12
O Processo de Trabalho Administrar em Enfermagem 1 2 semestre 2014 GRECO, ROSANGELA MARIA 2 Objetivos desta aula Descrever e conceituar a Administração Geral Conhecer os princípios e objetivos da Administração Geral; Refletir sobre a origem, a filosofia e a evolução do saber administrativo na enfermagem; Descrever e conceituar administração em enfermagem. 1 – Justificativa do por que estudar Administração na Enfermagem? Como vocês viram na aula sobre O Cuidar e as Competências da Equipe de Enfermagem e o Processo de Trabalho em Enfermagem da Profª Beatriz Francisco Farah, a enfermagem é um trabalho e como tal possui um objeto, meios e instrumentos e uma finalidade a ser alcançada. Tem como objeto de seu trabalho o acompanhamento do processo saúde doença de indivíduos e coletividades (QUEIROZ; SALUM, 1994; ALMEIDA, et al. 1989; ALMEIDA; ROCHA, 1997). Como meios e instrumentos - observação, levantamento de dados, planejamento, evolução, avaliação, sistemas de assistência, procedimentos técnicos, procedimentos de comunicação e de interação, a própria força de trabalho, os equipamentos, os materiais, os modelos e métodos de administração entre outros (QUEIROZ; SALUM, 1994; ALMEIDA, et al. 1989; ALMEIDA; ROCHA, 1997). Como finalidade o processo de cuidar - entendido numa ótica multidimensional compreendendo procedimentos técnicos, mas também demonstrações de afetividade, paciência, carinho e respeito, dentro de uma concepção ética, valorizando princípios e valores humanos, enfatizando os processos interativos e de fruição 3 da energia criativa, emocional e intuitiva; se operacionalizando através das dimensões desse cuidar – assistir, gerenciar, ensinar e investigar (QUEIROZ; SALUM, 1994; WALDOW, 1998; LUNARDI E LUNARDI,1996). Além disso, realizamos um trabalho, para pessoas com e através de pessoas, ou seja, nós enfermeiros, na enfermagem não atuamos isoladamente, trabalhamos com outros profissionais e, portanto temos que estruturar o nosso trabalho, a nossa ação juntamente com esses trabalhadores – os auxiliares e técnicos de enfermagem – através de ações hierarquizadas distribuídas segundo graus de complexidade pressupondo assim, que se tenha um trabalhador – o enfermeiro – melhor preparado para garantir a unidade e organização desse trabalho coletivo e que seja capaz também de planejar e 1 Este texto foi elaborado como material instrucional para a Disciplina Administração em Enfermagem I, para os acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora. Pedimos que, caso haja o interesse em utilizar este material, seja citada a referência. 2 Enfermeira, Doutora em Saúde Pública, Professor Associado do Departamento de Enfermagem Básica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora, e-mail [email protected] 3 Tirar de (uma coisa) todo o proveito, todas as vantagens possíveis, e, sobretudo, perceber os frutos e rendimentos dela. DICIONÁRIO AURÉLIO SÉC. XXI 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM I

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ... · origem até os dias hoje nas bases legais que fundamentam por que estudar administração em enfermagem. A Profa. Bernadete

Embed Size (px)

Citation preview

O Processo de Trabalho Administrar em Enfermagem 1

2 semestre 2014

GRECO, ROSANGELA MARIA2

Objetivos desta aula• Descrever e conceituar a Administração Geral• Conhecer os princípios e objetivos da Administração Geral;• Refletir sobre a origem, a filosofia e a evolução do saber administrativo na

enfermagem;• Descrever e conceituar administração em enfermagem.

1 – Justificativa do por que estudar Administração na Enfermagem?Como vocês viram na aula sobre O Cuidar e as Competências da Equipe de

Enfermagem e o Processo de Trabalho em Enfermagem da Profª Beatriz FranciscoFarah, a enfermagem é um trabalho e como tal possui um objeto, meios e instrumentos euma finalidade a ser alcançada.

• Tem como objeto de seu trabalho o acompanhamento do processo saúde doençade indivíduos e coletividades (QUEIROZ; SALUM, 1994; ALMEIDA, et al.1989; ALMEIDA; ROCHA, 1997).

• Como meios e instrumentos - observação, levantamento de dados,planejamento, evolução, avaliação, sistemas de assistência, procedimentostécnicos, procedimentos de comunicação e de interação, a própria força detrabalho, os equipamentos, os materiais, os modelos e métodos de administraçãoentre outros (QUEIROZ; SALUM, 1994; ALMEIDA, et al. 1989; ALMEIDA;ROCHA, 1997).

