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A FUNÇÃO ADMINISTRATIVA PLANEJAR COMO INSTRUMENTO DO PROCESSO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO 1 . Greco, Rosangela Maria 2 Objetivos: Identificar os princípios, as características e os níveis de planejamento; Utilizar o planejamento como instrumento para a administração em enfermagem Conhecer a Metodologia de Resolução de Problemas e o Planejamento Estratégico Situacional como instrumentos para o gerenciamento em enfermagem. Introdução Nós já discutimos os conceitos, objetivos e a evolução da administração geral, a origem, e como se deu a evolução do saber administrativo na enfermagem. Além disso, vocês já estudaram e discutiram as Teorias – Científica, Clássica, Relações Humanas, Burocrática, Comportamental, Neoclássica, de Sistemas e Contingencial - que embasam a ciência da administração e sua aplicação e presença na Enfermagem. Vocês viram também que as teorias administrativas surgiram como uma conseqüência do contexto sócio, político e econômico que ao transformar os modelos de organização do trabalho foram transformando também as formas de compreender e de se utilizar a ciência administração nas instituições e serviços, pois o desenvolvimento contínuo das forças produtivas, a internacionalização dos mercados e os conflitos sociais e organizacionais é que levam a respostas mais abrangentes para as questões administrativas (PARK,1997). Na aula passada nós dicutimos o processo de trabalho em saúde e as particularidades do processo trabalho em enfermagem. Nós vimos também que o processo administrativo é composto pelas funções de: planejamento, organização, direção, coordenação e controle. Assim, hoje daremos inicio a discussão sobre a aplicação destas funções na enfermagem, com ênfase na função planejamento. Bases Legais que fundamentam por que estudar administração em enfermagem A Profa. Bernadete (Gama, 2010), buscando fazer um reflexão sobre o que nos leva a estudar o conteúdo Funções Administrativas e o Planejamento em Enfermagem, no curso de graduação, fez uma relação de instrumentos legais que indicam a importância e necessidade do estudo desta temática, vamos ver quais são? 1) A Lei do Exercício Profissional da Enfermagem – Lei 7498/86, de 25 de junho de 1986, apresenta em seu Art. 11 – inciso I, quais são as atividades privativas do enfermeiro, especificando que cabe a ele “a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; b) organização e direção dos 1 Este texto foi elaborado como material instrucional para a Disciplina Administração em Enfermagem I, para os acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem do 6º período da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora. Pedimos que caso haja o interesse em utilizar este material para outro fim seja citada a referência, ou seja solicitada autorização pelo seguinte e-mail: [email protected] 2 Enfermeira, Doutora em Saúde Pública, Professor Associado II do Departamento de Enfermagem Básica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM I

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ...§ão-Administrativa-Planejar... · estudaram e discutiram as Teorias – Científica, Clássica, ... serviços de enfermagem

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A FUNÇÃO ADMINISTRATIVA PLANEJAR COMO INSTRUMENTO DO PROCESSO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO1.

Greco, Rosangela Maria2

Objetivos:• Identificar os princípios, as características e os níveis de planejamento;• Utilizar o planejamento como instrumento para a administração em enfermagem• Conhecer a Metodologia de Resolução de Problemas e o Planejamento Estratégico

Situacional como instrumentos para o gerenciamento em enfermagem.

Introdução

Nós já discutimos os conceitos, objetivos e a evolução da administração geral, a origem, e como se deu a evolução do saber administrativo na enfermagem. Além disso, vocês já estudaram e discutiram as Teorias – Científica, Clássica, Relações Humanas, Burocrática, Comportamental, Neoclássica, de Sistemas e Contingencial - que embasam a ciência da administração e sua aplicação e presença na Enfermagem.

Vocês viram também que as teorias administrativas surgiram como uma conseqüência do contexto sócio, político e econômico que ao transformar os modelos de organização do trabalho foram transformando também as formas de compreender e de se utilizar a ciência administração nas instituições e serviços, pois o desenvolvimento contínuo das forças produtivas, a internacionalização dos mercados e os conflitos sociais e organizacionais é que levam a respostas mais abrangentes para as questões administrativas (PARK,1997).

Na aula passada nós dicutimos o processo de trabalho em saúde e as particularidades do processo trabalho em enfermagem. Nós vimos também que o processo administrativo é composto pelas funções de: planejamento, organização, direção, coordenação e controle.

Assim, hoje daremos inicio a discussão sobre a aplicação destas funções na enfermagem, com ênfase na função planejamento.

