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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO ELETRÔNICO DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE UMA APLICAÇÃO MOBILE PARA O CIDADÃO COM FOCO EM PONTOS DE COLETA DE LIXO ELETRÔNICO E A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA RAFAEL RODRIGUES MARQUESI CUIABÁ – MT 2016 UFMT

Universidade Federal de Mato Grosso Rodrigues... · CAPÍTULO 4 TESTE DA APLICAÇÃO ... 11.8 Tm de equipamentos grandes (como lavadoras de roupa, secadora, etc) e 7.0 Tm de equipamentos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO

COORDENAÇÃO DE ENSINO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO

ELETRÔNICO

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE UMA

APLICAÇÃO MOBILE PARA O CIDADÃO COM FOCO EM

PONTOS DE COLETA DE LIXO ELETRÔNICO E A

IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA

RAFAEL RODRIGUES MARQUESI

CUIABÁ – MT

2016

UFMT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO

COORDENAÇÃO DE ENSINO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO

ELETRÔNICO

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE UMA

APLICAÇÃO MOBILE PARA O CIDADÃO COM FOCO EM

PONTOS DE COLETA DE LIXO ELETRÔNICO E A

IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA

RAFAEL RODRIGUES MARQUESI

Orientador: Prof. Msc. Karen da Silva Figueiredo

Monografia apresentada ao Curso de

Especialização em Engenharia Web e Governo

Eletrônico do Instituto de Computação da

Universidade Federal de Mato Grosso, como

requisito para conclusão do Curso de Pós-

Graduação Lato Sensu em Engenharia Web e

Governo Eletrônico.

CUIABÁ – MT

2016

UFMT

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19 11 2016

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RESUMO

O mundo e a sociedade enfrenta uma grande problemática que é a geração do lixo

eletrônico, também conhecido com e-lixo (do inglês, e-waste) em quantidades massivas.

O e-lixo contém materiais prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como metais tóxicos

e materiais não biodegradáveis. Em 2014 foi estimado que a geração de e-lixo, em todo

mundo, alcançou 41.8 milhões de toneladas métricas (Tm). Estima-se chegar em 50

milhões de toneladas métricas em 2018. O Brasil vem tomando a ponta entre os países

emergentes na geração de e-lixo, hoje já é o líder na categoria PCs. O país ainda não

possuí legislação específica para o tratamento do e-lixo. O tema e-lixo foi enquadrado

na Lei Federal n° 12.305 de 2 de agosto de 2010 em seu Art. 33 caput VI, onde se

encontra das obrigações e responsabilidades da logística reversa do e-lixo. Utilizando

pesquisa bibliográfica e documental sobre e-lixo e suas legislações, o trabalho propõe o

desenvolvimento de uma aplicação web para dispositivos móveis que forneça ao

cidadão informações e estatísticas sobre o processo de logística reversa do e-lixo.

Palavras-chave: Lixo eletrônico. E-lixo. E-waste. Descarte. Resíduos sólidos.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................11

1.1 APRESENTAÇÃO............................................................................................................................11

1.2 OBJETIVO GERAL.........................................................................................................................13

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................................13

1.4 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................................13

1.5 METODOLOGIA.............................................................................................................................15

1.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO................................................................................................15

CAPÍTULO 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................16

2.1 LIXO ELETRÔNICO.......................................................................................................................16

2.2 LEGISLAÇÃO..................................................................................................................................20

2.2.1 LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL........................................................................................20

2.2.2 LEGISLAÇÃO NACIONAL....................................................................................................21

2.3 INFORMAÇÕES E FERRAMENTAS DISPONÍVEIS PARA O CIDADÃO.................................26

CAPÍTULO 3 O APLICATIVO DESCARTAÊ......................................................................................30

3.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................30

3.2 FERRAMENTAS E TECNOLOGIAS.............................................................................................30

3.2.1 GOOGLE MY MAPS...............................................................................................................30

3.2.2 MIT APP INVENTOR 2...........................................................................................................32

3.2.3 PROTÓTIPOS...........................................................................................................................34

3.2.3.1 TIPOS DE PROTÓTIPOS.....................................................................................................35

3.3 DIAGRAMA DE CASO DE USO....................................................................................................35

3.4 APLICATIVO DESCARTAÊ...........................................................................................................36

3.4.1 DESCARTAR E-LIXO.............................................................................................................37

3.4.2 VISUALIZAR CATEGORIAS.................................................................................................41

3.4.3 VISUALIZAR INFORMAÇÕES SOBRE E-LIXO.................................................................43

3.4.4 MENU LATERAL....................................................................................................................45

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CAPÍTULO 4 TESTE DA APLICAÇÃO................................................................................................47

4.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................47

4.2 UM POUCO SOBRE TESTES DE SOFTWARE............................................................................47

4.2.1 TESTE DE CONTEÚDO..........................................................................................................49

4.3 TESTANDO O APLICATIVO DESCARTAÊ..................................................................................50

4.3.1 ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO..................................................................................51

4.3.2 APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO.......................................................................................52

4.3.3 RESULTADOS..........................................................................................................................53

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES.................................................................................................................60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................................61

APÊNDICES..............................................................................................................................................64

APÊNDICE A – DESCRIÇÃO DOS CASOS DE USO...................................................................................65

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO.............................................................................................................69

APÊNDICE C – QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS.....................................................................................73

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Equipamentos de controle de temperatura [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado

pelo autor]........................................................................................................................17

Figura 2: Monitores e telas [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado pelo autor]...................17

Figura 3: Lâmpadas [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado pelo autor]...............................18

Figura 4: Equipamentos de grande porte [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado pelo autor]

.........................................................................................................................................18

Figura 5: Equipamentos de pequeno porte [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado pelo autor]

.........................................................................................................................................19

Figura 6: Pequenos equipamento de TI e telecomunicações [fonte: Baldé et al. 2015,

adaptado pelo autor]........................................................................................................19

Figura 7: Ciclo da logística reversa do e-lixo no Brasil [fonte: Elaborada pelo autor]. .25

Figura 8: Portal eCycle [fonte: Elaborada pelo autor]....................................................27

Figura 9: Portal ecobraz [fonte: Elaborada pelo autor]..................................................27

Figura 10: Tela aplicativo Eucológico [fonte: Elaborada pelo autor].............................28

Figura 11: Tela aplicativo e-waste [fonte: Elaborada pelo autor]...................................29

Figura : Tela inicial Google My Maps [fonte: Elaborada pelo autor]............................31

Figura 12: Tela inicial Google My Maps [fonte: Elaborada pelo autor]........................31

Figura 13: Mapa criado no Google My Maps [fonte: Elaborada pelo autor].................32

Figura 14: Site para acesso a ferramenta [fonte: Elaborada pelo autor].........................33

Figura 15: Menus MIT App Inventor 2 [Fonte: Elaborada pelo autor]..........................33

Figura 16: Tela de edição de aplicativo [fonte: Elaborada pelo autor]...........................34

Figura 17: Tela edição de blocos [fonte: Elaborada pelo autor].....................................34

Figura 18: Diagrama de caso de uso [fonte: Elaborada pelo autor]...............................36

Figura 19: Tela inicial DescartAÊ [fonte: Elaborada pelo autor]...................................37

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Figura 20: Locais de descarte [fonte: Elaborada pelo autor]..........................................38

Figura 21: Filtro por categoria [fonte: Elaborada pelo autor]........................................39

Figura 22: Filtro por categoria [fonte: Elaborada pelo autor]........................................40

Figura 23: Informações sobre o local de descarte [fonte: Elaborada pelo autor]...........41

Figura 24: Categorias [fonte: Elaborada pelo autor]......................................................42

Figura 25: Perguntas e respostas sobre a categoria [fonte: Elaborada pelo autor].........43

Figura 26: E-lixo? [fonte: Elaborada pelo autor]............................................................44

Figura 27: E-lixo - O que é? [fonte: Elaborada pelo autor]............................................45

Figura 28: Menu lateral [fonte: Elaborada pelo autor]...................................................46

Figura 29: Pergunta do questionário [fonte: Elaborada pelo autor]...............................52

Figura 30: As informações estão atualizadas e precisas com base em fatos? [fonte:

Elaborada pelo autor].......................................................................................................53

Figura 31: As informações estão concisas e diretas ao ponto? [fonte: Elaborada pelo

autor]................................................................................................................................54

Figura 32: O layout do conteúdo é fácil para o usuário entender? [fonte: Elaborada pelo

autor]................................................................................................................................54

Figura 33: As informações do conteúdo analisado podem ser encontradas com

facilidade? [fonte: Elaborada pelo autor]........................................................................55

Figura 34: Referências apropriadas foram fornecidas para toda a informação derivada

de outras fontes? [fonte: Elaborada pelo autor]...............................................................55

Figura 35: As informações apresentadas são coerentes internamente e coerente com as

informações apresentadas com conteúdos de outros objetos? [fonte: Elaborada pelo

autor]................................................................................................................................56

Figura 36: O conteúdo pode ser interpretado como sendo ofensivo ou enganoso, ou ele

abre as portas litígio? [fonte: Elaborada pelo autor]........................................................56

Figura 37: O conteúdo infringe direitos autorais ou marcas registradas existentes?