• Como finalidade o processo de cuidar - entendido numa ótica multidimensionalcompreendendo procedimentos técnicos, mas também demonstrações deafetividade, paciência, carinho e respeito, dentro de uma concepção ética,valorizando princípios e valores humanos, enfatizando os processos interativos ede fruição3 da energia criativa, emocional e intuitiva; se operacionalizandoatravés das dimensões desse cuidar – assistir, gerenciar, ensinar e investigar(QUEIROZ; SALUM, 1994; WALDOW, 1998; LUNARDI E LUNARDI,1996).Além disso, realizamos um trabalho, para pessoas com e através de pessoas, ou

seja, nós enfermeiros, na enfermagem não atuamos isoladamente, trabalhamos comoutros profissionais e, portanto temos que estruturar o nosso trabalho, a nossa açãojuntamente com esses trabalhadores – os auxiliares e técnicos de enfermagem – atravésde ações hierarquizadas distribuídas segundo graus de complexidade pressupondoassim, que se tenha um trabalhador – o enfermeiro – melhor preparado para garantir aunidade e organização desse trabalho coletivo e que seja capaz também de planejar e1 Este texto foi elaborado como material instrucional para a Disciplina Administração em Enfermagem I, para os acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora. Pedimos que, caso haja o interesse em utilizar este material, seja citada a referência.2 Enfermeira, Doutora em Saúde Pública, Professor Associado do Departamento de Enfermagem Básica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora, e-mail [email protected] Tirar de (uma coisa) todo o proveito, todas as vantagens possíveis, e, sobretudo, perceber os frutos e rendimentos dela. DICIONÁRIO AURÉLIO SÉC. XXI

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAFACULDADE DE ENFERMAGEM

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICADISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM I

desenvolver novos processos, métodos e instrumentos (QUEIROZ; SALUM, 1994;WALDOW, 1998)

Portanto, o mercado profissional espera do enfermeiro uma capacidade paratrabalhar com conflitos, enfrentar problemas, negociar, dialogar, argumentar, propor ealcançar mudanças, com estratégias que aproximem da equipe e do cliente contribuindopara a qualidade do cuidado (LUNARDI e LUNARDI, 1996).

E para realizar este trabalho a enfermagem se operacionaliza por diferentesprocessos de trabalho, ou dimensões: o de assistência à saúde – cuidar; o de gerenciamentodessa assistência – administrar, o de investigação científica (gerando o saber necessário àprodução), o de ensino e o de participação política (QUEIROZ; SALUM, 1996;MALAGUTTI; CAETANO, 2009; SANNA, 2007).

2 - A Administração em Enfermagem e os instrumentos legaisUma vez que a Enfermagem é uma profissão que trabalha com e para pessoas, a

aplicação dos conhecimentos da ciência administração estão presentes desde suaorigem até os dias hoje nas bases legais que fundamentam por que estudaradministração em enfermagem.

A Profa. Bernadete (GAMA, 2010), buscando fazer um reflexão sobre o que nosleva a estudar a Administração, no curso de graduação, fez uma relação deinstrumentos legais que indicam a importância e necessidade do estudo desta temática,vamos ver quais são?

• A Lei do Exercício Profissional da Enfermagem – Lei 7498/86, de 25 dejunho de 1986, apresenta em seu Art. 11 – inciso I, quais são as atividadesprivativas do enfermeiro, especificando que cabe a ele “a) direção do órgão deenfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública eprivada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; b) organização edireção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliaresnas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização,coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência deenfermagem;...” e no inciso II ao apresentar as atividades do enfermeiro comointegrante da equipe de saúde, coloca que caba a ele: “a) participação noplanejamento, execução e avaliação da programação de saúde; b) participação naelaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde; ...”(BRASIL, 2011).

• O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem – na Resolução COFEN311/2007, de 08 de fevereiro de 2007, apresenta em seu Preâmbulo que “...OCódigo de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração anecessidade e o direito de assistência em enfermagem da população, osinteresses do profissional e de sua organização...” e no Art. 66, afirma quecompete ao enfermeiro “Exercer cargos de direção, gestão e coordenação na áreade seu exercício profissional e do setor saúde” (BRASIL, 2011).

• A Deliberação COREN-MG – 176/07 – que baixa normas para definição dasatribuições do Enfermeiro Responsável Técnico, e apresenta em seu Art. 1º –Inciso I - “Elaborar o diagnóstico situacional do serviço de enfermagem econsequente Plano de Trabalho que deverão ser apresentados à instituição eencaminhados ao COREN -MG no prazo de 90 (novemta dias),...” (BRASIL,2011).