Bases Legais que fundamentam por que estudar administração em enfermagem

A Profa. Bernadete (Gama, 2010), buscando fazer um reflexão sobre o que nos leva a estudar o conteúdo Funções Administrativas e o Planejamento em Enfermagem, no curso de graduação, fez uma relação de instrumentos legais que indicam a importância e necessidade do estudo desta temática, vamos ver quais são?

1) A Lei do Exercício Profissional da Enfermagem – Lei 7498/86, de 25 de junho de 1986, apresenta em seu Art. 11 – inciso I, quais são as atividades privativas do enfermeiro, especificando que cabe a ele “a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; b) organização e direção dos

1 Este texto foi elaborado como material instrucional para a Disciplina Administração em Enfermagem I, para os acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem do 6º período da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Pedimos que caso haja o interesse em utilizar este material para outro fim seja citada a referência, ou seja solicitada autorização pelo seguinte e-mail: [email protected] Enfermeira, Doutora em Saúde Pública, Professor Associado II do Departamento de Enfermagem Básica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAFACULDADE DE ENFERMAGEM

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICADISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM I

serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem;...” e no inciso II ao apresentar as atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde, coloca que caba a ele: “a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde; ...” (BRASIL, 2011).

2) O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem – na Resolução COFEN 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007, apresenta em seu Preâmbulo que “...O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a necessidade e o direito de assistência em enfermagem da população, os interesses do profissional e de sua organização...” e no Art. 66, afirma que compete ao enfermeiro “Exercer cargos de direção, gestão e coordenação na área de seu exercício profissional e do setor saúde” (BRASIL, 2011).

3) A Deliberação COREN-MG – 176/07 – que baixa normas para definição das atribuições do Enfermeiro Responsável Técnico, e apresenta em seu Art. 1º – Inciso I - “Elaborar o diagnóstico situacional do serviço de enfermagem e consequente Plano de Trabalho que deverão ser apresentados à instituição e encaminhados ao COREN -MG no prazo de 90 (novemta dias),...” (BRASIL, 2011).

4) Nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) – no que diz respeito aos Cursos de Graduação em Enfermagem, diretrizes publicas oficialmente na Resolução CNE/CES nº 03 de 7 de novembro de 2001, na página 37, onde se diz que “O Bacharel em Enfermagem ou Enfermeiro, atua no planejamento, organização, supervisão e execução da assistência de enfermagem ao doente, à família e à comunidade” e entre os temas abordados na formação destaca-se entre outros “...Assistência de Enfermagem ao indivíduo, à Família e à Comunidade nos ciclos de atenção primária, secundária e terciária; Administração de Enfermagem; Bioética;...” (BRASIL, 2001).

Portanto, frente a estas considerações, segundo Gama (2010) demonstra-se mais uma vez a necessidade de discutir conteúdos de Administração em Enfermagem, as funções administrativas, que se articulam e subsidiam a prática profissional do enfermeiro e dentre elas o planejamento, que iremos trabalhar na aula de hoje.

A função planejamento e a administração em enfermagem

Planejar é uma capacidade inerente do ser humano, desde a mais remota Antigüidade existem vestígios de que o homem primitivo planejava, pois, arqueólogos, já identificaram desenhos que indicam que quando as tarefas eram complexas ou exigiam a participação de várias pessoas, estes homens elaboravam desenhos com os passos a serem seguidos, indicando um planejamento das ações (FERREIRA, 1983).

O ato de planejar diferencia o ser humano dos outros animais, nós trabalhamos tanto quanto uma abelha ou uma aranha, o que nos torna diferentes é que, elaboramos na mente a imagem daquilo que desejamos alcançar antes de construir.

“Pressupomos o trabalho numa forma em que pertence exclusivamente ao homem. Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha envergonha mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de sua colméia. Mas o que distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça, antes de construí-lo em cera. No fim do processo de trabalho obtém-se um resultado que já no início deste existiu na imaginação do trabalhador e, portanto idealmente” (MARX, 1983).

O planejamento é uma das cinco funções administrativas. Ele aparece como a primeira função por servir de base para as outras funções, uma vez que é

através dele que se determinam quais são os objetivos que se quer alcançar, como se deve agir para

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atingi-los, os métodos e tipos de controles necessários. “É um modelo teórico para uma ação futura” (CHIAVENATO, 1994).

O planejamento é o contrário de improvisação, ou seja, uma ação planejada não é uma ação improvisada, se bem elaborado ele é a chave de uma administração eficiente e eficaz (KWASNICKA, 1991, FERREIRA, 1983).

