mycopathol 79: 159-184, 1982.

San-Blas G, San-Blas F, Rodriguez LE, Castro CJ. A model of dimorphism in

pathogenic fungi: Paracoccidioides brasiliensis. Acta Cient 38: 202-211, 1987.

San-Blas G. Molecular aspects of dimorphism. In D. K. Arora, A. Ajello, and K. G.

Mukerji (ed.), Handbook of applied mycology: humans, animals and insects,

Fungi pathogenic to humans, p 459- 475, 1991.

San-Blas G. Paracoccidioidomycosis and its etiologic agent Paracoccidioides

brasiliensis. J med Vet Mycol 31: 99-113, 1993.

San-Blas G, San-Blas F. Biochemistry of Paracoccidioides brasiliensis dimorphism. In:

Franco M, Lacaz C, Restrepo MA, Del Negro A. editors. Paracoccidioidomycosis. p.

49-66, 1994.

San-Blas G, Ninõ-Vega G, Iturriaga T. Paracoccidioides brasiliensis virulence and host

response. In fungal pathogenesis: Principles and Clinical Application, Chilar, RL and

Calderone, R,A (eds), pp. 205-226, 2001.

San-Blas G, Nino-Vega G, Iturriaga T. Paracoccidioides brasiliensis and

paracoccidioidomycosis: molecular approaches to morphogenesis, diagnosis,

epidemiology, taxonomy and genetics. Med Mycol 40: 225–242, 2002.

San-Blas G, Prieto A, Bernabe M, Ahrazem O, Moreno B, Leal JA. alpha-galf l --> 6-

alpha-mannopyranoside side chains in Paracoccidioides brasiliensis cell wall are shared

by members of the onygenales, but not by galactomannans of other fungal genera. Med

Mycol 43: 153–159, 2005.

San- Blas G, Ninõ- Vega. Paracoccidioides brasiliensis: chemical and molecular tools

for research on cell walls, antifungals, diagnosis, taxonomy. Mycopathologia 165: 183-

195, 2008.

Schenauer MR, Flynn GC, Goetze AM. Identification and quantification of host cell

protein impurities in biotherapeutics using mass spectrometry. Analytical Biochemistry

428: 150–157, 2012.

Shankar J, Restrepo A, Clemons KV, Stevens DA. Hormones and the resistance of

women to paracoccidioidomycosis. Clin Microbiol Rev 24: 296–313, 2011.

Shankar J, Wu TD, Karl VC, Monteiro JP, Mirels LF, Stevens DA. Influence of 17β-

estradiol on gene expression of Paracoccidioides during mycelia-to- yeast transition.

Plos ONE 6: e28402, 2011.

Page 108: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

93

93

Shikanai-Yasuda MA, Filho FQT, Mendes RP, Colombo AL, Moretti ML e grupo de

consultores do consenso em Paracoccidioidomicose. Consenso em

paracoccidioidomicose. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39: 297-

310, 2006.

Shimoji YNV, Matsumura K, Fischetti VA, and Rambukkana A. A 21-kDa surface

protein of Mycobacterium leprae binds peripheral nerve laminin-2 and mediates

Schwann cell invasion. Proc Natl Acad Sci 96: 9857–9862, 1999.

Shome SK, Batista AC. Occurrence of Paracoccidioides brasiliensis in the soil of

Recife, Brazil. Rev Fac Med Fed Ceará 3: 90-94, 1963.

Silva MF, Bocca AL, Ferracini R Jr, Figueiredo F, Silva CL. Cellular requirements for

immunomodulatory effects caused by cell wall components of Paracoccidioides

brasiliensis on antibody production. Clin Exp Immunol 109: 261-71, 1997.

Silva JF, Oliveira HC, Marcos CM, Silva RAM, Costa TA, Calich VLG, Almeida

AMF, Mendes-Giannini JS. Paracoccidioides brasiliensis 30 kDa adhesin:

identification as a 14-3-3 protein, cloning and subcellular localization in infection

models. PLOS ONE 8 (4): e62533, 2013.