• As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) – no que diz respeito aos Cursosde Graduação em Enfermagem, diretrizes publicas oficialmente na ResoluçãoCNE/CES nº 03 de 7 de novembro de 2001, na página 37, onde se diz que “OBacharel em Enfermagem ou Enfermeiro, atua no planejamento, organização,supervisão e execução da assistência de enfermagem ao doente, à família e àcomunidade” e entre os temas abordados na formação destaca-se entre outros

2

“...Assistência de Enfermagem ao indivíduo, à Família e à Comunidade nosciclos de atenção primária, secundária e terciária; Administração deEnfermagem; Bioética;...” (BRASIL, 2001). Portanto, frente a estas considerações, segundo GAMA(2010) “ratifica-se mais

uma vez a necessidade de discutir conteúdos de Administração em Enfermagem que searticulam e subsidiam a prática profissional do enfermeiro”.

Vejamos então ainda que de forma resumida, o que é a ciência administração ecomo ela se aplica na enfermagem.

3 – Conceituando Administração e Administração em EnfermagemO ser humano é um ser social por natureza, vivemos em COMUM-UNIDADE,

que se articula e se organiza através de instituições diversas, que são denominadasorganizações, assim todas as atividades, sejam elas de produção de bens ou de prestaçãode serviços são realizadas dentro de organizações.

As organizações/instituições/empresas desenvolvem processos de trabalho, ouseja, transformam objetos através de meios e instrumentos, tendo em vista a finalidadeda organização/instituição/empresa. No inicio dos tempos estas organizações erampequenas com estruturas simples e fáceis de serem controladas. Entretanto com aevolução da sociedade as organizações cresceram e ganharam uma dimensão tal queexigiu a criação de uma disciplina que desse conta de pensar, discutir e viabilizar aestruturação dessas instituições.

Estas organizações/instituições/empresas são compostas por recursos “não-humanos” (físicos, materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos e outros) epessoas, que para trabalharem em conjunto, tendo em vista a finalidade do serviço,necessitam que sua prática seja estruturada, através da definição de planos de ação, deobjetivos, da condução dos recursos e da estruturação formal do desenvolvimento dasatividades, ou seja, elas necessitam da ADMINISTRAÇÃO (CHIAVENATO, 1993;KWASNICKA, 1991; PARK, 1997).

Além disso, se você reparar bem a administração é necessária toda vez que duasou mais pessoas interagem para alcançar certo objetivo, assim a administração não estápresente apenas nas grandes empresas, mas por exemplo em famílias, clubes,organizações públicas, ONGs, igrejas, entre outras. Assim pode-se concluir que aadministração é necessária em todas as organizações sendo universal, uma vez que seucorpo de conhecimentos pode ser aplicado em todos os níveis de uma organização e portodas as áreas de conhecimento (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI, 1998).

Portanto a necessidade da administração existe desde as mais antigas sociedades(quadro 1 em anexo), todavia foi com a expansão do processo de produção industrial naInglaterra, França e EUA que as mudanças na organização do trabalho, com a separaçãoentre a concepção, execução e controle, fizeram com que a prática e a teoria daadministração/gerência do trabalho ganhassem impulso (PINHEIRO, 1998).

A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister(subordinação ou obediência), significando aquele que realiza uma função, um serviço,sob um comando, para o outro, estando frequentemente associada à função controle(CHIAVENATO, 1993).

Na sua origem a administração e o controle tinham como características arigidez e coerção, com a evolução da prática e da teoria geral da administração, asformas de controle foram se transformando incorporando a flexibilidade, participação enegociação como estratégias, passando a ser compreendidas como forma demonitoramento das práticas ou ações (PINHEIRO, 1998).

Para CHIAVENATO (1993) administrar nos dias de hoje significa fazer umaleitura dos objetivos propostos pelas instituições e empresas e transformá-los em açãoorganizacional partindo das funções administrativas ou seja do planejamento,

3

organização, direção e controle através do esforço de todos, realizado em todas as árease em todos os níveis da organização, a fim de alcançar os objetivos propostos damaneira mais adequada à situação.

Segundo PARK (1997) “a administração é uma filosofia em ação”, pois aoobservarmos a realidade, construímos nossas ideias, que são transformadas em açãopelo princípio criativo e a administração visa um equilíbrio entre a compreensão e aextensão de nossas ideias.

Para DRUCKER (2001, p.13) “Administrar é aplicar o conhecimento àação”(grifo nosso), uma vez que a administração transforma a informação emconhecimento e este em ação.