“Planejar é uma exigência do ser humano: é um ato de pensar sobre um possível e viável fazer” (MENEGOLLA; SANT’ANNA, 1997).

“É a atividade pela qual administradores analisam condições presentes para determinar formas de atingir um futuro desejado. Isso envolve as atividades de antecipar, influenciar e controlar a natureza na direção de mudanças. Planejamento é um processo contínuo envolvendo noções de percepção, análise, pensamento conceitual, comunicação e ação” (KWASNICKA, 1991p. 157).

Segundo MENEGOLLA; SANT’ANNA (1997), o planejamento é um processo, ou seja, uma sucessão de etapas que se desencadeiam numa seqüência lógica, obedecendo a normas, métodos e técnicas específicas para o alcance dos objetivos em prazos e etapas definidas.

Através do planejamento deve-se prever necessidades, ou seja, deve-se pensar o que é necessário para ser realizado em uma realidade concreta, para se solucionar os problemas existentes ou evitar que eles surjam.

Além disso, o planejamento é um processo de racionalização de meios e recursos humanos e materiais. Racionalizar é usar a razão na previsão das condições e meios necessários para se executar com eficiência o plano, é atuar de forma consciente e embasada em conhecimentos, tomando-se decisões sobre o que se deve utilizar e quem ira desenvolver o plano, sendo que os melhores e mais eficazes meios e recursos deverão ser selecionados a partir dos objetivos.

Para alcançar seu objetivo maior que é prever mudanças em uma situação real considerada um problema, o planejamento deve sofrer avaliações criteriosas e científicas, para se evitar falhas na sua elaboração e estruturação.

“Planejar, portanto, é pensar sobre aquilo que existe sobre o que se quer alcançar, com que meio se pretende agir e como avaliar o que se pretende atingir” (MENEGOLLA; SANT’ANNA, 1997).

Na Enfermagem os enfermeiros para realizarem a assistência, a gerencia, a investigação e o ensino, necessitam lançar mão da função de planejamento, sendo este o ponto de partida para o desenvolvimento de suas ações.

Ao utilizar os conhecimentos administrativos na sua prática o enfermeiro realiza a gerência da unidade e a gerência do cuidado, que envolvem o planejamento da assistência, o provimento de recursos físicos, humanos, materiais e financeiros, bem como a tomada de decisão, a supervisão e a liderança da equipe de enfermagem.

Para alcançar com sucesso o desenvolvimento dessas atividades o enfermeiro deve conhecer a realidade na qual irá atuar formular ações concretas para modificar ou manter a realidade encontrada, executar as ações propostas, avaliar e reajustar suas ações caso necessário, ou seja, ele deve PLANEJAR (PAIM, 1986).

Princípios do planejamento

Para CHIAVENATO (1994), princípio é uma afirmação, uma proposição geral válida e aplicável para determinados fenômenos, é uma previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer àquela determinada situação, é um guia de ação.

Os princípios são a base sob a qual se sustentam às teorias, não devem ser abordados de forma rígida, mas sim considerados relativamente e flexivelmente, tendo como alicerce o bom senso.

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Para que o planejamento seja eficiente, eficaz e efetivo3 ele deve seguir os seguintes princípios básicos:

• Princípio da definição dos objetivos: o planejamento deve ser elaborado em função dos objetivos que se quer alcançar assim eles devem ser definidos de forma clara e concisa, pois a finalidade do planejamento é determinar como que os objetivos podem ser alcançados;

• Princípio da flexibilidade: uma vez que o planejamento se refere ao futuro, ele deve ser flexível e elástico, para se adaptar as situações que podem sofrer alterações, nem sempre previstas;

• Princípio da participação: o planejamento será tanto mais efetivo e eficaz na medida em que envolva e contemple no processo de elaboração, execução e avaliação todas as áreas, setores e pessoas envolvidas;

• Princípio da coordenação: deve haver sincronia, inter-relação e articulação entre os vários aspectos envolvidos no planejamento de modo a que eles atuem interdependentemente e de modo integrado;

• Princípio da permanência: o planejamento deve ser constantemente revisto para que possa permanecer atual e válido.

Características de um bom planejamento

Um planejamento adequado deve contemplar as seguintes características (ARNDT; HUCKABAY, 1983; CIAMPONE, 1991).

- Ter objetivos claros;

- Ser simples, sem ambigüidade de interpretação;

- Ter estabilidade e ao mesmo tempo ser flexível, com capacidade de se adaptar a situações prioritárias, de emergência ou mudanças;

- Ser econômico e realista, em relação aos recursos necessários, otimizando ao máximo os recursos existentes;

- Possibilitar a análise das atividades em cada uma das fases, tanto durante sua execução como no final;

- Estar voltado para o futuro;

- Ser suficientemente importante, racional e justificável em relação aos objetivos organizacionais e individuais;

- Reconhecer o ambiente organizacional, do ponto de vista sócio-econômico e cultural.