[fonte: Elaborada pelo autor]...........................................................................................57

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Figura 38: O conteúdo contém links internos que suplementam, ou seja, ampliam o

conteúdo existente? [fonte: Elaborada pelo autor]..........................................................57

Figura 39: Caso sua resposta tenha sido positiva na questão anterior, os links estão

corretos/funcionam? [fonte: Elaborada pelo autor].........................................................58

Figura 40: O estilo do conteúdo entra em conflito com o estilo estético da interface?

[fonte: Elaborada pelo autor]...........................................................................................58

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

APP Aplicativo

E-LIXO Lixo Eletrônico

E-WASTE Electronic Waste

EEE Equipamento Elétrico Eletrônico

MIT Massachusetts Institute of Technology

TI Tecnologia da Informação

Tm Toneladas Métricas

WebApp Aplicativo Web

WEEE Waste Electrical and Electronic Equipament

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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO

O mundo enfrenta uma grande problemática que é a geração de lixo eletrônico, também

conhecido como e-lixo (do inglês, e-waste) em quantidades massivas. Baldé et al.

(2015), definem e-waste ou Waste Electrical and Electronic Equipament (WEEE) como

sendo todos os itens e equipamentos elétricos e eletrônicos que são descartados por seus

proprietários sem um fim apropriado. Ainda, Ferreira et al. (2008) definem o e-lixo

como: “Os resíduos ou lixos eletrônicos são considerados como aqueles

aparelhos/materiais que são dados por inúteis, supérfluos e/ou sem valor, gerado pela

atividade humana”.

Para Ferreira et al. (2008), o e-lixo se originou pela fixação da sociedade pelas novas

tecnologias, pela competitividade das empresas e o aumento do consumo de novos

equipamentos. Juntando isso com a popularização acelerada dos eletrônicos, a troca por

um equipamento novo tornou-se muito mais célere, graças aos lançamentos

mundializados. Assim, os equipamentos acabam tornando-se obsoletos mais

rapidamente e ganhando destino inadequado (ALMEIDA et al., 2015).

Em 2014 foi estimado que a geração de e-lixo, em todo mundo, alcançou 41.8 milhões

de toneladas métricas (Tm). Estima-se chegar em 50 milhões de toneladas métricas

(Tm) em 2018. Todo e-lixo gerado em 2014 é composto por 1.0 Tm de lâmpadas, 6.3

Tm de telas, 3.9 Tm de equipamentos pequenos de TI (dispositivos móveis,

computadores pessoais, etc), 12.8 Tm de equipamentos pequenos (como câmeras de

vídeos, micro-ondas, etc), 11.8 Tm de equipamentos grandes (como lavadoras de roupa,

secadora, etc) e 7.0 Tm de equipamentos de refrigeração (BALDÉ et al., 2015).

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Grande parte do e-lixo, cerca de 70%, é destinada a países mais pobres do continente

africano e asiático. Por exemplo, China, Paquistão e a Índia, recebem cerca de 500

contêineres, por mês, de e-lixo. Nestes países, o lixo eletrônico passa por processo de

desmontagem e banhos ácidos para retirada dos metais preciosos (BACHI, 2013).

O e-lixo contém materiais prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como metais tóxicos

e materiais não biodegradáveis (ALMEIDA et al., 2015). Atualmente o grupo de países

em desenvolvimento, é o que mais gera e-lixo. O Brasil vem se tornando o líder de

produção de e-lixo dos países em desenvolvimento. Considerando somente PCs, o país

lidera o ranking, o quarto quanto a telefones celulares e o terceiro quanto a TVs

(COSTA, 2010). De acordo com Celinski et al. (2011):

“...o Brasil é o maior produtor per capita de

resíduos eletrônicos de computadores pessoais entre

os países emergentes (0,5 kg/cap.ano). Da mesma

forma, o país é campeão quanto à falta de dados e

estudos sobre produção, reaproveitamento e

reciclagem de eletroeletrônicos.” (CELINSKI et al.,

2011, P. 2)

O Brasil não possui estratégia para lidar com o fenômeno e nem é tratado como

prioridade pelas indústrias. O país não dispõe de tecnologias para a completa reciclagem

do e-lixo, podendo apenas remanufaturar ou enviar para outros países (ALMEIDA et

al., 2015).

No Brasil há legislação que enquadra o descarte do e-lixo, mas não a atende

diretamente. A Lei Federal n° 12.305 de 2 de agosto de 2010 define:

“Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e

instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas

à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos

sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades

dos geradores e do poder público e aos

instrumentos econômicos aplicáveis.”

A Lei Federal n° 12.305 de 2 de agosto de 2010, em seu Art. 33, caput VI, onde

enquadra os: “produtos eletroeletrônicos e seus componentes”. Em seus incisos, deixa

claro a quem pertence as obrigações e responsabilidades:

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“§ 4° Os consumidores deverão efetuar a devolução

após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos

produtos e das embalagens a que se referem os

incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou

embalagens objeto de logística reversa, na forma do

§ 1°.

§ 5° Os comerciantes e distribuidores deverão

efetuar a devolução aos fabricantes ou aos

importadores dos produtos e embalagens reunidos

ou devolvidos na forma dos §§ 3° e 4°.

§ 6° Os fabricantes e os importadores darão

destinação ambientalmente adequada aos produtos

e às embalagens reunidos ou devolvidos, sendo o

rejeito encaminhado para a disposição final

ambientalmente adequada, na forma estabelecida

pelo órgão competente do Sisnama e, se houver,

pelo plano municipal de gestão integrada de

resíduos sólidos.

§ 7° Se o titular do serviço público de limpeza

urbana e de manejo de resíduos sólidos, por acordo

setorial ou termo de compromisso firmado com o

setor empresarial, encarregar-se de atividades de

responsabilidade dos fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes nos sistemas de

logística reversa dos produtos e embalagens a que

se refere este artigo, as ações do poder público

serão devidamente remuneradas, na forma

previamente acordada entre as partes.

§ 8° Com exceção dos consumidores, todos os

participantes dos sistemas de logística reversa

manterão atualizadas e disponíveis ao órgão

municipal competente e a outras autoridades

informações completas sobre a realização das ações

sob sua responsabilidade.”

O meio utilizado para retornar o e-lixo às empresas ou órgãos responsáveis, é a logística

reversa. A logística reversa compreende as operações relacionadas com a reutilização de

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produtos e materiais, envolvendo todas as atividades logísticas de coletar, desmontar e

processar produtos e/ou materiais e peças usados (ALMEIDA et al., 2015).

Infelizmente, grande parte das empresas não obedecem esta lei. Para o cidadão, é ainda

muito mais obscuro entender como tudo isso funciona, principalmente, onde e como seu

e-lixo está sendo tratado pelas empresas. Seria interessante para o cidadão a

disponibilidade de uma ferramenta que facilitasse os cidadãos a descartar o lixo

eletrônico a terem dados e informações sobre o lixo eletrônico e a logística reversa do e-

lixo.

1.2 OBJETIVO GERAL

De acordo com o cenário apresentado, o objetivo geral deste trabalho é propor o

desenvolvimento de um protótipo de um aplicativo para dispositivos móveis que ofereça

ao cidadão a facilidade de se encontrar pontos de descarte e acesso às informações sobre

lixo eletrônico e da logística reversa do e-lixo de forma clara e objetiva, indicando

orientações sobre como e onde realizar a devolução após o uso.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Pesquisar e compreender conceitos relacionados ao e-lixo e sua história;

Pesquisar e relatar a legislação internacional e nacional referente ao e-lixo,

incluindo informações sobre o processo de logística reversa de e-lixo no Brasil;

Elaborar o projeto de um protótipo de um aplicativo que auxilie a encontrar

pontos de descarte e que contenha as informações sobre a logística reversa do e-

lixo de forma clara e objetiva para o cidadão;

Desenvolver um esquema de testes do protótipo desenvolvido com foco no

conteúdo da aplicação para o usuário.

1.4 JUSTIFICATIVA

Em 2014 foi estimado que foi gerado de e-lixo, em todo mundo, 41.8 milhões de

toneladas métricas (Tm). Estima-se chegar em 50 milhões de toneladas métricas (Tm)

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em 2018. Todo e-lixo gerado em 2014 é composto por 1.0 Tm de lâmpadas, 6.3 Tm de

telas, 3.9 Tm de equipamentos pequenos de TI (telefones mobiles, computadores

pessoais, etc), 12.8 Tm de equipamentos pequenos (como câmeras de vídeos, micro-

ondas, etc), 11.8 Tm de equipamentos grandes (como lavadoras de roupa, secadora, etc)

e 7.0 Tm de equipamentos de refrigeração (BALDÉ et al., 2015).

O Brasil é o mercado emergente que mais gera e-lixo per capita, por pessoa, por ano.

2.6 Kg por ano é quanto um brasileiro gera em média de e-lixo. Por ano é abandonado,

no Brasil, 96.8 mil Tm de PCs (BACHI, 2013).

A Lei Federal 12.305 de 2 de Agosto de 2010, em seu Art. 33 diz que a responsabilidade

sobre o retorno e reciclagem do e-lixo recai sobre os fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes.

Hoje, os cidadãos não conseguem verificar se realmente a Lei Federal 12.305 (que trata

da política nacional de resíduos sólidos), de 2 de agosto de 2010 está sendo atendida.