A administração pode ser compreendida também como ciência, arte, técnica eprocesso o que é explicitado por BALDERA (1995):

• É uma ciência social porque seu objeto de estudo é o homem nas organizaçõessociais. Fundamenta-se em princípios que se expressam em um marco teórico,seus conhecimentos são coerentes e sistematizados, aplica o método científicopara desenvolver sua teoria, e tem um método próprio de aplicação;

• É uma técnica, porque se aprende em aulas, se aplica em campos de trabalho,requer prática e utiliza instrumentos próprios;

• É uma arte porque implica destrezas, sentimentos especiais, experiência eequilíbrio estético, o que diferencia o fazer.A administração coordena as ações de todas as áreas de uma organização, “é a

área de atividade humana que se ocupa de conseguir fazer coisas com e através depessoas” (FONSECA, 1996).

Para DRUCKER (2001, p. 22) ainda, há duas respostas bem populares para apergunta: O que é administração? “Uma diz que administração é o pessoal superior – eo termo administração é pouco mais do que um eufemismo para “o patrão”. A outradefine um administrador como alguém que dirige o trabalho de outros e ‘cujo trabalho’,como diz o slogan, ‘é fazer que os outros trabalhem’.

Para os alunos do 6º período do curso de graduação em enfermagem daFACENF/UFJF do 2º semestre de 2014 Administração é:______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4 – Princípios que embasam a AdministraçãoPara fazer a administração os administradores contam com técnicas, ferramentas

e truques que auxiliam no alcance de seus objetivos, entretanto estes meios einstrumentos não são tão importantes quanto os princípios essenciais sob o qual sealicerça a ciência da Administração (DRUCKER, 2001).

Para CHIAVENATO (1993), princípio é uma afirmação, uma proposição geralválida e aplicável para determinados fenômenos, é uma previsão antecipada do quedeverá ser feito quando ocorrer àquela determinada situação, é um guia de ação.

Os princípios são a base sob a qual se sustentam as teorias, não devem serabordados de forma rígida, mas sim considerados relativamente e flexivelmente, tendocomo base o bom senso.

Segundo CHIAVENATO (1993) os 11 princípios que fundamentam o fazeradministrativo são:

4

Em relação aos objetivos 1 - Toda organização tem que ter um compromisso com metas comuns e valorescompartilhados, tem de ter objetivos simples, claros e unificantes, simples eflexíveis que devem ser claramente definidos e estabelecidos por escrito. Em relação às atividades e agrupamento de atividades2 – Toda função por mais simples que seja deve ter uma responsabilidadedefinida. 3 – As funções devem ser claramente descritas e designadas para que se alcancea operação mais eficiente e econômica, ou seja a utilização racional dos recursosdisponíveis.Em relação à autoridade4 - Deve haver uma linha de autoridade claramente definida, conhecida ereconhecida por todos, desde o topo da organização até cada indivíduo da base.5 – A autoridade, a responsabilidade, os deveres de cada pessoa ou órgão, bemcomo suas relações com outras pessoas ou órgãos, devem ser definidos, estaremdocumentados e comunicados a todos.6 - O desempenho das funções deve ser acompanhado da respectivaresponsabilidade que deve andar junto com a correspondente autoridade, ambasdevem estar equilibradas entre si.7 – A autoridade para tomar ou iniciar uma ação deve ser delegada o maispróximo possível da cena da ação.8 – O número de níveis de autoridade deve ser o mínimo possível.No que diz respeito às relações9 - Há um limite quanto ao número de pessoas que podem ser supervisionadaspor um superior, considerando-se sempre a relação local/tempo/pessoas. A este respeito por exemplo na enfermagem a Resolução COFEN nº 293/2004que Fixa e Estabelece Parâmetros para o Dimensionamento do Quadro deProfissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituições deSaúde e Assemelhados no anexo I define que um enfermeiro só pode coordenaras atividades de no máximo 15 profissionais de enfermagem, por turno detrabalho, salvo as clínicas e/ou hospitais com menos de 50 leitos, que prestemassistência de Cuidados Mínimos e Intermediários, estejam em regiõesinterioranas, e que haja dificuldades de contratar enfermeiros. Nestes casos oCOREN local, após avaliação, poderá autorizar a complementação das equipescom Técnicos de Enfermagem, respeitando a presença física de pelo menos umenfermeiro por período de trabalho (BRASIL, 2004).10 - Cada pessoa deve subordinar-se a um único superior, evitando-seduplicidade de ordens.11 – A responsabilidade da autoridade mais elevada para com os atos de seussubordinados é absoluta.Os administradores que compreenderem esses princípios e trabalharem sob sua

luz muito provavelmente serão administradores bem formados e bem-sucedidos.