Silverman JM, Clos J, Horakova E, Wang AY, Wiesgigl M, Kelly I, Lynn MA,

McMaster RW, Foster LJ, Levings MK, Reiner NE. Leishmania exosomes modulate

innate and adaptive immune responses through effects on monocytes and dendritic cells.

J Immunol 185: 5011–5022, 2010.

Silverman JM, Reiner NE. Leishmania exosomes deliver preemptive strikes to create an

environment permissive for early infection. Front Cell Infect Microbiol 1: 26, 2012.

Singh VK, Jayaswal RK, Wilkinson BJ. Cell wall-active antibiotic induced proteins of

Staphylococcus aureus identified using a proteomic approach. FEMS Microbiol Lett

199: 79-84, 2001.

Sorais F, Barreto L, Leal JA, Bernabe M, San Blas G, Niño-Vega GA. Cell wall glucan

synthases GTPases in Paracoccidioides brasiliensis. Med Mycol 48: 35–47, 2010.

Schaller M, Borelli C, Korting HC, Hube B. Hydrolytic enzymes as virulence factors of

Candida albicans. Mycoses 48: 365-377, 2005.

Sohn K, Senyürek I, Fertey J, Königsdorfer A, Joffroy C, Hauser N, Zelt G, Brunner H,

Rupp S. An in vitro assay to study the transcriptional response during adherence of

Candida albicans to different human epithelia. FEMS Yeast Res 6: 1085–1093, 2006.

Staab JF, Bradway SD, Fidel PL, Sundstrom P. Adhesive and mammalian

transglutaminase substrate properties of Candida albicans Hwp1. Science 283: 1535-

1538, 1999.

Steele C, Marrero L, Swain S, Harmsen AG, Zheng M, et.al. Alveolar macrophage

mediated killing of Pneumocystis carinii sp. muris involves molecular recognition by

the dectin-1 beta-glucan receptor. J Exp Med 198: 1677-1688, 2003.

Page 109: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

94

94

Steele C, Rapaka RR, Metz A, Pop SM, Williams DL, Gordon S, Kolls KJ, Brown GD.

The beta-glucan receptor dectin-1 recognizes specific morphologies of Aspergillus

fumigatus. Plos pathogens 1: 4, 2005.

Sturme MHJ, Puccia R, Goldman GH, Rodrigues F. Molecular biology of the dimorphic

fungi Paracoccidioides sp. Fungal Biology Reviews 25: 89-97, 2011.

Sundstrom P. Adhesin in Candida sp. Cell microbiol 4: 461- 469, 2002.

Swenerton RK, Zhang S, Medzihradzky KF, Craik CS, Kelly BL, Mckerrow H. The

oligopeptidase B of Leishmania regulates parasite enolase and immune evasion. Journal

of Biol Chemistry 286: 1, 2011.

Teixeira MM, Theodoro RC, Carvalho MJA, Fernandes L, Paes HC, Hahn RC,

Mendoza L, Bagagli E , San-Blas G, Felipe MSS. Phylogenetic analysis reveals a high

level of speciation in the Paracoccidioides genus. Elsevier Molecular Phylogenetics

and Evolution 52 : 273-283, 2009.

Terçarioli GR, Bagagli E, Reis GM, Theodoro RC; Bosco SMG, Marcoris SAG,

Pereira-Richini VB. Ecological study of Paracoccidioides brasiliensis in soil: growth

ability conidia production and molecular detection. BMC Microbiology 7: 92, 2007.

Takahashi HK. Characterization of shingolipidis from mycopathogens: fator correlating

with expression. Of 2-hydroxy fatty acyl (E)-Delta 3-unsaturation in cerebrosides of

Paracoccidioides brasiliensis and Aspergillus fumigatus.Biochemistry, 38: 7294-306,

1999.

Teparic R, Mrsa V. Proteins involved in building, maintaining and remodeling of yeast

cell walls. Curr Genet 59: 171-185, 2013.

Theodoro RC, Candeias JMG, Araújo JP Jr, Bosco SM, Macori AS, Padula LO, Franco

M, Bagagli E. Molecular detection of Paracoccidioides brasiliensis in soil. Med Mycol

43: 725–729, 2005.