Etapas do Planejamento

O planejamento pode ser descrito através de fases ou etapas (KRON; GRAY, 1989; CIAMPONE, 1991; CHIAVENATO, 1994; FONSECA, 2000; CIAMPONE e MELLEIROS, 2010).

• Etapa 1 – Conhecimento do sistema ou da realidade: consiste em uma etapa de elaboração de um diagnóstico de situação. Nessa fase de conhecimento do sistema como um todo é importante que se conheça o sistema social e técnico, ou seja, os recursos financeiros, materiais e humanos; as normas, valores e aspirações do serviço; e no caso dos serviços de saúde também os usuários.

3 Eficiente: diz respeito à utilização dos recursos; eficácia: diz respeito ao alcance dos resultados; efetivo: diz respeito ao que é real e permanente.

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Toda organização, inclusive as de saúde são compostas por dois sistemas: Técnico - composto pelas demandas das tarefas, pela implantação física e pelos

equipamentos e materiais existentes, é responsável pela eficiência potencial da organização.

Social - compreende as relações daqueles que são responsáveis pela realização e desenvolvimento das atividades, transformando a eficiência potencial em real.

• Etapa 2 – Definição de objetivos: este é o ponto de partida do planejamento, pois a falta de um conjunto de objetivos claramente definidos é uma causa muito comum do fracasso do planejamento. Essa fase consiste em se estar estabelecendo aquilo que se quer alcançar (o objetivo), que não deve ser confundido com o método de trabalho, com o como se pode alcançar, com a ação para se alcançar aquilo que se deseja. Os objetivos são alvos, pretensões futuras, eles indicam uma orientação, estabelecem linhas mestras, quando alcançados os objetivos tornam-se uma realidade. Eles devem ser descritos sempre com um verbo no infinitivo, e podem ser classificados em:• Gerais – são amplos, expressam valores principais e a política da organização.

Indicam a natureza da unidade de planejamento que está sendo desenvolvida;• Específicos – são uma decomposição do objetivo geral, determinando as ações pelas

quais os objetivos gerais serão alcançados. Compõe um todo coerente e viável, parte de um contexto mais amplo, sendo que o alcance de alguns objetivos específicos não garante o alcance dos objetivos finais.

• Quanto ao tempo – são relacionados com períodos de tempo para o seu alcance. • Objetivos em longo prazo: são aqueles cujo período de tempo para o seu

alcance esta acima de cinco anos, são em geral os alvos finais, possibilitando uma compreensão clara dos impactos das decisões atuais bem como uma maior consciência das mudanças, possibilitando e contribuindo para a estruturação e organização de esforços para o seu alcance;

• Objetivos em médio prazo: necessitam de um período de tempo para o seu alcance em torno de um a cinco anos, podendo ser alcançados no exercício de uma administração, apresentando como vantagem em relação ao objetivo de longo prazo, as recompensas de uma ação de efeitos mais imediatos;

• Objetivos em curto prazo: dizem respeito a alvos estabelecidos para serem conseguidos em até um ano, podem contribuir para que os objetivos de médio e longo prazo sejam alcançados.

AmplosObjetivos Gerais Observáveis em longo prazo Abrangentes

ConcretosObjetivos Específicos Observáveis em médio e curto prazo

Delimitados

• Etapa 3 – Estabelecimento de prioridades: é tomar decisões sobre quais são as ações que devem ser realizadas primeiro, definir uma seqüência de prioridades, escolhendo-se os meios para alcançar os fins.

• Etapa 4 - Seleção de meios e recursos: partindo-se dos recursos necessários é importante que se descreva quais os recursos possíveis, viáveis e disponíveis, sejam eles

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humanos, materiais e físicos, para que se possa pensar em estratégias que possibilitem a otimização desses recursos, no sentindo de se alcançar os objetivos propostos.

• Etapa 5 – Estabelecimento do plano operacional: consiste em se definir, através de uma seqüência lógica de eventos - como, de que forma, com que ações e estratégias - irá se alcançar os objetivos traçados. A operacionalização do planejamento pode contemplar níveis diversos, pode enfocar a instituição como um todo (planejamento estratégico), pode se traduzir em planos concretos a nível local e ou departamental (planejamento tático) e se desdobrar em planos específicos para cada tarefa (planejamento operacional). Pode-se trabalhar com cada uma dessas dimensões separadamente ou conforme o conteúdo, extensão de tempo e amplitude pode-se trabalhar com esses níveis articuladamente.