Tornando difícil a cobrança da população junto às autoridades competentes. Segundo

Celinski et al. (2011, p. 2), o Brasil “...é campeão quanto à falta de dados e estudos

sobre produção, reaproveitamento e reciclagem de eletroeletrônicos.”.

O smartphone é um dos vilões do e-lixo por sua grande popularidade e descarte

incorreto. Mas, se usado de forma consciente, torna-se um grande aliado. Estes

aparelhos podem ser utilizados para diversas finalidades como trabalho, estudo,

diversão, etc. Isso se dá graças à popularização do aparelho e a grande quantidade de

aplicativos desenvolvidos.

Levando em consideração a enorme utilização de aplicativos, o trabalho visa elaborar a

proposta de um protótipo de aplicativo para dispositivos móveis para os cidadãos

encontrarem pontos de descarte de e-lixo e terem acesso às informações sobre a

logística reversa do e-lixo.

Mesmo com a grande quantidade de aplicativos no mercado, após uma pesquisa com os

termos e-waste, e-lixo e lixo eletrônico na loja de aplicativos do Android (Google Play),

não foi encontrado pelo autor deste trabalho nenhum aplicativo com a finalidade de

oferecer informações ao cidadão sobre a logística reversa do e-lixo no país.

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1.5 METODOLOGIA

Para alcançar o objetivo proposto, este trabalho irá culminar em uma pesquisa descritiva

aplicada, realizada por meio de pesquisa bibliográfica e documental sobre lixo

eletrônico e suas legislações, que serviram como embasamento teórico para o

desenvolvimento da aplicação web, com finalidade de disponibilizar informações sobre

o lixo eletrônico e a logística reversa do e-lixo.

Para o projeto e desenvolvimento da aplicação web foi escolhida a plataforma App

Inventor para desenvolvimento para dispositivos móveis com sistema Android, pois sua

utilização é simples e ágil, onde se pode criar uma aplicação funcional com uma

quantidade de tempo menor. Se trata de uma plataforma totalmente on-line, onde se

pode criar, editar e testar uma aplicação Android em qualquer navegador mais atual.

Após o desenvolvimento da aplicação web, foi adotada como estratégia para realização

de testes o método de Teste de Conteúdo. O teste de conteúdo tenta descobrir erros no

conteúdo utilizado no APP. Este tipo de teste é semelhante a uma revisão de um

documento escrito, e foi aplicado em profissionais de perfis relacionados ao lixo

eletrônico, por meio de questionário, para tentar descobrir erros tipográficos,

gramaticais, na coerência do conteúdo, erros nas representações gráficas e erros de

referência cruzada.

1.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

A partir desta Introdução, o presente trabalho está organizado da seguinte forma: o

Capítulo 2 apresenta os fundamentos sobre lixo eletrônico, abordando a importância da

reciclagem do e-lixo e seus malefícios para o meio ambiente. Também é abordado como

o e-lixo é classificado em suas seis categorias, as principais leis internacional e

nacional, onde, baseado na lei nacional é mostrado e exemplificado o ciclo de logística

reversa que deve ser seguido no Brasil; o Capítulo 3 abordará como o aplicativo foi

desenvolvido. Abordando as metodologias para criação de protótipos e mostrando as

ferramentas e tecnologias que foram utilizadas para criação do protótipo funcional do

aplicativo; e no Capítulo 4 será apresentado como o questionário para realização do

teste foi elaborado e aplicado.

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CAPÍTULO 2

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 LIXO ELETRÔNICO

O mundo vive em meio à inovações tecnológicas que trazem conforto e comodidade

para as pessoas. No modelo econômico de mercado atual os lançamentos de novos

produtos são mundializados, o que acarreta na depreciação dos equipamentos mais

rapidamente, levando as pessoas a quererem trocar seus equipamentos por

equipamentos com tecnologias novas e destinando os equipamentos antigos de forma

inadequada (ALMEIDA et al., 2015).

As indústrias veem se aproveitando do cenário mundial do anseio por novas

tecnologias, para acelerar a produção de novos produtos para o mercado consumidor.

Desta forma, os usuários deixam de usar seus equipamentos sem mesmo apresentarem

defeito ou trocando por um mais atual para atender a sua “necessidade”. Por está

política adotada pelas indústrias e pela ansiedade dos usuários, quanto mais se produz

novidades, mais se gera lixo eletrônico (COSTA, 2010).

O descarte destes equipamentos geram o lixo eletrônico ou e-lixo (do inglês, e-waste),

que é uma forma de referir a todo equipamento elétrico eletrônico (EEE) e suas partes

que foram descartadas pelos seus proprietários de forma incorreta ou sem intenção de

reuso. De acordo com Bachi (2013), equipamentos elétricos eletroeletrônicos são

aqueles cujo funcionamento depende de corrente elétrica ou campos eletromagnéticos.

O e-lixo possui uma vasta gama de produtos, pois quase todos os equipamentos

domésticos ou comerciais possuem componentes elétricos e eletroeletrônicos (BALDÉ

et al., 2015).

Pode-se citar alguns periféricos básicos encontrados em comum nestes equipamentos

como: conjuntos/placas de circuitos impressos, cabos, cordões e fios, plásticos

antichama, comutadores e disjuntores de mercúrio, equipamentos de visualização, como

telas de tubos catódicos e telas de cristais líquidos, pilhas e acumuladores, meios de

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armazenamento de dados, dispositivos luminosos, condensadores, resistências e relês

sensores e conectores (BACHI, 2013).

Basicamente, o e-lixo é classificado em seis categorias, que de acordo com Baldé et al.

(2015) são descritas a seguir:

Equipamentos de controle de temperatura. Mais conhecidos como

aparelhos de refrigeração. Exemplos: ar condicionados, freezers, etc.

Monitores e telas. Normalmente encontrados em TVs, notebooks,

tablets, etc.

Lâmpadas. Compreende normalmente lâmpadas de LED,

fluorescentes, etc.

Figura 1: Equipamentos de controle de temperatura [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado pelo autor]

Figura 2: Monitores e telas [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado pelo autor]

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Equipamentos de grande porte. Tipicamente máquinas de lavar,

secadoras de roupa, fogões elétricos, painéis fotovoltaicos, etc.

Equipamentos de pequeno porte. Tipicamente micro-ondas,

aspiradores, calculadoras, câmeras de vídeo, brinquedos eletrônicos, etc.

Figura 4: Equipamentos de grande porte [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado pelo autor]

Figura 3: Lâmpadas [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado pelo autor]

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19

Pequenos equipamentos de TI e telecomunicações. Compreende

telefones celulares, GPS, computadores, impressoras, etc.

Cada categoria tem suas peculiaridades, como tamanho e composição de material

diferente. Cada uma gera uma quantidade de resíduo diferente, gera um valor comercial,

tem uma capacidade específica de causar dano ambiental e à saúde. Consequentemente,

a logística e tecnologia de reciclagem são diferentes para cada categoria. Entretanto,

para o consumidor a forma de eliminação acaba sendo a mesma: descarte de forma

irregular no meio ambiente (BALDÉ et al., 2015).

Figura 5: Equipamentos de pequeno porte [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado pelo autor]

Figura 6: Pequenos equipamento de TI e telecomunicações [fonte: Baldé et al. 2015, adaptado peloautor]

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20

2.2 LEGISLAÇÃO

2.2.1 LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL

Vários países estão demonstrando interesse na implantação de uma legislação que

regulamenta a política e-lixo, mas, entre as legislações disponíveis, as que se destacam

são da América do Norte, Japão e Europa, pois as legislação destes países e continentes

são sólidas e já passaram por várias alterações desde sua elaboração. Muitos outros

países, inclusive o Brasil, vem se baseando nestas legislações.

De acordo com Bachi (2013), os países da América do Norte tem uma abordagem mais

voluntária e amigável, apoiando as indústrias através de organizações sem fins

lucrativos. O Canadá se destaca como sendo mais rigoroso que os Estados Unidos nesse

sentido.

No Canadá, não há legislação federal específica. O governo federal atua indiretamente

através da legislação de substâncias tóxicas. A legislação do e-lixo é controlada pelas

províncias do país. Cada província se preocupa em implementar a chamada

responsabilidade estendida do produtor, designada para e-lixo. Até 2011, oito províncias

haviam implementado a legislação para gerenciamento do e-lixo (SCHROEDER, 2013).

Atualmente nos Estados Unidos, como não existe uma legislação federal, 25 estados

implementaram uma legislação sobre e-lixo e outros estados estão trabalhando para

implementar. Exceto California e Utah, todos os outros estados responsabilizam o

produtor por pagar pela reciclagem dos produtos (ELETECTRONICS TAKEBACK

COALITION, 2016). O portal Eletectronics Takeback Coalition (2016) diz: “Isso

significa que 65% da população dos EUA hoje é amparada por uma lei de reciclagem

estadual” (tradução livre pelo autor).