Theodoro RC, Teixeira MM, Felipe MS, Paduan KS, Ribolla PM, San-Blas G. Genus

Paracoccidioides: species recognition and biogeographic aspects. PLoS ONE 7: e37694,

2012.

Tiede A, Bastisch I, Schubert J, Orlean P, Schmidt RE. Biosynthesis of

glycosylphosphatidinositol in mammals and unicellular microbes. Biol Chem 380: 503-

23, 1999.

Toh-e A, Yasunaga S, Nisogi H, Tanaka K, Oguchi T, Matsui Y. Three yeast genes,

PIR1,PIR2 and PIR3, containing internal tandem repeats, are related to each other, and

PIR1 and PIR2 are required for tolerance to heat shock. Yeast 9: 481-494, 1993.

Toledo MS, Levery SB, Strauss AH, Suzuki E, Momany M Glushka J Moulton JM,

Takahashi HK. Characterization of shingolipidis from mycopathogens: factors

correlating with expression of 2-hydroxy fatty acyl (E)-Delta 3-unsaturation in

Page 110: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS … · 2016. 6. 16. · UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Danielle

95

95

cerebrosides of Paracoccidioides brasiliensis and Aspergillus fumigatus. Biochemistry

38: 7294-306, 1999.

Tunio SA, Oldfield NJ, Berry A, Ala’Aldeen DAA, Wooldrigde KG, Turner DPJ. The

moonlighting protein fructose-1,6-biphosphate aldolase of Neisseria meningitidis:

surface localization and role in host cell adhesion. Molec Microbiology 76: 605-615,

2010a.

Tunio SA, Oldfield NJ, Ala’Aldeen DAA, Wooldrigde KG, Turner DPJ. The role of

glyceraldehyde 3-phosphate dehydrogenase (GapA-1) in Neisseria meningitidis

adherence to humans cells. BMC Microbiol 10: 280, 2010b.

Untereiner WA, Scott JA, Naveau FA, Sigler L, Bachewich J, Angus A. The

Ajellomycetaceae, a new family of vertebrate-associated Onygenales. Mycologia 96:

812–821, 2004.

Valle ACF, Guimarães RR, Lopes DJ, Capone D. Aspectos radiológicos torácicos na

paracoccidioidomicose. Rev Inst Med Trop São Paulo, 34: 107-115, 1992.

Van DE Wouw AP, Howlett BJ. Fungal pathogenicity genes in the age of ‘omics’. Mol

Plant Pathol 12: 507–514, 2011.

Vicentini AP, Gestezi JL, Franco MF, de Souza W, Moraes JZ, Travassos LR, Lopes

JD. Binding of Paracoccidioides brasiliensis to laminin through surface glycoprotein

gp43 leads to enhancement of fungal pathogenesis. Infect Immun 62: 1465-1469, 1994.

Weber SS, Parente AFA, Borges CL, Parente JA, Bailão AM, Soares CMA. Analysis of

the secretomes of Paracoccidioides mycelia and yeast cells. Plos ONE 7 12: e52470,

2012.

Xie X, Lipke PN. On the evolution of fungal and yeast cell walls. Yeast 27: 479–488,

2010.

Yin QY, de Groot PW, Dekker HL, de Jong L, Klis FM , de Koster CG. Comprehensive

proteomic analysis of Saccharomyces cerevisiae cell walls: identification of proteins

covalently attached via glycosylphosphatidylinositol remnants or mild alkali-sensitive

linkages. J Biol Chem 280: 20894-901, 2005.

Youseff BH, Holbrook ED, Smolnycki KA, Rappleye CA. Extracellular superoxide

dismutase protects Histoplasma yeast cells from host-derived oxidative stress. PLOS

Pathog 8: e1002713, 2012.

Zhu JK, Damsz B, Kononowicz AK, Bressan RA, Hasegawa PM. A higher plant

extracellular vitronectin-like adhesion protein is related to the translation elongation

fator-1 α. Plan Cell 6: 393-404, 1994.