5 – Principais Objetivos da AdministraçãoObjetivos são alvos que se busca atingir, todos nós possuímos objetivos, eles são

as molas propulsoras que impulsionam as nossas vidas. As organizações também possuem objetivos, e são eles que alicerçam o

trabalho, na medida em que determinam a estrutura das instituições, as atividades e adistribuição dos recursos humanos nas diversas tarefas (DRUCKER, 1991).

Os objetivos em uma instituição ou serviço, devem ser dinâmicos, pois são àbase da relação entre a organização o ambiente externo e os participantes e, portantoestão em contínua evolução, alterando essas relações, devendo ser reavaliados e

5

modificados em função das mudanças no ambiente externo e interno da organização(FONSECA, 1999).

Objetivos amplos possibilitam a definição de políticas, diretrizes, metas,programas, procedimentos e normas; possibilitando que se identifique o papel que aorganização desempenha na sociedade em geral.

Segundo MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI (1998) a administração possui doisobjetivos principais:

- Alcançar a eficiência – se refere aos meios, os métodos, processos,regras e regulamentos sobre como as coisas devem ser feitas naempresa a fim de que os recursos sejam adequadamente utilizados.Uma organização eficiente é aquela que utiliza racionalmente seusrecursos,

- Alcançar a eficácia – se refere aos fins, os objetivos e resultados aserem alcançados pela empresa, significa a capacidade de realizar umobjetivo ou resolver um problema, capacidade de se chegar aosresultados.

6 – O processo de trabalho administrar na Enfermagem

Vejamos então agora como ocorreu esta parceria entre a administração e aenfermagem.

A enfermagem moderna conforme vocês já viram, surgiu na segunda metade doséculo XIX, com Florence Nightingale, sendo que seu início como profissão científicase deu juntamente com o surgimento da administração como ciência. A utilização dosconhecimentos administrativos pela enfermagem parte da necessidade de estar-seorganizando um ambiente terapêutico nos hospitais, constituindo um saber deadministração em enfermagem cuja gênese se deu junto com a organização das técnicas,instrumentos de trabalho para o cuidado (ALMEIDA; ROCHA, 1997).

Assim, pode-se dizer que o trabalho da enfermagem se organizou em trêsdireções -

Organização do cuidado ao doente, através da sistematização das técnicas deenfermagem;

Organização do ambiente terapêutico através da discussão das condições detrabalho e do meio ambiente;

Organização da equipe de enfermagem, através do treinamento edesenvolvimento do pessoal (GOMES, et al, 1997).Com o desenvolvimento do capitalismo industrial, a administração científica se

difundiu, consolidando a divisão técnica do trabalho o que vem influenciar aenfermagem que incorpora os princípios de controle, hierarquia e disciplina, porexemplo (FELLI; PEDUZZI, 2005).

A partir da década de 70 a enfermagem passou a ser compreendida como partedo processo de produção em saúde, como uma prática social e não apenas técnica, poisao estar inserida na sociedade brasileira, historicamente estruturada, estabelece relaçõessociais com outros trabalhos, não devendo ser definida como uma profissão isolada dosoutros trabalhos da saúde, uma vez que ela complementa e é interdependente dosdemais processos de trabalho, tanto no modelo individual como no de saúde coletiva(ALMEIDA et al, 1989).

Assim, ela é marcada por determinações sociais, econômicas e políticas, econsequentemente pelo modo de organização do processo de produção em saúde e dasinstituições de saúde de modo geral.

Nos dias de hoje, o marco tradicional da administração aplicada a enfermagem,vem sendo substituído por um novo marco progressista, através de concepções que

6

passam pela sensibilidade, criatividade, iniciativa, visão estratégica, participação,liderança integrativa, caminhando para um referencial humanístico da administração dasorganizações e dentre elas da enfermagem (ERDMANN, et al, 1994).

Assim sendo, toda enfermeira é uma administradora, de sua própria vida e doscuidados de seus pacientes, sendo que profissionalmente ela tem que desenvolverhabilidades e competências na administração em enfermagem (KRON; GRAY, 1994).

A administração, é uma ciência, possui um corpo de conhecimentos que lhe épróprio. Na enfermagem nós utilizamos o corpo de conhecimentos da administraçãotendo em vista o desenvolvimento de um trabalho de qualidade.