Quadro 1: Níveis de plano (CHIAVENATO, 1994).

Plano Conteúdo Extensão de tempo AmplitudeEstratégico Genérico, sintético e

abrangente.Longo prazo Macro orientado aborda a

empresa como um todo.Por Exemplo – Hospital

Tático Menos genérico e mais detalhado

Médio prazo Aborda cada unidade da empresa separadamente

Por Exemplo – Unidade de Internação

Operacional Detalhado, específico e analítico.

Curto prazo Micro orientado aborda cada tarefa ou operação apenas.

Por Exemplo - Enfermagem

• Etapa 6 - Desenvolvimento: esta etapa consiste em se colocar em prática, executar, aquilo que se planejou, evolve a ação e a coordenação. É importante que as responsabilidades de todas as partes envolvidas na ação estejam definidas para que os atritos sejam minimizados, além disso, pode-se e deve-se fazer qualquer ajuste que seja necessário tendo em vista que possa vir a ocorrer limitações em relação aos recursos necessários e a situação real.

• Etapa 7 – Aperfeiçoamento: consiste em se avaliar e replanejar. A Avaliação do planejamento não deve ficar restrita a essa fase, ela deve ser continua e permanente, acompanhando cada uma das fases anteriores, pois se realizada sistematicamente a avaliação indica as falhas possibilitando que elas sejam corrigidas. Replanejar significa fazer novas propostas, ajustes e reformular aspectos que necessitem serem modificados.

Instrumentos utilizados no planejamento

Uma vez que planejar consiste em se estar sistematizando ações é necessário que se tenha uma programação, ou seja, uma correlação entre tempo e atividade, como um instrumento que auxilie no alcance dos objetivos estabelecidos.

Dentre os vários instrumentos de programação que auxiliam no planejamento podemos citar:

1) Cronograma: é dos instrumentos o de confecção mais simples, consiste em um gráfico com duas entradas, onde as linhas representam as tarefas ou atividades e as colunas os períodos de tempo, geralmente expressos e dias ou meses. A duração das tarefas ou

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atividades é representada por traços horizontais com início e fim bem definidos, de acordo com as colunas que são preenchidas.

Atividades/Meses Abril2011

Maio2011

Junho2011

Julho2011

1. Planejar a Semana de Enfermagem

X

2. Realizar a Semana de Enfermagem

X

3. Fazer reuniões da Equipe de Enfermagem

X X X X

4. Elaborar Plano de Educação em Serviço

X X

2) Gráfico de Gantt: é semelhante ao cronograma, a diferença é que nas colunas relativas ao tempo, cada mês é dividido em subcolunas que representam às semanas.

Atividades/Meses Maio1ªs 2ªs 3ªs 4ªs

Junho1ªs 2ªs 3ªs 4ªs

Julho1ªs 2ªs 3ªs 4ªs

Agosto1ªs 2ªs 3ªs 4ªs

3) Técnica de Revisão e Avaliação de Projetos ou Programas (Program Evaluation Review Technique - PERT): é um instrumento um pouco mais complexo, que consiste na elaboração de uma rede básica de passos seqüenciais que envolvem eventos, atividades e relações.

Exemplo: Gráfico PERT-CPM, mostrando as etapas e os procedimentos necessários para o atendimento de uma parada cardiorrespiratória.

Nº da etapa Descrição do procedimento1 Identificação da parada cardiorrespiratória2 Providenciar material/equipamento de emergência3 Prestar os primeiros socorros4 Manter uma via de infusão venosa

1

2

3 8

4

6

7

5

11

1012

9

7

5 Aplicar medicamentos6 Monitorizar7 Massagem cardíaca8 Oxigenação9 Colher sangue para dosagem de O2, PO2 e eletrólitos10 Desfibrilação11 Entubação mais ventilação artificial12 Recuperação do paciente

Fonte: CIAMPONE, M. H. T. Metodologia do planejamento na enfermagem. In: KURCGANT, P. (org.) Administração em enfermagem. São Paulo, EPU. Cap. 4, p. 41-58, 1991.

4) Instrumento utilizado na prática da DisciplinaCom o objetivo de estar auxiliando na realização e desenvolvimento do planejamento em enfermagem sugerimos que seja utilizado no desenvolvimento das atividades práticas da Disciplina o seguinte esquema:

Descrição dos objetivos gerais:

Descrição das situações (O Quê)

Definição de Objetivos específicos (Para Quê,

Por que).