Em abril de 2001, o Japão aprovou uma lei com nome de Home Appliance Recycling

Law, tendo o objetivo de atingir quatro principais grupos de produtos: Condicionadores

de Ar; TVs (LDC e CRT); Freezers e Refrigeradores Elétricos; e Máquinas de lavar e

Máquinas de Secar. A lei prevê uma cadeia de responsabilidades, que envolve:

Consumidores assumindo os custos de transporte e transferência; Revendedores

assumindo compromisso de transferência para os fabricantes, etc; Fabricantes e

importadores recolhem e reciclam; Governo Federal dando apoio às etapas de coleta,

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transporte, prestando assistência técnica, etc; e os Municípios ficam como responsáveis

por gerir os resíduos urbanos (HOTTA et al., 2014).

Na União Europeia, há duas diretivas que tratam do e-lixo. A diretiva 2002/95/CE de 27

de janeiro de 2003 trata: “...à restrição do uso de determinadas substâncias perigosas

em equipamentos eléctricos e electrónicos”. Mesmo com a coleta seletiva dos

equipamentos, estabelecida na diretiva 2002/96/CE, ainda continuará sendo depositado

uma grande quantidade de mercúrio, cádmio, chumbo, crómio VI, PBB e PBDE que

ponha em risco a saúde e o ambiente. A diretiva consiste na proposta da substituição das

referidas substâncias nos equipamentos, por materiais mais seguros.

Já a diretiva 2002/96/CE de 27 de janeiro de 2003 é relativa: “...aos resíduos de

equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE)...”. Que visa regulamentar à aplicação

dos princípios de prevenção, valorização e eliminação segura dos resíduos. A diretiva

2002/96/CE de 27 de janeiro de 2003 tem por objetivo:

“...prioritariamente, a prevenção de resíduos de

equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE) e,

adicionalmente, a reutilização, reciclagem e outras

formas de valorização desses resíduos, de modo a

reduzir a quantidade de resíduos a eliminar.

Pretende igualmente melhorar o comportamento

ambiental de todos os operadores envolvidos no

ciclo de vida dos equipamentos eléctricos e

electrónicos, por exemplo produtores, distribuidores

e consumidores, e, em especial, dos operadores

directamente envolvidos no tratamento de REEE.”

Alguns países em desenvolvimento, como China e Índia, estão adotando as diretivas

europeia para que suas fábricas continuem exportando para a Europa, fazendo assim que

seus produtos atendam as restrições estipuladas nas diretivas (BACHI, 2013).

2.2.2 LEGISLAÇÃO NACIONAL

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu Art. 225 diz:

“Todos têm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do

povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o

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22

dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes

e futuras gerações.”

Ainda segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu Art.

23, caput VI, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios: “proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas

formas”.

Para que a constituição seja atendida, o Brasil vem adotando algumas medidas com

relação à gestão dos resíduos gerados pelos brasileiros. Em destaque, temos algumas

leis, resoluções e normas técnicas como (MAGRI et al., 2012):

Lei n°. 9.974/00, que trata da inspeção e fiscalização de agrotóxicos, seus

componentes e afins;

Lei n°. 9.966/00, que dispõe sobre o controle e fiscalização da poluição causada

por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas;

Resolução Conama n°. 313/2002, que dispõe sobre o Inventário Nacional de

Resíduos Sólidos Industriais;

Lei n°. 9.605/98, em seu Art. 56, que dispõe sobre as penas criminais do Código

Penal Ambiental;

Resolução Conama n°. 257, trata do descarte das pilhas e baterias usados;

Norma Técnica Brasileira NBR 10.004/04, que determina os critérios de

classificação dos resíduos sólidos.

Nenhuma destas leis, normas e resoluções em destaque é específica para o e-lixo. De

acordo com Bachi (2013), há mais de 20 anos vem se aguardando por uma lei que

regulamente o e-lixo diretamente.

Hoje, a Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010, é a que mais enquadra o descarte de e-

lixo. A Lei Federal n° 12.305 é definida:

“Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e

instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas

à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos

sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades

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dos geradores e do poder público e aos

instrumentos econômicos aplicáveis.”

No Art. 33, da Lei Federal n° 12.305 de 2 de agosto de 2010, definisse:

“São obrigados a estruturar e implementar sistemas

de logística reversa, mediante retorno dos produtos

após o uso pelo consumidor, de forma independente

do serviço público de limpeza urbana e de manejo

dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes de:”

A Lei Federal n° 12.305 de 2 de agosto de 2010, em seu Art. 33, captu VI, enquadra os:

produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Em seus incisos, deixa claro a quem

pertence as obrigações e responsabilidades:

“§ 4° Os consumidores deverão efetuar a devolução

após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos

produtos e das embalagens a que se referem os

incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou

embalagens objeto de logística reversa, na forma do

§ 1°.

§ 5° Os comerciantes e distribuidores deverão

efetuar a devolução aos fabricantes ou aos

importadores dos produtos e embalagens reunidos

ou devolvidos na forma dos §§ 3° e 4°.

§ 6° Os fabricantes e os importadores darão

destinação ambientalmente adequada aos produtos

e às embalagens reunidos ou devolvidos, sendo o

rejeito encaminhado para a disposição final

ambientalmente adequada, na forma estabelecida

pelo órgão competente do Sisnama e, se houver,

pelo plano municipal de gestão integrada de

resíduos sólidos.

§ 7° Se o titular do serviço público de limpeza

urbana e de manejo de resíduos sólidos, por acordo

setorial ou termo de compromisso firmado com o

setor empresarial, encarregar-se de atividades de

responsabilidade dos fabricantes, importadores,

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distribuidores e comerciantes nos sistemas de

logística reversa dos produtos e embalagens a que

se refere este artigo, as ações do poder público

serão devidamente remuneradas, na forma

previamente acordada entre as partes.

§ 8° Com exceção dos consumidores, todos os

participantes dos sistemas de logística reversa

manterão atualizadas e disponíveis ao órgão

municipal competente e a outras autoridades

informações completas sobre a realização das ações

sob sua responsabilidade.”

A Figura 7 demonstra o ciclo da logística reversa do e-lixo de acordo com os Incisos 4°

à 8° do Art. 33 da Lei Federal n° 12.305 de 2 de agosto de 2010.

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Através do Parecer Técnico n° 129/2009 de 28 de outubro de 2009, do Conselho

Nacional de Meio Ambiente – Conama, do Ministério do Meio Ambiente, trata da

criação do Grupo de Trabalho de Resíduos Eletroeletrônicos, onde buscam a criação de

uma regulamentação da gestão dos resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos no

Brasil. Até a presente data, o grupo ainda trabalha para a elaboração desta

regulamentação.O Estado de São Paulo se destaca na reciclagem de e-lixo. O estado

possui a Lei n° 13.576, de 6 de julho de 2009, que: “Institui normas e procedimentos

para a reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo tecnológico”. Com

destaque ao Artigo 4°:

Figura 7: Ciclo da logística reversa do e-lixo no Brasil [fonte: Elaborada pelo autor]

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“...Os produtos e componentes eletroeletrônicos

comercializados no Estado devem indicar com

destaque, na embalagem ou rótulo, as seguintes

informações ao consumidor:

I - advertência de que não sejam descartados em

lixo comum;

II - orientação sobre postos de entrega do lixo

tecnológico;

III - endereço e telefone de contato dos responsáveis

pelo descarte do material em desuso e sujeito à

disposição final;

IV - alerta sobre a existência de metais pesados ou

substâncias tóxicas entre os componentes do

produto.”

2.3 INFORMAÇÕES E FERRAMENTAS DISPONÍVEIS PARA O CIDADÃO

Diante das leis dispostas hoje no país, mesmo que não sejam específicas para e-lixo, se

tem uma grande dificuldade em obter informações sobre o que realmente está sendo

atendido pelas empresas e governo.

Hoje um dos grandes problemas, apontado por Varela et al. (2014), é a divulgação do

tema e-lixo, que visa aumentar o conhecimento dos usuários sobre a importância em

efetuar o descarte correto, a importância da reciclagem e o conhecimento sobre os locais

de descartes.

Há alguns sites e aplicativos que fornecem algumas informações sobre locais de coleta e

como descartar. O site eCycle é uma ferramenta que propõe disseminar informação

sobre como e onde reciclar resíduos. Nele o usuário pode informar o que deseja

descartar, onde deseja descartar, que o site fornece um estabelecimento mais próximo da

residência para o descarte. Podendo ser utilizado em todo território brasileiro

(ECYCLE, 2016).

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Já o site da Ecobraz oferece informações sobre e-lixo de forma separada para cidadãos,

empresas, indústrias e governo. Por ser uma organização não governamental, sem fins

lucrativos, o site é uma ferramenta para fornecer uma forma de contato entre os usuários

e a organização para entrega do e-lixo, mas ele já deixa claro que só atende a grande

São Paulo, Campinas e Vale do Paraíba (ECOBRAZ, 2016).

Pensando em aplicativos, há alguns trabalhos que abordam o tema e-lixo. Como o

Eucológico. É um aplicativo que busca auxiliar os usuários da região de Barão Geraldo

– SP a encontrar lugares apropriados para descarte de recicláveis, mas o aplicativo,

desenvolvido na plataforma Android, não se encontra na loja de aplicativo que vem

instalada no sistema Android, sendo necessário baixar de um site a parte e instalar

(JUNIOR et al., 2012).