No decorrer do curso de graduação vocês vêm se instrumentalizando, ou seja,adquirindo conhecimentos que permitem a vocês atuarem sobre o nosso objeto detrabalho para transformá-lo na direção de nossa finalidade.

A administração em enfermagem, nada mais é do que mais um instrumento oumeio, para que vocês possam estar atuando em enfermagem.

Entretanto, a administração da assistência de enfermagem muitas vezes tem sidoconsiderada como sendo uma das responsáveis pela crise da enfermagem, no que dizrespeito ao distanciamento do enfermeiro de sua clientela.

Durante muito tempo a falta de compreensão da inter-relação entre a funçãoadministrativa e a função assistencial na prática profissional foi considerada questãopolêmica (VICENTIM, et al, 1991). E infelizmente nos dias de hoje ainda muitosprofissionais consideram que estas funções são antagônicas e excludentes.

Entretanto, a administração em enfermagem não pode e não deve sercompreendida como dicotômica em relação à assistência de enfermagem, e tão poucodeve ser considerada como uma função restrita, unicamente, a realização de atividadesburocráticas. A assistência e a administração em enfermagem devem andar de mãosdadas, são as faces de uma mesma moeda.

Mas, o que é mesmo administração em enfermagem?Administração em enfermagem é uma função inerente ao trabalho do

enfermeiro, ou seja, não se faz enfermagem sem utilizar os conhecimentos daadministração, querem ver? Vocês já devem ter realizado um procedimento “simples”do tipo administrar um medicamento, ou realizar um curativo. Pois muito bem, pararealizar essas funções vocês tiveram que pensar e avaliar o que iriam fazer, depoisprovidenciar os recursos materiais para realizar a atividade em um determinadoambiente e em muitos dos casos tiveram que tornar esse ambiente adequado, é ou não é?Pois em todas essas atividades estão implícitos conhecimentos de administração, vocêsestavam administrando.

Além disso, temos a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), ondeo enfermeiro: planeja, prescreve, executa e avalia, que são etapas do processoadministrativo, ou seja a SAE é administração da assistência de enfermagem.

Nestes dois exemplos podemos perceber também que o assistir em enfermagemcompreende todos os atos do enfermeiro, diretos e indiretos.

Segundo Vicentin et al (1991) “assistir diretamente em enfermagem compreendedois aspectos: quando o enfermeiro determina e faz a ação; e, quando o enfermeirodetermina e não faz a ação. Assistir indiretamente é quando o enfermeiro não determina,não faz a ação, mas provê os recursos para realizar a ação”.

Do mesmo modo a Administração em Enfermagem pode ser pensada a partir dedois momentos: a gerência do cuidado e a gerência da unidade sendo que nos doismomentos o enfermeiro assiste e administra em níveis diferentes.

Em síntese pode-se dizer que na enfermagem, a função administrativa, consisteno planejamento da assistência, no provimento de recursos físicos, humanos, materiais efinanceiros, bem como a tomada de decisão, na supervisão e na liderança da equipe deenfermagem, provisão de recursos necessários à implantação do plano terapêutico de

7

Enfermagem, utilizando no decorrer desse processo ações de comando, coordenação,acompanhamento, orientação e avaliação da equipe de trabalho (VICENTIN et al,1991).

Além de tudo o que conversamos até agora, conforme dissemos no inicio destaaula legalmente a administração dos serviços de enfermagem é atribuição eresponsabilidade privativa do enfermeiro.

7 - Considerações Finais

De modo geral podemos dizer que a finalidade da administração é estabelecer ealcançar os objetivos das instituições, tornar o trabalhador um realizador, além dediscutir e analisar os impactos sociais e as responsabilidades sociais da empresa(MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI, 1998 e DRUCKER, 2001).

Administrar em enfermagem não é uma tarefa fácil, e muitas vezes não éconsiderada uma tarefa nobre. Na enfermagem para muitos o “bacana” é fazerassistência direta ao paciente.

E para muitos também, a Administração em enfermagem é a “culpada” pelodistanciamento do enfermeiro da assistência direta.

No entanto, sem aquele que pensa e sabe o que deve ser feito, no como se devefazer, que providencia os recursos para que se possa estar realizando as ações, queavalia se a forma como foi proposta a realização do trabalho foi adequada ou não, ounão se faria nada, ou se faria muito pouco, ou se levaria o dobro do tempo para realizaro trabalho, ou até a ação seria desenvolvida mas sem a satisfação esperada e desejada.