Descrição de Ações propostas (Como, Onde,

Com Quem, Para Quem).

Cronograma (Quando)

O Método Científico de Análise e Solução de Problemas (MASP)

Conforme já vimos, o planejamento é uma ferramenta, uma estratégia de sistematização do trabalho, de modo a que se caminhe na direção do aperfeiçoamento ou da mudança das atividades.

Pode-se utilizar o planejamento de várias formas e nas mais diversas áreas, o método científico é um exemplo de modelo de planejamento, a construção de um projeto e de uma investigação científica seguem os passos do planejamento.

Ao aplicarmos o método científico no gerenciamento, temos o MASP que é um método, cujo objetivo é a solução de problemas técnicos e ou administrativos identificados na prática.

Na enfermagem o MASP é utilizado, como um modo de se racionalizar o trabalho, conhecer de forma progressiva e fundamentada os fatos e idéias que podem estar dificultando ou prejudicando a prática assistencial de enfermagem.

As fases a serem seguidas no desenvolvimento do MASP são:

Identificação do problema - significa descrever objetivamente a situação que se considera como problema do modo como ela é percebida, tentando definir o problema a partir da listagem das supostas causas e conseqüências, a descrição da situação por escrito auxilia na meditação da situação;

Coleta e análise de dados - consiste em se colher e levantar informações que permitam o exame da situação para isso deve-se ouvir todas as pessoas envolvidas na situação e faz-se um estudo de opiniões do grupo de trabalho; procura-se chegar aos determinantes da situação com objetivo de visualizar o problema de diferentes ângulos. Deve-se buscar relacionar as forças

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restritivas que causam e mantém o problema, resistindo à sua solução (as forças negativas) e as forças impulsoras, que contribuem para a solução do problema (forças positivas);

Soluções Alternativas – consiste em se listar as várias propostas de soluções alternativas, considerando a viabilidade e os efeitos prováveis de cada uma, ou seja, o impacto e as conseqüências, deve-se ter o cuidado para não atacar sintomas ao invés de problemas, nessa fase pode-se utilizar as experiências, hábitos e rotinas já existentes, como se pode fazer uso de bibliografias, consulta a especialistas, registros e explorar as opiniões dos envolvidos na situação através de dinâmica de grupo. Após ter-se feito o estudo da situação, faz-se uma escolha, opta-se por uma determinada solução, considerando-se as que melhor atendem aos objetivos estabelecidos e às circunstâncias presentes, é importante que se estude cada solução tentando antecipar seus resultados positivos ou negativos. A escolha de alternativas criativas menos centralizadoras e que possibilitem e estimulem a participação, podem levar a uma valorização das pessoas no trabalho;

Implementação e Avaliação – é o desenvolvimento da solução escolhida, esta fase depende da anterior, pois a escolha por consenso do grupo leva a pouca ou nenhuma dificuldade na implementação, já as decisões baseadas em um único elemento são mais difíceis de serem implementadas, pois depende desse indivíduo convencer todo o grupo a aceitar a decisão. Em seguida é importante que se volte para todo o processo verificando se conseguiu resolver o problema e quais as conseqüências das soluções implementadas para fundamentar futuras intervenções (CIAMPONE 1991; KRON; GRAY, 1994).

Planejamento Estratégico Situacional

O enfoque estratégico pode ser compreendido como uma opção tecnológica para os gestores que estejam comprometidos com a construção de um modelo de atenção á saúde que tenha como premissas à integralidade e a equidade (TEIXEIRA, 2001a).

Nesse sentido, o enfoque situacional se mostra como um instrumento adequado para o processo de construção de um novo modelo de atenção à saúde, por ser dinâmico e flexível adaptando-se à complexidade das situações epidemiológicas, técnico-organizacionais e político-institucionais de nosso país (TEIXEIRA, 2001b).

Além disso, o Planejamento Estratégico não deve ser compreendido apenas como teoria e técnica, tampouco como um cálculo determinístico, que apresenta um resultado apenas. É importante que as habilidades pessoais, a experiência, a criatividade e a sensibilidade dos atores sejam consideradas, pois “planejar também é arte, onde os problemas admitem distintas soluções, conforme os atores que os considerem.” (SÁ; PEPE, 2000).