Figura 8: Portal eCycle [fonte: Elaborada pelo autor]

Figura 9: Portal ecobraz [fonte: Elaborada pelo autor]

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Já o aplicativo e-waste, desenvolvido na plataforma Android, pode ser encontrado na

loja disponibilizada pelo sistema. A proposta do aplicativo é disponibilizar informações

úteis sobre o e-lixo, como armazenar e descartar, e informações sobre pontos de coletas

cadastrados no aplicativo. Oferecendo a localização e como chegar nestes pontos de

coleta (ROCHA, 2013).

Figura 10: Tela aplicativo Eucológico [fonte: Elaborada pelo autor]

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Mesmo com os exemplos citados de aplicativos no mercado, após uma pesquisa com os

termos e-waste, e-lixo e lixo eletrônico na loja de aplicativos do Android (Google Play),

não foi encontrado nenhum aplicativo com a finalidade de oferecer informação ao

cidadão sobre a logística reversa do e-lixo, tema principal deste trabalho.

Atualmente os cidadãos enfrentam uma grande dificuldade sobre como descartar seu e-

lixo. A logística reversa foi elaborada para estreitar, facilitar e fazer com que o e-lixo

tenha o retorno correto para a reciclagem. Com os cidadãos compreendendo como

funciona o ciclo de logística reversa, haverá uma conscientização maior da forma

correta de descarte a quem os cidadãos devem cobrar para que a lei seja cumprida.

Figura 11: Tela aplicativo e-waste [fonte: Elaborada pelo autor]

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CAPÍTULO 3

O APLICATIVO DESCARTAÊ

3.1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo será abordado como o aplicativo DescartAÊ, que tem como objetivo

oferecer ao cidadão acesso às informações sobre lixo eletrônico e o processo de

logística reversa do e-lixo de forma clara e objetiva, indicando orientações sobre como e

onde realizar a devolução após o uso foi desenvolvido, abordando as metodologias para

criação de protótipos e mostrando as ferramentas e tecnologias que foram utilizadas

para criação do protótipo funcional do aplicativo. Também são detalhadas as

funcionalidades disponíveis na versão atual do aplicativo.

3.2 FERRAMENTAS E TECNOLOGIAS

Como ferramentas para o desenvolvimento do aplicativo foram utilizadas duas: MIT

App Inventor e o Google My Maps. O Google My Maps foi utilizado para criar um

mapa com os pontos de coletas de e-lixo. Já a ferramenta MIT App Inventor foi

utilizada para criar o aplicativo com todas suas funcionalidades, integrando com o

mapa.

3.2.1 GOOGLE MY MAPS

Para a criação do mapa com os pontos de coleta de e-lixo, permitindo a filtragem dos

pontos pelas categorias de e-lixo, foi utilizada a ferramenta Google My Maps. A

ferramenta permite criar mapas personalizados para serem compartilhados e publicados

on-line (GOOGLE, 2016).

A ferramenta é totalmente on-line, bastando ter uma conexão com a Internet e um

navegador atualizado para sua utilização. Para acessar, basta ter uma conta Google. A

Figura 12 mostra a tela inicial do Google My Maps.

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31

São disponibilizadas, dentro da plataforma, várias ferramentas que auxiliam na edição e

criação do mapa. Para a criação do mapa com os pontos de coleta e a separação por

categoria de e-lixo duas ferramentas foram mais utilizadas: a de adicionar marcador e a

ferramenta de camada.

Sabendo da localização do estabelecimento onde se quer marcar no mapa, basta utilizar

a ferramenta de adicionar ponto. Com o auxílio desta ferramenta é criado um ponto

destacado no mapa e posteriormente é possível editar esta marcação adicionando cor

e/ou imagem por exemplo.

Para ter a separação por categorias de e-lixo foi utilizada a ferramenta de adicionar

camada. Onde cada camada adicionada é uma categoria de e-lixo. Com o auxílio da

ferramenta foi possível personalizar a aparência da camada quando esta é selecionada. A

Figura 13 exibe como o mapa ficou após a criação.

Figura 12: Tela inicial Google My Maps [fonte: Elaborada pelo autor]Figura : Tela inicial Google My Maps [fonte: Elaborada pelo autor]

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3.2.2 MIT APP INVENTOR 2

MIT App Inventor é uma ferramenta inovadora para iniciantes em programação e

criação de apps para Android focada em democratizar o desenvolvimento de software

para todos, mas principalmente entre os jovens, que transforma a complexa linguagem

de codificação em visual utilizando a abordagem de arrasta e solta e blocos de

construção. A simplicidade gráfica garante que qualquer principiante inexperiente tenha

a capacidade de criar um aplicativo básico dentro de algumas horas ou menos

(APPINVENTOR, 2016).

Para utilizar a ferramenta, basta apenas ter uma conexão com a Internet e uma conta

Google. O acesso se dá através do site do MIT App Inventor, onde se pode encontrar

também informações e tutoriais sobre a ferramenta. A Figura 14 ilustra o acesso ao site.

Figura 13: Mapa criado no Google My Maps [fonte: Elaborada pelo autor]

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Ao acessar o MIT App Inventor 2 será exibida uma página onde se encontra todas as

opções que a ferramenta disponibiliza. Os menus principais a se dar destaque são:

menu Projetos, onde são encontradas as opções com relação a criação, exportação,

gerenciamento, etc dos projetos criados na ferramenta; menu Conectar, onde são

encontradas as opções para emulação do APP no momento da criação, que é uma das

grandes facilidades do App Inventor; e o menu Compilar, onde são encontradas as

opções para compilação do APP. A Figura 15 dá destaque aos menus do MIT App

Inventor 2.

Para se iniciar um projeto basta apenas selecionar o botão Iniciar novo projeto e dar um

nome ao projeto. Após isso, será exibida a tela de edição do MIT App Inventor 2. Neste

momento que se tem a criação do aplicativo.

A Figura 16 demonstra a tela de edição do MIT App Inventor 2. Na lateral esquerda,

está localizada a Paleta, onde ficam os objetos que podem ser arrastados para o

Visualizador, que fica ao centro da tela, e assim ir criando o APP. Ao lado direito do

Visualizador fica os componentes que foram arrastados para o Visualizador, na lateral

direita, é possível editar as Propriedades do componente bastando apenas selecionar.

Figura 15: Menus MIT App Inventor 2 [Fonte: Elaborada pelo autor]

Figura 14: Site para acesso a ferramenta [fonte: Elaborada pelo autor]

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Para criação da parte de interação entre os componentes e das regras do aplicativo, é

necessário utilizar o diagrama de blocos que a ferramenta disponibiliza. Após alterar do

modo designer para blocos, no canto superior direito da tela, será exibida uma tela

parecida como exemplificada na Figura 17, onde que para criar uma ação para o

aplicativo basta selecionar um tipo de bloco que deseja e arrastar para o Visualizador.

Assim vai se montando a lógica e interação dos componentes do APP.

3.2.3 PROTÓTIPOS

Um protótipo é como um modelo físico do sistema ou sub sistema, que tem como

função ser uma versão preliminar do sistema ou componente do qual são extraídos os

requisitos das próximas versões do sistema (OGEDEBE et al., 2012).

Figura 16: Tela de edição de aplicativo [fonte: Elaborada pelo autor]

Figura 17: Tela edição de blocos [fonte: Elaborada pelo autor]

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É uma técnica utilizada para reduzir os riscos envolvidos no desenvolvimento de

sistemas. Visando minimizar os custos de correção de erros. Além de ser possível baixar

o custo no desenvolvimento do software (SOMMERVILLE, 2003).

3.2.3.1 TIPOS DE PROTÓTIPOS

Nos dias atuais, há quatro principais metodologias de prototipagem que complementam

o ciclo de vida de desenvolvimento de software tradicionais (OGEDEBE et al., 2012).

Que de acordo com Ogedebe et al. (2012) são:

Ilustrativo: onde é produzido apenas um modelo dos relatórios e telas;

Simulado: onde é simulado as funções do sistema mas não é utilizado dados

reais;

Funcional: executa as funções atuais do sistema utilizando dados reais;

Evolucionário: que produz modelos que são parte do sistema final.

Para o desenvolvimento do aplicativo foi adotada a abordagem da metodologia

funcional. Onde se busca utilizar de dados e informações reais, sobre e-lixo, para

realização do teste com os usuários.

O MIT App Inventor foi escolhido para o desenvolvimento do protótipo, adotando a

metodologia abordada anteriormente, pois é uma ferramenta de fácil manuseio e ágil

para criação das funcionalidades onde o usuário pode realizar teste.

3.3 DIAGRAMA DE CASO DE USO

Pender (2004, p. 47) comenta que “O objetivo do diagrama de Caso de Uso é

identificar todos os recursos aos que os clientes esperam que o sistema ofereça suporte,

mas ele não revela qualquer detalhe sobre a implementação desses recursos.”. As

pessoas que interagem com o sistema é tida como atores. Os recursos que os atores

utilizam são tidos como casos de uso (PENDER, 2004).

A Figura 18 mostra o diagrama de caso de uso elaborado para o aplicativo. Este

diagrama contém os casos de uso Descartar e-lixo, Visualizar Categorias, e Visualizar

Informações sobre E-lixo. A descrição de cada caso de uso pode ser encontrada no

Apêndice A.