Já é hora de assumirmos que a Administração em enfermagem faz parte docotidiano de trabalho do enfermeiro, que precisa saber realizar as funçõesadministrativas e aplicar os conhecimentos administrativos de modo correto, para que sepossa alcançar uma assistência de enfermagem de qualidade. Pois segundo Vicentin et al (1991), a Administração em Enfermagem “é umaforma de organização do trabalho do enfermeiro adequado à realidade, não dicotômicaonde o administrar é subsídio para o assistir (grifo nosso)”.

9 – Referencias

ALMEIDA, M. C. P. de et al. A situação da enfermagem nos anos 80. In: ANAISCongresso Brasileiro de Enfermagem 41º, Florianópolis, 1989.

ALMEIDA, M. C. P. de; ROCHA, S. M. M. (org.) O trabalho de enfermagem. SãoPaulo, Cortez, 1997.

BALDERAS, M. de la L. Administración de los servicios de enfermería. México,Interamericana/McGRAW-HILL, 1995.

BRASIL. COREN MG. DELIBERAÇÃO COREN-MG - 176/07Baixa normas para definição das atribuições do Enfermeiro Responsável Técnico.Disponível em: http://www.corenmg.gov.br/sistemas/. Acessado em: 07 de abril de2011.

BRASIL. COFEN Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. ResoluçãoCOFEN 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007. Disponível em:http://site.portalcofen.gov.br/node/4345. Acessado em: 07 de abril de 2011.

8

BRASIL. COFEN Lei 7498/86, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre aregulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Disponível em:http://site.portalcofen.gov.br/node/4161. Acessado em: 07 de abril de 2011.

BRASIL. COFEN COFEN nº 293/2004 que Fixa e Estabelece Parâmetros para oDimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nas UnidadesAssistenciais das Instituições de Saúde e Assemelhados. Disponível em:novo.portalcofen.gov.br/wp-content/.../27_06_12_cleide_senafis.pdf Acessado em: 19de março de 2014.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara deEducação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduaçãoem Enfermagem (DCENF), publicadas oficialmente na Resolução CNES/CES Nº 03de 7 de novembro de 2001.

CHIAVENATO, I Teoria Geral da Administração: abordagens descritivas eexplicativas. São Paulo, MacGraw-Hill, 1987. vol.2.

CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. São Paulo, MAKRON BOOKS,1993.

DRUCKER, P.F. Introdução à administração. São Paulo, Pioneira, 1991.

DRUCKER, P.F.O melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo, Nobel, 2001.

ERDMANN, A. L. et al. A disciplina de administração da assistência de enfermagem:culpada? Rev. Texto & Contexto. v.3, n.2, p. 17-23, jul.-dez. 1994

FELLI, V. E.; PEDUZZI, M. O trabalho gerencial em enfermagem. In: KURCGANT,P. Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara/Koogan. 2005..

FONSECA, M. das G. Administração geral e a enfermagem. Faculdade deEnfermagem/ Departamento EBA, 1996. (apostila de curso).

FONSECA, M. das G. As funções administrativas aplicadas à gerência da unidade detrabalho. Faculdade de enfermagem/Departamento EBA, 1999. (apostila de curso).

GOMES, E. L. R. et al. Dimensão histórica da gênese e incorporação do saberadministrativo na enfermagem In: ALMEIDA, M. C. P. de; ROCHA, S. M. M. Otrabalho de enfermagem. São Paulo. Cortez, 1997

GAMA, B. M. B. De M. As Funções Administrativas e o Planejamento emEnfermagem. Apostila de

curso, 2010 (mimeo).

HORTA, W. de A. Gente que cuida de gente (editorial). Enf. Novas Dimens: v.2, n.4,p.III, 1976.

KRON, T.; GRAY, A.. Administração dos cuidados de enfermagem ao paciente. Riode Janeiro: Interlivros, 1994.

9

KURCGANT, P. As teorias de administração e os serviços de enfermagem. In:KURCGANT, P. (org.). Administração em Enfermagem. São Paulo, EPU, 1991, p.165.

KWASNICKA, E. L. Introdução à Administração. São Paulo, Atlas, 1991

LUNARDI FILHO, W. D.; LUNARDI, V. L. Uma nova abordagem no ensino deenfermagem e de administração em enfermagem como estratégia de (re) orientação daprática profissional do enfermeiro. Rev. Texto & Contexto. v.5, n.2, p. 20-34, jul.-dez.1996.

MARX, K. O Capital: crítica da economia política. São Paulo, Nova Cultural,1988.SILVA, G. B.da. Enfermagem Profissional: análise crítica. São Paulo: Cortez,1989.

MEGGINSON, L.C.; MOSLEY, D. C.; PIETRI, P. H. JR. Administração: conceitos eaplicação. Trad. Hopp, I. M. São Paulo. Harbra, 1998.