Os elementos comuns que permitem considerar a corrente estratégica de planejamento como um novo paradigma são (FEKETE, 2001; TEIXEIRA, 2001):

- A compreensão de que os objetos do planejamento são os problemas e as oportunidades reais de intervenção, decorrentes do reconhecimento da existência de um conflito, virtual ou real;

- O entendimento de que o planejador é um ator social, que faz parte do sistema planejado, interagindo com este;

- A compreensão de que existe uma variedade de explicações diagnósticas, uma vez que existe mais de uma compreensão da realidade e, portanto visões diferenciadas dos conflitos existentes;

- A aceitação da complexidade dos sistemas sociais, uma vez que o mundo real é histórico e as categorias sobre as quais se pensa a realidade também são históricas, ou seja, se transformam no decorrer do tempo;

- A concepção do planejamento como sendo um processo composto por momentos que se interpenetram, sem seguir uma lógica seqüencial rígida;

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- O entendimento do plano como sendo composto por módulos operacionais, que flexibilizam a organização e possibilitam a participação de distintos atores sociais;

Assim, o planejamento estratégico pressupõe que se tenha uma “visão estratégica” que passa pelo conhecimento amplo da realidade sobre a qual se quer intervir, bem como envolve uma “ação comunicativa” que significa que os dirigentes, técnicos e todos os envolvidos no processo de planejamento devem manter um diálogo permanente, para que se possa estar construindo um trabalho coletivo (TEIXEIRA, 2001b).

Os passos para a realização de um planejamento estratégicoO planejamento estratégico se desenvolve através de momentos, e não de etapas rígidas, que

podem ser descritos como sendo: momento explicativo; momento normativo, momento estratégico e momento tático-operacional sendo que cada um deles contempla alguma etapas que podem não ser sequencias mas que ocorrem em um processo de ir e vir.

Momento explicativo: identificação, seleção/priorização e análise dos problemas; Momento normativo: proposição de soluções para enfrentar os problemas; Momento estratégico: construção de viabilidade das soluções propostas. É importante ainda

frisar que este momento permeia todo o processo.; Momento Tático-Operacional: execução, acompanhamento e avaliação do plano

(MENDES, 1998).Para que se possa realizar e desenvolver o planejamento estratégico é importante que se

tenha à definição dos seguintes papéis: uma Coordenação que pode ser uma pessoa ou um grupo que se responsabilize pela preparação e organização dos encontros do grupo; um Moderador que deve estar atento para aliviar os conflitos entre os participantes, descrevendo e explicando a forma como se vai trabalhar em conjunto, que motive a participação de todos, de modo que cada um possa manifestar seus conhecimentos e opiniões, que cuide para que ocorra a correta aplicação da metodologia adotada e garanta que a análise do problema seja consistente, conduzindo os debates por meio de técnicas de visualização (MENDES, 1998).

Os passos a serem seguidos na realização do Planejamento Estratégicos são (MENDES, 1998) :1º) Identificação dos problemas – consiste na descrição das situações consideradas problemas, o que pode ser feito por exemplo com a utilização da técnica de “brainstorm” (chuva de idéias);2º) Seleção dos problemas – é a priorização das situações problemas, pois dificilmente se consegue enfrentar todas ao mesmo tempo, é importante definir critérios claros, capazes de estabelecer uma ordem de prioridades no enfrentamento dos problemas que reflitam o significado destes para o grupo que planeja. Podem ser seguidos os seguintes critérios:

Importância do problema – alta, média ou baixa; Urgência quanto à resolução do problema; Capacidade de enfrentamento do problema pelo ator que está planejando: se esta

dentro, parcialmente dentro ou fora dessa capacidade.

3º) Análise do problema – os problemas devem ser descritos e explicados, identificando-se : o que caracteriza (descrição); por que (causas) e o que resulta (conseqüências).

Descrição do problema - busca-se caracterizar a situação como ela se apresenta e é percebida, utilizando-se sempre que possível de indicadores que possam mostrar e/ou medir como ele se manifesta ou aparece, o que irá possibilitar uma avaliação do impacto do plano sobre o problema.

Identificação das causas e conseqüências – pode-se começar elaborando uma lista com as causas e conseqüências em seguida construindo o Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe; é importante a participação de todos nessa discussão pois essa etapa auxilia na visualização dos pontos críticos nos quais deve estar centrada a solução do problema.

1

4º) Propostas de solução – no diagrama de Espinha de Peixe marca-se as causas consideradas mais relevantes, e elabora-se um Mapa de Soluções, onde para cada causa escolhida deve ser apontada uma solução.5º) Elaboração do Plano de Ação – Elabora-se uma planilha com os seguintes pontos:

Resultados a serem alcançados; Atividades necessárias; Responsáveis pelas atividades; Outros atores participantes; Prazo para realização das atividades propostas; Recursos necessários .