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Figura 18: Diagrama de caso de uso [fonte: Elaborada pelo autor]

3.4 APLICATIVO DESCARTAÊ

Com o auxílio das ferramentas mencionadas anteriormente foi desenvolvido o protótipo

funcional do aplicativo DescartAÊ. O aplicativo funciona na plataforma Android e,

como está em fase de protótipo e testes, ainda não foi disponibilizado na loja do

sistema.

Ao acessar o aplicativo será exibida uma tela com as opções de ações que o usuário

pode tomar. A Figura 19 demonstra a tela inicial do aplicativo.

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3.4.1 DESCARTAR E-LIXO

Caso o usuário deseje descartar algum material, poderá selecionar a opção Descartar. Ao

selecionar está opção, será redirecionado a outra tela onde será exibido um mapa, como

na Figura 20, exibindo todos os locais e categorias de descarte da região, onde no

protótipo atual está a cidade de Cuiabá.

Figura 19: Tela inicial DescartAÊ [fonte: Elaborada pelo autor]

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Caso o usuário deseje realizar um filtro por categoria de e-lixo basta selecionar na parte

inferior da tela a opção Selecione a Categoria. Ao selecionar está opção será exibida

uma tela, como na Figura 21, onde pode-se fazer o filtro no mapa por tipo de categoria.

Figura 20: Locais de descarte [fonte: Elaborada pelo autor]

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Ao selecionar a categoria desejada o usuário pode visualizar no mapa os pontos de

descarte. Como demonstrado na Figura 22 onde aparecem somente os pontos de

descartes da categoria Lâmpadas.

Figura 21: Filtro por categoria [fonte: Elaborada pelo autor]

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Para o usuário selecionar um local de descarte basta selecionar o ponto no mapa. Ao

selecionar um local serão exibidas algumas informações como: nome do local e

descrição dos materiais que o local recebe. Além de, caso o usuário deseje utilizar o

GPS para chegar ao local, basta selecionar a opção de Visualizar no Google Maps. A

Figura 23 demonstra um local selecionado.

Figura 22: Filtro por categoria [fonte: Elaborada pelo autor]

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3.4.2 VISUALIZAR CATEGORIAS

Para o um melhor entendimento sobre as categorias de e-lixo basta selecionar a opção

Categorias. Ao abrir a tela serão exibidas as categorias de e-lixo como demonstra a

Figura 24.

Figura 23: Informações sobre o local de descarte [fonte: Elaborada pelo autor]

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Para abrir uma categoria basta selecionar a imagem correspondente à categoria que se

deseja obter informação. Ao selecionar será exibida uma seção de perguntas e repostas

referente à categoria na qual são reveladas algumas informações e dados importantes

sobre a categoria. As perguntas elaboradas foram:

Quais são?

Qual a quantidade produzida no mundo?

Quais as principais substâncias utilizadas na fabricação?

Quais danos que estas substâncias podem causar?

Onde descartar?

A Figura 25 mostra como é exibida as perguntas e respostas.

Figura 24: Categorias [fonte: Elaborada pelo autor]

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Caso o usuário deseje ver outra categoria, basta rolar até o final da tela e selecionar o

botão voltar, e será exibida novamente a tela com todas as categorias.

3.4.3 VISUALIZAR INFORMAÇÕES SOBRE E-LIXO

A opção E-lixo? trás várias informações e dados sobre o tema e-lixo tais como o que é

e-lixo, legislação referente a e-lixo, logística reversa do e-lixo e estatísticas sobre e-lixo.

Ao selecionar a opção será exibida uma tela dividida em seções como na Figura 26.

Figura 25: Perguntas e respostas sobre a categoria [fonte: Elaborada pelo autor]

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Para abrir uma opção basta selecionar a desejada. Ao abrir, serão exibidas informações,

curiosidades, dados e links que ajudam a entender mais sobre e-lixo. A Figura 27 exibe

uma opção selecionada.

Figura 26: E-lixo? [fonte: Elaborada pelo autor]

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45

3.4.4 MENU LATERAL

Em todas as telas do aplicativo é possível utilizar o menu lateral. Foi criado com intuito

de facilitar na navegação dentro do aplicativo. Para utilizar, basta clicar no canto

superior esquerdo da tela na imagem de três riscos na horizontal. A Figura 28 exibe as

opções de navegação do menu lateral.

Figura 27: E-lixo - O que é? [fonte: Elaborada pelo autor]

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Figura 28: Menu lateral [fonte: Elaborada pelo autor]

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CAPÍTULO 4

TESTE DA APLICAÇÃO

4.1 INTRODUÇÃO

Por todas as pressões e urgências que permeiam o processo de desenvolvimento de

software, os testes acabam se tornando algo visto como desnecessário de atenção. Mas

isso é algo muito errado de se pensar. O teste não deve esperar até que o projeto tenha

terminado, ele deve começar antes de escrever uma linha de código. Isso leva a

construção de um software mais durável e confiável (PRESSMAN et al., 2009).

Pressman et al. (2009, p. 335) definem teste como: “...o processo de experimentar uma

WebApp com a intenção de encontrar (e depois corrigir) erros.”. Desta forma, neste

capítulo será apresentada a estratégia de teste empregada e seus resultados para o

aplicativo DescartAÊ. Compreende-se que testar um software pode mostrar a presença

de defeitos, mas não pode garantir sua ausência. Assim, os apontamentos presentes

neste capítulo são um ponta pé inicial em busca da qualidade da aplicação proposta,

porém de suma importância para a avaliação da mesma.

4.2 UM POUCO SOBRE TESTES DE SOFTWARE

Quando se fala em teste uma das dimensões mais importantes a ser levada em

consideração é a qualidade. Sendo assim, Pressman et al. (2009) projetaram algumas

etapas de teste para descobrir erros e outros problemas de qualidade, sendo:

Conteúdo: é avaliado a níveis sintático e semântico.

Função: é testada para se descobrir erros que indiquem falta de conformidade

com os requisitos do interessado.

Estrutura: é avaliada para garantir que ofereça corretamente conteúdo e função

da WebApp.

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Usabilidade: é testada para garantir que cada categoria de usuário tem o suporte

da interface e pode aprender e aplicar toda a sintaxe e semântica de navegação

exigida.

Navegabilidade: é testada para garantir que toda sintaxe de navegação e

semântica é exercida para revelar qualquer erro de navegação.

Desempenho: é testado sob diversas condições de operação. Trata da carga

extrema sem uma degradação operacional inaceitável.

Compatibilidade: teste realizado com a intenção de encontrar erros que sejam

específicos a uma configuração de hospedeiro.

Interoperabilidade: é testada para garantir que a WebApp realiza a interface

correta com outras aplicações e/ou bancos de dados.

Segurança: é testada avaliando vulnerabilidades em potencial e tentando

explorar cada uma delas.

Baseados na dimensão de qualidade, Pressman et al. (2009) elaboraram uma abordagem

para estratégia e tática de teste de software para sistemas orientados a objetos, que são

resumidas a seguir:

1. O modelo de conteúdo para o WebApp é revisado para se descobrir erros.

2. O modelo de interface é revisado para garantir que todos os casos de uso foram

acomodados.

3. O modelo de projeto para WebApp é revisado para se descobrir erros de

navegação.

4. Interface com o usuário é testada para se descobrir erros de mecânica da

apresentação e/ou navegação.

5. Componentes funcionais são testados um a um.

6. A navegação pela arquitetura é testada.

7. A WebApp é implementada em diversas configurações de ambientes e é testada

por compatibilidade com cada configuração.

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8. Testes de segurança são realizados em uma tentativa de explorar

vulnerabilidades na WebApp ou em seu ambiente.

9. Testes de desempenhos são realizados.

10. A WebApp é testada por uma população de usuários finais controlada e

monitorada.

Como a maioria dos WebApps evoluem continuamente é necessário criar uma atividade

de teste constante normalmente realizada pelo pessoal de suporte, que são baseados nos

testes realizados durante o desenvolvimento do software (PRESSMAN et al., 2009).

4.2.1 TESTE DE CONTEÚDO

O teste de conteúdo é o primeiro tipo de teste indicado por Pressman et al. (2009) e tem

três objetivos importantes: (1) descobrir erros sintáticos, em documentos baseados em

texto, representações gráficas e outros meios de comunicação, (2) descobrir erros

semânticos em qualquer objeto de conteúdo apresentado quando ocorre a navegação e

(3) encontrar erros na organização ou estrutura do conteúdo que é apresentado ao

usuário final (PRESSMAN et al., 2009).

Para se descobrir erros sintáticos, uma das formas adotadas é a utilização de corretor

ortográfico e a mais importante é a utilização de um revisor de texto (uma pessoa). Já

para se descobrir erros na semântica e na organização ou estrutura do conteúdo,

Pressman et al. (2009, p. 343) propõe um questionário que deve ser aplicado ao

testador:

A informação está atualizada e precisa com base em fatos?

A informação está concisa e direta ao ponto?

O leiaute do objeto de conteúdo é fácil para o usuário entender?

A informação embutida em um objeto de conteúdo pode ser encontrada com

facilidade?

Referências apropriadas foram fornecidas para toda a informação derivada de

outras fontes?

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A informação apresentada é coerente internamente e coerente com a informação

apresentada em outros objetos de conteúdo?

O conteúdo pode ser interpretado como sendo ofensivo ou enganoso, ou ele abre

as portas litígio?