MENDES, A M. B. Os novos paradigmas de organização do trabalho: implicações nasaúde mental dos trabalhadores. Rev Bras. De Saúde Ocup. nº 85/86, v. 23, p. 55-60.s/data.

PARK, K. H. (coord.) Introdução ao estudo da administração. São Paulo, Pioneira,1997.

PINHEIRO, T. X. A. Administração Pública. Rev. Adm. Públ. nº 3, v.11, p.95-101.1998.

QUEIROZ, V.M.; SALUM, M. J. L. Síntese do tema da primeira oficina de trabalho:processo de produção em saúde. In: Seminário de redirecionamento da prática daenfermagem no SUS: caracterização das necessidades dos enfermeiros para seuaperfeiçoamento 1º. São Paulo, 1994.

QUEIROZ, V.M.; SALUM, M. J. L. Síntese do tema da terceira e quarta oficinas detrabalho: processo de produção em saúde. In: Seminário de redirecionamento daprática da enfermagem no SUS: caracterização das necessidades dos enfermeiros paraseu aperfeiçoamento 1º. São Paulo, 1994.

SAUPE, R. (org.). Educação em Enfermagem: da realidade construída à possibilidadeem construção. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 1998.

SILVA, G. B.da. Enfermagem Profissional: análise crítica. São Paulo: Cortez, 1989.

VICENTIM, L. et al. Administração da assistência de enfermagem e a atuação doenfermeiro. In: Anais. Jubileu de Ouro do Curso de Graduação em Enfermagem daEscola Paulista de Medicina – Departamento de Enfermagem, 1991, p.131-142.

WALDOW, V. R. Cuidado Humano: o resgate necessário. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.

10- Exercícios para fixação do conteúdo

1

1) Cite e explique quais são os objetivos da administração?2) Explique como os 11 princípios que fundamentam o fazer administrativo se aplicam no

trabalho da enfermagem?3) Tendo por base o conceito de administração descreva como ela se aplica na

enfermagem.4) Explique no que consiste o trabalho do enfermeiro na administração da

assistência de enfermagem?5) Justifique o por que de estudarmos a Administração na Enfermagem?

1

Quadro 1: A administração e as civilizações antigas

O Egito

Os egípcios durante a construção das pirâmides praticavam ações que garantem a legitimidade das teorias administrativas. Eles reconheceram o valor do planejamento das atividades, o uso de uma pessoa que comandasse os demais trabalhadores, como um conselheiro, o princípio de organização em grupos, com divisão de atividades e responsabilidades e a técnica de descrição das tarefas de cada elemento do grupo. Surgiu também a função de administrador para coordenação do empreendimento estatal.

A Babilônia O Código de Hamurabi constitui um texto de leis que orientou o povo no princípio de trabalho; institui o principio da paga mínima, contratos de trabalho e recibos de pagamento que permitiam controlar transações comerciais.

Os hebreus

Registraram alguns princípios básicos administrativos na Bíblia. O Êxodo, empreendido por Moisés, foi uma tarefa gerencial; foi utilizada uma políticade descentralização de decisões em que se esboçavam os primeiros contornos dos organogramas atuais. Os Dez mandamentos são algumas regras de conduta organizacional para preservar a solidariedade do grupo.

Os Gregos Aristóteles desenvolveu a tese de que a realidade é apreendida através da percepção e da razão. O espírito científico de investigação formou a base da gerência científica. Eles utilizavam à arte e a música como orientação. Seu ritmo serviu para definir os movimentos padronizados e as cadências de trabalho - os repetitivos -

Roma Desenvolveu um sistema semi-industrial de manufatura armamentista, para sua legião; de produção de cerâmica para o mercado mundial, e, posteriormente, têxtil para exportação.

China King WU fundou a dinastia CHOW e era vista como uma constituição, ondeconstava a relação do quadro de pessoal do Imperador, do mais alto escalão até a mão de obra considerada serviçal. Também se observava a descrição detalhada das tarefas de cada um. Implantaram também a seleção científica de seus trabalhadores através de critérios rígidos como: habilidade de cada indivíduo, seu conhecimento e experiência para a tarefa e seus traços de personalidade.

Fonte: Wren, D.A. The evolution of management thought. Canadá: Wiley & Sons, 1979. Resumo elaborado pelo Prof. Doutor Nério Amboni, UDESC/UNISUL, 1997 In: http://www.unisul.br/content/paginadoscursos/administracaoicara/disciplinas/ acessado em 08/março de 2007.

1