6º) Análise de viabilidade – possibilidade de execução das intervenções previstas de acordo com os recursos disponíveis, compara-se os recursos que se dispõe com os necessários, identificando “brechas” que serão objeto dos “projetos dinamizadores”. Por recursos deve-se considerar, além dos tradicionais recursos humanos, materiais físicos e financeiros. :

a capacidade de mobilizar conhecimentos e informações (técnico); a capacidade de mobilizar recursos (pessoal, material, equipamentos), o poder

administrativo e a capacidade de motivar, estimular, conduzir pessoas a comprometerem-se com

determinados objetivos e ações, movidos não só por interesses econômicos imediatos, mas por interesses políticos e ideológicos mediatos (projetos políticos)

A viabilidade pode ser analisada em três planos: Viabilidade econômica – ou factibilidade, diz respeito aos recursos de infra-estrutura:

físico, pessoal, material e financeiro; Viabilidade técnico-organizativa – diz respeito à forma de organização dos recursos de

infra-estrutura; Viabilidade político-institucional – diz respeito à existência ou não de poder acumulado para

que sejam realizadas as intervenções propostas.Esta etapa permite que se elaborem táticas e estratégias para o alcance dos objetivos e ações, permitindo que se identifiquem os oponentes, as resistências e sua natureza.7º) Operacionalização do plano de ação – para colocar o plano em prática o grupo deve perceber as circunstâncias e fazer as correções necessárias, sempre haverá certo grau de improviso, mas as ações planejadas é que devem prevalecer. Os passos para o sucesso dessa etapa são:

Discussão do plano com outros atores envolvidos, para conseguir a adesão; Utilização de uma planilha para acompanhamento da operacionalização das soluções, com o

registro periódico do cumprimento das atividades, considerando seus respectivos resultados e prazos;

Avaliação do impacto das soluções sobre os problemas.

Em relação aos benefícios que podem ser gerados através da utilização do planejamento estratégico podemos citar (MANDELLI, 1994):1. O processo decisório tende a ser agilizado, uma vez que o planejamento estratégico implica no estabelecimento de políticas, filosofias de atuação, enfim no estabelecimento de parâmetros que contribuem para a tomada de decisão;2. Agiliza e fortalece o processo orçamentário;3. Minimiza o cabo de guerra organizacional, uma vez que o Planejamento Estratégico possibilita que se defina de modo participativo uma direção comum a ser seguida, no sentido de se alcançar o objetivo maior da instituição;4. Permite maior interação da empresa com o ambiente;5. Promove a descentralização do processo de planejamento;6. Estimula a função diretiva;7. Motiva o comportamento voltado para a eficácia

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8. Desenvolve a capacidade gerencial;9. Força o executivo a desligar-se parcialmente do seu dia a dia e a raciocinar estrategicamente;10. Motiva um comportamento iterativo da empresa;11. Orienta a formulação de planos de longo prazo, contingencial, de ações imediatas, táticos, operacionais e organizacionais.

Considerações finais

A função administrativa de planejamento está presente no cotidiano de trabalho dos enfermeiros, sendo que a sistematização da assistência de enfermagem é um tipo de planejamento. Para que consigamos administrar a assistência de enfermagem e desempenhar a gerência em enfermagem de modo eficiente e eficaz é necessário que se descreva as situações a serem superadas ou mantidas, os objetivos a serem alcançados, os passos a serem seguidos, o tempo em que se pretende alcançar o que se propõe e o modo como se pretende avaliar o trabalho realizado, ou seja é necessário que se planeje.

Outro aspecto muito importante a se considerar é que um planejamento freqüentemente propõe mudanças, e seu sucesso depende do reconhecimento de que essas mudanças são necessárias, entretanto mudar não é fácil, e muitas vezes gera ansiedade e resistência, afetando o relacionamento entre os grupos e os líderes dos grupos (KWASNICKA, 1991).

Lembrando sempre que difícil não é planejar, difícil é conhecer o que se planeja (FERREIRA, 1983 apud ROCHA, 1998)

Referências

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TEIXEIRA, C. Planejamento Municipal em Saúde. Salvador, ISC – Instituto de Saúde Coletiva. 2001. p.79 ª

Exercícios para fixação do conteúdo

1) Qual a importância da função planejamento para a enfermagem?2) Descreva as Etapas do Planejamento Normativo ou Tradicional.3) Cite quais são as características de um bom planejamento e explique por que?4) Cite e explique quais as diferenças entre o planejamento normativo, o método de resolução de problemas e o planejamento estratégico situacional.

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