O conteúdo infringe direitos autorais ou marcas registradas existentes?

O conteúdo contém links internos que suplementam o conteúdo existente? Os

links estão corretos?

O estilo estético do conteúdo entra em conflito com o estilo estético da

interface?

De acordo com Pressman et al. (2009), obter as respostas para estas questões fará com

que os usuário que utilizam o WebApp tenha mais fé no conteúdo apresentado.

4.3 TESTANDO O APLICATIVO DESCARTAÊ

Com base no estudo realizado sobre teste de software foi decidido que para aplicação do

teste com usuários do aplicativo DescartAÊ seria utilizada a abordagem de teste de

conteúdo. O teste de conteúdo para esta aplicação é importante, pois, como um dos

objetivos do aplicativo é informar sobre a questão da logística reversa para o usuário o

conteúdo não deve passar informações erradas para o usuário.

Desta forma, para o teste de conteúdo do DescartAÊ, os usuários selecionados para

realização do teste foram pessoas que trabalham com e-lixo. Foi feita uma pesquisa na

cidade Cuiabá – MT por empresas que trabalham com e-lixo e feito um contato para a

disponibilidade de alguém da área para realização do teste. Na época em que o teste foi

conduzido foram identificadas apenas duas empresas do setor na cidade. A partir daí,

estas empresas disponibilizaram pessoas para realização do teste. A empresa

ecoDescarte, disponibilizou duas pessoas para realização do teste e a empresa Ecotec –

gerenciamento de resíduos disponibilizou uma pessoa para o teste. Em ambas as

empresas foram os donos e sócios que realizaram o teste. Sendo assim, o teste foi

realizado com três pessoas.

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4.3.1 ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

Utilizando o questionário proposto por Pressman et al. (2009), foi elaborado um

questionário de teste utilizando a plataforma Google Forms, que possibilita criar e

compartilhar formulários on-line.

Para que o testador entendesse melhor as perguntas do questionário foi necessário que

algumas perguntas sofressem algumas alterações. Assim, baseado nas perguntas

originais do questionário proposto, após as alterações, ficaram desta forma:

As informações estão atualizadas e precisas com base em fatos?

As informações estão concisas e diretas ao ponto?

O layout do conteúdo é fácil para o usuário entender?

As informações do conteúdo analisado podem ser encontradas com facilidade?

Referências apropriadas foram fornecidas para toda a informação derivada de

outras fontes?

As informações apresentadas são coerentes internamente e coerente com as

informações apresentadas com conteúdos de outros objetos?

O conteúdo pode ser interpretado como sendo ofensivo ou enganoso, ou ele abre

as portas litígio?

O conteúdo infringe direitos autorais ou marcas registradas existentes?

O conteúdo contém links internos que suplementam, ou seja, ampliam o

conteúdo existente?

O estilo do conteúdo entra em conflito com o estilo estético da interface?

Também foram elaboradas algumas perguntas complementares, que podem ser

visualizadas no Apêndice B, onde está o questionário completo.

Visando também um melhor entendimento do testador e utilizando uma funcionalidade

que o Google Forms disponibiliza, em algumas perguntas foi utilizada uma descrição

exemplificando a pergunta, como a Figura 28 exemplifica.

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Figura 29: Pergunta do questionário [fonte: Elaborada pelo autor]

4.3.2 APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

Utilizando o Google Forms é possível aplicar o questionário totalmente on-line. A

ferramenta gera um link, onde basta apenas clicar que o questionário se iniciará. O

Apêndice B mostra como ficou o questionário após sua elaboração.

Entretanto, optou-se por aplicar o teste e o questionário de forma presencial para

garantir a tomada de dúvidas de forma direta e a execução perfeita do protótipo, tendo

em vista que o mesmo ainda não estava disponível na PlayStore na época de realização

do teste. Para isso, foi necessário se deslocar até as empresas envolvidas e aplicar o teste

face a face.

Para o testador utilizar o aplicativo foi disponibilizado um smartphone onde ele pode

utilizar e testar todas as funcionalidades fazendo-se necessário auxiliar em algumas

questões das funcionalidades como: onde clicar em alguns locais; onde se encontrava o

menu para voltar; e como selecionar a categoria no mapa. Tal auxílio não interfere na

conduta de um teste de conteúdo.

Após o testador utilizar o aplicativo foi disponibilizado um notebook com acesso a

Internet para responder o questionário no Google Forms. No momento que o testador

estava respondendo o questionário que não houve interferência, tornando as respostas

sem influência. O smartphone com o aplicativo ficou disponível para o testador durante

todo o tempo em que estava respondendo o questionário.

Após o testador finalizar o questionário, bastou ele clicar no botão Enviar, da plataforma

Google Forms, para enviar suas respostas. Após a finalização do envio do formulário,

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alguns testadores deram dicas e recomendações de melhorias para o aplicativo, que

foram anotadas para a versão futura.

4.3.3 RESULTADOS

Após finalizado os testes, utilizando o auxílio do Google Forms foi compilado o

resultado do questionário respondido. O Google Forms disponibiliza o resultado de

forma sumarizada ou individual. A forma escolhida para apresentar os resultados foi a

forma sumarizada de todas as respostas.

Partindo do questionário a primeira pergunta foi: As informações estão atualizadas e

precisas com base em fatos? Como demonstra a Figura 30 é possível observar que os

três participantes concordaram totalmente que as informações estão atualizas e precisas

com base em fatos.

Figura 30: As informações estão atualizadas e precisas com base em fatos? [fonte: Elaborada peloautor]

Para a questão: As informações estão concisas e diretas ao ponto? a Figura 31

demonstra que dois participante concordaram parcialmente que as informações estão

concisas e diretas ao ponto, entretanto mais detalhes não foram oferecidos na questão

complementar onde pedia para explicitar quais informações não estavam corretas, que

pode ser verificado no Apêndice C.

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Figura 31: As informações estão concisas e diretas ao ponto? [fonte: Elaborada pelo autor]

Foi perguntado se o layout do conteúdo é fácil para o usuário entender? De acordo com

as respostas, dois participantes concordaram totalmente e um concordou parcialmente

que o layout do conteúdo é fácil para o usuário entender, como mostrado na Figura 32.

Figura 32: O layout do conteúdo é fácil para o usuário entender? [fonte: Elaborada pelo autor]

Foi perguntado se as informações do conteúdo analisado podem ser encontradas com

facilidade? Como a Figura 33 mostra que os três participantes concordaram totalmente

que as informações do conteúdo analisado podem ser encontradas com facilidade.

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Figura 33: As informações do conteúdo analisado podem ser encontradas com facilidade? [fonte:Elaborada pelo autor]

Referências apropriadas foram fornecidas para toda a informação derivada de outras

fontes? Com base nesta questão, é possível observar que dois participantes concordaram

totalmente e um participante concordou parcialmente que as referências apropriadas

foram fornecidas para toda a informação derivada de outras fontes sendo possível

observar na Figura 34. Caso não fosse positiva a resposta, foi elaborada uma questão

onde o participante poderia apresentar quais conteúdos que faltou referências, mas não

houve resposta, como pode ser verificado no Apêndice C.

Figura 34: Referências apropriadas foram fornecidas para toda a informação derivada de outrasfontes? [fonte: Elaborada pelo autor]

Para a pergunta apresentada na Figura 35 é possível observar que os três participantes

concordaram totalmente que as informações apresentadas são coerentes internamente e

coerente com as informações apresentadas em conteúdos de outros objetos. Sendo

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assim, na questão complementar onde o participante poderia apontar algum conteúdo

que apresentou incoerência, não houve respostas, como demonstrado no Apêndice C.

Figura 35: As informações apresentadas são coerentes internamente e coerente com as informaçõesapresentadas com conteúdos de outros objetos? [fonte: Elaborada pelo autor]

Na questão apresentada na Figura 36 o usuário poderia escolher mais de uma resposta.

Ele poderia escolher: O conteúdo é adequado; Há conteúdo ofensivo; Há conteúdo

enganoso; Há conteúdo que abre porta para litígio; e Não sei opinar/responder. E de

acordo com a Figura 36, pode-se observar que os três participantes escolheram que o

conteúdo é adequado.

Figura 36: O conteúdo pode ser interpretado como sendo ofensivo ou enganoso, ou ele abre asportas litígio? [fonte: Elaborada pelo autor]

Foi perguntado se o conteúdo infringe direitos autorais ou marcas registradas

existentes? A partir da Figura 37 é possível observar que os três participantes

responderam que Não.

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Figura 37: O conteúdo infringe direitos autorais ou marcas registradas existentes? [fonte:Elaborada pelo autor]

Para a pergunta: O conteúdo contém links internos que suplementam, ou seja, ampliam

o conteúdo existente? Os três participantes responderam que Sim, o conteúdo contém

links internos que suplementam. Como pode ser observado na Figura 38.

Figura 38: O conteúdo contém links internos que suplementam, ou seja, ampliam o conteúdoexistente? [fonte: Elaborada pelo autor]

Uma pergunta complementar a anterior foi feita, sendo: Caso sua resposta tenha sido

positiva na questão anterior os links estão corretos/funcionam? Onde os três

participantes responderam que Sim, ilustrado na Figura 39.

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Figura 39: Caso sua resposta tenha sido positiva na questão anterior, os links estãocorretos/funcionam? [fonte: Elaborada pelo autor]

Como última questão, foi perguntado se o estilo do conteúdo entra em conflito com o

estilo estético da interface? De acordo com as respostas, sendo possível verificar na

Figura 40, os três participantes responderam Não.

Figura 40: O estilo do conteúdo entra em conflito com o estilo estético da interface? [fonte:Elaborada pelo autor]

De modo geral pode se dizer que é uma avaliação positiva do conteúdo, de acordo com

as respostas. Não houve nenhuma resposta, para todas as questões, que foi totalmente

negativa. Há a necessidade de se melhorar o conteúdo quando se diz em ir direto ao

ponto do assunto pois foi a questão com pior avaliação. Algumas questões

possibilitavam complementação, onde os participantes poderiam fazer alguma

contribuição nas questões discursivas, mas não houve nenhuma resposta para estas

questões. Contudo, os participantes foram muito atenciosos, receptivos e se

demonstraram animados para utilizarem o aplicativo. Deram dicas com relação a

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apresentação do ponto de coleta no mapa, pedindo para adicionar mais informações do

local. Contribuíram para a melhora do conteúdo, pedindo para utilizar textos mais

curtos e que seja mais direto ao ponto.

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CAPÍTULO 5

CONCLUSÕES

Através deste trabalho ficou demonstrado que hoje a lei brasileira tem muito que

melhorar com o tratamento do e-lixo. Até a presente data, não se tem uma lei específica

de tratamento de e-lixo. O tema é tratado em pedaços de outras leis, deixando o e-lixo

em aberto para os descumprimentos de regras. Graças à falta de uma lei que

regulamente, as informações sobre o tema e-lixo no Brasil são poucas e não muito

divulgadas.

Devido o grande aumento de e-lixo e a falta de estudos sobre o tema a gama de

trabalhos que podem ser desenvolvidos com o tema é grande. O objetivo deste trabalho

foi o desenvolvimento de um protótipo de um aplicativo que permita ao cidadão

encontrar pontos de descarte de lixo eletrônico e acesso às informações sobre lixo

eletrônico e logística reversa do e-lixo de forma clara e objetiva, indicando orientações

sobre como e onde realizar a devolução após o uso. Sendo assim, o aplicativo

DescartAÊ visa contribuir para a lacuna de falta de informação sobre lixo eletrônico.

Por ser um protótipo, o aplicativo desenvolvido, necessita de melhorias. Uma melhoria

apontada pelos participantes do teste é tornar o conteúdo mais direto ao ponto, não

apresentar em grandes textos. Como foi realizado apenas teste de conteúdo, é

interessante realizar também outros tipos de teste como por exemplo um teste de

usabilidade para verificar a interface do aplicativo. E para finalizar os testes, é

necessário um teste de compatibilidade em algumas versões do Android.

Como o aplicativo ainda está na fase de protótipo uma das principais limitações é

quanto ao layout e mapeamento dos pontos de coleta. Algumas telas o layout não está

em harmonia, dificultando a utilização. E os pontos de coletas apresentados no mapa

não são pontos que foram avaliados se recebem o lixo eletrônico.

Outros trabalhos que podem ser desenvolvidos são: desenvolvimento de uma aplicação

que de dicas de reaproveitamento do lixo eletrônico; e uma aplicação que faça a ponte

entre usuário e a empresa de eletrônico, facilitando o descarte do e-lixo.

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REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICES

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65

APÊNDICE A – Descrição dos casos de uso

A.1 – DESCARTAR E-LIXO

ID: UC01

CASO DE USO: Descartar e-lixo

ATOR: Usuário

PRÉ-CONDIÇÕES: Selecionar opção Descartar

PÓS-CONDIÇÕES: Local de descarte escolhido

CENÁRIO DE SUCESSO PRINCIPAL (FLUXO BÁSICO)

1. Este caso de uso inicia quando o usuário seleciona a opção Descartar no aplicativo.

2. O aplicativo redireciona o usuário para um mapa do Google Maps com os pontos de

coleta.

3. O usuário pode filtrar os pontos por categoria de e-lixo, selecionar um ponto no mapa

e exibir informações sobre o ponto de coleta.

Se a opção escolhida for filtrar os pontos por categoria de e-lixo, ver subseção

3.1.

Se a opção escolhida for selecionar um ponto de coleta, ver subseção 3.2.

Se a opção escolhida for exibir informações sobre o ponto de coleta, ver

subseção 3.3.

3.1 Subseção filtrar os pontos por categoria de e-lixo

3.1.1 O usuário escolhe no mapa a opção Seleciona a Categoria.

3.1.2 Será exibida uma tela com as categorias de e-lixo.

3.1.3 O usuário seleciona a categoria que deseja exibir no mapa.

3.1.4 O usuário seleciona a seta para voltar ao mapa.

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3.1.5 Será exibido o mapa com a categoria escolhida.

3.2 Subseção selecionar um ponto de coleta

3.2.1 O usuário seleciona um ponto exibido no mapa.

3.2.2 Será exibido o nome do ponto selecionado na tela.

3.3 Subseção exibir informações sobre o ponto de coleta

3.3.1 O usuário seleciona o nome do local de coleta.

3.3.2 Será exibida as informações sobre o ponto de coleta.

Exceções

3.1.3 Se não for selecionada nenhuma categoria, exibir mapa sem pontos de coleta.

3.2.1 Se nenhuma categoria selecionada, não será exibido pontos de coleta.

A.2 – VISUALIZAR CATEGORIAS

ID: UC02

CASO DE USO: Visualizar Categorias

ATOR: Usuário

PRÉ-CONDIÇÕES: Selecionar opção Categorias

PÓS-CONDIÇÕES: Informações sobre a categoria exibidas

CENÁRIO DE SUCESSO PRINCIPAL (FLUXO BÁSICO)

1. Este caso de uso inicia quando o usuário seleciona a opção Categorias no aplicativo.

2. O aplicativo oferecerá a opção de selecionar uma categoria.

Se a opção escolhida for selecionar uma categoria, ver subseção 2.1.

2.1 Subseção selecionar uma categoria

2.1.1 O usuário seleciona uma categoria, diante das exibidas na tela.

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2.1.2 O aplicativo exibe informações sobre a categoria na forma de perguntas e

respostas.

Exceções

2.1.2 Se o usuário desejar voltar, o usuário deverá selecionar o botão voltar.

A.2 – VISUALIZAR INFORMAÇÕES SOBRE E-LIXO

ID: UC02

CASO DE USO: Visualizar Informações sobre E-lixo

ATOR: Usuário

PRÉ-CONDIÇÕES: Selecionar opção E-lixo

PÓS-CONDIÇÕES: Informações e dados sobre lixo eletrônico exibidas

CENÁRIO DE SUCESSO PRINCIPAL (FLUXO BÁSICO)

1. Este caso de uso inicia quando o usuário seleciona a opção E-lixo no aplicativo.

2. O aplicativo oferecerá a opção de selecionar seção o que é?, selecionar seção

Legislação, selecionar seção Logística Reversa e selecionar seção Estatísticas.

Se a opção escolhida for selecionar seção o que é?, ver subseção 2.1.

Se a opção escolhida for selecionar seção Legislação, ver subseção 2.2.

Se a opção escolhida for selecionar seção Logística Reversa, ver subseção 2.3.

Se a opção escolhida for selecionar seção Estatísticas, ver subseção 2.4.

2.1 Subseção o que é?

2.1.1 O usuário seleciona a opção O que é?

2.1.2 O aplicativo exibi informações sobre lixo eletrônico.

2.1.3 O aplicativo disponibiliza botão que redireciona para categorias de e-lixo.

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2.1.4 O usuário seleciona O que é?, para exibir novamente todas seções.

2.2 Subseção Legislação

2.2.1 O usuário seleciona a opção Legislação.

2.2.2 O aplicativo exibi informações sobre a legislação do lixo eletrônico.

2.2.3 O aplicativo disponibiliza botão que redireciona para constituição brasileira.

2.2.4 O aplicativo disponibiliza botão que redireciona para a lei número 12.305.

2.2.5 O usuário seleciona Legislação, para exibir novamente todas seções.

2.3 Subseção Logística Reversa

2.3.1 O usuário seleciona a opção Logística Reversa.

2.3.2 O aplicativo exibi informações e dados sobre a logística reversa do lixo eletrônico.

2.3.3 O usuário seleciona Logística Reversa, para exibir novamente todas seções.

2.4 Subseção Estatísticas

2.4.1 O usuário seleciona a opção Estatísticas.

2.4.2 O aplicativo exibi informações estatísticas e dados sobre lixo eletrônico.

2.4.3 O aplicativo disponibiliza botão que redireciona para categorias de e-lixo.

2.4.4 O usuário seleciona Estatísticas, para exibir novamente todas seções.

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APÊNDICE B – Questionário

Tela início questionário

Perguntas do questionário (parte 1)

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Perguntas do questionário (parte 2)

Perguntas do questionário (parte 3)

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Perguntas do questionário (parte 4)

Perguntas do questionário (parte 5)

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Perguntas do questionário (parte 6)

Perguntas do questionário (final)

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APÊNDICE C – Questões não respondidas

Sem contribuição 1

Sem contribuição 2

Sem contribuição 3